Revista Por Exemplo #3

52
PROJETOS EM TODO O BRASIL 03 FEV / MAR 2012 100% DO PREÇO DA REVISTA, APÓS OS IMPOSTOS, É DOADO PARA PROJETOS QUE MELHORAM A EDUCAÇÃO NO BRASIL. R$ 2,50 VOCÊ AJUDA:

description

A POR EXEMPLO é uma revista social da Editora MOL e do Grupo Pão de Açúcar, vendida na rede Extra. O valor de capa, descontados os impostos, é 100% doado às ONGs Parceiros da Educação e Todos Pela Educação, além de outros projetos educacionais. Cada edição inclui, gratuitamente a revista POR EXEMPLO Para Crianças

Transcript of Revista Por Exemplo #3

Page 1: Revista Por Exemplo #3

PROJETOS EMTODO O BRASIL

03 FEV / MAR 2012

100% DO PREÇO DA REVISTA, APÓS OS IMPOSTOS, É DOADO

PARA PROJETOS QUE MELHORAM A EDUCAÇÃO NO BRASIL.R$ 2,50VOCÊ AJUDA:

PE02_capa_V2.indd 1PE02_capa_V2.indd 1 1/11/12 1:22 PM1/11/12 1:22 PM

Page 2: Revista Por Exemplo #3

O Extra lançou a Campanha Por Uma Vida Mais Família.Porque são momentos assim que fazem

nossas ofertas e promoções valerem a pena.

Vem fazer a mágica acontecer, transformando o mais barato, mais barato em

mais família, mais família.

Convite pra você.

Depois, mande pra gente fotos e vídeos da sua família se divertindo. Ela pode aparecer na nossa campanha.

Anuncios.indd 30Anuncios.indd 30 1/11/12 3:35 PM1/11/12 3:35 PM

Page 3: Revista Por Exemplo #3

Acesse www.familiaextra.com.br e saiba mais.

Anuncios.indd 31Anuncios.indd 31 1/11/12 3:35 PM1/11/12 3:35 PM

Page 4: Revista Por Exemplo #3

AGRADECIMENTOS: Como ensino Parque Villa Lobos (www.ambiente.sp.gov.br/

parquevillalobos); loja Toobsland (http://toobsland.com.br/),

(11) 3022-8807; Parque da Cidade Sarah Kubitschek, (61) 3325-1092.

Eu Contra O Mundo Goethe-Institut Salvador-Bahia, (71) 3338-4700

O Tempo De Cada Um Parque da Água Branca

(www.parqueaguabranca.sp.gov.br)

Quem Você Pensa Que É Jacques Janine (jacquesjanine.com.br)

FOTO DE CAPA: José Tadeu Ribeiro, Maria Aparecida Caitano, Luiz

Gustavo Ribeiro, Adriana Ribeiro e Andressa Ribeiro foram

fotografados por Eraldo Peres.

Tratamento de imagem Felipe Gressler.

24

18 20

12FAÇA O QUE EU FAÇOPara relaxar, ser mais saudável, fi car mais bonito... Qual é seu truque infalível?

EU CONTRA O MUNDOZeli era morador de rua. Hoje é gerente de hipermercado. Veja histórias de quem driblou a falta de dinheiro

QUEM VOCÊ PENSA QUE É?A vida de Maria Regina era perfeita – exceto pela incômoda sensação de que algo faltava. Veja como ela completou esse vazio

É QUE SE APRENDELidar com o tempo é mesmo difícil. Mas rende ótimas histórias com importantes lições de vida. Confi ra!

ATENDIMENTO AO LEITOR Elaine Duarte RECURSOS HUMANOS Carolina Franco CAPTAÇÃO DE PATROCÍNIO Amanda Rahra ([email protected])

COLABORADORES Paula Desgualdo (edição de texto), Mariana

Harder (produção), Carolina Lopes e Felipe Gressler (tratamento

de imagem), Ana Faustino e Júlio Yamamoto (revisão)

APOIO NA REDAÇÃO Amanda Miyuki, Beatriz Torres, Jaqueline

Moribe, Juliane Albuquerque, Luana Almeida, Mariana Bolzani, Olivia

Ferraz, Rita Loiola, Romy Aikawa, Sheila Machado e Tissiane Vicentin

EDITORA-CHEFE Roberta Faria EDITOR Dilson Branco

REPÓRTERES Karina Sérgio Gomes, Jaqueline Li, Jéssica

Martineli ESTAGIÁRIOS DE TEXTO Rafaela Carvalho e Valéria

Mendonça DIRETORA DE ARTE Claudia Inoue

EDITOR DE ARTE Fabio Otubo DESIGNER Valéria Hévia

ESTAGIÁRIO DE ARTE Anderson Borges COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO E IMAGEM Mica Toméo PRODUÇÃO E IMAGEM Marcia Dias ESTAGIÁRIA DE FOTOGRAFIA Carina Barros

A revista POR EXEMPLO - TODO MUNDO PODE APRENDER. TODO

MUNDO PODE ENSINAR, edição 03, ano 1, é publicada pela Editora

MOL Ltda. A revista é vendida nas lojas da Rede Extra nos estados

de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,

Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro,

Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito

Federal. O valor pago pelo preço de capa é, descontados os devidos

impostos, 100% doado a organizações não governamentais que

realizam projetos em prol da educação de qualidade no Brasil.

POR EXEMPLO - TODO MUNDO PODE APRENDER. TODO

MUNDO PODE ENSINAR é impressa em papel LWC 70g

FALE COM A GENTE:[email protected] | (11) 3024-2444

Rua Andrade Fernandes, 303, loft 3, São Paulo/SP - CEP 05449-050

www.revistaporexemplo.com.br

DISTRIBUIÇÃO:Rede Extra

IMPRESSÃO:Gráfi ca Plural

PATROCÍNIO:

DIRETORA EDITORIAL Roberta Faria

DIRETOR EXECUTIVO Rodrigo Pipponzi

DIRETORA DE CRIAÇÃO Claudia Inoue

REALIZAÇÃO: APOIO:

*ADULTA.indb 4*ADULTA.indb 4 1/10/12 5:02 PM1/10/12 5:02 PM

Page 5: Revista Por Exemplo #3

30

34

PROBLEMA MEUTrês histórias de quem luta para fazer do mundo um local onde todas as pessoas tenham, de fato, o direito de ir e vir

COMO ENSINODeterminação: como passar esse valor aos fi lhos? Especialistas e três famílias apontam boas soluções

Você é um exemplo? Tem uma história

para contar?Escreva para a gente.

Se for selecionado, você pode aparecer

na revista – até mesmo na capa!

Veja nossos contatos na página 7.

4246

4438 48

É GOSTOSO E FAZ BEMAprenda a fazer nhoque de arroz, bolo de mexerica e creme de laranja com cenoura

APRENDA E ENSINESe você ainda não preparou suas listas de projetos para 2012, chegou a hora. Confi ra nossas 10 dicas de refl exões para fazer deste ano o melhor da sua vida

O TEMPO DE CADA UMComo chegar aos 80 anos esbanjando saúde? Dois homens e duas mulheres contam suas histórias e receitas

NÓS PODEMOSEspantar a dengue, reformar o posto médico, espalhar informações sobre uma doença: tudo isso dá para fazer quando as pessoas se unem para lutar por mais saúde

AGRADEÇOQual foi o melhor conselho que você já recebeu? Confi ra histórias de pessoas de várias partes do país

*ADULTA.indb 5*ADULTA.indb 5 1/10/12 5:02 PM1/10/12 5:02 PM

Page 6: Revista Por Exemplo #3

XXXXXXXXXXXXXX6666

NÃO É À TOA que tantos compositores e poetas comparam a vida a uma viagem. Ambas têm uma partida, uma chegada e correm sobre os inevitáveis trilhos do tem-po. Entre o começo e o fi m, acontece aquilo que faz de cada roteiro – seja turístico, seja biográfi co – uma história única.

A diferença é basicamente uma só. Para as viagens, nos planejamos antes de partir. Programamos onde fi car, o que fa-zer e quando voltar. Já a vida é anterior à nossa vontade. Só percebemos que em-barcamos quando o balanço denuncia as ondas do alto-mar.

Ao tomarmos consciência disso, che-ga a hora de uma decisão da qual não

podemos escapar. Uma opção é seguir para onde o vento bater, deixar as corren-tes nos arrastarem, viver à deriva. A outra é mais difícil: mirar um destino, compreen-der o funcionamento do barco e fazer o que for possível para que ele singre até lá.

Delegar nosso futuro ao acaso pode ser uma delícia. Simplesmente deixar a vida nos levar, sem nenhuma pre o cupação, aproveitando o melhor que o presente pode nos oferecer. Mas esses momentos muitas vezes morrem em si mesmos. São como cor-rer em círculos. Os instantes mais signifi -cativos costumam ser outros: aqueles em que percebemos que estamos construindo algo, aprendendo, evoluindo, avançando.

Como toda jornada, essa também co-meça com um primeiro passo. E ele pode ser resumido pela pergunta da capa desta edi-ção: “Aonde você quer chegar?”. Nas próxi-mas páginas, você vai encontrar dezenas de histórias de pessoas que em algum mo-mento propuseram a si mesmas esta ques-tão. E decidiram respondê-la diariamente, na prática, fazendo da sua vida a melhor trajetória que conseguem imaginar.

Que os rumos desses entrevistados – gente comum, como eu e você – possam nos inspirar a também traçar e seguir ro-teiros que nos encham de orgulho. É aí que queremos chegar com essa nova edição da POR EXEMPLO. Boa leitura e boa viagem!

Nesta longa estrada da vida

Equipe da POR EXEMPLO

DA ESQUERDA PARA A DIREITA: A TURMA DO TEXTO – ROBERTA, DILSON,

PAULA, JAQUELINE, JÉSSICA, KARINA, RAFAELA E VALÉRIA; A GALERA DA ARTE –

CLAUDIA, FABIO, VALÉRIA E MICA

CARTA AO LEITOR

*ADULTA.indb 6*ADULTA.indb 6 1/10/12 5:03 PM1/10/12 5:03 PM

Page 7: Revista Por Exemplo #3

POR EXEMPLO 7POR EXEMPLO 7POR EXEMPLO 7

FALE COM A GENTE!O que você achou da revista? Conte para nós! Divida conosco os seus exemplos também.

MANDE UM E-MAIL: contato@ revistaporexemplo.com.br

LIGUE PARA A REDAÇÃO:(11) 3024-2444

VISITE O SITE:www.revistaporexemplo.com.br

FAÇA PARTE DA NOSSA REDE:

No OrkutComunidade Revista POR EXEMPLONo FacebookFan Page Revista POR EXEMPLONo Twitter@por_exemplo

OU ESCREVA UMA CARTA PARA:Revista POR EXEMPLORua Andrade Fernandes, 303, sala 3São Paulo - SP CEP 05449-050

Fui ao Extra, dei de cara com a revista e cada chamada da capa conversou comigo. Cheguei a pensar que era uma miragem! Fiquei mais contente ainda em saber que o investimento é repassado a projetos educacionais. Eu me senti parte de uma cadeia positiva capaz de fazer a diferença em grande escala.Ana Luiza Marinho, de Brasília, por e-mail.

Ainda estou sem acreditar no que vi e li. A proposta e a qualidade das

FAZER UMA REVISTA DIFERENTE DE TODAS AS OUTRAS FOI

UMA EXPERIÊNCIA ARRISCADA. MAS AS INCRÍVEIS CARTAS

QUE TEMOS RECEBIDO DOS LEITORES MOSTRAM QUANTO

DEU CERTO. OBRIGADO A TODOS QUE NOS ESCREVERAM!

POR EXEMPLO 7

matérias são impressionantes. Estou emocionada. O mundo precisa de canais como esse para divulgar o que existe de bom e nos encorajar a ter pequenas atitudes que farão a diferença. Vou presentear meus amigos com esse bálsamo para a alma.Lise Eyre Magalhães, de Fortaleza, por e-mail.

Eu me apaixonei! O mundo seria melhor com mais revistas assim!Faradiba Lima, via Facebook.

Chamou-me a atenção na capa o texto “Todo mundo pode aprender. Todo mundo pode ensinar”. Mas não esperava tudo isso: a revista é excelente! Haidê Veiga, via Facebook.

Li avidamente. Espetacular! Matérias agradáveis e sinceras.Artur Rodrigues, do Rio de Janeiro, por e-mail.

Estou anestesiado! À medida que ia lendo, sentia uma mistura de alegria, prazer, satisfação, emoção, recomeço... Sentimentos que me

fi zeram repensar algumas atitudes! Carlos Alencar, via Facebook. Super-recomendo esta revista. É uma dessas criações coletivas de que tanto gosto. A mensagem: todos somos educadores! E o melhor método de educar é dar o exemplo. Isso sem falar do projeto socioeducativo do qual participamos pelo preço de um café. O Brasil é maior que os crimes e escândalos, e a revista mostra isso de forma brilhante. Vitor Ribeiro, via Facebook.

Sinto-me encantado com tudo o que li. Feliz por encontrar algo simples, cativante, motivador.Antonio Carlos Mendes, via Facebook.

Comprei a revista e, no dia seguinte, já terminei de ler. Cada uma das 50 páginas tem histórias interessantes. A revista nos ensina como devemos aprender e dar exemplos em nosso dia a dia. Hilda de Souza, 47 anos, de Belo Horizonte, por e-mail.

O que mais me chamou atenção foi o fato de os personagens serem pessoas como nós, povão que faz o dia a dia acontecer!Vera Ferreira Venancio, via Facebook.

*ADULTA.indb 7*ADULTA.indb 7 1/10/12 5:03 PM1/10/12 5:03 PM

Page 8: Revista Por Exemplo #3

CONTAS ABERTAS8

Doaçãoque faz a diferença

OS LIVROS QUE VOCÊ tem em casa e não usa mais podem mudar a vida de crianças da sua cidade. Até o fi m de fevereiro deste ano, você pode levá-los a qualquer loja Extra Hiper ou Extra Supermercado e depositá-los nas urnas da Campanha de Livros 2012. Vale todo tipo de obra literária, desde que esteja em bom estado. E não tem nenhuma complicação: basta colocar os livros nas caixas, que você encontrará facil-mente na entrada das lojas. Eles serão doados a instituições como escolas e bibliotecas do mes-mo município em que foram arrecadados. A ex-pectativa é atingir a marca de 250 mil livros.

Esta campanha é realizada pelo Extra, todo ano, desde 2000. No total, mais de 2 milhões de livros já foram doados. “Além de estimular a leitura, é uma forma de incentivar a solidarie-dade”, afi rma Daryalva Bacellar, gerente de res-ponsabilidade social do Grupo Pão de Açúcar, ao qual pertence a rede Extra. “Ao doar, as famílias podem refl etir sobre a ideia de que aquilo que já foi útil para a gente também pode ser – e muito – a outras pessoas”, completa.

PARTICIPE DA CAMPANHA DE ARRECADAÇÃO DE LIVROS DO EXTRA E AJUDE A CONSTRUIR UM PAÍS COM MAIS EDUCAÇÃO E CIDADANIA

*ADULTA.indb 8*ADULTA.indb 8 1/10/12 5:03 PM1/10/12 5:03 PM

Page 9: Revista Por Exemplo #3

POR EXEMPLO 9

ESFORÇO NECESSÁRIO

Garantir o acesso à leitura é fundamental para melhorar a educação. “Quanto maior o envolvi-mento com a leitura, melhor o desempenho dos alunos”, afi rma Maria Helena de Castro, coorde-nadora da ONG Parceiros da Educação. Priscila Cruz, diretora-executiva do movimento Todos pela Educação, acrescenta: “Ler e saber inter-pretar um texto são habilidades importantes para todas as áreas de conhecimento e para o exercício pleno da cidadania”.

Em nosso país, especifi camente, muito ain-da precisa ser feito para que a leitura se torne um hábito. O Brasil fi cou em 53º lugar, entre 65 países, na avaliação sobre capacidade de leitu-ra realizada pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), em 2009.

VOCÊ JÁ ESTÁ AJUDANDO

A boa notícia é que, ao comprar a POR EXEM-PLO, você ajuda a reverter esse panorama. As duas instituições benefi ciadas pelo dinheiro que você desembolsou para adquirir a revista têm no estímulo à leitura uma de suas prin-cipais lutas. Das cinco metas que o movimen-to Todos pela Educação pretende cumprir até 2022, uma está diretamente ligada à leitura: toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos. “Alfabetizar na idade correta é funda-mental para o desenvolvimento do hábito pela leitura e para o aprendizado nos anos seguin-tes”, afi rma Priscila Cruz.

Nas escolas atendidas pela ONG Parceiros da Educação, a leitura também é prioridade: “Oferecemos apoio para melhorar o acervo e o funcionamento das bibliotecas escolares. Além disso, ajudamos os professores a traba-lhar melhor essa atividade na sala de aula”, ex-plica Maria Helena de Castro.

Ao comprar a POR EXEMPLO, você já deu sua contribuição. Mas não deixe também de par-ticipar da campanha de doação de livros do Extra. O resultado vale o esforço: um país mais desenvolvido, esclarecido e consciente.

Duas empresas patrocinam o projeto: Procter & Gamble e Kraft Foods. (Ainda há cotas disponíveis. Para saber mais, escreva para [email protected].)Como contrapartida, elas recebem páginas para anunciar na POR EXEMPLO. É uma publicidade inteligente, que vira apoio a uma grande causa.

1 PARA COMEÇAR

A POR EXEMPLO é elaborada pela Editora MOL, uma empresa que acredita que a gente só vai fazer diferença no mundo se realizar as coisas de um jeito diferente.

2 NASCE A REVISTA

Correalizadora do projeto, a rede Extra vende a revista em seus mais de 470 pontos de venda, entre hipermercados, supermercados e drogarias. As lojas estão presentes em 16 estados de todas as regiões do país, mais o Distrito Federal. É graças ao empenho dos milhares de funcionários da rede que a POR EXEMPLO pode chegar a tantos leitores.

3 ATÉ VOCÊ

O valor arrecadado com a venda da revista, descontados os impostos, é 100% doado às ONGs Parceiros da Educação e Todos pela Educação – além de outros projetos que em breve serão selecionados por meio de um edital. (Aguarde mais informações!)

4 FINAL FELIZ

CONFIRA QUEM SÃO OS PARCEIROS ENVOLVIDOS NO PROJETO E VEJA A IMPORTÂNCIA DE SUA PARTICIPAÇÃO

COMO FUNCIONAA POR EXEMPLO?

ANDERSON BORGES, CLIENTE DO EXTRA, LEVA SUA DOAÇÃO DE LIVROS A UMA DAS LOJAS DA REDE. ASSIM COMO ELE, VOCÊ TAMBÉM PODE PARTICIPAR!

INSTITUIÇÕES BENEFICIADAS:REALIZAÇÃO: APOIO: PATROCÍNIO:

© F

OT

O M

AR

CIA

DIA

S

*ADULTA.indb 9*ADULTA.indb 9 1/10/12 5:03 PM1/10/12 5:03 PM

Page 10: Revista Por Exemplo #3

10

Ajuda a criar e manter

parcerias entre

empresas e escolas

150 escolas benefi ciadas desde 2005, nos estados de SP, RJ, GO, RS e CE

Luta por MAIS ACESSO à escola e pela melhoria do ensino

Articulou a aprovação da emenda constitucional que ampliou a faixa etária com vaga garantida na escola de 7 a 14 anos para 4 a 17 anos

JOSÉ PAULO MARTINS, de 56 anos, sempre se identifi cou com a

causa da educação. Quando a empresa em que ele trabalha, a Ger-

dau, foi convidada a participar da criação do Todos pela Educação,

não teve dúvida: colaborou com o planejamento do movimento e se

tornou um de seus fundadores. Hoje, é membro do Conselho de Go-

vernança. “Acho importante trabalhar pela educação porque é a

base da formação do indivíduo”, afi rma. José acredita que a edu-

cação é um problema coletivo, por isso considera fundamental a

a tu a ção do movimento: “Ele gera uma rede de articulação e execu-

ção das medidas necessárias para transformar o ensino no Brasil”.

“TÍNHAMOS 32 ALUNOS com baixo rendimento. Agora são cinco.

Quase 85% de melhora é motivo de muito orgulho.” Quem come-

mora é Maria Helena Guetti, diretora da escola estadual Nildese

Martins de Almeida, em Carapicuíba (SP). Em 2011, a instituição

passou a ser benefi ciada pela Parceiros da Educação. Uma das ini-

ciativas foi a implementação de um projeto de reforço escolar in-

formatizado. A fórmula resultou em estudantes mais interessados

e participativos. Como Ellen Cristina (na foto acima), de 10 anos,

que está no 5º ano: “As aulas são muito legais. Estou aprendendo

bastante, minhas notas melhoraram e eu ainda me divirto!”.

TODOS PELA EDUCAÇÃO PARCEIROS DA EDUCAÇÃO(www.parceirosdaeducacao.org.br)(www.todospelaeducacao.org.br)

A EDUCAÇÃO NO BRASIL TEM MELHORADO. MAS AINDA É PRECISO AVANÇAR MUITO. VEJA ALGUNS NÚMEROS QUE VOCÊ AJUDA A MUDAR AO COMPRAR A POR EXEMPLO

TRISTE CENÁRIO

Conheça quem você ajudaSAIBA MAIS SOBRE AS INSTITUIÇÕES BENEFICIADAS PELA POR EXEMPLO

DAS CRIANÇAS T E R M I N A M A 4ª SÉRIE SEMI- ANALFABETAS

4 ENTRE 10 ALUNOS B R A S I L E I R O S TÊM ENTRE ZERO E 1O LIVROS EM CASA. NOS PAÍSESD E S E N V O LV I D O S , SÓ 1 EM CADA 10 E S T U D A N T E S L Ê TÃO POUCO ASSIM

MILHÕES DE CRIANÇAS E A D O L E S C E N T E S ENTRE 4 E 17 ANOS NÃO ESTÃO NA ESCOLAFONTES: TODOS PELA EDUCAÇÃO E PROGRAMA INTERNACIONAL DE AVALIAÇÃO DE ALUNOS (PISA)

Hoje, mantém 80 parcerias, todas no estado de SP, benefi ciando

mais de 100 mil alunos

92% das escolas parceirasde 1ª a 5ª série bateram a média

do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)

Monitora indicadores, realiza campanhas de mobilização, leva o tema da educação à mídia e articula a iniciativa privada, a sociedade civil e o poder público

Trabalha pela educação em âmbito nacional

3,7 25%

*ADULTA.indb 10*ADULTA.indb 10 1/10/12 5:03 PM1/10/12 5:03 PM

Page 11: Revista Por Exemplo #3

Anuncios.indd 35Anuncios.indd 35 1/11/12 7:49 PM1/11/12 7:49 PM

Page 12: Revista Por Exemplo #3

FAÇA O QUE EU FAÇO12

Qual é seu truque

infalível?PARA RELAXAR, SER MAIS

SAUDÁVEL, FICAR MAIS BONITO,

ESCAPAR DE PERRENGUES... NAS

MAIS DIVERSAS SITUAÇÕES, HÁ

SEGREDINHOS QUE TORNAM TUDO

MAIS FÁCIL. VEJA A SEGUIR UMA

SELEÇÃO DE MACETES DE PESSOAS

DE VÁRIAS PARTES DO PAÍS!

“Tenho uma irmãzinha de 4 anos que adora pegar no meu pé. Quando ela me aperreia demais, eu me tranco no quarto e coloco uma boa música. Logo minha raiva passa e ela se distrai com outra coisa qualquer.”LORENA CORREIA, 13 anos, estudante do Recife

“Minha mãe tem um truque infalível para quando a coisa aperta na escola: ou estudo ou não vou para o futebol. Pratico há seis anos, sou semiprofi ssional, adoro bater uma bola. Nessas horas, a única saída é mesmo obedecê-la!”GUILHERME MEYER, 15 anos, estudante de São Paulo

TEXTO CAMILLA DEMARIO, HELSON FRANÇA, MARINA

GADELHA, PRISCILLA DANTAS, RAFAELA CARVALHO,

TISSIANE VICENTIN E VALÉRIA MENDONÇA

AULA DE DETERMINAÇÃO Como ensinar seu fi lho a persistir nos estudos e em outras atividades? Veja como três famílias fazem isso na matéria da página 34!

4

*ADULTA.indb 12*ADULTA.indb 12 1/10/12 5:04 PM1/10/12 5:04 PM

Page 13: Revista Por Exemplo #3

POR EXEMPLO 13

OUVIR MÚSICA

REDUZ A TENSÃO MUSCULAR E AJUDA A CIRCULAÇÃO E A DIGESTÃO1

NO RITMO CERTOComo você se sente agora? Calmo, empolgado, nostálgico...? No site www.stereomood.com, você pode ouvir músicas que combinam com o seu humor. Logo que você abrir a página, aparecerá uma lista de palavras (em inglês) como: sonhador, otimista, agressivo, feliz, trabalhando, com sono, viajando... É só clicar no tema que melhor descreve seu momento e curtir o som!

3 PROGRAMAS PARA FAZER COM SEU FILHO1. Convide-o a fazer algo que você pode ensiná-lo, como praticar algum esporte ou hobby.

2. Apresente a ele locais da cidade que você costumava frequentar quando era mais novo.

3. Visitem um lugar desconhecido: um bairro distante, uma lanchonete nova, um museu...

“Eu e minha fi lha fazemos várias coisas juntas. Mas de algumas a Carla não gosta muito, como ir à padaria ou ao mercado. Aí meu segredo para convencê-la é pedir com jeitinho. Às vezes, eu compro um agradinho para mostrar como gosto da companhia dela. E ela acaba se rendendo!”GLÓRIA PRADO, 47 anos, dona de casa de São Paulo

“Tenho um truque para não desmanchar a maquiagem:

lavar bem o rosto antes de aplicar os produtos. Assim, eles fi cam

fi xados por mais tempo!”KARINA SILVA DE AZEVEDO, 23 anos, modelo de São Paulo

© F

OT

O 1

MA

RC

OS

LO

PE

S

2 A

LE

XA

ND

RE

SE

VE

RO

3

TIA

GO

LIM

A

4 C

AR

INA

BA

RR

OS

3

“Quando a minha mulher está muito brava, querendo brigar, dou um buquê de rosas para ela.”NILTON EULFRASIO, 31 anos, segurança do Rio de Janeiro

3 DICAS PARA CUIDAR DA PELE1. Beba bastante água, para controlar a oleosidade.

2. Jamais durma com maquiagem: ela impede que seus poros respirem.

3. Use protetor solar para evitar o efeito dos raios UV, que causam envelhecimento

MIMO SEMPRE É BOMNão espere por datas especiais nem por brigas para fazer pequenos agrados ao seu amor. Acorde mais cedo qualquer dia desses e leve um café na cama. Escolha um fi lme romântico para verem juntos à noite. Faça uma massagem demorada antes de dormir... Assim, você faz de um dia comum um momento inesquecível!

“Surfo há uns 10 anos. Ao menos uma vez por mês, vou à praia, pego minha prancha e nas ondas alivio o peso da rotina. O contato com o mar é a melhor coisa para relaxar!”BRUNO BACCI, 21 anos, estudante de administração de São Paulo

APENAS OLHAR PARA UMA

PAISAGEM NATURAL JÁ AJUDA A DIMINUIR O ESTRESSE2

2

© FOTOS 1 MARCOS LOPES 2 ALEXANDRE SEVERO

3 TIAGO LIMA 4 CARINA BARROS 5 MICA TOMÉO

6 MÁRCIA DIAS 7 ANNA LUIZA FISCHER

4

7

6

*ADULTA.indb 13*ADULTA.indb 13 1/10/12 5:04 PM1/10/12 5:04 PM

Page 14: Revista Por Exemplo #3

14

“Quando estou muito estressado, eu saio para caminhar. O nervosismo me dá fome. Se fi co em casa, acabo comendo coisas desnecessárias. Andando por aí, controlo meu apetite e me sinto muito mais leve.”FÁBIO LUIZ LEMOS FERREIRA, 33 anos, atendente de logística de Cuiabá

4 DICAS PARA UMA BOA CAMINHADA1. Alongue-se antes e depois do exercício.2. Use roupas leves e tênis apropriados.3. Hidrate-se durante o percurso.4. Tome uma ducha fria após a atividade, para relaxar e diminuir as dores.

“Pratico natação e futebol. Para ter

fôlego, sigo uma dica da minha mãe:

alimentar-me bem. No café da manhã,

tomo vitamina de frutas. E, nas outras

refeições, como até o que não gosto muito,

quando sei que faz bem. Assim, eu fi co forte e mais concentrado

para os estudos.”JOÃO PEDRO SÁ

LEITÃO, 7 anos, estudante do Recife

7

VITAMINA DE SOJA3

Você é intolerante à lactose? Confi ra essa receita à base de soja:

• 1 xícara (chá) de mamão com casca picado• 1 xícara (chá) de banana nanica picada• 1 xícara (chá) de maçã com casca picada• 2 colheres (sopa) de aveia em fl ocos fi nos• açúcar a gosto• o que baste de leite de soja gelado

Bata o mamão e o leite. Peneire e bata de novo com os demais ingredientes.

“Sempre fui desligada. Até que decidi colar bilhetinhos com ímã na

geladeira. Assim que uma tarefa é cumprida, abro espaço para novas.

Um truque simples e funcional!”ADELVA SEIXAS MAGRO, 53 anos,

professora de São Bernardo do Campo (SP)

DIETA INESQUECÍVEL Morango, maçã, laranja, uva e kiwi são alimentos que estimulam nossa capacidade de lembrar, pois contêm a substância fi setina, que fortalece as ligações entre os neurônios.

2

6

1

*ADULTA.indb 14*ADULTA.indb 14 1/10/12 5:04 PM1/10/12 5:04 PM

Page 15: Revista Por Exemplo #3

15

“Uso babosa e óleo de vitamina A para hidratar os cabelos. Misturo a polpa da folha com o óleo e aplico por meia hora. É bom à beça!”PRISCILA PEREIRA, 24 anos, gerente de loja do Rio de Janeiro

“Minha família tem um truque infalível para combater

resfriados: um chá à base de gengibre, alho, cebola, mel e

limão. A receita é passada de mãe para fi lho há gerações!”

GEORGE DOS SANTOS, 26 anos, motorista de Salvador

“Gosto de cozinhar e sempre busco novidades para fazer pratos diferentes. Minha especialidade é peixe. E um truque é temperá-lo com noz-moscada – fi ca uma delícia!”GUILHERME ALMEIDA, 23 anos, músico de São Paulo

CARNE DE PEIXETEM ÔMEGA 3 E ÔMEGA 6, QUE AUMENTAM O COLESTEROL BOM

4

3 DICAS PARA OS CABELOS NO VERÃO1. Após o banho de mar ou de piscina, enxágue-os bem com água doce.

2. Aplique hidratante e protetor solar (específi cos para cabelos) nos fi os ainda úmidos, para absorver melhor.

3. Semanalmente, faça limpeza com um xampu antirresíduo.

6

CHÁ DO GEORGEVocê vai precisar de uma colher de chá de cada um destes ingredientes:• gengibre ralado,• cebola picada,• alho picado,• mel,• suco de limão.Misture tudo com um pouco de água e deixe cozinhar até ferver.CHEIRO VERDE

Uma maneira de deixar sua casa perfumada é cultivar ervas aromáticas. Boa parte delas também serve de tempero – como cebolinha, tomilho, hortelã, manjericão e pimenta-malagueta.

Minha mãe fuma em casa, e eu sofro com o mau cheiro. Mas aprendi um truque para desimpregnar a fumaça. Pego uma maçã e espeto cravos por toda a sua casca. Ela suga o odor – tanto que murcha e fi ca bem fedida. Mas aí é só trocá-la por uma nova.SHEILA MACHADO, 27 anos, publicitária de São Paulo

5

© FOTOS 1 MARCOS LOPES 2 ALEXANDRE SEVERO 3 TIAGO LIMA

4 CARINA BARROS 5 MICA TOMÉO 6 MÁRCIA DIAS 7 ANNA LUIZA FISCHER

3

POR EXEMPLO

*ADULTA.indb 15*ADULTA.indb 15 1/10/12 5:04 PM1/10/12 5:04 PM

Page 16: Revista Por Exemplo #3

16

“Uso o conhecimento que adquiro lendo revistas para melhorar minha qualidade de vida. Atualmente estou aprendendo a fazer ponto cruz. E descobri que é ótimo para relaxar!”ROSIMEIRE CARDOSO DOS SANTOS, 32 anos, dona de banca de jornal de Salvador

PESSOAS QUE TÊM UM

PASSATEMPOSÃO GERALMENTE MAIS SAUDÁVEIS

7

Sou um sujeito que facilmente se desconcentra. Começar e terminar algo de forma ininterrupta não é tão simples para mim. E uma maneira que acabei encontrando para amenizar isso foi, por ironia, tendo algo na minha orelha o tempo inteiro. Coloco meus fones gigantes, escolho meu som e trabalho. Funciona.DANILO VALENTINI, 37 anos, jornalista de São Paulo

Vendo um programa de culinária na TV, eu aprendi uma técnica fácil para descascar alho.

É só segurar o dente com dois dedos, um em cada ponta, e dar uma apertadinha. Aí basta

passar a faca na extremidade mais achatada que a casca sai junto, sem sofrimento.

EDUARDO LUCAS BESSA, 26 anos, designer de São José do Rio Preto (SP)

Depois de muitas melancias sem gosto e sem cor, descobri o segredo para levar para casa só

as mais doces: a fruta tem de ter uma “bundinha”. Aquela

extremidade oposta ao lado em que nasce o ramo não pode ser

lisa: ela tem de estar funda, fazendo uma curva. E quanto

mais “bunduda”, melhor! RITA DE CÁSSIA LOIOLA,

30 anos, estudante de Curitiba

O ALHO PREVINE DOENÇAS NO CORAÇÃO

5

REFRESCA E FAZ BEM6

Mais de 90% da melancia é composta de água. Mas, além de hidratar, a fruta traz outros ótimos benefícios:

1. Tem fi bras que regulam o intestino.

2. Previne câncer e cálculo renal.

3. O chá de suas sementes ajuda a combater a pressão alta.

DICAS DE CONCENTRAÇÃOEstá estudando para o vestibular ou algum concurso? Veja três truques para render mais.

1. Planeje quais matérias você vai estudar e em quais horários.

2. Intercale leitura com exercícios, para evitar a monotonia.

3. Faça fi chas-resumo para revisar o que já estudou.

5

5

5

3

*ADULTA.indb 16*ADULTA.indb 16 1/10/12 5:04 PM1/10/12 5:04 PM

Page 17: Revista Por Exemplo #3

POR EXEMPLO 17

4

“Tenho um kit de sobrevivência no porta-malas do carro: uma muda de roupa, diferentes sapatos, cosméticos e uma lancheira com biscoitos, barras de cereal e água. Um dia tive de ir direto do trabalho para um evento e foi como se tivesse passado em casa – cheguei jantada, bem-vestida e perfumada.”HANAH AIRES, 28 anos, engenheira química do Recife

© FOTOS 1 MARCOS LOPES 2 ALEXANDRE SEVERO 3 TIAGO LIMA

4 CARINA BARROS 5 MICA TOMÉO 6 MÁRCIA DIAS 7 ANNA LUIZA FISCHER

LANCHINHO COMPLETOLevar uma refeição rápida e saudável para fazer no meio da tarde, no trabalho, ajuda a controlar o peso com saúde. “O lanchinho deve conter uma proteína, um carboidrato e um alimento regulador”, explica a nutricionista Luiza Mattar. “Iogurte ou achocolatado, uma fruta e uma barrinha de cereal são a combinação perfeita”, sugere a especialista.

Moro longe do trabalho, então costumo passar muito tempo

no ônibus ou no trem. Para que a viagem fi que mais rápida

e divertida, meu truque é sempre carregar um livro ou uma revista. Eu me distraio,

fi co sabendo das coisas e ainda aprendo sobre vários assuntos.

EZENILDA NEVES DIAS, 39 anos, copeira de São Paulo

A LEITURA ESTIMULA A COMUNICAÇÃO, A CRIATIVIDADE E A IMAGINAÇÃO

FONTES: 1 MUSICOTERAPEUTA JOSÉ DAVISON DA SILVA JÚNIOR 2 REVISTA PESQUISA FAPESP ONLINE

3 ADAPTADO DO LIVRO ALIMENTE-SE BEM (SESI-SP) 4 NUTRICIONISTA LUIZA MATTAR 5 UNIVERSIDADE

DO ALABAMA 6 EMBRAPA 7 INSTITUTO DE GERONTOLOGIA DA WAYNE STATE UNIVERSITY

“Faço uma batata assada que todo

mundo sempre elogia, porque fi ca com a

casquinha crocante.O truque é simples:

polvilhar com farinha de mandioca antes

de levar ao forno.MARIANA DA SILVA

BOLZANI, 33 anos, designer de São Paulo

DELÍCIAS DOURADAS Para fazer a receita da Mariana, corte as batatas em fatias, com

casca, e coloque-as numa fôrma preaquecida com azeite. Aí, jogue

dentes de alho espremidos por cima e tempere com alecrim, sal e

pimenta. Só então vai a farinha. Deixe no forno até as batatas

fi carem douradas e pronto!5

5

2

*ADULTA.indb 17*ADULTA.indb 17 1/10/12 5:05 PM1/10/12 5:05 PM

Page 18: Revista Por Exemplo #3

XXXXXXXXXXXXXX18 É QUE SE APRENDE18

O que você já aprendeu com um erro?

Conte para a gente!Veja nossos contatos

na página 7.

EqueSeAprende.indd 18EqueSeAprende.indd 18 1/11/12 3:18 PM1/11/12 3:18 PM

Page 19: Revista Por Exemplo #3

POR EXEMPLO 19POR EXEMPLO

TEXTO CAMILLA DEMARIO, HELSON FRANÇA, JAQUELINE LI, MARINA GADELHA E PRISCILLA DANTAS FOTO GUILHERME GOMES

Perdi a hora!O TEMPO NÃO PARA DE NOS PREGAR PEÇAS.

INSISTE EM FALTAR NOS INSTANTES DE PRESSA – E, NOS

MOMENTOS DE ANSIEDADE, PARECE QUE SE ARRASTA

LENTAMENTE, SÓ PARA PROVOCAR. O BOM É QUE,

DE CADA TROPEÇO QUE DAMOS NO RELÓGIO, SEMPRE

DÁ PARA TIRAR UMA BOA HISTÓRIA E UMA VALIOSA LIÇÃO.

COMO VOCÊ CONFERE NOS RELATOS A SEGUIR!

Por volta dos meus 17 anos, eu decidi viajar para passar o Carnaval no Rio de Janeiro. Minha irmã me deu uma carona até a rodoviária. Saímos com folga, mas o trânsito estava pior do que a gente pensava. Quando chegamos no terminal, era tarde demais. Então, lá fomos nós a bordo do nosso Fusquinha bege, perseguindo o ônibus pelas ruas e fazendo sinal. Deu certo: o motorista parou e consegui embarcar. Além de muitas risadas, essa experiência me rendeu uma lição: precaução para não se atrasar nunca é demais!ANETE DE PIERI, 46 anos, Guarulhos (SP)

Foram várias as vezes em que perdi a hora. Já paguei multa por atrasar a entrega do imposto de renda, comprei ovo de Páscoa quebrado no dia do feriado, fi quei sem gasolina no meio da rua por achar que daria tempo de abastecer, perdi uma inscrição para mestrado porque não consegui juntar os documentos no prazo... Superar esse defeito vai ser uma luta para a vida inteira!DIOGO MONTEIRO, 33 anos, Recife

O meu problema é que, com medo de me atrasar, acabo me adiantando muito. Sou diarista e, uma vez, um cliente me pediu para chegar na casa dele algumas horas depois do combinado. Pensando que não daria tempo de fazer todo o serviço, saí da minha casa só um pouco depois do horário normal. Resultado: fi quei duas horas esperando na rua.JOCIRLENE ALMEIDA, 36 anos, Rio de Janeiro

Viajei da Bahia para São Paulo, onde pegaria outro voo para Cuiabá. Mas, quando fui embarcar nesta segunda etapa da viagem, era tarde demais. Só então percebi que meu relógio estava uma hora atrasado, devido ao horário de verão, em vigor no Sudeste, mas não no Nordeste. Perdi a passagem. E, desde então, sempre que viajo, fi co bem atento ao fuso. JOSÉ AMÉRICO CORRÊA, 43 anos, Cuiabá

Uma vez aceitei ter dois empregos. Para conciliar, tinha de chegar mais cedo no primeiro, sair mais tarde do segundo, almoçar no trânsito...

A qualidade de vida foi caindo – e o rendimento também. Tive de optar por apenas um. Deixei uma impressão ruim na empresa da qual saí, foi chato. Mas aprendi a só fazer o que meu tempo permite.VANESSA CAMPOS, 32 anos, Fortaleza

Não acreditei que a doença do meu pai era realmente terminal. Na última semana de vida dele, fi quei trabalhando. Achei que ainda teria chance de me despedir, conversar, dar o carinho da minha presença, mas não. Por mais que o tempo passe, esse erro de cálculo eu jamais vou poder reparar.MARIA ILMA CARUSO, 64 anos, Curitiba

O sinal que marca o fi m do

recreio na minha escola não é

muito alto. Um dia eu estava brincando, não o ouvi e acabei chegando atrasada na aula. A professora não gostou,

e eu fi quei bastante chateada.

Agora eu só brinco perto do

monitor, que é quem organiza

a entrada de todo mundo

e não me deixa perder a hora!

CAMILA TRINDADE12 anos, Salvador

Sempre me enrolei muito no banho. Quando era pequena, levei várias broncas por causa disso. Já adulta, algumas vezes tive de sair de casa sem tomar café nem escolher direito a roupa por ter esquecido da vida no banheiro. Resolvi o problema com um truque simples: deixar um relógio sobre a pia, virado para o boxe. JULIANE ALBUQUERQUE, 31 anos, São Paulo

*ADULTA.indb 19*ADULTA.indb 19 1/10/12 5:05 PM1/10/12 5:05 PM

Page 20: Revista Por Exemplo #3

XXXXXXXXXXXXXX20

MARIA REGINA ERMÍRIO DE MORAES WAIB,

DE 39 ANOS, DE SÃO PAULO, SENTIA FALTA DE ALGO

EM SUA VIDA. COMO ELA RESOLVEU ESSE VAZIO?

A) MUDOU O CORTE DE CABELO

B) MONTOU UM SALÃO DE BELEZA

C) DECIDIU AJUDAR VELHINHOS

Um belo dia r

QUEM VOCÊ PENSA QUE É? 20

QuemPensaQueE.indd 20QuemPensaQueE.indd 20 1/11/12 3:27 PM1/11/12 3:27 PM

Page 21: Revista Por Exemplo #3

POR EXEMPLO 21

resolvi mudarTEXTO KARINA SÉRGIO GOMES

FOTOS DANIELA TOVIANSKY

QuemPensaQueE.indd 21QuemPensaQueE.indd 21 1/11/12 3:30 PM1/11/12 3:30 PM

Page 22: Revista Por Exemplo #3

22

MARIA REGINA NASCEU em uma das fa-mílias mais ricas do Brasil. Virou publi-citária, trabalhou em grandes agências, adorava sua profi ssão. Tinha bons ami-gos, sua família lhe dava apoio e carinho, sua saúde não falhava, nem sua fé – ca-tólica, ela sempre foi muito religiosa. Mas uma insatisfação cismava em entristecê--la. “Eu sentia um vazio”, lembra.

Um dia, sua amiga Maria Theresa Pereira, que já trabalhava com ações so-ciais, lhe pediu uma doação para re-formar um asilo para idosos carentes. Maria Regina quis conhecer a instituição. Quando viu a situação precária do local, decidiu que tinha de fazer alguma coisa. “Fui pesquisar sobre voluntariado e des-cobri que pouquíssimos projetos eram voltados para idosos”, lembra. Daí veio a determinação de abraçar a causa.

Em 1999, com Maria Theresa e ou-tra amiga, Regina Helena Helou, Maria Regina fundou o Projeto Velho Amigo, com o objetivo de arrecadar doações para lares de idosos. Essas casas benefi centes abri-gam pessoas da terceira idade que foram abandonadas pela família ou estão sozi-nhas no mundo – e sem condições de se manter. Lá, ganham abrigo, comida, rou-pas, acompanhamento médico e atenção para passar pela velhice com dignidade.

O trabalho foi atraindo novos colabo-radores. Certo dia, quando Maria Regina estava no salão de beleza, um cabeleireiro se ofereceu para participar do projeto. Aí surgiu a ideia de realizar o primeiro muti-rão da beleza, que leva idosas moradoras de asilos para passar um dia sendo atendi-das gratuitamente por cabeleireiros, ma-nicures e pedicures. O Velho Amigo tam-bém realiza o mutirão da saúde, que ofere-ce atendimento médico, e o dos dentistas.

O projeto ajuda 15 instituições pau-listas, que cuidam de 830 idosos. Desde a fundação, 6 mil pessoas já foram benefi -ciadas. Os resultados do trabalho foram cobrindo o vazio que Maria Regina sen-tia e, aos poucos, tomando conta de sua vida. Desde 2004, ela – que é casada e mãe de dois fi lhos – se dedica integralmente à iniciativa. “A recompensa é ver os idosos felizes não só por receber cuidados, mas também dignidade e carinho”, diz.

MARIA REGINA DURANTE O MUTIRÃO DA BELEZA – INICIATIVA DO PROJETO VELHO AMIGO, QUE LEVA MORADORAS DE ASILOS PARA CURTIR UM DIA DE MIMOS NO CABELEIREIRO

870 mil

pessoas completam

65 anos no mundo a cada mês

22

*ADULTA.indb 22*ADULTA.indb 22 1/10/12 5:05 PM1/10/12 5:05 PM

Page 23: Revista Por Exemplo #3

POR EXEMPLO 23

OS IDOSOS SÃO POUCO VALORIZADOS?Sim. No Brasil, muitas pessoas pensam que eles não têm valor. Mas os idosos são nossa história, têm uma vasta experiência para repassar. Acho que a sociedade dá pouca atenção ao conteúdo e muita à forma, ao corpo.

QUAL FOI O MOMENTO MAIS MARCANTE NO SEU TRABALHO?Vários. O mais recente foi no ano passado. Meu irmão havia acabado de falecer, eu andava um pouco afastada do projeto. Aí decidi visitar um dos nossos asilos. Chegando lá, um senhor se aproximou e veio me dar os pêsames. O carinho deles com a gente é revigorante. Outra vez, fui a um asilo muito simples, que tinha apenas meio metro de quintal para tomar sol. Perguntei a uma senhora se ela gostava dali, e ela respondeu: “Ah, fi lha, aqui eu tenho tudo o que preciso”. Eles me dão lições de humildade o tempo todo.

QUAL É A MAIOR NECESSIDADE DOS MORADORES DE ASILOS?Atenção. Eles querem conversar. Tudo o que os tira da rotina faz bem. Uma vez perguntei num asilo ajudado pelo projeto se havia algum lugar que eles queriam conhecer, e o sonho deles era ir à cidade de Aparecida. Aluguei um ônibus e os levei.

COMO AS PESSOAS PODEM PARTICIPAR DO PROJETO?Com prestação de serviços, como é o caso dos mutirões; com doações, participando de nossos eventos, que são 100% benefi centes; ou atuando como voluntário – saiba mais pelo telefone (11) 3071-4040.

LIÇÕES DE EXPERIÊNCIANA ENTREVISTA A SEGUIR, MARIA REGINA CONTA MAIS SOBRE SEU TRABALHO E CONVIDA VOCÊ APARTICIPAR. VEJA COMO

FAÇAVOCÊTAMBÉM!

Valorize os

idosos da sua

família. Desde quando

você não os visita

ou os acompanha

em um passeio?

Um telefonema sem

pressa já pode fazer

muita diferença.

Respeite a fila

de idosos, as

vagas específicas

no estacionamento e

os assentos especiais

no transporte público.

Um dia você também

vai precisar fazer uso

desses direitos.

Informe-se.

O Estatuto do

Idoso define os

direitos das pessoas

com mais de 60 anos.

Acesse-o, na íntegra,

no site da Presidência

da República:

http://bit.ly/v6plOy

83 mil

i d o s o s m o r a m nos mais de

3.500 asilos do Brasil

POR EXEMPLO 23

*ADULTA.indb 23*ADULTA.indb 23 1/10/12 5:05 PM1/10/12 5:05 PM

Page 24: Revista Por Exemplo #3

EU CONTRA O MUNDO24

Não precisa de dinheiro

TEXTO JAQUELINE LI E JÉSSICA MARTINELI

SE O SEU SONHO TEM UM PREÇO QUE VOCÊ NÃO PODE PAGAR,

NÃO DESANIME. COM ESFORÇO, CRIATIVIDADE E FARO PARA

OPORTUNIDADES, É POSSÍVEL CONTORNAR A FALTA DE RECURSOS

ZELI MOROU NA RUA POR QUASE UM ANO. HOJE É GERENTE DE UMA DAS MAIORES LOJAS DO EXTRA

“UMA VEZ POBRE, SEMPRE POBRE.” Esse di-tado, infelizmente, ainda retrata a história de muitas famílias do nosso país. Mas sempre houve quem lutasse para desmenti-lo. E a boa notícia é que essa turma nunca foi tão grande. Atualmente, quase 70% da população brasilei-ra está mudando de classe social. Esse é o maior percentual registrado desde os anos 1970, quando a mobilidade entre as classes econô-micas começou a ser medida no país.

Na prática, esses números são represen-tados por histórias reais de homens e mulhe-res, de todas as partes do Brasil, que lutam diariamente para melhorar de vida. Eles es-tudam por conta própria, empreendem gran-des ideias, compartilham suas conquistas com quem vive na mesma situação. Tudo por acre-ditar que a falta de dinheiro não é impedimen-to para a realização de um sonho.

Como qualquer grande realização, mu-dar de vida não é nada fácil. “A mobilidade social se dá a passos pequenos, degrau por degrau”, explica Elaine Vilela, professora do Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Federal de Minas Gerais. E são vários os fatores envolvidos nessa escalada.

Entram na conta a educação, as experiên-cias profi ssionais, os contatos, o acesso à cul-tura... Tornar-se uma pessoa bem-sucedida depende da nossa disposição para ir atrás dis-so tudo. É claro que dinheiro ajuda. Mas a de-dicação e a capacidade de aproveitar as opor-tunidades podem driblar a falta de recursos. “É preciso ter crença, esforço e correr atrás”, afi rma a professora Elaine. Foi essa a receita que mudou a vida das pessoas que você vai co-nhecer a seguir. Veja seus feitos incríveis e ins-pire-se em seus exemplos.

*ADULTA.indb 24*ADULTA.indb 24 1/10/12 5:05 PM1/10/12 5:05 PM

Page 25: Revista Por Exemplo #3

POR EXEMPLO 25

DA RUA À CHEFIAZELI BRAZ DA SILVA,

42 ANOS, SANTOS (SP)

Aos 10 anos, Zeli dormiu sua primeira noite na rua. A família acabara de se mudar de Timóteo (MG) para Belo Horizonte, onde seu pai achava que seria fácil conseguir um emprego. Não foi. Durante mais de um mês, o casal e os quatro fi lhos moraram na calçada, sob uma árvore. Por pressão dos vizinhos, mudaram-se para debaixo de uma marquise. Durante quase um ano, nenhum dos fi lhos estudou nem tomou banho de chuveiro. Fazendo bicos, o pai conseguiu construir uma casinha de barro na região metropolitana. Aos 14 anos, Zeli conquistou seu primeiro emprego, como entregador de panfl etos em um supermercado. Voltou para a escola, foi promovido a empacotador, repositor e chefe de seção. Dez anos depois, foi contratado pelo Extra. Graças a um programa da empresa, terminou o ensino médio. Hoje é gerente de uma das maiores lojas da rede, em Santos (SP). Seus dois fi lhos têm as oportunidades e o conforto que ele sempre sonhou oferecer. Mas, apesar das conquistas, Zeli não esquece a receita que o fez chegar tão longe: no ano que vem ele se forma em logística e já quer emendar uma pós-graduação.

VENÇATAMBÉM

Jovens desempregados

de 18 a 29 anos, de

famílias com renda

per capita de até meio

salário mínimo, podem

receber formação

profissionalizante

gratuita pelo

programa federal

Projovem Trabalhador.

Informe-se na prefeitura

da sua cidade.

© F

OT

O

GU

ILH

ER

ME

GO

ME

S

*ADULTA.indb 25*ADULTA.indb 25 1/10/12 5:05 PM1/10/12 5:05 PM

Page 26: Revista Por Exemplo #3

2626

JOÃO NÃO TINHA NEM CADERNO PARA ESTUDAR. MAS NÃO DESISTIU. HOJE É ESPECIALISTA EM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

© F

OT

O 1

NÍC

OL

AS

CA

RR

EL

O

2 E

RA

LD

O P

ER

ES

O VALOR DO ESTUDOJOÃO ONOFRE PINTO, 45 ANOS, DE CAMPO GRANDE

Ainda criança, em Ilha Solteira (SP), João viu o pai ter de abandonar a profi ssão de servente de pedreiro por problemas de saúde. Para cuidar do marido, a mãe também passou a fi car em casa. Assim, aos 9 anos, ele batia de porta em porta perguntando o que podia fazer em troca de dinheiro. Seu exemplo passou a ser a irmã, que investiu num curso

de educação básica para jovens e dali entrou na faculdade. João ingressou numa escola técnica e foi aprovado no vestibular. Sem dinheiro para comprar caderno, usava folhas de eletrocardiograma que uma das irmãs lhe trazia do hospital em que trabalhava. Foi assim que se formou em engenharia elétrica. Com uma bolsa de estudos, fez mestrado. Sem saber inglês, viajou para os

Estados Unidos, onde também conseguiu uma bolsa e tornou-se doutor. Hoje, é chefe do Laboratório de Inteligência Artifi cial da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, na qual passa aos alunos não só conhecimentos específi cos, mas também sua experiência de vida: “Tudo deu certo porque eu corri atrás, com esforço e coragem”, ensina.

VENÇATAMBÉM

Universidades

privadas também

podem ser acessíveis

a quem não tem

condições de pagar

a mensalidade. É

para esses casos que

existe o Programa

Universidade Para

Todos (ProUni), do

governo federal.

Saiba mais no site

http://prouniportal.

mec.gov.br.

1

*ADULTA.indb 26*ADULTA.indb 26 1/10/12 5:05 PM1/10/12 5:05 PM

Page 27: Revista Por Exemplo #3

VENÇATAMBÉM

O Serviço Brasileiro

de Apoio às Micro e

Pequenas Empresas

(Sebrae) está

presente em todos

os estados do Brasil,

oferecendo cursos

e orientações para

quem quer começar

o próprio negócio.

Informe-se em www.

sebrae.com.br ou

0800-570-0800.

LIXO PROMISSORSÔNIA MARIA DA SILVA,

49 ANOS, BRASÍLIA

Quando o primeiro fi lho de Sônia nasceu, com síndrome de Down, ela se viu obrigada a largar o emprego de auxiliar de enfermagem para cuidar dele. Na mesma época, os negócios do marido iam mal, e aos poucos a família perdeu quase tudo. “Vendemos a casa, o carro, tudo para poder comer. Fomos parar num barraco, sem água nem luz”, lembra. Pois foi lá que Sônia viu surgir a esperança, com outras famílias que estavam na mesma situação. “Decidimos que nossa fonte de renda seria o lixo.” Com a ajuda do Sebrae, Sônia e seus vizinhos fundaram a cooperativa 100 Dimensão. Eles coletam o lixo reciclável e o vendem para empresas que o benefi ciam. O trabalho rende 600 reais mensais para cada uma das 200 famílias participantes, o que permitiu que saíssem da situação de risco social. Além disso, os cooperados oferecem ofi cinas de artesanato com lixo em escolas. Para Sônia, o segredo é o trabalho coletivo: “Sempre haverá pobres e ricos, mas unidos podemos acabar ao menos com os miseráveis”.

SÔNIA PERDEU QUASE TUDO.

DO LIXO, REFEZ A SUA VIDA E

A DE 200 OUTRAS FAMÍLIAS.

(A BOLSA AO LADO É EXEMPLO DO

ARTESANATO QUE ELA ENSINA

GRATUITAMENTE EM ESCOLAS.)2

EuContraOMundoV3.indd 27EuContraOMundoV3.indd 27 1/11/12 1:24 PM1/11/12 1:24 PM

Page 28: Revista Por Exemplo #3

28

VENÇATAMBÉM

A associação que

viabilizou a viagem

de Caru pela Austrália

é a World Wide

Opportunities on

Organic Farms

(WWOOF). Ela está

presente em vários

países. Você pode se

tornar um membro

cadastrando-se pela

internet. Saiba mais

em www.wwoof.org.

TURISMO SUADOANA CAROLINA DIONÍSIO, A CARU, 27 ANOS, FLORIANÓPOLIS

Quando Caru passou no vestibular, em Florianópolis, sabia que não seria fácil se manter longe da família, que fi cou em Bauru (SP). Pois, além de se bancar, ela queria juntar dinheiro para viajar o mundo. Após cinco anos de estudo e trabalho, poupou 5 mil reais. Pagou passagem, visto, curso de inglês em Londres e, quando chegou lá,

viu que a sobra daria só para uns dias. Então ela trabalhou 70 horas por semana, como garçonete e vendendo sanduíches. Nos fi ns de semana, ia conhecer países próximos. Em dois anos, juntou 7 mil reais. Viajou três meses pelo Brasil e decidiu visitar a Austrália. Lá, conheceu uma associação que oferece estada em pequenas fazendas em

troca de mão de obra. Pulando de uma propriedade para outra, em dois meses Caru conheceu boa parte da costa do país. “Colhi azeitonas e brócolis e aprendi a construir casas ecológicas”, lembra. De volta ao Brasil, ela se vê transformada por essas experiências – que muita gente duvida que possam ser vividas sem dinheiro de sobra.

COM ECONOMIA E DISPOSIÇÃO PARA

TRABALHAR, CARU JÁ FOI A VÁRIOS

PAÍSES QUE SONHAVA CONHECER

1

© F

OT

OS

1 E

DU

CA

VA

LC

AN

TI

2 T

IAG

O L

IMA

1

*ADULTA.indb 28*ADULTA.indb 28 1/10/12 5:05 PM1/10/12 5:05 PM

Page 29: Revista Por Exemplo #3

VENÇATAMBÉM

O Prêmio Valdeck

Almeida de Jesus de

Poesia, que promove

novos autores desde

2005, é dirigido

a candidatos

de qualquer

nacionalidade de

língua portuguesa.

Veja como

participar no site

http://bit.ly/v3R58c.

SONHOS REAISVALDECK DE JESUS,

45 ANOS, SALVADOR

Analfabeta, a mãe de Valdeck foi quem despertou no menino a paixão pelos livros. As histórias que ela contava, e que amenizavam a pobreza da família, no interior baiano, mais tarde ele descobriu serem literatura de cordel. Querendo imitar aquelas rimas, aos 12 anos Valdeck criou seus primeiros versos. Aos 16, porém, com a morte do pai, fi cou mais difícil achar tempo livre: o mais velho de oito irmãos, ele teve de sustentar a família. Num dos vários empregos pelos quais passou, os colegas lhe cediam parte de suas marmitas para que levasse aos familiares. Após o ensino médio, Valdeck passou em primeiro lugar num concurso para o Tribunal Regional do Trabalho, onde foi trabalhar na limpeza. Nas horas livres, aprendia outras funções com os colegas. Foi assim que conseguiu uma transferência para a assessoria jurídica, em Salvador. O novo salário lhe permitiu formar-se em jornalismo, fazer cursos fora do país e retomar o sonho antigo. Já publicou 15 livros, pagos do próprio bolso. E todo ano, por meio de um concurso, seleciona novos autores – os quais tem prazer em fi nanciar.

VALDECK REALIZOU O SONHO DE SER ESCRITOR.

E TEM AJUDADO VÁRIAS OUTRAS PESSOAS A TAMBÉM CHEGAR LÁ2©

FO

TO

S 1

ED

U C

AV

AL

CA

NT

I 2

TIA

GO

LIM

A

VOCÊ NA REVISTA!

O Valdeck mandou a história dele para

a POR EXEMPLO. Faça como ele!

Veja nossos contatos

na página 7.

*ADULTA.indb 29*ADULTA.indb 29 1/10/12 5:06 PM1/10/12 5:06 PM

Page 30: Revista Por Exemplo #3

NUM MUNDO IDEAL,

PESSOAS COM

DEFICIÊNCIA NÃO

DESTOARIAM DA

PAISAGEM. SE ISSO

AINDA ACONTECE,

É PORQUE LHES

FALTAM CONDIÇÕES

DE IR E VIR COM

NATURALIDADE.

PARA MUDAR ISSO,

SÓ COM A AJUDA

DE TODO MUNDO

PROBLEMA MEU30

A ondaé incluirTEXTO FERNANDA DE ALMEIDA ILUSTRAÇÃO RÔMOLO

*ADULTA.indb 30*ADULTA.indb 30 1/10/12 5:06 PM1/10/12 5:06 PM

Page 31: Revista Por Exemplo #3

MUITO SE FALA que as praias são os locais mais democráticos, onde todo tipo de gen-te se reúne celebrando o direito ao lazer. Mas será que o acesso ao mar é realmente livre para todos? Imagine-se numa cadei-ra de rodas. Mesmo que exista uma ram-pa permitindo a passagem do calçadão à areia, a partir daí a locomoção fi ca impos-sível: com as rodas afundadas no chão, não há braço que faça a cadeira avançar.

Henrique Saraiva, de 32 anos, do Rio de Janeiro, sentiu isso na pele. Aos 18 anos, durante um assalto, ele levou um tiro que atingiu sua coluna vertebral e o deixou dependente de cadeira de rodas.Com a ajuda de um amigo, ele decidiu de-safi ar a falta de acessibilidade das praias. Marcos Sifu, surfi sta profi ssional, ensi-nou Henrique a equilibrar-se na prancha de joe lhos. Deu tão certo que o esporte até ajudou na sua recuperação: depois de seis meses, Henrique trocou a cadeira de rodas por muletas. E uma ideia nunca mais saiu de sua cabeça: com o devido apoio, a praia pode, de fato, ser acessível a todo mundo.

Henrique compartilhou o raciocínio com um casal de amigos: o fi sioterapeu-ta Luiz Phelipe Monteiro Nobre, de 33 anos, e sua esposa, Luana, educadora física, de 27. Eles decidiram tomar a causa para si. E, em 2007, o trio fundou a Associação Adaptação e Surf (Adaptsurf).

A associação oferece aulas gratui-tas de surfe a pessoas com defi ciência ou mobilidade reduzida, com a orienta-ção de instrutores especializados. Mas não é só isso. Com o apoio da prefeitura, a Adaptsurf tem instalado estruturas que permitem o acesso dos defi cientes ao mar, como esteiras sobre a areia e cadeiras de rodas anfíbias, específi cas para a praia. A associação também organiza mutirões

POR EXEMPLO 31

O SONHO DE QUEM LUTA PELA

ACESSIBILIDADE É O DIA EM QUE TODOS

TENHAM, DE FATO, O DIREITO DE IR E VIR

*ADULTA.indb 31*ADULTA.indb 31 1/10/12 5:06 PM1/10/12 5:06 PM

Page 32: Revista Por Exemplo #3

de limpeza e dá palestras sobre inclusão social. O próximo desafi o é organizar o primeiro campeonato brasileiro de sur-fe adaptado. “Nossa expectativa é tornar esse sonho realidade em 2012”, diz Phelipe.

POR TODOS, NA PRÁTICA

Quem toma conhecimento da história de Tereza d’Amaral, de 62 anos, pode se sur-preender ao vê-la pessoalmente. Ela en-xerga, ouve, fala e caminha sem difi culda-de. Não sofre preconceito nem é impedida de chegar onde quer por falta de rampas ou sinalizações especiais. Mas isso não a impediu de perceber quanto a causa da acessibilidade é importante. Tanto que decidiu dedicar sua vida a lutar por ela.

Tereza era estudante de história, no Rio de Janeiro, quando se tornou voluntária

na Sociedade Pestalozzi, voltada para de-fi cientes intelectuais. Tempos mais tarde, foi convidada para trabalhar nos minis-térios da Previdência e da Educação. Foi quando deu uma enorme contribuição à sociedade brasileira, sendo uma das auto-ras da Lei nº 7853, de 1989, que assegura a integração social dos defi cientes no país. Mesmo assim, algo ainda a incomodava.

“Percebi que o que eu fazia não tinha prosseguimento ou continuava precaria-mente”, diz. Então, Tereza decidiu atuar de maneira mais prática. Em 1998, no Rio de Janeiro, criou o Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Defi ciência (IBDD).

Hoje, a entidade emprega 26 funcio-nários, além de quatro diretores volun-tários. Uma das frentes de atuação do IBDD é jurídica, ajudando defi cientes a

garantir direitos como o acesso a próteses. O instituto também é especializado em auxiliar pessoas com defi ciência a entrar no mercado de trabalho. “Nós cuidamos de tudo, desde a preparação física e orga-nizacional de uma empresa para receber um defi ciente até a escolha do profi ssio-nal que melhor se encaixa na vaga”, expli-ca Tereza. Para os contratados, sai tudo de graça. Quem paga são as empresas.

Em 2010, foram mais de 6 mil atendi-mentos. O maior retorno é a satisfação de quem passa por lá. Certa vez, depois de um treinamento para profi ssionais re-cém-contratados, uma aluna escreveu di-zendo que o instituto havia feito uma re-volução na vida dela. “Nesses momentos, temos a real noção de que a gente faz a di-ferença”, afi rma Tereza, orgulhosa.

32

*ADULTA.indb 32*ADULTA.indb 32 1/10/12 5:06 PM1/10/12 5:06 PM

Page 33: Revista Por Exemplo #3

DAR VOZ E ESPAÇO

Foi uma tragédia familiar que levou Iraê Cardoso, de 48 anos, a encontrar o sen-tido de sua vida: um de seus irmãos, que era surdo, morreu atropelado aos 15 anos. Entre as lembranças que restaram, a mais forte era a frustração do garoto em não in-teragir plenamente com a sociedade.

Para ajudar a mudar esse cenário, Iraê tornou-se voluntária da Associação dos Amigos e Pais de Pessoas Especiais (AAPPE), de Alagoas. Em 1993, assumiu a gestão da entidade e a transformou em um centro de referência em surdez.

A AAPPE desenvolve projetos em diver-sas áreas. Para permitir a comunicação entre surdos e ouvintes, divulga a Língua Brasileira de Sinais (Libras) por meio de cursos para defi cientes e pessoas em

geral. Também oferece atendimento es-pecializado gratuito em neurologia, neu-ropediatria, otorrinolaringologia, pedia-tria e psiquiatria. Pelo projeto Esporte sem Barreiras, estimula a prática de atividades como futvôlei e futebol de areia entre sur-dos e ouvintes. E dá treinamento para em-presas e defi cientes, permitindo a inserção dos surdos no mercado de trabalho. “Já en-caminhamos mais de 4 mil pessoas ao pri-meiro emprego”, comemora Iraê.

Os resultados dos trabalhos da AAPPE, do IBDD e da Adaptsurf não deixam dúvi-da: é só com o envolvimento de todos que poderemos construir uma sociedade em que os defi cientes tenham seus direitos assegurados. Você também quer partici-par? Veja no quadro ao lado como se en-volver com essa causa!

33

INCLUA-SE VOCÊPEQUENAS E GRANDES

AÇÕES QUE VOCÊ PODE

ADOTAR PARA COLABORAR

COM A INTEGRAÇÃO

DOS DEFICIENTES

PARTICIPE!

APRENDA a Língua Brasileira de Sinais (Libras), para poder se comunicar com surdos. Há um dicionário gratuito na internet, com vídeos mostrando os gestos referentes a cada palavra: acessobrasil.org.br/libras

CONTRATE defi cientes. Além do IBDD e da AAPPE, entidades citadas na matéria, outras podem auxiliar. Dê uma olhada nos sites www.defi cienteonline.com.bre www.selursocial.org.br

SE QUISER AJUDAR um defi ciente físico, pergunte a ele qual é a melhor forma. E respeite as vagas reservadas em estacionamentos e os bancos no transporte público

AJUDE QUEM AJUDASEJA VOLUNTÁRIO OU FAÇA

DOAÇÕES A ENTIDADES QUE

LUTAM PELA INCLUSÃO

AAPPE www.aappe.org.brAdaptsurf www.adaptsurf.org.brAPAE Brasil www.apaebrasil.org.brFederação Nacional de Educação e Integração de Surdos (Feneis) www.feneis.org.brIBDD www.ibdd.org.brMais Diferenças www.maisdiferencas.org.br

SE A RUA É DE TODOS, ELA NÃO PODE SER MENOS ACESSÍVEL A QUEM TEM

DIFICULDADE DE LOCOMOÇÃO

*ADULTA.indb 33*ADULTA.indb 33 1/10/12 5:06 PM1/10/12 5:06 PM

Page 34: Revista Por Exemplo #3

34 COMO ENSINO34

De grão em grão

O QUE DIFERENCIA uma pessoa bem-sucedida de outra fracassada? Nos anos 1990, um grupo de cientistas ingleses e alemães fez uma gran-de pesquisa para tentar achar a resposta a essa pergunta. Investigaram mais de 250 pessoas. Parte delas era composta de pianistas profi s-sionais. Outra parcela, por gente que começou a aprender o instrumento, mas parou pelo ca-minho. O estudo poderia ter descoberto o segre-do do talento. Mas a verdade é que a única di-ferença signifi cativa identifi cada entre os dois grupos foi justamente o tempo que dedicaram à atividade. Ou seja: os profi ssionais não che-garam lá porque estavam predestinados. E sim porque tiveram persistência.

Estudos mais recentes, que tentaram en-contrar na genética a chave do sucesso, tam-bém não acharam nenhuma evidência de que as pessoas já nasçam com ou sem predisposi-ção ao êxito. Ao mesmo tempo, casos históri-cos de crianças-prodígio vêm sendo revistos. Como o do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Sinônimo de ta-lento para muita gente, ele era, na verdade, um exemplo de determinação: estima-se que, aos 6 anos, Mozart já tivesse acumulado cerca de 3.500 horas de prática de piano.

Hoje em dia, porém, talvez fosse mais di-fícil para o pequeno músico dedicar tanto

EM TEMPOS DE IMEDIATISMO,

A PERSISTÊNCIA TORNOU-SE UM

ENSINAMENTO AINDA MAIS PRECIOSO.

VEJA COMO TRANSMITIR A SEUS

FILHOS O VALOR DA DETERMINAÇÃO

TEXTO DILSON BRANCO, IVY FARIAS E JAQUELINE LI

OS EXEMPLOS E A ESTRUTURA OFERECIDOS PELA FAMÍLIA EMBALAM A MOTIVAÇÃO DE LUIZ PARA SE TORNAR ATOR

tempo a uma mesma tarefa. É que, de uns tem-pos para cá, a persistência vem perdendo espa-ço no nosso dia a dia. Segundo a psicóloga e pe-dagoga Rosâne Müller, em parte isso acontece por causa das mudanças que a vida moderna trouxe – os produtos são descartáveis, a comu-nicação é imediata e quase tudo se dá na base do “aqui e agora”. É como se a paciência esti-vesse fora de moda.

Para resgatar esse valor nas crianças, é fun-damental a participação dos pais. “Nesse ce-nário em que tudo está ao alcance das mãos, a melhor forma de ensinamento é o exemplo. Se as crianças virem os pais sendo persisten-tes, aprenderão a ser também”, afi rma Rosâne. ©

FO

TO

ER

AL

DO

PE

RE

S

ComoEnsinoV2.indd 34ComoEnsinoV2.indd 34 1/10/12 6:40 PM1/10/12 6:40 PM

Page 35: Revista Por Exemplo #3

POR EXEMPLO 35POR EXEMPLO 3535

LUZ PARA BRILHAR“Corre atrás e aproveita enquanto estamos aqui.” Quando decidiu que queria ser ator, foi este conselho que Luiz Gustavo Ribeiro, de 15 anos, recebeu da mãe, a comerciante Maria Aparecida Caitano, de 56 anos, de Brasília. Luiz, que ainda pequeno se destacava nas peças de fi m de ano da escola, esperou ansiosamente para frequentar as aulas de teatro no colégio, oferecidas a partir do 8º ano. Há quatro anos, ele treina três vezes por semana, por quatro horas. “Aqui em casa todo mundo me apoia”, conta. Inclusive o pai, o comerciante José Tadeu, de 54 anos, para quem o sonho do menino não é dos mais fáceis: “Pelo que ouço falar, é uma área muito concorrida. Apoiamos com uma base educacional forte. Mas ele vai ter de batalhar muito sozinho”, diz. O exemplo do poder da dedicação o garoto tem na própria família. Aos 15 anos, a mãe saiu do interior de Minas Gerais, sozinha, para estudar em Brasília, onde se virou entre o trabalho de doméstica e as aulas. O plano de Luiz é, assim que acabar o ensino médio, cursar artes cênicas no Rio de Janeiro. O irmão, que vive lá, já ofereceu moradia. Se depender da motivação do menino e do respaldo da família, muitos aplausos estão reservados para o futuro de Luiz.

FAÇA VOCÊTAMBÉM

É importante

acompanhar o

processo de escolha

da profissão do seu

filho. Leve-o para

conversar com

universitários e

profissionais da área

pela qual ele se

interessa. Bem

informado, ele pode

fazer uma escolha

mais consciente.

Servir de modelo é um ótimo começo. Mas os pais também podem colaborar de outras for-mas. Uma delas é ajudar os fi lhos a identifi car para que lado aponta a sua motivação. Sem esse sentimento, difi cilmente há persistência. Para nos dedicarmos a uma tarefa, precisamos dei-xar outras de lado – perder uma festa por uma noite de estudo, por exemplo. E só fazemos isso quando vemos sentido na troca. Então, a dica é: ajude seu fi lho a descobrir o que ele gosta de fa-zer, e então dê todo o apoio possível para que ele possa se aperfeiçoar na atividade escolhida.

Os resultados podem demorar a chegar. O aprendizado de um instrumento musical, por exemplo, pode ser muito monótono no começo,

com exercícios repetitivos, que só com o tempo se transformam numa bela música. Como man-ter a motivação? Os pais podem ajudar. “O se-gredo é valorizar as etapas prévias, os pequenos êxitos que levam à grande conquista”, aconselha a psicóloga Mariana Mendonça, professora do Centro Universitário do Pará. Elogiar o esforço, alegrar-se com cada avanço, participar da evolu-ção são algumas maneiras de fazer isso.

A seguir, você vai conhecer as histórias de três famílias envolvidas com esse desafi o: como ensinar os fi lhos a serem persistentes? No dia a dia, elas têm encontrado formas de agir que estão dando certo. Confi ra e veja como apli-car essas estratégias na sua família.

*ADULTA.indb 35*ADULTA.indb 35 1/10/12 5:06 PM1/10/12 5:06 PM

Page 36: Revista Por Exemplo #3

3636

EDINEIDE APROVEITOU

A VONTADE DA FILHA,

KARINA, DE TER UM CÃO

PARA ESTIMULÁ-LA

A SER PERSISTENTE

E RESPONSÁVEL

FAÇA VOCÊTAMBÉM

Valorize o esforço do

seu filho cumprindo

a sua parte no

combinado. Não vale

propor algo da boca

pra fora e, depois,

ignorar a promessa.

Para ensinar a criança

a ser comprometida,

os pais precisam

dar o exemplo

e também honrar

suas obrigações.

AMIZADE ANIMAL

O melhor presente de aniversário que Karina de Souza, de 6 anos, já recebeu na vida late e abana o rabo. Mas não foi fácil convencer os pais a lhe dar a cadelinha Nina. “Ela fi cou encantada quando viu uma parecida na casa de uma amiga, chegou até a sonhar com a cachorra”, conta sua mãe, a cabeleireira Edineide, de 30 anos, de Osasco (SP). “Mas dissemos que ela só ganharia se tivesse

um bom desempenho na escola”, explica. Depois de seis meses de muita perseverança, Karina fi nalmente conseguiu abraçar sua nova amiga. A mãe não queria ter cachorro em casa, mas, como a fi lha cumpriu o prometido, ela se viu obrigada a cumprir sua parte do trato. E aí percebeu que o prêmio para a persistência se transformou num ótimo exercício de responsabilidade.

É Karina quem atende a todas as necessidades da cadela: dá água e comida e limpa o xixi e o cocô. Se não cumprir as tarefas, a mãe já avisou que ela perde a companheira. “Não quero fi car sem a Nina, por isso cuido bem dela”, explica a menina. Edineide acredita que todo esse apego é sinal de que a menina já aprendeu uma grande lição: o valor de conquistar um sonho com o próprio esforço.

© F

OT

O 1

DA

NIE

LA

TO

VIA

NS

KY

2

GU

ILH

ER

ME

GO

ME

S

1

*ADULTA.indb 36*ADULTA.indb 36 1/10/12 5:06 PM1/10/12 5:06 PM

Page 37: Revista Por Exemplo #3

3737

DE CIGARRA A FORMIGA

Anderson Silva, de 16 anos, de São Paulo, nunca foi muito chegado aos estudos. Seus pais – o assistente administrativo Aílton José, de 45 anos, e a operadora de caixa Eliane, de 36 – sempre tiveram de cobrar muito o garoto para que levasse a escola a sério. “Ele é do tipo que começa e não termina”, resume o pai. A solução, quem diria, veio do aumento da responsabilidade. Há seis meses, um tio arrumou um emprego para o menino, numa fábrica de skates. Animado por ganhar o próprio dinheiro, Anderson revelou-se um ótimo trabalhador. Como o trato para seguir na fábrica era que ele fosse bem na escola, tornou-se também um aluno mais dedicado. O pai aproveita o bom momento e um dia desses mostrou ao garoto uma pesquisa indicando que, quanto mais anos de estudo, maior o salário médio. “Não há sorte sem planejamento e não há vitória sem luta”, diz Aílton ao fi lho. E vê que, aos poucos, Anderson vai entendendo e pondo em prática as suas palavras.

FAÇA VOCÊTAMBÉM

A partir de 14 anos é

permitido trabalhar

legalmente, sob

contratos especiais –

que exigem, por

exemplo, frequência

escolar. O Centro de

Integração

Empresa-Escola

(CIEE) oferece vagas

pelo programa

Aprendiz Legal:

www.ciee.org.br

ANDERSON ERA

PREGUIÇOSO NOS

ESTUDOS. A SITUAÇÃO

MUDOU QUANDO

COMEÇOU A TRABALHAR

DICAS DE DETERMINAÇÃOCONFIRA MAIS ALGUNS CONSELHOS PARA AJUDAR SEU FILHO A SER PERSEVERANTE

EVITE COMPARAÇÕESFalar para seu fi lho: “Olha como Fulaninho é dedicado”, com a intenção de estimulá-lo, pode ser um tiro no pé. Ele pode se sentir frustrado e ainda menos motivado. Faça da criança seu próprio parâmetro, respeitando sempre a fase em que ela está.

QUEBRE A METASe o objetivo do seu fi lho parece distante, ajude-o a defi nir metas intermediárias. Juntar R$ 1 por dia, por exemplo, parece mais fácil que poupar R$ 365 em um ano, não é? E assim ainda dá para comemorar os ganhos pouco a pouco, mantendo a motivação.

NÃO FAÇA POR ELEFazer a tarefa de casa do seu fi lho certamente é mais fácil que ajudá-lo a entender a lição. Mas é péssimo para a autonomia. Oriente-o a tomar para si as responsabilidades. Só assim ele verá o resultado das próprias ações e terá condições de ser persistente.

DEIXE-O PARTICIPAREnvolva seu fi lho nas decisões da família – como o cardápio do fi m de semana, a programação das férias... Peça a opinião dele, deixe-o ter voz. Assim, ele vai se sentir mais seguro. E autoestima é fundamental para desenvolver a determinação.

2

*ADULTA.indb 37*ADULTA.indb 37 1/10/12 5:06 PM1/10/12 5:06 PM

Page 38: Revista Por Exemplo #3

NAQUELE ANO, a dengue atacou sem dó. Era 2007, e quase metade das 50 famílias da Vila de São Joaquim, em Ubiratã (PR), foi atingida pela doença. Ao ver o vai e vem das ambulâncias, a vendedora Luciane de Oliveira, de 27 anos, pensou: “Alguém tem de fazer alguma coisa”. Com mais quatro vizinhos, ela decidiu pôr a mão na massa.

Sabendo que a melhor maneira de prevenir a dengue é combater os focos do mosquito, que se reproduz na água para-da, o grupo saiu pelo bairro explicando aos demais moradores como agir: limpar ca-lhas, manter tonéis fechados, encher de terra os pratinhos das plantas... “As crian-ças foram as que mais ajudaram”, lembra Luciane. “Elas deixavam muito lixo nas ruas, mas desde então passaram a se preo-cupar com a limpeza do bairro. E ainda le-varam o bom exemplo para casa.”

Agora, periodicamente, na época das chuvas, a comunidade se reúne novamen-te para evitar que os mosquitos da dengue voltem. O mutirão foi um sucesso não só na prevenção da doença, mas também como forma de unir os moradores e exigir mais atenção das autoridades. Foi depois do primeiro arrastão que os vizinhos criaram a Associação de Moradores do Bairro São Joaquim. Com o tempo, ganharam o apoio

da prefeitura, que, além de disponibilizar técnicos para combater os focos e orientar a população, passou a realizar a coleta de lixo na vila duas vezes por semana. “Antes, nem isso tinha!”, lembra Luciane. Graças ao tra-balho em conjunto, a região nunca mais so-freu uma epidemia de dengue.

“Iniciativas em que as pessoas se reúnem e se organizam por uma causa são fundamentais para fortalecer os grupos e a sociedade como um todo”, afi rma a cien-tista política Maíra Vannucchi. Segundo a especialista, somente uma sociedade ci-vil forte e organizada, disposta a resolver problemas, tem condições de exigir que o Estado cumpra seu papel.

INFORMAÇÃO QUE SALVA

Reunir forças por melhores condições de saúde também tem sido a luta de Amélia Bispo do Nascimento, de 62 anos. Quando tinha 47, a auxiliar de cozinha aposenta-da descobriu ser portadora da doença de Chagas – infecção causada por um proto-zoário transmitido pelo inseto barbeiro. Ela acredita ter sido contaminada ainda na adolescência. “Em Aramari, no interior da Bahia, onde fui criada, a gente usava muita lenha para cozinhar. Acho que o bichinho fi -cava escondido ali”, desconfi a.

AMÉLIA, LUCIANE E EDILAMAR TÊM IDADES

E ORIGENS DIFERENTES. MAS COMPARTILHAM

A CERTEZA DE QUE, QUANDO UMA

COMUNIDADE SE UNE, CONSEGUE GARANTIR

UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL PARA TODOS

Saúde se faz em grupo

dos novos contágios

(47%) em 2011 ocorreu na

Região Sudeste

Quase metade

O MUTIRÃO DOS MORADORES DE VILA DE SÃO JOAQUIM, NO PARANÁ, AFASTOU O MOSQUITO DA DENGUE E PREVENIU NOVAS EPIDEMIAS

TEXTO DANIELE MARTINS ILUSTRAÇÃO MARCELLA TAMAYO

NÓS PODEMOS38

*ADULTA.indb 38*ADULTA.indb 38 1/10/12 5:06 PM1/10/12 5:06 PM

Page 39: Revista Por Exemplo #3

Combater os focos do

mosquito é a única

maneira de prevenir a

transmissão da doença

brasileiros

morreram de

dengue no primeiro

semestre de 2011

310

POR EXEMPLO 39

*ADULTA.indb 39*ADULTA.indb 39 1/10/12 5:06 PM1/10/12 5:06 PM

Page 40: Revista Por Exemplo #3

4040

APÓS DESCOBRIR TER DOENÇA DE CHAGAS, AMÉLIA CRIOU UMA ASSOCIAÇÃO PARA LEVAR INFORMAÇÃO E CUIDADO A OUTROS PACIENTES

Na fase inicial da doença, os sintomas podem passar por si só. Mas o mal tende a evoluir para uma forma crônica, que pode causar sérias complicações no coração e no sistema digestivo. Sem sintomas, Amélia só soube do problema quando precisou fazer uma cirurgia para retirar um mioma. Um dos exames detectou a doença, que foi con-trolada com medicação apropriada.

O episódio trouxe não só alívio, por de-ter a tempo o avanço da infecção, como também um novo horizonte para os dias de Amélia. “Chagas mudou a minha vida. Foi por causa da doença que eu descobri meu potencial para ajudar as pessoas”, diz.

Ainda como paciente do Hospital Dante Pazzanese, em São Paulo, Amélia foi convidada a participar de uma reunião com a assistente social Maria Barboza e o médico Abílio Augusto Fragatta Filho. Eles queriam montar um grupo para aju-dar pacientes, oferecendo suporte psico-lógico e informações sobre tratamento. Esse encontro resultou na fundação da

Associação dos Chagásicos de São Paulo, em 1999, da qual Amélia é presidente.

O objetivo do grupo é a ampliação das discussões sobre a doença, por meio de reuniões mensais com pacientes, a partici-pação em eventos e a aproximação com a Secretaria Municipal de Saúde. A associação se mantém com muita difi culdade. O com-putador e a impressora foram comprados com o salário de Amélia, no tempo em que ela trabalhava na cozinha de uma creche. Para se sustentar, a entidade organiza baza-res e conta com a ajuda de terceiros.

Existem mais duas entidades como essa no país: uma no Recife e outra em Campinas (SP). Elas vivem em conta-to entre si para unir forças. A maior con-quista foi a formação da Federação Internacional de Doentes de Chagas, em 2010. Diversos países, em parceria com a organização Médicos sem Fronteiras, uni-ram-se para lutar pelo acesso à informa-ção e pelos direitos dos pacientes. Nessa briga, Amélia não está mais sozinha.

O POSTO É NOSSO

Nem piso tinha o posto de saúde da Colônia Giarola, comunidade rural de cer-ca de 600 habitantes no município de São João Del Rei (MG). Quando a prefeitura se manifestou sobre as péssimas condições do prédio, em 2007, foi para dar uma notí-cia desesperadora: a unidade seria fecha-da, por falta de verba para reformá-la.

Poucos meses antes, a funcionária dos Correios Edilamar Tarôco, de 37 anos, ha-via passado a fazer parte da associação de moradores local. E ela não tinha ideia do incrível exemplo de mobilização do qual faria parte. Ao saber que o problema era falta de dinheiro, a comunidade abusou da criatividade para arrecadar recursos. “Organizamos festas, quermesses, campa-nhas, feijoadas... Tudo o que dava para fa-zer a gente fez”, garante Edilamar.

Em 2008, um ano e dez meses depois do início do esforço coletivo, um posto no-vinho foi inaugurado. Dessa vez, de acordo com as exigências do Ministério da Saúde.

de brasileiros

têm doença

de Chagas

milhões3

*ADULTA.indb 40*ADULTA.indb 40 1/10/12 5:06 PM1/10/12 5:06 PM

Page 41: Revista Por Exemplo #3

41

O novo prédio e parte do material para a construção foram doados por uma empre-sa. E, no fi m, a própria prefeitura acabou assumindo o custo da mão de obra. Isso só porque moradores com experiência em construções aceitaram trabalhar por um valor reduzido. Foi um grande esforço, mas valeu a pena. “Agora temos médico sema-nalmente!”, comemora Edilamar.

“A saúde no Brasil é um direito social”, diz o médico Paulo de Tarso Puccini, espe-cialista em saúde pública. Ele afi rma que não se trata de caridade do governo nem apenas de um benefício que se adqui-re por se pagar os impostos. É um direito que permite que cada cidadão possa lutar para cuidar de seu bem-estar. E uma das formas mais efi cientes de fazer isso é por meio de mobilizações como as orquestra-das por Luciane, Amélia e Edilamar. Ao tor-nar suas comunidades mais conscientes e saudáveis, elas perceberam que, também na saúde, é a união que faz a força.

PROCURE SUA TURMAVEJA DICAS PARA MOBILIZAR UM GRUPO POR MELHORES CONDIÇÕES DE SAÚDE

1 DEFINA O FOCOPense que tipo de iniciativa você quer

realizar. Pode ser, por exemplo, uma campanha de conscientização ou um grupo de discussão sobre uma doença pouco conhecida. Disseminar informações corretas sobre prevenção e tratamento é fundamental para melhorar a saúde.

2 BUSQUE APOIOProcure quem queira se engajar. Fale

com familiares, amigos, vá à associação de moradores, ao clube, à igreja. Além de gente empolgada, você vai precisar de especialistas que tenham informações corretas. Peça ajuda em universidades, hospitais e na Secretaria de Saúde.

3 CONSCIENTIZEOrganize e passe adiante as

informações que você coletar. Você pode realizar reuniões no bairro, espalhar cartazes, buscar ajuda de rádios e jornais, criar um site... Outra dica é fazer ações voltadas para as crianças – afi nal, são elas que poderão dar continuidade à sua causa.

QUANDO A PREFEITURA AMEAÇOU FECHAR O POSTO DE SAÚDE DE COLÔNIA GIAROLA, EM MINAS, OS MORADORES SE UNIRAM E O

REFORMARAM COM AS PRÓPRIAS MÃOS

A saúde é direito

de todos e dever

do Estado

*ADULTA.indb 41*ADULTA.indb 41 1/10/12 5:07 PM1/10/12 5:07 PM

Page 42: Revista Por Exemplo #3

COMER NÃO É O MESMO QUE SE ALIMENTAR. Ensinar essa di-ferença entre ingerir qualquer coisa e nutrir adequadamen-te o organismo é um dos objetivos do Centro de Recuperação e Educação Nutricional (Cren), fundado em 1993 pela psicó-loga Gisela Solymos, de 46 anos. A instituição atende famí-lias com crianças carentes que estejam com o peso fora do normal – seja para mais ou para menos.

Nos casos mais graves, as crianças fi cam internadas no centro, reeducando o apetite por meio de atividades lúdicas conduzidas por especialistas. Os pais também são envolvidos: eles participam de ofi cinas em que aprendem receitas sabo-rosas e nutritivas (veja três delas a seguir). Cristina Gonçalves, de 28 anos, de São Paulo, mãe de Micael, de 5, é uma das 50 mil pessoas já benefi ciadas pelo projeto. “Antes da ajuda do Cren, meu fi lho não tinha forças nem para fi car em pé”, lembra, olhando orgulhosa para o garoto, hoje saudável.

O Cren está presente em São Paulo, Jundiaí (SP) e Maceió. Você pode ajudar com doações ou trabalho voluntário. Para se informar, ligue para (11) 5584-6674 ou acesse www.cren.org.br.

TEXTO RAFAELA CARVALHO

Aprender a comerCOM PRATOS FÁCEIS E NUTRITIVOS, UM PROJETO TEM ENSINADO O VALOR DA BOA ALIMENTAÇÃO. SAIBA MAIS SOBRE ELE E CONHEÇA TRÊS DE SUAS GOSTOSAS RECEITAS

PREPARO:Bata no liquidifi cador a cenoura picada misturada à água. Acrescente os demais ingredientes. Mexa até a maisena e o açúcar fi carem bem diluídos. Passe a mistura para uma panela e leve ao fogo para engrossar. Cozinhe até que se desprenda do fundo da panela. Coloque a mistura em uma fôrma untada com óleo. Deixe esfriar antes de desenformar. Sirva gelado. Para deixar a receita ainda mais gostosa, faça uma calda de caramelo e despeje-a por cima.

CREME DE LARANJA COM CENOURARENDIMENTO 4 porções

INGREDIENTES:•1/2 xícara (chá) de cenoura picada• 1/2 xícara (chá) de água• 1 xícara (chá) de suco de laranja• 2 colheres (sopa) de amido de milho (tipo maisena)•4 colheres (sopa) de açúcar

GISELA SOLYMOS, CRIADORA DO CREN, PROJETO QUE JÁ AJUDOU MAIS DE 50 MIL

PESSOAS A SE ALIMENTAR MELHOR

É GOSTOSO E FAZ BEM42

Ã

Gostoso e faz bemV3.indd 42Gostoso e faz bemV3.indd 42 1/11/12 1:27 PM1/11/12 1:27 PM

Page 43: Revista Por Exemplo #3

NHOQUE DE ARROZRENDIMENTO 4 porções

INGREDIENTES DA MASSA:• 9 xícaras (chá) de sobras de arroz cozido• 4 colheres (sopa) de manteiga• manjericão, salsinha e cebolinha picados a gosto• 4 ovos• 1 xícara (chá) de queijo ralado• 1 xícara (chá) de farinha de rosca

PREPARO DA MASSA:Esquente o arroz e misture a manteiga até que derreta. Misture os temperos, os ovos e o queijo e, por último, a farinha, até formar uma massa. Deixe-a descansar por 20 minutos. Faça bolinhas e cozinhe-as em água fervente por 3 minutos, até fl utuarem.

INGREDIENTES DO MOLHO:• 1/2 cebola pequena picada• 1 dente de alho espremido• 1 colher (sopa) de óleo• 300 g de carne moída• 3 tomates• 2 latas de molho de tomate• 2 colheres (chá) de sal• 1 colher (chá) de açúcar• manjericão a gosto

PREPARO DO MOLHO:Refogue a cebola e o alho no óleo. Adicione a carne. Coloque uma pitada de sal e mexa bem. Lave os tomates, retire a parte de cima e bata-os no liquidifi cador. Acrescente o suco de tomate à panela, depois o molho e mexa. Adicione os demais ingredientes e deixe no fogo baixo até engrossar.

PREPARO:Lave bem as mexericas e corte-as em quatro partes. Retire apenas as sementes. Mantenha a casca. Bata no liquidifi cador as frutas, o óleo, os ovos, o açúcar e a baunilha. Despeje a mistura em uma vasilha e acrescente a farinha de trigo e o fermento em pó, mexendo bem. Coloque em uma assadeira untada com óleo ou margarina e enfarinhada. Asse por 45 minutos, em forno preaquecido médio. Se preferir, depois de assado e ainda quente, despeje sobre o bolo o suco de duas mexericas adoçado com duas colheres (sopa) de açúcar.

BOLO DE MEXERICARENDIMENTO 1 bolo com 22 porções

INGREDIENTES:• 2 mexericas• 3/4 xícara (chá) de óleo• 3 ovos• 2 xícaras (chá) de açúcar• 1 colher (sopa) de essência de baunilha• 2 xícaras (chá) de farinha de trigo• 1 colher (sopa) de fermento em pó

POR EXEMPLO 43

© F

OT

O S

1 D

IVU

LG

ÃO

2

RA

QU

EL

DIN

IZ

PR

OD

ÃO

CU

LIN

ÁR

IA E

DE

OB

JET

OS

BE

TH

FR

EID

EN

SO

N

2

Gostoso e faz bemV3.indd 43Gostoso e faz bemV3.indd 43 1/11/12 1:28 PM1/11/12 1:28 PM

Page 44: Revista Por Exemplo #3

NILZA ABREU PEREIRADE SÃO PAULO,

NASCIDA EM 4/11/1931

“Sou viúva, moro sozinha, e minha família vive em outra cidade. Mas nem por isso fi co parada em casa. Participo de ofi cinas de tricô, tapeçaria, crochê e biscuit. Também gosto de ler e de brincar com palavras cruzadas e quebra-cabeça. Além disso, sou voluntária em uma creche e em uma ONG, onde ajudo pessoas com defi ciência a fazer pinturas e colagens. Aprendo muito com elas!”

JOÃO MARIA DE MELLODE CURITIBA,

NASCID0 EM 20/4/1932

“Após 50 anos trabalhando em um cartório, não aguentei mais que um mês como aposentado. Eu e minha esposa temos um estacionamento. Todo dia, chego lá bem cedo e só saio à noite. Também gosto de escrever algumas histórias, mas esse é um projeto que vivo abandonando e retomando. E minha mais nova alegria é a Maria Fernanda, minha netinha de 3 meses. Adoro tê-la por perto!”

anos a mil

O TEMPO DE CADA UM44

CHEGAR AOS 80 ANOS é cada vez mais normal. Existem 100 milhões de pessoas no mundo que já pas-saram dessa idade. E, em 2050, se-rão 400 milhões. “Isso acontece porque, hoje em dia, além de ha-ver uma preocupação maior em fa-zer exercícios físicos e se alimentar com qualidade, a medicina oferece mais recursos e tratamentos”, ex-plica a geriatra Daniela dos Santos.

Viver mais, no entanto, nem sempre é sinônimo de viver me-lhor. Nessa idade, quando a maio-ria já parou de trabalhar e a vida social não é mais a mesma, abrem--se as portas para a depressão, um dos problemas psicológicos mais comuns entre idosos.

Segundo Daniela, o segredo para fugir da solidão é se manter ocupado. “É preciso arranjar ou-tras formas de convivência, como bailes, viagens, cursos... Qualquer coisa, desde que a pessoa não fi -que em casa vendo televisão.” Conheça a seguir oitentinhas que encontraram formas diferentes de curtir essa fase da vida.

QUE TAL VIVER OITO

DÉCADAS, COM SAÚDE

E DISPOSIÇÃO?

CONHEÇA A RECEITA

DE QUEM CHEGOU LÁ

TEXTO RAFAELA CARVALHO, ROBERTA

ÁVILA E VALÉRIA MENDONÇA

1

3

*ADULTA.indb 44*ADULTA.indb 44 1/10/12 5:07 PM1/10/12 5:07 PM

Page 45: Revista Por Exemplo #3

GINA LABATE ENRIQUEZ DE SÃO PAULO,

NASCIDA EM 4/11/1931

“Sou casada há 50 anos. Meu marido me fez largar dois empregos, nunca gostou que eu trabalhasse fora. Então fi z um curso de manicure para ganhar um dinheirinho e me ocupar. Sou cozinheira voluntária numa associação benefi cente, onde vou quatro vezes por semana. É como uma família para mim. Aliás, adoro estar com meus fi lhos e netos – com quem aprendi a jogar videogame!”

AFFONSO FREITAS DO RIO DE JANEIRO,

NASCID0 EM 29/12/1931

”Tive sérios problemas de estresse, tomava vários remédios. Após um acidente de carro, um médico me aconselhou terapia na água. Na praia, vi uns meninos surfando e fi quei curioso. Com quase 40 anos, sedentário, me aventurei nas ondas. Parei com os medicamentos, vendi minha loja de móveis e abri outra de acessórios de surfe. Pratico até hoje o esporte que me salvou.”

Viu o Brasil ter nove moedas, duas capitais e multiplicar por cinco o número de habitantes. O livro Brasil: Uma História (Leya), de Eduardo Bueno, traça um panorama completo da trajetória do país, do descobrimento ao governo Lula.

POR EXEMPLO 45

SE VOCÊ TEM 80...

Na adolescência, viu o mundo passar pelo pior confl ito do século. O documentário Apocalipse: Redescobrindo a Segunda Guerra Mundial (França, 2011) traz imagens inéditas e relatos de pessoas que viveram o combate de perto

Aos 20 e poucos anos, viu nascer o rock’n’roll. Naquela época, um dos precursores do ritmo, Elvis Presley, chocou o mundo com sua maneira ousada de dançar. Relembre vendo esse vídeo de 1957: http://bit.ly/8k3gz

Assistiu a toda a conquista espacial, que começou em 1957, com o lançamento do primeiro satélite, e teve um dos seus maiores momentos na chegada à Lua, em 1969. Veja a capa de um jornal brasileiro anunciando esse feito: http://bit.ly/sggkE9

© FOTOS 1 RENATA CHEDE 2 DANIELA TOVIANSKY

3 GUILHERME GOMES 4 ANNA FISCHER

ILUSTRAÇÕES VALÉRIA HEVIA

2

4

*ADULTA.indb 45*ADULTA.indb 45 1/10/12 5:07 PM1/10/12 5:07 PM

Page 46: Revista Por Exemplo #3

APRENDA E ENSINE46

10 listaspara 2012

VOCÊ GOSTA DE FAZER LISTAS DE ANO-NOVO? SUGERIMOS 10 TEMAS, QUE VÃO AJUDÁ-LO A APRENDER COISAS NOVAS, ENSINAR O QUE JÁ SABE E SER UMA PESSOA AINDA MELHOR!

ILUSTRAÇÃO PEDRO HAMDAN

1 SONHO QUE VOCÊ VAI REALIZAR EM 2012

COMO AQUELA VIAGEM QUE VOCÊ SEMPRE DESEJOU!

3 PESSOAS QUE VOCÊ MAIS ADMIRA

E CUJOS BONS EXEMPLOS VOCÊ PRETENDE SEGUIR

2 DEFEITOS QUE VOCÊ VAI SUPERARSER MAIS ORGANIZADO, PREOCUPAR-SE MENOS

COM COISAS PEQUENAS, SER MENOS ANSIOSO...

4HÁBITOS QUE VOCÊ VAI

MUDAR NA SUA VIDAPARAR DE FUMAR, FAZER MAIS EXERCÍCIOS, COMER MENOS FRITURA, LER MAIS...

5 DIAS MAIS FELIZES DA SUA VIDAE O QUE VOCÊ VAI FAZER PARA VIVÊ-LOS DE NOVO

*ADULTA.indb 46*ADULTA.indb 46 1/10/12 5:07 PM1/10/12 5:07 PM

Page 47: Revista Por Exemplo #3

POR EXEMPLO 47

10 MELHORES MOMENTOS VIVIDOS EM FAMÍLIA

E COMO VOCÊ VAI FAZER PARA REPETI-LOS EM 2012!

6 COISAS QUE VOCÊ VAI APRENDER

COSTURAR, FALAR OUTRA LÍNGUA, ASSOVIAR, TOCAR UM INSTRUMENTO...

8 QUALIDADES QUE VOCÊ TEM

E COMO VOCÊ PODE USÁ-LAS PARA AJUDAR OS OUTROS

9 COISAS QUE VOCÊ AMA FAZER – E QUE TE FAZEM O MAIOR BEM

PENSE TAMBÉM EM COMO VOCÊ VAI CONTINUAR PRATICANDO ESSAS BOAS AÇÕES!

7 COISAS QUE VOCÊ JÁ APRENDEUE PARA QUEM VOCÊ VAI PASSÁ-LAS ADIANTE!

*ADULTA.indb 47*ADULTA.indb 47 1/10/12 5:07 PM1/10/12 5:07 PM

Page 48: Revista Por Exemplo #3

AGRADEÇO48

Se eu fosse você...DIZEM QUE, se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia. Quem inventou esse ditado certa-mente estava pensando num palpite furado que ouviu de alguém. A lição é válida: nem toda su-gestão é boa. Mas a generalização é ingrata. Basta parar para pensar um pouco. Todo mundo, pelo menos uma vez na vida, só tomou a decisão certa porque o caminho foi indicado por outra pessoa.

A própria sabedoria popular, por meio de outra máxima, comprova: duas cabeças pen-sam melhor que uma. Com outros pontos de

vista, experiências, informações, intuições e mo-dos de encarar a vida, as pessoas podem apontar soluções que jamais passariam por nossa cabeça, e que servem direitinho para o nosso problema.

Se você continua descrente, veja os depoi-mentos a seguir. São de homens e mulheres de várias partes do país, gratos até hoje a familiares, amigos ou até mesmo desconhecidos que, com uma dica, mudaram sua vida. Em algum mo-mento da leitura, você vai se lembrar: também deve um muito obrigado ao conselho de alguém.

...LERIA ESTA MATÉRIA E PARARIA PARA REFLETIR:

QUAL FOI O CONSELHO MAIS IMPORTANTE QUE VOCÊ JÁ RECEBEU?

TEXTO CAMILLA DEMARIO, DILSON BRANCO, HELSON FRANÇA, JÉSSICA MARTINELI,

MARINA, GADELHA E PRISCILLA DANTAS FOTO GUILHERME GOMES

AINDA PEQUENA, LAVANDO LOUÇA, MARISA (NA FOTO, DE AVENTAL) APRENDEU COM SEUS PAIS (SENTADOS) O VALOR DA DEDICAÇÃO. HOJE, ELA PASSA ESSE ENSINAMENTO AOS FILHOS

Agradeco.indd 48Agradeco.indd 48 1/11/12 3:54 PM1/11/12 3:54 PM

Page 49: Revista Por Exemplo #3

POR EXEMPLO 49

Depois de um almoço de domingo, quando eu era pequena, fui incumbida de enxugar a louça. Fiz de má vontade, levei uma bronca da minha mãe, comecei a chorar. Aí meu pai me entregou um pano, pediu para eu secar de novo e fi cou ao meu lado falando da importância de sempre cumprirmos nossas obrigações da melhor forma. Levei para a vida suas palavras e hoje as repasso aos meus fi lhos: “Faça bem a sua parte”.MARISA NOVAES, 52 anos, São Sebastião (SP)

Foi do meu cabeleireiro, que me convenceu que não fi co bem loira! Sempre quis clarear, até que ele me mostrou que eu podia fi car deslumbrante com meu castanho natural. Desde então, sou fi el aos serviços e conselhos dele – e não troco a cor do meu cabelo por nada!MARIA CAROLINA DE BRITO, 23 anos, Salvador

Sempre fui muito falante. Tudo o que eu ouvia em casa, saía falando na rua. Percebendo isso, minha mãe buscou um jeito lúdico e bem-humorado de me dar um precioso conselho: colocou na estante da sala três macaquinhos, um com os olhos cobertos, outro com as mãos nas orelhas e o terceiro tapando a boca. Aprendi que nem tudo o que vemos ou ouvimos deve ser passado adiante.BRUNO SOUZA, 20 anos, Olinda (PE)

Uma rinite me atormentava desde a infância. Até que minha namorada me aconselhou a tratá-la com acupuntura. Não tive mais crises!HÉLIO DE FREITAS,32 anos, Cuiabá

Meu fi lho tinha alergias constantes. Então, meu irmão sugeriu que eu procurasse outro pediatra. O novo tratamento deu supercerto. Além de ver meu fi lho curado, aprendi a importância de conhecer diferentes pontos de vista a respeito de um mesmo problema.MANUELLA DE MELO, 28 anos, Recife

Durante o mandato do ex-presidente Fernando Collor, eu tinha um bom dinheiro guardado na poupança, com o qual pretendia dar entrada em uma casa para sair do aluguel. Mas um colega me alertou sobre a intenção do governo de congelar as poupanças. Graças a esse conselho, consegui retirar minhas economias em tempo e fi nalmente realizei o sonho da casa própria! REGINALDO ALBUQUERQUE, 56 anos, Salvador

Para quem não sabe o que quer, qualquer caminho serve. É fundamental ter um objetivo, pois só defi nindo o que desejamos conseguimos nos planejar. Meu avô sempre me dizia isso. Com a vida, percebi quanto ele estava certo. LUCIO SOUZA, 64 anos, Rio de Janeiro

Nunca vi pessoalmente o poeta Ferreira Gullar. Mas o melhor conselho que já recebi veio de uma entrevista com ele, que li certa vez. Ele dizia que o importante na vida não é ter razão, mas, sim, ser feliz. Isso me fez pensar que boa parte das chateações em que eu me metia vinha por causa de um orgulho desnecessário. Deixei de tentar ganhar discussões com uma opinião

inabalável e, de fato, percebo que me tornei mais feliz.FRANCISCO SPAGNOLO, 24 anos, São Paulo

Aprender inglês e ser uma boa pessoa com minha família e meus amigos. Meus pais sempre me dizem isso. Falam que, assim, vou ter mais sucesso no trabalho e também na vida pessoal. JULIA TAVARES, 9 anos, Rio de Janeiro

Apesar de ser uma pessoa muito boa, meu pai nunca foi lá muito afetuoso. Com seu jeito meio rude, ele me deu um conselho que sempre trago comigo. Eu era pequena, havia feito algo errado e justifi quei dizendo: “Foi Fulano quem mandou”. Aí ele retrucou: “Antes de escutar qualquer pessoa, confi e em si mesma”. Lembro-me de que ainda lhe perguntei se não poderia seguir cegamente nem as instruções dele próprio. Ele respondeu que não, que só deveria confi ar em mim. Por isso, hoje em dia, ninguém consegue me desestimular quando defi no minhas metas.JULIANA GEMIGNANI, 29 anos, São Paulo

Engravidei aos 22 anos e decidi abortar. Parecia a única solução: eu ganhava pouco e meu namorado da época não quis fi car comigo. Mas meus pais, quando souberam, me convenceram a fi car com a criança e me ofereceram ajuda para cuidar dela. Hoje, a Luísa tem 4 anos. E me faz querer ser uma pessoa melhor a cada dia.JÚLIA PAREDES, 26 anos, Cuiabá

A quem você gostaria de

agradecer por ter-lhe ensinado algo importante?

Conte para a gente!

Veja nossos contatos

na página 7.

Agradeco.indd 49Agradeco.indd 49 1/11/12 3:54 PM1/11/12 3:54 PM

Page 50: Revista Por Exemplo #3

AINDA DÁ TEMPO DE FAZER PARTE DA

APOIE A POR EXEMPLO. As cotas de patrocínio estão abertas a grandes marcas que queiram fazer a diferença.

E, de quebra, falar diretamente com o seu público, sem concorrentes, em uma das maiores revistas em circulação no Brasil.

É PUBLICIDADE COM RETORNO SOCIAL. É RESPONSABILIDADE SOCIAL COM VISIBILIDADE.

É bom para todo mundo.Não perca mais tempo.

Saiba como participar em: patrocinio@

revistaporexemplo.com.br. 

...DE MUDAR O QUEESTÁ ERRADO.

...DE TRABALHAR COM SENTIDO.

...DE SER DIFERENTE. E MELHOR.

...DE ACREDITAR.E APOSTAR.

AINDA DÁ TEMPO...

DE FAZER PARTE DA

Anuncio_PE_final.indd 30Anuncio_PE_final.indd 30 8/16/11 3:11 PM8/16/11 3:11 PM

Page 51: Revista Por Exemplo #3

O Colégio NATA - Núcleo Avançado em Tecnologia de Alimentos acaba

de formar seus primeiros profissionais para o mercado de trabalho.

São 91 alunos do curso técnico de Leite e Derivados do Colégio

Estadual Comendador Valentim dos Santos Diniz que, depois de três

anos de muita dedicação, receberam seus diplomas de técnicos

em alimentos. Para quem quer um bom exemplo de sucesso, o NATA

tem a receita certa para fazer de você um profissional de futuro.

ACABA DE SAIR DO FORNO

A PRIMEIRA TURMA DO NATA.Uma parceria do Instituto Grupo Pão de Açúcar

e o Governo do Estado do Rio de Janeiro

para a formação de profissionais da área

de Laticínios, Panificação e Confeitaria.

Anuncios.indd 33Anuncios.indd 33 1/11/12 3:37 PM1/11/12 3:37 PM

Page 52: Revista Por Exemplo #3

Anuncios.indd 34Anuncios.indd 34 1/10/12 8:08 PM1/10/12 8:08 PM