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Até o último trimestre de 2013, o cenário do trânsito nas proximidades do Complexo Portuário de SUAPE deve se modificar com a conclusão de um novo acesso para o litoral Sul. O projeto inclui um conjunto de obras viárias que totalizam 43 km de extensão. A via ligará o município de Cabo de Santo Agostinho ao distrito de Nossa Senhora do Ó, em Ipojuca, passando por SUAPE, inclusive nas vias de acesso aos Estaleiros Atlântico Sul e Promar. A administração da nova rodovia é da Concessionária Rota do Atlântico (CRA), formada pela Odebrecht Transport, empresa do Grupo Odebrecht que tem como sócio o Fundo de Infraestrutura do FGTS, e pela Invepar, composto pela Previ, Petros, Funcef e AOS. A serviço do Consórcio Expressway, responsável pelas obras, a TECOMAT está fazendo o controle tecnológico do concreto das obras de arte especiais e prestando consultoria em revestimentos e patologias estruturais. “Temos também apoiado o setor de Qualidade da obra a realizar um controle mais eficiente nas demais frentes de serviço com treinamen- tos, apoio na elaboração de procedimentos e acompanhamento de alguns serviços relacionados ao concreto”, disse o Gerente do Laboratório de Obras da TECOMAT, José Maria da Cruz Neto. A empresa adquiriu alguns equipamentos que serão utilizados em campo para garantir a qualidade do pavimento, tais como a Viga Benkelman e o LWD-Light WheightDeflectometer, que são usados com a finalidade de verificar se as deflexões medidas no pavimento estão compatíveis com as especificações de projeto. Sobre a Concessão Rodoviária - A Rota do Atlântico ficará responsável pela manutenção do pavimento, dos dispositivos de drenagem, da faixa de domínio e também pela implantação e conservação de equipamentos de segurança da via, como câmeras, radares, painéis de mensagem, placas de sinalização e iluminação. A concessionária contará com um Centro de Controle Operacional, com serviço de atendimento ao usuário e apoio ao caminhoneiro, monitoramento 24 horas, ambu- lância de resgate a acidentados. A tarifa de pedágio será cobrada de forma unidirecio- nal, permitindo o acesso a todo o complexo viário. Serão gerados 250 empregos diretos, outros 500 postos de trabalho terceirizados, além de 1,1 mil empregos para o período de obras. Rota do Atlântico: novo acesso para o litoral Sul Ano V Número 13 Abril 2013 Módulo de Elasticidade 2 3 4 Pág 13 Módulo de Elasticidade Giro TECOMAT

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Até o último trimestre de 2013, o cenário do trânsito nas proximidades do Complexo

Portuário de SUAPE deve se modificar com a conclusão de um novo acesso para o

litoral Sul. O projeto inclui um conjunto de obras viárias que totalizam 43 km de

extensão. A via ligará o município de Cabo de Santo Agostinho ao

distrito de Nossa Senhora do Ó, em Ipojuca, passando por SUAPE,

inclusive nas vias de acesso aos Estaleiros Atlântico Sul e Promar.

A administração da nova rodovia é da Concessionária Rota do

Atlântico (CRA), formada pela Odebrecht Transport, empresa do

Grupo Odebrecht que tem como sócio o Fundo de Infraestrutura do

FGTS, e pela Invepar, composto pela Previ, Petros, Funcef e AOS. A

serviço do Consórcio Expressway, responsável pelas obras, a

TECOMAT está fazendo o controle tecnológico do concreto das

obras de arte especiais e prestando consultoria em revestimentos e

patologias estruturais.

“Temos também apoiado o setor de Qualidade da obra a realizar um

controle mais eficiente nas demais frentes de serviço com treinamen-

tos, apoio na elaboração de procedimentos e acompanhamento de

alguns serviços relacionados ao concreto”, disse o Gerente do

Laboratório de Obras da TECOMAT, José Maria da Cruz Neto. A

empresa adquiriu alguns equipamentos que serão utilizados em

campo para garantir a qualidade do pavimento, tais como a Viga

Benkelman e o LWD-Light WheightDeflectometer, que são usados

com a finalidade de verificar se as deflexões medidas no pavimento

estão compatíveis com as especificações de projeto.

Sobre a Concessão Rodoviária - A Rota do Atlântico ficará responsável pela

manutenção do pavimento, dos dispositivos de drenagem, da faixa de domínio e

também pela implantação e conservação de equipamentos de segurança da via,

como câmeras, radares, painéis de mensagem, placas de sinalização e iluminação. A

concessionária contará com um Centro de Controle Operacional, com serviço de

atendimento ao usuário e apoio ao caminhoneiro, monitoramento 24 horas, ambu-

lância de resgate a acidentados. A tarifa de pedágio será cobrada de forma unidirecio-

nal, permitindo o acesso a todo o complexo viário. Serão gerados 250 empregos

diretos, outros 500 postos de trabalho terceirizados, além de 1,1 mil empregos para o

período de obras.

Rota do Atlântico: novo acesso para o litoral Sul

Ano V Número 13 Abril 2013

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Módulo de Elasticidade

Giro TECOMAT

Durante muito tempo, as construtoras do Nordeste não se ativeram a realizar ensaios de módulo de elasticidade do concreto em suas obras, sobretudo porque os mesmos só podiam ser executados em laboratórios localizados em outras regiões. A lacuna no mercado local, no entanto, fez a TECOMAT se habilitar a realizar esse ensaio há algum tempo. “Esse ensaio já é exigido em algumas capitais do Brasil e no Recife os profissionais têm começado a solicitá-lo, por entenderem sua importância para excluir incertezas no desempenho das estruturas, principalmente por conta dos projetos estruturais cada vez mais arrojados”, explica o consultor da TECOMAT, Tibério Andrade.

Para o calculista Sérgio Osório, da Engedata, as estrutu-ras hoje projetadas têm vãos maiores por questões arquitetô-nicas e menores seções das vigas e lajes quando se trabalha com concreto de fck 30,0 a 50,0 MPa. “Consequentemente as estruturas são mais flexíveis e para parametrizar seu desempenho em serviço é muito importante o cálculo das deformações que são relacionadas com as dimensões geométricas das seções, armaduras, grau de fissuração e módulo de deformação do concreto”, afirma Osório.

Na visão do engenheiro estrutural João Nassar, o ensaio da Elasticidade do Concreto (Ec) é importante porque a equação que é proposta pela norma brasileira ainda determi-na uma relação linear direta entre fc e Ec apesar da recente revisão. “Mesmo incluindo a recomendação de que a equa-ção apresentada deve ser usada na ausência de experiência de laboratório, é preciso entender que nem todo concreto que atende o fck atende também o Ec”, diz ele.

Ainda segundo Nassar, o concreto utilizado atualmente pelos projetistas de estruturas varia de 35,0 a 50,0 MPa, com exigência de se obter valores igualmente elevados do Ec, entre 33 e 40 GPa, aparentemente muito difíceis de atingir, conforme vários estudos já realizados. Em contrapartida, existem muitos fatores que influenciam o valor do módulo de elasticidade, tais como granulometria dos agregados e o teor de argamassa do concreto, uso de aditivo plastificante, alteração do slump pela concreteira à medida que mudam as condições de contorno da obra, dentre outros fatores. “Diante da complexidade para determinar a Ec, uma manei-ra de se ter uma ordem de grandeza mais próxima da real é através do ensaio do Ec, descrito na NBR 8522”, orienta João Nassar.

O calculista Alexandre Osório lembra, ainda, que através dos ensaios de módulo de elasticidade é possível planejar melhor a retirada dos escoramentos dos pavimentos na obra. Ele sugere que as construtoras façam ensaios de módulo de elasticidade nos concretos de seus fornecedores, para diferentes classes, C25, C30, C35, C40, C45 e C50 e para diferentes idades, 7, 14, 21 e 28 dias. “Com isso, teremos um mapeamento dos concretos fornecidos numa determinada cidade, podendo as construtoras escolherem qual determinado fornecedor de concreto se enquadra melhor em determinado tipo de obra, em função da necessi-dade de se ter ou não um concreto com módulo de elastici-dade maior”, alerta o engenheiro.

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Ensaio de Módulo de Elasticidade do Concreto: segurança para o construtor

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ENTENDENDO O MÓDULO

O módulo de elasticidade do concreto é uma das propriedades dos materiais relacionadas com o seu desempenho mecânico e mede ou avalia a rigidez do material, isto é, a sua tendência a se deformar elasticamente sob um determinado estado de tensão. No regime elástico as tensões são proporcionais às deformações e o coeficiente de proporcionalidade é exatamente o módulo de elasticidade.

Diferentemente dos metais e suas ligas, que possuem um módulo de elasticidade praticamente constante, independente da sua resistência e de sua microestrutura, o concreto de cimento Portland possui módulo de elasticidade que varia em função da rigidez da pasta e dos agregados, além da proporção relativa entre cada um dessas fases. Além dessas variáveis, o módulo depende também do grau de fissuração da pasta, que é muito influenciado pelas condições de cura do concreto.

Como a resistência à compressão e a rigidez da pasta de cimento varia com tempo, o módulo de elasticidade do concreto também é função tempo, aumentando com a idade do concreto, visto que esse material é um compósito, constituído essencialmente de duas fases bem distintas, a pasta de cimento endurecida, que é contínua e envolve a segunda fase, que são os agregados miúdos e graúdos.

Quanto maior a resistência da pasta, maior será a sua rigidez, isto é, maior será o seu módulo de elasticidade. Isto implica no aumento simultâneo da resistência do concreto e de seu módulo de elasticidade produzido com essa pasta.

Em função dessa forte correlação, a NBR 6118 (ABNT, 2005) afirma que quando não forem realizados ensaios para determinação do módulo de elasticidade do concreto,

pode-se estimá-lo a partir da resistência à compressão do ½concreto, através da expressão EC = 5600.f , onde: E é o i ck ci

módulo tangente inicial cordal a 30% do fcj; e f é a ck

resistência característica à compressão.

Apesar da resistência à compressão ser uma variável significativa no módulo de elasticidade do concreto, outras variáveis também possuem influência, e a não inclusão delas pode subestimar ou superestimar seus valores. Dentre essas variáveis está o módulo de elasticidade do agregado utilizado no concreto. Quanto maior o módulo de elasticidade do agregado, maior será a rigidez do concreto em igualdade de outras condições.

Uma outra variável significativa é a proporção relativa de pasta e agregado. Concretos de mesma resistência podem ter consumos de pasta de cimento distintos, levando a terem módulos de elasticidade distintos.

Diferentemente do ensaio para determinação da resistência à compressão do concreto, que é relativamente simples de ser realizado, o ensaio para determinação do módulo de elasticidade requer uma prensa mais sofisticada, com controle de carregamento, aliada à necessidade do emprego de extensômetro mecânico ou preferencialmente elétrico, devidamente calibrado. Poucos laboratórios de concreto no Brasil, principalmente na Região Nordeste, possuem tais equipamentos.

O consultor Tibério Andrade, da TECOMAT, acredita que para se obter valores mais realistas do módulo de elasticidade do concreto se faz necessário a realização de ensaio específico, levando a estimativa de deformações em estruturas de concreto mais precisas.

No site www.tecomat.com.br é possível conferir artigo completo do engenheiro Tibério Andrade sobre o assunto.

NOVA INSTALAÇÃO

A TECOMAT está ampliando as suas instalações com a implantação do laboratório de solos e de pavimentação em outro local. Os ensaios passarão a ser feitos em um galpão, na Iputinga, próximo à sede da empresa.

ITAIPAVA

A TECOMAT realizará o controle tecnológico do concreto da obra da Cervejaria Itaipava, localizada no município de Itapissuma, litoral norte de Pernambuco. O empreendimento pertence ao Grupo Petrópolis, segundo maior produtor de cervejas do país.

IMOBILIÁRIO

A TECOMAT está investindo na prestação de serviços para condomínios na elaboração de laudos técnicos de inspeção. No mês de janeiro, inclusive, realizou uma reunião com o Secovi para apresentar a empresa.

Construtora, passando a atuar na Reserva Ipojuca, no litoral sul de Pernambuco.

FERROVIA

O consultor Tibério Andrade prestou consultoria técnica em tecnologia do concreto nas obras do lote 3F da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). O serviço é realizado para o Consórcio Torc/Ivaí/Cavan, responsável pelo trecho localizado no município baiano de Tanhaçu. A Ferrovia de Oeste-Leste, que ligará Ilhéus, na Bahia, a Figueirópolis, em Tocantins, terá uma extensão total de 1.527 km, e vai transformar-se no eixo ferroviário horizontal do país.

SHOPPINGS

As obras de ampliação dos shoppings Tacaruna, no Recife, e Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, estão a todo vapor e a TECOMAT está realizando o controle tecnológico do concreto de ambas.

EXPANSÃO

O Laboratório Sede começou a realizar ensaios de resistência à compressão em concreto refratário e também em telhas de concreto.

SUDESTE

A TECOMAT passa a atuar no Rio de Janeiro, no controle tecnológico de concreto e solos da Engeform, no Complexo Petroquímico daquele Estado.

GESSO

A demanda por ensaios de gesso está aumentando e a TECOMAT tem realizado análises para a construtora Carrilho e a fábrica IGE, de Araripina.

RAA

Outro ensaio bastante requisitado tem sido o de Reação Álcalis-Agregado, no qual o Laboratório tem elaborado também a parte de mitigação, em que se estipula o percentual de adições que deve ser feita para combater a reação.

LITORAL SUL

A TECOMAT está fortalecendo a pa rce r i a com a Pe r nambuco

DireçãoEng. Joaquim Correia Xavier de Andrade Filho

EdiçãoGCI Comunicação

Jornalista responsável: Juliana Chaves DRT/PE no 2929

Diagramação: Neide CâmaraJosé Luiz Vieira da C. Filho

Tiragem: 500

Distribuição gratuita

Giro TECOMAT

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