Revista Sesc - Junho/Julho 2013
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1 O U T | N O V | 2 0 1 2R e v i s ta sescBrasil
sescBrasilP u b l i c a ç ã o b i M E S T R a l D o S E R V i ç o S o c i a l D o c o M É R c i o • D i S T R i b u i ç ã o N a c i o N a l
r e v i s t a
Por um país sem fomeMesa Brasil Sesc completa dez anos
P á g i n a 1 0
a N o 1 | N º 5
J u N | J u l | 2 0 1 3
a cara do Brasil:Pesquisas do Sesc revelam a evolução socioeconômica da populaçãoP á g i n a 6
Uma ação
O U T | N O V | 2 0 1 2O Sistema CNC Sesc Senac integra a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil
e é parceiro da campanha da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
anuncio_crianca 200x265.pdf 1 26/04/13 10:27
Pensar, comer, conservar
3Artigo
9Leitor
Premiado
8Gente Sesc
4Entrevista
6ProduçãoSesc
10Capa
32Passatempo
7Destaque
14Panorama
2Aqui
tem Sesc“A compreensão da necessidade de as sociedades reverem
suas relações com o meio ambiente impõe-se, hoje, como
uma urgência.”
Diretrizes para o quinquênio 2011-2015
Em dezembro de 1972, a Assembleia Geral da ONU marcou a
abertura da Conferência de Estocolmo com a criação do Dia
Mundial do Meio Ambiente – 5 de junho. Durante a Conferência,
foi também aprovado o Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (PNUMA). Desde então, cabe ao PNUMA “promover a
conservação do meio ambiente e o uso eficiente de recursos no
contexto do desenvolvimento sustentável”.
Nos últimos 40 anos, o PNUMA seleciona, anualmente, um
lema para celebrar o 5 de junho. O de 2013 é o título deste
editorial, complementado pelo apelo “Diga não ao desperdício”.
Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura) a cada ano são desperdiçadas 1,3
bilhão de toneladas de comida – o que equivale a toda a produção
de alimentos da África subsaariana. Em definitivo, conclama o site
do evento (www.thinkeatsave.org), “pense antes de comer e,
assim, conserve e proteja o meio ambiente”.
Nossa matéria de capa celebra os 10 anos do Mesa Brasil Sesc.
Sua missão está em perfeita sintonia com o lema do 5 de junho de
2013: “Contribuir para a Segurança Alimentar e Nutricional dos
indivíduos em situação de maior vulnerabilidade e atuar na
redução do desperdício, mediante a doação de alimentos,
desenvolvimento de ações educativas e promoção de
solidariedade social em todo o país.”
Ações como o Mesa Brasil fazem do Sesc um exemplo e
modelo. Sabemos todos, leitores atentos das Diretrizes 2011-2014,
que “ser modelo para a sociedade é uma forma viável de
contribuir para transformá-la”.
Maron Emile Abi-AbibD i r E t O r - G E r A L D O
D E PA r tA M E N t O N A C i O N A L
D O S E S C
1R e v i s ta sescBrasilJ U N | J U L | 2 0 1 3
2 J U N | J U L | 2 0 1 3R e v i s ta sescBrasil
Polo de exploração de diamantes nos anos 1930 e 1940, Tepequém, que já abri-gou mais de cinco mil garimpeiros, hoje tem apenas 500 habitantes. Localizada no município de Amajari, a 230 quilôme-tros de Boa Vista, teve seu nome origina-do das palavras indígenas “Tupã queem”, que significa “Deus do fogo”. A região é um dos principais atrativos turísticos do estado de Roraima e é reconhecida por sua natureza exuberante, com vegetação diversificada.
Com 12 mil quilômetros quadrados, a serra surpreende não só por suas pai-sagens. Lugares como as cachoeiras do Paiva, Barata e Funil, o Paraíso das Araras, o Caminho da Pedra-Sabão e o Platô ain-da encantam moradores e turistas, mas são as atividades radicais, como trekking (caminhada), eco-bike, rapel, trilhas de moto e 4x4 que tornam o local mais emocionante.
Foi nesse ambiente recheado de histó-ria e paisagens deslumbrantes que, em 2001, o Sesc em Roraima criou a Estância Ecológica do Tepequém. Composta por quatro casas com total infraestrutura, sendo três delas de madeira e uma em alvenaria, a Estância mistura natureza com conforto e comodidade oferecidos aos hóspedes. Parques infantis, represa e piscina natural, circuito de arvorismo e tirolesa são atrações para todas as idades.
Onze colaboradores da própria comu-nidade atuam na estância, que desde 2006 possui um espaço voltado para seu mais recente tesouro e fonte de renda da população: a pedra-sabão, encontra-da em cinco cores diferentes somente em Roraima. Peças de decoração e joias feitas com a pedra representam o tradi-cional artesanato local e são destaque no Espaço José Roberto Tadros. n
Aqui
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Do diamante à pedra-sabão: preciosidades de tepequém
Diz uma lenda indígena que um vulcão furioso derramava sua lava e destruía tudo ao seu redor. O fogo varria o que havia pela frente: pessoas, casas, árvores, animais. Para acalmá-lo, era preciso sacrificar três belas índias virgens da tribo. E assim foi feito. As três mais bonitas se apresentaram para realizar o sacrifício em benefício do seu povo, e, num gesto de renúncia, atiraram-se à lava. Aceito o sacrifício, viu-se aplacada a fúria do vulcão, que parou de lançar fogo e começou a jorrar diamantes. O vulcão, hoje, é a Serra do Tepequém.
DiV
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AçãO
SES
C RR
3J U N | J U L | 2 0 1 3 R e v i s ta sescBrasil
Avaliação das características diárias do corredor
Horas de sono (+) 7 horas4 pontos
6 a 7 horas3 pontos
4 a 5 horas2 pontos
(-) 4 horas1 ponto
Alimentação 6 vezes4 pontos
3 a 4 vezes3 pontos
(-) 3 vezes2 pontos
1 vez1 ponto
Emocional calmo/tolerante4 pontos
calmo3 pontos
ansioso2 pontos
irritado1 ponto
Água 1,5L ou (+)4 pontos
(-) de 1,5L3 pontos
500ml2 pontos
(-) 300ml1 ponto
Horas de trabalho 6 a 9 horas4 pontos
9 a 10 horas3 pontos
11 a 12 horas2 pontos
(+) 12 horas1 ponto
Recomendamos:
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11 a 20 pontosexercite-se 100%
8 a 10 pontosexercite-se 50%
4 a 7 pontosdescanse
Corrida, saúde e vida longa
Art
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Para começar a correr e ter bons resultados, a prática deve acontecer depois de uma avaliação do cardiologista. Assim, a corrida ficará mais se-gura, já que será conhecida a intensidade ideal para o seu organismo. Se houver algum proble-ma ortopédico, dores no joelho, nas costas ou nos pés, procure um ortopedista e certifique-se de que a corrida é aconselhável.
No dia a dia, para o bom desempenho, é pre-ciso dormir, preferencialmente, oito horas por noite. Alguns podem se sentir bem dormindo apenas seis ou sete horas, isso depende de cada um. Sem dormir bem, a corrida pode fazer mal e não o bem como se espera.
A alimentação é outro item importante. O alimento é o combustível do corpo. Sem ele, fica difícil ter saúde, principalmente quando se pratica corrida. Você já deve ter visto alguém que passa mal, fica tonto e sua muito após es-forço físico. isso pode indicar que o açúcar no sangue está muito abaixo do necessário para manter os músculos trabalhando. O corpo pre-cisa de harmonia. Diante da falta de açúcar, há sensação de mal-estar, obrigando o corredor a parar de correr.
Por dia, são necessárias cinco refeições, sendo elas café da manhã, almoço, jantar e os lanches dos intervalos. Para as pessoas que têm outra rotina de trabalho (até muito tar-de), podem incluir a ceia, um lanche rápido antes de dormir.
Frutas, legumes, verduras, pães integrais, car-nes brancas, cozidos e assados são os mais reco-mendados, deve-se evitar sucos, refrigerantes e bebidas alcoólicas durante as refeições. Eles re-têm líquido no corpo e, assim, podem inchá-lo.
Com o corpo pesado, a corrida fica mais sofrida e dores surgirão ao longo do exercício.
A caminhada é o passo inicial. Ela trará resis-tência à musculatura e às articulações dos joelhos, evitando lesões. Caminhando, você fica mais pa-ciente e, assim, terá tempo para descobrir o seu ritmo ideal. Caminhando, você prepara o organis-mo para gastar mais gorduras, melhorando a função nos músculos. Se andando ficar ofegante, a caminhada é a mais recomendada para o mo-mento. O emagrecimento é uma consequência, permitindo a melhora da autoconfiança.
A fase seguinte intercalará correr e andar. Como treino, sua rotina pode ser assim: andar 100 metros e correr, lentamente, por 300 metros. Durante 20 minutos, 30 minutos, até que perceba que seu corpo já consegue correr sem parar.
Quando tiver passado pelas etapas de andar, e andar e correr, melhorará a técnica, a coordenação para correr. A previsão mínima de tempo para a prática de cada etapa é: andar por três meses; an-dar e correr por quatro meses. Se houver sobrepe-so, elimine-o para obter bons resultados para sua
saúde e seu desempenho.
Ao observar vários corredores, é fácil per-ceber que cada um corre de um jeito. um corre inclinado para frente; outro inclina o ombro para um lado; outro, com os braços retraídos junto ao peito ou com mãos tensas. isso traz malefícios ao corredor, principal-mente para os iniciantes. Então, é importante começar a correr corretamente para evitar dores. Procure sentir bem-estar. Observe-se antes de andar ou correr.
Diariamente, faça uma análise da sua rotina (veja gráfico abaixo), se você programou andar ou correr durante uma hora, faça antes sua au-toavaliação e confira se andará uma hora, 30
minutos ou descansará. Bons treinos! n
Miguel Sarkis, personal trainer
gRADuADO EM EDuCAçãO FíSiCA, ATuA COMO PERSONAL TRAiNER
DESDE 1978. CORRE DESDE 1975 (ATé 2009, REALizOu 40 MARATO-
NAS, SENDO 15 DELAS EM MENOS DE 2h40). DiRETOR DA MiguEL
SARkiS PERSONAL TRAiNER, TEM ESPECiALizAçãO EM OBESiDADE,
CARDiOPATiA E iDOSOS PARA A QuALiDADE DE ViDA. é RECONhECi-
DO PELA CONFEDERAçãO BRASiLEiRA DE ATLETiSMO COMO TREiNA-
DOR DE ATLETiSMO E CREDENCiADO COMO TéCNiCO DE ATLETiSMO
– NíVEL iNTERNACiONAL PELA iAAF (iNTERNATiONAL ASSOCiATiON
OF AThLETiCS FEDERATiONS). é AuTOR DOS LiVROS ANDAR Ou COR-
RER? (ESgOTADO) E A CONSTRuçãO DO CORREDOR.
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Muito divulgada, a corrida atrai cada vez mais o interesse da população. Seja com a finalidade de nos condicionarmos fisicamente ou como prática esportiva, ela é considerada bastante saudável. Mas será que é fácil correr? Como iniciar?
4 J U N | J U L | 2 0 1 3R e v i s ta sescBrasil
Entr
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SOAL
“O Mesa Brasil sesc é um programa extremamente útil para o desenvolvimento do Brasil”
eNtRevista COM JeffRey KleiN
O programa Mesa Brasil Sesc recebeu, em
abril, a chancela da global FoodBanking
Network (gFN), organização sem fins
lucrativos comprometida com a criação e o
fortalecimento de bancos de alimentos. A
entidade atua em mais de 20 países, com
abrangência de um terço do total de pessoas
que sofrem com a falta de comida em todo o
mundo. Desde janeiro de 2011, a gFN vem
sendo coordenada por Jeffrey klein,
especialista em desperdício e combate à fome.
klein conversou com a Revista Sesc Brasil
sobre esses dez anos do programa e sua
satisfação com a parceria. “Estamos felizes por
trabalhar em conjunto com o Mesa Brasil em
termos de planejamento, apoio, recursos e,
em última análise, oferecendo mais comida
para que o programa seja capaz de expandir-
se”, frisou.
5J U N | J U L | 2 0 1 3 R e v i s ta sescBrasil
O que é um banco de alimentos? Os bancos de alimentos são uma solução comprovada para os problemas inter-rela-cionados de fome e desperdício de alimen-tos no mundo. A ideia é coletar alimentos que ainda podem ser consumidos, mas que não serão mais utilizados ou vendi-dos, e distribuí-los onde quer que seja necessário.
Conte-nos um pouco mais sobre o tra-balho da GFN.A global FoodBanking Network trabalha para que as atividades dos bancos de ali-mentos sejam eficientes em escala global. Em parceria com empresas, organizações religiosas, organizações não governamen-tais (ONgs) e outros, tentamos encontrar formas socialmente responsáveis e econo-micamente eficazes de utilizar os recursos disponíveis no apoio aos bancos. A gFN tem experiência, contatos e programas pa-ra transformar esses recursos em ativos
poderosos no combate à fome e no forta-lecimento de comunidades ao redor do mundo. Também podemos destacar o Food Bank Leadership institute (FBLi), ini-ciativa da gFN, que é o único fórum global para educação, formação técnica e com-partilhamento de boas práticas para os envolvidos em operações de bancos de alimentos em todo o mundo.
Qual é a importância de um projeto receber a aprovação da GFN?Somente bancos de alimentos ou redes de bancos de alimentos que alcançam o mais alto padrão de governança recebem a chancela. A gFN oferece uma série de benefícios, que contribuem para o desen-volvimento operacional de seus membros, como poder compartilhar das melhores práticas tanto da gFN quanto de institui-ções parceiras e ter acesso a comunidades de doadores e voluntários globais, que tenham interesse em apoiar ou, até mes-mo, financiar ações de combate à fome.O Mesa Brasil Sesc não trabalha somente com solidariedade, mas também com educação.
Por que atuar nessas duas áreas? O objetivo do Mesa Brasil Sesc é contribuir para a promoção da cidadania e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas em situação de pobreza, sob a perspectiva da inclusão social. é, essencialmente, um programa de segurança alimentar, com base em atividades de educação nutricio-nal e distribuição de excedentes de ali-mentos.
Há mais exemplos positivos em outras partes do mundo? Podemos citar o caso do Bulgarian Food Bank (BFB), lançado e incorporado à rede gFN em 2012. Em seu primeiro ano, o BFB distribuiu 120 toneladas de alimentos para mais de 5,5 mil pessoas, em dez cidades.
Outra história de sucesso é o Feeding hong kong (Fhk), primeiro banco de ali-mentos daquele país. Nossas parcerias também vêm dando frutos com novos bancos de alimentos no iraque, Chile, Áfri-ca do Sul, Jordânia, Líbano, Arábia Saudita, Tunísia, Bahrein, kuwait, Paquistão e Emi-rados Árabes unidos.
Qual é a mensagem que fica deste programa, em sua opinião? A missão da global FoodBanking Network é amenizar a fome no mundo, colaboran-do para o desenvolvimento de bancos de alimentos em comunidades onde eles são necessários. Também queremos nutrir in-divíduos e fortalecer comunidades. Esta-mos felizes por trabalhar em conjunto com o Mesa Brasil Sesc em termos de planejamento, apoio e recursos para que o programa seja capaz de expandir-se. é um programa extremamente útil para o desenvolvimento do Brasil, que já atingiu resultados fantásticos. n
JEFFREy kLEiN é BAChAREL EM FiNANçAS PELA gEORgE-TOwN uNiVERSiTy. NASCEu NA CiDADE DE CLEVELAND, ES-TADO DE OhiO, E, ATuALMENTE, RESiDE EM ChiCAgO COM SuA ESPOSA E TRêS FiLhOS. DuRANTE SuA ViDA PROFiSSiO-NAL, O TRABALhO DE kLEiN COM A iNDúSTRiA DE ALiMEN-TOS TEM SE DADO DE DiVERSAS MANEiRAS, NO RAMO DA CONSuLTORiA DE NEgóCiOS E DE LEVANTAMENTO DE CAPi-TAL, POR ExEMPLO, PARA gRANDES REDES SuPERMERCA-DiSTAS NOS ESTADOS uNiDOS E NO BRASiL.
“O objetivo do
Mesa Brasil sesc
é contribuir para
a promoção da
cidadania e para
a melhoria da
qualidade de vida
das pessoas em
situação de pobreza,
sob a perspectiva da
inclusão social.”
“a Global
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Network trabalha
para que as
atividades dos
bancos de alimentos
sejam eficientes em
escala global.”
6 J U N | J U L | 2 0 1 3R e v i s ta sescBrasil
Retrato brasileiro sesc promove estudos que servirão como base para planejamento de novas ações
Prod
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Ses
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O estudo Retrato Socioeconômico Brasi-
leiro: 2004 a 2011 apresenta o quanto a
população evoluiu no tocante à educação,
saúde, trabalho, habitação, desigualdade e
renda. Os resultados apontaram uma me-
lhora significativa nas suas condições de
vida dos brasileiros ao longo desse período.
um dos pontos que chamam a atenção é
que os comerciários contribuem sensivel-
mente para o aumento dos indicadores.
“Os lares que contam com comerciários
possuem desempenhos superiores à média
da população total nacional, o que ajuda
a potencializar o resultado final. Os dados
apontam, porém, que o Brasil ainda pode
melhorar esses indicadores”, afirma Andrea
de La Reza, assessora técnica da gEP.
O outro estudo “Cenários Econômicos
e Sociais do Brasil 2011-2015” aponta os
desafios a serem superados nos próximos
anos. Muitos deles são resultados dos
novos patamares de desenvolvimento al-
cançados pelo país, como, por exemplo, a
qualificação de mão de obra. um dos en-
traves a isso seria o nível de escolaridade
muito baixo.
Da mesma maneira que o estudo anterior,
este aponta os trabalhadores do comércio
como parte fundamental no cenário so-
cioeconômico. Afinal, segundo a PNAD de
2009, em 22% do total de domicílios no
Brasil há pelo menos um comerciário. isso
quer dizer: mais um motivo para o Sesc
estar à frente de um estudo com tamanha
importância, uma vez que este é o seu
público-alvo.
Todos os Departamentos Regionais podem
ter acesso às pesquisas. Para conferir, basta
acessar www.sesc.com.br/portal/sesc/depar-
tamento_nacional/intranet/pesquisas. n
O Departamento Nacional do Sesc realizou, com apoio do instituto de Estudos do Trabalho
e Sociedade (iETS), dois estudos para ampliar o conhecimento sobre as condições de vida
da população e sua evolução social e econômica. Em um deles, foi traçado um histórico dos
anos entre 2004 e 2011 e, em outro, descritos os cenários da realidade brasileira até 2015.
Desenvolvidos pela gerência de Estudos e Pesquisas (gEP), os estudos foram baseados em
dados de Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (PNADs) realizadas pelo instituto
Brasileiro de geografia e Estatística (iBgE), e contribuirão para o planejamento do Sesc
quanto à oferta de serviços. “A ideia é difundir os resultados o máximo possível entre
gestores e técnicos, a fim de que sirvam como ferramentas de trabalho”, afirmou o gerente
da gEP, Mauro Rego.
7J U N | J U L | 2 0 1 3 R e v i s ta sescBrasil
Dest
aque
Celebrado em 5 de junho, o Dia Mundial do
Meio Ambiente surgiu da necessidade de alertar
a população e governos de cada país para os pe-
rigos da negligência em relação às questões am-
bientais. Foi um marco na luta pela preservação
do meio ambiente, que desde então tem sido
vista como uma meta mundial. As conquistas
foram muitas, com a disseminação de informa-
ções que renderam ações como o aumento na
reciclagem do lixo, a criação de equipamentos
para economizar energia e água e até mesmo
o comprometimento das nações em reduzir as
emissões de carbono. No entanto, sabe-se que
ainda há muito a ser feito.
Aos poucos, a campanha em prol de um mun-
do melhor vem contagiando os mais diversos se-
tores da sociedade. Escolas, condomínios, comu-
nidades se unem em iniciativas que demonstram
um maior esclarecimento sobre a questão. uma
responsabilidade que o Departamento Nacional
do Sesc abraçou em 2010, com a criação do Ecos
– Programa de Sustentabilidade CNC-Sesc-Senac.
Lançado com o objetivo de reduzir os impactos
ambientais derivados da rotina de trabalho do
Condomínio de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro,
o Ecos começa a circular pelo país, adotado pelos
Departamentos Regionais.
Alagoas, Sergipe e Roraima já implantaram o
programa, que em breve chegará a mais 20 esta-
dos. Voltado para o público interno, consiste em
um conjunto de ações que visa otimizar os recur-
sos e é aplicado aos procedimentos e atividades
do dia a dia das instituições.
O programa já alcançou resultados considerá-
veis. Somente em 2012, o Departamento Nacional
economizou 1.272.900 copos descartáveis, 9.750
folhas de papel e 8.205 m³ de água. houve redu-
ções também nos gastos com papel toalha, guar-
danapo, sacolas e energia. No entanto, para Mario
Saladini, coordenador do programa, o Ecos busca,
além da economia financeira, inserir o cuidado
com o meio ambiente na principal missão do Sesc:
a busca pelo bem-estar social. “O Ecos aproxima
o Sesc do conceito de sustentabilidade. E, hoje, o
cuidado com o meio ambiente está diretamente
ligado ao social.”
Nos três Departamentos Regionais onde o
Ecos foi implantado, a adesão dos servidores foi
bastante positiva. Eles arregaçaram as mangas e
fizeram da sustentabilidade palavra de ordem. O
trabalho é coordenado por grupos gestores, for-
mados por servidores de diferentes setores, que
promovem ações locais seguindo a metodologia
e indicadores padrão.
Em Roraima, o Ecos marcou pela mudança de
comportamentos. Vivian Roberta de Souza, coor-
denadora do grupo de gestores locais, observou
a redução no uso dos copos plásticos. “Disponibi-
lizamos a caneca do programa e é notória a prefe-
rência de todos pelo uso dela. Essa mudança de
hábito desencadeia outras mudanças. um exem-
plo disso é que a diminuição do uso dos copos
reduziu o uso de sacos de lixo”, explica.
Em Alagoas, a caneca verde com a inscrição
“Não sou descartável” também fez sucesso e
resultou na criação do Espaço Ecos – uma área
construída especificamente para a lavagem des-
ses utensílios com sabão biodegradável. No local,
também há um jornal mural, onde são divulgados
semanalmente dicas e informações úteis sobre
sustentabilidade. “Nós desenvolvemos projetos
ecológicos para o público externo, mas essa é a
primeira vez que implementamos um projeto fo-
cado no ambiente de trabalho. O Ecos confirma o
nosso compromisso ideológico com o meio am-
biente”, destaca Cléa Costa, gestora de Saúde e La-
zer e coordenadora do grupo do Sesc em Maceió.
Em Sergipe, foram realizadas palestras pela
ONg Canto Vivo e montada uma horta vertical
com garrafas PET. Os servidores são tão engajados
que as ações do Ecos já transcendem o ambiente
de trabalho. “Percebemos uma mudança de com-
portamento dos funcionários, introduzindo na sua
família uma consciência crítica em relação ao con-
sumo consciente, preservação do meio ambiente
e responsabilidade socioambiental”, comemora
Clarissa Rocha, designer gráfica e membro do gru-
po gestor em Aracaju. n
ecos leva sustentabilidade aos quatro cantos do Brasil
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Sempre que conseguia um tempinho livre e um pouco de inspiração,
guilhermando Furtado, servente da unidade Sesc Balneário, logo
começava a rabiscar seus poemas. O tempo foi passando e a poesia
sempre ali, presente no seu dia a dia. Quando deu por si, aos 44
anos, guilhermando tinha em mãos páginas e páginas repletas de
versos. Foi então que resolveu reunir todo esse material em um livro.
Em maio de 2012, com o apoio da Editora Travessia, chegava às
livrarias de Manaus e região o livro Palavra de Poeta. “Sempre fui
um amante da leitura, e a poesia me segue desde garoto. Ter meu
livro publicado foi como ver todas aquelas emoções combinadas
com sons, ritmos e cheirinho de página nova”, conta, emociona-
do, o poeta.
O livro é uma mistura de poemas da época de sua adolescência,
com a escrita bem coloquial, e outros recentes, com uma estrutura
mais elaborada. O formato conquistou leitores, que são a inspira-
ção para o poeta, já com uma segunda obra em construção. n
há pouco mais de três anos, a servidora Aliny gleicia Tristão concilia o tempo e o co-ração entre o trabalho, no Suporte de infor-mática do Sesc em goiás, e a paixão pelo
teatro. Aliny ingressou nas artes cênicas por diversão, mas, aos poucos, as oficinas de teatro do Sesc já não eram o bastante: ela queria mais.
Foi quando, assistindo a uma apresenta-ção, soube do processo seletivo de atores para o grupo zaptArteatral. Desde então, Aliny integra a equipe de voluntários que leva o teatro às comunidades carentes. Se-gundo ela, a magia do palco ajuda a todos. “Ele provoca transformações no modo de ver, fazer e sentir as coisas. A melhor parte desse trabalho é ver o sorriso e o brilho no olhar das crianças após uma apresentação. Não tem dinheiro que pague”, conta a ser-vidora. n
Goiás
a magia dos palcos
Amazonas
“a poesia me segue desde garoto”
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Garanhuns: cidade serrana, cidade jardim
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O RESuLTADO DA ENQuETE E DO SORTEiO
PODEM SER ACESSADOS NA PÁgiNA DO
SESC NA iNTERNET A PARTiR DO DiA 2 DE
AgOSTO: www.SESC.COM.Br/rEviStASESC.
Fica difícil de acreditar que, em meio ao
agreste pernambucano, exista um lugar
florido, de temperaturas amenas e com
construções e gastronomia bem ao estilo
europeu. Conhecida como a Suíça brasileira,
garanhuns chama atenção por ser uma rari-
dade. imortalizada na voz de Luiz gonzaga, a
cidade está localizada na região montanhosa
do Planalto da Borborema, o que garante um
clima frio e ideal para saborear um chocolate
quente. Tais características também surpreen-
deram a servidora do Departamento Na-
cional do Sesc gabriela Pessoa Florião, que
visitou a região em novembro de 2011.
gabriela passou três dias com seu namo-
rado na cidade após ser sorteada na seção
Leitor Premiado e pôde apreciar as paisagens
exóticas da serra nordestina. A carioca de 22
anos elegeu o famoso Relógio das Flores, lo-
calizado na Praça Tavares Correia, como seu
ponto turístico preferido. Construído com cris-
tal de quartzo, o relógio tem quatro metros de
diâmetro e sua estrutura é composta por plan-
tas de diversas espécies. Por causa dele, gara-
nhuns é conhecida como a Cidade das Flores.
Segundo a assistente administrativa, outra
atração imperdível é o Castelo de João Ca-
pão. Fruto do trabalho e sonho de um mora-
dor da cidade, o palácio encanta os visitantes.
Construído há 20 anos, tem duas torres de
ares medievais, um salão, um jardim com
uma fonte e outros ambientes quer servem
como aposentos. “Visitar o castelo é uma
oportunidade única de conhecer de perto
a arquitetura medieval em pleno Nordeste
brasileiro”, relembra.
O casal ficou hospedado no Centro de
Turismo e Lazer Sesc em garanhuns. O
hotel dispõe de 109 apartamentos, todos
equipados com banheiros privativos, frigo-
bar, televisão e telefone. A unidade oferece
ainda piscinas, restaurante, salão de jogos e
de festas e uma sala de cinema. n
10 R e v i s ta sescBrasil J U N | J U L | 2 0 1 3
Dez anos de Mesa Brasil sesc:Combatendo o desperdício de alimentos e a fome
De onde sobra para onde falta. uma fórmula simples que completa dez anos em 2013.
Seu nome: Mesa Brasil Sesc. O projeto, nascido para reduzir o desperdício de comida e
complementar a alimentação da classe menos favorecida, completa uma década já tendo
atendido 10 milhões de brasileiros desde a sua origem. hoje, com a chancela da global
FoodBanking Network, uma instituição mundial criada para fortalecer bancos de alimentos,
o projeto está em todo o país e conta com um braço voltado às ações emergenciais:
o Sesc Solidário.
ChANCELADO PELA gLOBAL
FOODBANkiNg NETwORk
(gFN), O MESA BRASiL SESC
uNE SOLiDARiEDADE E
EDuCAçãO: AS AçõES
TRANSFORMAM A REALiDADE
DAS iNSTiTuiçõES
BENEFiCiADAS E DOS
VOLuNTÁRiOS, QuE
APRENDEM A ORgANizAR
A COMiDA, uTiLizANDO
MELhOR OS ALiMENTOS.
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C SC
Capa
11R e v i s ta sescBrasil
Capa
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Os números não mentem: o projeto é um su-
cesso. São 410 mil toneladas de alimentos já
distribuídos para 5,5 mil entidades. O trabalho
é árduo e envolve mais de 500 voluntários em
todos os estados brasileiros. “Temos um país de
dimensões continentais e conseguimos atender
a toda essa diversidade. Chegamos a comunida-
des indígenas no Mato grosso do Sul, distribu-
ímos alimentos no Amazonas utilizando a rede
pluvial, fazemos ações educativas no sertão.
Somos a maior rede de bancos de alimentos
do país e temos uma missão que vem sendo
atingida: levar de onde está sendo desperdiçado
para quem vai usar realmente”, afirma a coorde-
nadora nacional do Mesa Brasil, Cláudia Márcia
Ramos Roseno.
A capilaridade do trabalho é o mais surpre-
endente. Num país em que muitos projetos não
chegam à ponta, o Mesa Brasil Sesc (MBS) é
exemplo. Em Sergipe, a coordenadora Jacqueli-
ne de Cerqueira Lima se emociona ao comentar
que, ali, os alimentos enriquecem a mesa de
pessoas que muitas vezes passavam dificulda-
des. “A rota do sertão é atendida de maneira
sistemática. Essa região é composta por municí-
pios em que anualmente é decretado estado de
calamidade por conta da seca. Temos ido ao en-
contro dessas populações, e o resultado é boni-
to de se ver. isso não tem preço. Dá orgulho tra-
balhar no projeto”, observa Jacqueline, citando
outra iniciativa sergipana dentro do Mesa Brasil
que chama a atenção: o Mesinha Saudável.
Destinado às crianças de 2 a 6 anos, o Me-
sinha é um projeto de educação nutricional
que visa ensinar e alimentar de forma lúdica
crianças de instituições sociais, na maioria cre-
ches locais. Ali, elas conhecem os alimentos e
distinguem aqueles que fazem bem à saúde. As
descobertas são levadas para casa e ajudam a
mudar os hábitos das famílias. Mais um ponto
para o Mesa Brasil.
A realidade também ganhou novos con-
tornos em Manaus, no Amazonas. “Fazemos
parte desse programa há anos. Por meio dele,
atendemos mais de 150 pessoas diariamente.
Temos casos de crianças que chegaram aqui
subnutridas e hoje já frequentam a escola. So-
mos muito gratos pela oportunidade que o Sesc
nos proporciona com o Mesa Brasil”, declara
Claudete Ciarini, gestora do Abrigo Moacyr Al-
ves, instituição beneficiada pelo programa, que
funciona como abrigo permanente e temporário
para crianças e adolescentes.
O Centro dos hemofílicos do estado de São
Paulo é outro exemplo. “Atendemos hemofíli-
cos, pessoas que têm a alimentação como parte
fundamental do tratamento. Também temos ca-
sos de crianças com quadros de desnutrição. Ou
seja, a alimentação é nossa prioridade. O Mesa
Brasil nos fornece frutas, legumes e verduras e,
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NO MARANhãO, O SESC SOLiDÁRiO ENTRA EM AçãO,
ATENDENDO àS VíTiMAS DE CATÁSTROFES NATuRAiS
(AO LADO). EM SANTA CATARiNA (ABAixO), uM ExEMPLO
DO QuE hÁ uMA DéCADA VEM SENDO FEiTO PELO MESA
BRASiL: gARANTiR O PRECEiTO uNiVERSAL QuE Diz QuE
TODO SER huMANO PRECiSA SER ALiMENTADO.
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A v i s ã O d E Q u E M E s t Á N O d i A A d i A
“Diariamente, vemos pessoas que passam
por dificuldades, e o programa ajuda pelo
menos a amenizar a fome delas. É muito
gratificante conhecer os doadores que
fazem diferença na vida dessas pessoas.
O projeto mudou minha realidade em
casa, pois passei a compartilhar tudo
sobre esse assunto com meu filho – um
menino de nove anos. Hoje, por conta
disso, ele já entende que quando
ganha um brinquedo, é o momento
de doar outro.”
Paulo henrique Silveira (foto abaixo), motorista há cinco anos do Mesa Brasil Sesc no Rio grande do Sul
“todo dia acordo e saio não para
trabalhar, mas para ajudar a quem
precisa. É nessas horas que vejo que
dinheiro não paga a satisfação de fazer o
bem. A falta do alimento é uma realidade
que me toca bastante, principalmente
quando faço uma entrega para crianças e
idosos, por serem pessoas mais frágeis e,
muitas vezes, estarem abandonadas. Eles
ficam tão felizes quando chegamos que é
nesse momento que sei que vale a pena
todo o nosso esforço.”
Josenildo Pereira da Silva, há nove anos auxiliar de Operações do Mesa Brasil Sesc
no Rio grande do Norte
“Nesta temporada de seca no Nordeste,
que é uma das piores de todos os tempos,
estamos levando alimentos e água para
as cidades mais atingidas. vejo muita
miséria e tristeza, gado morrendo. A
região de Quixeramobim é de dar pena,
mesmo. Os moradores sabem quando
vamos até lá, e a comemoração é grande
quando chegamos. A gente, que vê a
realidade das pessoas, passa a ver tudo
de maneira diferente.’”
Janio Moreira, motorista há sete anos do Mesa Brasil Sesc no Ceará
“No meu trabalho, vejo os dois lados da
moeda: como o doador desperdiça e
como tem gente que precisa. É o grande
contraste da fome e do desperdício no
Brasil. Por conta disso, passei a ter mais
consciência na hora das compras de
mercado. Na hora de escolher tomates,
por exemplo, procuro não apertá-los, pois
sei que ninguém vai comprar um tomate
amassado. A mesma coisa é com as
cenouras que têm a ponta quebradinha e
os sacos de cereais furados. Acho que as
pessoas não têm consciência disso.”
Fernanda hardt, nutricionista (foto acima), trabalha no Mesa Brasil Sesc no Paraná há cinco anos
também, a possibilidade de capacitação para
os nossos funcionários, o que é muito impor-
tante para nós. Por isso, costumo dizer que não
somos parceiros do Mesa Brasil; nós somos
fãs!”, afirma a presidente da instituição, Maria
Cecília Magalhães Pinto.
Parceiro do Fome zero, programa de com-
bate à fome do governo Federal, o MBS tem
um viés social forte. E não procura fugir desse
princípio. “é fato que as pessoas têm fome. E,
consequentemente, também têm deficiência
de nutrientes. Por isso a importância desse tra-
balho”, diz a assistente social da coordenação
nacional do Mesa Brasil, Ana Cristina Barros.
No entanto, o programa vai além e investe
numa linha estruturante, com base na pro-
moção de ações educativas. “Além de levar o
alimento, ensinamos como aproveitá-lo. Essa
ação transforma a realidade da instituição e os
voluntários envolvidos naquele trabalho, que
aprendem a organizar a comida, utilizando
melhor os alimentos”, frisa.
Voluntários, aliás, não faltam. Eles são a for-
ça motriz do programa. “O trabalho é realiza-
do para que se possa cultivar cada vez mais
essa cultura de solidariedade, como sinônimo
de parceria e de comprometimento mútuo,
contribuindo para uma sociedade menos de-
sigual”, afirma a coordenadora estadual do
Mesa Brasil Sesc em Santa Catarina, Luciana
do Nascimento.
Para estar entre os beneficiados pelo Mesa
Brasil, é preciso que a instituição esteja cadas-
trada e regularizada de acordo com a lei. Ou
seja, o programa também aposta no fortaleci-
mento institucional. “Não existe a possibilida-
de de receber alimento sem que a instituição
passe pela ação educativa. E isso é interessante
não só porque eles aprendem a lidar com a
matéria-prima, mas também porque é uma
forma de elevar a autoestima por saber que
passaram a ser parceiros do Sesc”, explica
Claudia Roseno.
A ideia de sucesso que desaguou no Mesa
Brasil nasceu em São Paulo. O projeto que
hoje contempla duas modalidades de doação,
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A iDEiA DO PROgRAMA é BuSCAR A SAúDE iNTEgRAL
DO SER huMANO. POR iSSO, SãO ACEiTAS DOAçõES
DE ALiMENTOS E DE MATERiAL DE LiMPEzA, uTENSíLiOS
CuLiNÁRiOS, COMBuSTíVEL E EMBALAgENS PRóPRiAS,
ENTRE OuTROS PRODuTOS.
“somos a maior rede de
bancos de alimentos do país
e temos uma missão que vem
sendo atingida: levar de onde
está sendo desperdiçado para
quem vai usar realmente.”
Claudia Roseno, coordenadora nacional do MBs
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a colheita urbana e o banco de alimentos, sur-
giu apenas com a primeira opção. “Ainda hoje
preservamos o formato inicial, pois acreditamos
que isso nos aproxima da comunidade. O pro-
grama começou como uma novidade no Brasil,
pois não havia a cultura de doação de alimen-
tos. inclusive foi preciso buscar experiências
fora do país. hoje, a rede está espalhada por
todo o território nacional e faz a diferença na
vida das pessoas. Só aqui são 120 mil atendi-
dos”, observa Luciana Curvello, coordenadora
do Mesa Brasil em São Paulo.
Para que a logística do trabalho dê certo, é
preciso muito esforço. O mesmo serve para a
questão da infraestrutura, que é avaliada cons-
tantemente. Em goiás, por exemplo, come-
mora-se a aquisição do atual imóvel onde está
situada a unidade do Mesa Brasil: localização
privilegiada, área ampla, equipamentos novos.
“Desde a adesão ao programa, em 2004, ado-
tamos inúmeras medidas visando maior abran-
gência e o aperfeiçoamento do programa. Essa
aquisição foi a mais importante delas”, informa
Maria Auxiliadora Santos Maranhão Soares, co-
ordenadora do Mesa Brasil em goiás.
A estrutura em torno do MBS e a serie-
dade do programa são reconhecidas pelos
parceiros doadores. “O trabalho realizado
pelo Mesa Brasil Sesc é muito sério. há cinco
anos, participamos do programa e acompa-
nhamos de perto todo o processo. Doamos
por semana cerca de 15 toneladas de iogurtes
para asilos e creches. Sabemos que ajudamos
a fazer pessoas mais felizes. Já tivemos opor-
tunidade de levar o produto a crianças que
nunca tinham experimentado um iogurte na
vida. Esse retorno é muito gratificante”, obser-
va Rinaldo Rodrigues, analista de Estoque da
Danone, em Pernambuco.
Segundo Claudia Roseno, a segurança ali-
mentar – pilar do programa desde o seu nas-
cimento – é mais ampla do que apenas saciar
a fome. “Pensamos na saúde integral do ser
humano”, afirma. Por isso, são aceitos material
de limpeza, utensílios culinários, combustível e
embalagens próprias, entre outros produtos.
Ação emergencial
Em 2004, uma parceria do MBS com a Petro-bras garantiu a montagem de cestas básicas para serem doadas às populações vítimas das chuvas nos estados de Alagoas, Bahia, Piauí e Sergipe. Foi uma ação pontual, po-rém, quatro anos depois, uma nova catástro-fe natural mostrou a necessidade de criação
de um braço de ação emergencial do Mesa Brasil Sesc. As vítimas das enchentes ocorri-das em Santa Catarina em 2008 agradece-ram. E assim surgiu o Sesc Solidário.
há pelo menos cinco anos o Mesa Bra-sil tornou-se uma referência no setor. Em 2008, em Brasília, o seminário Segurança Alimentar e Nutricional: Desafios e Estra-tégias reuniu 20 dos maiores especialistas no tema para debater a crise alimentar no mundo. Foi a oportunidade de o Mesa Brasil e seus resultados serem apresentados. A ini-ciativa do Sesc tornou-se uma unanimidade entre os conferencistas. Quem não conhecia o trabalho passou a admirá-lo após o encon-tro considerado histórico.
Em 2013, mais um reconhecimento – desta vez, da comunidade internacional engajada na causa. O Mesa Brasil foi chancelado pela global FoodBanking Network (gFN), organi-zação mundial sem fins lucrativos compro-metida com a criação e o fortalecimento de bancos de alimentos em todo o mundo. O certificado de garantia certamente abrirá no-vas portas para o programa. uma chancela para um trabalho que há uma década ajuda a fazer valer o preceito universal que diz que todo ser humano tem direito a alimentação. n
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Um estímulo a mais para entrar em forma
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Braços abertos para a cultura
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há oito anos, o Sesc no Amapá abre suas portas para promover artistas locais, regionais e nacionais. Assim é o Projeto Aldeia de Artes Sesc Povos da Floresta, que apresenta para o público local espetáculos de dança, teatro, artes plásticas e debates sobre a dra-maturgia nacional e internacional. Para genário Dunas, coordenador do projeto no es-tado, as apresentações garantem visibilidade aos grupos artísticos.
O projeto, que promove a troca de experiência, técnica e conhecimento no âmbito cultural, tem como objetivo contribuir para o processo de criação e difusão da cultura do amapaense. “O Aldeia surgiu como ramificação do Palco giratório para atender a um número maior de artistas, aumentando assim esse intercâmbio cultural”, explicou Dunas. n
O projeto Aldeia das Artes
apresenta para o público
local espetáculos de dança,
teatro, artes plásticas e
debates sobre dramaturgia.
Bloco de Saúde. Foi como a equipe do Sesc no Acre decidiu batizar as instala-ções da academia do Departamento Re-gional em Rio Branco. A estrutura, mon-tada num prédio de três andares, é uma
das mais modernas da região e tornou-se um estímulo a mais para o usuário do Sesc entrar em forma. Entre os comerciá-rios da capital acreana, já são 3.200 ins-critos para a prática de esporte no espa-ço multidisciplinar, cuja capacidade total é para quatro mil pessoas. “hoje temos uma academia que atende todas as exi-gências do público, desde as aulas tradi-cionais, como musculação, até as novas tendências do mercado, como a ginástica funcional”, afirma o gerente de Esporte e Lazer do Sesc no Acre, Joy Braga.
O Bloco de Saúde foi inaugurado em 2011. hoje, o comerciário acreano dis-põe de aulas de artes marciais, ioga,
dança e ginástica. A mega-academia conta ainda com um andar inteiro dedi-cado à musculação – são 32 profissio-nais acompanhando a atividade dos usuários. n
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Desde abril, alunos de 15 escolas munici-pais e uma estadual em Maceió participam do Projeto Comunidade Futsal. Sob a batu-ta das coordenações de Esporte e Recrea-ção e de Saúde do Sesc em Alagoas, a ini-ciativa pretende unir uma paixão nacional, o futebol, ao Projeto Saúde Escola. Para tanto, durante seis meses, os alunos das escolas selecionadas se reunirão todos os sábados nas instalações do Sesc Poço para a disputa de um torneio de futsal.
Paralelamente à competição, são reali-zadas atividades educativas em que são abordados temas como a importância da atividade física, a alimentação saudável, a saúde bucal e a prevenção ao álcool e ou-tras drogas, além de sexualidade e preven-ção de DST e Aids. O projeto é ainda uma via de mão dupla, pois uma vez por mês acontece o processo inverso: as equipes do Sesc vão até as escolas para desenvolver as intervenções educativas.
Em 2013, os alagoanos poderão conhecer um pouco mais do trabalho desenvolvido pelo Sesc em Alagoas. Em homenagem aos 65 anos da instituição no estado, em agosto, será montada uma exposição foto-gráfica para contar essas seis décadas e meia de história na região.
Esta é apenas uma das ações programa-das para acontecer ao longo do ano. A co-memoração começou em março, quando
foi realizada uma pequena amostra dos projetos já desenvolvidos pelo Sesc no esta-do, nas áreas de Educação, Saúde, Cultura e Lazer. No evento aberto ao público no Sesc Poço, constaram atividades como Circuito Saúde, Oficinas Literárias e as apresenta-ções dos grupos Ciranda da 3ª idade Sesc e das Raspadeiras de Mandioca do Sesc Ler Arapiraca, além dos alunos do curso de mú-sica do Sesc Centro, em Maceió. n
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futsal, saúde e educação
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Paralelamente à competição,
são realizadas atividades
educativas em que são
abordados temas como a
importância da atividade física
e a alimentação saudável.
Em homenagem aos 65 anos
da instituição no estado, em
agosto, será montada uma
exposição fotográfica para
contar essas seis décadas e
meia de história.
sessenta e cinco anos de história
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Os shows de calouros são um sucesso há anos
na TV brasileira. A fórmula para descobrir novos
talentos é garantia de público e, de quebra, ofe-
rece à música popular a possibilidade de reno-
vação. Foi assim com alguns grandes nomes,
como Ângela Maria, Elis Regina e Raul Seixas.
Com essa ideia, chega à sua 33ª edição o Festi-
val de Calouros do Sesc. Criado em 1980, o
projeto visa a revelação de novos intérpretes no
cenário musical do Amazonas. No início, era
voltado apenas aos comerciários. hoje, é reco-
nhecido como um dos maiores destaques cul-
turais no estado, tendo revelado os cantores
Arlindo Junior, Serginho Queiroz, Liz Araújo e
Salomão Rossy, entre outros.
As primeiras audições deste ano ocorreram
em março. Os candidatos passaram por elimina-
tórias para seguir até a final, realizada em abril. A
disputa é aberta a comerciários e seus depen-
dentes e usuários do sistema com idade supe-
rior a 13 anos e que tenham a carteira do Sesc
atualizada. A participação é individual, não po-
dendo se inscrever duplas, grupos ou bandas. n
A nova unidade do Sesc em Barreiras, na Bahia, está pronta. O módulo de Educa-ção foi o primeiro a ser inaugurado, em fevereiro deste ano, por conta do início do ano letivo. O restante da obra foi con-cluído no final do primeiro semestre e o empreendimento já está disponível para a população. A unidade tem oito mil metros quadrados de área construída e infraestrutura completa para o atendi-mento aos trabalhadores nas atividades
de Educação, Saúde, Cultura, Lazer e As-sistência.
O espaço dispõe de teatro com 300 lugares, academia, parque aquático, sa-lão de jogos, quadras poliesportivas, campo de futebol soçaite, consultórios odontológicos, biblioteca e dez salas de aula. Nas salas são atendidos, desde o início do ano, 170 alunos, distribuídos em seis turmas de Educação infantil e duas de Educação Fundamental.
um pouco mais sobre Barreiras
A 850 quilômetros de Salvador, Barreiras é o segundo município mais populoso da Bahia, contando com 141 mil habitantes. A cidade fica na região oeste do estado e é um importante polo agropecuário, corta-do pelo Rio grande, principal afluente da margem esquerda do Rio São Francisco. n
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soltando a voz
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sesc chega a Barreiras
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Quadrilha aquática chega a 18ª edição
encenação em praça pública
“Caminho da roça! Olha a chuva!” Para os ido-
sos que frequentam as aulas de hidroginástica
da unidade do Sesc em Fortaleza, quadrilha é
dança boa até debaixo d’água. O que começou
como brincadeira, em 1996, nas aulas de hidro-
ginástica do professor Eduardo Mamede, hoje
faz parte do dia a dia do Sesc no Ceará, onde a
típica dança junina acontece dentro da piscina.
Aos poucos, o ritmo conquistou mais adeptos e
ganhou proporção de evento. A quadrilha
aquática neste ano chega à sua 18ª edição.
Engana-se quem pensa que, por ser na
água, a dança foge às suas origens. Todos os
passos da quadrilha tradicional são mantidos,
e a festa, realizada sempre em junho, conta
ainda com banda pé de serra e os alunos ves-
tidos a caráter.
uma das manifestações mais antigas da cultura popular, o teatro de rua é atra-ção nas praças e nos calçadões das ci-dades da Região do Cariri. No mês de junho, o Sesc em Juazeiro do Norte promove a Mostra de Teatro de Rua. A proposta é preservar e incentivar a en-cenação itinerante.
Em sua terceira edição, o evento reú-ne diversas manifestações artísticas, nas quais grupos teatrais caririenses ocu-pam a via pública com seus trabalhos, interagindo com quem passa por ali. Na última edição, a mostra reuniu cerca de nove mil espectadores, e este ano pre-tende repetir a dose. n
Cuidado e prevenção Todos nascem, crescem, amadurecem e en-velhecem. A qualidade de cada uma dessas etapas depende dos cuidados que temos por toda a vida. geralmente, pessoas ido-sas, saudáveis ou frágeis, estão mais expos-tas a situações de risco de quedas. Por isso, pelo terceiro ano consecutivo, é realizada pelo Sesc em Fortaleza; a Semana de Pre-venção de Quedas de Pessoas idosas.
Durante a semana, são promovidas pa-lestras sobre prevenção de quedas, mobili-dade e equilíbrio e fortalecimento. Desti-nada principalmente ao público da terceira idade, a ação também é uma oportunida-de de esclarecer e orientar os familiares e demais interessados sobre o tema. O even-to é gratuito.
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agrupos teatrais caririenses
ocupam a via pública com
seus trabalhos.
Todos os
passos da
quadrilha são
elaborados
debaixo
d´água.
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Com o objetivo de incentivar a produção artística na cidade e
ainda revelar e divulgar novos talentos, o Sesc no Distrito Federal
há anos investe na realização de premiações. Anualmente, são
distribuídos sete prêmios na área cultural, com ênfase em músi-
ca, pintura, literatura, fotografia e poesia. São eles: os prêmios
Sesc de Música Tom Jobim; de Pintura em Tela Cândido Portina-
ri; de Fotografia Marc Ferrez (foto); de Contos Machado de Assis;
de Contos infantis Monteiro Lobato; de Poesia Carlos Drum-
mond de Andrade; e de Crônicas Rubem Braga.
Em virtude do sucesso da iniciativa, cada vez mais cresce o
número de inscritos. Em 2012, foram mais de mil interessados.
Segundo a coordenadora de Cultura do Sesc no local, Juliana Va-
ladares, as premiações estão entre as mais importantes iniciativas
de promoção e valorização dos trabalhos de artistas independen-
tes. “Esse projeto promove, além da divulgação das obras, o inter-
câmbio entre artistas e produtores”, enfatiza.
O Sesc no Espírito Santo tem uma nova data comemorativa no seu calendário de atividades anual: o Dia da Alegria. Trata-se de um evento marcado por soli-dariedade e, é claro, alegria, que beneficia crianças atendidas pela Associação Capi-xaba Contra o Câncer infantil (Acacci).
A ideia de criar a data surgiu do suces-so do evento realizado em março, no Centro de Turismo Social e Lazer de gua-rapari, que reuniu mais de duas mil pes-soas. Foi um dia repleto de atividades de recreação, que teve como objetivo divul-gar o trabalho da Acacci. “Buscamos em-presários para doações de alimentos e serviços de entretenimento e ainda con-
tamos com vários voluntários”, contou um dos idealizadores do evento, Paulo Roberto Lago, da gerência do Centro de Turismo de guarapari.
A receita obtida com os ingressos foi revertida para as ações da instituição, que atende crianças, adolescentes e suas famí-lias no tratamento do câncer e com supor-te econômico, social e psicológico. O Dia da Alegria vai se repetir anualmente, sem-pre na terceira semana após o carnaval. n
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apostando em cultura
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a alegria de ser solidário
As inscrições são abertas para todo o Brasil,
com exceção do Prêmio de Pintura em Tela
Cândido Portinari, que é restrito ao Distrito
Federal. Os regulamentos de cada premiação
estão disponíveis em www.sescdf.com.br. n
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aprendendo inglês na terceira idade
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Cultura e integração social
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O Sesc idiomas em goiás resolveu inovar neste ano e abriu uma turma para ensinar inglês a alunos da terceira idade. O curso habilita o estudante a desenvolver a leitura, a escrita, a compreensão auditiva e a comu-nicação oral em 24 meses, o dobro do prazo normalmente indicado para um curso básico. “utilizamos a mesma metodologia com o di-ferencial da velocidade. Nosso público tem consciência da necessidade de que o conte-údo seja passado de forma mais cuidadosa”, afirma o coordenador pedagógico do centro de línguas do Sesc, João Ovídio.
As aulas acontecem duas vezes por sema-na, e a turma é formada por alunos com mais de 50 anos. “O aumento da expectativa de vida e o desejo dessa população mais velha
de conhecer outros países foram os fatores que mais contribuíram para a abertura do cur-so. é uma realidade cada vez mais presente no nosso dia a dia”, observa Ovídio. n
Quem canta, seus males espanta. Com base nessa máxima, nasceu o Coral Vo-zes da Sabedoria, um projeto criado pelo Sesc no Maranhão tendo o idoso como público-alvo. Composto por 57 pessoas, o coral exige participantes afinados. Para isso, são realizados ensaios sistemáticos, quando são aprendidas não só técnicas vocais, mas também práticas que exerci-tam a concentração, a memorização e a criatividade.
O coral é uma das iniciativas do Traba-lho Social com idosos (TSi), projeto que já existe há 24 anos no estado e que consiste em promover atividades culturais que me-lhorem a qualidade de vida e a autoesti-ma dos participantes. A ideia é criar um
ambiente saudável de integração social. Para iracema Silva Lopes, 77 anos, parti-cipante do coral, o TSi representa a sua segunda família. “Eu chego de manhã e geralmente saio no final da tarde. Adoro
as atividades e participo de todas. Aqui é a minha segunda casa, minha segunda família”, declara.
O TSi atualmente conta com 405 inte-grantes com idades entre 60 e 100 anos, que participam de diversas atividades e cursos da área cultural, como oficinas de dança, mú-sica e teatro. Além do coral, o projeto ain-da inclui outras iniciativas: o Boi Brilho do Sesc, a Percussiva idade, a Banda Sesc Re-tratos e Canções e o grupo teatral Pastor do Menino Jesus. Segundo a coordenado-ra do TSi, Adalgisa Drumond, “o trabalho possibilita a elevação da autoestima e o envelhecimento mais saudável, o que tor-na possível a melhora na vida de muitos idosos na capital maranhense”. n
“utilizamos a mesma
metodologia com o diferencial
da velocidade.”
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A audição é uma ferramenta essencial para a fala. Por isso, a pessoa que apresenta limi-tação da surdez acaba sendo prejudicada em seu desenvolvimento social. Nesse mo-mento, é imprescindível o apoio da família, que precisa saber lidar com essa realidade. Pensando nisso, o Sesc horto oferece desde 2009 o curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Com os módulos básico, interme-diário e avançado, o curso é aberto para to-dos que se interessem pelo tema.
No curso, os alunos têm a oportunidade de aprender a linguagem e estabelecer uma melhor comunicação e relação com a comunidade surda. “Vale lembrar que esta também é uma oportunidade de estabele-cer o compromisso com a igualdade e com o processo de inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais na so-ciedade”, conclui Juliana de Alencar Nico-lau, analista do Sesc horto e idealizadora do curso.
Para muitas pessoas, os domingos costu-mam ser sonolentos, tranquilos ao extre-mo. Mas, em Dourados, pelo menos uma vez ao mês, esse dia é sinônimo de muita diversão e alegria. Com jogos, au-lões e oficinas, o Sesc promove, gratuita-mente, no Parque dos ipês, o projeto Nesta Praça Tem.
Durante toda a tarde, crianças, jovens e adultos têm à disposição aulões de ginás-tica, artes marciais, oficina de desenho, jogos educativos e gincanas recreativas de futsal, basquete e vôlei, entre outros. iniciado em 2012, com o nome Sesc Mo-vimento, o projeto estimula práticas es-portivas e hábitos de vida saudáveis. n
A rede de teatros do Sesc, com mais de cem
unidades, contabiliza mais uma desde maio.
Trata-se do Espaço Cultural Sesc Rondonópo-
lis, no Mato grosso. O empreendimento su-
priu uma carência comum a várias cidades
brasileiras de médio porte. Com 200 mil habi-
tantes e localizada a 215 quilômetros da capital
Cuiabá, Rondonópolis passou a ser conhecida
na década de 1990 como a capital nacional do
agronegócio. Apesar da próspera situação eco-
nômica, o município convivia com a falta de
uma casa dedicada às artes cênicas.
O novo espaço já garantiu à população o
acesso a uma série de atividades e espetá-
culos. Foi formada uma turma para o curso
infantil de artes cênicas, e dois importantes
eventos já aconteceram: o Sesc Partituras e o
Mostra Sesc Cena Mato grosso, que contou
com 12 espetáculos nas modalidades de tea-
tro, dança e circo. n
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Mais um teatro do sesc
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educação e inclusão
alegria e diversão: nessa praça tem
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aCampina grande se orgulha de ostentar o tí-
tulo de maior São João do mundo. Todo mês
de junho a cidade do agreste paraibano rece-
be 2 milhões de pessoas para participar da-
quela que é apontada por muitos como a
mais genuína das festas brasileiras. Porém,
segundo o coordenador de Cultura da unida-
de do Sesc em Campina grande, Álvaro Fer-
nandes, o gigantismo do evento ganhou
proporções que comprometem a originalida-
de da tradicional festa junina. Atentos à per-
da de espaço de elementos típicos do univer-
so junino para inovações com maior apelo
comercial, a unidade do Sesc, há cinco anos,
resolveu manter acessa a chama do que há
de mais tradicional no São João da Paraíba e
criou o Arraiá do Sesc.
“O trabalho vai desde comidas típicas, co-
mo milho verde, quentão, pé de moleque,
pamonha e canjica, passando pelas brinca-
deiras, como derrubar latas e pescaria, até as
quadrilhas, com grupos folclóricos de xaxado,
baião, ciranda e coco. há espaço ainda para a
exposição de artistas que trabalham o artesa-
nato típico da festa”, conta Fernandes.
O público já aprovou e tem aumentado a
cada ano. Em 2012, por exemplo, os cinco
dias de festa receberam, em média, 400 pes-
soas por noite. Este ano, a expectativa não é
diferente. De 10 a 15 de junho, a unidade está
pronta para apresentar aos visitantes dezenas
de quadrilhas, grupos folclóricos, trios de for-
ró e artistas paraibanos. n
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todo artista tem que ir aonde o povo está
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arraiá do sesc: onde o são João é mais são João
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O verso mais famoso da música Nos bailes da
vida, dos mineiros Milton Nascimento e Fer-
nando Brant, poderia perfeitamente batizar
três projetos distintos do Sesc em Minas ge-
rais. Apesar da diferença de estilos, a alma de
cada uma das iniciativas tem a mesma essên-
cia: ultrapassar os portões da instituição e
colocar o artista no meio do povo.
Exatamente com esse propósito, há 19
anos nasceu o Minas ao Luar para levar se-
restas e serenatas para ruas, praças e core-
tos do estado. Desde o primeiro evento em
Diamantina, são 200 cidades, 530 apresen-
tações, dois milhões de espectadores, dois
discos e um livro. Com o mesmo DNA, em
2003, surgiu o Causos e Violas das gerais.
Neste caso, o foco é o contador de causos e
o violeiro. O projeto contabiliza mais de 200
edições. Já o caçula entre os projetos itine-
rantes mineiros é o Sesc Chorinho e Samba
na Praça. Na estrada há um ano, os chorões
e sambistas tiveram 30 oportunidades de
estar onde o povo está.
Para o superintendente de Cultu-
ra do Sesc em Minas, gustavo
guimarães henrique, des-
centralizar as produções
culturais para o interior
implica democratizar o acesso
à arte e promover o desenvolvi-
mento cultural em todas as regiões
do estado. n
22 R e v i s ta sescBrasil J U N | J U L | 2 0 1 3
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Enquanto o circo do Circuito Nacional do Sesc Triathlon não foi montado no Pará, o Sesc Do-ca encontrou um bom motivo para manter os adeptos da modalidade em atividade. No dia 15 de junho, a unidade sedia o i Sesc Triathlon indoor. Diferentemente do modelo nacional promovido pela instituição, e como o próprio nome em inglês sugere, neste caso, as provas acontecem em local fechado.
O circuito conta com a piscina do parque aquático do Sesc Doca para a prova de nata-
ção (400 m). Já no ginásio de esportes, bici-cletas ergométricas serão utilizadas na segun-da etapa da competição (oito quilômetros). Enquanto a corrida em esteiras ergométricas (três quilômetros) fecha o evento.
O Circuito Nacional Sesc Triathlon 2013 desembarca no Pará nos dias 6 (simpósio técnico para os atletas) e 7 (prova) de julho. O número de competidores paraenses em 2012 foi o segundo maior entre as oito eta-pas da disputa – 1.038 atletas. A competição
será realizada no Distrito de Mosqueiro, na Praia do Chapéu Virado. A novidade da edi-ção 2013 fica por conta do i Sesc Duathlon infantil, para crianças e adolescentes de 8 a 14 anos.n
há três décadas, o Sesc no Pará pesquisa in
loco tudo o que diz respeito ao folclore pa-
raense. Mitos, lendas, crendices, provér-
bios, contos, danças, instrumentos, canti-
gas e festas tradicionais, nada foge ao olhar
atento do grupo Parafolclórico do Sesc,
criado no dia 14 de maio de 1983. Desde
então, são milhares de apresentações feitas
para mostrar um pouco desse trabalho,
que está completando 30 anos de estrada.
A renovação do grupo é constante: seja
por meio dos estudos; seja por meio de
novos alunos. Para constatar sua vitalidade,
basta citar a constante procura do público
para ingressar nas turmas que formam
dançarinos e músicos especialistas nos rit-
mos folclóricos do Pará. Todo início de ano
há uma audição: este ano, foram aprova-
dos 40 novos alunos.
“O Parafolclórico atua em duas pontas.
uma é a pesquisa, sobre o material resga-
tado junto às comunidades nos mais dis-
tintos recantos do estado. Realizamos lei-
turas e colocamos em prática nas aulas do
Sesc Docas. Ao longo desses 30 anos, são
milhares de apresentações, inclusive em
festivais fora do estado. Formamos cente-
nas de músicos e dançarinos”, comenta
Cléber Costa de Melo, que foi aluno há 20
anos e hoje é técnico de instrução do gru-
po. “Entrei como aluno em 1992 e hoje
sou professor. Este projeto é parte da mi-
nha vida”, acrescenta.
O Carimbó, a Marujada, o Lundu, o Maçariqui-
nho são ritmos que estão entre as mais conheci-
das manifestações folclóricas da vasta e rica cul-
tura popular paraense. O melhor é que a beleza
desse encontro, produto da mais genuína fusão
cultural brasileira – de índios, caboclos e negros
–, não se limita à música e à dança. Os trajes
desses grupos fazem parte da memória viva da
história brasileira. Boa parte desse universo esta-
rá em exposição no Folclore em Festa, de 22 a
30 de agosto, na unidade do Sesc Doca, no Pará.
O projeto tem a assinatura do artista plástico
e folclorista Alexandre Costa. Além da indumen-
tária típica, a mostra garante uma boa dose de
nostalgia para os mais velhos com a exibição
de brinquedos populares da época, como pião,
peteca e carrinho de madeira, entre outros.
P A R Á
Parafolclórico: 30 anos de estrada
a festa do folclore paraense
Unidade aposta em triathlon indoor
“O número de competidores paraenses em 2012 foi o segundo maior entre as etapas do Circuito Nacional.”
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Uma nova opção de turismo e lazer em Cascavel
O Sesc no Paraná se prepara para começar as
obras de um novo empreendimento: o com-
plexo turístico de Cascavel. O espaço de 109
hectares, rodeado de nascentes e muito verde,
abrigará uma estrutura com o que há de me-
lhor em termos de turismo e lazer. Além do
prédio principal (segundo hotel da instituição
naquele estado), serão construídos dez chalés,
um centro de convenções para 540 pessoas,
restaurante, café e um piano-bar com acesso a
um deque com vista, onde haverá vista pano-
râmica das piscinas. A previsão é de que esteja
pronto em 2016.
O complexo turístico será construído na
zona rural de Cascavel. O prédio principal
terá 8.800 metros quadrados e contará com
59 apartamentos. O projeto será ecologica-
mente correto e sustentável: utilizará sistema
de aquecimento solar, reutilizará a água da
chuva para limpar calçadas e irrigar a horta de
orgânicos e o pomar e fará o gerenciamento
de resíduos sólidos. O Sesc Caiobá serviu co-
mo inspiração para os arquitetos Ângela Cristi-
na kawka, Maurício D’Elia e Fernanda Foltran,
que também visitaram hotéis de outros depar-
tamentos regionais pelo país. “Alguns detalhes
do prédio principal, como os arcos das facha-
das e as molduras das janelas, remetem ao
estilo neoclássico”, explica Ângela.
A área externa do complexo oferecerá vá-
rias opções de lazer para os visitantes. Qua-
dras de tênis, vôlei e futebol soçaite, churras-
queiras, oficina de arte, trapiche para pesca,
lago com pedalinho e caiaque, minifazenda,
horta de orgânicos, viveiro e haras são algu-
mas delas. Para chegar ao local, um diferen-
cial: os trilhos da Ferroeste cortam parte do
terreno e, para aproveitá-los, será construída
uma estação de trem, com design semelhan-
te ao das antigas estações ferroviárias do sé-
culo 19. Ali, será possível receber os trens que
transportam turistas, entre eles o trem de lu-
xo. Os interessados podem ficar hospedados
no complexo do Sesc ou seguir viagem rumo
às Cataratas.
O Sesc no Paraná inaugurou uma unidade em ivaiporã, em maio. O empreendimento integrado juntou o Sesc e o Senac num ter-reno, doado pela prefeitura local, com área total de mais de 4 mil metros quadrados.
A unidade do Sesc conta com mais de 3,3 mil metros quadrados de área edifica-da, e as instalações incluem um ginásio, academia de esportes, vestiários, espaço para Educação infantil, três salas para cur-sos, sala de vídeo e biblioteca, além de clí-
nica odontológica. O Senac, por sua vez, ocupa 1,2 mil metros quadrados e tem três salas de aula, cozinha e lanchonete peda-gógicas, dois laboratórios de informática e um auditório. n
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ivaiporã ganha primeiraunidade integrada
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Quem disse que fevereiro é o único mês da fo-
lia no Brasil? Para os pernambucanos, pelo me-
nos, junho e julho não ficam para trás no quesi-
to “animação”, porque tradicionalmente nessa
época do ano acontece o Festival Sesc de Qua-
drilhas. Difundir e incentivar essa manifestação
artística típica da região são os principais objeti-
vos da iniciativa, que chega à 20ª edição e se
consolida como importante evento do calendá-
rio cultural de Recife.
A principal atração do festival é a competi-
ção de quadrilhas, com duas categorias – adul-
to e infantil. Nesse ano, as eliminatórias acon-
tecem nos dias 15, 16 e 28 de junho, nas
unidade Casa Amarela, Piedade e Santo Ama-
ro. Esta última, aliás, será palco também da
grande final, em 29 de julho. Serão premiados
os quatro melhores grupos adultos e os três
melhores infantis. Os finalistas receberão um
prêmio em dinheiro, e a melhor torcida ga-
nhará um troféu. Paralelamente às atividades
na capital, municípios do interior do estado
receberão mostras itinerantes, com apresenta-
ções das quadrilhas.
A literatura está em alta em Pernambuco durante
este ano de 2013. Em meio à movimentação da
Bienal do Livro, do festival A Letra e a Voz e a
Fliporto, o Sesc também dá a sua contribuição.
Realizada pelo quarto ano, a Mostra Sesc de Lite-
ratura reúne grandes nomes da literatura con-
temporânea na capital pernambucana, em julho.
O evento oferece oficinas, leituras e conver-
sas entre escritores locais e nacionais, e ainda
debates com a plateia. Entre os convidados
dessa edição estão o escritor pernambucano
Raimundo Carrero, a escritora e jornalista Ma-
rina Colasanti, o escritor e jornalista xico Sá e o
poeta Antônio Cícero. A mostra faz parte do
projeto de Dinamização da Literatura e do Pro-
grama Estético Literário do Departamento Na-
cional do Sesc. n
Petrolina será palco de uma maratona de
manifestações culturais, entre os dias 2 e 17
de agosto. O evento, batizado de Festival de
Artes do Vale do São Francisco – Aldeia do
Velho Chico, promete levar à cidade o me-
lhor do teatro, música, dança, literatura, ci-
nema, artes plásticas e fotografia. Em sua
nona edição, o festival é um desdobramento
do projeto Palco giratório, na Região do Vale
do São Francisco.
“Durante os últimos anos, vimos crescer
a produção e o público na região e perce-
bemos que os artistas locais tornaram-se
mais críticos, já que trazemos espetáculos
que dificilmente passariam por aqui”, afir-
ma Jailson Lima, coordenador do festival.
Nesta edição, a Aldeia do Velho Chico am-
pliou o número de ações gratuitas nas ruas
e bairros da cidade, democratizando ainda
mais o acesso à cultura.
O festival tem palcos em lugares como as
praças do Bambuzinho e Dom Malan, ilha de
Massangano e no centro comercial do muni-
cípio. Também recebem atividades as cidades
e distritos vizinhos, como Juazeiro (BA) e La-
goa grande (PE). n
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folia em julho
Recife: a capital da leitura
O velho Chico e sua aldeia
Petrolina será palco de uma maratona de manifestações culturais em agosto.
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e o Giramundo voltou
O Sesc inaugurou mais uma unidade no es-tado do Piauí. Batizado de Centro Educacio-nal Professor Marcílio Rangel de Farias, o novo empreendimento oferecerá assistência educacional, cursos de valorização social e ações culturais aos moradores da região do bairro Marquês, em Teresina. A nova unida-de visa atender às mais diversas faixas etá-rias, desde crianças a partir de 2 anos e 8 meses de idade até adultos. O local dispõe
de bibliotecas; laboratório de informática, pátio com palco para eventos e auditório.
A formação de empreendedores será uma das prioridades do Sesc, por isso, contará com espaço exclusivo para atendi-mento do Sebrae. Na área de saúde, um diferencial da unidade será a assistência oftalmológica gratuita. No local, o Lions Clube atenderá a população em parceria com grandes clínicas de Teresina. n
Após cinco anos sem apresentar um espetáculo
inédito, o giramundo desembarcou por um fim
de semana no Rio de Janeiro. O tradicional teatro
de bonecos girou o mundo, fazendo jus ao nome
do grupo mineiro, e voltou em grande estilo aos
palcos cariocas. O texto, que ficou em cartaz no
Sesc ginástico, no centro da cidade, não poderia
ser mais lúdico: Aventuras de Alice no País das
Maravilhas, o clássico da literatura escrito por
Lewis Carroll. No total, 55 bonecos dividiram os
holofotes com um ator, Beto Militani, que inter-
pretou o autor, atuando como narrador.
“Trazer o giramundo para o Rio foi uma
oportunidade ímpar, não só para o público, co-
mo também para o cenário artístico cultural da
cidade, um momento para conhecer melhor o
processo de trabalho do grupo. Por isso, a pro-
gramação incluiu o programa Diálogos com o
Teatro”, informou Christine Braga, gestora de
Artes Cênicas do Sesc no Rio, citando o bate-
-papo realizado no Sesc Engenho de Dentro
entre a diretora do grupo, Beatriz Apocalipse, e
os espectadores.
Aventuras de Alice no País das Maravilhas é
o 34o espetáculo da história do giramundo. Em
cena, o teatro de bonecos dialoga com as artes
plásticas e a música. isso porque alguns dos
bonecos são digitais, manipulados em tempo
real com a tecnologia motion-capture, já utiliza-
da no cinema.
A história do Giramundo
Criado em 1970, o giramundo é um dos gru-
pos de teatro de bonecos mais atuantes e pre-
miados em todo o mundo. Sua notável atuação
não se limita às produções teatrais, estenden-
do-se ainda ao cinema, vídeo, televisão, escola
de marionetes, oficinas de construção de mario-
netes, exposições e cursos. O grupo é conheci-
do por inserir elementos da cultura brasileira
nos espetáculos, adaptando clássicos da litera-
tura universal ou criando os próprios textos. O
giramundo já se apresentou em praticamente
todo o Brasil e em mais de dez países da Euro-
pa e das Américas. n
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Nova unidade em teresina
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sorrindo para o futuro
O objetivo é a melhoria da saúde
das crianças a partir da formação
de hábitos saudáveis. Para isso,
distribui kits gratuitos (escova,
creme e fio dental) aos pequenos
e capacita professores e dentistas
para desenvolver o programa.
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uma pesquisa realizada ao longo de 2010 pelo Sesc no Rio grande do Sul, em parceria com o Sistema Fecomércio, avaliou dados relativos à saúde bucal de 53.859 alunos de 754 escolas em 133 municípios. O estudo constatou que 83% das crianças atendidas pelo projeto Sorrindo para o Futuro, que há dez anos vem sendo realizado pelo Sesc, registra-ram melhora ou mantiveram boas con-dições de saúde bucal. Enquanto 97,2% dos professores das escolas participan-tes do projeto afirmaram perceber a me-lhora nos hábitos saudáveis desses mes-mos alunos.
“Estes indicadores mostram a impor-tância de focarmos na promoção da saú-de. Mas, além da saúde bucal, também trabalhamos os hábitos alimentares, a importância da atividade física, a questão da respiração saudável e da restauração atraumática, entre outros fatores que in-
fluenciam a saúde do indivíduo”, comen-tou a coordenadora estadual do projeto, Larissa Brouwers.
O projeto do Sesc é pioneiro e hoje atende 257 mil alunos de 2.878 escolas em 389 municípios gaúchos. O objetivo é a melhoria da saúde das crianças a par-tir da formação de hábitos saudáveis. Para isso, distribui kits gratuitos (escova, creme e fio dental) aos pequenos e ca-pacita professores e dentistas.
A atuação também é focada na pre-venção de fatores de risco comuns às doenças crônicas (como alimentação, atividade física e higiene), no estímulo à formação de escolas promotoras de saú-de e ao envolvimento das escolas por meio de gincana estadual, que acontece todos os anos. Em constante inovação, o programa ainda tem estimulado maior acesso ao tratamento odontológico por meio da prática do tratamento restaura-dor atraumático (forma simplificada de atendimento que prevê a mínima inter-venção dentária, baseando-se na remo-ção parcial da cárie com instrumentos manuais, sem anestesia, e restauração
com cimento de ionômero de vidro). n
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As cidades potiguares
de São Paulo do Potengi,
Caicó, Mossoró e Nova
Cruz foram as
contempladas com o
projeto Circuito Saúde.
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amazônia das artes
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saúde em dia
O Sesc organizou, no Rio grande do Nor-te, o projeto Circuito Saúde, conhecido por promover eventos para orientar e oferecer serviços gratuitos na área de saúde. As cidades potiguares de São Pau-lo do Potengi, Caicó, Mossoró e Nova Cruz foram as contempladas.
Cerca de 5 mil norte-rio-grandenses puderam aferir pressão, fazer testes de glicemia e hiV e exames de tracoma (do-
ença oftálmica), além de terem acesso a vacinação e palestras sobre saúde bucal e sexual. As crianças aproveitaram o espa-ço recreativo, que contou como minibi-bliotecas, pula-pula e oficinas de pintura no rosto.
O Circuito Saúde já existe há dois anos e é fruto de uma parceria do Sesc com as secretarias municipais e estaduais de Saú-de do Rio grande do Norte. n
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Foi dada a largada para mais uma edição do projeto Sesc Amazônia das Artes. O evento, lançado em maio em Rondônia, visa promover a circulação e o intercâmbio de espetáculos de dança, teatro, shows e exposição entre os estados que integram a Amazônia Legal: Rondônia, Roraima, Acre, Amazonas, Piauí, Pará, Maranhão, Tocan-tins e Mato grosso.
O representante de Rondônia é o grupo Raízes do Porto, que apresentou o musical
Avoar. O espetáculo infantil busca resgatar an-tigas cantigas de roda e brincadeiras de crian-ça. Na história, crianças cansadas de brincar dentro de casa com videogames e compu-tadores resolvem sair para brincar na rua. “Avoar foi um jeito urbano que encontrei para trazer de volta as velhas noites de luar, quando as crianças brincavam nas calçadas ao som de cantigas de roda”, re-sumiu o diretor do espetáculo, Vladimir Capella. n
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Os estudantes do Ensino Médio integral do Sesc em Roraima ganharam um aliado para as tarefas escolares diárias. Desde abril, os 239 alu-nos da unidade de Boa Vista trocaram a dupla caderno e caneta por tablets. Segundo a direção da unidade, a ferramenta é considerada funda-mental para a instituição utilizar a linguagem do jovem do século 21, visto que manter a atenção dos adolescentes dentro de sala de aula é um desafio cada vez maior para os professores.
“Vemos como uma possibilidade no avanço da educação. hoje, o aluno precisa de tecnolo-gia. Dessa forma, adaptamos esse recurso ao ensino como incentivo de pesquisa e didática, para que alcancemos melhores resultados na sua formação”, afirma a gerente de Educação do Sesc, Lourdes Picão.
Mais tecnologia
Não é a primeira vez que o Sesc inova nesse sentido. Quando ainda sequer era cogitado o uso de ferramentas tecnológicas em sala de aula em Roraima, a instituição implantou a lousa interativa. A entrega de tablets a alunos do Ensino Médio é mais um passo para apro-ximar cada vez mais os alunos do conheci-mento digital.
“isso representa um avanço e também a quebra de alguns paradigmas, pois este novo investimento vem sendo acompanhado tam-bém pelo Departamento Nacional do Sesc, para que, dependendo de nosso resultado, eles possam implantá-lo nos demais Departa-
mentos Regionais do país”, explica Lourdes. n
De olho no bem-estar e na melhoria da qua-
lidade de vida dos clientes, o Sesc em Santa
Catarina resolveu ampliar a oferta dos serviços
na área de Saúde. A ideia é oferecer não só
atendimento médico especializado e diferen-
ciado, mas também acesso mais fácil e valores
acessíveis. Tratamentos estéticos e alternativos
estão incluídos entre os novos serviços dispo-
níveis nas unidades de Blumenau, Chapecó,
Florianópolis (Estreito e Prainha), Jaraguá do
Sul, Joinville, Rio do Sul e xanxerê.
Psicologia Clínica é uma das especialida-
des oferecidas. O atendimento pode ser in-
dividual, em grupo, família e/ou casal. Ou-
tra novidade é a Nutrição Clínica, que faz
uma avaliação nutricional do paciente e um
planejamento alimentar individualizado. A
Medicina de Família é mais abrangente, co-
mo o próprio nome já diz, e é voltada ao
acompanhamento de bebês, crianças, ado-
lescentes, homens e mulheres, incluindo
gestantes e idosos.
As unidades também passaram a oferecer
massoterapia desportiva, relaxante e terapêutica,
além de drenagem linfática. Para o tratamento de
enfermidades crônicas musculares ou articulares,
também é possível ter sessões de acupuntura. n
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Caderno e caneta x tablets
S A N T A C A T A R I N A
Novos serviços de assistência médica
A ferramenta é fundamental para
a instituição utilizar a linguagem
do jovem do século 21, visto que
manter a atenção dos
adolescentes dentro de sala de
aula é um desafio cada vez maior
para os professores.
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O Sesc em Sergipe ganhou a sua primeira
brinquedoteca. O espaço, inaugurado no pri-
meiro trimestre do ano, é dedicado a crianças
entre 3 e 12 anos e fica na unidade Nossa Se-
nhora do Socorro, em Aracaju. A coordenado-
ra de Recreação, Mônica D’Arruda, enfatizou a
importância do espaço para o universo infan-
til: “uma brinquedoteca tem influência peda-
gógica, social e comunitária, pois possibilita às
crianças o acesso aos brinquedos e jogos
educativos que ensinam a conviver em gru-
po, respeitando e cooperando com os de-
mais. ”A ideia central da brinquedoteca é
resgatar o brincar como uma atividade que
contribua para o desenvolvimento integral
da criança em sua aprendizagem, criativida-
de e socialização, tanto na escola quanto na
comunidade. Para isso, oficinas e dinâmicas
de grupos farão parte da rotina daqueles que
frequentarem o ambiente. Além disso, serão
oferecidos cursos de formação para os estu-
dantes de pedagogia. uma preocupação do
Sesc é o desenvolvimento desses acadêmi-
cos, que poderão utilizar o espaço para exer-
citar e perceber como brincar pode auxiliar
na resolução de problemas infantis. n
Entre adultos, quem nunca ouviu a expres-são “Não sabe brincar, não brinca”? Porém, quando o bordão é levado ao pé da letra no universo infantil, a frase perde a graça. Por-que é engano pensar que empinar pipa, pular corda e jogar queimado estão entre as brincadeiras que fazem parte de qualquer infância. Professoras do Sesc Siqueira Cam-pos, em Aracaju, perceberam que os alunos da Educação infantil não conhecem essa fa-ceta do universo infantil.
Segundo a coordenadora da Educação infantil, Rosangela Soares, são crianças ex-tremamente condicionadas ao entreteni-mento eletrônico, independentemente de faixa social. Computador, tevê e videogame, entre outros aparatos eletrônicos, fazem parte das horas de lazer deles. Sabendo da importância lúdica das brincadeiras de ou-trora, as professoras criaram o projeto Res-gate dos Jogos e Brincadeiras de Cultura Popular Sergipana.
hoje, 350 crianças da instituição estão aprendendo a brincar. um grupo de sete professoras coordenadas por Rosangela identificou cerca de 20 brincadeiras e ini-ciou o processo de resgate na escola. “O que mais impressiona é a identificação deles com os jogos. Porém, o mais impor-tante é o aprendizado. Eles começam a compreender que ganhar e perder faz parte do jogo. E, principalmente, da vida”,
explica Rosangela. n
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a garotada agradece
Uma escola que ensina a brincar
Gibiteca
Outro projeto com foco no público in-
fantil foi lançado em Sergipe. A unidade
Siqueira Campos inaugurou a primeira
gibiteca da instituição no estado. Além
de atender aos alunos da Escola Sesc, o
espaço é mais uma opção socioeducati-
va para as comunidades vizinhas. O
acervo disponibilizado ao público é am-
plo, já contando, por exemplo, com o
material do projeto Bauzinho do Pintor,
pelo qual a obra e a história do artista
Cândido Portinari estão acessíveis em
CDs e lâminas impressas.
Oficinas e dinâmicas de grupos farão parte da rotina daqueles que frequentarem o ambiente.
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T O C A N T I N S
Unidos pelo rolimã
há quatro anos, a unidade do Sesc Palmas,
em Tocantins, transformou em competição
uma brincadeira popular em todo o Brasil.
Para a diversão começar, bastam uma ladei-
ra com asfalto liso e um veículo de estrutura
simples, na maioria das vezes, construído
apenas com ripas, sobre um eixo improvisa-
do com quatro rodinhas de ferro fixadas nas
pontas. Pronto, temos um campeonato de
rolimã. A brincadeira de criança, em Palmas,
virou o gP Sesc de Rolimã.
Em 2010, 40 inscritos e centenas de tor-
cedores participaram da primeira corrida
realizada na comunidade Auremy, vizinha à
unidade do Sesc. Este ano, no dia 1º de
maio, a quarta edição do torneio contou
com o dobro de inscritos para descer os
200 metros de pista, e o público chegou a 3
mil pessoas.
“Mais do que resgatar uma brincadeira,
queremos aproximar pais e filhos de forma
lúdica. O momento mais importante deste
trabalho acontece quando as crianças co-
meçam a construir os carrinhos de rolimã
com a ajuda dos pais. Essa integração repre-
senta um resgate. Nosso ritmo de vida aca-
ba nos privando de mais tempo com os fi-
lhos que, por sua vez, passam muito tempo
isolados, envolvidos com brinquedos tecno-
lógicos”, explica o idealizador do projeto, o
gestor da área de Lazer do Sesc no Tocan-
tins, Ângelo Fernna.
Além da questão lúdica, o projeto agrega
outros valores. A solidariedade é um deles.
Por conta da parceria com o projeto Mesa
Brasil, participantes e torcedores foram con-
vocados a levar ao evento um quilo de ali-
mento não perecível. Ao todo, foi arrecada-
da cerca de uma tonelada de mantimentos.
Crianças a partir dos dois anos de idade
puderam participar do evento. Este foi com-
posto por quatro categorias: velocípede (2 a
6 anos), alegoria/junina (idade livre), veloci-
dade (7 a 14 anos) e velocidade/comerciário
(a partir dos 15 anos). n
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Unidos pelo rolimã
Promover a cultura brasileira, facilitar o acesso da
população a novas produções, incentivar talentos.
Com estes objetivos, foi criado, em 1974, o Festival
Sesc Melhores Filmes, que chega nesse ano à sua
39ª edição. Realizado entre os dias 3 e 25 de abril,
o evento é conhecido por oferecer ao público a
oportunidade de ver ou rever o que passou de
mais significativo pelas telas da cidade de São Pau-
lo no ano anterior. No evento, que é realizado no
CineSesc, ainda são entregues prêmios aos vence-
dores nas categorias Melhor Filme, Documentá-
rio, Ator, Atriz, Direção, Roteiro e Fotografia para
os filmes brasileiros; Melhor Filme, Direção, Ator e
Atriz para os filmes estrangeiros. A eleição é feita
pela crítica e pelo público via cédulas ou internet.
uma característica desse festival é ser itine-
rante. Em 2009, parte de sua programação foi
estendida a cinco cidades do estado. Neste ano,
foram 18 as cidades beneficiadas com a progra-
mação simultânea: Araraquara, Bauru, Campi-
nas, Catanduva, Diadema, ilha Solteira, Osasco,
Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto,
Rio Preto, Santo André, Santos, São Caetano,
São Carlos, São José dos Campos, Sorocaba e
Taubaté. Vale lembrar que, há dois anos, a mos-
tra inovou ao ser o primeiro evento do gênero
a disponibilizar sua programação com serviços
de audiodescrição, o que possibilita o acesso
aos deficientes visuais e auditivos, com legen-
dagem open caption, recursos oferecidos em
todos os filmes da grade. n
O Prêmio Sesc de Literatura – edição 2012-
2013 já tem vencedores: na categoria Roman-
ce, foi escolhido o livro O Evangelho segun-
do Hitler, do advogado paranaense Marcos
gomes Filho. Na categoria Conto, o redator
carioca João Paulo Vereza, morador de São
Paulo, foi o vencedor, com a coletânea Nove-
leletas. O concurso concedeu ainda três
menções honrosas na primeira categoria:
Glicério atravessa (RJ), de Fernando dos
Santos; Ausentes (SP), de Thiago Cavalcante;
e Rebeca (CE), de Lia Lira Sanders. Mais de
mil pessoas se inscreveram para essa edição
da premiação. A seleção final contou com 73
obras divididas entre as duas categorias.
O Prêmio Sesc de Literatura cumpre um
importante papel no panorama editorial bra-
sileiro: o da renovação. O concurso identifica
escritores inéditos, cujas obras possuam qua-
lidade literária para edição e circulação nacio-
nal. Além da divulgação das obras, a premia-
ção abre uma porta do mercado editorial aos
estreantes: os livros vencedores são publica-
dos e distribuídos pela editora Record em
todo o país. n
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a sétima arte em pauta
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Prêmio sesc de literatura: porque renovar é preciso
O concurso identifica escritores
inéditos, cujas obras possuam
qualidade literária.
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CONsELHO NACiONAL Antonio Oliveira Santos
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O resultado deste passatempo pode ser encontrado no site
www.sesc.com.br/revistasescbrasil
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COLABORARAM PARA ESTA EDiçãO: Francisco Reis da Silva Leite (AC), Patrícia Castro (AL), Tayana Martins (AM), Carlos Malheiros (AP), ivson Vi-vas (BA), Caio Quinderé, giselle Norões e Ma-ria Rozalina galvão (CE), Marcus César (DF), Luciana Balarini (ES), Sandra Stefan e Daniela Cabral (gO), Viviane Franco e Thais Verena (MA), Sueli Batista (MT), Núbia Cunha (MS), Camila Lobo (Mg), Thiago Bazzi (Pantanal) Lourdinha Bezerra e Thais Pimenta (PA), Deni-se Vasconcelos (PB), Maíra Rosas (PE), Ana Cláudia Coelho e André Ribeiro (Pi), Silvia de
Lima (PR), Paulo gramado (RJ), kelly Maia e Lorena gurgel (RN), Adalberto Lopes (RO), Catiucia Ruas (RS), gilvan Costa (RR), Denise Ferreira e Adriana Cadore (SC), Aparecida Onias (SE), Fernando Fialho (SP), Renato klein e Ana Caroline (TO)
iMPRESSãO: Gráfica Walprint • Tiragem: 31 mil exemplares
COOrdENAçãO EditOriAL SESC-DN/ASSESSORiA DE DiVuLgAçãO E PROMOçãO:
Christiane Caetano, Marcella Marins, Denise Oliveira e Fernanda Silveira CONSuLTORiA EDiTORiAL: Elysio Pires e Juvenal Fortes
revista sesc Brasil é editada e produzida pela Print ComunicaçãoFOTOgR AF iA: Banco de imagem dos Departamentos Regionais e do Departamen-to Nacional e Alaor Filho FOTOS DE C APA: DiVuLgAçãO SESC SC
JORNALiSTA RESPONSÁVEL: Janice Caetano (MTb 14.573)COORDENAçãO E EDiçãO: Cláudia MoreiraSuBEDiTOR A: karla Rúbia
REPóRTERES: Clarice godinho, Eduardo Aveiro, Mariana Pupo e Milene Ponce de Leon
ESTAgiÁR iA: Adriana Aguiar
REViSãO: Ronald FucsPROJETO gRÁF iCO E EDiTOR AçãO: Traço DesignPRODuçãO gRÁFiCA E ARTE FiNALizAçãO: Celso Mendonça
ERR ATAS: Na edição 3 da revista Sesc Brasil, na matéria “Turismo Social: uma viagem rumo ao bem-estar e à qualidade de vida” (páginas 10 e 11), o crédito das fotos é de Clóvis Tadeu (Arquivo Turismo Social do Sesc em Salvador). Na mesma matéria, no quadro “Meios de hospedagem”, o e-mail de contato para as unidades em goiás mudou para [email protected]. Também na edição 3, a competição do Circuito Sesc Corra pro hexa que servirá como homenagem à Copa das Confederações será em junho deste ano. Quando a edição foi impressa, a data ainda não estava definida.