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1 INTRODUÇÃO
Pensar a educação pressupõe perceber o ser humano como aquele que é
capaz de adquirir competências e habilidades que permitirão a sua convivência social e
o fará se tornar um cidadão pleno de seus direitos e deveres.
Não há como negar que a escola sempre teve um papel essencial na vida
das pessoas, uma vez que esta possibilita o ingresso dos jovens e de todos os
educandos no mundo do trabalho e da competitividade. Infelizmente, sempre se ensina
aos alunos que a vida é uma selva e que vencerão os mais fortes, talvez por isso, os
trabalhadores se tornem inimigos profissionais, vendo o outro como seu potencial
adversário.
No momento em que se ensinar aos alunos o quanto a vida pode ser
dinâmica e bela a partir da convivência e da interação com o outro possibilitando
aprendizados diversos e múltiplas inteligências a escola cumpra seu principal papel que
é formar cidadãos e não meros competidores.
Com base nessa premissa, a postura do educador e a visão que ele tem de
mundo pode determinar que tipo de cidadão se forma. Sendo ele democrático, dinâmico,
versátil, também assim será o seu aluno, partindo do pressuposto de que o educando é
reflexo de seu professor este copiará, ou pelo menos levará para fora dos muros da
escola o seu aprendizado e as suas referências.
O educador-mestre não se compõe de forma autônoma e individual, é
necessária uma interação entre este, o conhecimento e seu universo de trabalho. Pode
e deve-se (re) construir uma nova visão de educação. Desde os primórdios e nas mais
remotas nações a educação sempre foi o essencial entre os seres, e depois de milênios
se descobre que o homem não conseguiu a coisa mais simples: conviver em sociedade.
A cada dia se percebe o quanto a sociedade vem mudando e óbvio isso se
reflete na escola, este fato é observado na grande dificuldade que as escolas estão
encontrando para desempenhar o processo de aprendizagem.
Ao repensar uma nova forma de fazer educação é preciso que se busque
uma nova postura no ato de educar e isso faz necessário que a escola esteja aberta a
todas as novas nuances que esta sociedade dinâmica necessita e para compreender
estes novos educandos inseridos num processo totalmente digital, mas que estão
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atentos às mudanças tanto sociais quanto culturais e exige uma escola mais preparada,
pronta para absorver tantas informações.
A esta nova clientela se faz jus um desenvolvimento que trace ideologias
próprias que não sejam tão interligadas ao que o Estado espera que a escola ensine,
pois, a reflexão e a criticidade é própria deste público do século XXI.
Este trabalho monográfico pretende trazer à tona uma discussão presente
nas falas de muitos trabalhadores da educação que joga sempre a culpa de tudo que dá
errado na educação no sistema. Mas afinal quem é o sistema, o que o sistema espera, o
quanto realmente o ato de educar está ligado ao sistema?
São perguntas geradoras de muitas dúvidas e, no entanto, não há muitas
respostas prontas para isso, obstante a isso é necessário repensar a educação e tentar
descobrir quem é o Estado e quanto esse está envolvido nas suas escolhas no ensinar.
O professor precisa (re) construir saberes a partir de uma postura que não
evidencie a vontade dos que detém o poder, mas que sejam discursos pautados em
uma grande e volumosa experiência de mundo, há a necessidade de se repensar os
valores ideológicos ensinados e ao mesmo tempo questionar: quem realmente está
submetido as propostas de quem? Professor não quer ensinar porque acredita que está
fazendo mais do que realmente deveria ou usa uma desculpa para continuar se
esquivando de um dever que é seu independentemente de sua posição
política/partidária.
O objetivo deste trabalho é trazer para a discussão o quanto o sistema
realmente está inserido no espaço da escola e como este interfere no espaço escolar,
será que as ideologias dominantes estão na escola ou elas são apenas desculpas para
que os educadores não façam de forma satisfatória o que lhe é permitido, educar se faz
necessário, mas será que os educadores estão sendo preparados para isso?
A busca incessante pela melhoria da educação, principalmente nessa
geração tão saturada de informações, mas que ao mesmo tempo se faz tão
desinformada, pois os tempos mudaram, os alunos mudaram, todavia, a escola não
acompanhou esse desenvolvimento e o que se percebe são educadores sem usufruir os
equipamentos e todos os aparatos tecnológicos em suas aulas e sem inovar suas
posturas em sala de aula. Buscam sempre um culpado para suas frustrações e não
conseguem disfarçar suas insatisfações, então há que se questionar se realmente são
as ideologias dominantes que estão impedindo os professores de desenvolverem seu
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trabalho ou eles simplesmente estão fazendo aquilo que os discursos ideológicos
querem sem se importarem com o que vai acontecer depois?
Desmistificar essa ideia de que não fazem por culpa do sistema é fazer
exatamente o que se espera para que as mudanças nos processos educativos
aconteçam, portanto é preciso se fazer o discurso anti ideológico, pois assim estar-se-á
buscando novas possibilidades de educação que vise escolas mais democráticas,
menos submissas, mais atraentes, pois os educandos precisam sentir que mais do que
reproduzir conhecimento a escola também o produz e o respeita nessa produção em
que todos precisam ser coautores de suas próprias histórias.
Compreender a carência que as escolas públicas têm é importante para que
se tenha novas metodologias, novos conteúdos, novas percepções de mundo e, acima
de tudo, um novo pensar sobre fazer educação.
Para um melhor desenvolvimento do trabalho foi preciso divide-lo em quatro
capítulos que ficarão assim dispostos: no primeiro capítulo será descrito como as
escolas foram inseridas no contexto social e a sua importância para o desenvolvimento
cognitivo e cultural das crianças e de todos os indivíduos que delas participam; no
segundo capitulo se faz necessário um estudo sobre a ideologia e como ela se faz
presente nos mais diversos contextos sociais, culturais e educacionais; o terceiro
capitulo discorrerá a respeito da desmistificação das ideologias dominantes no contexto
escolar público no Alto da Lagoinha, nas escolas Santa Maria e Livino Ferrari e o quarto
capitulo discorrerá a respeito dos levantamentos de dados feitos durante o processo de
pesquisa.
Portanto, é importante e se faz necessária essa discussão para que se
compreenda como a escola pode estar ou não a serviço do Estado ou dos seus
educandos e, assim pronta para prepará-los para o mundo social e cultural e não
apenas para prestar as provas e medir conhecimento, mas serem capazes de produzi-lo.
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2 PROBLEMA DA PESQUISA
Um grande problema gerador dos conflitos da educação e se não o único
é a maior preocupação com a leitura e não com a escrita de forma autônoma, mas a
escrita forçada, cópias intermináveis que talvez nada tenha contribuído para o
desenvolvimento das crianças da primeira infância, isso pode ter gerado o grande
problema da educação que é a possibilidade dos alunos de não ser escritor/leitor, mas
meros copistas.
Uma constatação, muitas vezes, angustiante é perceber que os pais não
têm muita informação quanto a real função do professor na educação e cobra deste uma
postura mais enérgica quanto ao seu filho para que este possa aprender a ler e a
escrever precocemente, pois fica parte do tempo comparando seu filho com o do vizinho
e espera deste um desenvolvimento semelhante.
Infelizmente, se tem a ilusão que a função da escola é apenas ensinar a ler
e escrever e esquece que a maior missão da escola é formar cidadãos dignos,
cumpridores de seus deveres e compreendam que estar no espaço escolar é fazer parte
da formação de uma nação, plena de todos os seus direitos.
Por que os professores insistem em se sentirem controlados pelo
estado e fazem apenas o jogo dos que detêm o poder?
Quando se fará uma educação voltada para o educando e não para
obedecer a desejos de elites burguesas?
O que realmente os professores têm como sistema?
As escolas públicas estão preparadas para este novo público que
necessita de uma educação mais dinâmica e professores mais preparados?
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3 HIPÓTESE
A priori o grande problema da educação está em não aceitar que a única
responsável pela mudança no ato de educar é a escola e os envolvidos neste espaço
que é o único propicio para educar de forma sistemática.
Vale salientar o grande propósito da educação que é formar cidadãos
críticos conscientes de seus direitos e deveres, e isso acontecerá quando os professores
estiverem mais preparados para aceitar os grandes desafios de educar e não se
sentirem impotentes, incapazes de realizarem a tarefa a qual escolheram de forma
espontânea e cientes de seu papel e sua importância social e educacional.
A resposta para uma educação mais dinâmica, acessível e democrática é
uma nova postura do educador, pois este precisa estar atento para as mudanças e o
novo público que a escola recebe, neste mundo da informação estar pronto para lecionar
é, antes de tudo, reconhecer que não se sabe o suficiente e que o grande mérito deste
novo educador é a pesquisa, a aceitação do novo, do diferente e, mediante a isso
reconhecer que o que sabemos torna-se obsoleto muito rápido.
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4 OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Repensar a educação como o momento crucial para a formação de um cidadão pleno de sus direitos e deveres no processo de alfabetização, possibilitando a construção de conceitos, cidadania, ética e o processo de escrita a partir de uma desconstrução das ideologias dominantes e elitistas.
4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Narrar a própria história a partir da escrita e da visão de mundo que a escola
desperta na criança.
Construir e reconstruir as diversas possibilidades de conhecimento e
aprendizagem que a escola possibilita a partir dos contextos ideológicos.
Reconhecer a escola como patrimônio da comunidade levando em conta a
sua importância social, econômica, cultural e política.
Posicionar-se como construtores de uma nova nação com conhecimento
libertador e plena consciência de sua cidadania.
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5 JUSTIFICATIVA
Este trabalho justifica-se pela necessidade de se repensar as práticas
pedagógicas permeadas pelas ideologias dominantes, muitas vezes denominadas pelos
educadores como “sistema”, e isso impossibilita que estes se percebam como
multiplicadores de conhecimentos e continuem apenas reproduzindo aquilo que os
opressores querem.
Não há que se esquecer do quanto a escola é essencial na formação de
opinião e no senso de cidadania que tanto se busca na percepção de um mundo mais
humano. Pensando neste processo se faz importante uma nova consciência do que
educar para a vida e para a cidadania, infelizmente as pessoas ainda acreditam que a
função da escola é ensinar a ler e escrever.
Posto que a educação esteja além de uma sala de aula, se faz necessário
um olhar mais crítico e inovador a respeito do papel da educação. Nesta perspectiva a
escola tem uma nova função que permite ao educando ver o mundo como seu, e não
como mero coautor de sua história.
Os professores precisam se perceber parte maior deste sistema que pode e
deve mudar a realidade daqueles que estão inseridos no processo de escolarização. O
estado tem parte nisto, mas o ambiente escolar se faz com aqueles que de fato são
responsáveis pelo ato de educar.
Segundo Louis Althusser,1998 em sua obra aparelhos ideológicos de
estado, o Estado é um aparelho repressor, por isso se faz jus repensar a educação
como um espaço para a liberdade, uma vez que o conhecimento deve nos tornar livres.
Desta forma, não se faz educação a partir do ponto de vista do que um ou
outro espera, mas com sabedoria, paciência, sapiência, e principalmente, cidadania,
pois tornaremos os educandos parceiros do ato de educar e não meros coautores.
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6 METODOLOGIA
Para que o presente trabalho seja realizado será necessária uma intensiva
observação in loco, afinal, sou também responsável social do objeto de pesquisa,
pesquisa de campo com entrevista sob a forma de questionário e registros fotográficos
do cenário pesquisado.
Haverá, então, uma análise dos dados coletados em fontes bibliográficas,
para desta forma contrapor com os dados fornecidos pelos envolvidos no processo
político educacional, pois falar de educação englobará todos da comunidade que além
de estarem inseridos no mesmo, aos quais estão envolvidos nas mudanças de postura
na consciência do que é se educar e participar da vida ativa de sua comunidade.
O levantamento de dados permitirá uma análise mais profunda dos
problemas que acontecem nas escolas de Ensino Fundamental I e II do povoado do Alto
da Lagoinha, na cidade de Ubaíra, pois será feita uma abordagem histórico-social dos
principais fatores que contribuem para a constatação de um processo social que merece
uma atenção especial das autoridades e das políticas públicas.
Assim, fica registrado que este projeto foi desenvolvido a partir de pesquisa
de campo, análise de dados, questionários, estudos bibliográficos e um contato direto do
pesquisador com o objeto pesquisado para uma maior constatação, dando veracidade
aos fatos coletados.
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7 TIPOS DE ABORDAGENS
Para a construção deste trabalho monográfico será feita uma abordagem de
pesquisa, observação e coleta de dados a partir de entrevistas com os profissionais das
referidas instituições de ensino.
Com esta perspectiva será utilizada uma abordagem mista, pois serão
utilizados métodos de abordagens diferentes, que possibilitará uma leitura mais
completa do tema abordado e como este será contemplado com mais dinamicidade.
O método mais observado será o hipotético dedutivo, pois nada pode ser
definitivo, há que se continuar buscando novas maneiras de discutir e se apropriar de
questões relacionadas à educação e concepção para uma melhoria no processo
investigativo e continuar buscando soluções para atenuar os graves problemas
observados e/ou particularizá-los se for o caso.
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8 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa proposta para a elaboração dos resultados após os estudos
será feita a partir de uma descrição dos dados, para um maior detalhamento das
características dos fenômenos apontados e, assim, dar mais credibilidade ao exposto.
Para tanto, serão necessárias as coletas de dados, entrevistas, observação
e construção de forma imparcial as peculiaridades encontradas em cada escola. A
observação dos ambientes será imprescindível para que se obtenha um resultado
imparcial em relação como a escola é importante no âmbito comunitário e o quão esta
se faz presente na vida da comunidade local e escolar.
Buscar maneiras de inserir os alunos no contexto social da comunidade
também precisa ser uma função inerente à escola.
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9 LEVANTAMENTO DE LITERATURA
A pensar a educação como único meio de transformar a realidade daqueles
que necessitam de auxílio para adquirirem habilidades no processo de ensino
aprendizagem, se faz urgente uma nova percepção do ensino numa perspectiva de
mudança de consciência daqueles que estão inseridos na escola.
Estar no processo de educar permite que nos tornemos responsáveis
pelo futuro de uma nação, essa realidade é notória através de novas metodologias, a
postura do educador nesta situação é muito importante, pois não é fácil inserir pessoas
neste processo que não se sentem parte dele.
Paulo Freire, um dos maiores educadores, desenvolveu métodos que,
durante décadas, foram utilizados para educar os jovens e adultos. Percebe-se nestes
métodos a oportunidade de inseri-los no mundo alfabetizado e letrado, permitindo que
estes estejam engajados nas mudanças que ocorrem à sua volta.
A pedagogia tem de ser forjada com ele (o oprimido) e não para ele, enquanto homens ou povos, na luta incessante de recuperação de sua humanidade. Pedagogia que faça da opressão e de suas causas objeto da reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu engajamento necessário na luta por sua libertação, em que esta pedagogia se fará e refará. (FREIRE. Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.)
Assim, como define Freire, a educação deve ser utilizada para libertação, e
isso acontecerá quando os educandos souberem diferenciar o seu opressor do que o
oprime, então estará pronto para exercer de forma lúcida o seu papel de cidadão para
compreender os seus direitos e os seus deveres. Não cabe mais neste cenário a
educação bancaria, na qual o educador acredita que o aluno nada sabe, é um papel em
branco e precisa ser preenchido por alguém que acredita saber tudo.
O educando precisa ter uma educação que problematize, o faça refletir e
perceber o seu lugar no espaço escolar e o quanto este o fará ainda mais engajado nos
problemas do seu dia-a-dia e se posicione como co(autor) de sua realidade.
Para muitos, a educação não é mais que um processo feito para satisfazer
os interesses daqueles que ditam as regras (o sistema), mas é o professor-alfabetizador
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que terá a missão de mostrar aos seus alunos o quanto esta oportunidade é importante
para torná-los cidadãos conscientes e participativos da vida letrada que o cerca.
Segundo Althusser:
[...] os AIE não são a realização da ideologia em geral, ou mesmo a realização sem conflitos da ideologia da classe dominante. A ideologia da classe dominante não se torna dominante por graça divina, ou pela simples tomada de poder do Estado. É pelo estabelecimento dos AIE, onde está ideologia é realizada e se realiza que ela se torna dominante. Ora, esse estabelecimento não se dá por si só, é, ao contrário, o palco de uma dura e ininterrupta luta de classes: antes de mais nada, contra as antigas classes dominantes e suas posições nos antigos e novos AIE, em seguida contra a classe explorada (ALTHUSSER, 1980, p. 100).
Por isso, há que se pensar em uma educação mais democrática que sirva
para os educandos realmente se tornarem cidadãos e não apenas repetidores de
conceitos, o conhecimento deve ser utilizado para a preparação do aluno para a vida e
não apenas para satisfazer a vontade daqueles que acreditam pensar educação, mas
apenas defendem seus interesses.
Os educadores devem estar mais atentos em suas posturas em sala de
aula, pois eles podem estar reproduzindo aquilo que o aparelho ideológico espera, até
mesmo sem perceber.
Não se pode pensar na educação da mesma forma que se pensava há anos,
uma vez que esta tem em seu currículo perspectivas diferentes, pois o público alvo tem
outras pretensões. Faz-se necessário uma humanização da escola, para que esta seja
de fato um espaço de letramento e não apenas mais um espaço que formará
analfabetos funcionais que servirão de objetos de manobras para interesses políticos e
escusos, possibilitando uma educação que, na verdade, não educa, mas manipula,
esconde, persuade e oprime tanto os educandos quanto os educadores.
Portanto, não haverá educação enquanto não houver consciência do quanto
é necessária uma nova postura no ato de educar para uma clientela necessitada de uma
educação diferente, voltada para um público diferenciado, cheio de novas ideias,
anseios e percepções de mundo menos equivocadas.
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10 A HISTÓRIA DAS ESCOLAS SANTA MARIA E LIVINO FERRARI E A SUA RELAÇÃO COM O SOCIAL
A priori em qualquer comunidade a instituição escolar representa parte
desta, levando em consideração que esta reproduz aquilo que está inserido na vida e na
personalidade daqueles que a compõe. Se faz necessário, então que antes de trazer à
tona a discussão sobre as escolas aqui em questão, se faça uma pequena abordagem
sobre a história e a forma como estão se faze presentes na comunidade do Alto da
Lagoinha.
Para tanto, há apresentada aqui parte de uma comunidade declarada como
povoado que pertence ao município de Ubaíra e está localizada na zona rural.
A ESCOLA MUNICIPAL SANTA MARIA
LEGISLAÇÃO QUE CREDENCIA A ESCOLAÉ necessário que as Unidades Escolares se organizem de forma operante e
que suas legislações estejam estruturadas e sedimentadas nas leis que regem o país. A
Escola Municipal Santa Maria preocupa-se em manter sua organização funcional dentro
do que é norteado pelas leis educacionais.
Portaria de Criação: Nº. 2984 - D.O: 19 de março de 1882;
Lei nº. 9,394 de 20 de dezembro de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases;
Regimento Comum das Escolas Municipais de Ubaíra.
10.1 HISTÓRICO DA ESCOLA
A Escola Municipal Santa Maria foi inaugurada no dia 05 de agosto de 1980
e tinha como entidade mantenedora o Governo do Estado da Bahia. A cerimônia de
inauguração contou com a presença do prefeito da época, o Senhor Mário Muniz
Monteiro e outras autoridades municipais.
No início do seu funcionamento, a sua estrutura física contava apenas com
duas salas de aula, dois banheiros e uma cantina. Com o crescimento da matrícula nos
anos seguintes tornou-se necessário a sua ampliação, com a construção de mais duas
salas de aula, dando a característica física que possui na atualidade.
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No seu quadro inicial de professores a Escola possuía os seguintes
profissionais: Maria Florisa Silva Santos, Esmelinda de Almeida Lobo, Eunice Souza
Santos e Marlene Rodrigues Tourinho e ainda o pessoal de apoio ou agente de serviço:
José Edson Miranda de Almeida e Maria São Pedro de Almeida. Todos esses
profissionais desempenharam serviços relevantes à Escola contribuindo assim com o
bom desempenho da mesma no cenário municipal.
A primeira diretora foi a professora Maria Florisa Silva Santos, esta realizou
um trabalho voltado ao desenvolvimento integral do alunado, bem como, da comunidade
local, sobre o qual sempre exerceu uma forte liderança assistencialista no intuito de
sanar as dificuldades comunitárias. Além da diretora acima citada, a escola foi também
dirigida por: Elizabete Souza dos Santos e Nívea Roberta Lobo.
Com o processo de municipalização em 1991, a Escola passou a ser
administrada pela Prefeitura Municipal de Ubaíra. Durante o período de administração
municipal a escola contou com o apoio nas suas dificuldades, principalmente no que diz
respeito a questão de material didático e manutenção da infraestrutura escolar,
colaborando assim com o êxito no desempenho acadêmico dos alunos no que se refere
ao processo ensino aprendizagem.
Em agosto de 2010 comemorou-se trinta anos da Escola e na oportunidade
foi organizado um desfile que contou com a presença do prefeito municipal (atuante no
período), o Senhor Lúcio Passos Monteiro, a Secretária Municipal de Educação do
período, a Senhora Maria Helena Rocha e alguns vereadores. Na organização do desfile
foram homenageados os antigos funcionários, alunos e os docentes e discentes da
atualidade. E para animar a festa contamos com a participação da Fanfarra de Santa
Inês.
10.1.2 FILOSOFIA DA ESCOLA
A Escola Municipal Santa Maria prima formar um cidadão inserido num
processo de busca pelo conhecimento, identidade e autonomia, em que possa
reconhecer-se como indivíduo atuante, digno, crítico, e consciente da sua capacidade de
interpretar e interagir como sujeito transformador do meio em que vive, valorizando a
Educação do Campo.
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A escola se propõe a construir uma escola democrática capaz de concretizar
seus objetivos desenvolvendo uma educação humanizadora, trabalhando valores de
liberdade, solidariedade, dignidade, respeito e justiça.
10.1.3 MISSÃO
Nossa missão é oferecer um ensino com qualidade, por meio de
profissionais qualificados para garantir a satisfação e o atendimento aos requisitos dos
nossos educandos, direcionando nossos esforços para formação de um ser humano
crítico, atuante, que conheça seus direitos e cumpra seus deveres, que consiga ter uma
ideia do mundo.
Esforçar-se em prol da educação e da cidadania, da criança em situações de
vulnerabilidade social e em condições de média e baixa renda social através de
atendimento de qualidade. Criar condições de operacionalização dos dispositivos do
Estatuto da Criança e do Adolescente, dentro de nossa área de
competência. Os profissionais buscam a formação exigida e possuem hoje, na sua
maioria formação na área educacional. Desta maneira, proporcionar aos estudantes um
ambiente de recreação e educação apropriado, no qual podem obter carinho, atenção e
cuidados.
10.1.4 VISÃO DE FUTURO
Nossa escola será um espaço privilegiado com transparência e igualdade,
visando a excelência do aprendizado, respeitando as qualidades individuais do sujeito e
sua participação ativa nas atividades escolares e extraescolares.
VALORES
RESPEITO – Deve-se nascer a partir dos próprios informadores para que os
educandos percebam que as pessoas devem ser respeitadas independentemente de
suas diferenças e semelhanças.
SOLIDARIEDADE – É fundamental o ser humano ter um espírito coletivo
comprometido, ajudando um ao outro no alcance dos objetivos, prestando um serviço de
relevante interesse social.
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DISCIPLINA - Tem a mesma etimologia da palavra "discípulo", que significa
"aquele que segue". A disciplina é um hábito interno que facilita cada pessoa o
cumprimento de suas obrigações, é um autodomínio, é a capacidade de utilizar
a liberdade pessoal, isto é, a possibilidade de atuar livremente superando os
condicionamentos internos e externos que se apresentam na vida cotidiana.
A questão da disciplina é bastante complexa, uma vez que, um grande
número de variáveis influencia o processo de ensino-aprendizagem. No entanto, apesar
dessa complexidade, a verdade é que há um consenso sobre o fato de que sem
disciplina não se pode fazer nenhum trabalho pedagógico significativo.
COLETIVIDADE – Trata-se da colaboração respeitando as necessidades e
as capacidades de cada um.
ESCOLA MUINICIPAL LIVINO FERRARI
10.2 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
A escola está localizada no Alto da Lagoinha, um pequeno povoado do
município de Ubaíra, que fica a 45 km da sede, no estado da Bahia. Nos primórdios, a
escola era instalada em local improvisado, já que não existiam condições de
infraestrutura apropriadas para seu funcionamento. No decorrer dos anos 80 foi
construída a primeira escola do Ensino Fundamental I, a Escola Santa Maria, e no ano
de 1994 foi construído o Colégio Municipal Livino Ferrari. Em 1995, a escola começou a
funcionar com apenas 05 professores, 01 diretora, vice-diretora, mais 02 funcionários,
tendo 04 turmas e 118 estudantes.
A escola dispõe atualmente de uma Coordenadora Pedagógica que auxilia
os trabalhos juntamente com os professores, vinculando e articulando o trabalho à
consolidação da Proposta Pedagógica da Instituição. Com isso, as discussões a respeito
dos trabalhos pedagógicos acontecem entre a coordenação, professores e direção. Nos
encontros, que geralmente ocorrem no início de cada unidade, são propostas atividades,
projetos, oficinas e orientações diante das dificuldades apresentadas pelos professores.
Atualmente a escola em questão possui um total de 140 estudantes, com
idade média de 11 a 18 anos e funciona nos turnos matutino e vespertino, sendo que
são estudantes da própria comunidade e de comunidades circunvizinhas. A partir dos
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alunos matriculados foi feito um levantamento e chegou-se à conclusão de que o
número de mulheres é maior que o de homens (duas mulheres a mais que os homens),
porém a distribuição nas turmas não é equilibrada visto que em algumas tem mais do
sexo feminino e em outras tem mais do sexo masculino.
Para atender a esses/as, a instituição de ensino conta com um quadro de
docentes composto por 8 (oito) professores/as todos com formação acadêmica, todos os
profissionais são efetivos com alguns anos de docência o que facilita o contato dos
professores com os alunos, uma vez que a maior parte dos docentes moram na própria
comunidade, porém não há profissional com formação em Educação Especial. A
coordenação não desenvolve um trabalho especifico para esse aluno o que dificulta
ainda mais o trabalho dos professores, segundo depoimento do professor regente. A
escola possui dois (2) alunos com necessidades especiais: um com espectro do Autismo
e uma outra aluna com dislexia. Neste estágio Supervisionado, no qual foi utilizada
apenas a observação, nos atentemos para o aluno com espectro Autismo.
A escola tem como missão assegurar aos alunos um ambiente favorável à
formação de sujeito crítico, político e atuante na sociedade. Buscando um efetivo
envolvimento da família e demais segmentos da escola, entidades públicas e privadas
na intenção de fortalecer as ações estratégicas para promover uma educação de
qualidade.
A Instituição de ensino em questão tem como visão tornar-se uma Instituição
Educacional de referência no município de Ubaíra, reconhecida pela excelência o
trabalho desenvolvido e comprometido com a formação dos cidadãos, pautados nos
valores éticos e humanos.
A equipe gestora é composta de: um diretor, um vice-diretor, uma
coordenadora pedagógica e um secretário escolar. Como a escola oferece apenas
Ensino Fundamental II, os estudantes, para prosseguirem com seus estudos, precisam
deslocar-se para outras cidades, tais como: Mutuípe, Amargosa, Jiquiriçá e Ubaíra que
oferecem o Ensino Médio.
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11 O QUE É IDEOLOGIA E COMO ELA SE APRESENTA NO ESPAÇO ESCOLAR.
A ideologia é a forma como cada ser, indivíduo se dispõe em relação a um
tema, uma discussão ou um fato. Está diretamente ligada a uma forma especifica de
lidar com situações que permeiam o dia a dia, muitos atribuem essa designação para
atrelar ao fato de muitos serem subjugados, humilhados ou serem submissos a uma
determinada circunstância.
Há uma atribuição, ainda, a questão da ideologia dominante, seja ela de
cunho social, religioso ou político. Aqui tratemos da ideologia que está por trás da forma
como cada professor ou profissional da educação vê o ato de educar e tudo que rege
esta árdua tarefa.
Muitos dizem que não realizam sua atividade profissional em sala de aula
porque o sistema quer que todos sejam ruins e que os alunos não aprendam, todavia é
questionável quando se tem a ideia de que o professor forma o maior sistema da
educação, uma vez que todos podem se ausentar na escola e se houver o professor e
os educandos as aulas acontecerão, no entanto, se faltar o professor e todos estiverem
no espaço escolar a aula não acontecerá, pois o maior patrimônio de uma escola ou de
um espaço de educação é o professor e o educando.
Para Karl Marx, a ideologia mascara a realidade. Os pensadores adeptos
dessa escola consideram a ideologia como uma ideia, discurso ou ação que mascara
um objeto, mostrando apenas sua aparência e escondendo suas demais qualidades.
Há que se buscar uma (re) educação dos profissionais envolvidos neste
processo e uma nova possibilidade de mudança do que realmente se quer que o aluno
aprenda. Há, na verdade, uma preocupação apenas com o conteúdo, sem querer saber
se o que está ensinando e a forma como se ensina é o que realmente o aluno quer
aprender.
Segundo Paulo Freire relata em sua obra Pedagogia da Autonomia:
Pormenores assim da cotidianidade do professor, portanto igualmente do aluno, a que quase sempre pouca ou nenhuma atenção se dá, têm na verdade um peso significativo na avaliação da
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experiência docente. O que importa, na formação docente, não é a repetição mecânica do gesto, este ou aquele, mas a compreensão do valor dos sentimentos, das emoções, do desejo, da insegurança a ser superada pela segurança, do medo que, ao ser "educado", vai gerando a coragem. (Paulo Freire, 1996, pg.26.)
Os alunos são inseridos num processo de ensino/aprendizagem pré-
estabelecido e sem muita dinamicidade, percebe-se que estes não compreendem a
verdadeira função da escola, pois o professor não ensina e o aluno realmente não
aprende. Não há uma preocupação com o que o aluno espera da escola, apenas
colocam os programas, projetos, eventos e os sentimentos do aluno não são levados em
consideração, uma vez que o desejo do aluno não pode se sobrepor ao da escola e,
assim vão remando, empurrando-os, subjugando, atendendo os desejos e vontades
apenas dos que se sentem possuidor dos direitos e das ideologias que regem o trabalho
e o ato de educar.
A priori o que deveria interessar à escola é o posicionamento dos alunos e
pais sobre as metodologias, os tipos de profissionais que estão inseridos no
estabelecimento escolar. No entanto, se percebe uma banalização sobre a escolha dos
profissionais da educação, servindo, muitas vezes, de promessas de emprego em
palanques, cabide de emprego para eleger candidatos e, na pior das hipóteses lugar
para aqueles que ainda não tem opção do que fazer e não escolheram uma profissão.
O professor não está vetado a ensinar apenas o que está explícito no
planejamento, numa aula de discussão ou debate há muito mais informações que,
muitas vezes, o conteúdo em si, não é planejar por planejar, mas para a interação
É necessário que repense a forma como se escolhe os profissionais da
educação, pois muitas vezes, se tem a impressão que a educação é cabide emprego
para os políticos que muito promete e por não terem o que fazer vão entupindo as
escolas de pessoas despreparadas e sem muita função nos setores educacionais, até
porque neste processo todos são responsáveis por educar, desde o porteiro até a
direção da escola, cada um contribui de forma diferente, mas com o mesmo intuito,
educar.
Para Hamilton Werneck há uma forma muito clara de solucionar os
problemas relacionados aos profissionais da educação:
A solução seria definir os limites do emprego, entregar as tarefas a profissionais competentes e dedicados, aumentar-lhes o salário e acabar com este convívio de “faz de conta”, aos poucos levando o país ao mais desastroso descrédito. (Hamilton Werneck, 1992, pg. 17)
30
Assim, se define uma classe com valorização profissional, dedicação
exclusiva e um maior encantamento pelo ato de educar. Haveria um novo
direcionamento para a educação. No Brasil os professores acabam acumulando funções
e cargas horárias por não existir uma estrutura educacional bem definida, isso acarreta
um cansaço físico e mental que com certeza atrapalha no bom andamento de seu
trabalho. O professor se preocupa com o ensino e a pesquisa diária para aulas, mesmo
que fingidas.
Segundo Carlos Libâneo:
A prática escolar consiste na concretização das condições que asseguram a realização do trabalho docente. Tais condições não se reduzem ao estritamente "pedagógico", já que a escola cumpre funções que lhe são dadas pela sociedade concreta que, por sua vez, apresenta-se como constituída por classes sociais com interesses antagônicos. A prática escolar assim, tem atrás de si condicionantes sociopolíticos que configuram diferentes concepções de homem e de sociedade e, consequentemente, diferentes pressupostos sobre o papel da escola, aprendizagem, relações professor-aluno, técnicas pedagógicas etc. (José Carlos Libaneo, 1982, p.3)
A sala de aula é um espaço no qual se forma cidadãos conscientes de
sua plena condição de direitos e deveres, mediante a sua percepção de mundo e de
espaço, com isso é esperado que nessas circunstâncias se assegure ao educando a
possibilidade de uma sociedade mais igualitária, menos egoísta, mais politizada e,
sobretudo com uma visão sociopolítica de sua realidade.
As práticas pedagógicas adotadas pela escola e/ou pelos professores que a
compõe deixa óbvio que tipo de ideologia está impregnada no contexto educacional e
que tipo de educando esta forma, a partir de suas vivencias. Não se pode esperar de
uma escola que traz resquícios autoritários uma postura totalmente democrática, pois
perpetuará neste espaço as ideias de comando, ainda, submisso.
E, não obstante a isso se faz necessário enfatizar que todas as ideologias
precisam de pensamentos que as sustentem, com as dominantes no âmbito escolar não
seria diferente, presentes, muitas vezes, pela gestão, os profissionais da educação não
compreendem esse processo, simplesmente porque se traz a ideia de que obedecer é
melhor que questionar, não há necessidade de se bater de frente, contestar,
argumentar, apenas segui-las impostas por interesses obscuros que nem sempre tem
objetivos definidos.
31
Há de se lamentar dos profissionais que escolhem a sua profissão a partir de
pressupostos que nem eles mesmos conhecem ou por falta de opção, pois isso acarreta
um problema muito corriqueiro entre as pessoas insatisfeitas profissionalmente. Desta
maneira, é necessário conhecer as perspectivas profissionais e salariais do que se
pretende exercer para evitar frustrações e negligências na profissão.
É notória que há uma preocupação com a atual situação da educação
brasileira que vem se arrastando com uma pedagogia caótica, profissionais
descontentes que nada ensinam alunos que pouco aprendem, conteúdos fragilizados
pelo despreparo, muitas vezes, dos profissionais que estão cansados de lutar contra um
sistema educacional que perdeu a sua capacidade de ensinar, uma escola
desestruturada, projetos ineficazes e pais, muitas vezes, negligentes.
Segundo o educador Freire, a educação deverá servir para libertar e
emancipar o conhecimento e o indivíduo, para que ele se empodere da sua realidade,
não há que se permitir uma educação que reprima, oprima ou condene aqueles que
estão inseridos no processo. Nessa perspectiva o aprender está intimamente ligado à
sua livre expressão do pensar, do conhecer, do saber e, principalmente da possibilidade
de mudar a sua realidade a partir do que você vê e sabe do mundo que o rodeia.
Se a educação é libertária e é nesse espaço que se deve promover a
democracia não é possível que os educadores se tornem opressores e se façam
reprodutores do discurso ideológico de estado, pois este oprime, retrai e ofusca qualquer
chance que o educando possa ter em sua longa jornada de preparação o para o
enfrentamento direto da repressão imposta de forma dissimulada e camuflada pelos
textos, ideologias, frases prontas e discursos, muitas vezes, imperceptíveis, mas
eficientes em seu contexto de persuasão e condicionamento de comportamento.
Werneck, afirma em sua obra “se você finge que ensina, eu finjo que
aprendo”, de forma bem acentuada o papel da escola na vida da sociedade: “Uma
sociedade livre só se constrói com responsabilidade. Uma educação voltada para a
formação do caráter responsável é uma imposição desta mesma sociedade. ” É
contraditório o discurso da real prática e função do educar. Fez-se de um direito, um
privilégio.
Infelizmente, as escolas estão cada dia mais distantes dos alunos, eles
estão agregados no espaço escolar, mas não se sentem parte deste espaço e, por isso
mesmo vemos escolas sendo depredadas, destruídas e não conseguem encantar mais
os educandos de forma que eles mal chegam na escola já estão querendo ir embora.
32
Os educandos estão perdendo o interesse por aprender e apreender, cada
vez há um egresso destes menos preparados, mais frustrados e com uma ideia
totalmente distorcida do papel e da importância da escola na sua formação social,
psicossocial, cultural e religiosa.
Este mesmo sistema que corrobora com a formação intelectual e cognitiva
deste indivíduo de forma distorcida e errônea, cobra cidadãos conscientes e plenos de
suas obrigações. Quando a escola, segundo Werneck, não tem a função de formar um
cidadão detentor de saberes, dignidade, responsabilidade civil, cumpridores de seus
deveres, está sendo refutado ao educando o direito de ser pleno.
Cobra-se do educando uma postura de crítico e reflexivo de sua realidade,
todavia isso deverá acontecer se não for para questionar e criticar a escola, caso isso
aconteça o educando é polêmico, não aceita regras, não sabe seguir o regulamento,
tudo pode ser criticado, desde que não o faça no ambiente escolar.
A sociedade mudou, com isso temos jovens inseridos num processo mais
dinâmico com poucas responsabilidades, as crianças não são mais obrigadas a cumprir
com tarefas diárias que os pais consideram muito “pesadas” para serem feitas pelos
filhos. “Assim, os filhos não lavam o carro da família, não limpam alguma coisa dentro de
casa, nem arrumam a própria cama pela manhã, não aprendem a fazer a alimentação
[...]”. (Werneck, 1992, pg. 17)
Sendo deixada de lado a importância das atividades e responsabilidades do
dia-a-dia que norteiam a base educacional e cidadã dos indivíduos, mas esta mesma
família que limita, evita os esforços, negam a automação, exigirá de seus filhos uma
postura que lhe foi retirada ou pelo menos negada a priori, mas que lhe será cobrada
sempre, senão pela família, o fará as instituições que definem as regras que delimitarão
as ações desse indivíduo na sociedade.
Contrapondo-se ao que realmente se espera da escola há uma inevitável
comparação com o Mestre Freire que assim como Werneck, preocupa-se com uma
educação de qualidade e profissionais preparados para ensinar. Não se pode conceber
um ensino deturpado, omisso, ineficaz e, acima de tudo descomprometido com a função
que lhe é cabível; formar cidadãos e não meros reprodutores de saberes.
Se a sala de aula é um espaço de democratização não é possível que ainda
se continue formando educandos que apenas reproduzem saberes, fica, então, a
questão quem realmente não quer que os educandos aprendam o sistema ou próprio
33
professor que tem desculpas para sua negligência e sua postura que apenas repete o
discurso ideológico do faz de conta.
Assim, é necessário que se repense nesse processo educacional que tudo
aceita, pouco faz e muito cobra. Faz-se urgente a busca por métodos, profissionais e
propostas curriculares que realmente funcionem. Historicamente o país se acostumou a
ter um povo pouco instruído, muito submisso e uma educação elitista. Está no momento
de mudar esse panorama e buscar uma educação de qualidade e realmente para todos.
12 ESCOLA X IDEOLOGIA DOMINANTE
Pensar no desenvolvimento da comunidade do alto da Lagoinha, é ao
mesmo tempo falar das escolas que fazem parte deste povoado, no qual se encontra o
Ensino Fundamental I e II.
Essas escolas são essenciais para o bom desenvolvimento da comunidade
e também para o comércio, pois este recebe a movimentação dos educandos das
comunidades circunvizinhas.
É percebido nessas escolas uma grande influência das decisões políticas ao
passo que são praticamente as únicas fontes de empregos públicos de que o povoado
dispõe. Isso torna as escolas, infelizmente, possibilidade de conseguir um salário e, são,
muitas vezes, uma fonte de garantir votos.
Os profissionais ficam à mercê da vontade do vai e vem de prefeitos e com
eles o troca-troca de funcionários que não são efetivos e, óbvio isso reflete no resultado
e no andamento das atividades escolares.
Percebe-se que isso também interfere no rendimento dos educandos, pois
quando estes estão se acostumando com os professores e os profissionais da educação
eles são abruptamente trocados, na maioria das vezes, sem nenhuma explicação.
Nesta organização feita de forma arranjada que quase sempre beneficia
apenas os eleitores que mais estão próximos aos detentores do poder e aqueles que
podem apadrinhar seus correligionários, nesta perspectiva as ideologias que orientam o
espaço escolar são aquelas que melhor se adequam àqueles que estão no poder.
Então, como se pode esperar uma educação idônea e uma escola cada vez
mais democrática se os valores educacionais estão intimamente ligados ao poder e aos
34
interesses de uma classe que quanto mais luta para se consolidar no poder mais se
tornam opressores de suas próprias falácias.
Se faz urgente repensar a forma de se entender educação e como esta se
propõe a este público tão exigente e necessitado de uma escola nova que os prepare
para a vida e não apenas para o ENEM e as provas impostas para medir capacidades e
habilidades dos alunos, que na verdade apenas constatam dados conhecidos e sabidos
pelos envolvidos no processo de educar. Tornar a escola um lugar agradável é
fundamental para que tenhamos educandos mais felizes e acreditem em poder
transformar o Brasil num país melhor.
Os profissionais da educação precisam se empenhar em seu trabalho e
buscar uma forma eficaz de fazer educação, pois só assim o seu desempenho e o seu
papel enquanto educador fará a diferença, isso será possível quando a sala de aula for
vista como espaço de se fazer democracia e lugar de se formar cidadãos e não
reprodutores de informações e perceba no ato de educar um maior compromisso com o
que é ensinado e uma maior percepção de mundo dentro da escola.
Aqueles que realmente fazem diferença no processo de educar não podem
acreditar e nem se deixar envolver pelas ideologias dominantes, sendo transformados
em fantoches, pois vivemos num país livre e democrático e é assim que se deve
comportar todos que estão inseridos no processo de libertação tão defendida por Freire
e que será alcançada apenas pela educação feita por quem se percebe democrático e
fazedor de democracia.
As ideologias que permeiam as escolas não podem estar atreladas ao
desejo de alguém que mal conhece a escola. Vê-se os envolvidos na educação
repetirem há anos o mesmo discurso: que não farão o jogo do Sistema. Mas afinal quem
é o sistema? Como ele pode influenciar no trabalho do professor? O que o sistema
defende? São perguntas que merecem atenção quando há uma discussão sobre
educação.
O professor é o maior sistema que rege a escola, pois ele é quem está na
coluna estruturante da mesma, conhece o seu educando e desperta neste o amor pela
vida, pela escola e pelo mundo.
Segundo Libaneo:
Uma boa parte dos professores, provavelmente a maioria, baseia sua
prática em prescrições pedagógicas que viraram senso comum,
incorporadas quando de sua passagem pela escola ou transmitidas
35
pelos colegas mais velhos; entretanto, essa prática contém
pressupostos teóricos implícitos. Por outro lado, há professores
interessados num trabalho docente mais consequente, professores
capazes de perceber o sentido mais amplo de sua prática e de
explicitar suas convicções. Inclusive há aqueles que se apegam à
última tendência da moda, sem maiores cuidados em refletir se essa
escolha trará, de fato, as respostas que procuram. (José Carlos
Libaneo, 1982, p.3)
É preciso se auto avaliar quando se busca resultados a partir do que se
ensina, pois há sempre uma intenção ao se escolher um conteúdo, mesmo quando o
educador se coloca como imparcial, no entanto, implicitamente não há de se negar a
vontade de que o educando se perceba autor e não apenas ouvinte em sala de aula,
repensar conceitos, buscar valores, aceitar novas concepções de vida e reavaliar
posturas e atitudes dentro do contexto escolar e social é inerente à aprendizagem.
Desmistificar as ideologias dominantes nas práticas pedagógicas dentro da
escola é estar atento ao discurso anti-ideológico citado amplamente nas discussões
primeiras, recompor uma educação que valha para todos e permeie o mundo de todos
sem a necessidade de um aprisionamento de ideias e opressão de seus valores, se faz
urgente uma postura mais democraticamente assumida pelos educadores e, dessa
forma assumir uma posição de questionador, crítico e reflexivo de suas possibilidades.
Não rotular as práticas pedagógicas, nem repetir metodologias apenas
porque todos fazem demonstra um real interesse em ser diferente, fazer acontecer a
partir de suas convicções, percepções e, acima de tudo, pesquisas embasadas em
estudos elaborados para a melhoria do educando com conhecimento do público que
será recebido pelo educador, não fazer diagnósticos sem o conhecimento prévio da
turma é um passo importante para uma educação mais direcionada e menos abstrata.
Usar a desculpa de que trabalha mal e que não prepara boas aulas porque o
sistema quer assim é, na verdade, uma mentira contada tantas vezes que muitos
acreditam ser verdade. Mas isso apenas consolida algo discutido neste trabalho
monográfico que é a real responsabilidade de quem ensina em detrimento de quem
aprende.
Não assumir a responsabilidade de educar nos moldes da democracia tem a
ver com o compromisso que cada educador tem com o ato de educar e com o
36
empoderamento que lhe é dado quando escolhe estar na educação. Mostrar aos
educandos que suas escolhas farão ou não um cidadão de bem, conhecedor ou não de
seus direitos e deveres.
Assim, o chão da escola se faz jus quando o educando se sente parte dele e
se mobiliza para uma postura mais participativa no âmbito da escola, é preciso que os
reais interessados no processo de aprender que são os educandos se tornem cada vez
mais participativos e engajados nas situações político-econômicas do país, tornando-os
não meros coadjuvantes, mas autores de sua própria história.
13 CRONOGRAMA
Mês de outubro 2017.
1ª SEMANA 2ª SEMANA 3ª SEMANA
Elaboração do
plano de pesquisa.
Produção dos
elementos pretextuais.
Estudo dos
dados
Leitura
superficial dos textos
Elaboração do
projeto de pesquisa.
Elaboração
dos textos por capítulos
Pesquisa
bibliográfica
Levantamento
dos textos de pesquisa
Elaboração
das questões para
pesquisa
Mês de novembro 2017.
1ª SEMANA 2ª SEMANA 3ª SEMANA
Observação Entrega das
37
do espaço da pesquisa questões aos
entrevistados
Coleta dos
dados
Elaboração do
terceiro capitulo
Construção
dos textos finais
Leitura dos
textos produzidos
Construção
das considerações finais
Leitura
completa do trabalho
Entrega do
trabalho pronto
14 RECURSOS
Para a elaboração deste projeto de pesquisa monográfica foram
utilizados:
Material de consumo: folhas de sulfite, lápis, caneta, borracha,
caderno,
Material permanente: computador, impressora, cartucho à tinta,
impressão, scanner, pen drive, notebook.
Recurso humano: professores e profissionais da educação para
as entrevistas.
38
15 LEVANTAMENTO DE DADOS
O presente capitulo discorrerá sobre os dados coletados com observações e
entrevistas realizadas durante o processo de execução deste trabalho, busca-se nesse
tópico refletir sobre o quanto as ideologias permeiam o trabalho pedagógico nas escolas
que deram origem a esse trabalho monográfico, para isso foram entrevistadas pessoas
que fizeram parte do quadro de funcionários ou ainda estão inseridos no contexto
dessas escolas.
Para consolidar as questões abordadas foram elaborados alguns
questionamentos a respeito das ideologias inserias nas escolas e a sua interferência no
processo pedagógico. Para tanto, segue abaixo respostas de pessoas inseridas no
processo educativo dessas escolas. Por motivo de preservação da identidade dos
entrevistados os nomes não serão citados.
Na primeira questão procurou se entender o porquê de alguns profissionais
insistirem nas questões de controle do Estado sobre as suas práticas pedagógicas e o
quanto elas interferem em seu trabalho pedagógico.
Como esses se colocam frente as intervenções em seu trabalho e o que
fazer para mudar essa situação, muitas vezes apenas mistificada e não se consolida de
fato, a percepção de controle está apenas em suas ideologias e percepções, mas
interfere na preparação e execução de suas aulas.
A segunda questão faz alusão a escola elitista que busca defender
interesses apenas da classe dominante e não leva em consideração a aprendizagem de
39
forma igualitária e socialmente posta para todos, apesar de no discurso ser esta a fala
de quem propõe a educação.
Com uma proposição mais incisiva ao educador o que se pretende na
terceira questão é compreender o que este define como sistema e como este é
percebido no chão das escolas.
A quarta questão pretende trazer à tona uma questão muito dantes discutida
por todos os envolvidos no processo educacional há anos e não se tem uma resposta
exata para esse questionamento, no entanto se faz necessária uma discussão ainda
mais contundente sobre o tema e nada melhor que saber disso de um professor
envolvido no processo.
Essa questão tenta buscar resposta para uma grande incógnita que permeia
a educação nesse novo contexto social e econômico/político, para demonstrar como a
escola e os professores vem lidando com esse público mais dinâmico, informado e mais
exigente.
Não obstante à realidade da grande maioria das escolas a quinta questão
aborda um tema mais polêmico, evidenciando como as escolas ficam, muitas vezes, a
mercê da vontade dos políticos, principalmente nas cidades do interior, nas quais as
influências são mais contundentes e mais diretas.
Se faz importante um diálogo de como a política interfere no âmbito escolar,
propiciando uma escola menos democrática, grupos de profissionais da educação
inseguros, pois nem sempre têm uma estabilidade profissional e isso interfere no
rendimento e no resultado final da aprendizagem e do desenvolvimento dos trabalhos na
escola.
A sexta questão faz uma alusão ao que acontece na comunidade devido a
interferência da política nas escolas, todavia tenta traçar um viés do que pode ser feito
para que essa realidade mude e as escolas se tornem mais autônomas e possa decidir
junto ao seu grupo de trabalho aquilo que é inerente e imprescindível para um bom
andamento e rendimento dos resultados finais propostos por quem está inserido no
processo educacional das escolas.
Indubitavelmente as escolas nesta comunidade estão inseridas num
contexto de extrema importância para os que aqui (Povoado do alto da Lagoinha)
moram e todas as comunidades circunvizinhas, mas não foge à regra das demais em
relação a inserção da política em seu contexto, pois está arraigada em sua história o
envolvimento político partidário em muitas das decisões tomadas neste espaço, assim
40
se faz jus a esta pesquisa e as conclusões aqui relatadas para que se possa consolidar
a pesquisa a partir de uma proposta de observação e entrevistas aos que estão
diretamente ou indiretamente ligados a este processo educacional.
Para tanto se faz necessária uma intervenção de cunho opinativo aos dados
aqui relatados, uma vez que o mérito desta pesquisa não é interferir no processo
corrente, mas descrever como as ideologias dominantes são capazes de modificar todo
o processo pedagógico que a priori deveria ser imparcial.
No intuito de corroborar com a pesquisa acadêmica de posse a uma
discussão tão veemente e atual busca-se postular que o mestre/educar aquele que além
da prática traz em si a práxis. Além de estar atento as questões pedagógicas o educador
pode e deve procurar alternativas que o faça repensar suas práticas quando estas não
satisfizerem o seu alunado numa ótica de SER reflexivo e detentor de opiniões,
permitindo novos olhares da realidade e de suas habilidades e competências.
Assim, a partir desta pesquisa o que se observa é o quanto os educadores
ainda estão arraigados de velhos conceitos que insistem em permear as práticas
pedagógicas e o quanto se faz difícil desvencilhar destes. Nortear as práticas
pedagógicas partindo do princípio das posturas anti ideológicas, somente desta forma se
repensará a sociedade/escola como parceiras e não adversárias do processo educativo.
41
15.1 QUESTÕES PARA O TRABALHO MONOGRÁFICOA Desmistificação Das Ideologias Dominantes Nas Práticas Pedagógicas
Das Escolas Públicas Do Alto Da Lagoinha.
1. Por que os professores insistem em se sentirem controlados pelo
estado e fazem apenas o jogo dos que detêm o poder?
Conquanto os professores não participem como interlocutores legítimos da definição de diretrizes educativas são – junto com a escola – alvo preferencial de desqualificação política e profissional. Nessa linha de pensamento entende-se que o professor é o protagonista da situação onde está inserido. Não apenas o professor é objeto da política, mas também os sindicatos o são, a relativa ao seu fazer profissional. Nesse aspecto, o professor vem sendo atingido por vários fatores, um dos, está na profissão porque não foi aceito em outros empregos; é incapaz para outras funções e a docência foi o que lhe restou; acomodou-se na carreira porque não há incentivos para desempenhos diferentes; não se preocupa com a qualidade do que faz porque seu salário é irrisório. Essas e muitas outras imagens denegatórias justificam uma ação dura sobre a realidade docente, e faz com que cruzem os braços e aceitem ao que lhe for imposto. Numa sociedade onde a educação vira cabide de emprego seria atípico professores lutarem pelos seus direitos, já que me é conveniente estar como professor (e não ser licenciado para tal), é conveniente também aceitar tais manipulação.
2. Quando se fará uma educação voltada para o educando e não para
obedecer a desejos de elites burguesas?
A partir do momento em que todos aprenderem buscar seus direitos, e isso
se dá numa escola onde forme cidadãos pensantes e agentes do conhecimento,
42
entendo que, enquanto estivermos professores ocupando lugares errados, teremos
alunos errantes, mas quando a educação deixar de ser opressora aos nossos alunos e
tivermos professores verdadeiramente capazes ai sim, teremos alunos pensantes e
brilhantes, formadores de opiniões e valentes, esses serão o futuro, porque no nosso
presente essa educação voltada para o educando não deixa de existir. Enquanto houver
jogos de interesses a educação não surtirá efeito em nossa sociedade.
3. O que realmente os professores têm como sistema?
O sistema é um conjunto de elementos interconectados em harmonia, isso
implica num todo formado e organizado, quando falo de sistema coloco todos, porque
um sistema não se faz sozinho. Desta maneira é sabido que o professor sempre coloca
a culpa no sistema pelo seu fracasso, por sua incompetência, mas é impressionante
como poucos sabem que os principais atores do nosso sistema, são eles mesmo.
4. As escolas públicas estão preparadas para este novo público que
necessita de uma educação mais dinâmica e professores mais preparados?
Infelizmente as escolas ainda não se prepararam para essa nova clientela, que já vem com um conhecimento prévio mais antenados, a escola fica pra trás nesse sentido pois não consegue trazer o novo, isso torna um espaço chato, desagradável e sem informação, pois o lúdico é transmitido tradicionalmente e nada oferece as esses educando que chegam com uma perspectiva de espaço diferente ao da sua realidade, desta maneira o professor não atende as necessidades do aluno, pois muitas vezes o professor é quem pede orientação para o aluno no manuseio de algum aparelho tecnológico.
Assim como que a escola poderá ofertar um espaço dinâmico se o próprio
espaço o “aluno que o conduz”
5. O quanto você acredita que a política tem influenciado o trabalho nas
escolas públicas do Alto da Lagoinha?
Tem influenciado notadamente, se formos aos números acredito que
80%,isso significa uma desaceleração no desenvolvimento educacional local, onde
tínhamos uma referência enquanto escola Rural, e ao passar dos tempos essa
referência foi distorcida pelas conquistas políticas, conquistas essas que, impossibilitam
a educação de chegar ao mesmo patamar de outrora esta visão se discute o porquê de
tais feitos, uma das inquietações é justamente a perseguição e a opressão por parte de
quem se faz mais alto no poder.
43
6. Como a realidade da política local pode ser mudada para que possa
ser diminuída a sua influência sobre as decisões das escolas neste povoado?
No tocante essas mudanças só acontecerão quando entenderem que uma
gestão não se sustenta sozinha, é necessário o todo para que haja uma harmonização,
quando falamos de escola entende-se que as decisões têm que partir do coletivo e não
do particular oriundos de partidarismos. Precisa se repensar a maneira de como a
política está intercalada no segmento educacional tornando uma política descentrada e
desfocada na educação e voltada apenas na opressão, submissão dos seus opositores.
Penso que para desmistificar esse fato, seria uma política democrática, por exemplo: a
oferta de eleições na escolha dos gestores escolares, sem a inconveniência de “Quem
indique” para o cargo, deixaria de ser um cargo de confiança por parte do gestor
(prefeito e/ou vereador) e passaria a ser um cargo por escolha do corpo escolar e
comunidade local.
Desta maneira a política deixaria de existir “partidária” e seria uma política
voltada para a realidade e necessidade da instituição escolar.
44
QUESTÕES PARA O TRABALHO MONOGRÁFICO
A Desmistificação Das Ideologias Dominantes Nas Práticas Pedagógicas
Das Escolas Públicas Do Alto Da Lagoinha.
1. Por que os professores insistem em se sentirem controlados pelo
estado e fazem apenas o jogo dos que detêm o poder?
Afirmo, que falta primeiro os mesmos compreenderem o seu real papel e
função dessa sociedade educacional e depois disto, compreender o que venha ser esse
Estado. Acreditam que esse Estado, seja apenas os governantes, uma vez, que os
mesmos nem sabem a sua identidade nesse campo educacional. Precisa-se intender
que os mesmos são os primeiros a fazerem parte deste Estado, falta agora perguntar
para os mesmos se estão aptos a serem mestres e não meros professores e qual a sua
parte/contribuição para com o Estado.
2. O que realmente os professores têm como sistema?
Fazendo uma análise breve do ensino e das políticas públicas, iremos
compreender e entender que o ensino precisa na verdade de pessoas (profissionais),
que estejam abertos/alinhados ao novo, que vem avançado e falta os educadores
compreenderem esses avanços e não dizer que a educação mudou, alunos mudaram.
Realmente o ensino mudou, a educação modelou a sua perspectiva pedagógica e
didática, mas o ensino vem se reconstruindo. O que comprova isto, são as legalidades
e diretrizes, a LDBEN de 71, que era direcionada apenas para o mercado capitalista, a
45
educação infantil era direcionada apenas na revolução industrial e vinculada ao
trabalho e renda, a de 96 que vem numa nova perspectiva para atender o social, as
políticas públicas direcionadas ao ensino e a suas peculiaridades, e o ensino inclusivo,
que outrora, dito apenas como maldição e após anos de exclusão o ensino ganha
uma ajuda e contribuição para com o ensino. Sobretudo, as leis são sempre
repaginadas, porém falta realmente um aguçamento maior para com os profissionais,
uma vez que, estes que estarão mediando o conhecimento e as habilidades.
3. Quando se fará uma educação voltada para o educando e não para
obedecer a desejos de elites burguesas?
Precisamos fazer/mostrar um novo olhar sobre a política para a comunidade, fazendo com que se compreenda o papel da política e a sua compreensão e empoderamento para com a sociedade. A mesma tem sido/vem, sendo feita de forma errônea, uma vez, que serve como suporte de palanque, faltando assim, realmente um olhar mais encaminhativo para o ensino. Vale ressaltar, que não se pode dizer que a mesma não tem influenciado, contribuiu e muito, em alguns pontos (com relação a sociedade estudantil que se tem hoje, os estudantes que se fazem perceptivos com relação à política e sua demanda para com a sociedade). A comunidade precisa se fazer presente nas questões que remete ao ensino-aprendizagem, a qual deve ser primordial e sucinto para os governantes, porém primeiramente precisamos apresentar-se a eles que o ensino deva ser prioridade e crucial, para com as políticas públicas e a participação deles no processo educacional.
4. O que realmente os professores têm como sistema?
Afirmo, que falta primeiro os mesmos compreenderem o seu real papel e função
dessa sociedade educacional e depois disto, compreender o que venha ser esse Estado.
Acreditam que esse Estado, seja apenas os governantes, uma vez, que os mesmos nem
sabem a sua identidade nesse campo educacional. Precisa-se intender que os mesmos
são os primeiros a fazerem parte deste Estado, falta agora perguntar para os mesmos
se estão aptos a serem mestres e não meros professores e qual a sua parte/contribuição
para com o Estado.
5. O quanto você acredita que a política tem influenciado o trabalho nas
escolas públicas do Alto da Lagoinha?
46
Afirmo, que esse viés está atrelado a uma dimensão educacional de ensino: políticas públicas, ensino, prática pedagógica e educador. Nas políticas públicas argumentada, posso citar que a escola ela precisa ser autônoma e deliberativa, enfatizando que a escola tem seu papel na sociedade e a mesma tem autonomia em suas escolhas, propostas, ações e metas de estudo/trabalho e causa. Precisa-se se perceber que a escola (educação), é um espaço/base que se pode contribuir muito para com as políticas públicas locais, em forma de passar as informações sobre a função e a parceria de ambos para com os mesmos e que é nela que tudo se reconstrói, se muda, não deixando de acreditar que a educação deve ser prioridade para que se mude a sociedade e não se tendo a política que se tem e a forma como a mesma acontece na sociedade a qual está sendo de estudo/pesquisa.
6. Como a realidade da política local pode ser mudada para que possa
ser diminuída a sua influência sobre as decisões das escolas neste povoado?
Afirmo, que esse viés está atrelado a uma dimensão educacional de ensino: políticas públicas, ensino, prática pedagógica e educador. Nas políticas públicas argumentada, posso citar que a escola ela precisa ser autônoma e deliberativa, enfatizando que a escola tem seu papel na sociedade e a mesma tem autonomia em suas escolhas, propostas, ações e metas de estudo/trabalho e causa. Precisa-se se perceber que a escola (educação), é um espaço/base que se pode contribuir muito para com as políticas públicas locais, em forma de passar as informações sobre a função e a parceria de ambos para com os mesmos e que é nela que tudo se reconstrói, se muda, não deixando de acreditar que a educação deve ser prioridade para que se mude a sociedade e não se tendo a política que se tem e a forma como a mesma acontece na sociedade a qual está sendo de estudo/pesquisa.
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Esta terceira entrevista está embasada do ponto de vista de como o aluno vê
a política inserida na escola e o quanto ela interfere na aprendizagem.
QUESTOES PARA O TRABALHO MONOGRÁFICO
A Desmistificação Das Ideologias Dominantes Nas Práticas Pedagógicas
Das Escolas Públicas Do Alto Da Lagoinha.
1. Por que os professores insistem em se sentirem controlados pelo
estado e fazem apenas o jogo dos que detêm o poder?
Porque é exatamente isso que acontece são controlados pela gestão e nem
se quer tem direito de reclamar, pois pode ser usado contra ele.
2. Quando se fará uma educação voltada para o educando e não para
obedecer a desejos de elites burguesas?
Quando pararem de pensar que qualquer indivíduo pode entrar em uma sala
de aula para ensinar.
3. O que realmente os professores têm como sistema?
Sistema avaliativo, sistema de conteúdo, sistema de ensino...
48
4. As escolas públicas estão preparadas para este novo público que
necessita de uma educação mais dinâmica e professores mais preparados?
Não, pois não tem uma estrutura tecnológica e estrutural para abrigar esses
alunos e professores.
5. O quanto você acredita que a política tem influenciado o trabalho nas
escolas públicas do Alto da Lagoinha?
Tem influenciado, de uma forma negativa (desvio de verbas, pouca
aplicação em projetos...).
6. Como a realidade da política local pode ser mudada para que possa
ser diminuída a sua influência sobre as decisões das escolas neste povoado?
Uma nova gestão mais democrática.
16 CONSIDERAÇÕES E DISCUSSÕES FINAIS
Este trabalho monográfico propôs um repensar da educação a partir da
formação de cidadãos conscientes e plenos de seus direitos e deveres, tendo a escola
como espaço de se fazer democracia e postular conceitos a partir de discussões e
leituras desde a alfabetização, pois é desde criança que se entende o mundo e as suas
concepções políticas.
Para que esse trabalho fosse consolidado com êxito foi proposto a
observação e esta aconteceu nas escolas de forma a perceber como a política e as
ideologias dominantes se fazem presentes nas práticas pedagógicas dos professores e
nas concepções que se tem de educação.
Foi determinante para esse trabalho a metodologia da observação e
entrevista àqueles envolvidos no processo e se deu por meio de questões relativa ao
tema, para a consolidação das questões foram necessárias escolher professores e
alunos envolvidos no espaço escolar e no contexto de ensino/aprendizagem.
O objetivo desses questionamentos era observar o quanto se perde ao
relacionar a educação aos desejos e interesses daqueles que acreditam saber o que
deve ser ensinado a partir do convívio e da observância do espaço escolar,
vislumbrando uma melhor postura do educador quando se perceber como alguém que
pode fazer a diferença para a real mudança do ato de educar.
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No tocante aos resultados o que se observa é que os profissionais ainda se
sentem muito ligados aos preceitos políticos, sentem a resistência da própria
comunidade em se desfazer de conceitos arraigados de valores adquiridos ao longo do
tempo, como a política do assistencialismo em que preferem fingir que não vê que lutar
contra, aceitar a situação e não se expor com quem está no poder.
O que se consolida com essa pesquisa é que mesmo tendo acesso à
informação e passando pelo processo de graduação e sabendo que ele é o único que
pode fazer diferença no processo de educar o professor/educador ainda se deixa
manipular e persuadir pelos interesses políticos, pois eles não alcançaram o
empoderamento de sua importância no âmbito escolar, social e quiçá de sua própria
história.
A necessidade de sobreviver e a falta de opção, muitas vezes, insere na
educação pessoas que nunca se imaginaram educadoras, mas por estar no interior
sem perspectiva e as escolas na comunidade serem a única forma de conquistar um
emprego, mesmo reconhecendo que ali não é o lugar que eles gostariam de exercer a
profissão acabam aceitando.
Isso, óbvio traz à tona uma questão muito discutida entre os profissionais da
educação, como que a política tem interferido no trabalho pedagógico em escolas a
mercê dos desejos e interesses dos que detêm o poder e acreditam não atrapalhar o
andamento das práticas pedagógicas, do desenvolvimento do trabalho pedagógico e
nos resultados finais nessas escolas.
Mediante a isso cabe trabalhar nas escolas assuntos de interesse coletivo e
proporcionar um ambiente de discussão mais profunda e poder sensibilizar os
educandos para que haja uma mudança de postura dos envolvidos no processo
educacional.
É necessário que a escola como mediadora defina e redefina continuamente
o modo como as pessoas alteram a qualidade do meio e como se distribuem os
custos e os benefícios decorrentes da ação destas no processo social, até porque se
faz urgente uma percepção do educando de como a política direta ou indiretamente
mexe com o seu cotidiano dentro e fora da escola.
Durante todo o período de observação foi percebido sempre uma postura de
aceitação, uma vez que não se via discussão sobre o que era determinado e quando
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não aceitam a situação apenas reclamam entre os próprios colegas, mas não se
colocam como aqueles que não aceitam e querem mudanças.
Lamentavelmente, a educação está longe de mudar, pois muitos têm nessas
escolas a única forma de conseguir trabalhar e ter um salário que nem sempre é digno,
no entanto, fonte de renda e como não são efetivos ficam presos as regras do jogo
político que se impõe pela sobrevivência e bem-estar mesmo que provisório.
A escola deve estar preocupada em formar cidadãos que se preocupem com
as suas ações. Sensibilizar as pessoas para essas questões pode amenizar os grandes
problemas de falta de informação e promover uma discussão sobre o quanto se faz
necessária uma mudança de postura por não ser apenas uma questão social, mas
política, ideológica e ocorre em diversos contextos social, espacial e temporal.
Uma proposta de Educação mais democrática pressupõe escolhas, nessa
perspectiva não se deve dizer que ela seja neutra. A sua prática não deixa alternativa ao
educador, este precisa comprometer-se com todas as questões relacionadas à política
para passar-se do discurso para a ação.
Lembrar o que diz Althusser quanto não se sentir parte dos aparelhos
ideológicos de estado, mas repensar as ideologias que os compõe, definindo e
redefinindo padrões e comportamentos reproduzidos sem muitas contestações que,
muitas vezes, estão ligadas e interligadas ao senso comum.
A educação é indispensável no processo de desenvolvimento do conceito
cidadão e escola, sobretudo os educadores, tem grande responsabilidade e importância,
uma vez que trabalham com crianças e jovens que serão os professores do futuro. E se
bem instruídos serão sensibilizados e cuidarão melhor do seu país.
Esse trabalho pretende que as pessoas envolvidas ou não no processo
educativo repensem suas posturas em relação ao ato de educar e se faça ouvir quando
o assunto for relevante à sua formação acadêmica ou apenas para o conhecimento
sistemático de como a educação é influenciada pelos meios externos sejam eles
políticos, econômicos ou sociais.
Dessa forma, a escola é o ponto de partida para a sensibilização dos
envolvidos no processo de educar-se pelo diálogo de forma igualitária e civilizatória do
ponto de vista educativo e social. Permite que a comunidade também seja inserida de
forma mais participativa nas atividades e adquira habilidades e desenvolvimento de
atitudes visando à participação individual e coletiva.
51
Para finalizar este trabalho não poderia deixar de citar um trecho do livro de
Demerval Saviani, p.37, 1999, no qual define:
“Enquanto aparelho ideológico, a escola cumpre duas funções básicas: contribui para a formação da força de trabalho e para a inculcação da ideologia burguesa. Cumpre assinalar, porém, que não se trata de duas funções separadas. Pelo mecanismo das práticas escolares, a formação da força de trabalho se dá no próprio processo de inculcação ideológica. Mais do que isso: todas as práticas escolares, ainda que contenham elementos que implicam um saber objetivo (e não poderia deixar de conter, já que sem isso a escola não contribuiria para a reprodução das relações de produção). São práticas de inculcação ideológica. A escola é, pois, um aparelho ideológico, isto é, o aspecto ideológico é dominante e comanda o funcionamento do aparelho escolar em seu conjunto. Consequentemente, a função precípua da escola é a inculcação da ideologia burguesa. Isto é feito de duas formas concomitantes: em primeiro lugar, a inculcação explícita da ideologia burguesa; em segundo lugar, o recalcamento, a sujeição e o disfarce da ideologia proletária. ”
REFERÊNCIAS
ALTHUSSER, Louis. Aparelhos Ideológicos de Estado. Posições 2. Rio de Janeiro:
Graal, 1980.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GADOTTI, Moacir. Educação e Compromisso. Campinas: Papirus, 1985.VALDÉS,
Maria Teresa Moreno. A Educação especial na perspectiva de Vygotsky.
LIBÂNEO, José Carlos – Democratização da escola pública – a pedagogia crítico-social dos conteúdos, 21º edição, 2006.
MONTEIRO, Tereza Cristina Val. “REGRAS DA ABNT PARA TCC: conheça as
principais normas”. 2014.
PIMENTA, S. G.; GONÇALVES, C. L. Revendo o Ensino de 2º Grau: Propondo a Formação de Professores. 2.ed. São Paulo: Cortez, 1992.
SAVIANI, Demerval J, Escola e democracia: teorias da educação, 32. ed. Campinas,
SP: Autores Associados, 1999.
Site:https://br.search.yahoo.com
http://www.conexaorio.com
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GLOSSÁRIO
AARRAIGADOS; adj. Masc. pl. Aquilo que se estabeleceu ou se fixou na memória, nos
costumes de uma sociedade, de um povo ou de um indivíduo.
BBANALIZAR; vtd. Tornar algo sem valor, sem importância.
CCONSOLIDAR; vtd, vi, verbo pronominal. Agregar empresas ou organizações em uma só.
CORROBORAR; vtd. Confirmar a existência ou a verdade de.
DDESMISTIFICAR; vtd destituir o caráter místico ou misterioso de.
DESVENCILHAR-SE; vti ou vi desprender, desamarrar.
DETURPADO; adj. Masc. sing. Que teve o seu conteúdo adulterado, modificado.
EELITISTA; adj. Próprio do que há de melhor e mais valorizado no que diz respeito ao
social, refere-se à elite.
ERRÔNEA; adj. Aquilo que é caracterizado pelo erro.
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ESCUSOS; adj. Masc. pl. aquilo que é feito às escuras, que excita desconfiança.
FFALACIAS; subs. Fem. Aquilo que está ligado ao discurso falso, enganoso, mas que se
passa por verdadeiro. O mesmo que enganos, erros, falatórios, falsetas, falsidades.
IIN LOCO; expressão em latim; no próprio local.
INDUBITAVELMENTE; adverbio de modo inquestionavelmente, aquilo que não se pode
duvidar.
NNegligência; subs. Fem. = falta de cuidado, incúria, falta de apuro de atenção, desleixo.
PPERMEADOS; adj. masc. pl. que se coloca no meio, atravessado.
PERSUASÃO; subs. Fem. sing. Consiste em utilizar recursos simbólicos para induzir.
POLITIZAR; VI. Tornar alguém político que compreenda seus deveres e direitos, tornar-se
consciente de seu papel cidadão.
PRIMÓRDIOS; subs. Masc. Plural; o que acontece primeiro, principio, começo.
PRIORI;(do latim “de antes” ou “ do anterior”, a posteriori do latim “do seguinte” ou “do
depois”, expressão filosófica para distinguir dois tipos de conhecimento ou argumento.
QQUIÇÁ; adv. Aquilo que pode ou não acontecer, de uma maneira possível, mas que não se tem
certeza.
RRESQUICIOS; subs. Masc. pl. vestígios.
SSALIENTAR; VTD tornar saliente, notável.
SUBJUGADOS; adj. Masc. pl. se dominar pela força, se sujeitar.
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A Escola: __________________________________________________________
Diretor (a): _________________________________________________________
Solicitamos de V. Sª a autorização para que seja efetivada uma Pesquisa de
Campo em sua escola de Ensino Fundamental I neste Conceituado Estabelecimento
de Ensino.
A Pesquisa se constitui como ferramenta essencial para que o(a)
graduando(a) em Pedagogia tenha conhecimento do futuro campo de atuação
profissional. Com isso, não podemos pensar a formação do professor sem que este
se torne um esmero pesquisador, pois, é pesquisando que o educador encontrará
condições para lidar com os desafios vivenciados no cotidiano educacional.
Este trabalho é uma atividade curricular obrigatório e terá carga horária de 20
horas em sala de aula, para observação, coparticipação e regência. Para tanto,
desejamos firmar parceria entre está conceituada Instituição de Ensino e a Futuros
Consultoria Educacional LTDA para a realização da pesquisa.
Antecipadamente, nos responsabilizamos em atender as normas constantes
desta Instituição.
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Encaminhamos _________________________________________________, para
a realização da pesquisa.
Cronograma e Carga Horária da Pesquisa:
Observação e Coparticipação: 20 horasEstamos ao seu inteiro dispor para qualquer esclarecimento.
Atenciosamente,
SILVANA PÊSSOA
TERMO DE ACEITE DO(A) PESQUISADOR(A)
Autorizamos o(a) pesquisador(a) ________________________________________,
matriculada na disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica VI, do Curso de Pedagogia,
a realizar suas atividades - Pesquisa de Campo - nesta Instituição.
NOME: __________________________________________________________________
Diretor (a), Vice-diretor (a) ou Coordenador (a) Pedagógico(a)
NOME DA INSTITUIÇÃO:__________________________________________________________________
ENDEREÇO:__________________________________________________________________
BAIRRO: ___________________________ CIDADE: ______________________
CEP: ______________________________ FONE: ________________________
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QUESTÕES PARA O TRABALHO MONOGRÁFICO
A Desmistificação Das Ideologias Dominantes Nas Práticas Pedagógicas Das
Escolas Públicas Do Alto Da Lagoinha.
1. Por que os professores insistem em se sentirem controlados pelo estado e
fazem apenas o jogo dos que detêm o poder?
2. Quando se fará uma educação voltada para o educando e não para
obedecer a desejos de elites burguesas?
3. O que realmente os professores têm como sistema?
4. As escolas públicas estão preparadas para este novo público que necessita
de uma educação mais dinâmica e professores mais preparados?
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5. O quanto você acredita que a política tem influenciado o trabalho nas escolas
públicas do Alto da Lagoinha?
6. Como a realidade da política local pode ser mudada para que possa ser
diminuída a sua influência sobre as decisões das escolas neste povoado?
ESCOLA MUNICIPAL SANTA MARIA