Rosacruz - A Arte Da Cura à Distância - Técnicas Rozacruzes & Concentração e Memorização - h....

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  • COORDENAO E SUPERVISO Charles Vega Parucker, FRC

    Grande Mestre

    BIBLIOTECA ROSACRUZ

    ORDEM ROSACRUZ, AMORC GRANDE LOJA DA JURISDIO

    DE LNGUA PORTUGUESA

    TTULOS ORIGINAIS ART OF ABSENT HEALING

    KEYS TO THE ART OF CONCETRATION AND MEMORIZING

    6a Edio em Lngua Portuguesa dezembro, 2006

    ISBN- 85-317-0029-9

    Todos os direitos reservados pela ORDEM ROSACRUZ, AMORC

    GRANDE LOJA DA JURISDIO DE LNGUA PORTUGUESA

    Proibida a reproduo em parte ou no todo

    Traduzido, composto, revisado e impresso na Grande Loja da Jurisdio de Lngua Portuguesa

    Rua Nicargua, 2620 - CEP 82515-260 Caixa Postal 4450 - CEP 82501-970

    Curitiba / PR Tel.: (0**41) 3351-3000 - Fax: (0**41) 3351-3065

    www.amorc.org.br

  • NDICE

    A ARTE DA CURA DISTNCIA

    1 Parte - Instruo preliminar importante.................................................4 2a Parte - A natureza dos tratamentos ........................................................9 Observaes.............................................................................................20

    CONCENTRAO E MEMORIZAO

    Concentrao

    Primeiro princpio....................................................................................26 Segundo princpio....................................................................................28 Terceiro princpio ....................................................................................30 Quarto princpio........................................................................................ 31 Quinto princpio.......................................................................................32 Sexto princpio.........................................................................................34

    Memorizao

    Primeiro princpio ...................................................................................40 Segundo princpio ....................................................................................42 Terceiro princpio ....................................................................................44

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  • A ARTE DA CURA

    A DISTNCIA

    1a PARTE

    INSTRUO PRELIMINAR IMPORTANTE Antes que qualquer Membro da Ordem Rosacruz tente empregar

    o sistema esboado neste livro, cada palavra deve ser cuidadosamente lida, com ateno concentrada. Todo pargrafo importante, pois nada foi posto neste livro que fosse desnecessrio.

    As monografias mais adiantadas do nosso estudo contm um sistema de cura completo destinado aos Membros que desejam se aprofundar nas singulares leis Rosacruzes de cura por contato. Este sistema de cura por contato direto diferente de qualquer outro que tenha sido apresentado por quaisquer escolas orientais ou ocidentais de metafsica, exceto os Rosacruzes, sendo especialmente valioso para mdicos, enfermeiras, ou terapeutas que tm alguma experincia prtica de cura, embora seja muito til a todo Estudante na manuteno da sade perfeita em sua famlia.

    Em algumas das lies mais adiantadas vrios mtodos so apresentados, bem como feitas vrias sugestes para o emprego dos processos Rosacruzes de cura na aplicao de tratamento distncia, ao invs de tratamento por contato. So muitos os nossos Membros que desejam cooperar conosco na aplicao de tratamentos distncia e que desejam tambm ajudar aos

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  • seus parentes e amigos que esto sofrendo de algum mal, que este livro especial foi compilado delineando um sistema bem completo de tratamento distncia, baseado nos princpios contidos nos vrios Graus do nosso estudo. Este livro no substitui as sugestes e instrues relativas cura distncia, dadas no estudo mais adiantado, mas torna os Membros dos Graus iniciais capazes de aplicar alguns desses princpios antes de alcanarem os Graus mais avanados.

    Portanto, preciso que estas instrues sejam seguidas muito cuidadosamente, e que cada passo do processo de aplicao de um tratamento seja seguido exatamente como aqui esboado. A repetida leitura destes princpios e a familiarizao com cada detalhe traro recompensa no tocante a tratamentos bem sucedidos.

    A NATUREZA DOS TRATAMENTOS DISTNCIA Os tratamentos desta natureza so aqueles aplicados a uma

    pessoa distante, quer seja essa distncia alguns metros ou muitos quilmetros. Os tratamentos distncia podem ser aplicados a uma pessoa que se encontre em uma sala vizinha, um edifcio prximo, uma cidade distante, ou em qualquer lugar ou circunstncia. O tratamento por contato, j mencionado, um tratamento que deve necessariamente ser aplicado sob certas condies fixas; no entanto, um tratamento distncia pode ser efetuado a qualquer momento e quase em qualquer circunstncia. Algumas regras bem definidas precisam ser seguidas; se elas forem ignoradas, obter-se- menor porcentagem de xito.

    O PRIMEIRO PASSO A primeira coisa a ter em mente ao se aplicar tratamentos

    distncia que maior sucesso ser obtido se o paciente desejar

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  • o tratamento dessa natureza, e o tiver solicitado. No necessrio que o paciente saiba exatamente que espcie de tratamento metafsico voc vai aplicar, nem preciso que mencione o fato de ser Rosacruz ou de que vai aplicar tratamentos Rosacruzes, se no lhe agrada faz-lo; porm, o paciente deve estar ciente de que voc vai aplicar tratamento metafsico, ou Csmico; e deve saber que vai ser aplicado um tratamento baseado em leis cientficas, assim como Csmicas, e no apenas algum tipo de tratamento baseado exclusivamente em oraes. Mas, quer o paciente conhea algo a respeito do tipo de tratamento que vai receber ou no, deve estar desejoso de que alguma forma de tratamento Csmico lhe seja aplicado, em acrscimo a qualquer outro tratamento que possa receber de mdicos, terapeutas, enfermeiras, ou outras pessoas. Em outras palavras, ser menor o sucesso se tentar efetuar tratamentos em pessoas que no saibam que ir fazer algo por elas, ou que ir rogar ao Csmico em seu favor. Seu primeiro passo deve ser o de assegurar-se de que a pessoa que deseja sua ajuda quer receber algum auxlio em acrscimo a qualquer tipo de tratamento que possa estar recebendo. Se voc puder falar-lhe ao telefone, visit-la, escrever-lhe, ou se uma pessoa da famlia puder faz-lo e obtiver a certeza de que o paciente ter satisfao em ser auxiliado atravs do seu tipo de tratamento, ento, ter dado o primeiro passo, que muito importante.

    O SEGUNDO PASSO Se for possvel combinar para seus tratamentos ocasies em que

    o paciente possa estar em estado de relaxao para receb-los, voc contar com um valioso fator adicional de auxlio. Seu tratamento distncia pode ser feito noite, quando o paciente se encontra adormecido e, portanto, em estado de relaxao. Naturalmente, esses tratamentos podem ser

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  • efetuados sem que o paciente combine qualquer momento especfico. Porm, so freqentemente necessrios alguns tratamentos adicionais durante o dia, e se esses puderem ser feitos quando o paciente estiver sentado ou deitado, em estado de relaxao, por dez minutos, sero mais eficazes. Se voc puder combinar, na maioria dos casos, para que o paciente permanea deitado ou sentado, em estado relaxado ou quieto, durante dez minutos, digamos, com incio s dez da manh, e novamente s trs da tarde, ou a qualquer hora que seja conveniente para o operador e o paciente, ter nisto um auxlio adicional. Se no puder entrar em contato com o paciente ou comunicar-se com ele de algum modo, a fim de combinar os tratamentos diurnos, ter ento que escolher um perodo pela manh e outro tarde para seus tratamentos, segundo creia que o paciente deles necessite, ou quando seja mais conveniente para quem aplica. Deve lembrar-se de que, mesmo que o paciente esteja mais ou menos ativo, movimentando-se ou pensando em outras coisas, o contato Csmico poder ser estabelecido quase ao mesmo grau que se alcanaria se ele estivesse sentado ou deitado, em posio e atitude mental relaxadas.

    O TERCEIRO PASSO No deixe de avisar ao paciente, bem como aos seus parentes e

    amigos, se lhes puder explicar algo acerca do seu trabalho, que eles no devem dispensar o mdico, enfermeira, ou outro tipo de assistente que possa estar ajudando o paciente a se recuperar. O sistema Rosacruz no interfere em coisa alguma que esteja sendo feita pelo paciente, por qualquer sistema de teraputica, quer seja ele mdico, fsico, mental ou espiritual. Deve-se estar consciente de que no est tomando o lugar do mdico que o paciente possa ter, nem de qualquer sistema que

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  • ele possa estar empregando, mas, ampliando aquilo que estiver sendo feito, sem interferir de qualquer modo.

    Voc deve tornar claro a todos que aquilo que est fazendo quanto aplicao de tratamentos distncia, est relacionado com seus estudos e seu trabalho como um estudante dos Divinos princpios da vida, e que no se est apresentando como um terapeuta profissional, a menos que seja credenciado, como mdico, enfermeiro ou terapeuta de algum sistema; que no est fazendo de seu tratamento um negcio, nem est cobrando honorrios, tentando prejudicar, desacreditar a reputao de qualquer outro sistema de cura ou de qualquer escola de teraputica ou ainda de qualquer mdico ou terapeuta.

    TRATAMENTOS DE EMERGNCIA Se voc vir pessoas feridas em um acidente ou for informado de

    que vrias pessoas esto feridas devido a um acidente, e desejar auxili-las, poder empregar o sistema de retirar-se para alguma parte em que possa estar a ss e no seja observado, aplicando imediatamente um tratamento distncia s pessoas que dele necessitem, sem consult-las, ou sem consultar qualquer outra pessoa, verificando ento, na maioria dos casos, que seu trabalho ter tido grande valor. Todavia, fora desses casos de emergncia, sempre melhor perguntar ao paciente, especialmente tratando-se de um amigo ou parente, se ele deseja os seus tratamentos ou no. Isto regido por uma lei Csmica, e afirma-se que nenhum dos grandes terapeutas do passado, nem mesmo Jesus, aplicava qualquer tratamento sem ser solicitado a faz-lo. Quando uma pessoa pede um tratamento ou expressa o desejo de ser ajudada por algum indivduo, coloca-se automaticamente em harmonizao psquica e espiritual com esse indivduo, e isto muito til.

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  • A ARTE DA CURA

    DISTNCIA

    2 a PARTE

    A NATUREZA DOS TRATAMENTOS O sistema aqui apresentado no est baseado na cura pela f ou

    na f por parte do paciente. Embora seja verdadeiro o fato de que til que o paciente coopere com o operador, relaxando e permanecendo quieto em determinados momentos quando este lhe estiver aplicando o tratamento, no e necessrio que ele faa qualquer outra coisa alm de se pr em estado receptivo. No preciso aumentar a f do paciente, dizendo-lhe o que vai fazer ou como vai realiz-lo; nem precisa dizer-lhe coisa alguma sobre o sucesso que alcanou em outros casos, e sobre aquilo que ele pode esperar. Voc verificar, por sua experincia no tratamento de pessoas que cooperem, bem como de pessoas que no saibam que as est tratando, que estas tm as mesmas sensaes e a mesma singular percepo de seus tratamentos que aquelas que tm conhecimento de que as est tratando. Naturalmente, se uma pessoa no souber que est sendo tratada, no poder empregar a f para ajud-lo. Portanto, voc deve eliminar de sua mente qualquer idia de que necessria a f por parte do paciente. Porm, o prprio operador precisa ter f no sistema, alm de ter f no Csmico, para fazer o que correto e essencial. Voc no deve ter f em sua habilidade como indivduo, pois no voc quem est realizando a cura. Deus efetua toda cura que realizada a qualquer momento, por qualquer sistema, quer se empregue a medicina, a eletricidade,

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  • a cirurgia, preces, massagens ou qualquer outra coisa. Voc apenas um instrumento entre as Foras Csmicas terrestres e o paciente, aps ter se oferecido a Deus e ao Csmico para tornar-se esse instrumento ou canal. Na verdade, no o aplicador o verdadeiro agente de cura, mais do que o delicado bisturi nas mos do cirurgio. O conhecimento deste ltimo guia o bisturi de modo que execute um certo trabalho, e a mesma sabedoria que dirige sua mo dirigir tambm os processos naturais de cura, aps terminada a operao cirrgica. Mas, exatamente como o cirurgio aprende pela experincia a ter f no conhecimento que adquiriu e ter f nos processos da Natureza para provocar certos resultados, tambm voc deve ter f absoluta no sistema que voc mesmo est empregando, e nunca deve fazer um tratamento com a idia de apenas ver se o sistema funcionar, ou com uma vaga esperana de que ele funcione. Se no estiver seguro de que aquilo que vai fazer por um paciente ir ajud-lo, no aplique o tratamento.

    O DIAGNSTICO Embora voc no esteja efetuando propriamente a cura, e sim

    agindo como canal para as foras curativas, necessrio que se informe da natureza da doena do paciente. Entretanto, no tente dar sua opinio a outrem, porque a diagnose parte dos deveres do mdico. Naturalmente, voc deve perguntar de que est sofrendo o paciente ou o que dizem os mdicos ou outras pessoas, a fim de que saiba se estar tratando um osso quebrado, uma dor de dentes, um ferimento na cabea, uma doena prolongada ou o que quer que seja. Porm, no necessrio que desa ao detalhe de perguntar a temperatura do paciente (a menos que apenas deseje verificar o resultado do seu trabalho na reduo da febre), nem precisa saber qual o

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  • seu pulso e exatamente de que sintomas se queixa o paciente em diferentes partes do corpo, ou outras coisas desse gnero. Pelo mesmo motivo, ao aplicar tratamentos voc no deve tentar determinar a maneira como a cura deve ser feita. Este o mais grave erro que pode cometer qualquer terapeuta que empregue mtodos Csmicos. Eqivale a tentar colocar-se no lugar do Csmico e dizer-lhe exatamente o que fazer pelo paciente. nisto que talha quase todo sistema diferente de cura, inclusive a medicina e a cirurgia. E impossvel para o paciente, quanto mais para uma outra pessoa, saber exatamente o que est errado em seu interior, bem como o que deve ser feito em primeiro, segundo, terceiro, quarto lugar, etc. no processo de cura. Se voc entregar todo o processo ao Csmico, verificar que a cura se far melhor e mais rapidamente do que se tentar visualizar aquilo que deva ser feito.

    O PRIMEIRO PASSO Entretanto, importante perguntar a alguns pacientes que

    tenham sido acometidos de um mal sbito, o que fizeram nos dias anteriores, violando algumas das leis naturais. Se a doena seria devida a uma alimentao errnea, a uma incorreta maneira de viver, de pensar, ou a atos imprudentes de qualquer espcie, deve-se fazer o paciente entender que se ele continuar a violar essas leis da Natureza a enfermidade provavelmente persistir, a despeito de quaisquer tratamentos que lhe sejam aplicados. importante dizer aos pacientes que estejam sofrendo de um mal que tenha durado dias e semanas ou que parea estar afetando todo o sistema fsico, que mantenham em mente o fato de que o dio, o cime, a hostilidade, ou qualquer tipo de pensamento destrutivo que persista em sua mente com relao a qualquer Ser vivente, impedir que se recupere. Esta ser provavelmente a causa da doena.

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  • Em outras palavras, deve-se fazer o paciente entender que para que os tratamentos sejam eficazes, sua mente deve estar livre de todas as atitudes mentais destrutivas, alm de que ele deve suspender quaisquer atos que sejam contrrios s leis naturais. O excesso de trabalho, a roupa inadequada para o tempo frio, a exposio s intempries, o trabalho sob luz escassa, a falta de exerccio, a alimentao excessiva ou a desnutrio, as combinaes incorretas de alimentos e bebidas, e muitas outras coisas, constituem violaes das leis naturais que precisam ser suspensas. Estas so as nicas recomendaes que voc deve fazer ao paciente.

    ADVERTNCIA Nunca prescreva quaisquer remdios, pomadas, tnicos,

    chs, plulas, pastilhas, dietas, alimentos especiais, ou qualquer coisa do gnero, pois, de conformidade com as leis dos vrios pases, essas recomendaes podem ser interpretadas como receitas, e assim voc estaria violando as leis mdicas e se colocando em grave embarao. As pessoas que desejem informaes sobre dietas, pode dizer que h muitos livros que podem ser obtidos em bibliotecas, ou escrevendo a nutricionistas ou mdicos que prescrevem dietas e combinaes adequadas de alimentos. Nunca faa quaisquer recomendaes por escrito, pois, se o fizer, isto poder ser interpretado como receita, diagnstico ou frmula para tratamento. Um copo de gua fria comum, no algum tipo especial de gua engarrafada, a nica coisa que voc pode recomendar a um paciente com segurana, sem transgredir alguma lei; mas, nunca d voc mesmo esse copo de gua a qualquer paciente que esteja acamado ou em alguma outra parte, e sim deixe que algum membro da famlia o faa.

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  • O SEGUNDO PASSO Em primeiro lugar, presume-se que o operador goze de boa

    sade no momento em que est aplicando o tratamento. Sc estiver sofrendo de dor de cabea, cansao, ou qualquer forma de indisposio mental ou fsica, no deve fazer tratamentos. Deve encetar todo tratamento cm uma atitude de orao, espiritual e humilde. Deve sentir-se grato pela oportunidade de aplicar um tratamento, lembrando-se de que assim como servir ao Csmico em Seu trabalho, o Csmico estar disposto e atento para atend-lo. Nunca se deve orgulhar daquilo que estiver fazendo, nem de seus resultados. No deve aceitar uma recompensa pessoal, individual, por seus servios, nem permitir que o louvem como pessoa dotada de poderes especiais.

    Tendo combinado um perodo especial para seu tratamento distncia ou escolhido um perodo que lhe seja conveniente e que no seja conhecido do paciente, o passo seguinte consiste em sentar-se onde esteja quieto e a ss, se possvel, embora esses tratamentos possam ser feitos enquanto se viaja, estando relaxado.

    O que importante que voc faa que se alheie ao meio-ambiente e, atravs da concentrao mental, tente pensar somente em dois fatores: o paciente que necessita de auxlio e os Poderes Csmicos ao seu redor, que empregaro sua mente como um canal para o tratamento. Este no o lugar nem o momento para lhe tentarmos explicar por que o Csmico emprega sua mente como canal, uma vez que tudo isto tratado nas monografias.

    No necessrio que procure visualizar o paciente com tal clareza que o possa ver, sentir seu sofrimento, ou qualquer

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  • coisa desse gnero. Tampouco necessrio v i s ua l i za r detalhadamente a natureza da condio em que se encontra o paciente, nem tentar visualizar a natureza do tratamento que o Csmico deve aplicar. Voc pode at mesmo desconhecer o nome do paciente, e apenas saber que se trata de uma mulher ou um homem que viva em certa parte da cidade, que esteja sofrendo de alguma condio geral que lhe tenha sido brevemente explicada, e a quem deseje alcanar.

    O Csmico se encarregar de estabelecer a ligao correta, bastando pensar na pessoa que deva ento receber o tratamento por seu intermdio. Tendo estabelecido sua atitude mental com estes dois pensamentos em mente (o paciente e o Csmico), deve-se tomar uma inspirao bem profunda e sust-la por quanto tempo lhe seja possvel; em seguida, deve-se exalar lentamente pelo nariz, com a boca fechada; enquanto assim faz, deve manter o pensamento de que est entrando em contato mental e psquico com o paciente. Ento, deve fazer uma breve orao ao Csmico, em silncio, mentalmente. A prece pode ser mais ou menos assim: "Humildemente, rogo a Deus e aos poderes Csmicos que dirijam por meu intermdio, ao paciente, as foras curativas do Universo, a fim de que haja um despertar dos poderes construtivos e criativos nele latentes, para que cesse a dor e se restabeleam as condies normais, resultando ento a sade perfeita".

    Voc poder tornar a prece mais longa, se o desejar, assim como poder repetir pensamentos piedosos, tantas vezes quantas quiser, porm no dever tentar dizer ao Csmico o que fazer, em qualquer tipo especfico de tratamento. Dirija sua orao a Deus, e no a qualquer "mestre" individual. Oferea-se como canal de ligao e harmonizao, atravs do qual o tratamento ser efetuado.

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  • Continue repetindo mentalmente os pensamentos e oraes, durante os cinco ou dez minutos em que estiver efetuando o tratamento. Cinco minutos sero suficientes em casos comuns de qualquer condio doentia; mas em casos de emergncia, em que tenham ocorrido acidentes e algum esteja perdendo sangue rapidamente, devido a ferimentos, ou esteja sofrendo dor intensa, poder ser feito o tratamento de dez minutos de durao. Nesses casos extremos deve-se fazer um segundo tratamento dentro de uma hora, e outros mais devem ser aplicados durante as primeiras vinte e quatro horas. Em todos os casos comuns de enfermidade, um tratamento pela manh, um tarde e outro noite, quando o paciente estiver dormindo, sero suficientes para cada vinte e quatro horas.

    O TERCEIRO PASSO Assim que tiver concludo o perodo de cinco ou dez minutos de

    concentrao, deve-se fazer uma breve orao de agradecimento a Deus e ao Csmico, por essa oportunidade de ajudar, e depois levantar-se de sua posio de concentrao e atender s suas ocupaes, numa atitude de completa confiana em que o Csmico est atuando e dando continuao ao trabalho construtivo de cura no corpo de seu paciente. No deve haver qualquer dvida em sua mente quanto a ter alcanado o paciente. Sua atitude mental neste ponto muito importante, e deve ser de humildade, assim como de extrema confiana.

    No necessrio que pense no paciente no intervalo entre os tratamentos. Tenha em mente o programa que tiver estabelecido para ele, e obedea-o rigorosamente.

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  • TRATAMENTOS NOTURNOS Um dos perodos mais bem sucedidos para tratamentos noturnos

    entre as duas e as trs horas da madrugada, do local e que esteja o paciente. Se o paciente estiver muito distante do operador, ento, essa hora poder ser muito diferente daquela do lugar cm que este se encontre. O perodo importante situa-se entre as duas e as trs horas da madrugada, no fuso horrio em que se encontre o paciente. Essa a hora em que as pessoas que esto doentes se encontram em mais ntimo contato Csmico e psquico, bem como em uma condio psquica, receptiva, muito especial. E a hora em que muitos obreiros especiais da AMORC efetuam centenas de tratamentos. Quer o paciente esteja profundamente adormecido ou apenas sonolento, quieto e relaxado, essa hora psquica da madrugada muito eficiente.

    Aps alguns dias de tratamento deve-se providenciar para que algum informe sobre o estado do paciente. Em todos os casos comuns deve haver melhora diria, porm nos casos em que o estado fsico do paciente tiver persistido durante anos ou muitos meses, ser necessrio um perodo mais longo de tratamento; em alguns casos, vrias semanas de tratamento dirio podero ser necessrias para provocar os resultados almejados.

    PONTOS IMPORTANTES Lembre-se de que todo sistema de cura que proclame poder

    curar qualquer doena em todo e qualquer caso, est deturpando os fatos. A transio inevitvel na vida de toda pessoa, constituindo-se em algo que ocorrer com certeza a todo Ser humano. Na vida de todo Ser vivente h um momento em que deve necessariamente ocorrer a transio; e esse momento pode ter lugar no primeiro ano de vida, no centsimo, ou cm qualquer

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  • ano dentro desse intervalo. A despeito de quo sadia tenha sido a pessoa, quando o Csmico decreta que a transio deve ocorrer algo acontece e o paciente adoece, sofre um acidente, ou sua sade entra subitamente em colapso. Se o Csmico decretar que a transio dever ocorrer, ento, nenhum sistema de tratamento poder evit-la e toda a pretenso por parte de qualquer medico ou terapeuta, de qualquer escola de cura, de que a sade perfeita pode ser sempre mantida e de que o colapso do sistema fsico desnecessrio, uma deturpao dos fatos e conduz a desapontamentos muito penosos. Portanto, voc tratar eventualmente de um caso em que nada, que voc mesmo ou qualquer outra pessoa possa fazer, evitar que seja cumprida a Lei Csmica e a transio ocorrer no tempo devido.

    Por vezes algumas enfermidades so o resultado direto de aes deliberadamente incorretas por parte do paciente, tais como o excesso de bebidas, o beber lquidos venenosos, o comer excessivamente, o cometer um crime ou uma violenta exploso de raiva. Essas doenas so freqentemente decretadas pelo Csmico, no como forma de punio e sim para ensinar uma lio, de modo que, nesses casos, pode o Csmico ser um pouco mais lento em restaurar a sade normal do que em outros casos; e, se descobrir que um paciente permanece doente a despeito dos tratamentos que tenha rogado ao Csmico aplicar, no deve fazer qualquer tentativa de julgar. Que ningum jamais o oua dizer que a enfermidade do paciente um castigo Csmico, uma Lei Csmica, ou uma manifestao crmica, pois estar ento tentando arvorar-se em juiz e decretar uma sentena. Afirme simplesmente que fez o mximo ao seu alcance e que est confiante em que o Csmico far o que for melhor para o enfermo, de modo que ele deve ter pacincia e no ter dvidas, mas aguardar os resultados finais.

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  • Ao tratar pessoas que tenham resfriados muito fortes, deve-se ter em mente que o tratamento aplicado entre as duas e as trs horas da madrugada, de modo geral, far com que elas transpirem livremente antes das seis da manh; portanto, deve avis-las para se manterem bem agasalhadas na cama, ao invs de afastarem as cobertas ou tentarem levantar-se ao sentirem-se demasiadamente aquecidas ou suarentas. Esses pacientes devem permanecer na cama durante a manh seguinte, ate o meio-dia, a fim de que os efeitos da transpirao se extingam gradativamente. Em geral, um nico tratamento desses ser suficiente para curar um resfriado. Ser interessante observar a maneira como o paciente transpirar, e como a febre e a congesto sero reduzidas. Nesses casos, seno em quase todos, ser til dizer ao paciente que dever beber um copo de gua fria comum, imediatamente antes de se deitar. Isto ser de utilidade para o tratamento que for efetuado entre as duas e as trs horas da madrugada.

    Nunca tente quaisquer tratamentos por contato, nos quais tenha que tocar o corpo do paciente. Esses tratamentos por contato so explicados nas monografias rosacruzes, mas devem ser usados somente conforme ali se explica. Ao aplicar tratamentos distncia, siga exatamente o processo dado aqui e nunca tente outros tipos de processos ou auxlios. Voc no deve se preocupar com o fato de que, por estar aplicando esses tratamentos, contrair qualquer das condies do paciente. Embora seja verdadeiro que, em alguns casos, seu sentimento de solidariedade pelo sofrimento do paciente poder faz-lo sentir algo desse sofrimento, esta sua sensao desaparecer to logo tenha terminado o tratamento e no ser devida a qualquer transferncia psquica do estado do paciente.

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  • Os pacientes que estiverem para ser operados pelas mos de algum competente cirurgio, em um hospital ou em qualquer outra parte, podero tambm ser auxiliados desde que, no momento exato da operao, lhes envie um tratamento distncia para fortalec-lo e despertar as foras construtivas e curativas de seu corpo, a fim de mant-las em ao durante a operao, bem como imediatamente aps a mesma. Se o paciente estiver inconsciente no momento da operao graas a um anestsico qualquer, poder at sentir a sua presena durante o tratamento; e se ele no estiver inconsciente, saber que voc o esteve auxiliando e a dor ser menos intensa.

    As crianas so muito sensveis ao tratamento distncia, o mesmo acontecendo com os adultos mais velhos. Muitos outros no se apercebero de que um tratamento lhes foi aplicado, mas notaro posteriormente os efeitos.

    A AMORC espera que seus Membros empreguem este sistema, bem como quaisquer outros recursos ensinados em nossas lies, para ajudar as pessoas no mais alto grau possvel, no que concerne aos problemas pessoais da vida, e assim nos ajudem a levar a efeito o grande trabalho Rosacruz. E nosso desejo ver nossos Membros tornarem-se instrumentos a servio da humanidade, de modo que cada Membro seja uma poderosa fora para o bem no seio da fraternidade humana. No deixe de revisar algumas das primeiras lies dos Graus de Nefito, onde se fazem recomendaes relativas s causas do mal-estar e da doena, para que esteja familiarizado com certas leis fundamentais. Os relatrios de casos extraordinrios, nos quais o sistema Rosacruz tenha sido til, sero sempre bem recebidos.

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  • OBSERVAES 1. Nunca critique qualquer sistema de cura ou cirurgia. Um

    Rosacruz reconhece virtudes em todos os sistemas conhecidos, assim como o grande bem que tem sido realizado para a humanidade atravs desses sistemas.

    2. Nunca discuta com o paciente o bom ou mau efeito de quaisquer tipos anteriores de tratamento que lhe tenham sido feitos por algum. Nem voc nem o paciente esto propriamente qualificados a entender o bem que realmente tenha sido alcanado por quaisquer outros tratamentos prvios.

    3. Nunca encoraje a suspenso de qualquer tipo de tratamento que o paciente possa estar empregando, pois os outros sistemas, mtodos ou tratamentos podem estar alcanando algum benefcio de que voc nada saiba e de que pouco saiba o paciente. No se espera suplantar qualquer outro sistema ou qualquer outro mdico, e sim que aumente o benefcio que esteja sendo feito e preste auxlio adicional.

    4. Nunca prescreva coisa alguma sob a forma de medicamento, remdios ou coadjuvantes, mencionando especificamente os nomes de quaisquer coisas a serem ingeridas ou aplicadas externamente. Este no seu campo, seu privilgio ou seu direito. Empregue inteiramente os mtodos Rosacruzes e deixe tudo o mais ser recomendado ou empregado por mdicos diplomados.

    5. No aceite qualquer pagamento por seu trabalho, a menos que seja um mdico diplomado, registrado e reconhecido, e esteja cobrando seus servios profissionais.

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  • 6. Assegure-se de que est bem, com boa sade, e de que puro, discreto, polido, tolerante e grato pela oportunidade de servir.

    7. Mantenha anotaes cuidadosas de todo o seu trabalho em um dirio ou algum livro que possa consultar a qualquer momento no futuro, de modo que saiba exatamente que tratamentos aplicou a cada paciente, e a todos os pacientes, bem como quando, onde, por que, e quais foram os resultados obtidos.

    8. Coopere em todas as atividades Rosacruzes de servio em seu Organismo Afiliado, e tambm com o trabalho de bem-estar em sua comunidade.

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  • CONCENTRAO MEMORIZAO

    CONCENTRAO

    fato admitido, de modo bastante generalizado, por homens e mulheres, pensadores do mundo Ocidental, que o mais srio obstculo com que se defrontam cm sua vida diria a incapacidade de concentrar a ateno e focalizar a conscincia interior, facilmente e vontade.

    A arte da concentrao uma coisa simples para os povos do Oriente. tambm um processo simples e uma qualidade muito apreciada na vida de todas as tribos de povos primitivos, e era mesmo uma qualidade altamente cultivada na vida dos ndios americanos, os quais levaram provavelmente esta arte consigo em suas peregrinaes para o continente americano, h muitos sculos.

    Para o homem de negcios a incapacidade de concentrar-se devidamente constitui de fato uma questo muito sria. Em muitos aspectos a capacidade de se concentrar bem parecida com a de relaxar-se completamente, de modo que os dois processos esto relacionados entre si. Ambos constituem necessidades absolutas para qualquer pessoa que esteja tentando ser bem sucedida na vida, pelo emprego de todas as faculdades mentais e pela aplicao de todo o conhecimento.

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  • O SUCESSO NA VIDA DEPENDE DA CONCENTRAO Milhares de homens de negcios bem sucedidos tm admitido

    francamente, em artigos, entrevistas, conversas pessoais e de outras maneiras, que sua dificuldade em se concentrarem devidamente foi um dos maiores problemas que eles tiveram que aprender a superar, e que o esforo que despendiam causou-lhes freqentemente maior desperdcio de tempo e energia do que qualquer outro fato inibitrio.

    A CONCENTRAO NECESSRIA A TODA ATIVIDADE Milhares de homens de negcios que no tm sido bem

    sucedidos na vida, tm afirmado claramente que a principal causa de seu fracasso a sua incapacidade de se concentrar.

    Dificilmente h uma hora do dia, na vida de homens e mulheres atarefados, em que no seja de algum modo necessrio o processo de concentrao mental. No apenas necessria a concentrao ao se tentar memorizar certos fatos, ou recordar fatos extrados da memria, mas tambm necessria a concentrao ao se analisar, examinar ou classificar fatos, ou examinar de maneira eficiente qualquer proposio ou assunto que surge no curso dos negcios.

    A qualquer momento de nossa vida a necessidade de dar resposta a alguma pergunta requer imediatamente a capacidade de se concentrar por uns poucos segundos e, desse modo, focalizar todo o Ser pensante na pergunta, a fim de se chegar a uma resposta adequada. Sempre que algum for chamado a decidir sobre um ponto discutido, a chegar a uma deciso relativa a um assunto pendente, a menos que a mente seja capaz de concentrar sua ateno e percepo no assunto, no se lhe poder dar considerao justa e adequada.

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  • A fim de que o indivduo possa situar-se e se associar com seu meio-ambiente, planejar suas atividades e delinear seu trabalho dirio ou o curso de suas aes, deve ser capaz de concentrar a mente: e a conscincia fcil e devidamente, to logo isto se faa necessrio.

    INCAPACIDADE FSICA Na verdade, a capacidade de concentrao aplica-se e afeta a

    tantas de nossas atividades mentais e fsicas, hora a hora, dia-a-dia, que constitui um fator de direo e controle, responsvel no apenas pela eficincia e pelo sucesso, mas tambm pela felicidade, pelo contentamento e o real desfrute de tudo aquilo que ocorre em nossas horas de viglia. Se nossos olhos se tornassem incapazes de focalizar nossa viso, de modo que nos tornssemos inaptos para dirigi-la a um determinado ponto e mant-la fixa naquele ponto por um momento, logo compreenderamos quo valiosa a capacidade de concentrarmos a viso. Quando essa incapacidade de focalizar devidamente os olhos em um determinado ponto se deve a condies fisiolgicas do rgo visual, recorremos ao uso de culos, ou lentes especiais que foraro os olhos focalizao adequada e nos tornaro capazes de fixar nossa ateno visual em qualquer ponto ou lugar escolhido.

    A ATENO VACILANTE CAUSA PERTURBAES MENTAIS Se nossos olhos vacilassem e oscilassem em sua ateno,

    variando em sua concentrao tanto quanto nossa conscincia e nossa mente oscilam e vacilam em nossas tentativas de nos concentrarmos em algum pensamento ou alguma idia, ver-nos-amos incapazes de gozar a maior parte das bnos da vida, assim como seramos incapazes de ler, de estudar, ou mesmo de cuidar eficientemente de nossas atividades dirias.

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  • Quando a incapacidade de se concentrar devidamente atinge um elevado grau de vacilao e oscilao, chega a afetar seriamente a conscincia mental, conduzindo a perturbaes mentais e at mesmo a distrbios fsicos de vrias espcies.

    PESSOAS NORMAIS PODEM DESENVOLVER CONCENTRAO PERFEITA

    Existem tipos de indivduos mentalmente doentios, que so incapazes de concentrar sua ateno ou fixar sua mente em uma nica idia, assim como h certos tipos de pessoas mentalmente doentias que so incapazes de fixar os olhos firmemente em um ponto. Olhos vacilantes, que se movem rapidamente, instveis, indicam dois tipos de pessoas: as que so mentalmente doentias e incapazes, ou aquelas que tm estado ocupadas durante muito tempo em cargos, ou cm vrias profisses ou atividades que requerem a mudana constante do ponto de viso. H talvez uma terceira classe, que pode ser apropriadamente includa na primeira; a daquelas pessoas cujos olhos esto constantemente se desviando e se movendo, por medo de que neles sejam percebidos seus crimes, ou seja, que sofrem da conscincia de que so culpadas de crimes e sentem-se temerosas de olhar as pessoas diretamente nos olhos, sendo obrigadas a vigiar e atentar, constantemente, para o inevitvel reconhecimento por parte de representantes da lei. Exclumos da classificao os indivduos altamente capazes, aqueles cuja vista est constantemente mudando e que so incapazes de viso concentrada. Mas, devemos tambm situar entre os fracassados na vida, entre os incapazes ou desventurados, aqueles em quem falta inteiramente a capacidade de concentrar a ateno ou fixar a conscincia em um dado assunto.

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  • E assim como os olhos podem ser auxiliados com culos adequados, de modo que se tornem capazes de focalizar a ateno da vista, tambm a conscincia da mente humana pode ser ajudada em sua capacidade de concentrar e focalizar sua ateno, atravs de certos processos e exerccios de natureza psicolgica.

    PRIMEIRO PRINCPIO

    O CREBRO CONTROLA AS AES VOLUNTRIAS Deve-se compreender, acima de tudo, que a conscincia

    humana constitui um mecanismo e um tipo de funo psicolgica muito complexo. O crebro humano o grande quadro de controle do funcionamento do corpo humano, especialmente daquelas funes que so inteiramente voluntrias. H muitas funes involuntrias no interior do corpo que no so controladas pelo crebro do homem, no emprego de sua vontade. So geralmente classificadas nesta categoria funes do batimento cardaco, da ao rtmica de outros rgos, da reao ao longo do corpo por meio de certos impulsos nervosos, bem como das mais misteriosas atividades dos pulmes, do estmago, dos intestinos, dos rins e da vescula, por exemplo, em seu trabalho de manter atividade normal. Felizmente, para o homem estas importantes funes no foram entregues ao seu controle arbitrrio ou voluntrio. Considerando-se a maneira como o homem negligencia as funes sobre as quais tem controle, realmente uma felicidade, para ele, que seu crebro e sua vontade no tenham o controle absoluto de todas as partes, funes e atividades que constituem o corpo humano em seu estado vivente, consciente.

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  • A CONSCINCIA INERENTE A CADA CLULA DO CORPO A conscincia do homem no est situada exclusivamente

    no crebro. Ela constitui uma parte de toda clula viva do seu corpo. Na verdade, a conscincia do homem a soma dos milhes de tipos e graus de conscincia que existem em todas essas clulas. uma conscincia acumulada, pois, embora ela possa funcionar e se possa manifestar registrando-se no crebro como uma unidade, funciona separada e independentemente nas vrias partes do corpo. No obstante, a percepo pelo homem, de sua conscincia, requer focalizao, a qual deve ocorrer necessariamente no crebro, como o centro objetivo para a manifestao da conscincia em todas as partes do corpo.

    A FOCALIZAO DA CONSCINCIA OCORRE NO CREBRO Podemos assemelhar o corpo humano, com todos os seus

    centros nervosos e os centros localizados de conscincia das clulas e dos rgos, aos milhares de telefones de uma comunidade, dotados de uma estao central, qual todos eles respondem. Por outro lado, podemos assemelhar esses pontos dispersos de conscincia do corpo humano a um grande nmero de foto-clulas, ou olhos eletrnicos, que esto recebendo impresses luminosas, as quais precisam ser transmitidas a um ponto central, onde so focalizadas sob a forma de percepo; esta percepo deve se imprimir na mente do homem como uma impresso nica e no como uma multiplicidade de impresses.

    Portanto, vemos que impossvel para o crebro e a conscincia do homem aperceber-se de mais de um pensamento, ou de uma impresso, ao mesmo tempo. uma realidade o fato de que o homem no pode pensar, atentando para o seu pensamento, em mais de um ponto ou de uma coisa ao mesmo tempo.

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  • PERCEBEMOS UMA S COISA DE CADA VEZ Poderemos ver um homem caminhando na rua, lendo um livro e

    compreendendo aquilo que estiver lendo. Se o observarmos, verificaremos que, embora ele no tire os olhos do livro, parecer dirigir seus ps corretamente, parar ao fazerem o mesmo as pessoas da frente, ou contorn-las. Ao alcanar um cruzamento ele poder ouvir o sinal do trnsito e parar juntamente com os outros, aguardando at ouvir novamente o sinal; poder ento parecer que o homem ter sido capaz de ler e estar consciente de sua leitura, estando ao mesmo tempo consciente do seu caminhar. A verdade a este respeito que, neste processo, o homem divide sua ateno entre a leitura e o caminhar. Ele no pode pensar nas duas coisas ao mesmo tempo. Ele no pode fixar seus olhos nas palavras do livro, transformar esses smbolos em pensamentos, estar consciente desses pensamentos, e, ao mesmo tempo, pensar no seu caminhar e nos sinais do trnsito. O que realmente ocorre e uma rpida alternao da conscincia ou ateno, de modo que, depois de umas poucas palavras, h uma frao de segundo em que sua ateno dirigida para o caminhar, seguindo-se um retorno da mesma para leitura. Esta alternao da ateno to rpida que parece difcil ao homem aperceber-se de que interrompe sua leitura para se concentrar ou refletir momentaneamente no seu caminhar.

    SEGUNDO PRINCPIO

    ELIMINAR DA MENTE PENSAMENTOS NO CORRELATOS Portanto, vemos que, a fim de apreciarmos devidamente nossa

    percepo das coisas, precisamos focalizar nossa ateno

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  • e conscincia em uma coisa de cada vez. Isto exige concentrao, em sua forma simples. Porm, mais difcil do que isto eliminar de nossa mente no apenas as coisas que no guardam relao para com o pensamento em que desejamos nos concentrar, mas eliminar da mente as imagens, idias e impresses que brotam de nossa memria e que interferem no empenho de manter a conscincia focalizada somente em um ponto ou em um assunto.

    A maioria das pessoas que no tm a capacidade de se concentrar admite francamente que sua maior dificuldade est em impedir a ocorrncia, em sua conscincia, dos milhares de pensamentos e idias que nela se precipitam, assim que a mente comea a pensar e analisar. Aqui est realmente uma interferncia muito sria no processo individual de pensar, analisar e raciocinar logicamente. tambm um dos maiores obstculos ao xito na memorizao.

    As pessoas que so mais seriamente afetadas pela incapacidade de se concentrar admitem que, no momento em que tentam concentrar sua ateno e fixar sua conscincia cm algum pensamento ou alguma idia, tentam relembrar certos fatos da memria, todo o corpo se torna levemente relaxado, ao passo que o crebro se torna imediatamente excitado. Para essas pessoas, parece que o menor grau de relaxao do corpo, a mais leve pausa na atividade fsica, faz com que o crebro comece a funcionar mais ativamente do que em qualquer outro momento. Essas pessoas sofrem de insnia porque, quando se preparam para dormir e relaxam o corpo fsico, o crebro se torna imediatamente excitado. At mesmo quando elas esto andando de automvel, passeando calmamente, ou tentando dar descanso ao corpo no teatro ou durante uma refeio, a queda de atividade fsica parece ser imediatamente acompanhada de um excesso de atividade mental.

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  • TERCEIRO PRINCPIO

    O PENSAMENTO REQUER ENERGIA NERVOSA uma realidade o fato de que o ato de pensar e quaisquer outras

    formas de atividade mental, e ainda a concentrao da conscincia, requerem o emprego de energia nervosa. A atividade fsica, muscular, de qualquer tipo, tambm requer energia nervosa; as pessoas podem se tornar cansadas, exaustas, com sua energia nervosa esgotada, por causa de atividades puramente mentais, com a mesma facilidade com que o podem fazer devido a atividades puramente fsicas. O esgotamento cerebral to real quanto a fadiga muscular, porm, no momento em que as atividades fsicas do corpo so atenuadas, libera-se uma quantidade maior de energia no corpo fsico, para ser empregada pelo crebro; e este utiliza essa quantidade extra de energia nervosa tornando-se excitado. Por outro lado, essa atividade mental interfere em certas atividades fsicas que ocorrem no corpo.

    AS HORAS ANTES DAS REFEIES SO AS MELHORES Aps uma pessoa ter feito uma refeio muito pesada, faz-se

    necessria uma grande quantidade de energia nervosa para sua correta digesto, de modo que no sobra energia nervosa suficiente para o crebro empregar em qualquer intensidade considervel de pensamento, anlise e raciocnio; por este motivo, os estudantes, ou as pessoas que so obrigadas a pensar e analisar muito e profundamente, verificam ser impossvel usar o crebro e a mente com e f i c i nc i a , imediatamente aps uma refeio pesada. Assim que a memorizao pode ser analisada mais facilmente antes de se alimentar do que depois de faz-lo, e em repouso do que ao se exercitar. Muitos dos melhores estudantes do mundo,

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  • muitas das pessoas que esto freqentando colgios e universidades, e que precisam preparar seus exames ou estudos especiais, tm verificado que as primeiras horas aps o nascer do sol e antes da primeira refeio so as melhores para leitura e memorizao, porque o corpo, estando descansado, no est empregando intensamente a energia nervosa; alm disto, estando o estmago vazio e no tendo lugar qualquer outra funo muito ativa, o crebro pode utilizar uma grande quantidade da energia nervosa para compreender aquilo que os olhos lem e registr-lo na memria.

    QUARTO PRINCPIO

    A RELAXAO COMPLETA DE GRANDE AUXLIO De todos os fatos at aqui expostos apreendemos que o melhor

    mtodo para se concentrar o de sentar-se em uma posio relaxada e quieta. Isto possibilita ao crebro pensar mais fcil e eficientemente. Verifica-se que costumeiro, at mesmo entre aqueles que nunca pensaram cuidadosamente no assunto, uma pessoa sentar-se ao tentar pensar ou raciocinar, chegando mesmo a descansar a cabea nas mos, fechar os olhos e tornar-se to relaxada quanto possvel, fisicamente, de modo que a mente e o crebro tenham toda a oportunidade de funcionar. Em toda fotografia e pintura de uma pessoa a pensar, observa-se que ela est em uma posio de relaxao, geralmente pelos olhos fechados, ou cabea apoiada na mo, em total sossego e tranqilidade. Isto nos faz lembrar a maravilhosa obra de escultura denominada O Pensador, exceto pelo fato de que a posio do homem no parece ser to descansada, nem o

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  • corpo parece estar bastante vontade, como deveria ocorrer com algum que estivesse pensando profundamente.

    Contudo, h os que afirmam que, at mesmo na posio de relaxao mais confortvel, com os olhos fechados e empregando todos os meios voluntrios para focalizar a ateno na concentrao, a mente se enche de pensamentos, impresses e idias indesejveis. As preocupaes pendentes, as ansiedades antecipadas, as alegrias esperadas, as atividades pendentes que devero ser atendidas muito brevemente, as coisas esquecidas que deveriam ter sido feitas um pouco antes, e muitos outros assuntos, precipitam-se na conscincia e passam pela mente qual interminvel corrente de imagens. impossvel concentrar a conscincia cm um assunto qualquer quando essas impresses perpassam a mente ou se acumulam e enchem a conscincia, de modo que nenhuma outra coisa se possa fazer sentir exclusivamente.

    Ento o que se deve fazer, ou o que pode ser feito, para melhorar essa situao e tornar possvel a concentrao perfeita?

    QUINTO PRINCPIO

    FORMANDO IMAGENS MENTAIS Em primeiro lugar, o homem dispe de uma outra grande

    faculdade, que a da formao de imagens mentais. Esta faculdade faz parte do processo de imaginar e o que confere ao homem o grande poder da imaginao.

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  • Esta faculdade especial possibilita ao homem formar uma imagem mental de qualquer coisa que ele tenha visto, ou de que tenha ouvido falar, ou mesmo de algo que nunca tenha visto, ouvido falar, mas que venha a criar do nada de sua conscincia e transformarem uma realidade.

    E fcil o leitor provar a si prprio que tem esta faculdade de imaginar ou formar imagens em sua mente, em sua conscincia, e faz-las parecer reais. Por exemplo, descreverei um objeto que tenho em mos. Digo-lhe que se trata de uma pea de bronze, com a espessura aproximada de um papelo bem grosso. Tem forma circular e o tamanho aproximado de um pires, ou, digamos, 14 a 15 centmetros de dimetro. Agora o leitor pode visualizar esse disco chato de bronze, de 14 centmetros de dimetro e espesso como um papelo bem grosso, to altamente polido que chegue a brilhar e quase parea uma pea de ouro. No traz gravao alguma, nem qualquer desenho. Trata-se apenas de uma pea de bronze, chata, brilhante, reluzente, cortada sob a forma de um disco. Consegue o leitor v-la? Interrompa por alguns instantes a leitura deste pargrafo, feche os olhos e visualize esse disco chato de bronze na palma da mo. Agora, viremo-lo; no outro lado, no centro da superfcie polida, h uma estrela de cinco pontas, em esmalte azul. A estrela tem cerca de quatro centmetros, em sua maior distncia de ponta a ponta. O azul mais ou menos como o azul do cu em um dia claro e bonito. Agora, feche novamente os olhos e, por alguns instantes, mantenha esse disco na palma de sua mo direita, observe-o e veja nele a estrela azul.

    A VISUALIZAO EST RELACIONADA COM A CONCENTRAO Se o leitor viu a estrela azul em sua mo, ento, saber agora o

    que queremos dizer com imagens mentais. E se viu realmente

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  • esse disco e a estrela, por um momento apenas, ter tido um exemplo perfeito de concentrao. Por outro lado, se no foi capaz de ver esse disco com seus olhos fechados, e no conseguiu visualiz-lo porque sua mente esteve tentando imaginar o bronze em alguma outra forma diferente da circular, ou porque sua mente esteve tentando verificar se 14 centmetros eram mais ou menos do que aquilo que lhe pareciam, ou analisar o tom de azul e a forma da estrela, tornando-se com isto indistinta a viso do disco, alm de constantemente desaparecer, ento, ter t ido um excelente exemplo da incapacidade de se concentrar.

    SEXTO PRINCPIO

    EXPERIMENTOS SIMPLES Atravs desta pequena anlise e tentando este experimento com

    o disco de bronze, poder o leitor verificar se ou no capaz de se concentrar, se sabe faz-lo. Se foi incapaz de ver corretamente o disco, precisa comear imediatamente a prtica de certos exerccios que desenvolvero sua capacidade de concentrao.

    A primeira coisa a fazer com este objetivo escolher um objeto pequeno em seu lar, ou alguma coisa que o leitor traga consigo, assim como uma moeda, uma chave, uma bolsa pequena, um boto ornamental, ou algo simples em desenho, mas que seja moderno ou novo, observ-lo por alguns momentos at registrar sua aparncia, depois fechar os olhos e tentar v-lo mentalmente, to nitidamente quanto possvel. No tente fazer com que uma imagem fotogrfica do objeto se revele subitamente sua conscincia, pois verificar que precisar criar a imagem em sua conscincia recordando-se daquilo que

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  • seus olhos viram e introduzindo voluntariamente os detalhes, exatamente como se fosse um artista a pintar o objeto. Neste caso, porm, sua pintura estar sendo feita com um pincel mental, com pigmentos mentais e numa tela mental. A princpio, o leitor poder verificar que no se recordou de todos os detalhes do objeto que observou e que precisar observ-lo uma segunda vez. Poder tambm verificar que difcil conseguir uma imagem mental bastante ntida. Aps um pouco de prtica, dever tornar-se capaz de formar uma imagem suficientemente ntida para que a possa identificar. Por exemplo, suponhamos que algum lhe pedisse, daqui a seis meses, para descrever o pequeno objeto que esteve observando. Poderia o leitor fechar os olhos e v-lo com suficiente nitidez para afirmar que ele era circular, quadrado, ou hexagonal; que era brilhante e reluzente, ou fosco; que sua cor era um vermelho escuro, ou claro; um marrom, ou cor-de-vinho; um vermelho-cereja, ou um rosa; e se era circundado por um ornato ou filete, pequenas estrelas ou crculos?

    O melhor exerccio consiste em tomar algum objeto simples, que tenha vrios desenhos ou elementos que o leitor possa examinar por alguns momentos, e depois fechar os olhos e recordar os detalhes ao mesmo tempo que forma a imagem.

    Este exerccio pode ser praticado enquanto se est passeando, descansando relaxadamente, ou em momentos de lazer, de modo que, aps algumas semanas de prtica, considera-lo- um fascinante passatempo, quase como um jogo, descobrindo ao mesmo tempo que estar desenvolvendo trs faculdades: primeiro, a faculdade de observao e reteno das coisas; segundo, a capacidade de formar imagens e visualizar; e terceiro, a capacidade de se concentrar.

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  • CONCENTRAO Desenvolvendo essas trs faculdades estar no somente

    ajudando a melhorar sua capacidade de concentrao, mas tambm desenvolvendo sua capacidade de memorizar e recordar aquilo que tiver memorizado.

    A segunda parte deste trabalho, que trata da memorizao, dedicado inteiramente apresentao simples de fatos e exerccios que conduzem preciso da memria.

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  • CONCENTRAO E MEMORIZAO

    MEMORIZAO

    Milhares de pessoas afirmam que encontram dificuldade em memorizar com a mesma facilidade com que o faziam na infncia, ou em recordar aquilo que tenham memorizado. Muitas pessoas dizem que conseguem se lembrar de nomes, mas no de fisionomias. Outras afirmam que conseguem se lembrar de nomes e fisionomias, mas no conseguem memorizar nmeros de telefones e endereos. Outras ainda declaram que conseguem memorizar fatos histricos, compromissos de negcios e os acontecimentos comuns do dia, mas no conseguem se lembrar de certas obrigaes sociais, ou de questes menos importantes, o que s vezes se torna subitamente embaraoso.

    O INTERESSE NO ASSUNTO NECESSRIO A verdade que se uma pessoa pode memorizar fisionomias,

    nmeros ou fatos de qualquer espcie, pode memorizar qualquer coisa. A diferena se deve ao interesse no assunto. uma realidade o fato de que as coisas que mais despertam nosso interesse durante alguns momentos registram-se mais fortemente em nossa conscincia, ao passo que aquelas que no nos interessam no se registram do mesmo modo na nossa memria.

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  • PRECISO CONCEBER O INTERESSE Alguns podero argumentar e declarar que fazem tudo para

    memorizar nmeros de telefones e que esto interessados neles como parte de suas atividades profissionais. No entanto, h uma grande diferena entre interesse e concepo. Podemos olhar para uma figura, assim como um desenho cmico num jornal, com momentneo interesse, a fim de desfrutar da graa da anedota, porm, sem estarmos simultaneamente tentando conceber esse interesse e, portanto, ele no se registra, como o faria algo que fosse corretamente concebido. Ao olharmos para um desenho cmico, ou para uma fotografia, ou ao observarmos um simples incidente na rua que atraia nosso interesse ou nossa ateno por um instante, temos conscincia do fato de que aquilo no importante para ns, e assim nosso interesse puramente superficial e momentneo. Se, por outro lado, se trata de algo que sabemos ou acreditamos ser valioso para ns, como, por exemplo, que esteja associado a alguma experincia, a algum jogo, ou a algo interessante a que nos devotemos intensamente, concebemos melhor o assunto do que o fazemos ordinariamente.

    A CONCEPO PROFUNDA REGISTRA O INCIDENTE este momento de profunda concepo que registra o incidente

    ou o fato na memria, associando-o ao mesmo tempo com certos canais de outros pensamentos, o que nos possibilita recordar os fatos registrados, por associao de idias.

    E verdade que a memorizao de nmeros de telefones, endereos, datas de contratos, horas de encontros e nomes de pessoas, uma coisa importante, que todo homem de negcios considera como tendo mais do que um interesse casual e se esfora realmente para conceber. Alguns argumentaro que,

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  • certamente, a importante data de uma reunio de negcios tem maior interesse para ns do que um desenho cmico no jornal e que, portanto, devemos dedicar-lhe uma concepo mais profunda do que ao desenho. Isto verdade; porm, persiste o fato de que, exatamente porque conhecemos sua importncia e desejamos de fato memoriz-la, interferimos no processo de memorizao, porque pensamos em memorizar ao invs de pensarmos em conceber.

    LEMBRETES DESTROEM A F NA MEMRIA Suponhamos que algum me telefone e diga que gostaria que eu

    lhe telefonasse de volta s onze horas, dando-me ento um nmero de telefone. E suponhamos que, em lugar de anotar esse nmero e assim destruir minha f em minha memria, diga eu para mim mesmo: "Agora eu preciso memorizar aquele nmero". Passo ento a repeti-lo para mim mesmo, enquanto inconscientemente o analiso e procuro descobrir algo nesse nmero que me ajude a memoriz-lo. Continuo repetindo o nmero para mim mesmo e, ao mesmo tempo, discuto comigo se vou lembr-lo e se o estou registrando; posso at tentar visualiz-lo. No entanto, esta no a maneira correta de memorizar, pois possvel que uma hora mais tarde eu no seja capaz de relembrar qualquer parte do nmero de telefone.

    E PRECISO VISUALIZAR O QUE SE QUER MEMORIZAR Se eu repetisse o nmero para mim mesmo apenas uma vez e o

    visualizasse, de modo que pudesse ver a palavra e os algarismos com os olhos fechados, sentaria depois em condio de relaxao e inatividade, por alguns momentos, e permitiria que o nmero visualizado se aprofundasse em minha

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  • conscincia, no por repeti-lo mentalmente, o que manteria a mente ativa e impediria que a mente subconsciente e a memria funcionassem, e sim apenas sustendo-o em minha mente como uma imagem e deixando-o registrar-se assim como uma fotografia registrada em uma pelcula pelo tempo de exposio. Porm, ao mesmo tempo em que eu estivesse visualizando o nmero, estaria visualizando a pessoa e o horrio de onze horas.

    DEVE-SE SUSTER BREVEMENTE A IMAGEM MENTAL Se eu desejasse apenas o nmero e no tivesse alguma hora

    especial para disc-lo, visualizaria a pessoa e o nmero, mantendo essa imagem na mente por alguns momentos; sentindo depois como se o tivesse absorvido e assimilado mentalmente eu afastaria todo assunto de minha conscincia, como algo que estivesse terminado, registrado, permanente e indelevelmente fixado em minha memria. Desse momento em diante, sempre que eu pensasse naquela pessoa, ou ouvisse falar dela, pensaria imediatamente naquele nmero de telefone, pois, estariam ambos associados em minha memria. Ou se eu ouvisse o nmero do telefone ou o visse escrito, lembrar-me-ia da pessoa a quem pertencia, pois, o pensamento daquele provocaria o pensamento desta, no como nmeros e fatos, e sim como imagens em minha mente, de modo que eu veria novamente a mesma imagem que tivesse criado no processo de registro.

    PRIMEIRO PRINCPIO

    Hoje em dia existem muitos sistemas de memorizao, sob a forma de chaves privativas ou pessoalmente descobertas para a perfeita memorizao. Em quase todos os casos o sistema

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  • to complexo que, em qualquer tentativa de memorizar fatos e nmeros, fisionomias ou lugares, de acordo com o sistema, necessrio mais esforo para se concentrar no prprio sistema do que nos pontos a serem relembrados. E em se tratando de recordar os fatos memorizados, o sistema de associar idias com os fatos desejados to complicado que se torna desconcertante e ineficaz.

    DEVE-SE ESTAR CONSCIENTE DE UM FATO DE CADA VEZ No podemos nos afastar do princpio de que, ao se tentar

    memorizar um fato, a mente deve ser capaz de se desembaraar de todos os outros fatos, exceo daquele que deva ser memorizado. A reiterao do princpio de que a mente no pode estar consciente de dois fatos ao mesmo tempo, e conceb-los simultaneamente, deveria tornar evidente que a tentativa de se memorizar um fato procurando ao mesmo tempo recordar e aplicar um complicado sistema de memorizao, simplesmente interferiria nas leis que tornam a memorizao possvel.

    ELIMINAR FATOS ESTRANHOS Se o fato a ser memorizado puder ser visualizado em uma

    imagem to livre quanto possvel de fatos estranhos e pontos secundrios, ser mais facilmente transferido da conscincia externa, objetiva, para a subconscincia, na qual est situada a memria. O contrrio como tentar pintar o retrato de algum para que atraia ateno imediata e faa com que as pessoas focalizem seu interesse na fisionomia e nos traos caractersticos da figura pintada, colocando ao fundo cenas e incidentes da vida dessa pessoa, tais como cenas de sua infncia, vistas dela prpria sentada sua carteira, um quadro de sua casa, de sua esposa e seus filhos, dos esportes pelos quais se interessa, de um livro que ela escreveu, da grande marca registrada que

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  • representa o negcio que ela dirige etc. Pode-se argumentar que associando-se todas essas coisas com o indivduo no retrato, poder-se-ia criar um conjunto composto de muitos elementos, de modo que, estando essas coisas associadas entre si, pensando-se em uma coisa pensar-se-ia nas outras. No entanto, todo mundo sabe que, observando-se um quadro desse tipo, a ateno no seria focalizada no retrato, e sim em todos os elementos do quadro, de maneira que essa ateno dividida privaria qualquer pessoa dos aspectos importantes da concepo concentrada que se faz necessria para o perfeito registro na memria.

    SIMPLIFICAR A IMAGEM MENTAL uma coisa simples associar um nmero de telefone com

    um indivduo, no pensando nos dois elementos com igual importncia, e sim concentrando a ateno no nmero do telefone e visualizando-o com maior considerao, e apenas com uma vaga concepo do indivduo a quem ele pertence. Mas, quando se tenta ir alm disto, procurando-se acrescentar o endereo do indivduo, seus contatos comerciais e outros incidentes semelhantes, a imagem torna-se demasiadamente complicada para a perfeita memorizao, bem como excessivamente dividida em seus elementos capazes de atrair a ateno para que seja inteiramente concebida e registrada como uma unidade.

    SEGUNDO PRINCPIO

    CLASSIFICAR O ASSUNTO A SER MEMORIZADO Na tentativa de registrar qualquer fato na mente

    subconsciente, para guard-lo na memria, deve este fato estar isolado

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  • de todas as outras coisas importantes, exceto de uma associao principal. Todo fato que o leitor deseja registrar enquadra-se indubitavelmente em alguma classificao ou categoria que representa sua ligao ou associao principal. Isto como a classificao de fatos em livros de referncia de uma grande biblioteca. Se eu fosse a uma grande biblioteca, representando esta o grande repositrio do conhecimento, e desejasse saber se a composio da gua H2O ou HO2, meu impulso, bem natural, seria o de compreender que esse fato estaria associado classificao geral de qumica. Se eu quisesse saber qual foi a rota exata seguida por Colombo em sua descoberta da Amrica, ou da Costa americana, reportar-me-ia a um livro que tratasse de viagens. Se eu desejasse conhecer algo da vida de Maria Antonieta, procuraria a classificao de livros conhecidos como biografias. Certamente, em qualquer um desses casos eu escolheria o mtodo mais direto de associar o fato desejado a outros fatos, diretamente relacionados com ele. Por exemplo, ao procurar detalhes da vida de Maria Antonieta, eu no complicaria minha busca pesquisando livros que tratassem da vida de outras rainhas com as quais ela pudesse ter mantido contato, ou de grandes generais, da histria das guerras, da construo de belos palcios na Frana, da questo de vesturio, ou da histria do primeiro uso de espelhos, muito embora cada um desses assuntos pudesse eventualmente me fornecer alguns pequenos fatos relacionados com Maria Antonieta.

    A MEMRIA UMA BIBLIOTECA MENTAL A memria um grande armazm de conhecimento. Para todos

    os fins prticos ela facilmente comparvel a uma grande biblioteca, pois, todos os fatos que so guardados na memria so naturalmente classificados. Todos os nmeros de telefones esto associados acima de tudo com telefones, e depois

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  • divididos em associaes com indivduos, firmas, organizaes ou lugares. Todas as fisionomias de pessoas esto associadas sob as classificaes de parentes, amigos, scios,, departamentos de informao, centros comerciais etc. Todos os fatos histricos esto associados a acontecimentos histricos notveis de modo geral, bem como a indivduos ou lugares.

    DEVE-SE ASSOCIAR O FATO A UMA S CLASSIFICAO No necessrio mais do que um elemento de associao ou

    classificao para guardar um fato corretamente, de modo que ao se tentar recordar o fato, a tendncia ser de associ-lo ao elemento de classificao segundo o qual foi guardado e registrado na memria. Por este motivo, quanto mais simples for a classificao, quanto mais simples for o elemento de associao ao se fazer o registro, mais fcil ser extrair o fato registrado, ou encontr-lo no grande armazm da memria.

    TERCEIRO PRINCPIO

    FORAR A MENTE INTERFERE NA MEMORIZAO Naturalmente, tudo isto requer concentrao; mas, se os

    exerccios simples dados na segunda parte forem praticados sistematicamente, e durante os experimentos com a concentrao a mente e o corpo estiverem relaxados e nenhum esforo intenso for empregado para forar a mente em qualquer ponto, a capacidade de se concentrar ser facilmente desenvolvida. Lembre-se de que todo esforo mental destinado a tentar induzir a mente a fazer alguma coisa, implica no empenho da mente, e empenhar a mente de modo complexo impede a concentrao e a relaxao. A perfeita concentrao s possvel cm estado de relaxao. Deve haver um mnimo esforo mental,

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  • ao invs de um esforo mximo. Em todo grande experimento psicolgico, o principiante, o Nefito, tenta forar e ativar voluntariamente suas atividades mentais, como se estivesse tentando forar uma grande massa de gua a se reduzir a uma estreita corrente, de modo que pudesse ser focalizada em um ponto. Esta ativao, este esforo voluntrio, impede a relaxao.

    A RELAXAO TIL ASSIMILAO MENTAL A concentrao deve ser um trabalho passivo, ao invs de ativo,

    e isto exige a relaxao do corpo e de todas as atividades mentais, exceto da faculdade de visualizao e concepo. Desse modo, a pessoa que se encontra em um estado de concentrao torna-se- momentaneamente alheia sua conscincia objetiva e s coisas que a cercam. Ela no deve ser facilmente distrada, nem mesmo pela passagem de uma outra pessoa pela sala, nem se for suavemente chamada pelo nome, ou at pelo soar da campainha do telefone. Quando a capacidade de concentrao se torna perfeitamente desenvolvida, pode passar uma banda de msica pela janela, tocando fortemente, sem que a pessoa em estado de concentrao chegue a saber ou se aperceber de que ela est tocando. Seus ouvidos podem ouvir e seus olhos podem ver, mas, se seus pensamentos estiverem dirigidos para um ponto ou assunto, tudo o mais ser naturalmente excludo e, a menos que a mente vacile ou alterne sua ateno, desfazendo portanto a concentrao, a conscincia no poder se aperceber de duas coisas ao mesmo tempo.

    Um grande bem e um grande poder para a consecuo de coisas importantes na vida, assim como um maravilhoso benefcio para a sade, a mente e o corpo, resultaro da capacidade de relaxar de vez em quando e concentrar a

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  • percepo consciente do nosso Ser em um assunto, deixando que ele se aprofunde no subconsciente para ser permanentemente registrado. Dessa maneira, pensamentos de sade, paz, felicidade, assim como importantes questes de negcios, podem ser transformados em parte da nossa conscincia interior, onde criam razes e se tornam ativas, subconscientemente e para. o bem do Ser.

    O sucesso no aperfeioamento da memria depende do desenvolvimento da concentrao, tema tratado no captulo anterior, dedicado apresentao de normas prticas e exerccios que tm esta fmalidade.

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  • Propsito da Ordem Rosacruz

    A Ordem Rosacruz, AMORC uma organizao internacional, de carter cultural, fraternal, no-sectrio e no-dogmtico, de homens e mulheres dedicados ao estudo e aplicao prtica das leis naturais que regem o universo e a vida.

    Seu objetivo promover a evoluo da humanidade atravs do desenvolvimento das potencialidades de cada indivduo e propiciar uma vida harmoniosa com sade, felicidade e paz.

    A Ordem Rosacruz oferece um sistema eficaz e comprovado de instruo e orientao para o autoconhecimento e compreenso dos processos que determinam a mais alta realizao humana. Essa profunda e prtica sabedoria, cuidadosamente preservada e desenvolvida pelas Escolas de Mistrios esotricos, est disposio de toda pessoa sincera, de mente aberta e motivao positiva e construtiva.

    Para mais informaes, os interessados podem solicitar o informativo gratuito "O Domnio da Vida", escrevendo ou telefonando para:

    Ordem Rosacruz, AMORC Grande Loja da Jurisdio de Lngua Portuguesa Rua Nicargua, 2620 - Bacacheri - 82515-260 Curitiba - PR - Brasil Caixa Postal 4450-82501-970 Fone:(0xx41) 3351-3000 Fax: (0xx41) 3351 -3065 e 3351-3020 Site: www.amorc.org.br

  • Misso Rosacruz

    A Ordem Rosacruz, AMORC uma Organizao Internacional de carter

    mstico-filosfico, que tem por MISSO despertar o potencial interior do ser

    humano, auxiliando-o em seu desenvolvimento, em esprito de fraternidade, respeitando a liberdade

    individual, dentro da Tradio e da Cultura Rosacruz.

  • E ste livro prope um sistema simples de cura metafsica comprovado pelos rosacruzes h muito tempo. No se trata de cura pela f e sim da aplicao de leis naturais e princpios csmicos que atuam atravs do uso correto das funes mais sutis da mente e da energia humana. Esse sistema permite tambm ajudar a si prprio, ou seja, beneficiar-se pela auto-ajuda metafsica.

    Ao nosso redor existe uma energia csmica invisvel, porm, muito poderosa. Ela pode ser usada para ajudar e socorrer pessoas que estejam sofrendo por algum problema de sade.

    Aprender a usar essa energia atuar em harmonia com o Csmico, cujo poder efetua toda a cura, qualquer que seja o sistema de terapia empregado.

    Concentrao e Memorizao so elementos importantes que todos devemos aprender a usar em nosso dia-a-dia, pois so indispensveis ao nosso prprio bem e sucesso pessoal. Os exerccios simples contidos nesse livro nos conduzem ao domnio dessa arte.

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