Revista Sindipi Nº 17

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Revista Sindipi Nº 17 - Referente aos meses Setembro e Outubro de 2006.

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ABRIL/MAIO 2006 REVISTA SINDIPI 3

REVISTA SINDIPIA REVISTA SINDIPI é uma publicação do SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA PESCA DE ITAJAÍ E REGIÃO

Diretoria do SINDIPI: Antônio Carlos Momm (presidente), Dario Vitali (vice-presidente), João Manoel da Silva (tesoureiro) – Departamento Jurídico:Marcus Vinícius Mendes Mugnaini (OAB/SC 15.939) – Sede: Rua Pedro Ferreira, 102, Centro, Itajaí, Santa Catarina – 88301-030;[email protected] – Fone: (47) 3348-1083 – Envie suas cartas para: [email protected] – Coordenação editorial: Antônio Carlos Momm

GRUPO ALPHA SUL COMUNICAÇÃO: Rua Argentina, 30, s/202, Balneário Camboriú, Santa Catarina – 88338-055 – Fone: (47) 3263-0590REVISTA SINDIPI – Jornalista responsável: Daniela Maia (SC.01259-JP); Projeto gráfico: Gerson Reis; Diagramação: Diana Elisa;Reportagens: Rogério Pinheiro; Secretaria de Redação: Briane Dal Cero; Revisão: Peu Japiassu;Departamento Comercial: Arlete Piccolo – [email protected] – Envie suas cartas para: [email protected];Impressão: Gráfica Pallotti – Porto Alegre, RS – www.pallotti.com.br – Tiragem desta edição: 5.000 exemplares – Circulação: setor pesqueiro nacional

Índice

CAPA: Praia dos Ingleses, Bombinhas, SC

FOTO: MARCELLO SOKAL / DESIGN: DIANA ELISA E PEU JAPIASSU

EDITORIAL 44444

ENTREVISTA: Maria Teresinha 66666

ANIVERSÁRIO DO SINDIPI: 26 Anos de História 99999

ARTIGO: Jairo Romeu Ferracioli 1010101010

PALAVRA DO PRESIDENTE: Conferência da Pesca 1212121212

EMPRESA QUE FAZ: Motormac 1616161616

VISITA DE LULA A ITAJAÍ : Batismo do Paulo Cantídio 1818181818

MOLUSCOS: Proposta de comercialização 2121212121

TURISMO: Os atrativos de Bombinhas 2222222222

A ARTE DE JOSÉ ESTEVÃO 2626262626

MEMÓRIAS DA PESCA: Os vencedores do concurso 2828282828

DIA DO TRABALHADOR: Fatos Históricos 2929292929

LINHA AZUL: Programa de incentivo à importação e expotação 3030303030

MEIO AMBIENTE: Arraias Manta 3232323232

RESPONSABILIDADE SOCIAL: Jogos paradesportivos 3434343434

REIVINDICAÇÃO: Paralisação da frota camaroeira 3535353535

INSPEÇÃO INDUSTRIAL: Indústrias de pesca na mira de auditores 3636363636

CRÉDITO PESQUEIRO: Dúvidas sobre financiamento 3838383838

INDÚSTRIA NAVAL: Feira e ponto de encontro entre empresas 3939393939

CULINÁRIA: Badejo flambado com purê de banana-da-terra 4040404040

AGENDE-SE: Feiras e Eventos 4141414141

MENSAGEM: “Sábias Repostas...” de Madre Tereza de Calcutá 4242424242

FOTO DIEGO GONZAGA

FOTO DIVULGAÇÃO

FOTO MARCELLO SOKAL

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4 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006

Editorial

A cada edição uma

surpresa. Estreamos um papel

com mais qualidade. A

publicação deste mês traz um

*Parabéns Para Você* bem

especial. O SINDIPI completa

no dia 28 de abril 26 anos.

Ficamos pensando... – “Qual

seria o melhor presente para a

entidade?” Uma homenagem

especial de capa... Não, é

muito mais que isso. O maior presente conquistado pela

entidade nesses 26 anos são vocês, armadores,

empresários da pesca, trabalhadores, familiares, amigos que

compartilham do mesmo ideal, o leitor que acompanha os

fatos da pesca e colabora com suas opiniões.

A nossa mensagem neste mês é mostrar que os

presentes mais valiosos estão na alma, no coração e são

refletidos através de gestos, palavras ou textos. Na edição

17, a cada página um presente valioso. Grupo de

mergulhadores expressa as riquezas das profundezas do

mar; conheça as fotos premiadas do “Memórias da

Pesca”. Acompanhe o lançamento da embarcação Paulo

Cantídio com a presença do Presidente Lula e a enquete

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Daniela Maia, editora

com empresários da pesca. No Turismo, uma viagem por

Bombinhas. Setor produtivo busca regulamentar o uso

de moluscos bivalves nas indústrias pesqueiras. As

novidades da Seafood; Aquafair e Navalshore 2006. A

arte de construir instrumentos, com o “Rei da Viola”. A

palavra do Presidente Antônio Carlos Momm. O

Programa Linha Azul, que facilita as exportações e

importações.

A editoria Responsabilidade Social mostra a

habilidade esportiva de deficientes físicos.

Acompanhamos a ação dos fiscais do Ministério da

Agricultura nas empresas de pesca. A empresa Cummins

lança para o mercado novos motores. Em homenagem

às mulheres, uma entrevista com Terezinha de Souza, do

estaleiro Abilio. Temos a participação nesta edição da

chef internacional, Cacilda que preparou uma receita de

badejo com ingredientes brasileiros.

Uma ótima leitura e parabéns a todos que buscam

o crescimento e a união do setor.

Sugestões, críticas, artigos podem ser encaminhados para:

[email protected].

TROCAR

FOTO

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ABRIL/MAIO 2006 REVISTA SINDIPI 5

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6 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006

Teresinha, um exemplode eterno amor

Daniela Maia

Dando continuidade ao sonho conquistado porAbilio Pedro de Souza, Maria Teresinha e os filhosdemonstram que a união em família é o principalalicerce dos negócios do Estaleiro Abilio Souza,fundado em 1967

FO

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Uma demonstração de fé,

simplicidade e amor à família são

atributos facilmente observados na

matriarca da família Souza. Mais

conhecida como Teresinha, a viúva do

Abilio de Souza conta aos 66 anos de

idade sobre sua experiência a frente

dos negócios após a morte de seu

marido. Durante a entrevista, sempre

quando mencionava sobre Abilio, seus

olhos enchiam de lágrimas, mas feliz

em deixar mais um registro das obras

do seu eterno amor. Compartilhe a

história de vida da armadora e

empresária Maria Teresinha, com

opiniões sobre pesca, empresariado,

família e ideais.

Entrevista: Maria Teresinha

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ABRIL/MAIO 2006 REVISTA SINDIPI 7

SINDIPI – A senhora sempre

participou das atividades da

pesca?

Teresinha – Desde 1965, quando

foi fundado o estaleiro Abilio Sou-

za, participava junto da família de

todas as ações. Mesmo estando em

casa, eu dava meus palpites. Meu

marido era um homem de muito

diálogo. Eu sempre estava nos bas-

tidores e também compartilhava das

dificuldades. Na época meu marido

estava trabalhando e lutando para

tirar muitas pedras ali da beira do

rio. Algumas pessoas alertavam meu

marido: “Oh Abilio não tem nada

aqui, não adianta lutar”. Mas ele foi

muito persistente e acreditava no

que estava fazendo. Fizemos muitas

embarcações, mais de 15. E no dia

três de abril 1971 foi lançado o nos-

so primeiro barco pesqueiro no mar,

o Pedro Celso.

SINDIPI – Porque além de

proprietários de estaleiros,

decidiram ser armadores?

Teresinha – Esse era o sonho de

Abilio. Ele vem de uma família de

pescadores, desde menino trabalha-

va em estaleiro e foi pescador. Ele

conquistou seus objetivos: o amor

pelo mar e pela arte de trabalhar em

um estaleiro. Abilio era técnico na-

val, licenciado pelo Crea, ele mes-

mo fazia os projetos, um grande

construtor. Tanto que em 1977 lan-

çamos uma outra traineira, o Dona

Apolônia. Após sete anos meu ma-

rido faleceu.

SINDIPI – E após o falecimento de

seu marido, quem assumiu os

negócios?

Teresinha – O nosso filho Roberto

trabalhava com Abilio desde os 14

anos de idade, ele já tinha experiên-

cia e junto com os outros filhos:

Rogério, Rubens, Romeu e Robson.

Nós somos uma família grande. Eu

e Abilio tivemos oito filhos, mas

dois já faleceram. Todos nós tra-

balhamos juntos.

SINDIPI – A senhora também

participou desta mudança...

Teresinha – Estou sempre presen-

te no estaleiro, geralmente fico todo

o período comercial. Estou aqui

para estar mais perto da família,

sempre com a meta de unir e no mo-

mento certo dar uma palavra conci-

liatória. Todas as nossas ações são

conversadas e discutimos, não fa-

zemos nada sem pedir conselho

uns aos outros. Gosto daqui. Após

a morte do meu marido este tra-

balho ajudou muito a superar a

tristeza. Hoje converso com diver-

sas pessoas aqui no Estaleiro e

principalmente, estou dando con-

tinuidade ao sonho do Abilio.

SINDIPI – Educar oito filhos não é

tarefa fácil...

Teresinha – Antigamente a educa-

ção era bem melhor, diferente. Os

pais pediam e os filhos escutavam e

obedeciam. Na época os filhos es-

tudavam mais. Não achei nada difí-

cil criar oito filhos. E nada mais

prazeroso que ver a família aumen-

tando. Hoje tenho oito netas, dois

netos, um bisneto de um ano e 10

meses, o Roberto Abilio de Souza

Neto e em agosto chega ao mundo

uma bisneta, Lais. Uma empresa fa-

miliar e bem unida tem mais chance

de crescer.

SINDIPI – Tem algum fato na pesca

que te emocionou?

Teresinha – A construção de uma

traineira de aço em 1986, dedicada

ao Abilio. Foi muita emoção com

meus filhos ao redor.

SINDIPI – Falando em negócios...

Como está o estaleiro hoje?

Teresinha – Nós especializamos em

reformas e manutenção de embar-

cações de grande porte. Um dos bar-

cos que estamos reformando é uma

troiler da Espanha (embarcação de

lazer). Temos 20 funcionários traba-

lhando com metal mecânica e car-

pintaria naval. Para nós sempre tem

serviço, nunca estamos parados. Até

construção podemos fazer, mas a

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8 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006

época não é apropriada e a concor-

rência é grande.

SINDIPI – Qual a sua opinião sobre

a pesca em Itajaí?

Teresinha – Itajaí tem um potenci-

al pesqueiro, é o maior pólo pes-

queiro, temos não só a melhor fro-

ta, mas a melhor estrutura pesquei-

ra do país e um peixe de qualidade.

SINDIPI – Sua opinião sobre apoio

ou incentivo do governo para

incentivar esse potencial da pesca.

Teresinha – O que acontece são os

problemas econômicos. Muitas em-

presas que estão aqui sobrevivem de

capital próprio. Nós sempre estamos

na luta, só que neste país é difícil

crescer. Naquela época era muito

mais fácil expandir, em 65 foi fun-

dado o estaleiro com sacrifício, mas

em 71 Abilio colocou um barco na

água Pedro Celso e em 77 colocou

outro, dona Apolônia. No Brasil não

é fácil produzir, o país está em

recessão mas a arrecadação está ba-

tendo recorde. Mas, como isso? Gra-

ças há quem? Aos empresários do

país. Deveríamos ter uma política

mais séria.

SINDIPI – Como vocês fazem para

driblar esta situação?

Teresinha – Trabalhando muito e

a vontade de crescer.

Armador:

Maria de Fátima, admiro muito

esta mulher, pessoa valente.

Empresário:

Evaldo Kowalsky, grande empre-

endedor, ele continua na luta,

não esmorece.

Estaleiro:

Isa do estaleiro Brandino, uma lu-

tadora apesar das dificuldades.

Família:

Tudo, o alicerce.

com as dificuldades do país, te-

nho fé que amanhã possa ser um

novo dia. A única coisa que

não se paga imposto é sonhar.

Lamenta:

Que o governo esqueceu princi-

palmente as empresas pequenas.

Filhos de pescador:

Hoje o filho do pescador não

quer mais ser pescador, ele ge-

ralmente estuda, se forma e se-

gue outro ramo. Antes era de

pai para filho, o mestre da em-

barcação já trazia o filho

jovenzinho no barco para ensi-

nar, outros aprenderam na cara

e na coragem. Acho que esse

quadro é uma realidade negati-

va para pesca.

Mestre de barco:

Temos o seu Valdir, um bom mes-

tre de barco que também incen-

tiva o filho. E o seu Lindomar

Martins, hoje aposentado.

Fé:

Sempre coloco Deus em primei-

ro lugar, sou católica praticante.

Na pesca, temos a nossa senho-

ra protetora dos mares, mãe de

Jesus e de todos nós.

Abilio:

Foram 27 anos de casada. Ele era

tudo para mim, em quem me apoi-

ava. Quando ele se foi, “fiquei sem

a cabeça”, como dizem. Hoje ele

estaria com 75 anos e realizado

muitas coisas para a pesca.

Planos de investimentos:

Tenho vontade de crescer. Mesmo

Entrevista: Maria Teresinha

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JOGO RÁPIDOJOGO RÁPIDO

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ABRIL/MAIO 2006 REVISTA SINDIPI 9

No dia 28 de abril a

entidade comemora mais um

aniversário. São 26 anos de

história, momentos difíceis,

momentos de alegria,

momentos de conquistas,

vitórias, mas sempre uma

eterna luta pelo

desenvolvimento do setor

pesqueiro.

Parabéns a todos os

armadores, industriais,

colaboradores, anunciantes,

parceiros, pescadores e

empresários que atendem o

setor.

Que a cada ano o espírito

de união represente a força

do setor, esses são os votos

da Diretoria do SINDIPI.

Aniversário do SINDIPIF

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O S

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João Manoel

da Silva Dario Luiz Vitali

Antônio Carlos

Momm

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10 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006

Artigo

Em março de 1976 foi

realizado um concurso na Embratel

para trabalhar em unidades da

empresa que estavam sendo

implantadas ao longo do litoral

brasileiro. Até aí, pouco se sabia do

que se tratava. Em maio saiu o

resultado do concurso. Eu e mais

oito companheiros fomos para o

Jairo Romeu Ferracioli (*)

Relato de minhaexperiênciaenquantoRadioperador

Rio de Janeiro, sede da Embratel.

Lá passamos a freqüentar aulas

diárias no período matutino e

noturno de eletrônica,

radiocomunicação, comunicação,

postação de voz, entre outras,

como Geografia, etc. O curso

durou 40 dias, incluindo uma

visita a Estação Costeira de Santos.

Depois de algumas provas e

testes, incluído no Departamento

Nacional de Telecomunicações,

para receber o Certificado de

Operador de Radiotelefonia,

seguimos rumo a Blumenau para

assinatura do Contrato de Trabalho

e em seguida seguir em grupos

para a Estação Costeira de Rio

Grande, conhecida como Junção

Rádio.

Em setembro de 1996,

finalmente, estávamos inaugurando

a Estação Costeira de Itajaí, Itajaí

Rádio, que apesar do nome ficava

localizada em Navegantes-SC.

O primeiro contato foi com um

navio da Aliança Navegação, com

o nome de Flamengo, naquela

oportunidade carregava a

bandeira brasileira.

Os meses iam se passando e

aos poucos o número de contatos

em VHF e SSB aumentava, até

passarmos a atender um setor

que muito me orgulhava: as

embarcações pesqueiras.

Primeiramente de uma forma

bastante precária visto que os

equipamentos de bordo ofereciam

pouca compatibilidade com as

freqüências da Estação Costeira.

Mas, aos poucos, os barcos foram

se equipando com melhores

equipamentos e os contatos

passaram a ser mais freqüentes.

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Logo, Itajaí destacava-se em

âmbito nacional pelo atendimento

de uma classe até então

desatendida e sem nenhuma

segurança. Os serviços de

conexão com a rede telefônica,

serviços de mensagens, socorro e

segurança passaram a fazer parte

do dia-a-dia destas embarcações

com a Estação Costeira.

Em setembro de 1996,finalmente,estávamos

inaugurando aEstação Costeira deItajaí, Itajaí Rádio,

localizada emNavegantes-SC

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ABRIL/MAIO 2006 REVISTA SINDIPI 11

* Jairo Romeu Ferracioli

Mestre em Relações EconômicasInternacionaisProfessor de Economia do Curso deComércio Exteriore Logística na UNIVALI

Artigos para a Revista SINDIPI no:

[email protected]

Criamos muitasamizades, verdadeiras

amizades, muitasdelas até hoje, mesmocom o fim da Estação

em 1998

Empresários, como o Sr. Davi

Gregório, Sr. Akira Onishi (ainda

em Santos) a Sul Atlântico, a

Kowalsky (onde hoje é a Seara) e

muitos outros empresários de

Santos, Rio de Janeiro,

Florianópolis, Laguna e Rio

Grande faziam parte da carteira de

atendimento da estação, pois em

dia de boa propagação, o sinal

alcançava a Região Leste, Sul do

Brasil e outros países e continentes.

Todas as categorias de pesca

(Espinhel de Caíque), Traineiras,

Parelhas, Barcos de Camarão,

Atuneiros e outras embarcações

faziam parte do universo de

atendimento.

Criamos muitas amizades,

verdadeiras amizades, muitas delas

até hoje, mesmo com o fim da

Estação em 1998.

Recordando alguns momentos

dramáticos, podemos citar

problemas de motores, abertura de

água, muitas delas colocando as

embarcações em perigo. Foram

muitos os atendimentos a

embarcações que necessitavam de

ajuda. Como o alcance da estação

era bastante amplo, servíamos de

ponte entre embarcações e muitas

vezes, o contato com terra (Corpo

de Bombeiros, Marinha) era a

saída para enviar socorro.

Mesmo assim, a melhor assistência

às embarcações com problemas

vinha da própria categoria.

Recordo casos como o Ciapesca

II que encalhou na praia Brava e

abriu água, graças a nossa

intervenção imediata, foi possível

mandarem um recado no ar, com

a intenção de avisar a

embarcação que o socorro já

estava a caminho, pois já

havíamos entrado em contato com

a empresa e com outra

embarcação.

Teve o caso de um barco da

Empresa A. Weiss (Verde Vale) que

abriu água e ia indo ao fundo, em

poucos minutos conseguimos

entrar em contato com várias

embarcações na área, que salvaram

o barco. Quando a embarcação

aportou em Navegantes toda a

tripulação esteve na estação

costeira para agradecer a

intervenção.

Teríamos inúmeros casos para

recordar e contar, infelizmente a

pasta que continha estes relatos de

muitas e muitas aventuras,

salvamentos, e episódios tristes

perdeu-se com a privatização e o

fechamento da Estação.

enviar socorro e em poucas horas o

barco estava salvo, sem danos a

embarcação e a pescaria. Caso este

que mereceu uma carta de

agradecimento bastante

enobrecedora.

Por que não falar do Yamahia II

que ficou a deriva e sem escuta em

seu rádio de comunicação. A

atenção de um colega que

percebeu em uma das transmissões

da embarcação em que pedia

socorro alguém ouvindo a Rádio

Globo. Entramos em contato com a

Rádio Globo, pedimos para eles

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12 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006

Palavra do Presidente

Conferência da pesca,

A ConferênciaEstadual de Aqüiculturae Pesca em SantaCatarina foi realizadanos dias 02 e 03 demarço de 2006, noanfiteatro da Univali emItajaí. No geral foram700 pessoas inscritas,sendo 401 da PescaArtesanal, 68 da PescaIndustrial, 116 daMaricultura, 103 daAqüicultura Continental/Piscicultura de Água

Doce e 13 de outrossegmentos interessadosna temática, sendo que destes

inscritos, 150 instituições representaram

os setores da Pesca e Aqüicultura.

O mesmo evento aconteceu nos

27 estados brasileiros com a

participação de Ong's, órgãos públicos,

associações, sindicatos, pescadores, etc.

A 2ª Conferência Nacional foi

realizada entre os dias 14 a 16 de

março em Brasília, com o tema:

Consolidação da Política Nacional de

Desenvolvimento Sustentável da

Aqüicultura e Pesca.

Agora vamos aos fatos e mãos na

calculadora: uma média de 500

participantes por Conferência. Ao total

foram realizados 27 eventos estaduais,

logo uma participação de

aproximadamente 14 mil pessoas.

Quem participou da Conferência

Estadual em Santa Catarina e em

Brasília observou que dos 100% dos

participantes, cerca de 90% eram

pescadores artesanais. Para incentivar

a participação dos pescadores, a SEAP/

PR, Secretaria de Aqüicultura e Pesca

da Presidência da República,

disponibilizou ajuda de custo com

alimentação, passagem, hospedagem

somente aos pescadores artesanais.

Ou seja, estimamos que foram gastos

só para trazer os pescadores nas

Conferências mais de três milhões

de reais, fora outras despesas extras

para a realização dos eventos. O

setor questiona o quanto poderia ser

feito com esse dinheiro.

UM CIRCO!

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ABRIL/MAIO 2006 REVISTA SINDIPI 13

Fora os milhões, não podemos

deixar de lado o “Grande Evento da

Pesca”, ou seja, as Conferências. A

iniciativa da SEAP/PR foi de extrema

inteligência. Hoje para qualquer ação

ter um resultado satisfatório o ideal é

discutir com todo o setor, buscar

opiniões e planejar. Em cada evento,

foram formados grupos de trabalho

divididos em aqüicultura, maricultura,

artesanais e industriais. Em cada setor,

participantes avaliavam diversos

pontos apresentados pela Secretaria,

que fazem parte do plano de

desenvolvimento da pesca desde

2003, quando foi realizada a

primeira Conferência.

Em cada grupo, os

participantes

respondiam se

determinada ação da

SEAP/PR é importante,

pouco importante ou

muito importante, se

está sendo realizada de

forma satisfatória,

insatisfatória ou se não

está sendo realizada e

quais as demandas

indicadas.

No grupo da pesca

industrial de SC, não

para surpresa de todos, mais de 90%

das questões avaliadas tiveram como

resultado: insatisfatória ou não

realizada. Com certeza foi uma chance

para o setor desabafar, mas e daí por

diante, o que será feito para melhor a

pesca não só em Santa Catarina, mas

também no Brasil?

A última esperança era Brasília, a

Conferência Nacional, realizada do

dia 14 a 16 de março. Os

representantes de Santa Catarina, Rio

de Janeiro e São Paulo nos contaram

que o evento parecia mais um circo.

Os palhaços, claro, seríamos nós, a

bilheteria representada todos os

contribuintes do Brasil, o show

especial, a presença do Secretário da

Pesca com status de Ministro e fora

outros personagens. Quando o chefe

do IBAMA , em Brasília, José Dias pediu

para se pronunciar sobre as ações do

órgão, só se ouvia uma entonação de

vaias, nem deixaram Dias se

expressar. Não estou defendendo

nenhum órgão, mas a liberdade de

expressão e o respeito. Na platéia, em

torno de 90% eram pescadores

artesanais, todos organizados em

colônias e motivados, parecia mais

um palanque eleitoral. Quando iniciou

a votação sobre diversos pontos da

pesca, era aquela festa, ou seja, a

maioria votava em seu benefício,

sempre defendendo os interesses da

pesca artesanal. Como os

participantes da pesca industrial eram

poucos, não precisava nem de

calculadora para mostrar que mesmo

o setor produtivo gritando temas

importantes e defendendo bandeiras

para o desenvolvimento pesqueiro,

não eram escutados.

Devemos traduzir o sentimento

do setor, buscar o Ministério da

Pesca, acabar com as intrigas de

governo, sem as amarras que

existem. Temos um setor dividido

entre Meio Ambiente e SEAP.

Precisamos de muitas ações em pró

do setor, enumero algumas abaixo já

avaliadas e discutidas no grupo de

Antônio Carlos Momm,

Presidente do SINDIPI

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14 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006

Palavra do presidente

Mais de 500 participantes no evento, 90% pescadores artesanais.

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trabalho da pesca industrial:

Pesquisa para estudar a nossa rica

biomassa; linha de crédito de custeio e

investimento para produção e

comercialização, o mesmo consignado

à agricultura; linha de crédito para

captura de espécies sem mercado

definido ou mercado incipiente;

formação de programas de incentivo à

comercialização, e projetos

demonstrativos de pesca, campanhas

regionalizadas de consumo ao

pescado e incentivo nacional para o

consumo do pescado; realização do

censo da frota pesqueira industrial;

cursos técnicos de capacitação em

caráter de urgência e licenças

provisórias para avaliação da

capacidade de trabalho no mar; um

cientista (e não um observador de

bordo) para cada modalidade de

pesca; pesquisa para fomento da

pesca prospectiva e exploratória,

desenvolvimento de novas tecnologias

para embalagem, conservação e

processamento de pescado, além de

pesquisas direcionadas à produção de

iscas; uma fiscalização rígida da pesca

estrangeira ilegal nas águas

jurisdicionais brasileiras. Citamos

também o desenvolvimento da pesca

de recursos subexplotados ou

inexplotados. Ex: sardinha-laje

(Nacional), e caranguejo-real/polvo

(Norte/Nordeste), redirecionando as

frotas tradicionais para pescarias

alternativas, permitindo assim a

ampliação da produção nacional

marinha industrial, de forma atrelada

a política de crédito – Programa

ProFrota. O desenvolvimento da

pesca a mais de 500 metros de

profundidade. Há outros itens como,

transferir para a SEAP a atribuição de

realização dos cursos para pescadores,

hoje a cargo da marinha; aumentar a

participação do setor produtivo no

comitê científico; apresentar resultados

do impacto sofrido pelo meio

ambiente junto aos recifes já

instalados; o pescador quer ser ouvido

na decisão; as modificações no

ordenamento devem ser publicadas

com 2 anos de antecedência

(comunicação ao setor produtivo);

pagamento do subsídio ao óleo diesel

de acordo com a lei (prazo de 45

dias); definição da redação das linhas

de crédito, consultando o setor

pesqueiro industrial e que a pesca

costeira passe seu ordenamento para

a SEAP/PR.

Na maricultura, por exemplo, cito

itens como apoiar, ampliar e modernizar

estruturas de pesquisa existentes em

SC para espécies com potencial de

cultivo de peixes marinhos; o

cadastramento geo-referência das

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ABRIL/MAIO 2006 REVISTA SINDIPI 15

áreas para liberação das autorizações

de uso das águas de domínio da

União para fins de Aqüicultura,sem

custo ao produtor; desburocratizar e

isentar custos de inscrição e

manutenção do registro de produtor;

adequar a legislação ambiental

vigente de forma regional; melhor a

distribuição das ações da SEAP no

âmbito nacional para a piscicultura,

uma vez que notadamente os

investimentos têm sido feitos no norte/

nordeste do País.

Na aqüicultura marinha incentivar

o cultivo de peixes no mar com a

criação de tanques-rede.

Há diversos pontos para

enumerar, mas preencheria toda a

edição da Revista.

Deixo aqui, além dos

comentários e reflexo do “Grande

Evento da Pesca”, a esperança

que os pontos discutidos nos

grupos de trabalho industrial não

sejam em vão. Infelizmente a

avaliação não só do setor industrial,

mas da pesca artesanal, maricultura e

aqüicultura mostraram que a SEAP/PR

não vem atendendo o setor da forma

que todos nós da pesca esperávamos.

No âmbito da avaliação das

políticas/ações da SEAP para com a

Pesca Artesanal, em SC, foram

analisados 32 itens, onde 100% foram

considerados de grande importância;

quanto à realização destes, no

contexto geral, tem-se que apenas

9,37% foram realizados de forma

satisfatória, 50% de forma

insatisfatória e 40,62% não realizado

e/ou não percebido. Logo, novas

demandas foram propostas e depois

de avaliadas pelo grupo de trabalho,

aprovou-se 90 proposições que foram

encaminhadas para a plenária final.

No âmbito da avaliação das

políticas/ações da SEAP para com a

Maricultura foram analisados 35 itens,

onde 97,14% foram considerados de

grande importância e apenas 2,86%

menos relevantes; quanto à realização

destes no contexto geral, tem-se que

nenhum dos itens avaliado foi realizado

de forma satisfatória, 31,50% de forma

insatisfatória e 68,50% não realizado

e/ou não percebido. Logo, novas

demandas foram propostas e avaliadas

pelo grupo de trabalho.

Na Carcinicultura e Piscicultura

Marinha foram também analisados 35

itens, onde 91,43% foram considerados

de grande importância e 8,57%

menos relevantes; quanto a realização

destes no contexto geral, tem-se que

28,50% foram realizados de forma

satisfatória, 20% de forma insatisfatória

e 51,50% não realizado e/ou não

percebido. Novas demandas foram

propostas e avaliadas pelo grupo.

Na avaliação das políticas/ações

da SEAP para com a Pesca Industrial

foram analisados 65 itens, onde 100%

foram considerados de grande

importância; quanto à realização

destes, no contexto geral, tem-se que

apenas 7% foram realizados de forma

satisfatória, 43% de forma insatisfatória

e 49% não realizado e/ou não

percebido. Logo, novas demandas

foram propostas e depois de avaliadas

pelo grupo de trabalho, aprovou-se 45

proposições as quais foram

encaminhadas para a plenária final.

Desejo que este quadro mude.

Espero que a pesca seja olhada com

olhos do progresso, com iniciativas

sérias, sem ações politiqueiras. Ainda

temos esperança que a SEAP/PR não

seja só um endereço, mas um Ministério

da Pesca, digno do setor.

Antônio Carlos Momm

Representantes do SINDIPI e do

SITRAPESCA na Conferência em Itajaí

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16 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006

MOTORMACa força da

CUMMINSno Vale do Itajaí

Empresa que faz

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ABRIL/MAIO 2006 REVISTA SINDIPI 17

embarcações estão

cada vez maiores,

necessitando de

motores também

maiores e mais

potentes, como os

modelos KTA19 e

KTA 38, que

apresentam maior cilindrada e melhor

torque, com potêncis que variam entre

500 a 2200 hp. Como novidade no

setor marítimo, até o final do ano

A MOTORMAC é

representante CUMMINS na região sul

do Brasil desde 1974. De lá para cá a

empresa vem apresentando um

grande crescimento, sempre

acompanhando as tendências dos

mercados onde atua e investindo

fortemente em tecnologia e

treinamento, principalmente na

área de serviços.

Distribuidora de motores e

grupos geradores, peças

genuínas CUMMINS e assistência

técnica, a MOTORMAC tem forte

atuação no setor marítimo, em

especial no Vale do Itajaí. A

empresa é referencial no setor e

vem ampliando o leque de

fornecimento de motores marítimos

na região, atendendo a uma

necessidade desse mercado, onde as

A empresa trabalha há mais deA empresa trabalha há mais deA empresa trabalha há mais deA empresa trabalha há mais deA empresa trabalha há mais de

30 anos com a Cummins que30 anos com a Cummins que30 anos com a Cummins que30 anos com a Cummins que30 anos com a Cummins que

lança no mercado novo modelolança no mercado novo modelolança no mercado novo modelolança no mercado novo modelolança no mercado novo modelo

de motor marítimode motor marítimode motor marítimode motor marítimode motor marítimo

deverá ser lançando no mercado dois

novos motores das séries B e C, todos

na faixa entre 190 e 250 hp, voltados

para embarcações de menor porte.

A empresa também atua com

destaque na área de serviços, com

atendimento técnico permanente,

tanto mecânico como elétrico e se

preocupa em oferecer uma estrutura

que proporcione melhor atendimento

aos clientes. Esse é o principal motivo

que há um ano a MOTORMAC

transferiu sua filial de Itajaí para São

José, em um prédio próprio,

amplamente estruturado para

trabalhar com melhor qualidade. Com

esta mudança, a empresa teve

especial preocupação em viabilizar

aos clientes da região de Itajaí um

pronto atendimento em peças e

serviços, mantendo permanentemente

na região dois técnicos mecânicos e

um vendedor externo, com suporte

direto da filial em São José.

Para conhecer mais a empresa acesse osite www.motormac.com.br

Serviço: Motormac: (48) 3271-0100 ou(47) [email protected].

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18 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006

A cerimônia

contou com a

presença de

diversos

armadores e

empresários da

pesca no píer de

Itajaí. Outras

visitas fizeram

parte da agenda

do Presidente que

permaneceu três

horas na cidade

A segunda visita do

Presidente da República Luiz Inácio

Lula da Silva a Itajaí no último dia 17

de março, contou com a presença de

diversas autoridades, políticos, porém

com pouca participação da

comunidade. Antes de participar do

batismo da embarcação pesqueira

Paulo Cantídio, da empresa Rio Pesca,

a primeira parada foi no molhe de

Itajaí. Na ocasião, o Presidente do

SINDIPI, Antônio Carlos Momm

entregou em mãos ao Presidente Lula

o troféu da entidade que simboliza um

peixe e uma carta de reivindicações

em nome dos trabalhadores da Pesca.

Debaixo de um sol escaldante, o

Presidente conversou pouco com a

imprensa.

Por volta das 14h30, Lula

acompanhou a cerimônia de batismo

da embarcação Paulo Cantídio. O

objetivo era comemorar o lançamento

da primeira embarcação pesqueira

financiada pelo Programa de

Renovação da Frota Pesqueira

Nacional (Profrota). Para quem

acompanhava a cerimônia, a dúvida:

“Como apresentar o primeiro barco

do Programa de crédito lançado pela

SEAP/PR, se o dinheiro ainda não

tinha sido liberado para a construção

da embarcação?” A construção do

atuneiro, até o momento do batismo,

foi financiada com recursos próprios

da proprietária e madrinha da

embarcação, a armadora Maria de

Fátima. Entre as barreiras estão a

Visita do Presidente a Itajaí

PresidenteLula no

batismo doPaulo CantídioPaulo Cantídio

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ABRIL/MAIO 2006 REVISTA SINDIPI 19

burocratização e as condições para

financiamento que atendam as

exigências do BNDES, Banco Nacional

de Desenvolvimento Econômico e

Social, gestor do Fundo da Marinha

Mercante.

Para a empresária o batismo

da embarcação com a presença

do Presidente é inédito na pesca.

“Nunca tivemos a presença de um

Presidente e a coragem do

empresário em investir no setor”.

Mesmo sem o dinheiro liberado, a

armadora acredita que o Profrota

é uma realidade. “Não vamos

sentar e esperar que eles venham

resolver o problema, temos que

fazer acontecer”, opina.

Mesmo que os contemplados

no primeiro edital do Programa

Profrota, em Santa Catarina,

ainda não tenham recebido o

dinheiro para a construção das

embarcações, não há como negar a

satisfação dos armadores em apreciar

uma embarcação moderna, com alta

tecnologia. O barco pesqueiro Paulo

Cantídio, avaliado em seis milhões e

setecentos mil reais, foi fabricado pelo

estaleiro TWB, de Navegantes.

Uma embarcação de pesca

oceânica, com cerca de 35 metros de

comprimento, feita em aço e

desenvolvida para a captura de atum,

com os melhores equipamentos de

comunicação viáveis para navegação

como sonar, rádio SSB, rádio VHF,

com sonda, radares e outros

equipamentos modernos. A capacidade

efetiva de pesca é de 180 toneladas e

congelamento de 40 toneladas/dia. O

período de permanência em alto mar

é de aproximadamente 30 dias. A

embarcação é provida de 12 tinas,

com média de 14 toneladas cada. O

atuneiro faz toda a parte de

congelamento do atum, ou seja, o

peixe é capturado e congelado no

porão, acondicionado em tinas,

através de um sistema de salmoura,

sistema de frio complexo, com 2

compressores de 75 hp. O projeto do

barco foi realizado por engenheiros

navais brasileiros.

“Buscamos uma embarcação com

potência maior no motor e de

deslocamento, mais ágil e econômica,

contribuindo para um custo menor de

produção”, comemora Maria de Fátima.

Com essa embarcação, a empresa

Rio Pesca soma três atuneiros na frota,

além de um barco que captura

sardinha.

Presidente Lula com o prefeito

de Itajaí Volnei Morastoni

BastidoresDurante o evento, nossa

equipe de reportagem indagou ao

setor qual pedido faria ao

Presidente Lula.

Confira as respostas.

Armadora Maria de Fátima:

Hoje temos um endereço, a SEAP. Pelo

menos é um caminho para buscar

apoio, o setor tem que se unir, saber

que existe essa casa e exigir da

Secretaria. Hoje pesquisas mostram

que nós temos uma capacidade de

100 mil toneladas/ano de exploração

na pesca de atum, porém capturamos

cerca de 25 mil toneladas. Temos

muito espaço para explorar e só

podemos explorar com embarcações

como esta. Se não ocuparmos esta

zona exclusiva que temos, alguém vai

ocupar por nós, ou seja, temos que ter

mais embarcações como o Paulo

Cantídio, para ocupar a nossa área e

com a nossa bandeira.

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20 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006

Visita do Presidente a Itajaí

Empresário Attilio Leardini:Peço que a SEAP seja transformada

em Ministério e que nós tenhamos umMinistro da SEAP que seja da pesca ede Itajaí. Além disso, reverter o preçodo óleo diesel marítimo nos padrõesdo preço internacional e com isençãode impostos nos eletrônicos, nas redese equipamentos para as indústrias depesca. E tudo o que fosse paraimportar, tivesse isenção de imposto,como no Uruguai e na Argentina. Sóqueremos igualdade.

Evaldo Kowalsky:Reduzir imediatamente o preço do

óleo diesel marítimo.

Empresário Manoel Calvo:O Brasil deveria ter menos

burocracia para descarregar opescado. Na Europa o processo ébem mais rápido, menos papéis paraa liberação de um contêiner. Opotencial do Brasil é imenso,principalmente na pesca. A Espanhanão tem a riqueza do Brasil naquantidade de peixes, porém asembarcações são bem maiores,atingindo distâncias grandes paracaptura. Como exemplo, o tamanhomédio de um atuneiro na Espanha éde 96 metros de comprimento, comcapacidade de captura deaproximadamente duas mil toneladasde atum por viagem. Estamos numpaís cheio de possibilidades ecrescimento, mas faltam pesquisas.As pesquisas têm que fazer parte dodia-a-dia dos Ministérios. Apenas20% das espécies que moram nomar estão descobertas, 80% aindaestão por descobrir, ainda nãoconhecemos toda a riqueza do mar.

Armador Jorge Seif:Pediria para rever esta política

pesqueira porque hoje estamos numadúvida muito grande, não sabemos háquem obedecer: ao IBAMA ou a SEAP.Eu, como armador de pesca me sinto

muito inseguro, precisaria de umapolítica mais detalhada e definidapara que possamos seguir e darcontinuidade ao setor pesqueiro querealmente precisa.

Armador Antônio Faustino:Para a pesca do atum se

desenvolver no Brasil a passoslargos a União Européia precisaolhar pelo Brasil com olhos especiaise não cobrar 24% para importaratum brasileiro manufaturado.

Empresário José Carlos Ferreirada FEMEPE:

Pediria mais poder de decisão paraa Secretária da pesca, que ela fossetransformada em Ministério.

Empresário Edson Beltrão:Uma fiscalização eficiente, nada

mais do que isso.

Encarregado de barco CaduVillaça:

Que eles tomem decisões técnicase não políticas. Acho que a SEAP estámuito politizada.

Armador Wanderlei Antônio:Financiamentos de longo prazo e jurosbem acessíveis para construção decâmaras frigoríficas, barcos eequipamentos gerais de pesca.

Armador Rodolfo Weiss:Subsidiar insumos, redes, todo

equipamento de pesca que hoje ocusto é altíssimo. Precisamos terequipamentos para ter uma boaprodução. O Presidente teria queolhar com mais carinho o valor docombustível e dos impostos.

Armador Idalicio Alves Filho:Que o Presidente pudesse usar o

coração dele e implementassefinanciamento para pequenosarmadores. Porque fazer empréstimode três milhões para ter que entregar

20 de patrimônio, é impossível quepequenos armadores sejambeneficiados com o Profrota.

Armador Geraldo Felipe da Silva:Que o Presidente continuasse olhandocom bons olhos o setor pesqueiro. Ogoverno criou a SEAP, Profrota, mas osetor tem que crescer muito, a nossacosta é muito grande e a gente explorapouquíssimo. Sou um dos beneficiadosdo Profrota. Temos uma zona pesqueiraacima de 200 milhas para explorar,mas há muitos barcos de fora quevêm pescar aqui, ou seja, um recursoque é nosso e a gente não explora,portanto o governo tinha queincentivar melhor a nossaembarcação, com informatização,mais tecnologia, embarcações maiorese mais modernas. A embarcação quevou fazer é uma embarcaçãomoderníssima, um motor importado,toda informatizada, vai contar com 28tripulantes, mais um observador debordo, de acordo com que oregulamento do Profrota requer. Ofuturo é esse: mais embarcaçõesmodernas para explorar uma costaque é nossa.

Estamos apostando, mesmo sem odinheiro do Profrota. Em minhaopinião o processo de liberação dedinheiro é normal para que sejarealizada uma transição segura.

Armador Giovanni Perciavalle:Sou um dos contemplados noprimeiro edital do Profrota. Peço quelibere o dinheiro mais rápido doProfrota.

Empresário e Vice – presidentedo SINDIPI, Dario Luiz Vitali:

Incluir o peixe na cesta básica.

Empresário Mauro Ballestero –Pepsico:

Abaixar os impostos em geral.Devido à alta carga tributária, muitasvezes perdemos a competitividade.

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ABRIL/MAIO 2006 REVISTA SINDIPI 21

A proposta é comercializarmoluscos bivalves nasempresas de pesca

Durante a visita dos fiscaisagropecuários do Ministério daAgricultura em Itajaí, profissionais dasaúde levantaram um tema polêmicono setor: a regularização do moluscobivalve. Sem normatização,representantes do setor produtivoalegam que empresas clandestinasatuam no setor sem responsabilidadede controle sanitário, prejudicandoquem trabalha com qualidade. Diantedesta situação, profissionais quetrabalham na área da inspeçãosanitária nas indústrias pesqueirasabriram a discussão comrepresentantes do Ministério daAgricultura.

É notável o potencial damaricultura em Santa Catarina. É

uma atividadeque se tornoucomercial a partir

de 1990, quando as primeirasfazendas marinhas começaram a serimplantadas.

Em Santa Catarina o cultivo demexilhões e ostras representa cerca de93% da produção nacional e algo emtorno de 7 milhões gerados pelaatividade, que gera lucros a partir dosegundo ano da atividade.

A primeira reunião foi realizadaem caráter de emergência, no últimodia 21 de março na sede do SINDIPI,Sindicato das Indústrias de Pesca deItajaí e Região. Segundo o fiscalfederal agropecuário Célio Faulhaber,como diretrizes está sendo analisada adocumentação do FDA e as ações depaíses como Chile para compor aregulamentação. “A DIPES não

aprovará processos de rotulagem quenão atendam os pré-requisitosmínimos (segurança de origem;monitoramento e rastreabilidade doproduto)”, assegurou. SegundoFaulhaber, nos processos de rotulagemnão basta apenas o envio de Croquide rótulo e descrição do processo derotulagem, mas devem ser enviadostambém documentos complementaresque mostrem quem é responsável pelocontrole das áreas de cultivo, contratoentre as empresas, além de outrosdocumentos complementares.

Para buscar uma solução imediatasobre o assunto foi constituído oGrupo de Trabalho Bivalve paranormatização e regulamentação domolusco. De acordo com a comissãodo Grupo, as propostas discutidasserão encaminhadas para análise doGoverno federal.

Moluscos

normas paraMoluscos

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Profissionais da saúde debatem

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As 22 praias do município de Bombinhas, SC,são o maior atrativo da cidade. Os surfistas são

freqüentadores assíduos de Mariscal e Quatro Ilhas. JáZimbros e Canto Grande, por exemplo, lembram quadros da

natureza com suas baías pontilhadas de embarcações

A princesa da CostaEsmeralda

Turismo

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Para quem conhece Santa Catarina não énenhuma novidade se surpreender com as belezas naturaisque o litoral catarinense oferece aos seus visitantes. Noentanto, a cada visita, até o mais observador dos turistasnão consegue esconder a admiração com uma novadescoberta. Assim é o município de Bombinhas, umasurpresa atrás da outra.

A paisagem é formada por uma rica diversidadebiológica, composta pela Floresta Atlântica, rios, mangues,dunas, restingas, baía, enseada, rochedos, ilhas e recifes.Bombinhas é hoje um dos principais pontos turísticos deSanta Catarina. Atrai anualmente, na temporada de verão,cerca de 130 mil visitantes, de diversas partes do Brasil etambém de alguns países da América do Sul.

Rogério Pinheiro

Bombinhas está situada na Costa Esmeralda, regiãoque vai de Itapema a Governador Celso Ramos, naGrande Florianópolis. Seus principais balneários ficamnuma península recortada, com baías protegidas dos ventos eáguas claras que seduzem mergulhadores e velejadores detodas as partes. Nas águas cristalinas da Reserva Marinhado Arvoredo, os mergulhadores observam corais, cardumesde peixes multicoloridos, cetáceos, moluscos e outrasespécies da fauna e flora marinhas. Os locais de mergulhomais famosos estão próximos das ilhas do Arvoredo, Galés,Deserta e Calhau de São Pedro.

As 22 praias do município são o maior atrativo dacidade. Os surfistas são freqüentadores assíduos deMariscal e Quatro Ilhas. Já Zimbros e Canto Grande, porexemplo, lembram quadros da natureza com suas baíaspontilhadas de embarcações. Bombas e Bombinhas, praiascentrais, além da beleza, oferecem a comodidade de umcentro comercial e gastronômico amplo e ativo. Todas elascom águas cristalinas.

A Praia da Sepultura, rodeada de muito verde, é umapraia deserta e considerada apropriada para o mergulhoamador. O mergulho, já está consolidado como uma dasatividades mais atraentes do município.

Outras menos freqüentadas, mas que não perdemnada em beleza são: a Prainha, de onde partem os barcospara a prática do mergulho e as praias do Embrulho,

ABRIL/MAIO 2006 REVISTA SINDIPI 23

ACIMA, Praia do Canto Grande e Mariscal;AO LADO, Morro do Macaco;NA PÁGINA AO LADO, vista aérea de Bombinhas;

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24 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006

TURISMO

Lagoinha e Biguá, boas paramergulho superficial, apenas commáscara, snorkel e pé-de-pato. ORetiro dos Padres, ou Praia dosIngleses, é ideal para quem gosta deestar em contato direto com anatureza. O local oferece infra-estrutura de camping, restaurantes ecabanas. Para quem prefere curtirbanhos tranqüilos em um mar quevaria do azul ao verde, o ideal é apequena Praia do Ribeiro, ou a Praiade Morrinhos, também conhecida pelatranqüilidade de suas águas.

Se a idéia é conhecer recantosbucólicos, ainda preservados dainfluência humana, a escolha tem queser por Cardoso, Praia da Lagoa, PraiaTriste ou Vermelha. Para conhecê-losé preciso enfrentar uma trilha sinuosano meio da Mata Atlântica.

O mar exuberante não presenteiao município somente com belaspaisagens. Ele traz também a matéria-prima dos principais pratos daculinária local. Uma das principaisatividades da população é a pescaartesanal de camarões, peixes e outrosfrutos do mar, além do cultivo deostras e moluscos, relevante atividade

para a economia do município. Entreos pratos mais apreciados estão acaldeirada e a moqueca de peixe,além de outros como anchova,camarão, lagosta, siri, lula e polvo.

Como outras cidades brasileiras, acultura de Bombinhas apresentacaráter multidimensional pelasinfluências e legados das populaçõespré-coloniais, negras e luso-açorianas,além daquelas trazidas pelos novoshabitantes, com suas característicasétnicas e culturais.

Os descendentes dos açorianosque vivem no município mantêmvivas as tradições que preservam aalma da sua cultura. A religiosidade éexpressa nas festas do SagradoCoração de Jesus, de Nossa Senhorados Navegantes, do terno-de-reis e doboi-de-mamão. E não é só isso. Ascomidas, as farinhadas, as infusõescurativas, as simpatias, as benzedeirascontra o mau-olhado e as histórias depescadores ainda ecoam costumespassados. Os segredos do artesanatodas rendeiras e dos oleiros foramtransmitidos por meio das gerações. Osotaque ilhéu do Arquipélago dosAçores e Ilha da Madeira se mantém

vivo no jeito cantado de falar e nasexpressões típicas dos nativos.

Os paranaenses descobriramaquele refúgio logo em seguida,começaram a freqüentá-lo no verão ealguns por lá se estabeleceram. Masfoi a partir da década de 70 que sedeu o início do aumento populacionalque acabou transformando a vida dobalneário e levando ao sonho daindependência. A emancipação veioem 15 de março de 1992 e, quatroanos depois, a população do novomunicípio já contabilizava 5.845habitantes e, em 2000, 8.700habitantes. Esse aumento colocavaBombinhas na quarta posição, entreas cidades que mais cresceramnaquele período em Santa Catarina.Hoje, a população flutuante, durantea alta temporada de verão, chega a130 mil pessoas, de acordo com aSecretaria Municipal de Turismo.

Esse aumento de turistas porconta de uma maior visibilidade comodestino turístico, em âmbito nacional,atraiu investidores interessados emincrementar seus meios dehospedagem. Hoje, Bombinhasdispõe, além de casas para aluguel e

24 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006

ACIMA, trapiche da praia de Bombinhas;AO LADO, Canto Grande, vista dapenínsula;NA PÁGINA AO LADO, praia de Bombinhas;

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pousadas rústicas, diversas pousadassofisticadas e hotéis confortáveis àbeira-mar, inspirados na arquiteturamediterrânea.

Trilhas ecológicasconduzem ao marO mar de águas transparentes e

de rica diversidade biológica écercado de densas áreas verdes. Issoporque boa parte do município estálocalizada na Mata Atlântica, comáreas ainda preservadas e intocadas,com trilhas para caminhar e usufruiras paisagens. Aos mais aventureiros, asugestão é percorrer a trilha Costeirade Zimbros, com início na Praia do

Cantinho, seguindo em direção àspraias Deserta, Cardoso, Vermelha eTriste e também à Cachoeira da PraiaTriste. É bom saber que a caminhadanão é das mais fáceis, mas o passeiovale a pena pela beleza do lugar.

Outra dica é a trilha do ParqueMunicipal do Morro do Macaco, quefica em Canto Grande, cerca de 250metros de altitude. Do seu cume tem-se uma visão de 360 graus de toda apenínsula de Bombinhas. Passeio quesó pode ser feito a pé. Há ainda trilhasecológicas no pequeno morro daPraia de Quatro Ilhas, próxima à Praiade Bombinhas, que proporcionamvista ampla da Praia de Mariscal e atrilha da Galheta, que corta extensaárea de Mata Atlântica.

HistóriaO Município de Bombinhas foi

criado em 30 de Março de 1992,quando foi desmembrado doMunicípio de Porto Belo, sendoconstituído pela área territorial doentão Distrito de Bombinhas.

A história da sua colonizaçãoindica que os açorianos fundaram, em1817, a Vila de Nova Ericeira, hojeMunicípio de Porto Belo.

A origem do nome deve-se aobarulho das ondas que, batendo naareia, lembram o estampido de umabombinha.

Primeiros turistasDurante a década de 1960

algumas pessoas começaram a seencantar com as belezas naturais doMunicípio de Bombinhas.

O primeiro turista foi LeopoldoZarling, que ia para Bombinhas embusca de paz e pela pescaria. Maistarde, em 1966, ele construiu aprimeira casa de veraneio (Praia daSepultura), sendo seguido pelosPadres Salesianos, que em 1967construíram a Casa de Retiros (Praiados Ingleses).

O primeiro loteamento foi feitopor Leopoldo Zarling, na localidadeentão denominada Praia Grande, hojePraia de Bombas.

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26 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006

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A ARTE DE JOSÉ ESTEVÃO

Muitas vezes nós nem imaginamos que por

trás de um grande músico, sempre tem um grande

instrumento musical. A arte de fazer um produto

que emite som requer muita paciência,

sensibilidade e um dom natural. O artesão José

Estevão, 76 anos, é reconhecido

internacionalmente pela sua maestria em produzir

um violão, ou uma viola. O talento em construir

instrumentos musicais começou por acaso. O mato-

grossense Estevão era fotógrafo e logo que se

aposentou, em 92, resolveu investir em uma loja de

instrumentos musicais em São José do Rio Preto.

Até que um dia o seu filho quebrou um violão e ele

resolveu fazer um instrumento novo, que demorou

mais de três meses para ser confeccionado. Estevão

conta que o violão ficou tão perfeito que um primo,

músico, se encantou com o instrumento. A partir

desse momento, a notícia sobre o talento de

Estevão se espalhou e vieram as encomendas de

violões e violas.

O artesão mora em de Navegantes, mas as suas

obras de arte percorrem o mundo. Exímio

fabricante de instrumentos de cordas, José Estevão

hoje é considerado o “Rei da Viola no Brasil”,

desde que fabricou violas especialmente para a

novela Rei do Gado, da Rede Globo. O profissional

já teve instrumentos musicais encomendados por

músicos como Sérgio Reis, César e Paulinho, Almir

Sater, entre outros. Suas obras de arte atravessaram

O Rei da Viola

FOTOS MARCELLO SOKAL

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�* Para conhecer a arte dos instrumentos

de José Estevão, entre em contato pelo

telefone: (47) 3319-4971

O talento em construirinstrumentos musicaiscomeçou por acaso

fronteiras, com encomendas para Europa e Estados

Unidos.

“Em média eu fabrico três violões por mês, mas

com as últimas encomendas, acabei ficando sem

estoque. Se os americanos retornarem com mais

pedidos, vou ter que trabalhar em dobro” comemora

o luthier.

Estevão conta com alegria as cartas recebidas de

todo o Brasil elogiando seus instrumentos. “A

última que recebi foi de um professor de música de

Joaçaba”, relata. Ao todo, em 13 anos de carreira, o

“Rei da Viola” já fez mais de 470 instrumentos

musicais, entre violas, violões, rabecas, bandolins e

cavaquinhos.

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Um fato, uma paisagem,cenas que retratam a pesca em Itajaí efazem reviver na memória momentosimportantes no cenário pesqueiro, jásão um grande presente para ahistória da cidade. A SEPESCA,Secretaria de Aqüicultura e Pesca deItajaí com o apoio do SINDIPI,Sindicato das Indústrias de Pesca deItajaí e Região proporcionaram com oprojeto “Memórias da Pesca” umresgate histórico. Foram mais de cincomil fotografias recebidas e selecionadas70 imagens para exposiçãofotográfica. No último dia 10 demarço sete imagens foram premiadas.O concurso foi dividido em setecategorias e os vencedores foram:

Na categoria “Personagens”, oprêmio foi para a empresária earmadora Maria Terezinha de Souza.A melhor fotografia de “Catástrofe”,com o armador Rodolfo Weiss. Aempresária Ilza Maria da Silva é aresponsável pela melhor imagem de“Estaleiro”. O armador Wilson Cabralvenceu a categoria “Embarcações”. Acategoria “Paisagem” teve comoganhador o pescador Fernando Xavierde Maria. O mestre de barco Osvaldodos Santos levou o prêmio com amelhor imagem retratando “Atividades”e na categoria Indústria o vencedor foio empresário Dario Luiz Vitali.

O vencedor de cada uma das setecategorias recebeu como prêmio umabicicleta. O armador Rodolfo Weiss

doou a bicicleta para a RedeFeminina de Combate aoCâncer.

A próxima etapa éescolher as imagens que farãoparte do livro sobre a históriada pesca em Itajaí, que será lançadopela Editora Maria do Cais, daFundação Genésio Miranda Lins.

De acordo com a SEPESCA, osavaliadores tiveram um trabalhoárduo para eleger as melhoresimagens. Além de participantes daSecretaria, participaram da escolha,integrantes da FGML, FundaçãoGenésio Miranda Lins, da SECOM,Secretaria de Comunicação Social, doSINDIPI, Sindicato das Indústrias da Pescade Itajaí e do SITRAPESCA, Sindicato dosTrabalhadores nas Empresas de Pescade Santa Catarina.

Resgate históricoO Concurso“Memórias da Pesca”premiou sete categorias

MEMÓRIAS DA PESCA

O mar como retrato da natureza

Foto do naviocarregador Triunfo

em 1940,1º cargueiro

construído em Itajaí

A beleza dasembarcações

no RioItajaí- Açu

40 toneladas de corvinacapturadas em um único lance

com rede de malha

Pedro Celso e Dona Apolônia aoreceberem a homenagem nasembarcações do estaleiro Abilio Souza

A indústriaVitalmar Pescados

A embarcaçãoVerde Vale queteve a popadestruída em1976

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Na maioria dos paísesindustrializados, em 1º de Maiocomemora-se o Dia do Trabalho.Desde o final do século XIX, a data éuma homenagem aos oito líderestrabalhistas norte-americanos quemorreram enforcados em Chicago(EUA), em 1886. No Brasil, a data écomemorada desde 1895 e tornou-seferiado nacional em setembro de1925, por um decreto do presidenteArtur Bernardes.

As comemorações no Brasil

No Brasil, as comemorações do1º de Maio também estãorelacionadas à luta pela redução dajornada de trabalho. A primeiracelebração dessa data de que se temregistro, ocorreu em Santos, em 1895,

Confira a história,comemorações e fatoscuriosos comemoradosno dia 1º de Maio

por iniciativa do Centro Socialista,entidade fundada em 1889 pormilitantes políticos como SilvérioFontes, Sóter Araújo e Carlos Escobar.A data foi consolidada como o Dia

dos Trabalhadores em 1925,quando o presidente Artur Bernardesbaixou um decreto instituindo o 1º deMaio como feriado nacional.

Com Getúlio Vargas – quegovernou o Brasil como cheferevolucionário e ditador por 15 anos,e como presidente eleito por maisquatro – o 1º de Maio ganhou status

de “dia oficial” do trabalho. Vargascriou o Ministério do Trabalho,promoveu uma política deatrelamento dos sindicatos ao Estado,regulamentou o trabalho da mulher edo menor, promulgou a Consolidaçãodas Leis do Trabalho (CLT), garantindoo direito às férias e aposentadoria.

Fonte:

www.ofelia.com.br e www.nea.fe.usp.br

Uma imagem que mostra a força

dos trabalhadores do mar

Coincidências do1º de maio

� Há 2.000 anos, os romanosrealizavam no dia 1º de Maio rituaispara as deusas Flora e Maia, seresfemininos relacionados às flores e aoscereais. As cerimônias anunciavam achegada da primavera na Europa.Nem mesmo os escravos trabalhavamnesse dia.

� No século XIX, os Estadosnorte-americanos de Nova York ePensilvânia celebravam o Moving Day

em 1º de Maio. Era o dia em que secomemorava os contratos de trabalhoentre patrões e empregados.

A origem

trabalhista

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Dia do trabalhador

da data

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Programa da Receita Federal possibilita aos exportadores eimportadores reduzirem custos com logística e estoques

Menos burocraciaLinha azul

na Linha Azul se comprometem aregularizar seus débitos fiscais, similarese manter os controles adequados emseus processos, e a Receita Federal secompromete a agilizar e melhorar otrâmite de importação e exportaçãona Aduana para quem está cadastradona Linha Azul.

O programa existe há mais de

cinco anos, mas foi recentemente

reformulado como resultado de

um grupo de trabalho formado em

2004 pela COANA – Coordenação

Geral de Administração Aduaneira.

De acordo com a legislação, a SRF,Secretaria da Receita Federal é aresponsável pelo controle aduaneiro,para fins de cumprimento dalegislação tributária, administrativa ecambial; bem como para garantir aatuação das autoridades de controlesanitário, ambiental e de segurançapública e, ainda, o adequadotransporte e armazenagem demercadorias no comércio exterior.

De acordo com o delegado daReceita Federal de Itajaí,

Jackson Corbari, a Linha Azul, ouDespacho Aduaneiro Expresso, foiidealizada para os exportadores e/ouimportadores que demonstrematender a requisitos mínimos deoperação no comércio exterior, deorganização e de confiabilidade parao controle aduaneiro. “O controleaduaneiro é acima de tudo umarelação de confiança, se você confiano operador, pode dar certasliberdades. No caso da Linha Azul asempresas precisam ter determinadascondições especiais e estão sujeitas auma auditoria periódica”.

A agilização nos procedimentosaduaneiros possibilita que osexportadores e importadores reduzamseus custos com logística e estoques e,conseqüentemente, se tornem maiscompetitivos no mercado global. Ouseja, as empresas que atendem osrequisitos necessários e se habilitamvoluntariamente a operar na LinhaAzul têm as suas operações deimportação, exportação e trânsitoaduaneiro direcionadas.

“Se a empresa cumpredeterminadas funções, ela passa a terum tratamento preferencial, indo aocanal verde, ou seja, a mercadorianão é conferida”, relata.

Os outros procedimentosadotados pela Receita são: o sinalamarelo, onde se confere apenas amercadoria e não a documentação e ocanal vermelho, no qual são checadosos documentos e a mercadoria. “Nocaso da Linha Azul, a empresa

Quantasempresas esbarram naburocracia da exportaçãoou importação deprodutos brasileiros.Tempo paraempreendedores significadinheiro. As indústriaspesqueiras estão aospoucos vislumbrando omercado internacional.As grandes enlatadorasfecharam um acordo recentementecom armadores comprometendo-se aimportar sem prejudicar a produçãonacional.

Cerca de 20 indústrias pesqueirasda região do Vale do Itajaí queexportam para União Européiarecebem, a cada dia, mais pedidos depescados para exportação. Com agripe aviária, as encomendasaumentaram cerca de 20% em relaçãoao ano passado. Um mercadopromissor que, com a atual situaçãodo câmbio, as empresas dependem deinvestimentos no setor e decriatividade para agregar valor aopescado, e acima de tudo, paciênciapara enfrentar todas as etapas exigidasnas operações de exportação ouimportação.

A Receita Federal lançou umprograma para minimizar a burocraciadas empresas que operam nomercado internacional. É a Linha

Azul, uma espécie de acordo de bonsmodos entre as partes envolvidas,onde as empresas que se cadastram

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preferencialmente pega o canal verde,os despachos têm prioridade sob osdemais e dificilmente a empresa irápara o canal vermelho, só em caso dedenúncia ou uma fraude”, explica.

Um exemplo prático. De acordocom o delegado, com a queda dodólar, têm aumentado as importaçõesde congelados. “Se uma indústria

pesqueira for fazer uma

exportação de côngrio, e fizer

parte da Linha Azul, não será

realizada a verificação física da

mercadoria” exemplifica. Caso pegarum canal vermelho da exportação,primeiro precisa registrar a declaraçãode exportação, posicionar o contêinere abrí-lo para conferência. A Receitageralmente agenda a conferência comdois dias de antecedência, o grandeproblema é o posicionamento docontêiner porque nem sempre oterminal tem espaço e disponibilidadepara conferência. “A conferência érápida, mas há situações quedemoram cerca de oito dias só paraposicionar o contêiner. Sem esseprocedimento, evita que o produtoperca o embarque e que diminuasensivelmente o custo quando amercadoria entra no Porto, como aarmazenagem e movimentação.

A atuação da SRF no controleaduaneiro visa garantir a segurançada economia e da sociedadebrasileira, assim como um comércio

internacional seguro, legítimo econfiável. Tudo isso, de maneiraracional, transparente e eficiente,conciliando a segurança do comérciointernacional com a facilitaçãocomercial. A SRF reconhece que osexportadores e/ou importadoresatuam com volumes e valoresdistintos, com diferentes padrões detecnologia da informação e sistemasde segurança. Tais diferenças resultampor influenciar no cumprimento dalegislação tributária aduaneira.

Segundo o delegado federal,

entre as exigências estabelecidas

em lei para participar do

Programa estão: o volume de

exportações e importações que

precisam ser acima de 10 milhões

de dólares.

O regime segue a orientaçãointernacional de OperadoresEconômicos Autorizados (OEA), ouseja, de credenciamento deoperadores legítimos e confiáveis paraoperar no comércio exterior commenores entraves nas suas transaçõesde comércio exterior.

O primeiro passo para se habilitarao regime é estar dentro dos requisitosda legislação, como na InstruçãoNormativa SRF nº 476/04 e avaliar se aLinha Azul se aplica à empresa e as suasoperações comerciais. É importantetambém a leitura atenta do AtoDeclatório Executivo COANA nº 06/05.

A empresa habilitada à Linha Azulserá submetida a monitoramentoregular do cumprimento de suasobrigações tributárias e aduaneiras.Ela deverá manter, permanentemente,as condições de habilitação ao regimee, entre outros, garantir o acessodireto e irrestrito da fiscalização aosseus sistemas informatizados decontrole. E a cada dois anos, aempresa deverá providenciar novaauditoria que demonstre amanutenção da qualidade de seuscontroles internos.

Segundo o delegado, o ProgramaLinha Azul desde que foi implantadopassou por diversas alterações. “Antesas normas do Linha Azul eram muitomais restritas, os recintos tinham queter determinadas condições de porte,equipamentos, hoje em dia aresponsabilidade é da empresa”, cita.

Segundo informações da ReceitaFederal de Itajaí, ainda não háempresas na região que aderiram aLinha Azul. “Aos poucos as empresasvão aderindo ao sistema e a Receitaavaliando as normas e adaptando-as.Acredito que a primeira grandemudança na legislação é enquadrar asempresas que optaram pelo lucropresumido, ao contrário do atualmenteestabelecido, que é o lucro real”, opina.

“A Linha Azul garante um fluxomais contínuo, sem barreiras”,argumenta Corbari.

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Meio ambiente

O que seria uma operação de mergulhocorriqueira tornou-se um “momento

adrenalina” para a turma demergulhadores da mineira Mar a Mar

simples testemunho contemplativo davida em seus mais diversificados ebelos momentos.

O mergulho já proporcionououtros grandes momentos em águasdos mais diversos lugares no Brasil.Encontros entre o ser humano e oexótico mundo subaquático,registrados por quem os presenciou deperto. Grupos de arraias mantapresentes em Laje de Santos (SP);tubarões Baleia em Arraial do Cabo(RJ) – sendo inclusive considerado umreconhecido ponto de passagemperiodicamente desses incríveis seres;meros em Santa Catarina; e até baleiasorca também nas águas de Arraial.

Por tudo isso quando for agendarseu próximo mergulho, lembre-se:você poderá ser o próximo atestemunhar um desses inusitadosencontros.

Para mais informações do WRSTC, acesse o site: www.wrstc.com

Arrastão de arraiasmanta em Arraial

Os profissionais da Mar a

Mar, Dive Center PDIC (Professional

Diving Instructors Corporation),presente em Arraial do Cabo, conferiuum incrível arrastão dearraias jamanta (ou manta,como também sãoconhecidas) no ponto demergulho chamado Oratório.

O grupo composto poralunos em fase de finalizaçãode cursos como Básico,Avançado e Nitroxpresenciou, impávido, apassagem de mais de 40indivíduos de uma dasespécies mais bonitas e rarasde serem contempladas: “O jeito foiajoelhar e assistir à procissão passar”,conta Paula Loque, instrutora PDICda Mar a Mar que acrescenta: “Tinhagente chorando, rindo, gente que nãoacreditou. Enfim, esta vai ficar nahistória”.

E que história. “Estávamos a 8metros de profundidade apenas, e jáéramos premiados com uma águarepleta de vida com 22ºC e 15 a 20metros de visibilidade em média,quando avistamos essa verdadeiradádiva de Deus”, conta SoníltonAlves, também proprietário e instrutorPDIC da Mar a Mar presente naoperação.

O fato só reforça a imprevisibilidadedo mergulho e a espontânea beleza

� O WRSTC (World Recreational Scuba Training Council), órgão que desen-volve os padrões internacionais mínimos do ensino de mergulho, escolheu oconselho que irá representar e discutir as normas da atividade subaquáticadurante o ano de 2006.

� A instituição atua em importante trabalho fazendo com que todas as certi-ficadoras mundiais obedeçam a um padrão mínimo de treinamento e, conse-qüentemente, tenham seus certificados reconhecidos.

� Graça a essa preocupação o mergulho é atualmente o único esporte deaventura que possui Normas ISO de qualidade, trazendo, inclusive, implica-ções como a responsabilidade civil, por exemplo.

� Tudo isso traz confiabilidade para a indústria do mergulho, homogenei-zando minimamente a maneira como se ensina mergulho no mundo todo.

Em 2006 PDIC preside oConselho Mundial do WRSTC

Em 2006 PDIC preside oConselho Mundial do WRSTC

que pode oferecer aos praticantes,

exatamente por lidar com um tema

tão atraente: a natureza em sua

continuidade mais natural e o nosso

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Responsabilidade social

A entidade pública

Associação Desportiva Para

Portadores de Deficiência Física,

conhecida como Clube Roda Solta

de Itajaí completa em 2006 seis anos

de funcionamento. A proposta do

grupo é ter voz ativa para exigir os

direitos e discutir o papel do deficiente

físico na sociedade. O esporte é

considerado o ponto forte da entidade

que promove, constantemente, a

prática desportiva entre os portadores

infra-estrutura razoável, mas vamos

melhorá-la e pretendemos trazer os

jogos novamente no ano que vem”,

afirmou.

Segundo Reinert, a realização do

evento visa despertar vários

segmentos da sociedade. “Queremos

conquistar acessos e a quebra de

barreiras que têm limitado as pessoas

com necessidades especiais de levar

uma vida normal”, explica. As

barreiras arquitetônicas são citadas

como um grande empecilho do direito

de ir e vir. “Todos são capazes de

romper paradigmas e criar novos

ideais, tornando-se um atleta de alto

índice técnico, capaz de superar suas

próprias limitações e as barreiras

impostas”, ressalta.

Serviço:Clube Roda SoltaRua Joaquim Falco Uriarte, bairro SãoJudas, Itajaí/SCTelefone: (47) [email protected].

JOGOS

A entidade Clube Roda Solta incentiva esportespara deficientes físicos

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de necessidades especiais.

Para comemorar os três

anos de fundação, a

entidade promoveu, em

Itajaí, os XI Jogos

Regionais Paradesportivos.

O evento foi realizado

entre os dias 30 de março e

02 de abril de 2006, com a

participação de 200 atletas

de Santa Catarina, Rio

Grande do Sul e Paraná.

Os atletas disputaram as

modalidades de atletismo,

halterofilismo, natação, tênis de mesa,

tiro, esgrima, bocha e polibate.

De acordo com o presidente do

Clube, Jean Reinert, apesar de não ter

sido apoiada pelo Governo Federal, a

competição é uma ótima

oportunidade para os para-atletas

porque a edição é eliminatória para os

jogos mundiais. “Nos três Estados,

Itajaí é quem tem mais facilidade para

sediar os jogos, pois está no centro

geográfico da região. Nós temos uma

Paradesportivos

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Reunião no IBAMA com os armadores

Reivindicação

Ping-pong. Este é o nome

do jogo que pescadores, armadores e

indústrias participam todos os dias.

Para entender melhor a partida, a

bola é o setor produtivo e nas duas

pontas da mesa, o IBAMA e a SEAP/PR.

Quando uma nova Instrução

Normativa é publicada, o jogo

recomeça. A última partida foi a

questão do defeso do camarão rosa.

De acordo com o Presidente do

SINDIPI, Antônio Carlos Momm, a

situação ficou insustentável.

O início desta “partida” surgiu no

ano passado quando pescadores

artesanais que capturam camarão sete

barbas, reivindicaram uma nova data

pra o defeso dessa espécie. A

mudança foi realizada, fato aplaudido

pelo setor industrial.

No dia 10 de fevereiro, o IBAMA

publicou uma Instrução Normativa

proibindo a captura do camarão rosa

no período de 01 de março a 31 de

maio de 2006, para frota industrial,

fato rotineiro e conhecido do setor,

mas a portaria também proibia a

pesca de peixes diversos, pesca que a

frota vinha fazendo ao longo dos

anos. A nova regra assustou o setor, já

que armadores já tinham investido em

redes e cabos. Em reunião realizada

na sede do CEPSUL, às véspera do

Carnaval, os armadores foram

informados que a SEAP precisava

emitir licenças provisórias para as

embarcações estarem habilitadas a

pescar.

Como medida emergencial, o

SINDIPI encaminhou solicitação à

SEAP/PR. A licença chegou, mas com

restrições que impossibilitavam a frota

de sair. Apenas um dia antes da

chegada do presidente Lula, nova

portaria foi publicada.

“Essa enxurrada de leis e

interpretações afeta a economia e o

desenvolvimento da pesca no

Estado”, alerta o presidente do

SINDIPI, Antônio Carlos Momm. Na

avaliação do Presidente, diversas

questões de ordenamento pesqueiro

precisam ser revistas e discutidas

junto com o setor.Como proposta o SINDIPI

defende um estudo da classe

científica, com o setor pesqueiro,

numa ação conjunta para avaliar, com

mais exatidão, a captura máxima

sustentável para cada espécie,

possibilitando o seu manejo e a sua

conseqüente conservação, além do

controle de licenças de pesca.

Frota camaroeira é

Leis publicadas pelo Ministério do MeioAmbiente e interpretações dúbias entre SEAP/PR

e IBAMA causaram desconforto no setor

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36 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006

Inspeção Industrial

Os inspetores do DIPOA –

Departamento de Inspeção de

Produtos de Origem Animal do

Ministério da Agricultura – estão

realizando desde o início de março um

trabalho de prevenção em diversas

empresas pesqueiras do Brasil. Em

Santa Catarina, a visita durou uma

semana. Segundo o representante da

DIPES – Divisão de Inspeção de

O foco será o produto de maiorrisco, indústrias que exportam maior

quantidade de pescados, empresasque já apresentaram alguma

irregularidade e o controle decultivo da matéria prima

Indústrias de pesca

União Européia

Pescado, Lucio Akio Kikuchi, além da

orientação às empresas sobre aspectos

sanitários e normas da legislação, a

ação tem por objetivo alertar as

empresas de pesca sobre a vinda dos

inspetores europeus ao Brasil. “O

objetivo da inspeção é garantir a

continuidade das exportações e

manter a credibilidade do país no

exterior”, alerta.

A missão de auditoria dos

inspetores da União Européia estará

no Brasil visitando empresas

processadoras de pescado e derivadas,

que exportam para a comunidade

européia. A ação será em junho e

Célio Faulhaber, Cícero Joaquim

dos Santos Filho, Lucio Akio

Kikuchi e Antônio Fontelles

na mira de auditores da

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devem participar seis auditores (três

portugueses, um italiano, um espanhol

e um francês), divididos em três

equipes, permanecendo durante duas

semanas no País.

Todo o grupo de auditores

europeus será acompanhado por

auditores brasileiros.

A pré-fiscalização realizada por

inspetores brasileiros pode evitar

surpresas desagradáveis. “Quando é

realizada a suspensão de uma

empresa, para colocar ela novamente

na lista de exportadora, a dificuldade

é maior. Caso alguma empresa de

pesca no Brasil não esteja cumprindo

a legislação e apresentar um padrão

ineficiente de exportação, todas as

empresas de pescado brasileiro

poderão ser afetadas, ocorrendo um

problema de confiança no Brasil”,

ressalta Lucio Akio. Segundo Akio, a

pré-fiscalização oferece uma

oportunidade para que as empresas

que apresentarem alguma

irregularidade, se adequem à legislação

num prazo que oscila entre 30 a 60 dias.

De acordo com o Ministério, os

auditores europeus certamente

visitarão as empresas de Itajaí. “Santa

Catarina tem uma representatividade

grande no mercado da pesca, é um

grande potencial no Estado”, revela o

fiscal federal agropecuário, Célio

Faulhaber.

Segundo o SINDIPI, Sindicato das

Indústrias de Pesca de Itajaí e Região,

em Santa Catarina há cerca de 20

empresas que exportam peixe para a

União Européia. Conforme as

estatísticas tabuladas do Ministério da

Indústria e Comércio Exterior, em

2005 Santa Catarina exportou cerca

de três mil toneladas de peixe para os

países da União Européia. A Espanha

é o país do grupo que mais importa

peixe de Santa Catarina, mais de 40%

do pescado.

Na região do Vale do Itajaí

concentra-se o maior número de

indústrias do Estado. Para estar na

lista de empresas exportadoras, há

uma legislação rígida que exige

diversos itens de qualidade total.

Na avaliação do coordenador da

Câmara Setorial do SINDIPI, Dario

Luiz Vitali, as empresas da região

estão apostando em novas idéias para

agregar valor ao produto exportado.

“Estamos investindo em qualidade,

produtos diferenciados, em alta

tecnologia e ações que valorizem o

profissional”, destaca. Vitali

argumenta que a visita dos auditores

do Ministério da Agricultura foi

essencial para esclarecer dúvidas e

trazer orientações. “A nossa proposta

também é lançar o selo de qualidade

do pescado catarinense e ações como

esta contribuem para o projeto”,

ressalta.

Serviço:Dúvidas no: DIPES-DIPOA/MMA pelostelefones: (61) 3218-2775 e 3218-2778.F

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38 REVISTA SINDIPI ABRIL/MAIO 2006

O setor pesqueiro éconstituído na sua grande maioriapor armadores – pessoa física,enquadrados como “ProdutorRural” uma vez que o peixe éconsiderado para efeito delegislação, um produtoagropecuário. Como ainda nãoexiste o Ministério da Pesca, fica opeixe e o pescado em geral àmercê das normas emanadaspelo Ministério da Agricultura.Por enquanto por incrível quepareça o mar é considerado árearural. E assim, fica claro adificuldade de se obter umalinha de crédito que atenda ademanda de investimentos dapesca oceânica industrial, seja depequeno, médio ou grandeporte, uma vez que disputamosos recursos do crédito rural comos plantadores de soja, milho,algodão, cana, etc., e sem dúvidaque por ordem de prioridade osrecursos vão para quem produz

Claudionor Gonçalves (*)

e não para quem captura.Por isso só, o fato da pesca ser

uma atividade extrativista, já levadesvantagem na análise deviabilidade das propostas definanciamento.

Em nossas peregrinações(SEPESCA/SINDIPI) aos agentesfinanceiros em busca de aberturade linhas de crédito para o setorpesqueiro é comum ouvirdepoimentos demonstrandodúvidas quanto a viabilidadefinanceira da atividade parasustentar uma operação de médioou longo prazo, tendo em vista atendência de escassez dosestoques pesqueiros.

Outra barreira encontrada,junto aos agentes financeiros, é oconceito negativo que ainda existeem função da inadimplência dealgumas empresas que utilizaramfinanciamentos. Embora já tenhamse passado algumas décadas,ainda se avalia negativamente osresultados da aplicaçãoinadequada do crédito sem odevido acompanhamento, e semuma análise mais criteriosa,principalmente no aspecto dacomercialização, considerando asazonalidade dos produtos depesca.

O manual de crédito rural doBanco Central é quem define asregras de financiamentos tanto naagropecuária como naagroindústria. Cabe aos agentesfinanceiros a operacionalizaçãopara a aplicação do crédito dentrodas diretrizes estabelecidas peloBanco Central. Já comentamosem artigo anterior sobre a linha decrédito de Custeio PecuárioTradicional, onde a pesca estainserida com a exigência doarmador ser associado decooperativa.

Não fosse esta exigênciaabsurda, o crédito de custeioatenderia grande parcela do setorpesqueiro com financiamento paraaquisição de materiais para capturado pescado com até dois anos deprazo e juros de 8,75% ao ano. Parainvestimento não há linha deCrédito Rural que atenda o setor dapesca industrial com exceção dosrecursos disponibilizados em Feirasou Exposições.

Fora do Crédito Rural existemlinhas de crédito que apóiam odesenvolvimento de diversos setores,entre eles a aqüicultura. É o caso doPRODEAGRO – Programa deDesenvolvimento do Agronegócioque o BNDES atende através dasinstituições financeiras credenciadas.É um programa, para produtoresrurais, com objetivo de financiarinvestimentos fixos e semi-fixos.

A pesca só não esta incluída nesteprograma do BNDES a exemplo daaqüicultura, porque são poucas asentidades representativas dos nossosarmadores que se mobilizam paracomparecer, solicitar e justificar juntoao agente financeiro a necessidade docrédito como alavanca dedesenvolvimento, através damodernização tecnológica e oconseqüente aumento daprodutividade com melhoria daqualidade.

É preciso dar maior agilidade àCEDERURAL – Câmara Setorial da Pescado Conselho Estadual deDesenvolvimento Rural, para que hajamais participação dos agentesfinanceiros no desenvolvimento dosetor pesqueiro.

* Claudionor GonçalvesEngenheiro Agrônomo Msc,Sec. de Aqüicultura e Pesca de ItajaíDiretor de Desenv. e [email protected]

Crédito pesqueiro

Agentesfinanceirosprecisam ser maisparticipativos nodesenvolvimentodo setor pesqueiro

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ABRIL/MAIO 2006 REVISTA SINDIPI 39

A III Feira e Conferência

da Indústria Naval e Offshore será

realizada de 31 de maio a 02 de junho

de 2006, nos Armazéns 05 e 06 do

Porto do Rio de Janeiro. O evento é

uma iniciativa da Revista Portos eNavios em promover a Navalshore:

“Com 48 anos de existência, a Revista

tem uma grande responsabilidade

com o setor. E com a Feira, cumpre

seu papel de contribuir para o

desenvolvimento do setor aqüaviário”,

afirma Marcos Godoy Perez, diretor

da Navalshore.

De acordo com o Diretor, a

participação do setor pesqueiro é

primordial. “A Navalshore é a Feira de

referência da indústria naval no Brasil.

Por isso, a indústria pesqueira não

pode ficar de fora. Ainda mais neste

Indústria Naval

A feira dereferência daindústria navalbrasileira

momento em que o Profrota está

começando a sair do papel. A Feira

tem total identificação com o setor

pesqueiro”, conclui Perez.

Ao longo das duas primeiras

edições, a Navalshore destacou-se

como ponto de encontro das

empresas relacionadas à atividade de

construção, reparo e manutenção de

navios e à indústria offshore. Outra

característica marcante da Navalshore

é o seu foco preciso: a Feira foi

idealizada para reunir clientes e

fornecedores da indústria naval.

Na versão de 2005, a Navalshore

ampliou o teor de sua Conferência,

inserindo nos debates o universo das

empresas de navegação – o outro elo

dessa indústria, ao lado da indústria

de exploração de petróleo no mar.

São assuntos pertinentes à

Conferência a navegação de longo

curso e cabotagem, apoios marítimo e

portuário e navegação interior.

A primeira Navalshore, realizada

no Armazém 6 do Porto do Rio de

Janeiro, reuniu 95 expositores em 113

estandes distribuídos em 1.125 metros

quadrados. A área total ocupada,

incluindo praça de alimentação e o

auditório especialmente construído,

somou 3,5 mil metros quadrados.

Durante os três dias de sua

realização, a Feira recebeu a visita de

cerca de 6,2 mil pessoas.

Para mais informações sobre aNavalshore, acesse o sitewww.navalshore.com.br

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Culinária

Badejo flambado com cachaça epurê de banana-da-terraUm peixe do nosso mar, nobree saboroso. Uma receita comingredientes brasileiros,elaborada especialmente paraa edição do SINDIPI pela ChefInternacional Cacilda Vogel

Ingredientes

para saborear o badejo:1 litro de água1 cebola picada grosseiramente3 dentes de alho amassados½ pimentão vermelho ou verde1 pimenta dedo-de-moça s/ sementes5 folhas de manjericão2 folhas de alfavaca5 cebolinhas verdes, c/ a parte branca5 colheres (sopa) de salsinha picada1 raminho de tomilho1 colher (sopa) de sal5 pimentas-do-reino inteiras

Para o purê de

banana-da-terra:2 unidades banana-da-terra50 ml de leite quente

Modo de pepararColoque numa panela, todos os ingredientes parasaborizar o badejo.

Deixe ferver uns 20 minutos, para acentuar o sabor.Depois de passados os 20 minutos, coloque o badejo

neste caldo e ferva por 5 minutos. Desligue o fogo edeixe o badejo descansar neste caldo por 15 minutos.

Enquanto isto, lave as bananas e corte asextremidades, mantendo a casca.

Coloque as bananas numa panela e cubra com água.

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Leve ao fogo alto por mais ou menos 20 minutos,ou até ficarem macias.Escorra as bananas e descasque-as.No liquidificador, bata as bananas ainda quentes e oleite fervido até obter um purê.Reserve.

Passados os 15 minutos, retire o badejo do caldo, com

uma escumadeira.Numa frigideira coloque a manteiga e frite levemente obadejo dos dois lados.

Acrescente a cachaça e flambe.

Na frigideira, acrescente o suco de limão e deixereduzir um pouco.

Montagem do pratoNum prato, coloque o purê de banana num aro, e do

lado coloque o badejo.Coloque por cima o molho de cachaça e limão.

Enfeite com pimentão vermelho cortado em cubinhose passados na manteiga e com folhas de manjericão.

Receita da Chef InternacionalCacilda Vera Vogel

Professora do curso de Gastronomia da [email protected]

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ABRIL/MAIO 2006 REVISTA SINDIPI 41

Confira as novidades de dois eventos:Confira as novidades de dois eventos:Confira as novidades de dois eventos:Confira as novidades de dois eventos:Confira as novidades de dois eventos:a a a a a Seafood ExpoSeafood ExpoSeafood ExpoSeafood ExpoSeafood Expo em São P em São P em São P em São P em São Paulo e a aulo e a aulo e a aulo e a aulo e a Aquafair 2006Aquafair 2006Aquafair 2006Aquafair 2006Aquafair 2006 em SC em SC em SC em SC em SC

A Seafood Expo

A Seafood reúne profissionais dosegmento, distribuidores e fornecedores

da cadeia produtiva de pesca,aqüicultura e frutos do mar. O

Congresso Seafood trará váriasnovidades e tendências do mercado

Seafood do Brasil e do exterior. Emsessões que se realizarão durante os três

dias da feira, o congresso apresentará oV ENEPA, Encontro Nacional dos

Empresários de Pesca e da Aqüicultura,com o tema “Panorama Atual, Desafios

e Rumos da Pesca e da Aqüicultura”.O Grupo de Interesse em Pescado

apresentará em seu concorridoworkshop o tema “Inovações

Tecnológicas e Valor Agregado naTecnologia do Pescado: Pesquisas

Brasileiras” e o Simpósio da ABRACOA,

Associação Brasileira dos Criadores deOrganismos Aquáticos, abordará o tema

“Comercialização de Peixes de Cultivo”.O Congresso Seafood terá, ainda, o 2°

Seminário “Maravilhas do Mar”, focadoem restaurantes, bares, hotéis e chefs de

cozinha. Pela primeira vez no Brasil,acontecerá paralelamente à Seafood

Expo o 1º Seafood Latin AmericaAward que premiará o produto mais

inovador para o Food Service e o maisinovador para o varejo.

Mais informações:VNU Business Media do Brasil –

[email protected], ou pelo telefone:(11) 4613 2019

II AquaFair: diversidade elucro na produção! SC

A II Aquafair – Feira Internacional

de Aquicultura e Pesca, que será realizadaem Florianópolis, no Centro de

Convenções CentroSul, nos dias 25, 26e 27 de abril, promete ser um marco na

história do setor. O evento ocorre emparalelo à Avesui 2006, feira da Indústria

Latino-Americana de Aves e Suínos.A II Aquafair abrange toda a

cadeia da aqüicultura, desde redespara pesca, produção e

comercialização de alevinos, empresasde consultoria, empresas

certificadoras (ISO 14000 e licençasambientais), nutrição para peixes,

processamento de pescados e outrosorganismos aquáticos, manejo,

sistemas para tanques-rede, produtosveterinários para aqüicultura, entre

outros segmentos.Mais informações:

www.aquafair.com.br, ou pelo telefone:(11) 2118-3100

Agende-se

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Mensagem

O dia mais belo? HojeA coisa mais fácil? ErrarO maior obstáculo? O medoO maior erro? O abandonoA raiz de todos os males? O egoísmoA distração mais bela? O trabalhoA pior derrota? O desânimoA primeira necessidade? Comunicar-seO maior mistério? A morteO nosso pior defeito? O mau humorO pior sentimento? O rancorO melhor presente? O perdãoO bem mais imprescindível? O larA rota mais rápida? O caminho certoA melhor sensação? A paz interiorA maior satisfação? O dever cumpridoO que nos torna mais humanos? A dorOs melhores professores? As criançasAs pessoas mais necessárias? Os paisA força mais potente do mundo? A féA mais bela de todas as coisas? O amor

Madre Tereza de Calcutá

Sábias Respostas...Sábias Respostas...

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