REZAR, AMAR E SERVIR A palavra do Pastor Dom Sergio da Rocha Arcebispo de Brasília
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REZAR, AMAR E SERVIR
A palavra do PastorDom Sergio da RochaArcebispo de Brasília
O Evangelho segundo São Marcos, ao apresentar a cura da sogra de Simão Pedro, destaca os gestos de Jesus que dela “se aproximou, segurou a sua mão e ajudou-a a
levantar-se”. Foi de Jesus a iniciativa de aproximar-se daquela mulher que se encontrava enferma e acamada. A cura realizada é dom, sinal do amor
misericordioso de Jesus pelos enfermos.
Contudo, foi importante o papel de Simão e André que foram até Jesus lhe contar o que se passava e o levaram até ela. Outros dois amigos de Simão e André, os
discípulos Tiago e João, foram também com Jesus visitar aquela que se encontrava doente.
Em nosso tempo, há muita gente que sofre, necessitada da presença fraterna dos irmãos, à espera de uma visita ou de um gesto de solidariedade. É preciso repetir, hoje,
o gesto de Jesus de aproximar-se de quem sofre, estender-lhe as mãos e ajudar a levantar-se. Jesus quer continuar a entrar na casa dos doentes, dos pobres e dos sofredores, através de nossa visita, recordando-nos especialmente daquela sua
palavra “estive doente e me visitastes”.
É preciso levar o Pão da Palavra e da Eucaristia aos doentes, em nossas Comunidades. Não basta cada um fazer a sua parte, espontaneamente, embora isso
seja muito necessário. É preciso organizar de modo comunitário a prática da caridade, conforme enfatizou o Papa Bento XVI, em sua primeira encíclica “Deus caritas est”
(Deus é amor).
Quando isso ocorre, levamos esperança de vida nova aos que sofrem, fruto do encontro com Cristo e da solidariedade dos discípulos de Jesus. “A febre
desapareceu e ela começou a servi-los”, ressalta Marcos.
Necessitamos superar a acomodação e a indiferença que impedem de levantarmos e de nos colocarmos a serviço dos irmãos, principalmente, dos que mais sofrem.
No início da narrativa, o evangelista assinala que “Jesus saiu da sinagoga” e foi para a casa de Simão. Ao participar de nossas celebrações e ao sair de nossas igrejas,
possamos nos dispor a ir ao encontro das pessoas que estão passando por enfermidades e outras provações para lhes transmitir o nosso testemunho de fé e de
caridade.
A oração e o amor fraterno se exigem e se completam. Por isso, quem quer imitar o gesto de Jesus de amor aos que sofrem deve também imitar a sua atitude de oração,
narrada pelo Evangelho. “De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto”.
Assim como Jesus, precisamos nos dispor a encontrar tempo e lugar para rezar. Não basta boa vontade, embora seja importante; é preciso organizar a própria vida para
dispor de um tempo maior e mais adequado para a oração e a meditação.
Após rezar, Jesus se dirige novamente “às aldeias da redondeza”, para evangelizar, pois a verdadeira oração está sempre ligada à missão, dela fazendo parte.
Procuremos rezar mais para melhor amar e servir!
Texto – Dom Sergio da Rocha no Povo de Deus, folha semanal da Arquidiocese de Brasília. Quinto domingo do Tempo Comum de 2012
Imagens – Google
Música – Ave Maria Instrumental – Pe. Marcelo
Formatação - Graziela
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