Romantismo no Brasil

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Romantismo

Romantismo no Brasil

1 Gerao RomnticaSurgiu no Brasil poucos anos depois da nossa independncia poltica (1822)Definir um perfil da cultura brasileiraPrincipal caracterstica: nacionalismoConotao de movimento anticolonialista e antilusitanoIndianismo, regionalismoSuspiros poticos e saudade (1836), de Gonalves Magalhes

Victor Meirelles:Dom Pedro II, 1864.Museu de Arte de So PauloGonalves DiasIntrodutor do romantismo no BrasilImplantou e solidificou a poesia romntica em nossa literaturaPoesia voltada para o ndio e para a natureza brasileiraCano do ExlioExploram mtricas e ritmos variadosAmor no correspondido. Cano do exlio

Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabi;As aves, que aqui gorjeiam,No gorjeiam como l.Nosso cu tem mais estrelas,Nossas vrzeas tm mais flores,Nossos bosques tm mais vida,Nossa vida mais amores.Em cismar, sozinho, noite,Mais prazer eu encontro l;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabi.Minha terra tem primores,Que tais no encontro eu c;Em cismar sozinho, noiteMais prazer eu encontro l;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabi.No permita Deus que eu morra,Sem que eu volte para l;Sem que disfrute os primoresQue no encontro por c;Sem qu'inda aviste as palmeiras,Onde canta o Sabi.DePrimeiros cantos(1847)Ultrarromantismo Sem a nacionalidadeAtitude pessimistaProtesto: espera da mortePerodo entre 1850 e 1860: incio do perodo conhecido como Ultrarromntico

lvares de AzevedoPrincipal expressoPoesia, a prosa e teatroObras de qualidade irregularGrande significado

Amor

Amemos! Quero de amorViver no teu corao!Sofrer e amar essa dorQue desmaia de paixo!Na tualma, em teus encantosE na tua palidezE nos teus ardentes prantosSuspirar de languidez!

Quero em teus lbio beberOs teus amores do cu,Quero em teu seio morrerNo enlevo do seio teu!Quero viver desperana,Quero tremer e sentir!Na tua cheirosa tranaQuero sonhar e dormir!

Vem, anjo, minha donzela,Minhaalma, meu corao!Que noite, que noite bela!Como doce a virao!E entre os suspiros do ventoDa noite ao mole frescor,Quero viver um momento,Morrer contigo de amor!Casimiro de Abreu Associa sempre vida e sensualidadeNo atinge plena maturaoAbordagem: ptria, saudade, solido e etc.

Fagundes VarelaPoesia em transioPessimismo, solido e morte.Abordagem de problemas sociais e polticos no BrasilAbundncia de imagensPor tudo que o cu revela,por tudo o que a terra d,eu te juro que minh'almade tua escrava est!...Guarda contigo este emblemada flor do maracuj!Exerccios

1) (Mackienze) - Vocs mulheres tm isso de comum com as flores, que umas so filhas da sombra e abrem com a noite, e outras so filhas da luz e carecem do Sol. Aurlia como estas; nasceu para a riqueza. Quando admirava a sua formosura naquela salinha trrea de Santa Tereza, parecia-me que ela vivia ali exilada. Faltava o diadema, o trono, as galas, a multido submissa; mas a rainha ali estava em todo o seu esplendor. Deus a destinara opulncia. Do texto depreende-se que romances romnticos regionalistas, como Senhora, exaltam a beleza natural feminina. os romances realistas de Alusio Azevedo denunciam o artificialismo da beleza feminina. as obras modernistas tm, entre outros, o objetivo de criticar a submisso da mulher riqueza material. a linguagem descritiva dos escritores naturalistas caracteriza a sensualidade e a espiritualidade da mulher. e) a personagem feminina foi caracterizada sob a perspectiva idealizadora tpica dos autores romnticos. 2)(PUC-SP) Oh! ter vinte anos sem gozar de leve A ventura de uma alma de donzela! E sem na vida ter sentido nunca Na suave atrao de um rseo corpo Meus olhos turvos se fechar de gozo! Oh! nos meus sonhos, pelas noites minhas Passam tantas vises sobre meu peito! Palor de febre meu semblante cobre, Bate meu corao com tanto fogo! Um doce nome os lbios meus suspiram, Um nome de mulher... e vejo lnguida No vu suave de amorosas sombras Seminua, abatida, a mo no seio, Perfumada viso romper a nuvem, Sentar-se junto a mim, nas minhas plpebras O alento fresco e leve como a vida Passar delicioso... Que delrios! Acordo palpitante... inda a procuro; Embalde a chamo, embalde as minhas lgrimas Banham meus olhos, e suspiro e gemo... Imploro uma iluso... tudo silncio! S o leito deserto, a sala muda! Amorosa viso, mulher dos sonhos, Eu sou to infeliz, eu sofro tanto! Nunca virs iluminar meu peito Com um raio de luz desses teus olhos? Os versos ao lado integram a obra Lira dos Vinte Anos, de lvares de Azevedo. Da leitura deles podemos depreender que o poema:ilustra a dificuldade de conciliar a ideia de amor com a de posse fsica. manifesta o desejo de amar e a realizao amorosa se d concretamente em imagens de sonho.concilia sonho e realidade e ambos se alimentam da presena sensual da mulher amada. espiritualiza a mulher e a apresenta em recatado pudor sob vu suave de amorosas sombras. revela sentimento de frustrao provocado pelo medo de amar e pela recusa doentia e deliberada entrega amorosa.3) (Fuvest) Ossian o bardo triste como a sombra Que seus cantos povoa. O Lamartine montono e belo como a noite, Como a lua no mar e o som das ondas Mas pranteia uma eterna monodia, Tem na lira do gnio uma s corda; Fibra de amor e Deus que um sopro agita: Se desmaia de amor a Deus se volta, Se pranteia por Deus de amor suspira. Basta de Shakespeare. Vem tu agora, Fantstico alemo, poeta ardente Que ilumina o claro das gotas plidas Do nobre Johannisberg! Nos teus romances Meu corao deleita-se Contudo, Parece-me que vou perdendo o gosto, () (lvares de Azevedo, Lira dos vinte anos) Considerando-se este excerto no contexto do poema a que pertence (Idias ntimas), correto afirmar que, nele, o eu-lrico manifesta tanto seu apreo quanto sua insatisfao em relao aos escritores que evoca. a disperso do eu-lrico, prpria da ironia romntica, exprime-se na mtrica irregular dos versos. o eu-lrico rejeita a literatura e os demais poetas porque se identifica inteiramente com a natureza. a recusa dos autores estrangeiros manifesta o projeto nacionalista tpico da segunda gerao romntica brasileira. Lamartine criticado por sua irreverncia para com Deus e a religio, muito respeitados pela segunda gerao romntica. 4) (Covest) Em relao aos poemas: "Tereza, se algum sujeito bancar o sentimental em cima de voc e te jurar uma paixo do tamanho de um bonde Se ele chorar Se ele ajoelhar Se ele se rasgar todo No acredite no Tereza lgrima de cinema tapeao Mentira Cai foraManuel Bandeira"Numa noite, eu me lembro... Ela dormia Numa rede encostada molemente... Quase aberto o roupo... solto o cabelo E o p descalo no tapete rente

Estava aberta a janela. Um cheiro agreste Exalavam as silvas da campina.E ao longe, num pedao de horizonte Via-se a noite plcida e divina"

Castro AlvesAssinale V ou F :( ) Do lirismo contraditrio de Castro Alves faz parte a sexualizao da natureza com a infiltrao do ertico, enquanto que Manuel Bandeira busca equilbrio entre a melancolia e o sentimento com o desencanto e a amargura na viso de mundo.( ) H na lrica de Bandeira um tom coloquial e um senso de humor na abordagem dos sentimentos, tambm presentes nos versos de Castro Alves. ( ) Poeta modernista, Bandeira revive pela lrica um peculiar estado de esprito prprio da poesia romntica brasileira, cantando a mulher como musa distante e inacessvel.( ) Com linguagens diferentes, os dois poetas tm em comum, nos poemas lidos, a abordagem no tema: a mulher na vivncia do cotidiano, como figura real.( ) A poesia lrica de Castro Alves essencialmente amorosa, quebrando a idealizao e o platonismo, herana clssica que o precedeu. uma lrica sensual. VVVVV VVVVF VFVFV VVFVF VFFVV 5) (UFC) Analise as declaraes sobre o Romantismo no Brasil. I . O pblico leitor romntico se constituiu basicamente de mulheres e estudantes. II . Com a popularizao do romance romntico, obras passaram a ser escritas para o consumo. III . O romance romntico veio atender uma necessidade de um pblico predominantemente rural. a) Apenas I verdadeira. b) Apenas II verdadeira. c) Apenas III verdadeira. d) Apenas I e II so verdadeiras. e) I, II e III so verdadeiras. 6) (UECE) Texto: IRACEMA Alm, muito alm daquela serra que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lbios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da grana e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati no era doce como o seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hlito perfumado. Mais rpida que a ema selvagem, a morena virgem corria o serto e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nao tabajara. O p grcil e nu, mal roando, alisava apenas a verde pelcia que vestia a terra com as primeiras guas. (Jos de Alencar)Ao caracterizar Iracema, Jos de Alencar relaciona-a a elementos da natureza, pondo aquela em relao a esta em uma posio de equilbrio dependnciacomplementaridade vantagem7) (UECE) Texto: IRACEMA Alm, muito alm daquela serra que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lbios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da grana e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati no era doce como o seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hlito perfumado. Mais rpida que a ema selvagem, a morena virgem corria o serto e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nao tabajara. O p grcil e nu, mal roando, alisava apenas a verde pelcia que vestia a terra com as primeiras guas. (Jos de Alencar) Para descrever Iracema, Alencar emprega palavras que apelam principalmente razo aos sentidosaos sentimentos fantasia 8) (Fuvest) Os leitores estaro lembrados do que o compadre dissera quando estava a fazer castelos no ar a respeito do afilhado, e pensando em dar-lhe o mesmo ofcio que exercia, isto , daquele arranjei-me, cuja explicao prometemos dar. Vamos agora cumprir a promessa. Se algum perguntasse ao compadre por seus pais, por seus parentes, por seu nascimento, nada saberia responder, porque nada sabia a respeito. Tudo de que se recordava de sua histria reduzia-se a bem pouco. Quando chegara idade de dar acordo da vida achou-se em casa de um barbeiro que dele cuidava, porm que nunca lhe disse se era ou no seu pai ou seu parente, nem tampouco o motivo por que tratava da sua pessoa. Tambm nunca isso lhe dera cuidado, nem lhe veio a curiosidade de indag-lo. Esse homem ensinara-lhe o ofcio, e por inaudito milagre tambm a ler e a escrever. Enquanto foi aprendiz passou em casa do seu... mestre, em falta de outro nome, uma vida que por um lado se parecia com a do fmulo*, por outro com a do filho, por outro com a do agregado, e que afinal no era seno vida de enjeitado, que o leitor sem dvida j adivinhou que ele o era. A troco disso dava-lhe o mestre sustento e morada, e pagava-se do que por ele tinha j feito. (*) fmulo: empregado, criado(Manuel Antnio de Almeida, Memrias de um sargento de milcias) Neste excerto, mostra-se que o compadre provinha de uma situao de famlia irregular e ambgua. No contexto do livro, as situaes desse tipo caracterizam os costumes dos brasileiros, por oposio aos dos imigrantes portugueses. so apresentadas como consequncia da intensa mestiagem racial, prpria da colonizao. contrastam com os rgidos padres morais dominantes no Rio de Janeiro oitocentista. ocorrem com frequncia no grupo social mais amplamente representado.comeam a ser corrigidas pela doutrina e pelos exemplos do clero catlico. 9) (Faap) "Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabi; As aves que aqui gorjeiam, No gorjeiam como l.Gonalves DiasO texto acima pertence ao estilo de poca do: barrocoarcadismoromantismo parnasianismomodernismo 10) (PUC-RS) As Trs Irms do Poeta noite! As sombras correm nebulosas. Vo trs plidas virgens silenciosas. Atravs da procela irriquieta. Vo trs plidas virgens ... vo sombrias Rindo colar num beijo as bocas frias...Na fronte cismadora do - Poeta -Sade, irmo! Eu sou a Indiferena. Sou eu quem te sepulta a ideia imensa, Quem no teu nome a escurido projeta...Fui eu que te vesti do meu sudrio...,Que vais fazer to triste e solitrio?...- Eu lutarei - responde-lhe o Poeta. Sade, meu irmo! Eu sou a Fome. Sou eu quem o teu negro po consome...O teu msero po, msero atleta! Hoje, amanh, depois... depois (quimporta?)Virei sempre sentar-me tua porta...- Eu sofrerei - responde-lhe o Poeta. Sade, meu irmo! Eu sou a Morte. Suspende em meio o hino augusto e forte. Volve ao nada! No sentes neste enleio Teu cntico gelar-se no meu seio?!- Eu cantarei no cu- diz-lhe o Poeta! O texto pode ser vinculado a uma tendncia de expresso potica denominada subjetivismo.ufanismo.nacionalismo. futurismo. condoreirismo.11) (UFC) Analise as declaraes sobre o Romantismo no Brasil. O pblico leitor romntico se constituiu basicamente de mulheres e estudantes. Com a popularizao do romance romntico, obras passaram a ser escritas para o consumo. O romance romntico veio atender uma necessidade de um pblico predominantemente rural. a) Apenas I verdadeira.b) Apenas II verdadeira. c) Apenas III verdadeira. d) Apenas I e II so verdadeiras. e) I, II e III so verdadeiras. 12) (Mackienze) A natureza, nessa estrofe, Do tamarindo a flor abriu-se, h pouco, J solta o bogari mais doce aroma! Como prece de amor, como estas preces, No silncio da noite o bosque exala.Gonalves Dias Obs.: tamarindo = rvore frutfera; o fruto dessa mesma planta bogari = arbusto de flores brancas concebida como uma fora indomvel que submete o eu lrico a uma experincia ertica instintiva. expressa sentimentos amorosos. representada por divindade mtica da tradio clssica. funciona apenas como quadro cenogrfico para o idlio amoroso. recriada objetivamente, com base em elementos da fauna e da flora nacionais. 13) (UNIFESP) Nos versos, evidenciam-se as seguintes caractersticas romnticas: Meus oito anos Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infncia querida Que os anos no trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras sombra das bananeiras,Debaixo dos laranjais! Casimiro de Abreu. nacionalismo e religiosidade.sentimentalismo e saudosismo.subjetivismo e condoreirismo. egocentrismo e medievalismobyronismo e idealizao do amor.14) (Mackienze) Contemporneo de Manuel Antnio de Almeida, Gonalves Dias escreveu, em um de seus poemas: No meio das tabas de amenos verdores, Cercada de troncos - cobertos de flores, Alteiam-se os tetos daltiva nao (...)

Assinale a afirmao correta sobre o poeta.a) Sua poesia indianista expressa concepo lrica e pica das nossas origens, reafirmando, no Brasil, os propsitos nacionalistas do Romantismo. b) O embate entre o bem e o mal, tpico tema romntico, assume para ele a forma da luta do oprimido contra o opressor, o que lhe permitiu uma viso ampla e humana do escravo. c) Sua poesia confessional, ao gosto do pblico mdio de seu tempo, alia, de maneira singela, a natureza e os sentimentos, como se v nos versos citados. d) Sua concepo de arte deu origem a poemas em que a linguagem verbal busca reproduzir objetiva e realisticamente objetos decorativos, como um vaso chins ou uma esttua grega. e) Em seus poemas, perde-se o rigor parnasiano, e o intenso trabalho com a sonoridade busca a liberao dos sentidos, crcere das almas, que impede o acesso ao Nirvana15) (FGV) TEXTO 1 - Ser valento foi em algum tempo ofcio no Rio de Janeiro; havia homens que viviam disso: davam pancada por dinheiro, e iam a qualquer parte armar de propsito uma desordem, contanto que se lhes pagasse, fosse qual fosse o resultado. TEXTO 2 - Mas a mantilha era o traje mais conveniente aos costumes da poca; sendo as aes dos outros o principal cuidado de quase todos, era muito necessrio ver sem ser visto. A mantilha para as mulheres estava na razo das rtulas para as casas; eram o observatrio da vida alheia. Assinale a alternativa que diz respeito a aspectos dos fragmentos acima, das Memrias de um sargento de milcias, de Manuel Antnio de Almeida. Predominncia do sentimentalismo romntico. Elementos que tm valor documental para o estudo da vida da corte no tempo do Imprio. Contraste entre o comportamento do protagonista e as personagens populares.Referncia aos trajes como expresso da piedade e do recato das mulheres. Presena de tipos populares articulados descrio de costumes da cidade16) (PUC - PR) Assinale a alternativa que identifica as qualidades do Romantismo presentes no poema "O poeta", de lvares de Azevedo:

no meu leito adormecida, Palpitante e abatida, A amante do meu amor! Os cabelos recendendo Nas minhas faces correndo Como o luar numa flor!

a) do Romantismo pela imagem da mulher amada idealizada.b) O poema pertence ao Romantismo porque tem rimas emparelhadas. c) porque tem metforas. d) porque apresenta um poeta enamorado.e) porque trata a natureza de forma humanizada.