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A d m i n i s t r a ç ã o S u p e r i o rComposição em 31 de Dezembro de 2007

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Pre s i d en t e

Valter Luiz Cardeal de Souza

Alexandre Meira da Rosa

Luiz Paulo Fernandez Conde

Marcio Pereira Zimmermann

Ricardo de Gusmão Dornel les

CONSELHO FISCAL

Pre s i d en t e

Fernando Swami Thomas Mart ins

Gui lherme Pereira Baggio

Marcelo Kalume Reis

Sup l e n t e s

João Vicente Amato Torres

Ronaldo Sergio Monteiro Lourenço

Rafael Souza Pena

DIRETORIA EXECUTIVA

D i r e t o r- P r e s i d en t e

Luiz Paulo Fernandez Conde

D i r e t o r d e Con s t r u ç ão

Car los Agenor Magalhães da Tr indade

Diretor de Operação do Sistema e Comercial ização de Energia

Fabio Machado Resende

Diretor Financeiro

Henrique Mel lo de Moraes

Diretor de Gestão Corporat iva

Luiz Fernando Si lva de Magalhães Couto

Diretor de Engenhar ia

Mário Márcio Rogar

4

Mensagem do P r e s i d e n t e

Rio Madeira (RO)

Encerramos 2007 certos de que os empreendimentos de FURNAS consolidam sua

condição de instituição estratégica e necessária ao desenvolvimento da economia

do País.

Neste ano cinqüentenário, devotamos atenção à formação de consórcios com a

iniciativa privada para viabilizar os empreendimentos hidrelétricos de Santo Antônio,

com 3.150 MW e Foz do Chapecó, com 855 MW, quebrando o paradigma em atuar

somente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. A construção das usinas do rio Madeira,

parte de um projeto para o desenvolvimento sustentável e integração nacional da Região

Norte, possibilitará o incremento da agroindústria, do ecoturismo e integração das redes

fluviais e elétricas entre Brasil, Bolívia e Peru.

Obtivemos, em agosto, junto ao Ibama, a Licença de Instalação plena da Usina Simplício, com 333,7

MW de capacidade instalada, que viabilizou as realizações previstas para o ano, e a Licença Prévia da

Usina Batalha, com 52,5 MW, ambas de propriedade exclusiva de FURNAS. Além disso, as obras nas

Usinas Retiro Baixo, Baguari e Serra do Facão, de propriedade compartilhada, sob forma de Sociedade de

Propósito Específico, encontram-se em fase inicial e agregarão 432 MW à capacidade instalada nacional.

No que tange à transmissão de energia elétrica, destacaram-se os reforços e melhorias voltados à

adequação do suprimento de energia elétrica realizados na área dos Estados de Goiás, Mato Grosso

e Distrito Federal, que são de extrema relevância para o desempenho e segurança do Sistema Elétrico

Brasileiro. Na área dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, foi dada ênfase às obras associadas à

integração da potência adicional da Termelétrica Santa Cruz ao Sistema Interligado Nacional.

Assim, o ano de 2007 representou a entrada de FURNAS em uma nova era, ao construir, simultaneamente,

sete usinas hidrelétricas e três linhas de transmissão. Esses empreendimentos acrescentarão mais de 4.800

MW de potência instalada ao parque gerador brasileiro e têm papel fundamental no Programa de Aceleração

do Crescimento, do Governo Federal. Os novos empreendimentos representam energia para 10 milhões de

habitantes, além de 30 mil empregos diretos e investimentos de mais de R$ 15 bilhões. São números expressivos,

à altura das melhores tradições de FURNAS e que comprovam a importância que a nossa Empresa tem para o

Brasil e para o seu desenvolvimento.

Investimos cerca de R$ 822,5 milhões em ampliações e reforços do parque de geração e transmissão, que

incluem a modernização das Usinas Luiz Carlos Barreto de Carvalho, Furnas e Marechal Mascarenhas de

Moraes, todas no curso do rio Grande, com mais de 40 anos em operação.

O equilíbrio entre seus resultados, nos planos econômico, ambiental e social, ora divulgados, reflete o

compromisso da Empresa com o desenvolvimento sustentável, demonstrado por intermédio da ação direta

em programas e projetos e da participação em diversas iniciativas que ajudam a mobilizar a sociedade, outras

empresas e os cidadãos. Como agente indutora de desenvolvimento e transformação social, suas ações são

pautadas respeitando o meio ambiente e as comunidades ao entorno de suas instalações, visando resguardar

as gerações futuras. Em 2007, foram desenvolvidos 118 projetos sociais, que beneficiaram mais de 117 mil

pessoas, com a geração de novas oportunidades e promoção da inclusão social.

FURNAS realiza ações de eficiência energética, pelo lado da demanda e da oferta, desde 1993, sintonizada com

os desafios do seu tempo de produzir energia sustentável, visando o desenvolvimento econômico, a segurança

energética e a manutenção de um ambiente limpo. Atualmente, ampliando suas atividades na área de geração,

volta-se para a diversificação de sua matriz energética, com intenção de investir em energias alternativas, para

implantação de pequenas centrais hidrelétricas e de empreendimentos de geração térmica por biomassa.

Queremos ainda destacar que já iniciamos a elaboração do Plano Estratégico com participação e comprometimento

intensivo do corpo técnico, que estará implementando, continuamente, esse Plano no ciclo 2008-2012, ao

colocar seus valores no centro da estratégia, com foco na liderança que tem sido, desde sua criação no Setor

Elétrico, a marca de toda a vida de FURNAS.

Reiterando nosso compromisso de atender aos interesses de nossos acionistas, clientes, parceiros e da

comunidade que servimos, agradecemos, de forma especial, ao Governo Federal, em particular ao Ministério de

Minas e Energia e à Eletrobrás, pela confiança depositada, e aos nossos empregados pelo comprometimento

e dedicação, que tornaram possível os resultados apresentados neste Relatório.

L u i z Pau l o Fe r n ande z Conde

Diretor-Presidente

S u m á r i o

Siglas, Abreviaturas

e Conceitos 8

Perfil da Empresa 10

Principais Indicadores 12

Ges t ã o 14

Negócios da Empresa 15

Desempenho Corporativo 43

Governança Corporativa 51

Responsabilidade Socioambiental 57

Con t r o l e I n t e r n o 70

Demons t r a ç õ e s C on t ábe i s 72

8

S i g l a s , A b r e v i a t u r a s e C o n c e i t o s

AGE Assembléia Geral ExtraordináriaAGO Assembléia Geral OrdináriaAneel Agência Nacional de Energia Elétrica

BD Benefício DefinidoBNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e SocialBovespa Bolsa de Valores de São Paulo

CA Corrente AlternadaCC Corrente ContínuaCCE Conselho de Coordenação e Controle das Empresas EstataisCCEE Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, criada pela Lei nº 10.848, de 15.03.2004, sucedeu o MAECD Contribuição DefinidaCEB Companhia Energética de BrasíliaCelesc Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A.Celg Companhia Energética de GoiásCemat Centrais Elétricas Matogrossenses S.A.Cemig Companhia Energética de Minas GeraisCepel Centro de Pesquisas de Energia ElétricaCFLCL Companhia Força e Luz Cataguazes-LeopoldinaCGTEE Companhia de Geração Térmica de Energia ElétricaCGU Controladoria-Geral da UniãoCHESF Companhia Hidro Elétrica do São FranciscoCien Companhia de Interconexão EnergéticaCoep Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela VidaCofins Contribuição para o Financiamento da Seguridade SocialCPFL Companhia Paulista de Força e LuzCSLL Contribuição Social sobre o Lucro LíquidoCTEEP Companhia de Transmissão de Energia Elétrica PaulistaCVM Comissão de Valores Mobiliários

DF Distrito FederalDJSI Dow Jones Sustainability IndexDNAEE Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica

EBITDA Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação e AmortizaçãoEDP Brasil EDP Energias do Brasil S.A.Eletrobrás Centrais Elétricas Brasileiras S.A.Eletronorte Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A.Eletronuclear Eletrobrás Termonuclear S.A.Eletrosul Eletrosul Centrais Elétricas S.A.EPE Empresa de Pesquisa EnergéticaES Estado do Espírito SantoEscelsa Espírito Santo Centrais Elétricas S.A.

FGV Fundação Getúlio VargasFIDC Fundo de Investimentos em Direitos CreditóriosFinor Fundo de Investimentos do NordesteFinsocial Financiamento da Seguridade SocialFRG Real Grandeza – Fundação de Previdência e Assistência SocialFURNAS FURNAS – Centrais Elétricas S.A.Furnas UHE Furnas e Áreas Adjacentes

GO Estado de GoiásGWh Gigawatt Hora = 106 watts x hora (energia)

ha 1 hectare = 10.000 m2

Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenováveisIBGE Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaICMS Imposto sobre Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de ComunicaçãoIGP-M Índice Geral de Preços do MercadoINSS Instituto Nacional do Seguro SocialIPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor AmploIRPJ Imposto de Renda – Pessoa JurídicaISE Índice de Sustentabilidade EmpresarialISO Organização Internacional de Padronização

A

G

IH

D

F

E

C

B

9

km quilômetro = 103 metros (extensão)kV quilovolt = 103 volts (tensão)

Loop Conexão de SE por intermédio de seccionamento de LT existenteLT Linha de Transmissão

MAE Mercado Atacadista de Energia Elétrica, extinto pela Lei nº 10.848, de 15.03.2004, sucedido pela CCEEMCSPE Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia ElétricaMG Estado de Minas GeraisMME Ministério de Minas e EnergiaMT Estado de Mato GrossoMVA Megavolt Ampère = 106 volts x ampères (potência aparente)Mvar Megavar = 106 x var (potência reativa)MW Megawatt = 106 watts (potência ativa)MWh Megawatt Hora = 106 watts x hora (energia)MW Médio Megawatt Médio = cargas de demanda de energia em determinado tempo/ correspondente período de tempo (carga de energia)

NBR Norma Brasileira

OHSAS Sistema de Gestão de Saúde Ocupacional e SegurançaONS Operador Nacional do Sistema ElétricoOPGW Optical Ground Wire (cabo pára-raios com fibras ópticas)

PAC Programa de Aceleração do Crescimento Paes Parcelamento EspecialPantanal Energia E.P.E. Empresa Produtora de Energia Ltda.Pasep Programa de Formação do Patrimônio do Servidor PúblicoPCH Pequena Central HidrelétricaP&D Pesquisa e DesenvolvimentoPIB Produto Interno BrutoPIS Programa de Integração SocialPR Estado do ParanáProman Produtores Energéticos de Manso S.A.

RAP Receita Anual PermitidaRede Básica Instalações pertencentes ao SIN identificadas segundo regras e condições definidas pela Aneel (Resolução nº 66, de 16.04.1999)Refis Programa de Recuperação FiscalRGR Reserva Global de ReversãoRJ Estado do Rio de JaneiroRTE Recomposição Tarifária Extraordinária

SE SubestaçãoSelic Sistema Especial de Liquidação e de CustódiaSemesa Serra da Mesa Energia S.A.SIN Sistema Interligado Nacional, atende cerca de 98% do mercado brasileiro de energia elétricaSinercom Sistema de Contabilização e Liquidação do MAESinocon Sistema Nacional de Observabilidade e ControlabilidadeSOX Sarbanes-OxleySP Estado de São PauloSPC Secretaria de Previdência ComplementarSPE Sociedade de Propósito Específico

TCU Tribunal de Contas da UniãoTJLP Taxa de Juros de Longo PrazoTO Estado de TocantinsTWh Terawatt Hora = 109 watts x hora (energia)

UG Unidade GeradoraUHE Usina HidrelétricaUNE Usina NuclelétricaUTE Usina Termelétrica

Termos que figuram, isoladamente, mais de duas vezes no texto do Relatório Anual e das Demonstrações Contábeis.

K

L

M

NO

P

R

S

T

U

P e r f i l d a E m p r e s a

UHE Serra do Facão (GO) – túnel de desvio

1 1

FURNAS é uma sociedade anônima

criada, em 28 de fevereiro de 1957,

pelo Decreto no 41.066 e, nesta mesma

data, autorizada a funcionar com a

missão básica de construir a primeira

usina hidrelétrica de grande porte

no Brasil.

Na condição de subsidiária da Eletrobrás,

foi-lhe conferida a missão de construir

e operar centrais elétricas de interesse

supra-estadual e sistemas de transmissão

em alta e extra-alta tensões que visassem

à integração interestadual dos sistemas

ou transportes de energia produzida em

aproveitamentos energéticos binacionais.

A Empresa possui instalações nas regiões

Sudeste e Centro-Oeste, interligando

oito estados e o Distrito Federal, onde

está situada cerca de metade da

população brasileira, que responde

por, aproximadamente, 63% do PIB

do País. Para tanto, conta com um

diversificado parque gerador, no qual

figuram 11 usinas hidrelétricas, das

quais 2 em parceria com a iniciativa

privada, 1 sob a forma de SPE, e 2

térmicas convencionais.

O sistema de transmissão de FURNAS

é composto por 46 subestações,

com capacidade de transformação de

101.651 MVA, e 19.278 km de linhas

de transmissão, incluindo circuitos

destinados à transmissão da energia da

UHE Itaipu, nas tensões de 750 kV CA

e ± 600 kV CC, e circuitos estratégicos,

para otimização eletroenergética do

País, que interligam as regiões Sul,

Sudeste, Centro-Oeste e Norte.

1 2

P r i n c i p a i sI n d i c a d o r e s

UHE Porto Colômbia (MG)

1 3

2006 2007

BRAS I L

População (milhões de habitantes) – Fonte IBGE 188,1 190,6Consumo de Energia Elétrica (TWh) 348,3 367,2PIB (bilhões de Reais) – Preços de 2007 2.427 2.559 FURNAS

Físicos Capacidade Instalada (MW) Própria 7.971 7.971 Em Associação 1.939 1.939

Número de Subestações 46 46Capacidade Total de Transformação (MVA) 101.107 101.651Extensão Total das Linhas de Transmissão (km) Próprias 19.278 19.278 Em Associação 231 436

Sistema de Transmissão de Telecomunicações (km) 8.475 8.475 Operacionais Geração Própria de Energia (GWh) 42.030 37.988Energia Elétrica Comercializada 56.322 55.742Número de Empregados Efetivos 4.525 4.534 Orçamentário Investimentos Econômicos (R$ milhões) 881 823 Contábeis e Patrimoniais Lucro Líquido (R$ milhões) 364 677EBITDA (R$ milhões) 1.266 496Patrimônio Líquido (R$ milhões) 12.920 13.432Ativo Permanente (R$ milhões) 14.628 15.184 Responsabilidade Social

Alfabetização e Educação para o Trabalho (público beneficiado) 31.185 24.230Promoção da Cidadania e dos Direitos (público beneficiado) 82.626 57.532Segurança Alimentar, Nutricional e Saúde (público beneficiado) 19.875 33.632

O Consumo de Energia Elétrica (TWh) equivale ao Mercado de Fornecimento do Brasil, ou seja, à soma do Consumo Cativo e do Livre (não inclui a Autoprodução).

Os valores de 2006 foram revistos pela EPE.

1 4

G e s t ã o

1 5

Negóc ios da Empresa

V i s ã o d a E c o n o m i a e d o M e r c a d o B r a s i l e i r o

Em 2007, o desempenho da economia brasileira superou as expectativas:

uma expansão de 5,2% no PIB, a preços de mercado, e de 6% na

produção industrial. O Governo Federal manteve a política de redução da

taxa básica de juros Selic, porém seguindo ritmo de queda mais amortecido,

estabilizando a taxa em 11,25% a.a. a partir do mês de setembro. A taxa

de desemprego foi de 9,3%, a menor da série histórica iniciada em 2002.

O rendimento médio real habitual dos ocupados cresceu 2,3% no mês de

dezembro em relação ao mesmo mês de 2006. A inflação medida pelo IPCA, de

4,46%, ficou dentro da meta estabelecida pelo Governo.

Apesar da valorização verificada na moeda brasileira durante o ano de

2007, o setor externo teve um bom desempenho. As exportações, no valor de

US$ 161 bilhões cresceram 16,1% e as importações, no valor de US$ 121 bilhões,

tiveram alta de 32%, em relação ao ano anterior. Em conseqüência, o saldo da

Balança Comercial encerrou o ano em US$ 40 bilhões, valor 13,8% inferior ao obtido

em 2006. O forte crescimento mundial impulsionou principalmente a exportação de

produtos básicos (27,6%) que registrou aumentos tanto no volume (12,1%), como

nos preços (14,6%). As reservas internacionais aumentaram 110%, passando de US$ 85

bilhões em 2006 para US$ 180 bilhões em 2007. Os investimentos estrangeiros diretos

fecharam o ano em US$ 34,6 bilhões contra US$ 18,8 bilhões verificados em 2006.

O consumo de energia elétrica encerrou 2007 com uma expansão de 5,4% em relação

ao verificado em 2006, tendo acumulado 376,9 TWh, segundo dados divulgados pela

EPE. Vale destacar que tal crescimento foi o maior desde o fim do racionamento ocorrido

em fevereiro de 2002. A categoria comercial, que representa 16% do mercado brasileiro,

manteve durante todo o ano o melhor desempenho, com alta de 6,6%, impulsionada pelo

crescimento da atividade varejista e pela maior movimentação nos portos e aeroportos,

dentre outros fatores. O consumo do segmento residencial, com participação de 24% no total,

apresentou uma expansão de 6%. Em 2007, foram incorporadas cerca de 1,9 milhão de novas

unidades consumidoras residenciais, valor bem superior à média dos anos anteriores, fruto

do Programa Luz para Todos, que efetuou cerca de 500 mil novas ligações em todo o País. O

consumo industrial, que responde por 46% do total, registrou alta de 5%, reflexo da expansão da

capacidade de produção.

O consumo de eletricidade expandiu-se em todas as regiões, com destaque para a Região Centro-Oeste,

responsável por cerca de 6% do consumo total brasileiro, que apresentou expressivo crescimento de

6,9%. No Nordeste, onde se concentram 17% do mercado brasileiro, o consumo aumentou 6,2%,

como reflexo da já mencionada incorporação de novos consumidores e da atuação do Programa Luz

para Todos. A Região Norte, que representa 6% do consumo nacional, teve crescimento de 5,4% no

seu consumo. Na Região Sul, com 17% de participação, o crescimento foi de 5,3%. A Região Sudeste,

que detém a maior participação no mercado brasileiro (54%), apresentou elevação de 5%, com maior

contribuição da categoria comercial.

1 6

UHE Simplício (RJ/MG) –canteiro de obras

1 7

V i s ã o G e r a l d o s N e g ó c i o s

E x p a n s ã o d o s N e g ó c i o s

Geração

A Empresa está à frente de sete projetos de geração, constantes do PAC lançado, em 2007, pelo

Governo Federal, considerados de fundamental importância para garantir o aumento da oferta de

energia elétrica no País.

Os empreendimentos abaixo relacionados, de propriedade exclusiva de FURNAS, apresentam as

seguintes características:

UHE Simplício (305,7 MW) e PCH Anta (28 MW), localizadas no rio Paraíba do Sul, divisa dos Estados

do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, sendo Simplício com três unidades geradoras, duas com

entrada em operação prevista para 2010 e uma para 2011, e Anta, com duas unidades geradoras,

entrada em operação prevista para 2010. Apresentam mais de 15% da obra concluída;

UHE Batalha (52,5 MW), localizada no rio São Marcos, divisa dos Estados de Minas Gerais e

Goiás, com duas unidades geradoras, entrada em operação prevista para 2010, aguarda Licença de

Instalação, a ser concedida pelos órgãos ambientais, para dar início às obras.

Além dos empreendimentos acima, outros estão sendo construídos, sob a forma de SPE, em associação

com outros agentes, com as seguintes características:

UHE Retiro Baixo (82 MW), parceria de FURNAS (49%) com Orteng Equipamentos e Sistemas (25,5%),

Logos Engenharia (15,5%) e Arcadis Logos Energia (10%), na SPE Companhia Retiro Baixo Energética.

Localizada no rio Paraopeba, Estado de Minas Gerais, possuirá duas unidades geradoras, com

entrada em operação prevista para 2009, apresenta mais de 40% da obra concluída;

UHE Baguari (140 MW), parceria de FURNAS (15%) com Neoenergia (51%) e Cemig (34%), na SPE

Consórcio UHE Baguari. Localizada no rio Doce, Estado de Minas Gerais, possuirá quatro unidades

geradoras, sendo duas com entrada em operação prevista para 2009 e duas para 2010, apresenta

cerca de 25% da obra concluída;

UHE Serra do Facão (210 MW), parceria de FURNAS (49,9%) com Oliveira Trust Servicer (50,1%), na

SPE Serra do Facão Participações, que participa com 49,5% do acordo de acionistas com as empresas

Alcoa Alumínio (35%), DME Energética (10%) e Camargo Corrêa Energia (5,5%), na SPE Serra do

Facão Energia. Localizada no rio São Marcos, Estado de Goiás, possuirá duas unidades geradoras,

com entrada em operação prevista para 2010, apresentando mais de 20% da obra concluída;

UHE Foz do Chapecó (855 MW), parceria de FURNAS (49,9%) com Pentágono Trust (50,1%) na SPE

Chapecoense Geração, que participa com 40% do acordo de acionistas com as empresas CPFL

Geração de Energia (51%) e Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) (9%), na SPE Foz do

Chapecó Energia. Localizada no rio Uruguai, divisa dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do

Sul, possuirá quatro unidades geradoras, três com entrada em operação prevista para 2010 e uma

para 2011, apresentando mais de 20% da obra concluída;

UHE Santo Antônio (3.150 MW), parceria de FURNAS (39%) com Fundo de Investimento em

Participações Amazônia Energia (20%), Odebrecht Investimentos em Infra-Estrutura (17,6%),

Andrade Gutierrez Participações (12,4%), Cemig Geração e Transmissão (10%) e Construtora

Norberto Odebrecht (1%), na SPE Consórcio Madeira Energia. Localizada no rio Madeira, Estado

de Rondônia, na região amazônica, possuirá 44 unidades geradoras, com entrada em operação

prevista entre 2012 e 2016, teve sua concessão obtida em leilão realizado pela Aneel, em

dezembro de 2007.

1 8

Transmissão

Os empreendimentos abaixo relacionados, também integrantes do PAC, de propriedade exclusiva de

FURNAS, apresentam as seguintes características:

LT Tijuco Preto – Itapeti e Itapeti – Nordeste, ambas em 345 kV e com 50 km de extensão total,

interligarão a SE Tijuco Preto, situada no Estado de São Paulo, e as SE Itapeti e Nordeste, de

propriedade da CTEEP, para reforçar o atendimento à região da Grande São Paulo, dando-lhe maior

confiabilidade. Aguarda Licença de Instalação, a ser concedida pelos órgãos ambientais, para dar

início às obras;

LT Macaé – Campos, terceiro circuito, em 345 kV e com 92 km de extensão, que reforçará o atendimento

à Região Norte Fluminense e ao Estado do Espírito Santo dando-lhe maior confiabilidade. Aguarda

Licença de Instalação, a ser concedida pelos órgãos ambientais, para dar início às obras.

Além dos empreendimentos acima, encontra-se em fase de construção a linha de transmissão abaixo indicada,

sob a forma de SPE, associação de FURNAS (49%) com Cemig (51%), com as seguintes características:

LT 345 kV Furnas – Pimenta, localizada no Estado de Minas Gerais, com previsão de 75 km de extensão,

aguarda a Licença de Instalação, a ser concedida pelos órgãos ambientais, para dar início às obras.

Em adição aos empreendimentos constantes do PAC, FURNAS, também, foi autorizada, pela Aneel, a

realizar os seguintes reforços em suas instalações:

ampliação da capacidade das SE Viana, localizada no Estado do Espírito Santo, e Brasília Geral, localizada no

Estado de Goiás, introduzindo, respectivamente, 225 MVA e 60 MVA à sua capacidade de transformação;

construção de vãos de linha na SE Iriri, localizada no Estado do Espírito Santo, para atendimento

ao acréscimo de demanda na área de concessão da Ampla, em especial ao Plano de Antecipação da

Produção de Gás Natural (Plangas), aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE),

para viabilizar projeto da Petrobras, que faz parte do PAC.

O p e r a ç ã o d o S i s t e m a

Com o objetivo de manter o padrão de qualidade e confiabilidade na prestação de serviços, no contexto

do cenário eletro-energético atual, as áreas de estudos elétricos, planejamento elétrico da operação

e de operação do SIN desenvolveram atividades visando compatibilizar, de um lado, necessidades de

manutenção, limitações operativas e, de outro, características dos equipamentos de FURNAS de forma

a atender aos requisitos exigidos pelos Procedimentos de Rede do ONS, pelos Atos Regulatórios da

Aneel e pelas normas operacionais vigentes entre as empresas interligadas, geradoras, transmissoras

e distribuidoras.

Com relação, especificamente, ao arcabouço regulatório, foi dedicada especial atenção ao estudo e à

divulgação, com subseqüente implantação de procedimentos, da Resolução Normativa Aneel nº 270,

de 26 de junho de 2007, que estabelece as disposições relativas à qualidade do serviço público de

transmissão de energia elétrica associada à disponibilidade das instalações integrantes da Rede Básica

que compõem o SIN (parcela variável).

As instalações de geração ficaram disponíveis em 89,3% do tempo (83,9%, se incluídas as indisponibilidades

devidas ao processo de modernização), e as de transmissão tiveram suas linhas disponíveis em 99,3%.

Na área de transmissão, destacou-se a entrada em operação de novas instalações, relacionadas a

seguir, que proporcionaram maior confiabilidade e melhor desempenho na operação do SIN:

LT 345 kV Itutinga – Juiz de Fora, com 144 km efetivos construídos, realizada em associação com

outros agentes, sob a forma de SPE, a saber: FURNAS (25%), Companhia Técnica de Engenharia

Elétrica (Alusa) (41%), Cemig (24%) e Orteng Equipamentos e Sistemas (10%);

SE T

ijuco

Pre

to (

SP)

20

SE Guarulhos, nova topologia com dois barramentos duplos independentes, de 345 kV, e a instalação

de um novo sistema digital de proteção diferencial de barras, que permitiu a conexão da nova LT 345

kV Anhangüera – Guarulhos, de propriedade da CTEEP, sem que houvesse superação da mencionada

subestação, por corrente de curto-circuito;

segundo circuito de 230 kV entre as SE Brasília Geral e Brasília Sul, a partir do seccionamento da

LT 230 kV Pirineus – Brasília Geral, na SE Brasília Sul, que proporcionou maior confiabilidade no

suprimento ao Distrito Federal e à região metropolitana de Goiânia;

três novos bancos de capacitores série nas SE Itumbiara (1) e Rio Verde (2), no sistema de

atendimento ao Estado de Mato Grosso, completando o total de cinco bancos, que proporcionaram

um aumento de 200 MW no limite de suprimento (importação/exportação) desta região;

relocação e recondutoramento das linhas do tronco de transmissão, em 138 kV, que interligam as SE

Santa Cruz e Jacarepaguá, no Estado do Rio de Janeiro, visando adequá-las à implantação do ciclo

combinado na UTE Santa Cruz (duas novas unidades de turbogeradores a gás), ao atendimento à

Light e às novas cargas industriais que estão se conectando;

recomissionamento e alteração das lógicas dos sistemas de controle da unidade 02 da UHE Serra

da Mesa, de forma a permitir a sua operação com o compensador síncrono e fazer jus à prestação

de serviço ancilar (controle de tensão) para o SIN.

No âmbito do planejamento elétrico da operação foram realizados estudos pré-operacionais para a

entrada em operação de novos equipamentos, análises de solicitações de acesso ao SIN, estudos

para ajustes, testes de aceitação e comissionamentos de proteções e sistemas de controle, bem como

estudos no Simulador de Sistemas Elétricos, destacando-se:

separação dos barramentos da SE Guarulhos, conforme acima descrito;

seccionamento da LT 230 kV Brasília Geral – Pirineus, conforme acima descrito;

plano especial de operação para o Rio de Janeiro, durante a realização dos Jogos Pan-Americanos

de 2007;

religamento automático de linhas de transmissão, visando minimizar a redução de receita por

incidência de parcela variável;

análise de perturbações nas instalações de FURNAS para atendimento ao ONS, Aneel e Comitê de

Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE);

implantação de Esquemas de Controle de Emergências (ECE), com o objetivo de melhorar o

desempenho e a confiabilidade do SIN;

instalação de novos capacitores série do sistema de suprimento ao Estado de Mato Grosso para

aumentar a capacidade de intercâmbio entre as regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Em conformidade com a NBR ISO 9001:2000, foi mantida a certificação dos Centros de Operação da

Empresa, de acordo com o que rege o Contrato de Prestação de Serviços de Transmissão com o ONS.

Para fazer frente à complexidade imposta pela Resolução Normativa nº 270/2007, da Aneel (Parcela

Variável), foi iniciado o desenvolvimento de novo programa de análise de intervenções.

Visando à melhoria contínua do desempenho dos sistemas de regulação, controle e proteção de usinas,

linhas e demais equipamentos, a Empresa fez uso intensivo do seu Simulador de Sistemas Elétricos em

tempo real, instalado no Escritório Central. O equipamento em questão é referência internacional e vem

atendendo a demandas de empresas nacionais e internacionais de energia elétrica.

Na mesma linha de atendimento às necessidades de melhoria contínua, foi realizada a atualização dos

diversos equipamentos que compõem o Sistema de Supervisão e Controle dos Centros de Operação.

2 1

M a n u t e n ç ã o d a s I n s t a l a ç õ e s

Com objetivo de manter elevadas taxas de disponibilidade dos equipamentos, FURNAS procura aliar a

experiência de seu corpo técnico à implementação de rigorosas filosofias de manutenção.

Desta forma, procura executar fielmente o planejamento de manutenção dos equipamentos de seu parque

gerador e transmissor, garantindo de forma adequada o atendimento à demanda do sistema elétrico.

Em conformidade com essas orientações, tiveram continuidade os trabalhos de modernização das

usinas geradoras, destacando-se:

na UHE Mascarenhas de Moraes – Fase I, conclusão das atividades de modernização das unidades

contempladas nessa Fase;

nas UHE Furnas e Luiz Carlos Barreto de Carvalho (Estreito), prosseguimento das atividades de modernização.

Destacaram-se outras atividades de manutenção, em diversos locais da Empresa, a saber:

prosseguimento dos trabalhos de recuperação da turbina a vapor da unidade 01, de modernização

do sistema de supervisão das turbinas das unidades 03 e 04 e concluídas a limpeza química e a

recuperação dos sistemas de combustão das caldeiras das unidades 03 e 04, na UTE Santa Cruz;

implantação do Sistema de Supervisão e Controle (SAGE), na UHE Serra da Mesa;

instalação, no Centro de Operação Regional Goiás, da supervisão remota da UHE Peixe Angical;

implantação de sistema para telecomando remoto da UHE Manso, por meio da emulação da interface

homem-máquina, na UHE Itumbiara, para atendimento em situações de emergências;

No que se refere às ações realizadas nas subestações, destacaram-se:

revisão geral e comissionamento em 21 disjuntores de extra-alta tensão (345, 500 e 765 kV), e

modernização e comissionamento de 18 seccionadores, de 500 e 800 kV, de diversas áreas da

Empresa, de forma a manter a alta confiabilidade operacional;

reparos em sete transformadores/autotransformadores e reatores, e revitalização de três transformadores

conversores;

implantação do Sistema de Supervisão e Controle SAGE, nas SE Gurupi e Angra dos Reis;

finalização de trabalhos de manutenção e eventuais reparos em estações do Sistema de Detecção

de Descargas Atmosféricas (Rindat), situadas em Brasília, Serra da Mesa, São José dos Campos,

Cachoeira Paulista, Ibiúna, Manoel Ribas, Rio Verde, Jupiá, Santa Teresinha e Novo Horizonte;

conclusão das obras para operação comercial do segundo banco de transformadores de 500/345/13,8

kV, da SE Campinas;

Dando continuidade ao Plano de Recuperação de Linhas de Transmissão, foi efetuada a substituição

de 32.182 isoladores, 3.362 espaçadores-amortecedores, pintura de 163 torres e recuperação de 259

fundações de torres em vários circuitos de linhas.

Cabe registrar ainda:

atendimentos de emergência, para restabelecimento da capacidade de transmissão dos circuitos

danificados por tempestades, nas LT 138 kV Rio Verde – Couto Magalhães e Rio Verde – Cachoeira

Dourada circuito 1, em 230 kV, e circuito 2, em 138 kV;

realização de ações especiais e diferenciadas, no Rio de Janeiro, durante a realização dos Jogos

Pan-Americanos de 2007, objetivando garantir atendimento contínuo e confiável;

implantação do sistema de estruturas modulares de alumínio, para atendimento a emergências,

visando aumentar a disponibilidade da transmissão e reduzir o tempo de recomposição de linhas,

em casos de quedas de estruturas;

22

substituição dos cabos pára-raios convencionais, por cabo OPGW, das LT 345 kV Corumbá – Brasília

Sul e 230 kV Manso – Nobres;

implantação de centrais telefônicas digitais na UHE Manso, no Centro Técnico de Ensaios e Medições,

no escritório regional da UHE Simplício e em Sapucaia;

implantação do Sistema Óptico (Sisop) e prosseguimento da migração do sistema analógico para o

digital de telecomunicações;

instalação e comissionamento do Sistema de Medição de Qualidade de Energia, sob responsabilidade

de FURNAS, em atendimento à modelagem proposta pela CCEE, de acordo com o módulo 12 dos

Procedimentos de Rede do ONS.

C o m e r c i a l i z a ç ã o d e E n e r g i a E l é t r i c a

A comercialização de energia elétrica é realizada, no Brasil, de acordo com o estabelecido pela Lei

nº 10.848, de 15 de março de 2004, e pelo Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004. O mercado é

organizado segundo dois ambientes, instituídos para celebração de contratos de compra e venda

de energia:

Ambiente de Contratação Regulada (ACR), do qual participam Agentes de Geração e de Distribuição

de Energia;

Ambiente de Contratação Livre (ACL), do qual participam Agentes de Geração, Comercializadores e

Consumidores Livres.

No ACR, a comercialização de energia se realiza por meio de leilões públicos de energia, regulados pela

Aneel, que podem ser conduzidos diretamente pela Agência ou por intermédio da CCEE. Desses leilões

resultam contratos bilaterais regulados, denominados Contratos de Comercialização de Energia Elétrica

no Ambiente Regulado (Ccear), celebrados entre, de um lado, cada Agente de Geração vendedor

(Concessionárias de Serviço Público ou Produtores Independentes) e, de outro, todos os compradores

(Distribuidores de Energia) participantes dos leilões. Nesse ambiente, FURNAS vem participando dos

leilões, sejam estes destinados à venda de energia existente (energia de usinas já implantadas) ou à

licitação de novos empreendimentos de geração.

No ACL há livre negociação entre os Produtores Independentes, Comercializadores e Consumidores

Livres. Já para os Concessionários de Serviço Público, sob Controle Federal, como é o caso de FURNAS,

existe a exigência legal de Leilão ou Chamada Pública para compra e venda de energia. Nesse Ambiente

os acordos de compra e venda de energia são pactuados por meio de contratos bilaterais.

A Empresa logrou êxito no 5º Leilão de Energia Nova, realizado em outubro de 2007, vendendo a

energia associada à ampliação da UTE Santa Cruz e sua parcela nas UHE Serra do Facão e Foz do

Chapecó, em fase de construção, ambas em associação com a iniciativa privada, sob a forma de SPE.

Anteriormente, no 4º Leilão de Ajuste, realizado em março, foram vendidos 16 MW médios, entre os

meses de abril e julho.

A Empresa continuou a participar de diversas licitações para venda de energia no ACL, tornando-se um

dos principais agentes desse mercado.

Os recursos disponíveis para venda de energia existente são compostos pela energia de usinas

próprias de FURNAS e pela compra de energia das empresas Semesa, Proman, EPE – Pantanal Energia,

Cien e Eletronuclear. No caso da Eletronuclear, tal compra, homologada por meio da Resolução Aneel

nº 252/2005, está vinculada ao cumprimento dos Decretos nº 2.655/1998 e 4.550/2002 e da Portaria

nº 320/2004, do MME.

23

C o m e r c i a l i z a ç ã o d a T r a n s m i s s ã o

A comercialização dos serviços de transmissão é realizada segundo duas modalidades, a saber: no ambiente

do serviço público (concessão) e no ambiente de interesse exclusivo do acessante (extra-concessão).

Ambiente de Concessão de Ser v i ço Públ i co

A prestação de serviço público de transmissão de energia elétrica é caracterizada no Contrato de

Concessão pela disponibilização das instalações de transmissão.

Rede Bás i ca de Transmissão

As instalações de transmissão, classificadas pela Aneel como integrantes da Rede Básica (RB), são

disponibilizadas ao ONS mediante recebimento da correspondente RAP, conforme registrado no Contrato

de Prestação de Serviços de Transmissão (CPST). A RAP é atualizada, anualmente, por meio de resolução

homologatória específica emitida pela Aneel, com base na variação do IGP-M e, também, pela incorporação

de novas instalações.

Evolução da Geração Própria de Energia de FURNAS

GW

h

34.059

42.030

37.98838.429

33.932

2003 2004 2005 2006 2007

Energia Elétrica Comercializada por FURNAS

GW

h

52.400

56.322 55.742

50.551

39.739

2003 2004 2005 2006 2007

Nota: Em 2007, para as UHE Serra da Mesa e Manso, considerou-se a parcela de energia de propriedade de FURNAS, respectivamente, 48,46 e 70%.

Para as novas instalações de transmissão autorizadas pela Aneel, a partir de 31 de maio de 2000, deve

ocorrer, a cada quatro anos, um processo de revisão tarifária para a correspondente parcela da RAP.

O primeiro processo de revisão tarifária, que deveria ter ocorrido em 2005, foi realizado em 2007 e

reduziu a RAP de FURNAS no ciclo 2007-2008, retroagindo aos ciclos 2005-2006 e 2006-2007. Em

conseqüência, a partir do segundo semestre de 2007, além da redução da RAP do próprio ciclo, vem

sendo descontada parcela de ajuste, referente aos valores recebidos a mais nos dois ciclos anteriores.

No ciclo 2007-2008 foi considerado o acréscimo de receita decorrente da entrada em operação

comercial das seguintes instalações de transmissão da RB:

na SE Rio Verde, dois bancos de compensação série, em 230 kV, sendo um, de 34 Mvar, para o circuito 1 da

LT Itumbiara – Rio Verde e o outro, de 37,2 Mvar, para o circuito 1 da LT Rio Verde – Barra do Peixe;

na SE Itumbiara, banco de compensação série, em 230 kV, de 33,9 Mvar, para o circuito 1 da LT

Itumbiara – Rio Verde;

na SE Brasília Sul, dois módulos de entrada de linha, em 230 kV.

O gráfico, a seguir, apresenta a evolução da RAP nos últimos cinco anos para as instalações de

transmissão da Rede Básica.

Ins ta lações de Transmissão Fora da Rede Bás i ca

As demais instalações de transmissão, não integrantes da RB, são disponibilizadas diretamente aos

acessantes interessados mediante recebimento da correspondente RAP, denominada especificamente

“encargo de conexão”, conforme registro em Contrato de Conexão ao Sistema de Transmissão (CCT).

De acordo com a regulamentação, os CCT são diretamente negociados com os consumidores livres,

agentes de geração e agentes de importação e/ou exportação de energia. No caso de agentes de

distribuição, os “encargos de conexão” são definidos e atualizados, anualmente, por meio de resolução

homologatória específica da Aneel, com base na variação do IGP-M.

Compar t i lhamento de Ins ta lações

Na concessão de serviço público de transmissão existe, ainda, a obrigação de compartilhamento

com outros concessionários, de instalações e infra-estruturas, fazendo jus à correspondente receita,

mediante, conforme o caso, Contrato de Compartilhamento de Instalações (CCI) ou Contrato de

Compartilhamento de Faixa de Passagem (CCFP).

2 4

Evolução da Receita Anual Permitida de FURNAS

R$

Milhões

1.6811.775

1.847

1.455

1.155

2003 2004 2005 2006 2007

UHE Corumbá (GO)

26

A evolução das receitas auferidas, decorrentes desses contratos, é apresentada a seguir:

Ambiente Ex t ra -Concessão

O Contrato de Concessão permite o desenvolvimento de outras atividades mediante recebimento de “outras

receitas” que não fazem parte da prestação do serviço público regulado pela Aneel, regido por instrumento

contratual próprio a título oneroso. Incluem-se, nesse caso, os Contratos de Prestação de Serviços de Operação

e Manutenção (CPSOM), os Contratos de Prestação de Serviços de Manutenção (CPSM) e ainda os Contratos

de Compartilhamento de Infra-estrutura (CCIF), sendo estes com agentes externos ao setor elétrico.

A evolução das receitas auferidas, decorrentes desses contratos, é apresentada a seguir:

R$ mil

Natureza do Contrato 2003 2004 2005 2006 2007

Prestação de Serviços de Operação e Manutenção (CPSOM) - - 2.717 1.563 1.684

Prestação de Serviços de Manutenção (CPSM) 506 581 1.177 1.036 1.163

Compartilhamento de Infra-estrutura (CCIF) - - - 2.000 1.700

Total 506 581 3.894 4.599 4.547

UH

E R

eti

ro B

aix

o (

MG

) –

tom

ada d

a g

ale

ria d

e d

esv

io

R$ mil

Natureza do Contrato 2003 2004 2005 2006 2007

Conexão ao Sistema de Transmissão (CCT) 5.328 6.314 11.352 13.180 14.221

Compartilhamento de Instalações (CCI) 1.830 703 2.633 2.031 2.284

Compartilhamento de Faixa de Passagem (CCFP) - 519 155 - -

Total 7.158 7.536 14.140 15.211 16.505

27

UH

E R

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obra

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Co m e r c i a l i z a ç ã o d e S e r v i ç o s d e A p o i o Té c n i c o , O p e r a c i o n a l e A d m i n i s t r a t i v o

Em 2007, FURNAS prestou serviços técnicos e gerenciais, na área de geração e transmissão, para empresas tanto

públicas quanto da iniciativa privada, nacionais e internacionais. Nesse período, foram emitidas 34 propostas.

Pr inc ipa is At i v idades Desenvo lv idas

Cliente Atividade

Gabinete de Aproveitamento do Prosseguimento da prestação de serviços nas atividades de operação e Médio Kwansa (Gamek) – Angola manutenção da UHE Capanda

Hidropastaza S.A. – Equador Finalização dos serviços de fiscalização da construção da UHE San Francisco

Enerpeixe S.A. Para a UHE Peixe Angical: elaboração e fornecimento do Manual de Operação; operação e manutenção da UHE, subestação e transmissão associada; auscultação da barragem.

Prosseguimento dos serviços hidrométricos na bacia do Rio Tocantins, na área da UHE

Cachoeira Paulista Transmissão e Serviços de operação e manutenção da LT 500 kV Cachoeira Paulista – Energia S.A. Tijuco Preto, circuito simples, com 180 km

Samarco Mineração S.A. Estudos de viabilidade de conexão à Rede Básica da LT 345 kV Vitória – Ouro Preto II

Companhia de Transmissão Para a LT 345 kV Furnas – Pimenta II, circuito simples, com 75 km:Centroeste de Minas serviços de apoio técnico-administrativo às atividades da contratante; gerenciamento ambiental e técnico da implantação e controle de qualidade.

Companhia Brasileira de Alumínio Estudos de desempenho elétrico para verificar a viabilidade da conexão da UHE Tijuco Alto, com cerca de 140 MW de capacidade

Operador Nacional do Sistema Elétrico Desenvolvimento de programas e procedimentos associados à evolução tecnológica de recursos de hardware e software

Petrobras – Petróleo Brasileiro S.A. Instalação de esferas de sinalização em diversas linhas de transmissão de FURNAS, em vãos de travessias sobre dutos da Transpetro

Serra do Facão Energia S.A. Para a UHE Serra do Facão: serviços de Engenharia do Proprietário, relativos à implantação da UHE, subestação e transmissão associada, e obras civis na área do reservatório; reestudo do remanso no reservatório.

Foz do Chapecó Energia S.A. Serviços de Engenharia do Proprietário, relativos à implantação da UHE Foz do Chapecó, subestação e transmissão associada

Clientes Diversos Serviços na área de tecnologia do concreto e mecânica dos solos

Treinamentos na área de apoio e controle da qualidade e serviços no simulador de sistemas elétricos

28

E v o l u ç ã o d a s I n s t a l a ç õ e s E l é t r i c a s e m O p e r a ç ã o

U s i n a s G e r a d o r a s – C a p a c i d a d e I n s t a l a d a , P r o p r i e d a d e e E n e r g i a A s s e g u r a d a

Os montantes de energia assegurada, de cada usina operada por FURNAS, correspondem às quantidades

máximas de energia e potência elétricas associadas ao empreendimento, que poderão ser utilizadas

para comprovação de atendimento de carga ou comercialização por meio de contratos.

A revisão desses montantes foi realizada em 2004, quando o MME, mediante critérios de garantia de

suprimento de déficit máximo de 5%, definiu a forma de cálculo da garantia física dos empreendimentos

de geração.

Capacidade Propriedade das Usina Instalada (MW) Instalações (%) Energia Assegurada (MW Médio)

2003 2004 2005 2006 2007 H i d re l é t r i c a

Propriedade Integral

Itumbiara 2.082 100,00 1.015 1.015 1.015 1.015 1.015 Marimbondo 1.440 100,00 726 726 726 726 726Furnas 1.216 100,00 598 598 598 598 598Luiz Carlos B. de Carvalho (Estreito) 1.050 100,00 495 495 495 495 495Mascarenhas de Moraes 476 100,00 297 295 295 295 295Corumbá I 375 100,00 209 209 209 209 209Porto Colômbia 320 100,00 185 185 185 185 185Funil 216 100,00 121 121 121 121 121

Propriedade Compartilhada

Em ParceriaSerra da Mesa 1.275 48,46 671 671 671 671 671Manso 212 70,00 92 92 92 92 92

Sociedade de Propósito Específico Peixe Angical 452 40,00 - - - 63 271

Té rm i c a

Propriedade Integral

Santa Cruz 766 100,00 410 450 547 496 496Roberto Silveira (Campos) 30 100,00 21 21 21 21 21São Gonçalo (Fora de Operação) - 100,00 - - - - -

S u b e s t a ç õ e s – T e n s ã o e C a p a c i d a d e d e T r a n s f o r m a ç ã o

A evolução da capacidade de transformação instalada (MVA) das subestações de FURNAS, em 2007,

deveu-se a reposição e energização da unidade danificada de um banco de autotransformadores da

SE Ivaiporã.

MVA

Tensão (kV) 2003 2004 2005 2006 2007

230 3.913 4.074 4.048 5.213 5.095

345 24.206 24.426 25.021 25.246 24.985

500 42.278 43.078 44.888 47.598 47.421

750 21.400 21.400 23.050 23.050 24.150

Total 91.797 92.978 97.007 101.107 101.651

29

L i n h a s d e T r a n s m i s s ã o – T e n s ã o d e O p e r a ç ã o , P r o p r i e d a d e e E x t e n s ã o

A partir de 2006, além das Linhas de Transmissão próprias, entraram em operação as primeiras linhas

construídas em associação com outras empresas, sob a forma de SPE. Assim, a extensão das mesmas

passa a ser informada, em rubricas separadas, como se segue.

Propr iedade In tegra l

Em 2007, não houve acréscimo de linhas de transmissão de propriedade exclusiva.

km

Tensão (kV) 2003 2004 2005 2006 2007

230 4.349 4.349 4.349 4.349 4.349

345 5.686 5.686 6.069 6.070 6.070

500 4.371 4.549 4.549 4.549 4.549

+ 600 (CC) 1.612 1.612 1.612 1.612 1.612

750 2.698 2.698 2.698 2.698 2.698

Total 18.716 18.894 19.277 19.278 19.278

Propr iedade Compar t i lhada – Soc iedades de Propós i to Espec í f i co (SPE)

A tabela abaixo apresenta as linhas de transmissão que entraram em operação a partir de 2006. Em 2007, foram energizadas as LT Itutinga – Juiz de Fora e Irapé – Araçuaí, circuito 2, ambas constantes do PAC, do Governo Federal, com as seguintes características:

Entrada em Operação 2006 Entrada em Operação 2007

Linha de Transmissão Tensão (kV) Total (km) Participação de FURNAS (%) Total (km) Participação de FURNAS (%)

Irapé – Araçuaí II 230 - - 61 * 24,5

Itutinga – Juiz de Fora 345 - - 144 * 25

Montes Claros – Irapé 345 139 * 24 - -

Peixe Angical – Gurupi 500 92 40 - -

* km efetivos de extensão que, após a construção do empreendimento, apresentaram pequenas diferenças em relação à previsão constante do contrato de concessão da Aneel.

S u p e r v i s ã o e C o n t r o l e d e U s i n a s G e r a d o r a s e S u b e s t a ç õ e s

Desde 1997, FURNAS vem implantando Sistemas Digitais de Supervisão e Controle em todos os novos empreendimentos de geração e transmissão, seja em novas instalações, seja na ampliação de instalações existentes. Em 2007, 17 instalações encontravam-se totalmente digitalizadas e 18 com digitalização parcial.

A Empresa participa, desde 2003, do projeto Sistema Nacional de Observabilidade e Controlabilidade

(Sinocon), sob responsabilidade do ONS, com o objetivo de modernizar os equipamentos digitais

de supervisão dos agentes.

Com relação às atividades de gestão documental, foram adquiridos novos equipamentos para realizar o

resgate dos arquivos digitais, em software específico, até sua plotagem, distribuição e armazenamento

no Sistema de Gerenciamento Eletrônico de Documentos Técnicos (GED).

30

S i s t e m a d e T r a n s m i s s ã o d e T e l e c o m u n i c a ç õ e s

O Sistema de Transmissão de Telecomunicações, formado por subsistemas rádio e óptico, possui 5.251

km de rotas digitalizadas, que atendem a 78% do total das unidades operativas de FURNAS. Das

60 unidades operativas (46 subestações, 13 usinas e o Centro de Operação, localizado no Escritório

Central, no Rio de Janeiro), 47 são atendidas por tecnologia digital e 3 por analógica. Dez unidades

são atendidas por terceiros.

Em 2007, foram instalados os últimos 66 km de cabos OPGW, referentes à LT Manso – Nobres, dos

560 km doados pela Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel), de acordo com o contrato de

compartilhamento e o instrumento particular de doação de infra-estrutura assinados no ano de 2006.

I n v e s t i m e n t o s A s s o c i a d o s a o P l a n o P l u r i a n u a l ( P PA )

A execução das Ações Orçamentárias sob a responsabilidade de FURNAS, em 2007, constantes do PPA

2004-2007, do Governo Federal, correspondeu a um volume de investimento de R$ 822,5 milhões. Os

principais empreendimentos, relacionados a seguir, correspondem a mais de 80% do total realizado.

3 1

Imp l a n t a ç ã o d a UH E S imp l í c i o , d a P CH An t a e d a s L i n h a s d e T ra n sm i s s ã o A s s o c i a d a s

Esse empreendimento, adjudicado a FURNAS no Leilão Aneel nº 002/2005, refere-se à construção da

UHE Simplício e da PCH Anta, localizadas no rio Paraíba do Sul, entre os municípios de Três Rios e

Sapucaia, no Estado do Rio de Janeiro, e Além Paraíba e Chiador, no Estado de Minas Gerais, com

potência total instalada de 333,7 MW. Contempla, também, a interligação entre a PCH Anta e a UHE

Simplício, bem como a conexão ao SIN, por meio de uma LT, 138 kV, com 120 km de extensão, em

circuito duplo.

Em 2007, foram emitidas, pelo Ibama, as Licenças de Instalação e a Autorização de Supressão

de Vegetação, associadas ao empreendimento, o que viabilizou, a partir de agosto, o início das

realizações previstas para o ano. O projeto executivo encontra-se em andamento, com liberação de

escavações em solo e rocha em Anta, Simplício e nas áreas de interligação. Destacaram-se, também,

os serviços de topografia, identificação, cadastramento e avaliação das propriedades, com aquisição

de algumas áreas.

UHE Foz do Chapecó (SC/RS) –túnel de acesso

32

M o d e r n i z a ç ã o d a U H E L u i z C a r l o s B a r r e t o d e C a r v a l h o

A UHE Luiz Carlos Barreto de Carvalho, situada no rio Grande, Estado de Minas Gerais, com 1.050 MW

de capacidade instalada, possui seis unidades geradoras, sendo que a primeira entrou em operação

em março de 1969, portanto, em atividade há quase 40 anos. A modernização da Usina contempla

ações envolvendo a recuperação total das turbinas, geradores e sistemas associados e a implantação

de novos sistemas de controle, comando, supervisão, monitoramento e proteção, para prolongar a

vida útil da planta. Considera, também, sua digitalização, por meio da adequação das suas unidades

geradoras, o que permitirá o incremento da segurança operacional e aumentará a confiabilidade dos

equipamentos e sistemas eletromecânicos.

Destacaram-se, em 2007, as seguintes ações: modernização da ponte rolante da casa de força;

construção da casa de relés, da casa do grupo gerador diesel de emergência, da casa de força e da

subestação, das salas de controle locais das UG 01 e 02 e da sala de baterias; instalação dos novos

sistemas auxiliares mecânicos e elétricos. Em fase final o comissionamento da UG 01.

M o d e r n i z a ç ã o d a U H E F u r n a s

Essa Usina, a primeira construída pela Empresa, em operação desde 1963, situa-se no rio Grande,

Estado de Minas Gerais, com capacidade instalada de 1.216 MW. Esse investimento tem como objetivo

a modernização de suas unidades geradoras e da subestação, assim como de equipamentos auxiliares,

além da digitalização da Usina, com a implantação de novos sistemas de controle, comando, supervisão,

monitoramento e proteção. Esses sistemas permitirão a operação remota da Usina, o aumento da

segurança operacional e trarão aumento substancial da confiabilidade dos equipamentos e sistemas

eletromecânicos, que prolongarão sua vida útil.

Em 2007, foram concluídos: a montagem de eletrodutos nos vãos de linha para as SE Mascarenhas de

Moraes e Itutinga I e reforço da malha de aterramento da SE Furnas. Em fase final, o comissionamento

da UG 05.

M a n u t e n ç ã o d o S i s t e m a d e T r a n s m i s s ã o d e E n e r g i a E l é t r i c a

Essa ação tem por objetivo promover a manutenção, reabilitação e otimização das instalações de

transmissão da Empresa, envolvendo aquisição de sobressalentes e equipamentos-reserva, necessários

para evitar indisponibilidades e aumentar a confiabilidade. Contempla, também, pagamentos indenizatórios

para liberação de terrenos de linhas de transmissão e subestações, implantação e expansão de terminais

remotos e da rede de oscilografia das subestações.

Em 2007, foram realizadas diversas obras de manutenção e modernização nas subestações da Empresa,

envolvendo troca de sistemas de proteção, substituição de equipamentos, instalação de pára-raios, de

equipamentos de proteção contra incêndio e de ar condicionado. Tiveram continuidade ações relativas

ao fornecimento e projeto de modernização do Sinocon, para substituição de proteção em diversas

subestações.

R e f o r ç o s n o S i s t e m a d e T r a n s m i s s ã o d o s E s t a d o s d e G o i á s , M a t o G r o s s o e d o

D i s t r i t o F e d e r a l

Em 2007, foram concluídos os seguintes empreendimentos:

na SE Brasília Sul, instalação de dois módulos de entrada de linha, em 230 kV, para as LT Brasília

Geral – Pirineus – Xavantes e Brasília Sul – Brasília Geral, segundo circuito, visando eliminar a

superação dessa última, em condição de emergência da LT Pirineus – Xavantes;

33

na SE Rio Verde, instalação dos bancos de capacitores série de 37,2 e 33,9 Mvar (LT Rio Verde –

Barra do Peixe I e Itumbiara – Rio Verde I), que viabilizou a exportação do excedente de geração de

energia elétrica do Estado de Mato Grosso para os centros de carga da Região Sudeste; e de um vão

de linha para a SE Acreúna, de propriedade da Companhia Energética de Goiás (Celg), para prover

as condições desejadas de suprimento de energia à Região Sul do Estado de Goiás, melhorando o

atendimento às indústrias locais;

na SE Itumbiara, instalação do banco de capacitores série de 33,9 Mvar, que também faz parte dos

reforços no sistema de transmissão existente, para viabilizar a exportação do excedente de geração

de energia elétrica do Estado do Mato Grosso para os centros de carga da Região Sudeste.

Reforços no S istema de Transmissão dos Estados do Rio de Janeiro e do Espí r i to Santo

Destacaram-se as seguintes realizações para integração da potência adicional da UTE Santa Cruz ao

SIN, a saber:

conclusão da reconstrução do trecho Santa Cruz – ZIN (zona industrial), da LT 138 kV Santa Cruz –

Jacarepaguá I;

na SE Jacarepaguá, prosseguimento das obras civis e da montagem eletromecânica dos equipamentos;

nas LT Santa Cruz – Jacarepaguá II e III, início dos serviços de recapacitação;

na SE Santa Cruz, assinado contrato para execução das obras civis e montagem eletromecânica dos

equipamentos.

I m p l a n t a ç ã o d o S i s t e m a d e T r a n s m i s s ã o T i j u c o P r e t o – I t a p e t i – N o r d e s t e

O sistema compreende as LT 345 kV Tijuco Preto – Itapeti, circuitos 3 e 4, e Itapeti – Nordeste, circuito

duplo, e instalações vinculadas, que interligarão a SE Tijuco Preto e as SE Itapeti e Nordeste, de

propriedade da CTEEP, todas situadas no Estado de São Paulo. Tem por objetivo reforçar o atendimento

à região da Grande São Paulo, propiciando maior confiabilidade ao atendimento das cargas da região,

uma vez que atualmente há sobrecarga nas linhas existentes.

As principais atividades desenvolvidas no exercício estão associadas à obtenção das licenças ambientais,

junto aos órgãos competentes, para viabilizar o início das obras. Em paralelo, foi dado andamento à

aquisição de equipamentos e materiais para as subestações e linhas de transmissão, assim como a

avaliação de terras, que possibilitará o início das negociações de servidões. Além disso, foi assinado,

junto com a CTEEP, o contrato de compartilhamento de faixa do trecho Tijuco Preto – Itapeti.

Re fo r ç o s n o S i s t e m a d e T r a n s m i s s ã o d o s E s t a d o s d e S ã o Pa u l o e d e M i n a s G e ra i s

No exercício, destacaram-se as seguintes realizações:

na SE Luiz Carlos Barreto de Carvalho, em andamento a instalação de uma chave seccionadora, em 345

kV, e troca da proteção convencional para proteção adaptativa, eliminando a necessidade da intervenção

humana para reprogramação dos esquemas de proteção de barras e riscos de atuação indevida;

nas SE Campinas e Ibiúna, prosseguimento do fornecimento dos equipamentos para instalação de

banco de autotransformadores 345/138 kV – 150 MVA e banco de reatores manobrável 500 kV – 180

Mvar, respectivamente. O reforço na SE Campinas visa atender a emergência de um banco, cujo

desligamento ocasionaria sobrecarga nos outros três transformadores remanescentes; e o reforço na

SE Ibiúna visa propiciar melhor controle dos níveis elevados de tensão, além de aliviar os fluxos de

potência reativa por meio dos bancos de transformadores 500/345 kV dessa Subestação.

34

P r i n c i p a i s R e l a c i o n a m e n t o s d e F U R N A S

Re l a c i o n a m e n t o c o m o M i n i s t é r i o d e M i n a s e E n e rg i a e a Co n t r o l a d o ra E l e t r o b rá s

FURNAS, como empresa controlada pela Eletrobrás, que se vincula ao MME, participa do Conselho

Superior do Sistema Eletrobrás (Consise), que reúne os presidentes de todas as empresas do grupo

para formular e implantar estratégias corporativas de interesse comum.

Par t i c ipação em Comi tês

Participa dos seguintes Comitês, no âmbito do Consise:

Comitê de Planejamento Estratégico (Copese), com objetivo de fornecer subsídios para melhorar o

relacionamento entre a holding e suas empresas controladas, por meio de macro-orientações que

permeiem os planejamentos estratégicos de cada uma, observadas as respectivas especificidades;

Comitê de Operação, Planejamento, Engenharia e Meio Ambiente (Copem), que desenvolve ações

estratégicas e diretrizes, visando uma atuação coordenada e harmônica das empresas, de forma a

obter maior eficiência e abrangência no cenário energético nacional. FURNAS está representada no

Comitê por dois diretores: de Engenharia; e de Operação do Sistema e Comercialização de Energia.

Participa, por meio de seu quadro técnico, dos estudos já iniciados sobre o planejamento de

mercado e da oferta de energia elétrica, em subcomitês específicos, abaixo discriminados:

Subcomitê de Estudos Energéticos, em dois grupos de trabalho criados em 2007, e coordenados pela

Eletrobrás em conjunto com as controladas regionais, com foco nos estudos da demanda de energia

elétrica. Um grupo tem como objetivo estudar a dinâmica do mercado de energia elétrica e, o outro,

mapear e avaliar as potencialidades econômicas regionais brasileiras, para subsidiar o planejamento

estratégico e de mercado de energia elétrica das empresas do Sistema Eletrobrás;

Subcomitê de Estudos da Transmissão, no grupo de trabalho Transmissão, responsável por

elaborar e fornecer, ao grupo de trabalho Oferta, as informações de transmissão necessárias ao

desenvolvimento do Programa de Expansão da Oferta do Sistema Eletrobrás, tais como os limites

de intercâmbio entre os subsistemas regionais e custos associados à expansão da transmissão;

Subcomitê de Meio Ambiente, em atividades do eixo ambiental do desenvolvimento sus tentável,

o qual reúne gestores e especialistas das áreas de meio ambiente das empresas para atua lização

e desenvolvimento de agenda comum, em que se destacam os seguintes temas prioritários:

Legis lação Ambiental de Interesse Setorial; Gases de Efeito Estufa; Custos Am bientais; Gestão

Ambiental dos Sistemas Isolados; Gestão dos Recursos Aquáticos; Instrumentos de Gestão

Ambiental e Subsídios ao Planejamen to da Expansão.

Comitê de Integração Corporativa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (Cicop), que estimula

ações de pesquisa e visa à inovação tecnológica para obtenção de registros de propriedade intelectual

(patentes, marcas e programas de computador), transferência de tecnologia e parcerias das empresas do

Sistema com universidades, centros de pesquisa e indústrias. Atua nas seguintes forças-tarefa: gestão

da tecnologia e da inovação; propriedade intelectual e patentes; eficiência energética; revitalização do

Cepel; articulação com a indústria; energias renováveis; desenvolvimento de projetos regionais; P&D

nas empresas federalizadas; e termoeletricidade;

Comitê de Sustentabilidade que, no âmbito da governança corporativa, visa alinhar as ações das

Controladas, com participação conjunta das mesmas no preenchimento de questionários que são

utilizados como ferramentas de gestão. Para dar suporte à inserção dos American Depositary Receipt

(ADR), em nível 2, da Controladora, na Bolsa de Valores de Nova Iorque, participa do DJSI e do

preenchimento de exigências da Lei Sarbanes-Oxley (USGAAP e Formulário 20F). Com o mesmo

objetivo, participa, também, do ISE – Bovespa.

35

Destacaram-se, também, as atividades desenvolvidas para prestação de informações sobre a execução

orçamentária de FURNAS perante a Diretoria Financeira da Eletrobrás, e apresentação da Proposta de

Orçamento para o ano de 2008, com o Plano de Dispêndios Gerais (PDG).

Par t i c ipação em Programas do Governo

No que tange à participação do Setor Elétrico, no PAC, lançado em 2007, pelo Governo Federal,

FURNAS é forte indutora na implantação de empreendimentos de geração e transmissão descritos nos

itens Expansão dos Negócios e Evolução das Instalações Elétricas em Operação deste Relatório.

Cabe ressaltar, também, a participação da Empresa no Programa Nacional de Conservação de

Energia Elétrica (Procel), gerido pela Eletrobrás, descrito no subitem Conservação de Energia,

deste Relatório.

Em relação ao Programa Luz para Todos, lançado pelo Governo Federal, em 2004, coordenado pelo MME

e executado pela Eletrobrás, por meio de suas controladas, em parceria com os governos estaduais,

concessionárias de energia e cooperativas de eletrificação rural, tem por objetivo levar energia elétrica

para a população do meio rural, em localidades de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),

facilitando o acesso a serviços de saúde, educação, abastecimento de água e saneamento.

FURNAS foi designada para coordenar o Programa na Região Sudeste e no Estado de Goiás e, até

dezembro de 2007, 333 mil famílias foram beneficiadas nessas regiões. A expectativa é de que, até

a conclusão do Programa, prevista para final de 2008, mais de 420 mil famílias sejam atendidas,

beneficiando mais de 2 milhões de pessoas.

O Programa, também, é indutor do progresso econômico e social. Foi criado um conjunto de atividades,

realizadas em parceria com programas sociais e de inclusão produtiva, denominado Ações Integradas,

para ajudar as famílias beneficiadas a otimizar os recursos de energia elétrica. Dentre essas atividades

estão os Telecentros Comunitários, espaços com computadores conectados à internet, que têm por

finalidade combater a exclusão digital. Em outubro e em novembro, FURNAS inaugurou, em São Paulo,

dois telecentros beneficiando 6 mil pessoas de comunidades rurais.

O programa denominado Arca das Letras tem por objetivo implantar cerca de 2.000 bibliotecas em

comunidades atendidas pelo Programa Luz para Todos, incentivando e facilitando o acesso à leitura

em comunidades indígenas, de agricultura familiar, de remanescentes de quilombos e assentados. Na

Região Sudeste e no Estado de Goiás a meta da Empresa é implantar 625 bibliotecas em comunidades

rurais de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo. Desse total, em 2007, 47

unidades foram entregues a comunidades de Minas Gerais e 100 a comunidades do Espírito Santo.

Destaca-se, ainda, o Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municípios (Prodeem),

criado, em 1994, pelo Departamento Nacional de Desenvolvimento Energético (DNDE), do MME, que

tem por objetivo atender às populações desassistidas de rede elétrica convencional, utilizando-se

fontes energéticas renováveis e livres de poluição. Os sistemas energéticos utilizados pelo Programa

incluem, principalmente, painéis fotovoltaicos, que expostos à luz solar produzem eletricidade em

corrente contínua, podendo ser usada diretamente ou armazenada em baterias para uso posterior.

Seus benefícios são inúmeros e fundamentais para a integração econômica e social, uma vez que

fixam o homem em sua região, reduzindo a migração para as áreas urbanas. Entre outras vantagens,

destacam-se: iluminação de boa qualidade que viabiliza a realização de cursos noturnos; bombeamento

de água, que gera saúde e melhor qualidade de vida; e criação de hortas comunitárias, que diminui

a carência alimentar.

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37

38

A reestruturação do Prodeem, iniciada em 2003, após consulta aos agentes envolvidos – MME,

CHESF, Eletronorte, Eletrosul, FURNAS e Rede Nacional de Organizações da Sociedade Civil para as

Energias Renováveis (Renove) – deu-se com a criação do Programa de Revitalização e Capacitação

(PRC) do Prodeem.

Em 2004, FURNAS recebeu do MME, por meio do Convênio de Cooperação Técnica e Financeira 012/2004, a

missão de coordenar o PRC Prodeem nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo

e Goiás. Desde então, executou, até dezembro de 2007, cerca de 97% das atividades previstas no mesmo.

R e l a c i o n a m e n t o c o m a E m p r e s a d e P e s q u i s a E n e r g é t i c a ( E P E )

FURNAS participa de atividades técnicas para elaboração e análise dos documentos a serem produzidos

relativos ao planejamento do setor eletroenergético, assim como por meio de disponibilização de

dados e informações relevantes nos seguintes grupos de trabalho: mercado, expansão da transmissão

e meio ambiente.

Em 2007, a Empresa participou da coleta de dados da EPE, fornecendo informações para a elaboração do

Balanço Energético Nacional (BEN) – 2007, ano base 2006, de responsabilidade exclusiva daquela empresa.

Além disso, a Empresa participou ou realizou o cadastramento e habilitação técnica de projetos de

geração, nos quais detinha, de forma direta ou indireta, a concessão ou autorização, para fins de

participação nos leilões de energia provenientes de novos empreendimentos.

No âmbito do planejamento da transmissão, FURNAS participou, em 2007, dos seguintes grupos de estudos:

atendimento aos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo;

atendimento ao Estado de Goiás e ao Distrito Federal;

análise do sistema elétrico da região da Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais – Cemig – e da área

de concessão da CFLCL;

estudo do sistema de transmissão para escoamento da energia das usinas do rio Madeira.

R e l a c i o n a m e n t o c o m a C â m a r a d e C o m e r c i a l i z a ç ã o d e E n e r g i a E l é t r i c a ( C C E E )

FURNAS, como titular de concessão de serviço público para fins de geração de energia elétrica,

participa na categoria Geração, proporcionalmente ao volume de energia comercializada, calculado

com base nos resultados realizados nos 12 meses precedentes. Sua participação se dá no Conselho de

Administração e na Convenção Arbitral.

R e l a c i o n a m e n t o c o m o O p e r a d o r N a c i o n a l d o S i s t e m a E l é t r i c o ( O N S )

FURNAS possui representação na Assembléia Geral e é um dos membros titulares do Conselho de

Administração do ONS, na categoria Transporte.

Em 2007, destacaram-se as seguintes atividades:

atuação, junto ao ONS, no sentido de aumentar a confiabilidade do sistema elétrico e otimizar

seu desempenho, conciliando essas ações com a preservação da integridade de seus ativos, e

participação dos estudos para definição da filosofia de operação do sistema;

participação da elaboração do planejamento da operação elétrica do SIN, para o ano de 2007, e do

Plano de Ampliações e Reforços (PAR), referente ao triênio 2008-2010;

participação nos grupos de Superação de Equipamentos, de Confiabilidade do SIN e de Análise das

Interligações Regionais no âmbito da Diretoria de Ampliações e Reforços.

39

R e l a c i o n a m e n t o c o m a A g ê n c i a N a c i o n a l d e E n e r g i a E l é t r i c a

FURNAS atua junto à Aneel no que se refere a assuntos relacionados aos processos de legalização

dos empreendimentos de geração e transmissão, envolvendo, entre outros, autorização de obras,

prorrogação de prazos de energização, comunicação de energização/conclusão de empreendimentos,

prestação de informações sobre implementação de reforços e melhorias de equipamentos e sobre

o Programa de P&D, em seus diversos ciclos, participação e acompanhamento dos processos de

fiscalização das instalações em operação, pedidos de aprovação e revisão de receitas e homologação

de contratos de compra e venda de energia.

R e l a c i o n a m e n t o s d a Á r e a d e M e i o A m b i e n t e

A Empresa se relaciona com diversos órgãos de controle ambiental, com destaque para o Ibama, o

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a Fundação Nacional do Índio (Funai),

em função de possuir empreendimentos situados em grande parte do território nacional.

P a r c e r i a s

S o c i e d a d e s d e P r o p ó s i t o E s p e c í f i c o ( S P E )

Na condição de subsidiária da Eletrobrás, a possibilidade de FURNAS participar acionariamente de

empreendimentos de energia elétrica viabilizou-se, a partir de julho de 2003, com a mudança do

seu Estatuto Social, que propiciou as seguintes associações, sob a forma de SPE, cujos parceiros e

características estão descritos no subitem Expansão dos Negócios:

* Empreendimento em operação.** A SPE Chapecoense Geração S.A. possui 40% de participação na SPE Foz do Chapecó Energia S.A.*** A SPE Serra do Facão Participações S.A. possui 49,5% de participação na SPE Serra do Facão Energia S.A.

Potência e Energia Assegurada (%)

Participação de Participação deNatureza da Parceria Parceiro FURNAS Parceiro

Contrato para conclusão da UHE Serra da Semesa 48,46 51,54 Mesa e do arrendamento a FURNAS, peloparceiro, de bens e instalações de sua propriedade e por ele postos a serviço na usina (contrato geral de 26 de abril de 1995)

Contrato de compartilhamento da concessão Proman 70,00 30,00da UHE Manso (10 de fevereiro de 2000)

Participação Societária Empresa Empreendimento de FURNAS (%)

Geração Enerpeixe S.A. * UHE Peixe Angical 40Companhia Retiro Baixo Energética UHE Retiro Baixo 49Consórcio UHE Baguari UHE Baguari 15Chapecoense Geração S.A. ** UHE Foz do Chapecó 49,9Serra do Facão Participações S.A. *** UHE Serra do Facão 49,9

Transmissão Companhia de Transmissão Centroeste de Minas LT Furnas – Pimenta II 49Companhia Transudeste de Transmissão * LT Itutinga – Juiz de Fora 25Companhia Transirapé de Transmissão * LT Irapé – Araçuaí 24,5Companhia Transleste de Transmissão * LT Montes Claros – Irapé 24

40

R e l a c i o n a m e n t o c o m E n t i d a d e s I n t e r n a c i o n a i s d o S e t o r d e E n e r g i a

Comi tê Bras i le i ro do Conse lho Mundia l da Energ ia (CBCME)

Assoc iado ao Conse lho Mundia l de Energ ia (Wor ld Energy Counc i l – WEC)

O WEC, fundado em 1923, com sede em Londres, Inglaterra, congrega entidades do campo da

energia para estudar e promover o abastecimento e uso sustentável dos recursos energéticos

mundiais. O CBCME, fundado em 1928, é uma entidade não governamental, sem fim lucrativo, da

qual FURNAS participa como membro mantenedor, desde que foi criada em 1957. Abriga a sede do

Comitê no seu Escritório Central, no Rio de Janeiro, e dá suporte à realização de eventos nacionais

e internacionais.

Em 2007 o CBCME organizou os eventos “Performance de Usinas Geradoras” e “Visão do Panorama

sobre Cenários Energéticos Mexicanos até 2030”, ambos realizados no auditório central de FURNAS,

e o “Seminário Internacional sobre Tecnologias de Transportes – Cenários Energéticos até 2050”, na

sede da Petrobras. Publicou o relatório “Recursos Energéticos Brasileiros – 2007”, “Síntese de Plano

Estratégico da Petrobras 2008-2020” e o “Depoimento no Senado da Austrália sobre Suprimento de

Petróleo e Alternativas de Combustíveis para Transporte”.

Comi tê Nac iona l Bras i le i ro de Produção e Transmissão de Energ ia E lé t r i ca (C IGRÉ-Bras i l )

Assoc iado ao Conse lho In te rnac iona l das Grandes Redes Elé t r i cas (Conse i l In te rna t iona l

des Grands Réseaux Elec t r iques – C IGRÉ)

O CIGRÉ é uma organização mundial, criada em 1921, voltada ao desenvolvimento, valorização e

difusão dos conhecimentos referentes à eletricidade transmitida em alta tensão, com o objetivo de

promover o intercâmbio e desenvolvimento técnico, tecnológico e da engenharia.

O CIGRÉ-Brasil foi criado em 1971 e hoje possui 16 comitês de estudos relacionados às diversas áreas

técnicas de interesse do setor elétrico, dos quais três são coordenados por FURNAS. Técnicos das

áreas de planejamento, engenharia, operação e manutenção participam do Comitê atuando em grupos

de trabalhos, cursos e seminários, onde os assuntos técnicos específicos são estudados e debatidos

entre especialistas.

Em 2007, FURNAS organizou, no Rio de Janeiro, o XIX Seminário Nacional de Produção e Transmissão

de Energia Elétrica (SNPTEE), evento que reuniu mais de 2 mil profissionais do Brasil e do exterior, de

291 empresas. Esse seminário, a cada dois anos, promove o intercâmbio de informações e experiências,

técnicas e gerenciais, entre representantes de empresas de energia elétrica, engenharia, consultoria,

centros de pesquisa, universidades e fabricantes de equipamentos.

Comi tê Bras i le i ro de Bar ragens (CBDB)

Assoc iado ao Comi tê In te rnac iona l de Grandes Bar ragens ( In te rna t iona l Commi t tee

on Large Dams – ICOLD)

O CBDB, criado em 1961, é uma organização técnico-científica, não governamental, destinada

a estimular a troca de informações e de experiências em planejamento, projeto, construção e

operação de barragens e de empreendimentos hidrelétricos. Representa no Brasil o ICOLD, criado

em 1928, que possui comitês em 88 países membros. A sede do CBDB está instalada em local

cedido por FURNAS no Escritório Central, no Rio de Janeiro. Presentemente, possui cerca de 1.000

sócios individuais, 25 empresas mantenedoras e 18 sócios coletivos, em todo o Brasil. Uma de

suas principais atividades é a publicação de livros e boletins que constituem um grande acervo

de publicações técnicas.

4 1

Em 2007 promoveu o XXVII Seminário Nacional de Grandes Barragens, realizado em Belém (PA),

do qual participaram 670 técnicos, e o III Simpósio sobre Barragens de Enrocamento com Face de

Concreto, que teve lugar em Florianópolis (SC), com participação de 310 técnicos. No mesmo ano,

foram iniciadas as atividades de planejamento do 23º Congresso Internacional de Barragens, o maior

evento de responsabilidade do ICOLD, que se realizará em Brasília (DF), com previsão de participação

de 1.500 delegados. Para 2008 está prevista a realização do VI Simpósio Brasileiro sobre Pequenas e

Médias Centrais Hidrelétricas, a realizar-se em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Associação Internacional de Hidroeletricidade (International Hydropower Association – IHA)

A IHA, criada em 1995, sob os auspícios da International Union for Education, Science and Culture

(Unesco) tem sede localizada em Sutton, na Inglaterra, e possui associados em mais de 80 países. Seu

objetivo principal é contribuir para o atendimento das crescentes necessidades mundiais de energia,

por meio da hidroeletricidade, implantada e explorada em condições de sustentabilidade social e de

respeito ao meio ambiente.

Ao final de 2007, FURNAS tomou a decisão de aderir à IHA, na categoria de Corporate Member 1.

SE Campos (RJ)

UHE Funil (RJ)

42

UH

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43

Desempenho Corporat ivo

A classificação das despesas com Pesquisa e Desenvolvimento, a partir do exercício de 2006, foi

alterada, pela Aneel, no Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica (MCSPE),

e passou do grupo Despesas Operacionais para Deduções à Receita Operacional. Por esse motivo,

foi efetuada na Demonstração de Resultado do Exercício de 2006 a respectiva reclassificação para

possibilitar comparação das informações.

Os indicadores apresentados, a seguir, refletem a evolução do desempenho corporativo, no período

2003-2007.

R e s u l t a d o s

O lucro líquido, em 2007, representou um aumento de 86% em relação ao resultado do ano anterior. Este

resultado é conseqüência de ajustes, principalmente, com relação à adequação dos saldos contábeis

relativos à Entidade de Previdência Complementar, assim como pela constituição de provisões para

créditos de liquidação duvidosa.

Em conformidade com os dispositivos legais e estatutários, FURNAS destina a seus acionistas o

montante de 25% do lucro líquido ajustado.

Lucro Líquido

R$

Milhões

1.119

364

677

840

637

2003 2004 2005 2006 2007

Remuneração aos Acionistas

334

108

165

241

185

2003 2004 2005 2006 2007

R$

Milhões

44

A receita operacional líquida, em 2007, foi 2,2% inferior a do exercício anterior, resultado dos efeitos

da Revisão Tarifária Periódica da atividade de transmissão.

O acréscimo de 15% nos custos e despesas operacionais, em 2007, foi caracterizado, principalmente,

pela constituição de provisões para crédito e liquidação duvidosa, no montante de R$ 386 milhões e

baixa de créditos relativos à Recomposição Tarifária Extraordinária, no montante de R$ 127 milhões.

O EBITDA, de 2007, reduziu-se em 61%, em relação ao exercício anterior. Este resultado foi influenciado

pelos efeitos da Revisão Tarifária Periódica da atividade de transmissão, bem como pela baixa e constituição

de provisões para créditos de liquidação duvidosa sobre as contas a receber relativas à Recomposição

Tarifária Extraordinária e sobre créditos pendentes de liquidação, desde 2003, junto à CCEE.

Receita Operacional Líquida

Custos e Despesas Operacionais

Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (EBITDA)

R$

Milhões

4.6605.219 5.1055.053

4.614

2003 2004 2005 2006 2007

R$

Milhões 3.058

4.470

5.141

4.0283.630

2003 2004 2005 2006 2007

R$

Milhões

2.087

1.266

496

1.5331.481

2003 2004 2005 2006 2007

45

A apropriação de tributos e encargos, em 2007, representou 16% da receita bruta, gerando um acréscimo

de 19% em relação ao exercício anterior. Tal resultado é conseqüência do aumento do lucro líquido

(86%) e do aperfeiçoamento das práticas de gestão tributária.

A inadimplência, que vinha se reduzindo nos últimos anos, atingiu, em 2007, um patamar histórico.

I n d i c a d o r e s E c o n ô m i c o - F i n a n c e i r o s

O comportamento do índice de liquidez corrente sofreu uma redução em relação ao exercício anterior

em função de baixas e constituição de provisões sobre créditos de liquidação duvidosa sobre as contas

a receber. O índice de liquidez geral manteve-se próximo à média dos últimos anos.

Tributos e Encargos Setoriais

Inadimplência sobre Receita Bruta

Liquidez Corrente e Liquidez Geral

R$

Milhões

696

443

327

596

324

718

293

570

237 247

2003 2004 2005 2006 2007

Tributos Encargos Setoriais

%

0,5

0,3

0,0

0,6

0,8

2003 2004 2005 2006 2007

Índic

e

1,32

0,94

0,70 0,710,66

1,13

0,68

1,03

0,71 0,69

2003 2004 2005 2006 2007

Liquidez Corrente = Ativo Circulante/Passivo Circulante

Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) /(Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo)

46

Os níveis reduzidos dos endividamentos de curto prazo e de longo prazo traduzem-se em oportunidades

de alavancagem adicional da Empresa para fazer frente a eventuais necessidades do seu programa de

investimento.

O aumento da rentabilidade, em 2007, foi motivado pelo aprimoramento das práticas contábeis que

impactaram no resultado do exercício.

M e l h o r i a C o n t í n u a e I n o v a ç ã o

P e s q u i s a e D e s e n v o l v i m e n t o ( P & D )

O programa de P&D visa implementar uma política mais abrangente de inovação tecnológica (de

produto, de processo e de gestão). Dessa forma, participa da formação de uma rede de trocas entre

os diferentes agentes do Setor Elétrico Brasileiro, universidades, institutos de pesquisa, governo e

fornecedores, com vistas a assegurar sua sustentabilidade. Assim, contribui para o fortalecimento da

pesquisa e do desenvolvimento tecnológico na indústria do País, no desenvolvimento das instituições

de ensino brasileiras, ao mesmo tempo em que exerce responsabilidade social de Empresa cidadã, ou

seja, entrega energia com maior qualidade e menor preço.

FURNAS atua em prol do compartilhamento de experiências entre as empresas subsidiárias do Sistema

Eletrobrás, na certeza de que tais medidas possam reduzir custos de operação e coordena a força

tarefa Gestão da Tecnologia e da Inovação, do Cicop.

Rentabilidade do Período = Lucro Líquido/Patrimônio Líquido

Edividamento de Curto Prazo e Endividamento Total

Rentabilidade do Período

%

1014

31

14

28

11

28

12

3431

2003 2004 2005 2006 2007

%

10

3

5

75

2003 2004 2005 2006 2007

Endividamento Total = (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) / Ativo Total

Endividamento de Curto Prazo = Passivo Circulante / Ativo Total

47

Conforme estabelecido pelas Leis no 9.991/2000 e 10.848/2004, a Empresa destina, anualmente, 0,4% de

sua receita operacional líquida ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT/

CT-Energ) e outros 0,4%, para o desenvolvimento de projetos de P&D internos, segundo procedimentos

estabelecidos pela Aneel. Além disso, contribui, institucionalmente, para a manutenção do Cepel,

recebendo, como contrapartida, direito de participação em sua carteira de projetos de pesquisa.

As linhas de pesquisa consideradas estratégicas foram: gestão ambiental (balanço de carbono nos

reservatórios), garantia de confiabilidade dos parques gerador e transmissor, tecnologia da engenharia

(concreto, solos e equipamentos), hidráulica experimental e fontes alternativas de energia.

Seguindo a regulamentação da Aneel, desde o início do programa de P&D foram alocados cerca de

R$ 150 milhões em 225 projetos próprios, dos quais 72 foram concluídos. Desse montante, foram

contratados R$ 89,43 milhões, sendo que R$ 73,78 milhões foram realizados. Em 2007, foram

contabilizados cerca de R$ 14 milhões na execução de projetos próprios e em parceria.

P a t e n t e s , L i c e n ç a s d e U s o e T r a n s f e r ê n c i a s d e T e c n o l o g i a

Inovações e Pa ten tes

Os inventos da Empresa, individuais ou em parcerias, são depositados no Instituto Nacional da

Propriedade Industrial (INPI), em duas modalidades: Patente de Invenção (PI), para inovações, com

prazo de validade de 20 anos; e Modelo de Utilidade (MU), para disposição ou forma nova obtida ou

introduzida em objetos conhecidos, com prazo de 15 anos, contados da data do depósito.

Até 2007, foram expedidas, ao todo, 10 cartas patentes (incluindo 3 internacionais); 3 pedidos de

patentes encontram-se aguardando exame pelo INPI.

UH

E P

eix

e A

ngic

al

(TO

)

48

D e s e n v o l v i m e n t o d a E x c e l ê n c i a d a G e s t ã o

A Empresa iniciou sua trajetória da Excelência da Gestão com a construção da UHE Furnas,

a primeira de grande porte do Brasil, em 1957, tendo por objetivo acelerar o processo de

urbanização do País. Ao longo de sua história FURNAS criou o Sistema de Gestão da Qualidade,

tendo suas equipes e círculos de controle promovido ações que se transformaram em marcos

de vanguarda na Área de Qualidade. Em 2003 foram aprovados pela Diretoria Executiva, como

modelo de gestão, os Critérios de Excelência da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Desse

período a 2006, FURNAS assumiu a função de empresa-âncora, no Estado do Rio de Janeiro, do

Programa da Qualidade no Serviço Público (PQSP), atualmente Programa Nacional de Gestão

Pública e Desburocratização (Gespública).

Unidades com Sis temas de Ges tão Cer t i f i cados

Atualmente, a Empresa possui 58 unidades com sistemas de gestão certificadas, envolvendo,

aproximadamente, 1.600 empregados, nas normas NBR ISO 9001:2000 (Qualidade) e NBR ISO

14001:2004 (Ambiental), conforme apresentado no gráfico a seguir. Cabe mencionar que, de 2006

para 2007, duas unidades não renovaram as certificações de seus Sistemas de Gestão.

Labora tó r ios Ac red i tados

A Acreditação confere o reconhecimento formal da competência de um laboratório ou organização para

desenvolver tarefas específicas, segundo requisitos estabelecidos na norma NBR ISO/IEC 17025:2005

– Requisitos Gerais para Competências de Laboratórios de Ensaio e de Calibração.

A Empresa possui 3 laboratórios acreditados pelo Inmetro, sendo 1 na Rede Brasileira de Laboratórios

de Ensaio (RBLE) e 2 na Rede Brasileira de Calibração (RBC), com atuação em 9 áreas, a saber:

dimensional; força, torque e dureza; massa; pressão; tempo e freqüência; temperatura; eletricidade;

geotecnia; e tecnologia do concreto, que podem realizar 141 tipos de serviços acreditados (60 tipos

de calibrações e 81 tipos de ensaios).

Total de Unidades Certificadas

Quanti

dade

32

60 58

3735

2003 2004 2005 2006 2007

49

Apresentamos, a seguir, a evolução do número de ensaios e de calibrações acreditados.

Relac ionamento com Ins t i tu i ções de Ges tão da Qua l idade

FURNAS mantém parceria na área de gestão, como membro, da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ),

onde participa das assembléias anuais e do Movimento Brasil Competitivo (MBC), onde atua no Comitê

das Partes Interessadas, orientando as ações do MBC para estimular as organizações a buscarem maior

nível de competitividade.

No Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (Gespública), do Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão, a Empresa participa do Comitê Gestor do Prêmio Nacional da Gestão Pública

(PQGF), que analisa as ações implementadas e define aquelas para os próximos ciclos, além de ceder

empregados voluntários que participam das bancas de examinadores dos relatórios de gestão das

organizações candidatas.

Na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), é mantenedora do Comitê Brasileiro da Qualidade

(CB 25), participando ativamente nas reuniões dos seus Conselhos Gestor e Consultivo e na ISO -

International Organization for Standardization (CASCO - Committee for Conformity Assessment e TC

176 - Technical Committee), e das Comissões de Estudo e Grupos de Trabalho, que elaboram e revisam

documentos técnicos normativos internacionais e nacionais, respectivamente. Em 2007, tivemos a

participação na elaboração e revisão dos seguintes documentos normativos ABNT NBR ISO/IEC 17021,

ISO/IEC 17021-2, ABNT NBR ISO/IEC 17040, ISO/IEC 17043, ISO 9000, ISO 9001, ISO 9004, ABNT NBR

ISO 10014 e ISO 10004.

Ensaios e Calibrações Acreditados

Quanti

dade

128

135

141138

132

2003 2004 2005 2006 2007

50

Torr

e e

lin

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ransm

issã

o

5 1

Governança Corporat iva

A Empresa, desde 2003, aprimora seu processo de adesão às práticas de governança corporativa,

exigidas ou recomendadas por entidades do Poder Público Federal, da sociedade civil e do mercado,

expressas nos seguintes documentos, todos publicados no Manual de Organização, e disponíveis na

Intranet: Estatuto Social e os Regimentos Internos da Empresa, do Conselho de Administração, do

Conselho Fiscal, da Diretoria Executiva, bem como as políticas de gestão.

A cada início de mandato, os Diretores, Conselheiros de Administração e Conselheiros Fiscais recebem

o Manual de Divulgação e Uso de Informações Relevantes e Política de Negociação de Valores

Mobiliários, de emissão da Eletrobrás, acompanhado de termo de adesão, obrigando-se a pautar suas

ações sempre em conformidade com tais regras.

E s t r u t u r a S o c i e t á r i a

O Governo Federal possui 52,45% das ações ordinárias e preferenciais da Eletrobrás, empresa de

capital aberto, com ações negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo (Bovespa), de Madri, na

Espanha (índice Latibex, segmento de mercado que reúne as ações de empresas latino-americanas,

negociadas em Euros), e de Nova Iorque, nos Estados Unidos (programas de ADR nível 1).

FURNAS, sociedade anônima de economia mista federal de capital fechado, enquanto subsidiária da

Eletrobrás, atende os requisitos da SOX e presta informações para listagem das ações da holding no

ISE, da Bovespa e no DJSI, da Bolsa de Nova Iorque.

O capital social de FURNAS é de R$ 3.194.000.000,00 (três bilhões, cento e noventa e quatro milhões

de reais), com a seguinte composição:

E s t r u t u r a d e G o v e r n a n ç a C o r p o r a t i v a

É representada pelos relacionamentos da Administração Superior, constituída pela Assembléia Geral de

Acionistas, Conselho de Administração, Diretoria Executiva, Conselho Fiscal e Auditoria Interna, com a

Auditoria Independente Externa.

A s s e m b l é i a G e r a l d e A c i o n i s t a s

Além dos casos previstos em lei, reúne-se, extraordinariamente, sempre que o Conselho de Administração

achar conveniente e, em especial, para alienar ações do capital social; proceder abertura de capital;

aumentar o capital social; emitir debêntures, títulos ou valores mobiliários; promover cisão, fusão ou

incorporação societária; e permutar ações ou valores mobiliários.

Em 2007, a AGO ocorreu em 25 de abril. Realizaram-se duas AGE, para deliberar sobre transferência

de participação societária, eleição de membros do conselho de administração e remuneração de

dirigentes e conselheiros.

Acionista Ação Ordinária Ação Preferencial

Quantidade % Quantidade %

Eletrobrás 50.618.949.529 99,82 14.088.223.014 98,56

Outros 91.699.471 0,18 205.174.986 1,44

Total 50.710.649.000 100,00 14.293.398.000 100,00

52

C o n s e l h o d e A d m i n i s t r a ç ã o

Instância máxima da Administração de FURNAS, composto de um presidente e cinco conselheiros,

todos acionistas, com mandato de três anos, eleitos em AGO, podendo ser reconduzidos após o

término do mandato. Um representante é indicado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e

Gestão, e os demais, pelo MME, cabendo a um deles a presidência do colegiado, observando-se a prévia

aprovação, pelo Presidente da República, de todos os nomes indicados. Este colegiado reuniu-se

19 vezes durante o exercício para deliberar sobre planejamento estratégico, projetos de expansão,

aquisição de novos ativos, entre outros assuntos.

D i r e t o r i a E x e c u t i v a

Constitui-se de um Diretor-Presidente e de cinco Diretores, eleitos pelo Conselho de Administração,

com mandato de três anos, gestores nas seguintes áreas de atividade: Presidência; Gestão Corporativa;

Financeira; Engenharia; Construção; e Operação do Sistema e Comercialização de Energia. As decisões

regulamentares e estatutárias da Diretoria Executiva são tomadas em reunião semanal e constituem

o processo deliberativo em que as matérias de interesse de cada Diretoria são submetidas. Em 2007,

foram realizadas 55 reuniões.

C o n s e l h o F i s c a l

Compõe-se de três membros efetivos e respectivos suplentes, eleitos por AGO para mandato de um

ano, podendo ser reeleitos. Um de seus membros efetivos e respectivo suplente são indicados pelo

Ministério da Fazenda, como representantes do Tesouro Nacional, e os demais pelo MME, com prévia

aprovação do Presidente da República. Este colegiado reuniu-se oito vezes para fiscalizar os atos dos

Administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários.

A u d i t o r i a I n t e r n a

A Auditoria Interna promove o exame das atividades desenvolvidas pelas unidades organizacionais,

com o objetivo de analisar a gestão das mesmas e verificar os procedimentos, controles aplicados,

sistemas informatizados, registros, arquivos de documentos e dados, cumprimento das diretrizes, atos

normativos internos e preceitos da legislação vigente.

P r á t i c a s d e G o v e r n a n ç a C o r p o r a t i v a

S u p o r t e a o P r o c e s s o D e l i b e r a t i v o

As seguintes estruturas de apoio ao processo deliberativo são comunicadas por Circular Geral e

encontram-se disponíveis na Intranet:

normas internas: definidas a partir do trabalho dos representantes normativos, designados por cada

Diretoria e aprovadas pela Diretoria Executiva;

grupos de trabalho transitórios e comitês de atuação permanente criados, por decisão da Diretoria

Executiva, para analisar e definir ações em relação às matérias em que haja conflitos de interesses;

políticas corporativas de gestão utilizadas como instrumentos balizadores dos atos deliberativos da

Diretoria Executiva;

colegiados permanentes, compostos por representantes de cada Diretoria, para apoiar a Diretoria

Executiva no suporte ao cumprimento das políticas corporativas de gestão.

53

UH

E S

implí

cio (

RJ/

MG

)

54

No que diz respeito aos controles de riscos, a Empresa adota as seguintes práticas:

risco de crédito: controle, mantido pela Diretoria Financeira, que acompanha a avaliação da Empresa

pelas agências classificadoras de risco;

risco de mercado: controle mantido pela Diretoria de Operação do Sistema e Comercialização de

Energia, pelo Comitê de Comercialização de Energia;

risco operacional: controle de riscos relevantes, mitigados por meio de contratação de seguros, ou

por auto-seguro, conforme critérios definidos pelo Comitê de Seguros, baseados na probabilidade de

ocorrência de perdas, determinada com base no histórico de contingências de FURNAS, e na viabilidade

econômica e de mercado destas duas modalidades alternativas de proteção dos seus ativos.

R e l a t ó r i o s C o r p o r a t i v o s O f i c i a i s d e P r e s t a ç ã o d e C o n t a s

A elaboração dos Relatórios Corporativos Oficiais, baseia-se nas seguintes práticas:

estruturação do conteúdo a partir dos requisitos de informação referidos no marco regulatório do Setor

de Energia Elétrica e nos principais normativos afetos aos acionistas, organismos externos de fiscalização

pelo Poder Público, organismos de fomento do desenvolvimento e do mercado de capitais;

emissão do Relatório Anual em português, inglês e espanhol, com o mesmo conteúdo do Relatório

da Administração, para prestação de contas à sociedade civil;

emissão do Relatório Mensal para os Conselhos de Administração e Fiscal, como apoio à reunião

mensal desses colegiados;

emissão do Relatório Mensal para a Diretoria Executiva (RMDE), com objetivo de apoiar a Administração

Superior na comunicação mensal do planejamento e na avaliação da evolução do desempenho corporativo

da Empresa, por meio da análise da variação dos principais indicadores, nas seguintes perspectivas:

acionista; clientes e mercado; desenvolvimento sustentável; processos internos; e aprendizagem.

D i v u l g a ç ã o d e I n f o r m a ç õ e s C o r p o r a t i v a s

Pág ina na In te rne t

Disponibiliza os Relatórios Corporativos Oficiais – Anual (em português, inglês e espanhol) e da

Administração (em português e inglês) – e publicações institucionais como: Anuário Estatístico,

Resenhas do Mercado de Energia Elétrica, Informativos Gerenciais de Mercado e Economia, Balanço

Social e Revista FURNAS.

Em 2007 o site registrou 102.450 visitas, obtendo uma média de cerca de 280 visitas por dia. Foram

implementadas 353 atualizações ou alterações, com destaque para a página de Transparência Pública

e a publicação de 233 notícias corporativas.

Rev is ta FURNAS

Publicação mensal de matérias relativas à atuação da Empresa, com distribuição gratuita de 10.000

exemplares. Destina-se, internamente, a todos os empregados e, externamente, às autoridades federais,

estaduais e municipais, jornalistas, universidades, centros de pesquisa, empresas do setor elétrico e

pessoas físicas cadastradas. É distribuída em locais de visitação da Empresa, feiras, congressos e

seminários. Uma edição especial comemorativa dos 50 anos de FURNAS apresentou a história e

retrospectiva da atuação da Empresa.

55

Publ i c idade Ins t i tuc iona l

Com o intuito de dar visibilidade à marca FURNAS e fortalecer sua imagem ante a sociedade e formadores de

opinião, a Empresa fez investimentos em publicidade institucional, em 2007, em jornais e revistas de grande

circulação e rádios das principais capitais brasileiras. Destacamos a veiculação dos vídeos institucionais

relacionados à conquista da licitação da UHE Santo Antônio, localizada no rio Madeira e às outras obras

inseridas no PAC. Todas as peças publicitárias foram, previamente, aprovadas pela Subsecretaria de

Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República (Secom/SG-PR).

Vídeos Corpora t i vos

A Empresa possui um acervo de 1.500 vídeos institucionais que abordam, desde sua criação, ações nas

áreas de geração, transmissão, meio ambiente e responsabilidade social, com o intuito de divulgar a

sua imagem corporativa.

C ó d i g o d e É t i c a

O Código de Ética e Padrões de Conduta Profissional da Empresa tem por objetivo afirmar os princípios

e os valores que norteiam as suas ações e assegurar lisura e transparência na condução das atividades

institucionais. O Código também foi concebido para:

proteger o patrimônio físico e intelectual;

prevenir e administrar situações de conflito de interesses;

preservar a imagem e reputação da Empresa;

contribuir para um clima de harmonia nos relacionamentos internos e externos.

A Comissão de Ética de FURNAS é responsável pela difusão e aplicação dos padrões de conduta

estabelecidos no Código de Ética, atua como instância consultiva da Diretoria Executiva, emitindo

pareceres a partir da apuração das denúncias recebidas, no tocante aos possíveis desvios éticos.

Atua também, como entidade da Administração Pública Federal, como elo entre FURNAS e a Comissão

de Ética Pública, integrando o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, a partir da

instituição do Decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro de 2007.

56

Rio

Madeir

a (

RO

)

57

Responsabi l idade Soc ioambienta l

Para expandir os benefícios da produção, transmissão e comercialização da energia elétrica, insumo

essencial para o desenvolvimento de uma nação, FURNAS pauta sua atuação pelo compromisso com o

bem-estar da sociedade e pelo respeito e cuidado com o meio ambiente e comunidades.

D e m o n s t r a t i v o d o Va l o r A d i c i o n a d o

Constitui uma importante fonte de informações na medida em que apresenta elementos que permitem

a análise do desempenho econômico de uma empresa, evidenciando a geração de riqueza, assim como

dos efeitos sociais produzidos pela sua distribuição.

R e c u r s o s H u m a n o s

P o l í t i c a d e R e c u r s o s H u m a n o s

FURNAS compartilha com seus empregados os princípios da ética, da responsabilidade social e da

qualidade no âmbito da organização e conta com a parceria de todos eles para a obtenção e maximização

de resultados, por meio do permanente comprometimento com o seu trabalho e do seu zelo para que

a missão da Empresa seja cumprida de forma eficaz, com o padrão de excelência desejado.

L i b e r d a d e d e A s s o c i a ç ã o

A Empresa tem como prática a plena liberdade de associação, por meio da qual seus empregados podem

optar pela entidade sindical, de acordo com sua base sindical ou profissão. Atualmente, negocia, diretamente,

com 14 entidades sindicais, organizadas em duas representações (Intersindical FURNAS e União Intersindical

FURNAS). As decisões de processos de negociação são estendidas a 100% da força de trabalho.

R$ milhões

2003 2004 2005 2006 2007 1. Geração do Valor Adicionado Receitas de Vendas de Energia e Serviços 4.973 4.952 5.486 5.738 5.563 Receitas não Operacionais 2 1 3 3 5 Menos: Insumos Custo de Energia Comprada (1.926) (1.981) (2.099) (2.111) (2.248) Materiais (36) (45) (49) (47) (47) Serviços de Terceiros (303) (329) (376) (389) (435) Outros Custos Operacionais (321) (428) (560) (671) (833) Outros Custos não Operacionais (18) (11) (30) (14) (10)

2. Valor Adicionado Bruto 2.371 2.159 2.375 2.509 1.995 Quotas de Reintegração (484) (496) (509) (517) (532) Constituição / Reversão de Provisões 275 (28) (8) (235) (446)

3. Valor Adicionado Líquido Gerado 2.162 1.635 1.858 1.757 1.017 Receitas Financeiras (Transferências) 539 477 649 354 1.325

4. Valor Adicionado a Distribuir 2.701 2.112 2.507 2.111 2.342

5. Distribuição do Valor Adicionado Remuneração do Trabalho 263 323 427 488 592 Governo (Impostos e Contribuições) 552 436 585 374 495 Encargos Financeiros e Variação Monetária 600 538 447 544 270 Participações dos Empregados nos Lucros 34 41 48 55 62 Remuneração aos Acionistas 334 185 241 108 165 Outros 133 137 140 285 247 Lucros Retidos 785 452 619 257 511

Total 2.701 2.112 2.507 2.111 2.342

58

Pro

jeto

Soci

al

Cost

ura

ndo u

m N

ovo

Tem

po (

RJ)

59

P a r t i c i p a ç ã o d o s E m p r e g a d o s n o s L u c r o s

A política relativa a participação dos empregados nos lucros, após o encerramento de cada exercício

financeiro, prevê que os mesmos tenham direito à participação quando os lucros alcançarem 6% do

capital social integralizado. A Diretoria Executiva fixa diretrizes para a distribuição da participação,

que não poderá ser superior a 50% da remuneração anual do empregado. Essas diretrizes levam em

conta fatores tais como: salário, tempo de serviço, assiduidade, responsabilidade, encargos de família,

eficiência, interesse e zelo pelo serviço.

Q u a d r o d e P e s s o a l E f e t i v o

O acréscimo observado, em 2007, de 9 empregados, deveu-se à diferença entre as 59 admissões

decorrentes do Concurso Público nº 01.2002 e às 50 demissões.

* A partir de janeiro de 2005, a denominação dos cargos foi alterada em decorrência do novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração.

T r e i n a m e n t o e D e s e n v o l v i m e n t o d e P e s s o a l

Em 2007, foi iniciado o Programa Desenvolver que tem por objetivo oferecer caminhos de desenvolvimento

consciente, propiciando ao empregado crescimento pessoal e profissional. Esse Programa, com base

na Auto-avaliação de Desempenho e no Plano de Desenvolvimento Individual, identifica formas de

melhorar desempenho, superar expectativas e evidenciar trajetória de crescimento nos processos de

avaliação da Empresa, a partir das competências, atribuições e responsabilidades do empregado.

O Programa Crescer, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento profissional e pessoal dos

empregados, ofereceu, no decorrer de 2007, cursos de idiomas em espanhol, inglês e português e de

informática, que beneficiaram 1.100 empregados por mês, em 13 áreas da Empresa.

Adicionalmente, a partir de levantamentos de capacidades técnicas e conhecimentos constantes do

Plano de Desenvolvimento Corporativo (PDC), foram elaborados e ministrados diversos treinamentos

por instrutores internos, com parcerias entre órgãos da Empresa e entidades externas.

Com o propósito de desenvolver o corpo gerencial da Empresa, teve continuidade o Programa de Gestão

Empresarial (PGE), em parceria com a Universidade Cândido Mendes e a Databrasil. Trata-se de uma pós-

graduação que, em 2007, envolveu a participação de 39 empregados, com carga horária de 456 horas.

O treinamento de Gestão Avançada – APG Amana-Key, com objetivo de aperfeiçoar competências

próprias das funções gerenciais, especialmente as que se referem à orientação estratégica, antecipação

e adaptação à mudança, beneficiou 38 empregados, no ano.

Além disso, tiveram prosseguimento, em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro

(UERJ), os cursos de pós-graduação em Políticas Públicas, com participação de 30 alunos, e em

Gerenciamento de Projetos, com 77 alunos.

Quantidade

Cargo 2003 2004 2005* 2006 2007

Gerencial 309 327 350 359 362

Nível Superior 821 1.132 1.329 1.314 1.302

Nível Técnico Operacional 1.584 1.845 - - -

Nível Técnico - - 1.777 1.781 1.828

Nível Apoio Administrativo 711 933 - - -

Nível Médio Suporte - - 772 744 710

Nível Fundamental - - 353 327 332

Total 3.425 4.237 4.581 4.525 4.534

60

T a x a d e F r e q ü ê n c i a d e A c i d e n t e s d o T r a b a l h o

O gráfico a seguir apresenta a evolução da Taxa de Freqüência de Acidentes do Trabalho, nos últimos

cinco anos.

Este indicador é obtido dividindo-se o número de acidentes, com afastamento, pelo total de milhão de

homens-hora em exposição à situação de risco.

T a x a d e G r a v i d a d e d e A c i d e n t e s d o T r a b a l h o

A Empresa vem procurando estabelecer metodologia de gestão nas áreas operacionais, com o objetivo

de aprimorar suas ações de segurança do trabalho e higiene industrial, intensificando, assim, as ações

de prevenção e controle para redução de acidentes, notadamente os de maior gravidade.

A Taxa de Gravidade de Acidentes do Trabalho vinha apresentando valores baixos, até 2004. Em 2005,

houve um aumento significativo, em função de dois acidentes com vítimas fatais.

Este indicador é obtido dividindo-se o número de dias perdidos, mais dias debitados, pelo total de

milhão de homens-hora em exposição à situação de risco.

* A taxa informada no relatório de 2006 foi 12. A alteração ocorreu porque as informações não estavam disponíveis por ocasião do fechamento do relatório daquele ano.

Índic

e

3,43

2,77

3,593,66

2,53

2003 2004 2005 2006 2007

Índic

e

193

13 68

1.441

47

2003 2004 2005 2006 2007

6 1

R e s p o n s a b i l i d a d e S o c i a l

P o l í t i c a d e C i d a d a n i a E m p r e s a r i a l e d e R e s p o n s a b i l i d a d e S o c i a l

O Compromisso Social de FURNAS é contribuir, de forma inovadora, para melhorar a condição humana,

por meio da articulação entre empregados, consumidores, comunidades, acionistas, fornecedores,

Setor Elétrico e Governo, com iniciativas que promovam a cidadania e o desenvolvimento humano,

para uma sociedade justa, em equilíbrio com a natureza, sustentável e solidária.

C o m p r o m i s s o s e P a r c e r i a s

A Empresa participa do Coep, do qual foi uma das criadoras, em 1993. O Coep reúne organizações

públicas e privadas e desempenha importante papel de mobilização e articulação social, incentivando

e participando de iniciativas que têm como objetivo o desenvolvimento humano e social sustentável.

São mais de mil entidades, organizadas em 27 comitês estaduais e 29 municipais.

Aderiu a duas importantes iniciativas da Organização das Nações Unidas (ONU) em prol da responsabilidade

social e da sustentabilidade: o Pacto Global e os Oito Objetivos do Milênio. Desde 2001, integra o Pacto

Global e diversos documentos da Empresa constam do site desse programa, como forma de reafirmar o

compromisso aos dez princípios do Pacto. Os Objetivos do Milênio servem de eixo estrutural da atuação

de FURNAS junto às comunidades do entorno.

O compromisso com a promoção de igualdade entre mulheres e homens está formalizado por meio da

adesão ao Programa Pró-Eqüidade de Gênero, iniciativa da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres

da Presidência da República (SPM/PR), que conta com a parceria do Fundo de Desenvolvimento das Nações

Unidas para a Mulher e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A obtenção do Selo Pró-Eqüidade

de Gênero, conferido pela SPM/PR, às organizações que se destacam por iniciativas inovadoras em prol da

eqüidade de gênero é um reconhecimento desse compromisso.

FURNAS participa, ativamente, do “Diálogo de Concertação para o Desenvolvimento Sustentável no Entorno do

Lago de Furnas”, uma iniciativa da Secretaria Geral e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social, ambas

da Presidência da República, com o intuito de buscar uma ação integrada para a revitalização do reservatório da

UHE Furnas e da região do seu entorno, abrangendo 52 municípios. Em 2007, a Empresa viabilizou a elaboração

e implantação dos Planos Diretores Participativos (PDP) em 50 dos 52 municípios da região, por meio de um

Termo de Cooperação Técnica, firmado com o Ministério das Cidades, a Secretaria de Desenvolvimento Regional

e Política Urbana do Governo de Minas Gerais e a Associação dos Municípios do Lago de Furnas, com a

interveniência do Fórum-Lago e do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-MG).

I n v e s t i m e n t o S o c i a l

O investimento social da Empresa visa à criação de oportunidades e à inclusão social, priorizando a

realização de projetos e ações sustentáveis e emancipadoras que contribuam para o desenvolvimento

autônomo das comunidades e o fortalecimento das parcerias.

Em 2007, foram desenvolvidos 118 projetos sociais, estruturados em torno de quatro eixos: Educação e

Formação, Promoção da Cidadania, Saúde e Nutrição e Trabalho e Renda, beneficiando mais de 117 mil pessoas,

com a geração de novas oportunidades e promoção da inclusão social, conforme detalhado abaixo:

Quant idade

Programa Público Beneficiado Projeto por Programa

2003 2004 2005 2006 2007 2003 2004 2005 2006 2007

Educação e Formação 1.808 6.510 16.769 31.185 24.230 20 39 50 53 41

Cidadania e Direitos 2.690 29.681 53.306 82.626 57.532 2 10 37 37 43

Saúde e Nutrição 819 19.203 17.949 19.875 33.632 1 18 12 22 20

Trabalho e Renda 1.600 175 2.924 406 1.658 2 4 9 5 14

Total 6.917 55.569 90.948 134.092 117.052 25 71 108 117 118

62

O programa de desenvolvimento para as comunidades do entorno tem como principais diretrizes os

Oito Objetivos do Milênio, o conceito de território, como espaço de intervenção e a sustentabilidade. A

Empresa investe na geração de alternativas de desenvolvimento social, promovendo ações em parceria

com as comunidades e instituições locais, definindo uma clara divisão de responsabilidades, por meio

de processo participativo. Em 2007, quatro novas comunidades participaram do programa que já

envolveu um total de 24 comunidades.

FURNAS, por meio do apoio institucional sistematizado, contribui com recursos financeiros ou materiais

para ações que tenham por finalidade a melhoria da qualidade de vida das comunidades de entorno.

Com o intuito de garantir total transparência ao processo de apoio, a página da Empresa na Internet

contém informações sobre critérios, procedimentos e prazos para encaminhamento das solicitações

bem como as organizações beneficiadas.

Pro je tos Cu l tu ra is

Reconhecendo a cultura como vetor da inclusão social, foi concebido o programa “FURNAS Sociocultural

– Iluminando o Novo” que pretende incentivar as artes visuais e os projetos socioculturais para as

diversas bases geográficas onde a Empresa atua.

Pat roc ín io Cu l tu ra l

Tem como foco a construção de identidade cultural brasileira, valorização da cultura popular e inclusão

social. Em 2007, a Empresa patrocinou 30 projetos culturais, sob os auspícios da Lei Rouanet,

previamente selecionados por uma comissão de avaliação, constituída por especialistas. Os projetos

patrocinados são divulgados na página da Empresa na Internet.

Espaço FURNAS Cu l tu ra l

O Espaço FURNAS Cultural, situado no Escritório Central, no Rio de Janeiro, acolhe exposições de

pintura, de gravura, de fotografia, de videoarte, de instalações e de esculturas de artistas pouco

reconhecidos pelo mercado, mídia ou público, revelando novos talentos. Em 2007, foram realizadas

oito exposições, atraindo um público de 4.600 visitantes.

Incubadora FURNAS Soc iocu l tu ra l

Trata-se de um programa criado para formar artistas oriundos de comunidades de baixa renda e de

instituições públicas de ensino de artes plásticas, bem como para apoiar projeto de organizações

culturais. O período de incubação para os artistas é de 12 meses e para os projetos de organizações

culturais é de quatro meses. Durante este período ocorre a capacitação teórica e prática dos artistas

em entidades parceiras consideradas centros de excelência. Ao final do prazo de incubação, espera-se

a materialização de produtos artísticos inovadores, que contam com apoio financeiro de FURNAS. Em

2007, o programa selecionou dez talentos individuais e dez projetos.

Quantidade

Área Cultural 2004 2005 2006 2007

Artes Cênicas 3 7 3 9

Artes Integradas 1 3 1 -

Artes Plásticas 1 3 2 3

Audiovisual/Produção Cinematográfica 4 9 13 6

Humanidades - 6 6 5

Música 3 4 9 4

Patrimônio Cultural 2 5 4 3

Total 14 37 38 30

63

Pro

gra

ma S

em

ear

(RJ)

Projeto Arte & Pão (RJ)

64

Pro je tos Soc iocu l tu ra is em Parcer ia – Cu l tu ra nas Bases Geográ f i cas

Com o propósito de fomentar atividades culturais nas áreas de entorno dos empreedimentos da

Empresa, foram desenvolvidos oito projetos socioculturais, com a participação de mais de 1.700

pessoas, sendo cerca de 80% crianças e jovens, em nove municípios, distribuídos pelos estados de

Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Volunta r iado Corpora t i vo

O voluntariado é considerado estratégico para FURNAS porque, além de fortalecer sua atuação na área de

Responsabilidade Social, valoriza a parceria entre a Empresa, seus empregados e a sociedade. A Empresa

organiza e incentiva o Programa Voluntário FURNAS em Ação, desde 2002, ajudando a desenvolver a

cidadania autônoma e responsável de seus empregados e a combater a pobreza e a exclusão social.

P r ê m i o s

Os seguintes reconhecimentos foram concedidos à Empresa, por sua vinculação às ações de compromisso social:

“Prêmio Câmara de Comércio e Indústria do Estado do Rio de Janeiro (Caerj) 2007 – 30 anos – Atitude

Carioca”, premiou as empresas e personalidades fluminenses que mais se destacaram em prol do

desenvolvimento econômico e social do Estado do Rio de Janeiro. FURNAS foi a primeira colocada

na categoria Responsabilidade Socioambiental com o projeto “Núcleos de Integração Comunitária”.

“Certificado de Empresa Cidadã”, concedido pelo Conselho Regional de Contabilidade do Estado do

Rio de Janeiro (CRC-RJ) às empresas que elaboram o Balanço Social em conformidade com as normas

estabelecidas por aquele Conselho, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro

(Firjan) e pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ).

R e s p o n s a b i l i d a d e A m b i e n t a l

P o l í t i c a A m b i e n t a l

A Política Ambiental foi aprovada pela Diretoria Colegiada da Empresa em março de 1998. Como Empresa

de geração e transmissão de energia elétrica, insumo básico para o desenvolvimento econômico e

social, FURNAS reconhece que suas atividades podem levar à interferência ambiental, sendo seu

compromisso conduzir as ações da Empresa respeitando o meio ambiente.

A implantação dessa Política tem proporcionado benefícios em relação ao desenvolvimento sustentável,

não só pelo compromisso formalmente assumido pela Diretoria Colegiada, como pela internalização

da questão ambiental nas atividades da Empresa, pela divulgação no plano externo, pela adequação

à norma NBR ISO 14001:2004 e pela compatibilização com a Política Ambiental do Sistema Eletrobrás

e com as demandas da sociedade.

Evolução do Voluntariado Corporativo

1.054

1.390 1.3901.2591.197

2003 2004 2005 2006 2007

Quanti

dade

65

P o l í t i c a d e R e c u r s o s H í d r i c o s

Visando a sustentabilidade empresarial, essa Política, com vigência a partir de março de 2007, tem por

objetivo estabelecer princípios que orientem a Empresa quanto aos critérios de utilização de recursos

hídricos no cumprimento de suas atividades, consoante a Política Nacional de Recursos Hídricos e as

demais políticas de FURNAS.

I n d i c a d o r e s A m b i e n t a i s

Os cinco indicadores apresentados, a seguir, demonstram a complexidade associada à regularização,

implantação e operação de empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica e permitem

verificar a evolução da atuação da Empresa, no trato da questão ambiental. As informações apresentadas

consideram o período acumulado até 2003 e, a partir daí, até o ano de 2007.

L i cenc iamento Ambienta l

Considera-se como licenciado o empreendimento que já dispõe de pelo menos uma das três modalidades

de licenças ambientais previstas no Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama): licença prévia, de

instalação ou de operação.

O indicador representa a capacidade nominal instalada das usinas hidrelétricas e termelétricas licenciadas

(8.110 MW) e a potência natural das linhas de transmissão da Empresa, também licenciadas (15.717 MW), com

tensão variando de 138 a 750 kV. O acréscimo na capacidade nominal instalada, em 2007, resultou da inclusão

da UHE Santo Antônio, que será construída em parceria com a iniciativa privada, e da SE Tijuco Preto.

Est

açã

o d

e P

sicu

ltura

da U

HE F

urn

as

(MG

)

MW Licenciado

Acumulado até o Ano Geração Transmissão

2003 2.490 14.732 2004 3.292 15.146 2005 3.673 15.274 2006 4.960 15.274 2007 8.110 15.717

66

Área de Espe lho D ’Água Mon i to rada

Considera-se a área dos reservatórios das 11 usinas hidrelétricas em operação, que são monitoradas em

termos de parâmetros limnológicos e de qualidade da água e de composição ictiofaunística. Essa área é

de 5.695 km2 de espelho d’água, monitorada periodicamente. Como não ocorreu nenhum enchimento de

reservatório no ano de 2007, não houve alteração na área monitorada, em relação ao ano de 2006.

Hec ta res de Áreas Pro teg idas

A legislação ambiental brasileira, relativa à compensação ambiental de empreendimentos, está em vigor

desde 1987. FURNAS foi uma das empresas pioneiras no seu cumprimento, quando da implantação das

UHE Serra da Mesa e Corumbá, cuja construção iniciou-se em meados da década de 1980. Desde então,

a Empresa tem contribuído na conservação ambiental.

Como compensação pela implantação de seus empreendimentos, a Empresa tem investido na consolidação

de unidades de conservação instituídas pelo Poder Público, tais como: parques nacionais, estaduais e

municipais, reservas biológicas, estações ecológicas e áreas de proteção ambiental, bem como em reservas

indígenas. Trata-se de expressivo investimento para a conservação da biodiversidade dos ecossistemas

brasileiros, nos quais a Empresa tem atuado (Mata Atlântica e Cerrado), cobrindo uma área de cerca de

1.260 mil hectares (ha). O acréscimo de 30 mil ha, em 2007, resultou das inclusões das áreas protegidas

do Parque Nacional do Itatiaia, da Floresta da Cicuta, do Parque Municipal Curió de Paracambi e do Parque

Nacional Municipal Fazenda Santa Cecília do Ingá, referentes à LT Cachoeira Paulista – Adrianópolis III.

Ações de Educação Ambienta l

Desde 2000, FURNAS investe na comunicação social junto às populações interferidas por seus

empreendimentos e em educação ambiental, em parceria com secretarias estaduais e municipais

de educação e organizações não governamentais. No período 2003-2007, 126.062 alunos foram

contemplados com programas de educação ambiental, distribuídos em 126 municípios situados na

área sob influência de linhas de transmissão da Empresa e da UHE Manso. O acréscimo, verificado em

2007, refere-se à inclusão da UHE Retiro Baixo, conforme mostra o quadro a seguir:

Sí t ios Arqueo lóg icos Ident i f i cados e Es tudados

O indicador considera o número de sítios arqueológicos pré-históricos e históricos identificados/

prospectados/levantados e estudados/resgatados/pesquisados durante a implantação de empreendimentos

de geração e transmissão de energia, totalizando 1.304 sítios.

Acumulado até o Ano Área Protegida (ha)

2003 1.193.179 2004 1.193.232 2005 1.226.577 2006 1.226.577 2007 1.257.029

Quantidade

Acumulado até o Ano Alunos Educados Municípios Atendidos

2003 38.247 52 2004 61.266 92 2005 109.857 122 2006 110.337 122 2007 126.062 126

67

Em 2007, foram identificados 10 novos sítios, sendo que 2 destes sítios encontram-se em estudo.

C o n s e r v a ç ã o d e E n e r g i a

No que se refere aos estudos e programas de conservação de energia, foram elaborados 77 projetos,

com respectivos indicadores e metas, desenvolvidos nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná,

Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo e no Distrito Federal, sendo realizadas parcerias com a Eletrobrás,

secretarias de educação, de energia, de meio ambiente e cultura, órgãos da Defesa Civil, parques públicos,

concessionárias de energia elétrica, jornais de grande circulação, associações comerciais, indústrias,

Sociedade de Zoológicos do Brasil e universidades, abrangendo as esferas federal, estadual e municipal.

Foram realizadas atividades educativas, sobre o uso racional da energia elétrica e água, envolvendo

cerca de 500 mil pessoas, onde se destacaram os seguintes projetos:

“FURNAS / Procel nas Escolas – A Turma da Mônica e a Energia Elétrica”, que promoveu o treinamento

de 53.568 jovens e adultos;

“A Natureza da Paisagem – Energia: Recurso da Vida”, capacitando, no tema combate ao desperdício

de energia, 3.602 professores e 324 mil alunos de 83 municípios atingidos pelos empreendimentos

de FURNAS;

“Educação para Conservação”, em parceria com parques públicos, que mobilizou 7.900 pessoas para

o uso racional da energia elétrica e água, por meio de palestras e trilhas ecológicas;

realização de 180 eventos de sensibilização de estudantes e público em geral, envolvendo 145

mil pessoas, que participaram de atividades lúdico-pedagógicas, teatros, jogos, mostrando que

ações individuais e coletivas podem influenciar e mobilizar a sociedade, em relação às questões de

combate ao desperdício de energia elétrica e água;

“Circuito da Energia”, que atingiu 21.014 estudantes e contou com a participação de 591 professores,

visando levar os alunos a construir conceitos de energia elétrica e seu uso racional, de forma lúdica,

a partir de experiências educativas interativas e diversificadas;

veiculação do tema “Conservação de Energia”, sendo 51 inserções em boletins internos e 36

inserções na mídia externa – rádio, televisão, internet e jornal.

Além disso, foram desenvolvidas as seguintes atividades técnicas:

realização de 28 estudos de eficientização energética em escolas e prédios públicos, nos estados

onde a Empresa possui suas instalações, com um potencial de economia de 4,16 GWh/ano;

implantação do sistema de rede elétrica de distribuição subterrânea e iluminação urbana do Centro

Histórico de Paraty (RJ).

Vale ressaltar, também, que o trabalho de sensibilização para o combate ao desperdício de água teve

continuidade em diversas instalações de FURNAS.

Quantidade

Acumulado até o Ano Sítios Identificados Sítios Estudados

2003 602 556

2004 657 580

2005 674 606

2006 674 618

2007 684 (1) 620 (2)

Total (1+2) 1.304

68

I n f o r m a ç õ e s d e N a t u r e z a S o c i a l e A m b i e n t a l

2007 2006

1. Geração e Distribuição de Riqueza R$ mil R$ mil

Valor Adicionado Total 2.342.559 2.111.140 Distribuição do Valor Adicionado 21,1% governo 27,9% empregados 17,8% governo 25,7% empregados A Demonstração do Valor 7,1% acionistas 43,9% financiadores 5,1% acionistas 51,4% financiadores Adicionado (DVA) está apresentada, na íntegra, no conjunto das Demonstrações Contábeis 2. Recursos Humanos 2.1. Remuneração 2007 2006 Folha de Pagamento Bruta (FPB) (R$ mil) 767.315 672.660 Empregados (R$ mil) 763.844 668.657 Administradores (R$ mil) 3.471 4.003 Relação entre a maior e a menor remuneração: Empregados (%) 18,8 17,1 Administradores (%) 1 1 2.2. Benefício Concedido R$ mil % sobre FPB % sobre RL R$ mil % sobre FPB % sobre RL

Encargos Sociais 148.087 19,30 2,90 135.974 20,21 2,60 Alimentação 33.532 4,37 0,66 31.982 4,76 0,61 Transporte 2.114 0,28 0,04 2.960 0,44 0,06 Previdência privada 67.557 8,80 1,32 62.014 9,22 1,19 Saúde 70.185 9,15 1,38 64.052 9,52 1,23 Segurança e medicina do trabalho 5.268 0,69 0,10 5.059 0,75 0,10 Educação 1.717 0,22 0,03 1.325 0,20 0,03 Cultura 2.832 0,37 0,06 2.032 0,30 0,04 Capacitação e desenvolvimento profissional 21.357 2,78 0,42 17.300 2,57 0,33 Creches ou auxílio creche 697 0,09 0,01 675 0,10 0,01 Participação nos lucros ou resultados 61.574 8,02 1,21 55.289 8,22 1,06 Total 414.920 54,07 8,13 378.662 56,29 7,26 2.3. Composição do Corpo Funcional 2007 2006 Nº de empregados 4.534 4.525 Nº de admissões 59 156 Nº de demissões 50 212 Nº de estagiários 694 519 Nº de empregados portadores de necessidades especiais 251 * 230 Nº de prestadores de serviços terceirizados 1.857 1.923 Nº de empregados por sexo: Masculino 3.929 3.925 Feminino 605 600 Nº de empregados por faixa etária: Menores de 18 anos 0 0 De 18 a 35 anos 789 855 De 36 a 60 anos 3.618 3.573 Acima de 60 anos 127 97 Nº de empregados por nível de escolaridade: Analfabetos 0 0 Com ensino fundamental 362 327 Com ensino médio 671 755 Com ensino técnico 1.210 1.791 Com ensino superior 1.574 956 Pós-graduados 717 696 Percentual de ocupantes de cargos de chefia, por sexo: Masculino 88,95 88,90 Feminino 11,05 11,10 2.4. Contingências e Passivos Trabalhistas 2007 2006 Nº de processos trabalhistas movidos contra a entidade ** 543 907 Nº de processos trabalhistas julgados procedentes *** 3 1 Nº de processos trabalhistas julgados improcedentes **** 34 73 Valor total de indenizações e multas pagas por determinação da justiça ***** 25.052 15.223

69

* Refere-se à soma de 19 empregados efetivos e 232 profissionais vinculados ao contrato firmado com o Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Ibdd).

** Número de processos iniciados nos anos de 2006 e 2007.

*** Número de processos julgados procedentes independentemente do ano em que se iniciaram.

**** Número de processos julgados improcedentes independentemente do ano em que se iniciaram.

***** Valores relativos às indenizações e multas pagas nos anos de 2006 e 2007, independentemente do ano em que os processos se iniciaram.

2007 2006

3. Interação da Entidade com o Ambiente Externo R$ mil % sobre RO % sobre RL R$ mil % sobre RO % sobre RL

3.1. Relacionamento com a Comunidade Totais dos investimentos em: Educação 6.972 0,68 0,14 6.464 1,16 0,13 Cultura 5.179 0,51 0,10 11.170 2,00 0,21 Saúde e infra-estrutura 6.321 0,62 0,12 12.047 2,15 0,23 Esporte e lazer 271 0,03 0,01 0 0,00 0,00 Alimentação 3.079 0,30 0,06 2.023 0,36 0,04 Geração de trabalho e renda 573 0,06 0,01 269 0,05 0,01 Reassentamento de famílias 4.024 0,39 0,08 669 0,12 0,01 Total dos investimentos 26.419 2,59 0,52 32.642 5,84 0,63 Tributos (excluídos encargos sociais) 494.922 48,52 9,69 374.495 66,94 7,17 Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos 159.404 15,62 3,12 158.849 28,39 3,04

Total – Relacionamento com a Comunidade 680.745 66,73 13,33 565.986 101,17 10,84

3.2. Interação com os Fornecedores É exigida declaração dos fornecedores de que os mesmos não empregam menores de dezoito anos em trabalho noturno, perigoso ou insalubre e não empregam menores de dezesseis anos. É, ainda, exigida ressalva no caso de menores, a partir de quatorze anos, empregados na condição de aprendizes. 4. Interação com o Meio Ambiente R$ mil % sobre RO % sobre RL R$ mil % sobre RO % sobre RL Investimentos e gastos com manutenção nos processos operacionais para a melhoria do meio ambiente 11.287 1,11 0,22 5.154 0,92 0,10 Investimentos e gastos com a preservação e/ou recuperação de ambientes degradados 18.576 1,82 0,36 17.374 3,11 0,33 Investimentos e gastos com a educação ambiental para empregados, terceirizados, autônomos e administradores da entidade 1 0,00 0,00 15 0,00 0,00 Investimentos e gastos com educação ambiental para a comunidade 2.421 0,24 0,05 1.347 0,24 0,03 Investimentos e gastos com outros projetos ambientais 2.605 0,25 0,05 1.018 0,18 0,02 Quantidade de processos ambientais, administrativos e judiciais movidos contra a entidade 0 0,00 0,00 - 0,00 0,00 Valor das multas e das indenizações relativas à matéria ambiental, determinadas administrativa e/ou judicialmente 0 0,00 0,00 - 0,00 0,00 Passivos e contingências ambientais 0 0,00 0,00 - 0,00 0,00

Total da Interação com o Meio Ambiente 34.890 3,42 0,68 24.908 4,45 0,47 5. Outras Informações 2007 2006 Receita Líquida (RL) 5.105.173 5.219.183 Resultado Operacional (RO) 1.020.110 559.448

70

C o n t r o l eI n t e r n o

UHE Mascarenhas de Moraes (MG) –mecanismo do distribuidor de turbina durante a modernização

7 1

O Controle Interno, na Administração Pública, conforme a conceituação

utilizada pelo TCU/CGU, constitui-se de um conjunto de planos,

atividades, métodos, indicadores e procedimentos interligados,

utilizados para assegurar a conformidade dos atos administrativos e

para que os objetivos e metas estabelecidos sejam alcançados.

O processo de prestação de contas anual de FURNAS segue as instruções

normativas emanadas do TCU/CGU, evidenciando a mitigação dos possíveis

riscos aos quais a Empresa possa estar submetida, a identificação da

materialidade dos elementos objetivos relacionados aos seus bens patrimoniais

e a transparência da conformidade dos seus atos e desempenho, em consonância

com a sua relevância enquanto empresa líder do Setor Elétrico.

Análise dos Controles e Procedimentos pela Audi tor ia Interna

A Auditoria Interna, subordinada diretamente ao Conselho de Administração, atua,

de forma preventiva, em assuntos relacionados aos controles internos, os quais são

reforçados pelas reuniões mensais dos Conselhos de Administração e Fiscal, e pela

reunião semanal da Diretoria Executiva.

Em 2007, foram realizados 127 trabalhos de acordo com o Plano Anual de Atividades de Auditoria

Interna (Paint), propiciando, dentre outros ganhos, o fortalecimento do ambiente de controles

internos, por meio, principalmente, da melhoria na segurança dos sistemas informatizados, do

aprimoramento das normas internas e do cumprimento da legislação vigente.

O Paint, desenvolvido a partir da matriz de riscos, identifica os processos que devem ter

monitoramento contínuo e análise dos controles internos associados.

Na elaboração da matriz de risco, são consideradas as características operacionais de FURNAS,

com ênfase nos seguintes indicadores: materialidade, relevância, vulnerabilidade, risco, criticidade,

legislação e imagem.

Em 2007, em continuidade ao processo de adequação do ambiente de controles internos de FURNAS à Lei

SOX, Seção 404, por demanda da controladora, Eletrobrás, foi emitido o Relatório sobre o Estudo e Avaliação

dos Sistemas Contábil e de Controles Internos, elaborado em conexão com o Exame das Demonstrações

Contábeis para o exercício findo em 31 de dezembro de 2006. O referido relatório foi emitido pelo auditor

independente PriceWaterhouseCoopers, considerando os processos relevantes da Empresa.

Os assuntos referentes aos trabalhos de auditoria, realizados no exercício de 2007, foram reportados

aos respectivos gestores, para as regularizações e melhorias necessárias.

Adicionalmente, a Auditoria Interna participou, ativamente, dos trabalhos de adequação à SOX, por

meio da disponibilização de empregados para realização e acompanhamento dos trabalhos executados

pela consultoria e pelo auditor independente.

Na busca do aperfeiçoamento contínuo e da adoção das melhores práticas de mercado, a Auditoria

Interna participou de seminários, congressos, cursos de especialização e intercâmbio (Benchmarking)

com outras auditorias internas, áreas de risco e outras áreas de interesse.

Pareceres do Conselho F isca lO Conselho Fiscal, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, emitiu dois pareceres no ano de 2007. O

primeiro, após análise do Relatório da Administração e das Demonstrações Contábeis relativos ao exercício

de 2006 e o segundo referente ao orçamento da Empresa para o exercício de 2007. Todos os pareceres foram

favoráveis, com recomendação de aprovação por parte dos Acionistas na Assembléia Geral de Acionistas.