Revist@Mais Set'15

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revist revist @ @ mais mais inovação inovação inovação amizade amizade amizade futuro futuro futuro AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE OLIVEIRA DO BAIRRO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE OLIVEIRA DO BAIRRO ISSN 2183 — 2196 ano levo 2014/15 revist@ nº 8, setembro 2015 ambição ambição ambição

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Revista do AEOB, setembro de 2015

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE OLIVEIRA DO BAIRROAGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE OLIVEIRA DO BAIRRO

ISSN 2183 — 2196 ano letivo 2014/15

revist@ nº 8, setembro 2015

ambiçãoambiçãoambição

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págin@ 2 Sede: Rua Dr Acácio de Azevedo, 28 — 3770-213 Oliveira do Bairro — Tel: +351 234 747 747

FICHA TÉCNICA título

revist@mais

equipa técnica

Capa: Paula Agostinho

Revisão: Lília Filipe e Lygia Pereira

Editor: Joaquim de Almeida

Entrevista: Ana Barqueiro

ISSN

2183—2196

tiragem

250 exemplares

Reservados todos os direitos de acordo

com a legislação em vigor

setembro 2015

agradecimentos

A toda a comunidade escolar, mas espe-

cialmente aos alunos sem os quais esta

publicação não faria sentido.

índice págin@ 3 editori@l

pré-escolar em revist@

págin@ 4

págin@ 9

1º ciclo em revist@

págin@ 13

págin@ 17

educação especi@l

págin@ 21

trabalhos de @lunos

ensino profissionalizante em revist@

págin@ 30

págin@ 33

bibliotec@ndo ...

págin@ 36

… em entrevist@

págin@ 39

págin@ 40

acontece no @eob

desporto em revist@

revist@ nº 8, setembro 2015

sugest@ao do chef págin@ 29

... conta-me como er@

... for@ de portas

págin@ 43

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editorial págin@ 3 Sede: Rua Dr Acácio de Azevedo, 28 — 3770-213 Oliveira do Bairro — Tel: +351 234 747 747

Na altura em que frequentava a escola, não digo “no meu tempo” porque

me chamariam ”velhota” ou “cota”, as aulas começavam a 7 de outubro.

Curioso… quando frequentemente ouvimos comentar “nesse tempo sim,

na escola ensinava-se e aprendia-se”!

Do mês de Setembro, eu e a maioria dos jovens da minha idade, guarda-

mos maravilhosas recordações. Era altura de vindimas! Crianças, jovens e

idosos, ricos e pobres, todos se juntavam para vindimar, para pisar as

uvas no lagar, para comer as papas de abóbora quentinhas ao final do dia.

E depois havia a colheita e secagem do milho…

O facto das aulas terminarem nos finais de junho e iniciarem só em outu-

bro, permitia-nos viver ativa e alegremente todas as fainas agrícolas de

verão, sermos felizes e simultaneamente desejosos de regressar às aulas.

Este ano as aulas começam a 21 de Setembro.

Muito se tem escrito e falado sobre este “atraso” e suas implicações: não

haverá tempo para a lecionação de todos os conteúdos; será difícil cum-

prir as metas; o período prolongado de férias conduzirá à perda de hábi-

tos de trabalho; enfim, um rol infinito de razões, que fazem antever um

ano letivo calamitoso.

O que preocupa realmente os pais? E digo pais, porque não julgo que os

professores estejam realmente preocupados com o facto de terem mais

uma semana para preparar refletidamente o regresso dos alunos.

Muitas famílias hoje, pelas mais diversas razões, têm menos tempo de

qualidade para os filhos, abdicando dos seus direitos ao delegar na escola

muitas das tarefas que lhes são devidas, descurando a ligação afetiva e o

acompanhamento diário, pretendendo conferir à escola o papel básico de

ATL, em que o essencial é cuidar das crianças e ocupar os jovens. Há cri-

anças que entram na escola às 7.30 da manhã e saem às 7 horas da tarde;

há crianças que após saírem da escola passam horas em ocupações extra

escolares; há um número demasiado elevado de crianças que ocupam em

frente ao televisor, ao computador ou a teclar no telemóvel, o escasso

tempo passado em casa. E quando é que brincam livremente ao ar livre,

correm e saltam com os vizinhos, sujam as mãos na terra, vivem experiên-

cias que não são atividades orientadas e supervisionadas? Falamos tanto

em autonomia, mas como é que ela se desenvolve?

Felizmente vivemos num concelho onde ainda podemos desfrutar do

campo, respirar ar não poluído, onde faz pouco sentido visitar quintas

pedagógicas, porque há hortas, quintais e pinhais, onde ainda é possível,

em muitos casos, confiar as crianças aos cuidados dos avós ou dos vizi-

nhos, onde os nossos jovens podem ocupar os seus tempos livres em par-

ques ao ar livre ou atividades de voluntariado.

Nunca ninguém disse que criar os filhos é tarefa fácil, mas não nos deixe-

mos cair na tentação de a descomplicar, passando para a escola respon-

sabilidades que são, e devemos pugnar para que continuem a ser, da fa-

mília!

Aproveitemos as condições que a nossa região ainda nos oferece para

tornar os nossos filhos crianças e jovens felizes, responsáveis e criativos,

comprometidos com deveres sociais.

Quanto à escola, cá estaremos no dia 21, empenhados em cumprir o nos-

so papel, desejosos de receber os vossos filhos e certos de que não faltará

tempo para cumprir os nossos objetivos.

Bom ano letivo para todos!

Sejamos felizes!

Júlia Gradeço — Diretora do AEOB

editori@l revist@ nº 8, setembro 2015

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… em entrevist@

à conversa com …

Jaime Martins, Professor aposentado do

Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro

Jaime Augusto da Rocha Martins, licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto, lecionou as

disciplinas de Português, Estudos Sociais e História e Geografia de Portugal, durante vários anos, no

atual Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro. Além de docente, também exerceu funções de

Presidente do Conselho Diretivo / Conselho Pedagógico e Perito de Orientação Escolar e Vocacional

nos Serviços de Psicologia e Orientação do Agrupamento.

Dedicou-se também à implementação de projetos que visavam o sucesso do ensino/aprendizagem.

Aposentado desde 2012, quisemos saber como ocupa atualmente o seu tempo.

Preferências:

Escritor de língua portuguesa: Aquilino Ribeiro pela temática e pela linguagem popular onde os regi-

onalismos ganham estatuto e eternizam o povo mais simples; Sofia de Mello Breyner pela clareza e

simplicidade da linguagem expressa na literatura infantil

revist@ nº 8, setembro 2015

Modalidade desportiva: Todas, em geral, mas o futebol em particular

Cor: A cor do coração: vermelho (mas o azul segue de perto)

Cidade: Braga

Prato favorito: Cozido à Portuguesa

Clube de eleição: Glorioso S.L.Benfica

Destino de férias: Algarve e Barra

Passatempo: Leitura e futebol (só visto, infelizmente)

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em entrevist@

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… em entrevist@ … em entrevist@

Depois da sua tão longa e dedicada carreira como docente, como ocupa

atualmente o seu tempo?

Antes de iniciar esta conversa, gostaria de agradecer a lembrança e a

oportunidade de repassar o “filme” de uma carreira de quarenta anos,

trinta e três dos quais ligados às Escolas de Oliveira do Bairro. Mesmo nas

passagens de três anos por Lisboa (pós-graduação no Instituto de Orien-

tação Profissional) e sete por Salamanca (parte curricular do doutoramen-

to em Psicologia da Educação na Faculdade de Psicologia de Salamanca),

nunca deixei de estar ligado à Escola Preparatória de Oliveira do Bairro e

posteriormente ao Agrupamento de Escolas.

Respondendo objetivamente à pergunta, o meu tempo, hoje, orienta-se

por outro quadrante. A viticultura e a gestão do património familiar ocu-

pam-no totalmente, com a mesma entrega e paixão que a escola e a edu-

cação me mereciam, mas com uma diferença significativa: a gestão do

tempo decorre por minha conta.

A viticultura passou a ser o objeto, quase permanente, das minhas preo-

cupações: os problemas que coloca, os desafios que promove, as exigên-

cias que faz constituem uma aliciante alternativa à vivência que fazia na

área educativa. Nunca se sabe tudo, nunca se tem solução completa para

tudo. Vive-se de aproximações, de pequenos êxitos, de satisfações inter-

nas… Replantações, escolha de cepas adequadas, substituição de paus e

arames são preocupações que preenchem o meu dia, acrescidas das ativi-

dades inerentes a quem produz vinho. É assim a vida!

O património familiar tem sido outra área absorvente do meu tempo.

Implica obras de melhoramento ou recuperação na adega, nos anexos e,

até, na própria casa. Os pinhais e terrenos carecem de tratamento

(limpeza, remoção de madeiras) ou aproveitamento (plantação de árvo-

res). O tempo torna-se, por vezes, escasso para tantos afazeres!

Mas nem só de trabalho vive o homem. Os netos ocupam um tempo es-

pecial, normalmente aos fins de semana, que é difícil verbalizar.

As viagens, mais frequentes, a Braga representam, de algum modo, o

regresso às origens, o contacto mais assíduo com familiares e amigos de

infância e juventude.

Quando, em 2012, passou à situação de professor aposentado, que sen-

timentos ou emoções vivenciou?

A aposentação para mim constituiu um passo consciente, embora marca-

do por sensações contraditórias. A nível macro e superestrutural (relação

com o poder distante), a turbulência do sistema, a falta de respeito pelos

agentes e instituições no terreno, o pretensiosismo político educativo

promoveram uma sensação interna de revolta que se traduzia em cansa-

ço, saturação, desilusão, condições prévias à internalização do fracasso,

empurrando-me para a aposentação; a nível microestrutural (relação di-

reta com a realidade educativa – escola, alunos, colegas, funcionários), a

sensação de vazio pelo muito a fazer, o fervilhar de ideias e projetos, o

relacionamento renovador com o(s) outro(s) foram emoções angustiantes

que custaram a enquadrar, fazendo-me desejar permanecer no ativo. No

meio deste jogo contraditório, valeu a vinha!…

Ainda hoje sinto a falta que me faz o diálogo com “certas” pessoas com

quem tinha uma identidade muito forte sobre a escola, a educação, o

processo ensino-aprendizagem...

revist@ nº 8, setembro 2015

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No seu percurso, como docente, passou por várias reformas e reestrutu-

rações do ensino e do modelo educativo. Considera que essas constan-

tes alterações foram benéficas tanto para os alunos como para os pro-

fessores?

Agradeço a pertinência da pergunta, pois representa, no meu modesto

entender, o cerne da problemática na área educativa. Toda a gente neste

país sabe muito (ou tudo, até) de educação. Os piores parecem, até, ser

os agentes que foram formados e preparados para a função e gastaram a

vida a lutar pela educação!... (Não estou, de modo algum, a passar uma

esponja ou a diluir responsabilidades sobre problemas profundos, como a

formação inicial de professores, a formação contínua e tantas outros!...)

Pondo o cinismo de lado, afirmo perentoriamente a minha satisfação de

ter vivido dois exemplos enormes de reflexão e aprendizagem sobre edu-

cação: a reforma do sistema educativo perpetrada pela equipa do profes-

sor Fraústo da Silva e encimada pela equipa ministerial do professor Ro-

berto Carneiro, nos anos oitenta, e “os diálogos” do professor Marçal Gri-

lo (ministro da educação) nos anos noventa.

Dava-me gosto ler os documentos essenciais da reforma educativa pelo

fundamento, pela profundidade e pela clareza das conceções e propostas

neles contidos. Pena foi que tivéssemos ficado pelos documentos que

continuam disponíveis no pó das bibliotecas escolares, pois a estratégia

de formação dos agentes no terreno foi um desastre, na minha singela

opinião. Passou-se a ter acesso a um conhecimento e a uma formação

requentada, por vezes, aziumada, onde os condimentos e ingredientes

foram deglutidos, desvirtuados, originando uma cultura verbalista de pa-

lavras sem significado na ação.

Os diálogos do professor

Marçal Grilo, por sua vez,

eram um livro aberto de

clareza, de objetividade,

de profundidade e simpli-

cidade sobre educação.

Esteve à frente do Minis-

tério da Educação o tem-

po que esteve!

O resto, para responder

diretamente à questão,

foi, em geral, salvo uma

ou outra exceção isolada,

um desfilar de vaidades

partidárias ou pessoais,

de decisões politico edu-

cativas que nunca teve em conta o respeito basilar e essencial devido a

quem diariamente se confrontava com a realidade do terreno e vivenciava

a incongruência de muitas conceções e decisões políticas. O importante

era “ficar na História”, aprovar uma nova reforma, fazer alterações no

sistema.

Tempo para assimilar as novas ideias, refletir sobre as decisões aprovadas,

avaliar as implicações decorrentes, definir e escolher estratégias de inter-

venção eram imperativos de agentes de segunda que ou não queriam

fazer nada e resistiam à mudança ou não tinham cabeça para pensar e só

existiam para obedecer.

… em entrevist@ revist@ nº 8, setembro 2015

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em entrevist@

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… em entrevist@

Esta falta de respeito pelas pessoas e instituições foi sempre o estandarte

dos responsáveis políticos pela educação. Hoje é assim, amanhã é assado,

depois de amanhã é frito ou grelhado. Sempre ao sabor do autor e nunca

em relação às necessidades e condições do(s) destinatário(s), promovendo

a despersonalização sucessiva de quem tinha a responsabilidade da práxis.

Era (e ainda é) moda “bater” na educação!

Desculpem o pretensiosismo, mas, na minha sofreguidão em encontrar

resposta ou aproximações aos problemas do dia-a-dia com os quais me

confrontava na instituição, na sala de aula ou no diálogo com os outros,

aprendi que a essência do processo educativo residia na relação entre pro-

fessor e aluno (turma, diria eu agora!), mediada pelo currículo. A relação é,

pois, o cerne da questão e não se constrói, altera ou modifica pelo simples

carregar no botão da máquina. Alguém se preocupou com o impacto que

as alterações constantes e os desvios sucessivos de rumo tinham nos agen-

tes (professores e funcionários), nos alunos, nos pais e, por consequência,

nas instituições? Que representação tinha tudo isso na mente dos alunos?

E dos pais? Que níveis de confiança e crédito promoviam? Que crença ser-

viam? Que imagem projetavam? Apetece-me dizer como Bertold Brecht no

poema “perguntas de um operário letrado”: “Tantas histórias, quantas

perguntas.”

Os resultados de todo este labor sem sentido, deste corre-corre sem nexo,

desta agitação sem rumo (por mais objetivos que se definam) está à vista:

uma degradação básica das relações de convivência social e de aprendiza-

gem, uma sobrevalorização do conhecimento em si mesmo sem interfe-

rência na vida. Vem-me à memória as palavras de um professor com quem

tive o prazer de me cruzar em Salamanca, ao teorizar sobre a diferença

entre as Teorias Prévias e as Teorias Científicas e seu impacto na vida das

pessoas em geral: “Toda a gente sabe hoje que é a terra que gira em volta

do sol, mas todos atuamos, na prática, como se o sol andasse em volta da

terra”.

Conviveu com bastantes colegas, alunos, professores e pessoal não do-

cente. Quer recordar os que o marcaram positivamente?

Quem lidou comigo ao longo da carreira (e me conhece) sabe que a minha

forma de ser e de estar assentou sempre no respeito pelo outro. O outro

constituiu sempre a referência das minhas ações e a fonte privilegiada das

minhas aprendizagens. Pelas oportunidades que me oferecia de aprender,

o outro representava sempre (muitas vezes no silêncio das minhas lucubra-

ções) o desafio de compreender, de refletir (partilhar, fundamentar, apro-

fundar, reformular, concordar, discordar, rejeitar, …), o confronto sadio

com os meus conhecimentos, conceções, referências e convicções. Neste

contexto, isolar alguém nas minhas referências seria um ato de marginali-

zação inaceitável que não ouso cometer. Assim, aprendi sempre com to-

dos: muito ou pouco, positiva ou negativamente! Aprendi com todos: alu-

nos, professores e pessoal não docente! Por isso, todos estão presentes no

meu obrigado geral.

Este reconhecimento não me impede, no entanto, de eleger relações de

afinidade e identidade mais próximas e mais profundas com colegas com

quem partilhei projetos e percursos: o Zé Cruz, o saudoso Lima Marques, a

inesquecível Paula Camacho, a Teresa Lacerda, a Elena Quinta, o António

Augusto, a Celeste Cravo, a Fátima Pataco, a Alice Oliveira, a Rita Marques,

a Isabel Quintaneiro, a Edite Fernandes, a Teresa Nabo, o César Roça, o

João Furtado, o Mário Alves, a Lília Filipe, a Alexandrina Santos, a Olga Al-

meida, a Maria Rojo.

… em entrevist@ revist@ nº 8, setembro 2015

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… em entrevist@

Deixo deliberadamente para o fim a Ana Barqueiro por ser a monitora

desta conversa e por tantas coisas que partilhamos!... Sobre cada um

destes colegas podia traduzir, numa frase, as mais-valias que me deram e

o impacto que produziram em mim ao longo dos muitos anos de convívio

e dos muitos e diferentes projetos: radiografia escolar do concelho de

Oliveira do Bairro, comemoração dos 25 anos da Escola Preparatória de

Oliveira do Bairro, a disciplina na Escola, projeto educativo “À procura da

identidade”, avaliação interna da Escola, Escola de pais, Viagem pelo

saber,… E outros de que a memória escondeu o registo. Qualquer destes

projetos se alicerçava em três dimensões essenciais: uma vertente insti-

tucional que visava a construção de uma escola de referência explícita,

clara e consciente, de todos e para todos; uma perspetiva desenvolvi-

mentista que procurava ter em conta o crescimento gradual e global dos

alunos desde o pré-escolar ao secundário e promover o sentido de per-

tença (inclusão) em todos os envolvidos; e um vetor estratégico que se

preocupava com cada etapa ao longo do processo. Uns tiveram pernas

para andar, outros perderam-se na poeira do tempo.

Não seria correto deixar sem uma palavra de referência a professora

Júlia Gradeço, diretora do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro,

pela confiança, liberdade, crédito e meios que sempre me concedeu para

a coordenação destes projetos.

Sente falta de estar na sala de aula? E na sala de professores?

Evidentemente. Sinto a falta de tudo, sem nostalgia. Os alunos e a sala de

aula fazem-me falta pela reflexão a que permanentemente me obrigavam

de reformular as minhas propostas de aprendizagem e estratégias de

ação, a maneira como os alunos respondiam à confiança neles depositada,

ao crédito nas suas capacidades e competências e ao apoio nas suas difi-

culdades e lacunas.

Os colegas e funcionários representavam os desafios diários que constan-

temente me povoavam o espírito, obrigando-me a rebuscar nos meus co-

nhecimentos, nas minhas consultas e pesquisas a resposta ou a integração

científica de situações concretas que me despertavam. Reconheço que,

neste sentido, eu era o ambiente que me rodeava, ao qual devo muito do

que era e sou.

Deixe-nos o seu apontamento sobre as características que considera real-

mente importantes para o desempenho da função docente.

Pergunta difícil, mas a que não me vou furtar, procurando dar uma respos-

ta à posteriori alicerçada numa carreira de quase quarenta anos:

- profunda, consistente e coerente for-

mação científica e psicopedagógica;

- respeito pelo outro (aceitação do ou-

tro como é à partida, visão do outro

pela positiva, crença objetiva no outro,

respeitando as condições que impõe e

mobilizando as estratégias que exige);

- capacidade de diálogo e abertura;

- capacidade de reflexão (promotora da

compreensão e da reformulação e

construtora da coerência e consistência

pessoais);

- paixão (alegria, entusiasmo e resistên-

cia à frustração).

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… em entrevist@ ensino profissionalizante em revist@

ALUNOS DE RESTAURAÇÃO CELEBRAM DIA DA CRIANÇA

No dia mundial da criança, a turma 10º D do curso profissional de restauração, variante cozinha e pastelaria foi ao pólo escolar de Vila Verde interagir

com os alunos do mesmo. Uns confecionaram, outros decoraram e comeram. Foi uma manhã muito agradável e diferente. Obrigada pela receção.

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MISSÃO CUMPRIDA — CURSO PROFISSIONAL DE RESTAURAÇÃO

Missão cumprida! E com sucesso! Vinte e um alunos do 12º ano do Curso Profissional de Restauração, variantes Cozinha e Pastelaria e Restaurante e Bar,

acompanhados dos seus formadores e na presença de um júri, a quem fica aqui um enorme agradecimento, concluíram e apresentaram, ao longo dos

dias 14, 15 e 16 de julho, as suas Provas de Aptidão Profissional. Aí, demonstraram muitas das competências adquiridas nos três anos do curso. O gosto

pela cozinha e pela sala estiveram presentes e o mercado de trabalho espera-os. Bom, foi saber que muitos destes alunos já se encontram a trabalhar

como resultado do seu excelente desempenho na Formação em Contexto de Trabalho terminada no passado dia três.

A Diretora de Turma e de Curso, professora Helena Almada, bem como todos os professores que os acompanharam ao longo dos três anos, desejam-lhes

muitas felicidades e sucesso profissional.

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VISITA DE ESTUDO A LISBOA E SINTRA

Nos dias 15 e 16 de abril, os alunos do 10º ano do Curso de Ciências Socioeconómicas e os alunos do

12º ano do Curso Profissional de Restauração, viveram dois dias recheados de conhecimento económi-

co, cidadania, gastronomia e turismo em Portugal.

Começaram então por uma boa lição de Economia na Euronext Lisboa - Bolsa de Lisboa, onde estive-

ram atentos e participaram ativamente. Seguiu-se a Assembleia da República onde assistiram, ao logo

de quase duas horas e entusiasticamente, ao Plenário cujo tema era a Natalidade. No final, o Deputado

Paulo Cavaleiro, simpaticamente, a quem deixamos aqui o nosso sincero agradecimento, proporcionou

uma visita a alguns espaços do edifício da Assembleia da República – Salão Nobre, Sala do Senado, Sala

dos Passos Perdidos e Escadaria Interior, deixando os alunos encantados.

Para finalizar o dia, um passeio junto ao Mosteiro dos Jerónimos e um pastelinho de Belém. O dia já ia

longo, era a hora de relaxar. Pernoitaram no Centro de Estágio do Jamor onde tiveram lugar as brinca-

deiras de jovens animados. Amanhece e a busca ao conhecimento continua. Torre do Tombo e todo o espaço envolvente. Apesar de algum sono perdi-

do, houve quem identificasse assuntos abordados nas disciplinas estudadas. Um passeio, de autocarro, pela cidade de Lisboa- Campo Grande, Rossio,

Terreiro do Paço, Cais do Sodré, rumo a Cascais- Boca do Inferno. Paragem obrigatória. Toda a linha do Litoral, Lisboa-Cascais, foi admirada.

Como não podia deixar de acontecer, os jovens apreciam, o almoço aconteceu no Cascais Shoping. Continuou-se até Sintra, onde se apreciaram as

Queijadas Finas de Sintra e se visitou a Quinta da Regaleira, guiados por um jovem

muito animado e competente. Os alunos, envolvidos na magia da natureza e arte aí

existentes, apreciaram e divertiram-se bastante.

Nesta visita, os alunos visionaram locais de elevado valor turístico, que em muito

contribuem para o crescimento da nossa Economia quando devidamente explorados

em todas as suas vertentes. A Restauração é um dos ramos que mais deve comple-

mentar este sector. Cumprimos os nossos objetivos e esperamos ter conseguido

“espicaçar” o espírito empreendedor destes jovens estudantes de Economia e Res-

tauração.

Professora Helena Almada

ensino profissionalizante em revist@

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ensino profissionalizante em revist@

No dia 18 de maio os alunos dos cursos profissionais tiveram a possibilidade de fazer uma formação na área de primeiros-socorros, ministrada pelo

bombeiro Rodrigo Almeida, do corpo de bombeiros de Oliveira do Bairro. Esta formação teve um impacto muito positivo, dado que os alunos foram

alertados para PREVENIR, OBSERVAR, OUVIR, PENSAR, DECIDIR e por fim ATUAR.

De início, foi enfatizada a necessidade dos alunos serem os primeiros a zelar pela sua segurança, pelo que foram dados exemplos muito práticos relaci-

onados com a prática em laboratório e em oficina. Mais uma vez a tónica foi a prevenção, mas em caso de acidente foi salientada a necessidade de

atuar.

A prática passou pela atuação em caso de objetos empalados (um vidro, uma lima, etc) e permitiu aos alunos aprenderam coisas tão simples e tão im-

portantes como medir a pulsação de outra pessoa. Aprenderam também como atuar em caso de choque hipovolémico (perda acentuada de líquidos

pelo organismo), em caso de encontrarem alguém inconsciente num local situado abaixo do solo, em caso de acidente rodoviário, etc.

Os alunos colocaram várias questões que foram prontamente respondidas pelo Bombeiro Rodrigo, que de alguma forma os levou a eles próprios às

respostas.Por exemplo, se tivessem de localizar a posição da sua casa naquele momento eram capazes de o fazer para um rápido socorro pelo INEM,

perguntou a Beatriz. Se se perderem no mato, como fazer, perguntou o Tiago. Por que é que o INEM faz tantas perguntas?

Foi uma formação muito rica e esclarecedora e esperamos que outras se repitam para uma sensibilização da comunidade educativa.

O nosso especial agradecimento ao Bombeiro Rodrigo Almeida e ao corpo de bombeiros de Oliveira do Bairro pela disponibilidade.

PRIMEIROS SOCORROS—FORMAÇÃO

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PROJETO VIDAS UBUNTU — CURSO VOCACIONAL 1º ANO

Na semana de 18 de maio realizou-se na Escola Secundária

de Oliveira do Bairro, com a turma do Curso Vocacional B, o

projeto "Vidas Ubuntu", promovido pelo Instituto Padre An-

tónio Vieira. Inspirado na filosofia Ubuntu (“Eu sou porque tu

és”), o projeto pretende desenvolver um processo de consci-

encialização, de recuperação de memórias, de génese de

sentido, de integração positiva de tudo o que foi vivido e de

valorização da identidade, através da metodologia de

“personal storytelling”. Durante 4 dias, três formadores da

Academia Ubuntu, com o apoio da Mediadora do Agrupa-

mento, estiveram a desenvolver este trabalho com os alu-

nos. Foram dias intensos, de muitos sorrisos, lágrimas e

emoções fortes. Dias de dinâmicas de grupo, de interação,

de partilha de histórias, vivências e sentimentos. Foram mo-

mentos em que o espírito de grupo se fortaleceu, em que se

estreitaram laços e em que os alunos se envolveram e empe-

nharam de forma muito marcante para todos. Mas mais im-

portante do que a nossa experiência, como adultos, é a vi-

vência dos alunos que revela de forma mais evidente as van-

tagens e potencialidades deste projeto. Por isso mesmo, par-

tilhamos o texto que o aluno Leandro Ramos escreveu sobre

esta atividade.

«O projeto “Vidas Ubuntu” tem como interesse a vida pesso-

al e a história de cada um dos alunos participantes. O projeto

consiste em mostrar que a nossa vida poderá ser exemplo

para outros, através de 5 etapas:

1ª Interação com os alunos e participantes do projeto.

2ª Visualização e exploração do filme "Freedom Writers"

para integração do projeto.

3ª Realização de desenhos sobre algo importante para nós e

a ligação com os nossos colegas.

4ª Realização de um texto de preparação para um vídeo exe-

cutado com o "Movie Maker"

5ª Partilha de alguns vídeos realizados pelos participantes.

Este projeto teve como objetivo demostrar que podemos ser

diferentes em alguns aspetos mas que somos iguais em to-

das as coisas do nosso dia a dia. O projeto teve a duração de

uma semana na qual os alunos interagiram com os monito-

res de forma intensa. Alguns dos alunos participantes afir-

maram: "Em uma semana, para além de nos darmos melhor,

conhecemos a forma de serem como são". Os alunos afir-

mam ainda terem tido uma ligação ótima com os monitores.

Foram apontados alguns aspetos positivos e um negativo. Os

aspetos positivos foram a interação com os monitores, a

criação do texto e a parte de realização do filme. O aspeto

negativo foi a despedida deste projeto!»

Queremos agradecer a todos aqueles que contribuíram para

que a implementação deste projeto na nossa escola fosse

possível!

Para saber mais sobre o projeto: http://www.vidasubuntu.pt

ensino profissionalizante em revist@

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revist@ nº 8, setembro 2015

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revist@ nº 8, setembro 2015

JUNTOS AFIRMÁMOS A CONSCIÊNCIA DA SOLIDARIEDADE - CENTRO ESCOLAR DE OIÃ NASCENTE

"A gratidão de quem recebe um benefício é sempre menor que o prazer

daquele que o faz", já dizia sabiamente o escritor Machado de Assis no con-

to Almas Agradecidas. E este foi o principio que esteve subjacente ao traba-

lho de projeto vivenciado no decurso do ano letivo de 2014/2015 pelas cri-

anças do jardim de infância em parceria com o primeiro ciclo do ensino bá-

sico da Escola de Oiã Nascente. Através das diversas iniciativas de solidarie-

dade que decorreram ao longo de todo o ano letivo, num trabalho em es-

treita parceria com a família e toda a comunidade educativa, a Escola básica

de Oiã Nascente assumiu-se como instituição social, concretizando enume-

ras ações solidárias que envolveram docentes, não docentes, crianças e

familiares. As diversas ações de solidariedade favoreceram a criação de vín-

culos de confiança e uniram as crianças e os adultos numa vontade coletiva

de ser solidário e de ajudar quem mais precisa.

As experiências educativas realizadas: comemoração do Dia Nacional do

Idoso, campanha solidária de Natal de recolha de vestuário, brinquedos e

produtos de higiene para instituições de solidariedade social, campanha de

recolha de pilhas para as unidades de IPO, recolha de tampinhas, dinamiza-

ção do Dia Nacional do Pijama e vivência do Dia do Nariz Vermelho, consti-

tuíram boas oportunidades para todos "sentirem na pele" os valores da

solidariedade, do respeito e da tolerância, num percurso indispensável ao

desenvolvimento de uma prática de compromisso e de responsabilidade

social numa ótica de educação para a cidadania.

Os dias partilhados em solidariedade irão certamente perdurar na memória

de todos quantos dele fizeram parte e constituem orgulho de quem, de co-

ração aberto, doou o que a sua generosidade facilitou.

Ana Paula Medina

pré-escolar em revist@

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pré-escolar em revist@ revist@ nº 8, setembro 2015

O trabalho que a seguir se apresenta foi desenvolvido com um grupo de 21

crianças de idades compreendidas entre os 4 e os 5 anos, sendo consequên-

cia da frequência na ação de formação "Expressão Dramática como Estímu-

lo à Criatividade " que decorreu nos meses de abril e maio deste ano.

O objetivo principal do trabalho prendeu-se com a necessidade de encon-

trar estratégias motivadoras para as crianças mais inibidas e com um nível

muito baixo de participação espontânea no grupo e para as que revelavam

maior dificuldade de expressão oral. Pretendia-se a consolidação da autoes-

tima e autoconfiança das crianças e o desenvolvimento de competências de

comunicação através da manipulação dos fantoches e construção de histó-

rias. A intencionalidade educativa subjacente preconizou a articulação de

saberes entre as diferentes áreas de conteúdo, privilegiando a comunicação

oral, a educação artística e dramática e o domínio da escrita. O recurso aos

fantoches pareceu ser uma excelente forma de captar o interesse e a impli-

cação das crianças, impelindo-as a participar com maior frequência nas ati-

vidades da sala. As sessões práticas do curso de formação e a dinâmica in-

cutida pela formadora foram essenciais para a implementação do trabalho

com o grupo de crianças sendo que a construção de diferentes tipos de fan-

toches e as propostas criativas constituíram estratégias ideais para os pro-

pósitos educativos. O trabalho desenvolvido bem como as estratégias e os

recursos utilizados promoveram o desenvolvimento de competências comu-

nicacionais e organizativas nas crianças e contribuíram para o aumento do

número de intervenções espontâneas nas crianças sinalizadas. O trajeto

formativo vivenciado representou também uma importante oportunidade

de renovação da prática pedagógica, revestindo uma experiência aprazível e

enriquecedora que contribuiu para o enriquecimento da prática educativa,

com reflexo direto no desempenho individual de algumas crianças do grupo.

EXPRESSÃO DRAMÁTICA COMO ESTÍMULO À CRIATIVIDADE: O PODER DA IMAGINAÇÃO - CENTRO ESCOLAR DE OIÃ NASCENTE

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pré-escolar em revist@

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pré-escolar em revist@ revist@ nº 8, setembro 2015

Sendo esta uma temática tão do interesse das crianças, optei por reportar

ao grupo o trabalho desenvolvido nas sessões presenciais da formação, o

que rapidamente despertou o entusiasmo e o interesse das crianças. A

"Alice" assim batizada, tornou-se rapidamente um elemento do grupo e o

brinquedo favorito das crianças. Fruto das aventuras imaginárias preconiza-

das pela "Alice", surgiu a ideia de produzir um livro criativo com as crianças.

Tendo como base uma história da Disney conhecida das crianças: "Alice no

país das Maravilhas" e como motivação o fantoche "Alice", depressa surgiu

o conto reinventado com entusiasmo pelas crianças.

"Alice no país das sapatilhas" foi produzido com entusiasmo ao longo de

duas semanas, tendo sido motivador para na concretização e planificação de

diversas atividades no domínio da expressão oral e escrita, domínio da ma-

temática e expressão artística. Reflexo do entusiasmo do grupo as propostas

da formadora foram sendo implementadas na sala, multiplicando-se a cons-

trução de algumas das personagens do conto que, quando manipuladas

provocaram diversos momentos de comunicação e de relacionamento ver-

bal entre as crianças.

Os fantoches confecionados bem como o livro construído foram apresenta-

dos à comunidade educativa na noite de 29 de maio e constituíram parte da

surpresa reservada às crianças para a comemoração do dia mundial da cri-

ança num trabalho de parceria com a família. A atividade, "Contos à luz das

estrelas" levou crianças e alguns familiares a pernoitar no jardim de infância

numa experiência que se revelou mágica!

O livro foi apresentado pelo grupo a todas as crianças do 1º CEB da Escola

de Oiã Nascente por altura da comemoração do dia mundial da criança.

Ana Paula Medina

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A hora do conto encanta as crianças e as histórias são fonte de aprendizagem e desenvolvimento. Ao utilizarmos a história como recurso pedagógico

levamos a criança a desenvolver a sua imaginação, a criatividade, a capacidade de discernimento e crítica. As histórias dão oportunidade de realizar

atividades interdisciplinares onde a expressão oral se cruza com a formação pessoal e social, a matemática, as expressões e o conhecimento do mundo.

Foi neste âmbito que o pré-escolar de Oliveira do Bairro utilizou a história “O Cuquedo”, num intercâmbio entre as três salas, estreitando a relação

entre os pares e os adultos envolvidos no processo cognitivo das crianças para dar continuidade à hora do conto com a dramatização desta história que

encantou os intervenientes e os espetadores.

A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS — CENTRO ESCOLAR DE OLIVEIRA DO BAIRRO

“O imaginário é o

motor do real”

Jaqueline Held

págin@ 16

pré-escolar em revist@

APRENDIZAGEM POR PROJETOS - CENTRO ESCOLAR DO TROVISCAL Depois de uma atividade de Desenho sobre o quarto de cada um, contei ao meu grupo de crianças que

tinha visitado na Holanda o museu de um pintor que também tinha pintado o seu quarto; Van Gogh.

Van Gogh? Que nome difícil! Como era a pintura? Quantos anos ele tem? Que mais pinturas viste lá?

Onde fica a Holanda no mapa do mundo?

Estava lançado o ponto de partida para mais um projeto de pesquisa que iria dar resposta a estas ques-

tões iniciais e trazer todo um conjunto de informações que também eu desconhecia.

Em casa contavam-se todas as descobertas que íamos fazendo na sala com a ajuda da Internet e na

Biblioteca local com os livros que a D. Fernanda, carinhosamente, selecionava para nós. Os pais tam-

bém iam para a Internet verificar se aquilo que contávamos era mesmo verdade. Sabíamos tanta coi-

sa! E era muito bom ver os adultos admirados! Eles aprenderam muito connosco… e nós aprendemos ainda mais a ensinar!

Depois, bem depois emergiu o nosso projeto de produção/criação: resolvemos pintar como Van Gogh. Mas foi um bocadinho difícil!

No final fizemos uma Exposição. Tínhamos que partilhar com os outros o que aprendemos e mostrar as nossas obras de arte.

Educadora Esperança Gomes

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Durante o mês de janeiro, a escritora Maria Sousa visitou algumas das es-

colas do nosso Agrupamento onde deu a conhecer a sua mais recente obra

“ Despertar”. Aquando da sua passagem pelo Centro Escolar do Troviscal,

a turma T4 aproveitou para conversar de uma forma bastante informal

com a escritora. Dessa conversa surgiu uma entrevista que nos dá a co-

nhecer um pouco melhor a autora.

Gabriel Pinhal: Porque escolheu o pseudónimo “Maria Sousa”?

Maria Sousa: Não é bem um pseudónimo. Maria Sousa faz parte do meu

nome. Eu chamo-me Maria de Lurdes de Sousa Rodrigues. Porque Sousa é

o apelido da mãe. A minha mãe já partiu, já não está connosco. Tinha eu

treze anos. Então, é uma homenagem à minha mãe para o apelido dela

ficar sempre para toda a eternidade, como sempre que eu escrever livros,

o Sousa vai surgir sempre.

Rafael: Onde nasceu e onde vive?

Maria Sousa: Nasci no distrito de Aveiro e vivo também em Aveiro, em São

Bernardo.

Lucas: O que a fez querer ser escritora?

Maria Sousa: Porque eu desde tenra idade, desde que comecei a ler, adoro

ler histórias infantis, adoro muito as ilustrações… Desde pequenina que eu

gostava de escrever e ilustrar livros. Eu sonhava um dia quando fosse adul-

ta, em vez de estar eu a ler o livro dos outros, ter um livro meu e ilustrar

esse mesmo livro.

Francisco: Há quanto tempo é escritora?

Maria Sousa: Há quatro anos. Antes a minha área era a financeira, andei a

estudar línguas e relações empresariais que não tem nada a ver com belas

artes mas o que eu gosto mesmo é de ilustrar, desenhar, escrever. Final-

mente consegui concretizar o meu sonho, pelo que nunca se deve desistir

dos sonhos.

Daniela Fernandes: Quantos livros já escreveu?

Maria Sousa: Eu tenho cinco livros, mas editados só tenho três. Como faço

ilustração e uso aguarela, tinta a óleo ou grafiti, demora muito tempo, en-

tão não tenho tempo para fazer mais que um livro por ano.

Rafaela Tavares: Qual a sua obra preferida?

Maria Sousa: Essa é uma pergunta tão difícil… porque eu gosto de todas.

São três e eu gosto de todas porque têm um toque especial, todas foram

escritas e ilustradas com paixão, muito prazer, portanto é como eu estives-

se a ser injusta com alguma … não há preferida, todas são especiais.

Oriana: Em que se inspirou para escrever o livro “Despertar”?

Maria Sousa: Inspirei-me na natureza, em todas as histórias e relatos de

conversas que tenho com professores, pais e alunos. Este tema, além de

tratar de ecologia, respeito pela natureza também trata da agressividade

entre os jovens.

Simão: Há quanto tempo lançou o seu 1.º livro?

Maria Sousa: Foi em dois mil e doze…

Diogo: Qual é o seu maior sonho?

Maria Sousa: Vou fantasiar um bocadinho… era haver paz, harmonia no

mundo. A nível profissional… que todas as crianças leiam os meus livros,

gostem dos meus livros e das minhas ilustrações e que sejam uma inspira-

ção, principalmente para todas as crianças. Gostava que os meus livros

transmitissem a mensagem de ecologia, cidadania, e que seja compreendi-

da por todas as crianças… e que as inspire …crianças e adultos.

1º ciclo em revist@ revist@ nº 8, setembro 2015 pré-escolar em revist@

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1º ciclo em revist@ Daniela Silva: O que faz quando não está a escrever?

Maria Sousa: Trato daquelas coisas chatas do dia-a-dia… da casa, tomo

conta do meu filho, o Gabriel, que tem 7 anos e que me dá muito prazer

estar e brincar com ele, ajudá-lo com os trabalhos, dar-lhe atenção.

Rafaela Moreira: Qual a melhor recordação do tempo da escola primária?

Maria Sousa: A aula de Educação Visual. Eu adorava desenhar e quando a

professora dizia para nós inventarmos qualquer coisa então aí é que eu

adorava e também gostava muito de jogar futebol.

Professora: Que mensagem gostaria de deixar aos alunos desta escola

para os incentivar a ler?

Maria Sousa: A ler? Eu tenho quase quarenta e três anos, mas ainda tenho

uma criança dentro de mim e o que me faz ser criança e ser feliz é entrar

no mundo da fantasia e ler é isso mesmo, é nós entrarmos noutro mundo,

noutra dimensão. É maravilhoso quando estamos a ler, se nós estivermos

mesmo concentrados na história temos a sensação que estamos lá, que

aquilo faz parte de nós e nós fazemos parte daquela história. A mensagem

que eu quero passar é em tudo o que façam vos dê prazer e estejam con-

centrados e entreguem-se de coração e alma para sentirem aquelas sensa-

ções boas que eu sinto sempre desde criança quando lia uma história, fica-

va tão envolvida que parecia que ficava dentro da história. Isso é fabuloso.

Alunos: Muito obrigado pela sua presença e pela entrevista.

Maria Sousa: Obrigada eu, meus pequeninos.

revist@ nº 8, setembro 2015

BICHOS DA SEDA—UMA APRENDIZAGEM POR PROJETO NO CENTRO ESCOLAR DO TROVISCAL

O Trabalho de aprendizagem por projetos cooperativos permite uma abor-

dagem holística e integradora do currículo e que os professores passem de

“transmissores” de saberes a “provocadores” de desenvolvimento.

Ao longo do ano letivo os bichos da seda proporcionaram imensas aprendi-

zagens na nossa escola. A Turma T3 foi incentivada a desenvolver mais um

novo projeto obedecendo a toda a metodologia subjacente a este tipo de

prática pedagógica e à qual todos os alunos já conhecem . Para além disso,

e uma vez que o projeto a isso proporcionava, foi criada uma folha de re-

gisto onde se mencionavam todas as fases da metamorfose dos bichos da

seda. Também a família foi contagiada pelas descobertas, uma vez que era

também uma novidade para a maioria dos adultos. Os alunos “passeavam

“os bichos entre a escola e a família que se encarregava de apanhar as fo-

lhas de amoreira (único alimento) que eram partilhadas com todos. Já na

turma da Educação Pré-escolar desenvolveu-se um projeto de pesquisa

sobre eles . Este projeto atravessou todas as áreas do saber e contagiou

família e outros elementos da comunidade educativa.

As crianças, com a supervisão e ajuda da educadora, construíram uma

apresentação que foi o produto final de todo um processo de levantamen-

to de questões, observação, procura de informação, análise e sistematiza-

ção da mesma.

E como todo o trabalho só tem sentido social se for partilhado em circuitos

autênticos de comunicação, o Power Point foi apresentado à Turma 3 e

houve troca de saberes entre os dois grupos.

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1º ciclo em revist@ 1º ciclo em revist@

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA - CENTRO ESCOLAR DE BUSTOS No dia 1 de junho, a Escola Básica de Bustos comemorou o Dia Mundial da

Criança. Foram expostos todos os trabalhos decorativos, realizados com a

ajuda da família e a Escola ficou mais bonita. Depois, deslocámo-nos ao

Jardim para aí todos deixarem a sua pintura, de maneira a decorarmos um

lindo Mural, iniciativa da Junta de Freguesia.

Na sala da Educação Pré- escolar as surpresas continuaram no período da

tarde. Por volta das 13h30min chegou a D. Xiomara, mãe da Carolina,

acompanhada da sua mala que continha uma agradável surpresa para as

crianças: tudo o que era necessário para fazer pintura facial ao gosto de

cada uma delas. Uma hora depois chegou a D. Prazeres com uma história

para contar: “A zebra que perdeu as riscas”. De seguida, chegou o tão dese-

jado lanche, bolo de chocolate com morangos e um pouquinho de chantilly,

porque neste dia tão especial uma guloseima não faz mal!

E porque o dia ainda ia a meio, com muito para festejar, também a Associa-

ção de Pais as crianças quis mimar. Disfarçados com perucas e maquilha-

gem, entregaram um “miminho” aos alunos, professores e assistentes ope-

racionais. Na A.A.A.F. as surpresas continuaram com a modelagem de ba-

lões ao gosto das crianças efetuada pela animadora Jamilet.

No fim do dia, as crianças estavam felizes com tantas surpresas, pois foi um

dia de muita fantasia. Como é bonito ser criança e, com muita esperança,

desejamos-lhe o melhor! Obrigada a todas as pessoas que estiveram envol-

vidas nestas atividades pois só assim foi possível tanta felicidade.

No dia 11 de junho, as crianças do 1.º Ciclo da Escola Básica de Bustos viveram uma experiência que, com toda a certeza, vai ficar para sempre nas suas

memórias: Ser Agente da GNR por umas horas. Foi uma manhã diferente, bem divertida e de muita sensibilização junto dos senhores automobilistas.

Bem-haja à Escola Segura e aos Senhores Agentes que permitiram esta atividade!

SER AGENTE DA GNR - CENTRO ESCOLAR DE BUSTOS

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O NOSSO RECREIO É FIXE - CENTRO ESCOLAR DO TROVISCAL

Há vários estudos a comprovar que o recreio escolar é um espaço privile-

giado para a interação interpares, para o desenvolvimento de competên-

cias sociais e para a aprendizagem não formal. Se a escola colocar à dispo-

sição das crianças atividades estimulantes e diversificadas que promovam

a livre expressão, a criatividade, a cooperação, a aceitação e o cumpri-

mento de regras estará a contribuir para um desenvolvimento mais equili-

brado das crianças e para a prevenção da indisciplina e do bullying.

Higgins (1994) considera que um bom ambiente de recreio é aquele que

proporciona flexibilidade e diversidade de ações, oferecendo todo um

conjunto de experiências de jogo e aprendizagem.

Por isso no Polo Escolar do Troviscal iniciámos um projeto de “Animação

dos Recreios” que passa por proporcionar às crianças do 1º ciclo ativida-

des de Expressão Plástica, Expressão Físico-motora, Leitura livre e Jogos

Sociais variados. Este projeto começou recorrendo aos materiais do J.I. e a

alguns daqueles jogos que todos temos na arrecadação e já não usamos.

Posteriormente contamos com o envolvimento da Associação de Pais (as

crianças já tinham ido contar que andavam a fazer umas coisas engraça-

das no recreio) que nos deu de prenda de Natal alguns jogos sociais e está

a contribuir para a aquisição dos ingredientes para um novo projeto, que

nasceu do primeiro: “Saber com Sabor”. Neste, em cada semana uma das

turmas da escola confeciona uma iguaria culinária que poderá ser enco-

mendada pela comunidade educativa com o objetivo de adquirir jogos,

livros, matérias de Expressão Plástica e Físico-motora. O sucesso do pro-

jeto tem sido tanto que em todas as semanas não chegamos para as enco-

mendas. Já fizemos Doce de abóbora ( pré-escolar e T3 ), Bolinhas de sa-

lame (T2), Bolachas sortidas (T4), Coquinhos (T1 ) e Gomas (Apoio educati-

vo). E faremos muitas coisas mais! É que o SABER com SABOR tem outro

gostinho!.....

1º ciclo em revist@ revist@ nº 8, setembro 2015

“ O jogo não é só um direito, é uma necessidade. Brincar/jogar não é só uma ideia, é uma vivência . Jo-

gar/brincar não é só incerteza, é uma forma acrescida de ganhar segurança e autonomia” ( Neto, 2001)

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acontece no @eob ...

ESCOLA BÁSICA DR FERNANDO PEIXINHO — ESCOLA SOLIDÁRIA 2014/15

A Escola Básica de Oiã participou no Programa Energia com Vida – Escolas Solidárias,

5ª edição, a 1ª a nível nacional, promovido pela Fundação EDP.

Foram mais de 300 as escolas que responderam a este desafio mas apenas 84 con-

seguiram qualificar os seus projetos, AGINDO.

A nossa Escola fez parte da lista de apuramento como Escola Solidária – 2014/2015

com o Projeto AGIR – EDP! (É Da Praxe).

Todas as escolas QUALIFICADAS receberam certificados, um Estandarte Energia com

Vida e respetivo Emblema de Grau assim como o seu Painel de Projeto exposto no

evento final que decorreu no Museu da Eletricidade em Lisboa a 3 de junho.

Contribuíram para esta qualificação os seguintes projetos desenvolvidos pelos alu-

nos do 9ºG: SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL (e social) que promoveu a recolha sele-

tiva de alguns resíduos sólidos tais como: pilhas, tampinhas, rolhas de cortiça e me-

dicamentos fora de validade/embalagens/frascos, revertendo a favor de instituições

sociais e o projeto POPULAÇÃO SÉNIOR que pretendeu proporcionar momentos

agradáveis e combater a solidão dos idosos do Centro Social de Oiã através de visi-

tas regulares com o desenvolvimento de atividades variadas.

Neste contexto, os alunos cumpriram a missão de serem motores de intervenção

social com enfoque na educação para a cidadania ativamente solidária, de onde o

voluntariado é natural, realizando assim um “estágio prático de vida”.

A equipa de trabalho foi coordenada pela professora Alice Oliveira e teve como par-

ceiros a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, o Centro de Compostagem de Bus-

tos, o Centro Social de Oiã e a Foto Beira Rio de Oiã.

Este Programa contribuiu, seguramente, através das boas práticas desenvolvidas na

Escola, para o desenvolvimento humano e muito particularmente dos alunos dina-

mizadores que tiveram uma atitude cívica exemplar ao longo de todo o percurso.

Um bem-haja a todos eles!

1º ciclo em revist@

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9º ANO — FESTA DE FINALISTAS NO QUARTEL DAS ARTES

No dia 4 de junho, os alunos do 9º ano do AEOB atuaram no

Quartel das Artes para celebrar o fim de uma etapa das suas

vidas. Alunos e familiares viveram momentos de grande alegria e

recordaram a altura em que estes jovens iniciaram a sua vida

escolar, ainda crianças. Foi uma noite de música, dança, poesia e

teatro, num espetáculo em que participaram apenas os alunos

do 9º ano do Agrupamento, vindos da Escola Básica Dr. Fernan-

do Peixinho e da Escola Secundária de Oliveira do Bairro. Após o espetáculo, foi servido um espumante de honra à entrada do Quartel das Artes. Foi

uma noite de grande emoção para alunos que a partir de agora terão decisões importantes a tomar quanto ao seu futuro.

ESOB RECEBE PRÉMIO DE CRIATIVIDADE NA III CORRIDA DE CARRINHOS DE ROLAMENTOS

No dia 17 de maio, os alunos Abraão Monteiro, do 9ºB, e Paula Robalo, do 9ºD, da Escola

Secundária de Oliveira do Bairro (ESOB), participaram na III Corrida de Carrinhos de Rola-

mentos, promovida pela CMOB, em parceria com as Juntas de Freguesia do Concelho,

integrada no programa Viva as Associações 2015. Os referidos alunos representaram o

Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro. Além de um agradável momento de conví-

vio entre todos os participantes e o público assistente, o evento permitiu dar asas à imagi-

nação de quem construiu os “bólides”.

Os alunos da nossa escola estiveram

particularmente entusiasmados durante as provas (de perícia e velocidade) e tiveram uma honrosa

participação em ambas as modalidades. Apesar de estarem a concorrer pela primeira vez e terem

como opositores alguns pilotos experientes nestas lides, os nossos participantes não desistiram da

corrida. No final, tiveram uma muito agradável surpresa, pois foram premiados na categoria de

criatividade, o que foi motivo de particular orgulho para a equipa concorrente, pois o carro foi

construído na ESOB, ao longo do ano letivo, com o precioso auxílio do professor João Oliveira, do-

cente de Oficina de Mecânica dos alunos em questão.

revist@ nº 8, setembro 2015

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9º ANO — PARTICIPAÇÃO NAS OLIMPÍADAS DE FÍSICA E QUÍMICA

Realizaram-se no dia 11 de abril as olimpíadas de

Química na Universidade de Aveiro e no dia 18 de

abril as olimpíadas de Física na Universidade de Co-

imbra. O Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bair-

ro participou com três equipas em ambos os eventos.

Foram dois momentos em que os alunos tiveram

oportunidade de, para além de realizar as provas,

conhecer um pouco do que se faz nestas universida-

des. Parabéns aos alunos que pela sua participação honrada.

8º ANO — PROFISSÃO: CIENTISTA

Nos dias 22 de maio e 4 de junho na Escola Básica Integrada Dr. Fernando Peixinho e Escola Básica Dr. Acácio de Azeve-

do respetivamente, decorreu uma Palestra no âmbito da atividade “Profissão – Cientista” dinamizada pelo Dr. Paulo

Silveira antigo aluno do nosso agrupamento (frequentou a Escola Básica Dr. Acácio de Azevedo e a Escola Secundária

de Oliveira do Bairro) a alunos do oitavo ano e organizada pelos professores de Ciências Naturais.

Foram abordadas as experiências de um cientista e a importância para a Humanidade desta profissão. Mostraram-se

algumas plantas em que se evidenciou as caraterísticas que permitem a estas a adaptação aos fatores abióticos e bióti-

cos dos ecossistemas. Desta forma os alunos não só constataram conhecimentos adquiridos nas aulas de Ciências Na-

turais como conheceram as experiências com um cientista da nossa terra.

De referir que o Dr. Paulo Silveira é licenciado em Biologia pela Universidade de Aveiro, mestre em Biotecnologia pelo Instituto Superior Técnico e

doutorado em Biologia pela Universidade de Coimbra. Para a obtenção deste último grau realizou um estudo sobre a flora vascular da Serra do Açor

(Portugal). Ingressou como Assistente Convidado no Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro em 2001, tendo sido posteriormente contra-

tado como Professor auxiliar convidado em 2002 e Professor Auxiliar desde 2008. Continua a desenvolver estudos em sistemática e ecologia de plan-

tas vasculares, desde a flora Portuguesa à de regiões tropicais como Timor-Leste, Moçambique e Brasil. Participa, ou participou, em 15 projetos finan-

ciados pela Comunidade Europeia, F.C.T., entre outras fontes e coordenou 5 prestações de serviços sob contrato para empresas. Entre as orientações

contam-se 11 de trabalhos de Pesquisa ou Estágio, 11 de Mestrado e 6 de Doutoramento. Foi autor, ou coautor, de 1 livro, 8 capítulos de livros, 1 cd-

rom e 35 artigos científicos, dos quais 21 publicados em revistas internacionais.

revist@ nº 8, setembro 2015

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acontece no @eob ... revist@ nº 8, setembro 2015

Decorreu no dia 1 de junho, na Escola Básica Dr Fernando Peixinho e no dia 4 de junho na Escola Básica Dr Acácio de Azevedo, a 6ª edição do "Passa à

Escola". Foi uma atividade de interação entre alunos do 4º ano de todas as escolas do Agrupamento e os alunos do 5º ano de ambas as escolas, com

apadrinhamento dos alunos do 3º ciclo.

Foi uma atividade de verdadeira integração com uma manhã desportiva e uma tarde científica e artística.

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6ª EDIÇÃO “PASSA À ESCOLA”

No dia 14 de maio decorreu a Noite VIVA do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro no VIVA as associações.

Com um espaço repleto de alunos, encarregados de educação e público geral, foi possível demonstrar a excelência

artística que existe no Agrupamento. Música, dança, poesia, demonstrações científicas e demonstração culinária

foram os ingredientes de uma noite bem passada, envolvendo alunos desde o primeiro ciclo até ao ensino secundá-

rio e professores.

Assim, somos nós. Assim é o AEOB.

VIVA AEOB

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acontece no @eob ...

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acontece no @eob ...

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DA SALA PARA O PALCO

Realizou-se no dia 9 de junho, no

Quartel das Artes Dr Alípio Sol, a pri-

meira co-produção QA/AEOB – Da

Sala para o Palco. Este foi um espetá-

culo original, criado a partir das salas

de aula de música e dança e que reu-

niu em palco cerca de 120 alunos do

Agrupamento de Escola de Oliveira

do Bairro. Do programa constou um

atributo a Einstein, alguns medleys

com temas dos Queen e dos filmes

Cinema Paraíso e Pirata das Caraíbas,

entre outras surpresas. Este espetá-

culo, com lotação esgotada, foi de

excelência e permitiu evidenciar as

qualidades artísticas dos nossos alu-

nos.

revist@ nº 8, setembro 2015

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acontece no @eob ...

PROJETO PROPERAIR — MENÇÃO HONROSA NA IX MOSTRA NACIONAL DE CIÊNCIA

O projecto ProperAir, da Escola Secundária de Oliveira do Bairro, desenvolvido pelos alunos Diogo Albu-

querque, Gabriel Marques, Samuel Santos e Vitaliy Davydovych, do 10º B, e coordenado pelo professor

Joaquim Almeida recebeu uma menção honrosa e foi considerado o melhor projeto na categoria de Enge-

nharia na IX Mostra Nacional de Ciência e final do 23º Concurso de Jovens Cientistas e Investigadores.

Durante a IX Mostra Nacional de Ciência, que decorreu de 28 a 30 de maio no Museu da Eletricidade, em

Lisboa, apresentaram-se a concurso 100 projetos de diversas áreas da ciência. Todos os alunos tiveram

oportunidade de apresentar o seu projeto a um júri constituído por 14 elementos de diversas universidades e organismos do estado, mas também à

enorme quantidade de visitantes da Mostra.

PROJETO PROPERAIR — 3º LUGAR NO PRÉMIO FAQTOS

O projecto ProperAir obteve o 3º lugar do Prémio FAQtos que decorreu no dia 11 de julho no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. Após superarem

várias etapas, apuraram-se 10 grupos finalistas, que nesta cerimónia apresentaram os seus trabalhos ao Júri Final.

O projecto ProperAIR obteve o 3º lugar, arrecadando um prémio no valor de 500€ com o seu projecto que consiste na construção de uma pulseira

para a monitorização de gases existentes numa atmosfera poluída e com o objectivo de ser usada em diversos contextos, de acordo com o tipo de

gases a que o utilizador possa estar sujeito.

O objetivo fundamental do Prémio FAQtos é o de promover um concurso a nível nacional, orientado

para os alunos do Ensino Secundário, que contribua para a formação de uma consciência coletiva em

matéria de campos eletromagnéticos oriundos de fontes de telecomunicações (banda das radiofre-

quências), e do seu impacto na sociedade, bem como potenciais efeitos na saúde e ambiente.

O projecto viu mais uma vez ser recompensado o trabalho desenvolvido pela equipa ProperAir, geran-

do motivação e vontade de continuar a melhorar.

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acontece no @eob ... acontece no @eob ...

Realizou-se no passado dia 10 de julho o tradicional passeio final de ano letivo do dirigido ao pessoal docente e não do-

cente do Agrupamento, com destino a terras Ribatejanas. A visita iniciou na Golegã, para uma visita guiada à Casa-Estúdio

Carlos Relvas, seguindo a visita à Casa dos Patudos, no concelho vizinho em Alpiarça, que foi propriedade de José Relvas

(republicano que proferiu o discuso da Implantação da República da varanda da CM de Lisboa, em 1910), filho de Carlos

Relvas. Finda a segunda visita guiada, rumou-se em direção à Casa Cadaval, em Muge, para uma prova de vinhos regional

do Tejo e, após, partiu-se para Escaroupim, perto de Salvaterra de Magos. Nesta povoação houve oportunidade de passe-

ar de barco e apreciar as bonitas margens do rio Tejo.

Deste modo, associou-se uma vez mais o lúdico ao pedagógico com o passeio de fim de ano, que conta também com a

presença de colegas aposentados e é sempre um gosto revê-los.

VIAGEM FINAL DE ANO DO AGRUPAMENTO — RIBATEJO

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revist@ nº 8, setembro 2015

PROJETO TBOX PREMIADO NA I GALA DE MÉRITO DO CONCELHO DE OLIVEIRA DO BAIRRO

O Quartel das Artes Dr. Alípio Sol serviu de palco, na noite do dia 26 de agosto, ao

reconhecimento do mérito, do talento, do esforço, do empreendedorismo, da soli-

dariedade e de outros valores existentes no concelho de Oliveira do Bairro.

Um projeto há muito ambicionado pelo Jornal da Bairrada. Com o apoio, desde a

primeira hora, da Câmara Municipal, foi possível concretizá-lo, e num dia particu-

larmente simbólico, o dia 26 de agosto, Dia da Cidade de Oliveira do Bairro.

Ao longo de duas horas, convidados e muito público que fez questão de assistir a

este momento festivo, viram ser homenageadas dez personalidades ou entidades

do concelho - naturais, residentes ou que, não sendo daqui, tenham feito algo me-

ritório por Oliveira do Bairro.

Na categoria Educação e Ciência, o projeto TBox viu reconhecido o seu empenho

recebendo o prémio desta categoria.

A noite foi enriquecida com muita música. Depois de uma receção harmoniosa, ao

som do violino e violoncelo de Luciana Silva e Diana Ferreira, a Gala foi abrilhanta-

da por um grupo também ele nascido e composto, na sua maioria, por músicos de

Oliveira do Bairro, Plano B Orquestra.

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acontece no @eob ...

INAUGURAÇÃO DA AMPLIAÇÃO E REQUALIFICAÇÃO DA ESCOLA DR ACÁCIO DE AZEVEDO

O Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, inaugurou, no dia 23 de julho, as novas instalações da Escola Básica Dr. Acácio de Azevedo que após as

obras de ampliação e requalificação, que representaram um investimento próximo dos três

milhões, está pronta, no próximo ano letivo, a receber um universo de 450 alunos. Na ocasião,

o ministro da Educação agradeceu o “notável trabalho que foi feito em Oliveira do Bairro no

âmbito da Educação”, acrescentando que se trata de “um exemplo que merece ser seguido por

todo o país”. Para Nuno Crato, a aposta que a Câmara Municipal fez nessa área “é a aposta

certa, a aposta no futuro, na qualidade, na exigência e na diversidade”. Durante a cerimónia, o

ministro referiu ainda que, apesar da crise, o país progrediu na Educação, nos últimos quatro

anos, como é reconhecido pelos indicadores internacionais, citando números e dados estatísti-

cos sobre a cobertura do pré-escolar e a frequência dos diferentes níveis de ensino, para evi-

denciar a evolução percentual favorável que tem sido verificada.

TOMADA DE POSSE DA DIRETORA DO AEOB

No dia 23 de julho e na ocasião da visita do Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, à

Escola Dr Acácio de Azevedo, tomou posse, perante os membros do Conselho Geral do Agru-

pamento de Escolas de Oliveira do Bairro, Júlia Gradeço, para mais um mandato (2015-19) na

direção do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro .

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acontece no @eob ... Sugest@o do chef ...

SUSHI BY SAMUEL TAVARES — 12º D

Sushi é bastante diversificado, e como tal a gama de produtos a ser utilizados é bastante extensa, desde os peixes, legumes até frutas. Os ingredientes

principais são:

O arroz (de sushi): arroz japonês de grão curto, com textura suave e glutinosa;

Nori: alga marinha, que depois de seca e tostada é transformada em folha;

Vinagre de arroz: é o vinagre mais utilizado na culinária japonesa, tem um tom dourado suave, é perfumado, e baixa acidez;

Vegatais e frutas;

Sake: bebida alcoólica tradicional japonesa. A sua destilação é feita através do vapor e fermentação do arroz. Este contém 5 relevantes caracterís-

ticas´: secura, doçura, amargura, acidez e adstringência, como tal pode ser usada tanto para cozinhar como para acompanhar a refeição;

Peixe.

S. FRANCISCO BY ANDREIA SIMÕES — 12º D

S. Francisco é um cocktail não alcoólico preparado num shaker e

servido num copo “tumbler” médio.É composto por:

1 cl de sumo de limão;

3 cl de sumo de laranja;

3 cl de sumo de ananás;

3 cl de sumo de alperce;

3 cl de sumo de pera;

1 cl de groselha (colocada no topo);

1 rodela de laranja e 1 cereja (decoração).

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No dia 9 de maio, realizou-se a viagem a Coimbra com jovens do 10º ano, seniores da Santa Casa da Misericórdia e alunos da Universidade Sénior

(UNISOB), no âmbito do projeto “Leituras & Conversas Partilhadas”.

Na impossibilidade de visitar o Museu da Ciência, tal como estava previsto, visitou-se o Museu da Água e o Jardim Botânico da Universidade de Coim-

bra. A visita guiada ao Museu da Água permitiu conhecer a história do edifício, que era o local da captação, tratamento e distribuição da água do rio

Mondego para as diversas populações. Hoje, estando desativado, funciona como museu. No início da visita guiada, houve uma chamada de atenção

para a importância da reciclagem, mostrando alguns objetos (porta-moedas, carteiras e

sacos) fabricados a partir das telas usadas para publicitar as actividades promovidas pelo

museu. Na sala de exposições, estava patente uma mostra de vários tipos de solo e foi

projetado um vídeo tridimensional sobre o ciclo da água e a importância de poupar este

bem essencial à vida.

Depois do almoço, o grupo dirigiu-se ao Jardim Botânico, onde pôde observar várias cole-

ções de plantas e passear à sombra das frondosas árvores.

No regresso a Oliveira do Bairro, apesar do cansaço físico, os participantes mostraram-se

satisfeitos com o que aprenderam neste dia.

À DESCOBERTA DA CIÊNCIA

II EDIÇÃO DO CONCURSO INTERMUNICIPAL DE LEITURA

No dia 30 de maio, realizou-se, no Centro Cultural de Ílhavo, a II Edição do Concurso Intermu-

nicipal de Leitura.

Neste concurso, participaram os alunos do concelho de Oliveira do Bairro que ficaram em

primeiro lugar no Concurso de Leitura em Voz Alta “Ouvir Ler…Que prazer!” e também os das

escolas e agrupamentos de escolas que integram os municípios da CIRA (Comunidade Inter-

municipal da Região de Aveiro). A representar o Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bair-

ro, esteve o aluno do 1º ciclo, Martim Barros, que prestou provas de leitura e compreensão

do livro “O elefante cor-de-rosa”, de Luísa Dacosta.

Parabéns ao Martim e um agradecimento às professoras e familiares que o acompanharam.

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No dia 11 de maio, no âmbito do projeto “Leituras & Conversas Partilhadas”, decorreu, na Escola Secundária de Oliveira do Bairro, uma palestra com o

escritor/cientista Nuno Camarneiro.

O palestrante começou por se apresentar, falando da sua juventude passada na Figueira da Foz, altura em que descobriu o gosto pelos livros, do seu

percurso académico em Coimbra (engenharia física), da sua experiência como cientista do CERN (Conselho Europeu para Pesquisa Nuclear) na Suíça e

também do seu doutoramento em Ciência Aplicada ao Património Cultural pela Universidade de Florença.

Nuno Camarneiro referiu que o seu gosto pela escrita surgiu quando esteve na Suíça. Foi aí que começou a dedicar-se à escrita, como forma de colma-

tar a ausência da família e dos amigos.

Já tem algumas obras publicadas e um dos seus livros (“Debaixo de algum céu”) ganhou o

prémio Leya 2012. Fez ainda incursões pelo texto dramático e pelo cinema. Está também

para breve a publicação de um livro para o público infantil.

Os jovens colocaram várias questões, nomeadamente como se chega a escritor e o que

fazer quando não se tem inspiração. Nuno Camarneiro disse que uma das regras para se ser

escritor é ler bons livros e visionar bons filmes e boas séries. Acrescentou que tudo o que

vale a pena na vida dá muito trabalho e que, mesmo quando não temos vontade, devemos

insistir no trabalho.

Os jovens mostraram-se agradados com a forma jovial como o escritor interagiu com todos.

À CONVERSA COM NUNO CAMARNEIRO

No dia 23 de maio, um grupo de professores e auxiliares da acção educativa do Agru-

pamento de Escolas de Oliveira do Bairro deslocou-se à cidade Invicta para visitar al-

guns monumentos emblemáticos da cidade (Livraria Lello & Irmão e Torre dos Cléri-

gos) e realizar o Cruzeiro das seis pontes, que incluía uma visita às caves Porto Cálem,

prova de vinhos e fado.

Brindado com um excelente dia de sol, este passeio foi muito apreciado pelos interve-

nientes.

PERCURSO LITERÁRIO-CULTURAL

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No dia 7 de maio, duas alunas do 10º A da Escola Secundária

de Oliveira do Bairro deslocaram-se à Santa Casa da Miseri-

córdia de Oliveira do Bairro, a fim de partilharem a leitura de

dois livros, Se eu ficar, de Gayle Forman, e Viagem ao Infinito,

de Jane Hawking, no âmbito do projeto “Leituras & Conver-

sas Partilhadas”.

Depois de se apresentarem, as alunas falaram sobre os livros

que leram, começando por fazer referência à capa, ao título,

ao autor e à editora. Em seguida, fizeram um breve resumo

das obras e leram alguns dos excertos que mais lhes desper-

taram o interesse. Por fim, o assunto das obras foi objeto de

um animado diálogo entre jovens leitoras e seniores.

Como nesse dia havia baile, houve ainda tempo para jovens

e seniores dançarem uma modinha ao som do órgão eletróni-

co tocado por um jovem de 88 anos. Estes exemplos de boa

disposição e convívio foram bastante elogiados pelas duas

jovens, que ficaram encantadas com a dinâmica que se vive

na Santa Casa e que elas desconheciam.

Também na última semana de aulas, dia 8 de junho, um gru-

po de alunas de 10º C partilhou leituras de vários autores e

géneros com alunos da Universidade Sénior de Oliveira do

Bairro (UNISOB). Este foi mais um bom momento de intera-

ção entre jovens e seniores.

Ficou a promessa de regressar com mais leituras no próximo

ano letivo.

LEITURAS PARTILHADAS

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FAMILY TREE BY MATEUS BARROCO

Trabalho realizado por Mateus Barroco, aluno do 5º F. Trata-se de uma pintura feita no âmbito da disciplina de Inglês, tida em ambiente domiciliário,

designada árvore genealógica (Family Tree).

O Mateus é um aluno do nosso agrupamento que, desde 2013, se debate com um problema grave de saúde.

O nosso pintor já pintou centenas de telas e fez várias exposições. A sua história e as suas obras poderão ser consultadas em:

http://mateusarteoia.blogspot.pt/2014/12/quem-sou.HTM

https://www.facebook.com/events/355176821273811/

Um bem-haja pela sua arte e por fazer parte integrante da vida do nosso agrupamento.

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Vou apresentar-vos alguém que admiro muito. Já tem 80 anos, mas ainda

tem muita vitalidade e é uma pessoa muito boa. O meu maior desejo é um

dia ser como ele. Essa pessoa é o meu avô Celestino!

O meu avô é alto e um pouco gordinho, tem o rosto redondo e usa óculos.

Tem uma cabeleira farta e já quase toda branca. Costuma usar calças sem-

pre vincadas e anda sempre com casacos bem quentinhos.

O meu avô está reformado, mas trabalhou cerca de 60 anos (na Venezuela

e em Portugal)! Foi presidente da junta de freguesia, e fez parte da direção

de várias associações.

Hoje vive uma vida mais tranquila: lê os jornais, vai ao café para estar com

os amigos, joga às cartas comigo, mas continua sempre a pensar em como

melhorar a vida e como resolver os problemas dele e os dos que o rodei-

am. É uma pessoa muito humana e sensível, pois ajuda sempre quem pre-

cisa. É simpático, prestável, culto e muito bem-disposto.

O meu avô é das melhores pessoas que eu conheço, como homem na soci-

edade e especialmente como meu avô. É, acima de tudo, o meu grande

amigo.

Duarte Rodriguez, 7ºA

Trabalhos realizados no âmbi-

to da disciplina de Português

Professora Rita Marques

Eu gostava (e sonho) um dia, poder viajar para fora do país, conhecer

novos lugares, ver o tanto que têm para nos oferecer. Sempre gostei de

ouvir histórias dos tempos antigos, pois foi nesses tempos que se fez a

maior parte da História.

Por isso, gostava de viajar até à Grécia e visitar os fantásticos monumen-

tos do país, ir a museus, ouvir relatos do tempo, visitar lugares onde

aconteceram as maiores aventuras, andar nas ruínas feitas à mão que

deram tanto trabalho aos escravos e parar para observar as magníficas

paisagens campestres, onde encantadores animais pastam nas ervas

verdes e fresquinhas. Também gostava de andar de barco pelo mar a

toda a velocidade e sentir os ventos frios e a brisa do mar.

Depois de aproveitar estes momentos únicos da vida, adorava visitar os

meus familiares que por falta de condições emigraram para lá. Ia ser

uma viagem inesquecível para toda a vida, porque a ia passar com as

pessoas que adoro e vivia momentos únicos, que fazem crescer.

Espero um dia poder fazer esta viagem magnífica!

Miguel Carvalho, 7º A

RETRATO DO MEU AVÔ VIAGEM À GRÉCIA

O AMIGO ...

«Um bom amigo sabe sempre quando estamos tristes» - Francisca Peres, 7ºA

«Amigo é aquele que nos deixa feliz, só de cruzar olhares; (o amigo) preenche-nos a alma com o olhar» - Lara Costa, 7ºA

«Um amigo deve ser sincero e transparente, não deve usar máscara» - Beatriz Pais, 7ºA

«Um amigo é um irmão que nós escolhemos para fazer parte da nossa vida» - Duarte Rodriguez, 7ºA

«Um amigo deve ser a pessoa que nos completa» - Inês Santos,7ºA

«Amigo é quem nos repreende em segredo e nos elogia em público» - Tatiana Patrício, 7ºA

«Um amigo apoia-nos e não deixa que a solidão nos vença» - Vânia Neves, 7ºA

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trabalhos de @lunos

(Massa)

Gosto de ti, porque …

Me dás energia.

Crua ou cozida

Estou sempre pronto para te

comer

Seja noite, seja dia.

Tens muitas cores

Com diferentes sabores!

Na hora de escolher…

Uma terá de ser.

Fico sempre surpreendido

Com as mil formas de existires

Desde bolinhas a lacinhos

Letrinhas ou até tubinhos.

Apesar de te adorar

Um bom acompanhamento

Vem sempre a calhar

Para saúde ter

E para saudável crescer.

Tiago Lopes – 5º A

Gosto de ti

Porque me fazes sentir bem.

Gosto de ti

Porque és minha mãe.

Gosto de ti

Porque és minha amiga.

Principalmente,

Quando me cantas uma cantiga.

Gosto de ti

Porque me dás amor e dedicação.

És uma amiga

Que estará sempre no meu coração.

Gosto de ti

Porque és especial.

Tu, para mim,

És como a água do mar

É para o sal.

Mãe, estarás sempre

Na minha mente.

A cada dia fazes-me sentir

Mais contente!

Diogo Morais – 5º A

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Português Professora Ana Barqueiro

Gosto de ti, porque

És fofa e carinhosa,

Ajudas-me quando preciso

E por isso és espantosa.

Os teus olhos azuis

Com o teu pelo branco

Fazem-me rir

Para meu espanto.

Quando estou triste,

Apareces-me ao lado

E fazes-me feliz

Com um abraço apertado.

O teu nariz cor-de-rosa

Faz de ti uma beleza

Sim, é de ti que estou a falar,

Minha querida gatinha Princesa.

Matilde Marinho – 5º A

Gosto de ti…

Porque me ouves,

Porque me proteges.

Mesmo, quando me ralhas,

quando não faço as coisas bem

ou até te respondo mal, é para

meu bem…

Gosto de ti…

Porque me ouves cantar

Porque me vais deitar

Porque me dás colinho, quando

estou a chorar…

Mãe!!!

És uma pessoa especial, com o

teu gesto maternal, és uma

mulher sensacional!

Maria Gabriel – 6º D

GOSTO DE TI, PORQUE ...

revist@ nº 8, setembro 2015

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… conta-me como er@

A GUERRA COLONIAL — ENTREVISTA COM EDUARDO SANTOS, EX-COMBATENTE DA GUERRA NO ULTRAMAR

A guerra colonial foi um ciclo conturbado do estado novo. Eclodiu em 1961, em Angola, com o aparecimento dos movimentos de independência. Para

nos elucidar, sobre a temática, convidámos um ex-combatente, Eduardo Santos (avô da Carolina Santos), para retratar as suas vivências e memórias

deste período tão sublevado da história do nosso país. Assim, a 18 de maio, os alunos tiveram o privilégio de interagir com este excelente comunicador.

Eduardo Santos

Entrevistadores (Al)

Alunos do 6º E

Entrevistado (ES)

Al – Quer contar-nos um pouco da sua infância até incorporar o serviço

militar?

ES – Nasci numa pequena aldeia do concelho de Viseu. Depois da escola

primária fui trabalhar para fora da aldeia. Cedo aprendi os rigores da vida.

Conheci vários trabalhos até agosto de 1965, altura que fui mobilizado

para o serviço militar.

Al - Conte-nos, agora, um pouco da sua história militar: quando foi incor-

porado?

ES - Fui incorporado em agosto de 1965 e mobilizado em 1966. Fiz a re-

cruta no Regimento de Infantaria 14, em Viseu, depois passei pela Póvoa

de Varzim onde tirei a especialidade; fiz estágio em Queluz (artilharia

antiaérea); fui colocado em Campo Grande (engenharia) e finalmente

Carregueira (formação da companhia para embarque.)

Al - Qual a ex-colónia para onde foi mobilizado e qual o período?

ES – Prestei serviço militar em Angola desde maio de 1966 a junho de

1968.

Al – Qual o sentimento que teve e também o da sua família, quando rece-

beram a notícia de que tinha sido mobilizado? Como foi a despedida?

ES - Recebi muito naturalmente, não tinha medo, de qualquer modo, era

coisa que todos nós já esperávamos. Neste ano de 1966 estavam mais de

setenta e cinco mil soldados a combater nesta guerra. Meu pai já tinha

combatido na primeira grande guerra mundial e limitou-se a dar-me al-

guns conselhos, a restante família teve de se conformar, restava apenas

rezarem e fazer promessas para que voltasse são e salvo. Mas era doloro-

so, nem queiram saber!

Al – Quanto tempo demorou a viagem?

ES - Isso foi o mais difícil, calhou-me o Niassa que, creio, levou 12 ou 14

dias. O pior navio utilizado no transporte de militares. Más instalações,

má alimentação e muitos enjoos.

Entrevista realizada, pelos alunos do 6º E, no âmbito da disciplina

de HGP – Professora Berta Santos

revist@ nº 8, setembro 2015

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… conta-me como er@ … conta-me como er@

Al – Desembarcou em Luanda?

ES – Não, desembarquei em Cabinda e como não havia porto, passámos

do barco para um batelão, uma espécie de casca de noz gigante, que ser-

via para transporte dos produtos regionais como café e cocnote (frutos de

palmeira), entre o cais e o barco ao largo.

Al – Alguma vez participou nalguma das seguintes operações militares:

patrulhamento, golpe de mão ou emboscada?

ES - Não, a minha guerra era matar a fome dos nossos militares, pois era

cozinheiro.

Al – Alguma vez foi ferido, ou viu feridos graves?

ES – Ferido não fui, mas vi um camarada morto, embora tivesse morrido

por descuido dele quando montava uma armadilha ao inimigo. Fiquei mui-

to chocado.

Al – Qual foi o pior momento que viveu?

ES – O pior momento de que lembro, foi quando estava com um pelotão

num destacamento há um mês, não podíamos ficar mais tempo porque já

há dois dias que não tínhamos que comer. Aventurámo-nos a pé e a noite

apanhou-nos no meio da floresta. Com muitas dificuldades chegámos a

um quartel intermédio, mas

por falta de informação, fo-

mos recebidos a tiro. Feliz-

mente ninguém ficou ferido.

Al – E o melhor momento?

ES - Sem dúvida, foi quando

entreguei a farda com o sen-

timento do dever cumprido.

Al – Como é que se fazia a comunicação com a família?

ES - Por correspondência, escrita normalmente em aerogramas, que era

uma espécie de envelope aberto, que depois de escrito se fechava e envia-

va sem precisar de selo.

Só enviávamos e recebíamos a correspondência quando havia as colunas

de abastecimento.

Al – Teve madrinha de guerra? Explique-nos qual a sua função?

ES – Sim, tive algumas. Eram raparigas jovens que se correspondiam con-

nosco e nos animavam. Nem elas próprias imaginavam o que sentíamos

quando recebíamos a correspondência do “puto”, como nós chamávamos

ao continente, fosse da família, da namorada ou da madrinha de guerra.

Al – Como era o contacto com a população local?

ES – A população local, ao contrário do que possam pensar, recebia-nos

bem, quase todos nós tínhamos uma lavadeira que nos lavava a roupa.

Muitos indígenas vinham ao quartel onde eu distribuía alguma comida que

sobrava. Também lhes comprávamos ou trocávamos alguns mantimentos,

por frutos tropicais e alguns animais vivos.

Al – Explique-nos em que consistiam as ações de apoio psicossocial?

ES - Para além da ajuda na abertura de vias, aconselhamentos, educação,

o mais importante era o apoio na saúde à população local. Isto era o que

os soldados operacionais faziam. Ainda havia a psicossocial política, que

consistia na propaganda para cativar os naturais e até guerrilheiros para a

nossa causa. Desta não estou bem informado para falar dela.

revist@ nº 8, setembro 2015

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… conta-me como er@

Al – Conte - nos, agora, como foi o regresso a casa, são e salvo?

ES - Eu não regressei, fiquei lá, não porque não tivesse saudades da família, mas achei

aquela terra tão interessante para se viver, que fiquei encantado. Algum tempo de-

pois vim, casei com a minha namorada de alguns anos e fomos viver para lá. Regres-

sámos, a Portugal, após a revolução de abril.

Al – Para finalizar dê-nos a sua opinião sobre este conflito, a guerra de guerrilha, e o

seu contributo neste palco de guerra?

ES - Eu vivi os dois lados da “barricada” digamos assim… Por um lado, participei na

defesa do território que tinha sido ocupado pelo meu país, há cerca de cinco séculos

atrás. “ANGOLA É NOSSA” era o slogan ouvido constantemente nas rádios e nos quar-

téis desde a nossa incorporação.

Al – E depois da sua saída do serviço militar, qual o seu entendimento?

ES - Depois de sair do serviço militar e me integrar no povo angolano, compreendi que estávamos errados, todos os povos querem e têm direito à sua

independência, isso era notório tanto nos naturais como nos que lá viviam. Havia espaço para todos e aqueles países precisavam de todos, mas os acon-

tecimentos precipitaram-se e assim, o nosso exército saiu sem honra nem glória de

um palco de guerra, onde mais de oito mil jovens perderam a vida, outros ficaram

com mazelas físicas.

Dum modo geral todos, ainda hoje, sofremos os traumas de dois anos de uma guerra

de guerrilha em que a morte espreitava a qualquer momento: numa mina, numa

granada ou numa emboscada traiçoeira. Mesmo assim, sinto-me com o dever cum-

prido.

Para finalizar quero dizer que gostei muito de estar convosco, fizeram-me reviver

coisas que marcaram uma fase da minha vida e que já estavam quase esquecidas.

Para mim vocês foram especiais e agradeço muito esta oportunidade de interação.

Um beijinho para todos.

revist@ nº 8, setembro 2015

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educação especi@l

A MINHA HORTA — ESCOLA BÁSICA DR ACÁCIO DE AZEVEDO

A ideia de fazer uma horta na escola partiu da necessidade de diversificar atividades funcionais para alunos com currículo específico individual. Bastou

olhar em redor e os recursos estavam lá…um pedaço de chão a necessitar de ser reaproveitado.

Alunos e professora arregaçaram mangas e prepararam

o terreno para receber as pequenas plantas: alfaces,

couves coração, bróculos, beringelas, pimenteiros, espi-

nafres, tomateiros, curgetes e algumas ervas aromáticas:

salsa, coentros, hortelã-laranja e orégãos.

Os alunos aprenderam a preparar o terreno e a conhe-

cer as plantas. Porém, fazer uma horta não passa apenas

pelo plantar, há que cuidar da mesma e tal exige respon-

sabilidade. Com os meios ao dispor, fomos arrancando as

ervas daninhas e regando as plantas, que ao contrário do

que os alunos pensavam não crescem de um momento para o outro. Esperámos que crescessem a tempo de proporcionar ao meio escolar a aquisição

de alguns desses produtos.

Um agradecimento especial a todos aqueles que colaboraram connosco. Bem hajam!

DIA MUNDIAL DA CONSCIENCIALIZAÇÃO DO AUTISMO — ESCOLA BÁSICA DR FERNANDO PEIXINHO

No dia 15 de abril de 2015, as Unidades de Oiã – (de Autismo e Multideficiência) comemoraram o «Dia Mundial da Consciencialização do Autismo».

Em harmonioso convívio, realizou-se um lanche partilhado entre os alunos destas referidas unidades, colegas de diversas tur-

mas e vários adultos: Professoras de Educação Especial, a Coordenadora deste Departamento, Professores Disciplinares, Tera-

peutas, Assistentes Operacionais e Encarregados de

Educação. Também foram expostos trabalhos realiza-

dos pelos / para alunos da Unidade de Autismo.

Desta forma, sensibilizou-se para o direito à diferença,

valorizando-se as capacidades destas crianças e jovens.

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… conta-me como er@ revist@ nº 8, setembro 2015

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… for@ de portas

8º ANO—PORTO

No âmbito das disciplinas de Ciências Naturais, História e Geografia, no

dia 20 de fevereiro, os alunos do 8º ano de escolaridade, do Agrupamento

de Escolas de Oliveira do Bairro, deslocaram-se numa visita de estudo ao

Parque Biológico de Gaia, ao Museu World of Discoveries e às caves

Cálem.

Durante a visita ao Parque Biológico de Gaia, os alunos tiveram a oportu-

nidade de observar a fauna e a flora do território nacional e da Europa, as

casas rurais, o rio Febros e a geologia do parque, seguindo o Percurso de

Descoberta da Natureza, com cerca de 3 Km, em circuito fechado. Ao lon-

go deste percurso surgiram vitrinas de informação e pequenas exposições

que ajudaram os alunos a descobrir o Parque e a interpretar a paisagem,

a fauna e a flora. O Parque de Merendas foi um óptimo sítio para fazer o

piquenique, no fim da visita ao Parque Biológico de Gaia. No museu

World of Discoveries, os alunos mergulharam na fantástica odisseia dos

navegadores portugueses, passando por um conjunto de salas de configu-

ração museológica, espaços com tecnologia multimédia de ponta, apre-

sentando conteúdos de forma multissensorial e estimulante. Os 20 minu-

tos finais foram passados na zona do Parque

Temático – “NOVOS MUNDOS” – dentro de

uma embarcação com capacidade média de 6 a

9 pessoas e que navega por um canal, simulan-

do a viagem de circum-navegação de Fernão de

Magalhães.

Nas Caves Cálem os discentes ficaram a conhe-

cer o processo de vinificação no Douro, o enve-

lhecimento dos Vinhos do Porto que tem lugar

nas caves da empresa, com condições para pro-

ceder ao envelhecimento dos vinhos perfeitas,

(local fresco, seco e ao abrigo da luz). Os Vinhos

da Porto Cálem envelhecem em barris de carva-

lho durante anos e anos... As caves Porto Cálem

recebe cerca de 120 000 visitantes por ano e de

onde os seus Portos partem rumo aos merca-

dos de exportação.

revist@ nº 8, setembro 2015

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9º ANO — GERÊS

5º ANO — AVEIRO

No âmbito dos conteúdos programáticos das disciplinas de História e Geografia de Portugal e Ciências Naturais, os docentes e as diretoras de turma do

5º ano, planificaram uma aula diferente, lecionada em várias salas de aulas e no sumário registaram Visita de Estudo.

A visita ocorreu no dia 21 de maio e foi direcionada para todos os alunos do 5º ano do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro. A motivação para

o gosto pelas respetivas disciplinas, a sistematização de conteúdos lecionados, o reforço da cidadania ativa e espírito crítico, o contacto com várias for-

mas de património: material, imaterial e ambiental e o convívio entre alunos e professores

gizaram os objetivos da visita que se realizou em Aveiro.

Os discentes visitaram o Ecomuseu Marinha da Troncalhada e o Museu de Santa Joana e ti-

veram ainda oportunidade de um primeiro batismo de mar, com uma pequena viagem a bor-

do de um moliceiro que fascinou toda a tripulação.

É ainda de salientar o envolvimento de alunos e professores na dinamização de iniciativas, no

seio da comunidade educativa, no sentido de angariação de fundos que permitiram a partici-

pação na visita de alunos mais carenciados economicamente.

Mais um ponto forte, a juntar às metodologias implementadas em prol da valorização pessoal

e formativa dos alunos conducente à promoção do sucesso do ensino- aprendizagem.

Nos dias 25 e 26 de junho os alunos do 9º ano do Agrupamento viveram momentos inesquecíveis

no Gerês para assinalar a conclusão do seu ensino básico e já com muitas saudades a antever a

separação de alguns que seguirão percursos académicos diferentes dos seus.

Estes finalistas tiveram oportunidade de realizar atividades radicais em montanha e praia ao longo

destes dois dias nunca antes praticadas pela sua grande maioria. Desde labirinto em montanha,

percursos pedestres, paintball, slide, rappel, paralelas, tirolesa, canoagem, tiro com arco e zaraba-

tana, entre outras…

Foi uma autêntica aventura de convívio e camaradagem em contacto com a natureza e em que

puseram à prova os seus limites … sempre acompanhados por monitores e pelos seus professores

e que irá certamente ficar no seu imaginário para sempre.

revist@ nº 8, setembro 2015

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11º ANO—BARCELONA

Durante a interrupção letiva da Páscoa, os alunos de Ciências e Tecno-

logias do 11º ano do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro

tiveram a oportunidade de visitar uma das mais belas cidades euro-

peias, Barcelona.

Foi uma visita recheada, com uma pitada de ciência com a visita à

CosmoCaixa, um Centro de Ciência obrigatório, passeios pela cidade

com o que esta tem de mais belo, monumentos, mercados, feirinhas,

espetáculos de rua a até uma procissão (esta altura do ano é vivida de

forma especial pelos “nuestros Hermanos”) e finalmente uma visita a

um Parque de Diversões onde a adrenalina fala mais alto.

Regressados da viagem, cansados mas felizes, agora é altura de arre-

gaçar as mangas e colocar mãos ao trabalho!

CENTRAL HIDROELÉTRICA DA AGUIEIRA—11º ANO

No dia 29 de maio de 2015 os alunos do 11º Ano de Ciências e Tecnolo-

giaS tiveram a oportunidade de realizar uma saída de campo no âmbito da

Biologia e Geologia à localidade de Santa Comba Dão, para observação de

uma auréola de metamorfismo de contacto. Nesta aula em campo os alu-

nos contactaram com a diversidade das rochas resultantes da atuação dos

diferentes graus térmicos na alteração metamórfica dessas rochas. Assim,

puderam observar corneanas, xistos grauváquicos e xistos mosqueados.

Após um breve almoço ao ar livre nas ruas históricas da localidade, os

alunos deslocaram-se a um miradouro onde puderam observar de um

ponto privilegiado o serpentear do Rio Dão.

A visita prosseguiu durante a tarde na Central de Aproveitamento da

Aguieira, onde foi apresentada uma perspetiva histórica da construção da

Barragem, seguida de uma explicação detalhada do seu funcionamento,

no âmbito da disciplina

de Física e Química A.

Esta atividade revelou-se

de grande interesse, ten-

do proporcionado não só

uma grande interdiscipli-

naridade, assim como

também dado destaque

aos aspetos científicos,

ambientais e económicos

relacionados com a ges-

tão de energia e de água

no nosso país.

revist@ nº 8, setembro 2015

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desporto em revist@ … for@ de portas

No final do ano lectivo torna-se imperioso

fazer um balanço das actividades desenvol-

vidas.

Os alunos inscritos nas diferentes modalida-

des participaram ao longo do ano com enor-

me empenho nos treinos, tendo obtido nas

concentrações bons resultados, que poderi-

am ser ainda melhores se não tivesse havi-

do alguns constrangimentos – exiguidade de

espaços de treino em virtude das obras na

Escola Dr. Acácio de Azevedo e diminuição

da assiduidade dos alunos aos treinos à 6ª

feira, pelo facto de haver aulas à tarde nesse

dia a partir do 2º período.

É de enaltecer o comportamento irrepreen-

sível de todos os alunos.

Boccia – Coletivamente, as duas equipas

que representaram o nosso Agrupamento

ficaram classificadas em 1º e 2º lugar a nível

distrital, apurando -se para o campeonato

Regional, disputado em Tondela. Neste,

classificaram-se nos 4º e 8º lugares.

Individualmente, participamos pela 1ª vez

no Regional com 3 alunos, tendo obtido o

1º, 3º e 4º lugares.

O aluno classificado em 1º Lugar (Flávio

Marques) obteve direito a disputar o Nacio-

nal, a realizar em Lisboa durante três dias.

Futsal – As três equipas – Infantis masculi-

nos e Iniciados Femininos e masculinos -

foram campeãs de série, que lhes deu direi-

to a disputarem a fase final – Apuramento

de campeão distrital.

As duas primeiras equipas classificaram-se

em 3º lugar, tendo a equipa de iniciados

masculinos obtido o 2º lugar

Basquetebol - As duas equipas – Infantis e

iniciados classificaram-se em 3º lugar.

No Voleibol – a equipa ficou classificada em

2º lugar.

Natação – Quatro alunos estiveram presen-

tes no Regional. Destes, um foi apurado

para o Nacional.

Atletismo — um aluno do escalão iniciados

masculino esteve presente no Corta-Mato

Nacional.

revist@ nº 8, setembro 2015

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