Revista + Social 1
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Nº1 1,5 Euros Abr. Jul. Dez. 2013| |
Mensagem
do Nosso BispoD. Gilberto Canavarro dos Reis
Ao Serviço do Amor
Novo ProjetoCasa de S. Paulo
EducaçãoProjetos Curriculares
EquipamentosO Primeiro / Bairro
FICHA TÉCNICAREVISTA MAIS SOCIAL
PROPRIEDADE:
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO
Rua Ramiro Ferrão n.º 38 - 2805 Cova de Piedade
Tel.: 212 720 140 - Tlm.: 93 943 09 40
E-mail: [email protected]
DIRECTOR:
PADRE JOSÉ GIL DE BORJA PINHEIRO RIBEIRO
FOTOGRAFIA:
PAULO IMAGENS
VITOR FERNANDES
IMPRESSÃO E PAGINAÇÃO:
TIPOGRAFIA LOBÃO, LDA.
SANDRA LOBÃO
TIRAGEM:
1500 EX.
DEPÓSITO LEGAL:
367956/13
EDIÇÃO, COORDENAÇÃO:
ANA LUISA ATAÍDE ALBINO CAIXAS
ANA TERESA RODRIGUES COSTA
COLABORADORES DESTA EDIÇÃO:
D. GILBERTO CANAVARRO DOS REIS
ANA MORGADO
ANABELA SOUSA
CATALINA PESTANA
EUGÉNIO FONSECA
REVISOR
RAMIRO AUGUSTO RODRIGUES
O Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro Está Certificado:
- Pelo Referêncial da Norma ISO 9001:2008
- Nível A, nas Respostas Sociais Ativas, onde sejam aplicáveis os modelos de avaliação do ISS (Instituto da Segurança Social)
ÍNDICEEDITORIAL
AO SERVIÇO DO AMOR
D. Gilberto Canavarro dos Reis - Bispo de Setúbal
DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA
Eugénio Fonseca
ARTIGO DE OPINIÃO
Catalina Pestana
BENÇÃO E LANÇAMENTO DA PRIMEIRA PEDRA DA CASA DE S. PAULO
EQUIPAMENTO DO BAIRRO
EQUIPAMENTO CENTRO COMUNITÁRIO
RESPOSTA SOCIAL REGAÇO MATERNO
EQUIPAMENTO RENASCER
ENTREVISTA
Padre Rui Simão
EQUIPAMENTO DA ROMEIRA
EQUIPAMENTO DA RAMALHA
À CONVERSA COM...
Maria de Lurdes Cândido e Rui Duarte
AÇÃO SOCIAL
ENVELHECIMENTO ATIVO
CULTURA ABERTA
FISIOTERAPIA
ACONTECEU...
VAI ACONTECER...
APOIO DOMICILIÁRIO
PASSATEMPO
O NOSSO PROJETO
CONTRIBUA PARA O BEM COMUM
TRAÇOS DE RECORDAÇÃO
Padre Ricardo Gameiro Lopes
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EDITORIALEDITORIAL
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO 5
“Amar é construir para os outros”
“Construir para os outros” tem sido o lema do Centro
Paroquial Padre Ricardo. Este “construir” torna presentes
duas realidades essenciais da nossa missão: a nossa ação
não é um fim em si mesma; e a nossa missão nunca está
completamente conseguida. Ou seja, queremos que
aquilo que construímos não seja apenas útil mas que
ilumine um caminho que leve cada um de nós a
descobrir-se incondicionalmente amado por Deus.
A ideia de uma revista da instituição surgiu com a
necessidade de criar instrumentos que nos permitissem
conhecermo-nos melhor mas também que os outros nos
conhecessem. Este desafio de nos conhecermos naquilo
que somos e fazemos hoje passa por aprofundarmos a
comunhão na complementaridade das diferentes
respostas sociais da nossa instituição, onde naturalmente
incluímos a comunidade paroquial da Cova da Piedade.
Darmo-nos a conhecer às outras instituições sociais que
connosco trabalham na promoção da justiça e da paz é
também importante para nós, sejam católicas,
evangélicas ou muçulmanas. Queremos ter sempre muito
presente as palavras de Jesus quando lembrou aos
apóstolos: «Quem não é contra nós é por nós» (Mc 9, 40).
Também “por nós” são a Câmara de Almada, a Seguração
Social e as diferentes entidades civis e empresariais que
connosco cooperam e que também, cada um à sua
maneira, nos vão confirmando nesta nossa missão de
servir cada vez + e melhor.
Mas também queremos mostrar a nossa história. A nossa
instituição é fruto da providência de Deus mas só possível
de se concretizar pelo árduo trabalho de homens e
mulheres que na fidelidade ao Evangelho de Jesus
gastaram as suas vidas pela causa social. São muitos.
Alguns + conhecidos que outros. Mas todos igualmente
importantes. Vamos recordá-los nos sacerdotes: o Padre
Sobral, que deu início à obra, e o Padre Ricardo que a
continuou; e nos muitos leigos que trabalharam (e
trabalham) para que esta obra pudesse nascer e possa
crescer, uns como dedicados trabalhadores e outros
como voluntários.
O nosso lema “Construir para os outros” não se reduz à
edificação de muitos e bons equipamentos. A raiz da
nossa ação está imersa no Amor de Jesus. Somos
chamados a ser construtores de laços de comunhão na
Igreja, e, a partir da Igreja, com todos os homens e
mulheres do nosso tempo, crentes e não crentes.
Que esta nova revista “ + Social” não sirva para nos
envaidecermos mas que nos comprometa cada vez + no
serviço aos + frágeis da nossa sociedade, procurando
sempre fazê-lo com palavras e gestos de profunda
humildade, que nos permitam revelar ao outro, que nos
procura, toda a sua dignidade.
O Presidente da Instituição
Pe. José Pinheiro
O Homem sonha, Deus quer e a obra nasce.
Fernando Pessoa
AO SERVIÇOm Centro Social Paroquial não nasce do desejo
do lucro ou do poder mas do desejo de partilhar Uo amor de Jesus que tocou o coração dos
membros da paróquia. Quem foi amado sente o apelo a
partilhar o amor com que foi e se experimenta amado.
No Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro Lopes
este amor, de modo particular, tem sido orientado para o
cuidado das crianças e dos idosos de tal modo que cada
um deles possa sentir-se amado e ser capaz de amar mais.
Diria pois que este Centro assumiu a grande missão de
ajudar os seus educandos (utentes) a serem capazes de
amar ou seja a serem capazes de viver não na busca de si
mesmos mas no serviço dos outros. Este trabalho do
educador seja pai, seja padre ou professor só se alcança
na medida em que o educando se reconhece amado de
tal modo que também deseje amar porque foi amado.
Nascido do amor e por ele sustentado, um Centro
Paroquial é, antes de tudo, uma escola que educa para o
amor verdadeiro e profundo. Se um Centro desse de
comer, ou ensinasse a conviver ou prestasse os serviços
de alimentação e limpeza mas não educasse para o amor
verdadeiro, então, estaria a falhar na sua missão última.
Educar por amor e para o amor pede que o Centro seja
uma escola, um ambiente onde se cultiva o Amor de
Jesus. S. Paulo fala deste amor dizendo: “o amor é
paciente, o amor é prestativo, não é invejoso, não se
ostenta, não incha de orgulho. Nada faz de inconveniente,
não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não
guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas
regozija-se com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta. O amor jamais passará”. 1Cor. 13,
4ss O Centro há-de, pois, ter como aquecimento central -
além do equipamento vulgar - este amor que há-de estar
presente em todos os educadores sejam técnicos de
educação, cozinheiros ou empregados da limpeza ou na
Direcção, de forma a animar a vida de tudo e de todos e
em todas as circunstâncias. Um Centro Paroquial tem de
se tornar o que é por matriz: uma comunhão de amor.
A revista + Social do Centro Social Padre Ricardo Gameiro
nasce deste amor e quer servi-lo, dando a conhecer o
que de mais importante vai acontecendo nos diversos
serviços da instituição de modo a criar laços de
conhecimento, de amizade, de comunhão e de
crescimento entre a direcção e os trabalhadores dos
diversos sectores e valências e entre estes e entre os
amigos, e entre os utentes, os pais, a comunidade
paroquial e humana.
AO SAO SAo Serviço do Amor
Não basta que o amor exista é preciso que se dê a
conhecer e difunda. Espero que os leitores da revista
+Social se descubram e se tornem mais membros da
família do Centro Social , mais membros da paróquia ,
mais membros da Igreja e mais membros da sociedade.
Sociedade que não será o que deve ser enquanto não for
uma grande comunhão de conhecimento e de amor em
que cada um se esquece de si para ajudar o outro e em
que cada um se faz pequenino para reconhecer e acolher
aquilo que o outro lhe oferece para o complementar.
Parabéns e felicidades para + Social, para o Centro Social,
para a cidade de Almada e para a nossa Diocese de
Setúbal.
+Gilberto, Bispo de Setúbal
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO 7
DOUTRINAissão dos Centros Sociais Paroquiais à luz da
Doutrina Social da Igreja. Os Centros Sociais
Paroquiais (CSP) são meios, de que a Igreja seMserve, para poder cumprir a sua missão primordial que é a
de evangelizar. Ou seja, «é levar a Boa Nova a todas as
parcelas da humanidade, em qualquer meio e latitude e,
pelo seu influxo, transforma, a partir de dentro, e tornar
nova a própria humanidade: "Eis que faço de novo todas
as coisas". No entanto não haverá humanidade nova, se
não houver, em primeiro lugar, homens novos …» (EN 18).
Bem diferente é a tentação de impormos aos outros a
nossa fé. A Igreja tem tido o cuidado de nos recomendar
que «a caridade não deve ser um meio em função daquilo
que hoje é indicado como proselitismo. O
amor é gratuito; não é realizado para
alcançar outros fins.» (DCE 31c).
A Missão dos Centros
Paroquiais
O fundamento basilar
m i s s ã o d o s C S P é
defender e promover a
dignidade inviolável de
cada pessoa. De todas as
criaturas, ela é o centro de
tudo o que existe. Só a
pessoa é um ser consciente,
responsável e livre, a quem o
Criador inculcou, no mais
profundo do seu ser, a semente do
divino que a fez um pouco menor do que
os anjos. (Sl 8). «Descobrir e ajudar a descobrir a
dignidade inviolável de cada pessoa humana constitui
uma tarefa essencial, diria mesmo em certo sentido, a
tarefa central e unificadora do serviço que a Igreja, e nela
os fiéis leigos, são chamados a prestar à família dos
homens» (ChL 37). Mas de todos os homens e do homem
todo (PP 14), dando, porém uma particular atenção aos
mais vulneráveis, o que o Magistério da Igreja passou a
designar, a partir de CELAM, realizado em Medelin em
1968, por Opção preferencial pelos pobres.
Educar para o bem comum
Educar para o bem comum, é um dos princípios da DSI
que deve estar sempre presente na programação das
acções dos CSP, porque estes têm, antes demais, uma
tarefa educativa que deve contribuir para a
transformação das mentalidades e dos corações. Na
edificação do bem comum, deve procurar alcançar-se
todas as condições de vida social que contribuam para o
desenvolvimento totalizante da personalidade humana e
um progresso verdadeiramente sustentável da sociedade.
(Cfr PT 58). Bento XVI diz mesmo que «Ama-se tanto mais
eficazmente o próximo, quanto mais se trabalha em prol
de um bem comum que dê resposta também às suas
necessidades reais»(CV 7). Entre muitos aspetos que
poderiam ser referidos, deixo duas ideias que me parecem
cruciais para este tipo de instituições: a racionalização dos
recursos naturais e a transparência na utilização dos
recursos materiais que são disponibilizados.
Solidariedade é o princípio da Doutrina Social da
Igreja
Sem dúvida que a solidariedade é o princípio
da DSI que mais tem sido valorizado, na
convicção de que esta prática
«consiste primariamente em que
todos se sintam responsáveis por
todos e, por conseguinte, não
pode ser delegada só ao
E s t ado . » (C V 3 8 ) . S ão
riquíssimas e multifacetadas
a s e x p r e s s õ e s d e
solidariedade existentes nos
CSP, mas refiro, apena três que
n e m s e m p r e s ã o b e m
reconhecidas como tal nem
mesmo, devidamente valorizadas:
a di ferenciação posi t iva nas
diferentes contribuições; o trabalho em
rede e a motivação para a partilha de bens.
Importa salientar que, apesar dos Centros terem esta
missão, não podem substituir os grupos paroquiais de
ação social e caritativa cuja missão eclesial é bem distinta e
têm fundamentos eclesiológicos que devem ser
salvaguardados, sob pena de a comunidade cristã não
cumprir uma das suas missões irrenunciáveis.
A Prática da Subsidiariedade
A prática da subsidiariedade fundamenta uma das razões
que legitimam a existência dos CSP. É um princípio muito
importante do pensamento social da Igreja, já que
permite a máxima participação e a melhor ordenação da
actividade de todos na construção da sociedade. Este
princípio defende que aquilo que cada nível ou escalão da
sociedade - a começar nas pessoas, passando pelos
grupos intermédios e terminando no Estado, pode realizar
- não deve ser feito pelo escalão superior. Com efeito, «O
fim natural da sociedade e da sua acção é coadjuvar os
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO8
DOUTRINADOUTRINADoutrina Social da Igreja
seus membros, não destruí-los nem absorvê-los». (QA pessoa, sobretudo àquelas que, por educação, situação
79) e poder, têm grandes possibilidades de influxo.»
Agentes de Transformação Essas transformações audaciosas devem passar por
evitar os riscos da incapacidade de sair da rotina
A DSI impele os CSP a serem agentes de transformação normalizada, da ordem estabelecida, dos atos
social, realizando todas as iniciativas que estejam ao formalizados (Cfr.ChL 41); da rigidez de funcionalismos
alcance de cada um, mas também a renovar e a (Cfr AO 45); da excessiva tecnicização dos meios que
aprofundar os métodos de ação. Continua assim a ter podem originar desumanidade (Cfr ChL 37); das
atualidade a recomendação de Paulo VI: «..a situação impossibilidades de abertura a outras formas de
atual deve ser enfrentada corajosamente, assim como solidariedade (Cfr DCE 31).
devem ser combatidas e vencidas as injustiças que ela
comporta. O desenvolvimento exige transformações E que nenhum CSP descuide o aprofundamento
audaciosas, profundamente inovadoras. Devem contínuo da sua identidade cristã sob pena de ser
empreender-se, sem demora, reformas urgentes. apenas uma IPSS afastada da fonte que deve saciar a sua
Contribuir para elas com a sua parte, compete a cada permanente necessidade de sentido.
...cont. texto Eugénio Fonseca
Venha ao nosso encontro... seja nosso amigo!
Eugénio Fonseca
OPINIÃOOs avós de Palavra de Honra
Conhecia-a já os seus setenta anos iam longos. Pele Uma noite, como quem conta um caso que lhe é alheio,
enrugada como a de um sobreiro; movia o corpo seco, narrou aos seus, de visita à terra, que tinha ido guardar a
mas rijo, com agilidade; olhos azuis transparentes como vinha. O seu tesouro, ficava a mais de três quilómetros,
água de cisterna e sorriso franco para quem ela o por veredas e atalhos. Constara-lhe que andavam a
guardava. Tinha a vontade determinada de quem, muito roubar-lhe as uvas. E então, já sobre os oitenta, lá foi
cedo, começou a decidir da sua vida sozinha. sozinha com um pistolão que não funcionava, mas que
ela, para fazer saber que estava armada, oleava
Era portadora de uma surdez severa, resultante de um meticulosamente todos os verões, sentada no eirado,
sarampo mal tratado. Nunca se sentiu deficiente por isso, para que os restantes não a imaginassem desprotegida.
nem nunca desconfiou que alguém, aproveitando o
defeito, se pudesse rir dela. Quando participava de um Interpelada pela família sobre o desenrolar da estória,
grupo cujas piadas não conseguia ouvir, ria por explicou sorridente: «Era um moço novo, neto dum rapaz
solidariedade. Um dia, numa dessas situações alguém da minha criação, ficou sem pinga de sangue quando me
perguntou “Vó, mecê percebeu?”. Logo ela respondeu: viu. Mas era um grande desgosto para a família se
”Não menina, não ouvi”. A outra replicou: “ Então porque viessem a saber que ele andava nesta vida. Fiz com ele
é que está a rir?”. Ao que retorquiu: - “Porque se vocês uma combinação: quando quisesse uvas passava a pedir-
estão a rir é que têm graça”. mas que eu até lhe emprestava o cesto, mas nunca mais
roubaria nada a ninguém e o nome dele iria comigo para
Enviuvara muito cedo, quando, no rescaldo de uma a cova”.
romaria à Senhora da Rocha, o marido de digestão
inacabada se fez ao mar e não voltou vivo. Quando ela Os netos não se conformaram com a resposta, queriam
deu conta, deixou na praia a filha pequena adormecida e saber a identidade do ladrão. Mas ela rematava sempre
fez-se à maré. Trouxe-o pelos cabelos e assim o manteve do mesmo modo: “Eu dei a minha palavra de honra e o
até que os restantes membros do grupo regressaram da nome dele vai comigo para a cova!”
procissão. Depois do luto teve muitos pretendentes mas, Para a avó Inaicinha a palavra de honra, dada a um
como dizia, “nunca quis dar padrasto à minha filha”. qualquer ladrãozeco de fruta, era tão significativa como a
Aquele era o tempo em que o imaginário das crianças era dada à Rainha D. Amélia, que conhecera. Ela era mesmo
povoado por padrastos e madrastas, que como nas uma pessoa de Palavra de Honra. Tenho saudades.
estórias eram sempre maus.Catalina Pestana
Duvido que alguma vez tenha sabido o significado da
palavra ecologia, mas foi a pessoa mais ecológica e
impermeável à sociedade de consumo que conheci. O
ciclo da água, para ela, era sagrado. Nunca permitiu que o
clã a usasse apenas para uma função. A água de lavar
legumes, recuperava-a para a rega; a água de lavar a loiça
era reutilizada na sanita improvisada e ficava muito
zangada quando os netos se deliciavam com um duche
feito num balde de zinco, nas traseiras da casa.
“A menina Inaicinha” conservou o nome que tinha
quando, depois da morte do marido, recusou voltar à
proteção da casa paterna. “Tenha que pagar as fazendas”,
disse. Quase menina virou lavradora, empresária e mãe
de família. Quando os filhos e os netos voaram para a
grande cidade, ela continuou, sozinha, o seu percurso
obstinado de conservar as terras, por cuja posse, tinha
trocado a vida.
OPINIÃOOPINIÃOArtigo de Opinião
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO10
EMPRESAS
EMPEMPEmpresas Solidárias
Rua António Anselmo, n.º 5 • 2820-444 CHARNECA DA CAPARICAwww.santoseoliveira.pt [email protected]
FEIJÓ – ALMADA
UM SINAL DE ESPERANÇA
Centro Social e Paroquial Padre Ricardo
Gameiro deu mais um passo para a realização Ode um sonho: a construção de um novo
equipamento social destinado aos mais idosos. No dia 13
de setembro, no espaço onde vai nascer o novo edifício,
teve lugar a cerimónia da bênção e lançamento da
primeira pedra da Residência Sénior, Casa de São Paulo.
Um momento de alegria, comunhão e esperança que
contou com a presença do Bispo de Setúbal, D. Gilberto
Canavarro dos Reis e da, agora, ex-Presidente da Câmara
Municipal de Almada, Maria Emília de Sousa.
«Este é um ato que nos enche de esperança. Uma
iniciativa que nasce da atenção da caridade, que vê as
necessidades e vai ao encontro delas». Foi desta forma
que o Bispo de Setúbal, D. Gilberto dos Reis, descreveu o
momento da bênção e lançamento da primeira pedra da
futura Casa de São Paulo.
De acordo com o Padre José Pinheiro, presidente do
Centro Paroquial, esta é uma resposta social que surge a
pensar nos mais idosos e que aposta na proximidade.
«Queremos que os nossos idosos não tenham que
abandonar o seu bairro ou a sua cidade quando chegar a
hora de procurar uma instituição que os acolha. É muito
triste ficar longe dos amigos, dos familiares, ou da
comunidade religiosa a que sempre pertenceram e
serviram», afirmou o sacerdote.
Bênção e lançamento
da primeira pedra da
Casa de São Paulo
«O coração fala mais alto»
Mesmo em tempo de crise económica, e numa altura em
que o Estado não está disponível para, através da
Segurança Social, dar qualquer apoio financeiro ao
Centro Paroquial da Cova da Piedade nem garantir
futuros protocolos, o presidente da instituição diz que «o
coração fala mais alto».
«As obras na Igreja sempre surgiram em tempos de crise
porque era necessário dar uma resposta que o estado não
era capaz. Vivemos momentos de profunda crise
económica. Mais uma vez a Igreja é chamada a ser e a dar
um sinal de esperança. Não vamos cruzar os braços! Este
projeto surge porque é necessário criar condições para
que as pessoas idosas possam ser acolhidas e tratadas
com toda a dignidade que merecem», sublinhou.
O futuro equipamento, cujo nome, Casa de São Paulo, se
fica a dever ao facto de a direção do Centro Paroquial ter
fechado o negócio para aquisição do espaço no dia da
conversão do apóstolo, 25 de janeiro, vai contar com
vinte e seis quartos, duplos e individuais, e irá criar mais
de vinte novos postos de trabalho.
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO12
texto: Anabela Sousa
Obra de todos, amada por todos
A partir daquele momento, salientou ainda o Padre José
Pinheiro, «o caminho vai ser longo e trabalhoso», não só
na angariação de fundos necessários para a construção
do equipamento, mas também no desafio de envolver
toda a comunidade, de crentes e não crentes, a olhar para
aquela obra como sendo sua. Este desejo expresso da
direção foi também evidenciado pelo Bispo de Setúbal.
«Que nesta construção se possam envolver as entidades
e as pessoas. Parece-me ajustado o vosso desejo porque,
quanto mais uma obra é obra de todos, mais ela é amada
por todos e mais tem possibilidades de ir mais longe –
disse o Prelado, que acrescentou – Assim ajudais a
construir a cidade e o mundo. E construir o mundo não é
obra de um só mas de todos. O mundo só se constrói se
cada um partilhar o pouco que tem».
D. Gilberto Canavarro dos Reis referindo-se à bênção da
primeira pedra do equipamento, pediu ainda que a obra
fosse ajustável à grandeza de cada pessoa idosa:
«Amanhã todos vamos ser idosos. Ontem os idosos
ficavam em família, hoje os idosos são separados e
colocados em instituições. Isso é sempre um limite. Que
nesta casa as coisas se organizem de tal forma que os
idosos se sintam em família e que os cuidadores deles se
sintam, não apenas funcionários, mas envolvidos no
amor. Que cada um de vós construa no coração uma casa
para os idosos».
Apoio real da autarquia
Maria Emília de Sousa, que deixou a presidência da
autarquia de Almada em setembro, já depois do dia desta
cerimónia, uma vez que a lei não permitia a sua
continuação, foi também presença marcante. Lembrando
os tempos difíceis que se vivem a, agora, ex-autarca
classificou como «motivante» a forma como as
instituições da cidade de Almada, e em particular as
instituições da Igreja Católica têm «uma intervenção
permanente, olhando para as pessoas, para os seus
problemas e ousando avançar, mesmo sem recursos, com
vontade e convicção de que é capaz de juntar vontades
para chegar a bom porto».
Apesar das dificuldades financeiras e não havendo verbas
que pudessem ser disponibilizadas pelo Município de
Almada, Maria Emília de Sousa anunciou a isenção de
cem mil euros de taxas de urbanização para a construção
da Casa de São Paulo. «Esta é um apoio verdadeiro, real e
já aprovado. Não é só uma intenção», afirmou a então
presidente da Câmara Municipal.
De mãos dadas, entre a Esperança e a Paz
A edil partilhou ainda a sua «enorme alegria» em poder
participar daquele momento e disse emocionada: «O
nosso caminho tem sido tão extraordinário. De mãos que
se dão, de vontades que se juntam para enfrentar
dificuldades e problemas. É bonito ver que hoje, aqui,
entre a Esperança (a Residência) e a Paz (o Parque),
estamos a começar a Casa de São Paulo».
A ex-autarca sublinhou ainda que, do ponto de vista
urbanístico, era preciso avaliar e garantir que tudo era
feito com rigor e que da interação entre o Centro
Paroquial e os serviços da Câmara, resultou um estudo
conjunto que respeita todos: «Este edifício que aqui vai
ser construído para a Casa de São Paulo nasce da
capacidade de diálogo que aqui se estabeleceu com os
serviços da Câmara».
D. Gilberto dos Reis, numa palavra final, mostrou-se
visivelmente satisfeito por este entendimento e
entendeu-o como graça divina. «Precisamos de construir
a cidade e de construir o mundo. Sou Bispo da Igreja
Católica e sou Homem que faço parte deste mundo. Por
isso mesmo amo o mundo e procuro ter o sentido do
mundo todo. Podemos ter a ideia limitada e acanhada
que Deus está só nesta Igreja e neste lugar, mas não. Este
Deus que existe tem no seu coração o mundo inteiro. E
tudo o que acontece vem do Seu amor».
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO
BAIRROBAIRR
Em 1975, o senhor Padre Ricardo Gameiro Lopes, integrou
a comunidade como pároco na Cova da Piedade e
assumiu a presidência da Instituição, que, na época,
contava com um pequeno grupo de idosos (10/15) e
crianças (60).
O Equipamento do Bairro (naquela altura a Instituição)
foi-se desenvolvendo e crescendo, numa perspetiva de
melhoria contínua, empreendendo uma resposta eficaz
às necessidades identificadas na comunidade. “Vedes,
pois, como o homem é justificado pelas obras e não
somente segundo a fé.” (Tiago 2, 24) Passagem bíblica
muita vezes citada pelo padre Ricardo.
A Instituição, ainda no Equipamento do Bairro, assegurou
as respostas sociais: Creche familiar, creche tradicional,
Jardim-de-Infância, Catl, Centro de dia e Apoio
Domiciliário. Atualmente desenvolve a sua ação em
creche (A Nossa Creche (32 crianças) e O Berço (35
crianças), jardim-de-infância (150 crianças), Catl (170
crianças) e é, ainda, refeitório escolar da EB1 nº2 da Cova
da Piedade e Entidade Promotora das AEC (Atividades de
Enriquecimento Curricular) em duas escolas de 1º ciclo
(EB1 nº1 e nº2 da Cova da Piedade).
o espaço envolvente à Capela, num terreno
cedido à Paróquia da Cova da Piedade, no Bairro Ndas Casas Económicas (Bairro Nossa Senhora da
Piedade), surge o Centro Social como resposta objetiva à
população nas áreas onde se sentiam maiores carências,
identificadas a partir de um inquérito realizado pela
paróquia, cujo pároco era o Padre António Sobral. Com o
aumento exponencial da entrada da mulher no mercado
de trabalho, no topo da lista, as respostas indicavam a
necessidade de: creches e jardins de Infância, bem como
de centros de convívio e de ocupação válida para idosos,
entre outras.
Em 1971 nasceu o Centro Social Paroquial da Cova da
Piedade, com estatutos aprovados pelo Patriarcado no
mês de Novembro, mais tarde, em Fevereiro de 1973
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO14
BAIRRBAIRREquipamento do Bairro
Agir no presente, perspetivando o futuro, com a máxima
“Amar é construir para os outros”, levou à divulgação e ao
crescimento desta Instituição que, de uma forma
laboriosa, desenvolveu novos projetos, construiu novos
espaços e, desta forma, alargou o seu âmbito e a sua
capacidade de reposta.
Desde sempre, muitos têm sido as atividades e projetos
desenvolvidos, tendo sempre presente:
- O bem-estar físico psíquico e emocional das
crianças, no respeito pela individualidade de cada
uma
- A importância da relação Instituição-Família e
envolvimento da mesma em todo o processo
educativo, para o sucesso das aprendizagens da
criança
- Uma organização criteriosa do espaço e materiais
que assuma intencionalidade educativa
- A presença de Jesus e dos valores associados à
religião católica
- A relevância da abertura e interação com a
comunidade.
Visita do Senhor 1º Ministro Professor Cavaco Silva (1985)
Visita do Presidente da Republica Dr. Jorge Sampaio (1997)
A presidente da Câmara, entregou a chave
da Cidade de Almada, no dia 17 de Dezembro de 1997Visita do Senhor Dom Gilberto (1998)
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO 15
Visitas de Estado
BAIRROProjeto Educativo e Social da Instituição
“O projeto não é uma simples representação do futuro,
mas um futuro para fazer, um futuro para construir, uma
ideia a transformar em ato.”Jean Marie BARBIER
O Projeto Educativo e Social da Instituição é um
documento vértice e ponto de referência, orientador de
toda a atividade desenvolvida. Este projeto é elaborado
por toda a comunidade educativa e o seu horizonte
temporal é de 3 anos.
Tem como objetivos gerais:
• Ser unificador dos diferentes equipamentos;
• Envolver todos os elementos da equipa no processo
educativo e social, contribuindo para a excelência
dos serviços prestados;
• Ir ao encontro das expectativas dos nossos utentes;
• Contribuir para a melhoria continuamente do
sistema de gestão implementado.
As suas diretrizes concretizam-se, no Plano Anual de
Atividades da Instituição, nos Projetos Curriculares de
Equipamento, no Plano Anual de Atividades do
Equipamento, nos Projetos Pedagógicos e
Curriculares de Equipamento e Projeto Sénior.
Vanda Pinheiro
Projeto Curricular de Equipamento iniciado em
2012/2013
“A Educação para a Cidadania é um processo ao longo da
vida. Começa em casa e no meio próximo das crianças (…)
e desenvolve-se na medida em que se expandem os
horizontes de vida.” (Reis, citado em Projeto Curricular de
Equipamento).
Com este projeto pretendemos ajudar a criança a
conhecer e a compreender o seu mundo, a exprimir-se e a
transformá-lo, contribuindo desta forma, para a
aprendizagem social. Desta forma, facilitamos que as
crianças se tornem cidadãos informados, responsáveis,
coerentes, solidários, ativos, capacitados para a resolução
de problemas.
Este ano, na apresentação do projeto às famílias,
escolhemos dramatizar a história “Orelhas de Borboleta”
e partilhámo-la com as crianças e famílias.
A equipa do Equipamento do Bairro
“Cidadania com o olhar no futuro”
Feira de Trocas – Atividade desenvolvida no
âmbito do projeto: “Cidadania com o olhar
no futuro”, com a participação ativa da família,
que disponibilizou os artigos para troca
entre famílias.
BAIRRPresépio vivo (anos 90) junto à capela do Bairro
e canções à volta do presépio tradicional
(ano 2012)
Grupo de crianças de Jardim de Infância de 2006/2007 junto da capela do Bairro.
Grupo de folclore infantil e etnográfico
projeto desenvolvido entre o Centro Social
Paroquial padre Ricardo Gameiro
e a EB1 nº2 da Cova da Piedade (1991 – 2006),
com o objetivo de divulgar a cultura portuguesa
e proporcionar a redescoberta de valores.
A relação das crianças com os “avós” do
centro de dia (ano 2001) e “visita de aconchego”
a um utente do apoio domiciliário (ano 2012).
Visita de Matilde Rosa Araújo à creche
no âmbito de um encontro de autor
realizado no Bairro durante a feira do livro.
Fruto de uma caminhada de partilha quaresmal
desenvolvida pelos colaboradores do equipamento
e pelos pais que se quiseram associar.
Estes alimentos foram agrupados em pequenos
cabazes e entregues a algumas famílias.
Relação com a comunidade, cantar as janeiras
(ano 2007) na rede de vizinhança
e participação nas marchas populares
de Almada (ANO 1999)
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO16
BAIRRBAIRREquipamento do Bairro
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO 17
A nossa atual equipa do Bairro
... e por isso, mantemos a nossa confeção, com produtos frescos e entregues diariamente.
CENTRO COM
A nossa MISSÃO assenta na Dignidade Humana, manifestadas pelas famílias, crianças e equipa
promovendo Respostas Sociais que visem o pedagógica que diretamente trabalha na
crescimento e a promoção de cada educação. Os valores tão importantes na
individuo, através de Valores Cristãos, de vida em sociedade não se podem limitar
Ética, de Igualdade e de Solidariedade. ao que queremos transmitir às crianças.
No triénio 2011/2014 propusemo-nos Estes têm que estar presentes no dia a
trabalhar com as crianças e os seus dia da instituição, nas atitudes, nas
familiares o Projeto Curricular de relações entre adultos, entre crianças
Equipamento “Educação para os /adulto e crianças/crianças. Educar é
Valores” um ato Humanizado. Esta Humanização
implica Valores que devidamente
apropriados tornam pessoas livres, O Projeto surgiu devido às preocupações autónomas, responsáveis e solidárias.sentidas face à nossa sociedade e
A apresentação às famílias do nosso Projeto Curricular de Equipamento decorreu no dia 19 de setembro, no espaço exterior.
A adesão por parte das familias foi grande. Estas, juntamente com as suas crianças, colaram materiais recicláveis: rolhas, pacotes
de acúçar, capsúlas de café, pacotes de leite, entre outros..construindo alegres murais e dando asas à sua imaginação que
posteriormente alegraram os corredores do nossoequipamento.
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO18
CENTRCENTREquipamento Centro Comunitário
“Educação por uma Causa” será o tema do nosso adquirir uma cadeira de rodas, um andarilho e muita
Projeto Curricular de Equipamento deste ano letivo fisioterapia. A ajuda consiste em recolher materiais
2013/2014, que pretende abraçar várias causas, como por recicláveis: tampas de garrafas, caricas, embalagens,
exemplo: Apoiar a construção da obra de São Paulo cartão, jornal… Todos os materiais trazidos pelas crianças
(Residência para Seniores), Apoiar crianças com alguma e familiares são entregues à associação “Tampinha
necessidade específica, entre outras…Neste momento Solidária”, à qual nos juntámos nesta causa!
estamos a ajudar a Estera Taut que precisa de nós para
“ Educa-se com o sentir e não com a inteligência.
Só se educa inteligentemente, se se educa pelo coração
e com amor”
“UM PASSEIO DA SALA MIL CORES”
O QUE FOI REALIZADO ENTRE SETEMBRO E
DEZEMBRO…
O NOSSO FUTURO…
Os meninos da Sala Mil Cores decoraram o Placard da
entrada do Equipamento para o mês de Novembro
alusivo ao S. Martinho. Esta ideia surgiu depois de um
passeio ao parque num dia convidativo de Outono.
Começaram a ver que existiam muitas folhas caídas pelo
chão, recolheram- nas e trouxeram-nas para a sala.
Apresentação do Projeto Curricular de Equipamento.
Reuniões dos Encarregados de Educação: Sala Verde 04
Outubro, Sala Mil Cores 09 Outubro, Sala Rosa/Amarela
15 Outubro, CATL 17 Outubro e Sala Azul 18 Outubro.
A Feira de São Martinho a 11 de Novembro.
Simulacro de Incêndio a 27 de Novembro.
A Caminhada do Advento: com a participação das
crianças, famílias e colaboradores.
Festa de Natal.
Janeiras.
Reunião de Encarregados de Educação.
Festejar a chegada da Primavera.
A Caminhada Quaresmal
A Páscoa.
João Santos (1979)
Estas folhas foram decalcadas com cores garridas para alegrar
a entrada do nosso Equipamento.
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO 19
REGAÇOCentro de Acolhimento Temporário (CAT) Deve ainda ter capacidade para efetuar um diagnóstico
Regaço Materno é uma resposta social para cada menor institucionalizado para, posteriormente, Odestinada ao acolhimento urgente e transitório ser definido o respetivo projeto de vida, com vista à
de crianças/jovens em situação de perigo eminente integração familiar, adoção e/ou transição de resposta
(negligência, maus tratos, abandono, abusos sexuais, social. Assim, é de extrema importância a articulação com
violência doméstica, exposição a modelos desviantes), as entidades com competência em matéria de infância e
estando preparado para o acolhimento de doze crianças, juventude, bem como a intervenção junto das famílias
com uma unidade de emergência, abrangendo a faixa e/ou outras pessoas de referência para os menores.
etária dos 0 aos 12 anos, de ambos os sexos.
A praxis do trabalho desenvolvido é sustentada, também,
Esta resposta é uma das medidas de promoção e pela elaboração anual de um Projeto Educativo que visa
proteção previstas na Lei n.º 147/99 de 1 de Setembro, Lei contribuir para a orientação estratégica de metodologias
de Promoção e Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, que se refletem num plano de intervenção, direcionado
visando afastar os menores do perigo, colocando-os ao para o projeto de vida dos menores institucionalizados. O
cuidado de serviços especializados, com técnicos modelo de intervenção utilizado, o sistémico-ecológico,
adequados. O acolhimento deverá ter uma duração não traduz-se na cooperação das diferentes áreas, não só ao
superior a seis meses, de forma a garantir às nível da educação, mas também em áreas fulcrais que
crianças/jovens os cuidados adequados às suas contribuem para a melhoria da trajetória de vida dos
necessidades e proporcionar-lhes condições que menores e, desta forma, asseguram os cuidados básicos
permitam a sua educação, bem-estar e desenvolvimento para um desenvolvimento integral. Reforça-se, desta
integral. forma, a importante articulação com os diferentes atores
sociais (entidades/instituições) que contribuem para o
Neste contexto, o CAT deverá possuir condições em sucesso do trabalho realizado.
ambiente semelhante ao de uma habitação familiar,
proporcionando a inserção das crianças e jovens na Assim, pretende-se a promoção do auto educação, auto
comunidade nas diferentes frentes de intervenção, como realização, promoção da disciplina e estabilização
educação, saúde, tempos livres, cuidados básicos de emocional como objetivos educacionais. Estes objetivos
higiene e de alimentação. Apresenta-se como um espaço são alcançados por meio da criação de relações
de conforto e ambiente calmo, prestando os cuidados gratificantes e satisfatórias, e realização de atividades que
adequados à satisfação das necessidades, com objetivo visem a recuperação emocional e psicológica das
da promoção e manutenção da autonomia e crianças/jovens institucionalizadas.
independência.
A Equipa do CAT “Regaço Materno”
REGAÇREGAÇResposta Social Regaço Materno
Encontramo-nos inseridos na comunidade e
estabelecemos com ela laços e parcerias importantes que
permitem irmos ao encontro dos objetivos do Projeto
Educativo do CAT, que visam proporcionar às nossas
crianças um ambiente securizante, promotor do seu bem-
estar, equilíbrio emocional e de um desenvolvimento
saudável e integral.
O regresso ao J.I. e Creche das nossas crianças
Aniversários
Passeios e diversas atividades ao ar livre com
os voluntários
Algumas crianças saíram da instituição para
concretizarem novas etapas de vida que
passam pela adoção
Outras crianças entraram para a nossa casa e
aqui dão início a novas e enriquecedoras
etapas de vida que nesta transição esperamos
serem significativas e positivas
A Caminhada do Advento
A festa de São Martinho
A reunião dos Voluntários do CAT
Festa de Natal da Instituição
A Equipa do CAT
O que aconteceu nos meses de Setembro a Dezembro:
O nosso Projeto Educativo e toda a nossa intervenção
estão erigidos nos sólidos valores da instituição que se
refletem na sua MISSÃO, assente na Dignidade Humana,
promovendo Respostas Sociais que visem o crescimento
e a promoção de cada individuo, através de Valores
Cristãos, de Ética, de Igualdade e de Solidariedade.
RENASCER
O Centro Comunitário Renascer foi inaugurado no dia 1 sociais de Creche, Jardim Infância, Espaço Lúdico-
de Junho de 2000. Este equipamento surgiu a partir de Pedagógico, Centro de Dia e Apoio Domiciliário, com a
um Projeto de Luta Contra a Pobreza (1998 – 2000). finalidade de responder eficazmente às necessidades
Atualmente, neste equipamento funcionam as respostas educativas e sociais da população envolvente.
RENAS
No que concerne ao Projeto Curricular de Equipamento
em vigor no Renascer, é um projeto trianual (2012/2015) e
tem como título “Hábitos Saudáveis fazem Crescer e
Viver”. Para o presente ano letivo (2013/2014) o sub
projeto tem como tema “Mente Sã em Corpo São”. Este
projeto assenta no princípio de que uma vida saudável se
caracteriza por sentimentos de bem-estar a nível físico,
mas também a nível psicológico e emocional. Assim,
pretendemos que este projeto seja multidimensional e
toque todas as dimensões da vida da criança.
O projeto “Mente Sã em Corpo São” assentará na
promoção da atividade físico-motora na escola e,
também, no contato direto com o meio natural e nas
atividades ao ar livre, aproveitando por exemplo, a nossa
proximidade com o maravilhoso espaço que é o Parque
da Paz. Consideramos, no entanto, que a ideia de uma
Mente Sã em Corpo São, não se esgota na atividade física;
assim pretendemos que as atividades tenham uma forte
componente lúdica e relacional, uma vez que a atividade
lúdica é sem duvida a mais completa e vital atividade da
Infância. Por último, pretendemos incrementar na criança,
hábitos saudáveis ao nível da relação consigo mesma,
com os outros e com o mundo, promovendo nas crianças
sentimentos positivos de pertença à família e ao meio
envolvente. Assim, as atividades serão pensadas,
também, como oportunidades de desenvolvimento de
competências sociais e relacionais.
Projeto curricular
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO22
RENASRENASEquipamento Renascer
O projeto Agir a Fazer o Futuro – E5G tem vindo a promover,
ao longo dos últimos dois anos, a atividade Conversas entre
Gerações na qual se promove a interação entre as crianças e
jovens do projeto e séniores, nomeadamente os utentes do
Centro de Dia da Residência Nossa Senhora da Esperança.
No passado dia 16 de outubro celebrou-se o dia Mundial da
Alimentação e para assinalar esta data as nossas crianças e
jovens visitaram os seus avós de afeto com o objetivo de
recolher receitas para aproveitamento de alimentos pois, em
tempos de crise, há que poupar para além de fazer uma
alimentação saudável.
Estas receitas serão posteriormente
compiladas, dando origem a um
livro com os saberes e sabores
que atravessam gerações.
Iniciou-se em setembro a
segunda edição da L iga
Escolhas, torneio de Futebol
entre projetos financiados pelo
Programa Escolhas, que visa
promover o desporto bem como o
sucesso escolar e a participação cívica
dos jovens nas suas comunidades.
O projeto Agir a Fazer o Futuro – E5G participa mais uma vez
neste torneio, tendo estado alguns dos elementos da equipa
presentes no lançamento oficial da Liga Escolhas, que
decorreu no passado dia 5 de Novembro no Auditório Artur
Agostinho do Estádio José Alvalade.
Esta edição da Liga Escolhas conta com o apoio do Sporting
Clube de Portugal, sendo que a equipa técnica da equipa
principal do clube disponibilizará às equipas participantes
vídeos com exercícios de treino com o objetivo de melhorar o
desempenho dos jogadores. Esta edição da Liga é ainda
apadrinhada pelo jogador leonino Fredy Montero e decorrerá
até ao mês de Julho.
Próximas atividades:
• Jogos quinzenais da Liga Escolhas
• Rastreio dentário com o projeto “Dentistas do Bem” –
destinado a crianças e jovens dos 11 aos 17 anos que serão
acompanhados gratuitamente até aos 18 anos por dentistas
voluntários envolvidos no projeto “Dentistas do Bem”
• Gala Escolhas 2013 by Glam – Cerimónia que visa mostrar o
trabalho desenvolvido no terreno pelos projetos Escolhas,
bem como distinguir crianças, jovens e organizações que se
destacam nas comunidades em que estão inseridos.
Novembro – “Semana a Dançar”
Nesta semana que decorreu entre 18 e 22 de
Novembro, o trabalho das salas foi orientado
para a sensibilização das crianças à dança;
tivemos um dia dedicado a cada estilo de dança
com observação e experimentação de
diferentes formas de dançar.
Abril – “Semana a Caminhar”
Com esta atividade pretende-se que as crianças
vivam um conjunto de experiências de
caminhada e exploração do meio natural;
teremos marcha, corrida, percursos de
descoberta, entre outras.
Esta atividade terá o envolvimento ativo das
famílias.
Julho – “Semana a relaxar”
Esta semana será dedicada a atividades de
relaxamento e bem estar. Procuraremos
proporcionar às crianças o contato com
práticas relaxantes como o ioga, massagens,
entre outros momentos relaxantes.
Como já foi referido, o Projeto Curricular de
Equipamento é trianual “Hábitos saudáveis
fazem crescer e viver”; Assim, no próximo ano
letivo daremos continuidade ao projeto,
sempre com a ideia de que o nosso
compromisso educacional é proporcionar às
crianças uma infância feliz e rica em
experiências de vida.
Atividades centrais
do Projeto:
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO 23
ENTREVISTAUm caminho sempre ligado à Igreja
Padre Rui Simão: uma vocação gerada na Cova da
Piedade
Nasceu na zona de Almada velha, onde agora se encontra
a Santa Casa da Misericórdia, e cresceu na Cova da
Piedade. O pequeno Rui Simão, que servia ao altar com o
Padre Ricardo Gameiro e com o Diácono Inácio da Silva,
encontrou ali a sua vocação. Hoje, com vinte e cinco anos,
é sacerdote e pároco 'in solidum' de Santa Cruz no
Barreiro e reitor da Reitoria de Nossa Senhora do Rosário.
Numa destas manhãs de sábado, entre os seus muitos
afazeres, voltou a lembrar os tempos de infância e
juventude passados entre a Igreja Matriz, a Igreja de
Nossa Senhora de Fátima, o Pré-Seminário e, mais tarde, o
Seminário.
A mãe era doméstica e o pai era telegrafista na Marinha.
Com dois irmãos que desde cedo emigraram, um para a
Alemanha e a outra para a Suíça, o Padre Rui Simão conta-
nos como as suas memórias de infância estão sobretudo
associadas à presença da sua mãe e às visitas temporárias
que recebia dos irmãos. O pai, que faleceu quando o
pequeno Rui tinha seis anos de idade, acabou por ser uma
marca na sua vocação ao sacerdócio.
«Eu tinha seis anos quando o meu pai faleceu e foi nessa
altura que senti um apoio incondicional da nossa família
cristã, mais precisamente em algumas pessoas da Igreja, e
em particular o Diácono Inácio, que foi como um segundo
pai para mim e um grande ponto forte na minha história
de vocação – diz o Padre Rui – Há várias coisas que a
minha mãe vai dizendo, para puxar pela minha memória,
coisas que eu dizia até ao meu próprio pai e hoje
interrogo-me em como é que era capaz, tão novo, de
dizer aquelas coisas».
Rui Simão começou cedo a servir ao altar, enquanto
acólito, e sentia-se fascinado pela vida na Igreja. O facto
de o pai estar na Marinha não permitia que pudesse
acompanhar regularmente a família à Igreja mas, quando
estava com o pai, dizia-lhe: 'Tu vais ver. Um dia ainda vou
ser Padre'. E o pai ficava sempre na ideia que era conversa
de miúdo. A verdade é que a «conversa de miúdo» se
tornou numa vocação sacerdotal e muito se deve ao
amparo que sentiu no seio da família cristã.
«Entregar-me à Igreja da mesma forma que ela se deu
a mim»
«Quando retrato o testemunho da minha vocação, tenho
isto sempre presente – afirma o Padre Rui Simão – desta
família que nunca me desamparou, e que se calhar por
isso deu um forte sentido à minha vida e me levou a
querer entregar-me à Igreja da mesma forma que ela se
deu a mim». Acabou por ser uma história de vocação que
foi acontecendo naturalmente, em vários momentos.
«Houve vários marcos que me fizeram questionar e é
difícil apontar um – conta Rui Simão – Mas foi um
caminho feito com calma e ponderação, apesar de já
desde miúdo eu dizer que já queria ser qualquer coisa
relacionada à Igreja».
Os quatro anos que passou no pré-seminário, explica-
nos, foram anos importantes de discernimento. Em
Outubro de 2003, o Padre Ricardo convidou-o para ir a
uma festa do pré-seminário e lá o apresentou aos
sacerdotes responsáveis da altura: o Padre José Manuel e
o Padre Miguel Alves.
Ao chegar à sua comunidade, ia de tal forma
entusiasmado que procurou anunciar a sua alegria aos
que estavam perto dele. Uma das pessoas foi o Padre
Marco Belchior, um dos outros jovens padres gerados na
Paróquia da Cova da Piedade: «Ele sempre me dizia 'Não,
isso não é para mim', mas eu insistia que ele podia
experimentar. E foi na missa de sétimo dia da mãe dele
que já não me disse um não e deu-me um talvez. A partir
daí, foi tudo muito rápido».
No meio da escola, o testemunho de Igreja
Criança e adolescente como os outros, apesar de sentir
desde cedo o chamamento para a vida de Igreja e um
apelo à responsabilidade, Rui Simão também era dado às
traquinices: «Sempre fui uma pessoa que procurei, de
alguma forma, assumir a minha responsabilidade e isso
levava a que, apesar de muitos avisos, arriscasse a fazer
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO24
texto: Anabela Sousa
ENTREENTREEntrevista
aventuras mas sempre com uma certa proteção em
relação à minha mãe para que não se preocupasse. Dizia-
lhe sempre 'vou ali a um sítio, fazer umas coisas, com
umas pessoas' e isso irritava-a, claro».
Indo muitas vezes para a zona das Barrocas, onde existia
um ringue de futebol, o Padre Rui usava, mesmo assim,
uma cruz ao pescoço. E isso acontecia na escola também,
o que levava a alguns comentários menos agradáveis dos
colegas. «Quando usavam alcunhas – conta – diziam de
mim 'olha, lá vai o Padre'. Isto tem o seu lado bom e o seu
lado menos bom porque quando queres mostrar quem
és, e aquilo que és não ser aceite, é um pouco doloroso.
Havia, claro, aqueles que respeitavam, mas outros
provocavam».
Os acólitos e a catequese
Ao longo da nossa conversa com o Padre Rui Simão,
vamos passando pelos sítios marcantes do seu
crescimento na comunidade da Cova da Piedade. Ao
chegar à «nova» Igreja de Nossa Senhora de Fátima, diz-
nos que ali foi o momento em que foi chamado a crescer.
«Se na Igreja Matriz, lá em baixo, tinha o Diácono Inácio a
amparar-me, aqui passei a ser responsável dos acólitos
desde 1998 e, apesar de novo, eu era muito responsável
por aquilo que fazia. Uma vez consegui fazer uma
peregrinação a Fátima só com os acólitos. Falei com o
Padre Ricardo e conseguimos ir, mesmo sem a presença
de qualquer adulto», menciona. Com a sua entrada no
Seminário, este grupo de acólitos foi-se perdendo na sua
maioria.
Um dos outros percursos que ali fez foi o da catequese,
até ao oitavo ano, altura em que por motivos vários e dos
quais guarda alguma tristeza, acabou por deixar devido à
sua presença, de quinze em quinze dias, no pré-
seminário. «De facto – aponta o Padre Rui Simão – se não
estivesse no pré-seminário, se não tivesse um outro
acompanhamento e outra ligação à Igreja, a orientação
do padre Ricardo e do Diácono Inácio, se calhar era mais
um daqueles miúdos que, nesta altura, se tinha ido
embora. Felizmente, o pré-seminário também me
amparava nestas pequenas quedas, porque tudo o que fiz
lá marca o que eu sou hoje».
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO 25
Os mestres com quem aprendeu e que permanecem
O Diácono Inácio, o Padre Ricardo Gameiro, e o Bispo
emérito de Setúbal, D. Manuel Martins, foram, diz o Padre
Rui Simão, os professores com quem aprendeu e que
muito moldam aquilo que é hoje. Não podendo ter
consigo, fisicamente, na sua ordenação sacerdotal, duas
das pessoas com quem mais aprendeu e que foram os
pais da sua vocação, Rui confessa sentir alguma tristeza,
mas garante que não deixou de os sentir de outra forma:
«O Diácono Inácio e o Padre Ricardo acompanharam-me
durante toda a minha caminhada de seminário, e quando
cheguei ao fim, e eles não estavam lá fisicamente.
Lembrei-me muito deles e do meu pai na minha
ordenação».
E acrescenta, afirmando a sua esperança na vida eterna:
«É curiosa a data em que eles morrem, muito perto um do
outro. Um a uma semana do Natal e outro a uma semana
da Páscoa. Com tão pouco tempo de diferença, uma a 19
de Dezembro, e o outro a 1 de Abril. Parecem mortes
inacreditáveis. Eu ajudei muito na preparação das
cerimónias fúnebres deles. Acho até que acabei por ser
um bocadinho frio porque evitava chorar em público para
dar mais alento aos outros. Fiz tudo para que déssemos
uma grande despedida a estas duas pessoas. Mas,
confesso, os óculos escuros servem muito nestas
alturas».
Hoje, com o novo desafio de abraçar a paroquialidade de
duas comunidades no Barreiro, o Padre Rui Simão coloca
em prática muito do que aprendeu com eles: «O Diácono
Inácio era uma pessoa muito humana e dele aprendi que
as pessoas devem ser próximas e procurem amar. Retiro
muito, do diácono Inácio, essa proximidade, essa
humanidade de estar bem e nos sentirmos acolhidos.
Quanto ao Padre Ricardo, a sua obra social fala por si e
dele aprendi também isso. Quem diz dele que era rude,
não o conhecia. Ele transparecia isso, mas não era assim
porque, de facto é preciso sempre alguma distância e
autoridade, porque somos Padres e estamos e falamos
em nome da Igreja».
...continua na pág. 28
ROMEIRAMEIRAo passado ano letivo a equipa propôs
trabalhar, para o triénio de 2012/2015, o Nprojecto “ Eu, Tu, Nós e o Mundo”. No ano
lect ivo de 2012/2013 trabalhou-se o tema
“Multiculturalidade”, em que foram partilhadas
diferentes tradições, apelando à participação das
famílias, cuja colaboração foi imprescindível para o
sucesso da implementação deste tema.
No presente ano letivo de 2013/ 2014, a equipa
pedagógica, em conjunto com as famílias, trabalha “ A
Arte na Infância “, que tem como objetivos principais:
• Explorar diferentes linguagens expressivas em
produções espontâneas;
• Expressar ideias e sentimentos através do corpo e da
música;
• Explorar experiências artísticas individuais e de grupo;
• Dar a conhecer várias técnicas de expressão plástica.
Apresentação do Projeto Curricular às Familias
No dia 26 de Setembro de 2013, foi apresentado o
Projecto Curricular de Equipamento às famílias. A equipa
organizou diversos ateliers de pintura, de forma a
envolvê-las e a dar-lhes a oportunidade de explorar
algumas linguagens expressivas.
Foi dado a conhecer o Plano Anual de Actividades a
desenvolver ao longo deste ano lectivo, algumas das
quais dirigidas também á Comunidade, como já é
prática da Instituição.
Aconteceu ou vai acontecer
No passado mês de Outubro realizaram-se as reuniões de
pais/ encarregados de educação nas diversas respostas
sociais tendo, como objectivo, apresentar os projectos
pedagógicos e curriculares de sala.
Com a Comunidade foi realizada a Procissão de Velas
tendo a celebração da palavra decorrido no Ringue do
Clube Recreativo Romeirense.
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO26
ROMEIRAMEIRAROMEIRAEquipamento da Romeira
Ainda no decorrer do mês de Outubro, em que também
se assinala o mês do Idoso, convidámos os seniores do
Centro de Dia, Residência e do Serviço de Apoio
Domiciliário, a participar numa actividade de pintura com
as crianças do jardim de infância.
Com a aproximação de mais uma quadra natalícia, a equipa do Jardim Infantil da Romeira
deseja a todos um Santo e Feliz Natal!
O dia a dia no Jardim Infantil da Romeira é feito de rotinas.
O facto de as crianças saberem o que vai acontecer no
momento seguinte transmite-lhes segurança e confiança
nas pessoas e no espaça que as rodeia. Depois do
acolhimento, durante a primeira reunião de grande grupo
é marcada a presença no respectivo mapa. Este tipo de
instrumentos de regulação de grupo está acessível às
crianças de modo a que possam ser utilizados por elas.
Após esta reunião as crianças brincam nas diferentes áreas
da sala e/ou fazem atividades orientadas. Existem várias
áreas em cada sala, por exemplo: área da casinha, área dos
jogos, área da biblioteca, área da garagem. Cada área tem a
sua especificidade e intencionalidade educativa.
Depois do tempo de trabalho, segue-se o tempo de
exterior, em que as crianças podem usufruir do nosso
espaço equipado de acordo com a sua faixa etária.
Posteriormente ao almoço as crianças que têm
necessidade repousam, respeitando sempre os ritmos de
cada uma. Este tempo de repouso é feito numa zona da
sala mais tranquila e escurecida, enquanto que o restante
grupo permanece em atividades calmas numa área mais
iluminada.
Segue-se depois a higiene e o lanche, terminando então o
dia com as saídas das crianças. Sempre que as condições
meteorológicas assim o permitem existe também um
tempo de exterior depois do lanche.
Esta rotina é seguida diariamente, no entanto, sempre que
se justifique, poderá sofrer algumas alterações .
Ao longo do ano lectivo são diversas as actividades
desenvolvidas envolvendo as várias respostas sociais do
equipamento. Estas imagens são ilustrativas de uma dessas
actividades que foi desenvolvida no Dia da Árvore. A
equipa e as crianças divertiram-se a plantar diversas
espécies vegetais oferecidas pela Câmara Municipal de
Almada.
A Nossa Rotina
No mês de Novembro realizou-se a Feira de São
Martinho. Esta actividade envolveu as crianças e as suas
famílias não tendo faltado as castanhas e outros produtos
alusivos à época do Outono.
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO 27
Na Igreja da Piedade, a missa nova
É já na Igreja Matriz, onde tudo começou, pois era ali que
ia à missa com a sua mãe e o Diácono Inácio o chamava
para ajudar em alguma tarefa durante a Eucaristia, que o
Padre Rui Simão conta viveu a sua missa nova após a
ordenação presbiteral: «Foi um momento especial, no
qual pus tudo de mim. Foi uma emoção muito, muito
grande. Preparei tudo com muito cuidado e, nesta missa,
senti-me à vontade. Preparei tudo para entregar ao
Senhor, com o coro entregue ao Padre Marco Belchior e,
como mestre-de-cerimónias, o Padre Casimiro
Henriques».
Ali foi batizado, cresceu, e recebeu pela primeira vez a
Sagrada Comunhão. Apesar de a Igreja ser pequena, e de
muita gente lhe dizer que não conseguiria receber tanta
gente como na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, o
Padre Rui Simão quis ali celebrar a sua missa nova:
«Foram pequenas coisas que me foram trazendo até aqui
e foi, até, muito bonito e enriquecedor ver a Igreja
restaurada. No fim de contas, foi também um presente
que eu quis trazer à comunidade que me viu crescer».
Os tempos de Seminário, que hoje são diferentes
Ao final da manhã, chegamos ao Seminário de São Paulo
em Almada. Ali chegou o ainda Rui Simão, quando tinha
dezoito anos de idade. Saiu, sacerdote, depois de sete
anos de caminho. «Há sempre incertezas ao longo do
caminho – afirma – perguntamo-nos: 'Será que sim, que
não, que sou capaz?'. E ao longo do tempo as dúvidas vão
mudando. No final da caminhada até aqui, a pergunta já
não era se eu queria ser Padre ou não, mas se eu seria
digno deste ministério e capaz de servir o Senhor, mas eu
entrego-me de tal forma ao Senhor que ele é que define
qual é o meu caminho. Na minha vida não foi difícil pelos
exemplos que tive de proximidade, humildade e serviço.
Não havia outra forma de ser padre. Foi assim que fui
habituado e foi assim que cresci».
Com um temperamento, aparentemente calmo, mas
também agressivo, Rui Simão diz que foi no seminário
que aprendeu a ganhar algum equilíbrio e muito,
também, pela relação com os colegas da comunidade,
porque ali são chamados a cultivar a paciência e a
obediência: «Há tantos momentos importantes que nos
ajudaram a crescer. Até os momentos mais difíceis. A cada
momento havia novos obstáculos e eu ambicionava
ultrapassá-los».
Por outro lado, o Padre Rui Simão relata-nos, com alguma
melancolia como encontra agora o Seminário: «Comigo
entraram três rapazes. Dois saíram e um foi ordenado
sacerdote. Naquela altura, éramos dezoito. Agora, custa-
me ver que são só cinco. Muitas vezes na Igreja temos
medo de pensar a mudança. Esta comunidade, eramos
dezoito e agora custa-me ver que são só cinco. Não sei
dizer porque é que isto é assim, pode ser por muitas
razões. Dá-me pena ver a comunidade do Seminário a
reduzir cada vez mais».
Adepto do Sport Lisboa e Benfica, o Padre Rui Simão
gosta também muito de passar tempo com os amigos e
de viver a vida, mas também sente alguma necessidade
de recolhimento e que, quando se sente em perigo, é ao
recolhimento e ao encontro com Nosso Senhor que vai
buscar forças.
Hoje, diz, irrita-se muito com o facto de os cristãos não
saberem viver o amor e deixa uma mensagem aos
católicos das comunidades. «Há tantos problemas que
geramos nas comunidades por ambições pessoais que
não fazem sentido. Enquanto não formos capazes de
viver o amor e o perdão, não conseguimos ser
comunidade e crescer».
...continuação da pág. 25
RAMALHA
“Creche e Jardim de Infância da Ramalha” é o O Centro de Documentação das Instituições Religiosas e
mais recente equipamento do “Centro Social da Família inaugurado no dia 04 de Novembro de 2012, AParoquial Padre Ricardo Gameiro” (CSPPRG) e tem como objetivo inventariar, organizar, preservar,
fica situado na Freguesia da Cova da Piedade (Concelho digitalizar, adquirir, disponibilizar e difundir recursos de
de Almada, Distrito de Setúbal). natureza documental afetos a instituições religiosas e da
família sedeados no concelho de Almada, e organizar
A Creche e Jardim de Infância da Ramalha, não é apenas exposições culturais variadas. O Centro de
um equipamento social, tendo também o carácter Documentação encontra-se aberto de segunda a sexta
religioso e cultural através dos espaços da Capela de São feira das 10h às 19h.
João da Ramalha e do “Centro de Documentação das
Instituições Religiosas e da Família”, respectivamente. Apesar de distintos objectivos, o polo da Ramalha
(Infância, Capela e Centro de Documentação) trabalha
A Capela de S. João da Ramalha encontra-se aberta à para e com a comunidade procurando responder de
comunidade às terças-feiras de tarde para a oração do forma eficiente às suas várias necessidades, nunca
terço, e às sextas-feiras às 12h30 para a Eucaristia esquecendo o nível A do sistema de qualidade da
semanal, assim como para visitas mediante marcação. Instituição que certifica todas estas respostas sociais, e os
Sendo S. João padroeiro do nosso Concelho, e como dita valores cristãos com que se rege.
a tradição, nos dias 23 e 24 de junho acolhe as
celebrações religiosas em honra do santo padroeiro.
RAMALHA
somos nós...
Teve início este ano letivo e terá duração até 2016. Foi de desenvolver a identidade moral, intelectual e cultural
apelidado de “Crescer, Formar e Recordar com Histórias das crianças, e ainda, apelando ao maravilhoso, à fantasia
de Encantar” e consta de um projecto dedicado às e ao imaginário de cada um. A equipa pedagógica
histórias infantis tradicionais. Tem como principal promove e participa ainda em actividades externas à
objectivo potenciar o conhecimento das histórias infantis Instituição, sejam camarárias ou até nacionais, e apela
no desenvolvimento da criança, promovendo e habitualmente ao envolvimento das famílias dos utentes.
valorizando este instrumento pedagógico como forma
Projecto Curricular de Equipamento
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO 29
RAMALHARAMALHAEquipamento da Ramalha
CONVERSAO mais antigo trabalhador do Centro
Paroquial
Maria de Lurdes Cândido trabalha no Centro Social
e Paroquial Padre Ricardo Gameiro há quase quarenta
anos. Ela é auxiliar de educação no equipamento do
Bairro, ele é responsável do armazém e gestor da frota do
Centro Paroquial. São, respetivamente, o trabalhador
mais antigo e o trabalhador mais recente desta casa.
Fomos falar com eles e ficámos a saber o que sentem e
vivem no seu dia-a-dia, enquanto funcionários da
instituição.
«Esta é a minha casa, é a minha alegria, é a minha vida.
Aqui cresci e aqui me fiz mulher». É desta forma simples,
com um sorriso estampado no rosto, e a lágrima a querer
espreitar no canto do olho que Maria de Lurdes Cândido
nos conta que chegou ao equipamento do Bairro, aos
dezasseis anos de idade, no primeiro dia de setembro de
1975, e como se sente feliz no trabalho que desenvolve
todos os dias.
«Na altura vim trabalhar em jardim infantil e isto não era
nada do que é hoje. Éramos poucos trabalhadores, quase
como uma família, e havia até uma colega, que já cá não
está, e que eu até dizia que ela era a minha segunda mãe»,
diz-nos. Hoje, a realidade é diferente. Com cerca de
trezentos trabalhadores, Maria de Lurdes Cândido
garante que o sentimento de família não se perdeu mas
que as pessoas estão mais dispersas. «De qualquer forma
– afirma – eu tenho sempre um cantinho no meu coração
para cada um».
«Gosto de tudo aqui»
Ao acompanhar o crescimento da instituição onde
trabalha há quase quarenta anos, e ao ver um novo
equipamento a nascer – a Residência Sénior, Casa de São
Paulo – Lurdes fica encantada: «Quando vemos a nossa
casa a crescer e vemos que a nossa casa está bem, nós
também nos sentimos bem. Quando falo com alguém
sobre esta casa, sobre o meu trabalho e aquilo que faço
todos os dias com as crianças e com as colegas, encho a
boca de alegria. Não podia ser de outa maneira. Eu gosto
de tudo aqui e se um dia tiver que sair vai ser difícil».
Desde que chegou ao Centro Paroquial da Cova da
Crescer, servir e ser feliz
Piedade, Maria de Lurdes sempre esteve no equipamento
do Bairro e por ela já passaram várias gerações de famílias.
Começou no jardim infantil, a onde regressou neste
momento, mas também já passou pela creche e pelo ATL.
E foi precisamente neste último que se passou uma das
muitas histórias que nos contou.
«Há muitos anos atrás, ainda o ATL era na zona onde está
agora a secretaria, nós tínhamos um grupinho pequeno e
havia lá uma criança que, todos os dias, quando a mãe a ia
buscar, lhe dizia ‘Oh mãe, faz-me a mala que eu quero ir
para casa da Lurdes’. Esta menina marcou-me muito
porque era muito ligada a mim e ainda hoje, quando a
vejo, já com os filhos, faz-me sempre uma grande festa».
«São tantas alegrias»
Quando lhe perguntamos pelas maiores alegrias que tem
vivido no seio desta família que Lurdes diz ser o Centro
Social e Paroquial Padre Ricardo Gameiro, a dificuldade
em escolher um momento é evidente. «São tantas
alegrias», suspira. Mas depois de pensar um pouco, lá nos
diz: «A maior alegria foi eu ter começado a trabalhar aqui
porque a minha mãe não tinha grandes posses e eu não
pude continuar a estudar. Depois, foram e têm sido
muitos os bons momentos».
Quanto aos momentos mais complicados pelos quais
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO30
texto: Anabela SousaCONVERSNVERSCONVERSÀ Conversa com...
sente que tem passado, Maria de Lurdes escolhe,
precisamente, os dois momentos em que esteve longe do
«seu Bairro». Com os olhos marejados de lágrimas diz: «O
pior foi mesmo quando fui operada por duas vezes e tive
que ficar muito tempo em casa. Gosto disto e quando não
estou cá, custa-me. O que me vale é que com a minha
brincadeira e a minha alegria, consigo levar tudo para a
frente».
As memórias do Padre Ricardo Gameiro
Maria de Lurdes Cândido chegou à instituição três meses
depois do Padre Ricardo Gameiro. Ao recordar-se dele e
do que foi trabalhar com ele durante anos, os olhos
voltam a encher-se de lágrimas. «Lá estou eu outra vez.
Está a ver?! – diz-me – Aqui até me chamam a chorona.
Mas eu emociono-me muito a falar das memórias felizes,
dos tempos que já lá vão».
E relata-nos algumas recordações, entre as muitas que
tem, do Padre Ricardo Gameiro. «Quando vim para a
creche, o senhor Padre Ricardo morava aqui em frente e
às vezes os pais quando vinham trazer as crianças,
punham o carro ali em frente à garagem e às vezes ele não
conseguia tirar o carro. Então, vinha ali ao portão da
creche, e com oito ou nove pessoas ali a trabalhar, ele só
chamava por mim para o socorrer», conta.
Menciona ainda Maria de Lurdes que, ao lembrar-se do
Padre Ricardo se recorda também da sua mãe: «Quando
existiam aqui os convívios, a minha mãe fazia sempre uma
dobradinha ao senhor Padre Ricardo. E quando se
aproximavam essas datas, ele dizia-me sempre ‘Oh
Lurdes, não se esqueça de pedir à mãe que faça aquele
petisco que ela costuma fazer’.
Os novos tempos
Após a morte do Padre Ricardo Gameiro em 2011 e com a
chegada do Padre José Pinheiro, o atual presidente ao
Centro Paroquial, em 2012, Maria de Lurdes Cândido
salienta a importância da mudança. «O Padre José é uma
pessoa nova, dinâmica e com garra para isto. E eu estou
sempre disponível para abraçar novos desafios. Se for
preciso experimentar coisas novas, não tenho medo.
Experimento e logo vejo se sei ou não sei. As mudanças
são boas, ajudam-nos a crescer e aprendemos coisas
novas», assegura.
O mais novo trabalhador do Centro
Paroquial
Novo Presidente - 05/08/2012
É já com o novo presidente na instituição que
Rui Duarte chega ao Centro Paroquial da Cova da
Piedade. Com trinta e um anos de idade, Rui passou de
um ambiente profissional empresarial para trabalhar
nesta área social e, confessa, era «algo que já desejava há
muito tempo». Do Padre Ricardo Gameiro, tem apenas os
testemunhos vivos daqueles com quem trabalha
diariamente.
«Vê-se que ele deixou um grande legado, uma grande
obra e isso permite continuar o apoio a muita gente. É
notório o que Padre Ricardo fez, a forma como marcou
determinadas pessoas na instituição e é recorrente ouvir-
se falar muito dele. A D. Elisa Sousa que trabalha comigo
no armazém, por exemplo, fala-me muito daquilo que ele
fez a determinada pessoa ou família e tem-me dado
muitos exemplos do quão bom Homem e bom Padre
era», diz.
Sempre disponível para Servir
Quando chegou à instituição, aquilo que mais espantou
Rui Duarte foi a grandeza do Centro Paroquial. «É uma
organização muito grande – afirma – eu passei de uma
empresa com trinta trabalhadores para esta instituição
que tem trezentos, mas com um respeito muito grande
entre os funcionários. É outra dimensão e não se
consegue comparar. Para além disso, eu estava
acostumado a um ambiente mais empresarial e aqui é
diferente, é mais informal, não deixando de haver
responsabilidades ao cargo de cada um».
Feliz por estar a trabalhar na área social, Rui olha para
aquilo que faz como um serviço ao outro, sem, no
entanto, descurar o profissionalismo que a sua função lhe
exige. «Mais do que um trabalho, vejo aquilo que faço
como um serviço. No armazém não temos a componente
mais humana e mais relacional como nos outros
equipamentos, é certo. Mas somos o pulmão da
instituição porque, se falham os nossos fornecimentos,
está em causa, por exemplo, cerca de setenta por cento da
alimentação», refere.
A Grandeza da Instituição
Numa instituição que tem sete equipamentos e mais de
mil e trezentos utentes, o dia-a-dia é uma azáfama. O
armazém assume, por isso, um papel essencial e ali têm
que estar sempre prontos a responder, depressa e bem, às
solicitações. A função de Rui Duarte na gestão do
armazém passa, entre outras tarefas, pelos contactos com
os fornecedores e por pesquisas de mercado para
determinados produtos. Além disso, é também
responsável pela gestão da frota do Centro Paroquial,
tendo que orientar todos os aspetos relacionados com as
carrinhas. «Estou sempre disponível para tudo aquilo que
me pedem», garante.
Um apelo ao crescimento na fé
Para lá do aspeto social do seu trabalho, este funcionário
menciona ainda o facto de trabalhar numa instituição da
Igreja. «Isto, para mim, é outra tranquilidade – admite Rui
Duarte – Por exemplo, ainda numa destas sextas-feiras
fiquei um pouco até mais tarde no trabalho, subi as
escadas, e fui à missa. Esta seria daquelas coisas em que
noutro local não teria possibilidade de fazer».
Apesar de procurar aumentar a sua fé dentro do trabalho
que desenvolve no Centro Paroquial, Rui admite que
pode não ser fácil anunciar os valores do Evangelho. «Por
um lado, é mais fácil. Mas por outro não é. À partida é uma
realidade que já se conhece, mas ao mesmo tempo
encontra-se muita gente que não está ligada à Igreja.
Pode ser mais simples porque se fala sem medos e sem
vergonhas, mas ao mesmo tempo as pessoas podem não
estar abertas a ouvir falar das coisas de Nosso Senhor e da
Igreja», sublinha.
De qualquer forma, o responsável do armazém assegura
que este crescimento espiritual dos seus trabalhadores é
uma preocupação da Direção do Centro Paroquial: «Na
frota, por exemplo, foi-me pedido que reunisse
regularmente com os motoristas e houvesse, no início de
cada reunião, uma partilha ou uma leitura em que
pudéssemos meditar», remata Rui Duarte.
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO32
AÇÃO SOCIALApoio Alimentar
É quinta-feira, dia de apoio alimentar e mais uma vez os
voluntários chegam para ajudar na distribuição dos
alimentos. Uma carrinha do CSPPRG já se deslocou ao
Banco Alimentar da Península de Setúbal e trouxe os
alimentos que são destinados aos mais carenciados da
Cova da Piedade. Ao início da tarde começam os
preparativos para a distribuição, com o acompanhamento
da técnica, Dra. Adelaide. Rapidamente os voluntários
Carlos Alberto, José Luís, Mário e a equipa do armazém,
põem mãos obra e vão construindo os cabazes que são
entregues. O armazém é local de entrega de alimentos e
entrega pessoal. A doação que cada um faz do seu tempo
permite que outros possam ter algo melhor na sua vida e
saíam da paróquia da Cova da Piedade com a certeza que
alguém os auxilia e se preocupa com eles.
Naturalmente que a distribuição alimentar se faz também
com o auxílio de todos aqueles a quem não vemos as
caras, mas que deixam na igreja as suas ofertas em forma
de alimentos e que são também distribuídos em todas as
quintas-feiras. Este apoio permite que os cabazes sejam
dignos de alguém que, por azar na vida ou fruto da crise,
perdeu bens, perdeu esperança.
Jesus Cristo pode-se ver nos mais pequenos, nos mais
pobres e é por isso que a paróquia não se desliga dos que
mais precisam. Não é demais lembrar a missão do
CSPPRG, focalizada numa acção centrada na dignidade
humana, promovendo respostas sociais que visam o
crescimento e promoção de cada indivíduo, através de
valores cristãos, ética, igualdade e solidariedade. O
armazém e a sua equipa vai tentando dar resposta a isto
mesmo, queira Deus que nunca o esqueçamos.
Rui Duarte
Cantina Social
A Cantina Social é uma resposta de intervenção do
programa de emergência alimentar, na Freguesia da Cova
da Piedade tendo por objectivo suprir as necessidades
alimentares dos indivíduos e famílias em situação de
vulnerabil idade sócio económica, através da
disponibilização de refeições para consumo no domicílio.
O serviço prestado pela Cantina Social está disponível
para todo e qualquer cidadão que cumpra os critérios de
acesso à mesma, sendo garantido o total respeito pela sua
p r i vac idade e in t im idade , a s s im como da
confidencialidade dos seus dados pessoais.
A Cantina Social fornece as refeições diárias, de acordo
com as necessidades de cada agregado familiar (almoço /
jantar) . A Cantina Social encontra-se em
funcionamento de 2ª a domingo, nos diversos
equipamentos do CSPPRG.
Loja Solidária
A Loja Solidária do CSPPRG nasceu da vontade em
realizar e apoiar iniciativas orientadas para a minimização
de desequilíbrios sociais. É um projecto que pretende
disponibilizar de forma gratuita, roupa, procurando
auxiliar pessoas em situação de vulnerabilidade que
necessitam de apoio para enfrentar o presente. Este é um
espaço que surgiu da necessidade de dar uma resposta
adequada e em tempo útil às solicitações sociais com que
a comunidade se confronta na atualidade, num momento
de crise que afeta sobretudo os cidadãos de maior
fragilidade social e económica. O acesso à Loja Solidária
pode ser direto, ou através do encaminhamento pelas
Instituições Concelhias e grupos paroquiais. A Loja
Solidária encontra-se aberta 2ª e 5ª feira das 14h às
17h e Sábados das 15h às 17h, na Praceta Luísa Sigeia,
n.º 40 A - Cova da Piedade.
Agradecemos a colaboração de todos os anónimos que
abraçam esta causa, disponibilizando roupa, como
também aos voluntários dedicam o seu tempo!
Gabinete de Inserção Profissional (GIP
O Gabinete de Inserção Profissional (GIP) tem como
objectivo apoiar Jovens e Adultos desempregados no seu
percurso de inserção ou reinserção no mercado de
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO 33
AÇÃOAÇÃOAção Social
AtividadesGIP
Total
(junho anovembro de 2013)
Atendimentos
533
Encaminhamento paraEmprego
146
Encaminhamento paraFormação
205
ApresentaçõesQuinzenais 9883
Quadro com as Atividades desenvolvidas nos últimos 5
meses do ano 2013 (junho a novembro):
Estaremos ao dispor
nos seguintes horários:
Atendimento:
2ª/4ª/5ª/6ª feira de manhã
das 09h15 às 10h15,
4ª feiras tarde
das 14h30 às 16h30.
Apresentações Quinzenais:
2ª/4ª/5ª/6ª feira de manhã
das 10h30 às 12h30
3ª feiras tarde
das 15h00 às 17h00.
As Técnicas de Serviço Social
Adelaide Leite
Ana Carvalho
Ana Rita Ferreira
trabalho, com estreita colaboração com os Centros de
Emprego. O GIP desenvolve várias atividades: controlo
das Apresentações Quinzenais; divulgação e captação de
emprego, Atendimento: inscrições e entregas de
Currículos, apoiamos na procura de emprego, através das
várias ofertas disponíveis no site (IEFP) fazendo o
respetivo encaminhamento para as entidades e para
formações, fazemos sessões de informação sobre vários
temas: Técnicas de Procura de Emprego, Formação
(gratuita, ainda com direito a apoios sociais). Estas
formações contribuem para manter ativos estes públicos,
adquirindo competências relevantes para o mercado de
trabalho, que potenciem ou valorizem as que já possuem,
diminuindo os períodos de inatividade dos
desempregados e o risco de desatualização ou
diminuição de capacidades de comportamentos de
trabalho, promovendo a melhoria da empregabilidade.
No GIP tentamos ainda fazer um trabalho de parceria com
as Instituições e Empresas da nossa comunidade local ou
outras que nos contactem, potenciando condições de
empregabilidade e de transição para a vida activa aos
nossos desempregados. É um serviço gratuito, no qual
seremos apenas mediadores na seleção do profissional
para o cargo que possam necessitar, informamos sobre os
vários apoios que podem beneficiar como as Medidas de
Apoio à Contratação, tendo como exemplo a Medida
Estágio-Emprego onde 100% da bolsa é paga pelo IEFP,
pagando a Entidade apenas o seguro e os descontos para
a Segurança Social, a Medida Estímulo 2013 tem um
apoio financeiro de 50% do vencimento, a medida de
Reembolso da TSU, entre outras.
GIP
O trabalho desenvolvido pelo GIP não tem mãos a medir
devido ao aumento exponencial do desemprego
verificado atualmente no nosso concelho, temos de ter
uma preocupação ainda maior de formar os nossos
jovens e adultos, de modo a que consigam lidar com este
panorama e fazerem face aos desafios que os esperam no
mundo do trabalho.
Comercializamos e distribuimos mais de 400 produtos alimentares
Rua Vale de Cucena nº 18 Telf. 212 269 768 Email [email protected]
2840-132 Aldeia de Paio Pires Fax 212 243 490 Certificação HACCP
através da Resolução 46/91, recomenda aos
Governos que introduzam nos seus programas
nacionais princípios a favor das pessoas idosas,
designadamente autonomia, participação,
cuidados, auto-realização e dignidade;
1999 - “Ano Internacional para as pessoas Idosas,
com o lema “Uma Sociedade para todas as Idades”,
proclamado pela AGNU;
2002 - A 2ª Assembleia Mundial sobre o
Envelhecimento (Madrid), convocada pela AGNU,
debateu o impacto e as consequências do processo
de envelhecimento da população mundial, reviu o
p lano in te rnac iona l de ação sobre o
envelhecimento, aprovado em Viena em 1982, e
aprovou uma nova declaração política com o intuito
de influenciar as políticas e programas dirigidos à
população idosa de todo o mundo;
2012 - “Ano Europeu para o Envelhecimento Ativo
e da Solidariedade Entre as Gerações”, decisão N.º
940/2011/UE do Parlamento Europeu e do
Conselho de 14 de Setembro de 2011, teve como
objectivo global facilitar a criação de uma cultura de
envelhecimento activo na Europa, baseada numa
sociedade para todas as idades, tendo apresentado,
a 7 de Dezembro do mesmo ano, o documento:
"Declaração do Conselho da União Europeia sobre
o Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da
Solidariedade entre as Gerações: Perspectivas",
contendo os “Princípios Orientadores para o
Envelhecimento Ativo e a Solidariedade entre as
Gerações, aprovados de comum acordo pelos
Comités do Emprego e da Proteção Social”.
De referir ainda que a OMS, nas últimas décadas do
Seculo XX, já havia emitido orientações sobre o
Envelhecimento Saudável com enfoque em adequados
estilos de vida (alimentação, exercício físico, vigilância de
saúde, luta contra o tabagismo, entre outros).
Sem desvalorizar os princípios do Envelhecimento
Saudável, a partir do início do Sec. XXI, a OMS dá início a
campanhas sobre o Envelhecimento Ativo, privilegiando a
participação do indivíduo na gestão do seu próprio
envelhecimento, com ênfase na promoção da saúde e na
prevenção da perda de funcionalidade.
Segundo a OMS, entende-se por envelhecimento ativo o
processo de optimização das oportunidades de saúde,
participação e segurança com vista à melhoria da
qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem
(Cf. WHO. Active Ageing, A Policy Framework. A
contribution of the WHO to the Second United Nations
De acordo com os Censos 2011, Portugal apresenta um
quadro de envelhecimento demográfico acentuado, com
19,15%, de pessoas com 65 e mais anos, 14,89% de
pessoas com 14 e menos anos e uma esperança média de
vida à nascença de 79,2 anos.
As previsões para 2050 apontam para um alargamento do
envelhecimento de 16,75 pontos percentuais, passado
Portugal a ter 35,72% de pessoas com 65 e mais anos,
14,4% de crianças e jovens e uma longevidade de 81 anos.
No concernente ao género, verifica-se que o grupo das
mulheres representa 58% de pessoas com 65 e mais anos
e o dos homens 42%, mantendo-se a “feminização” do
envelhecimento, que se vem observando na sociedade
portuguesa desde o século passado. Estamos, pois, numa
sociedade longeva feminina.
No entanto, apesar das mulheres viverem mais anos,
possuem uma esperança de vida saudável ou sem
incapacidade menor, isto é, o número de anos que vivem
depois dos 65 anos sem limitações funcionais ou
incapacidades é menor que o dos homens. Fontes da
Eurostat, atualizadas a 3/07/2013, indicam que, em 2011,
para este grupo etário, a esperança de vida saudável em
Portugal era de 7,9 anos para os homens e de 6,4 anos
para as mulheres.
Quer os ganhos em saúde, quer em anos de vida, têm
produzido alterações sociais que já se vêm manifestando
actualmente e que, no futuro, requerem cada vez mais a
adopção de novos comportamentos, estilos de vida e
expectativas tendo sempre presente a cidadania.
Nesta dinâmica, o envelhecimento demográfico deverá
ser encarado como um desafio, uma vez que até tem
assumido relevância nas agendas sociais e políticas,
nomeadamente da Organização Mundial de Saúde
(OMS), da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU),
do Parlamento Europeu e do Conselho da União Europeia.
Numa análise diacrónica sobre esta matéria, diremos que
os marcos fundamentais político-sociais sobre o
envelhecimento são os seguintes:
1982 – A 1ª Assembleia Mundial sobre o
Envelhecimento (Viena), convocada pela AGNU,
estabeleceu na agenda internacional as políticas
públicas para a população idosa e apresentou o
Plano Internacional de Acção com recomendações
para melhorar as condições de vida dos Idosos;
1991 - A Assembleia Geral das Nações Unidas,
“ Da ideia do indivíduo passivo sentado no banco do jardim, a ver passar as pessoas,
vai-se chegando à de um cidadão dinâmico, desejoso de participar na vida da comunidade”
António Simões, 2006
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO 35
ENVELHECIMENTO ATIVO
Bibliografia:
Paúl, C., Fonseca, AM (2005).
Envelhecer em Portugal.
Psicologia, saúde e prestação de cuidados.
Lisboa: Climepsi Editores.
Simões, António (2006).
A Nova Velhice – Um Novo Público a Educar.
Editora AMBAR
www.dgs.pt
www.pordata.pt
http://register.consilium.europa.eu/pdf/pt/12/st17/st17468.pt12.pdf
ENVELHECIMENTO
ATIVO
SAÚDE
PARTICIPAÇÃO SEGURANÇA
World Assembly on Ageing, Madrid, Spain, April, 2002)
Estamos, assim, perante a tríade saúde, participação e
segurança:
O “Ano Europeu para o Envelhecimento Ativo e da
Solidariedade Entre as Gerações” veio dar visibilidade ao
conceito de envelhecimento ativo reforçando-o com o da
cidadania, relevando a importância de serem mantidas as
relações intergeracionais e a aprendizagem ao longo da
vida.
Assim sendo, o envelhecimento ativo exige o
envolvimento de várias entidades públicas, privadas e da
sociedade civil, promovendo uma melhor qualidade de
vida da população de 65 e mais anos e das suas famílias e
contribuindo para o envelhecimento digno de todos,
independentemente do género, etnia, meio cultural ou
eventual deficiência.
Parafraseando Constança Paul diremos que “É
fundamental desenvolver a capacidade das pessoas de
continuarem a participar na sua comunidade,
continuarem a sentir que são úteis. Esse sentimento é
essencial para manterem o sentido de vida.”
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO
O SEGREDO
A fé é pedir.
A fé é saber pedir.
Quem não precisa de pedir
Nesta vida de faltas e incertezas?
Pede-se o ar, a água,
O pão. Pede-se amor,
Esmola, compreensão.
Pede-se a vida, pede-se a morte.
O segredo é pedir
Com o jeito, já, de agradecer
A fé é pedir a agradecer…
29/XI/75
Dr. Luís Cabral Adão(Médico)
Ana Morgado
Faz hoje, uma
Pessoa Feliz
36
CULTURA ABERTANo passado dia 15 de Outubro realizou-se, no Centro
Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro, a sessão solene
de abertura de mais um ano do projecto Cultura Aberta,
pólo educativo desta comunidade.
No seu discurso de abertura, o Presidente desta
Instituição Padre José Pinheiro, apelidou-o de
“Universidade Católica Sénior, aberta a todos os credos”.
Designação que consideramos válida e verdadeira,
justificando-se pela diversidade de disciplinas existentes,
pela qualidade do seu quadro docente e ainda pela faixa
etária que a constitui, maioritariamente sénior.
Assim, orgulhamo-nos de, publicamente, apresentar a
lista das várias actividades e respectivos formadores:
(grelha com lista de disciplinas e professores)
Ligada a este projecto está também a “Confraria de Doces
e Compotas”. Os distintos confrades têm representado a
Instituição em inúmeros eventos ligados aos sabores da
nossa terra.
Cabe-nos ainda informar, que este pólo educativo, apesar
de sénior, acolhe pessoas de todas as idades: jovens,
desempregados ou não, que pretendam aprender, ter
outras valências e alternativas para a vida.
Venham ter connosco!!
Foi em 2009, que o Centro Social Padre Ricardo
Gameiro/Residência Nossa Senhora da Esperança
recebeu e deu vida a este projecto cultural. É aqui que a
maioria das actividades se desenrolam.
Os alunos e formadores são sempre bem-vindos e nesta
Instituição acolhidos calorosamente, havendo, muitas
vezes, uma palavra amiga, no momento oportuno, para
os que dela precisam.
Por isso, agradecemos ao CSPPRG o acolhimento que
sempre nos dispensa. Desejamos que o novo ano seja
profícuo para todos: de bem-estar, aprendizagem e
sobretudo de enriquecimento pessoal.
Cecília Correia
TURA ABERABERTURA SOLENE DO ANO
LETIVO 2013/2014CULCULCultura Aberta
ATELIERS
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO38
OS NOSSOS ATELIERS
FISIOTERAPIA
Residencia Nossa Senhora da Esperança
disponibiliza a todos os utentes institu-Acionalizados e inseridos nos Serviços de Centro
de Dia e Apoio Domiciliário, assim como a toda a
comunidade local, o serviço de Fisioterapia.
Com este serviço, a Residência pretende responder às
necessidades e problemas dos utentes, actuando não só
ao nível da reabilitação/manutenção da capacidade
funcional e de movimento, mas também na promoção de
saúde, prevenção de doença e maximização do bem-
estar e da qualidade de vida.
A equipa deste serviço é constituída por uma médica
Fisiatra, Directora Clínica, uma Fisioterapeuta e uma
Auxiliar de Fisioterapia que realizam tratamentos de
electroterapia, termoterapia, fototerapia, pressoterapia,
massoterapia, vibroterapia, cinesioterapia, mecano-
terapia, treinos terapêuticos entre outros. O serviço de
Fisioterapia funciona de segunda a sexta das 10 horas às
18 horas e as consultas de Fisiatria são realizadas às
quartas-feiras no período da tarde. Também estão a ser
realizadas classes de movimento diárias no período da
manhã constituídas por exercícios apropriados a adultos
seniores que propicia bem-estar, relaxamento, aumento
da força muscular, melhora o equilíbrio, a coordenação
motora, a flexibilidade e a auto-estima.
O Espaço
O espaço é constituído por 3 zonas distintas, ginásio, sala
de tratamentos individualizados e zona para actividades
da vida diária. O ginásio encontra-se equipado com todo
o material necessário e específico para o público-alvo.
A sala de tratamentos individualizados é constituída por 4
marquesas e aparelhos específicos para a realização dos
tratamentos de Fisioterapia.
O serviço de Fisioterapia é prestado com todo o
profissionalismo e qualidade.
Testemunho
A Fisioterapia pode ser necessária em qualquer fase da
vida, no entanto, na terceira idade é essencial para
melhorar a qualidade de vida, o bem-estar, a prevenção
da doença e promoção da saúde. O trabalho que
desenvolvo como Fisioterapeuta da Residência traz-me
bastantes gratificações, pois, com os tratamentos que
efectuo acalmo a dor, alivio o desconforto, diminuo o
receio de voltar a dar um passo, confiro segurança,
promovo autonomia, estimulo as capacidades funcionais,
ajudo a recuperar e promover conforto físico e funcional.
Carla Duarte
Fisioterapeuta da Residência Nª. Senhora da Esperança
O Funcionamento
FISFISFisioterapia
ACONTECEU1º Aniversário
Foi com grande satisfação que o Centro de
Documentação de Instituições Religiosas e da Família
comemorou o seu 1º aniversário, no passado dia 4 de
novembro de 2013. Compareceram na comemoração
cerca de três dezenas de cidadãos do Concelho de
Almada e amigos do Centro. Com o objetivo de bem
celebrar um ano de existência realizou-se um Workshop,
enquadrado na temática deste espaço, subordinado ao
tema “ Como construir a minha árvore Genealógica”, e
orientado por o nosso incansável voluntário António
Policarpo. Todos os presentes ficaram entusiasmados,
para também eles próprios, começarem a aventura de
construir a sua genealogia e descobrir os seus
antepassados.
O evento
Aproveitando o evento, inaugurou-se a exposição
temporária “Os brinquedos da minha infância”. Esta
exposição concretizou-se com a preciosa colaboração de
Hadriel Ramos, colecionador já há meio século, que nos
cedeu os brinquedos em lata. Imbuídos pela mesma
paixão de colecionar, outros sentiram o apelo de tornar
esta exposição ainda mais completa, trouxeram das suas
casas, pedaços de recordações da sua infância. Temos o
privilégio também, de podermos olhar para dentro de
uma casa de bonecas, que foi construída com muito
carinho pelas mãos do nosso querido ancião José Júnior.
O Jornal de Almada em Formato Digital
Atualmente, o Centro de Documentação tem já disponível
ao público, para consulta em formato digital, o mediático
Jornal de Almada que relatou os acontecimentos mais
marcantes do Concelho de Almada; bem como, um
interessante espólio documental produzido pela Igreja de
Nossa Senhora da Piedade – Cova da Piedade.
A equipa e amigos do Centro de Documentação esperam
comemorar muitos aniversários, tornando possível cada
vez mais a valorização e o tratamento arquivístico dos
valiosos fundos documentais das Paróquias do Concelho
de Almada, disponibilizando o seu acesso a todos os
interessados.
NTECEU CENTRO DE DOCUMENTAÇÃOOACOACOAconteceu...
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO 41
VAI ACONTVAI AVAI AVVAI AVAI AV
Vai acontecer...
Ciclo de Conferência a realizar no Centro de Documentação
ENTRADA LIVRE
VAI ACONTIsabel Cordovil é uma das pessoas envolvidas na
conceção do Projeto GIAS – Grupos de Interajuda Social.
Isabel Cordovil apresentou este trabalho como um
potenciador do desenvolvimento humano, na Semana
Cáritas e nessa sequência esteve presente na nossa
Instituição no dia 25 de Novembro de 2013.
“Criar Laços e derrubar Muros!” Esta frase resume, na
opinião de Isabel Cordovil, o objetivo do Projeto GIAS –
Grupos de Interajuda Social. Convidada pela Cáritas
Portuguesa a participar na equipa nacional que desenhou
e estruturou este projeto que pretende ser um espaço de
encontro entre pessoas a viver a realidade do
desemprego, esta psicóloga com experiência profissional
ligada ao mundo do trabalho, acredita que projetos como
este são a oportunidade ideal para que as pessoas a viver
a mesma realidade possam “descobrir as suas
capacidades e redescobrir os seus potenciais”.
GIAS - Gupos de Inter-Ajuda Social
A apresentação deste projeto ao Centro Social
Paroquial Padre Ricardo Gameiro por Isabel
Cordovil, logo despertou a implementação
deste Projeto na Paróquia/Obra Social, por isso
foram agendados 2 encontros de Formação.
VAI AVAI AVVAI AVAI AVVai acontecer...
APOIO DInstitucionalizar nem sempre é a resposta.
Esta grande equipa pode ir ao seu encontro, e servi-lo com
profissionalismo, boa disposição, afeto.
UM SERVIÇO EM SUA CASA
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL PADRE RICARDO GAMEIRO 43
• Cuidados de Higiene
• Tratamento de Roupas
• Arrumação e Pequenas Limpezas no domicílio
• Administração da Medicação prescrita
• Alimentação
• Acompanhamento ao exterior a consultas
• Aquisição de géneros alimentícios e outros artigos de primeira necessidade
• Serviço Religioso
• Actividades de Animação
• Cedência de ajudas técnicas.
CONTATOS: Tel. 21 272 01 40 - Residência Nossa Senhora da Esperança
www.cparoquial-covapiedade.pt
Nós podemos ir a sua casa...
OAPOOAPOOApoio Domiciliário
PASSATEMPODPASPASPASPASPASP
Passatempo
“Amar é construir para os Outros”
Estrutura Residencial
com capacidade para 46 utentes.
Casa de São Paulo
Foi no passado dia 25 de Janeiro de 2013 que adquirimos o terreno,
dia da festa da conversão de São Paulo.
Início da Obra em janeiro de 2014
Inauguração prevista para 25 de janeiro de 2015
O Nosso novo Projeto
CONTRIB
Ao Adquirir qualquer um destes artigos, estará a colaborar connosco
e a apoiar os nossos projetos solidários.
Os que irão benefeciar da sua ajuda agradecem o seu gesto.
P EQUENOS CONTRIBUTOS DE SUSTENTABILIDADE CONTRIBNTRIBCONTRIBContribua para o bem comum
Quando eu era criança,
falava como criança,
pensava como criança,
raciocinava como criança…
1 C
or 13, 11
Agora permanecem estas três coisas:
a fé, a esperança e a caridade;
mas a maior de todas é a caridade
1 Cor 13, 13
CADERNOS2,00€
PAGELAS0,50€
TELAS DOMENINO JESUS
2,50€
DOCES4,00€/5,00€
ALMOFADAS25,00€
ALMOFCACTOS7,00€
TALEGOS3,00€
TALEGOSTALEGOST
AUTOCOLANTESVIATURA
0,50€
Traços de recordação
QUEREMOS O VERDADEIRO NATAL!
Palavra mágica, evocadora de tantos sonhos, anseios,
correntes de inúmeros votos, carga excessiva de mil
desejos
formulados, renovados até à exaustão... tanto para dizer e
muito mais fica por dizer...
Porque é vulcão de apelos qual corrente que tudo
inunda e invade...
Mas aos sentimentos contraditórios apetece-nos gritar:
Queremos mais paz, mais alegria, melhor bem estar, mais
justiça, maior solidariedade, mais caridade e muito mais
amor.
Por isso declaramos guerra ao ódio, à intolerância, à
mentira, à frieza face ao bem, à hipocrisia, às
inimizades e à indiferença face aos irmãos.
NATAL: É o pregão interminável que canta a vida e
todos os seus valores;
NATAL: É a salvaguarda da ternura duma criança, o
carinho face às mãos enrugadas do idoso...
NATAL: Cheio de contrastes para as crianças, jovens,
adultos e idosos...
Mas este Natal, não é natal, só com prendas, presentes e
tudo o mais que o consumismo efémero inventou.
Queremos o verdadeiro Natal que só tem um nome: O
Natal de Jesus Cristo, e com Ele a verdadeira alegria; a
paz
reconciliadora e o amor infindável.
Abaixo o Natal da guerra, do ódio, da intolerância e
dos
horrores terroristas.
Viva o Natal da esperança, da Paz, da Alegria e do
Amor
porque só este é o Natal de Jesus Cristo.
Padre Ricardo Gameiro(in GAMEIRO, Ricardo. Natal, Natal, Natal, Folha Paroquial,
19 de dezembro de 2004)