Revista Portal dos Condomínios - edição nov/dez
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Transcript of Revista Portal dos Condomínios - edição nov/dez
Distribuição gratuitaAno 08 . Nº 93Nov/Dez de 2011
O seu condomínio em revista
Nova forma de assembleia promete otimizar tempo, integrar moradores e até aumentar quórum.
É O FIM DOS VELHOS TEMPOS?
3Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
Atualize-se para uma nova era tecnológica
Chegamos ao ponto que não há como negar a
penetração da tecnologia em nossa vida, seja por mei-
os sociais ou profissionais. Na vida condominial, o Brasil
obriga, a partir de 2012, a todos condomínios terem a
certificação digital. Os grupos de email de moradores
já é uma constante na maioria dos lares de edifícios e
loteamentos residenciais. Agora, o futuro nos aguarda
com uma nova modalidade capaz de revolucionar –
positivamente, diga-se de passagem – as assembleias.
A chamada assembleia virtual provoca síndicos,
moradores e administradores a entrarem em uma
nova era de otimização de tempo, democratização
nas votações e, até, mais integração entre moradores.
Ainda sem permissão legal, a novidade é usada apenas
como fruto de discussão dos temas a serem votados
nas reuniões presenciais. Mas ganha-se tempo com a
triagem de assuntos de menor importância e a posição
consolidada do que será votado.
Os moradores de condomínios, antes impossibi-
litados de ir até uma assembleia por diversos motivos
como saúde, compromissos profissionais ou tempo,
poderão – em um futuro próximo, participar efetiva-
mente da decisão de assuntos que interferem direta-
mente em sua vida condominial.
A integração entre moradores pode começar a
fluir, visto que assembleias presenciais poderão perder
o rótulo de ‘reunião maçante’ a um agradável encon-
tro de colegas e vizinhos para apenas assinar um termo
legal e sobrar tempo para uní-los com amenidades e
grandes relacionamentos.
Vemos como positiva a concretização de uma as-
Redação: Rua Bela Vista, 650 - Bela Vista
CEP.13207-780 - Jundiaí / - Tel: 4522-2142
A revista é um produto da io! comunica
CNPJ: 06.539.018/0001-42
www.iocomunica.com.br
Jornalista Responsável: Rodrigo Góes. MTB: 41.654
Designer Gráfico: Paloma Cremonesi
Arte Final: Paloma Cremonesi e Jonas Junqueira
Reportagens: Vivian Lourenço MTB: 57471
Estagiáros: Rafael Godoy, Ana Carolina Pereira, Thais
Bueno e Gladys R. de Paula
Administrativo: Renata Rasqueri
Foto Capa: ShutterStock - Prokhorova Nadiia
Atenção síndico e administra-dor. Mantenha o cadastro do seu condomínio atualizado.Entre em contato com nosso canal direto exclusivo para você: [email protected]
Tiragem: 10.000 exemplares.
Entrega: Mala direta e direto em caixa de correio,
mediante protocolo para moradores de condomínios
constantes em cadastro do Portal dos Condomínios.
Caso ainda não receba e queira o exemplar em seu
condomínio, ligue para 11. 4522-2142.
Site: www.condominioemrevista.com.br
Twitter: @pcondominios
Blog: http://portaldoscondominios.wordpress.com
Os artigos assinados são de inteira responsabilidade
do autor e não representam o pensamento a revista.
EXPEDIENTE
NA WEB
sembleia virtual também para aqueles que se sen-
tem envergonhados ou até tímidos de exporem sua
opinião perante a um grupo de estranhos, em plena
segunda-feira a noite, em um salão de festas trans-
formado em um debate muitas vezes intermináveis.
Essas pessoas, talvez, terão mais facilidade de expor
suas opiniões através de mensagens de texto e pro-
mover o desenvolvimento do condomínio.
Assembleia virtual, fórum de discussão ou qual-
quer outro rótulo a ser empregado para esta atividade,
o que realmente trás à realidade é uma nova forma de
colocar em prática as mudanças positivas em prol de
cada condomínio. O primeiro passo foi dado.
*
Jundiaí ganhou recentemente o seu Conselho de
Síndico, coordenado pela Associação das Empresas e Pro-
fissionais do Setor Imobiliário – Proempi. Trata-se de uma
iniciativa que reúne um grupo de síndicos e um núcleo
formado por síndico profissional, administradores de con-
domínios e advogado condominial.
O objetivo do Conselho é propor o desenvolvimento
do mercado condominial em grande escala e não apenas
analisar determinado problema de um condomínio. Re-
centemente, o coordenador do Núcleo do Conselho de
Síndico de Jundiaí e Região, Fernando Angelucci Fernandes,
esteve com o governador Geraldo Alckmin mostrando
o projeto, o qual foi elogiado. A revista Portal dos Con-
domínios está em constante acompanhamento para trazer
as novidades que os projetos dessa organização têm para
contribuir com o desenvolvimento do mercado condominial
na região de Jundiaí.
EDITORIAL ÍNDICE
CADASTRO
* Drywall: prático e moderno
* Evento: olho na segurança
* Viver em Condomínio
* Portal Debate: as dúvidas
do seu condomínio
* Capa: o futuro das
assembleias
* Especial verão: bike
* A beleza dos caquitos
* Crônica: show das dez
PARA ANUNCIAR11 4522.214211 4521.3670
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4 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
DECORAÇÃO & DESIGN
Prático ePor Vivian Lourenço
Você aqui no Brasil pode não conhecer, mas
nos Estados Unidos e na Europa já é um velho co-
nhecido. O Drywall (parede seca, em tradução livre)
chegou ao país faz apenas 20 anos e vem aos pou-
cos conquistando o seu espaço no mercado nacio-
nal.
Este é um sistema industrializado, pré-fabrica-
do e composto de uma estrutura que reúne aço e
placa de gesso, o que facilita as construções e re-
formas rápidas, já que pode ser montado no local,
além de ser silencioso e principalmente com pouca
sujeira e quase nenhum desperdício. Uma ótima
opção para quem quer reformar, mas também não
quer ficar meses com a casa bagunçada e também
deseja fugir de todo barulho e sujeira.
Outra vantagem é que o Drywall permite em-
butir instalações elétricas, hidráulicas e de telefone,
tornando fácil a manutenção, ou seja, nada de ficar
quebrando parede caso apareça algum problema.
O material aceita também diversas configurações
e pode ser usado com placas simples ou duplas,
diferentes espessuras e enchimentos que trarão
um maior conforto térmico e acústico. Quem tem
problema com umidade pode ficar tranquilo,
que o Drywall tem opções para áreas
úmidas e que precisam de proteção
contra o fogo. Ele se encaixa em
qualquer projeto.
O arquiteto, Vinícius Ferrari
Borges, faz o raio-x do material.
“O Drywall é composto basica-
mente de duas chapas de gesso.
Por dentro está a estrutura confec-
cionada em aço galvanizado, alta-
mente resistente”. Ou seja, é prático,
oferece resistência e é bonito.
A designer de interiores, Noeli
Cristina, acrescenta que “por sua
rápida colocação e quase sem
sujeira, o Drywall vem ganhan-
do cada vez mais o mercado
brasileiro. O diferencial é o seu
sistema anti-trincas e a possibi-
lidade de criar paredes e tetos
em curvas”. Além disso, o ma-
terial permite diversos tipos de
acabamentos, como pintura co-
mum, azulejos, pastilhas, mármo-
re, papel de parede, granito e até
lambris de madeira. A qualidade do
acabamento fica superior a de uma parede comum.
A decoração pode ficar por conta da imaginação
do morador, não ficando restrita a apenas um tipo
de material, como se pode avaliar.
Outra facilidade que conquista os consumido-
res é em relação a manutenção. O Drywall pode ser
limpo usando-se apenas uma esponja com deter-
gente ou produtos específicos no mercado; só não
pode usar água em grande quantidade.
Ferrari lembra que a pergunta que o morador
mais faz é com relação a diferença deste método
para o gesso. “As paredes Drywall, inicialmente,
cumprem os mesmos requisitos básicos de desem-
penho mecânico, acústico e térmico das paredes de
alvenaria, substituindo-as com algumas vantagens,
como rapidez de execução, qualidade de acaba-
mento, ganho de espaço e quase total ausência de
desperdícios e entulho. Já as paredes de gesso são
construídas com blocos de cerâmica ou concreto,
iguais uma parede de alvenaria tradicional.”
Caso a superfície do Drywall seja danificada, os
reparos podem ser feitos usando massa para trata-
mento de juntas ou massa corrida, como se fosse
uma parede de alvenaria. O arquiteto diz que mu-
dar um ponto elétrico ou fazer a manutenção de
um cano com vazamento, por exemplo, é tão fácil
quanto limpar o Drywall. “É um sistema parecido a
um sanduíche e fica mais fácil passar uma fiação ou
consertar um encanamento. Além disso, se contra-
tado um serviço de mão de obra especializada, este
trabalho pode ser realizado em apenas um dia”.
Além de todas essas facilidades, o Drywall foi
feito sob medida para quem sonha em se livrar do
barulho do vizinho ou ter um home theater, sem
incomodar ninguém. Ao que Ferrari explica que
neste caso, as paredes e os forros podem receber
um recheio extra com mantas minerais (de lã de ro-
cha ou de vidro) ou placas duplas - o modelo ideal
é determinado pelos profissionais de acordo com a
configuração do ambiente. Para completar, a solu-
ção resolve a qualidade térmica da casa, mantendo
a temperatura estável durante o dia e a noite.
Já para quem quer transformar a sala em cine-
ma com um home theater, o ideal é procurar um
arquiteto para fazer um projeto, já que devem ser
levadas em conta algumas particularidades, como
dimensões e quantidade de aberturas. Só assim o
morador pode obter o melhor resultado possível
para o ambiente.
O Drywall também suporta, normalmente, car-
gas com peso. Você pode fixar na superfície armá-
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ari
5Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
rios de cozinha, suportes para televisão e até mes-
mo micro-ondas. “Os cuidados fundamentais para
que essa fixação não cause problemas é instalar no
interior da parede um reforço interno, que pode
ser de madeira tratada ou chapa de aço galvaniza-
do, e utilizar, nas distâncias recomendadas, buchas
específicas para drywall”, esclarece o profissional
que acredita ser um processo mais simples, rápido
e preciso do que se fosse instalado nas paredes de
alvenaria tradicional.
Os objetos mais leves como espelhos e por-
ta toalhas podem ser feitos apenas com o uso de
buchas e parafusos apropriados. Exemplificando,
“todo objeto que pesa até 10 kg pode ser preso no
gesso. Acima disso, deve-se aplicar o reforço ou dis-
tribuir a carga”.
Há ainda a possibilidade de fixar uma rede de
balanço no Drywall, mediante, é claro, o cálculo
estrutural feito por um profissional. “É necessário
uma estrutura auxiliar para o reforço - seja ele fei-
to com tubos de aço ou com chapas de metal mais
espessas - por dentro de cada um dos lados da pa-
rede onde serão soldados os ganchos para a rede”,
salienta.
As placas de Drywall são muito utilizadas para
separar ambientes, construir quartos de bebê ou
moldar qualquer lugar da casa de acordo com as
necessidades do morador. Esse sistema só pode ser
usado internamente, já que não resiste às intempé-
ries. Algumas paredes apresentam somente 7,3 cm
de espessura. Resultado: em 100m² ganha-se 4%
de área útil, ou seja, algo como um armário espa-
çoso no quarto. Sem exigir vigas nem pilares, esse
sistema é mais leve que a alvenaria - são 20 kg por
m² contra 120 kg, o que gera economia nas fun-
dações.
A durabilidade do material vai de acordo com o
local da instalação, sendo que quanto menos con-
tato com água ou agressões físicas como martelo,
maior a vida útil. O Drywall vem com garantia de
fábrica e os instaladores geralmente dão uma ga-
rantia de cinco anos.
Para que o material tenha a eficácia e a beleza
mencionada, é importante que a mão de obra na
hora de instalar seja qualificada. Prova disso é que
as empresas investem em treinamento e seus sites
indicam distribuidores e instaladores autorizados.
Para isso, é necessário analisar qual será a empresa
instaladora, para garantir a total funcionalidade do
método.
Os preços variam conforme na necessidade do
morador. Por exemplo, para uma parede padrão de
9,5 cm de espessura, placas simples de 12,5 mm e
montantes de 70 mm, o metro quadrado sai por
uma média de R$ 70, já com a instalação. O valor
aumenta para R$ 95, se o morador quiser um en-
chimento. Para forro os valores variam de R$ 30 a
R$ 50. Caso a necessidade seja para áreas úmidas
ou resistência ao fogo, o metro quadrado já instala-
do pode encarecer cerca de R$ 10; cada reforço de
peso custa R$ 70. Você irá investir conforme a sua
necessidade.
Encontrado a pronta entrega, o Drywall pode
ser a solução de grandes mudanças no seu lar, com
preparação rápida, desde que haja mão de obra es-
pecializada e um projeto em mãos.
moderno
6Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
Evento
Por Vivian Lourenço
Você sabe reconhecer um bandido? Baseado
nos filmes ou seriados seria aquela figura com
capuz, roupas esfarrapadas e arma na mão. Po-
rém a realidade é um pouco diferente da ficção.
Não é possível reconhecer um assaltante somen-
te pela sua aparência, já que há muitos casos
de que os criminosos estão vestindo ternos de
grife, falam um português impecável e estão de
olho, principalmente, nas falhas de segurança
dos condomínios.
Visando esclarecer as dúvidas dos síndicos e
abordar soluções para a segurança do condomí-
nio, a LGM promoveu no dia 1º de dezembro
a palestra “A Importância da Integração na Se-
gurança dos Condomínios”,
em comemoração ao dia do
síndico, festejado no dia 30
de novembro.
Segundo a diretora da
empresa organizadora do
evento, Odete Amaro, o
tema é de suma. “Mesmo
com a queda de 72% nos
índices de assaltos a condo-
mínios, ainda é uma situação
que nos preocupa muito,
uma vez que prestamos esse
serviço”.
O capitão da PM, José
Elias de Godoy, palestrante
da noite, falou sobre os no-
vos métodos de segurança
e, principalmente, o que os
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síndicos precisam saber para garantir o bem-es-
tar dos condôminos. O tema segurança é um
dos mais atuais, tanto que o Secovi lançou um
manual de segurança, baseado nas notícias de
assaltos e arrastões a condomínios no país
inteiro, especialmente em São Paulo.
Segundo Godoy, garantir a segurança
de um condomínio não é apenas investir
em equipamentos. “É preciso adotar me-
didas preventivas e integradas. Com siste-
mas, materiais e equipamentos que garan-
tem a segurança”, diz Godoy.
E o tema foi tratado com atenção pe-
los ouvintes. “Todo síndico tem que agir
para ter uma boa segurança”, diz o síndico
do Villagio Di Firenze,
João Claudio dos Anjos
Rodrigues.
A participação de
todos faz parte do pro-
cesso de segurança
patrimonial. Cada um
pode fazer um pouquinho.
Juntando isto e os modernos
equipamentos de segurança,
o local dificilmente será alvo
de bandidos. Não se pode
evitar 100% os assaltos, mas
o intuito é inibir ao máximo a
tentativa.
João Claudio lembra que
boa parte da culpa da falta
de segurança não é só do
síndico ou do porteiro. “Os
condomínios tem resistência, não se preocupam
com essa parte”, diz. Ou seja, as pessoas esque-
cem muito de cuidar da própria residência e os
moradores deixam os apartamentos com portas
abertas. Esse ex-
cesso de confiança
compromete a se-
gurança.
Para o síndi-
co do condomínio
Luiz Piccolo, Ro-
berto Feligozi, esta
palestra deveria ser
levada para dentro
dos condomínios.
“Conscientizar to-
dos os morado-
res a respeito dos
problemas é com-
plicado, porque
o síndico dá uma
ordem na portaria
pedindo para não fazer uma coisa e o morador
chega e manda o porteiro fazer outra coisa. Este
é nosso principal problema”, revela.
Investir na qualificação do funcionário e a
conscientização do morador são importantes.
“Eu estou síndico e tenho um problema no dia
a dia, o relacionamento é muito complicado.
Os procedimentos operacionais precisam ser
passados a todos, desde os funcionários até os
condôminos. Não é preciso um grande aparato
de segurança, basta que todos sigam os proce-
dimentos”, diz Godoy.
OLHO na segurança
7Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
Locais mais visados“Todos os condomínios estão sujeitos a se-
rem vítimas. Este é um grande problema que
devemos observar”, revela Godoy. Os locais
mais visados pelos assaltantes são os condo-
mínios de classe alta, com moradores que te-
nham posses (joias, dinheiro e eletrônicos) e
que não possuam mais do que duas torres.
Fórmula secretaNão há uma fórmula secreta para evitar
assaltos, mas os síndicos e condôminos devem
ficar atentos a algumas dicas que o capitão da
PM passou. A principal é atenção com o por-
tão de pedestres e de veículos, assim como
os muros ao redor do condomínio; estes são
os lugares onde os assaltantes mais se bene-
ficiam para invadir o condomínio. “A partir
do momento que o bandido domina o local,
dificilmente alguém de fora perceberá o que
está acontecendo”. Este é o maior problema
dos assaltos. Existem várias maneiras que os
bandidos usam para entrar no condomínio,
seja por meio de ameaças, disfarçado de en-
tregador, falha na segurança, informações pri-
vilegiadas, etc.
Portaria“O grande segredo do porteiro é saber que ele
não tem obrigação de abrir a porta para ninguém.
Sempre precisa pedir identificação ou pedir para o
morador liberar a entrada”, diz Godoy. Muitos por-
teiros abrem o portão de veículos somente com a
identificação do modelo do veículo, sem saber se
a placa confere ou se é o morador realmente que
está dirigindo. Segundo João Claudio, “os porteiros
não estão preparados, por causa da alta rotativida-
de. Você nunca consegue prepará-los para um bom
atendimento”.
Acesso e proteção“Não adianta blindar a guarita. Precisa ver a
real necessidade de segurança do condomínio e in-
vestir bem o dinheiro”. O capitão da PM também
revela o horário de maior perigo de assalto, que é
entre às 18 horas e 6 horas, justamente quando os
moradores estão entrando e saindo do condomínio.
“Os locais onde acontecem mais as invasões
são: muros, portão de pedestres e acesso a gara-
gem, porta de entrada do edifício e acesso aos
andares”. Se o bandido passou dos muros ou do
portão de pedestres, ele já tem 60% do assalto
realizado.
DEPO
IMEN
TOS
Odete, Angêla e Geraldo da LGM com Elias Godoy,
palestrante do evento.
Acompanhe as dicas“O que um condomínio
precisa ter para ser seguro?”no nosso blog:
http://portaldoscondominios.wordpress.com
8 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
Há lado jurídico na assembleia virtual?VIVER EM CONDOMÍNIO
As assembleias condominiais são tidas por
muitos condôminos como algo “chato” e um
“desperdício de tempo”, porém, são nessas re-
uniões que são definidas as questões administra-
tivas e, desde que respeitado o quórum de cada
assembleia, o que for decidido vale para toda a
coletividade condominial, inclusive para aqueles
que não participaram.
Embora não seja uma novidade, há alguns anos
vem sendo utilizada por muitas administradoras e
condomínios a chamada assembleia virtual, uma vez
que não há nada na lei que proíba este tipo de dis-
cussão virtual, pois como já mencionamos a assem-
bleia presencial continua a existir.
Vale dizer que a chamada assembleia virtual
na verdade não é uma assembleia especifica-
mente dita, trata-se de mero debate virtual, um
fórum de criação entre os condôminos sobre
determinados assuntos que serão discutidos em
uma assembleia presencial já designada ou que
será designada, esta sim com validade legal nas
suas decisões.
Na verdade, por este sistema, os condôminos
acessam a assembleia por meio de uma página vir-
tual, sendo que lá fica disponível por vários dias a
pauta da
d i s cu s s ão
e outros
documentos
relacionados
à assembleia
presencial que
irá ocorrer fu-
turamente, assim
acontece a discussão
entre os condôminos so-
bre os assunto. o condômino
que não puder comparecer na as-
sembleia presencial para votar poderá
imprimir uma procuração com a sua intenção de
voto para cada assunto que será discutido na as-
sembleia presencial e assim se fazer representar
por outrem mediante este documento.
Salientamos que nenhum condomínio
poderá apenas utilizar-se exclusivamente
desta assembleia virtual para deliberar sobre as
questões condominiais, pois caso isso ocorra,
será tida como nula, primeiro porque não existe
qualquer tipo de normativo legalizando esta mo-
dalidade de assembleia e, segundo, porque parte
dos condôminos pode não ter acesso a internet
e com isso não poderiam manifestar o seu voto.
Portanto, é imprescindível que embora o
condomínio adote a utilização desta assembleia
virtual, deve-se atentar que legalmente deva ser
realizada a assembleia presencial, sob pena de
haver nulidade.
* Newton Nery Feodrippe de Sousa Neto, advo-
gado especializado em condomínio e direito
imobiliário, jornalista inscrito no MTB 0062158SP
Se o leitor ainda tiver dúvidas ou desejar sugerir novos assuntos para aborda-gem desta coluna, poderá encaminhar e-mail para o endereço especialmente
criado para esta finalidade: [email protected]
@
9Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
10 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
Espaço para dúvidas e perguntas do seu condomínio
PORTAL DEBATE
Mudança de portaria, inadimplência, com-
provação de contas e acesso ao condomínio
são os temas que os moradores, síndicos e
conselheiros questionaram nesta edição do
Portal Debate. Participe você também. A sua
dúvida pode ser a do vizinho. Envie agora as
perguntas para contato@condominioemre-
vista.com.br
Fernando Prado - Res. Alto di Felicitá: Pensamos em alterar nossa portaria (construir
uma nova), incluindo a alteração de portões,
materiais utilizados e área construída. Qual
seria a melhor forma de fazer isso? Qual a
visão de vocês sobre todos os agentes envolvi-
dos (projeto, prefeitura, moradores, assem-
bleia para aprovação, fornecedores)?
Portal Debate: Uma sequência interessante
seria: fazer uma assembleia para aprovar a
contratação de arquiteto, contratar o arquite-
to, de preferência quem fez o projeto do pré-
dio, apresentar e aprovar o projeto em assem-
bleia, custos, forma de rateio, etc., fazer um
planejamento de obras bem elaborado, tendo
sempre um plano “B” e ter uma data certa
para fim das obras.
É importante fazer três orçamentos com
profissionais da área (arquitetos, engenhei-
ros ou construtoras). Durante a assembleia,
analisar e concluir a caracterização da obra
(voluptuária, útil ou necessária) em razão do
quórum a ser respeitado para a sua aprova-
ção.
Roseli de Camargo – Giorno Di Sole:
Como devo agir, ou que providências tomar se
um condômino fica de seis a oito meses sem
pagar a taxa condominal, depois faz um acor-
do as vezes de até seis pagamentos e, durante
este tempo não paga as taxas atuais dos me-
ses que está pagando o acordo? Já virou vício.
Portal Debate: Em análise técnica: No
caso da formalização do acordo (confissão
de dívida) pode ser inserida uma cláusula de
que o condômino devedor compromete-se a
pagar além das parcelas do acordo, também
as parcelas vincendas, ou seja, se ele deixar de
pagar as contribuições atuais enquanto tiver
pagando o acordo pode-se considerar que ele
descumpriu a confissão de dívida e esta pode
ser executada.
Há também a opção de, no terceiro mês
de atraso fazer cobrança judicial, inclusive das
custas da cobrança.
Em análise psicologica: a forma como é
descrito o problema passa a sensação de que
a vítima é o condomínio. Mas, na autoridade
de síndica, quem poderá mudar o final dessa
história é você. Ou seja, quando este acordo
é feito as correções param de correr para to-
das as parcelas, durante o período em que o
condômino tem para pagar, não é mesmo?
Mas, para que servem juros e multas? Para
diminuir a perda daquele que contava com
o recebimento do dinheiro naquela ocasião.
Além disso, multas e juros são formas de pe-
nalizar, ou seja, dar uma consequência para
aquele que não honrou com seu pagamento.
Então, junte essa explicação a uma dose de
assertividade, seja educativa e da próxima vez
finalize essa história diferentemente da forma
como ela vem sendo encerrada até então.
Edson Canata – Tereza Cristina: Faço parte
do Conselho Fiscal da Associação dos Mora-
dores do Jardim Tereza Cristina, em Jundiaí,
não venho recebendo com regularidade as
pastas com os documentos para aferição e
validação. O que devo fazer? Isso porque a
administradora já respondeu a um email infor-
mando que os documentos já foram enviados
em 29/08/11. Qual a regularidade dos envios?
Pois que me lembro só validei os do início do
ano de 2011.
Portal Debate: Como conselheiro fiscal,
compete além de assessorar o síndico ou o
diretor presidente, dar seu parecer sobre as
contas do representante legal do condomínio
ou associação, permitindo assim, que o din-
heiro advindo das despesas condominiais ou
associativas, tenha bom uso e, quando há so-
bra, seja aplicado.
As pastas são mensais e o conselheiro
fiscal deve vê-las mensalmente dando a sua
ciência ou não quanto as contas. Caso não
esteja recebendo deve fazer uma notificação
extrajudicial ao diretor presidente informando
os fatos e exigindo que os livros sejam apre-
sentados mensalmente. É importante tam-
bém, em conjunto com os outros conselhei-
ros, solicitar com protocolo ao síndico as
referidas pastas.
Felipe Pereira Lopes – Palmeiras da Malo-ta: Em um condomínio (não loteamento) resi-
11Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
dencial, vocês acham viável que entregadores
de pizzas, vans e micro-ônibus adentrem no
condomínio?
Portal Debate: Deve observar o que fala a
sua convenção ou regulamento sobre este tipo
de assunto. Caso estes documentos sejam si-
lentes sobre este tipo de assunto seria impor-
tante chamar uma assembleia para determinar
parâmetros para entrada de entregadores de
pizzas, vans e microônibus, pois devem todos
os condôminos ficarem atentos quanto a se-
gurança e privacidade da coletividade.
Não quis se identificar: O que é feito com
nosso fundo de reserva? Como podemos ter
certeza que este fundo está mesmo sendo de-
positado em uma conta e não está sendo uti-
lizado em questões “pessoais”, ou seja, para
desvio de verbas. Teria como exigir um com-
provante de saldo do banco. Se o valor de
fundo é destinado ao pagamento de despesas
extras, porque então todo mês vem cobrado
alguns valores de despesas “extras”, como por
exemplo (bomba de água), câmeras de segu-
rança, etc... Nunca conseguimos contato com
nossa síndica e, para podermos falar com ela,
precisamos preencher uma solicitação, que
será analisada e respondida por escrito. Na
maioria das vezes não é dada resposta. Resu-
mindo: não estamos satisfeitos com a síndica,
porém não temos quem possa assumir este
cargo. Não há melhoria no condomínio, sendo
que nosso fundo de reserva é bem alto “pelo
informado na conta que nos é apresentada”.
Enfim, o que podemos fazer?
A equipe Portal Debate: Melícia Geromini (psicóloga), Fernando Fernandes (síndico profissional), Newton Nery F. de Sousa Neto (advogado) ,
Carlos Eduardo Quadratti (advogado), e Reginaldo
Moron (advogado) e André Schuler (técnico).
PORTALDEBATEPORTALDEBATE
Dan
iela
Men
des
Portal Debate: O fundo de reserva deveria
estar aplicado ou em uma conta poupança.
Para ter certeza, consulte a administrado-
ra, os demonstrativos, as atas anteriores
e verifique o que foi decidido. Para exi-
gir um comprovante do saldo, este
deve ser feito através de
um pedido protocolado
endereçado à síndica e/
ou administradora. Sobre
falar com a síndica, é ne-
cessário analisar se consta
essa forma de contato na
convenção ou em alguma
assembleia. Para en-
contrar uma solução,
reúna um grupo de
moradores com o
mesmo nível de in-
satisfação e mude
a síndica ou, ainda,
contrate um Síndico
Profissional.
É FÁCIL PARTICI-PAR
Envie sua per-
gunta para contato@
condominioemrevista.
com.br ou mande uma
carta para Rua Bela Vista,
650 – Bela Vista – Jundiaí-
SP – CEP: 13207-780. Qual-
quer dúvida, entre em contato
através do tel.: 11 4522-2142.
12 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
Capa
Por Vivian Lourenço
Toda vez que algum morador passava me-
xendo em um aparelho eletrônico o síndico tor-
cia o nariz; parecia que a tecnologia lhe causava
aversão. Ele ainda era daqueles que pregava com
durex os recados da assembleia, escritos à mão –
ou na velha máquina de escrever.
O que ele parecia não perceber é que, essa
tal tecnologia que ele não compreendia, iria ser a
solução para as constantes caras feias e de tédio
em dias de assembleia, afinal, quem nunca fez
cara feia quando recebeu um aviso de convoca-
ção para assembleia do condomínio?
O mundo evoluiu e atualmente o meio ele-
trônico domina nossas vidas, tanto é que nem o
voto mais é no papel, a urna eletrônica tornou o
processo democrático brasileiro mais rápido e efi-
caz.
Neste mundo da banda larga, você faz ami-
gos, compras, paga contas e até mesmo conse-
gue comandar sua casa antes mesmo de estar no
recinto; tudo isso usando a tecnologia e a inter-
net.
É uma infinidade de coisas que você pode
fazer sem ao menos sair de casa; comodida-
de, praticidade e inovação, graças à tecnologia.
Consegue imaginar a sua vida sem tudo isso? E o
avanço tecnológico continua. Já imaginou poder
fazer a assembleia do condomínio na sua casa
e economizar todo aquele tempo da discussão?
Com novos métodos, as assembleias de condomí-
nios podem ser feitas virtualmente; pelo menos,
uma parte delas já está sendo realizada por este
método.
E agora, como que o síndico que desconhe-
ce a modernidade pode se beneficiar dessa van-
tagem com o emprego da assembleia virtual no
condomínio? Antes de pensar nisso, é melhor
descobrir como a assembleia virtual realmente
funciona.
Esse método é um software que usa um sis-
tema online que irá facilitar a integração dos
13Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
que chamasse a pessoa para realmente participar
da assembleia. Isto resolveria o problema do nos-
so síndico.
O funcionamento do sistema é bem sim-
ples, como se fosse uma rede social, a qual todo
mundo está bem familiarizado atualmente. Sabe
quando você escreve alguma coisa no Facebook
e de repente aparecem vá-
rios comentários, com todo
mundo debatendo o as-
sunto? Seria bem parecido
com isso; igual ao Facebook,
Twitter, Orkut, onde várias
pessoas discutem o mesmo
assunto ao mesmo tempo.
Na assembleia virtual,
o síndico – aquele desacos-
tumado a tecnologia, mas
que agora já ligou até o
computador – vai cadastrar
o condomínio e todos os
moradores, sem exceção.
Criada essa rede (igual àquela que todo mundo
participa), ele vai convidar os condôminos a in-
gressarem. Pronto, é só os moradores observarem
o que seria discutido na assembleia e já propor
melhorias para o condomínio e votar nas propos-
tas dos outros condôminos. Bem mais interativo
do que aquele bate-boca e mal estar provocado
pela discussão nas assembleias presenciais.
Como em toda discussão, as boas ideias
continuam e as ruins, descartadas. A assembleia
virtual funciona como uma maneira de deixar o
condômino a parte do que está acontecendo,
discutir propostas e mostrar a pauta da reunião
presencial. Assim, a assembleia propriamente dita
fica mais rápida, com todos
sabendo o assunto que será
tratado, faltando apenas a
votação.
E como tudo é feito vir-
tualmente, o morador não
precisa estar exatamente na
residência para participar
do voto, caso a convenção
do condomínio permita esse
sistema. Carlos Henrique
explica que o condômino
pode votar a qualquer hora
e local, em um computador
ou smartphone, da casa ou
do seu trabalho. O voto é validado no final, por
meio de um instrumento chamado procuração
com intenção de voto, que pode ser assinada
com caneta e papel ou usando um certificado di-
gital (Veja box na página 15).
Se o morador começar a se preocupar com
relação a segurança, pode ficar tranquilo. Este é
“É um software que usa um
sistema online que irá facilitar
a integração dos moradores e
administradores de uma forma fácil
e acessível para os dois lados”
moradores e administradores de uma forma fá-
cil e acessível para os dois lados, já que todos os
moradores do condomínio podem debater os as-
suntos a qualquer momento, de qualquer lugar.
É como um desses fóruns na internet no qual há
o assunto, as pessoas dão a opinião, e assim vai.
A própria criação do sistema foi baseada na
baixa participação dos moradores nas assem-
bleias. As empresas perceberam que poderiam
criar um método mais atrativo para as tediosas
reuniões condominiais.
E o nosso síndico, que no começo pode-
ria achar a novidade chata, já a está vendo com
bons olhos, apesar de ainda parecer complica-
da. Para quem ainda não está familiarizado com
o processo, ele funcionaria da seguinte maneira.
As discussões acontecem de forma simultânea e
antecedem a reunião presencial. Ao final, todos
os participantes geram uma procuração especial
com sua intenção de voto, garantindo assim seu
direito de escolha.
Como em nosso país as leis ainda não per-
mitem a votação virtual, criou-se um modelo hi-
brido. “Pensamos que seria possível, com as leis
brasileiras, uma assembleia onde a participação
fosse muito maior”, diz Carlos Henrique Cêra, o
diretor da empresa que faz esse software, a Su-
perlógica. O que ele quis dizer é que poderiam
criar um método que ficasse mais interessante,
14 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
um sistema que garante que os dados dos con-
dôminos não são acessíveis nem para os adminis-
tradores.
Além disso, o sistema permite o consenso, já
que os moradores ficam muito mais próximos da
administração e assim começam a entender real-
mente os problemas e porque tais decisões são
tomadas. Assim condôminos, administradores e
síndicos trabalham as decisões com muito mais
hegemonia.
O maior benefício para o morador é o fato
de não precisar comparecer as assembleias pre-
senciais – exceto em caso de votação importante.
“Eles ficam sabendo, de todas as decisões, antes
delas serem de fato tomadas”, salienta Carlos.
Ou seja, as votações mais polêmicas como dis-
tribuição de vagas de estacionamento, reformas,
uso do dinheiro, etc. ainda precisam ser feitas
de forma presencial, já que envolvem dinheiro e
consequentemente um impacto na vida do mo-
rador.
Porém, apesar de tantos benefícios, o merca-
do está se adaptando a este novo sistema, já que
no Brasil, ainda é difícil que todos possuam aces-
so à internet, ou até mesmo conhecimento para
explorar com eficiência esse sistema. A empresa
de software já conseguiu atingir mil condomí-
nios como clientes que agora fazem a assembleia
virtual. Esse número tende a crescer a partir do
momento que síndicos e administradores come-
çarem a conhecer o sistema, e assim todos os be-
nefícios que ele oferece.
Existe uma aposta que, dentro de 10 anos,
poucos condomínios ainda irão
realizar assembleias da forma
como conhecemos atualmente.
Se todos podem debater, a hora
que quiser, porque então fazer
as pessoas perderem o pouco
tempo de lazer que possuem
discutindo pessoalmente? Ago-
ra, parece não fazer mais tanto
sentido a reunião das pessoas
para debater os assuntos, já
que elas podem debater virtu-
almente, e apenas demonstrar
o voto.
O síndico profissional, Fer-
nando Angelucci Fernandes,
acredita que a tendência seja
de, em breve, não só a pré-assembleia seja pela
internet, mas também a votação, chegando até
mesmo não haver a necessidade de sua realiza-
ção física.
Segundo o síndico, a aceitação entre os mo-
radores tem sido boa, já que para as votações,
ainda é preciso a presença física na assembleia.
“O que temos feito é debatido o assunto por e-
-mail e quando temos uma boa definição sobre o
assunto em pauta, chamamos a assembleia. Des-
ta forma ganhamos algumas horas de discussão
e as assembleias são mais rápidas”, explica.
Ou seja, é uma maneira sim-
ples de agradar aos dois lados.
O morador que não precisa mais
dispor de horas de discussão –
muitas vezes sem nenhum propó-
sito ou que não acrescentará em
nada nas assembleias, e o síndi-
co, que tem mais autonomia para
tomar decisões de acordo com o
que foi decidido. A assembleia
deixa de ser algo cansativo para
ser um local físico onde decisões
reais e concretas serão tomadas.
Segundo Fernando, em uma
análise do sistema da assembleia
virtual, é possível dizer que tanto
o síndico quanto o morador ga-
nharam tempo e agilidade nas decisões impor-
tantes que precisam ter tomadas.
Além disto, é um mecanismo que irá reduzir
custos e melhorar a resposta para as situações
polêmicas. “Quando levamos algum assunto que
demanda muita discussão à assembleia, além de
ficar muito cansativa, não obtém o resultado es-
perado, em algumas vezes tendo que ser adiada
“O maior benefício para o morador é o fato de não precisar
comparecer as assembleias
presenciais – exceto em caso de votação
importante. Eles ficam sabendo, de todas as decisões, antes delas serem de fato tomadas”
15Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
16 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
decisões importantes”, diz.
Apesar de todos os fatores positivos, o mé-
todo da assembleia virtual tem alguns contras.
Fernando explica que o que mais pesa negativa-
mente, é o fato de que, como o assunto foi mui-
to bem discutido por e-mail, algumas pessoas
podem recorrer a procurações para não partici-
par da assembleia física, o que irá diminuir ainda
mais a integração entre os moradores, afastando-
-os ao invés de unir. Ou seja, o problema da baixa
presença nas assembleias ainda é um fantasma
que ronda o síndico, mesmo ele entrando na mo-
dernidade.
Quem recorrer ao uso de procuração deve
observar a convenção que rege o condomínio.
Algumas impõem limites à quantidade de procu-
rações que um morador pode emitir para faltar
as assembleias físicas; há ainda outros empeci-
lhos, como limitar quem pode ser o procurador,
ou ainda exigir firma reconhecida em cartório do
documento da procuração. Há casos ainda de
convenções que exigem tudo isso de uma só vez.
Fugir de uma assembleia pode não ser algo tão
simples.
Outro fator que dificulta a implementação
total da assembleia virtual é que no Brasil, nem
todos ainda possuem acesso à internet. Mesmo
com diversos pontos de “inclusão digital”, a in-
ternet brasileira ainda é muito cara. Neste siste-
ma, quem ainda não possuir acesso à rede, terá
que esclarecer as dúvidas na assembleia física,
já que ninguém pode ser impedido de participar
da assembleia, desde que esteja quite com suas
obrigações condominiais.
Caso um síndico ou administrador perceba
que os condôminos estão se distanciando ou que
usam do método da procuração para não com-
parecer a assembleia física, precisa começar a
promover eventos de integração entre os mora-
dores, como coquetel, happy hour ou confrater-
nização de final de ano. O intuito da assembleia
virtual não é dispersar os moradores, mas sim ser
um instrumento de integração e união. Apesar
dos assuntos serem discutidos de maneira eletrô-
nica, a presença das pessoas ainda é importante.
Isto mostra que a tecnologia ainda não avan-
çou ao ponto de extinguir as assembleias presen-
ciais, como explica o assessor jurídico do Secovi,
João Paulo Rossi Paschoal. “No futuro se tornará
uma realidade, mas agora ainda há a dificuldade
por causa das pessoas que não tem acesso à in-
ternet. A cultura vai exigir que a pessoa atualize-
-se, viabilizando os tramites internos.”, explica o
assessor.
Nos termos legais, a assembleia virtual pro-
priamente dita ainda não existe. O grande pro-
blema é que o código civil ainda exige a presença
física do morador. “Acreditamos que quando se
resolver a questão da “presença virtual” no texto
da lei, teremos uma legítima assembleia virtual.
Hoje o que temos na realidade são apenas fóruns
virtuais de discussão”, explica o advogado, Carlos
Eduardo Quadratti.
Questões recentemente vistas na mídia,
como o caso de juízes que fazem o uso virtual
do voto, talvez sirva para sensibilizar o judiciário
a refletir sobre a importância e a validade da pre-
sença virtual, já que muitos não comparecem as
assembleias, não por vontade própria, mas por
problemas de saúde ou de trabalho.
O advogado lembra o caso de um ministro
do STF, que alega problemas crônicos de coluna
e tem proferido seus votos via internet. O mesmo
CERTIFICAÇÃO DIGITAL
O síndico que ainda não fez o cadas-tramento no certificado digital pode fazer de forma online, pelo site www.certisign.com.br. Depois de comprado, Patrícia ex-plica que ele precisa ser validado junto a um Posto Autorizado (o Grupo Impacto instalou um posto em suas dependências para validação e emissão de Certificado Digital).
Várias exigências de órgãos públicos atualmente requerem a assinatura digi-tal, que só pode ser obtida pelo certifica-do digital. Sem essa assinatura, não se pode, por exemplo, usufruir da Conectivi-dade Social ICP, administrada pela Caixa Econômica Federal.
poderia acontecer, por exemplo, com um mora-
dor que está em viagem de negócios e perderá
a votação sobre vagas de estacionamento, por
exemplo. Ele não tem como votar, seria justo ex-
cluí-lo desse direito? Ou a família tem que mudar
a data das férias somente para não perder uma
assembleia que poderá se arrastar, sem definição.
É por isso que o voto virtual é tão defendido.
Enquanto isto ainda não acontece, o advoga-
do explica que legalmente somente o voto pre-
sencial faz a assembleia ter validade. Ele diz que
na prática a assembleia virtual não existe, o que
existe é um fórum virtual para discussão dos as-
suntos que serão votados em assembleia.
E falando em modernidade, internet e praticidade, o certificado digital será uma ferramenta obrigatória para todos os condomínios do Brasil, que precisam se regularizar até o final deste ano. Caso algum condomínio não cumpra a exigên-cia, o síndico terá problemas de respon-sabilidade social e não terá como cum-prir com as obrigações acessórias junto aos órgãos públicos, pois a maioria das obrigações atualmente deve ser assinada através de uma assinatura digital.
Para quem ainda não está fa-miliarizado com a novidade, o certifica-do digital é uma forma de credencial ou documento eletrônico que vai permitir o reconhecimento seguro da pessoa que detém esse certificado. Segundo Patrícia Breitschaft, do Grupo Impacto, o processo de certificação digital tem por objetivo assegurar a confidencialidade e integridade das informações e confirmar a autoria de um documento. Essa tecno-logia permite assinar digitalmente qual-quer tipo de documento, conferindo-lhe a mesma validade jurídica dos equiva-lentes em papel assinados de próprio punho.
O certificado digital é como um RG do condomínio. Nele constam informa-ções como nome e endereço de e-mail do titular, chave pública do titular, perío-do de validade do certificado, Autori-dade Certificadora (AC), número de série do certificado digital, assinatura digital da AC. A Autoridade Certificadora fun-ciona como um órgão federal que auten-tica o certificado. É como a Secretaria de Segurança Pública, responsável pela emissão do RG.
Divulgação
Distribuição gratuitaAno 01 . Nº 05Nov/Dez de 2011
Alugar é bom negócio
Por Vivian Lourenço
Todo mundo procura hoje uma fonte de ren-
da extra ou que seja rentável, mas nem sempre
aplicar o dinheiro ou vender um terreno é a mel-
hor saída. Lembra-se daquele terreno herdado ou
ocioso que você possui e não sabe o que fazer?
Saiba que o terreno pode se tor-
nar uma rentável fonte de renda,
muito mais do que alguns imagi-
nam, basta saber como aproveitar
bem o espaço.
Em Jundiaí/SP, a grande maio-
ria dos estacionamentos está em terrenos aluga-
dos, mas cerca de 90% deste total está mal ar-
rendado – poderia lucrar muito mais do que atu-
almente. Por exemplo, há terrenos na cidade que
são alugados por apenas R$ 4 mil mensais, só
que faturam R$ 100 mil, sendo utilizados como
estacionamento.
Ficou animado? Então saiba o que é pre-
ciso fazer para ter um estacionamento. Quem
quiser investir neste tipo de negócio, precisa ter
um imóvel com uma área superior a 500 metros
quadrados. Para tanto, o proprietário da Rede
Pare Fácil (RPF), Alger Mário Mortensen explica
que é preciso que o “local tenha uma razoável
demanda por vagas rotativas, onde cada uma de-
las seja utilizada por vários veículos num mesmo
dia”. De nada adianta você investir em um terre-
no em um local onde as pessoas não precisam de
estacionamento. Faça uma pesquisa antes.
As novas unidades de estacionamento podem
ser criadas de três maneiras: com imóvel próprio,
alugado ou uma parceria da alguma grande
rede com o dono do imóvel. No caso de parce-
ria, Mortensen salienta que essa é uma prática
que consiste no pagamento do aluguel mensal
do imóvel com valor igual à metade do resultado
bruto mensal da unidade. O lucro do proprietário
depende da quantidade de veículos que o estac-
ionamento receberá, por isso é importante escol-
her bem o local.
Esse é um dos maiores problemas enfrenta-
dos por empresas que buscam terrenos para lo-
cação, já que algumas redes pagam uma parcela
pequena da receita gerada, fazendo com que, à
medida que os donos dos terrenos conheçam a
verdadeira realidade, parem de explorar o terreno
ou desistam da parceria por acharem que estão
sendo enganados.
Em Jundiaí existem muitas casas velhas e
pequenas, mas que possuem um grande quintal.
O maior problema, segundo o Mortensen, é que
“essas casas estão alugadas para um pequeno co-
mércio e, no quintal, só cresce mato”. Um bom
exemplo de como muitas pessoas estão perden-
do a oportunidade de aumentar o lucro por não
sabe como investir no local.
Nestes casos, o proprietário do terreno fica
apenas com a renda da casa, que é muito peque-
na, se for analisar o potencial do local. O aconsel-
hável, é a demolição do terreno e uma parceria
com uma rede de estacionamentos, para que a
receita do terreno seja até mesmo multiplicada
por 10.
Esta é uma das atividades com maior prob-
abilidade de fazer com que o proprietário do
imóvel tenha uma renda crescente, já que a
quantidade de veículos circulando pela cidade
aumenta consideravelmente e não há indícios
que esse panorama mude tão cedo. Somado
isto ao crescente número de furtos de veículos,
este com certeza se tornou um negócio que só
tende a crescer.
Depois de adquirir – ou investir no terreno,
o agora empresário do ramo precisa prestar at-
enção na lei da oferta e da procura. Ou seja, o
preço a ser cobrado por cada carro ou moto no
estacionamento vai depender da demanda de
veículos e do tamanho do terreno; não adianta
possuir um terreno grande cobrando um valor
alto de cada veículo e vê-lo ficar vazio. Muito me-
nos possuir um terreno pequeno, cobrar barato e
que tenha que ficar com uma placa de “Lotado”
na porta.
Para aqueles que querem ingressar nesse
negócio, mas querem contar com a segurança de
uma parceria, Mortensen explica que “legalmente
o proprietário do terreno firma um contrato de
locação de imóvel com a empresa de estaciona-
mento, sem assumir nenhuma responsabilidade
pela atividade ali explorada”.
Quanto à legislação, ela é a mesma aplicada
para as atividades comerciais e de prestação de
serviço, ou seja, precisa de alvará de funciona-
mento e seguir as diretrizes do Plano Diretor da
cidade (não invadindo áreas de proteção, nem
modificando a estrutura urbanística), não tendo,
assim, nenhuma lei específica que atenda os esta-
cionamentos.
17Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
18 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
Por este motivo, Carlos Eduardo acredita que
este não é o caminho para aumentar a presença
(quórum) nas assembleias, já que o maior pro-
blema ainda é a falta de interesse pelos assuntos.
Porém, o advogado ressalta que esta é uma expe-
riência importante e válida.
O uso do software da assembleia virtual ain-
da não é uma pratica comum nos condomínios,
sendo algo novo, pouco utilizado e até mesmo
desconhecido. Em termos legais, é possível fazer
a assembleia virtual, porém a realização da mes-
ma esbarra na convenção do condomínio. “Cada
condomínio tem a
sua, tratando das
suas peculiaridades. O
modo de convocação
das assembleias está
nessa convenção. Sem
a mudança da conven-
ção não poderia fazer
essa assembleia virtu-
al.”, explica João Paulo.
Em clubes e sociedades
anônimas que não são
regidos por convenções,
fica mais fácil encontrar
e realizar esse tipo de as-
sembleia.
Com o surgimento de
empresas que fabricam os
softwares para assembleias
virtuais, a tendência é que
a partir de agora isso seja
atendido pelas convenções.
Porém, tudo vai depender de uma regulamenta-
ção.
Se for implementada, a assembleia virtual
vai ajudar na certificação digital, um requisito da
demanda governamental. A certificação funciona
como se fosse um RG digital, assegurando a fide-
lidade das informações transmitidas.
Segundo o assessor jurídico do Secovi, o
uso da ferramenta da assembleia virtual pode
ser a saída para quem tem apartamento em ou-
tra cidade. Por exemplo, quem tem um imóvel
na praia dificilmente consegue comparecer fisi-
camente a todas as reuniões e acaba por perder
decisões e votações importantes. A assembleia
virtual poderia resolver esse problema, já que não
exigiria a presença física.
Com relação a aceitação desse método, o ad-
vogado diz que os mais jovens e geralmente mais
ligados em informática colaboram para que a as-
sembleia virtual possa ser bem aceita. “Uma das
funcionalidades deste software é que a pessoa
pode votar no assunto que será discutido na as-
sembleia presencial e emitir uma procuração para
não ter a necessidade de comparecer”, explica
Quadratti.
A tecnologia veio para facilitar a nossa vida,
mas nem tudo são flores; o que tem benefício
vem com um pouco de maleficio junto. O méto-
do da assembleia virtual é um grande passo para
que o país avance na era da tecnologia, e propor-
cione aos moradores mais rapidez, conforto e até
mesmo praticidade na hora de decidir o que será
feito no lugar onde mora. O condomínio não é
apenas um lugar que reúne várias pessoas e fa-
mílias, com a figura nem sempre bem vista do
síndico que toma todas as decisões.
nhecer todas as pessoas que moram no condo-
mínio? Você pode cruzar com um vizinho, todo
santo dia, no elevador e nem sequer saber o
nome. A assembleia presencial teria o intuito de
servir como um método de interação entre os
moradores; uma maneira de saber quem mora na
porta do lado, ou no teto acima.
O método virtual acabaria com isso. Quem
iria numa assembleia, já sabendo o que seria vo-
tado realmente? O uso da procuração poderia ser
a saída mais rápida para fugir desse compromis-
so, já que a consciência está tranquila
por ter participado virtualmente da
discussão. Neste caso, cabe ao sindico
achar uma solução agradável para que
a assembleia presencial não se torne
um fracasso ainda maior. Quem sabe
promover um happy hour, um café,
fazer dela uma confraternização, a
começar pela escolha do horário, que
não prejudique nem o trabalho, nem
o lazer. Se tudo já foi discutido virtu-
almente, o morador não dispensaria
uma reunião descontraída para vo-
tar um interesse seu.
A escolha e a abordagem do
tema também precisam ser feitas
de forma agradável, chamativa e
instigante. Quem consegue se in-
teressar por algo longo e chato?
Difícil participar quando não se
tem vontade. É por isso que as
redes sociais fazem sucesso. Ali
está o que a pessoa deseja ler, discutir, falar. É as-
sim que a assembleia precisa ser.
Por enquanto, as leis brasileiras ainda não
permitem votação virtual. Então essa assembleia
poderia ser considerada “meia virtual”, já que o
principal ainda precisa ser presencial. Além de a
legislação brasileira mudar, as convenções dos
condomínios precisam ser alteradas para permi-
tir esse tipo de voto. Por um lado, seria benéfico,
não somente para quem não tem disponibilidade
de comparecer pessoalmente, seja por doença,
distância física (muitos possuem casas ou apar-
tamentos em condomínios de outras cidades)
ou tempo, mas também por mostrar um avanço
tecnológico e de interação. Por outro lado, afasta
as pessoas e discrimina. A quantidade de domicí-
lios com internet ainda é baixo; as pessoas estão
familiarizadas com a tecnologia, mas ainda não
possuem acesso totalmente a ela.
Se empregado corretamente, vai chamar a
atenção dos moradores pela interatividade e pra-
ticidade. Mas tudo depende ainda da forma pes-
soal de como isso será tratado. O meio é virtual,
mas as situações e a “presença” têm que ser real,
caso contrário, o que é para unir, acaba afastan-
do ainda mais.
Os condomínios se comportam como verda-
deiras cidades, com leis que devem ser respeita-
das e com direitos que todo morador precisa exi-
gir. Não dá para “dar de ombros” as decisões que
o síndico deve tomar; como não se pode colocar
a culpa nele das coisas ruins que acontecem e to-
mar para si as boas ideias.
Fazer a discussão virtualmente é uma manei-
ra das pessoas prestarem mais atenção ao tema.
Já que a assembleia funciona como uma rede so-
cial, a qual a maioria das pessoas participa ativa-
mente, a discussão pode perder o ar de “chatice”
e ganhar nova roupagem, já que a interatividade
fica maior e pode-se descobrir que aquele mora-
dor que nunca abre a boca na assembleia, tem
muitas ideias boas e agora perdeu a vergonha e
discute ativamente, só que de modo virtual.
Por outro lado, o mundo virtual afasta as
pessoas. Quem nunca presenciou, na mesma
casa, cada morador com um eletrônico e nenhu-
ma palavra trocada durante horas? Pais e filhos
se comunicam por e-mail, mensagens, etc. pare-
ce que a vontade de se relacionar acabou enter-
rada com a tecnologia.
Além do sindico, quem mais é capaz de co-
Em termos legais, é
possível fazer a
assembleia virtual,
porém a realização da
mesma esbarra na
convenção do
condomínio. O modo de
convocação das
assembleias está nessa
convenção. Sem a
mudança da convenção
não poderia fazer essa
assembleia virtual.”
Divulgação
19 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
O QUE ELAS DIZEMVeja o que as principais administradoras de condomínios de Jundiaí estão dizendo sobre essa nova tecnologia
Piacentini“O objetivo da Assembleia Vir-tual não é eliminar as assem-bleias presenciais. A intenção é melhorar a interação entre os
moradores, a logística de trabalho e o ge-renciamento do tempo”. Marcel Piacentini
Mobile“Já temos a ferramenta para implementar em nossos clientes a Assembléia Virtual. Há um certo receio com relação a implementa-ção do sistema visto que não sabemos qual vai ser o posicionamento dos tribunais com relação à questão.Que é um sistema inovador e prático não há dúvidas mas, achamos que sua imple-mentação se dará aos poucos, levando-se em conta também que uma boa parte dos condôminos não tem acesso à internet, principalmente os mais idosos.” José Mar-cos Ferreira da Silva - Mobile
Impacto“Conhecemos o assunto. A Im-pacto ainda não pratica esta modalidade de assembleia, to-davia, vemos com muito bons olhos esta novidade, pois en-
tendemos que este procedimento gera facilidade na consolidação de agendas, aumenta a participação dos condôminos, bem como facilita e demonstra transpar-ência no processo. Acreditamos que esta é uma tendência, visto que vivemos num mundo cada vez mais digital”. Sérgio Luís de Souza
Lello“O crescente uso da internet como ferramenta de gerencia-mento pelos síndicos está di-retamente relacionada ao novo perfil dos ocupantes do cargo.
Os síndicos paulistanos, em sua grande
maioria, são empresários e profissionais liberais, que aproveitam seus conhecimen-tos em gestão profissional para aplicá-los à rotina de administração dos condomínios”. Angélica Arbex, gerente da Lello Con-domínios
Cortizo“Este é um método que fa-cilita a discussão, já que to-dos os moradores podem participar. Entendo mais que seria um debate virtual do
que uma assembleia propriamente dita. Nós cremos que o uso desta ferramenta é uma tendência do mercado. Mas ainda não sabemos quando se tornará uma re-alidade (a assembleia sendo feita por in-teira virtualmente). Esse software é uma ferramenta muito boa e viável para a par-ticipação de todos os condôminos.” Edi-son Cortizo.
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20Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
SAÚDE
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com o fisioterapeuta Neto Aiello
Esporte ePor Neto Aiello - Fisioterapeuta
Estamos entrando na época mais
quente, festeira e feliz do ano, o ve-
rão. Hora de correr atrás para perder
os quilinhos a mais adquiridos nos
festivais do queijo e do vinho ou nas
rodadas de fondue do inverno.
Agora a ordem é malhar, traba-
lhar o corpo, se movimentar, tirar a
poeira da bicicleta, pegar aquele tênis
esquecido no fundo do armário, buscar
na internet qualquer dieta maluca e mi-
lagrosa. Vamos comprar todas as revistas de
saúde, dieta, malhação que estão disponíveis
nas bancas de jornal. Afinal, estamos no país do
futebol, carnaval, da garota de Ipanema, praia,
sol, futvoley, clube, baile do Havaí, churrasco,
mulheres maravilhosas, e por aí vai. E isso tal-
vez se torne um fardo a mais para ser
carregado nas costas.
É perceptível o aumento de mo-
vimentação “dos atletas de final de
semana”, na avenida 9 de Julho, nessa
época do ano e agora também temos
algumas novas ciclovias para nos incentivar. Como
fisioterapeuta esportivo, inevitavelmente reparo nas
pessoas que estão caminhando, correndo, andan-
do ou praticando qualquer modalidade esportiva.
E sempre vejo muita coisa que deve ser melhorada.
Entre elas estão a regulagem ideal para bicicleta,
vestuário esportivo e o calçado ideal para cada pes-
soa.
Vou abordar três temas. Mas para não deixar o
editor da revista muito louco para encaixar o texto
na editoria de saúde e cortar meu texto, vou dividí-
-lo em duas edições. Esta vou falar da regulagem da
“bike” e na próxima, os outros dois temas.
Convidei meu amigo e personal trainer, Antonio
Carlos Cortina, o Tunico, para nos orientar sobre cor-
reta regulagem da bicicleta. Para prevenir possíveis
lesões ocasionadas pelo mal uso do equipamento.
Segundo Tunico, o correto posicionamento
do ciclista é uma questão muito debatida entre os
estudiosos da área, mas primeiramente devemos
ter a consciência que a máquina deve se ajustar ao
homem, e não ao contrário. Deve-se destacar dois
fatores principais para o adequado posicionamento
do ciclista: o ajuste adequado dos equipamentos e
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a relação deste com o “tamanho”do segmento do
ciclista.
Os fatores que são levados em consideração
com relação atleta x bike são as medidas do atleta
(altura, tamanho dos braços, largura de ombro a
ombro e altura de entre as pernas). Essas medidas
que irão determinar a correta regulagem da bike
(como tamanho do quadro, altura e inclinação do
selim, tamanho do guidão, tamanho da mesa, entre
outros).
Mas você que tem aquela bicicletinha que só sai
de casa agora nessa época do ano, ou que acabou
de comprar uma nova, não vai querer investir mais
dinheiro para adequa-la às suas medidas. Porém,
podemos melhorar sua postura com uma correta
regulagem do selim. Para evitar problemas nos joe-
lhos, tornozelos, cotovelos, pulsos, nas costas e tam-
bém na próstata.
Altura do selim Quando o selim é ajustado na altura correta,
você obterá potência máxima de suas pernas, mini-
mizando os danos aos joelhos. Para verificar a altu-
ra do selim, sente-se no selim e com seus pés nos
pedais na posição de seis horas, sua perna deve es-
tar ligeiramente esticada. Para verificar a extensão
correta, coloque seu calcanhar no pedal. Agora sua
perna deve estar completamente esticada (uma pe-
quena folga é aceitável, contanto que não faça com
que sua perna estique completamente, quando re-
petir a primeira verificação).
Inclinação do selimEsta regulagem é amplamente uma questão de
preferência pessoal, mas um selim grosseiramente
mal ajustado pode trazer problemas ao seu corpo. A
melhor coisa a fazer é regular a altura do selim e pe-
dalar sua bicicleta alguns quilômetros. Se sentir mui-
ta pressão em sua bacia (cavalo), abaixe levemente
a ponta do selim. Se sentir que está escorregando
para frente conforme você pedala, levante o nariz
do selim levemente.
No entanto tenha cuidado: um selim que apon-
ta muito para baixo, pode causar danos aos cotove-
los e pulsos (transfere muito peso aos seus braços),
e outro muito inclinado para cima, irrita a próstata
do homem, A boa notícia é que neste ângulo é tão
desconfortante que ninguém consegue pedalar mui-
to tempo sem consertá-lo.
Regulagem horizontalSoltando o parafuso da braçadeira do selim,
você pode deslizar o selim na ferragem, para frente
ou para trás. Para verificar a posição da bicicleta, co-
loque os pés nos pedais, com pedivela nivelado (faça
isso perto de uma parede para não cair).
Usando uma linha com peso, veja onde a pate-
la do seu joelho (aproximadamente uma polegada
para dentro do joelho) está em relação a centro do
eixo do pedal. Deveria estar diretamente sobre ele,
para maioria dos casos, mas se você tipicamente pe-
dala em uma taxa alta de cadência (alto giro rpm),
mova seu selim um centímetro para a frente. Ao
contrário, se você sobe morros na maioria das ve-
zes, mova seu selim de um a um centímetros e meio
para trás, para máxima obtenção da força.
São alguns detalhes que fazem a diferença.
Lembre-se que a prevenção é o melhor caminho e
não se esqueçam que, mesmo atividades “simples”,
devem ter a orientação e o acompanhamento de
profissionais qualificados, como um fisioterapeuta e/
ou educador físico.
Prevenção
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UTILIDADES DOMÉSTICAS
23Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2011
EDUCAÇÃO
Dausiley de Oliveira M. Silva
Professora de Literatura
Colégio Divino Salvador
Estamos vivendo o século XXI e quantas re-
flexões nos vêm à mente neste tempo. Quantas
inquietações, quantas incertezas, quantas preo-
cupações sentem os educadores, pais e profes-
sores! Parece-nos que tudo nos atropela e que
a enorme evolução, sobretudo a tecnologia ele-
trônica a que assistimos e que vivenciamos, nos
tem levado à busca de resultados imediatos de
todas as ações, desejos, anseios, sem nenhuma
pausa para a ponderação, para a conscientiza-
ção do que está, de fato, acontecendo.
Tudo está tão rápido, tão efêmero, dando-
nos sempre a sensação de que estamos a
perder tempo. Será isso um ganho real para o
ser humano? Penso que não.
Quando aconteceu a contracultura, as ge-
Educadores e sua eterna preocupação
rações se posicionaram contra todo o tipo
de cultura vigente, a começar da sociedade
de consumo, passando pela política gover-
namental, autoritarismo, moral estabelecida,
enfim, contra todo o “sistema”. Pregava-se
um novo homem, sem os defeitos da época.
O mundo, por certo, ficaria melhor... Contudo
não houve infelizmente essa mudança tão de-
sejada no homem, pois os bons propósitos se
desvirtuaram e somente defeitos é que foram
acrescidos.
E agora? Tem-se a impressão de que está
havendo um novo desvio de rota. A tecnologia
também veio para melhorar o homem, facilitar-
lhe a vida, inegavelmente tão atribulada nesse
paraíso perdido, ajudá-lo a ter mais tempo
para seu crescimento, sua realização pessoal,
sua felicidade.
O que se vê, no entanto, é um distancia-
mento real, cada vez maior, entre as pessoas,
uma interiorização egoísta em que cada um
se aliena do seu entorno para ficar grudado
a celulares, a mp3, a Ipad ou inteiramente
envolvido no mundo virtual. E aqueles
valores essenciais, os clássicos,
os básicos para uma e-
xistência plena jazem
descartados.
Para Fernando
Pessoa, “tudo vale a pena se a alma não é
pequena”, entretanto tudo leva a crer que a
alma está, sim, a apequenar-se nesse narcisismo
tão desprovido de acolhimento, respeito, soli-
dariedade, tolerância, o que vem infantilizando
a todos, jovens e adultos. Portanto isto que
ocorre não está valendo a pena...
Que nós não nos esqueçamos de refletir
sobre os fatos, de questionar tudo o que nos
chega, já que a informação demasiadamente
grande que recebemos atordoa e cabe a nós,
pais e professores, estarmos alerta para ori-
entar nossos jovens, assim aturdidos, a não
se enveredarem por trilhas pantanosas que só
trazem desilusões, tristezas e sofrimentos.
Que nós tenhamos lucidez para sermos
referências neste mundo tão inseguro, mas que
ainda pode ter seus encantos desvelados!
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BEM-ESTAR
A beleza está nadiferençaPor Vivian Lourenço
Quando alguém menciona a palavra cacto,
qual a primeira imagem que vem na cabeça?
Uma planta com aspecto diferente ou até mes-
mo a lembrança de algum deserto de desenho
animado.
Mas o cacto é uma das plantas mais deco-
rativas que existem. Você pode torcer o nariz
no começo, mas pense na beleza de uma for-
ma diferente. Imagine o simples fato de a pes-
soa apreciar um cacto somente com o olhar. É
uma mistura curiosa e inusitada entre os espi-
nhos e a harmonia das cores e da forma.
Se você procura uma planta prática e que
não dê tanto trabalho, o cacto é ideal para
você. São plantas que não precisam de muitos
cuidados como regar constantemente; também
não possuírem folhas, somente espinhos.
É a planta ideal para aqueles que se es-
quecem de regar ou até mesmo de recolher as
folhas mortas que caem no chão. Apesar de
alguns acreditarem, os cactos não são plantas
que purificam ou protegem os ambientes. Na
verdade, podem ser considerados muito mais
um objeto de decoração diferente do habitual.
A paisagista e engenheira agrônoma, Elen
Moraes, explica que os cactos são plantas ex-
tremamente adaptadas ao sol, e necessitam de
pouca água para se manterem vivas. É claro
que isso significa que você a regará uma vez
por mês, as regas precisam ser em intervalos de
alguns dias, para causar um bom crescimento e
a planta ficar saudável e bela.
A maioria das pessoas conhece apenas três
ou quatro espécies de cactos, mas só no Bra-
sil existem quase 500 tipos diferentes. Eles são
usados tanto para a decoração interior, quanto
exterior da residência.
Apesar de muitos acharem, os cactos não
são somente plantas do deserto. Segundo a
paisagista, “são plantas que com o tempo de-
senvolveram capacidade de sobrevivência em
climas áridos; com pouca água e muita insola-
ção”. Os cactos aguentam grades variações de
temperatura, já que no deserto, de dia, pode
fazer uma temperatura de 50ºC, mas de noite
fica quase no zero graus.
Algumas espécies são capazes de viver em-
baixo do gelo durante seis ou até mesmo oito
meses antes de emergir, do gelo, totalmente
fortes e saudáveis. Há ainda casos de plantas
que podem ser soterradas na areia e reapare-
cem sem o menor sinal de umidade. São plan-
tas muito resistentes a qualquer temperatura,
basta saber cuidar, como qualquer outra espé-
cie ou tipo de planta que o morador queira ter
em casa.
E se você se lembrou do desenho animado
e está curioso para saber se quando um cacto
é exprimido, ele solta água, a paisagista Elen
explica que, se você pegar a palma forrageira,
retirar os espinhos e mastigar, é possível tomar
água. Logicamente que não é um sabor mara-
vilhoso, mas é apenas questão de sobrevivên-
cia.
No Brasil, as variações da planta são inú-
meras. E se engana que o cacto serve somente
para decoração. “Existem os que são utilizados
na alimentação animal, como a palma forragei-
ra. Já o figo da Índia é utilizado como fruta,
muito cultivado em Valinhos; e por fim, exis-
tem os ornamentais, com flores ou formas va-
riadas”, explica Elen.
E uma curiosidade: o sertão nordestino
não detém os recordes em ocorrência de espé-
cies de cactos. O primeiro lugar é do Rio de Ja-
neiro, seguido da Bahia e de Minas Gerais.
Quem quiser plantar um cacto, também
não vai encontrar dificuldades. Em qualquer
vaso, coloque pedrisco, brita ou argila expan-
dida no fundo, em seguida, cubra com man-
ta de não tecido para evitar que os nutrientes
saiam pelo fundo do vaso. O próximo passo é
escolher um bom composto orgânico que seja
bem homogêneo para que a muda se desen-
volva bem. “Observando que é uma planta que
necessita de boa drenagem no vaso, não pode
haver excesso de água”, lembra Elen.
O procedimento será o mesmo, seja ca-
lor ou frio. A única diferença será somente
na hora de regar. Algumas espécies são muito
sensíveis ao frio e também a quantidade de
água, pois no inverno a frequência de rega po-
derá ser maior se o vaso ficar fora da
cobertura da residência.
E se você acha que
quase ninguém cul-
tiva cactos, está
enganado. Existe até
mesmo uma Sociedade
Brasileira de Cactos e
Suculentas (SBCS),
que é o local onde as
pessoas se filiam para
diversos motivos, des-
de troca de informações
científicas como para troca
de conhecimento plantas
de diferentes locais, como cole-
cionadores.
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Desde que o na-moro começou foi um
escândalo: ela descia para de despedir do namorado sempre de camisola trans-parente, fazendo a festa
no canal 15 que transmitia as câmeras do prédio dentro do
elevador.Até que um dia um dos conselheiros deu
uma idéia de que as câmeras instaladas nos elevadores de-veriam ter canais próprios, pois as cenas de pessoas dentro do elevador eram muito constrangedoras.
Assim foi feito: mais um canal, agora o 14, seria destinado ex-clusivamente para os elevadores, assim na dúvida, antes de abrir a porta, dava tempo do morador consultar as câmeras do circuito e confirmar se aquele era mesmo o seu convidado ou visitante.
Quando Marcinha descobriu que seus amassos dentro do elevador estavam sendo transmitidos a todos os condôminos, resolveu mudar a tática. Agora, o casal descia de mãos dadas e, depois escondido atrás de um pilar, começaria a despedida que sempre durava mais de uma hora.
Quando os moradores perceberam que não tinham mais visão privilegiada dos fatos dentro dos elevadores, partiram pra cima do síndico e exigiram a colocação de uma câmera estrategicamente colocada a junto à garagem, pois ninguém admitia pontos cegos naquele prédio.
Sem muito alarde uma câmera foi colocada bem escondida, pois não era de interesse que todos soubessem aquela instalação. Até no rateio veio como manutenção e assim todos pagaram e ninguém percebeu.
Marcinha não se deu conta da nova instalação e, sem se impor-
tar, deixou a despedida atrás do pilar mais caliente e o que é pior, recheada de cenas de sexo explícito transmitido exclusivamente para o prédio sempre após às 22h.
Porém, sempre tem um desmancha prazer. Não contente em assistir, gravou por algum tempo e depois de ter quase meia hora de vídeo, colocou os melhores momentos na internet, com o singelo nome de “dama da camisola rosa”.
Passados alguns dias a fama da dama da camisola rosa tinha saído da internet e já estava em bancas de camelô de todas as cidades, pois algumas cenas aconteciam sobre o fusquinha da Dona Matilde, professora aposentada e que teve as placas do velho fusca exibidas para todo o mundo.
Certa manhã, indo com sua mãe à feira, foi abordada por um vendedor de DVD pirata, com a seguinte pergunta: Você não tem uma camisola cor de rosa? A resposta foi imediata: “Se tenho ou não tenho não é problema seu”.
O vendedor retirou um DVD da bolsa e deu a Marcinha com a promessa: “se tiver cenas exclusivas te dou até comissão, nunca vi um DVD vender tanto nesta feira”.
Chegando em casa, Marcinha colocou o DVD e ficou deses-perada. Toda sua intimidade com o namorado estava ali. Sua mãe não guardou nem as compras e foi tirar satisfação com o síndico. Este, como sempre, não sabia de nada. A moça furiosa subiu na marquise e arrancou a câmera da parede e a quebrou em vários pedaços.
Daquele dia em diante não teve mais Show das Dez. O casal não mais se despediu da garagem, no máximo com um selinho com todo respeito.
Por Dr. José Miguel Simão Advogado e cronista
CRÔNICA
Show das dez
Ilustração: Rafael Godoy. Arte final: Paloma Cremonesi
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