ROMANTISMO (1836-1881). Predomínio da emoção Predomínio da emoção Egocentrismo Egocentrismo...

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Predomínio da emoçãoPredomínio da emoçãoEgocentrismoEgocentrismoSubjetivismoSubjetivismoEspiritualismoEspiritualismoNacionalismoNacionalismoMaior liberdade formalMaior liberdade formalComparações, metáforas e Comparações, metáforas e

adjetivações constantes para dar adjetivações constantes para dar vazão à fantasiavazão à fantasia

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Vocabulário e sintaxe mais brasileirosVocabulário e sintaxe mais brasileiros Gosto pelas redondilhasGosto pelas redondilhas Aspectos medievaisAspectos medievais Apego à cultura popularApego à cultura popular Natureza que interage com o eu líricoNatureza que interage com o eu lírico Cristianismo (Religiosidade)Cristianismo (Religiosidade) Mulher idealizada (virgem inacessível ou Mulher idealizada (virgem inacessível ou

sensual)sensual) Gosto pela noite e pelo mistérioGosto pela noite e pelo mistério

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GERAÇÕES ROMÂNTICASGERAÇÕES ROMÂNTICAS

1ª geração: nacionalista, indianista 1ª geração: nacionalista, indianista ou ufanistaou ufanista

2ª geração: byroniana, mal-do-século 2ª geração: byroniana, mal-do-século ou ultrarromânticaou ultrarromântica

3ª geração: condoreira, hugoana ou 3ª geração: condoreira, hugoana ou social social

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ROMANTISMO POESIAROMANTISMO POESIA

GONÇALVES GONÇALVES DIASDIAS

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Nascido em Nascido em Caxias, era filho de uma união , era filho de uma união não oficializada entre um comerciante não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça com uma mestiça cafuza brasileira (o que muito o orgulhava de ter o brasileira (o que muito o orgulhava de ter o sangue das três raças formadoras do povo sangue das três raças formadoras do povo brasileiro: branca, indígena e negra), e brasileiro: branca, indígena e negra), e estudou inicialmente por um ano com o estudou inicialmente por um ano com o professor José Joaquim de Abreu, quando professor José Joaquim de Abreu, quando começou a trabalhar como caixeiro e a começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrituração da loja de seu pai, tratar da escrituração da loja de seu pai, que veio a falecer em que veio a falecer em 1837..

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Iniciou seus estudos de Iniciou seus estudos de latim, , francês e e filosofia em em 1835quando foi matriculado em uma escola particular.quando foi matriculado em uma escola particular.Foi estudar na Foi estudar na Europa, em , em Portugal em em 1838 onde ondeterminou os estudos secundários e ingressou na terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdadede Direito da da Universidade de Coimbra ( (1840), retornando), retornandoem em 1845, após bacharelar-se. Mas antes de retornar, ainda, após bacharelar-se. Mas antes de retornar, aindaem em Coimbra, participou dos grupos medievistas da , participou dos grupos medievistas da GazetaGazetaLiteráriaLiterária e de e de O TrovadorO Trovador, compartilhando das ideias, compartilhando das ideiasromânticas de românticas de Almeida Garrett, , Alexandre Herculano e eAntonio Feliciano de Castilho. .

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Por se achar tanto tempo fora de sua pátria Por se achar tanto tempo fora de sua pátria inspira-se para escrever a “inspira-se para escrever a “Canção do exílio” ” e parte dos poemas de e parte dos poemas de Primeiros cantosPrimeiros cantos e e Segundos cantosSegundos cantos; o drama ; o drama PatkullPatkull; e ; e Beatriz Beatriz de Cencide Cenci, depois rejeitado por sua condição , depois rejeitado por sua condição de texto "imoral" pelo Conservatório de texto "imoral" pelo Conservatório Dramático do Brasil. Foi ainda neste período Dramático do Brasil. Foi ainda neste período que escreveu fragmentos do romance que escreveu fragmentos do romance biográfico biográfico Memórias de Agapito GoiabaMemórias de Agapito Goiaba, , destruído depois pelo próprio poeta, por destruído depois pelo próprio poeta, por conter alusões a pessoas ainda vivas.conter alusões a pessoas ainda vivas.

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No ano seguinte ao seu retorno conheceu No ano seguinte ao seu retorno conheceu aquela que seria sua grande musa aquela que seria sua grande musa inspiradora: Ana Amélia Ferreira Vale. Várias inspiradora: Ana Amélia Ferreira Vale. Várias de suas peças românticas, inclusive “Ainda de suas peças românticas, inclusive “Ainda uma vez — Adeus” foram escritas para ela. uma vez — Adeus” foram escritas para ela. Nesse mesmo ano ele viajou para o Rio de Nesse mesmo ano ele viajou para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, onde Janeiro, então capital do Brasil, onde trabalhou como professor de trabalhou como professor de história e e latim do do Colégio Pedro II, além de ter atuado como , além de ter atuado como jornalista, contribuindo para diversos jornalista, contribuindo para diversos periódicos: periódicos: Jornal do CommercioJornal do Commercio, , Gazeta Gazeta OficialOficial, , Correio da TardeCorreio da Tarde e e Sentinela da Sentinela da MonarquiaMonarquia, publicando crônicas, folhetins , publicando crônicas, folhetins teatrais e crítica literária.teatrais e crítica literária.

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Em Em 1849 fundou com fundou com Manuel de Araújo Porto-alegre e e Joaquim Manuel de Macedo a revista a revista GuanabaraGuanabara, que divulgava o , que divulgava o movimento romântico da época. Em movimento romântico da época. Em 1851 voltou a voltou a São Luís do do Maranhão, , a pedido do governo para estudar o a pedido do governo para estudar o problema da instrução pública problema da instrução pública naquele estado.naquele estado.

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Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em casamento em casamento em 1852, mas a família dela, , mas a família dela, em virtude da ascendência mestiça do em virtude da ascendência mestiça do escritor, refutou veementemente o pedido. escritor, refutou veementemente o pedido. No mesmo ano retornou ao Rio de Janeiro, No mesmo ano retornou ao Rio de Janeiro, onde casou-se com Olímpia da Costa. Logo onde casou-se com Olímpia da Costa. Logo depois foi nomeado oficial da Secretaria depois foi nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Passou os dos Negócios Estrangeiros. Passou os quatro anos seguintes na Europa realizando quatro anos seguintes na Europa realizando pesquisas em prol da educação nacional. pesquisas em prol da educação nacional. Voltando ao Brasil foi convidado a participar Voltando ao Brasil foi convidado a participar da Comissão Científica de Exploração, pela da Comissão Científica de Exploração, pela qual viajou por quase todo o norte do país.qual viajou por quase todo o norte do país.

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Voltou à Europa em Voltou à Europa em 1862 para um para um tratamento de saúde. Não obtendo tratamento de saúde. Não obtendo resultados retornou ao Brasil em resultados retornou ao Brasil em 1864 no navio no navio Ville de BoulogneVille de Boulogne, que , que naufragou na costa brasileira; salvaram-naufragou na costa brasileira; salvaram-se todos, exceto o poeta que foi se todos, exceto o poeta que foi esquecido agonizando em seu leito e se esquecido agonizando em seu leito e se afogou. O acidente ocorreu nos baixios afogou. O acidente ocorreu nos baixios de Atins, perto da vila de de Atins, perto da vila de Guimarães no no Maranhão..

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CARACTERÍSTICACARACTERÍSTICAS LITERÁRIASS LITERÁRIAS

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Gonçalves Dias foi um dos poucos poetas que soube dar umGonçalves Dias foi um dos poucos poetas que soube dar um

toque realmente brasileiro na sua poesia romântica, mesmotoque realmente brasileiro na sua poesia romântica, mesmo

escrevendo sobre todos os temas mais caros ao Romantismoescrevendo sobre todos os temas mais caros ao Romantismo

europeu, como o amor impossível, a religião, a tristeza e aeuropeu, como o amor impossível, a religião, a tristeza e a

melancolia. Suas paixões são reveladas muitas vezesmelancolia. Suas paixões são reveladas muitas vezes

num tom ingênuo e melancólico, mas muito menosnum tom ingênuo e melancólico, mas muito menos

tempestuosas e depressivas que as dos poetas da segundatempestuosas e depressivas que as dos poetas da segunda

geração romântica. A morte e a fuga do real não lhe são tãogeração romântica. A morte e a fuga do real não lhe são tão

atraentes, principalmente quando esse real incluiatraentes, principalmente quando esse real inclui

as belezas naturais de sua terra tão amada.as belezas naturais de sua terra tão amada.

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POEMASPOEMAS

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Se se morre de Se se morre de amor! – Não, não se! – Não, não se

[morre,[morre,

Quando é fascinação que nos surpreendeQuando é fascinação que nos surpreendeDe ruidoso sarau entre os De ruidoso sarau entre os festejosfestejos;;Quando luzes, calor, Quando luzes, calor, orquestraorquestra e flores e floresAssomos de prazer nos raiam n’alma,Assomos de prazer nos raiam n’alma,Que embelezada e solta em tal ambienteQue embelezada e solta em tal ambienteNo que ouve e no que vê prazer alcança! No que ouve e no que vê prazer alcança!

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Simpáticas feições, cintura breve,Simpáticas feições, cintura breve,Graciosa postura, porte airoso,Graciosa postura, porte airoso,Uma fita, uma flor entre os cabelos,Uma fita, uma flor entre os cabelos,Um quê mal definido, acaso podemUm quê mal definido, acaso podemNum engano d’amor arrebentar-nos.Num engano d’amor arrebentar-nos.Mas isso amor não é; isso é delírioMas isso amor não é; isso é delírioDevaneio, ilusão, que se esvaeceDevaneio, ilusão, que se esvaeceAo som final da orquestra, ao Ao som final da orquestra, ao derradeiro derradeiro

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Clarão, que as luzes ao morrer despedem:Clarão, que as luzes ao morrer despedem:Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,D’amor igual ninguém sucumbe à perda.D’amor igual ninguém sucumbe à perda.

Amor é Amor é vidavida; é ter constantemente; é ter constantementeAlma, sentidos, coração – abertosAlma, sentidos, coração – abertosAo grande, ao belo, é ser capaz d’extremos,Ao grande, ao belo, é ser capaz d’extremos,D’altas virtudes, té capaz de crimes!D’altas virtudes, té capaz de crimes!Compreender o infinito, a imensidadeCompreender o infinito, a imensidadeE a natureza e Deus; gostar dos campos,E a natureza e Deus; gostar dos campos,D’aves, flores,murmúrios solitários;D’aves, flores,murmúrios solitários;

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Buscar tristeza, a soledade, o ermo,Buscar tristeza, a soledade, o ermo,E ter o coração em riso e festa;E ter o coração em riso e festa;E à branda festa, ao riso da nossa almaE à branda festa, ao riso da nossa almafontes de pranto intercalar sem custo;fontes de pranto intercalar sem custo;Conhecer o prazer e a desventuraConhecer o prazer e a desventuraNo mesmo tempo, e ser no mesmo pontoNo mesmo tempo, e ser no mesmo pontoO ditoso, o misérrimo dos entes;O ditoso, o misérrimo dos entes;Isso é amor, e desse amor se morre! [...]Isso é amor, e desse amor se morre! [...]

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ÁLVARES DEÁLVARES DE

AZEVEDOAZEVEDO

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Manuel Antônio Álvares de Azevedo, nasceu aos Manuel Antônio Álvares de Azevedo, nasceu aos 12 de setembro de 1831, em São Paulo. 12 de setembro de 1831, em São Paulo. Matriculou-se no curso de Direito em 1848 e deu Matriculou-se no curso de Direito em 1848 e deu início à produção literária, ao passo que começou início à produção literária, ao passo que começou a sentir os primeiros sintomas de tuberculose.a sentir os primeiros sintomas de tuberculose.Alguns dizem que o autor teve uma vida boêmia Alguns dizem que o autor teve uma vida boêmia e para outros, uma vida casta. Contudo, suas e para outros, uma vida casta. Contudo, suas poesias mostram uma ideia fixa em sua própria poesias mostram uma ideia fixa em sua própria morte, provavelmente por saber do estado de morte, provavelmente por saber do estado de saúde em que se encontrava. Entretanto, o poeta saúde em que se encontrava. Entretanto, o poeta também passou pela experiência da morte também passou pela experiência da morte prematura do irmão e de seus colegas de prematura do irmão e de seus colegas de faculdade.faculdade.

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Inspirado pela literatura de Lord Byron e Inspirado pela literatura de Lord Byron e Musset, Álvares de Azevedo impregnou Musset, Álvares de Azevedo impregnou suas poesias com ares sarcásticos, irônicos suas poesias com ares sarcásticos, irônicos e com ideias de autodestruição, morte, dor e com ideias de autodestruição, morte, dor e de uma visão de amor irreal e idealizado e de uma visão de amor irreal e idealizado por donzelas virgens. Além disso, seus por donzelas virgens. Além disso, seus poemas de temáticas de frustração e poemas de temáticas de frustração e sofrimento ganham um ar melancólico por sofrimento ganham um ar melancólico por lembranças da infância, da mãe e da irmã.lembranças da infância, da mãe e da irmã.

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Álvares de Azevedo parecia viver uma Álvares de Azevedo parecia viver uma dualidade de sentimentos que são dualidade de sentimentos que são transpassadas para sua literatura: ora é transpassadas para sua literatura: ora é meigo e sentimental, ora é mordaz e meigo e sentimental, ora é mordaz e trágico. Por ter o pessimismo como âncora trágico. Por ter o pessimismo como âncora de seus poemas, foi considerado o de seus poemas, foi considerado o responsável pelo “mal do século”, responsável pelo “mal do século”, caracterizado pelo sentimento melancólico caracterizado pelo sentimento melancólico e pelo desencanto.e pelo desencanto.

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Em 1851, a ideia de que a morte era certeira Em 1851, a ideia de que a morte era certeira em sua vida, começou a escrever cartas à em sua vida, começou a escrever cartas à mãe, à irmã e aos amigos certificando-os do mãe, à irmã e aos amigos certificando-os do seu inevitável destino.seu inevitável destino.

Sua temática voltada à morte pode ser Sua temática voltada à morte pode ser considerada também como um refúgio, uma considerada também como um refúgio, uma fuga da realidade conturbada que vivia e da fuga da realidade conturbada que vivia e da relação com o mundo que o cercava, o qual relação com o mundo que o cercava, o qual lhe dava sensação de impotência.lhe dava sensação de impotência.O poeta desejou tanto a morte que morreu O poeta desejou tanto a morte que morreu ainda jovem, aos 20 anos, a 25 de abril de ainda jovem, aos 20 anos, a 25 de abril de 1852.1852.

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Principal representante do Principal representante do nosso Byronismonosso Byronismo

Poesia lírica (Poesia lírica (Lira dos vinte Lira dos vinte anosanos – face Ariel e Caliban); – face Ariel e Caliban);

Prosa gótica (Prosa gótica (MacárioMacário; ; Noite na tavernaNoite na taverna))

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CASIMIRO CASIMIRO

DE ABREUDE ABREU

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Casimiro de Abreu (Casimiro José Casimiro de Abreu (Casimiro José Marques de Abreu), poeta, nasceu Marques de Abreu), poeta, nasceu em Barra de São João, RJ, em 4 de em Barra de São João, RJ, em 4 de janeiro de 1839, e faleceu em Nova janeiro de 1839, e faleceu em Nova Friburgo, RJ, em 18 de outubro de Friburgo, RJ, em 18 de outubro de 1860. É o patrono da Cadeira n. 6 da 1860. É o patrono da Cadeira n. 6 da Academia Brasileira de Letras, por Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador Teixeira de escolha do fundador Teixeira de Melo. Melo.

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Era filho natural do abastado Era filho natural do abastado comerciante e fazendeiro português comerciante e fazendeiro português José Joaquim Marques Abreu e de José Joaquim Marques Abreu e de Luísa Joaquina das Neves. O pai Luísa Joaquina das Neves. O pai nunca residiu com a mãe de modo nunca residiu com a mãe de modo permanente, acentuando assim o permanente, acentuando assim o caráter ilegal de uma origem que caráter ilegal de uma origem que pode ter causado bastante pode ter causado bastante humilhação ao poeta. humilhação ao poeta.

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Passou a infância sobretudo na Passou a infância sobretudo na propriedade materna, propriedade materna, Fazenda da Fazenda da PrataPrata, em Correntezas. Recebeu , em Correntezas. Recebeu apenas instrução primária, apenas instrução primária, estudando dos 11 aos 13 anos no estudando dos 11 aos 13 anos no Instituto Freeze, em Nova Friburgo Instituto Freeze, em Nova Friburgo (1849-1852), onde foi colega de (1849-1852), onde foi colega de Pedro Luís, seu grande amigo para o Pedro Luís, seu grande amigo para o resto da vida. resto da vida. 

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Em 52 foi para o Rio de Janeiro praticar o Em 52 foi para o Rio de Janeiro praticar o comércio, atividade que lhe desagradava, e comércio, atividade que lhe desagradava, e a que se submeteu por vontade do pai, com a que se submeteu por vontade do pai, com o qual viajou para Portugal no ano seguinte. o qual viajou para Portugal no ano seguinte. Em Lisboa iniciou a atividade literária, Em Lisboa iniciou a atividade literária, publicando um conto e escrevendo a maior publicando um conto e escrevendo a maior parte de suas poesias, exaltando as belezas parte de suas poesias, exaltando as belezas do Brasil e cantando, com inocente ternura do Brasil e cantando, com inocente ternura e sensibilidade quase infantil, suas e sensibilidade quase infantil, suas saudades do país. Lá compôs também o saudades do país. Lá compôs também o drama drama Camões e o JaúCamões e o Jaú, representado no , representado no teatro D. Fernando (1856).  teatro D. Fernando (1856). 

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Ele só tinha dezessete anos, e já Ele só tinha dezessete anos, e já colaborava na imprensa portuguesa, ao colaborava na imprensa portuguesa, ao lado de Alexandre Herculano, Rebelo lado de Alexandre Herculano, Rebelo da Silva e outros. Não escrevia apenas da Silva e outros. Não escrevia apenas versos. No mesmo ano de 1856, o versos. No mesmo ano de 1856, o jornal jornal O ProgressoO Progresso imprimiu o imprimiu o folhetim folhetim CarolinaCarolina, e na revista , e na revista Ilustração Luso-BrasileiraIlustração Luso-Brasileira saíram os saíram os primeiros capítulos de primeiros capítulos de CamilaCamila, , recriação ficcional de uma visita ao recriação ficcional de uma visita ao Minho, terra de seu pai. Minho, terra de seu pai.

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Em 1857, voltou ao Rio, onde continuou Em 1857, voltou ao Rio, onde continuou residindo a pretexto de continuar os estudos residindo a pretexto de continuar os estudos comerciais. Animava-se em festas comerciais. Animava-se em festas carnavalescas e bailes e frequentava as carnavalescas e bailes e frequentava as rodas literárias, nas quais era bem rodas literárias, nas quais era bem relacionado. Colaborou em relacionado. Colaborou em A MarmotaA Marmota, , O O EspelhoEspelho, , Revista PopularRevista Popular e no jornal e no jornal Correio MercantilCorreio Mercantil, de Francisco Otaviano. , de Francisco Otaviano. Nesse jornal, trabalhavam dois moços Nesse jornal, trabalhavam dois moços igualmente brilhantes: o jornalista Manuel igualmente brilhantes: o jornalista Manuel Antônio de Almeida e o revisor Machado de Antônio de Almeida e o revisor Machado de Assis, seus companheiros em rodas literárias. Assis, seus companheiros em rodas literárias.

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Publicou Publicou As primaverasAs primaveras em 1859. Em em 1859. Em 60, morreu o pai, que sempre o 60, morreu o pai, que sempre o amparou e custeou de bom grado as amparou e custeou de bom grado as despesas da sua vida literária, apesar despesas da sua vida literária, apesar das queixas românticas feitas contra a das queixas românticas feitas contra a imposição da carreira. A paixão imposição da carreira. A paixão absorvente que consagrou à poesia absorvente que consagrou à poesia justifica a reação contra a visão justifica a reação contra a visão limitada com que o velho Abreu limitada com que o velho Abreu procurava encaminhá-lo na vida procurava encaminhá-lo na vida prática. prática.

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Doente de tuberculose, buscou alívio Doente de tuberculose, buscou alívio no clima de Nova Friburgo. Sem no clima de Nova Friburgo. Sem obter melhora, recolhe-se à fazenda obter melhora, recolhe-se à fazenda de Indaiaçú, em São João, onde veio de Indaiaçú, em São João, onde veio a falecer, seis meses depois do pai, a falecer, seis meses depois do pai, faltando três meses para completar faltando três meses para completar vinte e dois anos. vinte e dois anos.

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Em Em As primaverasAs primaveras acham-se os acham-se os temas prediletos do poeta e que o temas prediletos do poeta e que o identificam como lírico-romântico: a identificam como lírico-romântico: a nostalgia da infância, a saudade da nostalgia da infância, a saudade da terra natal, o gosto da natureza, a terra natal, o gosto da natureza, a religiosidade ingênua, o religiosidade ingênua, o pressentimento da morte, a exaltação pressentimento da morte, a exaltação da juventude, a devoção pela pátria e da juventude, a devoção pela pátria e a idealização da mulher amada. a idealização da mulher amada.

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À simplicidade da matéria poética À simplicidade da matéria poética corresponde amaneiramento paralelo da corresponde amaneiramento paralelo da forma. Casimiro de Abreu desdenha o forma. Casimiro de Abreu desdenha o verso branco e o soneto, prefere a estrofe verso branco e o soneto, prefere a estrofe regular, que melhor transmite a cadência regular, que melhor transmite a cadência da inspiração “doce e meiga” e o ritmo da inspiração “doce e meiga” e o ritmo mais cantante. Colocado entre os poetas mais cantante. Colocado entre os poetas da segunda geração romântica, expressa, da segunda geração romântica, expressa, através de um estilo espontâneo, emoções através de um estilo espontâneo, emoções simples e ingênuas. Estão ausentes na sua simples e ingênuas. Estão ausentes na sua poesia a surda paixão carnal de Junqueira poesia a surda paixão carnal de Junqueira Freire, ou os desejos irritados, macerados, Freire, ou os desejos irritados, macerados, do insone Álvares de Azevedo. do insone Álvares de Azevedo.

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FAGUNDES FAGUNDES

VARELAVARELA

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Fagundes Varela (Luís Nicolau F.V.), Fagundes Varela (Luís Nicolau F.V.), poeta, nasceu em Rio Claro, RJ, em poeta, nasceu em Rio Claro, RJ, em 18 de agosto de 1841, e faleceu em 18 de agosto de 1841, e faleceu em Niterói, RJ, em 17 de fevereiro de Niterói, RJ, em 17 de fevereiro de 1875. É o patrono da Cadeira nº 11, 1875. É o patrono da Cadeira nº 11, por escolha do fundador Lúcio de por escolha do fundador Lúcio de Mendonça. Mendonça.

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Era filho do Dr. Emiliano Fagundes Era filho do Dr. Emiliano Fagundes Varela e de Emília de Andrade, ambos Varela e de Emília de Andrade, ambos de famílias fluminenses bem situadas. de famílias fluminenses bem situadas. Passou a infância na fazenda natal e na Passou a infância na fazenda natal e na vila de S. João Marcos, de que o pai era vila de S. João Marcos, de que o pai era juiz. Depois, residiu em vários locais. juiz. Depois, residiu em vários locais. Primeiro em Catalão (Goiás), para onde Primeiro em Catalão (Goiás), para onde o magistrado fora transferido em 1851 o magistrado fora transferido em 1851 e onde Fagundes Varela teria e onde Fagundes Varela teria conhecido o juiz municipal Bernardo conhecido o juiz municipal Bernardo Guimarães. Guimarães.

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De volta à terra natal, residiu em Angra De volta à terra natal, residiu em Angra dos Reis e Petrópolis, onde fez os dos Reis e Petrópolis, onde fez os estudos do primário e secundário. Em estudos do primário e secundário. Em 1859, foi terminar os preparatórios em 1859, foi terminar os preparatórios em São Paulo. Só em 1862 matricula-se na São Paulo. Só em 1862 matricula-se na Faculdade de Direito, que nunca Faculdade de Direito, que nunca terminou, preferindo a literatura e terminou, preferindo a literatura e dissipando-se na boemia. Em 1861, dissipando-se na boemia. Em 1861, publicara o primeiro livro de poesias, publicara o primeiro livro de poesias, NoturnasNoturnas. .

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Contraiu matrimônio com a artista de Contraiu matrimônio com a artista de circo Alice Guilhermina Luande, de circo Alice Guilhermina Luande, de Sorocaba, que provocou escândalo Sorocaba, que provocou escândalo na família e agravou-lhe a penúria na família e agravou-lhe a penúria financeira. O primeiro filho, Emiliano, financeira. O primeiro filho, Emiliano, morto aos três meses de idade, morto aos três meses de idade, inspirou-lhe um dos mais belos inspirou-lhe um dos mais belos poemas, “Cântico do Calvário”.poemas, “Cântico do Calvário”.

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A partir daí, acentuam-se nele a tendência A partir daí, acentuam-se nele a tendência ambulatória e o alcoolismo, mas também a ambulatória e o alcoolismo, mas também a inspiração criadora. Publicou inspiração criadora. Publicou Vozes da Vozes da AméricaAmérica em 1864 e a sua obra-prima em 1864 e a sua obra-prima Cantos e fantasiasCantos e fantasias, em 1865. Nesse ano, ou , em 1865. Nesse ano, ou em 66, durante uma viagem prolongada a em 66, durante uma viagem prolongada a Recife, faleceu-lhe a mulher, que não o Recife, faleceu-lhe a mulher, que não o acompanhara ao Norte. Ele voltou a São acompanhara ao Norte. Ele voltou a São Paulo, matriculando-se em 1867 no 4º ano Paulo, matriculando-se em 1867 no 4º ano do curso de Direito. Abandonou de vez o do curso de Direito. Abandonou de vez o curso e recolheu-se à casa paterna, na curso e recolheu-se à casa paterna, na fazenda onde nascera, em Rio Claro, onde fazenda onde nascera, em Rio Claro, onde permaneceu até 1870, poetando e vagando permaneceu até 1870, poetando e vagando pelos campos. pelos campos.

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Deixou-se sempre ficar na vida indefinível Deixou-se sempre ficar na vida indefinível de boêmio, sem rumo, sem destino de boêmio, sem rumo, sem destino determinado. Casou-se pela segunda vez determinado. Casou-se pela segunda vez com a prima Maria Belisária de Brito com a prima Maria Belisária de Brito Lambert, com quem teve duas filhas e um Lambert, com quem teve duas filhas e um filho, este também falecido filho, este também falecido prematuramente. Em 1870, mudou-se com prematuramente. Em 1870, mudou-se com o pai para Niterói, onde viveu até o fim da o pai para Niterói, onde viveu até o fim da vida, com largas estadas nas fazendas dos vida, com largas estadas nas fazendas dos parentes e certa frequência nas rodas da parentes e certa frequência nas rodas da boemia intelectual do Rio. boemia intelectual do Rio.

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Vivendo na última fase do Romantismo, a sua Vivendo na última fase do Romantismo, a sua poesia revela um hábil poeta do verso. Em poesia revela um hábil poeta do verso. Em “Arquétipo”, um dos primeiros poemas, faz “Arquétipo”, um dos primeiros poemas, faz profissão de fé de tédio romântico, em versos profissão de fé de tédio romântico, em versos brancos. Embora o preponderante em sua poesia brancos. Embora o preponderante em sua poesia seja a angústia e o sofrimento, evidenciam-se seja a angústia e o sofrimento, evidenciam-se outros aspectos importantes: o patriótico, em outros aspectos importantes: o patriótico, em O O estandarte auriverdeestandarte auriverde (1863) e Vozes da América (1863) e Vozes da América (1864); o amoroso, na fase lírica, dos poemas (1864); o amoroso, na fase lírica, dos poemas ligados à natureza, e, por fim, o místico e ligados à natureza, e, por fim, o místico e religioso. O poeta não deixa de lado, também, os religioso. O poeta não deixa de lado, também, os problemas sociais, como o abolicionismo. Por problemas sociais, como o abolicionismo. Por isso, considerado um precursor da Condoreirismo isso, considerado um precursor da Condoreirismo (antecessor de Castro Alves).(antecessor de Castro Alves).

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CASTROCASTRO

ALVESALVES

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Antônio Frederico de Castro Alves, poeta, nasceuAntônio Frederico de Castro Alves, poeta, nasceuem Muritiba, BA, em 14 de março de 1847, eem Muritiba, BA, em 14 de março de 1847, efaleceu em Salvador, BA, em 6 de julho de 1871. Éfaleceu em Salvador, BA, em 6 de julho de 1871. Éo patrono da Cadeira nº 7 da Academia Brasileirao patrono da Cadeira nº 7 da Academia Brasileirade Letras, por escolha do fundador Valentimde Letras, por escolha do fundador ValentimMagalhães. Magalhães. Era filho do médico Antônio José Alves, mais tardeEra filho do médico Antônio José Alves, mais tardeprofessor na Faculdade de Medicina de Salvador, eprofessor na Faculdade de Medicina de Salvador, ede Clélia Brasília da Silva Castro, falecida quando ode Clélia Brasília da Silva Castro, falecida quando opoeta tinha 12 anos.poeta tinha 12 anos.

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Por volta de 1853, ao mudar-se com a Por volta de 1853, ao mudar-se com a família para a capital, estudou no colégio de família para a capital, estudou no colégio de Abílio César Borges, futuro barão de Abílio César Borges, futuro barão de Macaúbas, onde foi colega de Rui Barbosa, Macaúbas, onde foi colega de Rui Barbosa, demonstrando vocação apaixonada e demonstrando vocação apaixonada e precoce para a poesia. Mudou-se em 1862 precoce para a poesia. Mudou-se em 1862 para o Recife, onde concluiu os para o Recife, onde concluiu os preparatórios e, depois de duas vezes preparatórios e, depois de duas vezes reprovado, matriculou-se na Faculdade de reprovado, matriculou-se na Faculdade de Direito em 1864. Cursou o 1º ano em 65, na Direito em 1864. Cursou o 1º ano em 65, na mesma turma que Tobias Barreto. Logo mesma turma que Tobias Barreto. Logo integrado na vida literária acadêmica e integrado na vida literária acadêmica e admirado graças aos seus versos, cuidou admirado graças aos seus versos, cuidou mais deles e dos amores que dos estudos. mais deles e dos amores que dos estudos.

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Em 66, perdeu o pai e, pouco depois, iniciou Em 66, perdeu o pai e, pouco depois, iniciou a apaixonada ligação amorosa com Eugênia a apaixonada ligação amorosa com Eugênia Câmara, que desempenhou importante Câmara, que desempenhou importante papel em sua lírica e em sua vida. papel em sua lírica e em sua vida.

Nessa época Castro Alves entrou numa fase Nessa época Castro Alves entrou numa fase de grande inspiração e tomou consciência de grande inspiração e tomou consciência do seu papel de poeta social. Escreveu o do seu papel de poeta social. Escreveu o drama drama Gonzaga ou a Revolução de MinasGonzaga ou a Revolução de Minas e, e, em 68, vai para o Sul em companhia da em 68, vai para o Sul em companhia da amada, matriculando-se no 3º ano da amada, matriculando-se no 3º ano da Faculdade de Direito de São Paulo, na Faculdade de Direito de São Paulo, na mesma turma de Rui Barbosa. mesma turma de Rui Barbosa.

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No fim do ano o drama é representado com êxito No fim do ano o drama é representado com êxito enorme, mas o seu espírito se abate pela ruptura enorme, mas o seu espírito se abate pela ruptura com Eugênia Câmara. Durante uma caçada, a com Eugênia Câmara. Durante uma caçada, a descarga acidental de uma espingarda lhe feriu o descarga acidental de uma espingarda lhe feriu o pé esquerdo, que, sob ameaça de gangrena, foi pé esquerdo, que, sob ameaça de gangrena, foi afinal amputado no Rio, em meados de 69. De afinal amputado no Rio, em meados de 69. De volta à Bahia, passou grande parte do ano de 70 volta à Bahia, passou grande parte do ano de 70 em fazendas de parentes, à busca de melhoras em fazendas de parentes, à busca de melhoras para a saúde comprometida pela tuberculose. Em para a saúde comprometida pela tuberculose. Em novembro, saiu seu primeiro livro, novembro, saiu seu primeiro livro, Espumas Espumas flutuantesflutuantes, único que chegou a publicar em vida, , único que chegou a publicar em vida, recebido muito favoravelmente pelos leitores. recebido muito favoravelmente pelos leitores.

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Daí por diante, apesar do declínio físico, produziu Daí por diante, apesar do declínio físico, produziu alguns dos seus mais belos versos, animado por alguns dos seus mais belos versos, animado por um derradeiro amor, este platônico, pela cantora um derradeiro amor, este platônico, pela cantora Agnese Murri. Faleceu em 1871, aos 24 anos, Agnese Murri. Faleceu em 1871, aos 24 anos, sem ter podido acabar a maior empresa que se sem ter podido acabar a maior empresa que se propusera, o poema propusera, o poema Os escravosOs escravos, uma série de , uma série de poesias em torno do tema da escravidão. Ainda poesias em torno do tema da escravidão. Ainda em 70, numa das fazendas em que repousava, em 70, numa das fazendas em que repousava, havia completado havia completado A cascata de Paulo AfonsoA cascata de Paulo Afonso, que , que saiu em 76 com o título saiu em 76 com o título A cachoeira de PauloA cachoeira de Paulo, e , e que é parte do empreendimento, como se vê pelo que é parte do empreendimento, como se vê pelo esclarecimento do poeta: "Continuação do poema esclarecimento do poeta: "Continuação do poema Os escravosOs escravos, sob título de , sob título de Manuscritos de StênioManuscritos de Stênio." ."

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CARACTERÍSTICACARACTERÍSTICASS

LITERÁRIASLITERÁRIAS

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Duas vertentes se distinguem na poesia Duas vertentes se distinguem na poesia de Castro Alves: a feição lírico-amorosa, de Castro Alves: a feição lírico-amorosa, mesclada da sensualidade de um mesclada da sensualidade de um autêntico filho dos trópicos, e a feição autêntico filho dos trópicos, e a feição social e humanitária, em que alcança social e humanitária, em que alcança momentos de fulgurante eloquência momentos de fulgurante eloquência épica. Como poeta lírico, caracteriza-se épica. Como poeta lírico, caracteriza-se pelo vigor da paixão, a intensidade com pelo vigor da paixão, a intensidade com que exprime o amor, como desejo, que exprime o amor, como desejo, frêmito, encantamento da alma e do frêmito, encantamento da alma e do corpo. corpo.

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A grande e fecundante paixão por A grande e fecundante paixão por Eugênia Câmara percorreu-o como Eugênia Câmara percorreu-o como corrente elétrica, reorganizando-lhe a corrente elétrica, reorganizando-lhe a personalidade, inspirando alguns dos personalidade, inspirando alguns dos seus mais belos poemas de esperança, seus mais belos poemas de esperança, euforia, desespero, saudade. Outros euforia, desespero, saudade. Outros amores e encantamentos constituem o amores e encantamentos constituem o ponto de partida igualmente concreto ponto de partida igualmente concreto de outros poemas. de outros poemas.

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Enquanto poeta social, extremamente Enquanto poeta social, extremamente sensível às inspirações revolucionárias sensível às inspirações revolucionárias e liberais do século XIX, Castro Alves e liberais do século XIX, Castro Alves viveu com intensidade os grandes viveu com intensidade os grandes episódios históricos do seu tempo e foi, episódios históricos do seu tempo e foi, no Brasil, o anunciador da Abolição e da no Brasil, o anunciador da Abolição e da República, devotando-se República, devotando-se apaixonadamente à causa abolicionista, apaixonadamente à causa abolicionista, o que lhe valeu a antonomásia de o que lhe valeu a antonomásia de "Cantor dos escravos". "Cantor dos escravos".

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A sua poesia se aproxima da retórica, A sua poesia se aproxima da retórica, incorporando a ênfase oratória à sua incorporando a ênfase oratória à sua magia. No seu tempo, mais do que hoje, magia. No seu tempo, mais do que hoje, o orador exprimia o gosto ambiente, o orador exprimia o gosto ambiente, cujas necessidades estéticas e cujas necessidades estéticas e espirituais se encontram na eloquência espirituais se encontram na eloquência dos poetas. Em Castro Alves, a dos poetas. Em Castro Alves, a embriaguez verbal encontra o apogeu, embriaguez verbal encontra o apogeu, dando à sua poesia poder excepcional de dando à sua poesia poder excepcional de comunicabilidade. comunicabilidade.

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POEMASPOEMAS

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O ADEUS DE O ADEUS DE

TERESATERESA

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A vez primeira que eu fitei Teresa,A vez primeira que eu fitei Teresa,Como as plantas que arrasta a Como as plantas que arrasta a correnteza,correnteza,A valsa nos levou nos giros seus...A valsa nos levou nos giros seus...E amamos juntos... E depois na salaE amamos juntos... E depois na sala"Adeus" eu disse-lhe a tremer co'a "Adeus" eu disse-lhe a tremer co'a fala... fala...

E ela, corando, murmurou-me: "adeus." E ela, corando, murmurou-me: "adeus."

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Uma noite... entreabriu-se um Uma noite... entreabriu-se um reposteiro...reposteiro...E da alcova saía um cavaleiroE da alcova saía um cavaleiroInda beijando uma mulher sem véus...Inda beijando uma mulher sem véus...Era eu... Era a pálida Teresa!Era eu... Era a pálida Teresa!"Adeus" lhe disse conservando-a presa... "Adeus" lhe disse conservando-a presa...

E ela entre beijos murmurou-me: E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!" "adeus!"

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Passaram tempos... sec'los de delírioPassaram tempos... sec'los de delírioPrazeres divinais... gozos do Empíreo...Prazeres divinais... gozos do Empíreo...... Mas um dia volvi aos lares meus.... Mas um dia volvi aos lares meus.Partindo eu disse — "Voltarei!...Partindo eu disse — "Voltarei!...

[descansa!...[descansa!...Ela, chorando mais que uma criança, Ela, chorando mais que uma criança,

Ela em soluços murmurou-me: "adeus!" Ela em soluços murmurou-me: "adeus!"

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Quando voltei... era o palácio em festa!...Quando voltei... era o palácio em festa!...E a voz d'Ela e de um homem lá naE a voz d'Ela e de um homem lá na

[orquestra[orquestraPreenchiam de amor o azul dos céus.Preenchiam de amor o azul dos céus.Entrei!... Ela me olhou branca... surpresa!Entrei!... Ela me olhou branca... surpresa!Foi a última vez que eu vi Teresa!... Foi a última vez que eu vi Teresa!...

E ela arquejando murmurou-me: "adeus!" E ela arquejando murmurou-me: "adeus!"

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QUEM DÁ AOS QUEM DÁ AOS

POBRES POBRES

EMPRESTA A EMPRESTA A DEUSDEUS

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Eu, Que a pobreza de meus pobres cantosEu, Que a pobreza de meus pobres cantosDei aos heróis—aos miseráveis grandes—,Dei aos heróis—aos miseráveis grandes—,Eu, que sou cego, —mas só peço luzes...Eu, que sou cego, —mas só peço luzes...Que sou pequeno, — mas só fito osQue sou pequeno, — mas só fito os

[Andes....[Andes....Canto nest'hora, como o bardo antigoCanto nest'hora, como o bardo antigoDas priscas eras, que bem longe vão,Das priscas eras, que bem longe vão,O grande nada dos heróis, que dormemO grande nada dos heróis, que dormemDo vasto pampa no funéreo chão... Do vasto pampa no funéreo chão...

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Duas grandezas neste instante cruzam-se!Duas grandezas neste instante cruzam-se!Duas realezas hoje aqui se abraçam!...Duas realezas hoje aqui se abraçam!...Uma — é um livro laureado em luzes...Uma — é um livro laureado em luzes...Outra — uma espada, onde os lauréis seOutra — uma espada, onde os lauréis se

[enlaçam.[enlaçam.Nem cora o livro de ombrear coto sabre...Nem cora o livro de ombrear coto sabre...Nem cora o sabre de chamá-lo irmão...Nem cora o sabre de chamá-lo irmão...Quando em loureiros se biparte o gládioQuando em loureiros se biparte o gládioDo vasto pampa no funéreo chão. Do vasto pampa no funéreo chão.

[…][…]

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Ai! quantas vezes a criança louraAi! quantas vezes a criança louraSeu pai procura pequenina e nua,Seu pai procura pequenina e nua,E vai, brincando co'o vetusto sabre,E vai, brincando co'o vetusto sabre,Sentar-se à espera no portal da rua...Sentar-se à espera no portal da rua...Mísera mãe, sobre teu peito aqueceMísera mãe, sobre teu peito aqueceEsta avezinha, que não tem mais Esta avezinha, que não tem mais pão!...pão!...Seu pai descansa — fulminado cedro —Seu pai descansa — fulminado cedro —Do vasto pampa no funéreo chão. Do vasto pampa no funéreo chão.

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Mas, já que as águias lá no sul Mas, já que as águias lá no sul tombaramtombaramE os filhos d'águias o Poder esquece...E os filhos d'águias o Poder esquece..."'É grande, é nobre, é gigantesco, é"'É grande, é nobre, é gigantesco, é

[santo!...[santo!...Lançai — a esmola, e colhereis — a Lançai — a esmola, e colhereis — a prece!prece!

Oh! dai a esmola... que do infante lindoOh! dai a esmola... que do infante lindoPor entre os dedos da pequena mão,Por entre os dedos da pequena mão,Ela transborda... e vai cair nas tumbasEla transborda... e vai cair nas tumbasDo vasto pampa no funéreo chão [...]Do vasto pampa no funéreo chão [...]