Revista Sancho Notícias nº 21

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Revista Sancho Notícias nº 21 junho de 2011 Escola Secundária D. Sancho I, Vila nova de Famalicão

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FICHA TÉCNICA:

TÍTULO Sancho Notícias

[email protected]

PROPRIEDADEEscola Secundária D. Sancho I

PRESIDENTE CAPAntónio Pereira Pinto

REDAÇÃOPrazeres Machado

Carolina MartinsÓscar Cardoso

Abel Moreira

DESIGN GRÁFICOPaula Ferreira

DATA DE PUBLICAÇÃOJunho de 2011

NÚMERO21

PERIODICIDADEQuadrimestral

TIRAGEM1000 Exemplares

DISTRIBUIÇÃOGratuita

MORADAAvenida Barão da Trovisqueira

4760-126 V. N. de FamalicãoTel: 252 322 048

Fax: 525 374 686http://www.esds1.pt

E-mail: [email protected]

O f e r t a E d u c a t i v a 2 0 1 1 / 2 0 1 2

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Sancho Notícias

E d i t o r i a l

Nota RedatorialEste número da Sancho Notícias dá particular destaque aos testemunhos sobre o percurso escolar, pessoal e profissio-nal dos nossos alunos e ex-alunos. A todos eles agradecemos a empenhada colaboração e partilha, desejando-lhes a construção de Futuros de sucesso.A eleva quantidade de artigos envidos foi motivo de regozijo para a equipa. Contudo, por limitações de espaço, não foi possível publicar a totalidada dos trabalhos.Desejamos a todos BOAS FÉRIAS!

Chegamos ao fim de mais um ano letivo. Para os alunos do 12º ano repre-senta a conclusão de um ciclo de vida, conclusão em certa medida ilusória, porque uma nova etapa, bem mais exigente se inicia. Para todos os que partem, os nossos votos de que tudo corra pelo melhor, que os sonhos se realizem, sendo certo que devem potenciar os conhecimentos e competên-cias que adquiriram, considerando que são o melhor ativo para vencerem num mundo globalizado e ferozmente competitivo. É, certamente, essa a melhor condição para o sucesso.A primeira fase das obras de renovação da escola está quase concluída, sendo motivo de satisfação para toda a comunidade educativa. O novo ano letivo já se iniciará nestas novas instalações. Faltar-nos-á a recuperação, também faseada do bloco central, do pavilhão gimnodesportivo e das áreas anexas. Estamos certos de que a qualidade das aprendizagens irá melhorar significativamente, bem como o bem estar e o ambiente na escola.A escola, enquanto local privilegiado de aprendizagem, permite a construção de futuros, de futuros com suces-so se formos capazes de aliar o sonho e a imaginação ao trabalho, à dedicação e ao sacrifício que, muitas vezes, é necessário para atingirmos as metas que nos propusemos. Os futuros constroem-se projetando o presente tendo sempre em conta as nossas experiências de vida, com as quais devemos aprender. Citando Fernando Pessoa “Quem quer passar além do Bojador tem de passar além da dor” e, de facto, o mun-do em que hoje vivemos só raramente nos permite “viver cantando e rindo”. Se nos faz falta ter um pouco de cigarra, será certamente mais seguro prepararmos o futuro e sermos mais como a formiga.Honestidade, dedicação, trabalho e competência é a nossa melhor fórmula para o sucesso. Viver do expediente, felizmente, começa a não ser garantia de um bom futuro, embora saibamos que no nosso país se continuar a, muitas vezes, “subir na vida” com recurso a processos pouco claros e pouco abonatórios. O mundo de hoje, globalizado e altamente competitivo já não se compadece com a incompetência.Aproveito a oportunidade para desejar a todos umas otimas férias, repito férias...com muito sol, muita praia e muitos livros.Boa sorte para todos os alunos que vão fazer exames.Até breve.

O Presidente da Comissão Administrativa ProvisóriaAntónio Pereira Pinto

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Construindo Futuros ... 4

Construir o futuro: ESTUDAR...Joana Azevedo, 1002

O futuro é algo que nos preocupa, independentemente da faixa etária a que pertencemos e, consoante as idades, as preocupações são diferentes, bem como os planos que con-jeturámos, pois os objetivos que queremos atingir são tam-bém díspares. Enquanto estudantes, as nossas preocupações prendem-se com a construção de um futuro que nos permi-ta a entrada no mercado de trabalho. Devemos acautelar os passos que damos, para que as decisões que tomemos sejam as mais corretas.Desde cedo, que temos que deliberar em situações que irão surtir efeito num futuro próximo, começando logo no nono ano. Após meses de acompanha-mento de uma psicóloga, cujo objetivo é ajudar na escolha da área, apresen-tando-nos um significativo leque de opções para uma profissão futura, te-mos que escolher pela primeira vez, é o momento que nos encaminhará para uma maior proximidade com a vida pós-escola. Temos variadas opções, mas para além da paixão pela matéria, também conta mui-to a oportunidade de emprego futuro. Por isso, como tantos outros indecisos, entre qual seria a área que mais o satisfaria e a que lhes daria algum tipo de segurança vindoira escolhi: Ciências e Tecnologias.Dia a dia, somos bombardeados com o nível absurdo (e em contínuo crescimento) de desemprego no nosso país, o que cada vez mais suscita dúvidas sobre o que iremos fazer e como será quando chegar a nossa vez. Contudo, como mos-tram as reportagens e testemunhos de jovens emigrantes, pa-rece que esta crise súbita de emprego apenas toca a Portugal. Jovens recém-licenciados procuram, de Norte a Sul do país, o emprego que não conseguem. A verdade é que os portu-

gueses nunca tiveram grande espírito empreendedor, e a ní-vel nacional não há grandes ofertas para quem as procura, o que faz com que os mais ousados e esclarecidos, alargan-do os seus horizontes, emigrem. Muitos afirmam que após sucessivas tentativas em Portugal não conseguiram nada, e que, por outro lado, apenas com um clique do rato alcança-ram lugares de topo noutros países. As nações que recebem mais emigração são a Alemanha, a Noruega, Suécia, etc.,

considerando apenas a Europa. Sem nos apercebermos, gera-se uma grande preocupação acerca da perda dos profissionais de topo. Como é que depois desta crise Portugal irá levantar a cabeça se perdeu tudo o que o pode-ria ajudar a recuperar? Para já ainda é especulação, mas não serão demorados os efeitos/consequências desta nega-ção de oportunidades.Evidentemente que o objetivo de qual-quer estudante que tenha visão de futu-ro é seguir o exemplo destes excelentes

jovens que conseguiram singrar na vida, mesmo no exterior, e provar aos de nacionalidade alheia que a alma lusitana não corresponde à imagem de um país em “autodestruição”. No meio de todos estes sonhos, esquecemo-nos da ferra-menta mais preciosa para nos ajudar a construir o futuro: ESTUDAR. Podemos ser ótimos a desenhar, ótimos a co-municar, até extraordinários a escrever, mas sem trabalho, dedicação, e sem um diploma, não conseguimos mais que ficar no país de origem. Se as oportunidades para os que se esforçam e alcançam o final da primeira meta (licenciatura) são escassas, como será para aqueles que nem sequer a al-cançam? Vale a pena o empenho!

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5Construção do edifício espiritual...Domingos Manso, prof. de Filosofia

Construindo Futuros ...

O cálculo, as matemáticas, as abstrações físicas, os planos virtu-ais da geometria, as nomenclaturas biológicas deixam a alma dos estudantes exausta, flácida e esgotada para qualquer tipo de ape-tência intelectual apaixonada. Mal acabam a tarefa penosa, logo regressam para os seus entretenimentos virtuais, tão despidos de alma como os anteriores. De polegares e dedos frenéticos, os me-ninos enviam mensagens, imagens, códigos, linguagens, tão va-zias e tão despidas como as suas vidas expostas doentiamente no facebook, twitter e outras virtuais realidades. Os livros são tidos como enfadonhos, a tradição é vista como mais uma informação, supérflua, desinteressante e condição suficiente para o objetivo – a competência especializada e o êxito. Vive-se uma espécie de en-tropia espiritual, uma evaporação do sangue da alma. Renegam com facilidade a riqueza espiritual e os ensinamentos humanos dos génios do passado. Descartes, Pascal, Shakespeare, Goethe, Homero, Kant, Camões, Eça, facilmente são substitu-ídos por estrelas efémeras do futebol, do cinema e da música. A noção de livros como companheiros é-lhes es-tranha. Por isso não distinguem o su-blime e o lixo, conhecimentos e pro-paganda, a crítica e a maledicência, o deleite espiritual e o deleite sensual. As formas, as linhas e as cores de Mo-net, Renoir e Degas, nada mais são do que abstrações, sem significado nem conteúdo representacional. As ima-gens dos corpos perfeitos são as úni-cas utopias por que lutam incansavel-mente, ignorando a utopia da alma perfeita. E só esta última utopia permite descobrir o que somos. Só esta utopia permite construir futuros consistentes, sólidos e mais humanos.Não há futuros que se possam construir sem alma. No passado, a alma incorporava-se nas tradições literárias específicas e isso dava aos seres humanos um certo conhecimento de si próprios, um certo comprazimento da vida, uma certa consciência da condi-ção humana, uma certa aprendizagem das relações e sentimentos humanos. «Nos tempos de hoje, os estudantes nada têm como os Dickens que deram a tantos de nós os inesquecíveis Pecksniffs, Micawbers, Pips, com que afinámos a nossa visão, permitindo-nos alguma subtileza na nossa capacidade de distinguir tipos humanos. É um conjunto complexo de experiências que dá a uma pessoa a possibilidade de dizer muito simplesmente: “É um Scrooge.” Sem a literatura, nenhuma dessas observações é possível e perde-se a fina arte da comparação.»1 (p.58) Do mesmo modo, só nos livros da Virgínia Woolf nos aproximamos do entendimento da comple-xidade da mente e psicologia humana, da subtileza do gesto e do pormenor, do relativo olhar com que os outros nos olham. Assim, quando a voz da civilização elaborada há milénios é silenciada, quem perde é a humanidade, quem perde são os nossos filhos, que ficam impossibilitados de enriquecer aquilo que verdadeiramente os distingue dos outros, a alma. Só a riqueza espiritual pode levar à

verdadeira diversidade. A ausência da primeira cria um simulacro na segunda. A diversidade fátua dos cabelos, os brincos e pier-cings nas orelhas, as tatuagens nas partes mais remotas do corpo, os estilos visuais policromáticos, as formas de estar e comunicar mais cool possível, nada mais são de que um simulacro de diver-sidade. Porque essa diversidade exterior nada mais representa do que uma vazio interior. E onde há vazio, não há identidade, não há autenticidade. Vive-se de exteriores e da ditadura do presente. Vive-se de sons e ruídos persistentes e alienantes. A música, ou melhor, determinado tipo de música, está literalmente ao serviço dos sentidos, do desejo sexual imaturo e ignorante, apresentan-do a vida como uma fantasia ininterrupta e comercialmente ali-mentada. Os decibéis que expelem abafam qualquer conversa ou amizade, atrofiam qualquer veleidade paternal de educação mo-ral dos miúdos, roubam qualquer verdadeiro modelo de afirma-ção humana, esvaziam qualquer verdadeiro êxtase. A exaltação aí sentida é induzida artificialmente, sem qualquer referência com o

real, sem qualquer equiparação com a exaltação resultante de uma verdadei-ra conquista, de uma guerra justa, de um amor consumado, de uma criação artística, de uma devoção religiosa, de uma descoberta da verdade. A energia vital da exaltação é destruída por um simulacro de exaltação proporcionada pelas batidas constantes e repetitivas. A música, ou melhor, determinado tipo de música, ensurdece os jovens, silencia aquilo que a grande tradição tem a dizer. É verdade que as famílias jantam, divertem-se e viajam juntas, mas não pensam juntas. As suas comunicações

são monólogos coletivos. Há muito tempo deixaram cair os rituais, as cerimónias, as pequenas regras de comportamento e de educa-ção. E essa unidade sagrada, que funcionava como força agrega-dora e espiritual, perdeu-se em egoísmos. Por seu lado, o jornal, a rádio e a televisão, seguida dos telemóveis, da internet e redes sociais virtuais, depressa assaltaram e destruíram a privacidade do lar, roubaram o pouco de eterno na vida diária. Deste modo, a or-dem e harmonia das coisas que funcionaram no passado deu lugar à desordem, à urgência e ao individualismo. De repente, toda a gente tem imperiosa necessidade de viver rápido, de desenvolver uma competência específica que o catapulte para o êxito imediato. E de competência técnica na mão julgam que podem construir um futuro. E os pais, no pressuposto do progresso inevitável, numa fé cega e irracional no futuro, julgam que os filhos serão melhores que eles, em riqueza, em bem-estar, em saúde, em bom senso, em inteligência. Mas, desculpem a repetição, sem os grandes livros não há nada para ver lá fora e eventualmente, julgo, que pouca coisa haverá dentro. Portanto, se querem construir futuros, man-dem os vossos filhos ler, mandem os vossos alunos ler, mandem os vossos colegas ler. Depois, sim, podem mandá-los para a universi-dade. No futuro, eles agradecerão essa obra.

1 Bloom, Allan, A cultura inculta, Ensaio sobre o declínio da cultura geral, Publicações Europa-América, 1987, p.62.

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6 Construindo Futuros ...

O arquiteto que há em nós…André Pedrosa, 1006

Falar em planos para o futuro é sempre aquela solução infa-lível a que se recorre para saciar uma qualquer ambiguidade que nos atormenta – a segurança das projeções e a garantia dos “se” e dos “talvez” surge-nos assim como que uma lu-fada de ar fresco quando as incertezas da posteridade nos colocam dúvidas melindrosas no pensamento. O leitor con-cordará, decerto, que nada melhor existe para nos sossegar as apoquentações que uma boa estatística ou as palavras ter-nas de um especulador bolsista. Planeamos um futuro porque naturalmente somos impelidos a fazê-lo, em pequenas ou grandes doses de probabilidade, consoante o gosto do freguês. E, desta forma, haverá sempre quem o faça com mais afinco e precisão, e simultaneamen-te quem se entregue ao acaso – importante é entendermos que por detrás deste futuro que construímos existe sempre um esboço semiestruturado, e que este não se faz de papel e ca-neta.Sabemos onde estamos, não sa-bemos onde vamos estar, e as-sim se gera um imbróglio assaz desanimador para o qual não prevemos desfecho. Acontece que a nossa própria ambição é tranquilizante; sabemos onde de facto gostaríamos de estar, e deste ponto de partida nascem os primeiros traços de um projeto de vida. Aqui se revela o arquiteto que há em nós, cuidando que a destreza de uns os levará a procurar direções nitidamente condicionadas pelo trabalho árduo, ao passo que a ociosidade de outros indicará como melhores os caminhos sinuosos da Fortuna. Uma fórmula para o sucesso não é, faço aqui a grande re-velação, um mito urbano gerado em matérias de psicologia. Existe sem dúvida todo um princípio de verosimilhança que desconhecemos, de que não nos apercebemos, mas que está lá. Assim, uma correta administração de empenho no desen-volver das nossas competências, gerida por um correto sen-tido de usufruto das oportunidades, completa uma agradável receita para o êxito, a que nos é dada ocasião de experimen-tar, evidentemente, enquanto o suor do nosso esforço assim o permitir. Aquilo que nos é exigido, e esta é a franca realidade, é que compitamos com quem nos ultrapassa largamente em profi-

ciência, fazendo da vida um coliseu romano em que somente os mais capazes ou em melhores condições conseguem vin-gar. Desta maneira, o fraco e o remediado perecem aniquila-dos. Não acontece porque somos demasiado rigorosos. Não acontece porque somos demasiado intransigentes ou infle-xíveis. O mundo está configurado nestes padrões de distin-ção, o fenómeno da diferenciação social assim se processa, e temos mais é que ser pragmáticos e cingirmo-nos a uma adaptação que só nos beneficia.Hoje, não andamos à procura de gente com uma formação específica e minuciosamente estruturada. Andamos à procu-ra, sim, de gente com saberes, experiências, à vontade, com capacidade de se ajustar àquilo que se lhe propõe. Gente co-nhecedora e com vontade de trabalhar. É essa a verdadeira

revolução de um século [XXI] que até hoje não conheceu ne-nhuma. O ponto de viragem em que as entidades empregadoras reconhecem a qualidade dos trabalhadores e a malta dos re-cibos verdes respira de alívio. Não existe, na realidade, uma demarcação rigorosa daquilo que poderá constituir uma boa ou fraca alternativa em termos futuros. Não a longo prazo. Por isso, contrariamente ao nos-so bom costume, cada suges-tão deverá ser encarada com o

maior caráter sugestivo, sem indícios de influência ou vestí-gios de real credibilidade, uma vez que a “sugestão primei-ra” não parte da vizinha do lado, do médico de família ou do ministro manhoso, mas de nós mesmos. Aquilo para que nos dispomos é para aquilo que nos inclinamos. Particula-rizarmo-nos é, sob este ponto de vista, essencial, e não um capricho de jovem inconsequente. A especialização é, lamentavelmente, uma realidade parado-xal: se, por um lado, aligeira os nossos tormentos e nos con-cede a graça divina, pelo outro pode ser a morte do artista. É este o campo de batalha onde a especificidade do saber e a necessidade de integração se debatem em investidas vio-lentas. Já não há cá mestres disto ou daquilo. Já não existem fronteiras ou zonas de conforto. É a amálgama em que vive-mos. Inteligente é aquele que nela se destaca, e que dela se desembaraça.Outorgo a Da Vinci a coerência das suas palavras quando nos diz que “Não prever, é já lamentar”.

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Arrisca hoje...Mª Amélia Figueiredo, Vice Presidente da CAP

Construindo Futuros ...

Como professora no fim de carreira e já com saudades, sinto ter tido o privilégio de desempenhar a mais importante das tarefas: EDUCAR! Ao longo de todos estes anos, deparei com algumas, por ve-zes muitas, dificuldades, mas nunca me passou pela cabeça desistir desta dignificante e grandiosa profissão. Sabemos que educar é desgastante, mas é ao mesmo tempo um desa-fio. Foi muito gratificante tudo o que recebi e, ao primeiro pequeno sinal de êxito, as minhas forças renovavam-se. Enquanto professora, tentei, com humildade, transmitir a minha paixão pela educação. Defendi os “meus alunos” e lutei pelos seus ideais como se fossem meus. Fiz do ensino não um trabalho, mas um contentamento.Um professor não é um sábio mas, com a sua experiência e um trabalho paciente e incessante, deve procurar, sempre, indicar o caminho certo, deixando marcas positivas na vida dos seus alunos, contribuindo para a formação do seu caráter e personalidade. Educar é lapidar um diamante em bruto e senti, algumas ve-zes, que estava sozinha nesta missão e que ninguém percebia a minha entrega! Como pessoa, sou muito sincera e frontal o que, por vezes, incomoda…Mas, felizmente, existem pessoas que nos ob-servam e sentem o quanto nós nos esforçamos para contri-buir para o desenvolvimento, no contexto humano, dos que connosco privam. O professor precisa, no seu trabalho, de acrescentar ao co-nhecimento e à disciplina muita criatividade, para que o alu-no não “fuja”, nem se perca nos meandros mais escusos da vida. Os jovens, por seu lado, precisam de descobrir por si só como é importante para o seu futuro dedicarem-se aos estudos, sentirem-se inseridos no mundo do saber ser e do saber fazer, em que o conhecimento é parte integrante do seu dia a dia. Quanto mais cedo esta postura for desenvolvida, dentro e fora da sala de aula, mais aumentam as possibilidades para que as suas escolhas futuras sejam mais maduras e conscientes. Alguns de vós estão a terminar o ensino secundário e irão seguir caminhos muito diferentes. Não se esqueçam de que a vida coloca nos nossos destinos pessoas e obstáculos. A cada obstáculo, uma surpresa e, por vezes, estas surpresas são desagradáveis. Basta saber lidar com essas situações e daremos a volta por cima. Pelo vosso caminho haverá pessoas que deixarão marcas, algumas inesquecíveis e agradáveis, enquanto outras serão de dor e sofrimento. Superar situações é sinal de força, cora-gem, crescimento e maturidade.

Muitas vezes, somos tentados a seguir o caminho mais fácil, a desistir de tudo e de todos. Pensa bem, não atues por im-pulso, para, pensa e reflete com calma, justiça e sabedoria. Não deixes de lutar pelos teus ideais e por tudo aquilo que pensas que é o certo a fazer... Nunca magoes uma pessoa, se não queres depois ser magoado... Não deixes nunca que a inveja, a mentira e a ambição tomem conta de ti, luta contra as coisas que te vão causar dor e sofrimento... Lembra-te que a vida é para ser vivida com cuidado e sabedoria e que és uma peça fundamental para construir um mundo melhor. És tu que constróis a tua vida, por isso constrói-a da melhor maneira possível. Para sonhar com um futuro, é preciso es-tar acordado no presente, a vida é o “hoje”, o amanhã é um “talvez” e o passado é um “nunca mais”, isto é, um caminho sem regresso. Levanta sempre a cabeça! Encara as dificuldades com justi-ça e sabedoria e guarda dentro de ti coisas como amor, paz, compreensão, respeito, encorajamento e todos os bons en-sinamentos que soubeste receber. Deita fora toda a negati-vidade, o medo, a inveja, o ódio e tudo o que for danoso ao teu viver.

” Vive a vida hoje!" “Arrisca hoje!”

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A aprendizagem é muito importante para a vida. O lecionar de conteúdos é fulcral para promover o interesse e a busca individual de mais conhecimentos; já a promoção de ini-ciativa individual é essencial para saber aplicar os conheci-mentos. Ambos são essenciais para o desenvolvimento da sociedade. No entanto, essa é apenas a meia verdade mais reconhecida. É sobre a outra meia verdade que, não sendo, de todo, menos importante (devendo antes as duas mutua-mente completarem-se), me irei debruçar.Pais e encarregados de educação entregam diariamente os seus filhos, desde tenra idade, aos cuidados da escola. Não sabem o que se passa lá durante o dia, mas confiam que o que se passa seja o que pretendem. É nesta instituição que depositam a esperança num futuro para os seus filhos, futu-ro esse mais risonho do que aquele que tiveram a sorte de encontrar. Será a escola capaz de dar resposta a este anseio? Estará a escola à altura de munir a sociedade futura com novos cidadãos capazes de marcarem a diferença?Sabemos que não passamos pouco tempo na escola. Na ver-dade, passamos muito e basta pensarmos que completando o Ensino Secundário, passamos já 12 anos (mais que uma década!) sentados atrás de uma mesa, a ouvir um professor a lecionar. Entramos crianças e saímos jovens adultos e, ao longo desse processo, a formação da nossa personalidade não é imune às influências das escolas, colegas e professores com que nos cruzamos. A escola está longe de ser neutra e possuir uma fórmula fantástica para solucionar todos os nossos problemas, tornando-nos máquinas competitivas.Há, portanto, que reconhecer a importância da escola pri-mária na socialização infantil, no reconhecimento da auto-ridade superior e dar continuidade aos valores que se espera que sejam incutidos nos lares. Há que reconhecer a relevân-cia dos segundos e terceiros ciclos do ensino básico para a introdução de valores claros de reconhecimento e respeito pela individualidade e dignidade do outro e para a educação para a sexualidade. Há que reconhecer que o ensino secun-dário é, por excelência, o tempo da definição da personali-dade, em que temos ainda a oportunidade de adquirir novos conceitos, competências e, sobretudo, definir os nossos va-lores e saber expô-los. Será que as escolas estão a conseguir responder a es-tes pontos? Atendendo aos casos de bullying gravíssimos que se multiplicam (e que apenas agora começam a ser mediatizados e a captar a atenção dos pais para os pro-blemas internos da escola); a profissionais cada vez mais

O papel da escola na construção do futuro…Daniel Dias, 1202

competentes mas que sabem cada vez menos lidar com frus-trações; a jovens que já terminaram os seus estudos e sem perspetivas de alargamento de horizontes; à dificuldade cres-cente em aceitar a opinião alheia, eu responderia claramente que não. Lecionar bem é fácil, se recorrermos a profissionais compe-tentes, motivados e que gostem do que fazem. No entanto, será assim tão simples ensinar valores, ensinar a saber ser? Uma sociedade não se constrói apenas com conhecimento. É necessário o melhor de dois mundos: o do conhecer e o do saber ser. Neste campo, as escolas, infelizmente, não têm feito muita escola. Porém, mais tarde ou mais cedo, terão de o fazer, em nome do futuro – futuro esse que começa hoje, aqui, contigo, comigo, em suma, connosco.

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9Cursos Profissionais… perspetivando futurosGlória Sousa, Assessora da CAP

Construindo Futuros ...

O ensino profissional surgiu no nosso país em 1989 com as primeiras escolas profissionais que se apresentaram como uma alternativa ao ensino público mais teórico e predomi-nantemente orientado para o prosseguimento de estudos. Pretendia-se, nessa altura, responder às necessidades do mercado em termos de formação e enquadrar a nossa oferta formativa num contexto europeu que já valorizava sobrema-neira a vertente profissional.A partir do ano letivo 2004/2005, os Cursos Profissionais, financiados por fundos comunitários, passaram a integrar a rede formativa das escolas públicas secundárias. Entre 2005 e 2009, o número de alunos a frequentá-los passou de cerca de 30 mil para mais de 126 mil, tendo o abandono e o in-sucesso escolares sofrido uma redução abrupta. Estruturada em três componentes de formação – sociocultural, científica e uma área técnica específica da saída profissional em causa – a frequência de um CP confere ao aluno uma dupla certificação - académica e profissional – o que é uma mais-valia considerá-vel que lhe permite, simultaneamente, prosseguir estudos e/ou iniciar a sua vida de trabalho.Mais recentemente, a atribuição do nível 4 de qualificação aos alunos que concluem este tipo de ensino veio re-forçar esta formação, equiparando a certificação do nosso país ao quadro comunitário, onde os níveis de frequência dos CP ascendem a valores mais elevados.É importante salientar que a oferta formativa das escolas vai de encontro às necessidades do mercado do tecido empresa-rial da zona, num trabalho conjunto das Direções Regionais de Educação, Câmaras Municipais, Agência Nacional para a Qualificação, Associações Industriais e Comerciais, Insti-tuto do Emprego e Formação Profissional onde são auscul-tadas e tratadas as necessidades de formação, procurando-se dar resposta aos nichos de mercado mais carenciados ou em expansão, com a formação de quadros intermédios que facil-mente serão absorvidos pelas empresas da região. Também a nível concelhio, através do Pelouro da Educação e dos parceiros da Rede Local de Educação e Formação, mui-tos esforços têm sido feitos no sentido de sensibilizar alunos, psicólogos, pais e encarregados de educação para as poten-cialidades deste tipo de ensino, apresentando os CP como “uma aposta segura” e tentando, simultaneamente, destruir

aqueles mitos ou preconceitos que a eles erradamente se fo-ram associando.É extremamente redutor pensar que os CP se destinam di-retamente aos alunos com dificuldades de aprendizagem; se olharmos para as pautas finais, veremos, também aí, médias de conclusão de curso que ascendem aos números superiores da escala valorativa; de igual modo, é falso que os CP repre-sentam uma segunda escolha e não são valorizados; a con-trariar este mito estão os índices de satisfação de formandos e entidades acolhedoras de estágio, que contratam regular-mente os alunos após o término da formação, e as declara-ções de muitos professores universitários dando as suas pre-ferências a jovens provenientes de CP por se apresentarem

mais bem preparados em certas áreas técnicas e práticas; em terceiro lugar, é uma falácia considerar que os CP são mais fáceis e que não preparam bem os alunos; para derrubar esta ideia, basta lembrar que o ensino profissional as-senta numa estruturação modular e que a progressão no curso só se faz com a aprovação em todos os módu-los que compõem o elenco modular de todas as disciplinas; além do mais, os alunos terão de efetuar um estágio de 420 horas numa empresa onde porão em prática os conhecimentos aprendi-dos ao longo do ciclo de estudos; para

culminar, deverão desenvolver um projeto inovador na área de formação – a Prova de Aptidão Profissional – elucidativo das competências e saberes adquiridos ao longo dos 3 anos e defendê-lo perante um júri. São provas mais que suficientes da exigência e rigor do plano de estudos de um CP.Destruídos estes mitos, a devida e necessária adequação pedagógica também deve ser repensada; a lecionação num CP implica uma didatização modular cuja flexibilidade nem sempre é considerada; as estratégias pedagógicas e as meto-dologias utilizadas, bem como as diversificadas modalidades de avaliação, devem ser eficazes e implementadas com vista a motivar e apoiar a aprendizagem dos alunos.Sensibilizados pela atual conjuntura nacional e internacio-nal, num mercado saturado de jovens licenciados à procura de um lugar ao sol, considerando a incessante procura de mão de obra qualificada em setores chaves da produção, o que confere elevadas taxas de empregabilidade a muitos des-tes cursos, a formação secundária pela via profissionalizante para os jovens para ela perfilados afigura-se nos dias de hoje como uma excelente forma de construir o futuro.

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10 Saudades do Futuro...

Traçar futuros...Inês Simões, Ana Paula Abreu, 1006

Desde tenra idade, somos influenciados pela sociedade e pelas pessoas com quem estabelecemos ligações mais próximas e, de certa forma, o nosso futuro começa-se a es-boçar a partir desse contacto. Este vai-se in-tensificando e pressiona-nos cada vez mais, à medida que crescemos e começamos a questionar “o que quero ser?” É certo que cada caso é um caso. Enquanto uns são deter-minados e se consciencializam desde cedo daquilo que têm de fazer para atingir os seus objetivos de vida, outros tentam fugir à questão ou simplesmente não encontram resposta para ela e, por isso, não sabem para o que estão realmente vocacionados quando chega o momento de tomar decisões que influenciarão profundamente o seu futuro. Nos nossos dias, ser jovem significa traçar cuidadosa e pre-maturamente um destino, trabalhar arduamente para ele, com a noção de que só dessa forma pode subsistir nesta so-ciedade. Ser jovem em Portugal, significa fazer isso mesmo, mas sem qualquer garantia de que todo o esforço e dedicação desenvolvidos ao longo dos anos académicos sejam recom-pensados um dia. Significa ser realmente bom em algo que nos imaginámos a fazer e ultrapassar os obstáculos que au-mentam o caminho a percorrer até esse desejo ser atingido. Traçar um futuro baseia-se sobretudo numa vida de estudan-te consistente e no emprego que um dia ela nos permitirá

alcançar e, cada vez menos, se trata de consti-tuir a família que idealizámos ou de construir a casa que imaginámos possuir e todos aque-les aspetos que nos asseguram a dita qualida-de de vida. Para a maioria dos jovens portugueses, ser alguém exige alguns esforços, tais como des-prender-se das suas raízes e rumar ao estran-

geiro, à procura de melhores oportunidades, de empregos mais bem remunerados que correspondam à sua qualificação profissional. De uma forma sucinta, à procura de alguma es-tabilidade que lhes fornecerá a possibilidade de concretizar todas os devaneios e projetos.Para que seja possível atingir as metas que vamos traçando ao longo do nosso amadurecimento, e para nos conseguir-mos sentir realizados na vida adulta que virá, é imprescin-dível fazer uma reflexão profunda sobre aquilo que somos e aquilo que seremos; é necessário pesar os prós e os contras das escolhas profissionais que tomarmos, para aí sim, bata-lharmos e provarmos aos outros e em especial a nós mesmos que somos capazes. A verdade é que são escassos os recursos e os apoios do Estado, que à partida seriam essenciais para conseguirmos fazer o nosso percurso de uma forma equilibrada e sem lacu-nas graves e relevantes e para, por fim, nos tornarmos naqui-lo que sempre ansiámos ser.

Cursos a pensar no futuro...Anabela Maciel, Diretora do Curso Gestão de Equipamentos Informáticos

Devido à crise financeira e ao estado da nossa economia, com previsão de crescimento negativo para o próximo ano, não se vislumbra, num curto prazo, uma diminuição do número de desempregados.Os jovens licenciados que terminam os seus cursos no ensino superior vão continuar a ter enorme dificuldade em arranjar emprego, apesar dos seus níveis de qualificação.Neste contexto e perante esta realidade, os cursos profissionais reforçam as opções de escolha de prosseguimento de estudos. A opção por cursos de caráter técnico/profissional permite o desenvolvimento de competências específicas para uma entrada imediata no mercado do trabalho. Assim, no futuro, deve-se continuar a incrementar e apoiar este tipo de cursos, considerando as carências existentes nas entidades empregadoras, de forma a não se desperdiçarem meios e recursos financeiros cada vez mais escassos.

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11 Saudades do Futuro...

Esperança no amanhã?...Raquel Ermida, ex-aluna do curso Línguas e HumanidadesReceios, medos, frustrações, inquietações… enfim, toda uma panóplia de sen-timentos avassalam os jovens receosos pelo amanhã que o futuro lhes reserva. Vivemos um problema dramático, que vai para além da afamada crise, que se prende com a discrepância que existe entre aquilo que são as necessidades do mercado de trabalho e as qualificações que efetivamente a nossa população tem. Resultado: manifestações como a do dia 12 de março, na qual fiz questão de participar, em que milhares de jovens qualificados reclamavam por uma oportunidade que lhes permitisse ganhar a segurança e a estabilidade neces-sárias para poderem prosseguir com as suas vidas, sem que dependam de terceiros (e aqui bem sabemos quem são esses terceiros). Confesso que foi um dia de grande emoção para mim, pela prova que tive de que não somos uma geração assim tão desprovida de consciência social. O espírito de união constitui o reflexo de que os jovens pensam no futuro, zelam pelo amanhã, temem por aquilo que no presente lhes possa condicionar o seu percurso, a sua carreira.

Uma vez mais, se repetem os ciclos. Este ano, um novo grupo de alunos irá abandonar a secundária e novos horizontes lhes serão abertos. Permitam-se usufruir desta nova fase. É aqui que o vosso futuro começa! Vão ser confrontados com um novo mundo, cheio de experiências novas. É, sem dúvida, o tal momento em que o vosso amanhã definitivamente começa. A universidade é apenas um ponto de partida. Deverão explorar diferentes áreas dentro daquilo que pretendem que seja a vossa formação. As notas não são tudo. Mas isso não é uma boa notícia! Pelo contrário, é sinónimo de que será necessário darem tudo de vocês, sendo avaliados pelas vossas competências no terreno, pelos extras no vosso curriculum. Não tenham medo de falhar. O importante é falhar, falhar outra vez e falhar cada vez melhor até conseguirmos atingir o sucesso. Desejo a todos os meus colegas o máximo de sorte nesta fase dos exames, que tudo corra conforme o es-forço que na sua preparação depositaram. Em outubro, cá vos esperamos!

Um “mundo” de oportunidades...Liliana Marinho, 1214

Chamo-me Liliana Marinho, ando na turma 1214, no Curso Profissional de Análises Laboratoriais. Apesar de para muitos um curso profissional ser sinónimo de facilidade, para mim, é um “mundo” de oportunidades, pois dá-nos a oportunidade de acabar o 12º ano, com uma formação específica, e de seguir para a universidade, se assim o quisermos. Quem vem do regu-lar tem como “obrigatoriedade” entrar para a universidade. O profissional dá-nos a hipótese de entrar mais cedo no mundo do trabalho. O estágio ajuda-nos a evoluir profissionalmente, dando-nos oportunidade de aprender e de nos adaptarmos à realidade do mundo do trabalho.Eu estou a estagiar na Riopele e estou a gostar muito da experiência, é claro que tive de aprender tudo desde o início, pois da teoria à prática, o caminho a percorrer é muito complexo.

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Saudades do Futuro...

O meu estágio...André Mesquita, 1212

Estou a estagiar na empre-

sa Preh, que pertence ao

ramo automóvel, realizo

várias tarefas, todas elas

feitas em máquinas onde

são colocados os componentes automóveis. Ao

longo deste tempo, tenho vindo a adquirir novos

conhecimentos sobre o meu curso, eletrotecnia, e

também sobre o mundo do trabalho.

O estágio tem corrido bem, os outros trabalhado-

res souberam acolher-me, o que facilitou a reali-

zação das minhas tarefas. O meu objetivo é que

tudo continue a correr bem e que no final consiga

ter uma boa classificação.

Como será o nosso futuro?...Juliana Salazar, ex-aluna do curso de Línguas e Humanidades

Já passaram dois anos depois da minha saída da D. Sancho e, à medida que o tempo flui, sinto como a passagem pelo secundário devia ter sido melhor aproveitada, tanto a nível escolar como a outros níveis. O primeiro ano universitário é sempre o mais fan-tástico das nossas vidas, mas, no ano a seguir, tudo muda. Quando nos deparamos com as perguntas de “Como será o nosso futuro?”, “Será esta profissão que quero ter para o resto da vida?”, a diversão vira preocupação e, por vezes, temos de fazer mudanças. Isto aconteceu comigo: entrei na minha 2ª opção no meu primeiro ano e, na 2ª fase, não concorri de novo, acomodei-me à situação. Contudo, agora sei que na Universidade não conseguimos, de todo, estar num curso que não queremos ou que não nos oferece opções de escolha para o futuro, nem aguentamos a ideia de estar naquela situação o resto da vida. Agora, estou a estudar Ciência Política na Universidade do Minho, tive de fazer mudanças, e essas mudanças foram “sinal de inteligência”. Na universidade, quase sempre, o nível que nos exigem é bastante superior ao que estamos habituados. Quando pensamos que algumas disciplinas no Secundário não valem a pena, estamos a cair num erro, porque qualquer curso universitário tem um leque de disciplinas variado

e aí sentimos que tudo o que se dá no secundário é bastante importante. Ao nível universitário, o Inglês, por exemplo, é fundamental, apesar de ser uma disciplina que não valorizamos devidamente e, muitas vezes, nem a escolhemos como opção. No meu futuro próximo, pretendo acabar a minha licenciatura e seguir para mestrado. A parte difícil vai ser escolher qual o mestrado, pois quando estamos a estudar aquilo de que gostamos, queremos fazer tudo, e aí o mais difícil realmente é escolher. Por estas razões todas, desejo-vos toda a força do mundo para se empenharem no estudo, pois não há nada mais gratificante do que conseguirmos entrar no que realmente queremos e, se for preciso, tenham a força para mudar, não se acomodem a nenhuma situação e pensem sempre mais alto. A universidade é uma verdadeira escola de vida e todos deveríamos passar por ela.

Olá a todos...João Magalhães, 1212

Estou a estagiar na Senginor, empresa que trabalha no ramo das energias renováveis. Es-tou inserido numa equipa de montagem de células fotovoltaicas. O nosso trabalho passa pela instala-ção de painéis solares, que engloba a colocação dos painéis, passagem de cablagem e outros aspetos da instalação. Até agora, conclui, juntamente com a equipa em que estou inserido, seis instalações com-pletas. Acho que estou a realizar um bom estágio, já tenho recebido alguns elogios. Se continuar assim, devo conseguir uma boa nota.

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13 Saudades do Futuro...

Motivação e Força de Vontade...Ricardo Carvalho, ex-aluno do curso profissional de Eletrotecnia

O meu nome é Ricardo Carvalho, tenho 20 anos e resido em Arnoso Santa Maria. Frequentei o curso profissional de Eletrotecnia e Eletrónica, na escola D. Sancho I, e atualmen-te estou a tirar o curso de Engenharia Eletrotécnica e Com-putadores, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Quando concluí o 9º de escolaridade, pensava ficar por ali, pois detestava estudar, mas um dia dei por mim a pensar, “Será que nos tempos de hoje um jovem com o 9º ano pode ter um futuro mais ou menos equilibrado?”. Numa conversa com uma psicóloga, ela aconselhou-me a seguir uma coisa mais prática, algo que despertasse a minha curiosidade e o meu interesse. Apresentou-me várias propostas e eu escolhi a Eletrotecnia. Durante os 3 anos do curso, tive de enfrentar várias difi-culdades, desde apurar o meu sentido de responsabilidade, aprender a lidar com materiais, etc., pois o mundo da ele-tricidade pode ser muito “bonito” e podemos fazer coisas muito engraçadas, mas à mínima distração…BUMMM… e pode-se tornar muito “feio”. Há medida que o curso vai avançando, os alunos começam-se a entusiasmar, pois o melhor que um aluno pode ter é quando desenvolve um trabalho e, depois de tudo bem mon-tado, aquilo funciona. É uma alegria enorme. São estas pe-quenas coisas que nos motivam, e afinal para quem não gos-tava de estudar até se está a adaptar bem!...Na minha opinião, acho que o fator chave para o sucesso é a MOTIVAÇÃO. Os cursos profissionais proporcionam um estágio, onde os estudantes podem aplicar aquilo que aprenderam ao longo dos 3 anos. Posso dizer que um aluno, depois de ter acabado o estágio, sai com uma visão diferente daquilo que é o mun-do do trabalho, com mais responsabilidade e mais “respeito” por aquilo que se faz. Estes cursos têm, entre outras, uma vantagem que eu considero a mais importante nos tempos que correm - um Técnico não precisa de “esperar” muito tempo para ingressar no mercado de trabalho, a maior parte dos alunos fica a trabalhar nas empresas onde fez o estágio.Por vezes surge a dúvida sobre a possibilidade de ingressar no ensino superior. Claro que é possível, mas isso requer um esforço adicional, pois o nível de exigência é muito supe-rior. Como o próprio nome indica o curso é “profissional”. Os conteúdos abordados são os mesmos, quer no profissio-nal, quer nos outros cursos, só que no profissional a abor-dagem é mais superficial, pois existem outras disciplinas de teor prático que os outros cursos não têm. Quem quiser ingressar no ensino superior, deve pedir ajuda extra, pois

os professores estão dispostos a ajudar e a escola também dispõe de salas de apoio ao aluno para esclarecimento de dúvidas.Eu optei por ingressar no ensino superior. Não é fácil, mas “quem corre por gosto não cansa!”.,Gostaria de deixar um conselho a todos, não desanimem, lu-tem pelos vossos sonhos e lembrem-se que os fatores chave são a MOTIVAÇÃO e a FORÇA DE VONTADE.

O sucesso só depende de cada um...Américo Cerejeira, ex-aluno de Gestão de Eq. InformáticosFrequentei, na D. Sancho, o curso de Gestão de Equipa-mentos Informáticos. Optei por este curso porque era a área de que eu mais gostava. Sempre fui muito li-gado ao mundo da informática, por isso a paixão pelos computadores já não é de agora!No início, encontrei algumas dificuldades na matemática e noutras disciplinas que apreciava menos. Julgo que o estágio foi muito importante no meu proces-so de formação, porque me preparou para o mundo do trabalho. Comecei a trabalhar apenas quatro meses após ter saído da escola. Contudo, ainda não na minha área. Aos que vão iniciar o ensino secundário, aconselho-os a aplicarem-se muito, pois o futuro está nas nossas mãos e o sucesso só depende de cada um.

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Aproveitem a vossa oportunidade...Hélder Silva e Ruben Reis, 1213

Somos o Ruben Reis e o Hélder Silva, alunos da D. Sancho I, do curso Técnico de Manutenção Industrial. Tudo começou há cerca de 3 anos. Inscrevemo-nos neste curso, com o objetivo de, um dia mais tarde, nos sentir-mos preparados para enfrentar o mundo do trabalho. Ao longo destes três anos, fomos evoluindo nas nossas competências, não só como estudantes mas tam-bém como trabalhadores, cumprindo as normas e deveres exigidos no mundo profissional. Neste percurso, foi-nos dada toda a informação útil ao mundo do trabalho, mas para isso foi necessária a ajuda de professores qualificados em todas as áreas. Adaptámo-nos facilmente à escola, graças à simpatia dos professores e em-pregados.Os professores que encontrámos ao longo do percurso estabeleceram connos-co uma relação de amizade extraordinária.Nem tudo foi tão fácil como esperávamos, é claro que tivemos algumas difi-culdades nalguns momentos, mas nada que não ultrapassássemos com a ajuda de colegas e professores. O ambiente agradável da escola deu-nos motivação para enfrentar cada dia.Estamos, neste momento, na reta final do curso, a fazer a formação em con-texto de trabalho (estágio). Fomos colocados no concessionário Mercedes-

Benz (grupo Carclasse, S.A), onde nos foi dada a oportunidade de trabalhar com profissionais qualificados no ramo da mecânica automóvel.No futuro, prevemos continuar a estudar, ingressando no ensino superior, com o objetivo de aprofundar conhecimentos na nossa área.Aproveitem a vossa oportunidade…

Saudades do Futuro...

Uma herança cultural...Maria do Rosário Alves, ex-aluna

Foi com emoção e alegria que li as palavras do profes-sor Dr. Artur Passos, num artigo publicado na revista da Escola Secundária D. Sancho I, acerca do trabalho desenvolvido pelas turmas dos Cursos EFA, numa ação conjunta com o Museu da Indústria Têxtil, para celebrar as Comemorações do Dia Internacional dos Museus, no dia 18 de maio de 2010.Esta foi uma das iniciativas que mostrou ser possível construir projetos, implicando as pessoas que, de uma forma carinhosa, empenhada e responsável, tiveram oportunidade de mostrar o que aprenderam e dar a co-nhecer os seus dotes artísticos.Foi uma forma de enaltecer e reconhecer o trabalho dos seus alunos, dos professores e demais colaboradores, tra-zendo ao museu, de uma forma carinhosa e partilhada, momentos de muito alegria e descontração.Lançar o desafio à Escola veio acrescentar e também re-conhecer todo o trabalho que esta vem desenvolvendo

com toda a sua equipa, alunos e professores, um trabalho meritório que, aliás, vem da sua longa história e prosse-gue com a atual direção.Tornarmo-nos cidadãos responsáveis é uma tarefa que nos envolve a todos, aos adultos, por todo o esforço e necessidade de aprender, podendo assim contribuir para uma sociedade mais aberta, mais plural, e a todos quan-tos desejam contribuir para uma cidadania plena, papel que cabe a cada um de nós.Paulo Freire fala-nos de uma educação libertadora, que coloca a pessoa no centro e refuta a educação bancária que não permite ao homem libertar-se, tornando-o mais participativo, mais implicado na resolução dos seus pro-blemas.Esta foi uma herança que recebi desta Escola, hoje com 56 anos e com família constituída. Através de muito es-forço, construi o meu projeto, trabalhei e estudei e, ape-sar das vicissitudes da vida, nunca desisti, o que me per-mitiu alcançar os meus objetivos e abrir novos caminhos, criando laços de amizade e de grande cumplicidade.Bem-Haja a Todos!...

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15 Saudades do Futuro...

Sigam algo que gostem!...Daniela Palos, 1210

Frequento o Curso de Técnico Profissional de Contabilidade nível IV, que escolhi por várias razões: no ensino básico sempre gostei de matemática; tinha um certo in-teresse pelo mundo dos negócios e por aquilo que nos move atualmente: a economia. Os cursos profissionais têm vantagens para quem já tem uma ideia daquilo que quer seguir, pois são direcionados para uma profissão. Proporcionam um possível cami-nho para a universidade; não são tão dispendiosos como os cursos regulares; é mais fácil conseguir uma boa média, pois a avaliação é facilitada pelo facto da matéria estar organizada em módulos, o que torna o estudo mais dinâmico e menos compli-cado.As dificuldades encontradas a nível curricular não foram muitas, ou quase nenhu-mas, pois o nível de dificuldade e exigência vai aumentando ao longo do curso. Quando a fase final se aproxima, estamos preparados para ela, porque o que nos foi ensinado no início prepara-nos para as dificuldades finais.Outro aspeto importante é que, no fim, temos o estágio.Estes 3 anos de curso corresponderam a todas as minhas expectativas.Como hoje em dia, o grande problema dos jovens é ter um emprego, decidi que vou

para a universidade e, em simultâneo, tentar arranjar um emprego ligado à profissão. Sei que é complicado mas aprendi que tudo se consegue com esforço, dedicação e empenho.Para os jovens que estão a iniciar a formação no secundário deixo o meu conselho: sigam algo que gostem! Não devem tomar a decisão por aquilo que os pais dizem ou por aquilo que os amigos dizem. A decisão deve partir da própria pessoa e baseada naquilo que gostariam de seguir. Atualmente, existem inúmeros cursos de todos os géneros e quase todas as escolas secundárias têm cursos profissionais.

Nós somos o amanhã...Sofia Silva, ex-aluna do curso de Ciências Socioeconómicas

Quando da escola D. Sancho I saí, disseram-me para voltar quando quisesse, porque a escola que deixava, continuava a ser minha… Hoje, recordo com saudade muitos dos momentos que aí passei, assim como tenho bem presente que por aí estudar muitas portas se abriram. Este foi o meu primeiro ano na universidade e, apesar de estar a acabar posso afirmar com absoluta certeza, foi espetacular. Matéria nova, pessoas divergen-tes, diversas realidades, vida académica e tudo, a um ritmo completamente diferente. Assim, o meu testemunho enquanto antiga aluna é um conselho a todos os que aí estudam… Aproveitem estes anos o melhor que conseguirem, tragam cá para fora o máximo de experiências e recordações, nunca recusem o conhecimento e quando chegar a hora de decidir, como um homem disse, “escolham um trabalho de que gostam e não terão de trabalhar um único dia na vossa vida”. Nós somos o amanhã e, num país que passa por tão graves dificuldades, é importante uma geração capaz de o erguer e renovar. Sejam, portanto, competitivos, ambiciosos e exi-gentes, deem o máximo em tudo o que fizerem e, essencialmente, sejam diferentes. Quando partirem, seja para o mundo do trabalho ou para continuarem os estudos, espera-vos o desconhecido mas se pode ser aterrador, também pode igualmente ser espetacular!

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Saudades do Futuro...

Frequentei, na D. Sancho, o curso de Gestão de Equipamentos Informáticos, por ser uma área do meu interesse. As dificuldades encontradas não fo-ram muitas, porque o grupo de professores era exce-lente, ajudava-nos nas aulas e mesmo extra-aulas. O e s t á g i o f o i , p a r a m i m , m u i t o i m -p o r t a n t e , p o i s p e r m i t i u - m e a p l i c a r o s c o n h e c i m e n t o s a d q u i r i d o s d u r a n -t e o c u r s o e a p r e n d e r c o i s a s n o v a s .O curso correspondeu às minhas expectativas. Neste momento, não estou a trabalhar porque decidi con-tinuar a estudar. Mas, após o estágio, foi-me dada a oportunidade de continuar na empresa. Neste momento, estou a tirar um CET (curso de especificação tecnológica) de Desenvol-vimento de Produtos Multimédia e, em “part-time”, faço manu-tenção e reparação de material informático por conta própria.

O profissional é uma boa escolha...Pedro Silva, ex-aluno do curso de Gestão de Eq. Informáticos

O contacto com o mundo do trabalho...Elsa Tinoco, ex-aluna do curso de Técnico de Contabilidade

No final do 3º ciclo decidi, frequentar o curso de Técnico de Contabilidade, pois não fazia intenção de ingressar no ensino superior, achando que seria bom especia-lizar-me num curso de que eu gostasse. Findo o 9º ano, entrei neste curso, com ele adquiri uma diversidade de conhe-cimentos relativos à Contabilidade, e não só. No último ano tivemos o está-gio profissional, onde também aprendi

bastante e adquiri um conhecimento essencial para a vida, que é a experiência própria e o contacto com o mundo do trabalho, o que para mim foi algo muito marcante por ser totalmente diferente quando se põe em prática o que se aprendeu, a responsabilidade de não errar é muito maior, e é algo muito benéfico. Quanto à Prova de Aptidão Profissional, foi algo que gostei de fazer, apliquei muitos conhecimentos, adquiri a capacidade de ser cada vez mais autó-noma no trabalho, o dito “desenrasque”, portuguesmente falando, para obter um bom resultado final, e também aprendi a defender o meu trabalho perante a pressão de ter um júri a avaliar-me. Dei o tudo por tudo e os resultados foram incríveis. Mas ao longo do 11º ano, ponderei melhor as minhas hipóteses e capacidades e decidi ingressar na faculdade. Com esta experiência, consegui entrar no curso de Economia da Faculdade de Economia do Porto, com uma boa média final, e tive a oportunidade de auxiliar os meus cole-gas de faculdade em matérias que aprendi no curso profissional. Em jeito de conclusão, os cursos profissionais são muito benéficos para todos, permitem-nos adquirir formação específica, e adquirir bons conhecimentos especializados para ingressar na faculdade.

Uma boa aposta!...José Silva, ex-aluno do curso de Gestão de Eq. Informáticos

O meu interesse por este curso já vinha desde pequeno, a informáti-ca fascinava-me e sabia que a tecno-logia seria o futuro. As dificuldades que encontrei fo-ram as mais comuns em alunos destes cursos, pois só me interes-sava pelas disciplinas específicas da área e talvez tivesse deixado um pouco de parte as mais teóricas, mas logo percebi que todas eram igualmente importantes.Na minha opiniao, o estágio é mesmo o mais im-portante na nossa formaçao, porque nos coloca numa posiçao onde temos de corresponder às che-fias e colocar os nossos conhecimentos em prática em tempo reduzido, muitas vezes, para dar resposta a eventuais situações difíceis. No meu caso, entrei de imediato no mercado de trabalho. Após o estágio, a empresa propôs-me um contrato de trabalho temporário. As funções que desempenho, neste momento, correspondem à área da minha formação e estão de acordo com aquilo que aprendi na escola D.Sancho.Frequento também um CET , que me dará o nível 4 na minha área e, no final do mesmo, tenho aces-so direto ao ensino superior, sem fazer os exames nacionais.Aos mais novos, posso dizer que estes cursos são uma boa aposta, são cursos que as empresas valorizam.

As principais dificuldades que tive de enfrentar para poder prosseguir estudos foram os exames nacionais, pois no meu

curso não era lecionada Matemática A, sendo esta a disciplina de ingresso na universidade. Depois optei por fazer um CET. Pretendia tirar Manu-tenção de Redes e Sistemas Informáticos, mas como não consegui vaga, optei pelo CET de De-senvolvimento de Produtos Multimédia no Porto.Gostaria de dizer aos jovens que neste momento ingressam no ensino secundário, que optar por um curso a nível profissional é uma boa esco-lha pois, no final dos três anos, ficamos com o 12º Ano e com um diploma de técnicos da área escolhida, o que nos cria, de imediato, algumas

possibilidades de emprego. Quem pretender seguir estudos, terá de se esforçar mais um pouco e, em alguns dos casos, es-tudar a matéria de exame num regime extraescolar, para não ter dificuldades acrescidas no exame da disciplina de ingresso.

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FESTA DOS FINALISTAS 2010/2011

O Futuro com glamour...

O Presidente da CAP saúda todos os presentesOs apresentadores da cerimónia A Presidente do Conselho Geral discursando

Entrega de prémios aos

melhores alunos

Entrega do livro de

curso

A festa foi bonita...

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A Sancho Notícias entrevistou o aluno João Veloso da turma 1208, um jovem multifacetado que frequenta um curso de Ciências Humanas e Sociais, faz teatro e revela um admirável desempenho na área do raciocínio lógico e abstrato. Pela segunda vez, participou nas Olimpíadas de Matemática, tendo conseguido um honroso terceiro lugar a nível nacional. Vamos, então, conhecer melhor este jovem que é motivo de orgulho para a D. Sancho.

Sendo tu um aluno de Ciências Huma-nas e Sociais, o que é que te levou a par-ticipar nas Olimpía-das de Matemática? Bem, acho que é me-lhor começar pelo iní-cio… A Matemática sempre foi para mim uma área de interes-se; desde cedo revelei algumas aptidões no que toca aos números, sempre preferi somar

e subtrair do que formar palavras. No início do segundo ciclo, experimentei uma modalidade que despertou o meu interesse e que tenho praticado até aos dias de hoje: o xadrez, jogo em que é imprescindível o raciocínio lógico. No 11º ano, o profes-sor Ricardo Costa incentivou-me a participar nas Olimpíadas da Matemática. Os resultados não me satisfizeram e este ano voltei.Como descreves a experiência do dia do concurso?Estou muito habituado aos torneios de xadrez, e este tipo de ac-tividades também desenvolve muito a componente social, pois o contacto durante um dia inteiro com participantes de todo o país é muito interessante. Alguns já eram meus conhecidos dos torneios de xadrez, um dos quais foi o meu penúltimo adver-sário da competição. Foi um pouco estranho aquele confronto, pois somos amigos de longa data e estávamos ambos à procura de um “lugar no pódio”.

Como não poderia deixar de ser, tenho de fazer referência aos meus colegas que também foram representar a nossa escola. Também eles tiveram uma excelente prestação. Aproveito para deixar aqui os meus agradecimentos, em pri-meiro lugar, aos meus colegas de turma, pois o seu apoio foi incontestável; em segundo lugar, à direção da nossa escola por ter proporcionado esta experiência aos alunos; por último, mas não menos importante, ao professor Ricardo Costa, uma vez que sem ele nada disto teria sido possível. Que significado tem para ti este reconhecimento que se tra-duziu na obtenção do terceiro lugar a nível nacional?A obtenção desta classificação tem um significado muito especial, visto que é o título mais importante que tenho no meu currículo. Este título acaba por se traduzir numa grande sa-tisfação pessoal, pois tenho consciência de que pouco ou nada interferirá no meu futuro. Infelizmente, vivemos numa socieda-de que valoriza pouco as áreas do desporto e da cultura. Sabemos que a Matemática não é a tua única área de inte-resse. A escola tem presenciado o teu desempenho no que às capacidades teatrais e expressivas diz respeito. Queres contar-nos um pouco sobre esta faceta da tua vida?Esse é o principal motivo para eu estar num curso de Ciências Humanas e Sociais, pois pretendo que o meu percurso profis-sional passe pela área do teatro; é algo extremamente compli-cado, mas estou disposto a trabalhar com afinco para que este sonho se realize. Tal como em relação ao xadrez ou aos jogos da Matemática, é necessário que a sociedade respeite e valorize o teatro, já que, nos dias que correm, tal não acontece. As pes-soas preferem ver através do ecrã do cinema ou da televisão, porém, é o teatro que nos consegue entrar na alma…

Em diálogo...

Matemática que gira...Equipa do Plano da Matemática No sentido de promover o gosto pela matemática, relacionar os conceitos adqui-ridos com situações comuns da vida real, divulgar os trabalhos realizados pelos alunos e estimular a prática da inovação educacional com o uso de novas tecnolo-gias, decorreu a 30 de março, no átrio da escola, uma atividade promovida pelos professores envolvidos no âmbito do Plano da Matemática II, atividade inserida no projeto denominado “Matemática que gira”. A comunidade escolar pôde ver uma exposição de jogos matemáticos e de cartazes elaborados, alusivos aos nú-meros primos - Crivo de Erastótenes. Além disso, numa projeção em powerpoint, fo-ram divulgados os melhores trabalhos de construções elaboradas com o Tangran pelos alunos do 7º Ano, foram também projetados os trabalhos de estatística elaborados pelas turmas do 8º Ano, e ainda figuras de Echer e ilusões ótica. Em simultâneo foi realizada uma atividade prática com o CBR e a calculadora gráfica, denominada “Imitar o gráfi-co”, em que participaram vários alunos que visitaram a exposição.

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19 O Futuro em projeto...

Projecto “Cultural Migration In Autobiography”Mª Antonieta Costa, Coordenadora de Projectos

A escola acolheu o último encontro do projeto europeu Cultural Migration In Autobiography, realizado de 9 a 11 de junho que reuniu, para além dos coor-denadores, os escritores das autobiografias, imigrantes na Europa de várias partes do mundo. O auditório da Biblioteca Municipal foi palco de um serão multicultural, no passado dia 9 de junho, para celebrar este último meeting, onde participaram, para além das apresentações das instituições parceiras no projeto, alunos das turmas do Curso de Ação Educativa. A parte cultu-

ral esteve a cargo de Ivo Machado. Para divulgar parte das nossas tradi-ções culturais, atuaram o Grupo Folclórico de S. Tiago da Cruz e o fadista famalicense Joaquim Macedo. A Câmara Municipal fez-se representar pelo Vice-Presidente, Dr. Paulo Cunha, que proferiu al-gumas palavras de boas-vindas, de felicitação e de encorajamento. Um dos momentos altos da noite foi a apresentação do livro que compila parte das biografias produzidas ao longo do projeto. Em Portugal, este foi coordenado pelaa professora Maria Antonieta Cos-ta em colaboração com Artur Passos, membro da direção da escola.

Estágios em BarcelonaArtur Passos, Coordenador do Projeto

O projeto da D. Sancho I, Empowerment - qualificar para o trabalho em con-texto europeu vai proporcionar estágio aos formandos finalistas dos Cursos Profissionais do ano 2012. Estes estágios profissionais vão realizar-se em Bar-celona entre abril e maio de 2012. Terão a duração de 6 semanas para 17 alunos finalistas. A seleção da cidade de acolhimento para a realização dos estágios - Barcelona - prende-se com a adoção de alguns critérios. A moderna economia de Barcelona foi construída em dois pilares: comércio (regional e internacional) e indústria, particularmente a têxtil. Os dois setores continuam a ser importantes pólos dinamizadores da economia, concomitantemente com o crescimento da atividade turística. Existem, ainda, outros objetivos de primordial importância relacionados com a área geográfica supracitada: promover a intercultura empresarial entre países vizinhos estimulando as sinergias existentes; desenvolver a atividade profis-sional em contexto de língua estrangeira, mas familiar devido à proximidade e afinidade à nossa, de fácil assimilação e compreensão, promovendo compe-tências transversais; dar sequência ao bom nível de relações empresariais existentes entre ambos os países; conhecer e aprofundar hábitos, costumes e procedimentos deste parceiro, em contexto internacional, afinando as competências de promoção multicultural e de socialização dos formandos.O grande objetivo deste projeto é integrar os formandos no mundo do trabalho, proporcionando-lhes a possibilidade de o fazerem num mercado competitivo e europeu. Deste modo, é nossa profunda convicção que proporcionar estes está-gios profissionais aos alunos contribui para a formação de uma mão-de-obra mais qualificada e capaz, conhecedora de ambientes multiculturais e com capacidade de integração. No fundo, com este nível de excelência, este projeto é uma mais-valia para Portugal e estimula o grande projeto que é o mercado comum europeu.

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20 O Futuro na nossa Língua...

Escola D. Sancho Leu+

Pelo segundo ano consecutivo, a Escola secundária D. Sancho I participou no Concurso Nacional de Leitura, integrado no Plano Nacional de Leitura. A primeira fase do Concurso, a nível de escola, elegeu seis alunos, do Ensino Básico e Secundário, que participaram na fase distrital em Barcelos. A nossa escola saiu vencedora nesta fase distrital, a nível do Secundário.

Assim, no dia 14 de maio, Filipa Dias, aluna do 12º ano, turma 02, participou nas semifinais do CNL 2011, em Lisboa, juntamente com 72 finalistas provenientes de todo o país. Estes finalistas foram inicialmente apurados de entre cerca de 20 000 candidatos oriundos de centenas de escolas do 3º. Ciclo e do Secundário. Filipa Dias ficou apurada para a final, constituída por 12 finalistas, que teve lugar no passado dia 21 de maio, nos Estúdios da Valen-tim de Carvalho, em Lisboa, onde foi gravado o programa Quem Quer Ser Milionário Especial Ler + , transmitido pela RTP1 no passado dia 31 de maio.

Nome: Filipa Manuela Fonseca DiasAno/Turma: 1202Gostei muito de ler: Romeu e Julieta de William Shakespeare.Aprecio o autor: Charles Dickens.Demorei 2 semanas a ler: Os Maias.Não conclui a leitura do livro: Nómada de Stephenie Meyer.O CNL é sinónimo de… Desafio! Gosto de música: de Phil Collins.Gosto de professores: determinados.Não gosto de pessoas: vingativas.A minha maior qualidade é: ser persistente naquilo em que acredito.O meu maior defeito é: ser muito perfecionista.No mundo o que mais me preocupa é: a diferença de direitos entre os diversos países.A personalidade nacional/internacional que mais admiro é: Michael J. Fox.As minhas disciplinas favoritas são: Português e Matemática.As minhas férias mais emocionantes foram: em Itália, em abril de 2010.Se eu pudesse… tirava umas férias e viajava pelo mundo, de carro, sem destino.Três desejos: Aprender a tocar piano, viajar muito e poder trabalhar em algo de que goste mesmo.Em 2011 gostaria de entrar no curso de: Medicina.

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21 O Futuro na nossa Língua...

A nível nacional assinalou-se, de 21 a 25 de março, a Semana da Leitura.A Escola Secundária D. Sancho I integrou-se nesta iniciativa e a Equi-pa Responsável pela implementação do Plano Nacional de Leitura na esco-la, em parceria com a Biblioteca, levou a cabo um conjunto de atividades. O átrio da escola foi o local privilegiado para a apresentação de obras e autores que proporcionaram à comunidade escolar uma oportunida-de para homenagear a leitura. Assim, todos puderam apreciar a exposi-ção “ O Livro – Uma viagem no tempo”, recordando autores do passa-do e observando a evolução do livro. Para além disso, todas as manhãs o átrio ganhava vida com “atores” que davam voz a textos selecionados:

UMA SEMANA A LER

“Cena do Parvo”, Auto da Barca Inferno de Gil Vicente, por alunos do 902

Proposição d’ Os Lusíadas, por alunos do 901

A equipa do Plano Nacional de Leitura agradece a participação, o empenho e a disponibilidade de todos os que, de forma ativa, contri-buíram para a concretização da semana da leitura na escola. E é com grande satisfação que, contrariando todos aqueles que afirmam que os jovens não gostam de ler, se pode constatar que os alunos abraçaram com entusiasmo esta iniciativa. Este cenário é motivador para empreender mais atividades relacionadas com a leitura.

Declamação de poemas, por alunos de diferentes turmas do Ensino Secundário

Cenas do drama romântico Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett, por alunos do 1105 e do 1109

Encenação de “Cântico Negro” de José Régio, por um grupo de alunos dos diferentes níveis de ensino da escola

A biblioteca também recebeu o escritor famalicense, Augusto Canetas, que para além da sua obra, apresentou leituras musicadas e declamadas

A “Casa Museu de Camilo” foivisitada por alunos do 10º Ano que fizeram jus à semanada leitura e leram in locoexcertos das obras camilianas

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22 O Futuro noutras línguas...

L’environnement

Gestes pour diminuer la pollution

Pour protéger la planète il faut recycler, réutiliser, ramasser

les déjections des chiens, etc.

Nous devons protéger la planète du réchauffement parce

que c’est un danger pour les personnes de tout le monde.

Il faut aussi protéger les animaux et l’eau qui sont très im-

portants dans notre vie. Daniela Nogueira, 802

Pour diminuer la pollution tu devrais prati-quer le tri, protéger la nature et la biodiver-sité et nettoyer la forêt. Nous devrions tous

ramasser les déchets et épargner l’eau, très

importante pour la vie.Il faut protéger l’environnement !Maria Ferreira, 802

Les animaux, le climat et tout le reste change et tout ça

causé par les humains.Nous, humains, nous polluons de plus en plus, nous ne

pensons pas aux conséquences ni aux générations qui

viendront. Nous détruisons d’importants habitats et la

planète Terre.Il faut améliorer la situation !Carolina Marques, 802

Pour diminuer la pollution de la planète

nous devrions recycler tous nos déchets et

circuler à bicyclette pour ne pas contribuer

au réchauffement climatique. Il faut ne pas

polluer l’eau, l’épargner et mettre nos dé-

chets dans la poubelle.Nuno André, 802

JEUX DE MOTS

Joue avec des mots de l’environnement :

P_L_ _T_ _ _

R_ CH_ _ F_ _ _ _ _ T C_ I_ _ _ _ Q_ _

B_ _ D _ _ _ _ _ _ _ É

_ _ _N _ T _

R _ _ Y _ _ _ R

R _ U _ _ _ _ _ _R

Solutions: pollution, réchauffement climatique, biodiversité, planète, recycler, réutiliser.

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23 O Futuro noutras línguas...

Youth Meeting in BerlinSofia Teixeira, 1104On the last 3rd of April a group of high school students and the teachers Ana Azevedo and Júlia Macedo caught a plane to Berlin. They were going to participate in a Ger-man, Polish and Portuguese youth meeting, where they did several activities.But this journey started months before, because in order to participate we had to master the English language. If we didn’t, we wouldn’t be able to communicate with each other and we couldn’t have done the activities. After being selected, we had to divide us in groups to make presenta-tions about Portugal. These ones were going to be pre-sented in the Cultural Night, where each country showed a little about them.In Berlin, we were accommodated in “Haus Pro-social” in Marzhan, in the east part of the capital. We only knew the other youngsters on the next day, when we went to visit Berlin. This city has a great history and we learned a lot of things and saw the bear which is the symbol of Berlin. On the 5th April, we did a rally-paper. We had to find some places spread all over the city, which was not that easy. After dinner we went to a local club, where we played interesting games. On the following day we visited a cemetery, where victims of the genocide during the World War II were buried or only remembered. In the afternoon our group was divided and some visited the “Gardens of the World” and others participated in an activity in a German company. On Thursday we did big soap bubbles during the morning and we won a football tournament in the afternoon. On the 8th we did some community work in a nursery school that had burned down and we visited the “GründerzeitMuseum” founded by Charlotte von Mahlsdorf, a man who later became a woman. At night we had our Cultural Night, where we sang some Portuguese music that everyone enjoyed. On the last day we saw a football match in the Olympic Stadium and spent the afternoon in the centre of Berlin. The last night was reserved to the presentations of the rally-paper and to the last thanks and goodbyes. On the 10th we flew back to Portugal, with lots of souvenirs and memories of a good time.

Consejos para estudiar mejor...Ana Claúdia Vinagre, profª. de EspanholHe aquí algunos consejos para estudiar mejor y tener éxito en los exámenes:“¿Cómo aprendiste a montar en bici? Probablemente alguien te dio algunos consejos y luego tú practicaste mucho. Puedes aprender a estudiar de una forma muy parecida. Nadie nace sabiendo estudiar. Necesitas aprender unas pocas técnicas de estudios y luego ponerlas en práctica para desarrollar buenos hábitos de estudio.¿De qué te servirán las técnicas de estudio? Te facilitarán los aprendizajes académicos y te ayudarán a obtener mejores resultados en los exámenes, sobre todo cuando empieces la secundaria.Seis pasos para estudiar mejor:1.Presta atención en clase. 2.Toma buenos apuntes. 3.Planifica con antelación los exámenes y trabajos escolares. 4.Divide la materia en cachitos. (Si tienes mucho material que aprender, divídelo en bloques más asequibles.) 5.Pide ayuda si te bloqueas o estancas. Texto retirado del portal Kidshealth6.¡Duerme bien por las noches! (http://kidshealth.org/kid/en_espanol/sentimientos/studying_esp.html)

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24 Um Futuro saudável...

Ação de Formação: Educação Sexual em Meio EscolarMª Conceição Rodrigues, profª. de Educação Física

Em complemento de uma lacuna verificada na formação pedagógica ini-cial dos docentes, realizou-se uma ação de formação creditada na área da educação sexual. Esta ação, intitulada “Educação Sexual em Meio Esco-lar: Metodologias de Abordagem/Intervenção”, dirigiu-se a professores interessados, tendo sido formadas duas turmas, num total de 37 participantes.

Foi uma ação concertada entre a Escola, o Centro de For-mação de Professores e o Centro de Saúde, sendo minis-trada por duas enfermeiras e uma docente do quadro da escola.Não sendo o propósito habilitar completamente os profes-sores para o ministrar desta área da formação aos alunos, foi-lhes fornecida uma base de trabalho que, no futuro, poderá servir de base a ótimos projetos para a formação integral dos alunos.

Alimentação Saudável...Ana Catarina Mendes, Carla Silva, Daniela Guimarães Ricarda Sousa, 1203

No âmbito da disciplina de área de projeto, o grupo “Ali-mentação Saudável”, da turma 1203, realizou, na biblio-teca da nossa escola, uma palestra com a participação da nutricionista do centro de saúde de Vila Nova de Fama-licão, Drª. Cristina Pinheiro, Esta atividade teve a intenção de alertar a comunidade escolar sobre os seus hábitos alimentares e as opções para um melhor estilo de vida.Os alunos participaram ativamente, mostrando-se satis-feitos com aquilo que aprenderam. Foi gratificante veri-ficar a adesão dos alunos e o bom ambiente que se criou ao longo da palestra

Cirurgia Plástica: dentro e fora...Adriana Marques, Catarina Oliveira, Jéssica Sá e Joana Fidalgo, 1201

Por iniciativa do grupo V da turma 1201, no âmbito da disciplina de Área de Projeto, realizou-se, na biblioteca da escola, uma palestra sobre Cirurgia Plástica, denomi-nada “Cirurgia Plástica: dentro e fora”, com o psiquiatra Dr. Jacinto Azevedo. Esta atividade teve como objetivo apresentar as vanta-gens e as desvantagens da Cirurgia Plástica e alertar para a influência do meio nas nossas decisões. O grupo agradece a todos os que nela participaram e co-laboraram na sua concretização.

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25

Equipa de Educação para a SaúdeLurdes Oliveira, Coordenadora da Equipa de Educação para a Saúde

A sopa faz parte da cultura gastronómica portuguesa e constitui um excelente prato de entrada de qualquer re-feição.A Equipa de Educação

para a Saúde, com a colaboração dos alu- nos das turmas dos 7º, 8º anos e 901, levou a cabo, na última semana do 2º período, a atividade “Semana das Sopas”, no sentido de sensibilizar a co-munidade escolar para a necessidade da ingestão da mesma. Estes alunos, divididos em grupos, foram, ao longo da semana, à cantina

observar e ajudar a con-fecionar a sopa do dia, correspondente à receita da turma. Ao longo da semana, esteve patente, no átrio da reprografia, uma exposição relativa a esta temática.

SEMANA DAS SOPAS

Uma dúzia de razões para comer sopa:

1. É de fácil digestão2. É saciante

3. É reguladora do apetite4. Oferece uma grande riqueza de vitaminas e minerais

5. Tem uma grande quantidade de fibras6. Fornece muitas substâncias antioxidantes e protetoras7. Não gera substâncias carcinogénicas

8. É importante para o bom funcionamento intestinal9. Previne a obesidade10. Geralmente, apresenta um baixo valor calórico11. É reguladora dos níveis de colesterol12. Equilibra dietas

Gostei muito de trabalhar com as cozinheiras.

Aprendi coisas que não sabia.

Joana Magalhães, 702

As sopas são quentes e boas,São minhas amigas e tuas!Levam grãos e legumes,E mantém os costumes! Inês Cavaleiro, 701

Eu acho que ter ido cozinhar

à cantina foi o máximo!

As cozinheiras foram sim-

páticas e divertidas, espero

repetir a experiência.

César Couto, 802

Fizemos sopa de nabiças para a escola

toda, foi divertido!

Eduarda Araújo e Inês Sampaio, 701

Um Futuro saudável...

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26 O Futuro em construção...

Atividade Integradora: “Canções de Abril”Ana Paula Silva, profª. de Inglês

Os formandos da turma 5 do Curso EFA, Tipo C, do Ensino Secundário da Escola Secundária D. Sancho I, apresentaram à comunidade educativa, no dia 28 de abril, pelas 21 horas, a sua Atividade Integradora intitulada “Canções de Abril”, assinalando a comemoração do 25 de Abril de 1974.Esta atividade foi orientada pela Mediadora da turma, Ana Paula Silva, tendo decorrido no átrio da Escola.A atividade contou com a participação de um convidado, Nuno Granja, que abrilhantou o serão, surpreendendo os alunos com a dramatização de pequenos sketches surpresa nas salas de aula e cantando ainda um conjunto de canções de intervenção emblemáticas da Revolução de Abril. Durante o espetáculo, foram também distribuídos pela assistência cravos de papel, elaborados pelos alunos da turma S-EC5. Os presentes sentiram com emoção estas canções que marcaram uma época em Portugal e que ainda mantêm uma atualidade que se regista.

Ida ao Teatro: “Exatamente Antunes”Turma 121 ESR

“Nós não somos de inventar as palavras. As palavras já foram inventadas. Nós somos do século de inventar outra vez as palavras que já foram inventadas” (A. Negreiros) É desta forma que “Exatamente Antunes” se anuncia em cena. Jacinto Lucas Pires, inspirado na obra de Almada Negreiros, levou à cena, no Teatro Nacional São João, esta magistral peça de teatro.Para apreciar este espetáculo, a Turma 121 ESR – Tecnológico de Administração, curso noturno – em conjunto com alguns docentes, deslocou-se à cidade do Porto, no dia 8 de abril, para se deleitar com a narração da vida de Antunes:

ora conduzida ao estilo brechtiano (que se distingue pelo efeito de distanciação entre personagem e espetador que leva o espetador à reflexão), ora ao estilo aristotélico (que se distingue

por ser mais facilmente percetível pelo público). A peça, encenada por Cristina Carvalhal e com a ajuda de Nuno Carinhas, revela, através da personagem “Antunes” – um provinciano “sacudido” pelos acasos da sorte na grande cidade - que “nenhum saber resulta somente da acumulação de experiência”…O autor pintou, desta forma, num espaço cénico peculiar, esta prodigiosa obra dramático-romântica, com um toque de frescura e de ingenuidade.

ModdingFilipe Oliveira, Miguel Carvalho, Patrick Sousa, Simão Rocha e Vasco Araújo, 1204

O grupo II da turma 1204 desenvolveu o projeto Modding (montagem e modifi-cação de um computador, utilizando várias peças, de forma a dar-lhe uma estética diferente, criativa e original, pensando num melhor rendimento). Assim, através de um micro-ondas velho lá de casa, conseguimos aproveitar da melhor maneira a sua estrutura e criámos algo inovador, montando nele os com-ponentes de um computador. Para além da “estrutura base” de um desktop, investimos muito no cooling, ou seja, na sua refrigeração de maneira a que esta não sirva apenas para refrigerar o computador, mas também para lhe dar um toque pessoal. Para tornar o aparelho mais atrativo, colocámos um led vermelho de 10cm no topo, de maneira a iluminar o interior, assim como um espelho na base para o visualizarmos.

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27 O Futuro em construção...

PAP do Curso de Organização de EventosPaula Ferreira, Diretora do Curso

No passado mês de março, no âmbito das Provas de Aptidão Profissionais do Curso Técnico Profissional de Organização de Eventos, da turma 1216, foram realizados qua-tro eventos que tiveram em vista a promoção do trabalho destes alunos finalistas e a demonstração da aprendizagem que reuniram ao longo dos seus três anos de curso.No dia 4, e como homenagem às artes circenses, o primeiro grupo de alunos realizou um evento intitulado de “ANIMUS” e que, tal como o nome indica, pretendia fundir os conceitos de Animação e Música. Aproveitando o ginásio da escola e

pretendendo chamar um público não só escolar, mas também todos os curiosos em relação a estas artes, os alunos interagiram com alguns dos convidados, como o casal de trapezistas da Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espetáculo, Chapitô, e com um grupo de artistas independentes e autointitulados “Tribo”, peritos em cuspir fogo e fazer malabarismo.Já no dia 11 de março, demonstrando um tipo de evento completamente diferente, um outro grupo de alunas apostou num desfile de moda arrojado a que chamaram de “It´s Show Time”, realizado no parque 1º de maio e que pretendia não só divulgar duas marcas de roupa Famalicences conhecidas, como fundir a moda com a dança, o canto e uma série de outras artes performativas, tentando atrair diferentes gerações e diferentes gostos artísticos para

um mesmo local.Afastando-se por completo dos dois anteriores eventos, o terceiro grupo de alunos decidiu explorar um conceito diferente e quase estranho para os jovens dos dias de hoje, apostando numa “Conferência sobre Eventos”, convidando todos os que têm um interesse especial pelo mundo das Artes a ouvir e participar numa agradável conversa com pessoas, como o Dr. José Manuel Oliveira e o Dr. Paulo Brandão, que tornaram a tarde no Museu Cupertino Miranda num agradável diálogo sobre o mundo dos eventos e das artes.

Por fim, e já no dia 25, “A Arte saiu à rua”, com o evento homónimo, que contou com a presença de diversas atuações, como a dos artistas NTS & Robinho. Dividido entre duas praças, a Nove de Abril e a Dona Maria II, o evento contou ainda com skaters, pantomina, dança e uma série de estátuas vivas, que, espalhadas ao longo da rua de Santo António, deram um pouco de cor à cidade.

Projeto Speedy EagleManuel Ângelo, Diretor de Curso

Os alunos Pedro Salgado e Luís Silva do Cur-so Profissional de Manutenção Industrial e Pe-dro Silva, do Curso de Ciências e Tecnologias, participaram no concurso F1 in schools, com o projeto Speedy Eagle (Águia Veloz). Apresen-taram um modelo de carro de Formula 1, total-mente concebido na escola. Foi uma atividade muito enriquecedora que juntou alunos de várias escolas e que permitiu a troca de experiências e a competição das várias “máquinas” de cada projeto.

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28 O Futuro em construção...

Projeto: Caminhada SolidáriaAna Moreira, Joana Azevedo, Sara Reis e Tânia Gonçalves, 1201

Caminhada realizada a 3 de abril, em Ribeirão, a favor da Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro. Além da caminhada pela vila, os participantes rea-lizaram uma aula de aeróbica orientada pela professora Isa-bel Columbano. Agradecimentos a todos os que tornaram a atividade possível: Presidente da Junta de Freguesia, enti-dades do comércio local e professores. A quantia angariada (105 euros) reverteu a favor da instituição.

Projeto: A tua voz agora!...Ana Sofia Rodrigues, Catarina Barbosa, Diana Cavalinho e Inês Gomes, 1202

Com o objetivo de estimular a participação dos jovens no funcionamento da sociedade famalicense, este grupo dina-mizou jogos em que interagiram alunos de várias escolas. Estes jogos foram orientados por “facilitadores da educa-ção não formal”, que fazem parte do Concelho Nacional da Juventude, e implicavam a simulação de decisões, as quais foram, posteriomente, alvo de reflexão. Será elabo-rada uma carta oficial com recomendações a ser entregue na Câmara Municipal.

Por a Ciência ser consequência da observação e admiração do que existe e por sermos alunos do Curso de Ciências e Tecnologias, decidimos, no âmbito da disciplina de Área de Projeto, levar os alunos da escola aos espaços capitais da Ciência em Portugal. Assim, nos passados dias 5 e 6 de abril, um grupo de 25 alunos de diversas turmas do curso de Ciên-

cias e Tecnologias , acompanhado pelas professoras Cristina Pereira, Elisabete Cerqueira e Ana Paula Costa, deslocou-se às cidades de Coimbra e de Lisboa. Esta viagem de dois dias teve como atração principal as pas-sagens pela Delegação Centro do Instituto Nacional de Me-dicina Legal, pela Universidade de Coimbra e pelo Centro Champalimaud.No primeiro dia, em Coimbra, conhecemos os serviços de Toxicologia, Patologia Clínica e Genética e Biologia Foren-se. Seguiu-se uma visita ao Museu de Ciência (demonstra-ções práticas de Química e Física e visita a um Laboratório de Física do século XVIII). Em Lisboa, visitámos o centro de investigação e tratamento de doenças oncológicas e investigação neurológica e o Cen-tro Champalimaud Para o DesconhecidoComo grupo, esta visita representou um passo assertivo na construção do nosso projeto, pelo que nos sentimos pessoal e academicamente mais enriquecidos.

Visita a Coimbra e LisboaChristophe Pinto, Daniel Dias, Filipa Dias e João Pereira, 1202

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29 O Futuro em construção...

Projeto: Procuram-se Abraços...Ana Simões, António Moreira, Carole Fernandes e Susana Costa, 1201

Após a divulgação da campanha “Procuram-se Abraços”, na nossa escola, realizou-se, no passado dia 11 de maio, uma palestra que contou com a presença e intervenção de uma representante da instituição Mundos de Vida, Dr.ª Marisa Regada. Foram abordados temas como a proteção à infância e a institucionalização dos idosos.

Visita ao Pavilhão do ConhecimentoCristina Rodrigues, profª. de Matemática

Na de disciplina Matemática A, os alunos das turmas 1201 e 1202, acompanhados pelas professoras Cristina Rodrigues, Helena Neves e Goreti Azevedo, realizaram uma visita de es-tudo ao Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.No Pavilhão do Conhecimento, tivemos oportunidade de con-tactar com experiências simples, que procuravam retratar fenómenos físicos, essencialmente óticos e mecânicos. Con-tactámos com diversos jogos e atividades que procuravam despertar o interesse para a Física de uma forma lúdica e interativa. Por fim, visitámos a exposição temporária “Sexo… e então?!”, que retrata o amor e a sexualidade através da perspetiva de dois personagens carismáticos da banda desenhada, Titeuf e Nádia.O resto da tarde foi ocupado a visitar as instalações do Estádio da Luz. À noite, tivemos a possibilidade de passear pela baixa lisboeta, visitar o Chiado, o Rossio, a Praça do Comércio e o Ter-reiro do Paço. Visitámos também o Hard Rock Cafe, onde vimos fotografias e objetos pessoais de algumas das maiores estrelas da música de todos os tempos.Na manhã do dia seguinte, partimos para Mafra, para visitarmos o Palácio-Convento.

Projeto: VoluntariadoGrupo “Por um coração feliz”, 1203

Realização de uma palestra alu-siva ao tema Voluntariado, no dia 12 de maio de 2011, que teve lugar na Biblioteca da es-cola e contou com o apoio de duas representantes da Asso-ciação Yupi, Mariana Barbosa e Raquel Oliveira, e com a pre-sença de cerca de 80 alunos, das turmas 1001, 1203 e 1204. As

palestrantes começaram por esclarecer todos os presentes sobre o funcio-namento e os objetivos da Associação Yupi.No final, o grupo apresentou à comunidade escolar, presen-te na biblioteca, todo o trabalho desenvolvido ao longo do ano letivo, mostrando o testemunho real de voluntárias.

Projeto: O Mundo do Faz de Conta...Grupo II, 1208

Visita ao museu da RTP em Lis-boa, com o objetivo de conhecer a evolução da Rádio e da Televisão Portuguesa. Seguiu-se a visita aos estúdios de gravação da estação te-levisiva, onde alunos e professores puderam assistir à gravação do Te-lejornal para a RTP África e tive-ram a oportunidade de fazer a sua própria gravação num miniestúdio.

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30 O Futuro em construção...

Discriminação:Luís Peixoto e Ricardo Carvalho, 1003

Hoje em dia, a discriminação está muito presente tanto em Portugal como no resto do mundo, embora haja países onde a sua expressão seja mais violenta do que em Portugal.Pessoalmente não me parece correto diferenciar os outros por serem de diferentes raças, vestirem-se de maneira diferente, terem outra cultura ou até mesmo outra religião. Torna-se cada vez mais difícil a alguém integrar-se numa sociedade diferente da sua. As pessoas desconfiam e olham de lado para tudo o que é diferente, convencendo os outros das suas ideias, pondo de lado quem insiste em ser diferente, o que torna complicada a sua integração.O caso mais comum de discriminação é o racismo contra os africanos. Associamos a imagem dessas pessoas a sujei-tos violentos e criminosos, mesmo antes de os deixarmos mostrar o que são.É nosso dever respeitar e confiar nos outros porque todos somos iguais, embora com formas de vida diferentes. Se os deveres e direitos da sociedade são iguais para todos, por que razão nos custa tanto aceitar o outro diferente de nós? Por que razão, por exemplo, mulheres são muitas vezes discriminadas em relação aos homens? São muitas vezes maltratadas e obrigadas a fazer o que vai contra a sua vontade só porque o homem se sente seu dono e senhor? São consideradas inferiores e não têm as mesmas oportunidades de emprego que os homens? Elas são iguais a todos nós.A discriminação devia andar longe da mente humana para podermos construir uma sociedade harmoniosa.

Visita à Barragem do Alto-LindosoHelena Oliveira, Joana Carvalho e Pedro Silva, 1204

O grupo V, da turma 1204, organizou uma Visita de Estudo à Barragem do Alto-Lindoso, que se realizou no dia 23 de março de 2011. As professoras convida-das para esta atividade foram a professora Cristina Amorim e a professora Filomena Lamego. A saída da escola ocorreu por volta das 8h.30m, com chegada à Central Hídrica pelas 10h.30m. O almoço realizou-se em Ponte da Barca e a tarde foi reservada ao conví-vio entre alunos e professoras.Os objetivos da visita foram cumpridos com sucesso.

O Nosso FuturoDaniela Marques, João Oliveira, Raquel Silva e Renata Lobo, 1202

No passado dia 27 de maio de 2011, entre as 15h30 e as 19 horas, teve lugar no pequeno auditó-rio da Casa das Ar-tes o ciclo de con-ferências intitulado “O Nosso Futuro”. O objetivo da ativi-dade era o de esclarecer os jovens quanto às saídas pro-fissionais das várias áreas, de modo a ajudá-los a fazer a escolha mais acertada para o seu futuro profissional. Assim, vários oradores falaram sobre a transição para o ensino superior e sobre algumas áreas do saber, nomea-damente, engenharia, saúde, ensino e, também, empre-endedorismo. Os presentes tiveram a oportunidade de se dirigir a ban-cas onde se encontravam representantes universitários dos mais variados cursos. O grupo “Mundo das Profis-sões” (que se encontra no presente ano letivo a desen-volver um projeto com o mesmo objetivo do da confe-rência), da turma 1202, no âmbito da disciplina de Área de Projeto, participou nesta mostra de cursos, tendo for-necido aos alunos presentes informações sobre diversos sites de interesse para o ingresso no ensino superior.

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31 O Futuro em construção...

Projeto: Mini-Ciência MóvelAlexandra Cardoso, Rita Lima e Sara Pimenta, 1202

O projeto pretende despertar nas crianças o interesse pela Física e pela Quí-mica através da participação nos Laboratórios Abertos realizados na nossa escola. Os resultados foram apresentados a 7 de junho.

Informações em: minicienciamovel.blogspot.com

Projeto: A Casa EcológicaAna Bezerra, Joana Marques e Pedro Pinheiro, 1206

Exposição no átrio da escola, a 27 de maio, para divulgação dos trabalhos realizados ao longo do ano. O projeto contou com a colaboração da CIOR , da Universidade do Minho, Lneg e com a preciosa ajuda do Professor Manuel Vieira, a quem os alunos agradecem.

Projeto: Feira das ProfissõesDaniela Marques, João Oliveira, Raquel Silva e Renata Lobo, 1202

Feira das Profissões realizada a 1 de abril no átrio da escola. Foram convidados profissio-nais de diferentes áreas que responderam às perguntas dos visitantes, a quem foram facul-tadas informações sobre provas de ingresso, médias, planos de estudos, saídas profissionais e métodos de trabalho.

Visita a MafraDiana Cavaleiro e Inês Gomes, 1202

No dia 30 de março, os alu-nos do 12.º ano realizaram uma visita de estudo ao Palácio-Convento de Mafra. Ficámos, deveras, extasiados perante a imponência e magnitude do monumento. Na verdade, Sa-ramago não exagerou: trata-se de uma obra grandiosa, de beleza incalculável, construída graças ao ouro do Brasil e aos sacrifícios dos trabalhadores. A visita ao interior do convento foi equivalente a uma longa cami-nhada, sendo que, neste caso, tivemos o privilégio de calcorrear por corredores e salas que, em tempos, foram percorridas pelos nossos monarcas.De destacar, ainda, a tão bem conseguida adaptação dramática da obra em que um grupo restrito e polivalente de atores levou ao pal-co O Memorial do Convento.No caminho de volta a Famalicão, tivemos a oportunidade de visitar a vila de Óbidos, que, na altura, se encontrava em vésperas do tão famoso Festival Internacional de Chocolate. Chegámos satisfeitos pela beleza do Palácio-Convento de Mafra, a qualidade do teatro e a doçura do chocolate e da ginga de Óbidos.

Projeto: Criar futurosGrupo III, 1201

Realização de um projeto de vo-luntariado na Associação Gera-ções, que permitiu a interação com crianças de várias idades e se tra-duziu em recompensas a nível pes-soal e relacional.

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32 O desporto e o futuro...

Educação Física: Diferentes Olhares...Isabel Columbano, profª. de Ed. Física

São sobejamente conhecidos e reconhecidos na comunidade educa-tiva os benefícios físicos e psicológicos que advêm da prática da ati-vidade física e desportiva. A Educação Física promove a saúde e a qualidade de vida das pessoas. Contudo, não é tão conhecido o seu potencial educativo, pelo que o presente artigo pretende preconizar a atividade física desportiva como uma pedagogia da vontade.Citando o professor Olímpio Bento, “ os atos desportivos são essen-cialmente exercícios espirituais, morais e anímicos, somente são fí-sicos na aparência, na sua substância e consumação são sempre decisões volitivas, uma mobilização da vontade para buscar o que nos falta ou conservar o que temos. (…) Mais alto, Mais longe, Mais veloz, Mais resistente, Mais forte!” Por conseguinte, procuro, no quotidiano das aulas, fazer com que os alunos adotem esta atitude implícita no lema olím-pico, incentivando-os a fazer mais e melhor de acordo com as suas capacidades e possibilidades. Acredito que a ativi-dade física e desportiva transporta, em si mesmo, uma cultura de valores; falo de determinação, de esforço, de rigor, de luta, de suor, de alegria, de motivação.Para diversificar a perspetiva apresentada, cito as opiniões de alguns alunos da turma 1201 sobre o significado e papel da disciplina de Educação Física no seu desenvolvimento global e pessoal:

Em jeito de conclusão, destaco a importância da prática sistemática e orientada da atividade física/ desportiva. Perante os testemunhos das “ maravilhas “ que ela nos proporciona, é inquestionável o seu papel na formação de jovens ativos, felizes e saudáveis.Não esqueçamos que o “ corpo está ao serviço da alma”, é uma moral em ação.

Jogos Aquáticos 2011Isabel Columbano, profª. de Ed. Física

No passado dia 5 de abril, a nossa escola levou a cabo uma competição de Pólo Aquático, tendo participado 24 equipas masculinas e 20 equipas femininas, num total de mais de 220 alunos. Nesta atividade desportiva, dentro dos já tradicionais Jogos Aquáticos que todos os anos são organi-zados pelo grupo de Educação Física, foram atingidos todos os objetivos propostos: motivar os alunos para a prática regular de uma atividade física desportiva; promover o contacto socializador entre alunos de di-ferentes turmas; estimular a participação em atividades desportivas com caráter competitivo e dar a conhecer uma atividade desportiva inabitual.No final, ainda houve distribuição de toucas pelos vencedores dos cam-peonatos masculino e feminino, do secundário e do básico. Mas há que dizer que toda a escola está de parabéns pelo empe-nho e vontade de jogar demonstrados na água e pelo apoio da bancada, sempre cheia de entusiasmo durante todo o torneio (mas… há alguém da D. Sancho que não tenha estado lá?).

Sara Reis: Através da prática de exercício físico, os alunos tornam-se mais realizados, acabando por me-lhorar a forma como se veem, agem e sentem, ou seja, progredindo na rela-ção consigo próprios.

Inês Reis: O desporto é determinante ao nível da formação cívica dos indivíduos, possibilitando o contacto entre diferentes idades, diferentes corpos, diferentes locais geográficos, diferentes classes sociais e, até mes-mo, diferentes culturas.

Carole Fernandes: As aulas de Educação Física cons-tituem, para muitos, a única oportuniddae para a prática do desporto. Esta disciplina é essencial para combater o sedentarismo e o ócio dos jovens.

Luísa Azevedo: Realço o contributo desta disciplina para a melhoria do funcionamento fisiológico do meu organismo. Consegui diminuir o colesterol, diminuir a percentagem de gordura e aumentar a massa muscular.

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Rugby: escola de valores...Francisco Carvalho, prof. de Ed. Física

Confirmando já a sua tradição como a escola mais emblemá-tica na prática do rugby no distrito de Braga, a D.Sancho I participou em duas competições de desporto escolar da mo-dalidade, a saber: Rugby de 7 e "Tag Rugby".

Na competição de rugby de 7, na zona norte, e nas duas jor-nadas efetuadas, a nossa equipa registou 5 vitórias e 1 empa-te tendo competido com as escolas secundárias de Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Cerco do Porto, alcançando uma excelente qualidade de jogo no ataque, grande combativida-de e coragem na defesa, demonstrando um comportamento desportivo (fair-play) de realçar.

No que respeita à equipa de "Tag Rugby", nesta vertente, as equipas são obrigatoriamente mistas, pela terceira vez con-secutiva sagramo-nos campeões regionais, conquistando o direito à presença na fase final nacional.O rugby é e será sempre uma excelente preparação para a vida, pelos valores que transmite, elevado espírito de com-panheirismo, reforço da autoconfiança e desenvolvimento do espírito de sacrifício e da capacidade de superação, tão importantes no futuro dos nossos jovens.Estou certo de que os cerca de trinta alunos envolvidos no projeto neste ano letivo nunca esquecerão as experiências vividas no que respeita às amizades criadas e ao prazer que tiraram da prática da modalidade.

A equipa de Rugby de 7

A equipa de Tag Rugby

Desporto escolar...Mª Conceição Rodrigues, Coordenadora do Desporto Escolar

Sendo uma prática obrigatória em todas as escolas, o nosso pro-jeto teve como objetivos:► Promover o sucesso escolar; ► Criar vínculos à escola, através do desporto;► Incentivar uma prática saudável de ocupação dos tempos livres;► Promover a socialização.Estes objetivos distribuíram-se por duas vertentes: a vertente da dinamização interna e a vertente da competição externa.Foram contempladas as modalidades de Atletismo, Badminton, Basquetebol, Rugby, Voleibol, Aikidô, Futsal e Tiro com Arco.Paralelamente a estas atividades, a Escola participou em vários projetos do Desporto Escolar, tais como:- Torneio Compal Air, em Basquetebol.- Torneio Mega Salto e Mega Quilómetro e Mega Sprinter.- Tag Rugby.Numa análise geral, houve envolvimento nas atividades físicas, nas quais participaram várias centenas de alunos; foi proporcionada uma prática saudável e os objetivos iniciais foram cumpridos.

O desporto e o futuro...

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