Rinossinusite alérgica Prof. Ivana Damásio Moutinho.
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Rinossinusite alérgica
Prof. Ivana Damásio Moutinho
Vias Aéreas Superiores
Rinite alérgica
Inflamação da mucosa nasal, mediada por Ac IgE, que ocorre após exposição a alérgenos.
Presença de pelo menos um dos sintomas Prurido nasal Espirros em salva Obstrução nasal Coriza hialina
Rinite alérgica
Há envolvimento de mastócitos, basófilos, eosinófilos e linfócitos.
Produção de mediadores inflamatórios e interleucinas que alteram a mucosa nasal e tecidos adjacentes.
Ambos os sexos Em qualquer idade
Rinite alérgica
Fatores desencadeantes e/ou agravantes Ácaros Fungos Epitélio, urina e saliva de cães e gatos Barata Pólens
Irritantes inespecíficos Odores fortes Fumaça de tabaco
Rinossinoconjuntivite alérgica
Gotejamento pós-nasal Prurido ocular, lacrimejamento e
fotofobia
RA_ Epidemiologia
10 a 20% da pop. mundial Fator de risco para a asma 40% com RA têm asma 80 a 90% de asmáticos têm RA Rinite é fator de risco para asma:
aumenta em 3X a chance em atópicos e não-atópicos.
Rinite alérgica_ classificação
Persistente ≥ 4 dias/semana e≥ 4 semanas/ano
Leve Sono normal
Atividades diárias normais (escola,
trabalho, esportes)
Moderada/graveSono anormal
Sintomas indesejáveisCompromete
atividades diárias
Intermitente < 4dias/semana
ou < 4 semanas/ano
RA_ quadro clínico
Espirradores É a forma mais
comum Corrimento nasal
aquoso Espirros
paroxísticos Prurido nasal Obstrução nasal
(variável) Pioram de dia
Obstruídos Sintomas dia e
noite Pioram à noite Poucos espirros Muco nasal
espesso, mais posterior
Pouco prurido Obstrução nasal
intensa
RA_ exame físico
Saudação do alérgico Fricção nasal que levanta a ponta do nariz com
a palma da mão. Linha ou sulco nasal transverso
Face alongada Hipotonia do lábio inferior e bochechas Respiração oral Hiperemia conjuntival e lacrimejamento
RA_ exame físico
Cavidade nasal (rinoscopia) Coloração da mucosa
Pálida, hiperemiada, violácea Edema de cornetos nasais Desvio de septo Presença de secreção hialina
RA_ exames laboratoriais
Dosagem de IgE total e eosinófilos inespecíficos
Citologia nasal: ≥ 20% eosinófilos IgE específica: sensibilização a alérgenos
e não é diagnóstico Prick teste (in vivo) Rast/ Immunocap (in vitro): positivo: classe 3
ou + TC seios da face: para as complicações
RA _ diagnóstico diferencial
Rinites infecciosas Gravidez e hipotireoidismo Vasculites, lupus Anormalidades anatômicas Neoplasias Imobilidade ciliar, fibrose cística Rinite atrófica, vasomotora,
ocupacional
RA_ tratamento Controle de ambiente
Evidência D, está em todos os consensos. Lavagem nasal
Solução isotônica (NaCl 0,9%) Medicamentos
Anti-histamínicos anti H1 Anti-histamínicos tópicos Cromonas Descongestionantes tópicos e sistêmicos Corticosteróides Antileucotrienos Ac monoclonais humanizados (omalizumab)
RA_ tratamento
Tratamento
Intermiten
teLeve
Intermitente
Moderada-Grave
Persistente
Leve
Persistente
Moderada Grave
Corticosteróide intranasalCromona intranasal
(lactentes)/antileucotrienos orais
Anti-H1 oralDescongestionante intranasal < 5 dias/ oral
para adolescentes e adultos (+H1)Imunoterapia
RA_ antihistamínicos orais
1a geração Sonolência (colinérgicos)
2a geração Efeitos mais duradouros e nos extra
nasais Maior custo
Tópicos Azelastina, 12/12 horas. Rápida ação. Efeitos apenas para sintomas nasais
RA_ antihistamínicos orais
RA_ cromonas
Cromoglicato dissódico Estabilizante de mastócitos Efeitos discretos nos espirradores Úteis em lactentes crianças pequenas Pouco efeito na obstrução
RA_ corticosteróides
Agem em todos os sintomas da RA Uso tópico
Mais eficientes em relação à obstrução nasal
Aquosos diminuem efeitos colaterais como ressecamento, queimação e sangramento.
Sistêmicos Casos graves e urgentes
RA_ corticosteróides tópicos
RA_ antileucotrienos
Os leucotrienos são importantes mediadores inflamatórios
Potentes agentes broncoconstritores e vasodilatadores, aumentam a secreção de muco e a atração eosinofílica.
A iniciativa ARIA indica antileucotrienos para pacientes com RA e asma sintomática.(ARIA: Allergic rhinitis and its impact on asthma)
RA_ imunoterapia específica
Extratos bem padronizados e específicos
Em > 5 anos de idade Nas formas persistentes que não
respondem aos outros tratamentos. Podem causar reações como
anafilaxia Alergologista
RA_ complicações
Otite média serosa Sinusite aguda Sinusite crônica
Sinusite aguda
Agentes Streptococcus pneumoniae Haemophilus influenzae Moraxella catarrhalis
Tratamento Amoxicilina, Amoxicilina-clavulanato Cefalosporina de 2a e 3a geração 10 a 14 dias, reavaliar com 72 horas Descongestionantes tópicos por até 5 dias
(nafazolina, epinefrina e oximetazolina) Ciclos curtos de CE orais.
Sinusite crônica
Endoscopia e TC são imprescindíveis Especialista Agentes
Streptococcus pneumoniae Haemophilus influenzae Moraxella catarrhalis Staphilococcus aureus Anaeróbios
Tratamento Amoxicilina/clavulanato, aminoglicosídeos,
cefalosporinas de 2a e 3a geração. 21 dias a 6 semanas.