Roteiro do Show Alô Brasil

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Roteiro do espetáculo Alô, Brasil! de Arthur Vital

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Roteiro show Al, Brasil!

IntroduoBanda entra em cortejo de samba lento do pblico at o palco. Com estandartes, esfumaadores, como um desfile carnavalesco. Danando.

ARTHUR(texto em off):O que o Brasil? Esse pedao de mundo,que tem um qu de pr-civilizaoou melhor; proto-civilizaoque tem a oportunidadede projetar a humanidadepor caminhos diferentesa nova Romaa nova raa,a no raa, a uni-raa.Amo o Brasilno como um ufanista babacaamo o Brasil como cidado do mundoamo essa esperana do novo ,do mltiplo, do mistoAmo o Brasil como ptria-filha.filha de muitos e diferentes pais,ligados por esse elo, essa experincia, esse desafio,de inventar e ser inventado.

Encerra a batucada.

Abertura1.Tocamos Alguma Coisa - AViolo,percusses (algo como um maracatu),vozes.

Alguma coisa anda erradaalguma coisa impregnadat invertendo tudo, tudo, tudoem nada

Alguma coisa no declaradaalguma coisa mal pensadat invertendo tudo, tudo , tudoem nada

nada que me encantanada que me incitanada que me traz amorde verdade

Nada de profundonada de qualidadenada que no estejafincado na terra da banalidade.

2.Tocamos O Consumista - Dm - Afro-beatViolo / Percusso / Sopros / VozesMsica comea com texto sobre o instrumental

ARTHUR:o mundo se consomede gro em pde gota em botade carro em luz

mais que sabido o preo;do petrleo, do feijodo bigmac, da guado sapato, da carneda coca e da soja em gro

- campeo, quanto custa meia dzia dessa virtude aqui!?o mundo se consomede lucro em latifndiode ganncia em desigualdadede burrice em capitalde rancor em prazer banalde iluso em falsos valores

s no v quem no quero saldo negativo do progressoe a esperana? ser o retrocesso ou o recomeo?

No sei.Mas no h ideologia que salve a pobreza de esprito!Eu acho que Deus j virou a ampulheta!E ns consumimos o mundocom a esperanade preencher o vazioque a alma deixou

CORO COMEA CANTAR CONSUMISTA:

Um video-game novinhouma calcinha amarelaum relgio, um sapatoum telefone celular

Televiso 3D, Ipad Miniaparador de panelaautomvel, aparelho de jantar

o teu consolo consumiro teu consolo consumirteu consolo consumir 2x

ARTHUR:Sua dignidade agora tem alcunha de statusdizem que ele est bemt bem escondido atrs da ostentaoatrs de desejos que no s seuspois no sabe bema Magna razo de se estar aquineste planeta!

CORO:O teu consolo consumir!O teu consolo consumir!O teu consolo consumir!

3.Apartheid - F#mViolo, percusso, vozes e sopros

Joyce comea a ler texto de "O Povo Brasileiro" de Darcy RibeiroCom o livro em mos e visivel ao pblico. Msica Apartheid vai entrando aos poucos. Coreografia e/ou encenao a ser elaborada durante leitura do texto.

JOYCE:"Apresado aos quinze anos em sua terra, como se fosse uma caa apanhada numa armadilha, ele era arrastado pelo pombeiro mercador africano de escravos para a praia, onde seria resgatado em troca de tabaco, aguardente e bugigangas. Dali partiam em comboios, pescoo atado a pescoo com outros negros, numa corda puxada at o corpo e o tumbeiro. Metido no navio, era deitado no meio de cem outros para ocupar, por meios e meio, o exguo espao do seu tamanho, mal comendo, mal cagando ali mesmo, no meio da fedentina mais hedionda. Escapando vivo travessia, caa no outro mercado, no lado de c, onde era examinado como um cavalo magro. Avaliado pelos dentes, pela grossura dos tornozelos e nos punhos, era arrematado.Outro comboio, agora de correntes, o levava terra adentro, ao senhor das minas ou dos acares, para viver o destino que lhe havia prescrito a civilizao: trabalhar dezoito horas por dia todos os dias do ano. No domingo, podia cultivar uma rocinha, devorar faminto a parca e porca rao de bicho com que restaurava sua capacidade de trabalhar, no dia seguinte, at exausto.Sem amor de ningum, sem famlia, sem sexo que no fosse a masturbao, sem nenhuma identificao possvel com ningum seu capataz podia ser um negro, seus companheiros de infortnio, inimigos , maltrapilho e sujo, feio e fedido, perebento e enfermo, sem qualquer gozo ou orgulho do corpo, vivia a sua rotina. Esta era sofrer todo o dia o castigo dirio das chicotadas soltas para trabalhar atento e tenso. Semanalmente, vinha um castigo preventivo, pedaggico, para no pensar em fuga, e, quando chamava ateno, recaa sobre ele um castigo exemplar, na forma de mutilao de dedos, do furo de seio, de queimaduras com tio, de ter todos os dentes quebrados criteriosamente, ou dos aoites no pelourinho, sob 300 chicotadas de uma vez, para matar, ou 50 chicotadas dirias, para sobreviver.Se fugia e era apanhado, podia ser marcado com ferro em brasa, tendo um tendo cortado, viver peado com uma bola de ferro, ser queimado vivo, em dias de agonia, na boca da fornalha ou, de uma vez s, jogado nela para arder como um graveto oleoso...

CORO CANTA INTRODUO VOCAL DE APARTHEID:Abe b rumb!Abe b rumb!4x

ARTHUR canta:Sou guerreiro da Justiada Beleza e do Amorluto pela liberdade do meu povo sofredor

Ax Mandela!Heri Libertador!Salve Favela!Com a Fora de Xang.repete com coro

Vem meu povo se unircontra toda opressoremanescente da escravidoo meu grito por pazigualdade e uniopelo fim do apartheidsocial, racial to boalque separa nossa nao!

Todos cantam introduo enquanto Joyce l o restante do texto de Darcy Ribeiro.

JOYCE:Nenhum povo que passasse por isso como sua rotina de vida atravs de sculos sairia dela sem ficar marcado indelevelmente. Todos ns, brasileiros, somos carne da carne daqueles pretos e ndios supliciados. Todos ns, brasileiros, somos, por igual, a mo possessa que os supliciou. A doura mais terna e a crueldade mais atroz aqui se conjugaram para fazer de ns a gente sentida e sofrida que somos e a gente insensvel e brutal que tambm somos. Descendentes de escravos e senhores de escravos seremos sempre servos da malignidade destilada e instalada em ns, tanto pelo sentimento da dor intencionalmente produzida para doer mais quanto pelo exerccio da brutalidade sobre homens, sobre mulheres, sobre crianas convertidas em pasto de nossa fria.A mais terrvel de nossas heranas esta de levar sempre conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista. Ela que incandesce, ainda hoje, em tanta autoridade brasileira predisposta a torturar, seviciar e machucar os pobres que lhes caem s mos."

Msica para. Joyce l no silncio a ltima frase

JOYCE:"Ela, porm, provocando crescente indignao nos dar foras, amanh, para conter os possessos e criar aqui uma sociedade solidria."

BLACKOUT!4.Comea projeo de video da TVT "Por que o senhor atirou em mim?" at certa parte.

Tocamos Operao Cotidiana - Bm- samba

ARTHUR canta:Veja seu doutoresse corpo estirado no cho meu irmo, meu irmo!

Foi baleadonesta triste madrugadaele no devia nada!ele no devia nada!

Mais triste saberque o homem que o assassinouera remuneradopra nos protegero que ser de minha me?o que ser de minha me?o que ser deminha me?

CORO:Doutor meu irmo era caretano jogava e nem bebiae nunca pegou em revlver

Vai doer no coraoquando sairno jornal da televisoparabns polciapelo sucesso da operao

BLACKOUTProjeta outra parte do video "Por que o senhor atirou em mim?"

Tocamos Operao Cotidiana N.2 - Samba - Tonalidade a definir

COROIsso no tem condio!Isso no tem condio!Isso no tem condio!

Mulher canta:Meu filho era um menino sossegadono era suspeito, muito menos culpadoseu doutor.

Ele era simplesgostava de danar e joagr bolatinha acabado de terminar a escola

COROEle era o orgulho da comunidadeganou bolsa de estudos na universidade2x

MulherSeu doutorPor que fizeram aquilo?Arbitrariamente, apertaram o gatilhomeu filho no reagiuele ficou parado

CORONo foi legtima defesaele no estava armadoNo foi legitima defesa ele no estava armadoNo foi legtima defesaele no estava armado senhor!

Mulher:Seu doutorVeja a minha situao

COROIsso no tem condio!Isso no tem condio!Isso no tem condio!

BLACKOUT

5.Joyce ergue um cartaz com a foto dos cangaceiros decapitados, inicia a leitura do manifesto aumentando gradativamente o tom da voz, confrontando parte do "Coro" (a outra metade falar as indicaes no texto) que ao fundo sussurra repetidamente os nomes de cidades por onde os cangaceiros transitaram: Serra Talhada, Paulo Afonso, Jeremoabo, Uau, Floresta, Poo Redondo, Porto da Folha, Piranhas, Glria de Goita, Angicos (*repetem at o fim).

JOYCE:A bandeira cangaceira composta pelas cores preta (parte do coro: branca!)branca (parte do coro: amarela!)amarela (parte do coro: preta!)sangue (parte do coro: sangue!)

A bandeira cangaceira estampa de um ladoa figura de um Europeu desembainhando sua espada (parte do coro: arenga!)Do outro ladoa figura de um ndio e seu arco e flexa (parte do coro: danou-se!)E no verso a bandeirado Brasil(parte do coro: chicote!)

A bandeira cangaceira semirida ressecadaressentida

A bandeira cangaceira ancestral!

A bandeira cangaceira conhece as rotas de fugae de permanncia

A bandeira cangaceira como a Fnix dissolve-se no arvira poeira no Serto e haver de ser recolhida e hasteada!

A bandeira cangaceira (todo o coro grita NO) existe!A bandeira cangaceira (todo o coro grita NO) existe!A bandeira cangaceira (todo o coro grita NO) existe!

Cangao - Am - Baio(Arthur Vital/Muryel De Zoppa)

pedra que luz do dia transpira e faca que, educada em pedra, emoldura a tripa sede do barro costumeiro o batalhar dos calos sob o reflexo solarCORO - Todos repetem

Lampio que, com os ps trincados, pernambuca de cho a cho tal qual o vento trafega a poeira que sapeca o couro e dana faceira que embarrenta o solo a canga o cangaceiroCORO cordel cantoria, lngua quente, que afia o faco com gua ardente cova e sarau e caatingueiro, matria sofrida da morte morrida, carcaa passante de vaga-vida na ginga poeira que seca a flor

JOYCE:Anamb Tribo indgena Achada(coro: No! Catalogada)No curso do rio Cairari, afluente do MojuNo remoto, no passado oeste do rio Tocantins, nas cabeceiras do rio Pacaj Par(coro: Par!)

Muihu Anamb

Um dos sete ltimos falantes do dialeto anamb (coro: lngua tupi-guarani!)Nunca tiveram assistncia direta da FUNAI

(coro: segundo o Wikipdia!)Anamb(coro: Anamb!) tambm o nome de uma ave da Ordem Passeriformes (Joyce e o coro: um dos exemplares conhecido popularmente por Macan)

Anamb - Bm - Afroindigena/Ijex/Afox(Arthur Vital/Muryel de Zoppa)

CORO 3x Anamb! Anamb!

ARTHURSua licena, Macan que menestrel encantadoMas cantarola com Muihu E filosofa lsarapanteia cNa oca do bravo guerreiro Cairaricaado o jabutiesquenta a palha e prensano ritmado doscantosdo Pacaj

CORO Par! Paj TupiTupi-Guaranida fala anamb Rimando na caaRemando o Ub: Ebbo...

ARTHUR MenestrelSapincia

CORO 3xPaj-Macan!

CORO 4x Anamb Anamb

BLACKOUT

6.

Grande Questo - F - Samba-Jazz

ARTHUR canta

Voc parecetudo parececom o que merece parecertodo ser humano parecer com Deus

CORODeus!

ARTHURMas ao contrriodo que pareceo verbo da vida perecertalvez s pra quem no sabe viver

COROSaber viver a grande questoGritada de dentro do caixoas bocas oprimidasdas almas esquecidasgritam no!no!!

CORO - Repete do incio.

TEXTO - "Destino"

JOYCEMeu caminho torto

fui semente,potncia inerte de mimmesmo.

germinei.

hoje apesar da terraainda coar meu nariz,j vislumbrocertas coisasda natureza.

por exemplo;

vique um pinheiroalto e reto frutoda fidelidadeontolgicade uma raiztortae profunda

Paz do Vazio - A7 - Baio

ARTHURHoje eu s quero a pazamanh j no sei maisno compasso pasos a passoeu levo a vida feito jazzCORO - REPETE

ARTHURNo quero sentir mais nadaNem quero rir de piadano quero nem meias palavras inteiraseu no quero arrepio no pelo do braojanela fechada co tranca de ao

CORONo quero arrepio no pelo do braojanela fechada com tranca de aoeu no quero arrepio no pelo do bra-o

ARTHURPenduro minh'alma num fio

CORO Eu s quero a paz do vazio

CORO - Repete do inicio

TEXTOSobre fundo musical "atonal" e cacofonico lido o texto "A msica do egolatra magia negra"

A msica do egolatra magia negraei! cuidado!a mentira estescorrendopelas frestasdo egoe feito cido corri tudoaquilo que um dia manifestou alguma verdade

feito merdadisfarada de auto-tuneela substituio talentopor estratgia de marketing

e sendo homologada por uma falsamodernidadede uma falsa sociedadetecnocratade consumo

elamelalameiarebosteiacagablasfemaa sacra msica.

Quem tem ouvidos que oua.

TODOS REPETEM ALTERNADAMENTE:

Quem tem ouvidos que oua!Quem tem ouvidos que oua!

Comunho - Em - Baio

ARTHURA vida no competio. No NoCOROMeu irmo4x

ARTHUR Eu no sou nada sem ningum.Ningum algo sem algum.No se esquea que todos nsSomo fruto de uma unio

ARTHUR A vida no competio. No No

CORO comunho COROAh, vai chegar o dia.Em que a harmonia ir reinar na terra.Cada um de ns encontrar.Sua felicidade.Em comunho.Em comunho. COROA vida no competio. No No comunho

BLACKOUT

7.S - Dm - SambaArthur canta sozinho ao violo. J fiz samba pra cantar de dar risadaCom os bambas na caladaSentados na mesaDe um botequimMas hoje este samba eu fao sPra desatar um nQue deu em mim Quando eu perco a graa de viver a vidaPego o violoE me entrego pra arte num rito de meditaoTransformo a minha dorEm letra e melodiaE fao do sambaReligio

acaba msica.

TEXTOEm outro lugar do palco Joyce de frente para um espelho, de costas para o pblico que a v pelo reflexo do espelho d o texto "Poo"

JOYCEno s por arrognciaque no ajoconforme osprudentes conselhosque ouodaqui do fundodo poo

por necessidade de entendereu mesma a razo de uma atitudeou uma no-atitude

por issosozinha tenho que desemaranharo fio do meu destinoescalandopedra por pedrao buraco fundodo meu egosmo

Samba pro Espelho - Gm - SambaJoyce canta acompanhada apenas do violo

A tua ansiedadese ser novidadesem ter humildadevai te arrastar para escuridode uma cavidadeE l toda essa tua vontadede autenticidadeser s vaidadeser s vaidade... Para poder pintarpara poder cantarpara poder tocar as almasem teu corao deve prevalecera generosidade Seja na mo de Deusapenas a penas assim serum gnio de verdade.

PERCUSSO E CORO NA REPETIO.

acaba msica. trabalhar o espelho em cena na transio;

Imagem - Bsus4 - Samba

Arthur canta

Se quiser falar de amorpor favordeixe as magoas para forada balanaSe quiser reconheceralm da imagemfaz esforo pra virar criana

CORO - REPETE ARTHURA imagem tudo aquilo que a gente construiuSomado a tudo aquilo que a gente reprimiuQue se choca com aquilo que a gente ingeriuE o reflexo daquilo que a gente expeliu

BLACKOUT

8.

Transio. Pequena cena/perfomance que remeta Renascimento. Para ser feita antes e/ou durante a cano.

Alvorecer - Am- Afro/Ijexa/Afoxe/Capoeira

COROEi, vai nascer um dia novose preocupe no.h males que vem para o bems Deus sabe o que fazNo existe o erros existe o Amorque as vezes se veste de dorpra se impor

ARTHUREra alta madrugadaeu dobrei os meus joelhosencarei-me no espelhoe pediPude ouvir a clarinadaanunciando a alvoradana certeza de que tudotem razo de serNa certeza de que tudovai alvorecer

REPETE IGUAL.

acaba msica

TEXTOARTHURC t ligado que essa crise passageirano a ultima muito menos a primeiraC t ligado que esse mal necessrioSem a feira no existe a belezaC t ligado que o orgulho uma tristezamata na gente a verdadeira naturezaC t ligado que o talento uma misso de transformar toda angstia em Beleza

O Retorno - Esus4(??) - Samba

ARTHUR cantaC ta ligado que essa crise passageirano a ultima muito menos a primeiraC t ligado que esse mal necessrioSem a feira no existe a beleza

Veja o sol j vai nascer de novoEis o ciclo do UniversoS h vida, se houver morte

COROA morte serve pra renovarA vida serve pra consumar

ARTHURA noite serve para dormir

COROUm dia de veroServe pra ser e ser felizE plenamente EU SOU!

ARTHURC t ligado que o orgulho uma tristezamata na gente a verdadeira naturezaC t ligado que o talento uma misso de transformar toda angstia em Beleza

Veja o sol j vai nascer de novoEis o ciclo do UniversoS h vida, se houver morte

COROA morte serve pra renovarA vida serve pra consumar

ARTHURA noite serve para dormir

COROUm dia de veroserve pra ser e ser felize plenamente EU SOU!

acaba msica.

TEXTOARTHUREu sou descendente de japons, portugusnegro e ndio.Eu sou brasileiromas antessou americanodo sul,antes souterrqueo,antes sousolar,antes souvia lcteo,antes soucsmico.

Eu sou o que sou - Em - Afrobalada Moacir Santiana

ARTHUREu sou o que souEterno Infinitoem transformao

Sou feito do amora fora primeirada evoluoCOROSou a luz e a escuridoSou pedra, sou planta, sou bicho, sou florSou a cruz, a contemplaosou a criatura, sou o criadoreu sou cu, eu sou cho

ARTHURO cu est lindo Deus expandindome sento pra ver

Meu filho sorrindome mostra o caminhoe eu me deixo viver

Eu sou a sementeque o Sol jogou sobre a Terra quese fecundou e geroua forma de vida que aqui brotou isso que eu sou

COROEu sou a sementeque o Sol jogou sobre a Terra quese fecundou e geroua forma de vida que aqui brotou isso que eu sou

repete coro final envolvendo o pblico at acabar

FIMBISASA BRANCA - E7 - Baio/Cococantam todos com pblico.