Revista Tela Viva 132 - outubro 2003
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ano12nº132outubro2003
case..................................24teatro: um novo nicho
para a produção
seT.2003...................26Congresso aponta as
indefinições da tV digital
radiodifusão....28anatel quer distribuir software
de análise topográfica
evenTo.........................30Produção barata dá
o tom no IbC 2003
sempre.na.Tela
Editorial.............................................. .3
News................................................... .4
Scanner.............................................. .6
Figuras..............................................10
Upgrade...........................................12
Making.of........................................22
Agenda.............................................34
acompanhe as notícias mais recentes do mercadowww.telaviva.com.br
pág.14
Não.disponivel
editorialA.campanha.pela.desoneração.da.importação.de.equipamentos.de.produção.deu.um.
passo.importante.nesse.começo.de.outubro..No.dia.1º.de.outubro,.a.Comissão.de.Edu-cação.do.Senado.realizou.uma.discussão.sobre.o.impacto.da.reforma.tributária.no.setor.de.comunicação..A.audiência.contou.com.representantes.da.Abert,.ANJ,.Aner,.UniTV,.
ABTA,.Fittert.(Federação.dos.Trabalhadores.em.Rádio.e.TV).e.Fórum.Nacional.pela.De-mocratização.da.Comunicação.(FNDC)..Entre.as.propostas.comuns.colocadas.por.todos.os.representantes.setoriais.e.que.tendem.a.ser.acatadas.pela.comissão,.está.um.pedido.
para.se.evitar,.no.texto.da.reforma,.a.taxação.sobre.a.importação.de.insumos.para.a.atividade.de.comunicação..A.preocupação.central.de.radiodifusores.é.com.a.importação.de.equipamentos.e,.no.caso.das.empresas.de.mídia.impressa,.a.preocupação.é.com.a.
taxação.sobre.importação.de.papel.Não.custa.lembrar.que.o.próprio.governo.já.sinalizou.diversas.vezes.sua.intenção.de.desonerar.a.importação.de.bens.de.capital,.incentivar.a.produção.audiovisual.e.as.exportações..As.nego-ciações.sobre.a.reforma.tributária.até.agora.apontaram.no.sentido.praticamente.oposto..Corre-
se.sim.o.risco.de.aumento.de.impostos.(especialmente.os.estaduais).para.diversos.serviços,.com.o.congelamento.dos.benefícios.fiscais..Esperamos.que.da.discussão.no.Senado.Federal.
saia.uma.garantia.de.que.as.vontades.manifestadas.por.todos,.governo.e.indústria,.prevaleçam.sobre.a.gula.fiscalista.dos.estados.
Finalmente.ouvem-se,.da.parte.do.governo,.notícias.animadoras.para.o.audiovisual..O.presidente.Lula.deve.anunciar.em.meados.de.outubro.a.tão.aguardada.definição.do.
futuro.da.Ancine..A.agência.deve.mesmo.virar.Ancinav,.um.órgão.para.cuidar.de.todo.o.audiovisual,.e.ficará.sob.a.batuta.do.MinC..Também,.o.ministério.de.Gil.anunciou.a.cria-
ção,.a.partir.de.2004,.das.film.commissions,.que.trabalharão.nos.níveis.federal,.estadual.e.municipal..São.dois.passos.importantes,.que.acreditamos.que.se.implementados.ajudarão.finalmente.a.deslanchar.a.produção.audiovisual.nacional,.tanto.em.relação.ao.mercado.
interno.quanto.às.exportações.
É.com.tristeza.e.saudade.que.nos.despedimos.de.nossa.ex-editora.e..colaboradora.Edylita.Falgetano.de.Moreira.Porto,.que.morreu.no.dia.22.de.setembro.
último,.vítima.de.um.AVC..À.família.e.amigos,.fica.nossa.homenagem.
Central de Assinaturas 0800 145022 das 8 às 19 horas de segunda a sexta-feira | Internet www.telaviva.com.br | E-mail [email protected]ção (11) 3123-2600 E-mail [email protected] | Publicidade (11) 3214-3747 E-mail [email protected] | Tela Viva é uma publicação mensal da Editora Glasberg - rua Sergipe, 401, Conj. 605, CEP 01243-001. telefone: (11) 3123-2600 e Fax: (11) 3257-5910. São Paulo, SP. | Sucursal SCn - Quadra 02, sala 424 - bloco b - Centro Empresarial Encol CEP 70710-500. Fone/Fax: (61) 327-3755 brasília, DF | Jornalista Responsável rubens Glasberg (Mt 8.965) | Impressão Ipsis Gráfica e Editora S.a. | não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista, sem autorização da Glasberg a.C.r. S/a
Diretor e Editor rubens GlasbergDiretor Editorial andré MermelsteinDiretor Editorial Samuel PossebonDiretor Comercial Manoel FernandezDiretor Financeiro otavio JardanovskiGerente de Marketing e Circulação Gislaine GasparAdministração Vilma Pereira (Gerente), Gilberto taques (assistente Financeiro)
Editora de Projetos Especiais Sandra regina da SilvaRedação Lizandra de almeida e Luciana osório (Colaboradoras)Sucursal Brasília Carlos Eduardo Zanatta (Chefe da Sucursal), raquel ramos (repórter)
Editor Fernando LauterjungWebmaster Marcelo Pressi Webdesign Claudia G.I.P.
Arte Claudia G.I.P. (Edição de arte e Projeto gráfico), rubens Jardim (Produção gráfica), Geraldo José nogueira (Editoração eletrônica), Luciano Hagge (assistente) Depar ta men to Comercial almir Lopes (Gerente), alexandre Gerdelmann e Cristiane Perondi (Contatos), Ivaneti Longo (assistente)
w w w . t e l a v i v a . c o m . b r
anatel.cobra.canal.de..filmes.nacionais.no.cabo.[08/09]
No. final. de. agosto,. operadores. de. TV. a.cabo.receberam.da.Anatel.um.ato.em.que.a.agência.determina.que.cumpram.a.regu-lamentação. e. tenham. em. seu. line-up. um.canal. de. filmes. dedicado. exclusivamente.a.conteúdo.brasileiro..A.agência.pede.aos.operadores.de.cabo.que.informem.sobre.o.cumprimento. deste. dispositivo. da. regula-mentação.e.dá.prazo.de.90.dias.para.que.as.empresas.se.manifestem.Atualmente,.apenas.o.Canal.Brasil. tem.o.registro. necessário. no. MinC. para. ser. o.canal.exigido.na.regulamentação..Opera-dores.que.receberam.a.carta.da.Anatel.di-zem,.informalmente,.que.pretendem.recor-rer.e.que.não.podem.ser.obrigados.a.levar.um.canal.específico..Também.houve.quem.esperasse.do.Ministério.da.Cultura.provi-dências.para.viabilizar.um.“competidor”.ao.Canal.Brasil,.o.que.não.ocorreu.
senador.quer.manter.incentivos.via.icMs.[09/09]
O. presidente. da. Comissão. de. Educação. do.Senado.Federal,.senador.Osmar.Dias.(PDT/PR),.após.audiência.pública.sobre.os.impac-tos.da.reforma.tributária.no.setor.de.cultu-ra,.anunciou.a.elaboração.de.uma.emenda.à.proposta.para.garantir.aos.Estados.a.pos-sibilidade. de. manter. a. renúncia. fiscal. do.ICMS. para. incentivos. culturais. por. prazo.indeterminado,.e.não.apenas.por.mais.três.anos,. como. determina. o. texto. aprovado.na. Câmara.. O. principal. argumento. dos.senadores.que.apóiam.a.reivindicação.se.prende.à.necessidade.de.manter.para.as.unidades.da.Federação.as.mesmas.possi-bilidades. admitidas. para. a. União. e. para.os.municípios.Na.opinião.de.Assunção.Hernandes,.presiden-te.do.Congresso.Brasileiro.de.Cinema,.com.o.objetivo.de.evitar.a.guerra.fiscal.entre.os.Esta-
dos,.o.governo.acabou.com.as.possibilidades.de.concessão.de.incentivos.fiscais.estaduais,.valores. que. hoje. estão. em. torno. de. R$. 180..milhões.por.ano.e.que.são.essenciais.para.o.desenvolvimento.do.setor..
emissoras.públicas.participarão.do.GeT.[11/09]
A.Abepec.(Associação.Brasileira.das.Emisso-ras.Públicas,.Educativas.e.Culturais).recebeu.do.Ministério.das.Comunicações.garantias.de.que. participará. do. grupo. de. estudos. da. TV.digital.(GET)..Esta.é.a.primeira.de.uma.série.de.ações.conjuntas.que.a.associação.pretende.realizar.com.o.Minicom..Para.a.associação,.é.fundamental.participar.da.discussão.sobre.a.implantação.da.TV.digital.no.Brasil.para.que.as.televisões.públicas.não.corram.o.risco.de.ficar.de.fora.ou.de.serem.prejudicadas.duran-te.a.digitalização.das.transmissões.
Minc.lança.concursos.para.longas.[12/09]
O.Ministério.da.Cultura.publicou.no.Diário.Oficial.da.União.do.dia.12.de.setembro.duas.portarias. lançando. concursos. públicos.. O.primeiro. concurso,. instituído. pela. Portaria.nº. 380/2003,. é. destinado. a. apoiar. a. reali-zação. de. projetos. audiovisuais. de. longa-metragem. inéditos,. de. baixo. orçamento,.dos.gêneros.ficção.e/ou.animação..Os.proje-tos.devem.abordar.temas.da.cultura.brasilei-ra.. Para. este. concurso. serão. selecionados.sete.projetos..O.valor.total.de.recursos.des-tinados.será.de.R$.4,8.milhões..O.segundo.concurso. público,. instituído. pela. Portaria.nº.381/2003,.será.destinado.à.finalização.de.filmes.de.longa-metragem..O.orçamento.total.desde.concurso.é.de.R$.1,5.milhão.
educativas.poderão.transmitir.eventos.esportivos.[16/09]
O.deputado.Edson.Duarte.(PV/BA).apresen-tou.um.projeto.de.lei.(nº.1.878/2003).auto-rizando.as.emissoras.educativas.estatais.a.
transmitirem,.sem.custos,.eventos.espor-tivos.de. interesse.nacional..O.projeto.de.lei.será.apreciado.em.caráter.terminativo.(não.precisa.ser.apreciado.pelo.Plenário).pelas.comissões.de.Ciência.e.Tecnologia,.Comunicação. e. Informática. (CCTI). e. de.Constituição.e.Justiça.e.Redação.(CCJ).
são.Paulo.terá.política.audiovisual.estadual.e.municipal.[18/09]
O. dia. 17. de. setembro. foi. agitado. para.o. cinema. em. São. Paulo.. Pela. manhã,.o. governador. Geraldo. Alckmin,. em. um.café. da. manhã. com. uma. comitiva. de.cineastas. paulistas,. assinou. o. decreto.que.cria.o.Conselho.Paulista.de.Cinema..O.conselho.tem.a.função.de.elaborar.pro-postas,.o.planejamento.e.a.programação.da.política.audiovisual.paulista.Além.da.reunião.com.o.governador.Alck-min,.alguns.cineastas.encontraram-se.na.noite.do.mesmo.dia.17.com.a.prefeita.de.São. Paulo,. Marta. Suplicy.. No. encontro.foram.empossados.os.membros.da.Comis-são.de.Cinema.de.São.Paulo.(Cocine)..A.Cocine. foi. criada. pela. Portaria. 25/2003.da. Secretaria. de. Cultura,. publicada. no.Diário. Oficial. do. Município. do. dia. 6. de.setembro..No.máximo.em.180.dias,.essa.comissão.irá.elaborar.e.apresentar.políti-cas.públicas.para.a.produção.paulistana.
ancine.divulga.levantamento.sobre.o.cinema.nacional.[22/09]
A. Ancine. divulgou. um. panorama. com.o. desempenho. econômico. do. cinema.nacional.nos.últimos.dez.anos..Segundo.o. panorama,. a. percentagem. de. filmes.de. longa-metragem. nacionais. lançados.aumentou.de.1,27%.do.total.de.títulos.lan-çados.no.País,.em.1992,.para.26,90%.ao.fim.de.2002..No.mesmo.período,.o.núme-ro.de.espectadores.dos.filmes.brasileiros.aumentou.de.36.093. (0,05%.de.um. total.de.75.milhões).para.7.299.988.(8%.de.um.
Acompanhe aqui as notícias que foram destaque no último mês no noticiário online Tela Viva News.
4tela viva
outubro de 2003
total.de.quase.91.milhões).Além. disso,. foram. divulgados. números.do.ano.de.2003.(até.31.de.agosto),.com.a.estréia.de.14. longas.brasileiros.e.37.es-tão.prontos,.aguardando.lançamento..Há.52. em. finalização. e. 34. em. filmagem.. O.número.de.longas.em.pré-produção,.com.projetos.aprovados.para.captação.publi-cados. no. Diário. Oficial. da. União. até. 31.de.agosto,.é.de.256.títulos,.incluindo.fic-ção.e.documentários..Somando-se.todos.os.números.do.ano.chega-se.ao.núme-ro.de.393.filmes.de.longa-metragem.em.produção. ou. produzidos. este. ano. com.o.uso.de. incentivos. fiscais..Além.disso,.segundo.o.documento,.estão.em.produ-ção.outros.95.filmes.que.ainda.não.solici-taram.qualquer.incentivo.fiscal.Outro.dado.divulgado.foi.o.valor.investido.no. cinema. brasileiro. este. ano. através. da.Lei.do.Audiovisual.e.Lei.Rouanet:.R$.12,512..milhões..Os.dez.maiores.investidores.no.cine-ma.brasileiro.em.2003,.até.setembro,.foram:.BR.Distribuidora,.Eletrobrás,.Lafarge.Brasil,.Finame,. Brasil. Telecom,. Unicap. Unibanco,.Unibanco,. Banco. Bandeirantes,. Federal.Capitalização.e.João.Carlos.di.Gênio.
ancine.tem.prazo.para.analisar.incentivos..culturais.[22/09]
A.diretoria.da.Ancine.publicou.no.Diário.Oficial.da.União.do.dia.22.a.Deliberação.nº. 115/2003,. estabelecendo. prazos. para.que. a. agência. analise. os. pedidos. para.a. utilização. de. incentivos. baseados. nas.leis.do.Audiovisual,.Rouanet.e.Artigo.39.da.MP.2.228/01..A.resolução.estabeleceu.
um.prazo.de.até.45.dias.para.analisar.os.projetos.de.obras.audiovisuais,.contados.a.partir.da.data.em.que.o.pedido.for.proto-colado. na. agência.. Se. houver. diligência.de.documentos,.o.prazo.de.45.dias.será.suspenso.na.data.em.que.a.proponente.receber.o.aviso.da.Ancine..Após.o.cum-primento. das. exigências,. o. prazo. segue.pelo. período. remanescente.. A. delibera-ção.determina.ainda.o.arquivamento.do.projeto.caso.não.haja.resposta.às.exigên-cias.em.até.30.dias.após.o. recebimento.do.comunicado.de.diligência.da.agência..Por.fim,.a.Ancine.não.será.obrigada.a.ana-lisar.no.mesmo.exercício.de.sua.apresen-tação.os.projetos.protocolados.depois.do.dia.15.de.novembro.de.cada.ano..
Lula.anuncia.ancine.sob.o.Minc.[01/10]
O. chefe. de. gabinete. do. Ministério. da.Cultura,.Sergio.Sá.Leitão,.representando.o.ministro.Gilberto.Gil,.afirmou.dia.1º.de.outubro,. durante. o. rioseminars,. que. o.presidente.Lula.anunciará.no.dia.13.de.outubro. a. ida. da. Ancine. para. o. MinC.e. sua. transformação. em. Ancinav.. Sá.Leitão.completou.depois.que.será.anun-ciada. uma. política. federal. para. o. setor.audiovisual. e.que. “houve.muita.pressão.do.‘cinema.hegemônico’.para.que.a.An-cine. fosse.para.o.Ministério.do.Desen-volvimento.da.Indústria.e.do.Comércio”..Segundo.o.chefe.de.gabinete.da.secre-taria. para. o. desenvolvimento. das. artes.audiovisuais. do. Ministério. da. Cultura,.Leopoldo. Nunes,. haverá. ainda. uma. re-visão.da.MP.2.228/01.
a.criação.de.film.comissions.[01/10]
O. projeto. Brazilian. Film. Comission. foi.apresentado. durante. o. rioseminars.. Ele.prevê.a.criação.de.instituições.voltadas.à.promoção.de.regiões.brasileiras.e.do.País.como.locação.e.fornecedor.de.infra-estru-tura.e.mão.de.obra.para.produções.nacio-nais. e. internacionais,. visando. aumentar.o. turismo. e. a. produção. audiovisual. no.Brasil.. A. ação. reúne. os. ministérios. da.Cultura,.do.Turismo,.da.Integração.Nacio-nal,. de. Relações. Exteriores,. além. dos.governos.federal,.estaduais.e.municipais,.entidades. privadas. de. cultura. e. turismo.entidades. representativas. e. agências.reguladoras.Os.recursos.virão.do.governo.federal,.através.de.ministérios.e.agências,.governos.estaduais.e.municipais.e.ainda.de.instituições.privadas,.quando. possível.. No. futuro,. espera-se. que.elas.se.tornem.auto-sustentáveis,.arrecadan-do.taxas.sobre.produções.audiovisuais.e.sobre.o.turismo.O.trabalho.das.film.comissions.será.o.de.criar.normas.e.procedimentos.referentes.à.produ-ção.audiovisual,.catalogar.fatores.de.atração.em.sua.região,.promover.e.divulgar.a.região.atuando. como. uma. espécie. de. bureau,. e.monitorar.resultados.e.incentivar.o.desen-volvimento. da. infra-estrutura. existente..Vale.lembrar.que.hoje.parte.dessas.funções,.sobretudo. em. relação. a. autorizações. para.uso.da.imagem.do.Brasil,.cabem.à.Ancine,.o.que.coloca.um.provável.conflito.de.competên-cias.a.ser.resolvido.As.primeiras.film.comissions.deverão.come-çar.a.funcionar.já.no.início.de.2004.
Arquitetura na TV
Um.novo.programa.com.produção.independente,.especializa-do.em.decoração.e.arquitetura,.estreou.em.setembro.em.São.Paulo,.com.exibição.em.três.canais.—.Canal.21,.Canal.Comuni-tário.e.Canal.São.Paulo..O.programa.“Morar com Requinte”.traz.entrevistas.com.profissionais.da.área.e.é.apresentado.por.Priscila.Aspertti.e.Renata.Jabali..A.produção.é.da.WRC.Produ-ções,.com.direção.de.Wagner.Lanzotti.
Brasilzão
Não. tem. chavão. maior. do. que. dizer. que. o. Brasil. é.um.país.de.dimensões.continentais..Mas.a.equipe.da.produtora. paulistana. OKA. Comunicações. sentiu. na.pele.o.tamanho.dessa.terra.para.realizar.o.vídeo.da.IV.Semana.da.Alfabetização,.promovida.pela.Alfabetização Solidária..A.equipe.da.OKA,.formada.pelo.diretor.Rogério.Zagallo,. o. cinegrafista.Marcelo.Miyao,.o. som.direto.Alfredo.Guerra.e.o.eletricista.Deda,.percorreram.em.seis.dias.mais.de.8,4.mil.km.—.distância.do.Rio.de.Janeiro.à.Flórida,.nos.Estados.Unidos.A.equipe.passou.por.Itapiúna.(CE),.Bonito.de.Santa.Fé.(PB).e.Araci.(BA).para.gravar.depoimentos.de.alunos,.alfabetizadores.e.coor-denadores.da.ONG..Os.testemunhos.serão.utilizados.para.contar.a.história.de.três.personagens.que.tiveram.suas.vidas.mudadas.pelo.projeto..O.roteiro.é.de.Ricardo.Zagallo,.coordenação.de.produção.de.Érika.Scarpinella,.computação.gráfica.do.ElectroLadyLand.Studio,.trilha.de.Felipe.Vassão,.edição.e.finalização.de.George.Safranov.e.Rogério.Zagallo.
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outubro de 2003
Sufoco no bumba
O. sufoco. das. pessoas. no. transporte.coletivo. é. o. mote. da. nova. campanha.das. motos. Yamaha. YBR. 125.. O. filme.“Tá. Esperando. o. Quê?”. mostra. cenas.claustrofóbicas. das. pessoas. em. ôni-bus,. lotação. e. metrô. para. mostrar.que.a.solução.é.sair.por.aí.de.moto..A.criação.é.da.equipe.da.FAM,.de.Fábio.Siqueira,. e. a. produção. é. da. Canvas 24p,. com.direção.de.Wiland.Pinsdorf,.produção.de.Alexandra.Alonso.e.foto-grafia.de.Eduardo.Ruiz.
Fuji na fita
Quatro.novos.comerciais.da.Fuji.Film.estão.sendo.veiculados,.em.duas. novas. campanhas.. Todos.eles. foram. criados. pela. Grey.Worldwide.e.produzidos.pela.Prodigo Films,.com.direção.de.Rodri-go.Ferrari..Uma.das.campanhas,.institucional,.divulga.toda.a.linha.de.produtos.e.as.lojas.digitais..A..outra. divulga. a. promoção. que.vai. selecionar. fotos. de. pessoas..comuns.para.o.próximo.comer-cial. da. empresa.. O. ganhador.será.apresentado.no.“Domingão.do.Faustão”.
Fotos: Divulgação
Fim da moeda
Protagonizado.pelo.ator.Luiz.Fernan-do.Guimarães,.está.no.ar.desde.o.final.de. setembro. a. campanha. do. Banco.Central. que. anuncia. o. recolhimento.da.moeda.antiga.de.R$.1,00..O.filme,.criado.pela.Giovanni,.FCB.de.Brasília,.procura.dar.um.tom.bem-humorado.ao.comunicado,.fugindo.ao.tom.oficial.que.costuma.aparecer.nesse.tipo.de.filme..A.direção.é.de.René.Sampaio,.da.produtora.carioca.CaradeCão.Filmes.
Passarela
A. nova. campanha. estrelada. por.Gisele Bündchen. cria. um. cami-nho.sem.obstáculos.para.a.super-modelo..Ao.som.da.música.“Slow-motion.Bossa.Nova”,.hit.que.pulou.dos. comerciais. para. o. disco,. a.modelo.desfila.as.sandálias.Ipane-ma.pelo.Rio.de.Janeiro..Enquanto.anda,. as. pessoas,. deslumbradas,.se. encarregam. de. tirar. da. frente.tudo. o. que. aparece.. Com. cria-ção.da.W/Brasil,.o.filme.tem.dire-ção.de.Andrucha.Waddington,.da.Conspiração.Filmes.
Contadores de história
O.longa.de.Eliane.Caffé.“Narradores de Javé”.mostra.a.mudança.na. rotina. do. pequeno. vilarejo. de. Javé. causada. por. uma. ameaça.repentina.de.sua.extinção:.Javé.deverá.desaparecer.inundado.pelas.
águas. de. uma. grande.hidrelétrica.. Diante. da.notícia,. a. comunidade.decide. ir. em. defesa. de.sua. existência. pondo.em.prática.uma.estraté-gia. bastante. inusitada.e. original:. escrever. um.dossiê. que. documente.o. que. consideram. ser.os.“grandes”.e.“nobres”.acontecimentos.da.histó-ria. do. povoado. e. assim.justificar.a.sua.preserva-ção.. O. filme,. que. será.tema.de.debate.no.pró-
ximo.Encontro.com.o.Cinema.Brasileiro,.no.dia.29.de.novembro.no.Centro.Cultural.Banco.do.Brasil,.em.São.Paulo,.conta.com.os.atores.José.Dumont.(foto).e.Mateus.Nachtergaele.
Produções locais
A.HBO.vai.anunciar.este.mês.os.deta-lhes.de.três.produções.originais.fei-tas.no.Brasil..São.os.seriados.“Man-drake”,. “Epitáfios”.e. “Sexo.Urbano”..“Mandrake”. é. uma. produção. local.a. cargo. da. produtora. Conspiração.Filmes;. “Epitáfios”. é. uma. série. de.suspense.. “Sexo Urbano”. aborda.a. vida. noturna. ligada. ao. erotismo.em.várias.capitais.latino-americanas,.entre.elas,.cidades.brasileiras..O.res-ponsável.pelos.seriados.é.o.vice-pre-sidente. de. produção. da. HBO. Latin.America,.Luiz.Perazza.
�tela viva
outubro de 2003
Mistura de técnicas
A.produtora.de.animação.Arte.Animada.é.a.responsá-vel.pelos.filmes.da.campanha.dos.chicletes.Big.Big,.da.Arcor.. O. produto. traz. figurinhas. com. curiosidades. do.Guia. dos. Curiosos,. e. o. filme. mistura. técnicas. de. ani-
mação.2D. e.3D.. O.primeiro.filme.apre-senta. o. produto,.enquanto.o.segun-do. lança. uma. pro-moção.de.sorteio..A.direção. dos. filmes.é.de.Celso.Soldi.
A.Cinegrafika.está. se. juntando.à.Cine-ma,.ampliando.assim.seu.leque.de.servi-ços..A.Cinegrafika,.de.Marcelo.Presotto.e. Giuliano. Saade,. entra. com. sua. atua-ção. que. vai. da. criação. à. execução. de.filmes. com. elementos. gráficos,. como.pack.shots,.assinaturas,. letreiros,.vinhe-tas. e. até. filmes. totalmente. executados.na.pós-produção..Com.a.junção,.o.novo.sócio.Marcelo.Lepiani.traz.a.experiência.de.15.anos.em.efeitos.especiais.e.finaliza-
ção..Para.completar,.uma.unidade.de.3D.a.cargo.de.Fabricio.Navarro.passa.a.dar. apoio.ao. trabalho.da.nova. fase.da.empresa.Dessa. forma,. surge. um. bureau. com.capacidade. de. criação. em. direção. de.arte,.efeitos.e.pós-produção.com.equipa-mentos.de.última.geração.para.atender.os. mercados. publicitário. e. de. cinema..Toda. a. infra-estrutura. da. Cinegrafika.recebe. agora. da. Cinema. um. telecine.
spirit.HD.com.uma.mesa.de.colorização.DaVinci. 2K. Plus,. um. smoke. HD. para.pós-produção.e.o.film.recorder,.além.do.seu.laboratório.A. equipe. é. composta. por. Marcio. Pas-qualino.(Marcinho),.colorista;.Maninho,.2º.colorista;.Zeca,.coordenador.técnico;..Andrea. Nero,. coordenadora;. Claudia.Tavares,. atendimento;. Andreia. Anaya.e. David. Garroux,. designers;. e. Fabricio.Navarro,.designer.3D.
Farmácias
Já.está.em.veiculação.o.primeiro.filme.da.nova.campa-nha.da.Ultramed..Criada.pela.CCZ.Elétrica.e.produzida.pela.GW Comunicação,. a.campanha.comunica.com.muito.humor.os.preços.ofere-cidos.pela.rede.de.farmácias..O.filme.foi.dirigido.por.Calix-to. Hakim. e. teve. direção. de.fotografia.de.Marcelo.Bizz.
Ampla atuação
Baixando a bola
As.agruras.de.um.diretor.de.cinema.de.primeira.via-gem.são.retratadas.no.longa.“Samba-Canção”,.do.tam-bém.estreante.em.longas-metragens.Rafael.Conde..Pre-miado.em.vários. festivais.de.curta-metragem,.o. tema.é.recorrente.na.carreira.do.diretor,.que.também.dirigiu.“A Hora Vagabunda”,.curta.que.aborda.as.dificuldades.do.cineasta.na.cidade.de.Belo.Horizonte.No. longa,. que. já. recebeu. o. prêmio. de. revelação. no.Festival de Santa Maria da Feira,.em.Portugal,.o.dire-tor.vai.tendo.que.reduzir.a.bitola.do.filme.—.até.chegar.ao.vídeo.—.para.poder.produzir..As.agruras.retratadas.são.comuns.à.carreira.da.maioria.dos.diretores..Conde.também.usou.todas.as.bitolas,.até.conseguir.transpor.todo.o.material.para.35.mm..O.filme.teve.pré-estréia.em.São.Paulo.em.setembro.e,.agora,.batalha.por.um.lugar.nas.salas.
Alta definição.
A. produtora. e. finalizadora. VBC. está. trabalhando,.desde.o.mês.de.agosto,.com.suporte.de.alta.defini-ção.na.captação,.montagem,.finalização.e.pós-pro-dução..Para.se.adaptar.à.nova.tecnologia,.a.empre-sa.realizou.no.final.de.julho.para.seus.funcionários.e.colaboradores.um.workshop.sobre.alta.definição..A. VBC. investiu. na. compra. de. uma. câmera. HDW.F900.e.um.VT.HDW.F500,.ambos.da.Sony,.além.de.lentes.prime.e.um.finalizador.on-line.Mistika.HD.
Não.disponivel
A carreira profissional da maquiadora Anna Van Steen começou motivada por uma contradição. A princípio, ela pensava em ser atriz. Enteada do crítico de teatro Sábato Magaldi, e cheia de artistas na família, Anna cursou a Escola
de Arte Dramática (EAD), participou do grupo de teatro infantil Vento Forte e se preparou de todas as maneiras. Mas havia uma coisa de que ela definitivamente não gostava: a transformação de sua imagem, imposta pelo figurino e pela maquiagem. “Fui percebendo que não gostava de me expor, não gostava de ser tocada, penteada.”
Fotos: Gerson Gargalaka (anna Van Steen) e Divulgação
Então decidiu mudar, largar o teatro, mas não sabia ainda o que fazer. Foi para Paris, onde começou a fazer os mais variados cursos. Sabia que tinha alguma coisa a ver, queria continuar na área, só não sabia exatamente o quê. Entre eles, um era de maquiagem ilusionista, com uma profissional que trabalhava no circo. Os efeitos que produzia serviam de suporte para o mágico e até uma “Monga” ela já tinha criado. Me apaixonei pela professora e pela maquiagem. Percebi que não gostava de um certo tipo de maquiagem, as pessoas são tão bonitas, por que esconder isso atrás de uma máscara?Empolgada, se inscreveu em outro curso, este de maquiagens étnicas, um tipo de estudo antropológico a partir da maquiagem. Aqui lo para mim fazia sentido, as transformações tinham todo um simbolismo, eram parte de uma cultura. Daí em diante descobriu que era realmente essa a profissão que queria ter. Hoje não troco por nada, já me ofereceram para fazer direção de
arte, tenho dois irmãos diretores [Ricardo e Lea Van Steen], mas não quero.Ao voltar de Paris, seu primeiro trabalho foi no longa “Besame Mucho”, de Francisco Ramalho Jr. (1987), como assistente do maquiador Jack Monteiro, com quem trabalha
ria em muitas outras produções. Em seguida, fez “Feliz Ano Velho”, de Roberto Gervitz (1987), e, alguns filmes depois, “Brincando nos Campos do Senhor”, de Hector Babenco (1991). Pas sa mos oito
. José Reinaldo Gomes. é. o.novo. diretor. comercial. da.
Videomax.Produções.-.produto-ra. do. programa. “Show. Busi-ness”,. apresentado. por. João.Doria.-.e.da.editora.Doria.Asso-ciados.. Gomes. foi. diretor. de.marketing.publicitário.do. jornal.Valor. Econômico. nos. últimos.três. anos..Antes.disso,. acumu-lou.21.anos.de.experiência. em..várias.agências.do.mercado.
10tela viva
outubro de 2003
. Carla Ponte. é. a. nova. integrante. da. equipe. da.Porão.Filmes..Jornalista,.formada.pela.ECA/USP,.ela.
assume. o. atendimento. na. produtora. e. também. atua.em.alguns.projetos.como.roteirista.e.assistente.de.dire-ção..Com.12.anos.de.profis-são,.trabalhou.na.Rede.Ban-deirantes,. MusicCountry,.TV.Tribuna.e.MTV.Brasil;.e.foi.free.lancer.nas.produto-ras.Vídeo.&.Cia.,.Canal.Azul,.na. Folha. de. S.. Paulo. e. na.Fundação.Padre.Anchieta.
. A. ABD. (Associação. Brasileira.de.Documentaristas).elegeu.sua.
nova. diretoria,. com. mandato. de.dois. anos.. Para. a. presidência. foi.reeleito.Mar.ce.lo Laffitte.(RJ)..Além.disso,.as.ABDs.regionais.foram.redi-vididas. em. sete. regiões. (eram.cinco),.cada.uma.representada.na.diretoria.. Para. as. votações. em.assembléia,. decidiu-se. que. cada.Estado.terá.direito.a.um.voto.(e.não.mais.por.regiões,.como.antes)..
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meses na Amazônia, e tive que lidar com aqueles seres humanos exóticos, atores estrangeiros cheios de medos, com receio dos insetos, da água, de encostar nas pessoas... Mas a experiência foi maravilhosa, tivemos três meses só para pesquisar, trabalhando junto com o diretor de arte Clóvis Bueno e o diretor de fotografia Lauro Escorel. Meu trabalho só acontece em absoluta dependência da arte e da fotografia. A maquiagem depende totalmente da luz e do enquadramento. Por isso, sempre peço que a maquiagem, especialmente a de efeitos, seja testada antes. Mas nem sempre conseguimos...Um pouco cansada da experiência e diante de um período de incertezas, em pleno governo Collor, Anna resolveu viajar novamente. Foi para a Europa, se casou com um francês, trabalhou em publicidade na Bélgica. Quando voltou, trabalhou em “Anahy de las Misiones”, de Sérgio Silva (1997), e retomou sua carreira no cinema, na publicidade e no teatro.Aos poucos, foi podendo exercer o naturalismo que sempre defendeu, um jeito “Dogma 95” de encarar o cinema. Não é o dogma pelo manifesto, mas pelo resultado, por um cinema mais verdadeiro e cheio de emoção. As pessoas têm pele, têm espinhas, têm olheiras... No filme “Domésticas” (2001), de Fernando Meirelles e Nando Olival, isso ficou patente. Atrizes e empregadas domésticas se misturam — todas sem maquiagem. Con ven ci as atrizes a não usar maquiagem. Meu trabalho foi reforçar as olheiras, criar hematomas, descabelar, colocar fivelinhas. A maquiagem tem que parecer como se tivesse sido feita pelo próprio personagem. Então, não fazia sentido usar corretivos nas atrizes... Depois, fez “Cidade de Deus” (2002), de Fernando Meirelles e Kátia Lund, e “Carandiru” (2003), de Hector Babenco — ambos com o mesmo tom. Em “Carandiru”, desenhou os personagens ao lado da direção de arte e montou a equipe que atuou no diaadia das filmagens. Uma grande pesquisa foi feita sobre as tatuagens dos detentos e, para criálas, Anna desenvolveu uma tinta especial — feita a base de tinta de caneta Bic com fixador de maquiagem. Além disso, também criou carimbos com os desenhos, para facilitar a vida.Diante da visão muito particular que tem de seu trabalho, Anna encontra dificuldade para traduzilo em palavras. Anda em busca de termos que o definam para colocar nos créditos dos filmes. A linha que gosto de seguir é a de usar a maquiagem para construir o caráter do personagem, não para corrigir imperfeições estéticas. Então não gosto do termo maquiagem, nem de caracterização, que também inclui o figurino. Ainda estou procurando...
.A.produtora.Prodigo.Films.reformulou. seu. departa-mento. de. atendimento.com. as. contratações. de.duas.profissionais:.Rena.ta Aranha (5).e.Elis Pedroso (4).. Renata. representou. a.revista. oficial. do. Festival.Internacional. de. Cannes,.
“Daily”,.e.foi.uma.das.responsáveis.pelos.patrocinado-res.e.convidados.para.a.divulgação.do.FilmBrazil.no.evento..Elis.passou.pela.Telefilm.e.Miksom.
. Anto.nio Athayde. (1). fechou.contrato. com. o. SBT. para. assu-mir.a.superintendência.comercial.da. emissora. de. Silvio. Santos..Athayde. dirigiu. no. passado. a.área.comercial.da.Globo..Depois.ocupou.os.cargos.de.CEO.da.Net.Brasil. e. de. diretor. da. Globopar..Teve.ainda.uma.breve.passagem.pela.TV.Bandeirantes..O.executi-vo. está. levando. para. a. emissora.Cláu.dio Santos. (2). (até. então.diretor. comercial. da. Globosat). e.Adal.ber.to Vianna (3),.que.atuou.na.Net,.Sky,.Americel.e.DirectNet.
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.O.Projeto.FilmBrazil,.que.visa.transformar.o.Brasil.em.um.pólo.interna-cional.de.produção.audiovisual,.entrou.em.sua.segunda.fase.concen-trando.esforços.em.Brasília..Uma.comissão.do.projeto.e.da.Apro.forma-da.por Eitan Rosenthal. (11),.presidente.do.FilmBrazil;.a.presidente.da.Apro,.Leyla Fernandes.(10);.os.conselheiros.da.associação.Paulo Schmidt.(8).e.Lucia.no Traldi (6);.e.João Paulo Morello,.assessor.jurídico.da.Apro.e.do.FilmBrazil,.tiveram.uma.série.de.reuniões.em.Bra-sília.em.busca.de.apoio.para.o.projeto.A.primeira.reunião.da.comissão,.agendada.com.a.ajuda.do.deputado.federal.Carlos Sampaio.(PSDB/SP).(7),.foi.com.Juan Queiroz,.pre-sidente.da.Agência.de.Apoio.às.Exportações.(APEX),.do.Ministério.do.Desenvolvimento,.Indústria.e.Comércio,.a.quem.a.equipe.pediu.o.apoio.para.as.ações.programadas.para.o.próximo.ano.Em. encontro. com. a. deputada. federal.Zulaiê Cobra. (PSDB/. SP). (9),.presidente.da.Comissão.de.Relações.Exteriores.da.Câmara,.os.integran-tes. da. comissão.propuseram. simplificações.nos.procedimentos.para.concessão.de.visto.temporário.de.trabalho.a.técnicos.estrangeiros.e.na.importação.provisória.de.equipamentos.e.materiais.de.filmagem.
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HD e SD
A Thomson apresentou na IBC o mixer Kalypso Duo. Tratase do primeiro mixer que pode ter upgrade de SD para HD por software. Uma vez feito o upgrade, ele pode ser configurado tanto para produções SD quanto HD. Além disso, suporta vários formatos HD, incluindo 1080i e 720p. O produto está disponível em versões para dois, três e quatro M/E (mix/effects) e pode suportar um, dois ou quatro controles. Além da vantagem de passar pela transição de SD para HD sem a necessidade de trocar placas, o modelo Duo traz todas as funções do Kalypso anterior. O preço do produto é a partir de Ü 400 mil.
www.thomsongrassvalley.com
Novo finalizador
A Pinnacle trouxe para a exposição de equipamentos do Congresso da SET o sistema de edição e pósprodução Liquid Chrome. A nova solução reúne três produtos da Pinnacle, o Targa 3000, o Liquid Studio e o K2. O Chrome completa a linha Liquid de editores em rede, que inclui os produtos Liquid Blue, para ambientes broadcast que utilizam vários formatos; o Liquid Chrome, para correções em tempo real; Liquid Silver, para pósedição no formato MPEG2, e o Liquid Purple, para aplicativos de edição de vídeos digitais baseado em software. Projetado para pósprodução, o Liquid Chrome oferece uma suíte de software de aperfeiçoamento formada pelo gerador de caracteres TitleDeko Pro; o Commotion Pro,
para edição e composição de imagens; o Impression DVD Pro, para autoria; e o Pinnacle Liquid CX, para correção de cores. O produto tem preço sugerido nos Estados Unidos de US$ 14.995.www.pinnaclesysla.com
Processamento 64 bits
A AMD lançou o primeiro processador de 64 bits para PC compatível com Windows, o Athlon 64 FX. O processador, projetado para entusiastas e criadores de conteúdo digital, apresenta melhor performance em 32 bits, para aplicações atuais, e ainda computação de 64 bits para a próxima geração de software. A AMD lançou ainda uma versão para notebooks do processador, o Athlon 64, projetado para alta performance e conectividade wireless. Contém gerenciamento avançado de energia com a tecnologia AMD PowerNow!, consumo de potência reduzido e vida da bateria estendida.Os novos processadores da AMD ganharam o apoio da Microsoft, que anunciou uma versão beta do Windows XP 64Bit Edition. Além disso, a fabricante HP anunciou que planeja ter sistemas com os novos processadores ainda neste quarto trimestre de 2003. A Fujitsu, FujitsuSiemens e NECCI também anunciaram a disponibilidade de sistemas para o processador AMD Athlon 64.www.amd.com
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Edição no Linux
A Discreet anunciou na International Broadcasting Convention, em Amsterdã, Holanda, realizada entre 12 e 16 de setembro, um sistema de edição e acabamento para o sistema operacional Linux, o Smoke 6. Segundo a empresa, o desempenho das estações PC atuais com as recémlançadas capacidades do sistema operacional Linux propiciam suporte avançado para as demandas de desempenho de acabamento e edição do Smoke. O software trabalha com resolução standard, foi desenvolvido para trabalhar com o Red Hat Linux 8 e será comercializado como uma solução chave na estação IntelliStation Z Pro 6221 da IBM. O sistema IBM/Smoke 6 inclui gráficos OpenGL, entradas e saídas PAL e NTSC e várias opções de armazenamento, entre elas a opção de soluções de hardware RAID 5 totalmente redundantes. A Discreet pretende lançar o smoke 6 para Linux no início de 2004.www.discreet.com
Tripé para digitais
A Mattedi mostrou na exposição de equipamentos do Congresso da SET, que aconteceu em setembro, no Rio de Janeiro, o tripé M10.K. Projetado para câmeras digitais, o tripé tem um
novo sistema de ajuste gradual e linear de pressão nos movimentos tilt e pan, além de maior inclinação de tilt (até 90 graus). O equipamento é composto por um tripé feito
de duralumínio com ligas anodizado, cabeça hidráulica, base em meia esfera, manche emborrachado e estrela de solo extensível escamoteável. Além disso, conta com estrela
de rodas Dolly com freios como acessório opcional. A altura do equipamento vai de 0,8 metro até 1,73 metro e pesa 8,8 kg, suportando até 8 kg.
www.mattedi.com.br
Mais customizável
A Debetec está trazendo para o País a lente teleobjetiva da Canon J22ex 7.6B. O equipamento é baseado na tecnologia da nova série eIFxs, que traz todos os recursos da tecnologia anterior da fabricante, a série IFxs, e ainda um display que traz as informações de configuração. Outra novidade da tecnologia é um seletor digital de funções, que permite configurar e customizar a lente de maneira mais fácil. É possível ainda salvar novas configurações, para usuários diferentes ou uso em diversos ambientes.Entre as configurações, está a possibilidade de memorizar duas posições de zoom, e a lente “salta” de uma posição para outra automaticamente, sem a necessidade de marcadores ou a velha fita crepe para ajudar no serviço. Também é possível préestabelecer uma velocidade de zoom e salvar na memória. Com um cabo adaptador, é possível usar controladores de lentes de estúdio.A lente está disponível em versões com proporção 4:3 e 16:9 e há ainda uma versão crossover (que funciona nas duas proporções). Outra opção para os três modelos é o extensor de 2X. As lentes têm zoom de 7.6 até 168 mm, sem o extensor, e de 15.2 até 336 mm, com o extensor. O peso do equipamento varia entre 1,79 kg e 1,89 kg.www.debetec.com.br
A
Rede Record completa 50 anos com as contas em dia e começa a mexer na programação em busca do segundo lugar na audiência.
TELA VIVA - A Record chega aos 50 anos. Como a emissora se posiciona atualmente no mercado?Dennis Munhoz - Estamos na terceira fase de um projeto que começou em 2001. Começou com o saneamento das finanças. Fizemos bem a lição de casa e agora estamos em ordem. O segundo passo foi o planejamento estratégico, definir no que vale mais a pena investir. Agora vamos investir em programação para chegar ao segundo lugar em audiência. Quando assumimos a rede, os salários estavam
atrasados e devíamos para os fornecedores. Em menos de cinco anos viramos a terceira rede do País. Diante disso, não é utopia querer chegar a esta posição.
O que será a terceira etapa?Agora temos estrutura para investir em programação, a base está montada. E para o público, o que aparece não são as finanças da empresa, mas o que ele vê na tela, então vamos renovar a programação. Vamos investir em dramaturgia, adquirir
A Record chega à maturidade com porte de “cinqüentona enxuta”. A emissora da Barra Funda, berço de alguns dos momentos mais memoráveis da TV brasileira, como os Festivais da Canção e a “Família Trapo” e trampolim de talentos como Chacrinha e Silvio Santos, passou nos últimos anos por uma reforma administrativa e quer voltar a investir na programação com uma meta muito definida: conquistar o segundo lugar da audiência.
É da emissora que veio, este ano, a mais relevante notícia de investimento em equipamentos de produção, quando adquiriu da Sony 17 camcorders e mais de 20 VTs, entre outros equipamentos, alguns já da nova geração da fabricante japonesa, equipados com discos ópticos. Hoje, segundo a empresa, 80% do parque de produção já está digitalizado.
A Record também vem inovando na programação. Investiu em coproduções como o game show “Roleta Russa”, com a Sony, e o seriado “Turma
do Gueto”, com a Casablanca, e em parcerias como a que tem com os canais Fox, de quem exibe seriados e os documentários da National Geographic. E agora sinaliza uma volta à teledramaturgia, com uma novela de padrão “global”.
A emissora anunciou investimentos de R$ 20 milhões para o próximo ano em programação.
É neste contexto que o presidente da emissora, Dennis Munhoz, conversou com TELA VIVA. Ele vem conduzindo há quase três anos a reestruturação da empresa, pertencente à Igreja Universal do Reino de Deus. Munhoz é advogado e dirigiu o departamento jurídico da Rede Mulher (também pertencente à igreja) até 1999. Em seguida, tornouse assessor jurídico da Rede Record, acumulando também a partir de 2000 os departamentos de recursos humanos e de contabilidade. Em fevereiro de 2002 assumiu a vicepresidência da Rede Record, e em janeiro deste ano, a presidência.
14capa
outubro de 2003
Com a casa arrumada
Fotos: Divulgação (Dennis Munhoz e imagens de programação) e arquivo pessoal de reynaldo P. bräscher
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um pacote de filmes bem melhor e ampliar nossos eventos esportivos.
Foi divulgado que a novela que vocês farão será uma produção independente. Por que esta decisão?Sou fã da produção independente, as produtoras têm condição de produzir melhor e mais barato. Acredito muito na parceria. E este projeto não é para fazer “mais uma novela”. É uma coisa muito elaborada, o projeto existe desde junho e será lançado em março, será uma coisa com padrão equivalente ao da Globo. Isso não é barato, tem que ser muito bem trabalhado.
E quem será a produtora?Tudo indica que será a Casablanca (N. da R.: a Record já tem parceria com a produtora na série “Turma do Gueto”, campeã de audiência da emissora).
A Record obteve há alguns anos uma licença para DTH (TV por assinatura via satélite). Pretendem operar este serviço?Não há planos para isso no curto prazo. Preferimos pensar melhor no assunto para, quando for fazer, fazer direito.
E quais são os planos para a Record Internacional (canal transmitido via satélite para o exterior)? Há informações sobre a audiência do canal?A resposta que temos dos EUA e Canadá é muito boa. Começamos agora a transmitir também para o Japão (desde junho) e até o fim do ano estaremos em Portugal e na Inglaterra. Este mercado ainda pode crescer muito. Por isso estamos até transferindo a representante do canal para os EUA (Delma Andrade, que ficará em Nova York).
E em relação à rede nacional, há planos para uma ampliação?Hoje cobrimos 95% do território nacional, as afiliadas estão satisfeitas. Mas ainda podemos crescer em algumas capitais.
O governo federal anunciou que vai distribuir suas verbas de publicidade baseado no share das emissoras, mas admite que também usará outros critérios. Como o sr. vê isso?A distribuição das verbas pelo share é mais justa que o que se praticava anteriormente, mas os “outros” critérios são muito subjetivos. Toda discussão que passa por share é bemvinda, não tem outro jeito.
andrémer mels tein [email protected]
linha do tempo
Com a casa arrumada
Década de 50Em.novembro.de.1950,.o.empresário.Paulo.Machado. de. Carvalho,. sócio. das. rádios.Excelsior.e.Jovem.Pan.(na.época.Paname-ricana),. consegue. a. concessão. para. uma.emissora.de.TV..No.dia.27.de.setembro.de.1953,.às.20h,.a.TV.Record.entra.oficialmente.no.ar,.como.a.terceira.emissora.de.televisão.a. surgir.na. capital. de.São.Paulo.. Fundada.por.Machado.de.Carvalho,.o.Canal.7.de.São.Paulo.era.equipado.com.a.tecnologia.mais.avançada.para.a.época..Essa.década.foi.mar-cada.pelas.produções.ao.vivo,.baseadas.no.
improviso,. pois. ainda.não.havia. videoteipe.disponível..Na.programação,.destaque.para.os.musicais,.esportes.e.telejornais..A.Record.faz. a. primeira. transmissão. externa. de. um.evento.esportivo.ao.vivo.
Década de 60A.emissora.continua.a. registrar.excelentes.índices.de.audiência,.com.diversos.progra-mas. e. agrega. à. sua. grade. humorísticos,.programas. de. calouros. e. de. entrevistas,.infantis.. Porém,. nessa. década,. a. emissora.sofre. quatro. incêndios.. Em. julho. de. 1966,.um.incêndio.destrói.estúdios.e.a.central.téc-nica.das.instalações.no.bairro.do.Aeroporto..Foram.mais.de.300.mil.filmes.e.equipamen-tos.destruídos..No.início.de.1969,.o.edifício.Grande. Avenida,. onde. estava. instalada. a.
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itão
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AAlém de toda sua história artística, a Record também passou nestes 50 anos por todas as inovações técnicas da TV, do preto e branco ao digital. Vale a pena lembrar os tempos em que o pioneirismo e a criatividade davam o tom.
O improviso tão característico do início da televisão não se refere apenas aos artistas e jornalistas que apareciam na tela ainda em preto e branco. Ele também era necessário para aqueles que estavam nos bastidores, por trás das câmeras. Um bom exemplo disso aconteceu na primeira transmissão ao vivo direto do Rio de Janeiro para São Paulo. Uma equipe técnica teve de recorrer a muita criatividade, aliada ao conhecimento da física, para levar até a capital paulista o sinal da partida de futebol Brasil x Itália, que acontecia em maio de 1956 no Estádio do Maracanã.
Naquela época, o responsável técnico pelas transmissões externas da TV Record, Reynaldo Paim Bräscher, estava decidido a romper o êxito da TV Tupi de ter transmido um jogo da Vila Belmiro, em Santos, para São Paulo, ou seja, a levar o sinal por uma distância de cerca de 70 km. Ao conversar com o fundador e então principal executivo do
canal 7 de São Paulo, Paulo Machado de Carvalho, Bräscher obteve sinal verde. “Primeiro fizemos uma transmissão de Campinas, a 100 km de São Paulo, e no mesmo mês partimos para o Rio”, relembra Bräscher, hoje com 76 anos.
De acordo com ele, inicialmente era necessário encontrar os pontos mais altos para a retransmissão do sinal de TV. O técnico alugou um avião e sobrevoou o trajeto, localizando o Morro do Corcovado, próximo à Ilhabela. O segundo passo foi viajar com sua equipe, em duas “viaturas”, diz ele, até o local. Para chegar ao topo do morro, tiveram que ir a pé acompanhados de burros, que carregavam no lombo toda a parafernália que precisariam no cume.
Bräscher conta que antenas de microondas foram instaladas no Morro do Corcovado, mas era preciso ter refle
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Mas não há o risco de se repetir a situação que se vê no mercado, de que a emissora que tem 50% da audiência fica com 70% das verbas?Em relação a isso, a resposta é tempo e trabalho. Quando o produto é bom, não falta anunciante.
A qualidade da TV aberta vem sendo muito questionada, e a discussão se acentuou com o caso recente envolvendo o “Domingo Legal”, do SBT (acusado de transmitir uma entrevista forjada com bandidos do PCC). Deve haver um controle sobre a programação?
Há uma linha muito tênue entre regulamentação e censura, tem que ser muito cuidadoso com isso. Um caso como o do Gugu envolve a Justiça, então temos que cuidar para não julgar antes. Agora, em se confirmando que a entrevista foi montada, e que ele tinha conhecimento disto, a penalidade aplicada foi justa (N. da R.: a Justiça tirou o programa do ar na semana seguinte). Nós tomamos muito cuidado com este tipo de coisa, não colocamos nada no ar sem checar.
A violência e a baixaria são necessárias para se obter uma boa audiência?
do Rio a Sp via tela de galinheiro
Reynaldo Bräscher hoje (esq.) e operando um VT nos anos 60 (acima).>>
torre. de. transmissão. do. canal. 7. pega.fogo. e. deixa. a. emissora. fora. do. ar. por.algumas.horas..Em.março.desse.mesmo.ano,.o.Teatro.Record.na.rua.da.Consola-ção. foi. consumido. pelas. chamas. e. em,.em.julho,.o.novo.teatro.da.Record,.o.mais.bem.equipado.da.TV.brasileira.na.época,.foi.destruído.em.outro.incêndio.
Década de 70A.Record.passa.por.uma.grave.crise.finan-ceira.no. início.dessa.década,.em.decor-rência.dos.prejuízos.com.os. incêndios.e.da. concorrência. com. as. emissoras. que.surgiam.no.mercado..Passa.a.dar.ênfase.também.ao.jornalismo..Em.19.de.fevereiro.de.1972,.ela.exibe.a.primeira.transmissão.oficial. em. cores,. com. imagens. geradas.pela. TV. Difusora. de. Porto. Alegre.. Em.seguida,. compra. um. grande. pacote. de..séries.e.filmes.do.exterior..Em.1977,.Silvio.Santos. (então. dono. da. TVS. do. Rio. de.Janeiro).se.associa.à.família.Machado.de.Carvalho..Há,.porém,.uma.outra.versão:.a.compra.teria.ocorrido.alguns.anos.antes.do.divulgado.oficialmente,.com.Silvio.San-tos.comprando.as.ações.(50%.do.total.da..Record). que. pertenciam. a. João. Batista.Amaral..Silvio.teria.colocado.o.empresário.Joaquim.Cintra.Gordinho.como.testa-de-ferro.. Isso.porque.Silvio.Santos. teria.um.contrato.com.a.Globo.de.exibição.de.seu.programa. e. uma. cláusula. impedia. que.fosse.acionista.de.alguma.outra.emissora.de.TV.
Década de �0Momento.de.expansão,.visando.a.cobertu-ra.total.do.Estado.de.São.Paulo..Em.1980,.ocorre.a.extinção.da.Rede.Tupi..Um.ano..depois,.Silvio.Santos.ganha.a.concessão.de.algumas.emissoras.que.pertenciam.à.Tupi,.entre.elas,.o.canal.4.de.São.Paulo,.e.inaugura.o.SBT..Durante.um.longo.tempo,..Record.e.SBT.exibiam.a.mesma.progra-mação..A.concorrência.se.acirrava.ainda.mais. com. o. SBT. e. a. Bandeirantes.. Em.
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>>tores de sinal para captação do sinal VHF da TV Rio canal 13. “Utilizamos sarrafos e rolos de tela fina de galinheiro”, lembra o técnico. Esses refletores foram encravados no morro e, depois de utilizados, ali foram abandonados. Outro sistema para captar e refletir o sinal foi instalado no Morro do Itapeti, em Mogi das Cruzes.
As imagens foram captadas com antenas especiais de alto ganho para recepção da TV Rio, que integrava as Emissoras Unidas ao lado da TV Record e das rádios Record e Panamericana (hoje Jovem Pan). O sinal em VHF foi demodulado e transferido para o primeiro link (no Morro do Corcovado) de microondas RCA de 0,5 W de potência alimentando uma antena parabólica de 1,8 m de diâmetro, direcionada ao
Um programa como o “Cidade Alerta” é jornalismo policial, que cobra atitudes das autoridades. A violência está aí, não é a TV que inventa, o jornal mostra para a população poder cobrar.
A autoregulamentação seria uma boa solução para evitar este tipo de problema?Sou favorável à idéia, mas não sei se o caminho é através das emissoras. É mais uma questão de bom senso. E o problema não é só a violência. Há também questões como o apelo sexual, você vê programas mostrando fotos de revistas masculinas no horário vespertino.
Como o sr. vê a discussão da proibição da publicidade de bebidas alcoólicas na TV?A questão dos destilados já está bem definida, mas em relação à cerveja, o mercado (fabricantes) diz que a graduação alcoólica é baixa, parecida até com alguns sucos oferecidos no mercado. Acho que bebida tem que ter uma monitoração sim, mas dos pais. A TV não pode fazer apologia da bebida, mas também não podem proibir a publicidade, porque afinal a bebida é liberada. A criança não vai ver a propaganda na TV, mas vai ver o pai tomando. Então é algo que a sociedade tem que olhar.
do Rio a Sp via tela de galinheirosegundo link (na Serra do Itapeti). Ali, novamente demodulado, o vídeo passou a alimentar o segundo microondas RCA direcionado à Torre da TV Record em São Paulo instalada a Rua Frei Caneca (Maternidade de São Paulo). Nos televisores em São Paulo, viuse o narrador esportivo Silvio Luiz nas praias cariocas entrevistando banhistas com um microfone volante RCA valvulado, alimentado a bateria, que pesava cerca de dois quilos. Depois, a seleção brasileira não decepcionou e venceu por dois a zero a equipe italiana nessa que foi a primeira transmissão interestadual de televisão no Brasil.
Durante uma semana a equipe técnica da Record, formada ainda por Geraldo Campos, José Alves Pereira, Jacob de Abreu (já falecido), Severino Verardo e Johnston Viana da Silva (atualmente diretor técnico da Jovem Pan), entre outros, realizou quatro transmissões do
sandrareginasilva [email protected]
Silvio Luiz entrevista banhista na praia de Copacabana.
Equipe técnica na primeira transmissão de TV ao vivo de Campinas.
>>
1988,.assume.a.terceira.geração.da.família.Machado.de.Carvalho,.que. junto.com.Sil-vio. Santos. (que. nessa. época. já. era. sócio.majoritário). colocam. a. emissora. à. venda..No. final.da.década,.o.bispo.Edir.Macedo,.líder.da.Igreja.Universal.do.Reino.de.Deus,.compra.a.Record.
Década de 90
Em.1991,.o. foco.da.programação.passa.a.ser. o. jornalismo.e. a.nova.gestão. começa.a. formar. uma. rede. nacional. de. emisso-ras.. Até. 1993,. já. conta. com. emissoras.próprias. no. Rio. de. Janeiro,. Brasília,. Belo.Horizonte. e. Goiânia.. Em. 1995,. a. Record.compra.o.prédio.e.os.equipamentos.da.TV.Jovem.Pan.de.São.Paulo,.na.Barra.Funda,.e. muda. sua. sede. para. lá.. Nessa. década.continua.o.processo.de.expansão.no.Bra-sil. e. conquista. várias. afiliadas. da. extinta.Rede.Manchete..A.partir.de.1996,.a.Record.passa.a. investir.bastante.em.profissionais,.em.programação.(incluindo.filmes.e.séries).e. em.equipamentos.. Em.1997,. a. potência.do.transmissor. instalado.no.topo.do.edifí-cio. Grande. Avenida,. na. Avenida. Paulista,.passa.de.30.kW.para.60.kW,.e,.no.mesmo.ano,. ocorre. a. implantação. do. Núcleo. de.Teledramaturgia.. Em. seguida,. a. emissora.firma.parceria.com.a.TVM.Produções,.para.minisséries.e.novelas..Em.outubro.de.1998,.a. Record. adquire. sua. primeira. unidade.móvel.totalmente.digital,.composta.por.um.caminhão. com. quatro. câmeras,. um. swit-cher.e.três.aparelhos.de.edição.videotape.com. stop. motion.. Além. disso,. há. a. troca.
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Rio: as entrevistas com banhistas, a partida de futebol, o Grande Prêmio de Turfe direto do Jóquei Clube e um show comemorativo pelo feito a partir do estúdio do canal 13.
InovaçõesBräscher guarda outras grandes lembranças dos primórdios da televisão. “Mesmo antes de existir o videoteipe no País, a Record inovava mostrando lances das partidas de futebol na hora.” Havia duas câmeras instantâneas Polaroid, cada uma atrás de um gol. Quando necessário, a foto instantânea do lance era colocada à frente da câmera de TV (então valvulada), que sozinha pesava perto de 35 kg, além do visor (destacado) de cerca de 10 kg, com lente de 50 mm (geral) até 1000 mm (close) — “eram lentes fixas, pois não existia ainda a famosa zoomar”, afirma ele. No intervalo do jogo, o telespectador podia ver os melhores lances. “Um fotógrafo captava as imagens em filme de 16 mm. Rapidamente, ele revelava apenas no negativo. As imagens eram projetadas (no negativo) em uma tela na parede e uma câmera modificada com a polaridade invertida colocava a imagem no ar”, relembra Bräscher.
A Record também transmitia a corrida de São Silvestre pelas ruas de São Paulo. Para isso, utilizava um ônibus adaptado, com uma máquina de videoteipe, mantendo uma câmera instalada na frente e outra na traseira do veículo.
A chegada do VT preto e branco facilitou o trabalho em vários aspectos. Mas o transporte da máquina para as externas exigia uma grande operação. O aparato pesava aproximadamente 1 ton., utilizava fitas de duas polegadas e os carretéis tinham 16 polegadas de diâmetro. “Para captar imagens nas ruas,
era necessário um caminhão só para levar a máquina de VT”, divertese Bräscher, nascido em Lages (SC).
Da Aeronáutica para a TVO catarinense se envolveu com eletrônica quando começou sua carreira militar na Base Aérea de Florianópolis, em 1944. Queria ser piloto, mas foi parar na Escola Técnica de Aviação em São Paulo, formandose em técnico de manutenção eletrônica de aeronaves. Fez estágio na Base Aérea de Santa Cruz (RJ) e aperfeiçoouse em rádio navegação. Em 1947 deixou a Força Aérea e passou a atuar na aviação civil.
A entrada no mercado televisivo foi em 1952, ao ser contratado para a instalação da Rádio e TV Paulista (canal 5), de São Paulo. Na Record entrou em 1954, e ali trabalhou durante 18 anos. Em 1960, fez curso de videoteipe na CBS, em Nova York (EUA). Depois da Record, trabalhou no Objetivo, que foi o primeiro colégio do País a ter circuito fechado de TV a cores. Pelo Objetivo, em 72, foi aprender sobre os equipamentos de geração de imagem de TV colorida no Japão. No ano seguinte, fez estágio na International Video Corporation (IVC), em Utah (EUA), fabricante de equipamentos de TV em cores. Em 1976, Bräscher ajudou a montar a Rádio FM Jovem Pan 2 e, em 78, participou da instalação do novo transmissor da Jovem Pan 1, da marca Harris com 50 mil W de potência.
Hoje aposentado, continua prestando serviços de manutenção em equipamentos eletrônicos para a Universidade Paulista, do Grupo Objetivo.
Um dos primeiros carros de externa, em frente ao Jóquei Clube do RJ.
Câmera valvulada posicionada no Jóquei Clube do Rio.X
digital,. composta. por. um. caminhão. com.quatro.câmeras,.um.switcher.e.três.apare-lhos.de.edição.videotape.com.stop.motion..Além.disso,.há.a.troca.da.frota.de.veículos,.a.informatização.de.todos.os.departamen-tos.da.emissora,. entre.outros. investimen-tos..Entre.1999.e.2000,.é. implantada.uma.cobertura. jornalística. internacional. com.correspondentes.
Século 21O.processo.de.expansão.se.manteve.e.hoje.são.63.emissoras,.entre.próprias.e.afiliadas,.além.de.centenas.de.retransmissoras.espa-lhadas.pelo.Brasil.No. início.de.2003. foi. inaugurado.o.novo.Centro. Exibidor. Digital,. substituindo.as. fitas. para. exibir. comerciais. por. um.moderno. sistema. de. automação. de. exi-
bição.. Para. a. cobertura. jornalística. em.São. Paulo,. a. Record. conta. com. o. Águia.Dourada. I. (helicóptero. do. tipo. Esquilo),.equipado. com. quatro. câmeras,. sendo.duas. internas. e. duas. externas.. Uma. das.câmeras. externas. permite. movimentos.de. 360. graus,. aproximando. as. imagens.em. até. 70. vezes,. e. a. outra. câmera. está.instalada.na.traseira.que.facilita. imagens.panorâmicas.. Sob. o. helicóptero. está. um.transmissor. de. microondas. (para. trans-missões. ao. vivo). e. um. receptor. (para.receber.imagens.das.cinco.Motolinks.que.buscam.notícias.nas. ruas.de.São.Paulo)..Há.ainda.o.Águia.Dourada.II.(helicóptero.Robson. 44),. um. pouco. menor. mas. com.as. mesmas. características. do. primeiro..Ainda.para.o.departamento.de.jornalismo,.a.emissora.investiu.no.início.de.2003.mais.de. US$. 2,5. milhões. em. equipamentos.para. captação. externa.. São. câmeras. da.nova.tecnologia.Digital.IMX.da.Sony.com.unidades.de.gravação.em.disco.óptico,.o.que.agrega.qualidade.e.mais.velocidade.à.produção.de.matérias.
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C L I P E D E R A P A L T O A S T R A L
A g i l i d a d ePara isso, foi montada uma equipe híbrida, de paulistas e cariocas. De São Paulo saíram o diretor, o diretor de arte, a produção e o figurino. No Rio, foram recrutados os profissionais de fotografia, elétrica e maquinaria. “Pela primeira vez trabalhei com um platô no set, que é uma figura que não existe em São Paulo. Aqui o produtor de set acumula muitas funções e o set acaba ficando por conta de um assistente que não tem autonomia. Com o platô, a fil
magem foi mais ágil”, comenta Johnny.A verba curta — como é praxe nos clipes — limitou o tamanho da equipe e também seu conforto. O lado paulista da equipe se hospedou em um pequeno apartamento em Copacabana, durante dez dias — que incluíram
préprodução e filmagem. “Foi uma imersão total, durante esses dez dias só conversamos e vivemos o clipe. E isso fez com que as coisas rolassem muito mais fáceis”, continua. “Qualquer problema na préprodução era discutido e resolvido na hora.”
Premiado no último Video Music Brasil (VMB), da MTV, nas categorias Melhor Videoclipe, Melhor Clipe de Rap e Melhor Direção, o clipe do rapper Marcelo D2 é resultado da empatia imediata entre o músico e o diretor, e da perfeita sintonia RioSão Paulo que surgiu na equipe. “Fui indicado pela gerente de marketing da gravadora, porque o Marcelo queria um acabamento impecável na produção e pediu um diretor que tivesse experiência em publicidade”, explica o diretor Johnny Araújo. Depois de receber o CD e o briefing, Johnny partiu para uma ampla pesquisa de referências. Por sua formação de montador,
ele sempre prefere trabalhar com imagens — e responder ao briefing visualmente. “Às vezes a gente conversa e a outra pessoa fica pensando uma coisa, enquanto a gente pensa outra. Então decidi montar uma fita com as referências visuais que imaginei que estivessem dentro do que ele queria”, diz Johnny. Dentro dessas referências, muitos filmes de Spike Lee e um clipe de Jennifer Lopez que, assim como imaginava o músico, tratava da periferia de uma forma mais alto astral. “A maioria dos clipes de rap tem um clima de violência, mas o Marcelo queria mostrar alguma coisa da infância dele na periferia sem ficar muito pesado”, conta o diretor.
E n t r e d u a s r e a l i d a d e sA princípio, o briefing de Marcelo D2 relacionava a música com cenas no subúrbio, num dia de sol. As locações escolhidas foram no bairro de Madureira, que mantém até hoje as características do bairro onde ele morou quando criança. “Na mesma hora pensei nos filmes do Spike Lee, que eu adoro e que têm essa característica. Mas sugeri também que fizéssemos imagens à noite, para mostrar um outro lado dele, que é o da balada. Então filmamos numa boate em Copacabana”, diz o diretor. Para entremear as duas realidades, foram feitas imagens em uma barbearia no Leblon, que mantinha as características de barbearia antiga, com a cadeira tradicional e azulejos brancos na parede. Os cenários exigiram uma boa pesquisa de locação, pois a verba restrita obrigou a equipe a trabalhar com locações quase prontas, sem adereços e objetos de cena.22
tela vivaoutubro de 2003
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fichatécnicaTítulo Qual é? • Gra va do ra Sony Music
• Banda Mar ce lo D2 • Pro du to ra JX
Plural • Dire ção Johnny Araújo • Foto
gra fia Jac ques Cheuiche • Dire ção de
Arte Yukio Sato • Pro du ção Equi pe
JX Plural • Figu ri no Gabi Ramos •
Cas ting Carla Chueke • Edi ção Johnny
Araújo • Fina li za ção Equi pe JX Plural
E m p a z c o m o s a m b aAlém de relembrar a infância, Marcelo D2 também queria homenagear seu pai, antigo sambista. Em todo o disco, o rapper ressalta a importância do samba de raiz na música brasileira, ao contrário da maioria dos rappers que renega o samba. Então, o cantor sugeriu que vários sambistas fossem reunidos no pagode de sua tia, que aos domingos serve uma feijoada carioca da melhor qualidade, regada a muita cerveja e samba.Entre os convidados, estavam Bezerra da Silva e Arlindo Cruz, além de Falcão, do grupo O Rappa. “Trabalhamos na locação, sem interferir em nada — o pagode é exatamente daquele jeito”, conta Johnny.
UUm novo nicho está surgindo para as produtoras de conteúdo audiovisual: o teatro. As performances em tablado com cenário estático estão dando lugar a peças que usam recursos audiovisuais. De personagens virtuais a cenários animados, vale tudo para contar a história.
A Casa de Vídeo & Criação resolveu unir um projeto seu para televisão e o knowhow em telões 3D para fazer a peça infantil “Acampamento Legal em 3D — As Bruxas Estão Soltas”. A idéia era juntar histórias, canções, danças e brincadeiras aos efeitos especiais só vistos em cinema e televisão para atrair a atenção das crianças. “Tratase de um upgrade na imaginação das crianças”, explica o sócio da produtora Helder Peixoto.
“Acampamento Legal” era um programa infantil exibido pela Rede Record. Idealizado para ser um seriado, acabou virando novela, a pedido da própria emissora. Resolveuse então usar o argumento e os personagens em uma aventura no teatro. O espetáculo, que esteve em cartaz no ano passado em São Paulo, voltou aos palcos, no Teatro Folha, de maio até agosto. A história tem início com o plantão jornalístico anunciando a descoberta de uma rara espécie de “semente original”. A partir daí, a peça mostra que uma descoberta pode causar uma reviravolta ecológica para a Terra.
Os atores dividem a cena com personagens virtuais que, através da tecnologia de projeção 3D, levitam e voam. Para visualizar, o público recebe óculos em 3D que são usados em alguns momentos, como para acompanhar as viagens pelas cavernas ou florestas do acampamento, por exemplo.
Não se trata daqueles antigos óculos com uma lente vermelha e outra azul, mas de um sistema que polariza as imagens, mostradas por dois projetores. Graças a isso, os óculos não atrapalham a visão da parte “real” da cena e não precisa ser retirado nas partes da peça
sem projeções. O problema da tecnologia é que exige uma tela especial e cara. Além disso, cada óculos custa cerca de US$ 10.
Como ao final da peça o público ganhava um brinde do patrocinador (a Parmalat), a produção tinha um meio de garantir o recolhimento dos óculos, já que o público tinha que devolver a peça para ganhar o brinde. “Mesmo assim, tem um custo alto, porque boa parte das peças retornavam para nós com um dos suportes quebrados”, conta o produtor.
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Sensações emtrês dimensões
CASA DE VíDEO & CRIAçãO BUSCA
NOVOS NICHOS E USA SEU CONHECIMENTO
EM PROJEçõES 3D EM PEçA TEATRAL INFANTIL.
Seriado da Record virou novela, chegando depois aos palcos teatrais.
Fotos: Divulgação
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ProduçãoOs vídeos exibidos misturam atores com cartoon. Nos casos em que a projeção na tela serve apenas para fazer o cenário, o que, a princípio, deveria ser uma imagem still, ganhou algumas animações. Sempre tem um morcego voando ou algum tipo de movimento na tela. As projeções que contam com atores — muitas vezes os mesmos atores que estão no palco, mas após atravessar um porta ou algo assim — correspondem a cerca de 35% dos 55 minutos de duração da peça.
Para criar os vídeos, foram usados os softwares de animação 3D Maya, 3D Studio Max e Softimage. Para a edição e finalização do vídeo, são necessários óculos especiais, ligados ao monitor de vídeo. Os óculos contam com telas de cristal líquido em cada uma das lentes. Estas telas piscam intercaladamente, dando a sensação 3D.
Não é o caso dos óculos usados na sala de teatro. Estes contam com lentes que interpolam a luz, assim como as lentes instaladas nos dois projetores de vídeo. Assim, a sensação 3D chega a um realismo que causa reações na platéia como tentar desviar de uma pedra que avança para cima do público.
A tecnologia levou dois anos para amadurecer dentro da produtora, até que foi usada em um evento corporativo, principal área de atuação da empresa. Por isso a produtora já tinha um bom estoque de óculos e
fichatécnicaRealização Casa de Vídeo e Criação •
Direção Geral Helder Peixoto • Direção
de Produção João Brunelli • Direção do
Espetáculo Norival Rizzo • Autor Arman
do Liguori • Elenco Fábio Di Martino, Luah
Galvão, Marcos Teixeira, Norival Rizzo,
Salete Fracarolli, Silvia Menabó, Vera
Kowalska, Valéria Sândalo, Ju Colombo,
Nathalia Ponce, Bruno Campos, Anna
Tereza Peixoto, Jéssica Fernandes de
Carvalho, Agata Kissa e Gabriela Pires. •
Cenografia Élcio Braga • Coreografia Mar
cos Teixeira • Designer Vídeo 3D César
Bidoia • Direção de Vídeo Luana Goze
• Edição Filipe Godoy • Figurino Cristina
Guimarães • Maquiagem Jeanine Pimen
ta • Iluminação Helder Peixoto • Trilha
Sonora Marco Boaventura e Gustavo Ber
nardo • Design Gráfico André Araujo
Na peça, personagens e objetos virtuais em terceira dimensão se misturam com os atores.
havia aprendido a fazer uma das peças mais caras da projeção 3D, a tela. Explicase: a tela usada neste tipo de projeção custa em torno de US$ 10 mil, mas o sócio da produtora e cenógrafo Élcio Braga, misturando tintas e texturas, conseguiu criar uma tela que produz o mesmo efeito.
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OO Congresso da SET 2003, 15ª edição do evento anual que aconteceu entre os dias 3 e 5 de setembro, contou com debates políticos e técnicos sobre radiodifusão. Mais uma vez, o principal assunto em pauta foi a TV digital. E, novamente, a escolha por um padrão se mostrou difícil de ser concretizada no curto prazo. Apesar da vontade do governo federal de que o País tenha TV digital até a Copa de 2006, a probabilidade de que isso aconteça é pequena. Segundo os radiodifusores, para que seja viável a instalação e o funcionamento da TV digital nos grandes centros até a próxima Copa do Mundo, o padrão precisa estar definido até abril de 2004.
Enquanto o presidente da Anatel, Luiz Guilherme Schymura — ignorando a proposta do governo de criar um novo padrão —, pregava que, com todos os testes que já foram feitos, o governo Lula tem subsídio suficiente para escolher o padrão mais adequado, Marcio Wohlers tentava defender o governo. O assessor especial do Ministério das Comunicações destacou que as atenções do governo estão voltadas ao incentivo, ao desenvolvimento da digitalização e convergência das mídias. Segundo Wohlers, o Minicom está se esforçando para criar uma oportunidade aos setores comercial e de pesquisa para desenvolver um novo padrão e que o sistema regulatório deve criar regras para o setor sem inibir o desenvolvimento. O assessor especial defendeu ainda a criação do sistema brasileiro de TV digital (SBTVD) como uma maneira de reduzir a dependência tecnológica do Brasil e “reinserir a ciência e a tecnologia brasileiras nos consórcios internacionais”. Wohlers defendeu a adoção de um novo padrão até a próxima Copa do Mundo, como vem defendendo publicamente o ministro Miro Teixeira.
A proposta foi duramente criticada em todo o evento, sendo que a antiga Lei de Informática, criada para “proteger” a indústria de software nacional, foi citada em vários momentos. O presidente da SET, Roberto Franco, afirmou na abertura que os engenheiros “jamais aceitaram adotar padrões que prestem serviços de terceiro mundo no Brasil”, numa clara exigência de poder adotar no País um sistema capaz de usar todos os benefícios tecnológicos já desenvolvidos. Já Fernando Bittencourt, do grupo SET/Abert, cobrou maior participação do grupo nas discussões referentes à TV digital junto ao governo. “Os radiodifusores não podem ser coadjuvantes em relação à escolha de um padrão de TV digital”, disse.
VantagensPara Roberto Franco, a classe dos engenheiros vem desenvolvendo e propondo soluções à televisão, mas sem o devido reconhecimento. Com a decisão do ministro Miro Teixeira de desenvolver um sistema nacional, Franco vê o esperado reconhecimento. “Mas a proposta levanta questões sobre quais são as vantagens em se propor um novo padrão”, completou.
Fernando Bittencourt afirmou que, caso o Brasil opte por desenvolver sistemas de compressão de vídeo e/ou uma modulação de sinal, não haveria escala e nem capacidade para fabricar circuitos integrados. Com isso, o País seria forçado a encomendar os chips de fora. Para ele, o melhor é fazer uso da escala mundial dos outros padrões. Bittencourt lembrou ainda que “ninguém gastou menos
TV de altaindefinição
RADIODIFUSORES LUTAM POR PARTICIPAçãO
NA ESCOLHA DE UM PADRãO DE TV DIGITAL.
ENQUANTO ISSO, A DEFINIçãO PARECE
ESTAR CADA VEZ MAIS LONGE.
Para Schymura, testes já feitos pelo governo são suficientes para se escolher um padrão.
Fotos: arquivo
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tV digital no SatÉlite
O.CEO.da.Sky,.Ricardo.Miranda,. afir-mou. no. evento. que. a. operadora. de.DTH. tem. planos. de. transmitir. em.alta.definição.(HD).até.2005..Segundo.Miranda,.os.dois.canais.em.que.a.ope-radora. transmite.programação.wides-creen.(para.aparelhos.com.proporção.16:9). têm. feito. sucesso.entre. os. assinantes. e. “o.HDTV. é. o. sucessor. direto.do.vídeo.em.tela.larga”.Para.o.CEO,.ainda.há.falta.de. programação. em. alta.definição.. Além. disso,. é.necessário. escala. para.importar.os.IRDs.apropria-dos. para. a. tecnologia..Mesmo.assim,.garante.que.a.operadora.deve.se.dedicar.à. implantação. do. HD. nos.
próximos.24.meses.Vale. lembrar. que,. nos. EUA,. antes.mesmo.que.as. emissoras. abertas. ini-ciassem. transmissões.em.alta.defini-ção,. alguns. canais. pagos. lançaram.suas.versões.em.HD.justamente.para.aproveitar. a. disponibilidade. técnica.
dos. DTHs.. Essa. possibilida-de,. entretanto,. passa. pela.definição. do. padrão. de. TV.digital. aberta. para. que. haja.uma.padronização.dos.equipa-mentos.receptores..Já.existem.hoje. monitores. de. alta. defini-ção.sendo.vendidos.no.merca-do.brasileiro,.mas.sem.capaci-dade.de.recepção.dos.sinais,.o.que.não.seria.problema.para.o.DTH.já.que.a.decodificação.do.sinal.é.feita.pelo.próprio.IRD.
Ricardo Miranda, da Sky: planos de transmitir em alta definição até 2005.
de US$ 500 milhões e cinco anos no desenvolvimento de padrões”.
Quanto ao desenvolvimento local de middleware (o sistema operacional dos aparelhos receptores), pode acontecer simultaneamente à adoção de um padrão. “Nenhum middleware dos padrões internacionais já adotados está realmente pronto”, afirmou. A urgência na adoção de um padrão seria para garantir a transmissão digital na próxima Copa do Mundo. Segundo Bittencourt, a decisão precisa ser tomada até abril de 2004.
PresençaA exposição de equipamentos paralela ao SET 2003 contou com 4,5 mil visitantes. Alguns expositores, mais otimistas, comemoram poder encontrar o mercado e mostrar as novidades em tecnologia e equipamentos. Outros mostraramse desanimados com o momento do mercado e acreditam que a realização do evento este ano representou apenas mais um custo.
fernandolauterjungdo Rio de Janeiro
AA Anatel deve disponibilizar um novo software para planejamento de radiodifusão. Segundo o superintendente de serviços de comunicação de massa da agência, Ara Apkar Minassian, a Anatel estuda a possibilidade de disponibilizar aos radiodifusores e engenheiros projetistas uma ferramenta desenvolvida pelo CPqD para fazer as propostas de inclusão de canais nos planos básicos de televisão e de retransmissão de televisão. Tratase de um software que é, na verdade, um subproduto do trabalho de canalização da TV digital desenvolvido pela Fundação CPqD para a Anatel.
Para viabilizar os canais de TV digital foram tomadas preliminarmente algumas providências, como congelamento dos planos de PBTV e PBRTV para todo o País, uma vez que em relação às regiões das capitais estes já se encontravam congelados; revisão completa de todas as possibilidades de interferências; e compatibilização com o plano de FM, que também interfere em determinados canais de televisão. Para realizar esta tarefa, o CPqD desenvolveu uma ferramenta de planejamento de utilização de freqüências. Este software é alimentado por dois bancos de dados: o GTOPO, um banco de dados com topografia digitalizada, disponível gratuitamente na Internet com margem de erro para os acidentes geográficos de até 900 metros, e o SITAR, sistema de informações sobre as radiofreqüências utilizadas pelas emissoras autorizadas a funcionar pela Anatel. Estas informações estão disponíveis para qualquer pessoa no site da agência.
Com a utilização desta ferramenta, o CPqD fez 80% da canalização de TV digital. Foram definidas as canalizações pelo sistema ponto/área, em que, definidas as radiais de propagação do sinal
(do ponto de geração para a área de recepção, por isso ponto/área) não se verifica nenhuma interferência (mancha) em sua propagação.
Para a canalização dos 20% restantes, em que apareceram as tais manchas, o planejador precisou utilizar softwares mais sofisticados, ponto/multiponto, analisando pontos específicos de recepção para resolver o problema das interferências. Na verdade, o que se faz é uma espécie de sintonia fina em que, ao ser alterado um ou mais parâmetros (potência do transmissor, localização e altura da antena), conseguese evitar as interferências.
Com o congelamento dos processos de inclusão nos planos básicos de TV e de RTV de novos canais, foram se acumulando diversos pedidos (são mais de 300 atualmente). A Anatel então resolveu abrir para todos os radiodifusores e engenheiros projetistas a possibilidade de utilizar o software desenvolvido pelo CPqD (sempre na análise ponto/área), visando facilitar o trabalho de verificação dos planos entregues à Anatel. Até agora isso não foi resolvido de forma definitiva, mas há consenso sobre o assunto, uma vez que este software facilita muito o trabalho de engenharia de projetos e sua verificação, adiantando todo o trabalho que anteriormente era feito à mão. Ao mesmo tempo, há um ganho para a Anatel, que também pode fazer a verificação da proposta utilizando um software e economizando tempo de seus analistas.
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radiodifusão
Análise topográfica
ANATEL ESTUDA UM MEIO DE DISPONIBILIZAR
PARA ENGENHEIROS E PROJETISTAS SEU
SOFTWARE DE PLANEJAMENTO DE
RADIODIFUSãO, DESENVOLVIDO PELO
CPqD PARA A CANALIZAçãO DE TV DIGITAL.
Ara Apkar Minassian, da Anatel, quer tornar a ferramenta pública, mas pode esbarrar em questões legais.
Foto: arquivo
xDe qualquer modo, não haveria a
obrigatoriedade de utilizar o software desenvolvido pelo CPqD, até porque as grandes redes e os grandes consultores já dispõem de softwares até mais sofisticados do que este.
OfertaSegundo a consultora Heloisa Santana, estão disponíveis no mercado outros
softwares para a análise ponto/multiponto, por até US$ 17 mil. Além disso, há bancos de dados disponíveis por preços bastante compensadores, chegando a custar R$ 300 cada planta numa escala de um por 50 mil, o que dá uma aproximação de até 20 metros, diferentemente do GTOPO que tem escala de um por um milhão e dá uma margem de erro de até 900 metros.
Apesar da aceitação de que o software do CPqD pode ter alguma utilidade, as áreas em que ele não teria utilidade visível são as mais complicadas, que exigirão o software importado. Mas não foi feita nenhuma licitação para comprar um software estrangeiro que opere no Brasil.
Antes de qualquer providência, a Anatel terá que decidir se pode oferecer os softwares aos radiodifusores e engenheiros projetistas sem cobrar por eles, o que pode ser interpretado como malversação de dinheiro público, visto que a agência pagou pelo desenvolvimento deste software. Por outro lado, o CPqD não pode vender ou até mesmo oferecer de graça um produto que não lhe pertence (mais uma vez a Anatel pagou pelo trabalho). O software pode ser útil, mas ainda falta disponibilizálo.
>>
C
lucianaosóriode Amsterdã
Com uma idéia na cabeça, uma câmera na mão e recursos da tecnologia de produção digital para TV, é possível fazer programas criativos, com boa qualidade de imagem e com razoavelmente pouco dinheiro. São equipamentos leves, fáceis de operar e acessíveis para produtores independentes, que há alguns anos vêm revolucionando o mercado televisivo. O IBC 2003, evento anual que aconteceu em setembro último em Amsterdã, na Holanda, é uma verdadeira vitrine destes equipamentos, além de um fórum para debater questões como o impacto destas tecnologias no futuro da programação. A tese é de que máquinas mais baratas podem aumentar o número de produções. Essa variedade pode significar mais idéias sendo executadas e isso pode acabar em mais criatividade para o conteúdo das TVs.
O primeiro impacto do avanço tecnológico é a qualidade da imagem. A Arri testou no IBC uma câmera de vídeo com definição de 72 quadros por segundo (fps). Para esse resultado, foi usado na captação da imagem um CMOS, ao invés do CCD utilizado na maioria das câmeras digitais. A máquina está em fase de testes e ainda não existe um formato de armazenamento definido. Por enquanto, todas as informações são guardadas num hard disk. A expectativa é que em dois anos sejam lançados aparelhos para captar a 150 fps.
“Na tela grande não há nada mais bonito do que um filme em 35 mm. Mas há coisas que podem ser feitas digitalmente que nunca poderiam ser realizadas com filme, como a agilidade de produção”, diz o consultor digital do Conselho Britânico de Filmes, Richard Morris. Com essa câmera da Arri, o avanço da tecnologia digital permitirá um aumento da qualidade de imagens na tele
visão. Mas esse é apenas um dos impactos da tecnologia digital no futuro da produção de TV.
Menor custo“A mudança mais significativa dos últimos anos é o menor custo de produção. O preço dos equipamentos caiu tanto que vai trazer democracia para a televisão”, opina o consultor de mídia Kenneth Tiven, que ajudou a fundar a CNN na Alemanha, na Turquia e a CNN en Español. “Por um longo período só algumas pessoas tinham acesso à produção para televisão. Agora produções muito boas podem ser feitas por qualquer um com boas idéias e pouco dinheiro. E amanhã mais e mais pessoas estarão
no meio”, prevê Tiven. Jacob Rosenberg, da Adobe, também acredita na diversidade. “O melhor de tudo será a variedade, o fato de que mais pessoas terão a oportunidade de se expressar”, diz.
Conforme o consultor da Thomson Grass Valley (TGV) Bob Crites, “com o avanço dos equipamentos e a queda nos preços, pessoas que nunca tiveram a oportunidade de trabalhar com esse equipamento agora podem produzir conteúdo”.
Por um custo muito menor do que há alguns anos hoje é possível comprar equipamentos para montar uma estação de produção de TV. A TGV lançou durante o IBC pacotes por menos de Ü 60 mil para produções em estúdio. Estão incluídos no kit três estações de edição nãolinear Grass Valley com PCs, sistema de edição de notícias NewsQ™ Pro e o iVDR MSeries com
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evento
Custo menor, produção maior
LANçAMENTOS DO IBC 2003 MOSTRAM
COMO A QUEDA NOS CUSTOS DE PRODUçãO
PODE DEMOCRATIZAR A PRODUçãO
AUDIOVISUAL E INCENTIVAR NOVOS TALENTOS.
“Há coisas que podem ser feitas digitalmente que nunca poderiam ser realizadas com filme”, diz Richard Morris, do Conselho Britânico de Filmes.
Fotos: Divulgação
Não.disponivel
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produções em estúdio. Estão incluídos no kit três estações de edição nãolinear Grass Valley com PCs, sistema de edição de notícias NewsQ™ Pro e o iVDR M Series com oito horas de armazenagem. “A tecnologia digital de baixo custo permite muito mais flexibilidade e muito mais acesso para produtores independentes e diretores do que cinco anos atrás”, diz Bob Crites. E a previsão é de que o preço dos equipamentos caia ainda mais.
Segundo o consultor de treinamento Jeremy Gould, “hoje é muito fácil fazer uma produção de Hollywood a partir de algumas cenas filmadas com uma câmera DV”. “Muitas pessoas que têm grandes companhias de produção começaram com uma câmera pequena”, conta o produtor da Global Digital Videographers Club Jan Van. Ele prevê que as chances de surgir um Steven Spielberg, que começou a filmar com a câmera 8 mm do pai, podem aumentar. “O maior acesso a equipamentos de produção permitirá que mais estrelas apareçam”, concorda Bob Crites.
CriatividadeCom mais produtores tendo acesso a equipamentos de produção, o futuro da programação de TV será mais criativo, dizem alguns especialistas. “Com o baixo custo, pessoas com boas idéias e que saibam filmar e editar cada vez mais vão poder tentar coisas novas”, diz a diretora de modernização de produção da BBC, Michèle Romaine. “Algumas técnicas nos permitem testar coisas bem diferentes.” E esses métodos
são uma ferramenta para colocar em prática novos conceitos.
Um desses instrumentos é o Skylink, que permite transmissões ao vivo de um carro em velocidade de até 40 km/h, com transmissão através de um avião voando a nove mil metros de altitude. Uma antena da marca QinetiQ instalada na aeronave usa tecnologia de radar militar capaz de capturar imagens através de multicâmeras. Na terra, um transmissor Tandberg 3W é usado até que o carro atinja a velocidade de 10 km/h. O sistema é compatível com transmissão analógica e digital ao mesmo tempo e não precisa de GPS para rastreamento. Essa tecnologia também permite produção em qualquer condição meteorológica e a emissão do sinal também não é prejudicada por relevos. O serviço já foi usado para a cobertura de um Grand Prix pela companhia TPC, da Suíça.
Talvez com tecnologias como essa o futuro da produção de TV seja o de cada vez mais colocar em prática idéias que antes pareciam impossíveis. “Daqui a cinco anos nós vamos celebrar o aniversário da conquista do Everest ao vivo, de cima da montanha, para todo o mundo”, prevê Michèle.
“Na teoria, equipamento digital permite uma boa qualidade de imagem. Entre
tanto, o que vemos é que esses produtos de baixo custo não são usados por causa dessa melhora, mas sim porque permitem uma grande liberdade de criatividade para o produtor”, afirma o gerente geral da JVC, Ian Scott. Um exemplo é a produção com câmeras Mini DV menores e mais leves, que permitem ângulos antes impossíveis com as pesadas câmeras analógicas. “Você não precisa de uma equipe grande para ir à rua filmar. Com isso pode não chamar a atenção das pessoas e conseguir um sentimento muito mais real para a produção”, completa Scott. Segundo o diretor da Ether TV, Rodrigo Sabatini, no Brasil esse aumento de pos
sibilidades de criação deveria refletir no desenvolvimento de recursos humanos e políticas de incentivo à produção independente. “Devemos nos tornar exportadores de criatividade”, afirma.
Com maior acesso à tecnologia, mais ferramentas para criação e resultados com melhor qualidade de imagem, no futuro existirão mais produtores, mais experiências e diferentes formatos. Mas a essência do conteúdo nunca será determinada pelo tipo de câmera que você terá na mão.
Segundo Kenneth Tiven, “a questão será sempre a mesma: alguém tem alguma coisa pra mostrar que alguém quer ver? A tecnologia não ajudará a ter boas idéias. Só ajudará a realizálas”. 32 evento
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“Em cinco anos vamos celebrar o aniversário da conquista do Everest ao vivo, de cima da montanha, para todo o mundo”, diz Michèle, da BBC.
Não.disponivel
ouTuBro
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