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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA PALOMA JOSEFA SILVA ALMEIDA PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COLETA SELETIVA DO LIXO EM UM COLÉGIO DO MUNICÍPIO DE ESTÂNCIA, SERGIPE. Trabalho de Conclusão de Curso

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

PALOMA JOSEFA SILVA ALMEIDA

PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COLETA SELETIVA DO LIXO EM UM COLÉGIO DO MUNICÍPIO DE

ESTÂNCIA, SERGIPE.

Trabalho de Conclusão de Curso

São Cristóvão - SE

2019

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Paloma Josefa Silva Almeida

PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COLETA SELETIVA DO LIXO EM UM COLÉGIO DO MUNICÍPIO DE

ESTÂNCIA, SERGIPE.

Trabalho de Conclusão do Curso de

Ciências Biológicas Licenciatura entregue

como requisito para aprovação na disciplina

Prática de Pesquisa em Ensino de Ciências

e Biologia II.

Orientadora: Profª Aldeci dos Santos.

São Cristóvão - SE

2019

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BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________________________Profª Aldeci dos Santos

_______________________________________________________________Prof. Alexandre Liparini

____________________________________________________Profª RannaHeidy Santos Bezerra

Data da aprovação _____/____/____.

São Cristóvão-Se

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus familiares, e principalmente a Deus por ter me dado força

e coragem para poder prosseguir, sabemos que um curso a distância é difícil e

necessário força de vontade para prosseguir. Agradeço a universidade e todo corpo

docente que nos apoiou e prestou todo o suporte para chegarmos à tão desejada e

almejada conquista.

A todos que direta ou indiretamente contribuiu a minha nova conquista, ao

meu marido Cleber Lacerda que me acompanhou, apoiou e estiveram ao meu lado

nos momentos que mais precisei minha família, pais Genivaldo José Almeida e mãe

Maria São Pedro Silva Almeida, meus queridos irmãos que amo demais, Júnior

Almeida, Patrícia Almeida e Priscila Almeida, meus sobrinhos lindos e maravilhosos,

Matheus, Ana Vitória e Marquinhos.

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RESUMO

O presente trabalho constituiu-se em um levantamento de questões com os alunos,

sobre Educação Ambiental (EA) desenvolvida no contexto do colégio municipal

localizado no município de Estância, Sergipe. O objetivo da pesquisa foi avaliar o

nível de conhecimento dos alunos sobre ações pedagógicas de inserção de práticas

educativas ambientais, como a implantação de coleta seletiva na escola. Para a

reflexão sobre a prática vivenciada, foi feita uma coleta de dados, por meio da

aplicação de questionários contendo seis questões, com um total de 30 alunos

matriculados no curso de Educação de jovens e adultos (EJA), na faixa etária de 15

a 30 anos, de ambos os sexos, da 6ª série do ensino fundamental. Segundo os

dados obtidos, 50% dos alunos entrevistados acham que educação ambiental é uma

forma de educação que se aprende somente na escola. Porém, quando

questionados, 90% afirmou que na escola não existem práticas docentes referentes

à educação ambiental, e 100% afirmou que a abordagem do tema se dá apenas por

meio de pesquisas solicitadas pelos professores. Quando questionados sobre a

coleta seletiva, 67% não acham que a escola deve implantar o sistema, e justificam

a resposta afirmando que não tem interesse no assunto, apesar de 93% deles

responderem que não sabem separar corretamente o lixo dos resíduos sólidos.

Diante do exposto, torna-se importante que a equipe pedagógica da escola analise

os dados, e adote novas formas de abordagem visando despertar o interesse dos

alunos pelo tema, e assim poder formar indivíduos com consciência ambiental.

Palavras-chave: Reciclagem, reaproveitamento de resíduos, consciência ambiental.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................1

2. PROBLEMA..........................................................................................................2

3. JUSTIFICATIVA....................................................................................................3

4. OBJETIVOS..........................................................................................................3

4.1.Geral......................................................................................................................3

4.2.Específicos............................................................................................................3

5. REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................4

6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.............................................................5

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................6

8. CONIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................11

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................12

Anexo 1: Questionário aplicado aos alunos:..............................................................14

Anexo 2:Terrmo de consentimento livre e esclarecido..............................................15

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1. INTRODUÇÃO

Com o crescimento exponencial da população, foi necessário o

aumento da produção de alimentos para suprir esta demanda.

Consequentemente, houve maior produção de resíduos sólidos e um

aumento da preocupação com o seu descarte, uma vez que os locais de

destino desses, como aterros sanitários, estão cada vez mais escassos

(SANTOS et al., 2016).

Estes eventos e o aparecimento de evidências científicas contribuíram

para despertar a atenção da população quanto à forma que ela cuida do meio

ambiente em que vive. Assim, nas últimas décadas tem aumentado a

preocupação com adoção de medidas de conscientização ambiental por meio

de Organizações não Governamentais (OnGs), Institutos de pesquisa e

Universidades (PEREIRA & CURI, 2012). Nesse contexto, a escola aparece

com papel fundamental na conscientização da comunidade em que está

inserida, uma vez que é um ambiente importante para obter informação e

começar a implantar as atividades relacionadas à educação ambiental

(DANTAS et al., 2015).

Entende-se por educação ambiental os processos pelos quais o

indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,

habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio

ambiente (DIAS, 2015). E se configura mais que uma simples ferramenta de

conscientização, sendo uma mudança de valores entre o homem e o meio

ambiente, visando que ambos convivam em harmonia (PÁDUA & TABANEZ,

1998). Este tema foi instituído no Brasil há cerca de 20 anos, por meio da Lei

Federal de nº 9.795, sancionada em 27 de abril de 1999, quando foi criada a

Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA).

Quanto ao destino dos resíduos sólidos, estima-se que a principal

dificuldade encontrada para colocar em prática as diretrizes do Plano

Nacional de Resíduos sólidos (criado a partir da Política Nacional de

Resíduos Sólidos, nº da lei e ano em que foi sancionada) seja a falta de

planejamento e implantação de programas de coleta seletiva nos municípios

brasileiros (CAMPOS, 2014; CHAVES, SANTOS Jr. & ROCHA, 2014), uma

vez que grande parte dos municípios ainda não possui programas ou estes

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são pouco eficientes. Como exemplo, podemos citar o estado de São Paulo,

um dos mais populosos do nosso país e que possui coleta seletiva. Porém,

76% do lixo produzido diariamente é encaminhado a aterros sanitários

segundo a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e

Resíduos Especiais, 2018). A grande quantidade de lixo produzida nos

grandes centros urbanos contribui para alagamentos, uma vez que estes

entopem os bueiros das cidades prejudicando o escoamento da água, e

podem até trazer doenças para a comunidade. Neste contexto, a

conscientização da comunidade e dos alunos sobre a importância do

reaproveitamento do lixo torna-se evidente, e esta tem sido uma preocupação

mundial nos últimos anos, mas infelizmente essa prática ainda é pouco

adotada pela população. No Brasil, segundo dados do IPEA (Instituto de

Pesquisa econômica e Aplicada), apenas 13% dos resíduos sólidos urbanos

vão para reciclagem (BRASIL, 2017).

Diante desse panorama, pode-se afirmar que a implantação de

metodologias e práticas voltadas para educação ambiental nas escolas é de

suma importância, uma vez que estarão formando uma sociedade mais

consciente da importância de separar corretamente o lixo e dar a este o

destino adequado, aproveitando o que pode ser reciclado e ajudando o meio

ambiente.

Por conta disso, o presente estudo objetivou investigar o nível de

conhecimento dos alunos de um colégio municipal localizado no município de

Estância-SE, acerca de educação ambiental e destino correto para os

resíduos sólidos, por meio da aplicação de questionários

Nesse colégio há uma deficiência na metodologia e faltam práticas que

estimulem os alunos a buscarem e colocarem em prática os conhecimentos

sobre educação ambiental.

2. PROBLEMA

Toneladas de lixo são produzidas diariamente em todo o mundo, e

esses resíduos vêm provocando consequências de degradação do meio

ambiente e até causando doenças graves. No entanto, alguns atos, como a

separação dos materiais recicláveis para reaproveitamento, podem mudar

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essa situação. Esta prática pode começar nas escolas através dos

professores com projetos de conscientização sobre como proteger o meio

ambiente, tornando assim, algo interdisciplinar.

Para que exista uma transformação na escola através de seus

gestores, planejando projetos e direcionando funções, se faz necessário

identificar o nível do conhecimento dos alunos sobre educação ambiental. Na

atualidade a maioria dos alunos não possui conhecimento sobre, ou

conhecem pouco do tema, o que não contribui para a sociedade em que

estes alunos estão inseridos. Dessa maneira, através da conscientização e do

ensino-aprendizagem, podem haver muitas mudanças dentro da escola,

contribuindo para a proteção do meio ambiente.

3. JUSTIFICATIVA

O manejo de Resíduos Sólidos Urbanos (RDU) tem sido uma

preocupação mundial nas últimas décadas, uma vez que eles podem trazer

problemas de saúde pública e ao meio ambiente como: proliferação de

vetores de doenças, contaminação do solo e reservas de água na superfície e

subterrâneos (VALENCIA-VÁZQUEZ et al.,2014; ALKHATIB et al., 2014;

AGOSTINO et al., 2013).

Por conta disso, é necessário que os alunos entendam a necessidade

da correta destinação ao lixo, visando à mudança de comportamento no

espaço escolar, e na comunidade em que vivem, contribuindo para a

preservação do meio ambiente. Segundo Dantas et al., (2015), a educação

ambiental se mostra como uma ferramenta para efetiva conscientização da

comunidade. As escolas se sobressaem como espaços privilegiados na

implantação dessas atividades. Através da educação se pode mudar os vícios

e hábitos desses alunos, sendo necessário orientar, sensibilizar e mostrar a

todos a importância do verdadeiro sentido da proteção ambiental.

4. OBJETIVOS

4.1. Geral

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Avaliar o nível e conhecimento dos alunos do 6º ano do programa de

educação de jovens e adultos (EJA) do de um colégio municipal localizado no

município de Estância -SE, acerca do tema educação ambiental.

4.2. Específicos

Verificar qual o nível de conhecimento dos mesmos sobre coleta

seletiva, e reciclagem do lixo;

Informar os resultados da pesquisa aos educadores da escola, para

que estes possam direcionar as aulas para aprofundamento do tema que os

alunos tenham menos conhecimento.

5. REFERENCIAL TEÓRICO

Vivemos um tempo de degradação ambiental desenfreada. Na

atualidade 7 bilhões de pessoas no mundo geram por ano 1,4bilhão de

toneladas de resíduos sólidos, e quase metade desses resíduos são gerados

nos 30 países desenvolvidos do mundo (BRASIL, 2014). Segundo estimativa

da ONU (Organização das Nações Unidas) se continuar neste ritmo, no final

deste século seremos 9 bilhões de habitantes 4 bilhões de toneladas de lixo

por ano (BRASIL, 2014).

Apesar dos números serem alarmantes e o problema antigo, as

primeiras discussões sobre desenvolvimento econômico e meio ambiente a

nível mundial tiveram início na década de 1960, principalmente a partir da

Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em 1972

(DOS ANJOS RODRIGUES et al., 2016). Da década de 60 até os dias atuais,

muitas ideias eficazes para o correto descarte e reaproveitamento dos

resíduos sólidos surgiram, ainda assim, atualmente só uma pequena

porcentagem do lixo produzido tem o destino correto (AMPARO et al.,2013).

Neste contexto, surge a coleta seletiva como uma alternativa para destino e

reaproveitamento dos resíduos sólidos (AMPARO et al.,2013), pois quando o

lixo que não é tratado da forma correta pode causar poluição do solo, dos

lençóis freáticos e das ruas, muitas vezes sendo a causa de enchentes nas

cidades (RIBEIRO & BESEN, 2007).

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A coleta seletiva consiste em separar objetos que podem ser

reaproveitados ou reciclados, e é de grande importância para o equilíbrio dos

impactos que os resíduos sólidos causam ao meio ambiente (BESEN, 2006).

Nessa coleta, o lixo é separado por grupos que correspondem a uma

classificação e é separado por cores. Dessa maneira, resíduos com

características similares são depositados no recipiente correspondente e

enviados para coleta separadamente, podendo assim serem reaproveitados e

terem o destino correto. Os papeis, tais como jornais, revistas, caixas,

embalagens de papelão entre outros, devem ser direcionados aos recipientes

azuis; nos recipientes vermelhos vão os plásticos, tais como garrafa pet,

embalagens plásticas e sacos; nos recipientes amarelos devem ser colocados

os vidros, como copos, garrafas e embalagens de medicamentos e perfumes,

entre outros (BRINGHENT, 2004).

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Apesar de amplamente explorado na mídia, a maior parte das ações

ligadas à coleta seletiva no Brasil é informal, ocorrendo apenas em 3,5% dos

municípios brasileiros (CEMPRE, 2003).

Por conta disso, este tema deve ser cada vez mais abordado nas

escolas, visando à mudança de mentalidade dos alunos e a transformação da

consciência ambiental. A falta de acesso à educação ambiental, assim como

da abordagem por parte dos professores sobre o tema em sala de aula, pode

levar os alunos a terem ações sem se preocupar com o meio ambiente em

que vivem, tais como jogar lixo na rua, atear fogo em mata e lixo

indiscriminadamente, entre outras. Sendo assim, a educação ambiental

quando aplicada de forma eficaz nas escolas, pode promover o conhecimento

e a mudança de hábitos. Esses conhecimentos podem transcender os muros

da escola e alcançar a sociedade em que aqueles jovens estão inseridos,

multiplicando os conhecimentos adquiridos (FELIX, 2007).

6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

No presente estudo foi aplicado um questionário com objetivo de

investigar o nível de conhecimento dos alunos referente à educação

ambiental e coleta seletiva do lixo. O questionário foi aplicado a 30 alunos

Figura 1: Recipientes de coleta seletiva. Fonte: todamateria.com.br/coletaseletiva

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matriculados no curso de Educação de jovens e adultos (EJA), na faixa etária

de 15 a 30 anos, de ambos os sexos, da 6ª série do ensino fundamental de

um colégio Municipal da cidade de Estância, Sergipe. Todos os questionários

foram aplicados com a autorização prévia da gestão da escola, bem como do

professor da disciplina de Ciências biológicas. No questionário foram

realizadas seis perguntas referentes ao que o aluno sabe ou julga saber

sobre educação ambiental e coleta seletiva conforme consta no Anexo1.

As perguntas foram elaboradas com base nos temas que os alunos

deveriam conhecer e que são importantes no tocante a educação ambiental.

Assim, o questionário constituiu-se de perguntas objetivas e subjetivas, a fim

de explorar de uma forma mais completa o nível de conhecimento dos alunos.

De posse das respostas dos alunos, foi possível a construção de

gráficos que expressam os dados de forma clara, e assim puderam ser

passados aos educadores da escola.

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foi possível verificar que 50% dos alunos responderam que educação

ambiental seria um tema que somente se aprende na Escola. Já 33%

responderam que só aprendem através de discussões e aprendizagem de

temas da natureza abordados em aula de ciências enquanto apenas 16,7%

responderam que educação ambiental é o processo de formação e

informação do orientado para o desenvolvimento da consciência crítica sobre

as questões ambientais (Figura 2).

17%

50%

33%

A B C

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Figura 2: “O que você entende por educação ambiental?” Respostas: A- Processo de formação e informação orientado para o desenvolvimento da consciência crítica sobre as questões ambientais. B- É uma forma de educação que somente se aprende na Escola. C- Discussão e aprendizagem de temas relacionados à natureza.

Na escola objeto desse estudo a maioria dos alunos acreditam que

educação ambiental é um tema que só se aprende na escola, ou seja, eles

não tem consciência da importância do tema para a sociedade como um todo.

Conforme Terra (2015), a educação ambiental envolve o indivíduo e a

coletividade, através dos quais são construídos valores sociais,

conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas a conservação do meio

ambiente em que estão inseridos, sendo essencial à qualidade de vida e

sustentabilidade de uma sociedade.

Quando perguntados sobre a existência de práticas docentes

referentes à educação ambiental na escola, 90% dos alunos responderam

que não existiam, enquanto 10% afirmaram que existem professores que

falam ou comentam sobre a temática durante a explicação de algum assunto

ou quando há trabalho em sala de aula nas aulas de ciências (Figura 3). O

referido dado corrobora com os resultados obtidos na pergunta anterior do

questionário, onde a maioria dos discentes respondeu que a educação deve

ser abordada em sala de aula. Porém, de que forma irão compreender a

importância do tema, se não há práticas nem metodologias relacionadas ao

assunto?

Sim Não0

5

10

15

20

25

30

10%

90%

Respostas do item 2 do questionário

Alun

os e

ntre

vist

ados

Figura 3: “Existem práticas docentes referentes à Educação Ambiental na Escola?”.

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Para reverter essa situação é de suma importância que, tanto a escola

como os professores, trabalhem sobre a temática ambiental, através de

metodologias e práticas educativas que despertem o interesse por parte do

aluno.

Na atualidade grande parte dos desequilíbrios ambientais está

diretamente relacionada à ação humana, tais como consumismo e uso

inadequado dos recursos naturais. Portanto, é por meio das instituições de

ensino que poderemos mudar hábitos desta geração e das gerações futuras,

formando seres humanos com consciência ecológica (FELIX, 2007).

Na presente pesquisa, quando perguntados sobre o destino do lixo

produzido na escola, 100% dos alunos responderam que o lixo é recolhido

pela prefeitura do município. Uma pesquisa semelhante ao presente estudo,

foi desenvolvida numa escola estadual no município de Picuí, Paraíba, com

41 alunos das três séries do ensino médio, na qual também foi questionado

aos alunos se eles conheciam o destino do lixo urbano produzido nas casas e

na escola. Foi observado que 83% dos alunos tinham consciência de que era

a prefeitura a quem competia a tarefa de recolher os resíduos urbanos. Os

autores da pesquisa afirmaram que esse é um dado preocupante, pois, o fato

de que os alunos compreendem que a responsabilidade de recolher o lixo é

da prefeitura, faz com que os mesmos enquanto cidadãos do município se

eximam de sua responsabilidade sobre os resíduos que geram, sem se

preocupar, portanto em separá-lo da forma adequada (DANTAS et al., 2015).

Quando questionados de que forma é introduzida a prática de coleta

seletiva no cotidiano da educação escolar, 100% dos alunos responderam

que a abordagem é feita na aula de biologia por meio de pesquisas que são

solicitadas pelos professores. Quando indagados se a escola deveria

implantar a coleta seletiva, verificou-se que 67% dos alunos responderam que

não (Figura 4). O item também pedia que eles justificassem a resposta, e dos

67% que acham que a escola não deve implantar a coleta seletiva, as

respostas foram que não tinham interesse em saber sobre o assunto. Os 33%

que responderam que sim, justificaram a resposta afirmando que querem

conhecer sobre o tema e tentar levar seu conhecimento para sua residência.

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Segundo Dantas et al. (2015), o nível de conhecimento e interesse dos

alunos sobre a coleta seletiva pode se dá pela existência de coletores

disponíveis na escola. Portanto, talvez o simples fato de existirem coletores

pode gerar curiosidade nos alunos em saber em qual recipiente deve colocar

o lixo que ele produziu ao consumir o seu lanche, por exemplo. Segundo

Silva et al. (2013), o corpo docente pode ainda desenvolver práticas de ações

pedagógicas, tais como de reaproveitamento de materiais recicláveis, e

discutir do ponto de vista sócio-político a importância da educação ambiental

na escola. Tudo isso, visando despertar o interesse dos alunos e criar uma

conscientização dos mesmos sobre o tema.

Sim Não0

5

10

15

20

25

30

33%

67%

Respostas do item 5 do questionário

Alun

os e

ntre

vist

ados

Figura 4: “Você acha que a escola deve implantar a Coleta Seletiva?”

Quando perguntados se sabiam separar corretamente o lixo dos

resíduos sólidos, 93% dos alunos responderam que não sabiam (Figura 5).

Quando pedido para justificar a resposta, 63% afirmaram que não tem

interesse, pois não julga importante a separação dos resíduos sólidos e os

demais não justificaram. Apenas 7% dos alunos afirmaram que sabiam, e

justificaram que acham importante a separação correta do lixo para

preservação do meio ambiente.

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Sim Não0

5

10

15

20

25

30

7%

93%

Respostas do item 6 do questionário

Alun

os e

ntre

vist

ados

Figura 5: Vocês sabem separar corretamente o lixo dos Resíduos Sólidos?”

A referente falta de interesse ou motivação por educação ambiental da

maioria dos alunos da escola é preocupante, e isso reafirma a necessidade

de uma abordagem mais profunda do tema. A educação ambiental é mais

que um conteúdo disciplinar, sugerindo mudanças de valores e adoção de

novas atitudes dentro e fora do ambiente escolar para que este indivíduo

possa viver em harmonia com o meio ambiente em que ele está inserido

(PÁDUA & TABANEZ, 1998).

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8. CONIDERAÇÕES FINAIS

Na escola onde foi desenvolvida a pesquisa, há falhas de motivação

para que ocorra o desenvolvimento de práticas ambientais, pois uma minoria

de alunos se mostrou entusiasmado para desenvolver trabalhos na área

ambiental ou obter conhecimento dos temas ligados a educação ambiental.

Sendo assim, os professores devem mudar o cotidiano e as práticas de

ensino-aprendizagem propondo atividades mais dinâmicas, revertendo ou

mudando o ensino tradicional presente nas salas de aula, visando atrair a

atenção e motivar os alunos a aprender.

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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRELPE. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, 2013.

AGOSTINO, F.; ALMEIRA, C. M. V. B.; BONILLA, S. H.; SACOMANO, B. J.; AL-KHATIB, I. A.; AJLOUNY, H.; AL-SARI, M. I.; KONTOGIANNI, S. Residents’ concerns and attitudes toward solid waste management facilities in Palestine: A case study of Hebron district. Waste Management & Research, v. 32, n. 3, p. 228-236, 2014.

AL-KHATIB, I. A.; AJLOUNY, H.; AL-SARI, M. I.; KONTOGIANNI, S. Residents’concerns and attitudes toward solid waste management facilities in Palestine: A case study of Hebron district. Waste Management & Research, v. 32, n. 3, p. 228-236, 2014.

AMPARO, D. C. S.; BRICHET, S. S. A.; MAGALHÃES, M. F. Avaliação da aplicação do programa de educação ambiental e cidadania-PEAC-Universidade Castelo Branco e CAP. Revista Eletrônica novo Enfoque, v.17, n.17, p.148-167, 2013.

BRASIL. Senado Federal. Resíduos sólidos: os lixões persistem. In: Revista em Discussão, Ano 5, n. 22, set. 2014.

BRINGHENTI, Jacqueline Rogéria. Coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos: aspectos operacionais e da participação da população. Diss. Faculdade de Saúde Pública, 2004.

CAMPOS, H. K. T. Recycling in Brazil: Challenges and prospects. Resources, Conservation and Recycling, v. 85, p. 130-138, 2014.

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CEMPRE. Compromisso Empresarial para a Reciclagem. Cempre Review, 2013. Disponível em: <http://cempre.org.br/artigo-publicacao/artigos>. Acesso: 20 maio 2019.

CHAVES, G. L. D.; SANTOS JR, J. L.; ROCHA, S. M. S. The challenges for solid waste management in accordance with Agenda 21: a Brazilian case review. Waste Management & Research, v. 32, n. 9, p. 19-31, 2014.

DANTAS, M. M. M.; MARTINS, J. G. S; SOUZA, D. de M., GUIMARÃES, M. L. C.; SILVA, E. A Da. A importância da educação ambiental no amplo escolar. Cadernos de Agroecologia, v. 10, n. 3, 2015.

DIAS, G. F. Atividades interdisciplinares de educação ambiental. Global Editora e Distribuidora Ltda, 2015.

DOS ANJOS RODRIGUES, L.; CUNHA, D. A.; BRITO, L. M; PIRES, M. V.; Pobreza, crescimento econômico e degradação ambiental no meio urbano brasileiro. Revista Iberoamericana de Economia ecológica, v. 26, p.11-24, 2016.

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PÁDUA, S.; TABANEZ, M. (orgs.). Educação ambiental: caminhos trilhados no Brasil. São Paulo: Ipê, 1998.

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RIBEIRO, H.; BESEN, G. R. Panorama da coleta seletiva no Brasil: desafios e perspectivas a partir de três estudos de caso. InterfacEHS. São Paulo - SP, v. 2, n. 4, p.1-18, ago., 2007.

SANTOS, J. B. L. dos; SÁ, V. S.; MOREIRA, C. R.; DOMINGOS, W. C. X.; MAIA, T. S.; BOMBA, J. P.; CAMPOLINO, M. L. Aumento na demanda alimentar populacional e implantação de compostagem como ação mitigadora e sustentável. Revista Brasileira de Ciências da Vida, [S.l.], v. 4, n. 1, jul. 2017. 

SILVA, C. O.; LOPES, J. P.; DANTAS, M. I. Coleta seletiva e reciclagem do lixo: experiência de educação sócio ambiental em uma escola da rede estadual de ensino de Maceió, Alagoas. Nature and Conservation, v. 6, n. 2, 2013.

TERRA, S. B.; MATTIA, J. L.; JASKULSKI, G. F. Produção de hortaliças orgânicas na escola: promoção de hábitos saudáveis e o cuidado com meio ambiente. Em Extensão, v. 14, n. 1, p. 52-75, 2015.

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Anexo 1Questionário aplicado aos alunos:

1. O que você entende por Educação Ambiental?

( ) Processo de formação e informação orientado para o desenvolvimento da consciência crítica sobre as questões ambientais.

( ) É uma forma de educação que somente se aprende na Escola.

( ) Discussão e aprendizagem de temas relacionados à natureza.

2. Existem práticas docentes referentes à Educação Ambiental na Escola?( ) Sim ( ) Não

3. Que destino é dado ao lixo produzido na Escola?

( ) Reaproveitado ( ) Recolhido pela Prefeitura ( ) Jogado a céu aberto

4. De que forma é introduzida a prática de coleta seletiva no cotidiano da Educação

escolar?

( ) Pesquisas ( ) Trabalhos em grupos; ( ) Aulas em contato com a natureza

5.Você acha que a escola deve implantar a Coleta Seletiva?

( ) Sim ( ) Não. Por quê? ________________________________________________________

6.Vocês sabem separar corretamente o lixo dos Resíduos Sólidos?

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( ) Sim ( ) Não. Por quê? ________________________________________________________

Fonte: Naianne Trindade Consciência ambiental: Coleta Seletiva e Reciclagem no ambiente escolar. 2011.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPEDEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO(res. 466/2012, CNS)

Prezado participante:Sou formanda do curso de graduação em Ciências Biológicas na

Universidade Federal de Sergipe /UFS. Estou realizando uma pesquisa intitulada “Percepção dos alunos sobre educação ambiental e coleta seletiva do lixo em um colégio do município de Estância, Sergipe”. ", sob supervisão da prof.ª Aldeci dos Santos, do Departamento de Biologia. O objetivo é avaliar o que vocês sabem a respeito de educação ambiental.

A participação nesse estudo é voluntária, sem quaisquer ônus ou bônus a você e, se você decidir não participar ou quiser desistir de continuar em qualquer momento, tem absoluta liberdade de fazê-lo.

As informações fornecidas por você serão utilizadas apenas para fins acadêmicos (apresentação em sala de aula, congressos e/ou publicação de artigo). Na divulgação dos resultados desta pesquisa, sua identidade será mantida no mais rigoroso sigilo. Serão omitidas todas as informações que permitam identificá-lo(a) e será utilizado um nome fictício para se referir às informações prestadas por você mantendo o anonimato do/da jovem conforme prevê o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).

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Mesmo não tendo benefícios diretos em participar, indiretamente você estará contribuindo para a compreensão do fenômeno estudado e para a produção de conhecimento científico.

Quaisquer dúvidas relativas à pesquisa poderão ser esclarecidas pelo(s) pesquisador(es): Paloma Josefa Silva Almeida (79) 99661-8199.

Atenciosamente,___________________

______Nome e assinatura

do(a) pesquisador

____________________________

Local e data

Eu (responsável), _______________________________________________________

RG nº _____________________ declaro ter sido informado e concordo que _____________________________________RG nº ____________________ participe, como voluntário, do projeto descrito, dos procedimentos envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de sua participação. Estou ciente que:

I. Se decidir não participar ou quiser desistir de continuar em qualquer momento, tenho absoluta liberdade de fazê-lo;

II. A desistência não causará nenhum prejuízo a minha saúde ou bem estar físico;

III. Na publicação dos resultados desta pesquisa, minha identidade será mantida no mais rigoroso sigilo, sendo omitidas todas as informações que permitam identificação;

IV. Logo estarei contribuindo para a compreensão do fenômeno estudado e, para a produção de conhecimento científico;

V. Caso deseje poderei tomar conhecimento dos resultados ao final da pesquisa.

( ) Desejo conhecer os resultados da pesquisa( ) Não desejo conhecer os resultados da pesquisa

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__________________________________________________________

Participante Voluntário

___________________________________________________________

Responsável

__________________________________________________________

Pesquisador Responsável

Estância-SE ___ de ________ de 2019