Roma Antiga

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Roma Antiga Monarquia: Regime político em que o poder é exercido por uma e só uma pessoa que detém o poder por sucessão e primogenitura varonil, ou seja, filho mais velho homem. República: Regime político em que o poder é exercido por diversos órgãos e os que exercem o poder são eleitos por um período limitado. Império: Regime político em que o magistrado supremo é o imperador. Nota: Um império também pode ser um Estado constituído por vários territórios e povos diferentes e dominados por um (povo). A passagem da República ao Império A enorme extensão do império exigia um poder forte centralizado capaz de irradiar a autoridade máxima de Roma e, simultaneamente, assegurar a ordem e a paz nas províncias (regiões em que o império estava dividido). Nos primeiros tempos (séc. VI a I a.C.), essa tarefa coube às instituições republicanas (as magistraturas, o senado e os comícios). Essas instituições eram prestigiadas e o seu bom funcionamento deu a Roma a ordem e a força que necessitava. Monarqu ia 753 a.C. Repúbli ca 509 a.C. Império 27 a.C.

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Roma Antiga 10º Ano Humanidades 2º Teste

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Roma Antiga

Monarquia: Regime político em que o poder é exercido por uma e só uma pessoa que detém o poder por sucessão e primogenitura varonil, ou seja, filho mais velho homem.

República: Regime político em que o poder é exercido por diversos órgãos e os que exercem o poder são eleitos por um período limitado.

Império: Regime político em que o magistrado supremo é o imperador.

Nota: Um império também pode ser um Estado constituído por vários territórios e povos diferentes e dominados por um (povo).

A passagem da República ao Império

A enorme extensão do império exigia um poder forte centralizado capaz de irradiar a autoridade máxima de Roma e, simultaneamente, assegurar a ordem e a paz nas províncias (regiões em que o império estava dividido).

Nos primeiros tempos (séc. VI a I a.C.), essa tarefa coube às instituições republicanas (as magistraturas, o senado e os comícios). Essas instituições eram prestigiadas e o seu bom funcionamento deu a Roma a ordem e a força que necessitava.

No séc. I a.C., porém, havia um grande desfasamento entre o império (que entretanto tinha crescido, tornando-se enorme) e as instituições que haviam sido formadas para administrar um pequeno território (Roma). Foi este desfasamento que originou uma profunda crise política:

1. O império crescera e muitos dos problemas de âmbito militar, económico, social e político já não eram resolvidos pelas instituições republicanas;

2. Ambições políticas dos governadores, políticos e chefes de estado.

Monarquia753 a.C.

República509 a.C.

Império27 a.C.

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Eclodiram então várias guerras civis, a maior parte promovidas pelo Senado.

A partir de determinada altura, com o desejo de fomentar a paz, o senado foi fazendo concessões políticas, chegando até a dar vários poderes a três homens, reduzindo o poder das instituições republicanas. Surgiu assim o primeiro triunvirato (Júlio César, Pompeu e Crasso).

Júlio César, porém, quis concentrar em si todo o poder e restaurar a Monarquia. Mas, acusado de pretender eliminar as instituições e liberdades da república romana, é assassinado em pleno senado, em 44 a.C.

A República resistia ao poder autocrático (poder concentrado em apenas uma pessoa).

Contudo, a manutenção do império exigia a construção de um estado forte e unificado que centralizasse numa só pessoa todos os poderes. Esta pessoa foi o Octávio, o primeiro imperador de Roma.

Octávio, político hábil e prudente, em poucos anos eliminou os seus rivais, conseguindo a paz e a administração de todos. A sua aspiração era o poder pessoal, mas, sabendo o apego que os Romanos tinham pelas suas instituições políticas, não as eliminou. Conservou-as, conseguiu o seu apoio e construiu um poder quase divino – o poder imperial.

Princípios básicos do Direito Romano

Viver honradamente Atribuir a cada um o que é seu Não prejudicar o outro

Direito Romano

Direito público Senado -- Pessoas

Direito privado Pessoas -- Pessoas

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Direito consuetudinário: Leis e regras transmitidas oralmente de geração em geração

Primeiro Código de Direito escrito: Lei das 12 Tábuas

Respeitadas e adoradas por todos

Alunos tinham de decorar as 12 tábuas

À medida que existiam problemas, tinham que ser adicionadas leis pelos pretores, pelos jurisconsultos, pelo Senado e pelo Imperador (através de decretos)

O Direito da Cidadania

Extensão do direito da Cidadania

CidadaniaRomana(Plena)

Latina(Com restrições)

Cidadania reservada aos habitantes de Roma

Cidadania extensiva a toda a Itália

Cidadania alargada a todo o Império

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Ao contrário do conceito restrito dos Gregos, os Romanos tinham um conceito mais abrangente de cidadania. Esta podia ser obtida não só pelo nascimento mas também pela concessão individual ou colectiva. O critério determinante da obtenção da cidadania era a adesão dos valores da Romanidade, o que levou a uma maior integração dos povos do império Romano.

Elementos de integração dos povos do império Romano:

Mare Nostrum Imperador Fronteiras e guarnições militares Língua (Latim) Direito Romano Rede viária Atribuição da Cidadania Religião Rede escolar

Cultura

Caracter pragmático e utilitário, virado para a resolução de problemas concretos

Tendência para a ordem, disciplina e poder Apetência pela monumentalidade Síntese (inspirava-se noutras civilizações)

Urbanismo: Ciência que estuda a planificação do meio urbano

Duas ruas principais:

Cardo: A verde

Decumanos: A azul

No centro das duas ruas principais estava o fórum.

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A Arte Romana: Arquitectura

Espectáculos

Circos Corridas de cavalos

Teatros

Comédias

Tragédias

Anfiteatros lutas

Entre gladiadores

Gladiadores e animais

Casas de habitação

Domus Casas dos ricos

Muito boas condições

Insulae Casas dos pobres

Más condições

Construções

Religiosas Templos

Urbanas

Fóruns

Termas

Etc ...

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Influência Helénica:

Templos, colunas, simplicidade da planta

Sistema trílitico e utilização de mármore

Três ordens gregas, criando ordens compositórias

Inovações

Apostaram na grandiosidade dos templos

Criaram de um podium, plataforma elevada para a base do templo

Subverteram a ordem grega

Encostaram as colunas, tornando-se lisas (pilastras)

Retiraram os relevos dos frisos e escrevem os objectivos e as circunstâncias da criação dos templos

Utilização de novos materiais, mais resistentes e baratos (cimento e tijolo)

Utilização de outros materiais para revestir os materiais feios (cimento, p.e.)

Novas técnicas de construção (arco de volta perfeita, abóboda de berço)

Escultura

A escultura romana é diferente da Grega, uma vez que os romanos preferiram o realismo da representação. É uma escultura centrada na personalidade do indivíduo e muitas vezes notam-se rugas e traços anatómicos imperfeitos.

Objectivo da escultura romana: Eternizar a memória dos homens, através de imagens que evidenciam o seu carácter, glória e honra.

Porém, quando os imperadores morriam e se tornavam divinos, os bustos tornavam-se um pouco mais clássicos e perfeitos.

EstátuasEquestres Funções comemorativas /

públicas

Relevos Funções narrativas / ornamentais

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A narração dizia respeito a acontecimentos históricos e decorria em cenas contínuas e em que a personagem principal se encontrava repetida. As personagens secundárias apareciam ao lado e as personagens menos importantes ficavam em planos recuados/ mais profundos.

O ensino no Império Romano

7 – 11 Anos

Ensino Secundário(apenas transitavam os

que tinham mais posses)

Ensino Superior(apenas rapazes)

Aprendiam a LerAprendiam a Escrever

Estudavam CálculoDecoravam trechos

poéticos

Aperfeiçoavam os conhecimentos da línguaEstudavam as principais obras literárias (Cícero,

Tito Lívio, Salústio e Virgílio)

Centrava-se na aprendizagem de Retórica

e de DireitoDestinavam-se ao

desempenho de cargos políticos

Difusão da rede escolar

Imperador

Insistiu com as autoridades municipais para que criassem escolas e suportassem os seus

custos

Concedeu proteção aos professores e isentou-os de

impostos

Custeou a atividade de alguns gramáticos e de retóricos para

que ensinassem de graça

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A Romanização da Península Ibérica

O mundo romano atingiu um notável grau de uniformidade cultural. Passadas as violências da conquista, enquanto o tempo passava e sarava as feridas e a vida regressava à rotina do quotidiano, os povos submetidos deixavam-se cativar pela superioridade cultural e civilizacional dos romanos e adoptavam, de bom grado, os seus costumes e os seus valores.

A esta integração dá-se, vulgarmente, o nome de Romanização.

Os romanos chegaram pela primeira vez à Península Ibérica em 218 d.C. e, no Sudoeste, não encontraram grandes dificuldades.

O mesmo não se passou na zona Norte e Central. Tribos como a dos Lusitanos lutaram tenazmente contra o domínio estrangeiro. A conquista da Península foi difícil e atribulada, prolongando-se por cerca de dois séculos. Mas, muito antes de estar terminada os Romanos já tinham iniciado o processo de Romanização em vários territórios de seu domínio.

Exército: portadores da cultura romana que interagiam com os povos

Imigração: aumento do número de verdadeiros romanos nas povoações

Ação das autoridades provinciais: mostraram uma atitude de tolerância com os costumes e hábitos das populações

Língua, Direito e Religião: a partilha destes três fazia aumentar o sentimento de pertença

Veiculos de Romanização

Exército e imigração

Ação das autoridades provinciais

Língua, Religião e Direito

Rede de cidades

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