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Prof. Janaína Naumann

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Índice

I – PRINCÍPIOS FÍSICOS DE RM Ressonância Magnética Nuclear 5 Magnetização Longitudinal 6 O sinal de RMN / F.I.D. 8 Relaxação Longitudinal 9 Relaxação Transversal 10

II – SEQUÊNCIAS DE PULSOS Seqüências de Pulsos 12 Inversion Recovery 13 Spin Echo – SE 14 Fast Spin Echo – FSE 15 Sigle Shot Fast Spin Echo – SSFSE 16 Echo Planar Image - EPI 17 Gradiente Eco 18

III – FORMAÇÃO DA IMAGEM

A Equação de Larmor 20 Campos Gradientes 21 Formação da Imagem 23 Gradientes Codificadores Gy / Gx 25 O espaço K 27

IV – QUALIDADE DA IMAGEM

Relação Sinal Ruído - SNR 29

V - SEGURANÇA Aspectos de Segurança 32 Riscos Potenciais 33 Riscos Ocupacionais 34

VI – EQUIPAMENTO / ACESSÓRIOS

O Equipamento de RM 37 Bobinas 38 Opções de Imagem 39

VII – EXAMES POR RM

Exames por RM 41 RM do Crânio 43 RM do Tórax 47 RM do Abdômen 51 RM do Joelho 54 RM da Coluna 60

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RM da Coluna Cervical 62 RM do Ombro 64 Angio RM 65 Aq. TOF – Time of Flight 67 Aq. 2DTOF 69 Aq 3DTOF 70

VIII - P R O T O C O L O S

CRANIO 71 HIPÓFISE 72 COL. CERVICAL 73 CRANIO ESPECIAL 74 COLUNA DORSAL 75 COLUNA LOMBO-SACRA 76 JOELHO 77 OMBRO 78 TÓRAX 79 ABDOMEN 80

I. Princípios Físicos de RM

Ressonância Magnética

A Ressonância Magnética é um fenômeno físico de troca de energia entre forças periódicas (ondas eletromagnéticas) e corpos animados de movimento (certos núcleos atômicos).

A RM aplicada ao diagnóstico por imagem utiliza-se dos núcleos dos átomos de hidrogênio que trocam energia com ondas eletromagnéticas aplicadas por pulsos de radiofreqüência. A obtenção da IRM a partir do hidrogênio se deve ao fato deste elemento responder

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à campos magnéticos externos e também por ser um dos principais constituintes da matéria orgânica, chegando a representar 70 % do corpo humano. A obtenção de imagens a partir de outros elementos como o fósforo, por exemplo, também é possível, no entanto, a baixa constituição deste elemento inviabiliza o seu uso. 1 - HIDROGÊNIO

O Hidrogênio é um átomo constituído por uma carga positiva no seu núcleo ( próton + ) e uma carga negativa em sua eletrosfera (elétron e- ). Apresenta movimento de rotação do núcleo (SPIN nuclear) em torno do próprio eixo. Este movimento, dependendo do campo magnético externo, pode ser discretamente alterado gerando um movimento característico conhecido por precessão.

2 - MOVIMENTO DE PRECESSÃO

Quando o átomo de hidrogênio fica submetido à forte campo magnético, observa-se uma alteração nas características do spin nuclear.

O núcleo, nestas condições, altera o seu eixo giratório de uma “linha” para um “cone”, resultado da força externa que atua sobre o átomo.

Este movimento é denominado PRECESSÃO, e se assemelha ao movimento giratório de um pião no momento em que este está perdendo a sua força (cambaleando).

Movimento de Precessão.

O núcleo do átomo de hidrogênio, reponde ao torque da forca magnética externa, nestas condições o núcleo se assemelha a um pequeno imã.

3. MAGNETIZACÃO LONGITUDINAL

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O comportamento do núcleo do hidrogênio como um pequeno imã lhe confere uma força magnética microscópica representada pela letra “ “ ( força microscópica ).

Na IRM a resultante magnética que contribui para a formação da imagem está representada pela somatória das forças microscópicas de uma grande quantidade de núcleos orientados em uma mesma direção. Esta resultante magnética quando observada ao longo das linhas de força do campo magnético principal é denominada Magnetização Longitudinal. Se as linhas de força estiverem orientadas na direção do eixo “Z “ do equipamento a magnetização longitudinal recebe a notação Mz .

A Magnetizacão Longitudinal é a Forca magnética resultante no sentido das linhas de forca do campo principal. ( Eixo Z” do equipamento de RM nos magnetos supercondutores )

4.1 - O Equilíbrio Dinâmico:

Quando um paciente é introduzido no equipamento de RM os seus átomos de hidrogênio sofrem uma orientação paralela com as linhas de força do campo principal. Nesta situação observa-se que uma grande quantidade de hidrogênios se orienta para uma das extremidades do eixo Z do equipamento (população de baixa energia) e uma quantidade ligeiramente menor se orienta para o lado oposto (população de alta energia). A somatória vetorial dos hidrogênios de ambas as populações resulta numa força magnética na direção dos prótons de baixa energia denominada magnetização longitudinal.

Freqüentemente os átomos de baixa energia absorvem energia do meio e “pulam”para o lado mais energético. Os átomos de alta energia, por sua vez, fazem o contrário, liberam energia para o meio e vão se posicionar no lado de baixa energia, estabelecendo o que se conhece por equilíbrio dinâmico. Elétrons de baixa energia

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e- e- Elétrons de alta energia

4.2 - O Fenômeno da Ressonância aplicado à imagem.

O fenômeno da ressonância baseia-se em perturbar o equilíbrio dinâmico de tal forma que a resultante magnética Mz mude a sua orientação no espaço e vá preferencialmente assumir uma posição no plano transversal ( X,Y ). Para que isto ocorra faz-se necessário que corpos em movimento (núcleos de hidrogênio em precessão) troquem energia com uma força periódica externa (ondas eletromagnéticas de radiofreqüência).

Quando as ondas de RF oscilam na mesma freqüência de precessão dos núcleos de hidrogênio observa-se o fenômeno da ressonância, em outras palavras, os núcleos de baixa energia absorvem a energia das ondas externas e “pulam” em grande quantidade para o lado energético, conseguindo assim, levar a resultante magnética Mz para o plano transversal.

A nova resultante magnética que surge no plano transversal assume a denominação Magnetização Transversal - “Mxy “. Esta magnetizacão é capaz de induzir corrente elétrica em bobinas apropriadas. As correntes observadas nessas bobinas constituem-se, em última análise, no SINAL DE RM.

- O Sinal da Ressonância Magnética.

A força magnética Mxy que surge no plano transversal do equipamento é de natureza oscilatória, ou seja, inverte a sua polaridade em relação à bobina induzindo corrente elétrica alternada. Todo o sistema de RM está projetado para permitir que a forca magnética Mxy induza correntes elétricas apreciáveis em diferentes tipos de bobinas. Cada corrente observada nessas bobinas, representa o sinal de ressonância magnética proveniente de uma região do paciente. O comportamento do sinal de ressonância é fundamental para uma perfeita compreensão dos fatores que interferem na qualidade das imagens e como este afeta a relação Sinal/Ruído.

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O F.I.D. ( Free Induction Decay )

A magnetização transversal é obtida a partir da excitação de uma determinada “população” de hidrogênios. Se esta excitação for suficiente para provocar uma báscula da resultante magnética de 90 graus, dizemos que foi aplicado um pulso de 90 graus ou /2. Se o pulso de excitação provocar uma báscula menor da resultante, por exemplo 70 graus, teremos uma magnetização transversal parcial. A magnetização transversal parcial permitirá a indução de correntes de menor amplitude, no entanto, suficientes para produzir imagens diagnósticas.

Mxy

Pulso 70 graus

Mz

O FID (free inducction decay) ou simplesmente “ Queda Livre da Indução” indica que o sinal de RM vai diminuindo de intensidade em função do tempo. Isto ocorre porque a população de hidrogênios, inicialmente excitada, libera a energia absorvida para o meio, buscando o equilíbrio através da recuperação da magnetização longitudinal.

A RELAXACÃO LONGITUDINAL ( T1 )

Na busca do equilíbrio dinâmico os prótons que absorveram energia no processo de excitação passam a liberá-la para o meio e voltam para o estado de menor energia. Os diferentes tecidos do corpo humano recuperam suas magnetizações longitudinais em tempos diferentes o que possibilita o estudo da RM por contraste em T1. Considera-se T1 de um tecido em particular, o tempo necessário para uma recuperação de aproximadamente 63% da magnetização longitudinal dos prótons deste tecido. ( Figura ).

100%

xy 63%

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M Mxy

Mz z T1 t 63%

Graficamente podemos visualizar o instante em que dois tecidos apresentam o melhor contraste por T1 ( Fig. ) . A obtenção da imagem neste momento produz uma imagem de alto contraste .

Mz

t T1

A RELAXAÇÃO TRANSVERSAL ( T 2 )

Já vimos que quando o pulso de RF é aplicado ao paciente uma determinada quantidade de hidrogênio responde pelo fenômeno da ressonância. A população de hidrogênios excitada, desvia a resultante magnética para o eixo transversal. Nestas condições, todos os átomos que contribuem para a resultante transversal, possuem a mesma fase e o valor da resultante magnética é máximo, porém, o contraste entre os tecidos é mínimo. Após algum tempo, os átomos excitados alteram as suas fases, resultado da interação com átomos vizinhos e da falta de homogeneidade do campo magnético principal. É possível obter contraste entre os tecidos neste momento. O padrão de imagem estabelecido nestas condições é o que conhecemos por T2. Em outras palavras podemos dizer que: T2 é a

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imagem formada no momento da perda da coerência de fase no plano transversal. A principal característica da imagem T2 é que os líquidos se apresentam claros. Tecidos musculares, vísceras, parênquimas, dão pouco sinal, e se apresentam escuros. O tempo de relaxação transversal ( T2 ) de um tecido em particular , é o tempo necessário para que a resultante magnética no plano transversal decaia até aproximadamente 37% do seu valor original.

Mxy100%........

37%.........

T2 t

II - Seqüências de Pulsos

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SEQUÊNCIAS DE PULSOS

A forma como os pulsos de RF são aplicados influenciam o contraste das imagens. É possível a partir da aplicação de pulsos de diferentes ângulos obter diferentes contrastes entre os tecidos. Alguns conceitos são importantes para uma boa compreensão da dinâmica das seqüências .:

TR ( Tempo de Repetição )

É o tempo medido entre o primeiro pulso e a sua repetição. Exemplo: 180 180

90 90 t

TR = 400 ms

TE ( Tempo de Eco ).

É o tempo medido entre o primeiro pulso e a amplitude máxima do sinal de RM (eco).

180 90 sinal t TE = 20 ms

1 - INVERSION RECOVERY ( Recuperação da Inversão ).

É uma sequência que utiliza-se basicamente de 3 pulsos:

1 pulso de inversão de 180 graus. 1 pulso de 90 graus. 1 pulso de recuperação de fase de 180 graus.

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Aplicação: - Usada para obtenção de imagens com alto contraste por T1.

- Suprime o sinal da gordura ou outro tecido em particular,

utilizando-se do tempo de inversão adequado. (técnica de saturação )

180 180 180 180 90 sinal 90

T.R.

TI

TE

R.F .

Gz

Gy

Gx

Sinal2 . SPIN ECO

A

sequência spin eco é a mais utilizada. Os padrões de imagem T1 , T2 e DP, estão intimamente relacionados com esta seqüência. A seqüência spin-eco constitui-se de 2 pulsos : Um de excitação de 90 graus e um de recuperação de fase de 180 graus. Se aplicados 2 pulsos de 180 graus é possível a obtenção de imagens em diferentes ponderações. ( D.P. e T2 por exemplo )

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180 180 90 90

T.E.

T.R.

Seqüência Spin Eco com dois pulsos de 180 graus.

RF

Gz

Gy

Gx

Sinal

3. A

Sequência Fast Spin Eco ( Turbo Spin Eco )

A seqüência FSE (TSE) utiliza-se de uma cadeia de pulsos de 180 graus aplicados à uma única imagem (trem de ecos), fazendo-se variar a codificação de fase após cada pulso de refasamento. O vários sinais codificados preenchem o espaço K muito rapidamente. Cada linha do espaço K é preenchida pela codificação de cada pulso de 180 graus.

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Seqüência Fast Spin Eco ( Múltiplos pulsos de 180 graus )

4 – SEQUENCIA SINGLE SHOT FAST SPIN ECO - SSFSE

A sequência SSFSE utiliza-se de uma cadeia de ecos suficiente para preencher todas as linhas do espaço K após um único TR. Para uma matriz 256, são utilizados 256 pulsos de 180 graus após o pulso inicial de 90 graus. Uma seqüência completa dura apenas alguns segundos. Esta seqüência, dado a grande quantidade de ecos produzidos, pondera as imagens quase que tão somente em T2 e é muito utilizada nas colangiorressonâncias, urorressonâncias e mielorressonâncias.

. . . . . .

SSFSE - Cadeia longa de ecos A Técnica EPI – Echo Planar Image

A técnica EPI é a maneira mais rápida de se obter imagens por RMN. Permite a codificação e preenchimento de todo o espaço K com um único TR, sem que para isto, se utilize dos pulsos de refasamento de 180 graus como os usados na seqüência FSE. Esta técnica consiste em inverter a polaridade dos gradientes codificadores de fase e de freqüência de forma contínua, conseguindo-

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se desta forma, o preenchimento de todo o espaço K em apenas fração de segundos. Esta técnica pode ser acoplada às seqüências Spin Eco e também por Gradiente de Eco, sendo largamente utilizada nos estudos funcionais de difusão, perfusão e ativação por ressonância magnética.

RF

Gz

Gy

Gx

Sinal

Aquisição Eco Planar ( EPI )

3 - Seqüência Gradiente de Eco

A seqüência gradiente de eco utiliza-se de um pulso inicial de ângulo variável entre 5 e 180 graus ( Flip angle ). O refasamento dos prótons é obtido pela aplicação de um campo gradiente invertido. Na seqüência gradiente de eco os tempos TR e TE são muito curtos, reduzindo o tempo total do exame, no entanto, observa-se muitos artefatos na imagem.

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RF

Gz

Gy

Gx

Sinal

Seqüência Gradiente Eco com Flip Angle de 90 graus

As seqüências gradiente de eco são muito utilizadas nas aquisições vasculares e aquisições dinâmicas por RMN.

Principais Sequências de Pulsos .

SE ( Spin Eco ): Seqüência convencional em RM, utilizada para obtenção de imagens ponderadas em T1, T2 e D.P com alto grau de definição.

FSE ( Fast Spin Eco / Turbo Eco ) : Seqüência que utiliza múltiplos pulsos de 180 graus para um mesmo corte reduzindo drasticamente o tempo de aquisição das imagens. O fator turbo ( quantidade de pulsos de 180 graus) , determina a magnitude da redução da seqüência.

FSE-XL : Seqüência fast spin eco com tempo de espaçamento mais curto entre pulsos de 180 graus. Melhor SNR nas imagens T2.

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SSFSE – Seqüência spin eco com disparo único. ( 128 ou 256 codificações de fase )

I.R. – Seqüência Inversion Recovery. O parâmetro TI ( Tempo de inversão) usado nesta seqüência influenciará o padrão da imagem.

No equipamento de 1,5 Tesla: TI = 160 ms - Satura a gordura. TI = 800 ms - Aumenta o contraste por T1. TI = 2.200 ms - Satura o sinal do Liquor.

FLAIR – Seqüência Inversion Recovery com tempo de inversão de aproximadamente 2000/2200 ms utilizado para obtenção de imagens T2 com supressão do sinal do liquor.

STIR – Seqüência inversion recovery com ponderação T1.

SPIR – Seqüência inversion recovery com saturação espectral da gordura.

GRE / GRASS / FFE / FISP – Seqüência gradiente eco coerente. Imagens ponderadas em T2*. Alta sensibilidade para líquidos.

SPGR / FFE-T1 / FLASH - Sequência gradiente eco incoerente. Imagens gradiente com ponderação T1 e sensibilidade para fluxo.

FAST GRE / FAST SPGR / TFE / TURBO FLASH : Sequências gradiente eco ultra-rápidas.

TOF GRE 2D – seqüência vascular pelo método Time of Flight em seqüência gradiente eco coerente de aquisição de imagens planas bidimensionais.

TOF GRE 3D – Seqüência vascular pelo método Time of Flight em seqüência gradiente eco coerente de aquisição de um volume de imagens.

TOF SPGR 2D – Seqüência vascular gradiente eco incoerente ( T1W ). Aquisição Bidimensional.

TOF SPGR 3D – Seqüência vascular gradiente eco incoerente ( T1W ). Aquisição volumétrica.

PC 2D – Seqüência vascular gradiente eco phase contrast com codificação de fluxo/velocidade. Aquisição bidimensional.

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PC 3D – Seqüência vascular gradiente eco phase contrast com codificação de fluxo/velocidade. Aquisição volumétrica.

CeMRA – Seqüência vascular gradiente eco com contraste a base de gadolíneo

DW-EPI – Seqüência de difusão pela técnica Echo Planar Image.

PERFUSION-EPI – Seqüência de perfusão pela técnica Echo Planar Image.

III - Formação da Imagem

A Equação de Larmor.

A frequência com que o próton de hidrogênio precessiona depende:

1. - Da razão giromagnética “ “ 2. - Do campo magnético a que ele é submetido.

W = Frequência de precessão : Define a quantidade de giros por segundo ( precessão ). Bo = Campo Magnético Principal : Define Intensidade do Campo Magnético do Equipamento = Razão Giromagnética: Constante Característica de cada átomo. Para o Hidrogênio vale: 42,58 x 106 Hertz/s. A freqüência de precessão de um próton de hidrogênio depende do campo magnético que atua sobre o próton e da sua razão giromagnética “ ”. Definido a freqüência de precessão de um próton, podemos excitá-lo por ressonância a partir da aplicação de uma força periódica externa de mesma freqüência.

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W = Bo .

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Aproximadamente 63 milhões, oitocentos e setenta mil vezes por segundo é a freqüência de precessão dos prótons de hidrogênio do corpo de um paciente que se encontra no interior de um equipamento de 1,5 Tesla.

Campos Gradientes

A informação obtida pela equação de Larmor mostra que para a realização de imagens por ressonância de diferentes regiões do corpo é preciso fazer variar o campo magnético numa certa direção provocando assim diferentes freqüências de precessão dos prótons de hidrogênio ao longo deste campo magnético. Campos magnéticos que variam gradativamente de intensidade numa certa direção são denominados campos gradientes. No sistema de RM os campos gradientes ocupam os três eixos físicos X, Y, Z, respectivamente horizontal, vertical e longitudinal e servem para selecionar o plano e a espessura do corte e codificar espacialmente os sinais provenientes do paciente.

Campo Magnético Gradiente ( Intensidade Variável )

-4 -2 0 +2 +4 mT

Considerando um equipamento de 1,5 T

Wo = Bo ( 1,5 T ) . ( 42,58 106 Hz/s ) Wo = 63,87 . 106 Hz/s

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Campos Gradientes são adicionados ao campo magnético

principal, para diferenciar a freqüência com que prótons de diferentes regiões do corpo precessionam. Nestas condições a equação de Larmor fica assim definida:

Campos gradientes são adicionados ao longo dos três eixos físicos do equipamento. O gradiente responsável pela seleção do corte é denominado Gradiente Seletivo ( Gz ). O gradiente codificador da fase é denominado Gy. O gradiente codificador da freqüência ou gradiente de leitura é denominado Gx.

W x = ( Bo + Gx ) .

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RM - Formação da Imagem. Codificação espacial.

Um paciente no interior do magneto experimenta um campo magnético proporcional à Bo. Todos os prótons que ficam sob ação do campo principal precessionam na mesma freqüência ( Equação de Larmor). Para que possamos obter imagens de regiões específicas do paciente é necessário codificar espacialmente os prótons, diferenciando-os quanto às suas freqüências de precessão, somente desta forma, poderemos obter imagens dos pés, do abdômen ou da cabeça do paciente. A codificação espacial é obtida a partir da aplicação de campos magnéticos que variam de intensidade numa certa direção, alterando as freqüências de precessão dos prótons de hidrogênio na direção do campo gradiente. Uma vez codificado espacialmente os prótons de hidrogênio, torna-se possível a excitação seletiva de uma região ou corte em particular a partir da aplicação de pulsos de RF direcionados (campos B1 ) .

Campos Gradientes

Campos gradientes são campos magnéticos que apresentam variações lineares de intensidade ao longo de uma certa direção aumentando ou diminuindo o campo magnético local. No equipamento de RM os campos gradientes atuam a partir do isocentro magnético aumentando gradativamente a intensidade em uma direção e diminuindo também de forma gradativa a intensidade na direção

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oposta. No isocentro magnético o campo magnético local será sempre equivalente à Bo.

G+

Bo

G- 0.996 T 1.0 T 1.004 T

Uma vez aplicado o campo gradiente os prótons precessionam segundo a equação:

= x ( Bo + G )

Gradientes do Sistema de RMN

O sistema de RM apresenta 3 eixos físicos:

Eixo Z - Longitudinal Eixo Y - Vertical Eixo X - Horizontal Ao longo de cada eixo encontra-se as bobinas gradientes. No momento da formação da imagem as bobinas geram os campos gradientes necessários para a seleção do corte e codificação espacial do sinal de RM. O gradiente responsável pela seleção de corte é denominado Gradiente Seletivo ( Gz ). Os gradientes que codificam o sinal no plano de cortes são denominados; Gradiente de Fase ( Gy ) e Gradiente de Freqüência (Gy ).

O Gradiente Seletivo ( Gz )

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O gradiente seletivo é responsável pela determinação do plano corte. Quando escolhemos imagens axiais o gradiente seletivo fica posicionado ao longo do eixo Z do equipamento. Nestas condições observamos que os prótons do paciente apresentam diferentes freqüências de precessão entre os pés e a cabeça. Quando a escolha da imagem for coronal o gradiente seletivo ficará ao longo do Eixo Y, neste momento os prótons apresentarão diferentes freqüências de precessão entre a anatomia posterior e anterior do paciente. Nos cortes sagitais o campo gradiente estará ao longo do eixo X e as frequências de precessão será diferenciada entre os lados direito e esquerdo do paciente.

No processo de formação da imagem o gradiente Gz é o primeiro a entrar em ação codificando os prótons pela suas freqüências de precessão. A aplicação dos pulsos de RF direcionados permite obtenção do sinal de RM em qualquer plano ao longo desta direção .

Gradiente Codificador de Fase - Gy

Uma vez selecionado o corte, o plano correspondente, precisará ainda ser codificado em duas dimensões para a reconstrução de uma imagem bidimensional - 2D. Em uma das dimensões a codificação será feita pela fase dos prótons de hidrogênio. A codificação por fase é obtida pela aplicação durante um determinado período de tempo de uma campo gradiente ao longo de uma das direções do plano de corte. O Gradiente aplicado acelera a freqüência de precessão fazendo com que a fase dos prótons se diferenciem na direção do gradiente. Em RM a codificação pelo gradiente de fase Gy é individual para cada linha da imagem. Imagens de alta resolução, matrizes altas, demoram mais tempo para serem adquiridas, por este motivo, é muito comum a utilização de matrizes assimétricas ( 256 x 192 por exemplo).

Gradiente Codificador de Freqüência - Gx.

A outra dimensão da imagem é codificada pela freqüência de precessão dos prótons de hidrogênio. O gradiente responsável por isto é o gradiente codificador de freqüência Gx, também denominado gradiente de leitura. A denominação gradiente de leitura se deve ao fato do sistema interpretar o sinal de RM no momento em que este encontra-se em ação e que coincide com o eco verificado na seqüência spin-eco.

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A determinação da espessura do corte.

A espessura de corte pode ser obtida de duas formas:- Variando a banda de radio freqüência – B1.- Variando a amplitude do gradiente.

B1 – banda estreita B1 – banda larga

Quanto mais larga a Banda RF B1 maior será a espessurado corte.

Gradiente de Pequena Rampa Gradiente de Grande Rampa

B1 B1

Quanto maior a rampa do gradiente (amplitude) menor será

espessura de corte.

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O Espaço K

As informações obtidas no processo de codificação do sinal são enviadas para uma área do processador de imagens definida como espaço “K “. O espaço K armazena as informações dos dados brutos relativos às linhas e colunas que formarão a imagem por ressonância magnética. Os dados são processados matematicamente pela Transformação Bidimensional de Fourier e convertidos em escala de cinza. A forma como os dados adquiridos e armazenados influenciam a qualidade da imagem. O espaço K pode ser representado graficamente como uma matriz composta de linhas e colunas correspondentes às da imagem por ressonância.

Representação esquemática do Espaço K

00 0 0

0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0

0 0 00

Freqüência

As linhas centrais do espaço guardam as informações codificadas por gradientes de baixa amplitude –

As linhas periféricas do espaço K guardam as informações codificadas pelo gradiente de alta amplitude.

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IsocentroFASE

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Sinal forte - Baixa resolução.

Sinal Fraco - Alta Resolução.

Preenchimento parcial de dadosEco Parcial / Fracional.

A codificação do sinal por gradientes “ negativo/positivo” permite a obtenção de informações especulares de sinais invertidos. É possível adquirir parcialmente os dados e deixar que o computador “calcule” as demais linhas numa análise comparativa. Neste caso será necessária a codificação de pelo menos um pólo do gradiente.

Gy

Aquisição parcial dos dados. Nos ecos parciais coleta-se aproximadamente 60% dos dados. Os 40% restantes são calculados pelo computador.

IV - Qualidade da Imagem

SNR - ( Signal to Noise Ratio ) Relação Sinal - Ruído

0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0

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Em ressonância magnética a qualidade da imagem pode ser medida pela SNR (signal to noise ratio ) ou Relação Sinal - Ruido. SNR mede em termos qualitativos o sinal puro de RM. Quanto maior o seu valor menor será a influência dos fatores que contribuem para a degradação da imagem. O ruído se caracteriza pela formação da imagem "granulada" que se sobrepõe à imagem real do objeto, dificultando a sua visualização. Imagens com baixos valores de SNR são pobres em detalhes, por isso, estamos constantemente preocupados com os parâmetros que possam elevar esta relação.

Principais Fatores que afetam a Relação Sinal-Ruido.

1 - Intensidade do Campo Magnético Principal - Bo.

Quanto maior Bo, maior SNR.

Altos Campos permitem a excitação de uma maior quantidade de prótons, resultando numa melhora direta do sinal de RM.

2 - Tipo de Bobina utilizada.

As bobinas influenciam decisivamente na qualidade das imagens. Basicamente são de 4 tipos:.

2.1 - Bobina de Corpo : De grandes dimensões, é utilizada nos exames que requerem grandes campos de exploração. FOV ( Field of View ) maior que 30 cm.

2.2 - Bobinas de Superfície ( Receptoras ): Os fabricantes costumam apresentar diferentes tipos de bobinas que se ajustam de forma anatômica aos diferentes órgãos, melhorando com isto a relação sinal-ruído. Assim, encontramos bobinas próprias para: punho; joelho; ombro; coluna; etc.... Quanto menor a bobina e quanto melhor esta envolver o órgão em estudo, melhor será a relação sinal-ruído. 2.3 - Bobinas de Quadratura: Duas ou mais bobinas de superfície, conjugadas de tal forma a obter simultaneamente o sinal de uma mesma região. Apresenta melhor SNR comparada às bobinas de superfície comuns.

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2.4 – Bobinas de Arranjo de Fase ( Phased-Array) : Múltiplas bobinas conjugadas que apresentam melhor relação sinal-ruído comparada às bobinas de quadratura.

3. FOV ( Field of View ) - Campo de Visão. Quanto maior o FOV - maior SNR.

Quando se aumenta o campo de exploração, obtém-se uma quantidade maior de prótons no processo de formação imagem, conseqüentemente há um aumento de sinal.

4. THICKNESS – ( Espessura de Corte ) Quanto maior a espessura - maior SNR.

Maior quantidade de prótons contribuindo no sinal.

5. NEX - Número de Excitações. Quanto maior o NEX - maior a SNR.

Na formação da imagem por RM é possível excitar mais de uma vez um mesmo tecido e obter múltiplas respostas desta região. Quanto maior for o número de excitações, melhor será a relação sina-ruído, no entanto, o tempo de aquisição das imagens aumentará na proporção do número de excitações utilizado.

6. MATRIZ Quanto maior a resolução da matriz, menor a SNR.

Ao contrário da tomografia computadorizada, usamos mudar constantemente as dimensões das matrizes das imagens em RM . Quanto maior a resolução da matriz, particularmente na direção de codificação da fase, maior será o tempo de aquisição da imagem. Com objetivo de reduzir os tempos de aquisição das imagens, também usamos trabalhar com matrizes assimétricas (192 x 256 por exemplo ) , com a menor dimensão da matriz ajustada na direção de codificação da fase. ______________________________________

Tempo = TR x NEX x Matriz ( fase ).

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______________________________________ Exemplo:. Uma série T1 (Spin Eco) realizada com TR = 500 ms 2 Nex , e matriz 192 (fase) x 256 (freqüência), leva exatos 3 minutos e 12 segundos para se completar. 7 . - O Tempo de Repetição ( T.R. ) Quanto maior o TR, maior a SNR.

Aumentando-se o TR permitimos que uma quantidade maior de prótons de hidrogênio recuperem a magnetização longitudinal, aumentado-se assim a população a ser excitada no próximo pulso.

8. - BANDWIDTH ( Largura da Banda de Leitura ) Quanto maior BANDWIDTH - menor a SNR.

A banda de leitura pode ser variável e ajustar-se à amplitude do sinal. Bandas estreitas fazem a leitura de sinal de grande amplitude o que diminui o ruído nas imagens.

V - Segurança

RM – Aspectos de Segurança

As pessoas envolvidas na marcação dos exames devem apresentar um conhecimento mínimo sobre o método, bem como, as suas contra-indicações. Este procedimento é importante para se evitar possíveis acidentes.

Estão contra indicados de realizar o exame os pacientes:

Portadores de marcapasso cardíaco Portadores de implantes eletrônicos Portadores de grampos de aneurisma ou clips metálicos Com cirurgia pregressa do ouvido interno Que apresentam fragmentos metálicos Que contenham metal no interior de seu(s) olho(s). Gravidez durante o primeiro trimestre(embriogênese).

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Apresentam contra indicação parcial os pacientes:

Portadores de próteses metálicas em geral. Portadores de claustrofobia. Gestantes após o terceiro mês de gravidez.

Nenhum objeto ferro-magnético que possa ser atraído pelo magneto deve entrar na sala de exame. E recomendável que o paciente troque de roupa e remova pertences como relógios, brincos, colares, correntes, adornos de metal para cabelo, celulares, pagers, cartões magnéticos, bilhetes de metrô ou quaisquer outros objetos metálicos que possam sofrer atração magnética.

Riscos potenciais em RM

Objetos metálicos podem transformarem-se em projéteis.Interferência elétrica em implantes.Torção de objetos metálicos.Aquecimento local de tecidos e objetos metálicos.Interferência elétrica com a função normal de células nervosas e fibras muscula-res (neuroestimulação ).

O serviço de ressonância deve dispor de cartazes de advertência e sistema de segurança nas portas a fim de impedir a entrada de pessoas não autorizadas. Nos casos de parada respiratória ou cardíaca, o paciente deve ser retirado para fora da sala para o atendimento de emergência. Torpedos de O2, bombas de infusão, equipamentos de monitorização, cadeiras de roda e macas não são permitidos dentro da linha de 50 Gauss. Nesta área só serão permitidos os equipamentos projetados exclusivamente para RM.

Interferência elétrica com implantes eletromecânicos.

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O campo magnético pode causar danos aos marcapassos cardíacos, o pulso de radiofreqüência pode induzir voltagem, alterando as derivações do marcapasso, outros dispositivos também podem ser afetados como os neuroestimuladores, estimuladores do crescimento ósseo e implantes cocleares, estes, devem permanecer fora da linha de 5Gauss(G). Já os cartões e fitas magnéticas, relógios analógicos, devem ser mantidos fora da linha de 10 Gauss(G).

Torção de objetos metálicos.

Nesse caso tratamos da interação dos grampos e clips cirúrgicos e sua localização dentro do corpo do paciente e sua interação com o campo magnético estático, onde o campo pode causar torção do objeto e lesão do tecido adjacente ou local cirúrgico. Nesses casos o risco maior são os clips de aneurisma que podem sofrer torção exceto se for conhecido o tipo exato e for comprovado que o mesmo não é ferromagnético. Algumas próteses de estribo também são contra-indicadas. Recomenda-se que seja feito um rastreamento por RX nos casos de pacientes que tenham ferimentos por arma de fogo e estilhaços metálicos intraoculares.

Aquecimento local de tecidos e objetos metálicos.

O aquecimento de objetos metálicos dentro do corpo do paciente pelo pulso de radiofreqüência é outro motivo de preocupação. A absorção de RF é medida por Watts por kilograma, sendo a taxa de absorção denominada razão de absorção específica (SAR- Specific Absorption Rate ). Para que o equipamento possa controlar a absorção de RF torna-se imprescindível informar o peso correto do paciente no momento do registro dos seus dados.

Até o momento não se conhece nenhum caso onde o aquecimento tecidual, decorrente do deposito de RF, tenha sido prejudicial para o paciente, não obstante, as pacientes gestantes no primeiro trimestre de gravidez precisam ser avaliadas quanto aos riscos do aumento da temperatura fetal.

Interferência elétrica com funções normais das células nervosas e fibras musculares.

Os campos magnéticos induzidos por gradiente e que se modificam rapidamente podem causar corrente elétrica nos tecidos e podem ser suficientemente grandes para interferir com a função normal das células nervosas e fibras musculares.

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RISCOS OCUPACIONAIS

◊Efeitos biológicos

Não se tem notícia de efeitos biológicos adversos a longo prazo para pessoas que trabalham no departamento de RM , por precaução, recomenda-se, que as funcionárias grávidas não permaneçam dentro da sala de exames quando os gradientes estiverem ativados.

Com relação aos funcionários do setor de RM deve-se proceder a uma investigação do eventual risco potencial de cada um, bem como, oferecer-lhes treinamento adequado para condutas de rotina visando as normas de segurança em RM.

◊Quenching

É o processo de perda súbita do campo magnético gerado pelas bobinas do magneto, de modo que elas deixam de ser supercondutoras e passam a ser bobinas de resistência,isto faz com que o hélio escape do banho criogênico rapidamente. Este processo pode acontecer por acidente ou por indução manual no caso de emergência. A decisão de induzir o quench deve ser tomada em conjunto pelo operador, médico e engenheiro do serviço, pois implica em danos irreparáveis as bobinas supercondutoras. Os alarmes que detectam a baixa dos níveis de O2 na sala e que pode significar escape de gás Hélio, devem sempre ser testados, e quando forem acionados, o paciente deve ser removido imediatamente da sala de exames.

DICAS DE SEGURANÇA

1-Antes de marcar um exame para um paciente, verifique se ele não se enquadra na lista de contra-indicações para este estudo.

2-Verifique se ele sofre de claustrofobia.

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3-Esclareça corretamente o paciente , pois grande parte de sua ansiedade é pelo desconhecido.

4-Tente atende-lo e conforta-lo da melhor maneira possível enquanto aguarda a sua vez .

5-O paciente deve ser entrevistado antes do início do exame, a fim de que se possa investigar cirúrgias feitas, ferimentos por metais, presenca de marcapassos e outros.

6-Assegure-se de que todos os metais foram removidos como: cartões magnéticos, jóias, bijouterias, relógios, moedas, chaves, maquiagem e todos os objetos metálicos não fixos, inclusive piercings.

7-Tatuagens devem ser cobertas com panos umedecidos e se forem na região dos olhos haverá contra-indicação, pois podem se aquecer.

8-Sutiãs e cintos devem ser removidos. A roupa do paciente deve ser substituída por avental ou roupão do hospital.

9- Investigue sempre. Os pacientes em geral nada sabem sobre os efeitos do forte campo magnético. Cheque as informações do prontuário. Retire as duvidas com o acompanhante se este for esclarecido.

10- A ansiedade provocada pela claustrofobia pode ser atenuada:- Pelo uso de um espelho retrovisor , para que o paciente possa ver a saída do túnel do magneto.- Posicionando o paciente em decúbito ventral.- Pedindo para o paciente manter os olhos fechados ou cobertos por uma venda.- Removendo o travesseiro a fim de que o rosto do paciente fique mais afastado do teto do magneto.- Conversando com o paciente a cada seqüência ou tira-lo brevemente do magneto pode ajuda-lo a realizar o exame sem anestesia.-iluminar e ventilar o magneto é outra boa idéia.-mantendo, se for necessário, o acompanhante do paciente junto a ele durante o exame.

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VI - O Equipamento de Ressonância Magnética Nuclear

Magneto -

Equipamento de 1.5 Tesla

Console

Equipamento de 1.5 Tesla.

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Bobinas

Bobina de Crânio – Head Coil Bobina de Coluna - CTL

Bobina de Joelho / Tornozelo Bobina de Punho

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Bobina de Mama Bobina de Tórax / Abdômen (Breast – Array ) ( Torso – Array ) Principais opções de imagens:

Na mesa de comando de um equipamento de ressonância encontramos entre as principais opções:

Seqüência de Pulsos: Parâmetro que nos permite escolher a melhor seqüência para o exame.

Thickness ( Espessura do corte ): Permite a escolha de cortes com espessura que variam entre 2 mm e 20 mm.

GAP ( Intervalo entre cortes ): Permite a definição do espaçamente entre duas imagens.

Matriz : A matriz em RMN pode ser simétrica ou assimétrica. As matrizes assimétricas com a menor dimensão codificada pelo gradiente de fase permite a obtenção de imagens com tempos mais curtos.

Número de cortes # : O número de cortes deve ser definido de forma a cobrir a região de interesse.

Flow Compensation ( FC ) – Compensação do fluxo liquórico. Utilizado nas seqüências vasculares e com ponderação em T2.

Pré-saturação ( SAT / A-P-L-R-S-I- FAT – WATER ) : Pulso adicional de saturação de tecidos e fluxos direcionais.

No Phase Wrap / Wrap Around / Foldover : Recurso para suprimir os artefatos de “dobra da imagem no FOV” ( Aliasing ). O artefato ocorre na direção de codificação da fase.

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Respiratory Compensation ( RESP COMP ): Compensa os artefatos de movimento na região torácica e abdominal produzidos pela respiração.

Cardiac Gating : Acoplamento com ECG para evitar os artefatos produzidos pelo batimento cardíaco.

Peripheral Gating: Acoplamento com sensor periférico ( Dedo ) para evitar os artefatos produzidos pelo ciclo cardíaco.

Multi-Phase : Opção para aquisição múltipla de um mesmo planejamento. Utilizado nas opções cine RM. ( Acoplamento cardíaco multi-fásico ).

Echo Train ( Fator Turbo ): Define o número de pulsos de 180 graus na seqüência fast spin-eco.

Variable Bandwith : Define a banda de freqüências utilizadas na leitura do sinal de RM.

Magnetization Transfer: Pulso adicional de saturação do efeito T2 de macromoléculas ( substâncias branca e cinzenta do cérebro ).

Retangular FOV : Field Of View assimétrico.

Matriz Retangular : Matriz assimétrica por redução do número de linhas de codificação da fase e conseqüente redução do tempo da seqüência.

NEX / NSA : Número de excitações. Número de medidas.

VII - EXAMES POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Estão contra indicados de realizar exames de RM os pacientes portadores: De marca passo cardíaco. De "Clips " de aneurisma De neuro-estimuladores.

Apresentam contra indicacão parcial os pacientes:

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Portadores de próteses metálicas em geral. Portadores de claustrofobia. Gestantes até o terceiro mês.

** Constitui-se num procedimento comum entrevistar o paciente ante do exame para determinar se o mesmo apresenta algum risco potencial para esta técnica.

Tabela de Contra-Indicações:

CLIPS DE ANEURISMA SIM PRÓTESES DE

ESTRIBO NÃO

MARCA PASSO CARDIACO SIM PROTESE DENTÁRIA NÃO

ELETRODO MARCA PASSO SIM

PROTESE DE QUADRIL

NÃO

PROTESES DE CORDAS VOCAIS

SIM

STENTS NÃO

PROJÉTEIS NA REGIÃO ORBITÁRIA

SIM

PROJÉTEIS ARMA FOGO

NÃO *

PRÓTESE PENIANA DACOMED/OMNIPHASE GRAVIDEZ 3 MESES

Cuidados Preliminares:

Antes de iniciar o exame, é imprescindível tomar alguns cuidados, para evitar acidentes que, não raramente, se apresentam com gravidade:

1 . Entrevista com o paciente:

A entrevista serve inicialmente para coletar as informações clínicas que irão ajudar o radiologista na condução do exame e nas suas conclusões diagnósticas. Serve também para que possamos orientar o paciente do seu procedimento no transcorrer do exame e esclarecer eventuais dúvidas sobre o método. Na entrevista devemos investigar ainda se o paciente apresenta alguma contra-indicação ao exame. Normalmente os serviços dispõem de questionários prontos com esta finalidade.

2. Informações importantes a serem transmitidas:

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O tempo de exame ( Em média de 20 minutos à 01 hora ) O barulho que o paciente vai ouvir durante as aquisições

das imagens. A possibilidade de comunicação com o operador nos

intervalos entre as séries. A imobilidade que o paciente deverá manter,

principalmente durante o barulho. A comunicação de qualquer fato estranho que possa

ocorrer durante o exame ( calor, cefaléia, etc... )

Durante o exame é importante o operador estabelecer uma comunicação com o paciente, isto costuma tranquilizá-lo e evita aquela sensação de ter sido abandonado. É importante estarmos atentos também aos eventuais estados de angústia ou ansiedade, situação comum na rotina diária.

1. - RM DO CRANIO

A RM do crânio está indicada principalmente:

Nas pesquisas de Tumores Nos processos Inflamatórios Nos estudos das alterações da substância branca e cinzenta. Nas malformações. Nos estudos vasculares; venoso e/ou arterial. Nas patologias isquêmicas. Nas síndromes convulsivas. Em análises funcionais. Em estudos de espectroscopia por RM.

O exame do crânio segue na maior parte dos serviços um protocolo básico compreendido por:

Série Sagital T1. Série Axial T2. Série Axial FLAIR. Série Coronal T2.

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Sagital T1

A série Sagital T1 é a primeira a ser realizada. Normalmente são feitos de 15 à 20 cortes com 5 mm de espessura e “gap” de 2 mm em seqüência spin-eco ou turbo spin-eco.A seqüência sagital T1 permite um estudo anatômico no plano sagital e serve de imagem de planejamento para as demais séries.

Axial T2

A série axial T2 apresenta alta sensibilidade para a maior parte das patologias cerebrais. A capacidade de demonstrar hipersinal dos líquidos permite, muitas vezes, demonstrar edemas associados à tumores, traumas, processos infecciosos, etc...Nesta série os cortes devem cobrir todo o parênquima cerebral, indo desde a região do forame magno até a região do seio sagital superior. Os planos de cortes são paralelos ao plano formado pelas comissuras anterior e posterior do encéfalo. Normalmente são feitas 20 imagens de 5 mm de espessura e 2 mm de gap.

Axial FLAIR

A técnica FLAIR ( Fluid Atenuated Acquisition in Inversion Recovery) é obtida através da sequência Recuperação da Inversão, onde o tempo de inversão é da ordem de 2200 ms. Esta técnica permite a saturação do líquido cefalorraquidiano e produz uma imagem na ponderação DP (Densidade Protônica) onde o líquido cefalorraquidiano se apresenta escuro (em hiposinal). A sequência FLAIR é muito útil para diferenciar o sinal de edemas, coleções, tumores com conteúdo líquido, do líquido cefalorraquidiano

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normal presente no encéfalo. O planejamento da seqüência Axial Flair é o mesmo da seqüência Axial T2.

Coronal T2

A série Coronal T2 apresenta a mesma sensibilidade da série Axial T2, no entanto, a visão coronal pode ser útil na localização e no dimensionamento de patologias neste plano.Os cortes da série Coronal T2 devem, na medida do possível, serem perpendiculares aos cortes axiais. A espessura média é de 5 mm, com gap de 2 à 3 mm.

A partir deste protocolo básico e em função das informações clínicas o médico radiologista planeja a continuidade do exame. O uso do contraste será importante nas pesquisas de tumores, processos inflamatórios/infecciosos e sempre que houver quebra na barreira hemato-encefálica.

Nas síndromes convulsivas o estudo dos lobos temporais e da região hipocampal será feito em cortes coronais perpendiculares aos lobos temporais, com pequena espessura dos cortes (3 ou 4 mm ) e nos padrões de imagem T2 e FLAIR.

As isquemias cerebrais, particularmente as de instalação recente, são estudadas pelas técnicas de difusão e perfusão e freqüentemente também complementadas com angiorressonância arterial.

A angiorressonância cerebral constitui-se num exame à parte e poderá ser arterial ou venosa. Normalmente a angiorressonância cerebral dispensa o uso de meio de contraste, pois, seqüências 3D-TOF, são capazes de produzir imagens de vasos com alto poder de resolução.

A espectroscopia refere-se ao estudo do hidrogênio ligado à importantes moléculas do metabolismo cerebral, como o N-Acetil Aspartato, a Creatinina, a Colina e o Mio-inositol. A concentração

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dessas moléculas pode mudar na presença de doenças como Mal de Alzheimer, Esclerose múltipla, tumores, etc... Recentemente com o avanço da técnica Echo Planar Image, surgiram os estudos funcionais por RM. Assim, tornou-se possível a avaliação por imagem, de regiões do cérebro relacionadas com funções sensoriais e inclusive cognitivas superiores, abrindo um novo campo com largos horizontes a serem ainda explorados.

EPI - Difusão Espectroscopia

Planejamento Axial Planejamento Coronal

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2 . RM do Tórax

A RM do tórax está indicada:

No estudo anátomo-funcional do coração e dos grandes vasos da base.

Na pesquisa das patologias mediastinais. Tumores. Alterações de parede e musculatura.

As dificuldades observadas no estudo do tórax estão relacionadas principalmente com os movimentos produzidos pela respiração do paciente e pelo batimento cardíaco. A monitoração do batimento cardíaco pode ser feita por eletrodos torácicos. A monitoração por eletrodos é mais eficiente que a monitoração periférica.

Os eletrodos usados na RM devem preferencialmente ser de carbono, materiais não ferromagnéticos, e posicionados em número de 3 ou 4 ao redor da área cardíaca. Normalmente usa-se dois eletrodos na região superior do hemitórax esquerdo e dois abaixo próximos da ponta do coração. Após o acoplamento dos cabos do eletrocardiograma procura-se uma derivação que mostre uma onda R de grande amplitude. O reconhecimento da onda R pelo sistema de RM permitirá o disparo para aquisição de dados sempre na mesma fase do ciclo cardíaco ( GATING ).

ECG - Complexo QRS Cortes Multi-fase

Posicionamento dos eletrodos.

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A compensação respiratória é obtida com dispositivos que medem a expansão da caixa torácica ( RESP COMP ). O “folley” encontrado na cinta do compensador respiratório deve estar posicionado próximo as bases do pulmão , local de maior expansão da caixa e, deve trabalhar livre para registrar corretamente a respiração do paciente.

Posicionamento do compensador respiratório.

Para um estudo anatômico deve-se proceder a aquisição de imagens ponderadas em T1 nos três planos fundamentais. Eventualmente planos oblíquos por T1 também são realizados como no estudo da aorta com cortes prescritos no plano da croça (sagital oblíquo) a partir de uma imagem axial. As imagens T2 verdadeiro são pouco utilizadas, restringindo-se aos estudos de tumores ou abscessos mediastinais. A maioria das solicitações de estudo de tórax por RM está relacionada com o estudo da área cardíaca e dos grandes vasos da base. Nesses casos, além da preocupação com a anatomia, que poderemos obter a partir de imagens por T1, devemos também nos preocupar com as imagens dos vasos e imagens dinâmicas do coração (CINE) . Seqüências gradiente eco coerentes e seqüências com utilização de meio de contraste serão importantes para os estudos funcionais do coração. As seqüências de fluxo com contraste de gadolínio são preferencialmente realizadas com bomba de infusão com velocidades de infusão do meio entre 3 e 5 ml por segundo. O início da aquisição dos cortes ocorre por volta de 10/12 segundos do início do contraste. Técnicas de disparo automático tipo SMARTPREP são muito úteis. Nestes casos, a área de sensibilidade de disparo ( Tracker ) deve ser ajustada na croça da aorta. As seqüências dinâmicas do coração (CINE) utilizam-se das aquisições multi-fases ( MultiPhase). Normalmente de 12 à 20 fases são suficientes para uma apresentação dinâmica do coração.

R - R R

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T A I T P

Q S

TD TW

Complexo QRS : Sístole ventricular. R – R : Tempo entre duas ondas R. TD : Trigger Delay ( Espera para disparo ) TW : Trigger Window ( Janela para disparo ).

O exame de tórax pode ser feito com a bobina de corpo, no entanto, bobinas de arranjo de fase envolvendo o tórax do paciente apresentam melhores resultados.

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Axial T1 – Área cardíaca Axial T1 - Mediastino

3 . RM do Abdômen

A ressonância do abdômen está indicada:

No diagnóstico diferencial de algumas doenças hepáticas. No estudo das vias biliares através da colangiorressonância. No estudo das vias excretoras através da urorressonância. No estudo da vascularização arterial e venosa, incluindo a circulação portal. Nos tumores desta região.

O exame do abdômen deve ser realizado com acoplamento respiratório, embora deva fazer parte do protocolo, seqüências rápidas que possibilitem a aquisição das imagens em apnéia. O jejum do paciente para este exame deve ser de 6 horas para evitar que o peristaltismo prejudique a qualidade das imagens.

O protocolo básico compreende:

1 – Série Localizadora SSFSE no plano coronal. 2 – Série Axial T1 - Spin Eco ( Acoplamento respiratório). 3 - Série Axial T2 – Fast Spin Eco ( Supressão de gordura ). 4 – Série Gradiente Eco (T1) em apnéia. 5 – Série Gradiente Eco (T1) pos contraste – (Sup.Gordura ) 5.1 - 30 segundos – fase arterial. 5.2 - 60 segundos – fase portal. 6. – Série Gradiente Eco (T1) pós contraste – Plano Coronal

Havendo interesse nas vias biliares e/ou excretoras, são acresentadas séries SSFSE.

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Coronal T1 – Spin Eco Coronal T1 – Gradiente Eco

Série Axial T1

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Obtida com acoplamento respiratório.

Axial T2 ( Sup. De Gordura )

4. - Ressonância Magnética do Joelho

Estudo de Rotina.

O estudo do joelho por RM, pode divergir entre diferentes serviços em razão principalmente do potencial do equipamento, do tipo da bobina e do software utilizados, todavia, algumas sequências são básicas e devem fazer parte do protocolo.

4.1. O Posicionamento.

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Como em todo método de diagnóstico por imagem, o posicionamento do joelho na ressonância magnética merece cuidados especiais que serão decisivos para o sucesso do exame. A preocupação com o conforto do paciente e uma boa estabilidade no posicionamento são fundamentais. É recomendável que o paciente seja imobilizado duplamente. Uma imobilização na altura do joelho quando o paciente já estiver posicionado na bobina específica, e uma imobilização do pé do lado do joelho examinado. Na imobilização do joelho pode-se utilizar; espumas, isopores ou mesmo tecidos em forma de coxim, de forma a impedir que o paciente encontre espaço para movimentar o joelho. A imobilização do pé será igualmente importante. Muitos pacientes referem apresentar movimentos involuntários durante as aquisições das imagens, prejudicando o resultado do exame. No pé, a imobilização pode ser feita com um suporte côncavo onde o paciente encaixa o tornozelo de forma a impedir o movimento da ponta do pé. A perna deverá estar em leve flexão, cerca de 15 graus, conferindo maior conforto no posicionamento. O pé fica em posição neutra, com a superfície plantar, perpendicular ao plano da mesa. Nestas condições, a imagem dos côndilos femorais assume uma discreta rotação externa, de forma tal que, no posicionamento coronal será possível tangenciar os côndilos por igual, resultando numa melhor avaliação comparativa dos côndilos e das estruturas adjacentes.

4. 2. Parâmetros técnicos

O resultado do exame do joelho é antes de mais nada dependente do equipamento e do tipo de bobina utilizada. Assim, as bobinas de superfície, especialmente as de quadratura, com uma razoável capacidade de envolver o joelho são as que oferecem a melhor relação sinal-ruido, resultando em imagens melhor definidas. A escolha da matriz será um fator determinante na qualidade. Matrizes de alta resolução ( 512 x 512 ) apresentam riqueza de detalhes, no entanto, o tempo de aquisição das imagens fica, muitas vezes, muito prolongado. Há que se levar em consideração a relação “tempo-benefício”. Considerando as dimensões das estruturas intra-articulares, a espessura dos cortes não deverá exceder 5mm. A utilização de espessuras menores do que a recomendada precisa ser adotada com critério, já que, tende a produzir imagens com baixa relação sinal-ruído e, portanto, de baixa qualidade. Neste caso poderá ser necessário o aumento do número de excitações, resultando no aumento do tempo de exame.

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De modo geral o exame do joelho requer FOV ( field of view ) entre 15 e 18 cm. Cortes finos de 3 ou 4 mm na série sagital para avaliação dos meniscos e ligamentos. Alguma série com supressão de gordura, colocando em evidência as cartilagens e os meniscos e uma série sensível à presença de líquido extra e intra-articular.

Série: Axial Localizador

Uma série rápida, preferencialmente no plano axial, para visualização dos côndilos femorais e localização espacial da articulação do paciente no interior do magneto. Normalmente esta série não precisa ser documentada, não exigindo por este motivo o gasto de tempo com resolução da imagem. Esta série é quase que exclusiva para o planejamento das demais séries do exame. Um número reduzido de cortes geralmente é suficiente para fornecer os parâmetros necessários variando entre 5 e 10 imagens.

Série: Sagital Densidade Protônica.

A sequência sagital, ponderada em densidade protônica, obtida por sequência Spin-Eco ( Fast Spin-Eco / Turbo-Eco ), realizada com cortes finos e de espessura máxima de 4 mm, demonstra de forma clara a anatomia da articulação, destacando-se: A musculatura, os tendões, os ligamentos, os meniscos e as cartilagens. A série Sagital D.P. pode ser substituída por uma Sagital T1 com ligeiro prejuízo das imagens das cartilagens articulares. Esta série será importante para o planejamento total do exame, uma vez que, o seu potencial diagnóstico é muito grande. Uma boa parte das patologias que afetam a articulação podem ser visualizadas já nestas imagens.

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O planejamento restante do exame será da competência do médico radiologista que certamente levará em consideração a história clínica do paciente e os objetivos do estudo.

Sagital D.P. ( Cruzado Anterior)

Série: Sagital T2 / T2* / T2 com supressão de gordura.

Em continuidade ao exame uma série sagital ponderada em T2 deve ser realizada, seguindo os mesmos parâmetros da série sagital D.P. A critério do médico radiologista, poderão ser feitas imagens ponderadas em T2 “verdadeiro” ( Spin-Eco / Fast /Turbo ), ou T2 “rápido” conhecido por T2* ( Gradiente de Eco ). Em alguns casos, ou mesmo quando fizer parte da rotina do serviço o T2 poderá ainda ser feito com saturação da gordura. A técnica de saturação diminui a intensidade do sinal da gordura subcutânea e da gordura presente na medula óssea, permitindo assim uma melhor visualização de eventuais derrames articulares, da integridade da medula óssea, ao mesmo tempo em que, contribui para realçar as imagens das cartilagens, muitas vezes demonstrando diminutas áreas de erosão.

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Corte sagital T2 com supressão de gordura

Serie: Coronal D.P. / T1 O Plano coronal será importante para avaliação dos ligamentos colaterais lateral e medial, dos meniscos, e das relações destes com a interlinha articular e demais estruturas. Evidencia-se muitas vezes a presença de cistos meniscais que poderiam passar despercebidos nas séries sagitais. O plano coronal também será importante nas avaliações das lesões osteocondrais e naquelas em que há o acometimento do platô tibial e dos côndilos femorais, assim como, na artrose, valgismo, varismo e demais doenças presentes na interlinha. O recurso de saturação da gordura, utilizado nas sequências ponderadas em D.P. ou mesmo T1, apresenta vantagens na melhor visualização das cartilagens, destacando-se entre elas as que revestem os côndilos femorais. No planejamento das imagens coronais do joelho deve-se procurar uma projeção perpendicular ao platô tibial e com uma inclinação no plano coronal de forma a acompanhar os

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ligamentos colaterais medial e lateral, estando a perna do paciente levemente flexionada.( Fig.03 )

Coronal T1 Coronal D.P. Fat/Sup

Serie: Axial T1 / T2 / T2 c/ supressão de gordura

A série axial será útil para avaliação das lesões que acometem a patela e estruturas adjacentes. É a principal série nas pesquisas de lesões da cartilagem retro-patelar, plicas sinoviais, especialmente quando o paciente apresenta líquido livre na articulação. Os cistos, especialmente os cistos de Baker e eventualmente os cistos de meniscos, são bem visualizados. A série ponderada em T1 simples pode ser obtida em curto espaço de tempo, no entanto, se mostra insuficiente para demonstrar pequenas lesões da cartilagem retro-patelar não sendo por este motivo a primeira série de escolha. Será mais apropriado uma série axial T2 com supressão de gordura e de alta resolução, possibilitando desta forma a demonstração de lesões pequenas da cartilagem. Cuidados devem ser tomados com o artefato produzido pelo fluxo da artéria poplítea. É recomendável que o gradiente de frequência fique posicionado na direção ântero-posterior do joelho levando o artefato na direção médio-lateral .

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Axial T2 fat/sup

Série: Cruzado Anterior.

A lesão do ligamento cruzado anterior é frequente nos traumas agudos do joelho. Uma série dedicada exclusivamente para este ligamento pode trazer informações adicionais não observadas nas demais séries do estudo. É conveniente que as imagens sejam ponderadas em T1 e T2 ou D.P. e T2, com cortes finos de no máximo 3 mm e acompanhando a topografia do ligamento. Frequentemente 5 à 7 cortes são suficientes.

5 . RM DA COLUNA

O estudo da coluna vertebral em ressonância magnética é dividido em três segmentos: Coluna Cervical, Coluna Torácica e Coluna Lombar ( ou Lombo-Sacra ). Cada segmento é considerado um exame e o tempo médio varia de 20 à 40 minutos por segmento.

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5.1. Coluna Lombar ou Lombo-Sacra.

O estudo da Coluna lombar apresenta alta especificidade na ressonância magnética. O exame feito pela ressonância apresenta consideráveis vantagens quando comparado ao mesmo exame na tomografia computadorizada. Dentre os fatores que contribuem para isto podemos destacar: A obtenção de imagens no plano sagital. A visualização de todos os espaços discais e os seus

respectivos discos. Estudo abrangendo de L1 à S1. Visualização do cone medular e do canal raquidiano,

observados nas sequências de efeito mielográfico por T2. O exame de coluna na RM está especialmente indicado nos estudos das compressões radiculares por hérnia de disco ou estreitamento de canal, tumores, processos infecciosos, e no pós operatório.

Protocolo Básico:

SAGITAL T1 SAGITAL T2 AXIAL T1 AXIAL T2*

Seqüência de cortes Sagitais T2

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Planejamento cortes axiais Corte Axial T1

5.2 - Coluna Cervical

O estudo da coluna cervical é altamente recomendado pela RM. A transição cervico-torácica é muito bem demonstrada, assim como, a transição crânio-vertebral e a medula cervical. Protocolo Básico:

SAGITAL T1 SAGITAL T2 ( Efeito Mielográfico ) Axial T2

O exame da coluna cervical dura em média 15 minutos. É muito importante o paciente não engolir saliva durante as aquisições das

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imagens, pois o movimento de deglutição produz graves artefatos na imagem.

Cervical - Sagital T1 Cervical - Sagital T2

6.- OMBRO As principais pesquisas estão relacionadas com as lesões do manguito rotador. O Manguito compreende 4 músculos: O Supra Espinhoso, O Infra Espinhoso, o Sub-Escapular e o Redondo menor. A inserção tendinea desses músculos, que envolvem a cabeça do úmero são, com bastante freqüência, afetadas nos processos traumáticos e/ou degenerativos desta articulação. Manter o paciente confortavelmente posicionado é importante para um bom resultado. O tempo médio do exame é de 20 minutos. Protocolo Básico: - Coronal Obliquo T2 - 2 Ecos ( DP/T2 ) - Sagital Obliquo T2 - 2 Ecos ( DP/ T2 ) - Axial T1 ( ou T2 com supressão de gordura )

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Coronal T1 Coronal T2

Ombro – Sagital D. P. 7 . ANGIORESSONÂNCIA - MRA

- Mecanismos do Fluxo.

Fluxo Laminar: O fluxo no centro do vaso é mais rápido que na parede do vaso.

Fluxo turbulento: O fluxo acontece em diferentes direções. Observado após uma área de estenose.

Fluxo em Redemoinho: Observado logo após um ponto de estenose.

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Ausência de fluxo. Vasos obstruídos.

Técnicas de Obtenção de sinais vasculares por RM

1 - Angioressonância Phase Contrast (PC Angio )

A técnica de Angiografia PC utiliza-se de dois gradientes bipolares. Cada gradiente atua de maneira a codificar os tecidos estáticos e os prótons em movimento que apresentarão fases diferenciadas devido ao seu deslocamento. Os gradientes bipolares são aplicados individualmente e apresentam as polaridades invertidas um em relação ao outro. Os dados produzidos pelas duas leituras geram imagens de magnitude ( não subtraídas) e imagens de fase ( subtraídas) para colocar em evidência a imagem do fluxo por contraste de fase .

Eixo de codificação de fluxo. Nas seqüências PC o fluxo pode ser mapeado em apenas um eixo captando os sinais de fluxo em uma única direção ou nos três eixos com sinais de fluxo em todas as direções. Neste caso, o tempo de aquisição de imagens será diretamente proporcional ao número de eixos estudados. Codificação da velocidade ( VENC ).

Nas seqüência PC é possível intensificar a imagem de um vaso com fluxo através da codificação da velocidade do vaso. Recurso denominado VENC. A velocidade do vaso é informada pelo operador do sistema de RM.

Técnica PC

TR : Mínimo ( 18/20 ms ) Flip: 20 à 30 graus. VENC : 5 à 20 cm/s : Fluxo venoso. 20 à 60 cm/s : Fluxo arterial. 60 à 100 cm/s : Informações quantitativas sobre velocidade e direção do fluxo.

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2 - Tempo de Vôo – ( Time of Flight – TOF )

Para que os prótons de hidrogênio possam emitir sinal é necessário que os mesmos recebam um pulso de excitação e um pulso de refasamento no momento da leitura do sinal. Os mecanismos envolvidos na aquisição de imagens dos prótons em movimento, como é caso dos prótons presentes no sangue, precisam obter os sinais satisfazendo essas duas condições. Na seqüência spin eco o pulso de excitação é de 90 graus e o de refasamento de 180 graus. Nesta seqüência observamos que os prótons do sangue que receberam o pulso de 90 graus se deslocam ultrapassando os limites da espessura do corte. No momento da aplicação do pulso de 180 graus uma população diferente de prótons absorverá a nova radiofreqüência. Nessas condições a área corresponde ao interior dos vasos produzirá um vácuo de sinal, gerando áreas escuras na imagem por RM (signal void). O vácuo de sinal será mais evidente quanto maior for a velocidade do fluxo. Relação com o TE Relação com a espessura do corte.

TOF nas seqüências gradiente-eco.

Na seqüência gradiente-eco os prótons são excitados por um pulso variável entre 0 e 180 graus e em seguida refasados por inversão do campo gradiente. O pulso de excitação é seletivo mas, o de refasamento por inversão do campo gradiente atua em toda a extensão do órgão em estudo. Por este motivo todos os prótons em movimento que foram excitados também serão refasados pela gradiente inverso, gerando sinais hiperintensos na imagem por RM. As seqüências gradiente eco são clássicas na angioressonância.

In-Flow Effect ( Efeito do Fluxo Interno )

O primeiro corte de uma pilha de cortes no início da excitação encontra-se totalmente em repouso. Ao receber o pulso inicial produz um sinal maior que os demais cortes. Fenômeno denominado In-Flow Effect. Fluxo corrente: Os cortes são adquiridos na mesma direção do fluxo. Neste caso o efeito de fluxo interno é diminuído. Fluxo contra-corrente: Os cortes são adquiridos na direção contrária ao fluxo. O efeito do fluxo interno aumenta.

Defasamento intra-voxel.

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Núcleos em mesmo voxel apresentam fases diferentes. Os prótons em movimento ganham ou perdem fase devido ao seu deslocamento em relação ao gradiente comparado aos núcleos estáticos.

No fluxo laminar o defasamento pode ser compensado se a velocidade do fluxo for constante. ( Gradient Moment Rephasing )

Compensação do Fluxo ( Flow compensation ). ( Gradient Moment Nulling ) A compensação de fluxo é aplicada ao prótons em movimento pela inversão do campo gradiente seletivo ou de leitura. Nesta situação um gradiente positivo inverte a polaridade para o dobro negativo e depois retorna positivo, corrigindo o defasamento. Exemplo 4000 hz/cm – 16000 hz/cm + 12000 hz/cm Pré-saturação.

Os pulsos de pré-saturação anulam os sinais dos prótons em movimento. Podem ser aplicados em todas as direções inclusivo no campo da imagem. A pré saturação é feita a partir da aplicação de pulsos de 90 graus nos prótons fora do plano de corte. No momento em que estes entram no corte propriamente recebem um pulso adicional de 90 graus tornando-se parcialmente saturados.

Saturação da água e da gordura.

No tecido adiposo o hidrogênio está ligada ao carbono e na água ao oxigênio. A freqüência de precessão dos prótons de hidrogênio ligados ao carbono é ligeiramente menor que os hidrogênios ligados ao oxigênio. No equipamento de 1,5 Tesla esta diferença é de 220 hz ( 1 Tesla = 147 hz ). A saturação espectral da gordura é obtida aplicando-se um pulso a todo o campo de visão na freqüência específica do hidrogênio ligado à gordura. Em seguida inicia-se a aquisição normal e os prótons ligados à gordura são inclinados à 180 graus tornando-se saturados.

Técnicas de Imagem em Angioressonância.

- Sangue Escuro.Na seqüência spin eco o sangue aparece escuro. Técnica de pré-saturação ajudam o produzir o vácuo de sinal.

- Sangue Claro.

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Page 61: Rm Apostila

As seqüências gradiente eco produzem o sinal de sangue claro. A imagem “clara” dos vasos pode ainda ser aperfeiçoadas ainda pelas técnicas de ( Gradient Moment Rephasing ) ou pelo uso de meios de contraste.

Seqüência vasculares. 2DTOF 3DTOF 2DphaseContrast ( 2DPC ) 3D Phase Contrast ( 3DPC ) Contraste Enhancend.

A sequência 2DTOF

2DTOF é uma seqüência gradiente de eco obtida com flip angle variável entre 45 e 60 graus. O sinal do fluxo em estudo é aumentado aplicando-se pré-saturação na direção dos vasos indesejáveis. O TR deve ser curto para saturar os tecidos estáticos, entre 20 e 40 ms. Esta seqüência é muito utilizada nos estudos angiográficos periféricos arteriais e venosos e no estudo das carótidas. Eficiente no fluxo perpendicular. Satura o fluxo no campo de visão.

A seqüência 3DTOF

3DTOF é mais eficaz no fluxo rápido. Nesta seqüência o flip deve ser diminuído para algo em torno de 20 à 30 graus. A relação sinal ruído é maior, permitindo-se cortes mais finos. Esta seqüência é muito utilizada no estudo arterial e venoso do crânio.

Transferência de Magnetização Coerente.

Técnica de transferência de magnetização ajudam a suprimir os sinais de macromoléculas de gordura e substâncias branca e cinzenta ajudando o realce de vasos periféricos.

Técnicas com meios de contraste a base de godilíneo.

O uso de contraste a base de gadolínio aumenta o sinal dos prótons em movimento em aquisição gradiente eco ponderada em T1. Técnica denominada Contrast Enhancement.

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Page 62: Rm Apostila

As técnicas de angioressonância com meio de contraste, tem sido muito utilizadas no estudos dos vasos abdominais, torácicos, e supra-aórticos. Consistem em seqüências gradiente-eco ponderadas em T1 com aquisição de imagens no momento da chegada do meio de contraste na região de interesse. São seqüências que duram em média 20 / 40 segundos, tornando possível a aquisição com apnéia do paciente. O tempo exato do início da aquisição das imagens é fator preponderante para um modelo de qualidade da angioressonância contrastada. Normalmente as primeiras informações dos sinais preenchem os linhas centrais do espaço-K o que confere maior contraste nas imagens.

Angio venosa cerebral Angio arterial cerebral 2DTOF 3D TOF

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Page 63: Rm Apostila

Angio carótida 2DTOF Angio Tórax e3DFGRE

PROTOCOLO: CRÂNIO ( ROTINA )

LocalizadorSAGIT. T1

AXIALFLAIR

AXIAL T 2

CORONAL T2

DIFUSÃO 3 D S.P.G.R.

AXIAL contraste

Plano SAGITAL OBLI OBL OBL AXIAL AXIAL OBL

Seq.Pulso SE FLAIR FSE FSE EPI FSPGR FSE

Bobina HEAD HEAD HEAD HEAD HEAD HEAD HEAD

T.R. 400 10.202 3800 3600 10.000 12.4 450

T.E. 14 104 105 84 96.8 4. 5 12

Flip 20

Echo Train 12 12 SH 1 3

Bandwidth 15 KHz 32 KHz 32 KHz 32 KHz 121 KHz 15 KHz

Pre-Sat S / I / FAT

Multi-Phase

Matriz 256X224 256 X 192

512x224 512 x 224 128 X 128 256x192 256x 192

NEX 2 2 3 4 1 1 2

Dir.Fase A – P R – L R – L R – L A – P R – L R – L

FOV 22 cm 24x18 24x 18 22 X 16 30 X 19 cm

22 x 16 22 x 16

Espessura de Corte

5 mm 5 mm 5 mm 5 mm 5 mm 1.2 mm 5 mm

Espaçamento “gap”

2 mm 2 mm 2 mm 2 mm 0 mm 0 0

No.de Cortes

15 19 19 19 mm 30 124 18

Opções NP FCs/VB FC / ED ED / TRF

Tempo 3:06 4:05 2:55 3:29 40 seg. 5:05 3:40

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Page 64: Rm Apostila

PROTOCOLO: HIPÓFISE

LocalizadorSAGIT. T1

COR T2

COR T 1

CORONALDIN. gd

CORONAL T1 - gd

3 D S.P.G.R.

AXIAL contraste

Plano SAGITAL COR COR COR COR AXIAL

OBL

Seq.Pulso SE FSE FSE FSE FSE FSPGR

FSE

Bobina HEAD HEAD HEAD HEAD HEAD HEAD

HEAD

T.R. 400 3000 450 350 500 12.4

450

T.E. 14 120 12 12 12 4. 5

12

Flip 20

Echo Train 16 2 4 2 3

Bandwidth 15 KHz 20 KHz 10 KHz 10KHz 10 KHz 15 KHz

Pre-Sat S / I / FAT

Multi-Phase

Matriz 256X192 320X224 256X192 256X160 256 X 192 256x192 256x 192

NEX 2 4 3 1 4 1 2

Dir.Fase A – P R – L R – L R – L R – L R – L R – L

FOV 20 cm 18x18 18x 18 18 X 18 18 X 18 cm 22 x 16 22 x 16

Espessura de Corte

4 mm 3 mm 3 mm 3 mm 3 mm 1.2 mm

5 mm

Espaçamento “gap”

1 mm 0,3 mm 0,3 mm 0,3 mm 0,3 mm 0 0

No.de Cortes

15 10 10 19 mm 10 124 18

Opções NP FCs/VB ED ED / TRF ED

Tempo 3:06 3:36 3:26 0:21 3:26 5:05 3:40

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Page 65: Rm Apostila

PROTOCOLO: COLUNA CERVICAL

LocalizadorCORONAL

SAG T1 SAGT2

AXIAL T2*

AXIAL T1

Plano SAGITAL OBLI OBL OBL OBL

Seq.Pulso FSPGR SE FSE FGRE FSE

Bobina CS12 CS12 CS12 CS12 CS12

T.R. 15 500 3200 380 600

T.E. MIN 14 98 12 MIN

Flip 20 15

Echo Train 12 2

Bandwidth 15 KHz 15 KHz 20 KHz 12 KHz 15 KHz

Pre-Sat A

Multi-Phase

Matriz 256X160 512x256 512x256 256x192 256x192

NEX 1 3 3 4 3

Dir.Fase R – L A – P S – I A – P A – P

FOV 32 x 32 cm 28x22 28X28 16x16 18x18

Espessura de Corte

5 mm 3 mm 3 mm 5 mm 5 mm

Espaçamento “gap”

5 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm

No.de Cortes 09 12 12 19 19

Opções FCs/ ED

FC / ED / TRF

NP

Tempo 20 seg 3:36 3:45 4:29 3:24

PROTOCOLO: CRÂNIO ESPECIAL

LocalizadorSAGIT. T1

AXIALFLAIR

ANGIOARTER.

ANGIOVENOSA

DIFUSÃO 3 D S.P.G.R.

AXIAL contraste

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Page 66: Rm Apostila

Plano SAGITAL OBLI AXIAL COR AXIAL AXIAL OBL

Seq.Pulso SE FLAIR 3DTOF FSPGR EPI FSPGR FSE

Bobina HEAD HEAD HEAD HEAD HEAD HEAD HEAD

T.R. 400 10.202 36 40 10.000 12.4 450

T.E. 14 104 6. 9 6. 9 96.8 4. 5 12

Flip 20 45 20

Echo Train SH 1 3

Bandwidth 15 KHz 32 KHz 20 KHz 32 KHz

121 KHz 15 KHz

Pre-Sat S I S / I / FAT

Multi-Phase

Matriz 256X224 256 X 192

512x160 256x192 128 X 128 256x192 256x 192

NEX 2 2 1 1 1 1 2

Dir.Fase A – P R – L R – L R – L A – P R – L R – L

FOV 22 cm 24x18 22 X 16 22 X 16 30 X 19 cm 22 x 16 22 x 16

Espessura de Corte

5 mm 5 mm 0.7 mm 1. 8 mm 5 mm 1.2 mm 5 mm

Espaçamento “gap”

2 mm 2 mm 0 mm 0 mm 0 mm 0 0

No.de Cortes

15 19 156 160 30 124 18

Opções NP FCs/VB FC / ED SAT S

FC / ED

Tempo 3:06 4:05 11:55 9:29 40 seg. 5:05 3:40

PROTOCOLO: COLUNA DORSAL

LocalizadorCORONAL

SAG T1 SAGDP/T2

AXIAL T2

AXIAL T1

Plano SAGITAL OBLI OBL OBL OBL

Seq.Pulso FSPGR FSE FSE FSE FSE

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Page 67: Rm Apostila

Bobina CTLTOP CTLTOP CTLTOP CTLTOP CTLTOP

T.R. 15 500 3200 3800 600

T.E. MIN 14 20 / 120 100 MIN

Flip 20

Echo Train 2 12 12 2

Bandwidth 15 KHz 15 KHz 20 KHz 20 KHz 15 KHz

Pre-Sat A

Multi-Phase

Matriz 256X160 512x256 512x256 256x192 256x192

NEX 1 3 3 3 3

Dir.Fase R – L A – P A – P A – P A – P

FOV 36 x 36 cm 34x22 34 X 22 20 X 20 20 X 20

Espessura de Corte

5 mm 3 mm 3 mm 5 mm 5 mm

Espaçamento “gap”

5 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm

No.de Cortes

09 12 12 19 19

Opções FCs/ ED FC / ED / TRF / NPW

NP

Tempo 20 seg 3:36 4:45 4:29 3:24

PROTOCOLO: COLUNA LOMBO-SACRA

LocalizadorCORONAL

SAG T1 SAGT2

COR T1

AXIAL T1 AXIAL T2 SAG FAT/SUP

Plano SAGITAL OBLI OBL OBL OBL OBL OBL

Seq.Pulso FSPGR FSE FSE FSE FSE FSE FSE

Bobina CTLBOT CTLBOT CTLBOT CTLBOT CS456 CS456 CTLBOT

67

Page 68: Rm Apostila

T.R. 15 500 3200 500 500 3800 600

T.E. MIN 14 120 12 12 98 MIN

Flip 20

Echo Train 2 16 3 3 12 3

Bandwidth 15 KHz 15 KHz 20 KHz 15 KHz 20 KHz 20 KHz 15 KHz

Pre-Sat A

Multi-Phase

Matriz 256X160 512x256 512x256 512X 224 256 X 192 256 X 192 512X224

NEX 1 3 3 2 3 12 3

Dir.Fase R – L A – P A – P R – L R - L R – L A – P

FOV 34 x 34 cm 30 x 22 30 X 22 32 X 32 20 X 20 20 X 20 30X22

Espessura de Corte

5 mm 4 mm 4 mm 4 mm 5 mm 5 mm 5 mm

Espaçamento “gap”

5 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm

No.de Cortes

09 12 12 12 19 19 12

Opções FCf/ ED NPW/ED NPW FCs / NPW

NP / FAT SUP.

Tempo 20 seg 3:36 2:26 2:36 4:06 3:26 3:56

PROTOCOLO: JOELHO

Localizador

AXIAL

SAG D.P. SAG T2FAT/SUP

COR. T1

COR DP FAT/SUP

AXIAL T2 FAT

CRUZADO ANT.

Plano AXIAL OBLI OBL OBL OBL AXIAL OBL

Seq.Pulso SPGR FSE FSE FSE FSE FSE FSE

Bobina KNEEPA KNEEPA KNEEPA KNEEPA KNEEPA KNEEPA KNEEPA

68

Page 69: Rm Apostila

T.R. 15 2400 3200 3800 2400 4200 600

T.E. MIN 14 90 100 12 100 MIN

Flip 20

Echo Train 8 12 12 8 12 2

Bandwidth 15 KHz 15 KHz 20 KHz 20 KHz 20 KHz 20 KHz 15 KHz

Pre-Sat R / L

Multi-Phase

Matriz 256X160 256x224 256X224 512X 224 256X192 512X256 512X224

NEX 1 2 2 2 2 3 3

Dir.Fase R – L A – P S – I R - L R – L R – L A – P

FOV 20 X 20 cm 16x16 18 X 18 18 X 18 18 X 18 18 X 18 20 X 20

Espessura de Corte

5 mm 3 mm 3 mm 4 mm 4 mm 4 mm 2,5mm

Espaçamento “gap”

5 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm

No.de Cortes

06 20 20 12 12 14 07

Opções R 80 ou L 80

ED FCs/ ED/FAT/SUP

NPW NPWFAT/SUP

NPWFAT/SUP

NP

Tempo 20 seg 3:36 3:26 2:12 2:36 4:12 2:24

PROTOCOLO: OMBRO

Localizador

AXIAL

SAG D.P. SAG T2FAT/SUP

COR. T1

COR T2 FAT/SUP

AXIAL D.P. FAT/SUP

Plano AXIAL OBLI OBL OBL OBL AXIAL

Seq.Pulso SPGR FSE FSE FSE FSE FSE

Bobina SHOULDER SHOULDER SHOULDER SHOULDER SHOULDER SHOULDER

T.R. 15 2400 3200 500 2400 2400

69

Page 70: Rm Apostila

T.E. MIN 14 90 14 90 20

Flip 20

Echo Train 8 12 2 12 8

Bandwidth 15 KHz 15 KHz 20 KHz 20 KHz 20 KHz 20 KHz

Pre-Sat

Multi-Phase

Matriz 256X160 256x224 256X192 256 X 192 256X192 256 X 192

NEX 1 2 3 2 3 3

Dir.Fase R – L A – P R – L R - L R – L R – L

FOV 20 X 20 cm 14 X 14 16 X 16 14 X 14 16 X 16 256X224

Espessura de Corte

5 mm 4 mm 4 mm 4 mm 4 mm 4

Espaçamento “gap”

5 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1

No.de Cortes

06 14 14 14 12 16 X 16

Opções R 80 ou L 80

ED/NPW FCs/ ED/FAT/SUP

NPW / ED NPWFAT/SUP

NPW /FAT/SUP

Tempo 20 seg 2:16 3:26 3:12 3:26 4:26

PROTOCOLO: TORAX

Localizador

Coronal

AXIAL T1 SAGITALOBLIQUO T1

CORONAL T1

CINE

Plano CORONAL AXIAL OBL CORONAL OBL

Seq.Pulso SPGR SE SE SE CINE

Bobina TORSO TORSO TORSO TORSO TORSO

T.R. 15

T.E. MIN 14 14 14 MIN

70

Page 71: Rm Apostila

Flip 20 45

Echo Train

Bandwidth 15 KHz 15 KHz 20 KHz 20 KHz 20 KHz

Pre-Sat S / I

Multi-Phase 20 PHASES

Matriz 256X160 512x224 512X192 512 X 192 256X160

NEX 1 2 2 2 3

Dir.Fase R – L A – P R – L R - L R – L

FOV 40 X 40 36 X 36 36 X 36 36 X 36 36 X 36

Espessura de Corte

10 mm 8 mm 8 mm 8 mm 8 mm

Espaçamento “gap”

5 mm 2 mm 2 mm 2 mm 2 mm

No.de Cortes

06 19 12 14 2

Opções RC / CARDIAC

RC /CARDIAC

RC / CARDIAC

MP / FC / CARDIAC

Tempo 20 seg 6 MIN 6 MIN 6 MIN 6 MIN

PROTOCOLO: ABDOMEN

Localizador

Coronal

AXIAL T1 AXIAL T2 AXIAL SPGR APNEIA

CORONALSPGRAPNEIA

COLANGIO RESSONÂN-CIA

Plano CORONAL AXIAL AXIAL AXIAL CORONAL CORONAL

Seq.Pulso SSFSE SE FSE SPGR SPGR SSFSE

Bobina TORSO TORSO TORSO TORSO TORSO TORSO

T.R. 20000 5000 150 150 20000

T.E. MAX 14 100 8 8 MAXIMO

Flip 20 20

71

Page 72: Rm Apostila

Echo Train FULL 12 FULL

Bandwidth 15 KHz 15 KHz 20 KHz 20 KHz 20 KHz 20 Khz

Pre-Sat S / I S / I

Multi-Phase

Matriz 256X160 512x224 512X224 256 X 192 256X160 512 X 192

NEX 1 2 2 1 1 1

Dir.Fase R – L A – P A – P A – P R – L R – L

FOV 40 X 40 36 X 36 36 X 36 36 X 36 36 X 36 32 X 32

Espessura de Corte

10 mm 8 mm 8 mm 8 mm 8 mm 50 mm

Espaçamento “gap”

2 mm 2 mm 2 mm 2 mm 2 mm

No.de Cortes

12 19 19 19 15 01

Opções FC / ED RC / RC FAT/SUP FAT/SUP

Tempo 20 seg 6 MIN 4 MIN 20 SEG 20 SEG 2 SEG

R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S

WESTBROOK C. , KAUT C, Ressonancia Magnetica Pratica 2ª Edição, Editora Guanabara Koogan,”. 2000

DOYON D. CABANIS E.A.. Diagnóstico Por Imagem Em Ressonância Magnética Medsi Editora Médica e Cientifica Ltda. 2000

LUFKIN, ROBERT B , Manual De Ressonância Magnética, 2ª Edição, Editora Guanabara Koogan1999

72

Page 73: Rm Apostila

HAAGA, J.R. MD; LANZIERI, C. F. MD; SARTORIS, D. J.MD; ZERHOUNI, E. A .MD; – Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética do CorpoHumano - Editora Guanabara Koogan – 3ª Edição. – 1996

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ROCHA, M.S.; Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética: Gastroenterologia, Editora Sarvier, 1997

SCHILD, H. H. - MRI – Made Easy. Schering AG Berlin/Bergkamen, 1990.

CURRY III, T.S., DOWDEY, J.E., MURRAY JR, R.C. Christensen’s Physics of Diagnostic Radiology. 4th Ed., Media, PA: Willians & Wilkins, 1990.

73