Romantismo 2013 III

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    MSICA E

    HISTRIA 3

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    As caracterizaes estilsticas geralmenteso inadequadas e as fronteiras cronolgicas

    um tanto arbitrrias

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    Ainda sim a periodizao tem a sua utilidade

    A periodizao , na histria, um meio defazer justia simultaneamente continuidade e mudana

    Designaes como clssico e romnticopodem servir de referncia na abordagemda msica que efetivamente se comps

    ...mas so apenas como um rtulo numacaixa, que pode ser colocado de lado depoisde j se ter tido a oportunidade de conhecero contedo.

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    2 Os termos clssico e romntico so

    particularmente problemticos...

    Tm uma multiplicidade de acepes muito maiordo que a que lhe atribumos na histria da msica

    Clssico=> sugere uma obra acabada, perfeita,exemplar, com base na qual pode ser avaliada aproduo ulterior

    Romntico=> utilizada com tantos e to diversossentidos, que se torna absolutamente intil paracaracterizar um estilo musical, a menos que a

    definamos especialmente para esse fim

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    O adjetivo romntico deriva de Romance

    Sentido na literatura original:Narrativa ou poema medieval sobrepersonagens ou episdios e escrito numadas lnguas romnticas ou seja uma daslnguas vernculas que tiveram a sua origem

    no latim.

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    quando comeou a ser usada no sc. XVII

    tinha conotao de algo distante, lendrio,fictcio, fantstico e maravilhoso

    um mundo imaginrio ou ideal, poroposio ao mundo real e presente

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    O romance

    O termo romance (do latimromanice: "emlngua romnica", atravs do provenalromans) pode referir-se a dois gnerosliterrios. O primeiro deles uma

    composio potica popular, histrica oulrica, transmitida pela tradio oral, sendogeralmente de autor annimo; correspondeaproximadamente baladamedieval. Como

    forma literria moderna, o termo designauma composio em prosa.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Romance

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Latimhttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_proven%C3%A7alhttp://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAneros_liter%C3%A1rioshttp://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAneros_liter%C3%A1rioshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tradi%C3%A7%C3%A3o_oralhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Balada_(m%C3%BAsica)http://pt.wikipedia.org/wiki/Medievalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Modernidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Modernidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Medievalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Balada_(m%C3%BAsica)http://pt.wikipedia.org/wiki/Tradi%C3%A7%C3%A3o_oralhttp://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAneros_liter%C3%A1rioshttp://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAneros_liter%C3%A1rioshttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_proven%C3%A7alhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Latim
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    4 O esprito romntico manifestou-se no gosto

    incipiente pelos cenrios naturais, selvagens epitorescos

    e na ampla popularidade dos jardinsingleses, ou seja, um jardim deliberadamente

    concebido de forma a dar a impresso de umcrescimento natural e primitivo em vez docultuvo artificial e da organizao formal

    Outro indcio: atribuio de conotaes

    eligiosas e j no depreciativa palavra gticoAs pessoas comeam a descobrir a beleza dascatadrais medievais e a admir-las pela suairregularidade e complexidade de pormenores

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    Para o autor:

    Toda a arte romntica porque, embora

    busque a sua matria no mundo real,transforma essa matria criando um mundonovo

    um mundo novo que necessariamente seafasta em maior ou menor grau do mundode todos os dias. Difere-se a, da arteclssica

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    Para o autor:

    A arte romntica se difere da arte clssicapela maior nfase que d a esseafastamento que leva a um carter dedistncia e de estranheza...

    ...com tudo que essa nfase pode implicarem termo de escolha e do tratamento domaterial

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    O romantismo nesse sentido genrico -no um fenmeno de uma poca bem

    determinada, antes se manifestou emdiversos momentos e sob diferentes formas.

    porque h sempre uma alternncia e,mesmo, uma convivncia entre o esprito

    clssico e o esprito romntico no contextodos diferentes perodos que constituram asociedade ocidental

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    Nesse sentido ainda possvel

    detectar na histria da msica, em todos ostempos, uma alternncia entre classicismo eromantismo

    o perodo Barroco pode ser consideradoromntico por oposio ao Renascimento e o sc.XIX romntico por oposio ao clssico dossc. XVIII

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    Outra caracterstica fundamental do Romantismo o seu pendor para o ilimitado

    a arte romntica aspira transcender uma pocaou um momento determinado, captar aeternidade, recriar a eternidade at os confins dopassado e projetar-se no futuro, abarcar omundo inteiro e mesmo as vastas distncias docosmos.

    por oposio aos ideais clssicos da ordem, doequilbrio, do autodomnio e da perfeio, dentrode limites bem definidos, o romantismo ama aliberdade, o movimento e a paixo, a busca do

    inatingvel

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    A impacincia Romntica em relao ao limitesdissolve todas as distines

    a personalidade do artista confunde-se com aobra de arte

    a clareza clssica substituda por uma certaobscuridade e ambiguidade intencional, aafirmao clara pela sugesto, pela aluso ou

    pelo smbolo

    as prprias artes tendem a confundir-se umascom as outras; a poesia, por exemplo, pretende

    adquirir as qualidades da msica e a msica ascaractersticas da poesia

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    Para o autor a msica a mais romntica dasartes porque cultivaa distncia e o ilimitado

    seu material sons e rtmos sujeitos a umadeterminada ordem est quase completamentedesligado do mundo concreto dos objetos

    e esta caracterstica confere por si s msicauma especial capcacidade de evocar o fluxo dasimpresses, dos pensamentos e das emoes,que o domnio prprio da arte romntica

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    O fato de toda a msica ter um

    contedo transmusical foi uma dasconvices mais caras do sculo XIX,embora no fosse universalmentereconhecida.

    Donald Grout; Claude Palisca

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    Sinfonia Fantstica

    Hector Berlioz

    4 Episdio

    Marcha ao Cadafalso

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    4 Episdio

    Marcha ao Cadafalso

    => Tem a certeza que seu amor no reconhecido

    => ...se envenena com pio=> ...que lhe gera vises=> ...sonha que matou aquela que amava=> ... condenado, conduzido a um cadafalso... assiste

    prpria morte

    => ....e decapitado!!

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    Cenrio scio-histrico e cultural

    Sculo XIX

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    o capitalismo provocou profundas

    transformaes na ordem social e, culturalmente,teve na cinciaa expresso do poder do homemocidental sobre as leis naturais

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    No sc. XIX a cincia o mesmo que areunio das observaes confirmadas em

    um esquema ordenado e inteligvel, baseadoem leis gerais deduzidas das ditas

    observaes e capazes de serem usadas

    para predizer fenmenos futuros(Determinismo)

    O mundo burgus, cheio de auto-confiana edeterminao em fazer progredir os

    negcios, tem na cincia o conjunto decertezas e leis que so exemplos a seremseguidos pela sociedade humana

    (Etnocentrismo)

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    Esta sociedade se entendeu como sociedademodelo da humanidade, a sociedade superior,

    capaz de dominar o conhecimeto cientfico,estgio pelo qual os povos deveriam passar,

    obedecendo uma lei orgnica e fisiolgica atravsda qual era entendido o progresso da

    humanidade. A humanidade o grande ser porcuja continuidade e aprimoramento deveramos

    sempre velar. ramos o prottipo da grandesociedade e do grande homem

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    Deveramos impor aos outros, em diferentesestgios evolutivos, a nossa cultura,

    representante de um estgio, ao qual, pr-determinadamente, pensvamos que todos

    deveriam chegar.

    A esta cadeia de significaes tambm est ligadaa imagem do gnio, a figura capaz de encarnar

    os valores idealizados e cultivados por estasociedade. O gnio, na figura dos grandes

    homens, dos grandes artistas, dos grandesintrpretes, foi cultivado e idolatrado. tambmum dos smbolos, um dos suportes

    representativos deste Imaginrio Coletivo

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    O neocolonialismo do final do sc. XIX fez a economiacapitalista ganhar grande impulso em funo da criao de

    novas indstrias, do avano necessrio e inevitvel dostransportes, da comunicao e do progresso tcnico-cientfico.

    Todos esses fatores estavam interligados:

    * Desenvolvimento tcnico cientfico utilizao de novasfontes de energia (eletricidade e petrleo) criao denovas indstrias nos setores qumico e eltrico

    * Desenvolvimento industrial revoluo dos transportes(locomotiva, motor a gasolina, automvel, motor a diesel) e

    das comunicaes(telgrafo, telefone, fongrafo)

    Essas transformaes costumam sercaracterizadas como Segunda Revoluo

    Industrial

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    Uma caracterstica fundamental do Romantismo o seu pendor para o ilimitado

    a arte romntica aspira transcender uma pocaou um momento determinado, captar aeternidade, recriar a eternidade at os confins dopassado e projetar-se no futuro

    por oposio aos ideais clssicos da ordem, do

    equilbrio, do autodomnio e da perfeio, dentrode limites bem definidos, o romantismo ama aliberdade, o movimento e a paixo, a busca doinatingvel

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    A impacincia Romntica em relao ao limitesdissolve todas as distines

    a clareza clssica substituda por uma certaobscuridade e ambiguidade intencional, aafirmao clara pela sugesto, pela aluso oupelo smbolo

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    Para o autor a msica a mais romntica dasartes porque cultivaa distncia e o ilimitado

    seu material sons e rtmos sujeitos a umadeterminada ordem est quase completamentedesligado do mundo concreto dos objetos

    e esta caracterstica confere por si s msica

    uma especial capacidade de evocar o fluxo dasimpresses, dos pensamentos e das emoes,que o domnio prprio da arte romntica

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    Para o autor:

    A arte romntica se difere da arte clssicapela maior nfase que d a esseafastamento do mundo real que leva a umcarter de distncia e de estranheza...

    ...com tudo que essa nfase pode implicarem termo de escolha e do tratamento domaterial

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    O adjetivo romntico

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    O adjetivo romntico deriva de Romance

    Sentido na literatura original:Narrativa ou poema medieval sobrepersonagens ou episdios e escrito numadas lnguas romnticas ou seja uma daslnguas vernculas que tiveram a sua origem

    no latim.

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    quando comeou a ser usada no sc. XVII

    tinha conotao de algo distante, lendrio,fictcio, fantstico e maravilhoso

    um mundo imaginrio ou ideal, poroposio ao mundo real e presente

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    Cenrio scio-

    histrico e culturalSculo XIXRevoluo

    Industrial e expansocolonialista

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    Revoluo Francesa a ao de

    Napoleo Bonaparte (Final do sc.XVIII)

    Revoluo Industrial - CapitalismoIndustrial(Final do sc. XVIII)

    Contnuo desenvolvimento da cincia+ capitalismo => desenvolvimentotecnolgico

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    Levou a...

    Crescimento das cidades,incrementao da massa urbana

    Movimentos socialistas

    Neo-colonialismo / Imperialismo=>Final do sculo XIX

    2 Revoluo Industrial => Final dosculo XIX

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    No sc. XIX, portanto

    a partir da constatao de que a cincia o mesmo que a reunio das observaesconfirmadas em um esquema ordenado e

    inteligvel, baseado em leis gerais deduzidasdas ditas observaes e capazes de serem

    usadas para predizer fenmenos futuros(Determinismo)

    o mundo burgus, cheio de auto-confiana e determinao em fazer

    progredir os negcios, tem nela o conjuntode certezas e leis que so exemplos a seremseguidos pela sociedade humana

    (Etnocentrismo)

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    Esta sociedade se entendeu como sociedademodelo da humanidade, a sociedade superior,

    capaz de dominar o conhecimeto cientfico,estgio pelo qual os outros povos deveriam

    passar, obedecendo uma lei orgnica e fisiolgicaatravs da qual era entendido o progresso da

    humanidade. A humanidade o grande ser porcuja continuidade e aprimoramento deveramos

    sempre velar. ramos o prottipo da grandesociedade e do grande homem iramos chegar sociedade perfeita !!

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    Justificava-se a conquista colonial da frica e dasia como um direito natural da Europa,

    considerada o grande centro irradiador doprogresso da civilizao mundial. Afirmava-seque a civilizao europia era indiscutivelmente

    superior s demais. Segundo a ideologiaimperialista, as bases dessa superioridade

    estariam fundamentadas nas caractersticasbiolgicas de seu povo (raa branca), na sua f (ocristianismo) e no seu desenvolvimento tcnico e

    cientfico (Revoluo Industrial) Por meiodessas teses racistas e de superioridade cultural,

    elaborou-se um conjunto de argumentos parajustificar a explorao desumana e brutal dos

    diferentes povos africanos e asiticos

    Gilberto Cotrim

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    Quinto Estgio

    da Conscincia Histricado homem ocidental

    Sculo XIX

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    Quinto EstgioSculo XIX

    Filosofias deterministas daHistria

    A questo fundamental da HistoricidadeQuem eu sou, de onde venho e para ondevou? respondida agora pela Filosofiase Teorias deterministas da Histria quetm como uma de suas principaiscaractersticas a determinao do futuro

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    Existe como base dessa conscincia umanoo de desenvolvimentismo, de

    progresso, de aprimoramento, que foi criadapor essa circunstncia de Conjuntividade a

    Sociedade Ocidental instituidora desseTempo e Espao

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    Enfim, de um modo ou de outro, a

    conscincia histrica se identifica com asFilosofias deterministas da histria, com um

    desenvolvimento contnuo e cada vez maisaprimorado da humanidade. Os homensdesse tempo julgam serem capazes de

    prever o futuro da humanidade

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    Artes visuais e Msica

    Nessa sociedade ecltica, conflituosa,em que a massa das cidades seavoluma... Vrias tendnciasestilsticas so evidenciadas...

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    Artes visuais

    Naturalismo

    RomantismoRealismo Impressionismo

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    PARTE II

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    Essa variedade de estilos na

    msica tem a ver com asDualidades do perodo

    romntico

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    Conflito entre a msica instrumentale a palavra

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    Segundo Grout

    O material especfico da msica o som desligado do mundo concreto dos objetos

    Tem especial capacidade de evocao do fluxode impresses do pensamento, das emoes=> bem traduzidos atravs de recursos damsica instrumental

    Ento a msica instrumental foi o meio de expresso ideal no

    romantismo

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    o poder de sugesto atua diretamente noesprito sem a necessidade de mediao daspalavras

    mas

    neste perodo h uma tendncia de fuso das

    artes a poesia no deixa de manterrelacionamento com a msica e vice-versa

    resoluo do conflito?...

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    O conflito entre o ideal de msica

    puramente instrumental como modode expresso romntico, por umlado, e o forte pendor literrio damsica se resolveu no conceito de

    msica programtica

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    Msica programtica

    Msica instrumental associada a uma matriapotica, descritiva ou mesmo narrativa

    a associao com o tema feita por sugestoe, no, por meio de figuras retrico-musicais

    ou por meio da imitao dos sons ou dos

    movimentos naturais

    predomina, portanto, a sugestoimaginativa

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    pretendia absorver e transmutarintegralmente na msica o temaimaginado

    de tal forma que a composioresultante, embora incluindo o

    programa,otranscendesse e fosseindependente dele

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    A msica instrumental torna-seassim o veculo de pensamentos que,embora possam ser sugeridos porpalavras, extravasam, em ltimaanlise, o poder expressivo da

    palavra.

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    Poema Sinfnico

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    Tem carter sinfnico gnero orquestral -mas sedivide em andamentos distintos seguindo uma ordemconvencional

    Cada poema sinfnico uma forma contnua com

    vrias sees de carter e andamento mais ou menoscontrastantes

    alguns temas so desenvolvidos, repetidos, variados

    ou transformados de acordo com a estrutura prpriade cada obra

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    Gnero orquestral em que um programafornece umabase narrativa ou ilustrativa

    Poema alude ao sentido etimolgico da palavraalgo que feito inventado

    e.. ao contedo potico: no sentido do programadecada obrapois o contedo e a forma so sugeridos por

    um quadro, uma esttua, um poema, um cenrio, uma

    personalidade, um pensamento, uma impresso oumesmo por uma abordagem filosfica

    O termo foi utilizado pela primeira vez em 1854,

    referindo-se aoTasso de Liszt.

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    Programa conforme definido

    por Berlioz

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    Advertncia

    O compositor teve como objetivodesenvolver, no que elas possuem demusical, diferentes situaes da vida deum artista. O plano do drama

    instrumental, privado do auxlio dapalavra, precisa ser exposto de antemo.O programa seguinte deve, ento serconsiderado como o texto falado de uma

    pera, servindo para introduzir trechos damsica, dos quais ele motiva o carter e aexpresso.

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    A natureza da relao msica/fonte: o

    programano conta a histria da msica,

    desenrola-se paralelamente a ela umaevocao sob uma forma diferente deidias anlogas e de estados de espritosemelhantes!

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    Franz Liszt

    Comps 12 poemas sinfnicos de1848 a 1858

    Comps um dcimo terceiro entre1881/1882

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    A batalha dos hunos (quadro) Mazeppa (poema de Victor Hugo) Hamlet (Heri de Shakespeare) Prometeu (mito do mesmo nome e um poema de

    Herder) Les Preludes (poema de Lamartine) (1848) Die ideale (poema Schiller) Orfeu (Introduo pera Orfeu e Eurdice de Gluck) Tasso (Goethe /Lord Byron) Heroide Funebre Ce quonentend sur la montagne Festklange Hungaria

    Os Preldios

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    Os Preldios

    Poema Alphonse Lamartine

    A meditao potica- fala da existncia enquantouma srie de preldios para a morte

    assim um desses preldios haveria de ser o amor(primavera e amor), logo destrudo pelas(tempestades da vida) e para o qual buscar-se-iaconsolo na natureza (Consolo da natureza). Por certoa lutae a conquista da vitria(Luta e vitria)lembradas pelo autor para finalizar seu poemasinfnico estariam relacionadas transnformao daalma pela morte, pois como perguntava o poema,

    Que a vida seno uma srie de preldios ao cantocuja primeira solene nota a morte?

    L P l d

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    Les PreludesFranz Liszt

    Primavera e amor Andante

    Tempestade da vidaAllegro ma non troppo

    Consolao da naturezaAllegretto

    Luta e vitriaAllegro marziale animato

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    Em relao estrutura...

    no se atem a nenhum modelo existente

    no mximo faz referncias vaga estrutura externada sinfonia (comparado com uma sinfonia tradicional

    esse poema possui quatro andamentos, aqui todosinterligados

    para conseguir mais unidade o compositor fez circularentre todos eles alguns motivos de base que sovariados, temas retornando

    h quem diga que a obra serve da estrutura geral dasonata (Exposio desenvolvimento, re-exposio e

    coda) para se organizar

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    Les Preludes

    1 episdio Primavera e amor Andante 4/4

    Tema inicial carter de verdadeiro preldio cordas AndanteMaestoso transio modulante

    Tema marcialtrompas e trompetes que se apoiam em figuraesde trombones e fagotes

    Tema de carter lrico violoncelos e uma trompa solista Tema final trompas emparelhadas acelerando episdio mais

    rarefeito depois do clmax do acelerando

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    2 episdio Tempestades da vida

    Allegro ma no troppo 4/4 / Allegro tempestuoso 12/8

    Motivo inicial motivo cromtico apresentado pelos violoncelosengrossado pelas outras cordas e pelas madeiras

    Tema ascendente de efeito dramtico

    - os obos rememoram o tema lrico dos violoncelos, apresentadono 1 episdio

    Violinos e harpa ganham a oportunidade de transformar esseepisdio no seguinte

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    3 episdio Consolaes da natureza Allegretto pastoral 6/8

    Sobre um arpejo descendente da harpa e o pedal em pianssimo

    das cordas a trompa faz um apelo logo ecoado no obo e noclarinete

    As cordas sugerem um movimento de dana, motivo que a flautadesenvolve e que, por fim, desemboca em novo tratamento do 4tema do primeiro episdio(l dado pelas trompas aqui pelas

    cordas)

    As flautas interessam-se por esse motivo que trabalhado em contracanto pelo fagote, em tom campestre

    Crescem as marcaes rtmicas e um acelerando conduz ltimaparte

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    4 episdio Luta e Vitria

    Allegro marziale animato 4/4

    Tema marcial dos trombones sobre acordes dos metais e escalasrpidas dos violinos

    Essa ltima parte no possui material temtico novo

    Basicamente tudo que ouvido a so transformaes bastantecriativas- do farto e engenhoso conjunto de temas mostrado edesenvolvido nos trs episdios anteriores

    Si f i F t ti

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Sinfonia FantsticaHector Berlioz

    AdvertnciaDavaneios paixesUm baileCena no campo

    Marcha ao cadafalsoSonho de uma noite de sab

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Advertncia

    O compositor teve como objetivodesenvolver, no que elas possuem demusical, diferentes situaes da vida deum artista. O plano do drama

    instrumental, privado do auxlio dapalavra, precisa ser exposto de antemo.O programa seguinte deve, ento serconsiderado como o texto falado de uma

    pera, servindo para introduzir trechos damsica, dos quais ele motiva o carter e aexpresso.

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    A sinfonia (1830):

    Cenas de vida de um artista =>

    autobiografia romntica

    Vasta crnica escrita por um jovem

    Recorrncia da Idia fixa (que j aparece como1 tema do 1 movimento) => tema carregadode simbolismo que percorre toda a obra=>movimentos encadeados por temas chaves

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Idia Fixa

    Smbolo para a amada que persegue os sonhosde um jovem msico que tomou pio por contado amor no correspondido

    ouvida na sua totalidade, modificadaapropriadamente ou encurtada nos vriosmovimentos

    Servem para amarrar juntos os contedoslargamente contrastantes do trabalho

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Idia Fixa

    Sinfonia Fantstica

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Sinfonia FantsticaHector Berlioz

    AdvertnciaDavaneios paixesUm baileCena no campo

    Marcha ao cadafalsoSonho de uma noite de sab

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    4 Episdio

    Marcha ao Cadafalso

    => Tem a certeza que seu amor no reconhecido=> ...se envenena com pio=> ...que lhe gera vises=> ...sonha que matou aquela que amava=> ... condenado, conduzido a um cadafalso... assiste

    prpria morte

    => ....e decapitado!!

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    4 Episdio

    Marcha ao Cadafalso

    =>Final... Em meio ao apotetico final um solitrio clarinete ameaa

    trazer tona aidia fixa ...mas um acorde ff de toda orquestra degolaa melodia,

    remetendo-nos diretamente concluso do movimento

    5 E i di

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    5 EpisdioSonho de uma noite de Sabat=>Ele se v no Sabat, em meio a uma multido horrorosa de

    sombras, de feiticeiros, de monstros de todas as espcies,reunidos para seu enterro

    Rudos estranhos, gemidos, gargalhadas, gritos...

    A melodia amada aparece ainda, mas ela perde o seucarter de nobreza e de timidez ...ela no mais que uma ria de dana ignbil, trivial e

    grotesca ... ela que vem ao Sabat, rugidos de alegria sua

    chegada...ela se mistura orgia diablica Dobre fnebre de sinos, pardia burlesca do Dies Irae (hino

    cantado nas cerimnias fnebres da igreja Catlica), rondado Sabat

    A ronda do Sabat e o Dies Iraejuntos

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Assim falou Zarathustra

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Assim falou ZarathustraRichard Strauss

    Introduo Dos mundos anteriores Do grande anseio Das alegrias e das tristezas A cano do tmulo Da cincia Um tanto lento e rpido

    A cano de dana O canto do caminhante noturno Lento langsan

    St

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Strauss...

    No era minha inteno escrevermsica filosfica ou mesmorepresentar em msica a grande

    obra de Nietzsche. Pensei muito maisveicular atravs da msica a idia daevoluo da raa humana, dos seus

    primrdios (...) at a concepo dosuper-homem prpria de Nietzsche

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Em amplos trechos de Zarathustra uma nica

    grande fantasia sinfnica na qual por assim dizer sefundem reminiscncias de tipos de formas que noschegaram a tenso entre as tonalidades de d e si(que esto simbolicamente como natureza ehomem) de basilar importncia: particularmenteconvincente com tal propsito a fuga na parte quetem por ttulo Da Cincia ou tambm amisteriosidade dos compassos finais da obra depois que doze badaladas da meia-noite do Canto

    do caminhante noturnolevaram ao fim aorgiasticamente exultante Cano da dana quando precisamente esses dois mundos sedefrontam ainda uma vez como testemunha do

    conflito no resolvido.

    Assim falou Zarathustra

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Assim falou ZarathustraRichard Strauss

    Audio Introduo Dos mundos anteriores

    Do grande anseio Das alegrias e das tristezas A cano do tmulo Da cincia Um tanto lento e rpido A cano de dana O canto do caminhante noturno Lento langsan

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Lied Lieder

    ==> Voz e acompanhamentoinstrumental

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Lied Lieder

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    ==> Cano com acompanhamentoinstrumental

    * Interdependncia entre voz eacompanhamento no sentido expostoda msica programtica

    Origem: Dilogo com as Baladas do final do sc. XVIII poemas

    longos onde a narrativa e o dilogo alternam numa histria repleta

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    longos onde a narrativa e o dilogo alternam numa histria repletade peripcias romnticas e incidentes sobrenaturais

    Os compositores aproveitaram logo um gnero to prprio para

    ser musicado

    Essa Baladas exigiam um tratamento diferente daquele dispensadoao Lied breve, idlico e estrfico do sc. XVIII

    Suas maiores dimenses requeriam uma variedade maior tambmde temas e texturas

    alm disso os estados de esprito contrastantes e a evoluoda histria tinham que ser captados e sublinhados pela msica

    A influncia da Balada serviu assim para alargar a concepo doLied, quer na forma, quer no mbito e na fora do contedoemotivo

    O piano o acompanhamento passou a desempenhar um papelto importante quanto a voz, participando em igual grau na tarefa

    de apoiar, ilustrar e intensificar o sentido da poesia.

    Erlkonig

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    ErlkonigFranz P. Schubert (1797-1828)

    Ilustra ao mesmo tempo o galope do cavalo e a ansiedadedo pai

    Schubert caracterizou muito bem os trs personagensprincipais:

    O pai o astuto rei dos Elfos a criana cujos gritos sobem um tom a cada repetio

    A falta de movimento e o ltimo verso em recitativoconstituem um final soberbamente dramtico

    Rei dos elfos

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Quem cavalga to tarde pela noite e pelo vento? um pai com seu filho. Ele leva a criana em seus braos, Ele o segura firme, ele o mantm aquecido. "Meu filho, por que esconde tanto seu rosto?" "No ve, pai, o Rei dos Elfos?

    O Rei dos Elfos com sua coroa e manto?" "Meu filho... apenas um filete de nvoa."

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    "Voc, criana querida, venha comigo Muitas belas brincadeiras jogarei contigo, Flores coloridas esto na praia, E minha me tem para voc vestes douradas." "Meu pai, meu pai, no consegue ouvir O que o Rei dos Elfos sorrateiramente me disse?"

    "Fique calmo, meu filho, Pois era apenas o vento passando pelas folhas

    secas."

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    "Querido menino, quer vir comigo? Minhas filhas iro te tratar bem, Minhas filhas iro conduzir danas nortunas E assim te embalaro, a danar e a cantar." "Meu pai, meu pai, no consegue ver? As filhas do Rei dos Elfos naquele

    tenebroso lugar?" "Meu filho, meu filho, bem sei o que vejo: Apenas os velhos e cinzentos salgueiros."

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Erlkonig

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    g

    Franz P. Schubert (1797-1828)

    * DVD* Youtube

    Intrprete:

    => Jessie Norman

    Die Forelle

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Die Forelle

    Franz P. Schubert

    Intrprete:

    Dietrich Fischer

    Gretchen am Spinnrade

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Gretchen am SpinnradeFranz P. Schubert (1797-1828)

    CD Um dos primeiros e mais famosos Lieder (1814)

    Evoca a roda de fiar e a agitao dospensamentos de Gretchen ao falar do amado

    Enfant si jetais roi

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Enfant sij etaisroi

    Franz Liszt (Victor Hugo)

    Intrpretes:

    1) Kiri Te Kanawa2) Gwendolyns Alfred

    Expresses da msica

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    p

    programtica no sc. XIX

    Poema Sinfnico

    Lied

    Dramas musicais de Wagner

    S lembrando que

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    S lembrando que

    Ponto de partida da msica programtica do sc.XIX

    A Sinfonia Pastoral de Beethoven

    Principais representantes nesse sculo:

    * Mendelssohn, Schumann, Berlioz e Liszt

    * Debussy e Richard Strauss

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

    98/152

    Continuando

    Dualidades do perodoromntico

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    A multido e o indivduo

    A relao entre o indivduo e o pblico => umaoutra rea de conflito. Surgem dois tipos depblico .

    a) Burguesia Pblico novo e grandeb) Pblico mais restrito

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    a) Burguesia novo e grande pblico

    transio de um publico pequenohomogneo e culto para um pblicoburgus numeroso, diversificado e

    relativamente pouco preparado

    o desaparecimento do mecenatoindividual e o crescimento acelerado das

    sociedades de concerto e dos festivais demsica eram sinais do acentuar dessatendncia

    Surgem trs tipos de artista/msico

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    O compositor solitrio=> confiante em um pblico do futuro

    => cria a imagem solitria e extravagante do artistaque desafia um mundo hostil capaz de traduzirsentimentos especiais

    O compositor que atende s exigncias deste pblico=> peas vultuosas, grandiosas

    O Gnio

    => nfase no indivduo na era do super-homem=> encarna os valores da sociedade=> caractersticas virtuossticas=> gnio forte e temperamental

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    b) Pblico mais restrito

    => Constitudo de espritos afins

    => A msica feita em famlia, vizinhos=> Peas de carter intimista

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    nessa poca que se gera o grande contrasteentre as criaes grandiosas de Berlioz, Wagner,Mahler de um lado e as efuses intimistas elricas de Schumann, Schubert, Chopin de outro

    Conflito entre agradar a massa e desprezarfacilidades => que levou concepo docompositor como um misto sublime de sacerdotee poeta que revelaria humanidade o sentido

    ntimo da vida (auto-defesa)

    No palco... alm das obras

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    extensas...

    Os grandes executantes virtuoseseram figuras hericas, dominadoras,como, por exemplo Paganini e Liszt

    Algumas das tcnicas utilizadas

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    por Liszt...

    mbito completo do teclado Completa independncia dos dedos Cruzamento das mos e acordes amplos,

    arpejados Trmulos nas partes internas abaixo de uma

    melodia e legato na parte mais alta Passagens estendidas em 6as e 8as Arpejos de largo alcance, pesadas passagens de

    acordes e escalas rpidas.

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Continuando

    Dualidades do perodoromntico

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Frederic Chopin

    Noturno op. 9 n. 2

    Frederic Chopin

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    (1810-1849)

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Linhas meldicas: caracterizadas pela

    expresso subjetiva variam

    .suave, expressiva, ondulante, cantabile

    mais rpida, agitada, ornamentada ou com saltos amplos

    Textura evitou o contraponto, sobretudo, utilizou a homofonia

    Harmonia

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    acordes de sustentao utilizados de vrias maneiras:

    arpejados, quebrados, em blocos, divididos em partesdiferentes,

    harmonia simples, no esquema harmnico tradicionalalternam com passagens totalmente inovadoras (acordes

    alterados, agudas dissonncias conectadascromaticamente, cadncias retardadas ou surpreendentes,modulaes para tons remotos s vezes em rpidassucesses, acordes de 7a dom. no resolvidos, excessos nouso do cromatismos e da modulao etc.)

    uso imaginativo e harmnico do pedal (misturou acordessucessivos atravs desse uso, alcanando novassonoridades

    tudo isso resultou um estilo harmnico fludo e colorido

    Os Estudos

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Os Estudos...

    Frederic Chopin

    Estudos op. 10 n. 3 e 5

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Continuando

    Dualidades do perodoromntico

    A natureza e o homem

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    A natureza e o homem

    A sociedade industrial, o crescimento das cidadesafastou o homem da natureza e do ambiente maisrestrito da corte.

    as pessoas viam-se perdidas na multidoannima das cidades modernas

    todavia,quanto mais o homem se afastava danatureza, mais sentia falta dela que passou a

    ser idealizada nos seus aspectos selvagens epitorescos

    o sec. XIX foi um perodo em que floreceram

    descries de paisagens

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    no entanto, a natureza no era um mero objetode descrio havia afinidade entre a vida doartista e a vida da natureza

    de forma que essa ltima se convertia noapenas num refgio, mas numa fonte de foras,inspirao e revelao

    sentimento de afinidade com a naturezacontrabalanava o artificialismo da vida urbana

    Enfim

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Enfim

    Identidade com a natureza fonte deinspirao e revelao

    Descries e sugestes dessa natureza

    Natureza idealizada em seus aspectos

    selvagens e pitorescos

    Natureza assombrada por espritos ecarregada de sentimentos misteriosos

    Richard Wagner

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Richard Wagner

    SIEGFRIED

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    SIEGFRIED

    Tetralogia (Bayreuth 1876)Anel dos Nibelungos

    As valquriasO ouro do reno

    SiegfriedO crepsculo dos deuses

    Antes de ouvir...

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Antes de ouvir...

    Richard Wagner (1813-1880)

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Richard Wagner (1813 1880)

    Levou a pera alem suaconsumao Criou uma nova forma oDrama Musical

    Musikdrama

    Conseguiu conciliar:*Linguagem das notas + * Linguagem das palavras

    =>Msica + => Texto* Elemento musical + * Elemento intelectual

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Caractersticas gerais de estilo

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Caractersticas gerais de estilo

    Muito uso de temas mitolgicos relacionados com o sobrenatural e comos sentimentos de resgate e salvao

    lendas medievais folclore nacional

    Usava as pessoas e acontecimentos de suas

    peras, atravs de motivos, como smbolos daverdade, da fora universal

    O prprio Wagner escrevia os libretos

    Expresses da msica

    ti XIX

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    programtica no sc. XIX

    Poema Sinfnico

    Lied

    Dramas musicais de Wagner

    o uso do leitmotiv

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    o uso do leitmotiv

    Aparece junto com o elemento que representa econtinua aparecendo sempre que ele volta cena

    Recebe um tratamento sistematizado com Wagner:

    * pode ser associado a situaes diferentes em que se

    encontra o que representa aparece, ento, variado,transformado* pode ser combinado com outros motivos aparece emcontraponto

    Como representa uma associao pode ser levado pela

    orquestra a qual pode, portanto, comentar e explicardrama

    Como consequncia, a linha vocal em Wagner no tem amesma importncia que tem na pera tradicional a

    orquestra tem uma funo mais importante

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    sistema de leitmotiv se torma o materialtemtico bsico do qual um drama inteiro criado

    trabalhado formando frases, perodos, comelementos de coda e transio

    essas frases e perodos formam seesdentro de um ato

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Outras caractersticas de estilo

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Continuidade formalorquestra mantendo linha contnua

    linha meldica flexvel trabalhando continuamente,principalmente, um meio termo entre a ria e orecitativo

    havia continuidade em um sentido mais amplo

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Orquestra:

    Tem grande importnica tem a condio de

    comentar e explicar o drama valoriza os instrumentos baixos de metal cores instrumentais tambm so associadas

    a personagens, situaes, objetos esentimentos

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

    131/152

    Wagner e a crise do sistema

    tonal

    Caractersticas de estilo

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Harmonia: Cromtica

    Acordes alterados, conectados e resolvidoscromaticamente => como resultado a

    tonalidade muda quase que de compasso emcompasso Cadncias so retardadas ou suprimidas Suspenses cromticas ou modulaes

    passageiras so introduzidas livremente a

    tenso e a ambiguidade se tornamcaracterstivos.

    Levou o tonalismo a seu limite mximo, bemprximo dissoluo

    Audio

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Tristo e Isolda => (entre 1857 e 1859)=> estria 1865

    Consumao do amor atravs da morte,com a concluso de que a completafelicidade s alcanada aps atransformao para uma vida espiritual

    Nessa obra a linguagem cromticaaparece com uma fora nunca vista antes

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    Outras Dualidades...

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

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    A cincia e o irracional

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

    136/152

    o sc. XIX assistiu o progresso no domnio doconhecimento exato e do mtodo cientfico

    ao mesmo tempo e por reao, a msicaultrapassou as fronteiras da racionaliade: buscoutemas nos sonhos e na mitologia na imaginaoque via a natureza carregada de mistrios eassombrada por espritos

    O esforo para encontrar uma linguagem musicalcapaz de exprimir estas novas e estranhas idiasesteve na origem de um alargamento dovocabulrio harmnico e meldico e do coloridoorquestral

    Nacionalismo e

    Internacionalismo

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

    137/152

    Internacionalismo

    O nacionalismo teve uma influncia muitogrande na msica do sc. XIX

    Acentuaram-se as diferenas entre osestilos musicais nacionais

    O folclore comeou a ser venerado comoexpresso espontnea da alma nacional

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

    138/152

    O nacionalismo floreceu em

    particular na Alemanha => o

    sentimento nacional durantemuito tempo politicamentesilenciado encontrou derivados

    na msica e em outras formasartsticas

    Ainda

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

    139/152

    Surgiu a idia de que a msica erauma arte que tinha a sua histria

    uma histria que viria, para mais, aser interpretada de acordo com asidias filosficas dominantes na

    poca, como um processo evolutivo

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

    140/152

    Caractersticas gerais de

    estilo de estilo da msicano sculo XIX

    Msica Programtica Longas formas musicais, sinfnicas ou vocais,

    contrastando com miniaturastambm vocais einstrumentais

  • 8/14/2019 Romantismo 2013 III

    141/152

    instrumentais

    Sistema tonal => alargamento de vocabulrio harmnicoe meldico* acordes com Debussy comeam a ser formados apartir das necessidades expressivas e no mais segundoregras tradicionais

    Os gneros clssicos algumas vezes desenvolvidos comouma srie de episdios pitorescossem qualquer vnculoforte que garanta a unidade formal do conjunto*muitas vezes desenvolvidos a partir de uma formacclica

    O piano e o violino => instrumentos solistas porexcelncia

    Grande orquestra explorando efeitos tmbricos variados,o colorido orquestral. Acrscimos quantitativos no quediz respeito ao volume sonoro e intensidade

    Fases do Romantismo

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    Fase Inicial

    Apogeu

    Ps- Romantismo

    Fase Inicial

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    Fim do cultivo mais geral da postura clssica e

    ecloso do modo de ser romntico* Carl Maria Von Weber* Franz Schubert

    Apogeu1828 a 1870

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    Convivem estilos diferentes;

    => Msica Instrumental* abstrata* programtica

    => Msica vocal* melodismo italiano* musikdrama

    Apogeu1828 a 1870

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    Robert Schumann (1810-1856)Frederic Chopin (1810-1849)Hector Berlioz (1803-1869)Franz Liszt (1811-1886) Johannes Brahms (1833-1897)Felix mendelssohn (1809-1847)Giuseppe Verdi (1813-1901)Richard Wagner (1813-1883)

    Johannes Brahms

    (1833-1897)

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    (1833 1897)

    Felix Mendelssohn(1809-1847)

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    Ps- Romantismo

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    Trs ltimas dcadas: transio para osculo XX

    Ampliao do sistema tonal e do coloridoorquestral

    Claude Debussy (1862-1918)Maurice Ravel (1875-1937)Richard Strauss (1869-1949)Gustav Mahler (1860-1911)

    NacionalismoUtilizao de melodias populares folcricas

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    Utilizao de melodias populares, folcricas,mitos e lendas; mitos e lendas; carter modal,escalas pentatnicas, dentre outros recursos

    Grupo dos cinco da Rssia

    Mily Balakirev (1837-1910)Alexander Borondin (1833-1887)

    Csar Cui (1835-1918)Modest Mussorgssky (1839-1881)Nicolai Rimsky-Korsakov (1844-1908)

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    Novas correntes em FranaNacionalista

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    ac o a sta

    Csar Franck (1822-1890) Vicent DIndy (1851-1931) Camile Saint-Sans(1835-1921) Gabriel Faur (1845-1924) Claude Debussy (1862-1918) Eric Satie (1866-1925)

    Grupo dos seis Darius Milhaud

    Arthur Honegger Francis Poulenc George Aurie Germaine Tailleferre Louis Durey

    FIM

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