ROGERIO SUZANO VIEIRA - livros01.livrosgratis.com.brlivros01.livrosgratis.com.br/cp144577.pdf ·...

123
1 FACULDADE DE ARACRUZ MESTRADO PROFISSIONAL EM TECNOLOGIA AMBIENTAL ROGERIO SUZANO VIEIRA Incomodo causado aos trabalhadores pelo ruído gerado nas atividades de soldagem e jateamento na construção e montagem do gasoduto Cacimbas-Barra do Riacho: Um estudo de caso. Aracruz 2009

Transcript of ROGERIO SUZANO VIEIRA - livros01.livrosgratis.com.brlivros01.livrosgratis.com.br/cp144577.pdf ·...

1

FACULDADE DE ARACRUZ MESTRADO PROFISSIONAL EM TECNOLOGIA AMBIENTAL

ROGERIO SUZANO VIEIRA

Incomodo causado aos trabalhadores pelo ruído gerado nas atividades de soldagem e jateamento na construção e montagem

do gasoduto Cacimbas-Barra do Riacho: Um estudo de caso.

Aracruz 2009

Livros Grátis

http://www.livrosgratis.com.br

Milhares de livros grátis para download.

2

ROGERIO SUZANO VIEIRA

INCOMODO CAUSADO AOS TRABALHADORES PELO RUÍDO GERADO NAS ATIVIDADES DE SOLDAGEM E JATEAMENTO NA CONSTRUÇÃO E

MONTAGEM DO GASODUTO CACIMBAS-BARRA DO RIACHO: UM ESTUDO DE CASO.

Dissertação apresentada à Faculdade de Aracruz para obtenção do titulo de Mestre Profissional em Tecnologia Ambiental. Área de Concentração: Tecnologia Ambiental. Orientador: Prof. Dr. Eng. Marcus Antonius da Costa Nunes.

Aracruz 2009

3

Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio

convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a

fonte.

Catalogação da Publicação

Serviço de Documentação da Biblioteca Professora Maria Luiza Devens

Faculdade de Aracruz/ES

Vieira, Rogério Suzano. Incomodo causado aos trabalhadores pelo ruído gerado nas atividades de soldagem e jateamento na construção e montagem do gasoduto Cacimbas-Barra do Riacho: um estudo de caso / Rogério Suzano Vieira ; orientador Marcus Antonius da Costa Nunes. - Aracruz, 2009. 121 f. Dissertação (Mestrado)--Faculdade de Aracruz, 2009. 1. Trabalho - Influências. 2. Trabalho – Segurança -Saúde 3. Ruído - Controle. I. Nunes, Marcus Antonius da Costa. II. Título.

CDU 331.44

4

FOLHA DE APROVAÇÃO

Rogério Suzano Vieira Incomodo causado aos trabalhadores pelo ruído gerado nas atividades de soldagem e jateamento na construção e montagem do gasoduto Cacimbas-Barra do Riacho: Um estudo de caso.

Dissertação apresentada a Faculdade de Aracruz para obtenção do titulo de Mestre. Área de Concentração: Tecnologia Ambiental

Aprovado em:

Banca Examinadora

Orientador: Prof. Dr. Eng. Marcus Antonius da Costa Nunes

Instituição: UFES Assinatura:_____________________________

Membro: Prof. Dr. Renato Ribeiro Simam

Instituição: FAACZ Assinatura:______________________________

Membro: Prof. Dr. Marcos Roberto Teixeira Halasz

Instituição: FAACZ Assinatura:_____________________________

Membro: Prof. Dr. Maxsuel Marcos Rocha Pereira

Instituição: UFES Assinatura:____________________________

5

AGRADECIMENTOS

A DEUS, por estar sempre presente a todo instante, principalmente nos momentos mais difíceis; A minha esposa Dilciany, pela compreensão e incentivo para que não desistisse; Aos meus filhos, Matheus, Yasmin e Rodrigo pelo tempo que não dediquei a eles para realizar os estudos e trabalhos durante todo o curso; Ao amigo Marcus Antonius da Costa Nunes, por incentivar-me a realizar este mestrado, pela orientação no trabalho, pelo apoio moral que sempre se fez presente durante todo o curso; A minha irmã Ana Maria e minha mãe Rosa, pelo carinho e preocupação com o sucesso de minha carreira profissional; Aos amigos que se dispuseram a ajudar quando precisei; A Faculdade de Aracruz pela aprovação do curso através do professor Dr. Eng. Marcus Antonius da Costa Nunes;

Ao professor Dr. Renato Simam pela atenção e esclarecimento de duvidas sobre a

parte burocrática do mestrado.

6

RESUMO

VIEIRA, R. S. Incomodo causado aos trabalhadores pelo ruído gerado nas atividades de soldagem e jateamento na construção e montagem do gasoduto Cacimbas-Barra do Riacho: Um estudo de caso. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Aracruz, Espírito Santo, 2009.

Este trabalho avaliou o incomodo causado aos trabalhadores da empresa Encalso Construções S.A. pelo alto nível de ruído gerado nas atividades de soldagem e jateamento, na construção do gasoduto para transporte de gás da planta de tratamento de gás de Cacimbas (Linhares) até Barra do Riacho (Aracruz). Assim, constatou-se que para conforto acústico, o ruído está muito acima dos padrões exigidos pela lei (NBR10151, NBR10152 e NR-17), e sobre a questão da PAIR (NR-15), o ruído mostrou-se dentro dos padrões da legislação desde que sejam usados protetores auditivos, ficando então evidente que são necessárias medidas paliativas ou mitigadoras para tratar o problema. As medições de nível de pressão sonora foram feitas nos períodos em que todos os equipamentos estavam ligados ao mesmo tempo, chegando a valores de pico de 121 dB(A). Verificou-se que 95,5% (equipe soldagem) e 100% (equipe jateamento) se sentem incomodados com o ruído, 100% (equipe soldagem) e 88,8% (equipe jateamento) afirmam não gostar de usar o protetor auditivo e 36,4% (equipe soldagem) e 11,1% (equipe jateamento) afirmam sentir algum tipo de sensação auditiva após o trabalho. Como consequência vem o estresse, falta de comunicação verbal, etc. Palavras-chave: Ruído. Incômodo pelo ruído. Controle de ruído. PAIR.

7

ABSTRACT VIEIRA, R. S. Nuisance caused by noise workers, generated in the welding and blasting in the construction and assembly of Cacimbas - Barra do Riacho: A case study.. 2009. 100f. Thesis (MA) - School of Aracruz, Espirito Santo, 2009. This study evaluated the inconvenience caused to employees of the company Encalso Construction SA, with the high level of noise generated in the welding and blasting, construction of the pipeline to transport gas treatment plant gas Cacimbas (Linhares) to Barra do Riacho (Aracruz). Thus, it was found that for acoustic comfort, noise is well above the standards required by law (NBR10151, NBR10152 and NR-17), and the issue of NIHL (NR-15), the noise was shown to be within normal legislation if they are used hearing protection, will then be clear that are necessary remedial or mitigating measures to address the problem. Measurements of sound pressure level were made during periods in which all equipment were connected at the same time, reaching peak values of 121 dB (A). It was found that 95.5% (team bonding) and 100% (team blasting) are uncomfortable with the noise, 100% (team bonding) and 88.8% (blast team) say they do not like to use hearing protectors and 36.4% (team bonding) and 11.1% (team blasting) claim to feel some kind of auditory sensation after work. As a result comes the stress, lack of verbal communication, etc.. Keywords: Noise. Nuisance by noise. Noise control. PAIR.

8

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 2.1 – Contornos padrão de audibilidade para tons puros

FIGURA 2.2 – Curvas de ponderação A, B, C e D

FIGURA 2.3 – Ouvido humano

FIGURA 2.4 – Perda de audição por idade – Presbiacusia

FIGURA 2.5 - Níveis de pressão sonora para risco de perda de audição

FIGURA 2.6 - Efeitos do ruído

FIGURA 2.7 – Tipos mais comuns de protetores auditivos

FIGURA 2.8 – Protetor auricular tipo plug

FIGURA 2.9 – Protetor auricular tipo concha

FIGURA 2.10 – Protetor auricular auto moldáveis

FIGURA 2.11 – Protetores auriculares adaptáveis

FIGURA 3.1 – Foto aérea da linha de gasoduto Cacimbas x Barra do Riacho

FIGURA 3.2 – Tubos após o descarregamento dos caminhões

FIGURA 3.3 – Preparação para o trabalho de soldagem

FIGURA 3.4 – Tubos soldados

FIGURA 3.5 – Preparação para o trabalho de jateamento

FIGURA 3.6 – Tubos sendo jateados após a soldagem

FIGURA 3.7 – Tubos soldados com o trabalho de jateamento já realizado

FIGURA 3.8 – Trabalho de revestimento nos tubos soldados/jateados

FIGURA 3.9 – Tubos em posição após a soldagem

FIGURA 3.10 - Abertura das valas para acondicionamento dos tubos

FIGURA 3.11 – Pontos de medição junto à equipe de soldagem

FIGURA 3.12 – Pontos de medição junto à equipe de jateamento

FIGURA 3.13 – Medidor de Nível de Som – BK 2250

31

34

38

42

43

45

48

49

49

50

50

53

55

55

56

56

57

57

58

58

59

64

64

65

9

FIGURA 3.14 – Dosimetro DOS 500

FIGURA 3.15 – Medição numa operação de jateamento

FIGURA 3.16 – Medição numa operação de soldagem

FIGURA 3.17 – Medição numa operação de jateamento

FIGURA 4.1 – Representação gráfica da Tabela 4.2

FIGURA 4.2 – Representação gráfica da Tabela 4.3

FIGURA 4.3 – Representação gráfica das medições

FIGURA 4.4 – Gráficos Box-Plot das medições de conforto acústico

FIGURA 4.5 – Histograma da distribuição de todos os dados das medições

FIGURA 4.6 – Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 06:00 e 08:00

horas

FIGURA 4.7 – Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 08:00 e 10:00

horas

FIGURA 4.8 – Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 10:00 e 12:00

horas

FIGURA 4.9 – Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 12:00 e 14:00

horas

FIGURA 4.10– Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 14:00 e 16:00

horas

FIGURA 4.11 – Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 16:00 e 18:00

horas

FIGURA 4.12 – Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 06:00 e 18:00

horas

FIGURA 4.13 – Gráficos Box-Plot das medições de PAIR

FIGURA 4.14 – Histograma da distribuição de medição para PAIR

66

67

67

68

75

77

78

80

81

82

82

82

83

83

83

83

84

86

10

LISTA DE TABELAS

TABELA 2.1 – Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente-NR-15

TABELA 2.2 – Níveis da voz em dB

TABELA 2.3 – Atenuação média de protetores auditivos

TABELA 3.1 – Equipe/equipamentos para operação de soldagem

TABELA 3.2 – Equipe/equipamentos para operação de jateamento

TABELA 3.3 – Especificação dos equipamentos utilizados na operação de

Soldagem

TABELA 3.4 – Especificação dos equipamentos utilizados na operação de

jateamento

TABELA 4.1 – Resultados das medições dos ruídos realizadas nas atividades

de soldagem e jateamento

TABELA 4.2 – Comparação entre os valores medidos e valores prescritos pela

NBR 10151, NBR 10152 e NR-17

TABELA 4.3 - Comparação entre os valores de Leq(A) medidos e prescritos

pela NR-15

TABELA 4.4 – Valores estatísticos dos dados medidos

TABELA 4.5 - Valores estatísticos dos dados de todas as medições

TABELA 4.6 - Valores estatísticos dos dados medidos

TABELA 4.7 – Respostas dos questionários com as perguntas e respectivos

percentuais

37

46

51

59

60

61

62

73

74

76

79

81

84

89

11

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BI British standard

dB Decibel

EPC Equipamento de Proteção Coletiva

EPI Equipamento de Proteção Individual

IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente

ISO International Standard Organization

LAeq Nível Equivalente de Pressão Sonora

NBR Norma Regulamentadora Brasileira

NCA Nível de Critério de Avaliação

NFS Association Français Normalization

NI Intensidade Sonora

NICV Nível de Interferência na Comunicação Verbal

NPS Nível de Pressão Sonora

NR Normas Regulamentadoras

PAIR Perda Auditiva Induzida pelo Ruído

PCA Programa de Conservação Auditiva

PNC Critério de Ruído Preferido

TABR Terminal Aquaviário Barra do Riacho

UFES Universidade Federal do Espírito Santo

UTGC Unidade de Tratamento de Gás Cacimbas

12

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO

1 – INTRODUÇÃO

1.1 - O PROBLEMA

1.2 - JUSTIFICATIVA

1.3 - OBJETIVOS

1.3.1 – OBJETIVOS GERAIS

1.5.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1.4 – CONTEÚDO DO TRABALHO

CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS

2.2 – ESTUDOS RELACIONADOS AO RUÍDO

2.3 – DEFINIÇÕES E CONSIDERAÇÕES

2.4 – EFEITOS DO RUDO NO HOMEM

2.4.1 – O OUVIDO HUMANO

2.4.1.1 – OUVIDO EXTERNO

2.4.1.2 – OUVIDO MÉDIO

2.4.1.3 – OUVIDO INTERNO

2.4.2 – MECANISMO DA AUDIÇÃO

2.4.3 – RUÍDO E PERDA AUDITIVA

2.4.4 – CRITÉRIOS PARA PERDA AUDITIVA

2.4.5 – RUÍDO E OS EFEITOS EXTRA AUDITIVOS

2.4.6 – NÍVEL DE INTERFERÊNCIA NA COMUNICAÇÃO VERBAL

2.4.7 – CURVAS E CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE RUÍDO

2.5 – PROTETORES AUDITIVOS

2.5.1 - TIPOS DE PROTETORES AURICULARES

2.5.2 – ATENUAÇÃO DO RUÍDO

CAPITULO 3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 – CONSTRUÇÃO DO GASODUTO CACIMBAS BARRA DO RIACHO

3.2 – DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE SOLDAGEM E JATEAMENTO

3.3 – ESPECIFICAÇÕES DAS PRINCIPAIS FONTES EMISSORAS DE

RUÍDO

14

14

15

17

18

18

19

19

21

21

26

29

38

38

39

39

39

40

40

42

43

45

46

47

48

51

54

54

61

62

13

3.4 – LOCAIS DE MEDIÇÃO

3.5 – PONTOS DE MEDIÇÃO

3.6 – EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA MEDIÇÃO

3.7 – MEDIÇÕES

3.8 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS UTILIZADOS

3.9 – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS TRABALHADORES

CAPÍTULO 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 – VALORES DAS MEDIÇÕES OBTIDAS

4.2 - ANÁLISE DOS VALORES OBTIDOS

4.3 - RESULTADOS DAS MEDIÇÕES E COMPARAÇÃO COM A NR-15

4.4 - ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS E SUA REPRESENTAÇOES

GRÁFICAS

4.4.1 ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA CONFORTO ACÚSTICO

4.4.2 ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA PAIR

4.5 – RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS

CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1 - CONCLUSÕES

5.2 - RECOMENDAÇÕES DAS MEDIDAS ALTERNATIVAS PARA

REDUÇÃO DE RUÍDO

5.3 - SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS

63

64

66

69

71

72

74

74

75

77

78

79

83

88

92

92

96

97

98

102

14

_______________________________________CAPÍTULO I

1 INTRODUÇÃO

Na última década, o pleno desenvolvimento industrial, principalmente de todo o

mundo ocidental, mostrou a importância do gás natural dentro da matriz energética

de qualquer país. Não diferente desta verdade, o Brasil iniciou o século XXI com

uma forte dependência do gás boliviano e, para que as indústrias, principalmente do

sudeste e do sul do país tivessem condição de continuar se expandindo e

produzindo a “plenos pulmões” o governo decidiu investir na produção de gás

natural nos estados produtores, principalmente no Estado do Espírito Santo. Com

isto, a Petrobrás se dedicou a procurar poços de gás, principalmente no norte do

estado, na região litorânea (ANP, 2009).

Assim, as notícias de descobertas de poços de gás no litoral norte do Espírito Santo

começaram a mostrar a importância de nosso Estado dentro da matriz energética

brasileira.

Mais recentemente em junho de 2009, após grande expectativa, a Petrobras iniciou

a produção dos campos de gás de Cangoá e Camarupim, no litoral norte do Estado

do Espírito Santo. De acordo com Agência Nacional do Petróleo (ANP) (2009),

esses projetos integram o Plano de Antecipação da Produção de Gás (Plangás),

lançado em 2006 com o objetivo de alavancar a produção doméstica de gás natural

no Brasil. A produção dos dois novos campos será escoada para a Unidade de

Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), em Linhares (ES).

15

Uma parte do gás tratado em Cacimbas será levado para o Terminal Aquaviário

Barra do Riacho em Aracruz (TABR), através de um gasoduto de 77 km de

extensão, constituído de dois tubos de aço de 8 polegadas cada.

A construção do gasoduto, ligando a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas

(UTGC) em Linhares (ES) ao Terminal Aquaviário Barra do Riacho (TABR) em

Aracruz (ES) está sendo realizada pela empresa Encalso Construções Ltda.

1.1 O PROBLEMA

A construção deste como de qualquer outro gasoduto de mesmas proporções possui

algumas atividades que geram ruídos excessivos provocados principalmente por

equipamentos mecânicos. Tanto o processo de soldagem quanto o processo de

jateamento, que são atividades necessárias e imprescindíveis na construção de um

gasoduto, apresentam níveis elevados de ruído, com valores de Nível de Pressão

Sonora (NPS) acima de 110 dB(A), causando incômodo e desconforto aos

profissionais que trabalham nestas atividades, além de poder levar o trabalhador a

ter sérios problemas auditivos e mesmo extra auditivos, tal como estresse, pressão

sanguínea alterada, etc.

No caso deste gasoduto, por exigir muita mão de obra especializada, são

necessários aproximadamente 58 trabalhadores que sofrem o efeito do nível de

ruído elevado.

16

Tratando especificamente da atividade de soldagem neste canteiro de obras, o trator

que transporta o reboque contendo dois retificadores de corrente contínua se

posiciona muito próximo aos trabalhadores, já que são necessários cabos para

realizar a ligação elétrica entre o conjunto que é transportado e o local de execução

da operação de soldagem. Com isto, os trabalhadores recebem alta carga de ruído

pelo simples fato de estarem muito próximos das fontes ruidosas.

Situação semelhante ocorre na operação de jateamento onde o trator que transporta

o compressor e o filtro de ar que leva ar para dentro da cabine onde é realizado o

jateamento, fica bem próximo dos trabalhadores deste setor, deixando estes

expostos aos altos e excessivos ruídos produzidos pelos equipamentos.

Nestas operações reconhecidamente ruidosas, apesar dos trabalhadores utilizarem

protetores auditivos, eles nem sempre são suficientes para minimizar de forma

eficiente os elevados níveis de pressão sonora incidente no ouvido do trabalhador, e

mais, seu uso na maioria das vezes causa desconforto e incomodo.

Levando-se ainda em consideração que existe a possibilidade de ocorrer o mau uso

do protetor por parte do trabalhador, que na maioria das vezes introduz o plug na

cavidade auricular de maneira incorreta, ou mesmo, por não gostar de usar este tipo

de equipamento obrigatório ou por outra qualquer razão não faz uso do mesmo, o

problema torna-se ainda mais agravante, pois causa uma falsa impressão de

proteção de sua saúde laboral.

17

Segundo a Norma Regulamentadora n.º 15 (NR-15), da Portaria n.º 3.214/1978 do

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), quando a intensidade de pressão sonora

chega a 80 dB(A), neste valor é necessário que se tome as primeiras medidas para

controle do ruído que é chamado Nível de Ação. Quando o valor da intensidade de

pressão sonora chega a 85 dB(A) que é chamado Nível Critério, todo trabalhador

deverá usar protetor auricular para uma exposição a este ruído em jornada de

trabalho de tempo integral. A norma NBR 10152, da Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT), estipula que para recintos de uma edificação para

conforto e execução de tarefas intelectuais é necessário ruído abaixo de 65 dB(A) e

a norma NBR 10151 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),

estabelece que para conforto nas vizinhanças de empresas o nível maximo não

deverá ultrapassar 70 dB(A). Portanto como os valores emitidos pelos equipamentos

das atividades são elevados, fica evidente que no mínimo tem-se uma situação

preocupante com relação ao ruído para locais onde são utilizados alguns destes

equipamentos em conjunto

1.2 JUSTIFICATIVA

Conforme especificado na Norma Regulamentadora n.º 06 (NR-06), da Portaria do

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) n.º 3.214/1978, que trata de equipamentos

de proteção individual (EPI), estes só devem ser utilizados quando não for possível a

implantação das medidas de proteção coletivas, pois os EPIs tem como

características intrínsecas causar desconforto, dificuldade de comunicação verbal,

dificuldade de mobilidade, etc.

18

Normalmente em operações ruidosas existe uma equipe de segurança e medicina

do trabalho composta por médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho,

enfermeiro do trabalho, técnico de segurança e técnico de enfermagem, que são os

profissionais que podem compor o Serviço Especializado em Engenharia e Medicina

do Trabalho (SESMT), tomando precauções para minimizar os efeitos do ruído no

organismo do trabalhador, mas infelizmente, nem sempre o trabalhador utiliza o EPI,

no caso o protetor auditivo, durante todo o tempo em que está trabalhando, pois

quase sempre há um ou outro trabalhador que vai tentar, quando lhe convier, por um

motivo ou outro, burlar a equipe de segurança do trabalho usando de maneira

incorreta ou até mesmo não fazendo uso do EPI.

O total de profissionais que compõem o SESMT de uma empresa está vinculado ao

grau de risco e ao número de funcionários desta empresa (quadro II da Norma

Regulamentadora n.º 4 (NR-4), da Portaria n.º 3.214/1978 do Ministério do Trabalho

e Emprego (MTE).

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo geral

Avaliar a exposição de trabalhadores de equipes de soldagem e jateamento dos

tubos do gasoduto Cacimbas-Barra do Riacho, ao ruído gerado pelas máquinas e

equipamentos que utilizam em suas atividades laborais, caracterizando o ambiente

sonoro e propor alterações para redução dos níveis de ruído a que são submetidos.

19

1.3.2 Objetivos específicos

- Quantificar o nível de ruído a que são submetidos os trabalhadores de uma equipe

de soldagem dos tubos do gasoduto Cacimbas – Barra do Riacho;

- Quantificar o nível de ruído a que são submetidos os trabalhadores de uma equipe

de jateamento de granalha de aço (ou óxido de alumínio) dos tubos do gasoduto

Cacimbas – Barra do Riacho;

- Comparar o nível de exposição medido, a nível de conforto, com os especificados

pelas normas brasileiras NBR 10151, NBR 10152 e a Norma Regulamentadora n.º

17 (NR-17), da Portaria n.º 3.214/1978 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

- Comparar o nível de exposição medido, a nível de PAIR, com os especificados

pela Norma Regulamentadora n.º 15 (NR-15), da Portaria n.º 3.214/1978 do

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

- Avaliar subjetivamente o nível de desconforto causado pelo ruído aos

trabalhadores;

- Propor medidas alternativas que possam diminuir o nível de ruído percebido pelos

trabalhadores.

1.4 CONTEÚDO DO TRABALHO

O Capítulo 2 apresenta a revisão bibliográfica, os conceitos básicos para o estudo,

uma revisão dos efeitos do ruído no ser humano, uma pesquisa sobre as normas

nacionais ou internacionais mais utilizadas na área e uma revisão sobre protetores

auditivos.

20

O Capítulo 3 trata da metodologia utilizada para a realização do trabalho.

No Capítulo 4 são apresentados os resultados, as análises das medições e dos

questionários aplicados e o tratamento estatístico dos dados.

O Capítulo 5 apresenta as conclusões, medidas alternativas para a redução do ruído

e recomendações de futuros trabalhos na área.

21

_______________________________________CAPÍTULO 2

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

A necessidade e a importância cada vez maior de fontes de energia alternativas,

incluindo aí especialmente o setor de gás natural, impõem que a construção de

gasodutos continue numa onda crescente no Brasil e no mundo. Dessa forma, mais

e mais pessoas adentram no mercado como prestadores de serviço na área.

Conforme afirma Menezes (2002), as condições precárias em que trabalha a mão de

obra do setor de construção civil, inclusive na área relativa à construção de

gasodutos e oleodutos, e também a alta rotatividade desta mão de obra reflete-se

em um significativo índice de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais,

sendo que uma das mais importantes e menos estudadas é a perda auditiva gerada

pela exposição excessiva a ruídos. Entende-se que para se estudar este problema,

deve-se conhecer bem os conceitos de ruído e os seus efeitos no ser humano.

2.2 ESTUDOS RELACIONADOS AO RUIDO

Em seu trabalho de dissertação, Quadros (2004) analisou medições do ruído gerado

por veículos de coleta de resíduos domiciliar, realizado em Curitiba. As medições,

realizadas de março a agosto de 2004, foram comparadas com valores referenciais

estabelecidos pela lei municipal n.º 10625/2002 que determina níveis admissíveis de

22

ruído urbano, pela NBR 10151 e pelo Departamento de Habitação e

Desenvolvimento Urbano dos Estados Unidos (HUD), que classifica a qualidade

acústica de uma área residencial em função de níveis de ruído. Na conclusão de seu

trabalho, o autor afirmou que os resultados encontrados estão acima do

recomendado pela literatura e tece uma série de observações sobre as prevenções

que se deve ter em relação aos equipamentos utilizados pelos caminhões de coleta

de lixo (buzina, tipo de sistema de escapamento, sinal sonoro de ré, ruído da prensa,

etc.). O autor também relatou que o resultado do estudo reporta a idéia de que a

irritação sonora é um fenômeno altamente individual, influenciada pela inter-relação

de fatores pessoais e ambientais e que as pessoas nestes setores estão expostas a

ruídos excessivos, nocivos à saúde segundo a Organização Mundial da Saúde

(O.M.S.) WHU, (1995).

Portela (2008) em sua dissertação avaliou objetiva e subjetivamente a exposição ao

ruído em motoristas de ônibus urbanos na cidade de Curitiba. Sua avaliação objetiva

mensurou o nível de pressão sonora equivalente dentro do veículo, próximo à zona

auditiva direita dos motoristas em 80 veículos de quatro modelos diferentes Quanto

às medições subjetivas, foi aplicado um questionário em 200 motoristas de ônibus,

onde levantou o nível de incômodo ao ruído que estes indivíduos estavam sentindo.

Os resultados para as medições objetivas revelaram que os veículos estavam de

acordo com as normas NR-15 e com a norma NHO 01 do Ministério do Trabalho e

Emprego (Norma de Higiene Ocupacional), em relação à emissão de ruído

ocupacional dentro dos ônibus, para uma exposição de 8 horas. Porém, alguns

veículos apresentaram níveis de ruído muito próximos do limite das normas e acima

de 65 dB(A), o que pode tornar o ambiente de trabalho desconfortável e, também,

23

propiciar o início de distúrbios na saúde relacionados à exposição ao ruído. Da parte

subjetiva, o resultado significativo é que ficou caracterizado que 36% dos motoristas

entrevistados sentem incômodo com o nível de ruído dos veículos.

Em seu artigo, Araújo (2002) afirmou que a perda auditiva induzida pelo ruído

(PAIR) é uma patologia insidiosa cumulativa, que cresce ao longo dos anos de

exposição ao ruído associado ao ambiente de trabalho. Sua pesquisa foi realizada

no período de janeiro a março de 2000 com 187 trabalhadores de indústrias

metalúrgicas de Goiânia. Suas avaliações dos resultados das audiometrias

ocupacionais mostraram que: 21% são sugestivas de PAIR, 72% são normais e 7%

são sugestivas de outras doenças auditivas. Os sintomas auditivos mais freqüentes

foram: dificuldade de compreensão da fala, 12%; hipoacusia, 7%; zumbido, 13%;

sensação de plenitude auricular, 4%; otorreia, 6%; tonturas, 12%. Em suas

conclusões, a autora afirmou que os fatores que produzem surdez precoce em

trabalhadores de metalúrgica, devido à perda auditiva induzida pelo ruído, são o

elevado índice de ruído no ambiente da indústria e a não-utilização regular dos

protetores auriculares, sendo necessário realizar campanhas de esclarecimento e

motivação para o uso dos mesmos.

Em sua tese, Petian (2008) analisou o incômodo causado aos trabalhadores nos

estabelecimentos comerciais da cidade de São Paulo pelo ruído de tráfego no local

de trabalho, destacando que dos 400 trabalhadores pesquisados, cerca de 66,0%

achavam o local de trabalho ruidoso e 63,0 % se sentiam incomodados com o ruído

no ambiente de trabalho. A pesquisa destacou ainda que 43,0% desses

trabalhadores relataram que o ruído interfere na sua atividade laboral. A autora

24

destacou ainda que, na opinião dos próprios trabalhadores as conseqüências a esta

exposição de ruído, ocorrem os seguintes efeitos: perda auditiva, estresse,

irritabilidade, dor de cabeça, nervosismo e alterações do sono. Em sua conclusão a

autora afirmou que os trabalhadores adultos têm conhecimento tanto do risco físico

quanto do incômodo que o excesso de ruído produz e também que isto pode gerar

ou agravar alguns problemas de saúde, conforme já citado.

Trabalhando com o mapeamento sonoro do ambiente urbano na cidade de

Florianópolis, Nardi (2008) investigou a problemática do ruído ambiental em grandes

cidades, ressaltando que em todo mundo este problema é visto com grande

preocupação e que esforços no sentido de controlar o problema tem sido estudados

e empregados. Porém, o autor destacou que no Brasil a falta de políticas públicas

efetivas de controle do ruído ambiental é preocupante e que infelizmente não é dada

a devida à atenção ao problema e que suas conseqüências são desastrosas. A

autora afirmou que indivíduos expostos a ruídos perturbadores intensos tendem a

gastar 20% mais energia em suas atividades, e mesmo em repouso não se

encontram livre da ação do ruído, a qual age em seu sistema nervoso, no seu

subconsciente.

Fleig (2004), em sua pesquisa, analisou o comprometimento da qualidade de vida

dos trabalhadores expostos a ruídos, objetivando verificar a ocorrência de perdas

auditivas provocadas por ruído em motoristas de uma empresa de coleta de lixo em

Florianópolis, durante a jornada de 8 horas de trabalho. O estudo comparou dados

obtidos com grupos não expostos ao ruído (bancários) com dados obtidos dos

expostos (motoristas). Foram analisados 30 bancários e 30 motoristas, que se

25

submeteram a uma entrevista e a exames, com acompanhamento técnico durante o

período de trabalho. Os parâmetros da pesquisa foram determinados por nível de

ruído, ocorrência de PAIR, tempo de exposição e idade dos trabalhadores.

Concluindo, a autora notou que dos 30 motoristas analisados, 11 (cerca de 37%)

obtiveram resultados sugestivos de PAIR, enquanto que a ocorrência de PAIR entre

o grupo de bancários foi 0 (zero). Exames de audiometria mostraram que 02

bancários tiveram resultados de perdas auditivas, mas não relacionadas a ruído.

De acordo com Guzman (2007), o ruído representa um problema importante de

saúde pública, pois estamos expostos a ele no dia a dia em diversos ambientes tais

como no trabalho, no lazer e mesmo nas ruas. Em seu trabalho, o autor destacou

ainda que não se trata com a devida seriedade as conseqüências causadas pelo

ruído, apesar de representar um problema que traz riscos à saúde. Neste trabalho o

autor avaliou queixas relativas à saúde auditiva e incômodos causados pelos ruídos

laboral e urbano numa corporação de bombeiros do município de Santo André, SP,

e faz o mapeamento de ruído do local. Ele concluiu que o nível de ruído no local de

trabalho ultrapassou a 67 dB(A), chegando a níveis em torno de 82 dB(A) na

avenida. No seu trabalho de avaliação, trabalhou com 72 bombeiros do 8°

grupamento e que a maioria dos pesquisados (83%) relatou o local de trabalho como

ruidoso, atribuindo também o ruído urbano como um transtorno que provoca

distúrbios na saúde.

O trabalho de Dias et al. (2006) verificou a associação entre PAIR e queixa de

zumbido em trabalhadores expostos ao ruído ocupacional. Foram entrevistados e

avaliados 284 trabalhadores com histórico de exposição ao ruído ocupacional

26

atendidos em dois ambulatórios de audiologia na Cidade de Bauru, Estado de São

Paulo. Estimou-se que a prevalência de zumbido aumenta de acordo com a

evolução do dano auditivo, controlado para a idade e tempo de exposição ao ruído.

Os autores afirmaram que os resultados justificam o investimento em programas de

conservação auditiva particularmente voltados para o controle da emissão de ruídos

na fonte e para a intervenção na evolução das perdas auditivas geradas pela

exposição ao ruído visando à manutenção da saúde auditiva e à diminuição dos

sintomas associados.

Arezes (2002) em sua tese de doutorado, destacou que entre os vários fatores de

risco ocupacional, a exposição a níveis de ruído elevados tem particular importância

devido a sua freqüência em ambientes industriais e ressalta ainda não só as

questões relativas a perdas auditivas reconhecidas pelas autoridades de saúde, mas

também analisa os aspectos da saúde do trabalhador a nível psicológico observando

as práticas reais de trabalho. O autor verificou que trabalhadores, ainda que

exercendo tarefas iguais e no mesmo local de trabalho, têm visão e dimensão

diferente dos riscos a que se expõem e que isto os influencia no uso de

equipamentos de proteção individual auditiva. Em seu estudo ele analisou 516

trabalhadores de indústrias que se expõem a níveis de ruídos acima do aceitável

pela NR-15 (85 dB (A) para uma carga horária diária de oito horas). Considerando

fatores como preocupação com o risco, tempo de exposição ao ruído, idade e

dependência econômica das fontes sonoras, ele concluiu que os indivíduos

apresentam sensibilidades diferentes com relação aos efeitos do ruído em seu

organismo, determinando assim condutas a serem discutidas no Programa de

27

Conservação Auditiva (PCA) das empresas, para que não haja exposições nocivas e

irreversíveis aos seus trabalhadores.

O impacto do ruído advindo de subestações de energia elétrica na cidade de

Curitiba sobre a população residente em suas vizinhanças foi estudado por Diniz

(2003). O autor mapeou o campo acústico das subestações e de suas

circunvizinhanças do final do primeiro e de todo o segundo semestre de 2002,

considerando os fatores: potência sonora dos transformadores, tráfego nas ruas

circundantes, posicionamento das paredes corta-fogo, das edificações e dos muros

e a topografia do terreno. Foram analisadas sete subestações tanto no período

diurno quanto no noturno. Os níveis sonoros preditos foram comparados com a

legislação ambiental de emissões sonoras em vigor na cidade. Simulou-se, através

do software, a colocação de barreiras acústicas em torno dos transformadores para

alguns casos, a fim de se avaliar a redução no desconforto acústico causado pelos

transformadores na população vizinhas às subestações. No geral, o autor concluiu

que é preferível a colocação de muradas altas nos limites das subestações para

protegerem os andares superiores das casas, que é importante o enclausuramento

dos transformadores e que paredes corta-fogo podem ajudar no isolamento do ruído.

O trabalho de Menezes Jr (2002) levantou os níveis de ruído gerados por diferentes

tipos de equipamentos usados na área de construção civil em um canteiro de obra

típico da cidade de Maringá, PR. O autor, analisando diferentes fases da obra,

apresentou os níveis de pressão sonora equivalentes em cada ponto de medição e

também as doses de exposição ao ruído dos trabalhadores em diferentes atividades

de trabalho dentro do canteiro de obra. Os resultados apresentados sugerem

28

medidas de ação e controle de ruído em todas as fases. Ele recomendou também o

seguinte planejamento para o controle de ruído do processo construtivo em três

etapas: atenuação na fonte, mudanças no layout e a proteção dos operários,

destacando a importância da implantação de um programa nacional de controle de

ruídos em equipamentos da construção civil.

O nível de ruído médio emitido por cinco (5) caminhões de entrega de ração para

frangos de corte no momento da descarga, visando à melhoria da saúde, do bem-

estar e da segurança do operador foi avaliado por Damasceno et al. (2008) numa

propriedade rural, no município de Itaberaí-GO. Os dados foram coletados através

de medições dos níveis de ruído, de forma pontual e em pontos pré-determinados

em torno aos caminhões. Os resultados indicaram que os níveis de ruído situam-se

acima do limite máximo permitido pela norma pertinente no país, porém o tempo de

exposição do operador no momento da descarga é inferior ao tempo limite permitido,

sendo interessante ao operador o uso de protetores auditivos adequados.

Com o objetivo de avaliar a eficácia de atenuação dos protetores auditivos utilizados

pelos trabalhadores, Neto (2007), trabalhou com 3 (três) protetores auditivos do tipo

concha, da marca 3M, modelo 1445, AGENA, modelo ARS e MSA, modelo SORDIN

CC, comparando-se o nível de redução de ruído (NRR), nas freqüências de 250Hz,

500 Hz, 1KHz, 2KHz, 4KHz e 8KHz, apresentada no Certificado de Aprovação (CA)

dos equipamentos da amostra, com os valores coletados nesta pesquisa. Seu

trabalho verificou que nenhum dos 3 (três) protetores auditivos apresentou

concordância entre os valores mostrados no certificado de aprovação com os

obtidos em seu trabalho.

29

2.3 DEFINIÇÕES E CONSIDERAÇÕES

Sabe-se que o aparelho auditivo humano é um poderoso receptor de sons. Mas, o

que é som? O que é ruído? O que é pressão sonora? Como se mede o ruído? Vê-se

que é necessária uma revisão geral nos conceitos e definições dos principais termos

utilizados neste trabalho.

O ruído pode ser definido como “o fenômeno audível, cujas freqüências não podem

ser discriminadas, porque diferem entre si por valores inferiores aos detectáveis pelo

aparelho auditivo”, afirma Nepomuceno (1976).

Segundo Gerges (2000), som e ruído não são sinônimos. Um ruído é um tipo de

som, porém um som não é necessariamente um ruído. Pode-se dizer que ruído é um

som incômodo e indesejável, ou seja, aquele som que causa sensação

desagradável e som é definido como uma oscilação de pressão que se propaga num

meio material elástico, a uma velocidade característica daquele meio, porém, ambos

podem causar perda auditiva desde que sejam ultrapassados certos níveis de

intensidade. O ruído por sua vez além de causar perda auditiva, ainda pode nos

causar outros tipos de problemas tais como estresse e irritação, etc. Na prática, a

geração de ruído é causada pela variação da pressão ou da velocidade das

moléculas do meio.

De acordo com Macedo (2004), o som tem ao mesmo tempo caráter físico e

psíquico, pois na Psico-acústica o som é considerado como um fenômeno

perceptivo que pode originar os mais diversos sentimentos (alegria, tranqüilidade,

30

sobressalto, angústia, terror, pânico, etc.). Tanto isto é verdade que, dependendo de

como o som é percebido, ele é definido como ruído ou não por quem o percebe.

Para quem gosta de som alto e usa equipamento eletrônico, tal como um tocador de

áudio digital (Ipod) ou qualquer outro tocador de músicas portátil, com fones de

ouvido no nível máximo, pode considerar isto um som. Mas, para quem não gosta, é

claro que é considerado um ruído. Da mesma forma, o “barulho” de um

escapamento (silencioso) de automóvel é agradável para o mecânico que está

fazendo o serviço e recebendo por isto, mas, para quem trabalha como atendente

numa loja situada numa rua com tráfego pesado, esse “barulho” seria considerado

com ruído. Para os amantes aficionados da fórmula 1, o som dos motores de uma

Ferrari é uma música mas, para quem mora perto de um autódromo e ainda por

cima não é fã deste esporte, é um ruído ensurdecedor. Pode-se citar muitos outros

exemplos, mas, com isso, mostra-se que o fato de um tipo de som ser considerado

um ruído para um e não para outro, está ligado diretamente à percepção ou mesmo

ao interesse ou gosto pessoal.

Assim, Macedo (2006) afirma que “o ouvido também tem a função de transformar o

som físico em som psíquico, indo além da sua noção primária de captador

fisiológico”.

WHO (1995) caracteriza ruído como "aquele som indesejável, ou seja, uma energia

acústica audível que afeta ou pode afetar fisiológica ou psicologicamente o bem

estar das pessoas".

31

O som só é perceptível através de variações de pressão no ar que atingem o ouvido.

Para que se possa captar o som é necessário que as variações de pressão acústica

que chegam ao aparelho auditivo estejam dentro dos limites de amplitude de

freqüência ao qual o ouvido humano responde. De acordo com Bruel & Kjaer

(2002), o número de oscilações de pressão por segundo é chamado de freqüência

do som, cuja unidade é ciclos por segundo ou Hertz (Hz).

Em relação ao limiar de audição, Gerges (2000), afirma que a pressão acústica

mínima que o ouvido humano consegue detectar corresponde a 20x10-6 N/m² na

freqüência de 1 kHz e que na banda de freqüência auditiva, que vai de 20 Hz a

20.000 Hz, o ouvido humano não é igualmente sensível. Na figura 2.1 abaixo podem

ser visualizados os contornos padrão de audibilidade para tons puros.

Figura 2.1 Contornos padrão de audibilidade para tons puros (Gerges, 2000)

Teoricamente, a propagação do som se dá em forma de ondas esféricas a partir de

uma fonte pontual, sendo uniforme em todas as direções. Claro que sua propagação

ou trajetória pode ser alterada ou sua velocidade reduzida ou mesmo impedida de

continuar, dependendo das condições do meio em que a mesma está inserida.

Gerges (2000), afirma que a velocidade do som depende das características do

32

meio em que ocorre a propagação, sendo que, no ar, seu valor, para uma

temperatura de 20ºC, é de 343 m/s.

Relacionando o comprimento de onda com a freqüência pode-se calcular a

velocidade do som, através da Equação 1:

λ.fc = (1)

Sendo:

c a velocidade do som [m/s]

f a freqüência [Hz]

λ o comprimento de onda [m]

Sabe-se que a sensibilidade de trabalho do ouvido humano em relação à pressão

sonora, do limiar de audição até o limiar da dor varia de 20x10-6 N/m² a 200 N/m²

mas, essa quantificação fica melhor compreendida se as amplitudes sonoras são

medidas numa escala logarítmica conhecida como decibel (dB) (Rossing, 1990).

Em relação à escala decibel, Gerges (2000), afirma que um decibel corresponde a

100,1 = 1,26, ou seja, é igual à variação na intensidade de 1,26 vezes. Isto implica

dizer que, uma mudança de 3 dB corresponde a 100,3 = 2, ou seja, dobrando-se a

intensidade sonora resulta em um aumento de 3 dB.

O Nível de Pressão Sonora (NPS) é uma grandeza, expressa em dB, que informa a

sensação auditiva com que o ser humano percebe os sons, sem os dados sobre a

33

distribuição deste nível nas freqüências de interesse (Gerges, 2000). Sim, porque

através de equipamentos específicos, pode-se medir com elevada precisão o Nível

de Pressão Sonora nas diversas frequências, ou faixas de frequência que compõem

o espectro sonoro do som ou ruído.

Pode-se calcular o Nível de Pressão Sonora (NPS) através da Equação 2:

=

=

PP

PPNPS

00

log20

2

log10 (2)

Em que

NPS é o Nível de Pressão Sonora [dB]

P0 = 2 x 10-5 [N/m²] é o valor de referência e correspondente ao limiar de

audição em 1000 Hz.

Ainda de acordo com Gerges (2000), a escala dB apresenta uma correlação muito

melhor com a audibilidade humana do que a escala absoluta (N/m²) e que um (1) dB

é a menor variação que o ouvido humano pode perceber.

De acordo com Rossing (1990), o ouvido humano não é igualmente sensível para

todas as frequências, tendo mais sensibilidade à faixa entre 2kHz e 5 kHz, sendo

menos sensível à frequências extremamente baixas ou altas e que este evento é

mais suscetível para baixos NPS do que para altos. Com o aparecimento de

equipamentos eletrônicos de alta qualidade para a medição de NPS, foram

estabelecidas e introduzidas quatro (04) curvas de compensação nestes medidores.

34

O propósito foi o de melhor simular o comportamente do ouvido humano para

compensar as deficiências de sensibilidade das frequências dos sons.

Estas curvas de compensação (circuitos eletrônicos) são conhecidas e classificadas

como A, B, C e D, assim:

- O circuito “A” foi originalmente concebido para aproximar-se das curvas de igual

audibilidade para baixos NPS, próximo de 50 dB;

- O circuito “B” foi originalmente concebido para aproximar-se das curvas de igual

audibilidade para médios NPS, próximo de 75 dB;

- O circuito “C” foi originalmente concebido para aproximar-se das curvas de igual

audibilidade para altos NPS, próximo de 100 dB;

- O circuito “D” foi originalmente concebido para aproximar-se das curvas de igual

audibilidade para altíssimos NPS, próximo de 120 dB.

Atualmente, conforme Gerges (2000), o circuito “A” é o mais utilizado uma vez que

os circuitos “B” e “C” não tiveram boa aceitação por não obter boa correlação em

testes práticos e a “D” é muito específico, utilizado para ruídos em aeroportos. Na

Figura 2.2 pode ser verificada a diferença entre as curvas de ponderação.

Figura 2.2 Curvas de ponderação A, B, C e D. (Gerges, 2000)

35

O ouvido humano começa a perceber o som a uma determinada faixa de frequência

e este som pode começar a causar dor nos canais auditivos a partir de certo nível de

pressão sonora. A sensibilidade do ouvido humano em relação a diferentes

freqüências também varia e, por conseguinte, o volume ou intensidade do ruído são

normalmente medidos em decibéis com ponderação A, ou seja, em dB(A).

A intensidade de um ruído não constitui o único fator que determina a sua

periculosidade, pois a duração da exposição é também muito importante.

Considerando este fato, são empregues níveis médios de som ponderados em

função da sua duração. No caso do ruído no trabalho, esta duração é geralmente de

um dia de trabalho normalmente de 08 (oito) horas ou 12 (doze) horas para escalas

de turnos (NR-15).

Sabe-se que os danos causados à audição não dependem só do nível do ruído, mas

também de sua duração, como afirma Gerges (2000). E considerando que o

trabalhador nem sempre está sujeito a um ruído constante, mas possivelmente a

vários níveis de ruído e frequência durante um determinado tempo, é necessário

avaliar um valor único, que apresente o mesmo potencial de lesão auditiva. Este

valor único é denominado Nível Equivalente de Pressão Sonora (Leq), que segundo a

NBR 10152 é o nível que, na hipótese de poder ser mantido constante durante o

período de medição, acumularia a mesma quantidade de energia acústica que os

diversos níveis variáveis acumulam no mesmo período em dB.

O Leq pode ser calculado através da Equação 3:

36

∑=

=n

i

Li

nLeq

1

10101

log.10 (3)

Em que:

Li é o nível de pressão sonora, em dB(A)

n é o número total de leituras.

Deve-se considerar que nas medições de Leq feitas em dB(A), o valor

obtido será Leq(A).

De acordo com Neto (2007), o ruído é classificado pela Norma ISO 2204 (1973), em

relação ao seu NPS da seguinte forma:

a) Contínuo estacionário: ruído com variações de níveis desprezíveis durante o

período de observação;

b) Contínuo não estacionário: ruído cujo nível varia significativamente durante o

período de observação;

c) Contínuo flutuante: ruído cujo nível varia continuamente de um valor apreciável

durante o período de observação;

d) Ruído intermitente: ruído cujo nível cai ao valor de fundo (ruído de fundo) várias

vezes durante o período de observação, sendo o tempo em que permanece em

valor constante acima do valor da ordem de segundos ou mais, podendo, para fins

desta norma, ser assumido como contínuo;

e) Ruído de impacto: ruído que se apresenta em picos de energia acústica de

duração inferior a um segundo em intervalos superiores a um segundo.

Parei aqui

37

A NR-15, estabelece os limites de exposição a ruído contínuo ou intermitente,

conforme a Tabela 2.1, a seguir.

Tabela 2.1 – Limites de Tolerância para ruído contínuo ou intermitente (NR-15)

NPS dB (A)

Máxima exposição

diária permissível

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

98

100

102

104

105

106

108

110

112

114

115

08 horas

07 horas

06 horas

05 horas

04 horas e 30 minutos

04 horas

03 horas e 30 minutos

03 horas

02 horas e 30 minutos

02 horas e 15 minutos

02 horas

01 hora e 45 minutos

01 hora e 15 minutos

01 hora

45 minutos

35 minutos

30 minutos

25 minutos

20 minutos

15 minutos

10 minutos

08 minutos

07 minutos

Fonte:(NR-15).

Juntamente com o Leq(A), pode-se determinar a Dose de Ruído, que é um parâmetro

utilizado para quantificar a exposição ao ruído em determinado período, para uma

jornada de trabalho, em valores percentuais. Por exemplo, 85 dB por oito (8) horas

(100% DOSE = 85 dB(A) por 8 horas).

38

2.4 EFEITOS DO RUÍDO NO HOMEM

De acordo com WHO (1995), os efeitos do ruído no homem podem ser classificados

em diretos e indiretos. Os diretos são os que atingem diretamente as características

do sistema auditivo. Os indiretos (ou extra auditivos) podem atuar sobre outras

características humanas, mas não chegam a modificar as funções auditivas.

Inicialmente será estudado como o ruído atua principalmente no ouvido, que é o

órgão humano responsável pela audição e, para isto, é necessário entender seu

funcionamento e comportamento.

2.4.1 O OUVIDO HUMANO

Por conveniência de descrição e entendimento (Rossing, 1990), o ouvido é

usualmente dividido em três partes: ouvido externo, o ouvido médio e ouvido interno,

como pode ser visualizado na Figura 2.3.

Figura 2.3 Ouvido humano. (Andrade; Urtiga; Lima, 2008)

39

2.4.1.1 OUVIDO EXTERNO

O ouvido externo é formado pelo pavilhão auditivo, canal auditivo e o tímpano.

Conforme Gerges (2000) e Rossing (1990), o pavilhão auditivo tem a função de

captar e canalizar os sons para a o ouvido médio. O canal auditivo externo termina

numa delicada membrana tímpano (membrana que vibra), ao receber as ondas

sonoras.

2.4.1.2 OUVIDO MÉDIO

O ouvido médio (Gerges, 2000) é na verdade um amplificador sonoro que aumenta

as vibrações do tímpano. Dentro dele estão três ossículos articulados entre si, que

são: martelo, bigorna e estribo. O martelo então atua batendo na bigorna, que está

ligada ao estribo que por sua vez está ligado a uma membrana (na cóclea) chamada

janela oval. A cóclea, que possui forma espiral, é quem colhe esses movimentos. No

ouvido médio existe a trompa de Eustáquio, ligada à garganta e à boca para

equilibrar a pressão do ar, que é um sistema de defesa importante da audição.

2.4.1.3 OUVIDO INTERNO

Conforme Rossing (1990), o ouvido interno contém os canais de forma semicircular

e a cóclea. Os canais contribuem pouco o quase nada para a audição, mas são

necessários por conter os detectores de balanço (equilíbrio). A cóclea, com seu

formato espiral é a peça principal, pois contém todos os mecanismos para

transformação de variação da pressão nos impulsos neurais codificados.

40

2.4.2 MECANISMOS DE AUDIÇÃO

De acordo com Gerges (2000) e Rossing (1990), o aparelho auditivo capta vibrações

de ondas sonoras do ar (sons) e as transformam em impulsos nervosos que são

levados ao cérebro. Neste processo o canal auditivo leva o som ao tímpano, que

vibra ao receber as ondas sonoras, que são transferidas para o ouvido médio

fazendo vibrar três ossículos que ampliam e intensificam as vibrações, direcionando-

as ao ouvido interno. Este por sua vez, é um complexo sistema de canais

preenchidos por líquidos.

As vibrações do ouvido médio geram ondas de pressão fazendo com que este

líquido se mova estimulando os nervos sensitivos convertendo esses movimentos

em sinais elétricos, que são enviados ao cérebro através do nervo auditivo. A forma

como se percebe a direção do som se dá através do processo de correlação entre

os dois ouvidos, de modo que a diferença de tempo na captação do som entre o

ouvido esquerdo e o direito informa sobre a direção de chegada das ondas sonoras.

2.4.3 RUIDO E PERDA AUDITIVA

A exposição prolongada ao ruído traz conseqüências perigosas envolvendo o

aparelho auditivo, quando exposto a intensidade sonora significativas. Um dos

primeiros efeitos desta exposição é a perda auditiva na faixa de freqüência de 4 a 6

kHz (Gerges, 2000). Percebe-se o efeito quando acontece a sensação de captação

do ruído, mesmo após ter deixado o local ou desligado a fonte ruidosa. Esta

sensação é temporária e o nível original auditivo é restabelecido após algum tempo.

41

Porém se houver exposição ao ruído antes de restabelecido o aparelho auditivo,

essa perda auditiva pode ser tornar permanente e irreversível, por ter causado dano

às células nervosas do ouvido interno e, neste caso, a perda auditiva não será

necessariamente apenas na faixa de 4 a 6 kHz, mas em qualquer outra faixa de

freqüência.

Segundo Menezes Jr (2002), problemas auditivos podem ser de natureza orgânica –

em função da idade ou por problemas na formação do aparelho auditivo, ou então,

de natureza social, devido ao excesso de exposição ao ruído nas atividades de

trabalho ou aos elevados níveis de ruído das grandes cidades.

Russo (1999) afirmou que uma exposição contínua a um ruído superior a 85 dB(A)

pode causar perda permanente de audição, sendo que, acima desse nível, um

aumento de apenas 5 dB implica a redução pela metade do tempo permitido de

exposição ao ruído.

De acordo com Brasil (1998), define-se Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR)

as alterações dos limiares auditivos do tipo neurossensorial, decorrentes da exposição ocupacional sistemática a níveis de pressão sonora elevados. Esta tem como características principais a irreversibilidade e a progressão gradual com o tempo de exposição ao risco. A sua história natural mostra, inicialmente, o acometimento dos limiares auditivos em uma ou mais freqüências da faixa de 3.000 a 6.000 Hz. As demais freqüências poderão levar mais tempo para ser afetadas. Uma vez cessada a exposição, não haverá progressão da redução auditiva.

Existem também perdas auditivas causadas por envelhecimento das células,

principalmente nas altas freqüências, em função apenas da idade. É a chamada

presbiacusia (Rossing, 1990).

42

A Figura 2.4 ilustra o problema da presbiacusia, onde o nível de 0 dB representa a

audição plena.

Figura 2.4 Perda de audição por idade – Presbiacusia (Gerges, 2000)

2.4.4 CRITÉRIOS PARA PERDA AUDITIVA

A característica auditiva dos indivíduos adultos vem se modificando ao longo do

tempo, principalmente porque a população de um modo geral vem se expondo a

níveis cada vez maiores de pressão sonora, muitas vezes exposta de maneira

desnecessária por não conhecer as implicações desta exposição.

De acordo com Gerges (2000), são 05 (cinco) os critérios para perda auditiva. De

uma forma simplificada, são eles:

a) O ouvido humano tem como principal função ouvir e entender a conversa

humana.

b) Hoje se considera um limiar auditivo isto é, a pressão acústica mínima que o

ouvido humano pode detectar entre 20 e 25 dB normal. Índices maiores que

25 dB significam dificuldades em perceber os sons (valores médio nas

freqüências de 500Hz, 1kHz 2kHz).

43

c) Para a maioria da população a exposição sonora inferior a 80 dB(A) não afeta

a interpretação dos sons.

d) Exposição acima de 80 dB(A) e o tempo de duração do ruído pode causar

perdas na adição para indivíduos mais sensíveis a pressão sonora.

Gerges (2000) apresenta uma relação que mostra os Níveis de Pressão Sonora para

risco de perda de audição, como pode ser verificado na Figura 2.5. Pela figura, o

autor afirma que, um nível de 85 dB(A) na faixa de 3 kHz para 8 horas de exposição

por dia pode ser considerado como limite para perda de audição.

Figura 2.5 Níveis de pressão sonora para risco de perda de audição (Gerges, 2000)

2.4.5 RUÍDO E OS EFEITOS EXTRA-AUDITIVOS

Em sua tese de doutorado Petian (2008) afirma que tanto a Organização Mundial da

Saúde (OMS) quanto a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) reconhecem

que o ruído, além dos problemas auditivos, pode afetar o trabalho, o descanso, o

sono, a comunicação, causar reações psicológicas, alterações fisiológicas e até

patológicas.

44

Gerges (2000), afirma que a exposição prolongada afeta o indivíduo sob vários

aspectos, além da perda auditiva, causando distúrbios como: aumento da pressão

sanguínea, aceleração da pulsação e estreitamento dos vasos sanguíneos,

sobrecarga do coração, provocando alteração na secreção de hormônios e tensões

musculares, entre outros. Esses efeitos aparecem sob forma de comportamento,

alterando o desempenho dos indivíduos no trabalho e provocando também sua

ausência. Dentre esses efeitos está o nervosismo, a fadiga mental, o estresse, a

irritabilidade causada por dificuldades mentais e emocionais e conflitos sociais.

De acordo com WHO (1999), os efeitos não auditivos originados pela exposição à

ruído excessivo são vários. Claro que dependem da intensidade do ruído, da

frequência, duração, o tempo de exposição, etc.

São muitos os pesquisadores que estudam os efeitos extra-auditivos do ruído.

Alguns como Danni e Garavelli (2001) estudaram os principais impactos da poluição

sonora nos seres humanos, tais como fadiga, falta de concentração, perturbação do

sono, problemas cardiovasculares, entre outros. Rossing (1990) afirma que, entre

outros efeitos, podem acontecer espasmos musculares, dilatação da pupila,

secreção de saliva, desordens cardiovasculares, reflexos musculares, etc.

Na Figura 2.6 a seguir, estão apresentados os efeitos indiretos oriundos da

exposição ao ruído.

45

EFEITOS INDIRETOS OU NÃO AUDITIVOS

DE CURTA DURAÇÃO

- Sobressalto

- Dilatação das pupilas

- Vaso-constrição periférica

- Aceleração dos batimentos cardíacos

- Palpitação

- Alteração do ritmo respiratório

- Tensão muscular

DE LONGA DURAÇÃO

- Redução na capacidade de

concentração

- Perturbação do sono

- Interferência na comunicação

- Influência sobre o sistema endócrino

- Distúrbios gástricos

- Cefaléias

- Zumbidos

- Dores generalizadas

- Tonturas e náuseas

- Perturbação da atividade sexual

Figura 2.6 Efeitos do ruído (WHO, 2009).

2.4.6 NÍVEL DE INTERFERÊNCIA NA COMUNICAÇÃO VERBAL

Um dos primeiros indícios de ruído elevado num ambiente de trabalho é a

dificuldade para falar e ser entendido pelas pessoas. Segundo Gerges (2000), o

Nível de Interferência na Comunicação Verbal (NICV) pode determinar a qualidade

na comunicação verbal. As principais variáveis consideradas para a compreensão

da fala são o nível geral das vozes e a distância do emissor ao receptor.

O NICV é adquirido através da média dos níveis de pressão sonora nas bandas de

oitava centradas em 500, 1000, 2000 e 4000 Hz. As perturbações nas comunicações

e no trabalho intelectual ocorrem a partir dos 80 dB (A) e um ruído que ultrapassa a

46

80 dB(A) durante o período de oito horas pode ocasionar surdez. E uma das

conseqüências da exposição ao ruído ocupacional intenso nos ambientes industriais

é um aumento de acidentes.

Na Tabela 2.2 estão apresentadas as condições de uma inteligibilidade aceitável,

em função da distância e nível de voz necessária.

Tabela 2.2 Nível da voz em dB

Distância (m) Normal Alto Muito alto Grito

0,30

0,60

0,90

1,20

1,50

3,60

65

59

55

53

51

43

71

65

61

59

57

49

77

71

67

65

63

55

83

77

73

71

69

61

Fonte: Gerges (2000)

2.4.7 CURVAS E CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE RUÍDO

Entre as muitas normas e recomendações sobre índices e níveis de ruído para

vários tipos de ambientes, segundo Gerges (2000), as mais importantes são:

a) ISO (International Standard Organization) – R 1996 (1971) e R 1999 (1975);

b) BS (British Standard) – BS 4141 (1967);

c) NFS (Association Française de Normalization) – NFS 31-010 (1974);

d) ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) – NBR 10151 e 10152;

e) IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) – Resolução CONAMA 001 e

002 de 17 de agosto de 1990;

47

f) MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) – NR-9, NR-15, NR-17 e NHO 01

Deve-se salientar que as recomendações ISO R 1996, NBR 10151 ou CONAMA 001

são bem parecidas, com praticamente os mesmos critérios.

2.5 PROTETORES AUDITIVOS

Sempre que se desejar neutralizar a ação dos efeitos do ruído no corpo humano é

recomendável que sejam utilizadas medidas de proteção coletiva, pois desta

maneira se pode evitar qualquer tipo de perturbação direta do ruído no organismo do

ser humano.

Quando não for possível a adoção de medidas de proteção coletiva, então poderão

ser utilizados os equipamentos de proteção individual. O equipamento utilizado

neste caso são os protetores auditivos e o tipo de protetor a ser utilizado depende

das características fisiológicas e anatômicas do usuário, bem como o nível de

pressão sonora que o individuo está exposto.

A adoção das medidas de proteção coletiva é preferencial aos protetores auditivos,

pois estes últimos normalmente causam ao seu usuário, desconforto, dificuldade de

comunicação verbal e em certos casos infecções no ouvido causadas pela falta de

higienização e má utilização, principalmente os protetores tipo plug.

Em sua pesquisa, Riffel (2001) afirmou que, apesar da maioria dos fabricantes

anunciarem que seus produtos possuem um bom nível de atenuação de ruído, os

48

trabalhadores das empresas, só por estarem usando estes dispositivos, não

possuem garantia real de que os mesmos estão atingindo sua máxima atenuação.

Isto porque vários fatores podem alterar o desempenho desses protetores, sejam

eles de origem física, ergonômica, motivacional, utilização inadequada, tempo de

uso inferior ao necessário, etc.

2.5.1 TIPOS DE PROTETORES AUDITIVOS

Os protetores auditivos podem ser de tipos variados, porém, no mercado nacional e

internacional existem centenas de fabricantes diferentes. Para selecionar um tipo de

protetor é necessário levar em consideração o tipo de ambiente, o conforto que ele

oferece nível de atenuação em decibéis, custo, durabilidade etc.

Existem diversos tipos de protetores, desde os mais simples, aos mais sofisticados.

Nas indústrias e mesmo na construção civil, os protetores auditivos mais utilizados

estão mostrados na Figura 2.7.

Figura 2.7 Tipos mais comuns de protetores auditivos (Gerges, 2000)

49

A seguir, fotos de alguns tipos mais utilizados nas empresas:

Protetor tipo plug. Estes tipos de protetores feitos de silicone e são muito

utilizados devido ao seu custo baixo, fácil manuseio e dimensões pequenas. Estes

protetores normalmente permitem uma atenuação máxima de 20 dB, podendo variar

de fabricante para fabricante.

Figura 2.8 – Protetor auricular tipo plug

Protetor tipo concha. Normalmente são utilizados quando se deseja uma

atenuação maior na intensidade do ruído e chegam a reduzir o ruído em até cerca

de 40 decibéis. (Gerges, 2000)

Figura 2.9 – Protetor auditivo tipo concha

Protetores auto moldáveis. São de fácil manuseio e se adaptam com facilidade a

cavidade auricular, oferecem redução semelhante aos protetores tipo plug de

silicone (Gerges, 2000)

50

Figura 2.10 – Protetor auricular auto moldáveis (Fonte:http://www.twenga .com.br)

Protetor tipo concha adaptáveis a capacetes e máscaras. São utilizados quando

se é necessário uso em conjunto com capacetes ou máscaras em locais onde a

intensidade do ruído é muito alta (Gerges, 2000)

Figura 2.11 – Protetores auditivos adaptáveis

2.5.2 ATENUAÇÃO DO RUÍDO

Todo e qualquer protetor auditivo hoje produzido no país, que esteja dentro das

normas da ABNT e, portanto legal, possui um registro de sua atenuação média,

valor este que é obtido através de incessantes testes em laboratório. Riffel (2001),

montou uma tabela de atenuação média de protetores auditivos (Tabela 2.3), de

51

acordo com o tipo do mesmo. Mesmo assim, deve-se sempre salientar que, estes

valores foram obtidos em laboratório e que, em uso normal no trabalhador, os

valores podem variar, pois existem vários fatores que interferem em seu

desempenho, como explicado anteriormente.

Tabela 2.3 Atenuação média de protetores auditivos (Riffel, 2001). *Atenuação Média, com maior eficácia para freqüências médio-altas.

Tipo de Protetor Auditivo Atenuação Média do Ruído (dB)*

Inserção multiuso

(plug)

15 – 20

Inserção descartável

(auto moldáveis)

10 – 20

Concha 20 – 40

A resposta simples que as empresas sempre apresentam quando surge qualquer

pergunta sobre o problema do ruído excessivo à que estão submetidos seus

trabalhadores, é que elas fornecem o EPI adequado à cada caso e, portanto os

trabalhadores estão protegidos. Porém, essa não é uma verdade absoluta. Há

muitas controvérsias sobre esse assunto, mesmo que as empresas estejam dentro

do que exige o Ministério do Trabalho sobre o tema.

De acordo com Gerges (2009)

os trabalhadores no campo não conseguem obter alta atenuação dos protetores devido ao desconforto, remoção, tamanhos inadequados, ajustamentos impróprios, transpiração, incompatibilidade com o meio ambiente, uso com capacete, deterioração, modificação do protetor pelo usuário e dúvidas na importância e eficiência do protetor.

52

Chega-se à conclusão que, nem sempre a afirmação que se costuma dar que o

trabalhador usando o protetor auditivo está protegido integralmente contra a

influência maléfica do ruído excessivo é uma verdade absoluta. Depende de muitos

fatores, como já foi visto.

Também por entender assim, a partir da década de 90, o Ministério Público começou

a atuar também na área de segurança e higiene do trabalho e, através de denúncias

de sindicatos de trabalhadores, tem ido às empresas, exigindo laudos técnicos de

órgãos gabaritados para tal (empresas de consultoria) e, por fim, fazendo com que

as empresas tenham de empreender mais esforços em busca de soluções criativas

de engenharia em proteções coletivas para o problema do ruído.

A NR-06, estabelece que toda empresa tem a obrigação de fornecer o equipamento

de proteção individual sem nenhum custo adicional para seus funcionários, porém a

mesma deve antes estudar a adoção de medidas coletivas para evitar a

necessidade da utilização do EPI por parte dos trabalhadores, tendo em vista o

incomodo que estes equipamentos individuais tendem a causar.

Segundo ainda a NR-6, na impossibilidade ou na inviabilidade da adoção de

medidas de proteção coletivas a empresa deve fornecer ao trabalhador o EPI, porém

este deverá ter gravado o número do certificado de aprovação (CA) em caracteres

indeléveis e bem visível. O CA terá validade de dois (2) a cinco (5) anos após a sua

aprovação pelo Ministério do Trabalho e Emprego (homologação).

53

________________________________________CAPÍTULO 3

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 CONSTRUÇÃO DO GASODUTO CACIMBAS – BARRA DO RIACHO

Figura 3.1 – Foto aérea da linha de Gasoduto Cacimbas – Barra do Riacho (Google, 2009).

Como já foi mencionado, este gasoduto possui 77 km de extensão com duas linhas

de tubos de aço de 8 polegadas cada.

Em sua construção, o gasoduto passa por diversas etapas, como por exemplo, a

escolha do tipo de tubo a ser utilizado, a distribuição dos tubos nas fases, a

soldagem dos tubos na formação do duto, etc.

54

Pode-se resumir seu processo de construção, especialmente na montagem e

instalação das tubulações, propriamente dita, da seguinte forma:

- Distribuem-se os tubos no local onde deverá ser enterrado;

- Posicionam-se os tubos a aproximadamente 30 cm do solo sobre apoios de

sacos cheios de terra ou areia, isentos de pedras ou qualquer outro material

contundente, a fim de evitar danos ao seu revestimento e na posição correta

para montagem;

- Faz-se a soldagem dos tubos, realizada com máquina de solda diesel ou

elétrica;

- Após a soldagem e posterior verificação de possíveis problemas na mesma, o

local soldado sofre um processo de jateamento para retirar a oxidação que

surge na tubulação, devido exposição ao tempo que este tubo fica até a

chegada da equipe de revestimento.

- Após o jateamento, o local que sofreu a intervenção é novamente isolado com

material isolante de polietileno de tripla camada (revestimento), para evitar a

corrosão externa;

- Realiza-se a abertura das valas para o acondicionamento dos dutos;

- Faz-se o abaixamento dos dutos para dentro das valas;

- Realiza-se a operação de fechamento das valas;

- Por último, faz-se a recomposição da vegetação.

A seguir, as Figuras 3.2 a 3.10 ilustram a montagem e o posicionamento dos tubos

desde sua chegada ao local de instalação até o posicionamento final.

55

Figura 3.2 – Tubos após o descarregamento dos caminhões.

As Figuras 3.3 e 3.4 ilustram a preparação para o trabalho de soldagem e dois tubos

já soldados, esperando o início do trabalho de jateamento.

Figura 3.3 – Preparação para o trabalho soldagem.

56

Figura 3.4 – Tubos soldados.

Figura 3.5 – Preparação para o trabalho de jateamento.

Pode-se ver na Figura 3.5 a cabana, em material plástico amarelo, que é o local

exato onde se faz o jateamento, notando-se também que o veículo que transporta os

equipamentos de jateamento ruidosos fica estacionado a menos de 4 metros do

local de trabalho. A operação de jateamento pode ser vista na Figura 3.6.

57

Figura 3.6 – Tubos sendo jateados após a soldagem.

A Figura 3.7 ilustra os tubos já soldados e jateados, esperando o trabalho de

revestimento.

Figura 3.7 – Tubos soldados com o trabalho de jateamento já realizado.

A Figura 3.8 ilustra os tubos sendo revestido na parte soldada/jateada, com o

objetivo de proteção contra possível corrosão após enterrado.

58

Figura 3.8 – Trabalho de revestimento nos tubos soldados/jateados.

A Figura 3.9 representa o cuidado com os tubos, que ficam elevados por suportes de

madeira, mas, o contato se dá nos sacos de areia.

Figura 3.9 – Tubos em posição após a soldagem.

Após os tubos serem soldados, jateados e revestidos, é aberta uma vala no local

onde será enterrado, conforme ilustra a Figura 3.10.

59

Figura 3.10 – Abertura das valas para acondicionamento dos tubos.

Para a realização deste serviço, são necessárias duas equipes distintas de

profissionais, com seus respectivos equipamentos. São as equipes de soldagem e

de jateamento e, são os membros destas duas equipes que são o alvo principal

deste trabalho. A composição das equipes e seus respectivos equipamentos estão

listados nas Tabelas 3.1 e 3.2.

Tabela 3.1 – Equipe/equipamentos para operação de soldagem

EQUIPE DE SOLDAGEM EQUIPAMENTOS DA EQUIPE DE SOLDAGEM

�Encarregado;

�Inspetor de solda N1;

�Soldador;

�Lixador;

�Acoplador;

�Operador;

�Técnico/Aux. de Segurança;

�Ajudantes

�Escavadeira Hidráulica de Esteira;

�Trator Agrícola;

�Caminhão Munck;

�Máquina de Solda;

�Lixadeira;

60

Tabela 3.2 – Equipe/equipamentos para operação de jateamento

EQUIPE DE JATEAMENTO EQUIPAMENTOS DA EQUIPE DE JATEAMENTO

�Encarregado;

�Técnico em segurança do

trabalho;

�Técnico em meio ambiente;

�Inspetor de dutos N1;

�Apontador ;

�Jatista;

�Operador de compressor;

�Operador de maquinas;

�Revestidor;

�Motorista;

�Ajudantes

�Escavadeira de Esteira;

�Compressor de Ar Diesel;

�Equipamento de Jato para Granalha de Aço ou

Óxido de Alumínio;

�Trator Agrícola;

�Sistema de Ar Mandado para Jatista (Filtro e

Mangueiras);

3.2 - DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE SOLDAGEM E JATEAMENTO

Para a operação de soldagem, os tubos são alinhados para que sejam soldados nas

extremidades e, para isso, é necessário que as máquinas de soldagem sejam

transportadas ao longo do percurso. Durante este processo, os trabalhadores ficam

expostos aos ruídos emitidos pelo trator que transporta as máquinas, pelo ruído

emitido pela retroescavadeira que eleva os tubos e os alinha, pelas lixadeiras que

retificam os cordões de solda e pelas próprias máquinas de solda.

Após a soldagem do tubo na sua extremidade, que não possui revestimento, o

mesmo fica exposto a ação do oxigênio do ar causando sua oxidação. Surge então a

necessidade de retirar a oxidação através do jateamento e em seguida este tubo é

revestido com a manta para a proteção contra a corrosão. O ruído é gerado durante

a atividade de jateamento da parte oxidada, no momento em que o equipamento de

61

jateamento é ligado juntamente com o compressor (vaso de pressão) para projetar

as partículas sólidas (granalha de aço ou oxido de alumínio) contra a tubulação,

eliminando a oxidação superficial e deixando o tubo pronto para receber a manta

termocontrátil. Neste processo, a equipe fica exposta ao ruído emitido pelo

compressor, pela escavadeira, pelo trator agrícola que transporta todos os

equipamentos e pelo equipamento de jateamento propriamente dito.

3.3 – ESPECIFICAÇÕES DAS PRINCIPAIS FONTES EMISSORAS DE RUÍDO

A equipe de soldagem possui 04 (quatro) fontes principais emissoras de ruído, cujo

nome, características, função e NPS estão listadas na Tabela 3.3.

Tabela 3.3 – Especificação dos equipamentos utilizados na operação de soldagem

NOME CARACTERÍSTICAS FUNÇÃO

NPS em dB(A)*

(Em marcha lenta)

NPS em dB(A)*

(Em operação)

Escavadeira

Modelo: PC 160 Serie: B20477 Marca: KOMATSU Força máxima de tração: 15960kg Velocidade máxima: 5,5 km/h Nº de cilindros do motor: 4

Utilizada para levantar e abaixar a tubulação, de modo a colocá-la na posição correta para que o soldador possa efetuar a soldagem a uma altura adequada do solo.

83

93

Trator agrícola

Modelo: BM 120 Potencia: 120cv Velocidade máxima: 16,6 km/h Cap.. max. de levante olhal: 4760 kgf. Pressão max. sist. hidr.: 180 kgf/cm² Cap. max. do tanque de comb.: 180 l

O trator é a máquina que transporta todo o equipamento de solda e seus acessórios ao longo da linha de montagem..

85

90

Máquina de solda

Modelo: Trailblazer 302 Diesel Potencia: 10 KW Peso: 327 Kg Faixa de amperagem: 20 – 300 A Solda pelos processos: TIG, MIG, MAG, eletrodo revestido

Utilizada pelo soldador para efetuar os cordões de solda nos tubos.

89

99

Lixadeira

Modelo: BOSCH 114 Rotação max. sem carga: 12000 rpm Peso: 1,3 kg Potência: 550 wats

Após a soldagem ficam rebarbas e imperfeições nas tubulações, estas são removidas através do uso das lixadeiras.

86

101

* Níveis de ruído emitidos por equipamento individualmente, medidos a uma distância de um (1) metro do equipamento.

62

A equipe de jateamento possui 03 (três) fontes principais emissoras de ruído, cujo

nome, características, função e NPS estão listadas na Tabela 3.4.

Tabela 3.4 – Especificação dos equipamentos utilizados na operação de jateamento

NOME CARACTERÍSTICAS FUNÇÃO

NPS em dB(A)*

(Em marcha lenta)

NPS em dB(A)*

(Em operação)

Trator agricola

Modelo: BM 120 Potencia: 120cv Velocidade máxima: 16,6 km/h Cap.. max. de levante olhal: 4760 kgf Pressão max. sist. hidr.: 180 kgf/cm² Cap. max. tanque comb.: 180 l

O trator é a maquina que transporta todo o equipamento de jatear e seus acessórios ao longo da linha de montagem..

86

92

Compressor de ar

Modelo: XAI 360 ATLAS COPCO Pressão de trabalho: 102 Psi Pressão máxima de trabalho: 123 Psi Máxima temperatura de operação: 50 ºC

Utilizado na equipe para ejetar as partículas de óxido de alumínio contra a tubulação, efetuando assim, a limpeza da tubulação para que se possa realizar a operação de revestimento.

89

98

Equipamento de jatear

Modelo P 0560- 2 -7910 Pressão máxima de trabalho: 130 Psi Capacidade: 560 litros Bico Venturi: Ø =12,7 mm Nº de saídas: 2

Serve para direcionar as partículas de oxido de alumínio ou granalha de aço ao local da tubulação onde se deseja realizar a limpeza.

79

90

* Níveis de ruído emitidos por equipamento individualmente, medidos a uma distância de um (1) metro do equipamento.

3.4 LOCAIS DE MEDIÇÃO

Como o trajeto do gasoduto Cacimbas-Barra do Riacho é muito extenso, as

atividades pertinentes à sua construção mudavam constantemente de local,

tornando-se assim uma obra itinerante. Devido à mobilidade das equipes, as

medições de ruído nas fases das atividades de soldagem e jateamento não foram

realizadas sempre no mesmo local. As medições foram efetuadas conforme as

equipe se deslocavam ao longo do trecho.

63

Portanto, foram evitadas as medições naqueles trechos onde poderia ocorrer

interferência do meio externo na medição, como por exemplo em locais próximos

das rodovias, onde os veículos principalmente os de grande porte emitem um nível

de ruído significativo, em locais próximos de fábricas ou perto de atividades ruidosas

que poderiam influenciar diretamente nos valores dos níveis de pressão sonora

medidos. Desta forma, procurou-se avaliar os ruídos emitidos apenas e tão somente

pelos equipamentos específicos da atividade avaliada e sem a interferência de

fontes externas.

3.5 – PONTOS DE MEDIÇÃO

Os pontos exatos escolhidos para se realizarem as medições dos níveis de ruído

situam-se sempre próximos aos equipamentos ruidosos, mais especificamente onde

os funcionários realizam suas atividades e circulam com freqüência. A NHO 01 diz

que para questões de perda auditiva, o local da medição deverá ser próximo à zona

auditiva do funcionário, de preferência o microfone deverá ser fixado no ombro ou na

gola da camisa, porém no caso de conforto, as medições devem ser efetuadas a

uma distância de, no mínimo, um (1) m de quaisquer superfícies como paredes, teto,

piso e móveis.

As medições foram realizadas quando todos os equipamentos estavam ligados ao

mesmo tempo, que é a situação mais constante e preocupante, do ponto de vista do

ruído.

A Figura 3.11 mostra os pontos de medição junto à equipe de soldagem.

64

Figura 3.11 Pontos de medição junto à equipe de soldagem.

A Figura 3.12 mostra os pontos de medição junto à equipe de jateamento

Figura 3.12 Pontos de medição junto à equipe de jateamento.

Ponto de medição

Máquinas e equipamentos

geradores de ruído

Trator Agricola

Compressor Diesel

Vaso de Pressão

Equipamento de Jateamento

PONTOS DE MEDIÇÃO

PONTOS DE MEDIÇÃO

65

3.6 – EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA MEDIÇÃO

Os equipamentos utilizados neste trabalho para as medições de ruído foram:

a) Medidor de Nível de Som, modelo 2250, fabricante Bruel Kjaer – este modelo de

medidor é um instrumento de precisão, do tipo 1, significando que pode ser utilizado

tanto para medições em laboratório como para medições em campo. É utilizado para

medir nível de pressão sonora, Leq e outros tipos de medições de ruído. É conhecido

popularmente como decibelímetro. A Figura 3.13 mostra uma fotografia do Medidor

de Nível de Som - B&K 2250.

Figura 3.13 – Medidor de Nível de Som – B&K 2250.

b) Dosímetro, modelo DOS 500, fabricante Instrutherm – este equipamento é

utilizado para se medir a intensidade do ruído durante certo intervalo de tempo, ou

seja, ele determina o valor médio do ruído durante uma jornada de trabalho, já que

normalmente o ruído não se mantém constante todo tempo.

66

Figura 3.14 - Dosimetro DOS 500.

Através deste instrumento é que se determina a dose de ruído a qual o trabalhador

está sendo submetido durante sua jornada de trabalho.

De acordo com sua especificidade, o dosímetro DOS 500 é um equipamento portátil,

projetado para ser colocado no trabalhador quando se deseja determinar a influência

do ruído para efeitos de perda auditiva ou em um local qualquer onde se deseja

determinar o nível do ruído para efeito de incomodo no ambiente de trabalho. O

sensor (microfone) deve ser colocado o mais próximo possível do ouvido do

operador ou do trabalhador o qual está sendo alvo de avaliação (NHO 01).

A Figura 3.15 ilustra uma medição de nível de ruído através do dosímetro, que está

instalado num elemento da equipe de jateamento. O equipamento é preso na cintura

do trabalhador e o microfone fica localizado o mais próximo possível de seu ouvido,

para que a situação seja a mais realista possível.

67

Figura 3.15 Medição numa operação de jateamento.

A utilização do dosímetro numa operação de soldagem é mostrado pela Figura 3.16,

também utilizando o dosímetro.

Figura 3.16 Medição numa operação de soldagem.

A Figura 3.17 apresenta uma medição de nível de ruído sendo utilizado o medidor

de nível de som B&K 2250 na mão do responsável pela medição.

Dosímetro DOS 500

Equipamentos

geradores de ruido

Dosímetro DOS 500

68

Figura 3.17 Medição numa operação de jateamento.

3.7 MEDIÇÕES

Na execução do trabalho de campo, realizado de julho a outubro de 2009, foram

realizados diversos ensaios, com o intuito de se obter sinais que mais correspondem

ao ruído “original”, ou seja, ao ruído proveniente somente das atividades de

soldagem ou jateamento.

Todas as medições em que se teve dúvida de sua “originalidade”, ou seja, sinais

medidos que poderiam ter sido contaminados por ruído de fontes não constantes

dos equipamentos rotineiros das equipes (como por exemplo: ruído de veículo

estranho ou sirene de ambulância passando no local ou mesmo, sinal medido com

vento forte soprando frontalmente no microfone ou voz alta demais também perto do

microfone), foram descartadas.

Medidor de Nível de Som – BK 2250

69

Então, dentre as muitas medições realizadas para verificação de situação de

incômodo, foram escolhidas as oito (8) que mais refletiam com fidelidade o

problema. Destas oito (8) medições do ruído produzido nas operações de soldagem

e jateamento, 5 delas foram realizadas na operação de soldagem e 3 na operação

de jateamento. O tempo despendido em cada uma foi variável. Nestas medições

foram utilizados tanto o dosímetro quanto o medidor de nível de som (B&K 2250).

Conforme estabelece a NBR10152 e a NBR10151, todas as medições para

avaliação de conforto acústico devem ser realizadas durante cerca de pelo menos 5

minutos e, assim, as medições acima descritas foram realizadas. Neste sentido, o

intervalo entre as tomadas de sinal, em cada medição, foi configurado para um (1)

minuto. Assim, numa medição de 5 minutos eram tomados 5 sinais e numa de 45

minutos, 45 sinais distintos. O equipamento de medição fornece automaticamente,

como resultado, a dose de ruído equivalente para uma jornada de 8 horas (em

porcentagem) e o Leq(A). Os valores apresentados são o resultado da média

aritmética dos valores obtidos em pelo menos três posições distintas, no mínimo

afastadas entre si cerca de 0,5 m.

Os resultados destas medições foram comparados com os valores apresentados

pela NBR 10151, que determina os valores máximos que podem ser emitidos por

estabelecimentos de modo a não causar incomodo à comunidade (Anexo 4). Foram

também comparados com os valores estabelecidos pela NBR 10152, que estabelece

os níveis de ruído num recinto de edificações (Anexo 5) e, também, com os valores

da NR-17, destinada à atividades em ambientes laborais que requerem solicitação

intelectual.

70

Para tratar o problema da Perda Auditiva Induzida por Ruído, em atendimento aos

critérios adotados pela NR-15, foram realizados procedimentos de medição do nível

de pressão sonora, no qual o trabalhador fica exposto durante toda sua jornada de

trabalho, ou seja, em torno de 8 horas, medidos em Leq(A), que corresponde a média

das medições do ruído durante esta jornada. Estas medições foram realizadas

através do dosímetro.

E da mesma forma que as medições para avaliação de conforto acústico, o intervalo

configurado para as tomadas de sinal, em cada medição, foi de um (1) minuto.

Assim, numa medição de oito (8) horas, eram tomados 480 sinais distintos. Os

resultados foram comparados com os valores apresentados na tabela de limites de

tolerância para ruídos contínuos ou intermitentes da NR-15. Normalmente, para

efeitos trabalhistas, é emitido um laudo por profissional habilitado com emissão da

sua Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), conforme exemplo apresentado

no Anexo 2.

Para efeito de conhecimento do nível de pressão sonora que cada equipamento

individualmente emite, foram realizadas medições individuais de cada um

(constantes nas Tabelas 3.3 e 3.4), sem interferência de outra fonte.

3.8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS UTILIZADOS

Os equipamentos de proteção individual dos canais auditivos utilizados pelas

equipes de soldagem e jateamento são do tipo plug, marca Pomp, com certificado

71

de aprovação (CA) nº 5748 e, conforme indica o manual, possuem atenuação

nominal de 20 dB(A).

Mesmo assim, deve-se levar em consideração o trabalho realizado por Neto (2007),

afirmando que os protetores não correspondem exatamente ao nível de redução

com o especificado em seu certificado de aprovação (CA), podendo atenuar um

valor bem menor que os preditos em seus manuais de fabricação e também ao

trabalho de Araújo (2002), dizendo que os fatores causadores de surdez precoce em

trabalhadores de metalúrgicas, devido à perda auditiva induzida pelo ruído, são: o

elevado índice de ruído no ambiente da indústria e a não-utilização regular dos

protetores auriculares, sendo necessário realizar campanhas de esclarecimento e

motivação para o uso dos mesmos.

3.9 QUESTIONÁRIO APLICADO NOS TRABALHADORES

Foi aplicado um questionário, nos trabalhadores das duas equipes, com perguntas

específicas sobre quais seriam os principais problemas ou incômodos que o ruído

emitido pelas máquinas, em que os mesmos trabalham em sua atividade diária,

provocam. O objetivo principal do questionário (Anexo 1) era coletar dados para se

fazer uma analise da opinião dos trabalhadores quanto a situação, a perturbação, o

incômodo, o desconforto e os possíveis problemas auditivos causados pelo ruído no

ambiente laboral.

Apenas os trabalhadores que ficam expostos diretamente aos efeitos mais intensos

dos níveis de pressão sonora expressaram sua opinião pois, na equipe de soldagem

72

existiam trinta (30) trabalhadores, dos quais apenas vinte seis (26) estavam

diretamente expostos aos ruídos mais intensos e na de jateamento o total de trinta e

sete (37) trabalhadores, onde trinta e dois (32) estavam expostos aos ruídos mais

excessivos. Isto porque, nestas fases, por exemplo, o operador de escavadeira, fica

dentro de uma cabine isolada do ruído externo. Esta máquina é utilizada para erguer

os tubos, colocando-os na posição exata para que o soldador possa executar a

operação de soldagem, de tal forma que seria desnecessário uma avaliação dos

efeitos sofridos por este operador, uma vez que ele não fica diretamente exposto

aos níveis de ruído mais significativos.

Assim, o questionário foi aplicado à vinte dois (22) dos vinte e seis (26) funcionários

da equipe de soldagem e à vinte sete (27) dos trinta e dois (32) funcionários da

equipe de jateamento, equivalente à cerca de 84% de cada equipe diretamente

exposta ao ruído .

Com as respostas do questionário e de posse dos valores de ruído medidos, foi feita

uma avaliação da ocorrência ou não de problemas que podem acarretar incômodo

ou algum tipo de problema relacionado a saúde dos funcionários das atividades em

estudo.

73

_______________________________________CAPÍTULO 4

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 VALORES DAS MEDIÇÕES OBTIDAS

A Tabela 4.1 apresenta os resultados dos níveis equivalentes de pressão sonora

Leq(A) e o nível de pressão sonora máximo (NPS max) das medições realizadas nas

operações de soldagem e jateamento, para avaliação de conforto acústico. Os

valores dos níveis de ruído, medidos em dB(A), a cada minuto com seus respectivos

histogramas encontram-se no Anexo 3.

Tabela 4.1 – Resultados das medições dos ruídos realizadas nas atividades de soldagem e jateamento.

Atividade Nível Medido Leq(A) NPS max [dB(A)]

Soldagem 105,5 111,0

Soldagem 103,7 109,0

Soldagem 106,6 121,8

Soldagem 108,0 109,2

Soldagem 111,0 111,6

Jateamento 91,7 99,4

Jateamento 99,9 105,4

Jateamento 98,9 121,5

74

4.2 ANÁLISE DOS VALORES OBTIDOS

A Tabela 4.2 ilustra a diferença entre os valores medidos Leq(A) e os prescritos pelas

NBR 10151, NBR 10152 e NR-17.

Tabela 4.2 – Comparação entre valores medidos e valores prescritos pela NBR10151, NBR 10152 e NR-17.

A Figura 4.1 é a representação gráfica da Tabela 4.2, onde também foi inserido o

valor do NPS máximo medido.

Na comparação com a NBR 10151, no caso tomando como exemplo uma área

predominantemente industrial, por ser o nível de critério mais elevado, a diferença

situa-se entre 16,2 dB(A) (a menor) a 41,0 dB(A) (a maior). É uma diferença muito

Atividade

Leq(A)

NBR 10151 dB(A)

NBR 10152 NR-17

dB(A)

Diferença dB(A)

(NBR10151)

Diferença dB(A)

(NBR10152) / NR-17

Soldagem 105,5 70,0 65,0 35,5 40,5

Soldagem 103,7 70,0 65,0 33,7 38,7

Soldagem 106,6 70,0 65,0 36,6 41,6

Soldagem 108,0 70,0 65,0 16,2 21,2

Soldagem 111,0 70,0 65,0 41,0 46,0

Jateamento 91,7 70,0 65,0 21,7 26,7

Jateamento 99,9 70,0 65,0 29,9 34,9

Jateamento 98,9 70,0 65,0 28,8 33,8

75

grande, indicando que o nível de ruído à que os trabalhadores das equipes estão

sujeitos é prejudicial à saúde. Claro que todos usam os protetores auditivos mas,

sua saúde laboral pode ficar comprometida com o passar do tempo (Riffel, 2001).

60

70

80

90

100

110

120

130

1 2 3 4 5 6 7 8Medições

dB

(A)

Leq(A) NBR 10151 NBR 10152 NPS max

Figura 4.1 Representação gráfica da Tabela 4.2.

E em relação à NBR 10152, tomando-se como exemplo uma loja de eletrodoméstico

que estabelece o maior valor 65,0 dB(A) e com a NR-17, vê-se que a diferença

entre estes valores varia de 21,2 dB(A) (a menor) a 46,0 dB(A) (a maior). Pode-se

ver que as diferenças são ainda maiores, pois o parâmetro de comparação é menor.

Assim, vê-se que os níveis medidos estão todos fora dos prescritos pelas normas

comparadas, ou seja, todos os níveis medidos são bem maiores que os prescritos

nas normas de conforto acústico, NBR 10151, NBR 10152 e NR-17. Isso é, no

mínimo, preocupante.

Através da Figura 4.1, pode-se visualizar as diferenças entre os valores das normas,

o Leq(A) e os valores de NPS máximos medidos.

76

4.3 RESULTADOS DAS MEDIÇÕES E COMPARAÇÃO COM A NR-15

Sabe-se que ainda não existe uma norma que estabeleça valores para conforto

acústico nos ambientes de trabalho que não exijam solicitação intelectual. O que

existe é a NR-15 que estabelece valores para níveis de pressão sonora que podem

causar PAIR em ambientes laborais em função do tempo de exposição (Tabela 2.1).

A proposta principal deste trabalho não é um estudo da perda auditiva e sim o

estudo do transtorno e o incomodo causado aos trabalhadores de uma empresa de

construção/montagem de gasodutos, pelo ruído laboral durante sua jornada de

trabalho. Mas, apesar de não ser o foco principal, foi feita uma analise da exposição

dos trabalhadores com relação à perda auditiva.

A Tabela 4.3 apresenta os valores de Leq(A) obtidos nas cinco (5) medições de ruído

para PAIR, além do tempo de cada medição, o critério da NR-015 e a Dose

equivalente para oito(8) horas de trabalho.

Tabela 4.3 – Comparação entre os valores de Leq(A) medidos e prescritos pela NR-15

Atividade

Tempo de Medição (horas:min.)

Leq(A)

NR-15 dB(A)

Dose para 8

horas %

Soldagem 11:22 91,2 85,0 238,2

Soldagem 11:30 95,5 85,0 433,0

Jateamento 08:07 87,3 85,0 140,0

Soldagem 08:05 86,5 85,0 135,0

Jateamento 08:33 87,7 85,0 145,7

77

A Figura 4.2 é a representação gráfica da Tabela 4.3, para uma comparação com os

valores da NR-15.

80

85

90

95

100

1 2 3 4 5Medições

dB

(A)

Leq(A NR-15

Figura 4.2 Representação gráfica da Tabela 4.3.

Analisando a Figura 4.2, pode-se verificar que, para todas as medições, o valor de

Leq(A), está sempre acima do nível critério estabelecido pela NR-15, especialmente

para a medição 2 (atividade de soldagem) em que o valor está 10,0 dB(A) acima do

valor limite da NR-15, de forma que se não houver utilização de protetor auditivo por

parte dos funcionários que atuam em todas estas atividades, certamente ocorrerá

perda auditiva nos mesmos no decorrer do tempo.

4.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS E SUAS REPRESENTAÇÕES

GRÁFICAS

Foi realizado um tratamento estatístico dos dados provenientes das oito (08)

medições que melhor representam os valores dos ruídos emitidos para tratar a

questão do conforto acústico e, separadamente, um tratamento estatístico dos

dados das cinco (5) medições realizadas para tratar a questão da perda auditiva.

78

4.4.1 ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA CONFORTO ACÚSTICO

A Figura 4.3 representa graficamente os dados de NPS obtidos nas oito (8)

medições realizadas nos intervalos de tempo nos quais todos os equipamentos se

encontravam em funcionamento, juntamente com os valores estabelecidos pelas

normas NBR 10152, NBR 10151 e NR 17. Fica muito nítido que as linhas

representativas dos valores obtidos nas medições estão muito acima das linhas que

representam as normas para conforto acústico.

60

70

80

90

100

110

120

130

1 6 11 16 21 26 31 36 41 46Tempo [min]

NP

S [

dB

(A)]

medição 1 medição 2 medição 3 medição 4 medição 5 medição 6 medição 7 medição 8 NBR 10151 NBR 10152 / NR 17

Figura 4.3 Representação gráfica das medições.

Foram calculadas algumas medidas de tendência central e de posição, para uma

melhor avaliação da distribuição dos dados, conforme mostra a Tabela 4.4.

79

Tabela 4.4 Valores estatísticos dos dados medidos

Medição

1 Medição

2 Medição

3 Medição

4 Medição

5 Medição

6 Medição

7 Medição

8

Moda 101,8 96,5 106,3 107,9 111,2 91,4 98,1 95,5

Média 103,8 101,7 105,1 106,5 109,5 90,2 98,4 97,2

Mediana 102,1 103,7 105,7 107,9 111,1 91,9 100,9 95,5

Desvio Padrão 3,9 7,7 6,7 6,7 4,9 11,1 10,3 6,6

Q1 101,9 97,5 105,3 107,7 110,0 91,4 98,1 94,4

Q2 102,1 103,7 105,7 107,9 111,1 91,9 98,3 95,5

Q3 104,8 107,2 106,3 109,1 111,2 97,8 104,9 101,3

Valor min 92,2 67,9 70,9 83,2 86,6 67,9 73,6 75,4

Valor máx 111,0 109,0 121,5 109,8 111,6 99,4 105,4 121,8

Posição 70 dB(A) P1 P4 P3 P6 P4 P16 P12 P3

Posição 65 dB(A)

P1 P1 P1 P1 P1 P1 P1 P1

Após o cálculo dos parâmetros estatísticos de interesse, pode-se afirmar que:

Moda: Para cada medição foi obtido um valor diferente de moda, porém quando se

junta todos valores de ruído medidos, tem-se uma moda com valor de 101,5 dB(A),

sendo este portanto, o valor mais freqüente de todos os obtidos nas medições, ou

seja cerca de 32,0 dB(A) a mais que o valor de 70,0 dB(A) (nível critério) da NBR

10151 e cerca de 37,0 dB(A) a mais que o valor máximo (65,0 dB(A)) estabelecido

pela NBR 10152 / NR 17.

Mediana: Os valores das medianas, para cada medição independentemente, são

apresentados na Tabela 4.4, porém o valor da mediana, considerando todos os

valores obtidos, foi de 104,7 dB(A), indicando que 50% dos valores dos níveis de

80

ruídos medidos estão acima deste valor, cerca de 35,0 dB(A) a mais que o nível

critério estabelecido na NBR 10151 e cerca de 40,0 dB(A) a mais que o nível de

critério estabelecido na NBR 10152.

Quartis: Analisando os valores dos quartis, foi observado que 50% dos valores de

ruído emitidos nas atividades, ou seja metade dos valores medidos, estão em torno

de 95,0 e 105,0 dB(A), como ilustram os gráficos Box Plot da Figura 4.4.

Figura 4.4 Gráficos Box-Plot das medições de conforto acústico

Percentil: Falar em percentil só tem sentido quando se compara um valor a uma

posição e, estes valores foram 70 dB(A) e 65 dB(A). Verifica-se então que, para 70,0

dB(A), o percentil maior é P11, indicando que 89% dos níveis de ruído estão acima

deste nível critério. Agora, comparando o valor de 65,0 dB(A) o maior percentil é o

P1, indicando que 100% dos valores estão acima deste valor.

81

Tomando-se os dados de todas a medições e realizando-se uma distribuição de

frequência em 10 classes, verificou-se que esta se aproxima de uma distribuição

normal pois, como uma distribuição é considerada normal quando sua moda,

mediana e média são iguais e, empiricamente, quando cerca de 68% da área está a

um desvio padrão, cerca de 95% está a dois desvios padrão e cerca de 99,7% está

a 3 desvios padrão da média e, considerando que os valores da média, moda e

mediana estão bem próximos e, as áreas sob as curvas coincidem com os valores

empíricos (Tabela 4.5), esta distribuição pode ser considerada normal.

A Tabela 4.5 refere-se aos dados de todas as medições, mostrando alguns

parâmetros estatísticos da distribuição destes valores, além da porcentagens das

áreas tratadas pela regra empírica de uma distribuição normal e a Figura 4.5

representa o histograma desta distribuição de frequência, podendo-se visualizar uma

“aparente” normalização da curva.

Tabela 4.5 Valores estatísticos dos dados de todas as medições.

Moda Média Mediana Desvio Padrão Q1 Q2 Q3 Valor

min Valor máx

Posição 70 DB

A1 (68%)

A2 (95%)

A3 (99,7%)

101.8 101.5 104.7 8.7 97.8 104.7 107.6 67.9 121.8 P5 79,0 95,0 96,3

5 3 2 2

37

48

87

33

0 2

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Classes

Fre

qu

ênci

as

66-72 73-78 79-84 85-90 91-96

97-102 103-108 109-114 115-120 121-126

Figura 4.5 Histograma da distribuição de todos os dados das medições

82

4.4.2 ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA PAIR

Para se obter uma melhor visualização, foram traçados gráficos dos dados de NPS

das cinco (5) medições realizadas para análise de PAIR. As Figuras 4.6 a 4.11

representam os NPS das medições em intervalos de duas (2) horas cada, sendo que

são subsequentes. A integralização de todos os dados está representada na Figura

4.12. Aqui se pode observar que as curvas representativas dos valores obtidos nas

medições estão mesclados entre valores abaixo e acima do nível de critério pela

NR15.

(06:00 às 08:00)

60,0

65,0

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

105,0

110,0

115,0

120,0

125,0

130,0

6:00

6:05

6:10

6:15

6:20

6:25

6:30

6:35

6:40

6:45

6:50

6:55

7:00

7:05

7:10

7:15

7:20

7:25

7:30

7:35

7:40

7:45

7:50

7:55

8:00

Horas

dB

(A)

Jose luiz Ribeiro Rocha (Soldador) João da s ilva Moura (Lixador) Lindomar C. Fernandes (Operário Braçal) NR 15 Figura 4.6 Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 06:00 e 08:00 horas

(08:00 às 10:00)

60,0

65,0

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

105,0

110,0

115,0

120,0

125,0

130,0

8:00

8:05

8:10

8:15

8:20

8:25

8:30

8:35

8:40

8:45

8:50

8:55

9:00

9:05

9:10

9:15

9:20

9:25

9:30

9:35

9:40

9:45

9:50

9:55

10:0

0

Horas

dB

(A)

Jose luiz Ribeiro Rocha (Soldador) Edson Sales Candeias (Jatis ta) João da silva Moura (Lixador)

Reginaldo passos Pinto (Revestidor) Lindomar C. Fernandes (Operário Braçal) NR 15 Figura 4.7 Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 08:00 e 10:00 horas

(10:00 às 12:00)

60,0

65,0

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

105,0

110,0

115,0

120,0

125,0

130,0

10:0

0

10:0

5

10:1

0

10:1

5

10:2

0

10:2

5

10:3

0

10:3

5

10:4

0

10:4

5

10:5

0

10:5

5

11:0

0

11:0

5

11:1

0

11:1

5

11:2

0

11:2

5

11:3

0

11:3

5

11:4

0

11:4

5

11:5

0

11:5

5

12:0

0

Horas

dB

(A)

Jose luiz Ribeiro Rocha (Soldador) Edson Sales Candeias (Jatista) João da s ilva Moura (Lixador)

Reginaldo passos Pinto (Revestidor) Lindomar C. Fernandes (Operário Braçal) NR 15 Figura 4.8 Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 10:00 e 12:00 horas

83

(12:00 às 14:00)

60,0

65,0

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

105,0

110,0

115,0

120,0

125,0

130,0

12:0

0

12:0

5

12:1

0

12:1

5

12:2

0

12:2

5

12:3

0

12:3

5

12:4

0

12:4

5

12:5

0

12:5

5

13:0

0

13:0

5

13:1

0

13:1

5

13:2

0

13:2

5

13:3

0

13:3

5

13:4

0

13:4

5

13:5

0

13:5

5

14:0

0

Horasd

B(A

)

Jose luiz Ribeiro Rocha (Soldador) Edson Sales Candeias (Jatista) João da s ilva Moura (Lixador)

Reginaldo passos Pinto (Revestidor) Lindomar C. Fernandes (Operário Braçal) NR 15 Figura 4.9 Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre12:00 e 14:00 horas

(14:00 às 16:00)

60,0

65,0

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

105,0

110,0

115,0

120,0

125,0

130,0

14:0

0

14:0

5

14:1

0

14:1

5

14:2

0

14:2

5

14:3

0

14:3

5

14:4

0

14:4

5

14:5

0

14:5

5

15:0

0

15:0

5

15:1

0

15:1

5

15:2

0

15:2

5

15:3

0

15:3

5

15:4

0

15:4

5

15:5

0

15:5

5

16:0

0

Horas

dB

(A)

Jose luiz Ribeiro Rocha (Soldador) Edson Sales Candeias (Jatis ta) João da s ilva Moura (Lixador)

Reginaldo passos Pinto (Revestidor) Lindomar C. Fernandes (Operário Braçal) NR 15 Figura 4.10 Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 14:00 e 16:00 horas

(16:00 às 18:00)

60,0

65,0

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

105,0

110,0

115,0

120,0

125,0

130,0

16:0

0

16:0

5

16:1

0

16:1

5

16:2

0

16:2

5

16:3

0

16:3

5

16:4

0

16:4

5

16:5

0

16:5

5

17:0

0

17:0

5

17:1

0

17:1

5

17:2

0

17:2

5

17:3

0

17:3

5

17:4

0

17:4

5

17:5

0

17:5

5

18:0

0

Hora

dB

(A)

Jose luiz Ribeiro Rocha (Soldador) Edson Sales Candeias (Jatista) João da s ilva Moura (Lixador)

Reginaldo passos Pinto (Revestidor) NR 15 Figura 4.11 Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 16:00 e 18:00 horas

(08:00 às 18:00)

60,0

65,0

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

105,0

110,0

115,0

120,0

125,0

130,0

Hora

dB

(A)

Jose luiz Ribeiro Rocha (Soldador) João da silva Moura (Lixador) Reginaldo passos Pinto (Revestidor)

Lindomar C. Fernandes (Operário Braçal) Edson Sales Candeias (Jatista) NR 15 Figura 4.12 Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 06:00 e 18:00 horas

84

Aqui também foram calculadas medidas de tendência central e de posição, para

uma melhor avaliação da distribuição dos dados, conforme mostra a Tabela 4.6.

Tabela 4.6 Valores estatísticos dos dados medidos

Medição 1 Medição 2 Medição 3 Medição 4 Medição 5

Moda 67,9 67,9 67,9 67,9 67,9

Média 83,1 78,9 83,7 77,8 75,7

Mediana 84,2 76,4 78,2 70,9 67,9

Desvio Padrão 9,9 11,5 36,5 12,8 14,3

Q1 75,8 70,1 68,7 67,9 67,9

Q2 90,4 76,6 78,1 69,9 67,9

Q3 111,2 84,0 89,5 83,0 77,0

Valor min 67,9 67,9 67,9 67,9 67,9

Valor máx 111,2 121,0 113,6 110,8 120,6

Posição 85 dB(A)

P51 P78 P66 P76 P82

Após o cálculo destes parâmetros, pode-se afirmar que:

Moda: Para cada medição foi obtido o mesmo valor de moda = 67,9 dB(A), que no

caso também é o menor valor de NPS obtido. Isto ocorreu porque o dosímetro

estabelece como mínimo valor medido, o número 67,9 dB(A) e, mesmo que o NPS

emitido pelas máquinas e equipamentos das atividades seja menor, o dosímetro o

caracteriza como este valor. Mesmo tomando-se os dados de todas as cinco

medições juntas, o valor da moda não se altera e, assim pode-se afirmar que a

maior quantidade de NPS medido é igual ou abaixo de 67,9 dB(A), valor no mínimo

17,0 dB(A) menor que o nível de critério da NR-15.

Mediana: Os valores das medianas, para cada medição independentemente, são

apresentados na Tabela 4.6, porém o valor da mediana, considerando todos os

85

valores obtidos, foi de 76,3 dB(A), indicando que 50% dos valores dos níveis de

ruídos medidos estão acima deste valor, cerca de 9,0 dB(A) a menos que o nível

critério estabelecido na NR-15.

Quartis: Analisando os valores dos quartis, foi observado que 50% dos valores de

ruído emitidos nas atividades, ou seja metade dos valores medidos, estão em torno

de 70,0 a 85,0 dB(A), como ilustram os gráficos Box Plot da Figura 4.13.

Figura 4.13 Gráficos Box-Plot das medições de PAIR

86

Percentil: Sendo o valor de comparação 85 dB(A), verifica-se que para este valor

percentil maior é P82, indicando que 18% dos níveis de ruído estão acima deste nível

critério.

Finalmente, como cada medição possui, no mínimo, 480 dados de NPS, tomou-se

os dados de uma das cinco (5) medições com maior semelhança a uma distribuição

normal. Realizou-se uma distribuição de frequência em 12 classes e, através da

representação gráfica desta distribuição (Figura 4.14) visualiza-se esta afirmação.

Aqui, deve-se considerar que somente mediana e média são praticamente iguais. O

valor da moda é menor porque, como o Dosímetro avalia qualquer valor abaixo de

67,9 dB(A) como o próprio, este valor é o que mais aparece na distribuição,

mascarando o valor real da moda e, por isto, sua frequência foi excluída na

confecção do gráfico da Figura 4.14.

1

25

5059

71

9992

60

31

10 92

0

20

40

60

80

100

120

Classes

Fre

qu

ênci

a

mv - 67 68 - 71 72 - 75 76 - 79 80 - 83 84 - 87

88 - 91 92 - 95 96 - 99 100 - 103 104 - 107 108 - 111

Figura 4.14 Histograma da distribuição de medição para PAIR.

87

4.5 RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS

Após análise das perguntas e respostas mais relevantes do questionário mostrado

no Anexo 1, realizada com vinte dois (22) dos vinte seis (26) funcionários que ficam

expostos aos níveis de pressão sonora mais elevados na atividade de soldagem e

vinte sete (27) dos trinta e dois (32) funcionários que ficam expostos aos níveis de

pressão sonora mais elevados na equipe de jateamento, foi constatado que:

1- 95,5% na equipe de soldagem e 100% na equipe de jateamento responderam que

se sentem incomodados com o ruído na fase. Este índice de insatisfação demonstra

que existe realmente um problema para ser tratado ou pelo menos ser mitigado com

relação ao ruído proveniente da atividade.

2- 90,9% dos funcionários da equipe de soldagem e 85,2% da equipe de jateamento,

responderam que tiveram treinamento sobre Programa de Conservação Auditiva

(PCA). Levando-se em consideração que o PCA tem, dentre outras, a finalidade de

orientar quanto ao uso correto dos EPI e mostrar os efeitos do ruído no organismo

humano, o resultado acima mostra que os funcionários devem usar corretamente os

equipamentos de proteção auditiva e tem consciência da sua importância.

3- 86,4% dos funcionários da equipe de soldagem e 66,6% dos funcionários da

equipe de jateamento, responderam que não tem idéia de como solucionar o

problema do ruído. Isto mostra que os trabalhadores da equipe de jateamento

possuem um conhecimento técnico melhor dos equipamentos/máquinas de sua área

88

ou tem maior preocupação em solucionar o problema de ruído existente na sua

atividade do que os funcionários da equipe de soldagem.

4- 100% dos funcionários das duas equipes responderam que recebem protetor

auricular e que estes estão adequados para uso. Se todos os funcionários recebem

equipamento de proteção individual e recebem treinamento quanto ao seu uso

conforme o item 2, pode se concluir que dificilmente estes trabalhadores terão

problema auditivos devido a estas atividades a curto e a longo prazo.

5- 100% dos funcionários da equipe de soldagem e 88,8% da equipe de jateamento,

disseram que não gostam de usar o protetor. Este índice mostra que se o protetor

auricular reduz o ruído e o incômodo causado pelo ruído, ele também gera um

desconforto para o funcionário ao ter que fazer uso do mesmo.

6- Na equipe de soldagem, 36,4% dos trabalhadores dizem sentir algum tipo de

sensação auditiva após o trabalho. A cada três trabalhadores um (1) sente algum

efeito negativo do ruído temporariamente após a jornada de trabalho. Isto mostra

mais um tipo de problema gerado na execução da tarefa. Na equipe de jateamento

11,1% dos trabalhadores dizem sentir algum tipo de sensação auditiva após o

trabalho. Nesta atividade o número de funcionários que sente efeito negativo devido

o ruído temporariamente após a jornada de trabalho é inferior ao número de

funcionários da equipe de soldagem. Isto pode realmente ter certo sentido porque

nas medições foi constatado que o ruído gerado na atividade de soldagem é

realmente superior ao nível de ruído gerado na atividade de jateamento.

89

7- Apenas 4,5% dos trabalhadores da equipe de soldagem e 3,7% dos trabalhadores

da equipe de jateamento, dizem que tem problemas de convivência no lar com

respeito a perda auditiva. Este fato já era esperado tendo em vista a conclusão do

item 4, ou seja a atividade a principio, não tem demonstrado que os trabalhadores

têm perdas auditivas devido a exposição aos ruídos. Este pequeno número pode ser

causado por algum outro tipo de problema

O resumo das perguntas e os percentuais das suas respostas estão resumidas e

mostradas na Tabela 4.7.

Tabela 4.7 respostas dos questionários com as perguntas e respectivos percentuais.

Sentem incomodo causado

pelo ruído

Tiveram treinamento de PCA

Não sabem como

solucionar o problema

Recebem protetor auricular

Não gostam

de usar o protetor

Sentem sensação auditiva após o

trabalho

Tem problemas

de convivência

no lar devido ao

ruído

Pergunta 1 2 3 4 5 6 7

Soldagem 95,5 % 90,9 % 86,4% 100,0% 100,0% 36,4% 4,5%

Jateamento 100,0 % 85,2 % 66,6% 100,0% 88,8% 11,1% 3,7%

Na análise subjetiva do trabalho de Portela (2008), ele concluiu que 36% dos

motoristas de ônibus entrevistados, sentiam-se incomodados com o ruído dos

veículos que dirigiam. Pelos valores de ruídos emitidos pelas máquinas das

atividades de soldagem e jateamento que foram medidos, neste trabalho obteve-se

um valor de 101 dB(A) para a lixadeira e um Leq(A) de 111,0 dB(A) em uma das

medições na equipe de soldagem (o maior valor encontrado). Ainda no trabalho de

Portela (2008), ele analisou o ruído emitido em cerca de oitenta (80) ônibus e obteve

um Leq(A) máximo de 84,5 dB(A), valor bem abaixo do encontrado na atividade de

90

soldagem, portanto fica evidente um resultado, através da analise subjetiva, com o

percentual de quase 100% dos trabalhadores se sentirem incomodados nas

atividades de soldagem e jateamento.

91

________________________________________CAPÍTULO 5

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1 CONCLUSÕES

Este estudo analisou o incomodo sofrido por funcionários da empresa Encalso

Construções LTDA, que trabalham na instalação do gasoduto que liga a UTGC

(Unidade de Tratamento de Gás Cacimbas) do município de Linhares ao TABR

(Terminal Aquaviário Barra do Riacho) em Aracruz, ES, em relação ao nível de ruído

que os mesmos estão expostos.

Foram selecionados apenas trabalhadores das atividades que geram mais ruído,

como os das atividades de soldagem e de jateamento. A legislação brasileira,

especificamente a Lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977, portaria nº 3.214 de 08

de junho de 1978 NR–17 item 17.5.2 e item 17.5.2.1, relata que os níveis de ruído

não devem ultrapassar 65 dB(A), assim como, a NBR 10152 e NBR 10151 que os

níveis de ruído não devem ultrapassar 65 dB(A) e 70 dB(A), respectivamente, para

atividades que exigem solicitação intelectual e conforto.

O estudo mostrou que os níveis de ruído ultrapassam em muito os valores

estabelecidos nas normas, porém as atividades do estudo deste trabalho não se

enquadram nas questões de conforto e solicitação intelectual. Contudo, foi detectado

que os trabalhadores se mostram incomodados e, conforme afirma Petian (2008),

tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto a Organização Pan-americana

da Saúde (OPAS) reconhecem que o ruído, além dos problemas auditivos, pode

92

afetar o trabalho, o descanso, o sono, a comunicação, causar reações psicológicas,

alterações fisiológicas e até patológicas e ainda, na mesma linha de raciocínio

Gerges (2000), afirma que a exposição prolongada afeta o indivíduo sob vários

aspectos, além da perda auditiva, causando distúrbios como: aumento da pressão

sanguínea, aceleração da pulsação e estreitamento dos vasos sanguíneos,

sobrecarga do coração, provocando alteração na secreção de hormônios e tensões

musculares, entre outros. Analisando deste ponto de vista fica evidente que é

necessária a tomada de medidas paliativas ou mitigadoras para tratar o problema.

De acordo com as medições, pode ser verificado que os níveis de ruído são

bastante elevados chegando a valores de pico de 121 dB(A), na atividade de

soldagem, com média em torno de 107 dB(A). Já na atividade de jateamento, o

maior valor medido foi de 121,5 dB(A), com média em torno de 97 dB(A). Vale

ressaltar, mais uma vez, que estes valores não são os valores médios dos níveis de

pressão sonora durante toda a jornada diária do trabalhador, de forma que estes não

se aplicam para questão de perda auditiva induzida por ruído e sim foram os valores

médios apenas durante certo intervalo de tempo da jornada de trabalho, ou seja,

somente naqueles momentos em que todos os equipamentos estavam ligados ao

mesmo tempo.

Para efeito de desconforto, mesmo que as atividades não sejam para tarefas

intelectuais, a avaliação das respostas do questionário mostrou que os

trabalhadores sentem um incomodo causado tanto pelo ruído, que dificulta a

comunicação verbal, como mencionado por Gerges (2000) ao tratar do Nível de

Interferência na Comunicação Verbal (NICV), que determina a qualidade na

93

comunicação verbal e ainda pela necessidade de usar os protetores auriculares que

também gera desconforto e insatisfação por ser obrigatório o seu uso. Isso já era

esperado, pois a literatura estudada para este trabalho frisa muito este tipo de

reclamação.

Na equipe de soldagem, os equipamentos que mais contribuem para a alta

intensidade de ruído são as lixadeiras, com 101 dB(A), e as máquinas de solda, com

99 dB (A). Estas máquinas por sua vez podem ser enclausuradas o que não

acontece com os tratores que as transportam e com as lixadeiras utilizadas para

realizar retirada de excesso de material depositado pela solda na tubulação.

Na equipe de jateamento o compressor de ar a diesel é a máquina que produz maior

nível de ruído, com 98 dB(A) e, como é afirmado por Gerges (2000) e Nepomuceno

(1976), que a eficácia do enclausuramento numa máquina ruidosa é grande,

portanto tanto esta como também outras máquinas utilizadas pelas equipes

deveriam ser objeto de estudo para implantação de enclausuramento para

diminuição do ruído irradiado.

Um ponto positivo é que estas atividades são realizadas em área aberta, o que

permite a dispersão do som pois, segundo Gerges (2000), o NPS cai 6 dB a cada

dobro da distância. Há também o fato da obra ser itinerante onde os serviços são

realizados quase sempre em áreas rurais, permitindo que o trabalhador, a cada dia,

trabalhe em local diferente evitando a monotonia no ambiente laboral e

conseqüentemente o estresse.

94

Um fator que pode aumentar o desconforto é que a incidência direta dos raios

solares nos trabalhadores, apesar de utilizarem uniformes de mangas longas, gera

um aquecimento maior do organismo aumentando a sudorese principalmente nos

locais de contato do protetor auricular com o rosto do funcionário.

Analisando agora sob o ponto de vista da legislação, a NBR 10152 estabelece um

limite máximo de 65 dB(A) para conforto de recintos internos de edificações (Tabela

4.1), a NR-17 estabelece o mesmo valor de 65 dB(A) para atividades que exigem

atividade intelectual e a NBR 10151 estabelece um limite máximo de 70 dB(A) para

conforto de comunidades de áreas industriais (Tabela 4.2). Tendo em vista que os

valores determinados em campo foram em torno de 107 dB(A), pode-se constatar

que para a questão de conforto, o ruído emitido por estas atividades está muito

acima dos padrões exigidos em lei, mesmo que a atividade não seja para fins de

concentração ou descanso.

Finalmente, analisando a questão da PAIR, como a NR-15 estabelece para

operações insalubres o valor de 85 dB(A) para uma jornada de trabalho de 08 (oito)

horas, o ruído de ambas as atividades mostrou-se dentro dos padrões da legislação,

conforme foi verificado pelas medições a análises, como também pela conclusão do

laudo técnico do Anexo 2, mas, mesmo assim, não se pode desprezar as

conclusões de Riffel (2001), Neto (2007) e Dias et al. (2006) em relação às suas

pesquisas sobre os protetores auditivos, a falta de eficácia real na atenuação do

ruído e os problemas causados pela perda auditiva.

95

5.2 RECOMENDAÇÕES DAS MEDIDAS ALTERNATIVAS PARA REDUÇÃO DE

RUÍDO

Algumas sugestões de medidas alternativas podem ser destacadas:

1) A utilização de equipamentos de solda que emitam menos ruído;

2) A utilização de equipamentos mais novos, tanto na atividade de soldagem como

na de jateamento, tais como tratores e lixadeiras que emitam menos ruído, etc.;

3) A utilização de anteparos com painéis absorvedores de ruído nas laterais das

carrocerias que transportam os equipamentos de solda e de ar mandado para o

jateamento;

4) Cabos de solda , cabo elétrico, mangueiras, etc., todos com maior comprimento,

para que os equipamentos possam ficar o mais longe possível da equipe de

trabalho.

5) O enclausuramento das máquinas e equipamentos mais ruidosos, tais como o

motor diesel, o compressor, etc.

6) Mesmo com o alto índice de conscientização do uso do protetor auditivo, devem

ser realizadas campanhas permanentes de educação ambiental, especificamente

sobre os problemas que o ruído excessivo causado no ser humano.

96

5.3 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como sugestão para futuros trabalhos nesta área, pode-se destacar:

1) A avaliação e consequentemente determinação da potência sonora de cada

equipamento, comparando com o valor fornecido pelo fabricante do

equipamento;

2) Uma revisão teórica dos fatores que mais influenciam a perda da audição em

relação à exposição excessiva ao ruído;

3) Um estudo da influência de tipos alternativos de anteparos de

enclausuramento na sensação de operação ruidosa pelos trabalhadores do

setor, através de colocação de diversos tipos de anteparos equipados com os

mais conhecidos materiais absorventes de ruído existentes.

4) Um estudo da redução do nível de ruído após a adoção do enclausuramento

de máquinas e equipamentos, tais como o motor diesel e o compressor do

jateamento.

97

_____________________________REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, E.C.; URTIGA, D.C.; LIMA, F.M.R. Biofísica da Visão e da Audição. 2008. Disponível em:http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia /variedades/biofisica_visao/biofisica_visao.htm. Acesso em 19 de setembro de 2009. ANP- AGENCIA NACIONAL DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL e BIOCOMBUSTÍVEIS, Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível, 2009. Disponível em: http://www.petrobras.com.br/. Acesso em: 20 de setembro de 2009. AREZES, P. M. F. M. Percepção do Risco de Exposição Ocupacional ao Ruído Tese (Doutorado) - Departamento de Produção e Sistemas Escola de Engenharia da Universidade do Minho, Portugal - Setembro de 2002. ARAÚJO, S. A. Noise Induced Hearing Loss in Metallurgical Workers. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. vol.68 no.1. São Paulo. Maio 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 10.151:2000. Acústica – Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas Visando o Conforto da Comunidade – Procedimento. ABNT, Rio de Janeiro: 2000. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 10.152:1987. Acústica – Avaliação do Ruído Ambiente em Recintos de Edificação Visando o Conforto dos Usuários – Procedimento. ABNT, Rio de Janeiro: 1987. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Atenção à Saúde - Departamento de Ações Programáticas Estratégicas Série A. Normas e Manuais Técnicos - Perda Auditiva induzida por Ruído (Pair). Brasília – DF: 1998. BRISTISH STANDARD 4141: Method of Measurement of Attenuation of Hearing Protectors at Threshold, Bristish Standard Institution, London. 1967 BRUEL & KJAER. Sound and Vibration Master Catalogue. 2002. DANI, Adolfo; GARAVELLI, Sérgio Luiz. Principais Efeitos da Poluição Sonora em Seres Humanos. Revista Universa, 2001.

98

DIAS A. et al. Association between Noise-Induced Hearing Loss and Tinnitus, Cadernos de Saúde Pública, vol.22 no.1, Rio de Janeiro, 2006 .

DINIZ, F. B. Impacto Ambiental das Emissões Sonoras de Subestações de Energia Elétrica na Cidade de Curitiba. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Paraná Curitiba, 2003. DAMASCENO. F. A. et al. Avaliação do Nível de Ruído Produzido por Caminhões de Ração no Município de Itaberaí (Go). Revista Ciências do Ambiente On-Line. Agosto, 2008. Volume 4, Número 1. Disponível em: http://sistemas.ib.unicamp.br/be310/index.php. Acesso em: 20 de setembro 2009. FLEIG, R. Perda Auditiva Induzida por Ruído em Motoristas de Caminhão de Lixo Urbano. Dissertação (Mestrado) em Engenharia de Produção Florianópolis, 2004. GERGES, S. N. Y. Ruído: Fundamentos e Controle. Florianópolis: 2000. GERGES, S. N. Y. Protetores Auditivos. [on-line] Disponível em http://audiolist. org/forum/viewtopic.php?p=389#. Acesso em: 21de outubro de 2009. GOOGLE, Disponível em http://earth.google.com/. Acesso em: 21de outubro de 2009 GUZMAN, M. B. Ruído e Incômodo em uma População de Bombeiros do Município de Santo André – São Paulo. Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – São Paulo, 2007. MACEDO, Marta Ribeiro Vale. Avaliação Pós-Ocupacional Acústica: um Instrumento de Apoio ao Planejamento e Gestão Ambiental na Circuvizinhança de Pequenos Aeroportos. Dissertação de D.Sc., COPEE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Dez 2004. MACEDO, M. R. V.; SLAMA, J.; VIDAL, M. C. Diagnóstico Ambiental Sonoro nas Áreas Vizinhas ao Aeroporto de Jacrepaguá: Uma Abordagem das Relações entre o Ambiente Sonoro e o Comportamento dos Habitantes Locais baseada na Lógica "Fuzzy". In: V Congresso Iberoamericano de Acústica, 2006, Santiago do Chile. Anais do V Congresso Iberoamericano de Acústica, 2006. MENEZES JR, C. T. Ambiente Sonoro em Canteiro de Obra da Construção Civil. Estudo de Caso: Maringá – PR. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina - Florianópolis, outubro de 2002.

99

MENEZES, C. L. Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente: a Experiência de Curitiba. Campinas: Papirus, 1996. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO – MTE. NHO 01 – Norma de Higiene Ocupacional – Procedimento Técnico – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído.FUNDACENTRO, São Paulo: 2001. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO – MTE. NR-9 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais. [on-line] Disponível em: http://www.mtb.gov.br/. Acesso em: 20 de setembro de 2009. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO – MTE. NR-4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. [on-line] Disponível em: http://www.mtb.gov.br/. Acesso em: 20 de setembro de 2009. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO – MTE. NR-15 – Atividades de Operações Insalubres. [on-line] Disponível em: http://www.mtb.gov.br/. Acesso em: 15 de setembro de 2009. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO – MTE. NR-6 – Equipamentos de Proteção Individual. [on-line] Disponível em: http://www.mtb.gov.br/. Acesso em: 20 de setembro de 2009. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO – MTE. NR-17 – Ergonomia. [on-line] Disponível em: http://www.mtb.gov.br/. Acesso em: 18 de julho de 2009. NARDI, S. L. V. Mapeamento Sonoro em Ambiente Urbano Estudo de Casos: Área Central de Florianópolis. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, 2008. NEPOMUCENO, L. X. Acústica. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1976. NETO, N. A. Verificação dos Níveis de Atenuação de Protetores Auriculares do tipo Concha, utilizando Microfone Sonda. Dissertação (Mestrado) Universidade Estadual Paulistana, Bauru, 2007. NORMA ISO 2204. Guide to the Measurement of Airborne Acoustical Noise and Evaluation of its Effects on Man". 1973.

100

PETIAN, A. Incômodo em Relação ao Ruído Urbano entre Trabalhadores de Estabelecimentos Comerciais no Município de São Paulo. Tese (Doutorado) Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. PORTELA, B. S. Análise da Exposição Ocupacional ao Ruído em Motoristas de Ônibus Urbanos: Avaliações Objetivas e Subjetivas. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Paraná – CURITIBA, 2008. QUADROS, F. S. Avaliação do Ruído Ambiental Gerado por Veículo de Utilidade Pública Estudo de Caso: Caminhão de Coleta de Resíduos Domiciliar, Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2004. RIFFEL, G. Desenvolvimento de Um Sistema para Medição e Avaliação da Atenuação dos Protetores Auditivos: Estudo de Caso Comparativo em Laboratório e em Campo Tese (Doutorado), Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis/SC, 2001. ROSSING, T. D., The Science of Sound, Second Edition, New York, Addison-Wesley Publishing Company, 1990. RUSSO, I. C. P. Acústica e Psicoacústica Aplicadas a Fonoaudiologia. 1ªEdição. São Paulo. Editora Lovise, 1999. WHO, World Health Organization. Noise. Environmental Health Criteria 12. Geneva, 1999. [on-line] Disponível em: http://www.who.int/. Acesso em: 21 de setembro 2009. WHO, World Health Organization. Communite Noise. Stockholm, Center for Sensory Research, p.195. 1995. WHO, World Health Organization. Night Noise Guidelines for Europe. Copenhagen, Denmark. 2009. [on-line] Disponível em: http://www.who.int/. Acesso em: 28 de setembro 2009.

101

__________________________________________ ANEXOS

ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO REALIZADO

QUESTIONÁRIO

Nome:__________________________________________________Idade:_______

Função:_____________________________________________________________

Atividade que trabalha _________________________________________________

1- Em que grau o ruído causa incômodo no seu trabalho:

( ) Não causa incômodo ( ) Pouco ( ) moderado ( ) muito

2-Você teve algum tipo de treinamento sobre conservação auditiva?

( ) Sim ( ) Não

3-Voce tem alguma sugestão para melhorar o ruído no seu local de trabalho?

( ) Sim ( ) Não

Caso positivo qual?____________________________________________________

4- A empresa fornece protetor auricular adequadamente?

( ) Sim ( ) Não

5- Foi explicado como usar corretamente o protetor auricular?

( ) Sim ( ) não

6- Com relação ao protetor auricular. Marque quantas alternativas quiser.

( ) Você usa porque é obrigado.

( ) Uso porque gosto

( ) Uso algumas vezes durante o trabalho

( ) Uso sempre que estou exposto aos ruídos da atividade

( ) Uso mas me sinto um pouco incomodado

( ) Uso mas me sinto um muito incomodado

( ) Não faço uso do protetor auricular

( ) O uso do protetor é indiferente

7- Há quanto tempo você trabalha nesse tipo de

atividade?__________________________________________________________

102

8- Qual a sensação auditiva após o trabalho?

( ) Nenhuma ( ) Zumbido ( ) Nervosismo/ Irritação

( ) Dor de Cabeça ( ) Pressão no Ouvido

( ) Cansaço ( ) Tontura ( ) Outros: Especificar _______________________________

9- Que horário do dia o ruído incomoda mais?

( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Mesmo incomodo pela Manhã e Tarde

10- Na sua casa você liga o volume do som em nível mais alto que seus familiares?

( ) Sim ( ) Não

11- Eles reclamam que você não os escuta?

( ) Sim ( ) Não

12- Quando você escuta algum tipo de som as pessoas pedem para você baixar o

volume? ( ) Sim ( ) Não

13- Alguma vez teve infecção ou dor no ouvido?

( ) Sim ( ) Não

14- Já fez algum exame audiométrico?

( ) Sim ( ) Não

15- Você já teve comprometimento de voz?

( ) Sim ( ) Não

16- Você tem algum problema vocal?

( ) Coceira ( ) Perda de voz ( ) Dor de garganta ( ) Rouquidão ( ) Pressão na

garganta

( ) Pigarro ( ) Nenhum ( ) Outros: especificar _______________________________

17- Os problemas ocorrem:

( ) Durante o serviço ( ) Após o serviço ( ) Durante e após

18- Você já teve alguma avaliação de um fonoaudiólogo?

( ) Sim ( ) Não

Em caso de positivo foi constatado alguma irregularidade na sua voz?

( ) Sim ( ) Não

Em caso de positivo quais recomendações foram dadas:______________________

19- As noites que você não trabalha durante o dia são mais tranqüilas?

( ) Sim ( ) Não ( ) são iguais

__________________________________________

Assinatura

103

ANEXO 2 – LAUDO TÉCNICO DE INSALUBRIDADE

LAUDO TÉCNICO DE DOSIMETRIA Norma do INSS para confecção de LTCAT

(Laudo Técnico das Condições no Ambiente de Trabalho) ATIVIDADE: Soldagem FUNÇÃO: Soldador DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: Executa operações de solda em estruturas

metálicas, regulando a amperagem e voltagem da máquina de solda, escolhendo

eletrodo adequado, fixando-o no alicate e iniciando a operação de solda com

eletrodo revestido ou TIG (tungstênio inert gás) propriamente dita, através de

aplicações sucessivas do eletrodo contra o material até obter uma camada

uniforme e compacta de solda. Faz inspeção visual e testa com martelo próprio,

para constatar a perfeita penetração da solda durante sua aplicação; corta chapas

e peças em geral, aplicando a chama do maçarico na linha de corte do material até

obter sua perfuração. Auxilia os armadores nos trabalhos de montagem e/ou

instalação destes componentes. Limpa superfícies soldadas no decorrer da

operação e para dar acabamento final no serviço. Remove respingos e excesso de

solda com talhadeira, escova de aço e lixadeira.

RESULTADO OBTIDOS: DOSÍMETRIA DE RUIDO

DATA INÍCIO TEMPO DE AVALIAÇÃO

LAVG dB (A) DOSE PARA 8

HORAS -% 15/09/09 07:37 h 09:08 h 89,94 220,0

TIPO DE EXPOSIÇÃO

( X) Habitual ( X) Permanente ( ) Eventual ( ) Intermitente

MEDIDA DE CONTROLE ESPECÍFICA ADOTADA

Treinamento de Segurança;

Exames Médicos.

Manutenção preventiva e corretiva

Uso de protetor auricular

104

CONCLUSÃO

Conforme anexo 1 da NR da portaria 3.214/78, o nível de ruído foi superior ao

limite de tolerância 89,94 dB(A). No entanto a empresa adota medidas de controle

individual para atividade através da utilização dos protetores auriculares, possuindo

cada atenuação especifica de 13 dB (A) e 17 dB ( a ) ( NRRsf). Com a utilização

efetiva do protetor, o nível de pressão sonora cai para 76,94 dB (A) e 72,94 dB (A)

respectivamente, significa que esse trabalhador realiza sua atividade devidamente

protegido. No dia da avaliação o funcionário estava devidamente protegido com o

protetor auricular tipo concha cujo fabricante é a Agena - Indústria de Equipamento

de Proteção Individual, com CA nº269 NRRsf 13 dB (A), Salientamos que, nesta

função é obrigado o uso continuo do protetor auricular com NRRsf igual ou superior

a 5 dB (A) para que a atividade permaneça SALUBRE.

___________________________________________________________

Rogério Suzano Vieira

Engenheiro de Segurança do Trabalho

CREA 6521-D

105

ANEXO 3 – REGISTRO DAS MEDIÇÕES DE RUÍDO NAS OPERAÇÕES DE

JATEAMENTO E SOLDAGEM.

Medição 1

Atividade

Data da medição

Valor Max. (dBA)

Local (Km)

Nível de Critério

(dBA)

Hora de

início

(h)

Hora de

finalização

(h)

Dose P/ 08:00h

Leq(A)

dB(A)

Soldagem 17/07/2009 111,0 42 85 15:49 16:14 104,2 105,5

RESULTADOS DAS MEDIÇÕES

EMPRESA: Encalso Construções Ltda. Registros Data Hora dBA " "1 2009/07/17 15:49:30,0 92.2 " "2 2009/07/17 15:50:30,0 110.9 " "3 2009/07/17 15:51:30,0 110.8 " "4 2009/07/17 15:52:30,0 104.4 " "5 2009/07/17 15:53:30,0 104.8 " "6 2009/07/17 15:54:30,0 110.8 " "7 2009/07/17 15:55:30,0 111.0 " "8 2009/07/17 15:56:30,0 101.7 " "9 2009/07/17 15:57:30,0 101.8 " "10 2009/07/17 15:58:30,0 104.8 " "11 2009/07/17 15:59:30,0 104.6 " "12 2009/07/17 16:00:30,0 104.7 " "13 2009/07/17 16:01:30,0 101.8 "

"14 2009/07/17 16:02:30,0 104.7" "15 2009/07/17 16:03:30,0 104.4" "16 2009/07/17 16:04:30,0 101.8" "17 2009/07/17 16:05:30,0 101.9" "18 2009/07/17 16:06:30,0 101.8" "19 2009/07/17 16:07:30,0 101.9" "20 2009/07/17 16:08:30,0 105.0" "21 2009/07/17 16:09:30,0 101.9" "22 2009/07/17 16:10:30,0 102.0" "23 2009/07/17 16:11:30,0 102.1" "24 2009/07/17 16:12:30,0 102.0" "25 2009/07/17 16:13:30,0 102.1" "26 2009/07/17 16:14:30,0 102.0 "

Histograma

106

Medição 2

RESULTADOS DAS MEDIÇÕES EMPRESA: Encalso Construções Ltda . "Registros Data Hora dBA " "1 2009/07/14 14:36:32,0 67.9 " "2 2009/07/14 14:37:32,0 95.0 " "3 2009/07/14 14:38:32,0 104.8 " "4 2009/07/14 14:39:32,0 105.1 " "5 2009/07/14 14:40:32,0 105.2 " "6 2009/07/14 14:41:32,0 96.8 " "7 2009/07/14 14:42:32,0 103.3 " "8 2009/07/14 14:43:32,0 96.8 " "9 2009/07/14 14:44:32,0 105.4 " "10 2009/07/14 14:45:32,0 103.7 " "11 2009/07/14 14:46:32,0 103.6 " "12 2009/07/14 14:47:32,0 105.6 " "13 2009/07/14 14:48:32,0 105.5 " "14 2009/07/14 14:49:32,0 105.2 " "15 2009/07/14 14:50:32,0 96.5 " "16 2009/07/14 14:51:32,0 96.5 " "17 2009/07/14 14:52:32,0 96.5 " "18 2009/07/14 14:53:32,0 104.9 " "19 2009/07/14 14:54:32,0 94.5 " "20 2009/07/14 14:55:32,0 100.5 " "21 2009/07/14 14:56:32,0 101.9 " "22 2009/07/14 14:57:32,0 100.9 " "23 2009/07/14 14:58:32,0 99.3 " "24 2009/07/14 14:59:32,0 92.5 "

"25 2009/07/14 15:00:32,0 81.7" "26 2009/07/14 15:01:32,0 107.4" "27 2009/07/14 15:02:32,0 108.1" "28 2009/07/14 15:03:32,0 108.5" "29 2009/07/14 15:04:32,0 107.8" "30 2009/07/14 15:05:32,0 98.4" "31 2009/07/14 15:06:32,0 97.5" "32 2009/07/14 15:07:32,0 97.6" "33 2009/07/14 15:08:32,0 97.1" "34 2009/07/14 15:09:32,0 107.7" "35 2009/07/14 15:10:32,0 107.5" "36 2009/07/14 15:11:32,0 108.3" "37 2009/07/14 15:12:32,0 108.1" "38 2009/07/14 15:13:32,0 107.6" "39 2009/07/14 15:14:32,0 108.8" "40 2009/07/14 15:15:32,0 98.4" "41 2009/07/14 15:16:32,0 98.2" "42 2009/07/14 15:17:32,0 98.4" "43 2009/07/14 15:18:32,0 108.2" "44 2009/07/14 15:19:32,0 108.3" "45 2009/07/14 15:20:32,0 108.8" "46 2009/07/14 15:21:32,0 108.7" "47 2009/07/14 15:22:32,0 109.0"

Histograma

Atividade

Data da medição

Valor Max. (dBA)

Local (Km)

Nível de Critério

(dBA)

Hora de

início

(h)

Hora de

finalização

(h)

Dose P/ 08:00h

Leq(A)

dB(A)

Soldagem 14/07/2009 109,0 39 85 14:36 15:22 141,3 103,7

107

Medição 3

RESULTADOS DAS MEDIÇÕES

EMPRESA: Encalso Construções Ltda. "Registros Data Hora dBA " "1 2009/08/04 08:19:30,0 70.9 " "2 2009/08/04 08:20:30,0 101.6 " "3 2009/08/04 08:21:30,0 107.2 " "4 2009/08/04 08:22:30,0 106.0 " "5 2009/08/04 08:23:30,0 106.2 " "6 2009/08/04 08:24:30,0 105.7 " "7 2009/08/04 08:25:30,0 105.7 " "8 2009/08/04 08:26:30,0 105.9 " "9 2009/08/04 08:27:30,0 105.6 " "10 2009/08/04 08:28:30,0 105.7 " "11 2009/08/04 08:29:30,0 105.3 " "12 2009/08/04 08:30:30,0 105.4 " "13 2009/08/04 08:31:30,0 105.5 " "14 2009/08/04 08:32:30,0 105.2 " "15 2009/08/04 08:33:30,0 105.5 " "16 2009/08/04 08:34:30,0 99.1 " "17 2009/08/04 08:35:30,0 110.9 " "18 2009/08/04 08:36:30,0 106.3 "

"19 2009/08/04 08:37:30,0 106.7" "20 2009/08/04 08:38:30,0 106.6" "21 2009/08/04 08:39:30,0 106.5" "22 2009/08/04 08:40:30,0 106.5" "23 2009/08/04 08:41:30,0 106.6" "24 2009/08/04 08:42:30,0 105.2" "25 2009/08/04 08:43:30,0 105.0" "26 2009/08/04 08:44:30,0 105.3" "27 2009/08/04 08:45:30,0 104.9" "28 2009/08/04 08:46:30,0 105.3" "29 2009/08/04 08:47:30,0 103.0" "30 2009/08/04 08:48:30,0 106.3" "31 2009/08/04 08:49:30,0 106.5" "32 2009/08/04 08:50:30,0 106.4" "33 2009/08/04 08:51:30,0 106.3" "34 2009/08/04 08:52:30,0 106.3" "35 2009/08/04 08:53:30,0 106.0" "36 2009/08/04 08:54:30,0 121.8"

Histograma

Atividade

Data da medição

Valor Max. (dBA)

Local (Km)

Nível de Critério

(dBA)

Hora de

início

(h)

Hora de

finalização

(h)

Dose P/ 08:00h

Leq(A)

dB(A)

Soldagem 04/08/2009 121,8 26 85 08:19 08:54 92,5 106,6

108

Medição 4

Atividade

Data da medição

Valor Max. (dBA)

Local (Km)

Nível de Critério

(dBA)

Hora de

início

(h)

Hora de

finalização

(h)

Dose P/ 08:00h

Leq(A)

dB(A)

Soldagem 04/08/2009 109,2 27 85 09:00 09:13 89,60 108,0

RESULTADOS DAS MEDIÇÕES

EMPRESA: Encalso Construções Ltda. "Registros Data Hora dBA "

"1 2009/08/04 09:00:28,0 83.2 " "2 2009/08/04 09:01:28,0 109.8 " "3 2009/08/04 09:02:28,0 107.7 " "4 2009/08/04 09:03:28,0 107.6 " "5 2009/08/04 09:04:28,0 107.7 " "6 2009/08/04 09:05:28,0 107.6 " "7 2009/08/04 09:06:28,0 107.9 " "8 2009/08/04 09:07:28,0 107.9 " "9 2009/08/04 09:08:28,0 107.8 " "10 2009/08/04 09:09:28,0 107.8 " "11 2009/08/04 09:10:28,0 107.9 " "12 2009/08/04 09:11:28,0 109.1 " "13 2009/08/04 09:12:28,0 109.2 " "14 2009/08/04 09:13:28,0 109.1 "

Histograma

109

Medição 5

Atividade

Data da medição

Valor Max. (dBA)

Local (Km)

Nível de Critério

(dBA)

Hora de

início

(h)

Hora de

finalização

(h)

Dose P/ 08:00h

Leq(A)

dB(A)

Soldagem 06/08/2009 111,6 14 85 10:03 10:29 104,2 111,0

RESULTADOS DAS MEDIÇÕES

EMPRESA: Encalso Construções Ltda. "Registros Data Hora dBA "

"1 2009/08/04 10:03:35,0 86.6 " "2 2009/08/04 10:04:35,0 110.0 " "3 2009/08/04 10:05:35,0 110.3 " "4 2009/08/04 10:06:35,0 110.0 " "5 2009/08/04 10:07:35,0 111.0 " "6 2009/08/04 10:08:35,0 110.3 " "7 2009/08/04 10:09:35,0 105.5 " "8 2009/08/04 10:10:35,0 105.6 " "9 2009/08/04 10:11:35,0 111.1 " "10 2009/08/04 10:12:35,0 109.9 " "11 2009/08/04 10:13:35,0 105.7 " "12 2009/08/04 10:14:35,0 111.1 " "13 2009/08/04 10:15:35,0 111.2 " "14 2009/08/04 10:16:35,0 110.9 " "15 2009/08/04 10:17:35,0 111.2 " "16 2009/08/04 10:18:35,0 111.0 " "17 2009/08/04 10:19:35,0 111.1 " "18 2009/08/04 10:20:35,0 111.4 " "19 2009/08/04 10:21:35,0 111.6 " "20 2009/08/04 10:22:35,0 111.2 " "21 2009/08/04 10:23:35,0 111.3 " "22 2009/08/04 10:24:35,0 111.5 " "23 2009/08/04 10:25:35,0 110.8 " "24 2009/08/04 10:26:35,0 111.1 " "25 2009/08/04 10:27:35,0 111.2 " "26 2009/08/04 10:28:35,0 111.4 " "27 2009/08/04 10:29:35,0 111.2 "

Histograma

110

Medição 6

Atividade

Data da medição

Valor Max. (dBA)

Local (Km)

Nível de Critério

(dBA)

Hora de início

(h)

Hora de

finalização

(h)

Dose P/ 08:00h

Leq(A)

dB(A)

Jateamento 12/07/2009 99,4 40 85 16:50 17:05 75,8 91,7

RESULTADOS DAS MEDIÇÕES

EMPRESA: Encalso Construções Ltda. "Registros Data Hora dBA "

"1 2009/07/17 16:50:19,0 70.3 " "2 2009/07/17 16:51:19,0 98.5 " "3 2009/07/17 16:52:19,0 97.4 " "4 2009/07/17 16:53:19,0 97.8 " "5 2009/07/17 16:54:19,0 91.4 " "6 2009/07/17 16:55:19,0 91.4 " "7 2009/07/17 16:56:19,0 91.8 " "8 2009/07/17 16:57:19,0 91.7 " "9 2009/07/17 16:58:19,0 92.0 " "10 2009/07/17 16:59:19,0 99.4 " "11 2009/07/17 17:00:19,0 98.3 " "12 2009/07/17 17:01:19,0 98.4 " "13 2009/07/17 17:02:19,0 97.1 " "14 2009/07/17 17:03:19,0 91.6 " "15 2009/07/17 17:04:19,0 67.9 " "16 2009/07/17 17:05:19,0 67.9 "

Histograma

111

Medição 7

Atividade

Data da medição

Valor Max. (dBA)

Local (Km)

Nível de Critério

(dBA)

Hora de

início

(h)

Hora de

finalização

(h)

Dose P/ 08:00h

Leq(A)

dB(A)

Jateamento 20/07/2009 105,4 50 85 09:35 09:49 86,3 99,9

RESULTADOS DAS MEDIÇÕES

EMPRESA: Encalso Construções Ltda. "Registros Data Hora dBA "

"1 2009/08/04 09:35:48,0 74.8 " "2 2009/08/04 09:36:48,0 98.3 " "3 2009/08/04 09:37:48,0 98.1 " "4 2009/08/04 09:38:48,0 98.1 " "5 2009/08/04 09:39:48,0 98.0 " "6 2009/08/04 09:40:48,0 105.3 " "7 2009/08/04 09:41:48,0 100.9 " "8 2009/08/04 09:42:48,0 105.1 " "9 2009/08/04 09:43:48,0 105.4 " "10 2009/08/04 09:44:48,0 104.9 " "11 2009/08/04 09:45:48,0 104.4 " "12 2009/08/04 09:46:48,0 100.5 " "13 2009/08/04 09:47:48,0 104.3 " "14 2009/08/04 09:48:48,0 104.7 " "15 2009/08/04 09:49:48,0 73.6 "

Histograma

112

Medição 8

Atividade

Data da medição

Valor Max. (dBA)

Local (Km)

Nível de Critério

(dBA)

Hora de

início

(h)

Hora de

finalização

(h)

Dose P/ 08:00h

Leq(A)

dB(A)

Jateamento 18/07/2009 121,5 40 85 16:24 17:00 85,6 98,9

RESULTADOS DAS MEDIÇÕES

EMPRESA: Encalso Construções Ltda. "Registros Data Hora dB(A) " "1 2009/07/14 16:24:41,0 75.4 " "2 2009/07/14 16:25:41,0 94.4 " "3 2009/07/14 16:26:41,0 101.3 " "4 2009/07/14 16:27:41,0 121.5 " "5 2009/07/14 16:28:41,0 104.5 " "6 2009/07/14 16:29:41,0 103.4 " "7 2009/07/14 16:30:41,0 89.5 " "8 2009/07/14 16:31:41,0 96.8 " "9 2009/07/14 16:32:41,0 93.3 " "10 2009/07/14 16:33:41,0 93.7 " "11 2009/07/14 16:34:41,0 93.8 " "12 2009/07/14 16:35:41,0 94.2 " "13 2009/07/14 16:36:41,0 94.3 " "14 2009/07/14 16:37:41,0 94.2 " "15 2009/07/14 16:38:41,0 95.5 " "16 2009/07/14 16:39:41,0 101.1 " "17 2009/07/14 16:40:41,0 101.4 " "18 2009/07/14 16:41:41,0 101.5 "

"19 2009/07/14 16:42:41,0 95.5" "20 2009/07/14 16:43:41,0 95.8" "21 2009/07/14 16:44:41,0 95.0" "22 2009/07/14 16:45:41,0 102.6" "23 2009/07/14 16:46:41,0 101.8" "24 2009/07/14 16:47:41,0 95.4" "25 2009/07/14 16:48:41,0 95.3" "26 2009/07/14 16:49:41,0 95.6" "27 2009/07/14 16:50:41,0 103.1" "28 2009/07/14 16:51:41,0 94.8" "29 2009/07/14 16:52:41,0 94.5" "30 2009/07/14 16:53:41,0 95.0" "31 2009/07/14 16:54:41,0 95.5" "32 2009/07/14 16:55:41,0 94.7" "33 2009/07/14 16:56:41,0 94.9" "34 2009/07/14 16:57:41,0 94.4" "35 2009/07/14 16:58:41,0 100.2" "36 2009/07/14 16:59:41,0 100.2" "37 2009/07/14 17:00:41,0 103.6"

Histograma

113

ANEXO 4 - RESULTADO DOS VALORES DE RUÍDO MEDIDOS PARA EFEITOS

DE PERDA AUDITIVA.

Atividade

Data da medição

Valor Max. (dBA)

Local (Km)

Nível de Critério

(dBA)

Hora de

início

(h)

Hora de

finalização

(h)

Dose P/ 08:00h

Leq(A)

dB(A)

Soldagem 15/09/2009 119,1 42 85 07:36 16:46 220,0 89,4

RESULTADOS DAS MEDIÇÕES

Empresa: Encalso Construções Ltda. Registros Data Hora dB(A)

“1 09/09/15 07:37:32,0 67.9" "2 09/09/15 07:38:32,0 88.2" "3 09/09/15 07:39:32,0 71.4" "4 09/09/15 07:40:32,0 71.8" "5 09/09/15 07:41:32,0 67.9" "6 09/09/15 07:42:32,0 78.9" "7 09/09/15 07:43:32,0 105.9" "8 09/09/15 07:44:32,0 111.8" "9 09/09/15 07:45:32,0 99.4" "10 09/09/15 07:46:32,0 116.5" "11 09/09/15 07:47:32,0 102.3" "12 09/09/15 07:48:32,0 87.2" "13 09/09/15 07:49:32,0 104.1" "14 09/09/15 07:50:32,0 94.0" "15 09/09/15 07:51:32,0 77.3" "16 09/09/15 07:52:32,0 91.3" "17 09/09/15 07:53:32,0 110.4" "18 09/09/15 07:54:32,0 83.2" "19 09/09/15 07:55:32,0 85.5" "20 09/09/15 07:56:32,0 78.9" "21 09/09/15 07:57:32,0 94.9" "22 09/09/15 07:58:32,0 77.1" "23 09/09/15 07:59:32,0 80.2" "24 09/09/15 08:00:32,0 81.5" "25 09/09/15 08:01:32,0 71.8" "26 09/09/15 08:02:32,0 90.0" "27 09/09/15 08:03:32,0 91.4" "28 09/09/15 08:04:32,0 90.2" "29 09/09/15 08:05:32,0 91.4" "30 09/09/15 08:06:32,0 118.3" "31 09/09/15 08:07:32,0 67.9" "32 09/09/15 08:08:32,0 67.9" "33 09/09/15 08:09:32,0 105.6" "34 09/09/15 08:10:32,0 124.2" "35 09/09/15 08:11:32,0 67.9" "36 09/09/15 08:12:32,0 98.0" "37 09/09/15 08:13:32,0 74.6" "38 09/09/15 08:14:32,0 80.7" "39 09/09/15 08:15:32,0 84.6" "40 09/09/15 08:16:32,0 74.5" "41 09/09/15 08:17:32,0 86.1" "42 09/09/15 08:18:32,0 86.1" "43 09/09/15 08:19:32,0 85.3" "44 09/09/15 08:20:32,0 78.4" "45 09/09/15 08:21:32,0 81.9" "46 09/09/15 08:22:32,0 78.7" "47 09/09/15 08:23:32,0 112.1" "48 09/09/15 08:24:32,0 67.9" "49 09/09/15 08:25:32,0 118.4" "50 09/09/15 08:26:32,0 93.7" "51 09/09/15 08:27:32,0 67.9" "52 09/09/15 08:28:32,0 67.9" "53 09/09/15 08:29:32,0 67.9" "54 09/09/15 08:30:32,0 117.7" "55 09/09/15 08:31:32,0 67.9" "56 09/09/15 08:32:32,0 67.9" "57 09/09/15 08:33:32,0 67.9" "58 09/09/15 08:34:32,0 67.9" "59 09/09/15 08:35:32,0 67.9" "60 09/09/15 08:36:32,0 67.9"

114

"61 09/09/15 08:37:32,0 67.9" "62 09/09/15 08:38:32,0 67.9" "63 09/09/15 08:39:32,0 67.9" "64 09/09/15 08:40:32,0 67.9" "65 09/09/15 08:41:32,0 67.9" "66 09/09/15 08:42:32,0 67.9" "67 09/09/15 08:43:32,0 106.0" "68 09/09/15 08:44:32,0 94.0" "69 09/09/15 08:45:32,0 101.8" "70 09/09/15 08:46:32,0 104.3" "71 09/09/15 08:47:32,0 69.1" "72 09/09/15 08:48:32,0 71.8" "73 09/09/15 08:49:32,0 79.1" "74 09/09/15 08:50:32,0 119.6" "75 09/09/15 08:51:32,0 82.8" "76 09/09/15 08:52:32,0 67.9" "77 09/09/15 08:53:32,0 67.9" "78 09/09/15 08:54:32,0 67.9" "79 09/09/15 08:55:32,0 97.3" "80 09/09/15 08:56:32,0 103.7" "81 09/09/15 08:57:32,0 105.2" "82 09/09/15 08:58:32,0 96.4" "83 09/09/15 08:59:32,0 95.7" "84 09/09/15 09:00:32,0 96.0" "85 09/09/15 09:01:32,0 101.5" "86 09/09/15 09:02:32,0 101.3" "87 09/09/15 09:03:32,0 103.3" "88 09/09/15 09:04:32,0 96.3" "89 09/09/15 09:05:32,0 94.5" "90 09/09/15 09:06:32,0 68.5" "91 09/09/15 09:07:32,0 78.6" "92 09/09/15 09:08:32,0 72.0" "93 09/09/15 09:09:32,0 69.4" "94 09/09/15 09:10:32,0 67.9" "95 09/09/15 09:11:32,0 67.9" "96 09/09/15 09:12:32,0 67.9" "97 09/09/15 09:13:32,0 67.9" "98 09/09/15 09:14:32,0 67.9" "99 09/09/15 09:15:32,0 67.9" "100 09/09/15 09:16:32,0 89.5" "101 09/09/15 09:17:32,0 83.6" "102 09/09/15 09:18:32,0 82.2" "103 09/09/15 09:19:32,0 82.2" "104 09/09/15 09:20:32,0 87.3" "105 09/09/15 09:21:32,0 84.9" "106 09/09/15 09:22:32,0 76.2" "107 09/09/15 09:23:32,0 104.9" "108 09/09/15 09:24:32,0 111.4" "109 09/09/15 09:25:32,0 67.9" "110 09/09/15 09:26:32,0 67.9" "111 09/09/15 09:27:32,0 101.1" "112 09/09/15 09:28:32,0 116.8" "113 09/09/15 09:29:32,0 102.7" "114 09/09/15 09:30:32,0 111.7" "115 09/09/15 09:31:32,0 106.8" "116 09/09/15 09:32:32,0 91.6" "117 09/09/15 09:33:32,0 85.6" "118 09/09/15 09:34:32,0 67.9" "119 09/09/15 09:35:32,0 108.6" "120 09/09/15 09:36:32,0 67.9" "121 09/09/15 09:37:32,0 112.6" "122 09/09/15 09:38:32,0 104.6" "123 09/09/15 09:39:32,0 115.8" "124 09/09/15 09:40:32,0 116.8" "125 09/09/15 09:41:32,0 101.6" "126 09/09/15 09:42:32,0 97.7" "127 09/09/15 09:43:32,0 113.9" "128 09/09/15 09:44:32,0 106.1" "129 09/09/15 09:45:32,0 112.3" "130 09/09/15 09:46:32,0 107.9" "131 09/09/15 09:47:32,0 116.9" "132 09/09/15 09:48:32,0 114.7" "133 09/09/15 09:49:32,0 95.7" "134 09/09/15 09:50:32,0 104.1" "135 09/09/15 09:51:32,0 118.3" "136 09/09/15 09:52:32,0 74.2" "137 09/09/15 09:53:32,0 118.0" "138 09/09/15 09:54:32,0 117.8" "139 09/09/15 09:55:32,0 100.3" "140 09/09/15 09:56:32,0 106.1" "141 09/09/15 09:57:32,0 102.9" "142 09/09/15 09:58:32,0 104.2" "143 09/09/15 09:59:32,0 102.3" "144 09/09/15 10:00:32,0 110.6" "145 09/09/15 10:01:32,0 110.9" "146 09/09/15 10:02:32,0 121.2" "147 09/09/15 10:03:32,0 67.9" "148 09/09/15 10:04:32,0 67.9" "149 9/09/15 10:05:32,0 67.9" "150 09/09/15 10:06:32,0 120.5" "151 09/09/15 10:07:32,0 115.4" "152 09/09/15 10:08:32,0 115.2" "153 09/09/15 10:09:32,0 105.5" "154 09/09/15 10:10:32,0 114.0" "155 09/09/15 10:11:32,0 114.5" "156 09/09/15 10:12:32,0 81.3" "157 09/09/15 10:13:32,0 124.3" "158 09/09/15 10:14:32,0 84.7" "159 09/09/15 10:15:32,0 68.5" "160 09/09/15 10:16:32,0 82.1" "161 09/09/15 10:17:32,0 91.2"

115

"162 09/09/15 10:18:32,0 73.0" "163 09/09/15 10:19:32,0 84.6" "164 09/09/15 10:20:32,0 77.6" "165 09/09/15 10:21:32,0 90.9" "166 09/09/15 10:22:32,0 96.2" "167 09/09/15 10:23:32,0 90.2" "168 09/09/15 10:24:32,0 82.5" "169 09/09/15 10:25:32,0 94.6" "170 09/09/15 10:26:32,0 87.9" "171 09/09/15 10:27:32,0 91.2" "172 09/09/15 10:28:32,0 92.1" "173 09/09/15 10:29:32,0 104.7" "174 09/09/15 10:30:32,0 98.8" "175 09/09/15 10:31:32,0 84.9" "176 09/09/15 10:32:32,0 93.4" "177 09/09/15 10:33:32,0 95.3" "178 09/09/15 10:34:32,0 92.2" "179 09/09/15 10:35:32,0 85.6" "180 09/09/15 10:36:32,0 95.7" "181 09/09/15 10:37:32,0 106.7" "182 09/09/15 10:38:32,0 104.4" "183 09/09/15 10:39:32,0 103.1" "184 09/09/15 10:40:32,0 116.9" "185 09/09/15 10:41:32,0 95.6" "186 09/09/15 10:42:32,0 94.3" "187 09/09/15 10:43:32,0 95.4" "188 09/09/15 10:44:32,0 96.5" "189 09/09/15 10:45:32,0 97.5" "190 09/09/15 10:46:32,0 107.9" "191 09/09/15 10:47:32,0 90.6" "192 09/09/15 10:48:32,0 79.9" "193 09/09/15 10:49:32,0 110.6" "194 09/09/15 10:50:32,0 104.2" "195 09/09/15 10:51:32,0 105.7" "196 09/09/15 10:52:32,0 86.0" "197 09/09/15 10:53:32,0 109.7" "198 09/09/15 10:54:32,0 99.7" "199 09/09/15 10:55:32,0 90.5" "200 09/09/15 10:56:32,0 112.4" "201 09/09/15 10:57:32,0 107.8" "202 09/09/15 10:58:32,0 96.9" "203 09/09/15 10:59:32,0 101.6" "204 09/09/15 11:00:32,0 114.2" "205 09/09/15 11:01:32,0 86.8" "206 09/09/15 11:02:32,0 106.5" "207 09/09/15 11:03:32,0 95.7" "208 09/09/15 11:04:32,0 75.4" "209 09/09/15 11:05:32,0 118.1" "210 09/09/15 11:06:32,0 92.5" "211 09/09/15 11:07:32,0 91.9" "212 09/09/15 11:08:32,0 113.4" "213 09/09/15 11:09:32,0 96.3" "214 09/09/15 11:10:32,0 94.9" "215 09/09/15 11:11:32,0 116.2" "216 09/09/15 11:12:32,0 87.8" "217 09/09/15 11:13:32,0 91.5" "218 09/09/15 11:14:32,0 85.6" "219 09/09/15 11:15:32,0 102.7" "220 09/09/15 11:16:32,0 90.0" "221 09/09/15 11:17:32,0 87.7" "222 09/09/15 11:18:32,0 101.0" "223 09/09/15 11:19:32,0 111.7" "224 09/09/15 11:20:32,0 119.4" "225 09/09/15 11:21:32,0 95.7" "226 09/09/15 11:22:32,0 103.1" "227 09/09/15 11:23:32,0 98.3" "228 09/09/15 11:24:32,0 106.7" "229 09/09/15 11:25:32,0 100.7" "230 09/09/15 11:26:32,0 102.3" "231 09/09/15 11:27:32,0 90.5" "232 09/09/15 11:28:32,0 89.1" "233 09/09/15 11:29:32,0 103.6" "234 09/09/15 11:30:32,0 96.5" "235 09/09/15 11:31:32,0 103.2" "236 09/09/15 11:32:32,0 98.2" "237 09/09/15 11:33:32,0 96.5" "238 09/09/15 11:34:32,0 89.3" "239 09/09/15 11:35:32,0 98.4" "240 09/09/15 11:36:32,0 100.9" "241 09/09/15 11:37:32,0 100.5" "242 09/09/15 11:38:32,0 99.1" "243 09/09/15 11:39:32,0 99.4" "244 09/09/15 11:40:32,0 75.8" "245 09/09/15 11:41:32,0 99.0" "246 09/09/15 11:42:32,0 99.3" "247 09/09/15 11:43:32,0 95.2" "248 09/09/15 11:44:32,0 92.6" "249 09/09/15 11:45:32,0 93.9" "250 09/09/15 11:46:32,0 80.1" "251 09/09/15 11:47:32,0 99.6" "252 09/09/15 11:48:32,0 89.0" "253 09/09/15 11:49:32,0 78.8" "254 09/09/15 11:50:32,0 82.0" "255 09/09/15 11:51:32,0 86.1" "256 09/09/15 11:52:32,0 75.0" "257 09/09/15 11:53:32,0 80.0" "258 09/09/15 11:54:32,0 92.9" "259 09/09/15 11:55:32,0 113.1" "260 09/09/15 11:56:32,0 97.1" "261 09/09/15 11:57:32,0 93.3" "262 09/09/15 11:58:32,0 76.2"

116

"263 09/09/15 11:59:32,0 67.9" "264 09/09/15 12:00:32,0 79.6" "265 09/09/15 12:01:32,0 82.4" "266 09/09/15 12:02:32,0 94.3" "267 09/09/15 12:03:32,0 94.1" "268 09/09/15 12:04:32,0 100.2" "269 09/09/15 12:05:32,0 74.9" "270 09/09/15 12:06:32,0 68.7" "271 09/09/15 12:07:32,0 108.6" "272 09/09/15 12:08:32,0 106.1" "273 09/09/15 12:09:32,0 94.8" "274 09/09/15 12:10:32,0 94.2" "275 09/09/15 12:11:32,0 84.3" "276 09/09/15 12:12:32,0 77.2" "277 09/09/15 12:13:32,0 100.1" "278 09/09/15 12:14:32,0 103.8" "279 09/09/15 12:15:32,0 71.7" "280 09/09/15 12:16:32,0 97.9" "281 09/09/15 12:17:32,0 108.2" "282 09/09/15 12:18:32,0 117.5" "283 09/09/15 12:19:32,0 102.9" "284 09/09/15 12:20:32,0 115.2" "285 09/09/15 12:21:32,0 67.9" "286 09/09/15 12:22:32,0 67.9" "287 09/09/15 12:23:32,0 75.9" "288 09/09/15 12:24:32,0 67.9" "289 09/09/15 12:25:32,0 72.8" "290 09/09/15 12:26:32,0 67.9" "291 09/09/15 12:27:32,0 78.0" "292 09/09/15 12:28:32,0 114.7" "293 09/09/15 12:29:32,0 67.9" "294 09/09/15 12:30:32,0 69.5" "295 09/09/15 12:31:32,0 67.9" "296 09/09/15 12:32:32,0 79.6" "297 09/09/15 12:33:32,0 67.9" "298 09/09/15 12:34:32,0 67.9" "299 09/09/15 12:35:32,0 67.9" "300 09/09/15 12:36:32,0 67.9" "301 09/09/15 12:37:32,0 67.9" "302 09/09/15 12:38:32,0 67.9" "303 09/09/15 12:39:32,0 67.9" "304 09/09/15 12:40:32,0 67.9" "305 09/09/15 12:41:32,0 67.9" "306 09/09/15 12:42:32,0 67.9" "307 09/09/15 12:43:32,0 67.9" "308 09/09/15 12:44:32,0 67.9" "309 09/09/15 12:45:32,0 67.9" "310 09/09/15 12:46:32,0 67.9" "311 09/09/15 12:47:32,0 67.9" "312 09/09/15 12:48:32,0 67.9" "313 09/09/15 12:49:32,0 67.9" "314 09/09/15 12:50:32,0 67.9" "315 09/09/15 12:51:32,0 67.9" "316 09/09/15 12:52:32,0 67.9" "317 09/09/15 12:53:32,0 67.9" "318 09/09/15 12:54:32,0 67.9" "319 09/09/15 12:55:32,0 67.9" "320 09/09/15 12:56:32,0 67.9" "321 09/09/15 12:57:32,0 103.5" "322 09/09/15 12:58:32,0 76.0" "323 09/09/15 12:59:32,0 75.1" "324 09/09/15 13:00:32,0 106.7" "325 09/09/15 13:01:32,0 70.7" "326 09/09/15 13:02:32,0 71.8" "327 09/09/15 13:03:32,0 67.9" "328 09/09/15 13:04:32,0 67.9" "329 09/09/15 13:05:32,0 95.6" "330 09/09/15 13:06:32,0 67.9" "331 09/09/15 13:07:32,0 89.6" "332 09/09/15 13:08:32,0 111.3" "333 09/09/15 13:09:32,0 76.9" "334 09/09/15 13:10:32,0 76.9" "335 09/09/15 13:11:32,0 86.6" "336 09/09/15 13:12:32,0 119.9" "337 09/09/15 13:13:32,0 84.8" "338 09/09/15 13:14:32,0 108.0" "339 09/09/15 13:15:32,0 81.8" "340 09/09/15 13:16:32,0 82.2" "341 09/09/15 13:17:32,0 81.7" "342 09/09/15 13:18:32,0 112.3" "343 09/09/15 13:19:32,0 109.8" "344 09/09/15 13:20:32,0 73.9" "345 09/09/15 13:21:32,0 76.3" "346 09/09/15 13:22:32,0 67.9" "347 09/09/15 13:23:32,0 95.1" "348 09/09/15 13:24:32,0 69.1" "349 09/09/15 13:25:32,0 67.9" "350 09/09/15 13:26:32,0 80.6" "351 09/09/15 13:27:32,0 101.5" "352 09/09/15 13:28:32,0 67.9" "353 09/09/15 13:29:32,0 93.7" "354 09/09/15 13:30:32,0 102.7" "355 09/09/15 13:31:32,0 95.0" "356 09/09/15 13:32:32,0 78.0" "357 09/09/15 13:33:32,0 67.9" "358 09/09/15 13:34:32,0 73.3" "359 09/09/15 13:35:32,0 93.6" "360 09/09/15 13:36:32,0 69.4" "361 09/09/15 13:37:32,0 83.6" "362 09/09/15 13:38:32,0 73.6" "363 09/09/15 13:39:32,0 85.3"

117

"364 09/09/15 13:40:32,0 71.7" "365 09/09/15 13:41:32,0 69.6" "366 09/09/15 13:42:32,0 67.9" "367 09/09/15 13:43:32,0 67.9" "368 09/09/15 13:44:32,0 89.3" "369 09/09/15 13:45:32,0 67.9" "370 09/09/15 13:46:32,0 67.9" "371 09/09/15 13:47:32,0 115.4" "372 09/09/15 13:48:32,0 67.9" "373 09/09/15 13:49:32,0 75.4" "374 09/09/15 13:50:32,0 67.9" "375 09/09/15 13:51:32,0 68.6" "376 09/09/15 13:52:32,0 67.9" "377 09/09/15 13:53:32,0 67.9" "378 09/09/15 13:54:32,0 67.9" "379 09/09/15 13:55:32,0 78.5" "380 09/09/15 13:56:32,0 67.9" "381 09/09/15 13:57:32,0 74.7" "382 09/09/15 13:58:32,0 108.5" "383 09/09/15 13:59:32,0 70.0" "384 09/09/15 14:00:32,0 67.9" "385 09/09/15 14:01:32,0 67.9" "386 09/09/15 14:02:32,0 86.5" "387 09/09/15 14:03:32,0 67.9" "388 09/09/15 14:04:32,0 73.8" "389 09/09/15 14:05:32,0 67.9" "390 09/09/15 14:06:32,0 67.9" "391 09/09/15 14:07:32,0 110.3" "392 09/09/15 14:08:32,0 85.4" "393 09/09/15 14:09:32,0 103.7" "394 09/09/15 14:10:32,0 79.6" "395 09/09/15 14:11:32,0 67.9" "396 09/09/15 14:12:32,0 67.9" "397 09/09/15 14:13:32,0 67.9" "398 09/09/15 14:14:32,0 70.9" "399 09/09/15 14:15:32,0 80.1" "400 09/09/15 14:16:32,0 95.6" "401 09/09/15 14:17:32,0 115.2" "402 09/09/15 14:18:32,0 90.6" "403 09/09/15 14:19:32,0 80.0" "404 09/09/15 14:20:32,0 107.8" "405 09/09/15 14:21:32,0 92.3" "406 09/09/15 14:22:32,0 89.3" "407 09/09/15 14:23:32,0 104.7" "408 09/09/15 14:24:32,0 97.4" "409 09/09/15 14:25:32,0 107.7" "410 09/09/15 14:26:32,0 77.1" "411 09/09/15 14:27:32,0 91.9" "412 09/09/15 14:28:32,0 91.6" "413 09/09/15 14:29:32,0 90.4" "414 09/09/15 14:30:32,0 91.7" "415 09/09/15 14:31:32,0 88.2" "416 09/09/15 14:32:32,0 86.3" "417 09/09/15 14:33:32,0 91.4" "418 09/09/15 14:34:32,0 90.8" "419 09/09/15 14:35:32,0 92.4" "420 09/09/15 14:36:32,0 86.5" "421 09/09/15 14:37:32,0 90.9" "422 09/09/15 14:38:32,0 109.2" "423 09/09/15 14:39:32,0 90.3" "424 09/09/15 14:40:32,0 88.8" "425 09/09/15 14:41:32,0 88.0" "426 09/09/15 14:42:32,0 84.9" "427 09/09/15 14:43:32,0 104.4" "428 09/09/15 14:44:32,0 88.7" "429 09/09/15 14:45:32,0 114.4" "430 09/09/15 14:46:32,0 112.7" "431 09/09/15 14:47:32,0 67.9" "432 09/09/15 14:48:32,0 67.9" "433 09/09/15 14:49:32,0 87.5" "434 09/09/15 14:50:32,0 67.9" "435 09/09/15 14:51:32,0 94.3" "436 09/09/15 14:52:32,0 67.9" "437 09/09/15 14:53:32,0 81.4" "438 09/09/15 14:54:32,0 67.9" "439 09/09/15 14:55:32,0 67.9" "440 09/09/15 14:56:32,0 67.9" "441 09/09/15 14:57:32,0 67.9" "442 09/09/15 14:58:32,0 67.9" "443 09/09/15 14:59:32,0 79.6" "444 09/09/15 15:00:32,0 67.9" "445 09/09/15 15:01:32,0 80.7" "446 09/09/15 15:02:32,0 86.7" "447 09/09/15 15:03:32,0 71.5" "448 09/09/15 15:04:32,0 67.9" "449 09/09/15 15:05:32,0 67.9" "450 09/09/15 15:06:32,0 67.9" "451 09/09/15 15:07:32,0 67.9" "452 09/09/15 15:08:32,0 97.4" "453 09/09/15 15:09:32,0 67.9" "454 09/09/15 15:10:32,0 67.9" "455 09/09/15 15:11:32,0 115.7" "456 09/09/15 15:12:32,0 112.6" "457 09/09/15 15:13:32,0 119.1" "458 09/09/15 15:14:32,0 90.1" "459 09/09/15 15:15:32,0 67.9" "460 09/09/15 15:16:32,0 67.9" "461 09/09/15 15:17:32,0 67.9" "462 09/09/15 15:18:32,0 67.9" "463 09/09/15 15:19:32,0 87.9" "464 09/09/15 15:20:32,0 70.2"

118

"465 09/09/15 15:21:32,0 67.9" "466 09/09/15 15:22:32,0 67.9" "467 09/09/15 15:23:32,0 83.2" "468 09/09/15 15:24:32,0 95.7" "469 09/09/15 15:25:32,0 67.9" "470 09/09/15 15:26:32,0 76.5" "471 09/09/15 15:27:32,0 70.2" "472 09/09/15 15:28:32,0 74.3" "473 09/09/15 15:29:32,0 67.9" "474 09/09/15 15:30:32,0 67.9" "475 09/09/15 15:31:32,0 89.1" "476 09/09/15 15:32:32,0 67.9" "477 09/09/15 15:33:32,0 67.9" "478 09/09/15 15:34:32,0 67.9" "479 09/09/15 15:35:32,0 83.8" "480 09/09/15 15:36:32,0 89.6" "481 09/09/15 15:37:32,0 70.0" "482 09/09/15 15:38:32,0 94.4" "483 09/09/15 15:39:32,0 112.0" "484 09/09/15 15:40:32,0 97.9" "485 09/09/15 15:41:32,0 83.7" "486 09/09/15 15:42:32,0 82.0" "487 09/09/15 15:43:32,0 73.8" "488 09/09/15 15:44:32,0 69.8" "489 09/09/15 15:45:32,0 70.5" "490 09/09/15 15:46:32,0 70.9" "491 09/09/15 15:47:32,0 82.0" "492 09/09/15 15:48:32,0 111.0" "493 09/09/15 15:49:32,0 115.0" "494 09/09/15 15:50:32,0 119.0" "495 09/09/15 15:51:32,0 76.0" "496 09/09/15 15:52:32,0 104.0" "497 09/09/15 15:53:32,0 78.4" "498 09/09/15 15:54:32,0 76.4" "499 09/09/15 15:55:32,0 115.0" "500 09/09/15 15:56:32,0 67.9" "501 09/09/15 15:57:32,0 72.7" "502 09/09/15 15:58:32,0 94.2" "503 09/09/15 15:59:32,0 91.7" "504 09/09/15 16:00:32,0 113.8" "505 09/09/15 16:01:32,0 93.9" "506 09/09/15 16:02:32,0 67.9" "507 09/09/15 16:03:32,0 67.9" "508 09/09/15 16:04:32,0 67.9" "509 09/09/15 16:05:32,0 67.9" "510 09/09/15 16:06:32,0 80.9" "511 09/09/15 16:07:32,0 99.9" "512 09/09/15 16:08:32,0 99.9" "513 09/09/15 16:09:32,0 87.4" "514 09/09/15 16:10:32,0 94.2" "515 09/09/15 16:11:32,0 97.6" "516 09/09/15 16:12:32,0 85.2" "517 09/09/15 16:13:32,0 96.1" "518 09/09/15 16:14:32,0 93.4" "519 09/09/15 16:15:32,0 114.6" "520 09/09/15 16:16:32,0 93.1" "521 09/09/15 16:17:32,0 81.0" "522 09/09/15 16:18:32,0 82.1" "523 09/09/15 16:19:32,0 97.4" "524 09/09/15 16:20:32,0 83.7" "525 09/09/15 16:21:32,0 88.4" "526 09/09/15 16:22:32,0 91.1" "527 09/09/15 16:23:32,0 99.4" "528 09/09/15 16:24:32,0 91.9" "529 09/09/15 16:25:32,0 95.1" "530 09/09/15 16:26:32,0 92.2" "531 09/09/15 16:27:32,0 95.7" "532 09/09/15 16:28:32,0 76.6" "533 09/09/15 16:29:32,0 70.8" "534 09/09/15 16:30:32,0 83.0" "535 09/09/15 16:31:32,0 81.9" "536 09/09/15 16:32:32,0 67.9" "537 09/09/15 16:33:32,0 83.2" "538 09/09/15 16:34:32,0 88.9" "539 09/09/15 16:35:32,0 87.4" "540 09/09/15 16:36:32,0 85.3" "541 09/09/15 16:37:32,0 89.8" "542 09/09/15 16:38:32,0 81.5" "543 09/09/15 16:39:32,0 98.5" "544 09/09/15 16:40:32,0 97.7" "545 09/09/15 16:41:32,0 68.2" "546 09/09/15 16:42:32,0 81.5" "547 09/09/15 16:43:32,0 87.1" "548 09/09/15 16:44:32,0 116.2" "549 09/09/15 16:45:32,0 92.4"

119

ANEXO 5 TABELAS DE VALORES LIMITES DAS NBR 10151 E 10152 Tabela 5.1 - Intervalos apropriados para o Nível de Ruído Ambiente Lra, em dB(A), num recinto de edificação, conforme a finalidade mais característica de utilização desse recinto

Tipo de recinto Nível de ruído

ambiente Lra em dB(A)

Academias de ginástica (procure pelo tipo de recinto específico da academia)

Anfiteatros para esportes, shows, e cultos religiosos (sem ocupação) 40 – 55

Auditórios para música sinfônica e ópera (sem ocupação) ≤ 25

Auditório para palestras (sem ocupação) 30-40

Auditórios (outros/sem ocupação) 25-35

Berçários e creches (sem ocupação) 30-40

Bibliotecas 35-45

Cinemas (sem ocupação) 30-40

Clínicas (procure pelo tipo de recinto da clínica)

Clubes (procure pelo tipo de recinto do clube)

Consultórios de fonoaudiologia (sem ocupação) ≤ 30

Consultórios de psicoterapia (sem ocupação) ≤ 35

Consultórios médicos e dentários (sem ocupação) 35-45

Enfermarias em hospitais 35-45

Escolas (procure pelo recinto escolar específico)

Escritórios para projeto 40-50

Escritórios privativos (sem ocupação) 35-45

Escritórios de atividades diversas 45-55

Estúdios grandes para rádio, TV e gravação (sem ocupação) ≤ 30

Estúdios pequenos para rádio, TV e gravação (sem ocupação) ≤ 35

Ginásios para esporte (procure “Anfiteatros para esporte”)

Hospitais (procure pelo recinto hospitalar específico)

Hotéis (procure pelo tipo do recinto do hotel)

Igrejas (sem ocupação) ≤ 40

Laboratórios 45-55

Lojas de departamentos e lojas em shopping Center 40-50

Lojas de promoções 50-60

Lojas de eletrodomésticos 55-65

Museus (sem ocupação) ≤ 40

Quartos em apartamentos residenciais e em hotéis (sem ocupação) 30-40

Quartos em hospitais 35-45

Restaurantes intimistas 35-45

Restaurantes populares 50-60

120

Tabela 5.2 - Intervalos apropriados para o Nível de Ruído Ambiente Lra, em dB(A), num recinto de edificação, conforme a finalidade mais característica de utilização desse recinto

(continuação)

Tipo de recinto Nível de ruído

ambiente Lra em dB(A)

Restaurantes (outros), refeitórios, cantinas e lanchonetes 40-50

Saguões de aeroportos, estações rodoviárias, metroviárias e ferroviárias 50-60

Saguões em geral 45-55

Salas de dança e ginástica rítmica em academias (sem ocupação) 40-50

Salas de espera 40-50

Salas de estar em residências (sem ocupação) 35-45

Salas de jogos (outros) 45-55

Salas de treino e competição em academias (sem ocupação) 45-55

Salas de música, TV e home theater 30-40

Salas de reunião 30-40

Salas de cirurgia 30-40

Salas de computadores 45-60

Teatros 25-35

Fonte NBR 10152

Tabela 5.3 Nível Critério de Avaliação NCA para ambientes externos, em dB(A)

Tipos de áreas Diurno Noturno

Áreas de sítios e fazendas 40 35

Vizinhanças de hospitais (200 m além divisa) 45 40

Área estritamente residencial urbana 50 45

Área mista, predominantemente residencial, sem corredores de trânsito

55 50

Área mista, com vocação comercial e administrativa, sem corredores de trânsito

60 55

Área mista, com vocação recreacional, sem corredores de trânsito 65 55

Área mista até 40 m ao longo das laterais de um corredor de trânsito 70 55

Área predominantemente industrial 70 60

Fonte NBR 10151

Livros Grátis( http://www.livrosgratis.com.br )

Milhares de Livros para Download: Baixar livros de AdministraçãoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciência da ComputaçãoBaixar livros de Ciência da InformaçãoBaixar livros de Ciência PolíticaBaixar livros de Ciências da SaúdeBaixar livros de ComunicaçãoBaixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomésticaBaixar livros de EducaçãoBaixar livros de Educação - TrânsitoBaixar livros de Educação FísicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmáciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FísicaBaixar livros de GeociênciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistóriaBaixar livros de Línguas

Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemáticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterináriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MúsicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuímicaBaixar livros de Saúde ColetivaBaixar livros de Serviço SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo