Revolução industrial

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Por Maria José Guimarães REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

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Por Maria José Guimarães

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

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• O mundo em que vivemos hoje é o resultado de grandes transformações ocorridas há muito tempo.

• Iremos tratar,

nessas aulas, as mu-

danças provocadas

pela Revolução

Industrial ocorrida

na Europa no século

XVIII.

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Então como se produzia antes?

• A forma de se produzir mudou de acordo com o tempo, novas tecnologias, aumento da população...

• Mulheres, homens e crianças trabalhavam como agricultores, criadores de animais e artesão.

• Fonte de energia: água, vento e tração animal.

• Nas cidades as principais atividades era o comércio ou administração pública.

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Fases do sistema produtivo

• ARTESANATO

• Os artesãos eram os responsáveis por todas as etapas da transformação da matéria-prima em mercadoria. Sendo o dono da matéria-prima e dos instrumentos de produção.

• O jovem artesão era o aprendiz.

• Corporações de ofício: onde os grupos de artesãos e aprendizes se reunião.

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MANUFATURA• No século XVIII surgiu a manufatura, quando

grandes oficinas tinham trabalhadoresexecutando as tarefas manuais usandoferramentas que não lhes pertenciam. Com amanufatura, ele não tinha nenhumaferramenta e vendia a sua força de trabalhopara executar uma tarefa previamentedeterminada.

• A diferença social começava a aparecerentre os trabalhadores e os donos dasmanufaturas.

• Surge a divisão do trabalho.

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MAQUINOFATURA

• Sistema de produção em que a máquina desempenha o papel principal naprodução. A maquinofatura substituiu, a partir de finais do século XVIII, aprodução baseada no trabalho manual, ou seja, a manufatura.

• A Maquinofatura provocou profundas alterações na forma de produzir: Afábrica substitui a oficina doméstica.

• A produção em série substitui a produção artesanal.(A utilização dasmáquinas permitiu aumentar a produção e obrigou a uma modernizaçãoconstante do equipamento).

• A maquinização tomou o lugar do trabalho manual.(A máquina substituía ooperário, que tinha sobretudo um papel de vigilância, controle e verificaçãodo maquinismo).

• Acentuou-se a divisão do trabalho (a maioria do operariado era formada poraqueles que tinham funções mais simples e menos remuneradas e umaminoria tinha as funções mais complexas e mais bem pagas)

• As diferenças sociais se tornam cada vez maiores

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Fases da Revolução Industrial

. Primeira Fase (1760 a 1860): A Revolução

Industrial ficou limitada, basicamente, à

Inglaterra, o primeiro país europeu a

conhecer um rápido processo de

industrialização, baseado na utilização do

carvão e do ferro e na fabricação de tecidos

com a utilização do tear mecânico. Máquina

a vapor usada em mina de carvão, no

século XVIII

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• Segunda Fase (1860 a 1900): Aindustrialização espalhou-se por diversasregiões da Europa, atingindo países comoFrança, Alemanha, Itália, Bélgica eHolanda. Em outros continentes, oprocesso de industrialização alcançou osEstados Unidos e o Japão. Nesseperíodo, as principais inovações técnicasforam a utilização da energia elétrica e odesenvolvimento dos produtos químicos.

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• Terceira Fase (1860 a 1900): 1900 até

hoje – Surgem conglomerados industriais

e multinacionais. A produção se

automatiza; começa a produção em série

e explode a sociedade de consumo de

massas, com a expansão dos meios de

comunicação. A indústria química e

eletrônica, a engenharia genética e a

robótica avançam.

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O Pioneirismo Inglês• O pioneirismo inglês no processo de Revolução Industrial em meados do século

XVIII, pode ser explicado por diversos fatores:

• POLÍTICA ECONÔMICA LIBERAL Antes da liberalização econômica, as atividades

industriais e comerciais estavam cartelizadas pelo rígido sistemas de guildas, e por

causa disso a entrada de novos competidores e a inovação tecnológica eram muito

limitadas. Com a liberalização da indústria e do comércio, ocorreu um enorme

progresso tecnológico e um grande aumento da produtividade em um curto espaço

de tempo

• RESERVAS DE CARVÃO MINERAL A Inglaterra possuía grandes reservas de

carvão mineral em seu subsolo, sendo essa a principal fonte de energia para

movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor.

• RESERVAS DE MINÉRIO DE FERRO A Inglaterra possuía grandes reservas de

minério de ferro, sendo essa a principal matéria-prima utilizada na indústria.

• MÃO-DE-OBRA DISPONÍVEL A aprovação da Lei dos Cercamentos de Terra

(enclousures) na Inglaterra foi responsável por um grande êxodo no campo, e

consequentemente pela disponibilidade de mão-de-obra abundante e barata nas

cidades.

• ACUMULAÇÃO DE CAPITAL A grande quantidade de capital acumulado durante a

fase do mercantilismo, permitiu que a burguesia inglesa tivesse recursos financeiros

suficientes para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar

empregados.

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• O liberalismo de Adam Smith Revolução Industrial As novidades da Revolução Industrial trouxeram muitas dúvidas. O pensador escocês Adam Smith procurou responder racionalmente às perguntas da época. Seu livro “ A Riqueza das Nações” (1776) é considerada uma das obras fundadoras da ciência econômica. “O egoísmo é útil para a sociedade” Segundo Smith, quando uma pessoa busca o melhor para si, toda a sociedade é beneficiada. Portanto, é correto afirmar que os capitalistas só pensam em seus lucros. Mas, para lucrar têm de contratar empregados e vender produtos bons e baratos. O que, no fim, é ótimo para os consumidores e para toda a sociedade. “ O Estado deveria intervir o mínimo possível sobre a economia” Se as forças do mercado agissem livremente, a economia poderia crescer com vigor. Desse modo, cada empresário faria o que bem entendesse com seu capital, sem ter de obedecer a nenhum regulamento criado pelo governo.

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As fábricas e os trabalhadores

• As condições de trabalho eram péssimas e insalubres. Asfábricas eram mal iluminadas e ventiladas.

• Não existiam medidas nem equipamentos de segurança.Muitos se acidentavam, outros contraíam graves doenças.

• A jornada de trabalho era de 16 horas por dia, sem direito adescansos e férias. Os salários eram baixos e a disciplina erarigorosa, para manter o ritmo da produção. Os trabalhadoresnão tinham direitos e nem o amparo social.

• Mulheres e crianças trabalhavam da mesma maneira que oshomens, nas mesmas condições, mas o salário era bem menor.E pelos baixos salários oferecidos, era fundamental que todosos integrantes de uma família trabalhassem para garantir asobrevivência de todos.

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AS REAÇÕES DOS TRABALHADORES

• Os trabalhadores reagiram das mais diferentesformas. Podemos destacar alguns dosmovimentos:

• LUDISMO: o nome vem de Ned Ludlan,caracterizado pela destruição das máquinas.

• CARTISMO: organizado pela “Associação dosOperários”, que exigiam melhores condições detrabalho e o fim do voto censitário.

• TRADE–UNIONS: associações de operários queevoluíram lentamente em suas reivindicações,originando os primeiros sindicatos modernos.

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Consequências

• A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida dotrabalhador braçal.

• Provocou inicialmente um intenso deslocamento da população rural paraas cidades, com enormes concentrações urbanas.

• O barulho e poluição passaram a fazer parte do cotidiano dos moradoresdos centros urbanos.

• O desenvolvimento das ferrovias irá absorver grande parte da mão-de-obramasculina adulta, provocando, em escala crescente, a utilização demulheres e crianças como trabalhadores nas fábricas têxteis e nas minas

• A produção em larga escala e dividida em etapas distanciou cada vez maiso trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores dominaapenas uma etapa da produção.

• O proletariado urbano surgiu como uma classe bem definida e submetidaàs péssimas condições de moradia (cortiços), salários baixos e com umaextensa jornada de trabalho diante da ausência de leis trabalhistas:

• 1780 – em torno de 80 horas por semana;

• 1820 – 67 horas por semana;

• 1860 – 53 horas por semana

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