RROnline - Edição 996

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Rudge Ramos www.rronline.com.br [email protected] SÃO BERNARDO DO CAMPO 4 DE 28 DE MARÇO A 11 DE ABRIL DE 2013 4 ANO 32 4 996 JORNAL DA CIDADE 4NOS PALCOS Pág. 3 Poupatempo realiza agendamento de RG e CNH pelas redes sociais Animais de estimação precisam de cuidados ao chegar à terceira idade. Págs. 10 e 11 5 MELHOR AMIGO THIAGO PÁSSARO/RRJ Lauro Gomes é um dos teatros mais utilizados pelos atores. Págs.12 e 13 BÁRBARA FERRAREZE/RRJ BIANCA CAMATA/RRJ Legislação deve ser respeitada por ciclistas; bicicleta precisa seguir fluxo do trânsito. Págs. 8 e 9 5DUAS RODAS

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Edição 996 completa do jornal Rudge Ramos Online.

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Rudge [email protected] São Bernardo do Campo 4 de 28 de março a 11 de aBril de 2013 4 ano 32 4 Nº 996

JORNALDA CIDADE

4NOS PALCOS

Pág. 3

Poupatempo realiza agendamento de RG e CNH pelas redes sociais

Animais de estimação precisam de cuidados ao chegar à terceira idade. Págs. 10 e 11

5 MELHOR AMIGO

THIAGO PÁSSARO/RRJ

Lauro Gomes é um dos teatros mais utilizados pelos atores. Págs.12 e 13

BÁRBARA FERRAREZE/RRJ

BIANCA CAMATA/RRJ

Legislação deve ser respeitada por ciclistas;bicicleta precisa seguir fluxo do trânsito. Págs. 8 e 9

5DUAS RODAS

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De 28 de Março a 11 de Abril de 2013POLÍTICA2 - Rudge Ramos Jornal

CONSELHO DIRETOR - Stanley da Silva Moraes - Presidente, Nel-son Custodio Ferr

– Vice - Presidente, Osvaldo Elias de Almeida- Se-cretário, Aureo Lidio Moreira Ribeiro, Kátia Santos, Augusto Campos de Rezende, Marcos Sptizer, Ade-mir Aires Clavel, Paulo Roberto Lima Bruhn, Oscar Francisco Alves, Regina Magna Araujo - Suplente, Valdecir Barreros - Suplente.

REITORIA - Reitor - Marcio de Moraes, Pró--Reitora de Graduação - Vera Lúcia G. Stivaletti, Pró-Reitor de Pós-Grad. e Pesquisa - Fábio Botelho

JosgrilbergDIRETORES - Sérgio Roschel (Diretor de Finan-

ças e Controladoria), Daví Nelson Betts (Diretor de Tecnologia e Informação), Paulo Roberto Salles Garcia (Diretor de Comunicação e Marketing), Débora Castanha (Diretora do Ensino Básico), Carlos Eduardo Santi (Faculdade de Exatas e Tecnologia), Jung Mo Sung (Faculdade de Huma-nidades e Direito), Fulvio Cristofoli (Faculdade de Gestão e Serviços), Luiz Silvério Silva (Faculdade de Administração e Economia), Paulo Rogério Tarsitano (Faculdade de Comunicação), Rogério Gentil Bellot (Faculdade de Saúde) e Paulo Rober-to Garcia (Faculdade de Teologia).

COMUNICAÇÃO - Paulo Salles (Diretor).

EDITOR DE ARTE - José Reis Filho (MTb 12.357); Assistente de Fotografia - Mariste-la Caretta (MTb 64.183).

Equipe de Redação: Bianca Beltrame, Caio dos Reis, Christiane Oliveira, Deise Almeida, Érika Rios, Felipe Calbo, Fernanda Ferreira, Ga-briela Brito, Maria Paula Vieira, Mariana Matos, Natália Petrosky, Nicole Ongarato, Raphael An-drade, Renato Fontes, Vitor Jaqueto, Yara Ferraz e alunos do 5º e 6º semestres de Jornalismo.

Produção de Fotolito e Impressão: Diário do Grande ABC

DIRETOR - Paulo Rogério Tarsitano COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO - Rodolfo Carlos Martino. REDAÇÃO MULTIMÍDIA - Editor-chefe - Júlio Veríssimo (MTb 16.706); EDITORA-EXECUTIVA E EDITORA DO RRJ - Margarete Vieira (MTb16.707);

[email protected]

JORNAL

Rudge RamosRua do Sacramento, 230 - Ed. Delta - Sala 141 - Tel.: 4366-5871 - Rudge Ramos - São Bernardo - CEP: 09640-000

RUDGE RAMOS JORNAL - PUBLICAÇÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA FAC

FERNANDA FERREIRA/RRJ

Rudge RamosOnline

CIDADES

Exposição celebra 80 anos do Sindicato dos Metalúr-gicos de S. André e Mauá http://migre.me/dR0UZ ECONOMIA

Aumenta o número de microeemprendedores no ABChttp://migre.me/dR1oq

SAÚDE

Avaliação nutricional pode mudar hábitos ali-mentares da populaçãohttp://migre.me/dR1xH

POLÍTICA

Câmaras de São Caetano e São Bernardo são únicas da região sem transmissão de TVhttp://migre.me/dR2oK

ENTRETENIMENTO

Zé do Caixão fala sobre o cinema e a carreira http://migre.me/dR2PE

ACESSEFalta de uniformes viraprotesto na CâmaraFERNANDA FERREIRA

q Foi com apitos, cornetas, nariz de palhaço e faixas com a inscrição “Fora Cleuza, CPI já” e “Cadê os Uniformes?”, que cerca de 400 pessoas na Câmara receberam a secre-tária da Educação da cidade, Cleuza Repulho, e protestaram contra a falta de uniforme para os alunos do ensino munici-pal, na terça-feira (26).

Cleuza foi à Câmara para participar de audiência para esclarecer sua atuação na secretaria. Foram discutidos, além do atraso na entrega de uniformes, licitação, proble-mas com o Tribunal de Contas, contratos firmados durante a gestão da secretária, vagas para deficientes nas escolas e a merenda escolar.

A secretária disse que os recursos destinados à compra dos uniformes – em torno de R$ 20 milhões – estão reser-vados. Mas que haverá demora na entrega das roupas para os estudantes da rede municipal. “Assim que a gente puder sol-tar o edital, serão 72 dias para a licitação, além do período que a empresa tem para a confec-ção dos uniformes e a entrega ponto a ponto. Então, a gente calcula no mínimo de 90 a 120 dias para entregar”.

Cleuza reconheceu que houve um problema ao realizar a licitação para 2013, quan-do foram usadas as atas de registro que só poderiam ser utilizadas em 2010 e 2011. “Porque vivíamos o último ano da gestão em período eleito-ral”, afirmou.

Após terem divulgado a lici-

tação, o Tribunal de Contas so-licitou algumas considerações e a suspendeu. “O governo tem entrado em recursos para essas considerações. Já foi enviado ao tribunal e estamos aguardando a condição final”, disse Cleuza.

O assunto já vem sendo debatido desde a sessão do último dia 6 de março, quan-do pais de alunos foram pedir esclarecimentos. Os protestos continuaram e, no último dia 20, moradores foram ao Paço Municipal com faixas e panelas, exigindo um posi-cionamento sobre a educação na cidade.

Na audiência de terça-feira, houve bate-boca entre vereado-res que fazem oposição ao pre-feito Luiz Marinho (PT) e a base de apoio do petista na Casa.

DEFICIENTESHouve protestos também

com relação a inclusão de crianças com deficiências, nas escolas municipais. Segundo pais de alunos com limitações, não há pessoas capacitadas para cuidar das crianças. “Desde que começou a aula no dia 8 de fevereiro ele [o filho] não está indo na escola, por-que não tem estagiária, não tem apoio, não tem ninguém para ficar com a professora na sala”, disse a dona de casa Kelly Cristina de Moraes.

O filho de Kelly é autista e estudava no CEU (Centro Educacional Unificado) Regi-na Rocco ano passado. “Eu já conversei e fiz reunião na escola. Eu tenho ata da reu-nião onde a coordenadora do Regina Rocco diz que a escola

não consegue atender meu filho e as outras crianças de inclusão”, afirmou.

De acordo com a secretá-ria Cleuza, todas as crianças com deficiência são atendidas. “Ano a ano nós promovemos a inclusão e principalmente

o respeito a essas crianças. É importante destacar que todos os casos são notifica-dos. Todas as crianças são encaminhadas”.

A secretária afirmou ainda que o programa de bolsas para jovens e adultos nas redes

privadas permanece ativo. “A relação de bolsas é publicada anualmente no ‘Notícias do Município’ [disponível no site da prefeitura]. Os pais rece-bem o valor na conta corrente e fazem o pagamento para a escola privada.” g

Em torno de 400 muníci-pes protestaram na Câma-ra contra a falta de unifor-mes escolares e exigiram posicionamento da Secre-taria de Educação

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De 28 de Março a 11 de Abril de 2013 CIDADE Rudge Ramos Jornal - 3

BIANCA BELTRAME

q O Poupatempo agora acei-ta agendamento dos serviços de RG e CNH (Carteira Nacional de Habilitação) pelo Facebook. A nova ferramenta foi disponi-bilizada para os usuários da unidade de São Bernardo desde o último dia 19 de março. Em outras 32 unidades, esse siste-ma já vinha funcionando.

Segundo o secretário adjun-to de Gestão Pública, Rogério Barreto, a ideia foi acompanhar a popularidade da rede social, que só no Brasil possui 67 mi-lhões de usuários cadastrados, segundo relatório do site Social-bakers. “As pessoas às vezes esquecem os emails de alguns amigos para passar uma men-sagem, mas elas não esquecem de entrar em contato com os amigos através do Facebook”, disse Barreto.

Para facilitar o atendimento presencial, evitar as filas e as longas esperas o Poupatempo de São Bernardo já vinha há algum tempo agendando esse serviço pela internet. No caso do RG, quem precisa do do-cumento pode agendar desde agosto de 2010, e a Carteira de Habilitação, desde outubro do ano passado.

Para quem está acostuma-do a usar o site, o sistema de agendamento é simples. “A pessoa digita Poupatempo e já aparece a página do Poupa-tempo no Facebook. Ela clica em uma aba específica que vai dar a informação de todos os procedimentos para agendar a data e o horário de com-parecimento a uma unidade para a confecção da Carteira de Habilitação e do RG”, disse Barreto. (Veja quadro)

Além do utilizar o Face-book, os usuários que não possuírem um perfil na rede social podem também agendar esses serviços pelo site, pelo telefone ou em qualquer uni-dade do Poupatempo.

Por ser um serviço novo na unidade de São Bernardo, as pessoas estão descobrindo

Poupatempo realizaagendamento de RG eCNH pelo Facebook

aos poucos essa nova possi-bilidade.

Ricardo Fuster, 44, foi até o Poupatempo renovar a Car-teira de Habilitação. Não sa-bia que podia usar essa nova ferramenta. Porém conta que teve problemas para fazer o agendamento pela internet e comentou sobre a demora no atendimento. “Não deu o térmi-no do serviço de agendamento pela internet. Então vim aqui porque achei que eram todos os dias, mas tive que agendar para hoje. Faz uns 40 minutos que estou aqui.”

1 Depois de entrar no Facebook, procure a página do Poupatempo e clique no Agende seu Horário.

Já Marcos Eli Martins Lemos, 56, que já utilizou o Poupatempo várias vezes, contou que a renovação da CNH foi agendada pelo tele-fone e que o atendimento foi muito rápido.

Martha Vitórya Alves Tei-xeira, 16, teve que ir à unidade do Poupatempo de SBC, pela segunda vez, para retificar um erro de digitação. Após brincar com a dificuldade das pessoas de escrever o nome dela corre-tamente, por causa das letras h e y, ela comenta que o aten-dimento foi rápido.

6 COMO FAZER

2 Curta a página para poder visualizar a sessão do agendamento.

3 Se for a primeira

vez que estiver utilizando o sistema de agen-damento, clique em cadastrar.

4 Após colo-car o seu

email, você recebe uma mensagem para confir-mação. Entre no seu email e clique no link que foi envia-do para ativar o cadastro. Em seguida, preencha as outras infor-mações necessárias.

5 A próxima etapa

é escolher qual serviço e onde você deseja aten-dimento.

6 Depois de escolher o

serviço, o local, a data e o horá-rio é só clicar em reservar.

SERVIÇO:www.eagendamento.poupatempo.sp.gov.br www.facebook.com/poupatempospTelefone Poupatempo: 0800 772 36 33 - Poupatempo São Ber-nardo - Rua Nicolau Filizola, 100 - Centro (ao lado da Rodoviária Municipal). - Horário de atendimento: segunda a sexta, das 7h às 19h e sábado, das 7h às 13h. g

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De 28 de Março a 11 de Abril de 2013CONSUMIDOR4 - Rudge Ramos Jornal

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FERNANDA FERREIRA

q Alugar uma casa ou um apartamento para morar nem sempre é uma tarefa fácil. É preciso escolher com atenção. Ficar atento aos preços do bairro pretendido, conseguir um seguro fiança ou fiador e checar se toda a infraestru-tura do imóvel está em bom estado de conservação.

A regra básica é: o dono do imóvel deve mantê-lo em condições para ser habitado. Já quem aluga deve pagar o aluguel em dia, além de cuidar de sua conservação. Porém, no decorrer do contra-to, podem surgir dúvidas com relação às responsabilidades de cada parte.

Quem deve arcar com os custos da reforma da fachada do prédio? E a manutenção do condomínio? Se o imóvel estiver com cupim, quem é o responsável pelos custos com a descupinização?

Segundo o Secovi – SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo), existem aproxima-damente 800 mil imóveis alu-gados na cidade de São Paulo.

Para o empresário Luiz Paulo Vieira, que aluga seus imóveis há dez anos, o maior problema está no fato de o in-quilino não ler o que assinou. “Muitos não leem o contrato. Acham que é só pagar o alu-guel e morar. Esquecem que, se danificar, se der problema na parte elétrica, na hidráuli-ca, vão ser responsabilizados, porque alugaram a casa. É como se fosse deles.”

O processo de locação começa na vistoria do imóvel, que já exige o conhecimento dos direitos e deveres de cada parte. Assim que o contrato é firmado, um profissional da administradora realiza a vistoria no local, descreven-do minuciosamente o estado em que o imóvel está sendo entregue ao inquilino, além de apontar todos os defeitos existentes e tirar fotos para efeito de comprovação das condições gerais do imóvel.

O inquilino tem até 15 dias da data da entrega do termo de vistoria, para apre-sentar qualquer divergência no relatório. Depois de aceita a vistoria, os problemas que surgirem a partir do início da locação serão de respon-sabilidade do inquilino, com

inquilino e do proprietário

Direitos e deveres do

exceção dos defeitos ocultos (aqueles que não são aparen-tes, e surgem meses depois da ocupação do imóvel).

Assim que o contrato de locação termina, é realizada uma nova vistoria para que se confronte com o termo de vistoria de entrada.

Durante o período de loca-ção, dúvidas sobre a respon-sabilidade das partes podem surgir. Se o inquilino e o pro-prietário não entenderem as cláusulas do contrato e não conhecerem a Lei do Inqui-lino (legislação nº 8.245/91 - regulamento que gere o

processo de locação), conflitos podem aparecer.

De acordo com o diretor de Legislação do Inquilinato do Secovi-SP, Jaques Bushatsky, um dos principais problemas é a falta de pagamento do aluguel. “A inadimplência acarreta cerca de 1.500 ações

locatícias mensalmente, so-mente em São Paulo”.

Vieira, que já teve prejuízos com inquilinos inadimplentes, conhece bem essa situação. “A pessoa saiu do imóvel, foi em-bora e não pagou. E aí sumiu.”

O comerciante do Rudge Ramos Carlos Eduardo Veloso, que paga aluguel do mesmo ponto comercial há 25 anos, nunca teve problemas com o proprietário. “Quando tem questões de manutenção, a imobiliária intervém. É só ligar para resolver.”

Outro problema bem fre-quente está relacionado ao condomínio. O locatário co-mete abusos e infrações aos regimentos, o que acarreta em penalizações sujeitas a mul-ta. “Nesses casos, o locador é multado pelo condomínio e repassa a multa ao locatá-rio. E, se o comportamento inadequado não cessa, resta somente a possibilidade de promover o despejo do imóvel, devido à infração contratual”, disse Bushatsky.

Há ainda os casos de surgi-mento de defeitos no decorrer da locação, como o apareci-mento de pragas e os custos extras de condomínio como manutenção e reforma. Esse tipo de situação também pode acabar gerando desacordos entre as partes.

Para o diretor da imobiliária Juli Imóveis, Jeferson Cirillo, é preciso bom senso entre os envolvidos, inclusive pela ad-ministradora que faz a inter-mediação do impasse, devendo ser imparcial. “Cada caso deve ser analisado isoladamente. Se não houver consenso, caberá ao juiz decidir de quem é a res-ponsabilidade”, contou Cirillo.

Para estimular os acordos entre o locador e o locatário, o Secovi-SP possui uma Câ-mara de Mediação, disponível no site do sindicato (www.se-covi.com.br). O objetivo é fazer com que os conflitos entre as parte diminuam, sem precisar recorrer à Justiça.

Mesmo com esses impas-ses, há quem prefira locar ao vender o imóvel. “Para mim é mais vantagem, pois estou sempre recebendo uma ren-da”, afirmou Luiz Paulo.

Para o locador, ler todo o contrato e conhecer a legisla-ção vigente é a melhor forma para se prevenir contra sur-presas durante o período de locação. g

B

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De 28 de Março a 11 de Abril de 2013 CONSUMIDOR Rudge Ramos Jornal - 5

q Quando se aluga um imóvel é necessário veri-ficar qual índice o proprietário ou a administradora vai utilizar para o reajuste contratu-al, que é aplicado na data de aniver-sário do contrato (um ano após a assinatura).

A maioria dos contratos é firma-da pelo Índice Ge-ral de Preços de Mercado (IGP-M), também conhe-cido como “infla-ção do aluguel”. Em outros casos, o índice é usado apenas como valor de referência para as imobiliárias.

Tanto o pro-prietário quanto a administrado-ra podem utilizar qualquer índice inflacionário. “So-mente é proibido a vinculação à os-cilação de moeda estrangeira ou sa-

{lário mínimo”, disse o diretor de Legislação do Inquilinato do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), Jaques Bushatsky.

[ [$ BInquilino pode negociar com dono do imóvel o

reajuste anual do aluguel

No caso do comerciante Carlos Eduardo Veloso, o aluguel do imóvel é ajustado pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). “Quando o reajuste está muito alto, faço um acordo com o pro-prietário”.

Os ajustes contratuais são regidos pela lei nº 8.245, de 1991 “Lei do Inquilino”, no artigo 17. “A revisão se faz a cada três anos, amigavelmen-te ou, em caso de impossibi-lidade de acordo, em juízo”, afirmou o diretor.

www.rronline.com.br

ACESSEPara saber mais notícias deSÃO BERNARDO

E REGIÃO

Para o empresário Luiz Paulo Vieira, conservar um preço justo ajuda a manter a fidelidade do locatário. “Tenho inquilino que está há sete anos comigo. Não cobro um preço abusivo, e sim o que a lei manda.”

O fundamental é acompa-nhar o mercado imobiliário e índices, pagar o aluguel em dia (evitando a cobrança de juros) e manter uma boa re-lação inquilino-proprietário, facilitando, assim, o acordo entre as partes. g

FERNANDA FERREIRA/RRJ

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De 28 de Março a 11 de Abril de 20136 - Rudge Ramos Jornal ALIMENTAÇÃO

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PRISCILA CARVALHO

q Ficar sem comer carne não é uma tarefa fácil. Subs-tituir a proteína da carne por outros alimentos requer uma dieta equilibrada. O vegetaria-nismo vem crescendo, por mo-tivos espirituais, respeito aos animais, filosofia de vida ou até mesmo questões alimentares.

Para ter uma vida sau-dável, o ideal é recorrer aos alimentos que sejam ricos em vitamina B12. Não existe nada que substitua a carne, porém podemos consumir outros tipos de alimentos que conte-nham as mesmas vitaminas. É importante saber associar essa fonte com o cálcio, vita-mina B e vitamina C.

Segundo a nutricionista Priscila Garofalo, é possível viver sem carne, com uma dieta balanceada. “Quando a pessoa decide virar vegetariana tem que tomar cuidado para não adquirir algumas doenças como a anemia, por causa da deficiência da vitamina B12, e outras proteínas. Se a pessoa souber aliar uma alimentação rica e balanceada é possível viver normalmente”.

Atualmente, não existe um número certo de vegetarianos no Brasil, mas segundo o Instituto de Pesquisas Ipsos, cerca de 28% da população mundial já aderiu a essa mu-dança alimentar.

E não é só o vegetarianismo que está crescendo, o veganis-mo também está em alta e por não ser só uma mudança nos hábitos alimentares, é moti-vada por questões éticas em defesa dos animais.

O veganismo pode ser con-siderado uma filosofia de vida, já que não se consome nada que venha de origem animal. A dieta é bem mais rigorosa, pois não são consumidos alimen-tos como ovo, leite, iogurte, queijo entre outros. Não é só a alimentação que é diferen-ciada, os hábitos também, os veganos não usam roupas que venham de origem animal, cosméticos que foram testados em animais e nada que agrida e os maltrate.

Danilo Ricardo Granado, 27, vegano há 5 anos, conta que quando adquiriu essa fi-losofia de vida, todos os seus costumes mudaram. “O vege-tarianismo não é infundado, mas você precisa dar um passo a mais, para respeitar cada vez mais os animais. Consumo marcas que não são de grandes

empresas e cosméticos que não são testados em animais”, afir-mou o estudante de biologia.

Já os vegetarianos, não co-mem nenhum tipo de carne e nem ovo, mas consomem leite e seus derivados. Este tipo de dieta é muito comum na Índia, e muito praticada pelos hin-dus. Para o design Demetrius Daffara, 26, vegetariano há 4 anos, ficar sem comer melho-rou muito a sua alimentação.“ Antes eu adorava um x-bacon, mas, comecei refletir sobre os animais. Ficar sem comer carne melhora tudo, a digestão

principalmente, existem mui-tas opções como hamburger de lentilha, proteína de soja, arroz integral, não tem como você passar fome”.

Muitos optam por não consumir carne e acabam abu-sando dos carboidratos, como é o caso das batatas fritas. O mais indicado é elaborar um cardápio e tentar conciliar alimentação com exercícios

físicos para não correr o risco de engordar. Para virar vege-tariano, o primeiro passo é procurar uma nutricionista e um endócrino para ter orien-tações básicas. Será elaborada uma dieta com os principais alimentos para substituição da carne. E o mais importante é a pessoa fazer exames periódi-cos, a cada seis meses, assim, terá uma vida normal. g

Além de saladas, o cardápio vege-tariano também é composto por carne de soja, grãos e arroz integral

Ovolactovegetarianos:

Não consomem nenhum tipo de carne, mas conso-mem leite, ovo e deriva-dos. É o maior grupo de vegetarianismo no mundo ocidental.

Veganos ou vegetariano estrito:

Consomem alimentos exclusivamente de origem vegetal.

Lactovegetarianos ou ve-getarianos:

Não consomem nenhum tipo de carne ou ovos, mas conso-mem leite e seus derivados.

FOTOS: PRISCILA CARVALHO/RRJ

Saiba como é a dietaVEGETARIANA

6 TIPOS

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De 28 de Março a 11 de Abril de 2013 ALIMENTAÇÃO Rudge Ramos Jornal - 7

Mudança nos hábitos ali-mentares contribui para o crescimento do mercadode produtos naturais

Viver sem carne faz bem ao coração Júlio Acosta Navarro é autor de Vegetarianis-mo e Ciência

RANNY OLIVEIRA/RRJ

TATYANE ZAMFIROV

q Os vegetarianos estão mais protegidos contra doen-ças cardiovasculares, segun-do estudo realizado em 2002, pelo cardiologista Júlio César Acosta Navarro, em sua tese de doutorado para o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP.

Participaram do estudo 136 pessoas - sem antece-dentes de doenças cardía-cas, que pertenciam a gru-pos alimentares diferentes: vegetarianos estritos, semi vegetarianos e onívoros (co-mem carne com frequência).

Foi avaliado o índice de pressão arterial, IMC (Índice de Massa Corporal), hábitos

RANNY OLIVEIRA

q Atualmente, é possível encontrar produtos naturais voltados para o público vege-tariano, vegano e ovolacteove-getariano. Há uma infinidade de produtos, desde congelados de soja até grãos.

Para o economista San-dro Maskio, este segmento está evoluindo e o varejo está acompanhando essa tenden-dência. “Esse mercado está crescendo devido a mudança de hábitos dos consumido-res, eles estão cada vez mais atentos à saúde e qualidade de vida. É uma mudança gradual, mas que há grandes chances de ganhar mais espa-ço”, afirmou.

Um dos principais focos comerciais para esse ramo são os shoppings centers. “Confor-me os hábitos da população vão mudando, a demanda aumenta e, automaticamen-te, os vendedores observam o mercado e são atraídos.Os shoppings são locais interes-santes, pois há muitas pes-soas circulando o dia inteiro, assim, favorecendo o número de vendas”, declarou Maskio.

Embora o mercado esteja se expandindo, a demanda ainda é pequena, se compa-

rada aos produtos tradicio-nais. Isso porque, esse tipo de alimento costuma ser mais caro por sua composição diferenciada e pelo custo de produção. De acordo com o economista, as classes A e B são as que mais consomem produtos naturais, pelo fato de terem um maior poder aqui-sitivo e acesso á informação.

Isis Silva, gerente de uma das lojas da rede Mundo Ver-de, começou o próprio negócio há cinco meses, em um dos Shoppings de São Bernardo.De acordo com Isis, a deman-da ainda é pequena, mas está crescendo. Além disso, uma das dificuldades enfrentadas é a falta de opção no momento de cotação dos produtos.

“Temos apenas dois ou três fornecedores, assim ficamos sem opção de preço, e os pro-dutos se tornam mais caros, o que dificulta a procura”, afirmou Isis.

O alto custo dos produtos naturais pode se tornar um obstáculo no momento da decisão de consumo. Mas há pessoas que não se intimidam como no caso da escritora Luciana Calogeras que, para adequar a sua alimentação à dieta vegana, participa da Oficina de Cozinha Sabor e

Cresce mercado deprodutos naturais

Saúde, em São Bernando, que tem o objetivo de orientar os vegetarianos a prepararem sua própria comida.

“A pessoa vai até a Acade-

mia e faz a inscrição, custa apenas R$10. O valor serve para a compra de ingredien-tes. Depois o participante almoça a receita a qual auxi-liou no preparo. Vale muito a pena”, disse Luciana.

Já a gestora ambiental Bárbara Canedo prefere pre-parar suas refeições em casa. Sempre gostou de cozinhar

e acha que esse é o primeiro passo para quem quer aderir a nova dieta. Além de arroz, fei-jão, frutas e legumes, Bárbara prepara alguns aperitivos. “Recentemente fiz lasanha de berinjela com queijo tofu, que é um queijo de soja. Ficou super gostoso. Eu prefiro pre-parar tudo em casa. Comprar sai muito caro”, afirmou. g

alimentares e eletrocardiogra-mas.

Aqueles que comem carne frequentemente estão mais expostos a níveis de colesterol e gordura saturada, fatores predominantes para desenca-dear doenças cardíacas.

Já uma dieta vegetariana estrita não possui colesterol, e é rica em fibras e antioxidan-tes – substância que neutra-liza os radicais livres, que são responsáveis pelo processo de envelhecimento.

“A dieta vegetariana estrita não tem colesterol, porque não tem nem leite e nem ovo. Isso, para a prevenção da doença cardiovascular é favorável”, explicou Navarro.

Uma dieta vegetariana in-

fluencia, também, no trata-mento de doenças já existentes. Um hipertenso que adere a die-ta vegana vai reduzir o consu-mo de colesterol no organismo.

O publicitário Daniel Gu-miero, 32, se tornou vegano há 4 anos, e afirma que aderir a dieta trouxe melhorias a sua saúde cardiovascular.

“Nunca fui preocupado com a minha saúde, mas é notável que obtive melhoras significa-tivas, e os níveis de colesterol ruim reduziram consideravel-mente”, contou.

A dieta vegetariana tam-bém previne doenças como câncer de estômago, de prós-tata e de mama. Além de doenças metabólicas – como diabetes, litíase renal e biliar,

TATYANE ZAMFIROV/RRJ

e infecciosas – virais e bacte-rianas, que são adquiridas, na maioria dos casos, pelo consumo da carne.

Daniel Duran, 28, é co-zinheiro e adepto a dieta vegana há mais de 10 anos,

e também notou melhorias na qualidade de vida. “Me curei de uma doença respi-ratória que me atrapalhou muito na infância, bronqui-te alérgica”, relatou.

Para aqueles que que-rem iniciar a dieta, mas não conseguem abdicar da carne de uma vez, a dica é fazer a transição gradu-almente.

“Se conseguir mudar para uma dieta sem carne vai fazer muito bem para o organismo. Mas se for possível comer pouca car-ne, você já está se benefi-ciando, já faz diferença”, explicou o especialista. g

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De 28 de março a 11 de abril de 20138 - Rudge Ramos Jornal REGIÃO

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também têm que obedecer a lei

BIANCA CAMATA EDANIEL BOCATTO

q O consultor em mobilida-de urbana, André Pascoalini, 38, diz que o ABC não tem infraestrutura para receber bicicletas, tanto para passeio como para veículo de trans-porte. Pascoalini acha que a falta de estrutura das ruas e avenidas atrapalha o ciclista, que fica refém dos carros.

“A falta de planejamento faz com que os ciclistas cometam as infrações. Em algumas cidades, os faróis abrem primeiro para o

ciclista e depois para os carros, mas não temos isso aqui”.

O consultor disse também que os ciclistas usam a bicicle-ta nas calçadas e ultrapassam o farol vermelho por conta da falta de segurança nas ruas. O medo de ser atropelado ou atingido por um carro provoca essas atitudes. André acha er-rado cometer essas infrações, mas defende os ciclistas dos perigos das ruas.

“A lei diz que a rua é o nos-so local. Os carros precisam nos proteger, assim como nós devemos proteger o pedestre.

Muitos ciclistas andam pe-las calçadas e passam farol vermelho por conta da falta de proteção. Claro que isso é errado, mas se as ruas fossem projetadas para os ciclistas e para os carros, os ciclistas cumpririam as leis”.

Segundo Pascoalini, São Bernardo precisa investir em ciclovias, ciclofaixas e outras opções para que o ciclista tenha maior mobilidade pela cidade e não sofra com os carros - que dominam as ruas e avenidas das cidades.

Ciclista passeia pela

ciclovia de São Cetano,

que tem dois quilômetros

de extensãoQUANDO NÃO HOUVER CICLOFAIXA,

O CICLISTA DEVE ANDAR NA VIA

BICICLETA DEVE SEGUIR O FLUXO DO TRÂNSITO

CICLISTA DESMONTADO, EMPURRANDO A BICICLETA, EQUIPARA-SE AO PEDESTRE

EM DIREITOS E DEVERES

VEÍCULO DEVE SER EQUIPADO COM CAMPAINHA, SINALIZAÇÃO NOTURNA E ESPELHO

RETROVISOR DO LADO ESQUERDO

6 LEISCICLISTAS

FOTOS: BIANCA CAMATA/RRJ

CICLISTAS

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De 28 de Março a 11 de Abril de 2013 Rudge Ramos Jornal - 9REGIÃO

2 ATENÇÃO REDOBRADA COM A MOVIMENTAÇÃO NAS VIAS

Andar de bicicleta requer cuidadosALINE MARIANO

q Quem nunca viu ou sou-be de um acidente que envolva ciclistas em grandes vias na ca-pital ou no ABC? Uma pesquisa divulgada pela Folha de S. Paulo indica que, até outubro do ano passado, a Avenida dos Estados – uma das principais vias da capital -, registrou cerca de 130 acidentes envolvendo ci-clistas nas regiões que passam por São Caetano, Santo André e Mauá.

Seja pela falta de ciclovias, pelo descuido dos ciclistas ou pela resistência dos motoristas em dividir espaço com esse ou-tro meio de transporte, andar de bicicleta é sim, bastante perigoso. O caso é que aciden-tes que envolvem ciclistas cos-tumam ser mais sérios, já que o meio não possui proteções como airbags e, literalmente, lança os ciclistas para bem longe.

A professora de ensino fun-damental Sandra Boccacino,

52, afirma que sempre tentou optar pela bicicleta para reali-zar suas atividades cotidianas. A proximidade com o trabalho a fazia deixar o carro de lado e apostar nos dois pneus. Ela co-menta que o meio era bem mais simples para chegar à escola na qual dava aula.

“Não utilizo mais a bicicleta porque se tornou muito perigo-so para mim. Estou trabalhando longe de onde moro atualmente e não sinto confiança em andar entre os carros. Esse medo sempre me fez optar por usar calçadas ao invés de cumprir as leis de trânsito”, disse Sandra.

Quanto aos acidentes, Re-nato Zambelli, estudante de engenharia da Mauá, 23, conta que, mesmo com seus diversos “pequenos acidentes” em vias, não deixou de utilizar o veículo para prática de esportes e trei-namento.

“Não adianta, sou um apai-

xonado por bicicletas. Com certeza, seria muito melhor se tivéssemos mais acesso a cli-clovias. Entretanto, não é por isso que vou deixar de andar.”

O estudante conta que já sofreu dois acidentes andan-do de bicicleta em vias mais movimentadas. Nenhum deles com consequências sérias, mas o susto foi grande. “A vontade que dá na hora é de não andar nunca mais. A bicicleta não oferece proteção nenhuma, mas para quem gosta, é difícil deixar de lado.”

Em São Bernardo, um aci-dente que ficou marcado foi o de um ciclista que morreu atro-pelado por um ônibus na ave-nida Pereira Barreto. Devido ao acidente, uma bicicleta branca foi deixada no local, como sím-bolo de pedido de paz. g

130ACIDENTES COM CICLISTAS FORAM REGISTRADOS NA AV. DOS ESTADOS

“São Bernardo não tem in-vestimento nenhum. É preciso investir em parques lineares, ciclovias e dividir as ruas entre ciclistas e carros para que a tenhamos segurança na hora de sair de casa com uma bi-cicleta”.

De acordo com o Código de Trânsito, o pedestre possui prioridade sobre os ciclistas. Já para veículos a motor, a prioridade passa a ser a pessoa que estiver com a bicicleta. Ao “jogar” o carro contra o veículo de duas rodas, o motorista do

veículo a motor comete uma falta gravíssima, passível de suspensão do direito de dirigir, apreensão do veículo e da ha-bilitação.

Por ser considerado um veículo, a bicicleta não pode ser utilizada sobre as calçadas. Além de ser uma infração de trânsito, o ciclista coloca em risco a vida do pedestre e pode perder o veículo. Os capacetes não são obrigatórios para os ciclistas, apenas as buzinas, os espelhos e as sinalizações são necessários. g

CUIDADOS

1 RESPEITAR AS LEIS DETRÂNSITO

3SEMPRE

USAR CAPACETE

4REALIZAR

MANUTENÇÃO PREVENTIVA

NO VEÍCULO

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De 28 de Março a 11 de Abril de 2013COMPORTAMENTO10 - Rudge Ramos Jornal

6 SINTOMAS DOS ANIMAIS NA VELHICE

4

Saudável outra vez, Willy brinca com o dono um mês após

cirurgia

q O estudante de psico-logia Fernando Caffarello, 19, não tem filhos, mas cuida de seu melhor amigo como se fosse um. Willy é um Poodle Toy de 15 anos e em dezembro de 2012 adoeceu pela primeira vez por conta de uma infecção urinária que exigiu de Caffa-rello cuidados extremos como carregá-lo até para fazer as necessidades, alimentá-lo com seringa e estar sempre por per-to caso Willy viesse a ter algum comportamento anormal.

“Foi um período bastan-te delicado e de observação constante, é horrível ver seu bichinho em tais condições, o medo da perda é algo que machuca muito. Após os cui-dados, vê-lo melhorando aos poucos é uma sensação muito compensadora. É como se ele fosse um filhotinho e estivesse reaprendendo tudo outra vez.”

Segundo a veterinária Ali-ne Vaccati, 31, cerca de 90% dos animais que já frequenta-ram seu consultório e tiveram infecção urinária não resisti-ram. “Animais com mais idade têm tendência a problemas renais, e na maioria dos ca-sos, eles já chegam com um quadro muito avançado, sem tempo de reverter”.

Para evitar esse tipo de doença, ela aconselha uma boa alimentação com ração adequada para cada tipo de cachorro. “O dono pode variar a alimentação do bichinho ofe-recendo batata cozida e água de coco. Nada de comida tempera-da e restos de churrasco como às vezes vemos acontecer”.

Willy faz parte dessa pe-quena parcela de animais ido-sos que conseguiram vencer a infecção. Mas um mês depois, acabou adquirindo um furún-culo na barriga que o abateu novamente. “Willy deitou ao meu lado como de costume e permaneceu na mesma posição por muito tempo. Ao mexer com ele, percebi que es-tava muito quente, fiquei com medo que desmaiasse, de tão mole e desanimado. Quando

o peguei no colo, o furúnculo estourou e partimos correndo para o veterinário”.

Willy teve que ser operado e demorou dias para se recuperar e voltar a ser independente dos cuidados do dono. A veterinária

LATIR SEM MOTIVO

REDUÇÃO DE INTERAÇÃO SOCIAL:ISOLAMENTO

TRISTEZAAPATIA

AGITAÇÃO NOTURNA:INSÔNIA

PERDA DE MEMÓRIA

URINAR E DEFECAR EM

LUGARES INADEQUADOS

ENTRAR EM LUGARES INADEQUADOS E NÃO CONSEGUIR SAIR

FONTE: Animania Clínica Veterinária

BÁRBARA FERRAREZE Melhor amigo do homem também chega à 3ª idade

Aline afirma que esse tipo de sintoma é comum nos animais com mais idade, assim como tumor de mama e a neoplasia. É recomendada apenas uma visita semestral ao veterinário e qualquer comportamento di-

ferente, não hesitar em leva-lo a uma consulta.

Hoje, o melhor amigo de Fer-nando conseguiu sua saúde de volta e, apesar das limitações da idade, tenta levar uma vida normal pra cachorro. g

BÁRBARA FERRAREZE/RRJ

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De 28 de Março a 11 de Abril de 2013 COMPORTAMENTO Rudge Ramos Jornal - 11

ANA PAULA TREVISAN

q Quando acolhemos um animal de estimação, nunca pensamos no momento de se despedir dele. Há casos em que o pet precisa ser sacrificado, pois está sofrendo com alguma doença e não tem mais chance de se recuperar.

A artesã Marlene Corrêa da Silva, 45, que mora em Santo André, enfrentou essa situação em 2009, quando Madonna, sua cadela sem raça definida, ficou doente.

Com 7 anos de idade, Ma-donna teve um tumor na perna esquerda traseira. A veterinária recomendou que não mexesse, pois poderia se espalhar pelo corpo. Marlene cuidava dela com medicamentos, e evitava que fizesse exercícios.

Mesmo com os cuidados recomendados pela veterinária, apareceu um segundo tumor que estourou acidentalmente. Ela teve que tomar analgésicos para aliviar a dor. Mas, após três meses, tiveram que tomar a dificil decissão de fazer a eu-tanásia. “Ela estava sofrendo e não tinha cura”, contou.

Enquanto Marlene achou melhor a eutanásia para ali-viar a dor do animal, a dona de casa Rita Marques, 45, preferiu cuidar do animal até o final. “Acho que a gente deve lutar com todas as armas até não haver realmente nenhuma outra opção”.

No ano passado, pouco antes de completar um ano de idade, Ulli, uma cadela weima-raner, foi atropelada e teve que se submeter a várias cirurgias para corrigir uma fratura no fêmur. Porém não houve me-lhora. E o veterinário teve que amputar a pata traseira esquer-da da cachorra, pois a infeccção estava muito forte.

Apesar de ter que apren-der a andar com três patas, a cachorra era alegre e bem cuidada. Após dois anos, desco-briram que ela possuía câncer de mama, e a cadela teve seus últimos dias com muita dor.

Atualmente, Rita possui duas cadelas e dois gatos. “Cada vez que um animalzinho morre a gente jura que este vai ser o último, que não quer mais se apegar e depois sofrer tanto. Mas, quando vai ver, lá está

outro filhotinho, ou mesmo um mais velhinho, precisando da sua ajuda, do seu amor. Impossível resistir”.

Mesmo quem nunca passou pela situação de ver o melhor amigo muito doente já firmou posição favorável à eutanásia.

O casal Fernando de Oliveira Diniz, 42, e Lucimar da Silva Diniz, 40, não possue filhos. Então, os cachorros são a ale-gria da vida deles. São dois: Neguinho, 2, e Lobinho, 9, os dois sem raça definida. No caso de Lobinho, que já está entran-do na velhice, os cuidados são maiores na alimentação e nos exercicios.

Eles ficam atentos às doen-ças da velhice, e tomam cuidado com o cachorro. O casal afima ser a favor da eutanásia, ambos acreditam que o sofrimento de ver e não poder fazer nada é pior, e preferem sacrificar o animal, para que não sinta dor.

Já Leonor Ferreira Camar-cio, 30, passeia todos os dias com seu cão na Praça dos Meninos, no Rudge Ramos, e fala que é totalmente contra a eutanásia e diz que prefere cuidar do animal, até seu úl-timo momento. g

ANA PAULA TREVISAN/RRJ

Prevenir é o melhor remédio, isso também inclui os pets

ANA CAROLINA RIBEIRO/RRJ

Animais precisam de cuidados desde cedoANA CAROLINA RIBEIRO

q Quando os animais de estimação atingem uma idade avançada, é claro que os donos se preocupam mais e ficam alerta para possíveis proble-mas de saúde. Alguns cuidados especiais são necessários para o bem estar do companheiro de quatro patas.

De acordo com a veterinária Regislane Ino da Paixão, 35, que trabalha há oito anos nesta profissão, os cuidados devem vir desde cedo. “O responsável pelo pet deve ter o costume de levá-lo sempre ao veterinário”, declarou a veterinária.

Hemograma e ultrassono-grafia são os exames que os veterinários costumam pedir para monitorar a saúde dos animais e custam entre R$ 35 e R$ 90. Quando questionada sobre como perceber que o animal está com um problema de saúde afirmou: “Quando o pet está quietinho, parado e apenas dorme, provavelmente ele está com alguma coisa”.

A veterinária falou sobre as

principais doenças nos cães: alterações cardíacas, hiperten-são, diabetes, hipotireoidismo, câncer de mama e tumores em todos os órgãos.

Já nos gatos, a insuficiên-cia renal, doenças infecciosas e tumores são bem comuns. Regislane afirma que o ideal é a castração, “este procedimento evita problemas futuros”.

Mas quando não há a op-ção de cuidar do animal, pois nada melhora as condições de vida, o dono pode optar pela eutanásia, que é reco-mendada apenas em última instância.

A médica veterinária res-salta o medo que as pessoas têm em relação à eutanásia. “A eutanásia não pode ser vista como sacrifício, às vezes é necessária”. Mas, segundo ela, a banalização do proce-dimento é algo preocupante. Algumas pessoas que não têm condições de cuidar de seus animais procuram a eutanásia para se livrar do pet. “Um ve-terinário só faz o procedimento em último caso”. g

Mesmo com o sacrifício do animal de estimação, Marlene não desistiu de adotar outro

Doenças terminais levam ao sacrifício

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De 28 de Março a 11 de Abril de 201312 - Rudge Ramos Jornal

THIAGO PÁSSARO/RRJ

Região oferececursos de teatro gratuitosRAÍSSA PALMA

q Quem tem interesse em participar de cursos de teatro pode encontrar opções gratuitas e de fácil acesso no ABC. O Centro Livre de Artes Cênicas, em São Bernardo, e a ELT (Escola Livre de Teatro), em Santo André, estão entre as instituições mais conhe-cidas e procuradas pelos moradores da região.

A ELT, porém, pode ser considerada uma exceção, por atrair estudantes de diversas partes do Brasil e até mesmo de outros países. Fundada há mais de 20 anos, é considera-

RAÍSSA PALMATHIAGO PÁSSARO

q O terceiro toque é deci-sivo para quem está nos bas-tidores. O sinal informa para todos que o espetáculo está prestes a começar. As cortinas se abrem e todas as atenções são voltadas para o palco. A peça começou. Esta é uma ação comum que ocorre nos teatros do mundo, inclusive nos cinco de São Bernardo.

Lauro Gomes, Martins Pena, Elis Regina, Abílio Pe-reira Almeida e Cacilda Becker são os lugares que recebem peças para o entretenimento do público da região. Porém, nem todos eles possuem infraestru-tura adequada.

Para o ator Marcelo Mon-thesi, fundador do grupo Iriar-te, a cidade tem casas de espetáculos em situações con-trastantes. “O Elis Regina, por exemplo, precisa de uma refor-ma urgente, está muito ruim. Mas há teatros bons, como o Abílio, pois foi reformado”.

A atriz e mestre em Comu-nicação, Paula Venâncio, tam-bém concorda que os espaços necessitam de mais cuidados. “Muitas salas de teatro estão sucateadas, precisam de re-forma, não têm equipamento de luz, nem dinheiro para cultura.”

O secretário adjunto de Cultura de São Bernardo, Evandro de Lima, informou que a prefeitura tem investi-do na melhoria das casas de espetáculos. “Nós disponibili-zamos o espaço. Isso significa deixar de usar o teatro para alguma coisa para que eles [os grupos] usem para ga-nhar dinheiro. Mesmo assim, a prefeitura investe porque a luz, a água e os funcionários são públicos. Não tem inves-timento direto, tem melhoria da infraestrutura”.

USO DOS ESPAÇOSOs teatros de São Bernardo

são públicos, mas para um grupo se apresentar em um dos locais, deve participar de um

processo licitatório.“A secretaria de Cultura

abre um edital e as pessoas têm que montar um projeto de acor-do com as características do documento. Os grupos têm que apresentar a proposta de seus espetáculos, quais requisitos técnicos são necessários, além

Casas de espetáculosrecebem peças para todos os tipos de público

RAÍSSA PALMA/RRJ

Grupo Trapiche apresenta o espetáculo “Três Porquinhos”

São Bernardodispõe de cinco teatros

de uma série de especificações. Esses projetos são avaliados e então se faz uma sequência de pontuação. Os grupos com maio-res pontuações podem escolher as datas disponíveis no teatro de acordo com uma planilha”, explicou Paula, que também faz parte do corpo de jurados.

O secretário adjunto disse que há o processo licitatório, pois a prefeitura não investe dinheiro público na exibição de peças. Além disso, parte da arrecadação é destinada para

o Fundo de Assistência à Cul-tura da cidade. Segundo Paula e Monthesi, em torno de 10% da renda é destinada para os cofres públicos.

Ainda de acordo com Lima, pelo menos 20 atrações tea-trais estão previstas para o mês de março na cidade. A programação cultural com-pleta de São Bernardo pode ser encontrada no Guia da Cidade, em versão impressa e virtual (www.guiadacidade.saobernardo.sp.gov.br). g

da modelo por diversas outras escolas de teatro, devido ao seu método inovador que tem como prioridade “fugir do ensino con-vencional”.

Segundo o coordenador pe-dagógico e professor da institui-ção Thiago Antunes, o método do processo colaborativo, que se baseia em fugir da hierarquia de cargos teatrais e permitir que os próprios atores criem e impro-

visem os textos, surgiu na ELT. Atualmente, o método é pratica-do ao redor de todo o mundo, de acordo com o docente.

Dez cursos são ministrados na instituição, o principal e mais procurado é o de Formação de Atores, com duração de quatro anos e entrega do DRT ao final dos estudos. Turmas com média de 20 alunos realizam projetos de criação desde os primeiros

meses de aprendizado, além da montagem e apresentação de espetáculos desenvolvidos ao longo do tempo.

A procura por este tipo de curso especializado é cada vez mais alta, devido à qualidade das disciplinas focadas no universo artístico. Segundo Kako Arancibia, aluno da ELT, a escola tem “mestres ativos, aprendizes comprometidos, exercício ao pensamento crí-tico, além da visão do teatro como uma arte política”.

Para fazer parte de algum dos núcleos, basta comparecer à escola, localizada na Praça Rui Barbosa, 12, bairro Santa Terezinha, em Santo André, e fazer a inscrição durante o mês de janeiro. Os processos seleti-vos têm início em fevereiro e as aulas, no mês seguinte.

Na ELT é necessário parti-cipar de uma seleção específica

para ingressar nas diferen-tes disciplinas. “Fazemos desde entrevistas individu-ais, conversas em grupo, aulas práticas a apresen-tações de projetos, cada um conforme as necessidades do curso escolhido”, afir-mou o coordenador.

Outras opções de cursos teatrais são oferecidas no CLAC (Centro Livre de Artes Cênicas), em São Bernardo. Também gratuitas, as dis-ciplinas como Formação e Aulas de Teatro e Dança são voltadas a alunos a partir dos 13 anos. Para iniciar as aulas, os interesssados devem pre-encher uma ficha de inscrição e comparecer na escola, locali-zada na Praça Cônego Lázaro Equini, 240 – Baeta Neves, com uma foto e o RG. g

4

CULTURA

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De 28 de Março a 11 de Abril de 2013 Rudge Ramos Jornal - 13CULTURA

Grupos falam da falta de incentivoTHIAGO PÁSSARO

q Os grupos de teatro de São Bernardo reclamam de pro-blemas como a falta de espaço para apresentação e de incen-tivo do poder público.

É o caso do grupo Regina Pacis, um dos mais antigos da cidade. Hilda Breda é diretora da companhia e acredita que há falta de locais para o grupo apresentar seu trabalho. “Se você tem espaço, fica contente, pois produz um trabalho de meses para pode estrear e pode ter certa regularidade para ir apresentando”, explicou.

O idealizador do já ex-tinto grupo Teatro Insano, da Universidade Metodista, Marcos Lemes, compartilha da mesma ideia. “A gente não encontra nenhuma facilidade. Uma das principais dificul-dades é o local de ensaio. O grupo precisa de um espaço neutro, para que possa focar no momento criativo sem in-terferências externas.”

Lemes também é ator e pro-fessor universitário. O docente acredita que alguns problemas

dos grupos provocam um efeito dominó. “Se eu tenho patrocínio, eu consigo alugar um espaço para ensaiar. En-tão como é que sem incentivo vamos conseguir dinheiro para alugar um local?”

O teatro como fonte de renda também está na lista de preocupações das compa-nhias. “Outra dificuldade é a frequência para ensaiar, pois as pessoas têm outras ativi-dades. Geralmente o teatro fica em outro momento da sua vida. Até conciliar os horários de todo mundo, as pessoas se encontram uma vez por sema-na, como era o caso do Teatro Insano”, disse o professor.

O Regina Pacis, por exem-plo, segundo Hilda, é um gru-po de utilidade pública, pois todos os integrantes fazem parte dele voluntariamente. “Todo o dinheiro que entra vai para o caixa do grupo, para investir em figurino, cenário, gravação de trilha sonora e maquiagem”. O trabalho sem remuneração, porém, pode atrapalhar a companhia.

“Meu grupo só tem condi-

ções de se apresentar à noite ou de fim de semana, pois durante o dia todos trabalham. Nós até oferecemos [nossos es-petáculos] para as escolas, mas quando elas veem que é de final de semana, elas não querem mais, mesmo de graça.”

Lemes vê que a formação profissional, um dos proble-mas, vem sendo solucionada ao longo do tempo. “A gente tem mais escolas, inclusive no próprio ABC. Não que isso supra a carência de formação dos artistas. O processo é con-tínuo. Aqui você não tem um curso para aqueles que já são profissionais. É preciso ir para outros cantos para fazer isso”.

Para o secretário adjunto de Cultura de São Bernardo, Evandro de Lima, as compa-nhias de teatro da cidade têm ganhado diversas oportunida-des. “Eu não sou contra o in-vestimento, mas estou falando de uma realidade que existe hoje. O que nós oferecemos, seja o espaço, a formação ou a infraestrutura, tudo está muito democrático”, declarou o secretário. g

O Dia Mundial do Teatro é comemorado em 27 de março. O Instituto Internacional do

Teatro definiu esta data devido à inauguração do Teatro das Nações, em Paris, em 1961.

O primeiro gênero teatral foi o drama, que costumava retratar o sofrimento,

as lutas e interesses da população numa linguagem diferente.

O teatro é considerado a quin-ta arte, depois da música,

dança, pintura e escultura, em sequência.

ABÍLIO PEREIRA DE ALMEIDA

PRAÇA CÔNEGO LÁZARO EQUINI, 240 - BAETA NEVESTEL.: 4125-0582

CAPACIDADE:189 LUGARES

LAURO GOMES

RUA HELENA JACQUEY, 171 - RUDGE RAMOSTEL.: 4368-3483

CAPACIDADE:526 LUGARES

CACILDA BECKER

PRAÇA SAMUEL SABATINI, 50 - CENTROTEL.: 4348-1081

CAPACIDADE:394 LUGARES

MARTINS PENA

PRAÇA MARQUÊS DE ALEGRETTE, 44 - VILA GONÇALVESTEL.: 4123-7891

CAPACIDADE:195 LUGARES

FOTOS: THIAGO PÁSSARO/RRJ

Atores do Iriarte encenam Branca de Neve, em que o público infantil participa da história

ELIS REGINA

AV. JOÃO FIRMINO, 900 - ASSUNÇÃOTEL.: 4351-3479

CAPACIDADE:324 LUGARES

6 TEATROS DE SÃO BERNARDO

6 CURIOSIDADES

DIVULGAÇÃO

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De 28 de Março a 11 de Abril de 2013CULTURA14 - Rudge Ramos Jornal

FOTOS: DIVULGAÇÃO

ROTEIRO6

RAPHAEL ANDRADE

q A exposição ‘Toques e Retoques – Objetos de toucador e higiene pessoal’ está aberta ao público no Museu Históri-co Municipal de São Caetano, desde 20 de março.

A mostra faz parte do calen-dário de exposições do museu e conta com cerca de 60 peças de higiene pessoal. São frascos de talco, pentes, leques, lu-vas, porta-jóias, aparelhos de barbear, navalhas, afiadores, aparelhos para cortar cabelo, tesouras de barbeiro, entre outros e foi elaborada pela Fun-dação Pró-Memória em parceria com a Secretaria Municipal de

Exposição ‘Toques e Retoques’ exibe peças do século passado

Cultura de São Caetano. “A cada dois meses o museu

prepara uma exposição com um tema. Daqui a dois meses teremos outra sobre “flâmulas comemorativas”. Temos essas exposições programadas até dezembro”, contou Francisco Bastos, supervisor do Museu Histórico Municipal que co-laborou com a montagem da exposição. “Nós procuramos exibir todos os objetos que as famílias mais antigas, princi-palmente de meados da década passada, faziam uso no seu domicílio”.

Dentre os produtos presen-tes na exibição, é possível con-ferir, por exemplo, um estojo de

ROCK IN RUA

O projeto criado nos anos 90 tem como objetivo abrir um espaço para bandas independentes da cidade mostrarem seu trabalho. O festival acontece todos os me-ses e ocorre em diferentes pontos da cidade. A edição deste mês homenageia as mulheres. Domin-go (31), às 12h. Livre. Parque da Juventude - Av. Capitão Mário Toledo de Camargo – Jardim Ipa-nema – Santo André. Grátis.

APRESENTAÇÕES

Teatro e Contemporaneidade: Anjos do Picadeiro

O projeto “Teatro e Contempora-neidade” conta com a presença de vários grupos circenses que se apresentam com palhaçadas e técnicas de circo. O programa

viagem Pince, uma lata de talco De Ross, aparelhos de barbear Valet e Cross Nyork etc.

A exposição também conta com painéis informativos con-tendo a cronologia da cosme-tologia – ciência que cuida da produção, desenvolvimento e elaboração de cosméticos – no Brasil e no mundo.

Bastos falou que o museu recebeu ajuda de um colecio-nador de produtos de higiene da Matarazzo, cedendo alguns produtos da antiga fábrica. Uma espécie de penteadeira também foi emprestada para decorar a exposição.

A mostra fica aberta ao público até o dia 10 de maio.

tem a participação dos conjuntos Teatro de Anônimo (RJ), Grupo Agitada Gang (PB) e Grupo Palha-ços Trovadores (PA). Segunda-feira (8), às 18h. Livre. Sesc São Caeta-no – Rua Piauí, 554 – Bairro Santa Paula – São Caetano. Grátis.

OFICINA

Oficina de Maquiagem Teatral.Nesta oficina de maquiagem teatral, os participantes apren-dem truques e técnicas para criar uma boa caracterização e montar efetivamente o visual de personagens tanto simples como complexos. No final do curso, os participantes fazem uma en-cenação. É necessário retirada de senha com antecedência. Sábado (6), às 16h. Livre. Sesc São Caetano – Rua Piauí, 554 – Bairro Santa Paula – São Caeta-no. Grátis.

SERVIÇOToques e Retoques – Ob-

jetos de toucador e higiene pessoal

Museu Histórico MunicipalRua Maximiliano Lorenzini,

122 – Bairro Fundação – São Caetano

Segunda a sexta, das 9h às

17h. Sábados, das 9h às 13h.Entrada: gratuitaMais informações: 4223-

4780. g

Objetos de higiene pessoal e caixas porta-jóias viram atrações na mostra

EXPOSIÇÃOMÚSICA

Patrulheiros Mirins

Uma história de Trabalho e Assistência Social para a construção da Cidadania.A mostra é organizada pela Fundação Pró-Memó-ria, em parceria com a Se-cretaria de Cultura de São Caetano, expõe 21 painéis fotográficos que contam a história da Associação de Patrulheiros Mirins de São Caetano do Sul Oscar Klein, que completa 54 anos de fundação. A ex-posição pode ser conferi-da no Espaço Verde Chico Mendes e ficará disponível para visitação até 2 de maio. Terça a sábado, das 8h às 17h. Livre. Espaço Verde Chico Mendes - Av. Fernando Simonsen, 566 – Bairro São José – São Caetano. Grátis.

Amigos pela Arte

A exposição, que conta com 18 telas, é a primeira mostra feita em conjunto pelos artistas João Batista Pires, Dorival Vidal e Paulo Nikolaus, que fizeram parte de oficinas culturais de São Bernar-do. A exposição está aberta até o dia 28 de março. Segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Sába-dos, das 8h às 14h. Livre. Centro Cultural Antônia Marçon Bonício - Av. João Firmino, 900 - Bairro Assunção – São Bernardo. Grátis.

Feliz Cidades

A exposição apresenta 20 fotos de Paulo Miguel que mos-tram o cotidiano em cidades lito-râneas e vilarejos localizados em montanhas. As imagens podem ser conferidas até o dia 31 de março no SESI Santo André. Segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Livre. SESI Santo André – Pça. Dr. Armando de Ar-ruda Pereira, 100 - Santa Terezinha – Santo André. Grátis.

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De 28 de Março a 11 de Abril de 2013 ESPORTES Rudge Ramos Jornal - 15

CAIO DOS REIS

q O Brasil venceu a Argen-tina no último domingo (24) e garantiu o título do Paname-ricano Júnior de Handebol, realizado em Mar del Plata, na casa do adversário. Em jogo equilibrado, a seleção brasilei-ra fez 25 a 21 e garantiu vaga no Mundial Júnior, que será realizado em julho, na Bósnia.

A equipe conquistou o títu-lo de forma invicta. Na primei-ra fase, a seleção enfrentou e ganhou do Paraguai (45 a 15), de Porto Rico (36 a 21) e da Venezuela (37 a 24). Com os resultados a classificação veio em primeiro lugar. Nas oitavas de final, o adversário foi o Canadá, e a vitória bra-sileira foi por 51 a 20. Pelas semifinais, o Brasil venceu o confronto por 32 a 17, garan-tindo a vaga na final.

Um dos destaques do time na competição, o goleiro Roney Franzini, falou sobre a união e o foco da equipe. “Nosso time joga junto há bastante tempo, e sabíamos que a competição tinha seleções mais fracas tec-nicamente, então colocamos metas, mas já esperávamos uma final contra a Argentina”,

Seleção brasileira masculina de handebol é campeã do Panamericano Júnior

q O ginasta Arthur Zanetti foi eleito um dos representantes da comissão de atletas do COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Aos 22 anos ele foi medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres no ano passado, a escolha do atleta foi por meio de uma votação via internet. Ele disputou a posição com outros três ginastas.

A comissão de atletas do COB foi criada com o intuito de ser o principal canal de comunicação com os dirigen-

Ginasta do ABC integra comissão de atletas doComitê Olímpico Brasileiro

q A equipe masculina de handebol da Metodista estreia no Super Paulistão 2013 no dia 20 de abril, contra a equipe do Fadenp/São José dos Campos, às 16h, no Ginásio Baetão.

A equipe manteve a base do ano passado e contratou o central Diógenes, que atuou na última temporada pelo E.C. Pinheiros. O técnico SB está confiante em uma boa campanha. “Vamos jogar em busca do tricampeonato”, disse o comandante.

O time feminino tem três baixas para a temporada. A armadora Moniky e a ponta Daiane transferidas para a Europa, e a armadora Tayra se aposentou. O técnico Edu-ardo Carlone, que entra na sua oitava temporada como comandante da equipe, disse que “apesar das perdas, a Metodista sempre entra para buscar o título”. (C.R.) g

disse o goleiro, que também defende a equipe da Metodis-ta/São Bernardo.

EQUIPE FEMININAAs meninas também não

decepcionaram. Jogando com a equipe principal, venceram o Sulamericano e garantiram vaga na disputa do Paname-

ricano, em julho. Com ajuda da jogadora da Metodista/São Bernardo, Débora Hannah, o time venceu a Argentina na final pelo placar de 37 a 23. g

tes do comitê. Nele, os compo-nentes podem oferecer sugestões e recomendações sobre qualquer assunto relacionado ao Movi-mento Olímpico. “Sabemos que é importante ter um diálogo. Vou trabalhar em conjunto com outros esportistas que partici-pam do comitê e decidir nossos objetivos”, disse Zanetti.

O comitê é presidido por Emanuel Rego, tricampeão olímpico de vôlei de praia, e tem Hortência, medalhista do bas-quete em Atlanta (1996), como vice-presidente. Além disso,

ainda conta com os nadadores Gustavo Borges e Thiago Perei-ra, a jogadora de vôlei Fabi e Robert Scheidt, atleta de vela.

Revelado no Colégio Me-

todista, Zanetti atualmente treina no centro Sociedade Esportiva Recreativa Cultural Santa Maria, em São Caetano. No início do ano reclamou das

condições dos aparelhos e infraestrutura ruim. “A pre-feitura já tem a verba, está tudo encaminhado e deve ser resolvido em breve”, dis-se. Outra polêmica foi com o treinador Marcos Goto, que trabalha com Arthur desde os 7 anos. O atleta inclusive ameaçou uma saída da equi-pe olímpica caso o técnico não renovasse o contrato.

Zanetti estreou, na úl-tima quarta-feira (27), em uma etapa da Copa do Mun-do, realizada em Doha, no Catar. (C.R.) g

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Goleiro Roney foi um dos destaques do time na con-quista da competição

EQUIPE MASCULINA DA METODISTA/SBCENTRA EM FASE FINAL DE PREPARAÇÃO

Comissão de atletas tem como objetivo estabele-cer comunicação entre esportistas e dirigentes

MARISTELA CARETTA/RRJ

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De 28 de Março a 11 de Abril de 201316 - Rudge Ramos Jornal