ROMANTISMOROMANTISMO

Contexto na EuropaContexto na Europa

• O nascimento de Vênus, Botticeli, 1482O nascimento de Vênus, Botticeli, 1482

• Segunda metade do sec. XVIII Segunda metade do sec. XVIII industrialização leva a um industrialização leva a um novo quadro político.novo quadro político.

• Revolução Francesa (1789)Revolução Francesa (1789)

• uma uma visão de mundovisão de mundo contrária contrária ao racionalismo que marcou o ao racionalismo que marcou o período neoclássico. período neoclássico.

• ““da burguesia, pela burguesia da burguesia, pela burguesia e para a burguesia”e para a burguesia”

• A arte se liberta, ganha as ruas A arte se liberta, ganha as ruas e adquire um novo públicoe adquire um novo público

CaracterísticasCaracterísticas

• NacionalismoNacionalismo• IndividualismoIndividualismo• Subjetivismo / Subjetivismo /

EgocentrismoEgocentrismo• IdealizaçãoIdealização• Sentimentalismo Sentimentalismo

exacerbadoexacerbado• IdealizaçãoIdealização• Natureza Natureza

•A liberdade conduzindo o povo, Delacroix, 1831A liberdade conduzindo o povo, Delacroix, 1831

• A T...A T...

• (Fragmento)(Fragmento)

• Ah! vem, pálida virgem, se tens pena Ah! vem, pálida virgem, se tens pena De quem morre por ti, e morre amando, De quem morre por ti, e morre amando,

Dá vida em teu alento à minha vida, Dá vida em teu alento à minha vida, Une nos lábios meus minh'alma à tua! Une nos lábios meus minh'alma à tua! Eu quero ao pé de ti sentir o mundo Eu quero ao pé de ti sentir o mundo Na tua alma infantil; na tua fronte Na tua alma infantil; na tua fronte

Beijar a luz de Deus; nos teus suspiros Beijar a luz de Deus; nos teus suspiros Sentir as vibrações do paraíso; Sentir as vibrações do paraíso;

E a teus pés, de joelhos, crer ainda E a teus pés, de joelhos, crer ainda Que não mente o amor que um anjo inspira, Que não mente o amor que um anjo inspira,

Que eu posso na tu'alma ser ditoso, Que eu posso na tu'alma ser ditoso, Beijar-te nos cabelos soluçando Beijar-te nos cabelos soluçando E no teu seio ser feliz morrendo!E no teu seio ser feliz morrendo!

• (Álvares de Azevedo)(Álvares de Azevedo)

• Como a mulher é vista neste poema?Como a mulher é vista neste poema?

Meu bem-quererMeu bem-querer

• Composição: Djavan Composição: Djavan

• Meu bem quererMeu bem quererÉ segredo, é sagradoÉ segredo, é sagradoEstá sacramentadoEstá sacramentadoEm meu coraçãoEm meu coraçãoMeu bem quererMeu bem querer

Tem um quê de pecadoTem um quê de pecadoAcariciado pela emoçãoAcariciado pela emoção

• Meu bem quererMeu bem quererMeu encanto, estou sofrendo tantoMeu encanto, estou sofrendo tanto

Amor, e o que é o sofrerAmor, e o que é o sofrerPara mim que estouPara mim que estou

Jurado pra morrer de amorJurado pra morrer de amor• http://letras.terra.com.br/djavan/45536/http://letras.terra.com.br/djavan/45536/

Enquanto isso no Brasil...Enquanto isso no Brasil...

• Vinda da família real (1808)Vinda da família real (1808)

• Independência (1822)Independência (1822)

• Graves crises sociaisGraves crises sociais

• Sentimento de nacionalismoSentimento de nacionalismo

• Busca do herói nacionalBusca do herói nacional

Romantismo BrasileiroRomantismo Brasileiro

• 1ª. Geração - Nacionalista ou indianista1ª. Geração - Nacionalista ou indianista

• Gonçalves de Magalhães, Gonçalves DiasGonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias

• 2ª. Geração – Geração do “mal do século”2ª. Geração – Geração do “mal do século”

• Álvares de Azevedo, Casimiro de AbreuÁlvares de Azevedo, Casimiro de Abreu

• 3ª. Geração – Condoreira3ª. Geração – Condoreira

• Castro Alves, Castro Alves,

1ª. Geração - Nacionalista ou 1ª. Geração - Nacionalista ou indianistaindianista

• Influência direta da Influência direta da Independência do Independência do Brasil (1822) Brasil (1822)

• Nacionalismo, Nacionalismo, ufanismoufanismo

• Exaltação à natureza e Exaltação à natureza e à pátria à pátria

• O Índio como grande O Índio como grande herói nacional herói nacional

• Sentimentalismo Sentimentalismo • Exéquias de Atalá, Augusto Exéquias de Atalá, Augusto Rodrigues, 1878Rodrigues, 1878

1ª. Geração - Nacionalista ou indianista1ª. Geração - Nacionalista ou indianista

• Canção do exílioCanção do exílio

"Minha terra tem palmeiras,"Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá;Onde canta o Sabiá;As aves que aqui gorjeiam,As aves que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,Nosso céu tem mais estrelas,Nossas várzeas têm mais flores,Nossas várzeas têm mais flores,Nossos bosques têm mais vida,Nossos bosques têm mais vida,Nossa vida mais amores.Nossa vida mais amores.

Não permita Deus que eu morra,Não permita Deus que eu morra,Sem que eu volte para lá;Sem que eu volte para lá;Sem que desfrute os primoresSem que desfrute os primoresQue não encontro por cá;Que não encontro por cá;Sem qu'inda aviste as palmeiras,Sem qu'inda aviste as palmeiras,Onde canta o Sabiá." Onde canta o Sabiá."

• Em cismar, sozinho, à noite,Em cismar, sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá.Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,Minha terra tem primores,Que tais não encontro eu cá;Que tais não encontro eu cá;Em cismar - sozinho, à noite -Em cismar - sozinho, à noite -Mais prazer encontro eu lá;Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá.Onde canta o Sabiá.

• Minha terra tem palmaresMinha terra tem palmaresOnde gorjeia o marOnde gorjeia o marOs passarinhos aquiOs passarinhos aquiNão cantam como os de lá Não cantam como os de lá

• Minha terra tem mais rosasMinha terra tem mais rosasE quase que mais amoresE quase que mais amoresMinha terra tem mais ouroMinha terra tem mais ouroMinha terra tem mais terra Minha terra tem mais terra

• Ouro terra amor e rosasOuro terra amor e rosas• Eu quero tudo de láEu quero tudo de lá

• Não permita Deus que eu Não permita Deus que eu morramorraSem que eu volte para são Sem que eu volte para são PauloPauloSem que eu veja a rua 15Sem que eu veja a rua 15E o progresso de São PauloE o progresso de São Paulo

• (Oswald de Andrade)(Oswald de Andrade)

• Minha terra tem Minha terra tem macieiras da Califórniamacieiras da Califórniaonde cantam gaturamos onde cantam gaturamos de Veneza. (...)de Veneza. (...)Eu morro sufocado em Eu morro sufocado em terra estrangeira.terra estrangeira.Nossas flores são mais Nossas flores são mais bonitasbonitasnossas frutas são mais nossas frutas são mais gostosasgostosasmas custam cem mil mas custam cem mil réis a dúzia. réis a dúzia.

• Ai quem me dera Ai quem me dera chupar uma carambola chupar uma carambola de verdadede verdadee ouvir um sabiá com e ouvir um sabiá com certidão de idade!certidão de idade!

• (Murilo Mendes)(Murilo Mendes)

Influências dos Influências dos ultrarromânticosultrarromânticos “Está decidido,

Charlotte, desejo morrer.(...) Quando leres esta carta, minha querida, a terra fria já estará cobrindo os restos rígidos deste infeliz, deste homem desassossegado que nos seus últimos momentos de vida não conhece doçura maior do que falar contigo."

(Trecho do Goethe)

2ª. Geração – Geração do “mal do 2ª. Geração – Geração do “mal do século”século”

• EgocentrismoEgocentrismo

• UltrassentimentalismoUltrassentimentalismo

• Byronismo - Spleen Byronismo - Spleen

• Fuga da realidade, evasão Fuga da realidade, evasão

• Satanismo Satanismo

• A noite, o mistério A noite, o mistério

• Mulher idealizada, distanteMulher idealizada, distante

Spleen et ideal, Carlos Schwabe, 1896

Ideias Íntimas (fragmento)Ideias Íntimas (fragmento)• Oh! ter vinte anos sem gozar de leve

A ventura de uma alma de donzela!E sem na vida ter sentido nuncaNa suave atração de um róseo corpoMeus olhos turvos se fechar de gozo!Oh! nos meus sonhos, pelas noites minhasPassam tantas visões sobre meu peito!Palor de febre meu semblante cobre,Bate meu coração com tanto fogo!Um doce nome os lábios meus suspiram,Um nome de mulher... e vejo lânguidaNo véu suave de amorosas sombrasSeminua, abatida, a mão no seio,Perfumada visão romper a nuvem,Sentar-se junto a mim, nas minhas pálpebrasO alento fresco e leve como a vidaPassar delicioso... Que delírios!Acordo palpitante... inda a procuro;

• Embalde a chamo, embalde as minhas lágrimasBanham meus olhos, e suspiro e gemo...Imploro uma ilusão... tudo é silêncio!Só o leito deserto, a sala muda!Amorosa visão, mulher dos sonhos,Eu sou tão infeliz, eu sofro tanto!Nunca virás iluminar meu peitoCom um raio de luz desses teus olhos?

• (Lira dos Vinte Anos, Alvares de (Lira dos Vinte Anos, Alvares de Azevedo)Azevedo)

• O texto apresenta três partes – O texto apresenta três partes – sonho, realidade, sonho. Aponte o sonho, realidade, sonho. Aponte o ínicio e o fim destas partes.ínicio e o fim destas partes.

• A morte de Chatterton, Henry Wallès, 1856, retrata o A morte de Chatterton, Henry Wallès, 1856, retrata o suicídio do poeta.suicídio do poeta.

Terceira geração - Terceira geração - CondoreiraCondoreira• 1888 - Abolição da 1888 - Abolição da

Escravatura Escravatura • 1889 - 1889 -

Proclamação da Proclamação da República República

• Questões SociaisQuestões Sociais• Mulher presente, Mulher presente,

carnal. carnal. • Volta-se para o Volta-se para o

futuro, progresso. futuro, progresso.

• ““A praça! A praça é do A praça! A praça é do povopovo

• Como o céu é do CondorComo o céu é do Condor• É o antro onde a É o antro onde a

liberdadeliberdade• Cria águias em seu calo.”Cria águias em seu calo.”

Sexta parte do poema Navio NegreiroSexta parte do poema Navio Negreiro • Foste hasteado dos heróis na

lança,Antes te houvessem roto na batalha,Que servires a um povo de mortalha!...

• Fatalidade atroz que a mente esmaga!Extingue nesta hora o brigue imundoO trilho que Colombo abriu na vaga,Como um íris no pélago profundo!......Mas é infâmia de mais... Da etérea plagaLevantai-vos, heróis do Novo Mundo...Andrada! arranca este pendão dos ares!Colombo! fecha a porta de teus mares]

• (Castro Alves)

E existe um povo que a bandeira empresta

P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...

E deixa-a transformar-se nessa festa

Em manto impuro de bacante fria!...

Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,

Que impudente na gávea tripudia?!...

Silêncio!... Musa! chora, chora tanto

Que o pavilhão se lave no teu pranto...

Auriverde pendão de minha terra,Que a brisa do Brasil beija e

balança,Estandarte que a luz do sol

encerra,E as promessas divinas da

esperança...Tu, que da liberdade após a

guerra,