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O RODÃOAno 18 - Florianópolis - Abril de 2015 >>> N° 253

A campanha deste ano já começou com gosto de requen-tada e na primeira reunião após a entrega da pauta de reivindicações, em 02 de Março, os patrões vieram com a velha ladainha: ou o sindica-to entrega de bandeja os postos dos cobradores ou não se negocia “na-dica” de nada! A primeira consequência deste desatino empresarial foi uma paralisação de 3 horas na Tran-sol na madrugada de 15 de abril, quando o Sindicato apresentou aos trabalhadores a posição patronal. A segunda consequência foi uma audiência que ocorreu na terça--feira, 28, no Ministério Público do

feitura e não será desta vez! Por isso é fundamental que fiquemos mobilizados e preparados com nossa Bolsa de Luta para enfren-tar a ganância dos patrões. Como

Trabalho no qual os representantes dos empresários tornaram a bater na mesma tecla. Essa disposição de rever a questão dos cobradores condi-cionando sua retirada da pauta de negociação para que se discuta sa-lários, tíquete alimentação, jornada e outros benefícios é basicamente uma chantagem a qual o Sindica-to não cederá de maneira alguma, mas isso só poderá acontecer se a Categoria pegar junto com o SIN-DICATO.

Parceiros de Lutas Desde há muito tempo a Categoria não tem cedido aos desmandos dos patrões e da pre-

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>>> Campanha Salarial

O que eles querem é demitir!

Agora são CINCO SINDI-CATOS NO COLETIVO DE LU-TAS em Santa Catarina! Isso porque a categoria da região de Chapecó saiu vitoriosa em uma luta contra os políticos, patrões e o presidente do Sindicato que agia como um ditador e pelego, dominando o sindicato e VENDENDO OS DIREITOS DOS TRABALHADORES aos patrões.

Eleições duríssimas O SINTRATURB (Floria-nópolis), mais os companheiros do SINDETRANSCOL(Blumenau), do SINTTRAVALE ( Araranguá ) e os companheiros (as) do SINTRACRIL (Criciúma), além de outras entida-des sindicais da região de Chapecó, APOIARAM um AUTÊNTICO GRUPO DE OPOSIÇÃO, que há anos vinha lutando na região. Como sempre, nosso trabalho foi duro: nós

Vitória em Chapecó

não contratamos mercenários (as), que ficam desde a madrugada nas portas das garagens tentando intimi-dar e pressionar a Categoria. Nos dias 23 e 24 de abril corrente, houve a elei-ção e o pelego foi derrotado e venceu A CHAPA 02 – DA CATEGORIA, a nossa chapa de luta. Trabalhador não é bobo e com o voto em secreto em urna, soube dar a resposta. Ganha-mos a eleição dos pelegos e dos pa-

trões. Aproveitamos para nova-mente chamar atenção das “bocas de aluguel” que insistem em questionar do porque o SINTRATURB apoia a luta de outros trabalhadores que são da nossa mesma categoria profissio-nal, lembrando que há 17 anos o SIN-TRATURB foi resgatado das mãos dos pelegos e dos patrões com o apoio de muitos outros sindicato.

Naquele período que os salários eram baixos, não havia tíquete, nem PL e as jornadas eram absurdas (com mais de quatro horas de intervalo - os mais velhos devem lembrar) e, se não fosse a solidariedade dos outros sindicatos nos apoiando e oferecendo suporte, não teríamos hoje o SINTRATURB, um sindicato que realmente luta pelos direitos da categoria. Agora, somos cinco Sindica-tos unidos para defender e ampliar conquistas. Lembramos que há ape-nas um Sindicato Patronal e 17 de trabalhadores. Essa estratégia visa enfraquecer a Classe trabalhadora e não é de hoje que tentam rebaixar nosso salário por conta dos acordos vergonhoso aceitos pelos pelegos que dirigem a maioria dos Sindicatos. En-tão é por isso que lutamos, para que a maioria dos sindicatos seja de lutas e fortaleçam nossas ações ainda mais.

sempre lutaremos com todas as armas, quer sejam paralisações ou greve, o fato é que não acei-taremos os cortes dos postos de trabalho.

Questão dos cobradores volta a pauta e causa atritos

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é uma publicação dos Sindicatos dos Empregados nas empresas permissio-nárias no Transporte Coletivo Urbano de Florianopolis e Região SINTRATURB.

EDITORAÇÃO ELETRÔNICAMFPG - 11.826.202/0001-03ENDEREÇO: Av. Mauro Ramos, 398 - CentroFlorianópolis (48) 3286-5675sintraturb@terra.com.br2.500 exemplares

>>> Terceirização, o que é isso afinal? É um golpe dos empresários e políticos que visam unicamente au-mentar seus lucros e reduzir despe-sas, precarizando salários e benefícios conquistados com muitas lutas, gre-ves e sangue derramado. Com a implantação da Tercei-rização o Motorista que hoje traba-lha na empresa “X” e recebe “Y” será demitido e contratado por uma outra empresa, que será a tercerizadora do serviço e responsável pela recontra-tação do profissional pagando-lhe um salário 24% menor.1) Número de empregos pode cair - Terceirizados trabalham, em mé-dia, três horas a mais por semana do que os contratados diretamente. Com mais gente fazendo jornadas maio-res, deve cair o número de vagas em todos os setores. Na nossa categoria a maior jornada que é de 06 horas e 20 minutos poderá ser aumentada em uma hora, passando para 07 horas e 20 minutos, com duas horas de intervalo. Profissionais de 3 horas terão 14 dias de férias conforme CLT.2) Risco de acidente deve aumentar - Os terceirizados são os empregados que mais sofrem acidentes. Na Petro-bras, mais de 80% dos mortos em ser-viço entre 1995 e 2013 eram subcon-tratados. A segurança é prejudicada porque companhias de menor porte não têm as mesmas condições tecno-lógicas e econômicas. 3) O preconceito no trabalho pode crescer - A maior ocorrência de de-núncias de discriminação está em setores onde há mais terceirizados, como os de limpeza e vigilância. Com refeitórios, vestiários e uniformes que os diferenciam, incentiva-se a percep-ção discriminatória de que são traba-

lhadores de “segunda classe”.4)Negociação com patrão ficará mais difícil - Terceirizados que trabalham em um mesmo local têm patrões dife-rentes e são representados por sindi-catos de setores distintos. Essa divisão afeta a capacidade de eles pressiona-rem por melhores benefícios. Isola-dos, terão mais dificuldades de ne-gociar de forma conjunta ou de fazer ações, como greves.5) Casos de trabalho escravo podem se multiplicar - A mão de obra ter-ceirizada é usada para tentar fugir das responsabilidades trabalhistas. Entre 2010 e 2014, cerca de 90% dos traba-

lhadores resgatados nos dez maiores flagrantes de trabalho escravo con-temporâneo eram terceirizados, con-forme dados do Ministério do Traba-lho e Emprego. 6 - Maus patrões sairão impunes - Com a nova lei, ficará mais difícil responsabilizar empregadores que desrespeitam os direitos trabalhistas, porque a relação entre a empresa prin-cipal e o funcionário terceirizado fica mais distante e difícil de ser compro-vada. Em dezembro do último ano, o Tribunal Superior do Trabalho tinha 15.082 processos sobre terceirização na fila para serem julgados, e a pers-

ConfraternizaçãoSINTRATURB Comforme tem sido em alguns anos, neste nós realizaremos nossa festa nos dias 25 e 26 de julho, e até lá esperamos ter resolvido nossa campanha sala-rial e assim possamos comemorar juntos.

pectiva dos juízes é de que esse núme-ro aumente. Isso porque é mais difícil provar a responsabilidade dos empre-gadores sobre lesões a terceirizados.8) Haverá mais facilidades para cor-rupção - Casos de corrupção como o do bicheiro Carlos Cachoeira e do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda envolviam a ter-ceirização de serviços públicos. Em diversos casos menores, contratos fraudulentos de terceirização também foram usados para desviar dinheiro do Estado. Para alguns procurador do trabalho, a nova lei libera a corrupção nas terceirizações do setor público. A saúde e a educação públicas perdem dinheiro com isso.9) Estado terá menos arrecadação e mais gastos - Empresas menores pa-gam menos impostos. Como o traba-lho terceirizado transfere funcionários para empresas menores, isso diminui-ria a arrecadação do Estado. Ao mes-mo tempo, a ampliação da terceiri-zação deve provocar uma sobrecarga adicional ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao INSS. Segundo juízes do TST, isso acontece porque os traba-lhadores terceirizados são vítimas de acidentes de trabalho e doenças ocu-pacionais com mais frequência, o que gera gastos ao setor público.10) CIPA - Outro exemplo claro éa formação de cipeiros que com a tercei-rização poderá sofrer mudanças pois patrões gananciosos, poderão contra-tar 49 ou menos trabalhadores, apenas para evitar a constituição da CIPA.

Fontes: Relatórios e pareceres da Procurado-ria Geral da República (PGR), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioe-conômicos e de juízes do Tribunal Superior do Trabalho.

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