Roteiro de Leitura - Grupo Edelbra de Leitura - Amor... · que gostou e o que poderia ser diferente...

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1 www.edelbra.com.br Ilustração Weberson Santiago Roteiro de Leitura AMOR E OUTROS CONTOS — LUIZ VILELA Caro(a) professor(a), as atividades presentes neste roteiro de leitura são apenas sugestões. Cada professor pode adaptá-las à realidade de sua escola e de sua turma, bem como à faixa etária de seus alunos, podendo criar outras atividades que julgue mais adequadas. Lembre que as atividades que envolvem a leitura devem priorizar aspectos lúdicos e também aspectos reflexivos, a fim de contribuir com o crescimento intelectual do leitor, despertando nele o desejo de mais e mais descobertas com os livros. Lembre sempre, ao indicar um livro, que o(a) professor é um orientador da leitura, um mediador entre a criança/o jovem e o livro. APRESENTAÇÃO MOTIVAÇÃO A motivação tem por objetivo chamar a atenção do aluno para o livro que será lido, inserindo-o na “atmosfera” literária, sem contudo fazer referência ao livro em si. Somente após a ativi- dade motivacional, o professor apre- sentará o livro aos alunos. Motivação significa motivar para a ação da leitura. Amor e outros contos, de Luiz Vilela, apresenta narrativas curtas em que situações do cotidiano são apresentadas de forma sutil e delicada, questionando, muitas vezes, a própria condição humana. Amor, velhice, solidão são alguns temas discutidos pelo autor. ATIVIDADE: O(A) professor(a) solicita que os alunos realizem um breve debate sobre a seguinte questão: Amar é? Após, pede que, individualmente, os alunos criem uma definição para amor. Esta definição deverá ser escrita no centro de uma folha-cartaz. Feito isso, os alunos serão convidados a ilustrarem as diferentes definições de amor, usando recorte, colagens, pintura, desenho. Professor expõe na sala os cartazes e coloca que o amor é algo que inquieta muito as pessoas, motivando a criação de vários objetos artísticos, tais como músicas, filmes, peças de teatro, livros. E, então, apresenta aos alunos o livro Amor e outros contos, de Luiz Vilela, indicando a leitura.

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Ilustração Weberson Santiago

Roteiro de Leitura

AMOR E OUTROS CONTOS — LUIZ VILELA

Caro(a) professor(a),

as atividades presentes neste roteiro de leitura são apenas sugestões. Cada professor pode adaptá-las à realidade de sua escola e de sua turma, bem como à faixa etária de seus alunos, podendo criar outras atividades que julgue mais adequadas. Lembre que as atividades que envolvem a leitura devem priorizar aspectos lúdicos e também aspectos reflexivos, a fim de contribuir com o crescimento intelectual do leitor, despertando nele o desejo de mais e mais descobertas com os livros. Lembre sempre, ao indicar um livro, que o(a) professor é um orientador da leitura, um mediador entre a criança/o jovem e o livro.

APRESENTAÇÃO

MOTIVAÇÃO

A motivação tem por objetivo chamar a atenção do aluno para o livro que será lido, inserindo-o na “atmosfe ra” literária, sem contudo fazer referência ao livro em si. Somente após a ativi-dade motivacional, o professor apre-sentará o livro aos alunos. Motivação significa motivar para a ação da leitura.

Amor e outros contos, de Luiz Vilela, apresenta narrativas curtas em que situações do cotidiano são apresentadas de forma sutil e delicada, questionando, muitas vezes, a própria condição humana. Amor, velhice, solidão são alguns temas discutidos pelo autor.

ATIVIDADE:

O(A) professor(a) solicita que os alunos realizem um breve debate sobre a seguinte questão: Amar é? Após, pede que, individualmente, os alunos criem uma definição para amor. Esta definição deverá ser escrita no centro de uma folha-cartaz. Feito isso, os alunos serão convidados a ilustrarem as diferentes definições de amor, usando recorte, colagens, pintura, desenho. Professor expõe na sala os cartazes e coloca que o amor é algo que inquieta muito as pessoas, motivando a criação de vários objetos artísticos, tais como músicas, filmes, peças de teatro, livros. E, então, apresenta aos alunos o livro Amor e outros contos, de Luiz Vilela, indicando a leitura.

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LEITURAOBJETIVADA

É interessante sempre, ao indicar uma leitura, que o professor a objetive, fornecendo chaves para que o leitor possa mergulhar no livro, a partir de certos indícios sobre o que deverá prestar atenção.

A mediação do professor, encaminhando rotas de leitura e acompanhando os alunos, a fim de perceber suas dificuldades na compreensão do lido, é de fundamental importância no trabalho de formação do leitor literário. É importante também estar aberto às interpretações, ideias, vindas dos alunos. Ler é troca. Sempre.

Assim, o professor solicita que os alunos façam um levantamento dos temas enfocados por cada um dos contos, a partir da seguinte questão: QueproblemáticaexistencialétematizadaporLuizVilelaemcadaumdoscontos?

Alunos deverão apontar o tema e também indicar que personagem do conto representa/personaliza tal tema, justificando.

A atividade pode ser, após a realização individual, apresentada e discutida em pequenos grupos, a fim de que os alunos possam trocar suas impressões de leitura em relação aos temas dos contos.

ATIVIDADE:

I – Atividade geral:

1 — Diário de bordo da leitura

a) Professor solicita que cada aluno, após a leitura de cada um dos contos, registre em folha A4 (uma para cada conto) sua opinião sobre a leitura, apontando o que gostou e o que poderia ser diferente no conto, caso o escritor fosse ele.

b) Professor solicitará também que sejam coladas na folha notícias ou imagens que tenham a ver com a temática do conto.

EXPLORAÇÃO

Explorar o texto literário significa perceber a cosmovisão do aluno sobre o texto lido, além de buscar a qualificação de sua leitura, apontando aspectos pertinentes do livro, que interessem ao professor(a) explorar. As atividades devem priorizar questões de compreensão, interpretação, opinião, visão do mundo, através de atividades reflexivas e também lúdicas.

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c) Caso a leitura seja realizada por alunos do Ensino Médio, pode-se solicitar tam-bém que sejam feitos apontamentos sobre narrador, personagens, conflito, descrição, etc. Conteúdos costumeiramente trabalhados no 1º ano do EM.

2 — Forças opostas

a) Geralmente, uma das características presentes no gênero conto é a oposição de forças, que irão ser responsáveis pela tensão necessária ao gênero. Assim, o(a) professor(a) pode solicitar que os alunos identifiquem as forças que se opõem em cada um dos contos lidos.

3 — Galeria dos personagens

a) Professor divide a turma de acordo com o número de contos do livro.

b) Grupo terá de escolher uma imagem de uma pessoa, em revistas ou em jornais, que represente o protagonista do conto. Após, deverá traçar o perfil do mesmo.

II – Algumas atividades específicas:

Questões de compreensão, de interpretação de opinião, de ampliação do mundodo leitor, de ampliação de conhecimento e de relações interdisciplinares.

Conto: Amor

a) Traçar o perfil dos personagens: imaginar com são Ele e Ela, o que querem/pensam da vida?

b) O conto chama-se Amor. Na sua opinião, há amor entre os dois personagens? Por quê?

c) O conto conclui perguntando: “Por que o amor era tão difícil?”. Na sua opinião, amar era difícil para as personagens? E você, vê o amor como algo fácil ou difícil? Justifique.

Conto: A volta do campeão

a) Solicitar que os alunos pesquisem o que é o jogo Tabela. Após, pedir que citem os jogos com os quais costumam se divertir.

b) Pesquisar com seus pais que jogos ou brincadeiras eles costumavam praticar.

c) Em que aspectos jogar tabela trouxe de volta a infância do campeão?

d) Como se estabelece a amizade entre Dudu e o protagonista? Que sintonia se estabelece entre eles, apesar da tão grande diferença de mundos e de idades?

e) Como Edmundo reage diante do que a filha lhe diz? O final do livro nos leva a pensar o quê sobre a postura do homem?

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Conto: Fazendo a barba

a) Estabeleça a diferença entre a postura do barbeiro e a de seu ajudante diante da tarefa de barbear o morto.

b) O conto trata de um tema que muitas pessoas, ainda hoje, evitam comentar: a morte. Há sempre uma série de tabus em relação a ela. Na página, 31, o rapazinho pergunta: “Por que será que a gente não se acostuma com a morte?”. Se você pudesse responder ao rapaz, o que diria a ele?

c) Na página 32, o barbeiro, ao tentar responder a indagação do ajudante, diz que há “muita coisa que a gente não entende”. O que você não entende no mundo? O que prejudica o seu entendimento de algumas coisas?

Conto: Bichinho engraçado

a) Como se estabelece a relação entre Adalberto e Tito?

b) Você tem ou já teve algum animal de estimação? Escreva a história dele em primeira pessoa, como se ele estivesse contando sua própria vida. O que seu animal contaria? Há algum fato engraçado envolvendo-o?

Conto: Nosso fabuloso tio

a) O texto diferencia o casal de velhos, dizendo que o Tio era a vida e a Tia, a morte em vida. Em que medida você concorda com a

opinião do narrador?

b) O modo como o Tio vivia era, de fato, uma forma de aproveitar a vida?

c) Na sua opinião, o que é, hoje, aproveitar a vida para os jovens? Você concorda com tal visão?

d) O que representa, no final do conto, a postura do Tio em levar a Tia para dançar?

Conto: O suicida

a) Analisar a estrutura do texto jornalístico notícia. Após, solicitar que os alunos criem a notícia do suicídio, narrando o ocorrido.

b) No final, o suicídio que a população aguardava com ansiedade acaba não ocorrendo. Ninguém se mata. Todavia, o que deveria ser alívio para todos se torna frustração. O que o autor critica com tal final?

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ATIVIDADE: Intercâmbio de personagens

a) A partir da atividade Galeria de personagens, cada grupo (podem ser os mesmo da tarefa citada acima) deverá promover o encontro entre dois personagens de contos diferentes do livro, produzindo um novo conto em que tais personagens atuem como forças opostas um ao outro.

b) A atividade deverá ser apresentada em forma de curta-metragem ou de teatro.

A extrapolação é um momento em que o(a) professor(a), a partir dos elementos destacados, discutidos e trabalhados no livro, desafiará os alunos a criarem, a irem além do experimentado com a leitura, extrapolando sua mera condição de leitores.

EXTRAPOLAÇÃO

c) Em que aspectos podemos dizer que a sociedade atual está voltada para o espetáculo?

Conto: Uma lástima

a) Que lembrança a chuva lhe traz?

b) Qual o sentimento de Lívio sobre si mesmo?

c) Na sua opinião, o que significa ser “uma lástima”? Que situações humanas podem ser consideradas “uma lástima”?

Conto: Françoise

a) Em determinada parte do conto, Françoise se interroga se sua cidade ainda se parece com a imagem que uma música apresenta. As músicas, muitas vezes, são capazes de captar certos estados de ânimos nossos. Assim, escolha uma letra de música de que você goste e ilustre-a, expondo os sentimentos que tal música provoca em você.

b) Na página 91, a personagem diz: “Eu estava pensando isso: que devia ser bom ser essa corrente. Olha para ela: não parece ser bom?”

Escolha um objeto, descreva-o e, após, diga por que seria bom ser ele.