Royalties para Educação

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DOMINGO,3 de janeiro de 2016 | 7CORREIO DO POVO

Especialização emEnsino e tecnologias■ Formar professores interessa-dos em novas propostas deaprendizagem, tornando as au-las mais dinâmicas, interativas econtemporâneas. Estas são me-tas do curso de pós-graduação“Educação, Criatividade e Tecno-logias”, em fase de implantaçãonas Faculdades Integradas SãoJudas Tadeu, em Porto Alegre.Em nível de especialização, opós começará neste semestre,com aulas às sextas e sábados.No currículo, estão estudos emdesign de aprendizagem, tecno-logias educacionais, robótica, ga-mes e storytelling, entre outros.

direto ao ponto

No Brasil, 32.434 escolas pú-blicas ainda não têm qualquer ti-po de conexão à Internet, segun-do levantamento do Instituto deTecnologia e Sociedade (ITS). Onúmero representa 22% do totalde escolas públicas do país. Amaioria das escolas sem acesso

à Internet está no campo, ondesó 13% estão conectadas à rede.

O Instituto aponta que o aces-so à rede proporciona maisigualdade para os estudantes.“Há uma grave violação do prin-cípio da universalidade, aprofun-dando as disparidades hoje exis-tentes. Ao expandir o acesso epermitir que professores e alu-nos acionem diferentes fontes eaprofundem seus repertórios, de-mocratiza-se o acesso à informa-ção e a materiais pedagógicosde qualidade, em especial a esco-las com menos recursos”, avaliao diretor do ITS, Ronaldo Lemos.

Entre as escolas urbanas, oacesso é maior, cerca de 80% es-tão conectadas. Porém, aindaexistem mais de 9 mil escolasem cidades que não têm acessoà rede ou que a conexão à Inter-net é mais lenta do que deveriaser. Isso significa que 4,5 milhõesde alunos no país estão em des-vantagem, conforme o estudo.

Escolas urbanas brasileirassão atendidas pelo Programa Ban-da Larga nas Escolas (PBLE),uma iniciativa do governo fede-ral com empresas de telefoniapara conectar escolas públicascom a banda larga. A empresadeve garantir o fornecimento etambém a manutenção de bandalarga para as escolas urbanas.

Já para as escolas rurais, umedital (aprovado em 2012) prevêque as operadoras de celularofereçam conexão 4G gratuita atodas as escolas que atendammais de 185 alunos. Além disso,existe a possibilidade de cone-xão via satélite a escolas deáreas muito remotas. Do total de65.738 escolas rurais, 2.569(3,9%) estão conectadas por saté-lite, com velocidades de 1 Mbps.

Uergs propõe criarpós em Agroecologia

Plataforma reúne dadossobre formação docente

FRANCISCO BOSCO / ESPECIAL / CP MEMÓRIA

Os vereadores de Porto Ale-gre aprovaram, em 1˚ turno, nofinal de dezembro (21/12), proje-to de emenda à Lei Orgânica doMunicípio, que determina a apli-cação, em Educação e saúde mu-nicipal, de recursos da União —a título de distribuição da parti-cipação especial e dos royaltiesda exploração de petróleo, gásnatural e outros hidrocarbonetosfluidos. Pela proposta da verea-dora Sofia Cavedon serão imple-mentadas ações articuladas comas áreas de desporto e cultura.A Câmara também aprovou emen-da da relatora do projeto, vereado-ra Séfora Mota, que determina aaplicação de 75% do montante naárea da Educação; e 25%, na saúde.

Sofia argumenta que conside-rou a nova legislação federal so-bre a distribuição de royalties aestados e municípios. E explicaque seu objetivo é aprimorar omarco regulatório sobre a explo-ração desses recursos no regimede partilha, propondo um trata-mento diferenciado à Educação.“Acreditamos que o efetivo de-senvolvimento de um municípioestá na qualidade da Educaçãoofertada. Por isso, o aporte derecursos nessa área é condiçãoprimeira para a obtenção da qua-lidade desejada”, afirma Sofia.

A proposta, segundo Sofia,tem como justificativa primordiale urgente a necessidade de am-pliação de vagas na Educação In-fantil de Porto Alegre. Além dedemanda reprimida nesse nívelde Ensino, lembra da obrigatorie-dade de vagas, em 2016, a todos,a partir dos 4 anos de idade; eda necessidade de a rede munici-pal ampliar esse atendimento naCapital, já que, hoje, a maioroferta é feita por instituições pri-vadas comunitárias (que têmapoio parcial de recursos públi-cos e precisam da contribuiçãode pais, comunidade e parceriaspara manter a qualidade).

■ A direção acadêmica da Uni-versidade Estadual do Rio Gran-de do Sul (Uergs) apresentou,em dezembro último, na Secreta-ria do Desenvolvimento Econô-mico, Ciência e Tecnologia, umprojeto de criação do primeirocurso de pós-graduação ligado àAgroecologia no RS. O diretordo Campus Regional IV, Mastrân-gelo Lanzanova, argumentouque o trabalho do grupo é ali-nhar a instituição ao propósitoda inovação tecnológica para odesenvolvimento da agriculturalimpa na região, maior consumi-dora de agrotóxicos no Estado.

■ O CultivEduca/Ufrgs é umaferramenta on-line que compiladados estatísticos de formaçãode professores da Educação Bá-sica de todo o país, apresentadospor município, por escola e porsala de aula. A plataforma foi cons-truída pelo Centro de Formaçãode Professores (Forprof/Ufrgs);e lançada em dezembro último,durante o Fórum Estadual Per-manente de Apoio à FormaçãoDocente (Fepad/RS). Os dadoseducacionais já estão disponí-veis e podem ser acessados emhttp://cultiveduca.ufrgs.br.

ENSINO

TECNOLOGIA

Internet atinge 13% dasescolas rurais do BrasilMaisde32 mil escolasnopaísnão estãoconectadasà rede; eamaioria delasestálocalizadanocampo

MARTA RESING / ESPECIAL / CP

Ensino privado inglêsé apresentado à SEC

[email protected]

Entre as escolas urbanas, cerca de 80% delas estão conectadas à Internet

ENSINO E SAÚDE

■ A experiência britânica emfinanciamento privado para aconstrução de escolas foi apre-sentada, no início de dezembroúltimo, à Secretaria Estadual daEducação (SEC). Atualmente, osistema de Ensino da Inglaterraconta com 20 mil escolas Primá-rias (de 5 a 11 anos de idade);4,1 mil, Secundárias (11 a 16 anos);e 1,3 mil, de Educação Especial.Cerca de 800 escolas foram cons-truídas com financiamento priva-do, mantendo a gestão escolar eas decisões pedagógicas sob res-ponsabilidade do poder público.

Editora: Maria José VasconcelosEditora assistente: Vera Nunes

Propostaamplia recursos

Sofia: aporte qualificará atendimento