revista riscos

download revista riscos

of 26

description

Descrição de riscos

Transcript of revista riscos

  • Edio 80

    InterconectIvIdade entre rIscos

  • Editorial

    0 novo vis da auditoria interna ............................................................................ 6

    Acontece ....................................................................................................... 10

    Criticidade Versus Interconectividade em Riscos: viso

    estratgica de antecipao para os gestores ....................................................... 11

    Plano de continuidade de Negcios nos Meios de Hospedagem ............................ 21

    Ler&Saber ..................................................................................................... 25

    Edio 80 - ISSN 1678-2496N

    A revista Gesto de Riscos uma publicao eletrnica trimestral da Sicurezza Editora.

    Rua Baro de Jaceguai, 1768. Campo Belo - So Paulo - SP, 04606-004, BRASIL

    Diretores | Antonio Celso Ribeiro Brasiliano e Enza Cirelli.

    Edio, arte e diagramao | Marina Brasiliano

    Brasiliano & Associados Online | www.brasiliano.com.br

  • EDITORIAL

    Tirania e tica: O que fazer diante desta dvida?

    Diante dos ltimos acontecimentos, que, infelizmente temos

    vivenciado de forma dura e inconteste, tenho que recorrer aos

    ensinamentos dos filsofos antigos para procurar entender es-

    te nosso movimento da sociedade brasileira. Sim, isso mesmo,

    da nossa sociedade, da sociedade brasileira.

    Os antigos, desde a Grcia antiga, j diziam que no podemos,

    empresa ou indivduo, estar movido s pela satisfao imediata, mesmo sabendo que suas aes so

    contraproducentes no longo prazo. Isto significa a corrupo, a fraude, dos polticos, mas no sabemos

    o que dizer de um povo corrompido. Para Maquiavel, a corrupo marcava os limites do poltico. De um

    corpo poltico corrompido no se pode esperar mais nada, suas leis so incapazes de tolher a violncia

    privada, o Estado deixa de representar os interesses pblicos, os cidados visam apenas ao prprio bem,

    sem preocupar com os destinos do pas. Est aberto o caminho para a tirania, Maquiavel conclui:

    necessrio, para usurpar a autoridade num Estado livre, e a estabelecer a tirania, que a corrupo j

    tenha feito fortes progressos.

    Maquiavel nos leva a pensar que o que terrvel na tirania que ela no cria um novo territrio da

    existncia humana, mas sim sendo a prolongao da vida poltica, onde a grande maioria das pessoas

    continua a conviver e agir normalmente, demonstrando pelo silncio, pelo medo ou pelo cinismo a in-

    capacidade da tica em evitar a irrupo da barbrie.

    A tirania aponta para a fronteira da tica, sendo que possui limites no de um corpo estranho, mas sim

    de um horizonte de todas as formas, impulsionado pela passividade e contemplao das pessoas.

    Quando no estamos alienados, sabemos que estes valores so a chave para o sucesso e autoestima. Por

    isso fundamental que o mundo corporativo, cada vez mais tenha tica em suas aes e tornem-se os

    verdadeiros guardies destes valores, que hoje, infelizmente, se encontram em desuso!

    Boa leitura e sorte!!!

    Antonio Celso Ribeiro Brasiliano - Publisher

    [email protected]

  • voc sabe a que riscos seus processos esto expostosvoc sabe o tamanho do impacto nos seus negcios

    [email protected]

    www.brasiliano.com.br

    11 5531 6171

    a Brasiliano & associados pode ajudar voc a entender e compreender a interconectividade dos riscos corporativos.a Brasiliano & associados pode ajudar voc a entender e compreender a interconectividade dos riscos corporativos.

  • EM FOCO

    0 novo vis da auditoria interna

    Por Kelson VasconcelosCoordenador de Auditoria Interna da [email protected]

  • 6Revista Gesto de Riscos| Edio 80

    Resumo: Neste artigo abordado o novo vis

    da Auditoria interna, que agora potencializa

    sua atuao na terceira linha de defesa, sobre

    o gerenciamento dos riscos e na melhoria dos

    controles internos, passando a agregar valor

    para a organizao, devido sua forte contri-

    buio para o negcio da empresa. A auditoria

    interna agora atua com uma viso holstica so-

    bre os controles internos e na assegurao aos

    fatores crticos de sucesso.

    O Novo vis da auditoria interna

    A Auditoria interna passa a cada vez mais a atuar

    de forma estratgica. O profissional de auditoria

    deve ter uma viso holstica alinhada com os ob-

    jetivos estratgicos da empresa, assim podendo

    agregar valor com seus trabalhos de auditoria e

    consultoria. Para que este fato torne-se realida-

    de, a sua atuao deve ser conduzida de forma

    que garanta sua objetividade e credibilidade jun-

    to alta administrao.

    Para garantir sua objetividade, os auditores jamais

    devem assumir funes de gesto ou realizar tra-

    balhos de natureza operacionais enquanto forem

    auditores. As melhorias nos controles internos e

    mudanas de processos devem estar alinhadas

    junto ao gestor da rea ou pela diretoria respon-

    svel, garantindo uma atuao de forma colabo-

    rativa os objetivos estabelecidos pela empresa.

    A auditoria interna vem tornando-se cada vez

    mais colaborativa, importante frisar que sua

    colaborao deve encontrar o equilbrio entre

    assessoria e assegurao, para garantir um papel

    importante na deteco de gaps e melhorias nos

    controles internos.

    Consultorias realizadas por auditores internos

    Cada vez mais o profissional de auditoria inter-

    na vem atuando tambm como consultor, com-

    partilhando sua experincia e conhecimento nas

    melhorias de processos, implementao de con-

    troles, sistemas e acompanhamento de projetos.

    Nos trabalhos de consultoria, o objetivo da audi-

    toria interna atender as expectativas das par-

    tes interessadas, o sucesso desta atuao como

    consultor, atribudo ao seu grande conheci-

    mento sobre os processos e controles internos

    existentes na empresa, conhecimento este ad-

    quirido durante os trabalhos de auditoria.

    Auditorias contnuas

    A tecnologia vem sendo um grande aliado nas

    auditorias contnuas, promovendo amplitude

    de trabalhos e informaes antecipadas sobre

    a identificao de fatores de riscos internos e

    externos. As ferramentas de tecnologia podem

    caminhar junto s atividades e processos, cole-

    tando informaes diariamente para formao

    de indicadores de fatores de riscos.

    Essa nova postura corporativa da auditoria in-

    terna, vem objetivando no apenas detectar e

    mensurar possveis problemas, como tambm

    oferece alternativas para os problemas encon-

    trados. As auditorias contnuas so uma nova

    tendncia para a identificao dos fatores de

    riscos, onde so escolhidas quais informaes

  • 7Revista Gesto de Riscos| Edio 80

    sero monitoradas, gerando diariamente infor-

    maes automticas com ajuda dos sistemas j

    existentes nas empresas.

    Auditoria baseada em riscos

    Assumindo esse novo papel nas organizaes, o

    profissional de auditoria interna vem dando signi-

    ficativas melhorias na assegurao dos riscos da

    empresa, assim podendo atender os papis e res-

    ponsabilidades estabelecidos pelos stakeholders.

    importante que o plano de longo prazo da

    auditoria interna, tenha uma interconectividade

    com matriz de riscos da empresa, podendo as-

    sim acompanhar e avaliar de perto as constantes

    mudanas nos riscos e no ambiente de negcio,

    durante os trabalhos de auditoria.

    A existncia de um departamento de gesto de

    riscos na empresa facilita muito as tarefas da au-

    ditoria interna, pois sempre poder contar com

    uma matriz de risco atualizada para considerar

    em seus planos anuais de auditoria, alm de

    tambm poder contribuir com a identificao de

    novos riscos levantados nos trabalhos de audito-

    ria, devendo ainda, discutir e avaliar se os prin-

    cipais riscos da empresa foram considerados na

    matriz de risco elaborada pelo departamento de

    gesto de riscos.

    A funo da auditoria interna na terceira linha de defesa, sobre o gerenciamento de riscos e controles

    Na primeira linha de defesa, de responsabilida-

    de dos gerentes operacionais o gerenciamento

    dos riscos, garantindo que as atividades sejam

    monitoradas diariamente.

    A segunda linha de defesa, responsvel pela ges-

    to do risco, incluindo a funo de cumprimento de

    normas, definio de papeis e responsabilidades, e

    principalmente no desenvolvimento de processos e

    controles para o gerenciamento dos riscos.

    Para uma contribuio ativamente da Auditoria

    Interna na terceira linha de defesa, necessrio

    atuar de acordo com as normas internacionais

    reconhecidas para a prtica de auditoria interna,

    reportando a um nvel suficientemente alto da

    organizao.

    A auditoria interna e a nica rea com um al-

    to nvel de independncia, fornecendo para a

    Presidncia, rgos de Governana, Comits

    de Auditoria ou Conselho Fiscal, avaliaes dos

    controles e do gerenciamento dos riscos, com

    uma viso totalmente independente.

    Depois que todos j cumpriram seus papis so-

    bre o gerenciamento dos riscos e elaborao de

    controles internos, cabe auditoria interna que

    a nica rea que trabalha na terceira linha de

    defesa, atuar com os principais objetivos:

    - Salvaguarda de ativos;

    - Avaliao das conformidades com as leis;

    - Desenvolver as melhores prticas nos

    controles internos;

    - Avaliao da eficincia e eficcia das

    operaes;

    - Identificao de novos riscos.

  • Revista Gesto de Riscos| Edio 80

    8

    Concluso

    Neste artigo, procurei mostrar o novo vis da

    auditoria interna, que agora vista como um

    agente visionrio e vem ganhando a confian-

    a e credibilidade da alta administrao, atravs

    da proficincia dos seus trabalhos.

    A auditoria interna tem como grande aliado a

    sua equipe multidisciplinar, formada com alto

    grau de especializao e sempre trabalhando

    com objetividade nas melhorias dos controles

    internos e identificao de riscos. Os audito-

    res agora agregam valor mesmo nas reas com

    gestores experientes, pois agora, atua com uma

    viso holstica e alinhada com os objetivos estra-

    tgicos da empresa.

  • A metodologia funcional e pratica para que a rea de auditoria, controles internos e compliance possam ter uma viso holstica dos processos mais crticos.

    SOLUO NO SOFTWARE EM GESTO DE RISCO DE FRAUDE

    fcil utilizAo

    Auto-explicAtivA

  • ACONTECE

    10

    Brasiliano no interior do Par ministra Curso de Anlise de Riscos

    Os profissionais da segurana empresarial da Biopalma realizaram o curso de Anlise de

    Riscos em Conformidade com a ISO 31000. O curso foi ministrado pela Gerente da Divi-

    so de Consultoria Sandra Alves. Foram 4 dias de intenso desenvolvimento abrangendo

    a Metodologia e a Ferramenta da Brasiliano Risk Vision. O curso contou com a participa-

    o de 15 colaboradores da BIOPALMA, incentivados pela organizao para implantar o

    processo de gesto e anlise de riscos operacionais na segurana empresarial.

  • CRITICIDADE

    VISO ESTRATGICA DE ANTECIPAO PARA OS GESTORES

    X

    INTERCONECTIVIDADE EM RISCOS

    Por Antonio Celso Ribeiro BrasilianoDiretor Executivo da Brasiliano &Associados

    [email protected]

  • Revista Gesto de Riscos| Edio 80

    12

    1. Introduo

    O relatrio de Riscos Globais de 2014 salienta co-

    mo os riscos globais no apenas so interconecta-

    dos, mas tambm possuem impactos sistmicos.

    Para gerir os riscos corporativos eficientemente e

    construir a resilincia aos seus impactos, esforos

    melhores so necessrios para entender, medir e

    prever a evoluo das interdependncias (INTER-

    CONECTIVIDADE) entre os riscos, suplementando

    as ferramentas tradicionais de gesto de riscos

    com novos conceitos projetados para ambientes

    incertos. Se os riscos no forem eficazmente abor-

    dados e interpretados, os prejuzos sero amplia-

    dos de forma geomtrica e em todas as disciplinas.

    Podemos citar como exemplo a crise fianceira de

    2007/2008, onde os impactos polticos, econmi-

    cos e sociais foram de longo alcance, de forma sis-

    tmica e de uma capilaridade avassaladora.

    A natureza sistmica dos riscos corporativos pe-

    de por uma viso estratgica holstica dentro da

    corporao. Assim como sistemas de finanas,

    supply-chains, sade e energia, a Internet e o

    ambiente se tornam mais complexos e interde-

    pendentes e seus nveis de resilincia determi-

    nam se eles se tornam o baluarte da estabilidade

    ou amplificadores de choques em cascata. Forta-

    lecer a resilincia requer a superao de desafios

    de ao coletivos atravs ddo entendimento dos

    vasos comunicantes entre riscos.

    Desta maneira no basta mais somente utilizar a

    Matriz de Riscos, cruzando probabilidade e im-

    pacto, pois esta avaliao fornece a criticidade

    dos riscos, dentro de suas disciplinas. impor-

    tante, claro e muito. Mas h a necessidade do

    entendimento da dinmica entre riscos, ou seja

    da Motricidade entre eles. Quais riscos possuem

    fora e capacidade de influenciar outros riscos.

    A partir da podemos enxergar a verdadeira in-

    terconectividade entre riscos.

    2. Criticidade e Motricidade de Riscos

    O Relatrio de Riscos Globais de 2014 mais uma

    vez salienta a importncia de elaborar o estudo

    da conexes entre riscos, ou seja de entender as

    influncias entre riscos. O que um risco influn-

    cia em outro. Qual a motricidade dos riscos no

    contexto geral do quadro.

    O que o Relatrio sugere, desde 2009, que

    no s faamos o estudo da Matriz de Risco de

    Probabilidade e Impacto que identifica a critici-

    dade do risco. (Figura 1)

    (Figura 1)

  • 13

    Revista Gesto de Riscos| Edio 80

    A Matriz s demonstra quais riscos so mais cr-

    ticos, so mais severos. Ou seja esta Matriz ela

    prioriza o tratamento frente a criticidade do seu

    impacto e chance de seu acontecimento.

    Este estudo no demonstra a interconectividade

    entre riscos. O estudo das conexes entre riscos

    nos d uma viso do risco sistmico. O risco sist-

    mico o risco de colapsos em um sistema inteiro,

    oposto ao colapso de partes e componentes indivi-

    duais.Os riscos sistmicos so caracterizados por:

    pontos de ruptura modestos, combi-

    nando indiretamente para produzir

    grandes falhas

    contgio ou compartilhamento de

    risco, como uma perda desencadeia

    uma reao de outras

    histerese,ou sistemas sendo inca-

    pazes de recuperar o equilbrio depois

    de um choque

    Portanto podemos concluir que a influncia de

    um risco no crtico pode, as vezes, ser estratgi-

    co, dentro de um determinado contexto. Dentro

    desta tica imperioso que o gestor passe ento

    a enxergar a motricidade e as conexes entre os

    riscos. (Figura 2)

    A Matriz acima demonstra a interconectividade

    entre os riscos, salientando os riscos de maior

    motricidade.

    Ns da Brasiliano & Associados trabalhamos

    com a Interconectividade entre riscos j al-

    guns anos, visando entender esta dinmica.

    Utilizamos para isso a Metodologia trazida da

    (Figura 2)

  • Revista Gesto de Riscos| Edio 80

    construo de cenrios prospectivos, a Matriz

    de Impactos Cruzados MIC. A MIC foi adap-

    tada da metodologia do Cenarista francs Mi-

    chael Godet que tem como base o Teorema de

    Bayes, Probabilidades Condicionantes.

    A tcnica de impactos cruzados pode ser descrita,

    sucintamente, do seguinte modo: Dispostos em

    uma configurao matricial, com o eixo vertical

    significando s foras motrizes e o horizontal as

    dependncias. A diagonal principal da matriz

    inutilizada. Os dados entram sempre na VERTI-

    CAL, ou seja, de cima para baixo, onde coloca-

    do um peso (valor numrico em uma escala ajus-

    tada) que representa a influncia de cada evento

    coluna sobre a probabilidade incondicional do

    evento linha. A matriz de Impactos Cruzados de-

    ve ser preenchida, utilizando-se uma tabela, que

    permite que se atribuam valores de 0 a 3, para

    quantificar o efeito (impacto) que a ocorrncia do

    Risco destacado poder causar sobre os demais

    Riscos. Os valores seguem a tabela.

    Ao somar os valores das colunas com as linhas,

    obtm-se, atravs dos resultados das colunas, a

    motricidade de cada risco, e atravs das linhas

    horizontais o valor de sua dependncia. Exempli-

    ficamos a matriz (Figura 3), com seis riscos.

    Esta matriz possui de especial a influncia da

    ocorrncia de um Riscos sobre a probabilidade

    de outros ocorrerem. Pode-se ento elaborar a

    matriz de motricidade versus dependncia. Para

    tanto, basta calcular os pontos mdios de motri-

    cidade e de dependncia, aplicando as frmulas

    a seguir, e construir o grfico, onde o eixo dos

    x corresponde aos valores de dependncia e o

    eixo dos y aos da motricidade.

    x1 x2 x3 x4 x5 x6 D

    x1 0 1 1 1 1 1 5

    x2 1 0 1 1 1 0 4

    x3 0 1 0 0 1 1 3

    x4 0 0 0 0 1 1 2

    x5 0 1 1 0 0 1 3

    x6 0 1 0 0 1 0 2

    M 1 4 3 2 5 4

    Influncia Nota

    ALTA 3

    MDIA 2

    BAIXA 1

    NO INTERFERE O

    Figura 3: Matriz de Impactos Cruzados

    TABELA: Critrio Grau de Interdependncia

    14

  • 15

    Revista Gesto de Riscos| Edio 80

    As variveis motrizes (quadrante II) so as que

    condicionam o restante do sistema. J as vari-

    veis de ligao (quadrante I) so muito motrizes,

    mas tm grande dependncia das demais. So

    as que fazem a ligao entre as variveis mo-

    trizes e as dependentes (quadrante III). Por sua

    natureza instvel, qualquer ao sobre elas te-

    r repercusso sobre as outras e um efeito de

    retorno sobre si prprio que vir ampliado ou

    atenuado em funo da impulso inicial.

    As variveis dependentes (quadrante III) so

    pouco motrizes e muito dependentes, seu com-

    portamento explicado pelo das variveis mo-

    trizes e de ligao. J as variveis independen-

    tes (quadrante IV) so aquelas pouco motrizes e

    pouco dependentes. So geralmente tendncias

    de peso ou fatores relativamente desligados do

    sistema, e que no constituem determinantes do

    futuro, podendo ser excludas da anlise.

    Abaixo (figura 5) um exemplo de MIC entre ris-

    cos para

    VM + vM PM = Ponto Mdio da MotricidadePM = ________________ VM = Valor mais alto de motricidade 2 vM = Valor mais baixo da motricidade

    VD + vD PD = Ponto Mdio da DependnciaPD = ________________ VD = Valor mais alto da dependncia 2 vD = Valor mais baixo da dependncia

    Figura 4 : Plano de Motricidade versus Dependncia

    DepeNDNciA

    MotRiciDADe

    motriz

    independente dependente

    ligao

  • Revista Gesto de Riscos| Edio 80

    16

    Abaixo a Matriz de Motricidade x Dependncia (Figura 6)

    Figura 5

    Com a MIC podemos entender a dinmica entre os riscos.

  • 17

    Revista Gesto de Riscos| Edio 80

    3. Matriz de Priorizao de Ricos

    Muito bem ento com as duas matrizes, a de

    Criticidade ( Probabilidade x Impacto) e a MIC

    ( Motricidade x Dependncia) os gestores de-

    vem priorizar os riscos. Para isso, a Brasiliano &

    Associados criou a Matriz de Priorizao de Ris-

    cos, onde cruza os resultados dos quadrantes

    das respectivas matrizes.

    Por exemplo, temos o estudo de Riscos com a

    Matriz de Criticidade (figura 7):

    Probabilidade

    5

    ELEV

    AD

    A

    4

    MU

    ITO

    A

    LTA

    05 13

    3

    ALT

    A

    02

    2

    MD

    IA

    06 08 09 10 14

    1

    BA

    IXA 01 03 04 07 11 12 15

    MUITO LEVE LEVE MODERADO SEVERO MASSIVO

    1 2 3 4 5

    Impacto

    1- Manifestao Pacfica com bloqueio do trfego local

    2- Manifestaes com atos de vandalismo/ depredao contra o patrimnio pblico

    3- Manifestaes com atos de vandalismo com lanamento de inflamveis contra o pblico local

    4- Manifestaes com atos de agresso contra o efetivo da Polcia Militar gerando violncia

    5-Tumulto

    6- Manifestao para conteno do pblico para o local do evento

    7- Atentado terrorista criminoso

    8- Assdio Sexual

    9- Arrasto

    10- Briga entre torcidas uniformizadas

    11- Presena de Grupos Extremistas

    12- Presena de Extremista solitrio

    13- Crimes comuns(roubos, furtos)

    14- Movimentos de presso e reivindicatrios

    15- Violncia Policial

    Figura 7

  • 18

    Revista Gesto de Riscos| Edio 80

    O estudo da MIC :

  • 19

    Revista Gesto de Riscos| Edio 80

    Montamos desta forma uma matriz que leve em

    considerao os quadrantes ( I, II, III e IV) no eixo

    vertical a Motricidade de Riscos e no eixo hori-

    zontal a criticidade dos riscos tambm com qua-

    tro quadrantes. A Matriz de Priorizao com os

    riscos cruzados fornece uma viso holstica entre

    criticidade e motricidade entre riscos (Figura 8).

    Observando a Matriz de Priorizao, h uma

    relevncia em focar os riscos plotados no qua-

    drante vermelho desta Matriz. Desta maneira

    o gestor fica em plena condies de entender

    focar os riscos mais influentes e os mais crticos

    ao mesmo tempo, cruzando as informaes das

    inmeras disciplinas de riscos corporativos da

    empresa.

    4. Concluso

    Esta ferramenta, Matriz de Priorizao, ns da

    Brasiliano, recomendamos a sua plena utilizao

    para estudos especiais e para riscos estratgicos,

    onde h interconectividade ser uma pea chave

    para o entendimento do contexto estratgico da

    empresa. uma ferramenta hoje que o gestor

    no deve deixar de utilizar e praticar, pois a din-

    mica dos riscos uma varivel importantssima a

    ser levada em considerao.

    MOTRIZ

    0405121315

    0106

    03 02

    LIGAO

    1014

    0405121315

    DEPENDENTE

    0809

    0711

    0405121315

    INDEPENDENTE

    0405121315

    1 2 3 4

    01 - Manifestao pacfica com bloqueio parcial

    02 - Manifestao com atos de vandalismo / dep-redao contra patrimnio pblico

    03 - Manifestao com atos de vandalismo com lanamento de inflamveis contra o pblico local

    04 - Manifestao com atos de agresso contra o efetivo da PM

    05 - Tumulto

    06 - Manifestao para contentao do pblico para o local do evento

    07 - Atentado terrorista criminoso

    08 - Assdio sexual

    09 - Arrasto

    10 - Briga entre torcidas organizadas

    11 - Presena de grupos extremistas

    12 - Presena de extremista solitrio

    13 - Crimes comuns (roubos, furtos, etc)

    14 - Movimentos de presso e reivindicatrios

    15 - Violncia policial

    CRITICIDADE DOS RISCOS

    MO

    TRIC

    IDA

    DE

    DO

    S R

    ISC

    OS

  • A Diviso de Auditoria de Riscos da Brasiliano & Associados auxilia sua empresa a mitigar e controlar os riscos nos processos, ganhando fl exibilidade e competitividade.

    [email protected] 5531 6171

  • Por Lucas Martins PifferAnalista de Segurana e Riscos na rede hoteleira [email protected]

    Plano de contInuIdade de negcIos nos MeIos de HosPedageM

    RESUMO: Caso algum incidente ocorra e este venha a impactar a operao e/ou as atividades crticas dos meios

    de hospedagem, esses podero no suportar este cenrio e at mesmo vir a encerrar suas atividades. Sendo

    assim, imprescindvel que estas unidades de negcio se antecipem frente aos cenrios que podero assol-los,

    para que assim construam planos de resposta a estes incidentes de maneira organizada e planejada, no sendo

    assim surpreendidos. Para que isso ocorra, faz-se necessrio possuir um Plano de Continuidade de Negcios que

    poder facilmente ser adaptado e implementado em qualquer meio de hospedagem independente de suas par-

    ticularidades e tamanho com o objetivo de que esses identifiquem, estruturem e documentem planos de aes

    frente aos cenrios de riscos a qual esto ou podem estar expostos.

  • 22

    Revista Gesto de Riscos| Edio 80

    1. Introduo

    Independentemente do tamanho e da ativida-

    de a qual determinada organizao possui e

    exerce, um fator essencialmente crtico para

    o seu sucesso, manter suas operaes e ati-

    vidades vitais em pleno funcionamento, para

    que assim cumpra com suas obrigaes legais

    e empresariais.

    No setor hoteleiro este fato no seria diferen-

    te, sendo imprescindvel conhecer os cenrios

    de riscos que podem impactar severamente as

    unidades de negcios e, principalmente, possuir

    documentado e difundido os procedimentos

    que devem ser executados caso esta ameaa ve-

    nha concretizar-se.

    Sendo assim, os meios de hospedagem devem

    implementar em cada uma de suas unidades de

    negcios o chamado PCN Plano de Continui-

    dade de Negcio que suportar, disseminar e

    formalizar as aes que devem ser implemen-

    tadas e executadas na organizao visando a re-

    silincia de suas atividades.

    Portanto, o Plano de Continuidade de Negcios

    uma ferramenta estratgica essencial que deve

    ser adotada e multiplicada nos meios de hospe-

    dagem, uma vez que essa criar vantagem de

    mercado sustentvel, pois a unidade de negcio

    enfrentar e superar o cenrio de risco catas-

    trfico de modo organizado e planejado.

    2. Plano de Continuidade de Negcios nos Meios de Hospedagem

    Entende-se por meios de hospedagem, confor-

    me classificao realizada pelo Sistema Brasilei-

    ro de Classificao SBClass (2014), os Hotis,

    Resorts, Hotis Fazenda, Cama & Caf, Hotis

    Histricos, Pousadas e Flats/Apart-Hotis, sendo

    que cada um desses possui suas especificidades

    que os diferenciam.

    Diariamente, estes meios de hospedagem rece-

    bem inmeros hspedes sejam por motivo de

    negcios e/ou lazer para desfrutar das acomoda-

    es dos mais variados modos, por exemplo, ora

    em virtude de eventos, congressos, palestras,

    simpsios, reunies e ora por descanso, lazer,

    confraternizaes e A&B Alimentos & Bebidas,

    Em meio ao dinamismo dirio que receber e,

    principalmente, corresponder e superar as ex-

    pectativas destes hspedes e/ou passantes, os

    gestores dos meios de hospedagem devem tam-

    bm se preocupar com os riscos e cenrios de

    riscos que podem impactar drasticamente suas

    atividades e processos.

    Imaginemos os seguintes incidentes: furto, rou-

    bo, acidentes, greve, morte, fraude, quebra de

    equipamentos, falncia de fornecedores, inter-

    rupo das estradas, intoxicao alimentar, ex-

    ploso, vazo de gs, queda de energia, gerador

    inoperante, internet inoperante, dentre outros

    riscos e cenrios de riscos que podemos citar,

    fica-se a pergunta, o que fazer caso um ou mais

    incidentes ocorra?

    Mediante este ponto, cabe aos gestores dos

    meios de hospedagem identificar, listar e cate-

    gorizar os riscos e cenrios de riscos a qual sua

    Entende-se por meios de hospedagem,

    conforme classificao realizada pelo Sistema

    Brasileiro de Classificao SBClass (2014),

    os Hotis, Resorts, Hotis Fazenda, Cama &

    Caf, Hotis Histricos, Pousadas e Flats/Apart-

    Hotis, sendo que cada um desses possui suas

    especificidades que os diferenciam.

  • 23

    Revista Gesto de Riscos| Edio 80

    atividade est diretamente ou indiretamente

    exposta, para que assim, posteriormente, possa

    descrever e formalizar procedimentos, normas,

    polticas e processos que devero ser executados

    de acordo ao cenrio que se est exposto

    De acordo a ABNT NBR ISO 31000:2009 enten-

    de-se por risco todo efeito incerto que impacte

    positivamente ou negativamente os objetivos da

    empresa. Assim, cabe os gestores identificar os

    riscos a qual suas atividades e processos esto

    expostos, para que assim sejam mitigados, uma

    vez que, quando os riscos so potencializados

    junto aos demais, resultaro em Cenrios de Ris-

    cos (incidentes de grande magnitude).

    No momento da elaborao do Plano de Con-

    tinuidade de Negcios e tomando como base o

    framework proposto pela norma ABNT NBR ISO

    22301:2013, nove etapas devem ser cumpridas

    pelo gestor do meio de hospedagem a fim de ob-

    ter um assertivo e estruturado plano de continui-

    dade para sua unidade de negcio, sendo elas:

    Comunicao e Consulta: sensibiliza-se e inte-

    gra as reas e colaboradores internos e exter-

    nos em relao ao plano de continuidade, para

    que entendam a metodologia e sintam-se parte

    do projeto;

    Entendimento da empresa: toma-se conheci-

    mento das informaes relacionadas a seu pla-

    nejamento estratgico, viso, misso, valores,

    objetivos centrais, estratgias de negcio, nicho

    de mercado e, principalmente, seus fatores crti-

    cos de sucesso;

    Anlise dos impactos nos processos e atividades:

    identifica-se por meio da ferramenta BIA Bu-

    siness Impact Analysis e por meio de seus crit-

    rios Impacto no Negcio x Tempo de Tolerncia

    as atividades, processos, departamentos e/ou

    recursos que so crticos para a operao;

    Identificao dos riscos nos processos e ativi-

    dades: toma-se conhecimento das atividades e

    processos que so executados, bem como iden-

    tificar e classificar os fatores de riscos que resul-

    taram os riscos;

    Construo de cenrios de riscos: identifica-se

    quais cenrios de riscos ou incidentes de gran-

    de magnitude podem impactar severamente ou

    drasticamente a operao hoteleira;

    Anlise dos cenrios de riscos: por meio de uma

    matriz composta pelos critrios Probabilidade

    (do evento vir ocorrer) x Impacto (no negcio ca-

    so ocorra) so identificados os cenrios de riscos

    com maior potencial de ocorrncia;

    Elaborao de estratgias de continuidade:

    elabora-se o plano de continuidade e cria-se o

    Comit de Gerenciamento de Crise em prol do

    direcionamento estratgico e operacional frente

    ao incidente;

    Elaborao de planos e aes operacionais: for-

    maliza-se os procedimentos a serem utilizados,

    bem como mapeia-se os colaboradores internos

    e externos, fornecedores, infraestrutura e siste-

    mas que so crticos para a operao do meio de

    hospedagem;

  • Revista Gesto de Riscos| Edio 80

    24

    Realizao de testes e reviso do plano: realiza-

    -se testes e o monitoramento do plano de fora

    elaborado, para que assim o mesmo esteja sem-

    pre aderente ao contexto da empresa e seja exe-

    cutado naturalmente pela unidade de negcio.

    Por fim, ao executar as etapas acima propostas

    o gestor elaborar um eficiente Plano de Gesto

    de Continuidade de Negcios para seu meio de

    hospedagem criando assim para seu negcio,

    uma vez que ter maior resilincia em relao ao

    aos seus concorrentes caso um cenrio de risco

    ocorra em suas atividades e/ou processos.

    REFERNCIAS

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNI-

    CAS. NBR ISO 31000:2009: Gesto de Riscos

    - Princpios e Diretrizes. 1 ed. Rio de Janeiro:

    ABNT, 2009. 24 p.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNI-

    CAS. NBR ISO 22301:2013: Segurana da So-

    ciedade Sistemas de Gesto de Continuidade

    de Negcios Requisitos. 1 ed. Rio de Janeiro:

    ABNT, 2013. 28 p.

    BRASILIANO, Antonio Celso Ribeiro. Gesto de

    Continuidade de Negcios: GCN. So Paulo: Si-

    curezza, 2014. 240 p.

    MINISTRIO DO TURISMO. Sistema Brasileiro de

    Classificao de Meios de Hospedagem. Dis-

    ponvel em: . Acesso em: 16 nov. 2014.

    3. Consideraes Finais

    Diariamente os meios de hospedagem esto ex-

    postos a riscos e cenrios de riscos que podem

    impactar os seus fatores crticos de sucesso se-

    veramente e caso no estejam preparados para

    enfrent-los o resultado poder ser catastrfi-

    co, impactando diretamente na continuidade

    do negcio.

    Por conta disso, imprescindvel que seja imple-

    mentando em cada unidade de negcio um Pla-

    no de Gesto de Continuidade de Negcios no

    intuito de balizar uma estrutura capaz de criar

    resilincia para a operao do meio de hospeda-

    gem, bem como de responder eficientemente e

    eficazmente aos cenrios de riscos.

    Assim, o Plano de Continuidade de Negcios

    possibilita a identificao e formalizao do con-

    texto estratgico da empresa, das reas, ativida-

    des e processos vitais para a organizao, seus

    respetivos atores chave, bem como a descrio

    de procedimentos, polticas, normas e processos

    mapeados claramente e objetivamente.

    Por fim, a implementao do Plano de Gesto

    de Continuidade de Negcios primordial para

    qualquer tipo de meio de hospedagem, uma vez

    que o mesmo facilmente adaptado para cada

    unidade de negcio, proporcionando assim, que

    estas estejam preparadas e superem efetivamen-

    te a ocorrncia de um Cenrio de Risco.

  • para comprar acesse: www.sicurezzaeditora.com.br

    LER E SABER

    A obra publicada pela Sicurezza Editora de extrema importncia para as empresas de grande, mdio e

    pequeno porte, pois os riscos acontecem independentemente do tamanho do negcio. Os riscos podem

    ocorrer em qualquer situao, ou seja, proveniente de uma catstrofe natural, o risco gerado por falha

    humana ou falha tcnica, risco de crdito, imagem, risco estratgico , risco operacional, risco meio am-

    biente, entre outros. O livro possui um processo de Continuidade de Negcio, que sustentar o plano

    com medidas preventivas e melhorias continuas nos processos das empresas buscando o fortalecimento

    do negcio.

    A Obra do Professor Brasiliano, assim conhecido no mercado de consultoria em Gesto de Riscos Corpora-

    tivos, apoia alunos, gestores , administradores, facilites, engenheiros e a quem possa interessar, na cons-

    truo de um plano de um Continuidade de Negcios, incluindo medidas contingenciais e de emergncia.

    Como comentrio final e para reflexo de todos, cito a frase de um autor desconhecido,

    Lanamento

  • Information Risk Assessment - IRA As empresas enfrentam, hoje, desafios em vrias frentes, tais como consumidores exigentes, regras cada vez

    mais complexas, novas regulamentaes e o mercado cada vez mais competitivo.

    A fuga de informaes estratgicas e o roubo de documentos corporativos hoje uma ameaa real. Segundo

    a Cmara de Comrcio Americana dos EUA, os custos com a perda de propriedade intelectual giram em torno

    de US$ 25 bilhes de dlares. E o pior que estas informaes estratgicas no estavam armazenadas em

    computadores, mas disponveis em recipientes de lixo, jogados em copiadoras, impressoras e nas mesas dos

    executivos e gerentes.

    A fuga e ou roubo de informaes estratgicas, por no proteger adequadamente e no saber elimina, por

    exemplo dados financeiros de cliente, podem resultar na responsabilidade direta de violao de privacidade. Ou

    seja, as empresas podem ser processadas a indenizar seus clientes pela fuga e ou roubo de informaes!

    Acreditamos que no mercado brasileiro ainda exista muito o que fazer em termos de preveno de fuga e roubo

    de informaes estratgicas.

    A Brasiliano & Associados avalia as fragilidades do ambiente, foco no Fator Humano, identificando o nvel de

    risco da Fuga e ou Roubo de Informaes Estratgicas. Tudo isso atravs de um processo prtico e objetivo.

    Oferecemos um trabalho independente, com uma viso prospectiva, utilizando metodologia prpria, levando

    em considerao a informao exposta, o acesso aos documentos estratgicos, os equipamentos que contm

    informaes e no esto devidamente protegidos e a infraestrutura fsica.

    Possumos uma equipe multidisciplinar, com capacidade e viso de vrios segmentos empresariais. Prestamos

    os seguintes servios:

    - Gesto de Risco de Fuga e Roubo de Informaes Estratgicas

    - Mapeamento, Avaliao e Respostas aos Riscos

    - Polticas de Segurana da Informao

    - Programas de Sensibilizao Trato das Informaes Estratgicas

    - Programas de Inteligncia e Contra Inteligncia Empresarial

    - Programas e Processos de Eliminao de Informaes Estratgicas

    - Avaliao das Fragilidades Nvel de Risco Testes Operacionais