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Estudo e Prática da Mediunidade Módulo IV Fundamentação Espírita: A Vida no Mundo Espiritual

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Estudo e Prática da Mediunidade

Módulo IV

Fundamentação Espírita:

A Vida no Mundo Espiritual

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Roteiro 3

As regiões de sofrimento As regiões de sofrimento no plano espiritualno plano espiritual

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1. A destinação do ser humano após a morte do corpo físico.

Vivemos, pensamos e operamos – eis o que é positivo. E que morremos, não é menos certo. Mas, deixando a Terra, para onde vamos? Que seremos após a morte? Estaremos melhor ou pior? Existiremos ou não? Ser ou não ser, tal a alternativa. Para sempre ou para nunca mais; ou tudo ou nada: Vivemos eternamente, ou tudo se aniquilará de vez?

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Afeições caras, inteligência, progresso, saber laboriosamente adquiridos, tudo despedaçado, tudo perdido? De nada nos serviria, portanto, qualquer esforço no sofreamento das paixões, de fadiga para nos ilustrarmos, de devotamento à causa do progresso, desde que de tudo isso nada aproveitássemos, predominando o pensamento de que amanhã mesmo, talvez, de nada nos serviria tudo isso.

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Para as doutrinas materialistas não existe a possibilidade de vida após a morte do corpo físico. Mesmo para algumas escolas espiritualistas, a ideia da destinação do ser humano após a morte é apresentada de forma incompleta e bastante confusa.

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Na verdade, a (...) ideia do nada tem qualquer coisa que repugna à razão. O homem que mais despreocupado seja durante a vida, em chegando o momento supremo, pergunta a si mesmo o que vai ser dele e, sem o querer, espera. Crer em Deus, sem admitir a vida futura, fora um contra-senso. O sentimento de uma existência melhor reside no foro íntimo de todos os homens e não é possível que Deus aí o tenha colocado em vão.

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Apesar de existirem escolas espiritualistas que ensinam que o ser humano não conserva a sua individualidade após a desencarnação, a maioria admite o contrário.

A Doutrina Espírita entende este assunto da seguinte forma: desde (...) que se admita a existência da alma e sua individualidade após a morte, forçoso é também se admita:

1º, que a sua natureza difere da do corpo, visto que, separada deste, deixa de ter as propriedades peculiares ao corpo;

2º, que goza da consciência de si mesma, pois que é passível de alegria, ou de sofrimento, sem o que seria um ser inerte, caso em que possuí-la de nada nos valeria.

As comunicações mediúnicas, usuais nas Casas Espíritas, não apenas atestam a sobrevivência dos Espíritos, mas revelam seu estado de felicidade ou infelicidade.

Admitido isso, tem-se que admitir que essa alma vai para alguma parte. Que vem a ser feito dela e para onde vai?

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A destinação do ser humano após a morte do corpo físico pode ser entendida segundo os seguintes esclarecimentos espíritas:

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a) No Espaço, os Espíritos formam grupos ou famílias entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações. Ditosos por se encontrarem juntos, esses Espíritos se buscam uns aos outros.

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b) As comunidades espirituais do plano extrafísico são formadas por Espíritos da mesma categoria que (...) se reúnem por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias, unidos pelos laços da simpatia e pelos fins a que visam.

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c) Entre os Espíritos há hierarquia de poder, níveis de subordinação e autoridade, tal como ocorre numa sociedade organizada. O resultado das relações entre os Espíritos estabelece a existência de (...) diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado. Essas ordens revelam as qualidades que os Espíritos já adquiriram e as imperfeições contra as quais terão que lutar.

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d) A autoridade que um Espírito tem sobre o outro está fundamentada na ascendência moral. Entre os Espíritos Superiores essa ascendência é natural, sempre benéfica, respeitando o livre arbítrio de cada um. Tal já não ocorre nas relações entre Espíritos inferiores que usam da inteligência ou da força (poder) para subjugarem outros Espíritos, encarnados ou não.

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e) O mundo espiritual comporta vários níveis, ou regiões, caracterizados pela sombra e pela dor; pela ventura e pela alegria, conforme o patamar evolutivo dos seus habitantes.

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f) O Plano espiritual comporta verdadeiras cidades, de pequeno, médio ou grande porte, genericamente denominadas colônias espirituais. Os Espíritos ali se agrupam, estabelecendo regras de vida em sociedade, de acordo com a sua moralidade e com os seus conhecimentos. Tais agrupamentos, à semelhança das cidades espirituais, representam redutos de paz, de amor, de trabalho ou de sofrimento e criminalidade, conforme a natureza dos seus habitantes.

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g) Nas cidades espirituais há residências, onde vivem juntos os membros de uma mesma família. Há também templos religiosos, hospitais, escolas, bibliotecas, academias, recintos para encontros sociais, etc. Vêem-se parques, jardins, rios, mares, extensas áreas plantadas, montanhas, planícies, etc.

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A literatura espírita é rica a esse respeito, revelando detalhes das comunidades espirituais e características dos seus habitantes. A serie de livros ditada pelo Espírito André Luiz, por meio da psicografia de Francisco Candido Xavier, merece destaque pelas elucidações lógicas e pela coerência com a Codificação Espírita. Merecem destaque, igualmente, as obras de Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco, dentre as quais Nos Tormentos da Obsessão. Essa obra nos relata episódios cotidianos de um nosocômio fundado e dirigido por Eurípides Barsanulfo, que atende a desencarnados em sofrimento, sobretudo espíritas que faliram em seus compromissos espirituais.

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2. Características das Comunidades Espirituais de Sofrimento e de Dor.

Essas comunidades podem ser classificadas em duas grandes categorias, conforme a localização e a gradação do sofrimento: comunidades de regiões abismais e comunidades do umbral.

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CARACTERÍSTICAS DOS SEUS HABITANTES:

• Predomínio de paixões e ações negativas.• Ociosidade marcante entre os seus habitantes.• Uso das palavras articuladas. • Uso da hipnose e das chantagens emocionais.• A volitação é restrita.• Essas comunidades exercem influencia direta nos encarnados.

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CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE:

•A natureza não oferece beleza.•A cidades possuem edificações bizarras.•O relevo é árido, áspero, sem verdura e sem paisagens tranquilas.•O trânsito está temporariamente interditado as regiões mais elevadas.

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Apesar da desolação e do desequilíbrio reinantes, tais comunidades são constantemente visitadas por benfeitores espirituais, que ali realizam missões de auxilio. Muitos desses benfeitores estão instalados em plenas regiões abismais, em construções genericamente denominadas de núcleos ou postos de auxílios. Eles ali se encontram em missão sacrificial.

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EXEMPLOS DESTAS REGIÕES:

Trevas – Espíritos vinculados ao mal

Umbral – Espíritos presos às paixões e às sensações da vida material, é zona de verdugos e vítimas, de exploradores e explorados.

Abismo – Espíritos suicidas, sentimento predominante mágoa e remorso.

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3. Exemplos de Comunidades Espirituais Caracterizadas pelo Sofrimento e pela Dor.

3.1 O Vale dos Suicidas.• Fonte: Essa comunidade está descrita no livro Memórias de um Suicida, recebido mediunicamente por Yvone A. Pereira, edição FEB.•Tipos de habitantes: Suicidas,• Características da localidade:

- Há pouca luz solar, que é constantemente filtrada por uma névoa densa;

- A vegetação é sinistra, seca, contorcida; as arvores possuem pouca folhagem; muitas plantas exóticas;

- Ouvem-se muitos gemidos, suplicas, choros humanos. O desespero, a dor profunda, a magoa e o remorso são sentimentos dominantes.

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3.2 Uma Cidade Estranha• Fonte: Esta cidade está descrita no livro Libertação, psicografia de Francisco Candido Xavier, ditado pelo Espírito André Luiz, edição FEB• Tipos de habitantes: Espíritos imperfeitos, vinculados ao mal.• Características da localidade:

A cidade que André Luiz chama de estranha, estava (ou está) situada em vasto domínio das sombras e pode ser assim descrita:A claridade solar jazia diferençada.Fumo cinzento cobria o céu em todas a sua extensão.A volitação fácil se fizera impossível.A vegetação exibia aspecto sinistro e angustiado. As árvores não se vestiam de folhagem farta e os galhos, quase secos, davam a ideia de braços erguidos em súplicas dolorosas.

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A Cidade Estranha está situada em uma vasta região do plano espiritual denominada Umbral.

Vamos apresentar, em seguida, as características gerais do Umbral e dos seus habitantes.

Os habitantes das regiões umbralinas podem ser classificados em dois grandes grupos, assim especificados:• Espíritos imperfeitos – presos às paixões e às sensações da vida material• Espíritos benfeitores – que vivem nos chamados postos de auxilio, realizando trabalho sacrificial de auxilio aos Espíritos necessitados.

O Umbral é uma zona obscura que se inicia na crosta terrestre, uma espécie de região purgatorial, caracterizada por grandes perturbações decorrentes da presença de compactas legiões de almas irresolutas, ignorantes e desesperadas, em graus variáveis.

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Vamos, em seguida, acompanhar a descrição que o Espírito André Luiz faz desta localidade espiritual.

O Umbral é uma região espiritual que (...) começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos (...) Pois bem: todas as multidões de desequilibrados permanecem nas regiões nevoentas, que se seguem aos fluidos carnais.

O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena.

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O Umbral é região de profundo interesse para quem esteja na Terra. Concentra-se, aí, tudo que não tem finalidade para a vida superior (...). Há legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas para serem enviadas a colônias de reparação mais dolorosa, nem bastante nobres para serem conduzidas a planos de elevação.

O Umbral possui núcleos onde há infelizes, malfeitores e vagabundos de varias categorias. É zona de verdugos e vitimas, de exploradores e explorados.

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(...) A zona inferior a que nos referimos é qual a casa onde não há pão: todos gritam e ninguém tem razão. O viajante distraído perde o comboio, o agricultor que não semeou não pode colher (...): - não obstante as sombras e angustias do Umbral, nunca faltou lá a proteção divina. Cada Espírito lá permanece o tempo que se faça necessário.

Das colônias espirituais, situadas acima do Umbral, partem missões consagradas ao trabalho e ao socorro espiritual aos Espíritos que ali se situam.