Ritual-Maconico-I-II-e-III-REAA-de-1904

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1° Gráo – Aprendiz

PRELIMINARES

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DISPOSIÇÕES E DECORAÇÃO DO TEMPLO

O local de reunião da Loja chama-se Templo.

Tem interiormente a fôrma de um rectangulo alongado e o fundo, sendopossível, será semi-circular.

A parte do fundo, para á qual se sobe por um degrau (ou por tres pequenosdegraus, si a altura da sala o permitir), chama-se Oriente; é separado, á direita e áesquerda, por uma balaustrada.

A porta de entrada é no Occidente, a meio da parede que faz frente para oOriente.

O templo não deve ter janellas ou outras aberturas a não ser que por ellasnada se veja do exterior.

As paredes são decoradas de vermelho havendo na frisa um cordão queforma, de distancia em distancia, nós emblemáticos termina em uma borlapendente em cada um dos lados da porta de entrada.

O tecto figura uma abobada azulada, com estrellas formando um grandenumero de constellações.

Na parede do fundo, no Oriente, em um painel são pintados ou bordadosos astros do dia e da noite (sol e lua), ficando, este ao norte e aquelle ao sul e

bem assim a estrella rutilante sobre um triangulo em fundo vermelho. Este painelfica bem em frente á Porta de entrada e sob um docel de damasco vermelho comfranjas de ouro.

Debaixo do docel está a cadeira do Venerável, sobre um throno ouestrado, ao qual se sobe par três degraus. Na frente da cadeira fica uma mesarectangular fechada na frente e nos dois lados por painéis de madeira, podendohaver no da frente um esquadro·e um compasso entrelaçados. Sobre essa mesaestarão um candelabro de três luzes, um malhete, um exemplar da Constituição,

Final da página 3

dos Regulamentos Geral da Ordem e particular da Loja e do Ritual e onecessário para escripta.

Na frente desta meza, fóra do docel, fica o altar dos juramentos, que é umapequena meza triangular ou uma pequena columna com canelluras e truncada, emcima da qual ficam um exemplar da Constituição e do regulamento geral, umaBíblia, um compasso, um esquadro e uma espada.

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Diante do altar dos juramentos, uma almofada vermelha com um esquadrobordado a ouro.

Á direita e á esquerda da cadeira do Venerável deve haver sobre o estrado,pelo menos, uma cadeira de honra.

Próximo á grade do Oriente, ao norte ou á direita do Venerável, há umacadeira e uma meza para o Orador·e symetricamente, ao sul ou á esquerda doVenerável, uma cadeira e uma meza para o Secretario. Em cada uma d’essasmezas há uma luz e um exemplar da Constituição e do regulamento geral daOrdem e do regulamento particular da Loja.

No Occidente, de cada lado da porta, há uma columna ôca, bronzeada, deordem corínthia, com um capitel supportando tres romãs entre-abertas. No fusteda columna á direita da entrada, ou do sul, deve estar gravada a letra B e no dacolumna á esquerda ou do norte a letra J.

Na frente de cada uma das columnas há, sobre um estrado móvel e de umsó degrau, a cadeira para cada um dos Vigilantes e na frente desta uma meza

triangular, que póde ter duas das suas faces revestidas de paineis de madeira,podendo nestes paineis estar gravado, ou pintado, um nível de pedreiro nos dameza do 1º Vigilante e um nível nos da do 2º Vigilante.

Sobre cada uma dessas mezas ha um candelabro de tres luzes, um malhetee um exemplar do ritual.

A direita da meza do Orador, por fora da balaustrada ha uma mesatriangular para o Thesoureiro e, symetricamente, á esquerda do Secretario, umaoutra para o Chanceller. Estas mezas pódem ser revistidas de paineis simples.

Final da página 4

Ao meio dia e ao norte, no Oriente e fóra d’elle, estão bancos collocadoslongitudinalmente em duas ou mais linhas paralelas, conforme as dimensões dotemplo.

Os aprendizes sentam-se na ultima bancada do sul e os companheiros naultima do norte. Os mestres e os de gráos mais elevados até 17º sentam-seindistintivamente numa ou noutra. Os de gráos 18º ou superiores sentam-se noOriente,

Por extensão, dá-se o nome de columna do Norte ou do Meio-Dia aoconjuncto dos irmãos que se sentam nas bancadas diante dessas columnas.

O estandarte da Loja é arvorado na balaustrada do oriente á direita doOrador. À esquerda do Secretario a bandeira nacional. Sobre cada uma das mesasdo Veneravel e dos Vigilantes pode haver um tympano.

*

* *

Chama-se atrio ou vestibulo o repartimento que precede o templo, o qualterá a mobilia que o espaço permittir.

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Ao vestibulo do templo precede a sala dos passos perdidos, onde devemestar os visitantes antes de se lhes dar ingresso, mobiliada e ornada de quadroscom figuras emblemáticas allegoricas, ou de retratos.

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CAMARA DAS REFLEXÕESCamara das reflexões é o local onde é recolhido o profano antes de ser

introduzido no templo.

Essa camara não deve receber luz do exterior, sendo allumiada apenas poruma lampada. As paredes são forradas de preto e pintadas de emblemas fúnebres.

Nesta camara haverá um esqueleto humano ou pelo menos uma cabeçaossea, uma cadeira, uma meza, uma campainha, papel, pennas e tinteiro. Sobre ameza estarão representados um gallo e uma ampulheta e, debaixo d’estesemblemas, as palavras – Vigilância, Perseverança.

Sobre as paredes deve haver, em caracteres legíveis, inscripções como asque se seguem:

Si a curiosidade aqui te conduz, retira·te.

Si queres bem empregar a tua vida, pensa na morte.

Si tens receio de que descubram os teus defeitos, não estás bem entre nós.

Final da página 5

Si és apegado ás distincções mundanas, retira·te, nós aqui não asconhecemos.

Si fores dissimulado, serás descoberto.Si tens medo, não vás adiante.

O iniciado deve ser introduzido no edifício de modo que não veja, nemconheça ninguém mais do que o seu introductor.

E' introduzido na camara por um dos Expertos, que se apresenta seminsígnias, em quanto não o tiver vendado, e só lhe dirige as palavrasindispensáveis. O iniciando deve estar vestido de preto.

Com o Experto vem o Thesoureiro, antes do candidato entrar na camaradas reflexões, afim de receber os metaes da admissão, o qual declarará que dará o

recibo depois de terminada a iniciação.Logo que o candidato entrar para a camara das reflexões, dar-se-lhe-á a ler

os títulos I e II da Constituição, que trata da Maçonaria, dos seus princípios e dosMaçons.

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QUESTIONÁRIO E TESTAMENTO

Depois de introduzido o iniciando na camara das reflexões, o Experto traz-lhe uma folha de papel com as questões abaixo declaradas, com intervallos paraserem escriptas as respostas e indicando que o candidato deve ahi tambémescrever seu testamento moral e philosophico, sendo tudo por elle assignado.

As questões são:

Quaes os deveres.do homem para com Deus?

Quaes os deveres do homem para com a Humanidade?

Quaes os deveres do homem para com a patria?

Quaes os deveres do homem para com a familia?

Quaes os deveres do homem para consigo mesmo?

Ao entregar a folha de papel, o Experto adverte ao profano de que devetocar a campainha, depois de ter respondido.

Recebendo do profano o papel cheio e assignado, o Experto leva-o á Lojae depois de receber ordem do Venerável, volta para junto do profano, venda-o e oconduz á porta do templo.

Final da página 9

COBRIDOR

DO

1º GRÁO OU GRÁO DE APRENDIZ

Rito EscocezSignal de ordem – Estando de pé, levar a mão direita abaixo da garganta,

tendo os quatro dedos unidos e estendidos e o pollegar separado formando umaesquadria.

Signal guttural ou Saudação Maçônica – Estando à ordem, levar a mãodireita horizontalmente até o ombro direito e depois deixá-la cair ao longo docorpo, formando assim esquadria.

Toque  – Tomar com a mão direita a do Irmão, tocar levemente com aextremidade do pollegar a primeira phalange do dedo index, dando por ummovimento imperceptível três pancadas igualmente espaçadas.

  Palavra Sagrada – Pede-se dizendo:   Dai-me a palavra sagrada, oudepois de dar o toque cravar ligeiramente a unha do polegar da direita no dedoindex do interrogado.

De qualquer modo responder:

– Não vos posso dar senão soletrada, dai-me a primeira lettra e eu vosdarei a segunda.

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Os dois alternam então, começando pela letra B. Dada a última letra pelointerrogado, o interrogante pronuncia a primeira syllaba e o interrogado asegunda.

 Palavra de Passe – Não há neste gráo.

 Marcha – Estando à ordem, dar três passos para frente começando com opé esquerdo e unindo o pé direito em esquadria a cada passo, de modo a ter oscalcanhares unidos a cada passo, depois fazer o sinal gutural como cumprimento.

 Bateria - 000

 Acclamação – Huzzé! Huzzé! Huzzé!

 Idade – Três annos

 Apllausos – Batem-se três vezes nas palmas e dão-se três estalos com osdedos pollegar e médio da mão direita, o primeiro ao lado esquerdo, o segundo

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ao lado direito à mesma altura e o último ainda ao lado direito um poucoacima, formando assim esquadria.

Nos ritos Adonhiramita e françez ou moderno, há as duas seguintesdiferenças:

Toque – faz-se por três pancadas, tambem sendo as duas primeiras rápidase a ultima mais espaçada.

 Palavra sagrada – Começa por J.

 Palavra de passe – T.........

 Marcha – faz-se rompendo com o pé direito. Bateria – 00-0

 Acclamação – No rito moderno: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

 Idade – Três annos

 Apllausos – Batem-se três vezes, sendo as duas primeiras rápidas e aultima mais espaçada.

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SESSÃO ECONÔMICA________________

ORDEM DOS TRABALHOS

VEN.·. — (bate-0-) — Em Loja, meus IIr.·..

— Ir.·. 1º Vig.·., qual é o primeiro dever de um Vig .·. em Loj.·.?

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1°VIG .·. — Ver si templo está coberto.

VEN.·. — Certificai-vos d’isso meu Ir.·. 

1°VIG .·. — Ir.·. Cob.·. cumpri o vosso dever.

COB.·.  O Cob .·. depois de bater regularmente à porta do Templo, diz: 

— Ir.·. 1º Vig.·. o Templo está coberto.1°VIG .·. — O templo está coberto, Resp.·. Mest.·.. 

VEN.·. — Qual é o segundo dever de um Vig.·. em Loja, Ir.·. 1º Vig.·.?

1°VIG .·. — Ver si todos os presentes são MMaç.·.? 

VEN.·. — Certificai si o são. 

1°VIG .·. — Á ordem, meus IIr.·.

Todos fazem o Signal de ordem.

1°VIG .·. — Resp.·. Mest.·. elles o affirmam em ambas as ccol.·..

VEN.·. —  Ir.·. 1º Vig.·., que horas começam os AApr.·. ·MMaç.·. os seustrabalhos?

Final da página 8

1°VIG .·. — Ao meio dia, Resp.·. Mest.·.

VEN.·. — Que horas São, Ir.·. 2º Vig.·.?

2°VIG .·. —Meio dia em ponto, Resp.·. Mestr.·.  

O Ven .·. bate-000-, o que é repetido pelos IIr  .·. VVig .·. , ficando todos

de pé e á ordem.

O 1º Diac .·. sobe os degraus do throno, colloca-se em frente do Ven .·. 

e ambos fazem o signa1 guttural.

O Ven .·. dá-lhe depois ao ouvido a pal .·. sagr  .·. e o Diac .·. dirige-se

ao 1º Vig .·. com as mesmas formalidades transmitte-lhe a pal .·. sagr  .·. e volta ao seu lugar. O 1º Vig .·. a envia por intermédio do 2º Diac .·. , e

do mesmo modo ao 2º Vig .·.. 

2°VIG .·. (bate-0-) — Tudo está justo e perfeito na columna do meio-dia.

1°VIG .·. (bate-0-) — Tudo está justo e perfeito em ambas as columnas, Resp .·. Mest.·..

VEN.·. —   Em nome do Gr.·. Arch.·. do Univ.·. e de S.·. João daEscossia, nosso padroeiro, está aberta a Loj.·. de Apr.·..Maç.·.,com o titulo distintivo N......, desde agora a nenhum Ir.·. épermitido fallar ou passar de uma para outra collumna, sem obterpermissão, nem occupar-se de assuntos prohibidos pelas nossasleis. Amim meus IIr, pela simpels bateria.

Todos fazem o signal gutural e appaldem pela simples bateria.

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VEN .·. (bate-0-) — Sentemo-nos, meus IIr.·..

— Ir.·. Secr.·. dai-nos conta do bal.·. dos nossos últimos trabalhos.

— Atencção, meus IIr.·..

Finda a leitura da acta.

VEN.·. — Meus IIr.·. si tendes alguma observação a fazer sobre a redaçãodo bal.·. que acaba de ser lido, a palavra lhes será concedida.

 Não havendo discussão ou finda a acta.

2ºVIG.·. (bate-0-) — Reina silêncio na columna do sul, Ir.·. 1º Vig.·..

1ºVIG.·. (bate-0-) — Resp.·. Mestr.·., reina silencio em ambas as columnas.

Si não houver discussão.

VEN.·. — (bate -0-) — Está aprovado o bal.·.. 

Si houve discussão e della resultam emendas ou explicações,

essas serão consignadas na acta do dia. As emendas serãosubmetidas a votos, votando somente os IIr .·. que estiveram

 presentes á sess.·. e então diz o:

VEN.·. — Os IIr.·. que aprovam o bal.·. , salva a emenda, façam o sinal

 Aprova-se estendendo a mão direita horizontalmente.

Final da página 9

VEN.·. — Esta approvado.

Os IIr.·. que approvam a emenda que façam o signal.

 Approvam-se do mesmo modo.

Teminada a votação.

VEN.·. — A emenda foi (ou não) approvada.

— Ir.·. Mest.·. de Cer.·., cumpri o vosso dever.

O Mest  .·. de CCer  .·. , faz assinar a acta pelas cinco LL .·. 

VEN.·. — Ir.·. Secret.·. , informai-nos si ha existe expediente.

Se o Secret.·. responde negativa ou affirmativamente procede á leitura,do expediente, ao qual o Ven.·. vae dando destino.

VEN.·. (bate-0-) — IIr.·. 1o

e 2o

VVig.·. , annunciai em vossas cco.·.l,assim como eu annuncio no Or.·. , que vai circular o sacc .·. de pprop.·. . e iinform.·.. 

1ºVIG.·. (bate-0-) — IIr.·. que decorais a Col.·. do Norte, eu vos

annuncio da parte do Resp .·. Mest.·. que vai circular o sacc.·. de pprop.·. . e iinform.·..

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2ºVIG.·. (bate-0-) — IIr.·. que decorais a Col.·. do Sul, eu vos

annuncio da parte do Resp .·. Mest.·. que vai circular o sacc.·. de pprop.·. . e iinform.·..

O Mest  .·. de CCer  .·. vae colocar-se entre ccol .·.. 

2° VIG.·. (bate-0-) —  Ir.·. 1º Vig o sacc.·. de ppopos.·. está entre

ccol.·. .

1° VIG.·. (bate-0-) —  Resp.·. Mest.·. o sacc.·. de ppopos.·. está entre

ccol.·..

VEN.·. (bate-0-) — Ir.·. Mest.·. de Cer.·., cumpri o vosso dever. 

O Mest  .·. de CCer  .·. depois de fazer circular o sacco, volta

entre ccol .·.. 

2° VIG.·. (bate-0-)— Ir 1º Vig o sacco de ppopos.·. fez o seu trajecto e

acha-se suspenso. 

1o

VIG.·. (bate-0-)— Resp.·. Mest.·. , o sacc.·.de ppropos.·. fez o seu

trajecto e acha-se suspenso. 

VEN.·. (bate-0-) — Ir.·. Mest.·. de Cer.·., trazei o sacc.·. da PPropos.·. ao altar. 

— IIr.·. Orad.·. e Secret.·. , convido-vos a assistirdes á

verificação do seu conteúdo.  

O Mest .·. de CCer .·. apresenta o sacc.·. ao Ven.·. deitando sobre

a meza as peças recebidas ,e vae ao seu lugar. 

O Orad .·. e o Secret .·. approximam-se do altar, assistindo a

contagem das peças, depois voltam aos seus lugares.

VEN.·. (bate-0-) — Meus IIr.·. ,o Sac.·. de ppropos.·. e iinform.·. produziu (tantas) ccol.·. ggrav.·. que passo a decifrar. 

O Ven .·. lê as peças recebidas, e da-lhes destino.

Si tiver de correr o escrutínio sobre qualquer profano,

regularizando ou filiando.

Final da página 10

VEN.·. (bate-0-)— Ir.·. 1º Experto, muni-vos do escrutínio e vós Ir.·.  Mest .·. de CCer .·.  distribui as espheras.

VEN.·. (bate-0-)— Meus IIr.·., vae correr o escrutínio secreto sobre o

......................................; as espheras brancas aprovam, as

negras reprovam.

O Mest  .·. de CCer  .·.  apresenta a cada Ir  .·. uma urna onde

estão espheras brancas e negras e dahi cada um tirará a

esphera com que quiser exprimir o seu voto. O 1º Exp .·. 

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vae recebendo em outra urna as esferas distribuídas pelo

 Mest  .·. de CCer  .·.. 

Pode-se fazer também distribuir pelo Mest  .·. de CCer  .·.  uma

esphera branca e uma preta a cada um dos IIr  .·.. O 1º 

 Exp .·. recolhe a votação e, depois de proclamado o

resultado, recolhe as outras espheras.

Observa-se nisso o que foi recoummendado quanto ao

sacc .·. de prop .·., fazendo os VVig .·.  os respectivos

annuncios e a verificação tendo lougar em presença do

Orad  .·. Secr  .·..

O Exp .·.,  apresentando a urna ao Ven .·., destapa a e os

número das espheras é conferido com as dos Obr  .·. 

  presentes. Si todas as espheras forem brancas, o Ven .·. annunciará diretamente a Loj .·. que o ................ foi

approvado limpo e puro; Si houver uma ou duas espheras

  pretas, annunciará que foi aprovado; Si apareceu trêsespheras pretas, foi adiado por um mês; e si quatro

espheras pretas o .................... foi reprovado.

Segue-se a ordem do dia e depois dessa.

VEN.·. (bate-0-)— IIr.·. 1º e 2º VVig.·., annunciai em vossas ccol.·.,assim como eu annuncio no Or.·. que vae correr o tr.·. de

benef .·.. 

1º VIG.·. (bate-0-)— IIr.·. que decorais a col.·. do norte, eu vos annuncio da

parte do Resp.·. Mest.·. que vai correr o tr.·. de benef .·..2º VIG.·. (bate-0-)— IIr.·. que abrilhantais a col.·. do sul, eu vos annuncio da

parte do Resp.·. Mest.·. que vai correr o tr.·. de benef .·...

O IIr .·. Hosp.·. tendo ido colocar-se entre col .·. .

2º VIG.·. — Ir .·. 1º Vig.·. , o tr.·. de benef .·. está entre ccol.·. .

1o VIG.·. — Resp.·. Mest.·. , o tr.·. de benef .·. está entre ccol.·. ..

VEN.·. (bate-0-)— Ir.·. Hosp.·. cumpri o vosso dever .

O Hosp.·. faz circular o tr .·.  , indo depois colocar-se entre

ccol.·. .

2º VIG.·. (bate-0-)— Ir.·.   1º Vig .·. , o tr.·. de benef .·. fez seu gyro e estásuspenso.

1º VIG.·. (bate-0-) — Resp.·.   Mestr.·. , o tr.·. de benef .·. fez seu gyro e estásuspenso.

VEN.·. (bate-0-)— Ir.·. Hosp.·., dirigi-vos ao altar do Ir.·.   Or.·.   para serconferida a collecta.

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O Hosp.·.   vae a mesa do Or .·. e com elle confere o

 producto do tr .·. . O Or .·. comunica em voz alta ao Ven .·. a

quantia arrecadada.

VEN.·. (bate-0-)— Meus IIr.·., o tr.·. de benf .·. produziu a medalhacunhada de .............................. que fica entregue e, debitada ao

Ir.·. Hosp.·.  Final da página 11

VEN.·. (bate-0-) — IIr.·.  1o e 2° VVig.·. , annuniciai, em vossas ccol.·., 

assim como eu annuncio no Or.·., que concedo a palavra a bem daOrd.·. em geral e do quadro em particular a qualquer dos IIr.·.  que d’ella queira fazer uso.

1º VIG.·. (bate-0-) — IIr.·. que decorais a col.· . do norte, eu vos annuncio, daparte do Resp.·. Mest.·., que elle concederá a palavra a bem daOrd.·. em geral e do quadro em particular, áquelle que d’ella

queira usar.2º VIG.·. (bate-0-) — IIr.·. que abrilhantais a col.·. do sul, eu vos annuncio, da

parte do Resp.·. Mest.·., que elle concederá a palavra a bem daOrd.·. em geral e do quadro em particular, áquelle que d’ellaqueira usar.

 Reinando silêncio ou concluída a discussão.

2º VIG.·. (bate-0-) — Ir.·. 1º Vig.·. , reina o silencio na col.·. do sul. 

1º VIG.·. (bate-0-) — Resp.·. Mest.·., reina o silencio em ambas as ccol .·.. 

VEN.·. (bate-0-) — Ir .·. 2° Vig.·. , que idade tendes?

2º VIG.·. — Três annos, Resp.·. Mest.·..

VEN.·. — Ir .·. lº Vig.·., até que hora trabalham os AAp .·.  MMaç.·.?

1º VIG.·. — Até á meia noite, Resp.·. Mest.·.  

VEN.·. — Que horas são, Ir.·. 2º Vig.·.?

2º VIG.·. — Meia noite completa.

O Ven.·. – bate-000- o que é repetido pelos VVig .·. , ficando

todos de pé e à ordem. O 1º Diac .·. sobe os degráos do

throno, coloca-se em frente ao Ven .·. e ambos fazem o

sinal gulttural. O Ven.·. dá ao ouvido a pal.·. sag.·. e o 1º  Diac.·. dirigi-se ao 1º Vig.·. com as mesmas formalidades,

transmite-lhe a pal.·. sag.·. e volta ao seu lugar. O 1º Vig .·. a envia por intermédio do 2º Diac .·.  , e o do mesmo modo

ao 2º Vig.·..

2º VIG.·. (bate-0-) — Tudo está justo e perfeito na col.·.   do meio-dia.. 

1º VIG.·. (bate-0-) — Tudo está justo e perfeito em ambas as ccol.·.. 

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VEN.·. — Em nome do Gr.·. Arch.·. do Univ.·. e de São João deEscossia, nosso padroeiro, está fechada a Loja de Apr .·.   Maç.·. ,com o titulo distincto N....................

— A mim, meus IIr.·., pela simples bateria.

Todos fazem o signal guttural e applaudem pela bateria simples.

Final da página 12

Sessão Magna

_________

ABERTURA DOS TRABALHOS

VEN.·.  (bate -0-) — em Loj.·. , meus IIr.·..

— Ir.·. 1oVig.·., qual é o vosso primeiro dever em Loja?

1º VIG.·. — Vêr si o templ.·. está coberto.VEN.·. — Certificai-vos d’isso, meu Ir .·.

1º VIG.·. — Ir.·. Cobr.·., cumprir o vosso dever.

COB.·. (depois de bater regularmente à porta do templ.·.) 

— Ir.·. 1º Vig.·. , o templo está coberto.

1º VIG.·. — Resp.·. Mest.·. , o templ.·. está coberto.

VEN.·. —  Qual é o vosso segundo dever de um Vig .·. em loj.·. , Ir.·. 1ºVig.·.?

1º VIG.·. — Ver si todos os presentes são MMaç.·. .VEN.·. — Verificai si o são.

1º VIG.·. — A´ ordem, meus Irmãos (todos fazem o signal de ordem) Resp.·.  Mest.·. , eles o affirmam em ambas as ccol.·.  

VEN.·. — (bate -0-). Ir.·. 2o Diac.·., qual é o vosso lougar em Loj.·.?

2º DIAC.·. — A´ direita do 1o Vig.·. , se elle o permitir.

VEN.·. — Para que, meu Ir.·.?

2º DIAC.·. — Para transmitir as suas ordens ao 2º Vig.·. e ver si todos os IIr.·.  conservam nas ccol.·.  a devida decencia.

VEN.·. — Onde, tem assento o 1 o Diac.·.?

2º DIAC.·. — A´ direita do Ven .·. e abaixo do solio, si ele o permitir.

VEN.·. — Para que, Ir.·. 1o Diac.·.?

1º DIAC.·. — Para transmitir as suas ordens ao 1o Vig.·. , e a todas as outrasdignidades e officiaes, afim de que o trabalhos se executem commais promptidão.

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VEN.·. — Onde tem assento o 2º Vig.·.?

1ºDIAC.·. — No meio dia. 

VEN.·. —Para que occupais esse logar, Ir .·. 2o Vig.·.?

2º VIG.·. — Para observar o sol no seu meridiano, mandar os OObbr .·. para o

trabalho, e chamal-os para a recreação, afim de que ao Ven .·. resultehonra e gloria.

Final da página 13

VEN.·. — Onde tem assento o 1o Vig.·.?

2º VIG.·. — No Occidente.

VEN.·. — Para que, Ir.·. 1o Vig.·.?

1º VIG.·. — Assim como o sol se esconde no Occidente para terminar o dia,assim tem alli assento o 1o Vig.·. , para fechar a Loj.·. , pagar aos

OObr.·. e despedil-os contentes e satisfeitos.VEN.·. — Onde é o lugar do Ven .·.?

1º VIG.·. — No Or.·. .

VEN.·. — Para que, meu Ir.·.?

1º VIG.·. — Assim como o sol nasce no Oriente para principiar a sua carreira eromper o dia, assim o Ven.·. alli tem assento para abrir a Loj.·. ,dirigil-a nos seus trabalhos, e esclarecel-a com as suas luzes.

VEN.·. — Ir.·. 1º Vig.·. , para que nos reunimos aqui?

1º VIG.·. — Para promover o bem-estar da humanidade, levantando templos á

virtude e cavando masmorras ao vicio.VEN.·. — Que tempo é necessário para que um Ap.·. Maç.·. seja perfeito?

1º VIG.·. — Três annos, Resp.·. Mest.·..

VEN.·. — Que idade tendes?

1º VIG.·. — Três annos.

VEN.·. — A que horas começam os AAp.·. MMaç.·. a trabalhar?

1º VIG.·. — Ao meio-dia.

VEN.·. — Que horas são 2o Vig.·.?

2º VIG.·. — Meio-dia completo, Resp.·. Mest.·..

O Ven.·. – (bate -000) – que é repetido pelos VVig, ficando todos

de pé e á ordem.

O 1º Diac.·. sóbe os degráos do throno, coloca-se em

  frente ao Ven.·. e ambos fazem o sinal gulttural. O Ven .·. dá ao ouvido a pal.·. sag.·. e o 1º Diac.·. dirigi-se ao 1º 

Vig.·. com as mesmas formalidades, transmite-lhe a pal .·. 

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sag.·. e volta ao seu logar. O 1º Vig .·. a envia por 

intermédio do 2º Diac.·. , e o do mesmo modo ao 2º Vig .·..

2º VIG.·. (bate-0-) — Tudo está justo e perfeito na col.·.   do meio-dia.. 

1º VIG.·. (bate-0-) — Tudo está justo e perfeito em ambas as ccol.·.,  Resp.·. Mest.·.. 

VEN.·. —   Em nome do Gr.·. Arch.·. do Univ.·. e de S.·. João daEscossia, nosso padroeiro, está aberta a Loj.·. de Apr.·..Maç.·.,com o titulo distinctivo N......, em sess.·. magna

Final da página 14 

. Amim meus IIr.·., pela simples bateria.

Todos fazem o signal guttural e applaudem pela simples

bateria.

VEN.·. — Sentemo-nos, meus IIr.·. 

Segue-se a leitura e approvação da acta, leitura e destino doexpediente, gyro do sacc.·. de propos.·. e inform.·.  , como na

sess.·. econ.·.  , salvas as restricções estabelecidas na lei,

conforme o fim da sess.·. .

VEN.·. — Ir 2º Diac.·., dirigi-vos á sala dos passos perdidos e verificai si haIIr.·. visitantes, convidando-os a assignarem o livro respectivo eapresentarem os seus títulos legais, que trareis ao Ir .·. Or.·. para onecessário exame.

O 2º Exp.·. , executa a ordem e volta ao templo com o livro de

assignaturas dos visitantes e os seus títulos que entregará ao

Orad .·. para confronto das assignaturas do livro e do NeVarietur. Isto é indispensável quando os visitantes não forem

 MM .·. conhecidos.

VEN.·. — Ir.·. Mest.·. de Cerem.·., acompanhai á porta do templo osAAp.·. e CComp.·. visitantes.

Pede ingresso na forma usual.

VEN.·. — Franqueai-lhes ingresso. De pé e á ordem.

 Entram e ficam entre ccol.·..

VEN.·. (aos visitantes) — D’onde vindes, meus IIr.·. ?

Um dos visitantes responde.

Visit.·. — De uma Loj.·. de S. João, Resp.·. Mest.·. .

VEN.·. — O que trazeis, meus IIr .·.?

Visit.·. — Amizade, Paz e prosperidades a todos os meus IIr.·. .

VEN.·. — Nada mais trazeis?

Visit.·. —O Ven.·. de minha Loj.·. vos sauda por três vezes três.

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VEN.·. — O que se faz em vossa Loj .·.?

Visit.·. — Levantam-se templo a virtude e masmorras ao vicio.

VEN.·. — Que vindes aqui fazer?

Visit.·. — Vencer as minhas paixões, submetter minhas vontades e fazer

novos progressos na Maç.·. .VEN.·. — O que desejais meus IIr .·.?

Visit.·. — Um lugar entre vós.

VEN.·. — Elle vos é concedido. Ir.·. Mest.·. de Cerem.·. , conduzi os nossosIIr.·. aos logares que lhes competem.

Final da página 15

Os demais visitantes são introduzidos do mesmo modo pelo

 Mestr .·.   de Ccer e uma comissão, seguindo-se a ordem

abaixo declarada. As perguntas acima só serão feitas aos MMaç.·. de gr .·. 17 .·.  e inferiores.

I Os MMest.·. — Comm.·. de dous MMest.·..

II Os dos ggr.·. 4 a 17 — Comm.·. de dous IIr.·. dos mesmos ggr.·..

III Os dos ggr.·. 18 ou equivalente em outros ritos até o gr .·. 30 — Comm.·. detrês membros dos ditos ggr.·., armados de espada e munidos deestrellas. Forma-se uma abóbada de aço simples.

IV Os dos ggr.·. 31 e 32, os membros efetivos e honorários da Assembl .·. Ger.·.,

membros do Tribunal de Appellação, Presidente de Officinas,Delegados á grande loja estadoal e as deputações das officinas —Comm.·. de cinco membros da mesma categoria ou da imediatamenteinferior, armados de espada e munidos de estrelas. Forma-se abobadade aço dobrada. Uma bateria de malhetes, á entrada do templo ( 000),repetida pelos VVig.·.. 

V Os dos ggr.·. 33, os grandes dignatários effectivos e honorários da AssemblGer, os membros effectivos das grandes officinas, chefes de ritos e osbeneméritos da Ord.·. — Comm.·. de sete membros, armados deespadas e munidos de estrellas. Abóbada de aço dobrada. Trêsbaterias de malhete.

O Ven.·., si não pertence a essas classes oferece o malhete junto agrade do Or.·. 

VI Delegado do Gr.· Mestr, presidente da grande loja e o presidente do Tribunalde Appellação — Comm.·. de sete membros, armados de espadas emunidos de estrelas. Abóbada de aço dobrada. Malhetes batentes portrês baterias.

O Ven.·. offerece o malhete junto a grade do Or.·. 

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Final da página 16

VII As GGr.·. DDignid.·. de honra e os honorários — Comm.·. de nove membros,armados de espadas e munidos de estrelas. A abóbada de açodobrada. Malhetes batentes incessantes.

O Ven.·. offerece o malhete no centro do templo.VIII O Gr.·. Mestr.·. Adj.·. — Do mesmo modo.

IX O Gr.·. Mestr.·. da Or.·. — Comm.·. de onze membros armados de espadas emunidos de estrelas. Abóbada de aço dobrada. Malhetes batentesincessantes pelos VVig.·.. O Ven.·. acompanhado do Orad.·., Sec.·.r,Porta-Estand.·. e Porta-Esp.·., vem entre columnas e ahi ordena quese dê ingresso apresentando então o malhete.

_______________

FILIAÇÃO

_______________O filiando apresenta os seus títulos e documentos pelos

quaes se verifique o grao que possue e a sua regularidade

 Maçonica. Depois de verificar si está tudo em ordem, o que

 pode ter logar em sess.·. anterior ou fora da sess.·. , antes de

lhe ser dado ingresso..

VEN.·. — Meus IIr.·., acha-se na sala dos passos perdidos o nosso Ir .·. F......................; gr.·. ........... que foi aprovado para filiar-se nessa Off .·. . Ir.·. Mestr.·. de CCer.·. nomeai uma comm.·. de .......... membros (o

mesmo numero estabelecido para os visitantes do seu gráo ouqualidade), afim de acompanhar á porta do templo o Ir .·. filiando.

Para dar ingresso.

VEN.·. Franqueai o ingresso. De pé e a ordem.

 Logo que tiver ingresso.

— Sede bem vindo, Resp.·. Ir. ., e que a nossa Aug.·. Loj.·. seja paravós uma habitação de paz e de concórdia. Nós os operários d’estetemplo achamo-nos possuídos do maior jubilo com a vossa filiação.

— Convido-vos a virdes ao altar ratificar os vossos juramentos.

O Fil.·. vai ao altar e presta o seguinte juramento.

Final da página 17

. Juro e prometto, pela minha fé e pela minha honra, cumprir aConstit.·. e reg.·. ger.·. da Ord.·. e as leis e resoluções dos poderescompetentes e bem assim o reg.·. part.·. e deliberações d’esta Aug.·. Loj.·., reconhecendo o Gr.·. Or.·. e Supr.·. Cons.·. do Brazil, como

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única potencia maçônica legal e legítima no Brazil. Assim Deus meajude.

O Fil.·. vai depois ficar entre ccol.·. , acompanhado do

 Mestr .·. de CCer .·.  , salvo si possuir o gr .·. 18.·. ou superior,

caso em que ficará no Or .·..

VEN.·. (bate-0-) — IIr.·. 1° e 2º VVig.·., convidai os IIr.·. que abrilhantamas vossas CCol.·., assim como eu convido os do Or .·., areconhecerem o Ir.·. F.·. como Memb.·. act.·. d’essa Aug.·. Loj.·. e aunirem-se a mim a fim de me ajudar a applaudir a brilhanteacquisição que acabamos de fazer com a sua Filiação.

1ºVIG.·. (bate-0-) — IIr.·. que decorais a col.·. do norte, o Resp.·. Mest.·. manda convidar-vos a reconhecer o Ir.·. F.·. como membr.·. act.·. d’essa Aug.·. Loj.·. e a unirmo-nos a elle para applaudir a brilhanteacquisição que acabamos de fazer com a sua Filiação  

2ºVIG.·. (bate-0-) — IIr.·. que abrilhantais a col.·. do meio-dia, o Resp.·. Mest.·. manda convidar-vos a reconhecer o Ir .·. F.·. como membr.·. act.·. d’essa Aug.·. Loj.·. e a unirmo-nos a elle para applaudir a boaacquisição que acabamos de fazer com a sua Filiação

. (bate-0-) — Está annunciado na minha col .·.. 

1ºVIG.·. (bate-0-) — Está annunciado emm ambas as ccol .·.. 

VEN.·. — A mim meus IIr.·..

 Applande-se conforme o gr  .·. do Fil .·..

VEN.·. — Ir.·. Mestr.·. de CCer.·. convidai o nosso Ir.·. a assignar o livro depresença e depois designai-lhe o logar que lhe compete.

. — Sentemo-nos, meus IIr.·..

Final da página 18

Para o   juramento de Membr Hon da Loj observa-se o que está

 fixado para o caso de filiação, prestando o mesmo juramento.

 A regularização de profanos iniciado por MM de ggr elevados,

 faz-se com as mesmas formalidades da filiação.

 Depois do juramento, o Vem poderá intruil-o nos signais, toques

e palavras, si julgar necessário.

O juramento é o seguinte:

Juramento

Ratifico e de novo juro, por minha honra, não revelar nenhum dosmisteryos da Maçonaria senão a Maçon regular, não escrever, gravar,riscar, imprimir ou fazer caracter por onde os possa divulgar, cumprirfielmente a Constituição, regulamento geral, leis e resoluções dospoderes competentes e bem assim o regulamento particular e

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deliberações desta Augusta Loja, reconhecendo o Grande Oriente eSupremo Conselho do Brazil como única potencia Maçonica legal elegítima na Brazil. Assim Deus me ajude.

O regularizando depois de instruído ou examinado pelo Ven .·. 

nos sinaes, toques e palavras, é mandado colocar entre ccol .·. ,

 fazendo o Ven .·. nesta occasião proclamar e applaudir, como nocaso da filiação.

______________

INICIAÇÃO

____________

O 1º Exp .·.  , informa-se antes si há algum profano para ser 

iniciado.

VEN.·. — Ir.·. 1º Exp.·., podeis informar-nos si há algum Prof .·., na câmaradas reflexões que pretenda ser iniciado nos nossos aaug .·. mmyst.·. ?

1o EXP.·.  — Sim, Resp.·. Mest.·., Está o Prof .·. F. .

VEN.·. — Meus IIr , o escrutínio foi favorável a admissão do Prof .·. F., e échegada a hora da sua recepção.

Final da página 19

— Dizei-me, pois, si estás dispostos a consentir na sua iniciação.Manifestai-o pelo signal de costume.

Todos estendem a mão direita horizontalmente.

VEN.·. — Ir 1º Exp.·., ide ao logar onde está o Prof .·. e dizei-lhe que sendoperigosas as provas por que tem de passar, é conveniente que faça oseu testamento e ao mesmo tempo nos responda as questões quesujeitamos ao seu espirito para bem conhecer-mos os seus princípiose o merecimetno de suas virtudes.

— Ir.·. Secr.·. entregai ao 1º Exp.·. o questionário do costume.

  Executa a ordem do Ven .·. e depois de obter as resposta do

Prof  .·. , volta a dar conta da sua Missão, sendo-lhe franqueado o

ingresso sem mais formalidades.

O Exp .·. traz a resposta do Prof  .·. na ponta da espada.

O obedece, traz a resposta.

Todos estendem a mão horizontalmente.

1º EXP.·. — Resp.·. Mest.·., o Prof .·. cumpriu a sua primeira obrigação. Eis asuas respostas e o seu testamento.

VEN.·. — Entregai-os ao Ir.·. Orad.·. para d’eles fazer a leitura.

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 Executa-se.

VEN.·. — Ir .·. Thes.·., está satisfeito?

THES.·. — sim Ven.. Mestr

VEN.·. — Ir.·. Exp.·., ide preparar o Prof .·. e couduzí-o a porta do templo,

onde o confiareis ao Ir.·. Mest.·. de Cerem.·..O Exp.·. vai a camara das reflexões, venda os olhos do Prof .·. ,tira-lhe todos os metais, a casaca e o collete, e descobre-lhe o

lado esquerdo do peito. Depois conduz o Prof .·. a porta do

templo onde o entrega ao Mest .·. de Cer .·.  , que bate

 profanamente uma ou duas pancadas fortes.

Os VVig.·. batem e repetem sempre os annuncios do Cobr .·. ao

Ven.·.. 

COBR.·. (armando-se) — Bate profanamente a porta do templo. 

VEN.·. (bate – 0)  — Fazei ver meus IIr.·., quem é o temerário que ousainterromper os nossos Augustos Trabalhos.

Os VVig .·. batem – 0 – e transmittem a ordem.

O Cobr  .·. abre a porta um pouco e colloca cautelosamente a

  ponta da espada no peito do Prof  .·.  , dizendo em voz alta e

aspera.

COBR.·. — Quem é o temerário que tem o arrojo de querer forçar a entradad’este templo? 

1º EXP.·. — Suspendei a vossa espada Ir.·. Cobr.·. é o Mestr.·. de CCer.·. quevem apresentar um Prof .·. a essa Aug.·. Loj.·. .

O Cobr  .·. retira a espada e da conta da resposta.

VEN.·. (bate – 0)  — Armai-vos, meus IIr.·., porque um Prof .·. acha-se aporta do nosso templo.

Final da página 20

— Ir.·. Mestr.·. de CCer.·., que indiscrição é a vossa conduzindo aquium Prof .·.? O que quereis? O que pretendeis?

EXP.·. — Que seja admitido em nossos AAug .·. MMyst.·..

VEN.·. — E como pôde o Prof .·. conceber tal esperança.EXP.·. — Porque é livre e de bons costumes.

VEN.·. — Pois que é li v r e e de bons costumes, perguntai-lhe o seunome e a sua patria.

O Exp .·. responde.

VEN.·. — Que profíssão exerce e a sua residencia actual?

O Exp .·. responde.

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  A porta deve estar meio aberta. O Mestr .·. de CCer .·. e o

Prof .·. da parte de fora e o Cobr .·. da parte de dentro, para

 passar a resposta ao 2º Vig.·., o 2º ao 1º e este ao Ven.·. 

VEN.·. (bate 0) — Fazei entrar o Prof .·..

Quando entra, o Exp.·. coloca-lhe a ponta da espada sobre o

 peito de modo que o Prof .·. a sinta.

VEN.·. — Vedes alguma cousa, senhor?

PROF.·. — Não, senhor.

VEN.·. — Sentis alguma impressão?

PROF.·. — Sinto a ponta de um ferro.

VEN.·. — A arma, cuja ponta sentis, symbolisa o remorso que há de persegui-vos, si fordes thraidor à associação a que desejas pertencer. O estado decegueira em que vos achais, é o symbolo do mortal que não conhece aestrada da virtude, que ides principiar a trilhar.

— O que quereis de nós, senhor.

PROF.·. — Ser recebido Maç.·..

VEN.·. — E esse desejo é filho de vosso coração, sem nenhumconstragimento ou suggestões?

PROF.·. — Sim, senhor.

VEN.·. — Reflecti bem no que pedis. Não conheceis os dogmas e os fins daSubl.·. Ord.·. a que desejais pertencer e ella não é uma simples associaçãode auxílio mutuo e de caridade. Ella tem responsabilidades e deveres para

com a sociedade e para com a humanidade, e necessita de progredir eassim assiste-lhe o direito de exigir dos seus iniciados o cumprimento desérios deveres e enormes sacrifícios.

— Nós somos apenas os atomos d’esse grande corpo, que se chamaHumanidade.

Final da página 21

VEN.·. — As calamidades do presente são "o premio terrivel do futuro. Ossoffrimentos trazem a agonia e as idéas a immortalidade. Aquelle quemorre no cumprimento do dever cahe com gloria e sob o resplendor

do futuro.— É sempre pelo ideal e só pelo ideal que nós nos dedicamos. Oshomens sacrificam-se por visões que, para os sacrificados, são qúasisempre illusões, mas íllusões com que se obtêm todas as certezashumanas, Abrahão, preparando-se para sacrificar o seu proprio filhorepresenta grande e sublime allegoria.— Assim tambem, a sociedade ou a patria deve levar os seus filhosao altar do sacrificio quando o exigir o bem das gerações vindouras.

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— Previno-vos, senhor, de qui a nossa Ord.·. exigirá de v6s umaobrigação solemne e terrível, que tem sido prestada por muitosgrandes homens e bernfeitores da Humanidade.— Pelas vidas e feitos d' esses homens podereis conhecer o quanto aMaç o' o tem incitado e estimulado os seus iniciados.

— Ficai tambem sabendo que consideramos traidor á nossa Ord∴

 aquelle que não cumpre os deveres de maçon em qualquercalamidade.

Pausa

— Já passastes pela primeira prova das antigas iniciações, a da Terra,pois isso significa" a caverna em que estivestes recolhido e ondefizeste as vossas ultimas disposições. Temos diminuido O rigord'essa prova, que é hoje apenas um symbolo do que foi realmente.— Agora restam-vos outras para as quaes é necessaria toda a vossacoragem. Consentis em submerter-vos a ellas? Tendes a coragemprecisa para affrontar todos os perigos a que a vossa resolução póde

porventura expôr-vos.PROF.·. — Sim, senhor.VEN.·. — Ainda unta vez. reflecti, senhor. Si vos tomardes maçon,

encontrareis nos nossos symbolos a terrivel o realidade do dever.

Final da página 22

— Não devereis combater somente as vossas paixões, mas ainda haoutros inimigos da Humanidade, como sejam: os hypocritas, que aenganam; os perfidos, que a defraudam; os fanáticos que a opprimeme os ambiciosos que a usurpam; e os corruptos e sem principios, queabusam da confiança das massas. A estes não se combate sem perigo.

— Sentis-vos com energia, resolução e dedicação para combater oObscurantismo, a Perfidia e o Erro?

PROF.·. — Sim, senhor,

VEN.·. — Pois que é essa a vossa resolução, eu não respondo pelo que vosacontecer .

— Ir. . Terrível, levai esse Prof.·. para fóra do templo e conduzi-o poresse caminho escabroso por onde passam os temerários que querementrar n'este augusto recinto.

O Exp. . toma o Prof . . pelo braço, leva-o fóra do Templo e,depois de fazel-o dar algumas voltas, o conduz a porta do

Templo, onde arroja-o de qualquer altura, amparrando-o

convenientemente.

Exp.·. — Resp.·. Mestr. ., apresento-vos o Prof.·. que deu uma prova decoragem.

VEN.·. — Senhor, é através de perigos e difficuldades que podereis alcançara iniciação.

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— Embora a Maç não seja uma religião c proclama liberdadeabsoluta de consciencia, tem com tudo uma crença e os maçons nãose empenham em empreza importante sem primeiro invocarem aoGr.·. Arch. . do Univ, .

— Ir. . Exp.·., conduzi o cand.·. . . . . junto ao Ir.·. 2º Vig.·, e fazei-o

ajoelhar-se, (Executa-se).

PROF.·. — tomai parte na oração que em vosso favor vamos dirigir ao Senhordos Mundos e autor de todas as cousas.

VEN.·.  (bate 0). De pé e á ordem.

Final da página 23

ORAÇÃO

Humilhemo-nos, meus IIr.·., ante o Soberano Arbitro dos Mundos,reconheçamos o seu poder, e a nossa fraqueza.

Contendo os nossos corações nos limites da equidade, e dirigindo osnossos passos pela estrada da virtude, elevemo-nos até o Senhor doUniverso. Elle é um só, subsiste por si mesmo, e todos os entes lhedevem a existência. Tudo faz e em tudo domina, invisível aos olhos,vê, e lê no fundo de nossa alma. A elle ergamos os nossos votos, e asnossas preces.Digna-te, oh Gr.·. Arch.·. do Univ.·., proteger os OObr.·. de paz, aquireunidos. Anima o nosso zelo, fortifica a nossa alma na luta daspaixões, inflamma o nosso coração no amor da virtude; guia-nos atodos, assim como a este candidatod, que deseja participar de nossosaugustos mystérios.

Presta-lhe agora e sempre a tua proteção e ampara-o com o teu braçoomnipotente em todas as provas, perigos e dificuldades. Amém.

Todos Amem.

VEN.·. — Senhor nos extremos da vida, em quem depositais a vossaconfiança?

PROF.·. — Em Deus.

VEN.·. — Pois que confiais em Deus, levantai-vos, segui sem temor e compasso affouto o vosso guia e nada receieis.

O 1º Exp .·. colloca o Prof  .·. entre CCol .·. , e guarda-se profundo

silêncio.

VEN.·. (bate -0-)

1º VIG.·. (bate -0-)

2º VIG.·. (bate -0-)

Todos se assentam em silêncio e o Prof  .·. senta-se entre ccol .·..

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  23

VEN.·. — Senhor, antes que esta augusta assembléia, de que sou órgão,consinta em admittir-vos ás provas, ella deve sondar o vosso coração,desejando que respondais com a maior liberdade e franqueza.

Fica a critério do Ven .·. o deixar de fazer algumas perguntas ao

candidato, conforme o tempo que se dispõe.

VEN.·. — Que pensamentos vos occorreram quando estaveis no logar sombrio demeditação onde vos pediram para esquercerdes a vossa última vontade?

Final da página 24

— Repondei com franqueza. A vossa resposta não nos offenderá.

  Deixa-se o candidato, responder sem precipitações. As

observações seguintes do Ven∴ poderão variar as respostas

assim o exigirem.

VEN.·. — Em parte já vos dissemos com que fim fostes submettido á

primeira prova, a da Terra. Os antigos diziam que havia quatroelementos; a. Terra, o Ar, a Agua e o Fogo.

— Vós estaveis na escuridão e no silencio um subterraneo como umencarcerado numa masmorra, e cercado de emblemas da mortalidadee de phrases escriptas allusivas, principalmente para cornpellir-vos auma séria e solemne reflexão, tão necessaria a um passo importantecomo a iniciação nos nossos mysterios.

— Esperavamos que vos lembrasseis de que a masmorra tinha sidosempre o principal instrumento da tyrannia; que na idade média oscasteltos dos nobres foram edificados sobre as masmoras; que a

Inquisição teve as suas cellas escuras para as suas victimas; e que aBastilha foi uma das centenas de prisões construidas pelos reis etyrannos.

— Esperávamos mais, que vos lembrando d'isso, manifestasseis avossa cólera contra todo o despotismo, quer sobre o corpo, quersobre a consciencia, e o mais fervoroso amor pelas instituições livres.

— O primeiro acto de um povo opprimido que defende os seusdireitos é destruir as Bastilhas que foram o orgulho e a segurança dosseus senhores.

— Esperavamos que refletisseis que o dever de uma - sociedade de

homens intelligentes não poderia ser somente libertar os prisioneirosdas masmoras de ferro e de pedra, mas demolir as Bastilhas, maisfortes do que essas materiaes, em que a Ingnorancia e o Erro, asSuperstições e os Preconceitos conservam algemados os espiritos eas consciencias de enorme parte da grande família humana.

— Os emblemas da mortalidade de que -estaveis rodeado nãopodiam levar-vos a refíectirdes sobre a instabilidade e brevidade da

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vida humana; eram Apenas uma lição trival sempre ensinada esempre desprezada

Final da página 25

Si desejais tornar-vos um verdadeiro maçon, deveis primeiro morrer

para o vicio, para os erros e para os preconceitos vulgares e nascer denovo para a virtude, para a honra e para a sabedoria.

Agora devo também prevenir-vos que não imagineis que zombamosdas crenças religiosas. I 6s não julgamos que haja uma homenagemmais digna de Deus do que a Candura, a Sciencia e a Virtude, eassim admittimos na nossa Ord.·. todos os homens que possuam estesdons, qualquer que seja a sua religião.

Não somos inimigos dos governos ou das autoridades constituídas, sisão justos. Censuramos apenas o que julgamos desacertado. Mas,infeliz do rnaçon que consentir em tornar-se instrumento da tyrannia,

apoio da usurpaçâo e apologista da injustiça do desprezo das leis econstituições que contêm as eternas garantias de liberdade.

*

* *

2ª Crêdes em um Ente Supremo?

PROP. '. -Sim, senhor.

VEN. '. -Esta crença, que honra e enobrece o vosso coração, não é exclusivopatrimônio do filosofo, também o é do selvagem. Desde que oselvagem percebe que não existe por si mesmo, interroga á natureza

quem é o seu autor e o magestoso silencio d'essa natureza o fazrender tosco, mas sincero culto a um Ente Supremo que é o Creadordo Mundo.

*

* *

3ª O que entendeis por virtude?

Prof.·. -Responde.

Ven - E' uma disposição da alma que nos induz a praticar o bem.

** *

Final da página 26

VEN.·. — E o que entendeis ser o vicio?

PROF.·. — Responde.

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VEN.·. — É o oposto da virtude. É o hábito desgraçado que nos arrasta parao mal e é para impormos um freio salutar a esta impetuosapropensão, para nos elevarmos acima dos vis interesses queatormontam o vulgo prof ano e acalmar o ardor das paixões que nosreunimos n'este templo. Aqui trabalhamos para acostumar o nossoespirito a curvar-se ás grandes affeições e a não conceber senão í déassólidas de virtude, porque é só regulando os nossos costumes pelosprincipios eternos da moral que poderemos dar à nossa alma esseequilí brio de força e de sensibilidade que constitue a sabedoria ouantes a sciencia da vida.

Mas este trabalho, senhor, é penoso e comtudo a elle deveis su jeitar-vos, si persistis no desejo de pertencer á nossa Ord∴.

— Persistis em ser recebido maçon?

PROF.·. — S jm. senhor.

VEN.·. — Toda a associação tem leis particulares e todo o associado deveresa cumprir, e como não seja  justo sujeitar-vos a obrigações que nãoconheceis vou dizer-vos a natureza d'csses deveres.

O primeiro é um silencio absoluto ácerca de tudo quanto ouvirdes edescobrirdes entre nós, bem como de tudo quanto para o futurochegueis a ouvir, vêr ou saber.

O segundo dos vossos deveres e o que faz que a Maç∴ seja o maissagrado dos bens, além de ser a mais nobre e a mais respeitável dasinstituições, é o de vencer paixões ignobeis que deshonram o homeme o tomam desgraçado; a pratica constante da beneficencia, soccorreros seus irmãos prevenir as suas necessidades, minorar os seusinfortúnios, assistil-os com os seus conselhos e as suas luzes. O queem um profano seria uma qualidade rara, não passa no maçon documprimento dos seus deveres. Toda a occasião que elle perde de serutil é uma infidelidade, todo o soccorro que recusa é um per jurio;

Final da página 27

e si a terna e consoladora amizade também tem culto nos nossostemplos, é menos por ser um sentimento do que um dever que pôdetornar-se em virtude.

O terceiro dos vossos deveres e a cujo cumprimento só f icareisobrigado depois da vossa iniciação, é o de conf ormar-vos em tudocom as nossas leis e de submetter-vos ao que vos fôr determinado emnome da associação em cujo seio desejais 'ser admittido.

Agora que conhcceis os principaes deveres de um maçon, direi-me sivos sentis com força e si persistis na resolução de vos su jeitardes ásua pratica.

PROF.·. — Sim, senhor.

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  26

VEN.·. — Senhor, ainda exí gimos de vós um juramento de honra que deveser prestado sobre a taça sagrada.

Si sois sincero, bebei sem receio, mais si a falsidade e a dissimulaçãoacompanham a vossa promessa, não jureis. Afastae antes essa taça etemei o prompto e terrí vel effeito d'essa bebida?

Consentis no juramento? 

PROF.·. — Consinto.

VEN.·. — Ir.·. Mestr.·. de Cer∴ conduzi o candidato ao altar. 

o Prof ∴ é levado ao Or ∴.

Ir∴ Sacrificador, apresentai ao candidato a taça sagrada, tão fatal aosper juros.

O Exp∴ apresenta-lhe um vaso com agua assucarada e espera

 pelo sinal que o Ven∴ deve fazer para dar a bebida ao neofito.

  Deve estar munido de um vidro com um liquido amargo quedespeja no vaso depois de ter o candidato bebido parte da

agua.

VEN.·. — Repeti commigo o osso juramento.

— Juro guardar o silencio mais profundo sobre todas as provas aquefõr exposta a minha coragem. Si eu f ôr per juro e trahir os meusdeveres, si o espírito de curiosidade aqui me conduz. consinto que adoçura d'esta bebida (O V en.·.  faz signal para lhe dar o copo) seconverta em amargura e o seu effeito salutar em subtil veneno. (Fa z-

se-lhe beber ).

VEN.·. (bate -0-  forte, que é repetido pelos VVig∴) — O que vejo, senhor? Altera-se o vosso semblante! A vossa consciencia desmentiria porventura as vossas palavras? A doçura d’essa bebida mudar-se-hia emamaragura? 

Final da página 28

Retirae o Prof ∴.

O Prof ∴ é conduzido pra entre ccol∴ e ahi senta-se.

VEN.·. — Senhor, não quero crer que tcnhais o disigno de enganar-nos.

Entretanto, ainda podeis retirar-vos, si assim o quizerdes.   Bebestesda taça sagrada, ou antes da taça da boa ou má sorte, que é a taça davida humana. Consentimos que provaseis da da. doçura da bebida eao mesmo tempo fostes solicitado a esgutar o amargo dos seus restos,Isto vos lembrará que o homem sabio e justo deve gosar os prazeresda vida com moderação, não fazendo ostentação do bem que gosadesde que vá offender ao infortunio.

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  27

Agora, previno-vos que tendes de passar por outras provas e essasprovas são symboticas, não sendo terrí veis nem perigosas, Com ellasqueremos experimentar a vossa firmeza e resolução. Ellas voslembrarão que a vossa resolução deve ser inabalável c que não deveistrocar a liberdade ou a vida pela deshonra, mesmo si, como osmaçons nossos antepassados, vos achardes algum dia envolvido noslaços crueis e implacáveis de uma inquisição politica ou religiosa,que encarcera e, no fundo das suas masmoras ou nos seus cadafalsos,sacrifica aquelles que defendem a Liberdade ou ensinam as suassantas doutrinas. A Inquisição nunca achou um cobarde ou  umdelator entre maçons. Ella dorme apenas, podendo ainda accordar,

No pleno gozo dos vossos direitos, podeis tamhem vêr de ummomento para outro um. Usurpador declarar a sua vontade unica leie n'esse caso sereis levado a defender os direitos do povo e amagestade da lei contra elle. A nação hoje livre póde amanhã estarescravisada. Republica hontem, reino hoje, ímperio amanhã, taes são

as phantasticas mutações de scena das nações. Portanto, reflecti bem,senhor. Quando derdes um passo para. a frente, será muito tarde parapoderdes recuar. Persistis em entrar para a Maç∴? 

Final da página 29

PROF.·. — Sim, senhor.

VEN.·. — (bate –0- forte, repetido pelos VVig)  

VVIG.·. — (batem !)

VEN.·. — Ir.·. Terrível, fazei Prof .·. assentar-se na cadeira das reflexões.

O EXP∴  faz o Prof ∴ dar uma volta com rapidez e o assenta na

cadeira das reflexões.

VEN.·. — Prof . .,  que a obscuridade que vos cobre os olhos e o horror dasolidão se jam os vossos unicos companheiros. (Pausa).

  N’esta ocasião póde o Ven∴ dirigir outros quesitos ao

candidato ou convidar o Orad ∴ ou qualquer outro Ir ∴ a fazel-

o.

VEN.·. — Tendes bem reflectido, senhor, nas consequencias da vossapretenção? Pela ultima vez, dizei-me: Quereis voltar ao mundo

profano ou persistis em em entrar para a Maç∴?PROF.·. — Persisto.

VEN.·. (ba.t e -0-, r e petid o Pelos V Vig∴.) Ir. . Terrivel, apoderai-vos d' esseProf .·. e fazei-o praticar a sua primeira viagem. Empregai todos osesforços para o trazerdes sem correr perigo.

O Exp∴ acompanha o Prof ∴ e o faz percorrer um caminho

difficil e cheio de obstaculos. Enquanto dura a viagem altera-se

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o silencio da Loja, imitanto o trovão, o que cessa desde que o

candidato chega ao altar do 2º Vig∴  , onde o Exp∴ bate tres

 pancadas com as palma da mão aberta.

2º VIG.·. (levantando-se precipitadamente e encostando o malhete ao peito do

Pro f .·.) — Quem vem lá?

Exp.·. —. E' um Prof .·. que deseja ser recebido rnaçon.

2º VIG.·. —. E Como pôde elle conceber tal esperança?

Exp.·. —. Porque é livre e de bons costumes.

2º VIG.·. —. Pois, si assim é, passe.

 Exp .·. conduz o Prof ∴ para entre ccol∴. 

2º VIG.·. (bat e-0-).—. Ir∴ 1º Vig.·., está feita a primeira viagem.

1º VIG.·. (bat e-0-).—. Resp.·. está está feita a primeira viagem.

VEN.·. — Senhor, congratulo- me comvosco por terdes voltado incolume. Jásabeis que as nossas provas são syrnbolicas, por isso dizei-me:

O que notaste nesta viagem?

Que observações suscitou ella no vosso espirito?

O que achaste nella de symbolico? 

Final da página 30

PROF.·. —

 Responde

 Depois faz se sentar o Prof ∴.

VEN.·. — Esta primeira viagem com os seu ruido e com os seus trovões,representa o segundo elemento, o Ar, que, com os seus meteoros, miasmas,relampagos e continuas flutuações, ameaça-nos constantemente de morte.

O Ar é o symbolo da vitalidade ou da vida, é um emblema naturalpróprio da vida humana, com as suas correntes, as suas agitações eestagnações, oseu cansaço e energias, as suas tempestades ecalrnarias e as suas perturbações e equilíbrios electricos.

Esta interpretação, embora verdadeira, é, porém, trivial. Esta viagem

representa também o progresso de um povo. O progresso é a vidageral da humanidade, é o seu avançar collectivo. Elle encontradelongas e obstáculos, tem as suas estações e as suas noutes, massabe vencer a todos os tropeços e tem o seu despertar.

As nações lambem são cegas e o Destino que as guia é syrnbolisadopelo vosso guia, o Ir∴ T errivel. Finalmente, assim como depois dotemporal vem a calmaria, tambem depois das revoluções doprogresso vem a estabilidade das instituições livres.

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Conseguir este resultado e ajudar o seu paiz a progredir é overdadeiro trabalho do maçon e para isso necessita elle sobretudo deconstancia e de coragem.

São estes os sabios ensinamentos da prova do Ar.

Estas disposto a expôr-vos aos riscos de uma segunda viagem?

PROF.·. — Sim, senhor.

VEN.·. — Ir∴ Terrível, fazei o Prof ∴ praticar a sua segunda viagem,

O Exp∴ faz o Prof ∴ dar a volta ao Templo, percorrendo um

terreno mais plano, e dirige-se ao altar do 1º Vig∴.

  Durante a viagem, faz ouvier de todos os lados o tinir de

espadas, o que cessará quando o Prof ∴ chegar ao altar do 1º 

Vig∴ onde o Exp∴ bate tres pancadas com na primeira

viagem.

1º VIG.·. (levantando-se precipitadamente e encostando o malhete ao peito doProf ∴).—. Quem vem lá? 

Final da página 31

Exp.·. —. É um Prof ∴ que deseja ser recebido maçon..

1º VIG.·. —. E como pôdeconceber tal esperança?

Exp.·. —. Porque é livre e de bons costumes.

1º VIG.·. —. Pois que assim é, seja purificado 'pela agua.

O 2º Exp∴ apresenta uma jarro ou uma bacia com agua, onde

o 1º Exp∴ introduz as mãos do Prof ∴ e enxuga-as depois com

uma toalha. O Prof ∴ é então conduzido entre ccol∴.

1º VIG.·. (bate-0-), — Resp∴ Mest∴ está feita a segunda viagem.

VEN.·. — Congratulo-me novamente comvosco, senhor, por terdes voltadoincólume.

Ir∴ T errivel, fazei sentar o candidato.

Passastes, senhor, pela. terceira prova, a da Agua. A Agua. em quevos fizeram mergulhar as mãos é uma imagem do vasto oceano quebanha as praias dos continentes e ilhas. .

Nas antigas iniciações, a purificação symbolica da alma. fazia-sepelo baptismo do corpo, constituindo isso uma parte indispensável docerimonial. .

O oceano é para nós um symbolo do povo, a cujo serviço dedicam-seos verdadeiros maçons. Inerte na calmaria, quasi estagnado nostrópicos, elle é agitado e revolto, pelo minimo movimento que lhedão os ventos. Açoitado peja tempestade, as suas vastas ondas vêm

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atirar-se de encontro ás praias. A sua instabilidade e a sua furiapintam bem os caprichos varios e as vinganças crueis de um povoexaltado. As suas grandes correntes são como as da opinião popular.Os homens são as gottas do vasto oceano da Humanidade, de que asnaçõe~ são as ondas. Assim como o marinheiro lança-se aos riscosdos 'naufragios e de ser engolido pelas ondas, assim, tambem opatriota que quer servir ao povo deve arriscar-se a tornar-se-lhesmesmo odioso e a ser esmagado pela sua furia cega.

Assim, não deveis deixar de servir ao povo quando elle carecer dosvossos serviços, porque sem bemfeitor é muito nobre, embora maisperígoso e menos proveitoso .

Ir∴ Terrível, fazei o Prof.·. praticar a sua terceira viagem. 

Final da página 32

O Resp∴ faz o Prof ∴ percorrer um terreno sem obstáculo, não

se ouvindo os mesmos ruidos e depois o faz subir os degraus dothrono onde tem assento o Ven∴ e ahi bate tres pancadas como

nas viagens anteriores. 

VEN.·. (encostando o malhete no peito do Prof ∴) — Quem vem lá? 

Exp.·. — É um Prof ∴ que deseja ser recebido maçon.

VEN.·. — E como pode elle conceber tal esperança?

Exp.·. — Porque é livre e de bons costumes.

VEN.·. — Pois se assim é, passe pelas chammas purificadoras para que d’elle

desapareçam os vestígios do mundo profano. O Exp∴ desce com o Prof ∴ e, antes de chagar entre ccol∴ , o

 faz passa pelas chammas, ajudado pelo Mestr ∴ de CCer ∴.

O Prof ∴ senta-se entre ccol∴ 

2ºVIG.·. (bate-0-) —Está feita a terceira viagem, Ir∴ 1º Vig∴.

2ºVIG.·. (bate-0-)  —Está Resp∴ Mestr∴; o Prof ∴  depois de praticar aterceira e ultima viagem, acha-se entre ccol∴. 

VEN.·. — Senhor, nesta ultima viagem, passastes pela prova de Fogo, oultimo modo de purificação symbolica.

Purificado. pela agua e pelo fogo, estais symbolicamente limpo dequalquer nodoa do vicio.

O fogo, cujas chammas sempre symbolisaram aspiração, fervor ezelo. vos lembrará que deveis aspirar á excellencia e á verdadeiragloria e trabalhar com zelo e fervor pela causa em que vosempenhardes, principalmente si essa causa fôr a do povo .

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Resta-nos ainda uma outra prova. A Ord.·. Maç.·. e a patria pódemter. necessidade de que derrameis o vosso sangue em sua defesa . eum verdadeiro maçon não póde esquivar-se a esse sacrificio.

Os principaes martyres da Liberdade e da Fé, em todas as épocas,poderiam ter uma vida mais longa e perdido essa gloria immortal se

tivessem se prestado a lisongear a tyrannia e a sacrificar aos deusespagãos.

Antes de serdes iniciado nos nossos- mysterí os deveí s passar pelobaptismo de sangue. Si vos sentis possuído de zêlo e bastante valorpara vos sacrificardes pelo 'serviço da Patria, da Ord.v., da Humani 

Final da página 33

dade e dos nossos IIr∴, com risco imminente de vida, deveí s sellar avossa prof issão de f ê com o vosso sangue. Não podemos acceitarmeras palavras e promessas vãs.

Estais disposto a isso?PROF.·. — Sim, senhor.

VEN.·. — A vossa resignação nos basta.

O baprismo do sangue não é um symbolo de purificação : é obaptismo do heroismo e da dedicação, do soldado e do martyr. E' umpenhor solemne de que jamais faJtareis ao cumprimeuto dos vossosdeveres maçonicos para com os nossos IIr∴, para com a Ord∴, oupara com a Patria, por medo ou temor do perseguidor ou do tyranno.

Elle vos lembrará tambem o sangue derramado em todas as épocas

pela perseguição e vos incitará á tolerancia e á defesa dos sagradosdireitos da consciencia.

É chegado o momento de cumprirdes um dos deveres maçonicos.Temos nesta loja maçons necessitados, viúvas e orphãos a quemsoccorremos constantemente: Dizei, pois, ao ouvido do Ir∴, que voudesignar-vos, a quantia que destinaispara soccorro d'esses infelizes,porque deveis saber que os actos de bene6cencia dos maçons, nãodevendo ser actos de ostentação e de vaidade, que incensão o orgulhode quem dá e cobrem de vergonha a quem recebe, devem ficarsepultados no mais profundo segredo.

Ir∴

Hosp∴

 aproximai-vos do Prof.·. e informai-vos em voz baixa dasua intenção e depois vinde communicar-rné em segredo o que tiverdesouvido.

O Hosp∴ cumpre a ordem. 

VEN.·. — Agradeço-vos, senhor, em nome d'esta Aug∴  e Resp∴  Loj∴abondosa dádiva que destinais a esses desprotegidos da sorte.

Ides agora receber o premio da vossa firmeza e da vossa constancias.

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  32

Ir∴ Mestr∴ de Cer∴, apresentai o Prof .·. ao Ir∴ 1º Vig. . para quelhe ensine a dar os primeiros passos no angulo do quadrilongo edepois trazei-o

Final da página 34

Ao altar dos juramentos para prestar a sua obrigação solemne.

O  Mestr ∴ d e C er ∴ dirige-se ao Prof ∴ e, fazendo-o levantar-

se apresenta-o ao 1º Vig∴ que, sahindo de seu lugar, vais

ensinar-lhe a dar os passos de Apr ∴ e depois o Prof ∴ é 

conduzido ao altar dos juramentos e ajoelha-se com o joelho

esquerdo, pousando a mão direita sobre a const ∴ e a Bíblia

que devem ter em cima a espada e tendo na mão esquerda o

compasso que apoia ao lado esquerdo do peito.

O  Mestr ∴ d e C er ∴ conserva-se por traz do Prof ∴.

VEN.·. (ba.t e -0-, r e petid o Pelos V Vig∴.) De pé e à ordem, meus IIr∴; o

neophito vae prestar o seu juramento.  (Ao Prof ∴) Senhor, repeti commigo a vossa obrigação.

JURAMENTO

Eu. F .... juro e prometto, de minha livre vontade, pela minha honra epela minha f é, em presença do Supr.·. Arch∴ do Univ.·., que é Deus,e perante está assembleia de maçons, solemne e sinceramente, nuncarevelar qualquer dos mystérios da Maç∴ que me vão ser oonfiados, senão a um bom e legitimo Ir∴, ou em  Loj.·. regularmenteconstituida, nunca os escrever, gravar,  traçar, imprimir ou emoregar

outros meios pelo quais possa divulgal-os.Juro mais ajudar e defender aos meus llr∴ em tudo que 'puder e f ôrnecessario e reconhecer como unica  Potenoia. Maçônica legal 'elegitima  no Brazil e Gr∴·Or∴ e Supr∴ Cons∴ do Brazil ao qualprestarei inteira obediencia. 

Final da página 35

Si violar este Juramento  seja-me arrancada a.língua, o pescoçocortado e meu corpo enterrado nas areias do mar onde o fluxo e orefluxo :me mergulhem em perpetuo esquecimento sendo .declaradosacrílego para com Deus e deshonrado para com os homens. Amem!

Todos — Amem! 

O  Mestr ∴ d e C er ∴ faz o candidato levantar-se e o conduz

  para a sala dos passos perdidos. Em outra sala contigua ao

templo, colocam-se duas urnas com espirito de vinho acceso.

  Deitado sobre um panno preto, deve estar um Ir ∴como si

estivesse morto, amortalhado com a capa do 1º Exp∴. Todo os

 Irmãos estarão de pé, sem insignias e armados de espadas que

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  33

apontam para o Neophyto, que é introduzido logo que estiver 

tudo preparado. 

O Ven∴ bate tres pancadas lentas.

Á primeira pancada, o  Mestr ∴ d e C er ∴ desata o primeiro nó

da venda. 

Á segunda pancada, desata o segundo nó da venda. 

Á terceira pancada, deixa cahir a venda aos pés dos candidatos.

Guarda-se o mais profundo silencio.

VEN.·. — Este clarão pallido e lugubre é o emblema do fogo sombrio que hade allumiar a vingança que preparamos aos cobardes que per juram.

Essas espadas, contra vós dirigidas, estão nas mãos de inimigosirreconciliáveis, promptos a embainbal-as no vosso peito si f ôrdestão infeliz que,violeis o vosso juramento. 

Em qualquer legar do mundo em que vos ref ugiasseis, encontrarieisperseguição e castigo, e a toda parte levarieis a vergonha do vossocrime. O signal da vossa reprovação vos precederia com a rapidez dorelampago e ahi acharieis maçons inimigos do perjurio e a maisterrí vel punição.

O Prof ∴ é de novo vendado. O  Mestr ∴ d e C er ∴ ajuda-o a

revestir-se e o introduz no templo entre ccol∴. Todos os IIr ∴ 

occupado os seus logares e com as espadas voltadas para o

neophyto.

VEN.·. (ba.t e -0-) — Ir∴ 1º Vig∴ sobre quem se apoia uma col∴  d' este

templo, agora que a coragem e a perverança d'este candidato ofizeram sahir victorioso do porf iado combate entre o homem prof anoe o homem maçon, dizei-rne si o julgais digno de ser admíttido entrenós,

1ºVIG∴  — Sim, Resp∴ Mestr∴. 

Final da página 36

VEN.·. — O que pedis em seu favor? 

1º Vig∴  — Que se lhe dê a Luz.

VEN.·. — No princípio do mundo, disse o Gr∴Arch∴ do Univ∴. 

Faça-se a luz. 

(bate 0 repetido pelos VVig∴).

E a luz foi feita. 

(bate 0 repetido pelos VVig∴).

A luz seja dada ao neophyto. 

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  34

(bate 0 repetido pelos VVig∴).

 A venda deve cahir dos olhos do candidato á terceira pancada

de malhete do Ven∴ , depois que é repetido pelos VVig∴.

VEN.·. — Não mais vos assustem as espadas que vêdes apontadas para vós;recebemos o vosso juramento e o acreditamos sincero. Raiou emf imo dia em que se abrem para vós as portas da verdadeira amisade;d'ora em diante considerai-nos como irmãos, como amigos queconquistastes e que achareis sempre promptos a correr em vossosoccorro e a servirem-se d'essas espadas para defenderem a vossavida e a vossa honra.

Meus IIr∴, a baixai as vossas espadas

 Executa-se

Ir. . Mestr∴ de Cer. . conduzi o novo iniciado ao throno.

O neophyto segue para o Or ∴ e, ahi chegando dá os três

  passos de Aprendiz de modo a aproximar-se do altar dos

  juramentos, onde ajoelha-se do modo já indicado. O Ven∴ 

segurando a espada estende a folha sobre a cabeça do

neophyto.

VEN.·. — A' Gl∴ do Gr∴ Arch∴ do Univ∴ e de São João de Escossia. Emnome e sob os auspicios do Gr∴ Or∴  e Sup∴ Cons∴ do Brazil eem virtude dos poderes que me foram conf iados por esta Aug∴ eResp∴ Loj∴  . . . . . . . eu vos recebo e constituo Apr∴ Maç∴ doRit∴ Esc∴Ant∴ e Ace∴ e membro act∴ da mesma Off.∴.

O Ven∴ bate sobre a folha da espada – 000-.VEN.·. — (entregando o avental ao Mestr ∴ de C er . .) Ir. . Mestr∴ de Cer. .

revisti o nosso Ir∴ com este avental e vós, meu Ir∴, tomai e usai. 

Final da página 37

esse avental, a que chamamos vestido, que grandes homens,verdadeiros bemf eitores da Humanidade, se honraram de trazer. Comelle devereis estar sempre revestido durante os nossos trabalhos, E' osymbolo do trabalho e vos lembrará que um maçon deve ter sempreuma vida activa e laboriosa.

(entregando ao Mestr ∴  de C er . .um   par d e luvas para homem).Essas luvas são o symbolo da vossa admissão no templo da virtude eindicam, pe ja sua brancura. que nunca deveis manchal-as,introduzindo as vossas mãos nas aguas lodosas do vicio.

(dando uma par de luvas de mulher). Estas são destinadas áquellaque mais direito tiver á vossa estima e ao vosso affecto.

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  35

Meu Ir∴, (assim é que vos trataremos de ora em diante), os maçonspara se reconhecerem em qualquer parte do mundo, apezar dadifferença de línguas, dispõem de signaes, toques e palavras.

Os signaes são: o de ordem e o guttural.

O signal de ordem, faz-se collocando a mão direita aberta sob agarganta com os quatro dedos unidos e estendidos e o pollegarseparado formando uma esquadria. Sempre que estivermos de pédurante os trabalhos da loja, devemos estar á ordem.

O signal guttural ou saudação rnaçonica é feito á entrada do templodurante os trabalhos ao Ven∴ e aos VVig∴. Estando á ordem, leva-se a mão direita ao hombro direito e deixa-se cahir o braço ao longodo corpo, voltando depois ao signal de ordem.

O toque f az-se tomando com a mão direita a do Ir∴ e dando com opollegar tres pancadas imperceptiveis sobre a primeira phalange dodedo index. Responde-se do mesmo modo.

As palavras são: sagrada e semestral.

Apalavrasagradadá-se lettrapor lettra e depois syllaba por syllabavisto que o aprendiz s6 sabe soletrar.

Quando vos disserem: Dai-me apal∴  sag∴, deveí s responder:  Não

vos posso d ar   senão soletrada , dai-me a  pr imeira lettra, eu vos

dar ei. a segunda. Quem pergunta dá a primeira letra que é B,  

Final da página 38

Quem responde dá a segunda e assim sucessivamente e dada a ultima

lettra, dão-se também alternadamente as respectivas syllabas.A palavra semestral é dada de seis em sei mezes pelo Sob∴ Gr.∴ Com∴ da Ord∴ e eu vol-a darei no fim do. trabalhos de modoespecial.

Quando um maçou se apresentar para visitar uma Loja a que nãopertence, é-lhe pedia. a palavra semestral e o visitante é obrigado adar a palavra do semestral que estivcr correndo ou pelo menos a doanterior e, si não fizer, póde ser -lhe recusada a visita,

Quando vos perguntarem: Sois maçon? deveis respondcr: Meus IIr ∴ 

 por tal me reconhecem.

A vossa idade como Apr.·, é de tres annos. 

Meu Ir∴a Maç∴ é dividida em diversos ritos, que em nada alteram asua essencia, constí tuindo principios geraes diversamentedesenvovidos,

Como as outras associações, a Maç∴  é regida por leis que lheservem de norma em todos os paizes do mundo onde estáestabelecida e em cada paiz por uma constituição que está sob a

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guarda de todos os maçons e pelo regulamento geral que desenvolveos principios contidos no pacto f undamental e ainda em cada lojapelo seu regulamento particular. Entrego-vos um exemplar daConstit∴ e do Reg∴ Ger∴ do Gr∴ Or∴ e Supr∴ Cons∴ do Brasil,um do reg∴particular d' esta Resp∴ Loj∴ e o ritual do vosso gr∴ 

para que os estudeis e conheçaís perfeitamente os vossos direitos edeveres.

Agora, meu Ir∴, recebei o abraço fraternal, em nome dos OObr∴ d'esta Aug∴, e Resp∴ Loj∴. (abraça tres vezes o neophyto),

Ir∴ Mestr∴ de Cer∴ conduzi o neophyto ao Ir∴ 1º Vig∴  paraensinal-o a trabalhar na pedra bruta.

O 1º Vig∴ ensina-lhe n’esta occasião a batida do grau.

1º VIG∴ — Resp∴ Mestr∴ o neophito deu a sua primeira licção trabalhandosobre a pedra bruta e está entre ccol∴.

Final da página 39VEN.·. (bate-0, repetido pelos VVig∴) — De pé e á ordem. (Executa-se).

IIr∴1 e 2º VVig∴, annunciai em vossas ccol.·., assim como euannuncio no Or∴, que proclamo o Ir∴ F∴ Apr∴ Maç∴ e membroact∴ d'esta Aug∴ e Resp∴ Loj∴ 

1º VIG∴ — IIr∴ que abrilhantais a col∴ do Norte, eu vos annuncio, da partedo Resp∴ Mestr∴  que .elle proclama o Ir∴  F∴  Apr∴  Maç∴  emernbro act.·. desta Aug∴ e Resp∴ Lo j. 

2º VIG∴ — IIr∴ que condecorais a col∴ do Sul eu vos annuncí o, da parte do

do Resp∴ Mestr∴  que .elle proclama o Ir∴  F∴  Apr∴  Maç∴  emernbro act.·. desta Aug∴ e Resp∴ Lo j.

(bate-0) Está annunciado em minha col∴ 1º Vig∴ 

1º VIG∴ — (bate-0). Está annunciado em ambas as ccol∴ 

VEN.·. (bate-0, repetido pelos VVig∴) — IIr∴ 1º e 2º VVig∴  convidai osOOper∴  de vossas ccol∴, assim como eu convido os do Or.∴aunirem-se a mim afim de me ajudarem a applaudir a acquisição que·esta Aug∴ e Resp∴ Loj∴ acaba de fazer de mais um irmão e amigo.

1º VIG∴ — IIr∴ que abrilhantais a col∴ do Norte, eu vos convido da parte doResp∴ Mestr∴, a unirmo-nos a elle afim de o ajudarmos' a applaudira acquisição que esta Aug∴e Resp∴ Lo j∴  acaba de fazer de maisum Ir∴ e amigo. 

2º VIG∴ — IIr∴  que decorais a col∴  do Sul,  eu vos convido da parte doResp∴ Mestr∴, a unirmo-nos a elle afim de o ajudarmos' a applaudira acquisição que esta Aug∴e Resp∴ Lo j∴  acaba de fazer de maisum Ir∴ e amigo. 

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(bate-0), Está annunciado em minha col∴.

1º VIG∴  (bate-0) — Estáannunciado em ambas as ccol∴.

VEN.·. — A mim, meus IIr∴ pela simples bateria.

 Applaude-se.

M∴ Cer∴  — V en∴  Mest∴ peço,vos permissão para que o Ir∴  neophito,dirigido por mim, agradeça os applausos que lhe f oram dirigidos.

VEN.·. — Podeis fazel-o.

Final da página 40

Seguem-se os applausos de agradecimento pela mesma bateria,somente pelo Mestr∴ de Cer∴ e pelo neophyto.

VEN.·. — Cubramos estes applausos, meus IIr∴. 

 Repetem-se os applausos. 

VEN.·. — Ir∴ Mestr∴ de Cer∴ convidai o nosso Ir∴ a assignar o livro depresenças, e depois fazei-o sentar-se no tôpo da col∴ do Sul que tema primeira lettra da palavra sagrada que lhe communiquei.

O Mestr ∴ de C er . . executa.

O Ven∴ concede então a palavra do Orad ∴ que deve

  pronnunciar um discurso allusivo ao acto de iniciação,

explicando ao neophyto os principais principios da Maç∴ e os

mistérios do Grau.

O discurso é applaudido ritualmente e depois circula o Tronco

de Beneficencia.VEN.·. (ba.t e -0-, r e petid o Pelos V Vig∴.) — IIr∴ 1º e 2º VVig∴ annunciai

em vossas ccol∴  assim como eu anuncio no Or∴que concedo apalavra a bem da Ord∴ em geral.

Os VVig∴ repetem o annuncio.

 Reinando silencio, o Ven∴ faz applaudir os VVisit ∴ pela forma

usual. 

VEN.·. (bate -0-) — Ir∴ 2º Diac∴ qual é vosso lagar em Loj∴?

2º Diac — (levantando-se)-A' direita do lº Vig∴ si elle permitir.

VEN.·. — Para que, meu Ir∴?

2º Diac — Para transmittir as suas ordens ao 2º Vig∴ e observar si os IIr∴ conservam nas ccol∴ o devido respeito. 

VEN.·. — Onde tem assento o 1º Diac∴?

2º Diac — Á direita do Ven∴ e abaixo do solio, si elle o permittir. (senta-se)

VEN.·. — Para que Ir∴ 1º Diac∴?

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1º Diac (levantando-se) — Para transrnittir a suas ordens ao 1º Vig∴ e todasas outras luzes e officiaes, af im de que os trabalhos, se  executemcom promptidão.

VEN.·. — Qual é o lugar do 2º Vig∴?

1º Diac — o meio dia, (senta-se).

VEN.·. — Para que Ir∴2º Vig∴?

2º VIG∴ — Para melhor observar o sol na sua passagem pelo meridiano,mandar os OObr∴ do trabalho á recreação e chamal-os de novo aotrabalho, afim de que ao Ven∴ resultem honra e gloria,

VEN.·. — Onde é o legar do 1º Vig∴? 

Final da página 41

2º VIG∴ — No occidente.

VEN.·. — Para que Ir∴ 1º Vig∴?.

1º VIG∴ — Assim como o sol se esconde no occidente .para  terminar o dia,assim o 1º Vig∴ ahi se colloca para fechar a lo ja, pagar os OObr∴ edespedil-os contentes e satisfeitos.

VEN.·. — E os OObr∴ estão contentes?

Todos estendem a mão direita em sinal de aprovação. 

1º VIG∴ — Elles o afirmam em ambas as' ccol∴.

VEN.·. — Ir∴ 2º Vig∴ que idade tendes como Apr∴Ma.ç∴?

2º VIG∴ — Tres annos, Resp∴ Mestr∴.

VEN.·. — Que horas são, meu Ir∴?

2º VIG∴ — Meia noute completa,

O Ven∴ bate -000- que é repetido pelos VVig∴ , ficando todos

de pdiacé e á ordem.

O 1º Diac∴ sob os degraus do throno, colocando-se frente ao

Ven∴ e aombos fazem o signal gutural. O Ven∴ dá ao ouvido

a pal∴ Sagr ∴ e o 1º Diac∴ dirige-se ao 1º Vig∴  , com as

mesmas formalidades transmitindo-lhe a pal∴ sagr ∴ e volta

ao seu logar.O 1º Vig∴ envia-a do mesmo modo ao 2º Vig∴ , por intermedia

do 2º Diac∴ 

2º VIG∴  (bate -0) — Tudo está justo e perfeito na col∴ do meio-dia. 

2º VIG∴  (bate -0) —  Tudo está justo e perfeito em ambas as ccol∴ Resp∴ Mestr∴. 

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VEN∴  (bat e-0). — Em nome de Deus e de S. João de Escocia, está fechadaa Lo j∴ de Apr∴ do Ri∴ Esc∴ Ant∴ e Acc∴ sob o titulo distintivoN 

A mim,-meus IIr.·. pela simples bateria,

VEN.·. — Fol'memos a cadeia de união 

Final da página 42

INSTRUCÇÃO DE APRENDIZ 

VEN.·.  (bate-0) — Ir.·. 1º Vig.·., entre vos e mim existe alguma cousa?

1ºVIG. . — Sim, Mest.·., um culto.

VEN. . — Que culto é esse?

1ºVIG. . — É segredo, Mest.·..

VEN. . — Que segredo é esse?

1ºVIG. . — A Maçonaria.

VEN. . (bate-0)— Ir.·. 2º Vig.·., sois vós macon?

2ºVIG. . — Os meus IIr• por tal me reconhecem.

VEN. . — O que preciso para ser maçon?

2ºVIG. . — Ter nascido livre e ser de bons costumes.

VEN. . (bate-0) — Ir∴ 1º Vig∴ como vos preparastes para ser recebidomaçon?

1ºVIG. . — Principiei a preparar-me pelo coração.

VEN. . — Onde fostes depois levado?

1ºVIG. . — A uma Câmara contígua à Loja.

VEN. . — Como estáveis preparado?

1ºVIG. . — Nem nu, nem vestido. Tiraram-me todos os metaes e fuiconduzido á porta do Templo pela mão de um amigo que depoisreconheci por meu Ir• .

VEN. . — Como soubestes que estaveis à porta da Templo se tínheis osolhos vendados?

1ºVIG. . — Porque alli me fizeram parar, e fui depois admittido.VEN. . (bate-0) — Ir. 2º Vig.·., como fostes admitido?

2ºVIG. . — Por uma grande pancada.

VEN. . — Que vos disseram?

2ºVIG. . — Quem vem lá? Ao que respondi: Um Prof.·. que quer ser iniciadona Ord.·. dedicada a S. João de Escossia.

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VEN. . — Como pudesteis conceber tal esperança?

2ºVIG. . — Porque nasci livre e sou dotado de bons costumes.

VEN. . — Que vos disseram então?

Final da página 43

2ºVIG. . — Que declarasse o meu nome, sobrenome, idade, qualidade civil,religião e pátria.

VEN. . — Que vos mandaram fazer depois?

2ºVIG. . — Mandaram-me entrar.

VEN. . (bate-0) — Ir.·. 1º Vig.·., como entrastes?

1ºVIG. . — Tendo a ponta de uma espada, ou de um punhal, assentada aopeito.

VEN. . — Que vos perguntaram?

1ºVIG. . — Se sentia ou via alguma coisa.

VEN. . — Que respondesteis?

1ºVIG. . — Que sentia, mas que nada via.

VEN. . — Por quem fosteis recebido depois da vossa entrada?

1ºVIG. . — Pelo Ir.·. 2º Vig.·.

VEN. . — Que vos fez elle?

1ºVIG. . — Entregou-me o Ir∴ Exp.·., que mandou-me ajoelhar e tomar parteem uma oração que vós recitastes.

VEN. . — Que vos perguntaram depois dessa oração?

1ºVIG. . — Em que punha a minha confiança.

VEN. . — Que respondestes?

1ºVIG. . — Que depositava-a em Deus.

VEN. . — Que vos fizeramo depois?

1ºVIG. . — Pegaram pela mão direita, fizera-me levantar, disserão-me quenada receasse e que sem temor seguisse a mão que me guiava.

VEN. . (bate-0) — Ir.·. 2º Vig.·., onde vos introduziu esse guia?

2ºVIG. . — Fez-me praticar três viagens.

VEN. . — Onde encontrastes o primeiro obstáculo?

2ºVIG. . — No meio dia, por detrás da Col.·. que agora occupo, onde batilevemente três pancadas.

VEN. . — Que resposta vos deram?

2ºVIG. . — Perguntaram-me: Quem vem lá?

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VEN. . — Que respondesteis?

2ºVIG. . — O mesmo que havia respondido à porta de entrada.

VEN. . — Onde encontrastes o segundo obstáculo?

2ºVIG. . — Por detrás do Vig.·. no Norte, onde bati também três pancadas, e

dei depois as mesmas respostas às suas perguntas.Final da página 44

VEN. . — Ir.·. 2º Vig.·., onde encontrastes o terceiro obstáculo?

2ºVIG. . — Por detrás do Ven∴ onde bati da mesma forma e dei as mesmasrespostas.

VEN. . — O que foi ordenado então?

2ºVIG. . — Mandaram-me conduzir ao Ir.·. 1º Vig.·. no Occid.·., para serinstruído.

VEN. . — Que instrucção vos deu elle?2ºVIG. . — Ensinou-me a dar os primeiros passos no ângulo de um quadri-

longo, a fim de que pudesse chegar ao altar, para ali prestar o meu juramento.

VEN. . — Onde a prestastes esse juramento?

2ºVIG. . — No altar dos juramentos, com o corpo formando uma esquadria; amão esquerda segurando um compasso, apoiado no peito esquerdo eali prestei o juramento solemne dos MM∴ 

VEN. . (bate-0) — Ir.·. 1º Vig.·., depois de ter prestado esse juramento, que

vos disseram?1ºVIG. . — Perguntaram-me que mais queria.

VEN. . — Que respondestes?

1ºVIG. . — A luz.

VEN. . — Quem vos deu a luz?

1ºVIG. . — Vós, Resp∴Mest.·. e todos os IIr∴.

VEN. . — Quando recebestes a luz, o que visteis.

1ºVIG. . — A constit∴ a esquadria e o compasso.

VEN. . — Que vos disseram significar essas luzes?

1ºVIG. . — Três grandes luzes da Maçonaria.

VEN. . — Explicai-m’as.

1ºVIG. . — A constit∴ regula e governa a nossa lei; o esquadria as nossasacções, e o compasso nos ensina a regular os movimentos do nossocoração, e a sermos justos para com todos os homens, principalmentecom os nossos IIr∴.

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VEN. . — Que vos mostraram depois?

1ºVIG. . — Três SSubl.·. LL.·. da Maçon∴ o Sol, a Lua e a Ven∴ da Off ∴ 

VEN. . (bate-0) — Ir.·. 2º Vig.·., Que vos fizeram depois?

2ºVIG. . — O Ven• me tomou pela mão direita, deu-me o toque e a palavra,

e me disse: Levantai-vos, meu Ir∴.Final da página 45

VEN. . — Que números compõem uma Off.·., meu Ir∴.?

2ºVIG. . — Três, cinco, sete.

VEN. . — Porque razão o número três compõem uma Off.·.?

2ºVIG. . — Porque houverão três MMest.·. na construcção do Templo deSalomão.

VEN. . — E o numero cinco?

2ºVIG. . — Porque todos os homens são doados de cinco sentidos.

VEN. . — Quaes são elles?

2ºVIG. . — O ouvido, o olfacto, a vista, o paladar e o tacto.

VEN. . — Para que servem na Maçonaria

2ºVIG. . — Três d’elles para muito.

VEN. . (bate) — Ir.·. 1º Vig.·., explica-me os seus usos?

1ºVIG. . — A vista, para ver os signaes; o tacto para sentir o toque, ereconhecer os seus IIr.·. tanto nas trevas como na luz, e o ouvido para

ouvir a palavra.VEN. . — Porque razão o número sete compõem uma Off.·.?

1ºVIG. . — Porque há sete sciências liberaes.

VEN. . — Dizei-me quaes são?

1ºVIG. . — A grammática, a rhetorica, a lógica, e a arithmetica, a geometria, amúsica e a astronomia.

VEN. . — De que utilidade são essas ciências na Maçonaria?

1ºVIG. . — A grammática nos ensina a escrever e a fallar.

VEN. . — Que nos ensina a Rhetorica?1ºVIG. . — A arte de falar e de discorrer sobre qualquer objecto.

VEN. . — O que nos ensina a arithmética?

1ºVIG. . — O valor dos números.

VEN. . — O que nos ensina a geommetria?

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1ºVIG. . — A arte de medir a terra, para nella marcarmos o pedaço que nospertence na grande partilha da humanidade.

VEN. . — O que nos ensina a Música?

1ºVIG. . — A virtude dos sons.

Final da página 46

VEN. . — O que nos ensina a Astronomia?

1ºVIG. . — A conhecimento dos artros.

VEN. . — Que forma tem a vossa Off.·.?

1ºVIG. . — Um quadrilongo.

VEN. . (bate) — Ir.·. 2º Vig.·., de que largura é a nossa Off.·.?

2ºVIG. . — Do Oriente ao Occidente.

VEN. . — De que comprimento?

2ºVIG. . — Do Sul ao Norte.

VEN. . — De que altura?

2ºVIG. . — Da terra ao céo.

VEN. . — Que profundidade tem?

2ºVIG. . — Da superfície da terra ao centro.

VEN. . — Porque?

2ºVIG. . — Porque a Maçonaria é universal e o Universo uma Off.·.

VEN. . — Porque razão está a vossa Loj.·. situada do Oriente ao Occidente?2ºVIG. . — Porque assim o estão todas as OOff.·..

VEN. . — E porque?

2ºVIG. . — Porque principiou o Evangelho a ser pregado no Oriente, eestendeu-se depois ao Occidente.

VEN. . — Quem sustenta a vossa Off.·.?

2ºVIG. . — Três grandes Pillares.

VEN. . — Como se chamam?

2ºVIG. . — Sabedoria, Força e Beleza.VEN. . (bate) — Ir.·. 1º Vig.·., o que representa o pilar da Sabedoria?

1ºVIG. . — O Ven• no Oriente.

VEN. . — O que representa o pilar da Força?

1ºVIG. . — O 1º Vig∴ no Occidente.

VEN. . — O que representa o pilar da Beleza?

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1ºVIG. . — O 2º Vig∴ no Meio-dia.

VEN. . — Porque representa o Ven.·. o pilar da Sabedoria?

1ºVIG. . — Porque dirige os OObr.·. e mantém a ordem.

VEN. . — Como representa o 1º Vig.·. o pilar da Força?

1ºVIG. . — pagando os OObr.·., cujos salários são a força e a manutenção dasua existência .

VEN. . — Como representa o 2º Vig∴a Belleza?

Final da página 47

1ºVIG. . — Para fazer repousar os OObr.·., fiscalizando-os no trabalho, a fimde que ao Ven.·. resulte honra e glória.

VEN. . (bate-0) — Ir.·. 2º Vig.·., porque é a Off.·. é sustentada por trêsCCol.·.?

2ºVIG. . — Porque a Sabedoria, a Força e a Beleza são o complemento detudo, sem ella nada é durável.

VEN. . — Porque?

2ºVIG. . — Porque a Sabedoria inventa, Força sustenta e a Beleza adorna.

VEN. . — Está coberta a Loj.·.?

2ºVIG. . — Sim, por uma abobada celeste de variegadas nuvens.

VEN. . — Donde sopram os ventos para os MMaç.·.?

2ºVIG. . — Do Oriente para o Occidente.

VEN. . — Repousemos, meus IIr.·.?

Final da página 48

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Final da página 1

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2o Gráo 

COMPANHEIRO

EXPLICAÇÕES PRELIMINARES

 

O gr .·. de Comp.·. do Rit.·. Esc.·. Ant .·. e Ac.·. é consagrado a direcção damocidade, á felicidade possivel por meio do trabalho, da virtude e das scíencias

 

que lhe são recommendadas.

DECORAÇÃO DO TEMPLO

A Loj.·. no gr.·. de Comp.·. e decorada de vermelho. Deve ter cinco luzes, três

 

no or.·. e as outras no occíd.·. uma ao norte e a outra ao sul.

O mais como na loja de Aprendiz.

INSÍGNIAS

O Comp.·. Maç.·. usa apenas de um avental de pelle branca com a abêta abaixada.

Final da página 3

COBRIDOR

DO

2º GRAO, OU GRÁO DE COMPANHEIRO

Rito EscossezSignal de ordem — Estando de pé, collocar a mão direita na altura do

coração, tendo a palma afastada e os dedos curvados e a mão esquerda naaltura do hombro esquerdo, aberta e com a palma voltada para a frente,ficando o cotovello unido ao corpo.

Saudação — Estando á ordem, levar a mão direita, ao lado direito edepois ao longo do corpo, fazendo assim uma esquadria. Voltar depois aosignal de ordem.

Toque.—Tomar com a mão direita a do irmão, mettendo o polegarentre a primeira phalange dos dedos annular e médio, e dar com o mesmodedo por um movimento imperceptível cinco pancadas por tres e duas.

Palavra sagrada.—Como no primeiro gráo; começando, porém, pelaletra J.

Palavra de passe. — HTELOBIHCS.

Marcha..-—-Três passos de Apr.·. e mais dous oblíquos, sendo um ádireita com o pé direito e juntando a este o esquerdo e outro á esquerda como pé esquerdo e juntando a este o direito.

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Bateria.—000—00. 

Idade.—Cinco annos.

Nos ritos adonhiramíta e francez ou moderno ha as seguintesdifferenças:

Signalde ordem — Estando de pé, collocar a mão direita aberta naaltura do coração, tendo os dedos unidos e estendidos e o pollegar afastadoformando uma esquadria.

Toque — Tomar com a mão direita a do irmão, tocar levemente coma extremidade do pollegar a primeira phalange do dedo índice, dando por ummovimento

Final da página 4

imperceptível tres pancadas 00—0 e em seguida duas pancadas espaçadas0—0 na primeira phalange do médio.

Palavra- sagrada: — B .

Marcha.—Como no rito escossez, rompendo com o pé direito.

Bateria:—00—0—0—0. 

SESSÃO DE COMPANHEIRO 

Abertura da Loja

Estando a Loj.·. aberta no gr.·. de Apr.·. anunciando atransferência dos trabalhos para o gr.·. de Comp.·. do modoseguinte:

O Ven.·. bate uma pancada e diz :VEN.·. —  IIr .·. 1º e 2º VVig .·. , convidai osA Apr .·. a cobrirem o Templ.·., e

annunciai em vossas ccol.·. que os trabalhos do gr.·., d e A p r .·.,estão suspensos e que vou abrir a Loj .·. no gr.·. de Comp.·. .

1°VIG .·. — IIr.·. que decorais a col.·. do norte, annuncio-vos que ostrabalhos de Apr.·. acham-se suspensos e que vamos abrir a Loj.·. no gr.·. deComp.·. .

Este mesmo annuncio é repelido pelo Ir.·. 2º Vig.·. com a únicadifferença de dizer-se em vez de col.·. do norte col.·. do sul.

1°VIG .·. — Resp.·. Mest.·., os AApr.·. cobriram o Templ .·..VEN.·. —  Ir.·. 1º Víg.·., qual é o primeiro dever de um Vig .·. em Loj.·. deComp.·.?

1°VIG .·. — Certificar-se si todos os IIr.·. presentes são CComp.·. .

O Ven.·. bate uma pancada e diz:

VEN.·. — De pé e a ordem, meus IIr .·.. 

Todos levantam-se e voltam-se para o Occidente.

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VEN.·. —   IIr .·. 1º e 2o VVig.·. verificai si todos os IIr.·. presentes sãoCComp.·.? 

Os VVig.·. percorrem suas respectivas ccol.·. começando peloIr.·. que lhes está mais próximo e recebem o sinal, toque e palavrade cada um delles.

Findo o que voltam aos seus lugares.

2°VIG .·. — Ir .·. 1o Vig.·. todos os IIr.·. da co l .·. do sul são CComp.·.. 

1°VIG .·. — Resp.·. Mestr.·. todos os IIr .·. que acham-se no recintodo Templ.·. são CComp.·. .

O Ven.·. bate uma pancada, levanta-se e põe-se a ordem comoComp.·. transmite a palavra sagrada ao 1º Vig.·. por intermédiodo 1ºDiác.·. e o 1º Vig.·. transmitte-a por intermédio do2ºDiac.·. ao 2ºVig.·., que diz:

Final da página 5

2°VIG .·. — Resp.·. Mestr.·. tudo está justo e perfeito.

O Ven.·. bate cinco pautadas 000-00 que são repetidas pelosVVig.·..

VEN.·. — A mim meus IIr. -.

Todos fazem o signal, a bateria e a aclamação.

—   Em nome de Deus e de S.·. João da Escossia, a Loj.·. deComp.·. está aberta. Desde agora é vedado a todo e qualquer Ir.·. fallar ou passar d'uma para outra col .·., sem a devida permissão.Sentemo-nos, meus IIr.·., (sentam-se).

—   Ir.·. Secr.·. procedei a leitura do balaustre dos nossos últimostrabalhos.

Terminada a leitura é a sua redação sujeita a approvação.

VEN.·. — Ir .·. Mestr.·. deCCer.·. , dirigi-vos ao vestíbulo do Templ .·. evede si ha IIr.·. visitantes.

O Mestr.·. de CCer.·. cumpre as ordena do Ven.·. e voltando dáparte de sua missão.

VEN.·. —   Ir.·. Mestr.·. deCCer.·. preparai o candidato na devida forma econduzi-o ao templo.

O Mestr.·. de CCer.·. obedece, conduzindo o candidato segurandocom a mão esquerda numa regua, extremidade deve achar-se:apoiada sobre o seu ombro esquerdo, e tendo a abeta do aventallevantada. Bate a porta do Templo como um Apr .·. , o que écommunicado pelo Cob.·. ao 2º Vig.·. e por este ao 1º Vig .·. quepor sua vez communica ao Ven.·.. 

VEN.·. — Ir.·. 1º Vig.·., vêde quem assim bate.

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1º Vig.·. — Ir.·. 2º Vig.·., vede quem assim bate.

2º Vig.·. — Ir .·. Cobr.·., vede quem assim bate.

O Ir.·. Cobr.·. entreabre a porta e diz:

Cobr.·. — Quem bate como Apr.·.?

M.·.CCer.·.— É o Mestr.·. de CCer.·. que conduz um Apr.·. o qual desejapassar da perpendicular ao nivel.

Esta resposta o cobr.·. transmitte-a ao 2º Vig.·. e este ao 1º Vig.·. oqual por sua vez transmitte-a ao Ven.·..

VEN.·. — Ir.·. 1º Vig.·. perguntai-lhe o seu nome.

O 1º Vig.·. transmitte as perguntas ao 2º Vig .·. e este ao Cobr.·..As respostas o Cobr.·. as transmitte ao 2º Vig.·. e este ao 1º Vig.·.  que as dá ao Ven.·.. 

VEN.·. — Como pôde concebera esperança de obter o gr.·. de Comp.·.?

M.·.CCer.·.— Pelas provas da sua dedicação á causa em que está empenhadoe pela sua instrucçáo no primeiro gráo.

O Ven.·. então bate e diz:

Final da página 6

VEN.·. — Fazei entrar o Apr.·. e collocai-o entre ccol.·..

Depois de executada esta ordem, o Ven .·. diz :

—  Ir .·. 2º Vig.·., o Ir.·. que deseja passar da perpendicular ao nível,preencheu o seu tempo e os seus IIr.·. de ccol.·. estão com ellesatisfeitos?

2°VIG .·. — Sim Ven.·. Mestr.·..

VEN.·. — Os IIr .·. concordam com a sua elevação?

Todos os IIr.·. fazem o signal de aprovação.O Ven.·. bate uma pancada e diz:

VEN.·. —  Meu Ir .·., nos tempos primitivos da nossa Ord.·., era mister que oApr.·. , trabalhasse sem interrupção durante cinco annos para serelevado a Comp.·.. Não quero com isso dizer, que seja uma graçaespecial o serdes elevado tão brevemente; o que com tudo não ofazemos indistintamente. Por isso aquelle que e dispensado dos

interstícios deve tornar-se digno de tal graça trabalhando comtodo o zelo. Espero, pois, que justificareis a consideração em quesois tido.

—Meu Ir.·., quern vos proporcionou a felicidade de serdes Maç.·.?

CANDIDATO — Um amigo, o qual depois reconheci como Ir .·.

VEN.·. — Em que estado fostes apresentado em Loj.·.? 

CANDIDATO — Vendado. Nem nú, nem vestido.

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VEN.·. — Porque, meu Ir .·.?

CANDIDATO—Para ensinarem-me que o luxo é um vicio que deslumbra ovulgo e que o homem virtuoso não eleve ser nem vaidoso, nemorgulhoso.

VEN.·. — Porque, vos vendaram?

CANDIDATO—Para que soubesse o quanto as trevas da ignorância e aspaixões que nos alucinam são preju-dicíaes ao homem.

VEN.·. — Fizestes alguma viagem ?

CANDIDATO—Sim.

VEN.·. — Para que, meu Ir.·.?

CANDIDATO—-Para que comprehendesse que não ê do primeiro passo que sealcança o ser virtuoso,

VEN.·. — O que vistes quando vos tiraram a venda ?,

CANDIDATO — Vi todos os IIr.·. , armados de espadas, cujas pontas estavamdirigidas para mim.

Final da página 7

VEN.·. — Para que meu Ir .·.?

CANDIDATO—Para mostrarem-me que sempre estariam promptos a derramaro seu sangue em meu favor, sendo eu fie! aos juramentosprestados, bem como a punirem-me si eu fosse tão miserável queperjurasse.

VEN.·. — Não vos collocaram um compasso sobre o peito ?

CANDIDATO—Sim.

VEN.·. — Para que, meu I r .·.?

CANDIDATO—Para que eu me compenetrasse de que o coração de um Maç.·. deve ser sempre justo e verdadeiro.

VEN.·. —   Meu Ir .·., é mister que façais cinco viagens. Ir .·. Mestr.·. deCCer.·. fazei com que o Apr.·. deixe a régua que traz e entregae-lheo maço e o cinzel, fazendo-o praticar a sua primeira viagem.

O Mestr.·. de CCer.·. depois de fazer com que o Apr.·. tenhaseguro na sua mão esquerda um malh.·. e um cinzel, pega-lhe

pela mão direita e faz com elle o gyro da Loja. Chegando entreas columna diz:

M.·.CCER.·. — O Apr.·. fez a primeira viagem.

O 2o Vig.·. o annuncia ao 1º Vig.·. e este ao Ven.·., que diz: 

VEN.·. —   Meu Ir .·., esta primeira viagem symbolisa o período de umanno, que o Comp.·. deve empregar em aperfeiçoar-se na praticade cortar e lavrar a pedra bruta que aprendeu a debastar, quando

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Apr.·., com o malh.·. e o cinzel. Por muito perfeito que sejaoApr.·., lembrai-vos que não sabe terminar a sua obra, vistocomo o bruto dos materiaes, consagrados á construcção do templo,que eleva á Gl .·. do Gr.·. Arch.·. do Univ.·. de quem elle é amateria e a obra, não o pode dispensar do duro e penoso trabalhodo maço e da fixa e applícada direcção do cinzel, não desviando-sedo que pelos MMestr.·. lhe foi traçado. Dai-me o signal de Apr.·. 

O Apr.·. faz o signal.

VEN.·. — O que vos recorda este signal ?

CANDIDATO—Recorda-me o juramento que prestei na occasião da minhainiciação, pelo qual sujeitei-me a que meu pescoço fosse cortado serevelasse os segredos que me confiaram.

Final da página 8

VEN.·. —  (Bate—0) Elle vos fará lembrar tambem que, como bom e

verdadeiro Maç.·. devereis preferir incorrer no risco de serdegolado, como S.·. João Baptista, a trahir a causa do povo ou atornar-vos instrumento ou apologista dos seus oppressores. — Ir .·. Mestr.·. de CCer.·. , recebei do Apr.·. o maço e o cinzel e entregai-lhe o compasso e a régua fazendo-o praticar a segunda viagem.

O Mestr.·. de CCer.·. cumpre a ordem do Ven.·., levando oApr.·. na mão esquerda uma regua e um compasso. Terminada aviagem o Mestr.·. de CCer.·.  diz:

M.·.CCER.·. — O Apr.·. fez a segunda viagem.

VEN.·. —   Meu Ir .·., esta segunda viagem nada mais é do que o

symbolo do segundo anno no qual o M .·. deve adquirir oselementos práticos da Maç .·., isto é a arte de traçar linhas sobreos materiaes desbastados e aplainados, o que só se consegue coma régua eo compasso. Meu Ir .·., dai o toque de Apr.·. ao Ir .·. 1ºVig.·..

Depois do Apr.·. ter obedecido, o 1º Vig.·. dá uma pancada ediz:

1º VIG.·. — Ven.·. Mestr.·. o toque está certo.

VEN.·. —  (bate—0) Ir .·. Mestr.·. de CCer.·., recebei do Apr.·. o compassoe entregai-lhe a alavanca fazendo-o praticar a terceira viagem.

Depois do Apr.·. ter feito a terceira viagem. A qual deve sereffectuada, levando elle na mão esquerda a regua e um alavancaapoiada ao hombro esquerdo, e devidamente annunciado peloMestr.·. de CCer.·. como nas precedentes.

VEN.·. —  Meu Ir.·. , esta terceira viagem symbolisa o terceiro anno no qual seconfia ao Apr.·., a direcção, transporte e collocação dos materiaestrabalhados, o que se alcança com a régua e com a alavanca. A

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alavanca em logar do compasso é o emblema do poder, que juntoás nossas forças individuaes accrescenta os conhecimentosnecessários para fazer o que, sem o seu auxilio, ser-nos-hiaimpossível executar. — O que entendeis por Maçonaria ?

CANDIDATO—Maçonaria é o estudo das scíencias e a pratica das virtudes.

VEN.·. —   Ir .·. Mestr.·. de CCer .·., recebei do Apr.·. a alavanca e entregai-lhe o esquadro, fazendo-o praticar a quarta viagem.

Final da página 9

O Apr.·. faz esta viagem levando um esquadro e a regua na mãoesquerda. Terminada a viagem, o Mestr.·. de CCer .·., oannuncia:

VEN.·. —  Esta viagem, meu Ir .·. symbolisa o quarto anno de um Apr .·., noqual elle deve occupar-se principalmente na elevação do edifício,na direcção de seu todo, verificando a collocação dos materiaes

reunidos para terminar a obra maçon.·.. Ella ensina que só aapplicação, o zelo e a intelligencia que tendes mostrado nos vossostrabalhos podiam elevar-vos acima dos IIr.·. menos instruídos ezelosos do que vós. Ir .·. Mestr.·. de CCer .·., recebei do Apr.·. oesquadro e a régua e fazeí-o praticar a quinta viagem.

N’esta viagem o Apr.·. nada leva. O Mestr.·. de CCer .·. collocaa ponta de uma espada sobre o coração do Apr que afixa com o dedo polegar e o index da mão direita. OMestr.·. de CCer .·. acompanhando o Apr.·. faz com ele o gyroda loja, annunciando como precedentemente o estarterminada a viagem.

N. B. Os annuncios feitos pelo Mestr.·. de CCer .·. sãorepetidos pelo 1º e 2º VVig .·. e transmitidos ao Ven .·..

VEN.·. —   Esta quinta viagem mostra que o Apr.·. sufficientementeinstruido nas praticas manuaes, deve durante o quinto e ultimo annoapplicar-se ao estudo theorico. Meu Ir .·., não basta estar na vereda davirtude para nella nos conservarmos, para chegarmos á perfeição sãonecessários muitos esforços, Segui pois, o caminho que vostraçaram e tornai-vos digno de conhecer os altos trabalhosmaçon.·. — Dai ao I r .·. Exp.·. a palavra sagrada de Apr.·..

Depois de executar esta ordem, o Ir.·. Exp.·. diz:EXP .·. — A palavra está certa, Ven.·. Mestr .·..

VEN.·. —   I r .·. Mestr.·. de CCer .·. fazei o candidato praticar o seuultimo trabalho de A p r .·. .

O Mestr.·. de CCer.·. entrega ao Candidato um malh .·. como qual elle bate na pedra bruta como Apr. Depois que oMestr.·. de CC er .·. diz:

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M.·.CCER.·. — O trabalho está concluído.

VEN.·. —   I r .·. Mestr.·. de CCer .·., acompanhai o Candidato até o throno,fazendo-o marchar como Apr .·.

O Mestr.·. de CCer .·. obedece.

VEN.·. —   Contemplai esta estrella mysteriosa (apontando para a estrellaflammigera) e nunca a afasteis do vosso espiríto. Ella é não só oemblema do génio, que leva o homem a pratica das grandes acções,mas também o symbolo do fogo sagrado com que nos dotou o Gr .·. Arch.·. do Univ.·. e sob cujos raio devemos discernir, amar epraticar a verdade, a justiça e a equidade.

O Delta que vedes tão resplanclescente de luz, vos offerece duasgrandes verdades e duas ideias sublimes.

Final da página 10

— Vedes o nome de Deus que é a fonte de todos os conhecimentos

humanos: elle se explica symbolicamente pela geometria. Essasciencia tem por base essencial o estudo aprofundado, applicaçõesinfinitas do triângulo sob o seu verdadeiro emblema. Todas estasverdades gradualmente se desenvolverão aos vossos olhos ámedida dos progressos que fizerdes em nossa Subl .·. Ord.·..

O Mestr.·. de CCer .·. faz ajoelhar o Candidato e o Ven .·. batendo uma pancada diz:

VEN.·. —  Meus IIr.·., de pé e á ordem! I r .·. Candidato, repeti commigoo juramento que vou dictar-vos:

JURAMENTO

Juro e prometto nunca revelar aos AAppr.·. os segredos do gr.·. de Comp.·. que me vão

ser confiados, assim como prometti nunca

revelar o de Apr.·. aos PProf .·.. Si eu fôr

perjuro, seja-me arrancado o coração,

para servir de pasto aos abutres. Assim

Deus me ajude. 

O Ven tendo a espada suspensa sobre a cabeça do Candidato diz:

VEN.·. —   Em nome de Deus e sob os auspícios do Gr .·. Or.·. e Supr.·.  

Cons .·. do Brasil em virtude dos poderes que me forarnoutorgados por esta Aug.·. e Resp.·. Loj .·., eu vos recebo econstituo Comp.·. Maç.·..

O Ven.·., findas as palavras bate cinco pancadas (000-00) sobre aespada. O Mestr.·. de CC er .·. levanta então o Candidato. OVen .·. desce-lhe a abeta do avental e diz que é assimque d’ora avante a deve trazer, visto ser Comp .·. .

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VEN.·. —  Meu Ir .·., o vosso trabalho é na pedra cubica e o vosso salário orecebereis na CO L .·.   J .·..

Final da página 11

—Este novo trabalho servirá para lembrar-vos, que um Comp .·. édestinado a reparar as imperfeições do edifício, tendo todo otrabalho em occultar não só os defeitos de seus IIr .·., mas também emcorrigi-los, dando-lhes bons exemplos e conselhos. Agora vou dar-vos os signaes, palavras e toques do gr .·. de Comp.·. .

— O signal é ...........

— O toque é ............

— A palavra sagrada é ........ (não se dá senão soletrada).

— A palavra de passe é S.......... (não se dá soletrada e aoccasião de dai-a é ao entrar em Loj .·.) .

— Ide dar ao Ir .·. Exp.·. os signaes, palavras e toque em campanhiado Ir .·. Mestr.·. de CCer .·., afim de que sejais reconhecido comoComp.·. ,

Depois de cumprida esta ordem o Ir.·. Exp.·. diz:

EXP.·. —Tudo está justo e perfeito.

VEN.·. —  Ir .·. Mestr.·. de CCer .·. , fazei esse Ir.·. trabalhar como Comp.·.  e ensinai-lhe a dar os passos de seu gráo.

O Ir.·. Mestr.·. de CCer.·. faz o Ir trabalhar na pedra cubica,dando nela cinco pancadas (000-00), dar o signal e os passosrespectivos, findo o que leva-o entre ccol.

VEN.·. —   IIr .·. 1 º e 2 º V V i g.·., annunciai aos OObr .·. de vossas col .·. que vou applaudir o nosso Ir .·. F........... pela sua elevação aogr.·. de Comp.·. .

Os VVig.·. repetem o annuncio.

VEN.·. — De pé e á ordem, meus IIr .·..

Todos levantam-se, applaudem e aclamam conforme o gr .·.  de Comp.·., agradecendo o Candidato ou por elle o Ir.·.  Mestr.·. de CCer.·.. Taes applausos, agradecimentos quedevfe ser coberto. Depois o Orad.·. pronuncia um discurso

de estylo, findo qual o Ir .·. Hosp.·. faz circular o tr.·. debenef .·..

VEN.·. —  II r .·. 1º e 2º VVig.·., annunciai em vossas ccol.·. que concedo apalavra a bem da Ord.·. em geral.

Os VVig.·. repetem o auuuncio.

Nenhum Ir.·. pedindo a palavra ou reinando silencio é a sessãoencerrada.

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ENCERRAMENTO

VEN.·. — Ir.·. 2º Di ac .·., qual é o vosso lugar em Loj.·.?

Final da página 12

2º DIAC.·. — Por detraz do Ir .·. lºVig.·., si elle o permittir.

VEN.·. — Para que occupais esse lugar?2º DIAC.·.— Para transmittir as ordens do Ir .·. 1º Vig.·. e vigiar si os I Ir.·. em

suas ccol.·. conservam o devido respeito.

VEN.·. — Qual é o vosso lugar em Loj .·. , I r .·. 1º Diac .·.?

1º DIAC.·. — À vossa direita abaixo do sólio, si o permittis.

VEN.·. — Pará que occupais esse lugar?

1º DIAC.·. — Para transmittir as vossas ordens ao Ir .·. 1ºVig.·. e a todosos. IIr .·., afim de que os trabalhos executem-se com promptidão eregularidade.

VEN.·. — Ir .·. 2º Vig.·., qual é o vosso logar em Loj .·.?

2 ºVIG.·. — No meio, Ven.·. Mestr.·..

VEN.·. — Para que occupais esse lugar meu Ir.·.?

2 ºVIG.·. — Para melhor observar o sol no seu meridiano, chamar os OObr .·. do trabalho para a recreação e da recreação para o trabalho,afim de que ao Ven.·. resultem honra e gloria,

VEN.·. — I r .·. l º Vig .·., qual é o vosso lugar em Loj.·.?

1º Vig.·. —No occidente,

VEN.·. — Para que occupais esse lugar, I r .·. 1º Vig.·.?1 ºVIG.·. — Porque, assim como o sol occultando-se no occidente faz

terminar o dia, assim também o 1] Vig .·. ahi tem assento parafechar a Loj.·. , pagar aos OObr.·. e despedi los contentes esatisfeitos.

O Ven.·., depois desta resposta bate cinco pancadas 000—00 quesão repetidas pelos VVig.·. volta-se para o 1º Diac.·. e dá-lhe apalavra sagrada, conservando-se descoberto, podendo depoiscobrir-se. O 1°Diac.·. transmitte a palavra ao 1º Vig.·., e estetransmitte pelo 2ºDiac.·. ao 2 º Vig.·. que diz:

2 ºVIG.·. — Tudo está perfeito.

O Ven.·. então, caso esteja coberto, descabre-se, bate—O e todoslevantam-se.

VEN.·. —   Em nome de Deus e de S.·. João da Escossia, a Loj.·. deComp.·. está fechada. A mim, meus IIr.·..

Executa-se.

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VEN.·. —  Os trabalhos estão encerrados, meus IIr.·., rendamos graças aoEterno e retiremo-nos em paz.

Final da página 13

INSTRUÇÃO

VEN.·. — Sois Comp.·.?R.·. — Sim. Ven.·. Mestr.·., podeis examinai-me.

VEN.·. — Onde fostes recebido Comp .·.?R.·. — Numa Loja regular.

VEN.·. — Como estáveis preparado?R.·. — Não estava nu nem vestido; estava privado de toda espécie de metal

e dessa forma conduziram-me á porta da loja.

VEN.·. — Como fostes admitido?R.·. — Por três pancadas.

VEN.·. — Que vos perguntaram?R.·. — Quem vem lá.

VEN.·. — Que respondestes?R.·. — Que era um Apr.·. que tinha acabado seu tempo e desejava ser

recebido Comp.·..

VEN.·. — Como concebeste tal esperança?R.·. — Concebi-a com a palavra de passe.

VEN.·. — Sabeis, pois, a palavra de passe ?

R.·. — Sei-a, Ven .·. Mestr.·.. 

VEN.·. — Dai-m'a. R.· — S.....

VEN.·. — O que disseram?

R.·. — Passe, 

VEN.·. — O que depois vos fizeram ?

R.·. — Fizeram-me praticar cinco viagens em roda da loja. 

VEN.·. — Onde encontrastes o primeiro obstáculo ?

R.·. — Por detraz do 1º Vig.·., onde dei a mesma resposta que

tinha dado á po rta .  

VEN.·. — Onde encontrastes o segundo obstáculo ?

R.·. — Por de traz do Ven.·., onde dei idêntica resposta.

VEN.·. — O que vos fez elle? R.·. — Enviou-me ao 1º Vig.·. para por elle ser instruido.

VEN.·. — Como vos instruiu?

Final da página 14R.·. — Ensinou-me o meu dever e a dar dous passos sobre o

segundo lado de um angulo recto de um quadrilongo, com o

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  joelho direito inclinado, o pé esquerdo formando umaesquadria, o corpo direito, a dextra sobre a Constit .·., o braço

esquerdo sustentando a ponta de um compasso formando

uma esquadria, estado em que prestei o meu juramento. 

VEN.·. — Lembrai-vos do vosso juramento ?  

R.·. — Sim, Ven.·. Mestr.·.. VEN.·. — Repeti-o. R.·. — Fal-o-hei, si me ajudardes, 

VEN.·. — Levantai-vos e principiai. R.·. — Juro, etc. 

VEN.·. — O que vos ensinaram depois desse juramento? R.·. — O signal de Comp.·.. 

VEN.·. — O que é que depois vos mandaram dar? R.·. — Mandaram outra vez dar-me o meu vestuário, e

ordenaram-me que agradecesse á loja a minha admissão. VEN.·. — Depois que vos conferiram o gr .·. de Comp.·.,

trabalhastes como tal? R.·. — Sim, Ven.·. Mestr.·. trabalhei na construcção de templo.

VEN.·. — Onde recebestes o vosso salário? R.·. — Na col.·. J 

VEN.·. — O que vistes quando chegastes a esta loja ? R.·. — Um Vig.·.. 

VEN.·. — O que vos pediu elle? R.·. — A palavra de passe. 

VEN.·. — Destes-lh'a? R.·. — Sim, Ven .·. Mestr.·. .  

VEN.·. — Oual é ella? R.·. — S. . . . . . . . . . . .  

VEN.·. — Por onde chegastes á col .·.? R.·. — Pelo pórtico do templo. 

VEN.·. — Vistes alguma cousa de notável?  R.·. — Sim, Ven.·. Mestr.·.. 

VEN.·. — O que foi? R.·. — Duas magníficas ccol.·. de bronze. 

VEN.·. — Quaes são os seus nomes? R.·. — B e J 

VEN.·. — Que altura tinham ? 

Final da página 15R.·. — Trinta e cinco covados, com um capitel de cinco covados, que

fazem quarenta covados de altura. (vide o 2 Chr. Cap. 3 v. 15).

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VEN.·. — Quaes (iramos ornatos dos capiteis ?R.·. — Três romãs .

VEN.·. — AS ccol.·. eram ocas ?R.·. — Eram, Ven .·. Mestr.·. .

VEN.·. — Qual era-a espessura de sua capa exterior ? R.·. — Quatro pollegadas.

VEN.·. — Onde tinham sido fundidas ?R.·. — Na planície do Jordão, onde fundiram-se os vasos sagrados de

Salomão,

VEN.·. — Quem as fundiu?R.·. — Hiram-Abif.

Final da página 16

Material de Pesquisa.

Cópia do Ritual do 2º Grau – Companheiro – edição de 1904Antonio Gouveia Medeiros – Secretário Geral de Orientação Ritualísticado Grande Oriente do Brasil.

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MESTRE

EXPLICAÇÕES PRELIMINARES

O 3º gr . · . é consagrado ao pundonor inflexível, que não transigecom o dever e aos grandes homens que se sacrificaram pelo bem esegurança publica.

DECORAÇÃO DA LOJ. · .

A Loj. · . deve ser forrada de preto e semeada de lagrimas brancas. Ascortinas, o docel, o altar e as mesas deverão igualmente ser forradas depreto. Haverá nas paredes caveiras e ossos em aspa. Sobre o altar e sobreas mezes dos VVig. · . estarão malhetes e lanternas do furta-fogo paraservirem no acto da recepção.

No centro da loja haverá um ataúde, por cima do qual penderá umalampada de forma antiga que espargirá débil claridade. A lo j . · . é alumiada pornove luzes dispostas em grupos de três, collocadas no Or . · . , Meio dia eOccid. · . .

Debaixo do docel ha a estrella flammigera. Haverá mais dous rolosque tem de servir na cerimonia.

TÍTULOS

A Loj. · . de Mestr. · . denomina-se Cam. · . do Meio. O Presidentetem o titulo de Respeitab. · . , os VVig. · . , o de Venerab. · . e os demais IIr. · .  

de VVen. · . MMestr. · . ou VVen. · . IIr. · . .

INSÍGNIAS

Avental branco, forrado e orlado de azul, tendo uma roseta da mesmacór no centro e a abêta descida.

Fita azul orladade encarnado, achamalotada, de quatro dedos delargura, posta a tiracollo do hofnbro direito para o lado esquerdo, tendopendente na extremidade a respectiva jóia, que é um esquadro entrelaçadonum compasso.

Final da página 3

DIVERSAS FORMALIDADES

Os OOf .·., exceptuando a mudança dos títulos, occupam os mesmoslogares que nos gráos precedentes. Os IIr .·., em loja conservam-se cobertos etodos de preto.

3º GRÁO OU GRÁO DE MESTRE

Rito Escocês

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Signaes: 1º De ordem.—Ter a mão direita aberta com os dedosunidos e o pollegar separado e apoiado no lado esquerdo do ventre, ficando apalma voltada para baixo.

2° De admiração. —Levantar as duas mãos para o céo com os dedosestendidos e separados, as palmas voltadas para fora exclamando: Ah!

Senhor meu Deus! (Em hebraico: Adonai Elohin). Estas palavras sãoproferidas á vista do corpo de Hiram assassinado. Deixar depois cahir asmãos sobre o avental exprimindo surpreza e admiração.

3º De soccorro — Levar as mãos acima da cabeça com os dedosentrelaçados e as palmas voltadas para fora, dizendo: A mim, filhos daViuva!

4º Saudação — Estando á ordem, levar a mão direita ao lado direito edeixa-la cahir ao longo do corpo, formando uma esquadria, voltando aosignal de ordem.

Toque — Faz-se pelos cinco pontos perfeitos da Maçonaria: 1º Segurar

com a mão direita a mão direita do irmão; 2o Unir o pe direito pelo ladointerior ao pé direito; 3º Unir os joelhos direitos; 4º Pôr a mão esquerdasobre o hombro direito do irmão; 5º Unir o peito contra o peito. Nesta posiçãopronunciam-se alternativamente as três syllabas que formam a palavrasagrada.

Fez-se também formando o primeiro ponto (a garra) e voltando ospulsos três vezes á direita e á esquerda, ao mesmo tempo que se pronunciam assyllabas da palavra sagfrada.

Final da página 4

Palavra sagrada.—NOBAOM.Palavra de passe.—NIAKLABUHT.

Marcha.—Os passos de Apr .·. e Comp.·. e depois dar três passoselevados como se tivesse de passar por cima de algum objecto situado nochão; o 1º para a direita com o pé direito; o 2º para a esquerda com o péesquerdo; o 3º para a direita com o pé direito; a cada passo juntando os pés.

Bater ia .— 000—000—000.

Idade. — Sete annos e mais.

Nos ritos adonhiramita e francez ou moderno ha as seguintes

differenças:O signal de admiração é substituído pelo signal de horror. Estando á

ordem, levar as mãos acima da cabeça com os dedos entrelaçados e as palmasvoltadas para fora, olhar para o catafalco e desviar rapidamente para a direitaa cabeça e o busto ao mesmo tempo que volta ao signal da ordem.

Toque — Pelos cinco pontos.

Palavra sagrada —KAM—HANEB.

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Palavra de passe —MILBIHG.

Batria —00—0,00—0,00—0.

ABERTURA DA LOJA

O espeitab.·. bate uma pancada de malhate que é repetida pelosVVig.·. 

RESPEITAB.·.— Venerab.·. I r .·. 1º Vig.·. qual é o vosso primeiro dever antesde ser aberta a Loj .·. de Mestr.·.?

1º V I G .·. — Certificar-me si o templo acha-se coberto interna e externamente.

RESPEITAB.·.— Certificai-vos, pois, Venerab.·. Ir .·.! 

O 1º Vig.·. envia o seu Díac.·. a verificar si o Templ.·. acha-secoberto. Certo disso, diz:

1º V I G .·. — Respeitab.·. a Log.·. de Mestr.·. acha-se coberta.

RESPEITAB.·.— Qual é o vosso segundo dever, Venerab.·. I r .·. 1º Vig .·.? 

Final da página 5

1º V I G .·. — Certificar-me se todos os IIr presente são MMestr.·.!

RESPEITAB.·.— VVenerab.·. IIr .·. lº e 2º VVig.·., percorrei as vossas ccol .·. ecertificai-vos si todos os IIr.·. presentes são MMestr.·..

Depois desta ordem o Respeitab.·. volta-se para o oriente o que éimitado por todos os IIr.·. presentes, de sorte que nenhum veja oque se passa no Occidente. Os VVig.·. dirigem-se aos IIr.·. de suarespctivas ccol.·., começando pelo que se acha mais próximo,

trolhando-os, e assim o fazem até o último de sorte que todosseajm examinados nas palavras, toques e sinais do grao.

Este exame não é feito ao IIr que exercem cargos em loja. Findoo exame, o 2º Vig.·. diz:

2º V I G .·. — Venerab.·. Ir .·. 1º Vig.·., todos os IIr.·. da minha col .·. sãoMMestr.·.

1 ºVIG .·. — Todos os IIr .·. que formam a minha col .·. e a do Venerab.·. I r .·. 2ºVig.·. são MMestr.·.. 

RESPEITAB.·.— Ven.·. I r .·., 2º Diac.·., qual é o vosso logar em Loj de Mestr .·.. 

2° Diac.·.— Por detrás ou á direita do Venerab.·. I r .·. 1 o Vig.·., si elle opermittir.

RESPEITAB.·.— Para que meu Ir .·.? 

2° Diac.·.— Para transmittir as-suas ordens ao Venerab.·. Ir.·. 2º Vig.·. e velarque nas ccol.·. haja o devido respeito.

RESPEITAB.·.— Ven.·. Ir .·. 1º Diac.·., qual éo vosso logar em Loj.·. deMestr.·.?

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1° Diac.·.— A vossa direita, Respeitab .·..

RESPEITAB.·.— Para que Ven .·. I r .·. l º D i a c .·.?

1° Diac.·.— Para transmittir as vossas ordens ao Venerab .·. Ir.·. 1º Vig.·. e atodos os VVen.·. Ir.·. da Loj.·. afim de que os trabalhospromptamente se executem.

RESPEITAB.·.— Onde é o vosso logar, Venerab.·. I r .·. 2º Vig.·.?

2º V I G .·. — Ao meio dia Respeitab.·.. 

RESPEITAB.·.— Para que occupais esse logar, Venerab.·. IIr.·. 2º Vig.·.?

2º V I G .·. — Para melhor observar o sol no seu meridiano, chamar os OObr .·. ao trabalho e deste á recreação, afim de que ao respeitab .·. resultem gloria e honra.

RESPEITAB.·.— Venerab.·. Ir.·. 1º Vig.·., qual é o vosso logar em Loj .·.?

Final da página 6

1º V I G .·. — No occidente Respeitab.·..RESPEITAB.·.— Porque occupais esse logar, Venerab.·. I r .·. 1º Vig .·.?

1º V I G .·. — Porque assim como o sol, occultando-se no Occidente, termina odia, assim também o 1º Vig .·. alli tem assento para encerrar ostrabalhos, pagar aos OObr.·. e despedi-los contentes e satisfeitos.

RESPEITAB.·.— Onde é o logar do Respeitab.·.?

1º V I G .·. — NO Oriente.

RESPEITAB.·.— Porque?

1º V I G .·. — Assim como o sol surge no Oriente para começar a suacarreirae romper o dia, assim também o Respeitab.·. alli tem assento paraabrir a Loj.·. ajudar os OObr.·. com os seus conselhos e illumina-los com as suas luzes.

O Respeitab.·. bate nove pancada 000-000-000 que osVVig.·. repettem, descobre-se, volta-se para o 1º Diac.·., dá-lhe a palavra sagrada e torna a cobrir-se. O 1º Diac .·. atransmitte para o 1Vig.·. que por sua vez e por intermédio do 2ºDiac.·. a transmittte ao 2º Vig.·.. Cumprindo o que o 2º Vig .·. bateuma pancada dizendo:

2º V I G .·. — Respeitab.·., tudo está justo e perfeito.O Respeitab.·. então descobre-se, no que é imitado por todos osIIr.·. e diz:

RESPEITAB.·.— Em nome de Deus e de S .·. João da Escossia está aberta aLoj .·. de Mestr .·., sendo d'ora avante vedado a qualquer Ir.·.,passar de uma para outra col.·. sem a devida permissão. —A mim,meus VVen.·. IIr.·..

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O Respeitab.·. então faz o signal de Mestr.·., que todos repettem,faz os applausos e diz:

RESPEITAB.·.— Os trabalhos de C a m .·. do Meio estão abertos. Bate—0.

Todos sentam-se.

Procede-se depois à leitura dos últimos trabalhos, seguindo-se asformalidades usuais, findo o que são admittidos os visitantes.

RECEPÇÃO

RESPEITAB.·.— Meus VVen.·. IIr.·. por suffragio unanime concordastes emelevar ao gr .·. de Mestr.·. o Ir.·. F............ (ou os IIr.·. FF............)Si ha algumas razões que a isso se opponham, é esta a occasiãoprópria de as manifestar, no caso contrario o vosso silencio provaraque persistís em vosso consentimento.

Final da página 7

Reinando o silencia em ambas as ccol.·. o Respeitab.·. mandadeitar no esquife o Mestr.·. mais moderno, com os pes voltadospara o Oriente, os calcanhares em esquadria, a mão direita sobreo coração, a esquerda estendida ao longo do corpo e coberto porum panno mortuario desde os pés até a cintura, junto do avental.O rosto de estar coberto com um panno linho tinto de sangue.Estando tudo assim preparado, apagam-se as luzes, ficandosomente um lanterna com luz fraca nos altares do Respeitab .·. edo VVig.·..

RESPEITAB.·.— Ven.·. Ir.·. Mestr.·. de Cer.·. preparai o Candidato.

PREPARAÇÃO DO CANDIDATO

O Candidato deve estar com o braço e peito esquerdos nus e naotrazer metais algum. Na mão direita deve ter um esquadro e dacinta uma corda que dê três voltas. Traz um avental de Comp .·..

O Mestr.·. de Cer.·. depois de assim o ter preparado, trá-lo aporta do Templ.·.. Onde bate como Comp.·.. O Cobr.·. vaiexaminar quem bate, o que lhe cumpre fazer sempre que alguémbate a porta do Templ.·. desde que começam os trabalhos.

Depois do exame do Cobr .·., o 1º Vig.·. diz:1º Vig.·. —  Respeitab.·., o Ven.·. I r .·. Mestr.·. de Cer .·. bate á porta do

Templ.·. e conduzum Comp.·. que acabou o seu tempo e pedepara ser elevado ao gr .·. de Me st r .·..

Estas palavras são proferidas tendo-se entreaberta a porta doTempl.·.. 

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RESPEITAB.·.— (com voz forte) — Porque o Ven.·. Ir .·. .·.. Mestr.·. de Ce r .·. vemperturbar a nossa dôr? Ella deveria te-lo conduzido a affastar denós toda e qualquer pessoa que fosse suspeita e mormente umComp.·.. 

— MeusIIr .·., tal voz seja esse Comp.·. um dos que motivaram a

nossa dôr ? Armemo-nos !—Quem sabe si não é a justiça divina que entrega á nossa justavingança um criminoso? Ven.·. Ir.·. Exp.·., ide com o Ir.·. Terrívele com mais quatro IIr.·. armados e apoderai-vos desse Comp.·. Examinaí-o desde a cabeça até os pes, apalpai-o e sobretudo vedeas suas mãos.

—Tirai-lhe o avental e trazei-mo como testemunha de suasacções.

— Assegurai-vos, finalmente, si sobre elle existe algum vestigiodo crime horroroso que foi commettido.

O Exp.·. apodera-se arrebatadamente do Candidato, revista-o earranca-lhe o avental. Depois do que entra no Templo, trazando oavental do Candidato o qual conserva-se da parte de fora entre osquatros irmãos armados e o Ir.·. Terrível conservandao-se semprea porta entre aberta até que nella tenha ingresso o Candidato.

O Exp.·. logo que entra no Templo, diz:

Final da página 8

1º EXP.·. —  Respeitab.·., as vossas ordens foram executadas: nadaencontrei no candidato que indique ser elle um assassino.—As

suas vestes estão limpas, as suas mãos puras e o avental que vostrago está sem mancha alguma.

RESPEITAB.·.— VVen.·. I I r .·., permitta o Gr .·. Arch.·. do Univ.·. que eutenha me enganado e que esse Comp.·. não seja um daquelles aquem devemos punir! E' porém mister que o recebamos comtoda a precaução e procedamos ás mais minuciosas pesquízas,porque, ainda que innocente, elle não ignora a causa da nossa dôr.— Nós o interrogaremos ao penetrar neste recinto e pelas suasrespostas veremos o juizo que delle devemos formar. —Si adoptaisesta minha opinião, manifestai-o.

Todos os IIr.·. levantam a mão.RESPEITAB.·.— Ven.·. I r .·. Exp.·., visto que todos os nossos VVen .·. IIr.·. 

são de parecer que o Comp .·. seja introduzido no templo,perguntai-lhe o seu nome.

Dada a devida resposta, que chega ao Respeitab.·. poríntermedio dos VVig.·., o Respeitab.·. diz:

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RESPEITAB.·.— Perguntai-lhe a sua idade maçon .·., em que tem trabalhadoe no que se tem exercitado.

A reaposta que se deve dar a esta pergunta é a seguinte: oComp.·. diz que tem cinco anos anos, que tem trabalhado napedra polida no interior do Templo e que tem preparado as

ferramentas.RESPEITAB.·.— Perguntai-lhe ainda, como poude elle conceber a esperança de

ser recebido entre nós?

Esta pergunta, como todas, passa do Respeitab .·. ao 1º Vig.·. deste ao 2º Vig.·. e deste finalmente ao Exp.·. e as respostastransmitidas pelo Exp.·. ao 2º Vig.·. e deste ao 1º Vig .·., que as dáao Respeitab.·..

A resposta a esta pergunta é a seguinte:

CANDIDATO  — Pela palavra de passe.

1º EXP.·. — (Surprehendido) O Cand.·. diz que concebeu tal esperança pelapalavra de passe.

RESPEITAB.·.— (admirado) Pela palavra de passe! Esta temerária respostaconfirma as minhas suspeitas. — Como sabe elle a palavra depasse? De certo que por meio do crime que commetteu. —Eis ahi,VVen.·. MMestr.·., a provada sua audácia e do seu attentado!Venerab.·. I r .·. 1o Vig .·., ide escrupulosamente examinar oCandidato.

O Venerab.·. Ir.·. 1º Vig.·. depois de ter cumprido esta ordemdiz:

Final da página 9

1º Vig.·. —  Respeitab.·. é extrema a sua audácia e o seu procedimentoannuncia uma excessiva malvadez, — Estou convencido de que ellevem espreitar o que aqui se passa e illudir a nossa boa fé.

Continuando a examinar de mais de perto o Candidato, pega-lhena mão direita, examina-a e largando imediatamente, diz:

— Céos, é elle!

Agarra-o então pelo colarinho da camisa e com vozameaçadora, lhe diz:

— Falla, desgraçado! Como dás tu a palavra de passe? Quem t'acommunicou?

O Candidato diz :

CANDIDATO—Quem me acompanha a dará por mim, e não eu porque não aconheço.

1º VIG.·. — Respeitab.·., o Candidato confessa não saber a palavra de passe,diz porém que o seu conductor a dará por elle.

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RESPEITAB.·.— Fazei que o seu conductor a dé, Venerab.·. Ir.·. 1º Vig.·.. 

O Condutor que é o Exp.·. da a palavra de passe ao 1º Víg.·. quediz;

1º Vig.·. — A palavra de passe está justa Respeitab.·..

Tudo isso passa-se fòra do Templ.·., cuja porta está, como já se pcdisse, entreaberta.

RESPEITAB.·.— Dai ingresso ao Canditato.

Este entra seguro pelo Mestr.·. de Cer.·. e de costas.

— Que os VVen.·. IIr.·., que o escoltam, não o deixem um sóinstante, e colloquem-se com elle no Occidente.

Tados collocam-se no occidente, tendo o Ir .·. Terrível oCandidato seguro pela corda.

RESPEITAB.·.— Comp.·., é mister que sejais bastante temerário e indiscreto

para aqui vos apresentardes numa occasião em que tão justamentedesconfiamos de todos os vossos camaradas. A dôr e aconsternação que divisais nos nossos semblantes, os restos mortaesencerrado, nesse féretro, tudo vos deve representar a imagem damorte; si ella, porém, tivesse sido o tributo pago á natureza, senti-la-hiamos sim, mas não nos affligiriamos tanto e não nos viríamoscompellidos a punir um crime e a vingar o assassinato de umextremoso amigo! — Dizei-me, Comp .·., tomaste parte nestehorrível crime? Sereis do numero dos infames CComp.·. que ocommetteram ? Vede a sua obra.

Final da página 10

Mostra-se então ao Comp.·. o corpo que está no ataúdeconduzindo-o do lado do Oriente.

COMP.·. — Não

Depoís desta resposta, faz se voltar o Comp .·. para o lado doRespeítabi.·. e o  Ir.·. que está no alaúde levanta-se sem serpercebido pelo Comp.·..

RESPEITAB.·.— Fazei o Comp.·. praticar a sua viagem.

O Mestr.·. de Cer.·. segurando na mão direita do Comp.·. e o Ir.·. 

Terrível por detrás, pela corda e escoltado de cada lado por dousIIr.·. armados, faz que elle gyre pela Cam.·. do Meio, collocando-o ao lado do Repeitab.·..

Chegando ahi o Mestr.·. de Cer.·. manda o Comp.·. dar uma levepancada no hombro do Respeitab .·., este voltando-se dirigindo omalh.·. ao coração do Comp.·. diz:

RESPEITAB.·.— Quem vem lá ?

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M.·. CER.·. — É um Comp.·. que findou o seu tempo e deseja passar aCam.·. do Meio.

RESPEITAB.·.— Que esperanças nutre elle para conseguir tal fim ?

M.·. CER.·. — Confia na palavra de passe.

RESPEITAB.·.— Como a dará, se não a sabe ?M.·. CER.·. — Eu a darei por elle.

Dá a palavra de passe,

RESPEITAB.·.— Passe.

RESPEITAB.·.— Venerab.·. I r .·. Mestr.·. de Cer .·., approximai o Comp.·., aoaltar dos juramentos, marchando elle sobre o primeiro lado daangulo recto de um quadrílongo, e formando uma esquadria sobreo segundo lado por dons passos, sobre o terceiro por um somente;

Faz-se o Comp.·. dar os Signais e passos de Apr .·., de Comp.·. e

finalmente de Mestr.·.. Elle ajoelha-se, põe a mão direita sobre aConstit.·., tendo as duas pontas de um compasso postas sobre opeito. Estando nesta posição, o Respeitab .·. desce do Altar e vemditar-lhe o juramento.

Todos os IIr.·. poem-se de pé e a ordem.

JURAMENTO

Eu F ................   juro de minha livre vontade e em

presença do Sup.·.  Arch.·. do Univ.·. e desta

Resp.·.

Final da página 11Loj consagrada a S João de Escossia e

solmnemente prometto nunca revelar os

segredos do gr.·. de Mestr.·.. Si eu for perjuro,

seja meu corpo dividido ao meio, sendo uma

parte lançada ao meio–dia e outra ao

sententrião, e as minhas entranhas arrancadas e

reduzidas a cinzas e estas lançadas aos ventos.

Assim Deus me Ajude. Amem.  

Todos os IIr.·. respondem: Amem.

Findo juramento conservava-se de joelhos. O Respeitab .·. entãopega-lhe pela mão direita, dando-lhe o toque de Apr .·. e,examina-o até a palavra sagrada de Comp .·. e logo que elle a dá,diz:

RESPEITAB.·.— Levantai-vos, Ir .·. F . . . . . . . Ides represen ta r o maiorhomem do mundo maçon .·., o nosso Resp.·. Mestr.·. Hiramassassinado quando a construcção do templo tocava ao seu maiorponto de perfeição, o que tudo vos explicarei.

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Todos os MMestr.·. reunem-se ao redor do ataúde ficando os IIr.·. 1º e 2º VVig.·., este no meio dia, armado de uma régua de 24pollegadas de comprimento e aquelle no occidente com umesquadro, logar onde também fica o Respeitab com seu malhe.

O Comp é collocado junto ao ataúde.

EXPOSIÇÃO HISTÓRICA

RESPEITAB.·.— David, Rei de Israel, tentando erigir um templo ao Eterno,accumulou para tal fim immensos thesouros. Tendo-se, porém,desviado da senda da virtude tornou-se indigno da protecção doG r .·. A r c h .·. do U ni v .·., e a gloria da edificação do templo coubea seu filho Salomão, o qual, antes de dar começo a tão grandeedifício, communicou o seu projecto ao rei de Tyro, seu visinho,amigo e alliado, que lhe enviou Hiram, o mais celebre architectodaquelles tempos.

— Salomão, sciente das virtudes e talentos de Hiram, concedeu-ihetodas as honras e confiou-lhe a direcção dos OOper .·. e olevantamento da planta do templo.

Final da página 12

— Como os trabalhos eram immensos, distribuíram se os OOper.·. em três classes, que eram: AApr.·. CComp.·. e MMestr.·..

— Cada uma dessas classes, afim de ser reconhecidas e receber oseu salário tinha signaes e palavras.

Reuniam-se as classes: a de AApr.·. na Col.·. B .·., a de CComp.·. na

C o l .·. J .·. e a dos MMestr.·., na Cam.·. do Meio.— Estando a construcção quasi completa, quinze CComp.·. que nãotinham ainda passado a MMestr.·. por falta de tempo, combinaramentre si obter de Hiram a palavra de Mestr .·. afim de como tal serenreconhecidos.

— Doze destes CComp.·. retractaram-se, três, porém, Jubelas,Jubelos, Jubelum, conservaram-se firmes em seu malévolo intento,

— Sabendo que Hiram ia sempre orar no templo ao meio-dia, horaem que os OOper.·. descansavam postaram-se em cada uma dasportas.

— Jubelas na meridional.

—Jubelos na occidental.

—Jubelum na oriental.

— Sahindo Hiram do templo para a porta meridional. Jubelasperguntou-lhe a palavra de Mestr.·., ao que foi respondido: “não éassim que a sabereis, tende paciência, completai o tempo que vos falta.Além disso, eu não vo-la posso dar, é-mister que esteja

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acompanhado dos reis de Tyro e de Israel, a quem jurei nuncarevelal-a senão juntos”.

— Jubelas descontente com tal resposta, deu-lhe uma pancada nagarganta com uma régua.

Ao Respeitab.·. dizer estas palavras o Mestr.·. de Cer.·. conduz o Comp.·. ao 2º Vig.·., que o segura pelocollarinho, dizendo três vezes com voz forte: 

2º VIG.·. — Daí-me a palavra de Mestr.·.

COMP.·. — Não.

O 2º Vig.·. dá-lhe uma pancada com a regua, depois do

que o Mestr de Cer continua: 

RESPEITAB.·.— Hiram correu para a porta occidental, ahi encontrou jubelosque, fazendo-lhe a mesma pergunta e obtendo a mesma resposta,deu-lhe uma forte pancada no peito com esquadro.

Final da página 13

O 1º Vig.·. fazendo o mesmo que o 2º, dá no peito do Comp.·. com o esquadro uma pancada, depois do que é elle levado peloMestr.·. de Cer.·. ao Respeitab.·..

RESPEITAB.·.— Aturdido Hiram, logo que recuperou força sufficiente, tentousahir pela porta oriental. Ahi, encontrou jubelum, que, como osoutros, nada obtendo, deu-lhe com o malhete tão forte pancada queo estendeu morto.

O Repeitab.·. então dá uma leve pancada de malhete na testa do

Comp.·., e empurra-o, Dous IIr.·. o sustem e o fazem deitar noataúde, cobrindo-o com um panno mortuario.

Accendem-se então as velas e o Repeitab.·. continua:

RESPEITAB.·.— Reunindo-se os três assassinos, reciprocamente perguntarampela palavra de Me s t r .·.; vendo, porém, que nada tinham alcançado,mas sim commettido um crime infame, trataram de fugir e occultaro seu attentado. Para isso carregaram o corpo de Híram,esconderam-no e de noite levaram-no para fora de Jerusalém e oenterram em uma montanha. Não apparecendo Hiram aostrabalhos como era costume, Salomão mandou procural-o.

— Os doze CComp.·. que tinham-se retractado, suspeitando averdade, reuniram-se e resolveram dirigir-se a Salomão e tudocontar-lhe, levando luvas brancas como prova de sua innocencia.Salomão mandou-os á procura de Hiram, dizendo-lhes que si oencontrassem, de certo achariam com elle a palavra de Mestr.·. e, siassim não fosse,estava ella perdida. Pelo que lhes disse que, casotivesse elle sido morto, o primeiro signal que fizessem e a primeira

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palavra que pronunciassem ao desenterrar o seu corpo seriam d’oraavante o signal e a palavra de Mestr.·..

— Os CComp.·. fortes com a promessa de passarem a MMestr.·.,caso alcançassem o fim desejado, partiram, três para oceptentrião, três para o meio dia e três para o oriente.

— Um destes grupos desceu pelo ria Joppa e tendo um dosCComp.·. que o compunha, casualmente se recostado a umrochedo, ouviu por uma das fendas que elle tinha, as seguinteslamentações:

Final da página 14

— Ai de mim! antes eu tivesse a garganta cortada, a língua,arrancada, e fosse enterrado nas areias do mar, em logar onde a maréfaz fluxo e refluxo, do que ser cúmplice no assassinato doRespeitab.·. Mestr.·. Hiram.

— Continuando a prestar attenção, ouviu uma outra voz que dizia;— Quizera antes que me tivessem arrancado o coração, servindo ellede pasto aos abutres, do que ter sido nimplice no assassinato de tãoexcellente Mestr.·.. 

— Admirado do que ouvia, prestou maior attenção e ouviu oseguinte:

— Fui eu que o matei, os meus golpes foram mais fortes que osvossos. Quisera antes que me dividissem o corpo pelo meio, sendouma parte lançada ao meio-dia e a. outra ao septentrião, que, mearrancassem as entranhas e as reduzissem a cinzas,sendo ellas lançadas

ao vento, do que ter sido o infame assassino do nosso Respeitab.·. Mestr.·. Hiram.

— O Comp.·., tal ouvindo, chamou os dous que o acompanhavam, edepois de tudo lhes contar resolveram enti-e si entrar por uma dasfendais do rochedo e apoderar-se dos criminosos, afim de leva-los ápresença de Salomão e assim o fizeram.

— Presos os assassinos e levados a presença de Salomão,confessaram o crime,! testemunhando o desejo de nãosobreviverem a tão horroroso attentado.

— À vista disso Salomão ordenou que fosse cumprida a própriasentença que cada um para si tinha preferido, tendo;

— Jubelas, a garganta cortada; jubelos, o coração arrancado;  jubelum, o corpo dividido ao meio lançando-se uma das partes aoseptentrião e outra ao meio-dia.

— Punidos desta sorte os assassinos de Híram-Abif, Salomãoreenviou os CComp.·. em busca do seu corpo.

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— Viajaram os doze CComp.·. por espaço de cinco dias e nadaencontraram.

Final da página 15

Dizendo o Repeitab.·. estas palavras, o 1º Vig.·. passa para a suadireta com metade dos Mestr.·. e o 2 º V i g .·. para a esquerdacom a outra metade e praticam três viagens, depois do que o 1ºVig.·. diz:

1º VIG.·. — As nossas pesquiass foram inúteis.

RESPEITAB.·.— Vendo Salomão que os CComp.·. debalde tinham procuradoo corpo de Hiram, ordenou que nove MMestr.·. fizessem novaspesquísas.

— Subiram ao Monte Líbano e, no segundo dia da sua viagem,um delles excessivamente fatigado, quis descançar; nessaoccasião descobriu um ramo de arvore cortado de fresco e espetado

na terra : arrancou-o e então conheceu que a terra tinha sidorevolvida ha pouco tempo.

— Sondando em seu comprimento, largura e profundidade, chamouseus companheiros e communicou-lhes a sua descoberta. Tirada aterra, encontraram o corpo do nosso Respeitab.·. Mestr.·. Hiram.

— O respeito, porém, fez com que não proseguissem; cobriram denovo o corpo e, para reconhecerem o logar, espetaram na terra umramo de acacia, indo tudo communicar a Salomão.

— Meus VVen.·. IIr .·. imitemos os MMestr.·. nossosantepassados. Vós, Ven.·. I r .·. 1º Vig.·., parti com os VVen.·. 

MMestr.·. da vossa col .·. e envidai todos os vossos esforços.O 1o Vig.·. faz quatro viagens e chegando ao lado direito doataúde levanta o panno que cobre o candidato, tira o ramo deacacia, entrega-lhe, poe a mão direita sobre o peito e dirigindo-seao Respeitab.·., díz-lhe:

1º VIG.·. — Respeitab.·., encontrei uma cova aberta de fresco onde vi umcadáver que presumo ser o do nosso Respeitab.·. Mestr.·. Hiram,plantei nella um ramo de acácia afim de que facilmente reconheça-a.

RESPEITAB.·.— Salomão vivamente contristado e não duvidando que o cadáverfosse o de Hiram, seu eminente architecto, mandou desenterra-lo econduzi-lo a Jerusalém. Os nove MMestr.·., cingindo os seusaventaes e calçando luvas brancas, dirigiram-se de novo ao MonteLibano e desenterraram o corpo, imitemos os nossos antigosMMestr.·. e reunidos vamos buscar os restos mortaes do nossoinfeliz Mestr.·. Hiram,

Final da página 16

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O Respeitab.·. então faz duas vezes o gyro do feretro à frente detodos os IIr.·.. Chegando ao meio-dia, isto é á direita docandidato, pára, e tirando-lhe o ramo de acácia diz:

RESPEITAB.·.— Eis o logar que encerra o corpo do nosso Respeitab .·., Mestr.·.. Este ramo de acácia é o signal. A terra está revolta.

— Vejamos si as nossas suspeitas são certas.

O Respeitab.·. vagarozamente tira o panno que cobre o candidatoe reconhecendo o corpo de Hiram, levanta ambas as mãos acimada cabeça, denotando excessiva dor e as deixe logo cahir sobreas coxas, batendo com os pés e dizendo três vezes:

RESPEITAB.·.— Ah! Senhor! meu Deus!

Todos os IIr.·., o imitam.

RESPEITAB.·.— Meus VVen.·. II r.·., é na realidacle o corpo do nossoRespeitab.·. Mestr.·.. Cumpramos o doloroso dever que Salomão

nos impos, e demos seu corpo á sepultura.O 2° Vig.·. pega o primeiro dedo da mão direita do candidato edíz B.·., dando um passo para traz. O 1º Vig .·. pega no segundodedo da mesma mão e depois de pronunciar a palavra J.·., diz : 

1º VIG.·. — Á carne desprende-se dos ossos.

RESPEITAB.·.— VVen.·. MMestr.·. nao sabeis que sem mim nada podeisfazer? Uni os vossos esforços aos meus e assim conseguiremos ofim a que nos propomos.

O Respeitab.·. então pega no pulso direito do candidato em

forma de garra, e os dous VVig.·., cada um de seu lado, o ajudama levanta-lo, tendo o Respeitab.·. posto o seu pé direito junto aodo candidato, joelho contra joelho e passando-lhe o braçoesquerdo por cima de seu hombro direito de sorte que una aodelle o seu peito e dando-lhe o abraço por três vezes e dizendo-lhe as tres syllabas da palavra sagrada de Mestr .·., depois do quesobe ao altar, ficando o candidato ao lado do Mestr.·. de Cer.·..Todos os IIr.·. vão occupar os seus logares, dizendo então oRespeitab.·.:

RESPEITAB.·.— Ven.·. I r .·. Mestr.·. de Cer.·. conduzi o candidato ao altar afimde que renove o juramento. Em pé e á ordem, meus VVen .·. IIr .·., o novo Mestr.·. vai reiterar o seu juramento.

O Mestr.·. de Cer.·. qure já deve estar com o candidato junto aoaltar, o faz ajoelhar e por a mão sobre Const .·. e a Biblia.

JURAMENTO

O Respeitab.·. dita o juramento que o candídato deve repetir emvoz alta e íntelegível.

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CANDIDATO— Ratifico o juramento prestado. 

Terminado o juramento, o Mestr.·. de Cer.·. e o Exp.·. pegam nocompasso, fixam as pontas sobre peito do candidato , batendo oRespeitabr.·. nove pancadas 000 — 000 — 000 sobre a cabeça docompasso, dizendo:

RESPEITAB.·.— Aprendei a dirigir os movimentos da vossa alma em prol dahumanidade.

Final da página 17

PROCLAMAÇÃO

RESPEITAB.·.— À Gl .·. do Supr.·. Arch.·. do Univ.·.. Em nome e sob, osauspícios do Gr.·. Or.·. e Supr.·. Cons.·. do Brasil, e em virtude dospoderes que me foram conferidos por esta Resp.·. Loj.·., eu vosrecebo e constituo Mestr.·. M .·. e na plenitude do gozo detodos os direitos maçonicos.

O Respeitab.·. depois de proferidas estas palavras, bate novepancadas 000 — 000 — 000 sobre a lamina da espada, que deveter sobre a cabeça do candidato. Depois o candidato levanta-se.

RESPEITAB.·.— Meu Ir .·., os MMestr.·. para reconhecerem-se têm signaes,palavras e toques.

—O grande signal é levantar as mãos acima da cabeça, deixa-lascahir sobre as coxas, batendo com os pés e dizendo— Ah! Senhor!

 Meu Deus!

— Este signal nós fazemos por dous motivos:

— O primeiro, é porque, quando os CComp .·. viram morto o seuMestr.·. Hiram, levantaram as mãos ao céo, surprehendidos,exclamando— Ah! Senhor! Meu Deus! 

— O segundo, é porque, quando Salomão dedicou o o templo aoSenhor, também ergueu as mãos ao céo, dizendo: —  Meu Deus. Vós

sois superior a todas as cousas e eu adoro o vosso santo nome.

— A palavra de passe é T.·.. Dá-se, tendo-se a mão em forma degarra, mas afrouxando-se um pouco e formando de novo a garra.

— A palavra sagrada é M..........

— O toque é ...........

—Depois de vos fazerdes conhecer como Apr.·. e Comp.·.,perguntai:—Quereis ir mais longe? Si a resposta for afirmativa,collocai a vossa mão direita sobre o peito esquerdo, levantai odedo pollegar e com a mão esquerda sobre a cabeça formai umaesquadria. Faz-se depois a garra de Mestr.·., perguntando oseguinte:

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P . — O que é isso?

R. — O toque de Mestr.·..

P. — Tem nome?

R. — Sim, e mais alguma cousa que delle depende.

P. — E o que é isso ?R. — Os cinco pontos da Maç.·..

P. — Dae-mos.

Dão-se os cinco pontos, correndo-se a mão direita aberta atravésdo ventre como para rasga-lo, levantando-se as mãos para cimada cabeça, dizendo-se: ah! Senhor meu Deus! Depois tocam-seas mãos em forma de garra, o pé direito contra o pé direto, o  joelho direito contra o joelho direito, peito direito contra peitodireito, a mão esquerda atraz das costas, dizendo então a palavrasagrada M.·.. 

Depois de dado o signal, palavra e toque que o Respeitab .·. deveexecutar para melhor se comprehendido, elle abraça tres vezes onovo Mestr.·. e diz:

RESPEITAB.·.— Ven.·. I r .·. Mestr.·. de Cer .·., apresentai este Ven.·. I r .·. aosVVenerab.·. I I r .·. VVig.·. afim de que reconheçam a sua novadignidade.

O Mestr.·. de Cer.·. apresenta o novo Mestr.·. aos VVig.·..

2º VIG.·. — Está tudo certo e perfeito.

RESPEITAB.·.— Conduzi o novo Mestr.·. entre ccol .·..— Ven.·. I r .·. Mestr.·. de Cer.·., e vós, meus VVen.·. II r .·. em pé e áordem.

Executa-se.

RESPEITAB.·.— VVenerab.·. IIr.·. 1º e 2º VV ig .·., convidai os VVen.·. I Ir .·. queformam vossas col.·. para que unidos a mim felicitemos eapplaudamos o nosso Ve n .·. I r .·. F............ pela sua elevação ao gr .·. de Mestr.·., devendo d'ora em diante como tal o reconhecerem eprestarem-lhe todo o auxilio de que necessitar possa.

1º VIG.·. — VVen.·. IIr .·., que formais a minha col .·., da parte do nossoRespeitab.·. Mestr.·., vos convido para que unidos a elle felicitemos eapplaudamos o nosso Ven.·. Ir.·. F................ pela sua elevação aogr.·. de Mestr.·., devendo d'ora em diante como tal ser por vósreconhecido e auxiliado no que necessitar possa.

Repetido este mesmo annundo pelo VVig.·., diz o:

RESPEITAB.·.— Applaudamos, meus VVen .·. I I r .·.. 

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Todos de pé applaudem dizendo: — houzzé, houzzé, houzzé. Onovo Mestr.·., ou por elle o Mestr.·. de Cer.·.., agradece. ORespeitab.·. cobrem os applausos, depois todos sentam-se., dandoo Respeitab.·. a palavra ao Orad.·..

Havendo discurso, é este applaudído, encerrando-se em seguida

os trabalhos,ENCERRAMENTO

O Respeitab.·., bate — 0, repetido pelos VVig.·..

RESPEITAB.·.— VVenerab.·. IIr.·. 1º e 2º VVig.·., annunciai em vossas ccol.·.,assim como eu annuncio no Or .·., que vou encerrar os trabalhosda Loj.·. de Mestr.·..

1º VIG.·. — (bate—0) — Venerab.·. Ir .·. 2º Vig.·., VVen.·. IIr.·. quecondecorais a minha col .·., eu vos annuncio, da parte doRespeitab.·., que elle vae encerrar os trabalhos da Loj .·. de

Mestr.·..2º VIG.·. — (bate—0)— VVen.·. I I r .·., que abrilhantais a minha co l .·., eu vos

annuncio, da parte do Respeitab.·. que elle vae encerrar ostrabalhos da Loj.·. de Mestr.·. (bate—0). Está annuncíado na minhacol. ■.

1º VIG.·. — (bate—O)—Está annunciado em ambas as ccol.·., Respeitab.·. 

RESPEITAB.·.— (bate— 000 — 000 — 000).

Repelido pelos VVIG.·. 

— De pé e á ordem.

— Em nome de Deus e de S.·. João da Escócia, está fechada a Loj.·. de Mestr.·..

— A mim, meus VVen .·. IIr.·..

O Respeitab faz o signal de Mestr, que todos repetem, faz osaplausos e diz:

— Os trabalhos da Camara do Meio estão encerrados.

INSTRUCÇÃO

TERCEIRO GRÁO

As perguntas feitas pelo Respeitab.·. são indistintamentedirigidas aos VVig.·..

PERGUNTA—Onde fostes recebido?

RESPOSTA—No Occidente.

P.—Para onde ides ?

R.—Para o Oriente.

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P.—Porque deixais o Occidente para irdes para o Oriente?

R.—Porque a luz evangélica primeiro raiou no Oriente.

P. —O que ides fazer no Oriente?

R, ~Procurar uma loja de Mestre.

P.—Sois Mestre?R.—A acácia me é conhecida.

P.—Onde foste recebido?

R.—Numa loja de Mestre.

P. —Como estáveis preparado quando fostes recebido Mestre.

R,—Tinha os braços e os peitos nus, um esquadro preso no braço direito, e semmetaes. Foi assim que conduziram-me á porta da loja.

P.—Como fostes admittido?

R.— Por três pancadas distinctas.P.-—O que vos perguntaram?

R. — Quem vem lá,

P.—O que respondestes?

R.—Respondi que era M.·., que tinha completado o tempo de Apr .·. eComp.·. e que desejava ser recebido Mestr .·..

P.—Como alcançastes o vosso desejo?

R.—Dando a palavra de passe.

P. —Dai-ma.R. — T......

P.—O que vos disseram?

R. —Disseram-me: entrai.

P.—-O que vos fizeram depois?

R.—Obrigaram-me a fazer o gyro da loja.

P.—Encontrastes algum obstáculo?

R.—Sim.

P. —Onde?

R.—Por detrás do Venerab.·. Ir .·. 2o Vig.·..

P.—O que vos perguntou elle?

R.—Fez-me a mesma pergunta que me haviam feito á porta da loja.

P.—O que fez então?

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R.—Fez-me conduzir ao Occidente, afim de que o Venerab.·. Ir .·. 1º Vig.·. meinstruísse.

P.— Que ínstrucção vos deram ?

R.—Chegando ao Occidente, ensinaram-me a subir ao Oriente como Mestr.·.,fazendo o signal de Apr.·. e marchando sobre o angulo recto de umquadrilongo; ensinaram-me mais a dar dous passos sobre o seguiido lado domesmo quadro, formando com os pés uma esquadria, fazendo o signal deComp.·. e dando os passos de Mestr.·. sobre o mesmo quadrilongo.Logo que cheguei ao altar, ajoelhei-me, puz a mão direita sobre aConstit.·. ea Bíblia, collocaram-me as pontas de um compasso sobre opeito e assim prestei o meu solemne juramento.

P. — Podeis repeti-lo?

R — Sim, Respeitab.·., se me ajudardes.

P. — Levantai-vos e principiai.

R — Eu F. . . de minha livre vontade, etc.P.—O que vos ensinaram?

R.—O signal de Mestr.·.

P. —Dai-mo.

R .— (Dá-se o sígnal).

P. —O que vos fizeram depois?

R.— O Respeitab.·. tomou-me pela mão e deu-me o toque.

P.— Que toque era?

R. — O de Comp.·..

P.-—Esse toque tem nome?

R.—Tem, Respeitab.·..

P.—Dizei-o e dai-mo.

R.—B (e dá o toque).

P. — Podeis continuar?

R.—Sim, continuai vos e eu vos seguirei. O Respeitab.·. poz a unha de seudedo pollegar entre a primeira e a segunda phalange do meu, que é o

toque de passe, e disse-lhe Sch........P. — O que vos fez depois?

R.— Deu-me o toque de Comp .·., perguntando-me: Oque é isto? naoccasião em que collocava a unha do seu dedo pollegar sobre a segundaphalange do meu.

P.— O que lhe respondestes?

R. — Que era toque de Comp.·.

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P. — Dai-mo?

R. — J.....

P. — O que disseram então?

R. — Disseram-me que eu ia representar um dos maiores homens do mundo

maçónico, o nosso Respeitab .·. Mestr.·. Hiram-Abif, assassinadoquando o templo estava quasi concluído.

P.—Depois da exposição que vos fizeram, o que vos aconteceu?

R.—Conduziram-me aos VVenerab.·. IIr.·. 1º e 2° VVig.·. e ao Respeitab.·.,os quaes fizeram-me as mesmas perguntas que Jubelas, Jubelos eJubelum tinham feito a Hiram, espancando-me da mesma maneira.

P.— Que mais vos fizeram?

R.— Deram-me uma pancada de malh.·. na cabeça e deitaram-me numataúde.

P. — O que vos disseram então?R.—Que eu representava Hiram-Abif depois de sua morte.

P.—O que vos disseram ainda?

R.—Nada mais me disseram; o Respeitab.·. continuou a narrar a historia deHiram.

P.—Como é que os enviados de Salomão levantaram o corpo de Hiram?

R.—Pelos cinco pontos da Maçonaria.

P.—Como?

R. — Um dos MMestr.·., que entre nós é representado pelo Venerab.·. Ir.·. 2ºVig.·., começou por pegar-lhe no dedo index, sobre o qual os AApr.·. dão o toque, mas, em razão da putrefacção do corpo, a pelle separou-see ficou-lhe na mão. Então o outro Mestr.·., entre nós Venerab.·. Ir.·. 1ºVig.·., pegou-lhe no segundo dedo, em que os CComp .·. dão o toque, e apelle igualmente ficou-lhe nas mãos.—Outro Mestr.·. porém, entre nós o Respeitab .·. pegou-lhe então na mão,apoiando os quatro dedos sobre o pulso, o pé direito contra o pé direito, joelho direito contra joelho direito, peito direito contra peito direito ea mão esquerda nas costas, assim o levantou como me levantou a mlm,dizendo M.·. palavra que significa: esta quasi podre até os ossos , a qual

veio a ser a palavra sagrada de Mestr .·..P . — Já que fostes levantado pelos cinco pontos da Maçonaria, explicai-mos?

R. —Eu o farei Respeitab.·. 

— 1º, A mão contra mão significa que o M.·. deve sempre estar prompto aestender a sua mão em socçorro de seus IIr.·..

— 2º, Pé contra pé, que sempre o M.·. deve correr em defesa e amparode seus IIr.·..

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—3o. Joelho contra joelho, que prostrado perante o Ente Supremonunca d'Elle se esquecerá ;

— 4º, Peito contra peito, que os segredos que lhe forem confiados,nunca os revelará e sempre os guardará em seu peito;

— 5º, A mão esquerda nas costas significa, finalmente, que, envidarátodos os seus esforços em defeza de seus IIr.·., quaesquer que sejamos perigos que os ameacem.

P.— Qual a razão porque vos privaram de todos os vossos metaes?

R. — Porque na construcção do templo não era permettido o ruido deinstrumento algum composto de metal.

P. — Porque?

R. — Para que o templo não fosse manchado.

P. — Como foi possível que tão vasto edifício e se construísse sem em suaedificação empregar-se algum instrumento metálico!

R. — Porque todos os materiaes foram preparados nas florestas do MonteLibano, depois conduzidos em carros, levantados e coílocados comMMalh.·. de madeira expressamente feitos para esse fim.

P. — Quem sustenta a vossa loja?

R. — Três grandes ccol.·..

P. — Quaes são os seus nomes?

R. — Sabedoria, Força e Belleza.

P. — O que representam ellas ?

R. — Três grandes MMestr.·. Salomão, rei de Israel; Hiram, rei de Tyro; eHiram-Abif, o architecto assassinado.

P. — Os três grandes MMestr.·. eram empregados na construcção do templo?

R. — Sim, Respeitab.·.; Salomão traçou o plano, e segundo as ordens de Deus,forneceu o dinheiro e mantimentos para os OOper .·. Hiram deu osmateriaes, fazendo-os preparar nas florestas do Monte Libano e Hiram-Abif fez executar a grande obra sob sua direcção.

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Verso da útima capa

Material de Pesquisa.Cópia do Ritual do 3º Grau – Mestre – edição de 1904

Antonio Gouveia Medeiros – Secretário Geral de Orientação Ritualísticado Grande Oriente do Brasil.

NOTAS

O ritual do grau de Aprendiz-Maçom foi cedido peloIr Hiram Zoccoli do Museu Maçônico Paranaense

ao Or de Curitiba.O ritual do grau de Companheiro-Maçom foi cedido pelo

Ir Jorge Colombo Borges – Delegado do REAAao Or de Porto Alegre

O ritual do grau de Mestre Maçom foi cedido peloIr Jorge Colombo Borges – Delegado do REAA

ao Or de Porto Alegre

Eles foram compilados segundo a ortografia escrita nos rituais.

Tem como objetivo a pesquisa do rito Escocê Antigo e Aceitodo Grande Oriente do BrasilAntonio Gouveia MedeirosGrande Secretário Geral

de Orientação ritualística.