Revista MRV

43
Nº 22 jul/ago 2013 REVISTA LUAN SANTANA Meteoro sertanejo HOMENS, CUIDEM-SE ENTENDA O MOTIVO DE ELES NÃO IREM AO MÉDICO TAL QUAL CAMALEÃO TUDO MUDA O TEMPO TODO NO LAR DE UMA BLOGUEIRA CRIATIVA E IRREVERENTE MATCH POINT O TENISTA BRUNO SOARES TEM TUDO PARA BRIGAR POR UMA MEDALHA EM 2016 INVENTORES ELES QUEREM PROVAR QUE SUAS IDEIAS MERECEM CRÉDITO ENTREVISTA

description

Revista MRV

Transcript of Revista MRV

Page 1: Revista MRV

Nº 22 jul/ago 2013

Revista

Luan SantanaMeteoro sertanejo

Homens, cuidem-seEntEnda o motivo dE ElEs não irEm ao médico

Tal qual camaleãotudo muda o tEmpo todo no lar dE uma bloguEira criativa E irrEvErEntE

maTcH PoinTo tEnista bruno soarEs tEm tudo para brigar por uma mEdalha Em 2016

invenTores ElEs quErEm provar quE suas idEias mErEcEm crédito

enTrevisTa

Page 2: Revista MRV

4 Revista MRV Revista MRV 5

Page 3: Revista MRV

34

SUMÁRIO

ACONCHEGO

08 Perfeita transformaçãoIncansável, a blogueira carioca Vivi Visentin faz do seu lar uma metamorfose ambulante para lá de criativa

Seções

Destaques

COMPORTAMENTO

20 Gol de placa Ex-campeão paraolímpico cria entidade que promove a inclusão social por meio do esporte

28

42

08

Rodrigo Castro | Nitro

6 Palavra afinada

7 Recado do leitor

7 Foi assim

18 Bem bacanaObjetos que vão fazer a diferença na decoração

74 Destaque MRVA Tigre é um exemplo de sustentabilidade ambiental

77 Chave na mãoSeu imóvel antes do prazo combinado

78 Prazer em casa Divirta-se com nossas dicas de bons livros, filmes e discos

80 LançamentosAqui você pode encontrar o seu imóvel

82 Meu MRVA felicidade de ter a casa própria

PERfIl

34 Rumo às OlimpíadasA trajetória do tenista mineiro Bruno Soares, esperança do Brasil para as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro

ENTREvISTA

46 Ele arrasa!O jovem Luan Santana está com tudo e não esconde a prosa. Ele fala do sucesso, da vida pessoal, das fãs e do seu estilo muito particular

CARREIRA

56 Por que não? Algumas profissões requisitadas pelo mercado não possuem legislação que as regulamente

ON-lINE

62 Clicou? Há vagas!Portais de vagas especializados facilitam a busca por emprego. Empresas já aderiram à ideia

ESPETÁCUlO

66 Rede de sucessosArtistas que investiram na divulgação via internet conquistaram fãs internautas e caíram nas graças do mercado

Rafael Motta | Nitro

Bruno Senna | Nitro

Celso Doni | Nitro

Érika Tonetti

28 Mentes fervilhantesA dura batalha de quem tem boas ideias, mas precisa de apoio para colocar seu invento no mercado

42 Pura bravataHomens ignoram a prevenção e só vão ao médico quando estão doentes. Será que eles têm medo?

18

6 Revista MRV Revista MRV 7

Page 4: Revista MRV

VERSALRECAdO dO lEITOR

FALE COM A REDAÇÃO E-mail: [email protected]

PARA ANUNCIAR

Van Petten Negócios em Comunicação

Tel: (31) 2516-6480

E-mail: [email protected]

Comercial Outono Editora

Tel.: (31) 3309-2420

[email protected]

Flávia Carvalho

[email protected]

Tel.: (21) 8505-5203 | 3471-9647

Fernando Braga: (61) 8112-2228

[email protected]

Moacyr Silva: (11) 2533-2849

[email protected]

OUtONO EDItORA LtDA

Diretora Executiva: Maria Carmen Lopes

Diretora de Publicações: Roselena Nicolau

Av. do Contorno, 6.240 - 3º andar - Savassi | Belo Horizonte - MG

Tel.: (31) 3309 2420

www.outonocomunicacao.com.br

ExPEDiEntE A Revista MRV é uma publicação bimestral da

Outono Editora Ltda para a MRV Engenharia.

Distribuição dirigida e gratuita.

CONSELHO EDITORIAL

Rubens Menin, Sérgio Lavarini, Simone Maia, Rodrigo

Resende, Maria Carmen Lopes, Roselena Nicolau

REDAÇÃO

Direção editorial: Roselena Nicolau

Editora assistente: Fernanda Agostinho

Repórteres: Camila Freitas e Ione Maria Nascimento

Colaboradores: Flavimar Diniz, Joana Suarez e Síria

Caixeta

Fotografia: Nitro Imagem | Bruno Senna, Celso Doni,

Rafael Motta e Rodrigo Castro

Ilustração: Déa Dornas

Capa: Bruno Senna

Direção gráfica: Érika Tonetti

Revisão: Elvira Santos

IMPRESSÃO: Ediouro

Tiragem

20.000 exemplares | Tiragem física auditada pela

PAlAvRA AfINAdA

Rubens Menin Presidente da MRV Engenharia

Roselena Nicolau Editora

VERSALfOI ASSIM

Este é um espaço reservado para suas considerações, leitor da Revista MRV. Envie comentários, dê dicas de matérias para as próximas edições. Faça críticas, faça elogios. Escreva para [email protected] seu recado!

MRV inova para você

Da redaçãoA batalha da vida

Que a vida é repleta de desafios, ninguém duvida. Nesta edição, fomos atrás de histórias de gente batalhadora, que não desiste e é suficientemente criativa para buscar novos caminhos. Veja o caso da publicitária Vivi Visentin. Ela queria decorar a casa, pesquisou, pesquisou na internet e, dali, extraiu mil ideias que remodelaram o lar. Hoje, ela mantém o próprio blog que dá dicas de decoração do tipo faça você mesmo. Na batalha da vida, encontramos um grupo de inventores que enfrenta mil e um obstáculos, mas não desiste de dar corpo a suas invenções.

E o que dizer do Anderson Dias, nosso campeão paraolímpico deficiente visual que, por causa de uma lesão no joelho, foi obrigado a deixar o futebol para cegos? Ele cursou fisioterapia e fundou uma entidade que promove a inclusão social por meio do esporte. É de emocionar! Outro guerreiro é o tenista Bruno Soares, esperança do Brasil nas Olimpíadas de 2016, patrocinado pela MRV.

Sim, dedicação é o ingrediente essencial também na receita exitosa do ídolo sertanejo Luan Santana. Ele, que começou cedo na carreira e com sucesso meteórico, continua adorado pelos fãs e nos conta como se mantém o mesmo cara de sempre. Luan é superconectado nas redes sociais e entende bem do caminho alternativo para alavancar a carreira. Faz parte de um time da internet que conquista internautas e faz um sucesso danado nos palcos, CDs e DVDs. Claro, venceram mais uma batalha. Tudo isso e muito mais você encontra nas nossas páginas.

Boa leitura!

200 mil moradias

Chegar ao número de 200 mil imóveis é uma façanha e coloca a MRV Engenharia entre as maiores construtoras do mundo. A companhia transformou-se em uma indústria , que chega a erguer 200 apartamentos por dia. Para que se possa comparar, a MRV constrói mais apartamentos diariamente do que a grande maioria das montadoras faz carros no país.

Mas o trabalho da MRV não se resume apenas à edificação de imóveis. A empresa, presente em 120 cidades de 18 estados brasileiros (mais o Distrito Federal), constrói o equivalente a uma cidade de mais de 90 mil habitantes/ano.

Por isso, investimos em melhorias constantes nas regiões onde atuamos, oferecendo aos nossos clientes, além de moradia, qualidade de vida. Revitalizamos praças, parques, vias públicas, construímos postos de saúde, creches, escolas, estações de tratamento de água e de esgoto, entre outros. Uma empresa sustentável tem que mapear, junto aos gestores públicos, quais são as demandas da comunidade que está sendo impactada, para que a intervenção gere melhoria na qualidade de vida de todos. É isso que a MRV está fazendo em todas as localidades onde tem negócios.

MRv 21

Recebi a Revista MRV com a capa da Gabi Amarantos e adorei principalmente as novidades. Nunca tinha ouvido falar da aula de ginástica Kangoo Jumps, que deve ser bem dinâmica e divertida. Outra reportagem interessante fala das dicas sobre as microfranquias. Parabéns!

Marcilene Souza Presidente Prudente - SP

(por e-mail)

Gabi Amarantos

Que bacana a originalidade da cantora Gabi Amarantos. Não conhecia o trabalho desta cantora, mas fiquei com vontade de ouvir sua música porque sua autenticidade é contagiante.

Pedro AmaroBetim - MG(por e-mail)

Saúde em primeiro lugar

Fico indignada quando as pessoas resolvem emagrecer do dia para a noite, sem nem pensar nas consequências para a saúde. Achei a matéria "Combinação perfeita" muito interessante porque fala sobre a ineficácia das dietas milagrosas de forma simples e esclarecedora. Não existe outro caminho, é preciso ter consciência e mudar os hábitos. Isso leva tempo e paciência, mas dá resultados. A saúde tem que vir em primeiro lugar.

Cássia Regina Rio de Janeiro - RJ

(por e-mail)

Prova de superação

Antes do dia da foto, passei um tempo pensando em como seria fazer esta pauta. Por um lado, uma sincera admiração pela capacidade de superação e amor à vida. Por outro, a preocupação de conduzir as coisas da melhor forma possível. Afinal, não é comum registrar pessoas que não têm o sentido da visão e, por isso, uma série de questões práticas diferentes se apresentam a cada momento: não dá pra dizer “vá até ali”, nem “olhe para lá”. Tudo precisa ser comunicado de uma maneira mais completa e eficiente.

Para minha boa surpresa, o Anderson e os demais atletas são pessoas que trazem em si uma energia muito positiva. Algo como uma alegria de viver que contagia e inspira de tal modo que as coisas se colocam de maneira natural entre todos. Isso me deixou tranquilo para trabalhar. Fazia um lindo dia, e a UFRJ tem amplos descampados onde podem ser feitas imagens

com muita amplitude, muito céu no "quadro". Achei que isso ajudaria a passar uma ideia de liberdade nas fotos, uma vez que só pessoas com uma ampla compreensão da vida podem vencer obstáculos que para muitos de nós talvez fossem intransponíveis.

Um dia de sol, um monte de atletas de bom humor e algumas lições de vida. Depois de fazer as fotos, liberei-os para voltarem para o treino. Saí de lá contente, por ter trabalhado com pessoas de muito valor, que são prova viva de que todo o ser humano tem o direito de sorrir, perseguir seus sonhos e o dever de lutar com todas as forças para ser feliz.

Rodrigo Castro – Repórter fotográfico

8 Revista MRV Revista MRV 9

Page 5: Revista MRV

MAlAS PRONTASCOMPORTAMENTOACONCHEGO

perfeitatransformação

Criatividade e disposição fazem toda a diferença na hora de decorar o apê. Por isso, aproveite as boas ideias e descubra soluções onde menos se espera

Peças de design e achados em brechós e no lixo fazem do apartamento da blogueira Vivi Visentin, na Zona Sul do Rio de Janeiro, um lugar único e especial

Foto

s: R

odrig

o Ca

stro

| Ni

tro

10 Revista MRV Revista MRV 11

Page 6: Revista MRV

Quem conhece bem a publicitária Vivi Visentin sabe que, se passar mais de uma semana sem visitá-la, vai encontrar uma “nova” casa quando lá voltar. É que a carioca, de 37 anos, nunca se dá por satisfeita. Seu apartamento de 94m2, no Bairro de Laranjeiras, onde mora com o pai, é também o seu laboratório de experiências. Os móveis mudam de lugar com certa frequência e a novidade pode ficar por conta de um vaso de flores, de um quadro na parede e até vir do lixo – ela sabe como ninguém enxergar potencial onde menos se espera. É bem provável, inclusive, que os ambientes clicados para esta edição não sejam mais os mesmos, afinal, tudo por lá muda o tempo todo e nunca chega a um ponto ideal. “Estamos sempre renovando o guarda-roupa, mudando o cabelo, comprando uma maquiagem nova... Por que com a nossa casa deveria ser diferente?”, questiona.

| Camila Freitas

Negócio criativo

Vivi, que sempre se achou criativa, sentiu-se perdida quando precisou decorar a própria casa. Cheia de dúvidas, recorreu à internet em busca de ajuda e, de tão inspirada, achou que poderia inspirar também. Assim nascia, em 2011, o blog Decorviva! (www.decorviva.com.br), no qual ela posta dicas para fazer do apê um lugar cheio de personalidade, muitas vezes gastando pouco ou quase nada. O projeto cresceu e virou a atuação principal da blogueira, que atualmente faz também consultoria em decoração.

Para quem não tem grana para contratar um profissional da área ou não quer a interferência de alguém, o universo dos blogs de decoração é, sem dúvida, uma ótima fonte de boas ideias. Mas Vivi lembra aos entusiastas que querem se aventurar na decoração do próprio lar: eles devem, primeiramente, saber do que gostam, para que a casa não seja um acúmulo de referências de outras pessoas. “Costumo fazer uma brincadeira: peço às pessoas para pensarem a casa como se ela fosse um indivíduo com personalidade. ´Se sua casa fosse uma pessoa qual música ela gostaria de ouvir, para onde ela sairia, qual livro leria?´ Se as respostas convergirem para aquilo que você é, é sinal de que você conseguiu deixar o espaço com a sua cara”, destaca.

No blog Decorviva! Vivi divide sua paixão por decoração com mais de 12 mil leitores

Na parede, quadros feitos com imagens gratuitas da internet

Adornos e pequenos móveis ganharam mais destaque na sala de estar depois que a blogueira se desfez de três sofás

12 Revista MRV Revista MRV 13

Page 7: Revista MRV

Redecora

Foi assim que a blogueira decorou o próprio apartamento. Com criatividade e empenho, uma atenção especial foi dada a cada cantinho da casa. A atual composição da sala de estar Vivi alcançou depois de um desafio de redecoração que durou cinco dias. Duas paredes foram pintadas de cinza para quebrar a monotonia do branco e a blogueira se desfez de três sofás para garantir mais circulação ao ambiente. “Eram tantos móveis, e eu queria uma sala mais ampla e arejada. Acabei doando dois sofás, vendi um e economizei ao máximo em tudo para comprar um novo com um design mais bacana”, explica Vivi, que escolheu o modelo cinza com linhas retas e capitonês da Etna.

A fim de evitar furos na parede, uma prateleira acima do sofá passou a apoiar os quadros, todos feitos com imagens gratuitas baixadas da internet. “É uma solução boa e econômica. Basta uma pesquisa no Google para achar fotos lindas e em boa resolução para impressão. Depois é só mandar para uma loja de revelação e colocar em uma moldura”, ensina.

Peças resgatadas

O rack da TV a blogueira resgatou antes de uma amiga jogar no lixo. Com perninhas novas e baratinhas (R$ 6 cada uma), o móvel ganhou um charme a mais. Ao lado, um armário que era da cozinha passou a ter função de bar. No meio da sala, o que Vivi considera sua melhor aquisição em um brechó: uma mesinha de centro que, depois de uma boa lixada e tinta spray cinza no lado de dentro do vidro, ficou perfeita para integrar novamente um lar.

A luminária de chão amarela também foi repaginada pela dona da casa e trouxe alegria para a sala. Ao invés de ir para o lixo, a peça, que já estava bem velhinha, recebeu tinta spray e uma cúpula nova. “Antes de descartar qualquer móvel ou adorno, olhe pra ele com carinho e imagine-o com outra roupagem. Tudo pode ficar lindo de novo com um bom banho de tinta”, sugere Vivi.

Sonho de consumo da blogueira, a cadeira Panton na cor vermelha é um dos destaques da sala. Desenhada há mais de 50 anos e com um design

inusitado, a peça foi personalizada com adesivo amarelo no formato de coração. “Sempre tento dar o meu toque nas coisas. A cadeira pode ser nova, mas se acho que ela poderia ser melhor, dou o meu jeito: colo um adesivo, pinto de outra cor. A Panton ainda não está exatamente como eu queria, mas chego lá”, aposta.

Direto do lixo

Na lixeira do prédio, no entulho da obra do vizinho, na caçamba da esquina. Lugares improváveis que, para Vivi, escondem tesouros, como o galão

cinza que faz as vezes de mesinha de canto ao lado da cadeira Panton. “Alguns amigos questionam por que o lixo deles não é igual ao meu. Mas é com observação e olhar curioso que a gente acaba encontrando esses achados”, revela a blogueira.

Do lixo Vivi levou para casa também um painel de um fotógrafo – uma espécie de fundo infinito, dégradé do preto para o branco – que agora está embaixo do vidro da mesa do home office. A luminária de teto branca ganhou um up depois que recebeu tinta spray verde-água na parte de dentro. Já o armário branco recebeu Con-tact Escreve e Apaga do lado de fora das portas e virou um mural onde Vivi lista os afazeres do dia a dia.

Pés novos e um banho de tinta deixaram, respectivamente, o rack da TV e a luminária de chão mais modernos

O painel que confere um efeito dégradé à

base da mesa de trabalho da blogueira foi resgatado do lixo

O papel Con-tact Escreve e Apaga aplicado no armário serve para anotar lembretes e recados

14 Revista MRV Revista MRV 15

Page 8: Revista MRV

Adesivo adorado

Na cozinha, o mosaico de adesivos aplicado em uma das paredes deu um ar mais descolado ao ambiente. O armário que era na cor creme foi pintado com tinta epóxi vermelha e ganhou novos puxadores de aço escovado que arremataram a renovação. Pisca-piscas fizeram de uma jarra de suco no formato de abacaxi uma luminária. A peça inusitada divide espaço na prateleira de MDF com uma caixinha encontrada no lixo e que virou porta-temperos.

No apê da blogueira, nem a área de serviços foi esquecida. Com adesivo Cont-tact na máquina de lavar e na parede, a lavanderia ficou com carinha retrô. “O adesivo Con-tact é um dos materiais mais versáteis nas transformações econômicas do lar. Com apenas um rolinho é possível renovar um móvel ou até um ambiente inteiro”, destaca. No banheiro foram os adesivos vinílicos na cor azul que levantaram o astral do ambiente. Recortados pela própria Vivi, eles deram um aspecto de cobogós ao box de vidro.

Organizados nas prateleiras de MDF, os

utensílios da cozinha ficam sempre à mão

Na lavanderia quem reina é o Con-tact, que trouxe mais vida à máquina de

lavar e à parede

A parede da cozinha ficou mais descolada com o mosaico de adesivos. Os armários vermelhos dão o toque especial ao ambiente

Recortes em adesivos vinílicos deram um aspecto de cobogós ao box de vidro

A peça da Infinita Design, que serve de cabideiro, deixa o banheiro mais divertido

16 Revista MRV Revista MRV 17

Page 9: Revista MRV

Recanto

As cores, que nem sempre frequentam os quartos com tanta liberdade, são o destaque do cômodo de descanso da blogueira. Vivi elegeu o roxo para a parede atrás da cama, invertendo a lógica da sala, onde as paredes neutras contrastam com os móveis e adornos coloridos. A cor vibrante realça a cama e os acessórios brancos e acolhe sem conflito o enxoval multicolorido.

Com o criado-mudo da esquerda, comprado em um brechó, Vivi prova mais uma vez que vale a pena garimpar em lojas de móveis usados. Com tinta epóxi vermelha – a mesma do armário da cozinha – ela garantiu o seu toque pessoal à mobília. Do outro lado da cama, mais uma criação da publicitária: criado-mudo à base de tampo de carretel de fio pintado de branco e detalhes em azul e pés palito encomendados pela dona da casa.

No quarto, a cama e os adornos na cor branca suavizam o roxo da parede

O criado-mudo, comprado em um brechó, foi renovado

com tinta vermelha époxi

18 Revista MRV Revista MRV 19

Page 10: Revista MRV

faz toda a diferença

Porta-graçaJá imaginou ter fotos com seus amigos na traseira de uma Kombi? E bem na lente de uma máquina fotográfica retrô? Basta tirar fotos especialmente para esses dois porta-retratos da Imaginarium. O resultado é um toque de fun design e de diversão em sua casa. O primeiro adapta fotos de 13cm x 18cm e o segundo de 10cm x 15 cm. Os dois são de plástico e custam R$ 69,90 pelo site da loja: www.imaginarium.com.br.

Criatividade em papelNa tradicional arte japonesa de fazer origamis, basta a habilidade de dobrar o papel. Para fazer marcadores de livro (5cm de largura e 20cm de altura) e quadrinhos de parede (10cm de altura e 40 de altura), o artesão de Belo Horizonte, Célio Marinho Costa, adiciona à técnica uma boa dose de criatividade e carinho. São gueixas e samurais que encantam pelo colorido e riqueza de detalhes. “O mais trabalhoso é chegar à combinação de cores ideal”, revela o artista, que após dez anos de dobraduras, leva apenas 50 minutos para fazer cada uma das peças. Com papel próprio para origamis, Célio também faz belos móbiles de tsurus – o pássaro símbolo da cultura oriental. Os marcadores custam a partir de R$ 9 e os quadros de R$ 20. O preço dos móbiles é sob consulta. Para fazer o pedido entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones (31) 3287-3910 e (31) 86123578.

Água na bocaEssa moringa é tão fofa que fica difícil se esquecer

de beber aqueles dois litros de água recomendados por dia. De porcelana e com copo

de vidro, tem capacidade para 1 litro de água, fica perfeita no criado mudo ao lado da cama ou na

mesa do trabalho, onde possivelmente vai causar inveja nos colegas. Na Collector 55 (www.

collector55.com.br) sai por R$ 118.

Se ter ou não ter é a questão, a resposta é ´sim` quando se trata de adornos que vão dar a sua casa um charme todo especial. veja a seleção de objetos muito legais que fizemos para você

Arqu

ivo Im

agin

ariu

m

Arqu

ivo C

olle

ctor

55

bEM bACANA

Arqu

ivo R

osa

Mun

do

Arquivo Tok & Stok

Érik

a To

netti

AdegaNo inverno, nada como receber seus convidados com um delicioso vinho para aquecer a alma. Deixe os olhos pedirem uma taça com a charmosa disposição das garrafas nessa diferente adega em forma de flor. Na Tok & Stok (www.tokstok.com.br ) de Belo Horizonte por R$ 75. Preço de junho.

Arte no peso Decoração é sinônimo de detalhe. Por isso, não retire a fluidez de seus cômodos só

para a sua porta parar de bater. Insira arte e faça de um peso de porta algo completamente necessário com esse Charlie Chaplin, que sai por R$ 39,90. Feito de

tecido e com preenchimento de areia, as medidas aproximadas em centímetro são 8 de largura, 22 de altura e 5 de comprimento. Deixe a imaginação voar com outras

opções pelo site da Rosa Mundo (www.rosamundo.com.br).

20 Revista MRV Revista MRV 21

Page 11: Revista MRV

MAlAS PRONTASCOMPORTAMENTOCOMPORTAMENTO

golde placaSe o futebol está no sangue do brasileiro, os atletas cegos desse esporte podem, mais do que todos, comprovar: é preciso garra e muito fôlego para ativar todos os variados sentidos da vida. É o que demonstra a Urece, entidade que trabalha na inserção social de deficientes visuais por meio do esporte

Campeão paraolímpico, o atleta e fisioterapeuta Anderson Dias (com a bola na mão) é um dos fundadores da Urece

Fotos: Rodrigo Castro | Nitro

22 Revista MRV Revista MRV 23

Page 12: Revista MRV

Orientados pelo barulho do chocalho, eles correm em direção ao gol. Em tempos de Copa do Mundo, jogadores cegos mostram que o futebol está mesmo no sangue do brasileiro. A equipe de atletas da Urece Esporte e Cultura, no Rio de Janeiro, é um exemplo da paixão sem limites pela bola. A associação, sem fins lucrativos, é liderada por pessoas que não medem obstáculos para fazer do futebol um instrumento de conquista e de inclusão social. Um dos fundadores e presidente da Urece, Anderson Dias, de 32 anos, foi medalha de ouro nas Paraolimpíadas de Atenas (2004) e já conquistou dois títulos mundiais.

A deficiência visual nunca foi um impedimento para que Dias se tornasse um jogador cheio de vitórias pessoais e profissionais. O impossível, diz ele, é apenas uma questão de percepção do lugar que ocupa. “Se você mudar de posição ou subir mais alto, vai ver outras possibilidades”. Nascido e criado em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, ele ficou cego aos 3 anos, após um erro médico.

Preparação

Quando criança, sua frustração era não poder participar das peladas com os colegas. Mas sua ousadia o fazia jogar com eles, mesmo sendo o

| Joana Suarez Anderson Dias: "Aspessoas ainda têmpreconceito eacham que somoslimitados. Eu só soucego! Isso não étudo. Não meimpede de crescer"

A bola de guizo e a venda oftalmológica

são alguns dos recursos que permitem aos deficientes visuais

a prática do esporte

24 Revista MRV Revista MRV 25

Page 13: Revista MRV

único cego. Anos depois, no Instituto Benjamin Constant, escola especializada para deficientes visuais, Dias teve acesso às maneiras adaptadas de jogar futebol. Seus primeiros passos não foram exatamente com a redonda, mas com uma garrafa de refrigerante cheia de pedrinhas para fazer barulho. Em 1993, Dias foi um dos primeiros alunos a treinar oficialmente na escola com a bola de guizo (de ferros), a venda oftalmológica e outros recursos que transformaram sua vida e lhe permitiram mudar o destino de outros deficientes da Urece, anos depois.

A partir do seu primeiro campeonato, em 1994, Dias rodou o Brasil, estreou na seleção brasileira

aos 20 anos e disputou mais de 50 jogos com a camisa verde-amarela, entre 2000 e 2010. “Ninguém acreditava que eu ia conseguir, porque eu tinha que me deslocar mais de 80 quilômetros todos os dias para treinar, era muito pobre e o único cego da família”, lembra. Quando ele estava prestes a deslanchar na carreira internacional, enfrentou mais um desafio ao romper o ligamento de um joelho, obrigando-o a ficar três anos longe das quadras. “Isso me impediu de participar de duas Paraolimpíadas. Foi a maior decepção da minha vida. Todos acharam que dessa vez eu desistiria”, recorda.

Oportunidades

Mas para quem estava acostumado com dificuldades, a grave lesão não o desanimou, era só mais um obstáculo a vencer. Dias foi mais longe, fez o curso superior de fisioterapia e, em 2005, fundou a Urece ao lado de outros companheiros de time, inclusive treinadores. À frente da entidade, ele desenvolveu projetos esportivos, culturais e de acessibilidade, além de ajudar os companheiros a prevenirem e curarem lesões musculares.

Na Urece, mais de 100 atletas já foram atendidos nas modalidades feminina e masculina de futebol para cegos, natação, remo e atletismo. Cerca de 20 deles

partiram para seleções nacionais. “Não tem preço ver outros deficientes tendo a oportunidade de inserção na sociedade por meio do esporte, inclusive pessoas mais velhas e pobres, que não tinham expectativa de vida. Muitos outros, porém, ainda estão trancados em casa. Quero fazer mais”, diz Dias.

Seu próximo passo é aumentar o número de atletas da Urece, criar um polo esportivo em Belford Roxo e ser campeão nas Paraolimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Mas Dias sabe que o jogo nunca está ganho e ainda existem mais barreiras a ultrapassar. “As pessoas ainda têm preconceito e acham que somos limitados. Eu só sou cego! Isso não é tudo. Não me impede de crescer”, assinala.

Os jogadores de ataque são orientados

por um guia, posicionado atrás do

gol do adversário

Para que os atletas identifiquem a bola, o futebol de cegos deve ser praticado em local fechado

26 Revista MRV Revista MRV 27

Page 14: Revista MRV

NA RAçA E NA vONTAdE bOlA ROlANdO

Praticado em mais de 30 países, o futebol de cegos tem como base o futebol de salão – precisa de um local fechado para que os atletas escutem a bola – e é jogado com quatro jogadores na linha e um goleiro que enxerga. Um guia (chamador), posicionado atrás do gol adversário, orienta os jogadores de ataque de sua equipe.

Ao longo dos anos, foram surgindo várias adaptações no esporte conhecido hoje como futebol de 5 (five-a-side football), que estreou nas Paraolimpíadas de Atenas, em 2004. Acredita-se que a prática teve início na década de 1920, a partir do improviso com bolas de sacolas plásticas. A Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) é responsável pela organização e realização de torneios entre clubes.

A palavra Urece não é uma sigla, mas um nome próprio, que surgiu entre os atletas como sinônimo de raça e vontade. É com essa garra que a associação se orgulha de ser pioneira no futebol para mulheres cegas. Com apenas quatro meses de formação da primeira equipe, elas foram campeãs, em 2009, na Alemanha. A madrinha da turma é a jogadora Marta, eleita a melhor do mundo cinco vezes no futebol feminino tradicional.

A Urece se mantém sem nenhuma ajuda governamental, mas conta com uma importante contribuição da campanha Torcedor de Primeira. Por meio de doações mensais, pessoas físicas e jurídicas podem ajudar a comprar uniformes, materiais, passagens para competições e demais atividades. Basta preencher a ficha de cadastro no site www.urece.org.br para receber o boleto bancário. O valor mensal é a partir de R$ 25.

Mais de 100 atletas de futebol, natação e atletismo já foram

beneficiados pela Urece

28 Revista MRV

Page 15: Revista MRV

MAlAS PRONTASCOMPORTAMENTOCOMPORTAMENTO

mentesfervilhantes

vida de inventor não é nada fácil, mas dá uma enorme satisfação ver o produto competindo no mercado. Para isso é preciso encarar algumas dificuldades, que incluem validar a ideia e conseguir um investidor

A empresária paulista Mônica Pisano está na lista de brasileiros que apostaram em suas ideias. Ela inventou um engate para registros que controla o fluxo da água

Fotos: Celso Doni | Nitro

30 Revista MRV Revista MRV 31

Page 16: Revista MRV

Suponhamos que você, em uma manhã qualquer, toma um café em uma bela xícara de porcelana, enquanto lê esta revista. Aí o telefone toca e, só por alguns instantes, você interrompe a leitura. Uma revista, um telefone, a porcelana... Não há nada em comum entre esses três objetos, exceto o fato de que, em algum momento da história da humanidade, alguém teve a ideia brilhante de criá-los, não sem pesquisas, empenho e, provavelmente, testes que não deram certo, até que a iniciativa se transformasse em um produto sem nem imaginarmos de onde veio.

A verdade é que a tecnologia e, com ela, as invenções foram transformando nossas vidas. E há diversos brasileiros que figuram nas listas dos maiores inventores do mundo. Santos Dumont é, sem dúvida, o mais famoso, por encurtar distâncias com seu dirigível e o avião e por deixar-nos por dentro do horário em qualquer lugar que estivermos, ao popularizar o relógio de pulso. Outros produtos que usamos diariamente também nasceram de ideias de brasileiros. O copo “lagoinha” (aquele com listras verticais, canelado) foi inventado pelo designer Nadir Figueiredo, em 1947; o escorredor de arroz pela dentista Therezinha Zorowich, em 1959; com a paternidade polêmica, mas por fim desenvolvida por uma equipe de engenheiros, as urnas eletrônicas, no fim da década de 1980, mudaram a rotina das eleições no Brasil e fazem sucesso em outros países.

Regras

Mas, afinal de contas, o que pode ser considerado um invento? Qualquer pessoa com uma ideia incrível pode produzir um protótipo e tentar uma patente? De acordo com Daniela Mazzei, gerente e técnica em patentes da Associação Nacional dos Inventores (ANI), qualquer produto novo, ou qualquer aperfeiçoamento de um produto já existente, pode ser considerado uma invenção. Ela destaca três requisitos que devem ser seguidos pelos inventores para determinar se há possibilidade de o invento receber uma patente: inovação, ineditismo e possibilidade de produção em larga escala.

Desde 1992, a ANI auxilia os inventores nos campos de criação, aperfeiçoamento e produção dos inventos. Daniela lembra que Carlos Mazzei, fundador da entidade, trabalhava com inventos e percebeu a grande falta de informação na área, um empecilho especialmente para os pequenos empresários e inventores independentes.

O processo para requerer uma patente é bem simples. O primeiro passo é verificar se não há algum produto igual no mercado. Depois, preparar a documentação técnica, que explica as funcionalidades e o design de cada invenção. Os documentos devem estar de acordo com as normas do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) –

| Flavimar Diniz órgão responsável pelo registro de patentes no Brasil. Se a patente for outorgada, ela dura 20 anos.

“Recebemos por dia cinco novos inventores, em média, à procura de orientação”, explica Daniela, apontando as áreas de sustentabilidade, construção civil e medicina como as que concentram o maior número de novos projetos, além de produtos que oferecem praticidade. A Região Sudeste é a que tem mais inventores, especialmente de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Êxitos

A empresária Mônica Nardi Pisano, dona de uma loja de materiais de construção em São Paulo, cansou de ouvir reclamações de clientes em relação aos estragos provocados pela pressão da água nas torneiras de casa. “Tive um cliente que teve o apartamento inundado, e também o de vizinhos, por esse motivo”, lembra. Foi quando ela teve a ideia de criar um engate para registros que controla o fluxo de água, interrompendo-o total ou parcialmente. O processo de desenvolvimento do produto durou três anos. “Fizemos muitos testes antes do lançamento no mercado”, afirma. Agora, a peça é fabricada em grande escala e se tornou exemplo de criatividade a partir da necessidade.

Também teve final feliz a criação da barra para exercícios físicos desenvolvida pelo engenheiro mecânico gaúcho Ricardo Pongiluppi. Fixada na porta, ela apresenta sistema diferente das então encontradas no mercado, possibilitando maior variação de exercícios. A ideia nasceu de uma necessidade pessoal: “Eu tinha uma barra que estragava o marco da porta, escorregava, pois não fixava direito, além de limitar diversos exercícios e ser de difícil fixação e remoção”, lembra.

Para chegar ao produto patenteado, Ricardo pesquisou modelos na internet e encontrou peças em sites americanos que foram adaptadas. Elaborou o desenho, fez os cálculos necessários e, em apenas um mês, finalizou a primeira barra. “Minha maior dificuldade foi criar um design multifuncional e de fácil produção”, ressalta. Ele não encontrou uma grande empresa que investisse no produto, mas ainda assim comercializa o invento, já que a produção é simples, com peças encomendadas de acordo com as especificidades do cliente. São vendidas cinco barras por mês, em média, pela internet.

“As pessoas que compram sempre se surpreendem com a sua qualidade e resistência. Recebo muitos elogios”, orgulha-se Ricardo, que, ainda estudante, tentou dar vida a um outro projeto: o de construção de rampas de acesso para veículos que transformam o movimento do carro em energia elétrica. Foram muitas as palavras desmotivadoras, de professores e colegas. “Meu maior problema foi convencer os professores de que era possível fazer algo diferente. Percebi que existe muita resistência quando alguém quer mudar um paradigma”, afirma.

Três anos foi o tempo necessário para desenvolver o produto idealizado por Mônica. A peça já é fabricada em larga escala

32 Revista MRV Revista MRV 33

Page 17: Revista MRV

Dificuldades

“Já bati em várias portas, meu produto é genial, quem usou adorou, mas é muito difícil colocá-lo no mercado”, afirma o paulista Maurício Figueiredo sobre a falta de interesse das empresas em investir na sua invenção – um pregador de plástico usado para pendurar tênis e sapatos no varal, depois de lavados, que diminui o acúmulo de água no interior do calçado.

Maurício enfrentava dificuldades sempre que precisava lavar e secar no varal uma bota pesada. Ele tentava deixá-la inclinada, mas o tempo todo era preciso retirar a água que ficava empoçada no fundo do solado. “Foi aí que tive a ideia de um dispositivo que deixa a bota com o solado para cima e aí nasceu o prendedor para tênis”, diverte-se. Mas o caminho entre a ideia e o produto final não foi fácil. Até ver o invento pronto foram cerca de sete anos, entre pesquisas de material, de formato e de execução. “Fiquei noites sem dormir pensando na forma certa de deixar o produto de acordo com a necessidade”, diz o inventor.

O paulista Carlos Ramos passou oito anos realizando pesquisas e muitos testes malsucedidos até chegar à versão final de um higienizador de capacetes, que funciona eliminando fungos, ácaros e bactérias da espuma que reveste o equipamento de segurança. O capacete é inserido em uma cabine e higienizado com um bactericida liberado, em forma de fumaça, por meio de ar comprimido. O processo de limpeza dura 20 minutos.

Carlos acredita que, além de um investidor, falta ao negócio maior conscientização dos usuários para os problemas causados pela sujeira no capacete. “O capacete protege, mas também pode matar por alguma bactéria fatal que por ventura fique alojada nele”, explica. A trajetória de Maurício e Carlos em busca de um lugar ao sol nesse mundo das boas ideias deixa uma lição: para quem quer se tornar um inventor, a perseverança é qualidade imprescindível.

Ah! Lembra-se da xícara de porcelana, a revista e o telefone do início deste texto? Pois bem, a invenção da porcelana é atribuída aos chineses e ela existe há mais tempo que possamos imaginar. A revista está em nossas mãos porque, na primeira metade de 1450, o alemão Johannes Gutenberg inventou a prensa mecânica (até então os livros eram copiados à mão), dando origem à tipografia. Muitos acreditam que o inventor do telefone é o escocês Graham Bell, mas, em 2002, o Congresso americano reconheceu que a paternidade desse item indispensável nos dias atuais é do italiano Antonio Meucci, colocando fim num impasse que durava décadas.

INvENTOlâNdIA PROfESSOR PARdAl

Em 1996, diante de tantos projetos apresentados à ANI, Carlos Mazzei decidiu criar um espaço onde as invenções pudessem ser apresentadas ao público. Assim, foi criado, em São Paulo, o Museu das Invenções, chamado de “Inventolândia”, único do gênero na América Latina. Com acervo de aproximadamente 500 peças, o museu reúne inventos curiosos, tanto de brasileiros quanto de feiras e exposições em outros países. O espaço é aberto a visitantes, que têm a oportunidade de interagir com algumas das peças.

Inventolândia: Rua Dr. Homem de Mello, 1.109, Perdizes, São Paulo.

Visitas podem ser agendadas pelo telefone (11) 3670-3411, ou pelo e-mail [email protected].

Tem uma ideia incrível e não sabe como desenvolvê-la? Nossos entrevistados deram dicas fundamentais para começar um projeto:

Analise a praticidade do produto

veja se ele trará economia para o consumidor

atente para a facilidade de uso ou instalação

valorize a comodidade no uso

preze pela segurança de quem vai utilizá-lo

sempre procure agregar vantagens para o consumidor

O paulista Maurício Figueiredo inventou um

pregador de plástico usado para pendurar calçados no

varal depois de lavados

Maurício Figueiredo: "Fiquei noites sem dormir pensando na forma certa de deixar o produto de acordo com a necessidade"

34 Revista MRV Revista MRV 35

Page 18: Revista MRV

MAlAS PRONTASCOMPORTAMENTOPERfIl

rumo àsolimpíadas

Um dos grandes nomes do tênis brasileiro na atualidade e esperança do país nas Olimpíadas de 2016, o mineiro bruno Soares se orgulha de sua ótima fase e está seguro das muitas chances de conquistas no circuito mundial. Com patrocínio da MRv, ele diz ter a tranquilidade que o atleta precisa para focar na carreira

Rafa

el M

otta

| Ni

tro

Revista MRV 37 36 Revista MRV

Page 19: Revista MRV

Quem passa pela rua e vê a discreta placa indicando a academia não imagina que ali treina, todos os dias em que está em Belo Horizonte, um dos grandes nomes do tênis no Brasil. O mineiro Bruno Soares, de 31 anos, encontra por lá – um lugar calmo e privilegiado pela paisagem – a concentração tão necessária a um esporte no qual o silêncio dos torcedores contrasta com os clássicos grunhidos e gemidos dos atletas nas quadras.

Quando começou a ter intimidade com a bolinha, aos 5 anos, ninguém, e muito menos ele, poderia prever que Bruno estaria, anos mais tarde, na pequena lista de brasileiros a levantar um troféu de Grand Slam, como é chamado o conjunto dos quatro torneios de tênis mais importantes do circuito mundial, em termos de tradição, valor dos prêmios em dinheiro, pontos no ranking e de atenção do público – Roland Garros (França), Wimbledom (Inglaterra), US Open (EUA) e Australian Open (Austrália).

Briga pelo título

O gosto de Bruno pelas quadras veio de pequeno. Ainda que a raquete fosse grande demais para uma criança de 5 anos, jogar a bolinha de tênis contra o paredão, no clube onde seus pais praticavam o esporte nos finais de semana, estava entre as suas atividades favoritas. Mas as aulas também começaram cedo, aos 7 anos. A partir daí, ele não parou mais, só aumentando, a cada ano, seu empenho e dedicação ao esporte. Ele foi recompensado: ao lado da russa Ekaterina Makarova, o tenista mineiro foi campeão de duplas mistas no US Open de 2012, acabando com o jejum brasileiro de 11 anos, desde o tricampeonato de Gustavo Kuerten em Roland Garros, em 2001.

Com o feito, Bruno se consagrou com o maior título de sua carreira: “Um Grand Slam é mais que uma conquista. É o sonho de qualquer tenista. Desde pequeno, quando você começa a jogar e ouve falar do campeonato, você pensa: 'Nossa! Um dia quero estar lá'. E quando a hora chega e você recebe o troféu, é realmente muito especial”, descreve. O triunfo, no entanto, não foi surpresa: “Desde 2009, quando me firmei como um jogador de elite, entro em todo torneio para brigar pelo título. Sempre acreditei e soube que tinha condição de conquistar um torneio como esse”, conta.

| Camila FreitasPATROCíNIO GARANTE ESTRUTURA

Para deslanchar a carreira, Bruno Soares sempre contou com o apoio dos pais. Era a mãe que se desdobrava para convencer os diretores a deixar o filho fazer a segunda chamada das provas que foram perdidas enquanto ele viajava para disputar os torneios juvenis. Aos 10 anos, o mineiro precisou optar entre as aulas de tênis e as de futebol de salão. Não teve dúvidas em seguir o esporte que não é a paixão nacional, mas vem conquistando fãs pelo país.

Os feitos de Gustavo Kuerten em 2001 aumentaram a popularidade do tênis no Brasil. Com a chegada dos canais de televisão a cabo, as partidas passaram a ser transmitidas regularmente, o que também contribuiu para o crescimento do público espectador. Ainda assim, o esporte é considerado de elite. Faltam espaços que não sejam particulares para a prática do tênis no país, além de investimento e incentivo para novos atletas.

Para os profissionais, como Bruno, um dos desafios é a conquista de patrocínio, tão fundamental à carreira de um tenista, como ele mesmo explica: “Diferente de um esporte coletivo, em que o jogador é custeado pelo time ou entidade, no tênis é o tenista que contrata toda a sua equipe e arca com todas as despesas. O patrocínio é, portanto, a possibilidade de o atleta ter uma estrutura melhor e, consequentemente, melhores resultados”.

No início de 2013, o tenista mineiro passou a contar com o patrocínio da MRV, que desde os anos de 1990 investe no esporte, apoiando equipes de vôlei, basquete, futebol e Fórmula 1. Bruno foi escolhido pela construtora por ter o perfil do cliente MRV: é jovem, está em busca de uma carreira de sucesso e quer realizar seus sonhos. Para o esportista mineiro, o incentivo é fundamental para a sua tranquilidade em quadra. “Com o apoio da MRV tenho condições de manter a qualidade dos treinos, sem me preocupar se a estrutura necessária ao meu bom desempenho (como ter preparador físico, fisioterapeuta e treinador) vai permanecer no mês seguinte”.

Firmada em 2012, a parceria entre Bruno e o austríaco Alexander Peya tem rendido bons resultados para a dupla

Arqu

ivo B

runo

Soa

res

38 Revista MRV Revista MRV 39

Page 20: Revista MRV

fASE dE OURObRUNO SOARES

O ano de 2013 promete ser a melhor

temporada na carreira de bruno

Soares, eleito Melhor Atleta do Tênis do país em 2012 pelo Comitê Olímpico brasileiro (COb)

Acervo Centro de Memóri

a Mina

s Tên

is Cl

ube

Acervo

Centro de Memória Minas Tênis Clube

Acervo Centro de Memória Minas Tênis Clube

Arqu

ivo B

runo

Soa

res

de quebra, bruno e Alex, como o mineiro chama o

austríaco, se consolidaram na 2ª colocação entre as

parcerias de melhor desempenho na

temporada. Eles aparecem atrás apenas dos gêmeos norte-americanos bob e Mike bryan, atual dupla

número 1 do mundo

Com a atuação em Roland Garros, bruno entrou pela primeira vez no top 10 no ranking de duplistas da

ATP, baseado na soma da pontuação dos tenistas em cada competição. Melhor colocação da

carreira, o 6º lugar transforma bruno no segundo duplista da

história do brasil, atrás apenas de Cássio Motta, e empatado com Carlos Kirmayr, respectivamente 4° e 6° lugares nos anos de 1980. O 2º brasileiro mais bem colocado

no ranking é o também mineiro Marcelo Melo, que aparece no

19º posto

Em janeiro, o tenista conquistou o ATP 250 de Auckland, ao lado

do escocês Colin fleming. No mês

seguinte se tornou tricampeão seguido do ATP 250 de São Paulo ao lado do austríaco

Alexander Peya

Acer

vo C

entro

de

Mem

ória

Mina

s Tên

is

Clube

A parceria, firmada em julho de 2012, tem rendido

bons resultados para a dupla. Juntos, Soares e

Peya faturaram também o ATP 500 de barcelona

(abril), chegaram à final do Masters 1.000 de Madri (maio) e à semifinal de Roland Garros (junho)

40 Revista MRV Revista MRV 41

Page 21: Revista MRV

Empenho

O treinador de Bruno, Roberto Moraes, explica o sucesso com o olhar técnico: “Bruno tem nos golpes de fundo e de direita e nas devoluções de saque os seus trunfos na quadra”. Treinar duro, como define o campeão, é a chave para que os resultados sejam alcançados. E fica aí a dica para os jovens tenistas: “Não há como cortar caminho. São horas de dedicação na quadra e várias coisas para abrir mão”, afirma Bruno, que passa, em média, nada menos que nove meses do ano viajando para representar o Brasil em cerca de 30 torneios mundiais.

Quando não está na ponte aérea, está em Belo Horizonte em uma rotina de treinos intensa. São aproximadamente seis horas diárias entre as práticas de tênis e a preparação física – que envolve musculação, exercícios aeróbicos, trabalho de equilíbrio, reforço dos membros superiores e movimentos de ioga e pilates, uma rotina essencial para que o tenista suporte o tempo de uma partida que pode se estender por horas. “Até três horas o corpo aguenta bem. Depois, começa a apitar um pouquinho e aí é necessário ir dosando. A essa altura, no entanto, o nível de adrenalina é tão grande que o corpo sempre encontra um gás a mais”, explica o tenista.

Foi o que aconteceu com ele e o também tenista mineiro Marcelo Melo nos Jogos Olímpicos de Londres de 2012. Com uma vitória histórica contra os checos Tomas Berdych e Radek Stepanek, eles protagonizaram uma das partidas mais longas das Olimpíadas: 4h21. Os brasileiros chegaram às quartas de final e deixaram a capital inglesa com a melhor campanha de uma dupla do Brasil em Jogos Olímpicos. “É uma grande honra representar o país nas Olímpiadas. É um evento muito especial, completamente diferente do nosso dia a dia, em que temos a possibilidade de conviver com o que há de melhor em todos os esportes. Batemos na trave na disputa por medalha, mas estamos de olho no Rio 2016. Eu e Marcelo estamos crescendo bastante. Nosso auge vai ser em 2015, 2016 e uma medalha em casa seria top”, planeja Bruno.

Superação

Com destaque no Brasil e na América do Sul durante o período em que disputou circuitos juvenis, Bruno sempre teve clara a vontade de jogar profissionalmente. O sonho virou realidade em 2001, quando ele começou a disputar nas modalidades simples e de duplas. Quatro anos mais tarde, uma lesão em um joelho o afastou das quadras por dois anos, marcando a fase mais difícil de sua carreira: “A inflamação no trato tibial insistia em não melhorar. Nunca deixei o tratamento e de acreditar que um dia eu voltaria, mas abri uma academia em BH como um

plano B para a minha vida, caso não conseguisse me recuperar. Depois da cirurgia, quando vi que o tratamento começou a engrenar, larguei tudo e voltei com força total”, relembra.

Com o retorno às quadras, Bruno decidiu priorizar as duplas. “O meu destaque desde o início foi nessa modalidade, apesar de sempre ter focado na simples. Depois da lesão, me senti mais à vontade para seguir esse caminho que, em termos físicos, é menos impactante para o corpo”, explica. No tênis, segundo ele, formar uma dupla é como começar um namoro, em que o entrosamento entre os pares é essencial para o rendimento em quadra. “Tênis é um esporte de extrema precisão e precisamos de uma sintonia muito boa com o parceiro em todos os sentidos. Afinal, das horas em que passamos juntos, apenas 10% são gastos competindo. O restante é usado na preparação física, conversando sobre o quê melhorar, tática do jogo e fazendo análise do pós-jogo”, revela.

Tamanha convivência durante os torneios nem faz da distância durante os treinos – Bruno treina em BH e seu atual parceiro, Alexander Peya, em Viena, na Áustria – um problema: “É como em um relacionamento: esse tempo separado dá um pouco de saudade, dá aquela vontade de se reencontrar para começar mais uma boa campanha”.

TOP 10

Figurar entre os dez melhores duplistas de tênis do mundo era uma das quatro metas traçadas por Bruno Soares e Alexander Peya (o austríaco está em 9º) para a temporada de 2013. Depois da semifinal de Roland Garros, em junho, a dupla se volta agora para os outros três desafios: ficar entre as oito melhores duplas do mundo para disputar, em novembro, o ATP Finals, em Londres; ganhar um Masters 1.000 e conquistar um título de Grand Slam.

“É claro que conquistar títulos é muito mais difícil. Temos que entrar em uma semana e sermos perfeitos. Já estar em Londres depende de uma combinação de fatores e resultados. Mas estamos caminhando para isso. Estabelecemos as quatro metas no início do ano e temos o objetivo de alcançar pelo menos duas. O que vier a mais é lucro”, destaca Bruno, que comemora a sua melhor fase, mas não economiza boas expectativas para o futuro: “Estou em uma crescente e ainda não cheguei ao meu máximo. Tenho muito para render e tenho feito um trabalho muito forte, por isso sinto que vem coisa boa por aí, maior ainda das que já vêm acontecendo”, projeta.

Rafa

el M

otta

| Ni

tro

Bruno Soares: "Não há como cortar caminho. São horas de dedicação na quadra e várias coisas para abrir mão"

42 Revista MRV Revista MRV 43

Page 22: Revista MRV

MAlAS PRONTASCOMPORTAMENTOCOMPORTAMENTO

purabravata

A dor é o principal motivo para levar homens ao médico, já que, em geral, eles “aguentam firme” e fogem dos consultórios o quanto podem. Esse é o retrato de pesquisa feita entre norte-americanos, mas será que por aqui o comportamento é diferente?

Todo mundo quer envelhecer bem e a receita para isso não é nenhum mistério: alimentar-se corretamente, fazer exercícios físicos e, ao primeiro sintoma de algo errado, procurar um médico. Mas parece que os homens não estão muito preocupados com a saúde, pelo menos no que diz respeito à prevenção. Estudo feito nos Estados Unidos por um laboratório farmacêutico revelou que 63% dos entrevistados só decidem consultar um médico quando a dor é prolongada e grave, desprezando sintomas como vômitos, sangramento ou coceira.

No Brasil, os dados não foram apurados em pesquisa, mas é fato que a expectativa de vida dos homens é menor do que a das mulheres e, culturalmente, eles começam a frequentar os consultórios também mais velhos. A população feminina, segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vive em média sete anos a mais do que a parcela masculina (77 anos contra 69 anos). De acordo com os dados, as mulheres no Brasil também fumam menos, se alimentam melhor e são mais ativas. Entretanto, no geral, ambos os sexos não têm a cultura da prevenção fortalecida e só procuram o médico quando os sintomas aparecem e precisam ser remediados.

| Joana Suarez

Foto

s: B

runo

Sen

na |

Nitro

O empresário Marcos Vinícius Guimarães de 45 anos e a família: a última vez que ele foi ao médico fazer um checkup foi antes do casamento

44 Revista MRV Revista MRV 45

Page 23: Revista MRV

Sem tempo

O Ministério da Saúde recomenda que os homens comecem a vis i tar o médico periodicamente a partir dos 20 anos, para realização de exames de glicose, pressão arterial, colesterol e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Fazer checkups de cinco em cinco anos, para quem não tem histórico de doenças familiares, é o ideal, segundo a Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

Para o empresário Marcus Vinícius Guimarães, de 45 anos, ir ao médico é quase uma opção que não existe, ainda que submetido à pressão familiar e à insistência dos que convivem com ele. Nem mesmo quando surge um sintoma tão aparente, como a mancha vermelha no olho existente há uma semana, ele aceitou os conselhos para visitar o doutor. A última vez que fez um checkup foi em 1998, antes do casamento. “Ia trocar de academia, mas precisava fazer exames. Daí desisti, não tenho tempo. Tenho familiares e amigos médicos, mas sinto ojeriza a remédios e consultas. Só vou se a situação for muito crítica. Quem procura acha!”, profetiza Guimarães.

Na casa dele, suas filhas, de 11 anos e 12 anos, já frequentam, por exemplo, consultórios de dermatologista e endocrinologista. “Elas são vaidosas e já têm o costume de ir ao médico desde cedo. Mas os homens são mais relaxados. Eu só procuro me alimentar bem”, admite o empresário. O que ele não leva em conta é que essa diferença entre eles e elas se reflete também na expectativa de vida.

Machões

Uma das explicações para a resistência masculina a ir ao médico é cultural. As mulheres, desde a primeira menstruação, são incentivadas a visitar o ginecologista, e quando iniciam a vida sexual, são orientadas a fazer exames preventivos anuais. Já os homens se veem mais obrigados a procurar o médico somente quando completam 40 anos, quando é indicado iniciar o controle de doenças na próstata. Mas nem isso é uma realidade, pois socialmente ainda existem preconceitos que afetam a conduta masculina. “Elas acostumam com o médico desde cedo. Os homens geralmente são muito machões e, com isso, deixam a saúde de lado, mas o preconceito está diminuindo aos poucos”, afirma o urologista José Eduardo Távora, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia em Minas Gerais (SBU-MG).

As doenças mais comuns no universo masculino são as cardiovasculares, diabetes, problemas nos rins e na próstata. Considerado hoje o médico do homem, o urologista deve ser visitado anualmente a partir dos 40 anos, principalmente se já houver histórico de câncer na família. “Quanto mais velho, maior a possibilidade de as doenças aparecerem. Antes dos 40 anos, não é tão prejudicial que o homem não vá ao médico se estiver tudo bem. Mas a qualquer sintoma diferente ele deve procurar ajuda imediatamente para diminuir qualquer complicação”, explicou José Távora.

Prevenção

O empresário mineiro Ricardo José Suarez, de 55 anos, pode ser considerado uma exceção entre os homens e um exemplo a ser seguido. Desde os 35 anos ele faz consultas regulares, e graças à prevenção, descobriu um câncer de próstata precocemente, aos 43 anos, e consegui curá-lo sem mais complicações. No terceiro ano em que Ricardo foi fazer o exame de toque retal, o tumor foi detectado, e depois retirado por meio de uma cirurgia. “É muito importante fazer a prevenção. Meu câncer poderia ter virado algo

muito mais sério. Se for para morrer, que seja num acidente”, diz o mineiro.

Campanhas

Apesar das ações de saúde ainda serem muito concentradas nas mulheres, já existem campanhas de conscientização e incentivo ao autocuidado masculino. Em 2009, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Os estados que aderem ao programa

recebem R$ 75 mil por ano e R$ 55 mil são repassados aos municípios para projetos de sensibilização do público masculino sobre riscos à saúde, e capacitação de profissionais.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) iniciou no ano passado projeto piloto sobre a importância dos cuidados com a saúde masculina que contribui para acabar com o preconceito em relação à realização de exames como o de toque retal. A 1ª Caminhada e Corrida da Saúde do Homem ocorreu em Belo Horizonte, no ano passado, e será expandida para todo o país.

O que eles disseram nos Estados Unidos *

Menos de um em cada três

descreveu a sua saúde como “excelente”

46% se sentem nervosos, ansiosos ou com medo quando vão

ao médico

50% admitem que têm medo de descobrir que têm um

problema sério de saúde

61% procuram ajuda quando necessário, mas não fazem

consultas médicas preventivas ou checkups anuais

63% afirmam que a dor prolongada e grave é o “ponto de

decisão” para procurar uma consulta médica

Mais de um terço relatam que uma companheira (o) é o principal

motivador a consultar um médico

* o estudo norte-americano, realizado pelo laboratório abbot, em parceria com a organização não governamental men's health network, foi feito com 2 mil entrevistados com mais de 18 anos

Marcus Vinícius Guimarães: "Os homens são mais relaxados. Eu só procuro me alimentar bem"

46 Revista MRV Revista MRV 47

Page 24: Revista MRV

MAlAS PRONTASCOMPORTAMENTOENTREvISTA

arrasa!ele

luan Santana não se dá por satisfeito e assegura que ainda tem muito para mostrar aos milhões de fãs pelo país. Com o lançamento do dvd Te Esperando, terceiro da carreira, o ídolo teen afirma que não tem medo de ousar e que veio para ficar

Brun

o Se

nna

| Nitr

o

Revista MRV 49 48 Revista MRV

Page 25: Revista MRV

verão de 2009 começou com a explosão de um jovem cantor. Com a canção Meteoro, Luan Santana quebrou recordes de público e conquistou fãs nas redes sociais e pelas cidades por onde passou. Naquele ano ele se apresentou em

nada menos que 300 shows pelo Brasil, uma média de 25 por mês. Para muitos, era o maior fenômeno da música sertaneja já ocorrido no país, e para outros, apenas um sucesso passageiro.

Contrariando os que acreditavam na teoria dos “15 minutos de fama”, Luan grava, aos 22 anos, o terceiro DVD de uma carreira que começou há pouco mais de cinco anos. O trabalho tem cenas de um grande show na Arena Maeda, em Itu (SP), realizado em julho, e também de apresentações em diversas cidades brasileiras.

Na turnê que realiza pelo país e que leva o mesmo nome do DVD, Luan dá uma prévia do que os fãs podem esperar do novo projeto, considerado o mais ousado da carreira. No palco, o sertanejo faz uso de todo o aparato tecnológico a que tem direito. O cenário pesa cerca de oito toneladas e consiste numa estrutura central de dois andares, interligada por três elevadores, que permite a troca de posição dos músicos ao longo do set. É de um deles que Luan surge para abrir o show.

No repertório, o público vibra com "Amar Não É Pecado", "Nega", "Te Vivo", "Meteoro", com que tudo começou, e as atuais "Sogrão Caprichou" e "Te Esperando", que bateu primeiro lugar entre as mais tocadas no Brasil já na semana de lançamento.

Apesar da grandiosidade do espetáculo, o jeito simples do rapaz de Campo Grande (MS) confirma que ele continua “o mesmo cara de antes”. O segredo para manter os pés no chão, segundo ele, é a humildade: “O sucesso chega, mas mantê-lo é mais difícil ainda. Precisa de muito trabalho e estou me empenhando para buscar melhorar a cada dia, por mim e pelo meu público”, destaca.

À fidelidade dos fãs, sem dúvida, Luan deve grande parcela do sucesso. A proximidade com eles, o sertanejo conquistou especialmente pelas redes sociais, nas quais fica conectado 24 horas por dia e é considerado o mais influente dos cantores (homem) brasileiros. Para se ter uma ideia da presença de Luan no mundo virtual, a

| Camila Freitas

OTerceiro DVD de Luan Santana traz trechos do show realizado em Belo Horizonte, em junho Br

uno

Senn

a | N

itro

50 Revista MRV Revista MRV 51

Page 26: Revista MRV

hashtag #faltam20diasdvdluansantana estava nos trend topics (assuntos mais comentados) do Twitter – onde o cantor reúne 4,5 milhões de seguidores – juntamente com as hashtags #vemprarua e #ogiganteacordou, referentes às manifestações populares nas principais cidades brasileiras, no dia 17 de junho.

Revista MRv: você lançará em breve o

terceiro dvd da sua carreira. O que os fãs

podem esperar desse novo projeto?

luan Santana: Vai ser um projeto ousado. Podem esperar algo novo e diferente do que eu já fiz. Tenho certeza de que a galera vai curtir muito.

O que a turnê Te Esperando traz de diferente

dos outros trabalhos?

Meus shows sempre trazem novidades. A interação com o público principalmente. Mas devo destacar os novos sucessos, como "Sogrão Caprichou", "Te Vivo", dois lançamentos que estão no meu novo EP Garotas Não Merecem Chorar, "Cabou, Cabou" e, claro, "Te Esperando", que dá nome ao show.

Nessa turnê tem alguma música que você

mais goste de cantar? Alguma que tenha um

significado especial para você?

"Te Esperando". É com ela que mais sinto a “vibe” da galera. Somente voz, violão e público. É instantâneo o retorno. Arrepia.

você tem só 22 anos e faz parte de um

fenômeno, muito influenciado pela internet,

de projeção de artistas muito jovens. Como é

experimentar o sucesso tão cedo?

Graças a Deus tenho o carinho que sempre sonhei. Sou realmente novo, mas procuro pensar com o pé no chão; o sucesso chega, mas mantê-lo é mais difícil ainda. Precisa de muito trabalho e estou me empenhando para buscar melhorar a cada dia, por mim e pelo meu público.

você teve problemas, de alguma forma, com a

fama? Como faz para manter os pés no chão?

Não tive problemas, graças a Deus continuo o mesmo cara de antes. Com meus amigos, minha família, pescando, fazendo churrasco... A diferença está na disponibilidade. O grande segredo é agir com humildade.

você se preocupa com as críticas? Elas

fazem diferença no seu trabalho?

Críticas sempre vão existir. Mas realmente me importo com o que o público diz. E isso ouço

através dos shows, do retorno das músicas nas rádios, dos meus fãs na internet. Faço o que gosto e para eles, que são o meu maior tesouro.

Aos três anos de idade, você já gostava de

cantar e ganhou o seu primeiro violão. Sua família

o apoiou ou havia o medo da “vida de artista”?

Graças a Deus meus pais sempre me apoiaram. Eles me deixaram bem à vontade para escolher o que eu queria para mim.

Música sertaneja é uma referência na sua

carreira. Quais as canções e artistas que

o marcaram?

Muitas, mas com certeza "Muda de Vida", do Zezé Di Camargo e Luciano. Foi a primeira que aprendi a cantar.

Como você se preparou para ser cantor e

compositor? Qual é a sua rotina para enfrentar

essa carreira?

Sempre procuro referências para inovar e me aperfeiçoar, ouço muito... de tudo um pouco.

você pensou em ter outra carreira?

No dia em que fui prestar vestibular para biologia, meu empresário marcou um show. Eu

Luan Santana: "Meus shows sempre trazem novidades"

Nada de botas e chapéus. O estilo descolado é uma das marcas do cantor sertanejo

Venerado pelas fãs, Luan é considerado o cantor brasileiro mais influente nas redes sociais

Fotos: Arquivo pessoal

52 Revista MRV Revista MRV 53

Page 27: Revista MRV

tinha que escolher, ou o vestibular, ou o palco. Escolhi o palco... deu certo! Não me imagino fazendo outra coisa.

O seu último Cd, Quando Chega a Noite, tem

17 músicas inéditas. Seis são suas. Como é o

seu processo de composição?

Eu me inspiro nas histórias de amigos, de filmes, de livros... Tudo sobre amor é inspiração.

Sua principal influência é a música sertaneja,

um estilo que veio se diversificando com o

tempo. Hoje, você tem o sertanejo de raiz, o

romântico, o sertanejo universitário. Tem

espaço para todo mundo? Quais são as dicas

para quem está começando?

Acredito que o sertanejo é sertanejo. Existe, sim, espaço para todo mundo no mercado e tem muita galera boa começando. O sucesso é fruto de um bom trabalho, com empenho, profissionalismo e, acima de tudo, personalidade.

você já chegou a fazer 300 shows em um

ano. Uma média de 25 por mês. Como faz

para manter o pique?

É difícil. Mas manter uma boa alimentação e dormir, mesmo que em banco de avião e ônibus, é básico para qualquer ser humano com uma rotina agitada.

você tem algum ritual antes dos shows?

Ainda dá um friozinho na barriga antes de

subir no palco?

Sempre dá. Cada show é um público diferente, ele se torna diferente. Faço sempre uma oração com minha equipe antes dos shows.

Quando a agenda dá uma folga, o que você

gosta de fazer?

Pescar, reunir a família, tocar umas modas, fazer um churrasco com os amigos.

E como se imagina daqui a 20 anos? Como

idealiza o seu futuro?

Cantando! Se Deus quiser.

Com mais de 4,5 mil fãs clubes no brasil e 4,5

milhões de seguidores no Twitter, é fato que

sua postura e conduta influenciam milhares

de pessoas. O que você pensa sobre isso?

Sou um cara humano, com defeitos e qualidades. Mas meu público me conhece, e se identifica com a minha postura, como eu sou, isso é o mais bacana.

você recebe fãs no camarim, tira fotos, dá

autógrafos. Essa proximidade com o público

já lhe causou também algum problema?

É amor. Amor a gente recebe, de braços abertos. Não me lembro de nenhum tipo de problema.

E você faz o estilo conectado, sempre com

um smartphone na mão?

Sou. 24 horas por dia. Mesmo que eu não esteja tuitando, ou postando, estou sempre conferindo.

você sai do estilo habitual dos sertanejos:

nada de botas ou chapéus. você escolhe

suas roupas?

Escolho com a ajuda de um profissional, mas, na maioria das vezes, dou o meu pitaco.

você parece ser vaidoso. É uma característica

sua ou uma exigência do meio artístico?

Gosto de me sentir bem e, principalmente, estar bem para os meus fãs.

Quais são os próximos projetos, além do

lançamento do dvd?

O DVD vai ser algo realmente surpreendente. Além dele, temos videoclipe da música "Te Esperando" recém-lançado e uma surpresa especial minha e da Jade (namorada do Luan).

Brun

o Se

nna

| Nitr

o

Revista MRV 55 54 Revista MRV

Page 28: Revista MRV
Page 29: Revista MRV

MAlAS PRONTASCOMPORTAMENTOCARREIRA

não?por que

Profissionais de informática, cuidadores de idosos e ecólogos são cada vez mais requisitados pelo mercado, mas esbarram na falta de regulamentação e de uma lei que preserve seus direitos básicos

O que os profissionais da área de informática, ecologia e cuidadores de idosos têm em comum? À primeira vista, nada. Um observador mais atento dirá que são áreas que atendem a modernização da economia e da vida em sociedade no Brasil. É também. Mas o que as une, especialmente, é que nenhuma dessas três profissões é regulamentada no país. Isso significa que qualquer trabalhador com interesse nas áreas está livre para exercer a profissão, sem a exigência de curso técnico ou superior. Além disso, o profissional não está resguardado por uma lei que preserve seus direitos básicos, como quantidade de horas trabalhadas, piso salarial e garantia de mercado para sua formação específica.

Nos últimos 10 anos, o mercado para a área de informática, por exemplo, deu um salto. Na era da tecnologia, as mais variadas empresas demandam os serviços de um profissional do setor e é comum a dificuldade de encontrá-lo. Em 2014, o Brasil poderá ter um déficit de 100 mil profissionais qualificados para trabalhar nos setores da tecnologia da informação (TI). A previsão preocupante é da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Assespro). O levantamento revela o cenário de escassez já sentido pelas empresas e o desafio que o país terá que enfrentar para garantir o crescimento de um dos principais setores da economia.

| Síria CaixetaBuscando atender a demanda do mercado e formar

trabalhadores qualificados, as universidades criam cursos voltados para a área. Cerca de 35 mil profissionais concluem, por ano, cursos de graduação ligados à informática no Brasil, segundo o professor Roberto Bigonha, pesquisador do Laboratório de Linguagens de Programação do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Só a UFMG forma 100 profissionais anualmente nos cursos de ciência da computação, sistema de informação e matemática computacional. A tendência é aumentar a oferta de vagas nas universidades e as oportunidades de trabalho”, explica.

Polêmica

A falta de regulamentação divide opiniões dos especialistas em informática. Para o assessor de Formação do Sindicato dos Empregados em Empresas de Informática, Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares do Estado de Minas Gerais (Sindados-MG), Marcos Welington de Lima, o reconhecimento da profissão é fundamental para a categoria. “Vários projetos de lei que regulamentam a profissão já foram arquivados na Câmara Federal, pois há setores empresariais que não concordam com a padronização. Isso porque pesaria no bolso de

informáticaecólogocuidador de

idosos

58 Revista MRV Revista MRV 59

Page 30: Revista MRV

quem paga, tendo em vista que depois de serem reconhecidos, esses trabalhadores poderiam ter melhores salários. Há 30 anos a categoria luta pela legalização da profissão. A discussão é polêmica”, assinala.

O professor Roberto Pigonha discorda. Para ele, a regulamentação não traria muitas mudanças. “A informática permeia todas as profissões. Regulamentar a informática é como regulamentar o uso da língua portuguesa. O país teria muito a perder com a criação de reserva de mercado de trabalho na área”, argumenta. Segundo o professor, essa falta de regulamentação ainda facilita para que o mercado tenha mão de obra, sem prejudicar o especialista. “Engenheiros continuam ingressando na profissão, o que favorece a diversidade de profissionais. Estão sobrando vagas no mercado”, aponta.

Técnica em informática, Marina Gomes realmente não tem do que reclamar. Desde que concluiu o curso de analista de sistemas, há dois anos, as propostas de trabalho não param de aparecer. “A profissão está no auge. Tenho certeza que fiz a escolha certa. Com pouco tempo de formada já trabalhei em três empresas diferentes e consegui comprar meu carro. Pretendo continuar os estudos e abrir uma escola de informática”, planeja.

Mais idosos

A luta pela regulamentação é bandeira também dos cuidadores de idosos, outra profissão cuja demanda tende a crescer. É o que mostram dados oficiais. O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que 11,3% da população brasileira tem mais de 60 anos e, com o aumento da expectativa de vida, a previsão é de que essa parcela chegue a 25% do total em 2050.

Em Minas, a Associação de Cuidadores de Idosos (ACI-MG) ministra cursos, desde 2005, para as pessoas que queiram se dedicar à profissão. De lá pra cá, cerca de 5 mil pessoas, moradoras de Belo Horizonte e região metropolitana, concluíram o curso. A carga horária é de 100 horas, entre teoria e prática. De acordo com a assistente social Andréa Maria de Carvalho, a procura pelo aperfeiçoamento tem aumentado muito devido à ótima fase do mercado. “Entre os anos de 1999 e 2002, esses cursos foram criados para atender os trabalhadores que já atuavam em asilos. Hoje, percebemos que a procura diversificou. Familiares e pessoas interessadas em ingressar no mercado de trabalho querem especializar-se, pois a demanda é muito grande. Isso se deve ao aumento da expectativa de vida da população brasileira, ao fato de as famílias hoje serem menores e de a mulher trabalhar fora, com várias jornadas. Então, podemos dizer que o cuidador de idosos é uma necessidade social”, garante.

Os profissionais que trabalham cuidando de idosos esperam, porém, o reconhecimento da profissão. “Um trabalhador com tamanha responsabilidade tem que ser valorizado e o passo inicial para isso é a regulamentação de seu trabalho. Um dos grandes entraves hoje é a falta de padronização salarial. Estamos na luta pela regulamentação”, explica Cláudio Márcio Nascimento, que trabalha como cuidador há cinco anos.

Quem quiser seguir essa carreira precisa ter muita dedicação. Além de dar assistência e acompanhamento ao idoso, a pessoa deve ter noções básicas de cuidados preventivos de saúde, prestação de apoio emocional, administração de medicamentos e outros procedimentos de saúde, auxílio e acompanhamento na mobilidade do idoso e na realização de rotinas de higiene pessoal, ambiental e de nutrição.

informática*

QUANTO GANHA O PROfISSIONAl?

R$ 3.434

administrador de banco de dados

R$ 3.831

analista de negócios

R$ 3.933

analista de implantação

R$ 2.935

analista de suporte

R$ 3.406

analista de infraestrutura

R$ 3.181

analista de testes R$ 3.745

analista de sistemas

R$ 4.654

analista de software

R$ 2.555

programador

Esses valores são médias aritméticas ponderadas, de cada cargo, considerando todas as informações salariais da carreira júnior, pleno e sênior. A última atualização de salário da categoria foi feita no final de 2012.

*Dados do Sindicato das Empresas de Informática de Minas Gerais (Sindinform-MG)

Plantões de 12 horasMensal (40 horas

semanais)

de R$ 60 a R$ 120R$ 1,2

mil

cuidador de idosos

Ecólogos

bolsas/salários que variam de R$ 1,8 mil a R$ 2,5 mil

Recém-graduado

R$ 3 mil a R$ 6 mil Com mestrado

R$ 4 mil a R$ 10 mil Com

doutorado

bolsas/salários que variam de R$ 2,5 mil a R$ 4 mil

Com especialização

Fonte: Associação Brasileira de Ecólogos

EM bUSCA dE CREdIbIlIdAdE E AUTONOMIA

A necessidade de cuidar do meio ambiente e garantir a sustentabilidade do planeta faz da ecologia uma profissão de futuro. E o futuro já chegou. O profissional que estuda o meio ambiente, os ecossistemas, os recursos naturais e interação entre natureza e seres vivos é bastante demandado, principalmente por órgãos públicos. O que explica a procura por esse perfil de trabalhador, segundo a presidente da Associação Brasileira de Ecólogos (ABE), Alessandra Rodrigues, é a crescente preocupação com a área. “Não possuímos um estudo específico sobre demanda no Brasil, mas quando preciso contratar profissionais percebo que a procura por esses especialistas é intensa. Nas regiões Sul e Sudeste, há busca de profissionais mais especializados. Já nas regiões Norte e Nordeste há demanda, porém com salários menos competitivos”, explica.

A regulamentação da profissão, acredita Alessandra, traria mais credibilidade e autonomia para a categoria. “Como não há registro em conselho de classe, não há como exigir um piso salarial. Além disso, a existência da regulamentação favorece e fortalece a divulgação e a aceitação do ecólogo em concursos públicos, uma vez que, dessa forma, não se pode entrar em um conselho de classe já existente ou criar um específico. O Ministério da Educação (MEC) reconhece as universidades, mas não a regulamentação da profissão”, lamenta.

Outra questão preocupante, segundo ela, é que os profissionais fazem o trabalho, mas não recebem o devido crédito. “Em muitos casos, os ecólogos realizam os estudos de impacto ambiental e outro profissional acaba assinando, por estar ligado a um conselho de classe, que só se consolida quando a profissão é regulamentada”.

Fonte: Associação dos Cuidadores de Idosos de Minas Gerais

60 Revista MRV Revista MRV 61

Page 31: Revista MRV

Revista MRV 63 62 Revista MRV

Page 32: Revista MRV

MAlAS PRONTASCOMPORTAMENTOON-lINE

há vagas! clicou?

Há alguns anos, a opção para quem estava à procura de um emprego era vestir sua melhor roupa e bater de porta em porta, deixando o currículo impresso. Hoje, muitas vezes não é preciso nem sair de casa, porque diversos sites oferecem oportunidades e dão dicas para otimizar a procura

64 Revista MRV Revista MRV 65

Page 33: Revista MRV

Duas semanas foram suficientes para o professor de inglês Henrique Carvalho, de 29 anos, receber quatro ofertas de emprego sem sair de casa e sem gastar nada. Ele se cadastrou em um portal especializado em profissionais de idiomas. Por ser uma novidade no mercado on-line, muita gente ainda não sabe sobre a possibilidade de disponibilizar os currículos em sites direcionados que servem de ponte entre os candidatos e as empresas. E o melhor: é de graça!

Os portais de vagas segmentados surgem como uma alternativa para a busca de mão de obra qualificada. Além de exibir oportunidades de trabalho, eles trazem informações específicas sobre cada profissão. Muitos deles ainda cobram para cadastrar o currículo, mas são cada vez mais comuns os que oferecem a ferramenta gratuitamente, tanto para os profissionais quanto para as empresas que querem divulgar suas vagas.

Busca

Entre os sites mais conhecidos estão o Banco Nacional de Empregos, o Vagas.com, o Guia de Empregos e o Curriculum – a maioria oferece também dicas e vagas separadas por área ou por estado. Todos esses são de graça. A fonte de renda deles está em oferecer produtos pagos, como cursos para melhorar o desempenho nas entrevistas e dar destaque ao currículo on-line.

Os consultores de recursos humanos lembram que, para que o resultado seja positivo, é preciso levar a busca por emprego a sério. “A pesquisa pela internet deve ser encarada como um trabalho, começando de manhã para passar o dia focado em procurar uma vaga no mercado e, se possível, até vestir uma roupa adequada”, explica Leopoldo Lopes, gerente de Relacionamentos da Reggiani Hunting, empresa que atua no mercado de consultoria em RH, especializada em profissionais estratégicos.

Lopes destaca que os portais segmentados por profissão surgiram como uma boa ferramenta diante da dificuldade de selecionar profissionais capacitados, com o perfil adequado à empresa. “Empregados e empregadores estão aderindo a esses sites porque são mais direcionados, e ninguém precisa perder tempo com vagas que não lhe interessam”, afirma. Segundo ele, os conselhos de classe costumam divulgar os portais e as vagas oferecidas na área. “É preciso esperar um tempo para que esses sites se tornem mais conhecidos no mercado. Por enquanto, as pessoas devem fazer

| Joana Suarez uma pesquisa direcionada na internet e nos conselhos para encontrá-los”, opina.

Segmentados

O ProfCerto, por exemplo, é um portal de talentos para professores e escolas de idiomas. Os profissionais podem preencher, gratuitamente, um cadastro e realizar teste escrito e comportamental. Podem também convidar colegas a postar referências e postar um vídeo se expressando na língua que ensinam. As empresas e alunos particulares selecionam esses professores filtrando por idioma, região (de todo o país), perfil e experiência.

Após fazer seu cadastro no portal, Henrique Carvalho aumentou o número de empresas em que dá aulas em São Paulo. “Para o profissional, é uma ótima ferramenta porque podemos aceitar e recusar as propostas, sem ressentimentos. No início, temos uma certa resistência por ser novo, mas é muito confiável”, diz.

Também o paulista Tiago Afonso Rafael Tashvn, de 36 anos, se cadastrou no ProfCerto, e, em poucos dias, conseguiu uma oportunidade. “Este tipo de site dá ao profissional de línguas a oportunidade de ter o seu currículo visto por escolas de todo o território nacional. A principal vantagem é ter um site focado e objetivo na oferta de profissionais que atuam no mercado de ensino de idiomas”, destaca.

Assim como a ProfCerto, existe também o About Me, voltado para profissionais da área de saúde e farmácia (healthcare and cosmetics), lançado há um ano. “Para os profissionais é de graça. Já as empresas só pagam se uma vaga publicada no portal for devidamente preenchida através do nosso suporte”, explica o diretor de Operações do About Me, Newton Velloso.

Pré-testes

Alguns portais fazem apenas o recrutamento segmentado, mas não realizam a triagem do profissional. No caso do ProfCerto, é possível verificar o resultado de vários testes executados pelo candidato no site e selecionar apenas os que mais interessam. A ferramenta não elimina o papel do recrutador, que deve fazer a avaliação final.

“Percebemos na Companhia de Idiomas que gastávamos horas e muito dinheiro com diversas dinâmicas, aplicando testes escritos, pedagógicos, comportamentais. Criamos a plataforma ProfCerto para filtrar os profissionais com poucos cliques,

e conseguimos reduzir esse investimento em 50%”, explica Rosângela de Fátima Souza, sócia-diretora da Companhia de Idiomas e do site ProfCerto. As escolas só pagam se quiserem visualizar os resultados dos testes dos candidatos.

Na rede

Além dos portais de emprego, as redes sociais também são uma ferramenta muito eficaz na busca por emprego. O LinkedIn é a mais importante, por ser voltada para o mercado de trabalho. Segundo os consultores de RH, um perfil completo, bem montado e visto na internet aumenta as chances de conseguir uma recolocação.

No Facebook, ao digitar empregos na busca é possível encontrar páginas para lugares e classes específicas como psicologia, moda e tecnologia da informação. O perfil Vagas, no Twitter, é do grupo Vagas.com e traz oportunidades em todo o Brasil.

Mas atenção ao que você posta na rede social. “Sempre digo que as empresas costumam vasculhar toda a vida do candidato na internet. Tem que ter muita cautela com o que você quer que apareça no ambiente virtual”, avisa Lopes.

COPIE E COlE

OS ESPECIAlIzAdOS

Veja alguns sites que cadastram currículo e oferecem vagas gratuitamente:

www.vagas.com

www.curriculum.com.br

www.bne.com.br

www.guiadeempregos.com.br

www.profcerto.com.br – Idiomas

www.brasil.infomine.com – Mineração

www.aboutme.com.br – Cosméticos, farmácia e saúde

www.world-architects.com/jobs – Arquitetura

CONECTE-SEDicas para recolocação no mercado de trabalho:

Desemprego não é férias. A procura por uma vaga deve ser encarada como um trabalho em

tempo integral.

Enquanto procura emprego, uma boa opção é fazer cursos de qualificação, que pode ser

uma língua ou pós-graduação.

Deixe os seus dados sobre educação/formação, experiência de trabalho e idiomas

sempre atualizados.

Entre em outras redes sociais. Além do LinkedIn, do Twitter e do Facebook, há

o Quora e Squidoo.

Siga empresas no Facebook, comunidades de empregos e da sua área de trabalho.

Invista no networking. Avise a todas as pessoas da sua rede de relacionamentos

que está procurando emprego; elas podem ter algum contato a oferecer.

É essencial que as atitudes de um candidato sejam 100% coerentes

com as palavras escritas nas redes sociais ou blogs.

66 Revista MRV Revista MRV 67

Page 34: Revista MRV

MAlAS PRONTASCOMPORTAMENTOESPETÁCUlO

sucessosrede de longe dos ditames do mercado, músicos e artistas

mostram talento na internet, emplacam sucessos e ganham apoio dos internautas. do virtual, deságuam nos palcos da vida real e conquistam inúmeros fãs

A Galinha Pintadinha caiu no gosto da criançada e dos pais por acaso e hoje é uma fonte

de produções variadas, que engloba muito mais do que as

nostálgicas músicas

Caio Gallucci

68 Revista MRV Revista MRV 69

Page 35: Revista MRV

Cem, mil, milhões e pronto. Aumenta-se o número de acessos a um conteúdo na internet e, possivelmente, uma nova celebridade surge. A busca pelos 15 minutos de fama, almejados por muitos e conquistados por poucos, parece ter encontrado nas telas dos computadores uma espécie de democracia do estrelato. É verdade que a grande maioria é de estrelas cadentes, que somem quase da mesma forma que aparecem, mas é fato também que outras ganham notoriedade e vão além do mundo virtual.

Para o professor da Universidade Católica de Pernambuco Fernando Fontanella, não há diferença entre a celebridade na web e em outras mídias. “É tudo uma questão de estar presente. O que muda é a construção dessa fama, que não se controla, e depende da colaboração de outros que compartilham, comentam, curtem”. Ele acredita que essa é uma das razões de as pessoas comemorarem tanto o estrelato na rede, especialmente quando ele é atingido sem intenção. “O público acha muito legal, principalmente, quando a fama é efetivada e os famosos aparecem em outras mídias, como a TV. Eles (os famosos) se tornam uma espécie de símbolo dessa mobilização coletiva”, arremata.

Viradas

A rede, sem dúvidas, possibilita maior versatilidade para os representantes das mais diversas artes divulgarem seus trabalhos. Os tradicionais degraus da fama, tais como o lançamento de um CD, o alcance a rádios e TVs, a chegada da popularidade e a consequente venda do produto, ou da ideia, não precisam estar mais tão engessados. Exemplo disso é a cadeia produtiva que envolve o mundo musical poder virar de ponta-cabeça ao permitir que um vídeo no YouTube alcance mais de um bilhão de acessos.

Histórias da carochinha? Não para o rapper sul-coreano Psy, que foi o primeiro a chegar a esse número na rede social. Meta alcançada em dezembro do ano passado com a música “Gagnam Style”. Lançado em julho de 2012, o vídeo gerou cerca de US$ 8 milhões para o YouTube, valor compartilhado com o artista. O aumento da acessibilidade à internet é um prato cheio para os aspirantes a estrelas. No Brasil, a quantidade de pessoas com acesso à internet, no terceiro trimestre de 2012, era de 94,2 milhões, de

| Ione Maria NascimentoO Teatro Mágico sobrevive com shows, vendas de produtos e compartilhamento gratuito de várias de suas produções na internet

Arqu

ivo O

Tea

tro M

ágic

o

70 Revista MRV Revista MRV 71

Page 36: Revista MRV

acordo com o Ibope Media. O número se refere a crianças e adolescentes (de 2 a 15 anos de idade) que possuem acesso em domicílios e às pessoas de 16 anos ou mais com acesso em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, lan houses e outros locais).

Os números podem fazer brilhar ainda mais os olhos de quem almeja a carreira artística. Basta pensar que 53,5% dos brasileiros com 10 anos ou mais ainda não possuem acesso à rede, de acordo com dados divulgados este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao período de 2005 a 2011.

Inesperado

Qual artista nunca sonhou ganhar na loteria da fama? Foi sem pretensão de divulgação que os empreendedores Marcos Luporini e Juliano Prado viram seu projeto explodir na rede. Em 2006, eles postaram o vídeo “Galinha Pintadinha” no YouTube para evitar os custos com um motoboy que levaria o DVD a uma reunião com produtores, na qual eles não estariam presentes. A dupla buscava parcerias ou financiamentos para o trabalho deslanchar.

Luporini e Juliano receberam muitos “nãos” para a proposta e, desanimados, simplesmente esqueceram o vídeo na rede. Seis meses depois, a surpresa: o número de visualizações do vídeo ultrapassava a marca de 500 mil. Era o início da consolidação do estrondoso sucesso infantil da “Galinha Pintadinha”. “Na época, a quantidade de visualizações era considerada altíssima. A resposta foi bem legal. Foi chegando aos poucos e encaramos com muita naturalidade. Foi o público quem elegeu a Galinha Pintadinha”, enfatiza Luporini.

Em 2008, depois de um milhão de visualizações, os dois resolveram gravar um DVD com recursos próprios. Para isso, reuniram 10 artistas de Campinas. “Era simples, mesmo porque não tínhamos nem dinheiro para fazer mais complicado. Não foi nada planejado, nem o sucesso, nem o efeito sobre as crianças”, assinala o artista, a c h a n d o g r a ç a quando as pessoas imaginam que o DVD possui mensagens subliminares ou qualquer outra

mystery Guitar man

O videomaker Joe Penna virou febre no YouTube em 2007. Com seu personagem Mystery Guitar Man, um verdadeiro homem show, Penna usa e abusa da sonoridade e técnicas audiovisuais em pequenos vídeos que grava e edita no próprio apartamento. O brasileiro, que mora nos Estados Unidos há 12 anos, e antes passava aperto para pagar até o próprio aluguel, tem atualmente trabalhos em comerciais da Coca-Cola, Guaraná e McDonald’s. No YouTube o Mystery Guitar Man já tem mais de 300 milhões de visualizações.

mallu magalhães

“Tchubaruba” foi uma das canções que fizeram a cantora Mallu Magalhães virar celebridade na internet. Apaixonada por música desde muito nova, ela gravou suas primeiras canções em estúdio aos 15 anos por conta própria e jogou no My Space, na internet. Ela já gravou três CDs. O último, Pitanga, foi lançado em 2011.

Justin Bieber

O sucesso do cantor Justin Bieber teve um grande empurrão do mundo virtual. É que o empresário americano Scooter Brau descobriu vídeos do cantor no YouTube em 2008 e gostou do que viu. Brau se tornou o empresário do cantor e o jovem talento, agora com 19 anos, se tornou uma grande febre mundial. Bieber foi a primeira pessoa a alcançar a marca de 40 milhões de fãs no Twitter, atingida em junho deste ano.

Banda mais Bonita da cidade

“Meu amor essa é a última oração / Pra salvar seu coração/ Coração não é tão simples quanto pensa / Nele cabe o que não cabe na despensa”. Foi com esses versos que A Banda Mais Bonita da Cidade se tornou sucesso na rede com a música “Oração”. Formado em 2009, o grupo, que toca MPB e indie rock, estourou no YouTube, em 2011, com mais de 10 milhões de visualizações. A banda, que ganhou visibilidade nacional, é formada por Uyara Torrente (vocal), Rodrigo Lemos (banjolele e guitarrista), Vinicius Nisi (teclado e violão), Diego Plaça (violão e baixo) e Luis Bourscheidt (percussão e bateria).

72 Revista MRV Revista MRV 73

Page 37: Revista MRV

coisa que não seja a própria música e a animação. O vídeo se transformou em uma marca de resgate e promoção de canções infantis populares brasileiras, com mais de 200 produtos licenciados, entre brinquedos e outros itens infantis.

Variáveis e surpresas

Mas na internet tudo acontece por acaso ou há uma receita para se alcançar a fama? Fontanella ressalta que “não é simplesmente por estar na rede que você vai se tornar famoso. Existem algumas práticas recorrentes que dão certo. Mas não há uma fórmula”. Ele lembra que até agências de publicidade investem nesse mecanismo para provocar notoriedade, mas nem sempre acertam. “Muitos anunciantes optam por voltar para a mídia tradicional ou usar algum tipo de combinação dela com a internet. Reconhecem ter mais controle da mídia tradicional. Apesar de não ser impossível, a campanha feita na rede possui mais variáveis”, esclarece.

Por ser um ambiente que permite maior liberdade de criação, achar quem investe na divulgação de trabalhos na rede virtual é fácil. O interessante é a projeção de produtos de qualidade que estariam na gaveta se não fosse a web. A internet foi uma aliada do vocalista, compositor e ator do Teatro Mágico, Fernando Anitelli. Seu pai, Odácio Anitelli, um grande apoiador do trabalho, foi quem fez a travessura. Inconformado porque nem gravadoras nem empresários procuravam o filho, lançou um CD de Fernando no E-mule, sem contar para ele.

Durante quatro anos, as músicas se propagaram entre um público fiel e sempre crescente, motivando o líder do Teatro Mágico a montar a trupe independente. Formada em 2003, na cidade de Osasco (SP), ela lançou o primeiro álbum, Entrada para Raros. A trupe reúne elementos do circo, teatro, poesia, literatura, política e, além das composições próprias, o cancioneiro popular.

Compartilhamento

Até hoje, os artistas envolvidos trabalham pela acessibilidade das músicas. “Quando colocamos todas as canções no site para serem baixadas, a relação com o público passou a ser mais próxima. Ele entendeu o projeto e passou a acompanhar muito mais. Compreendeu que eu só era capaz de existir porque o público compartilhava as

músicas, comprava o CD nos shows e dava cópias de presente para amigos”, conta Fernando.

Nos shows, o grupo, formado por 10 músicos, três artistas circenses e algumas participações esporádicas, fomenta o acesso ao trabalho na web. “Com a internet, conseguimos retirar o atravessador cultural que engorda o preço. Mas não basta jogar o trabalho na rede. Uma coisa ou outra pode até se tornar um grande sucesso, mas para que o projeto tenha uma constância é necessário desenvolver uma relação transparente e honesta com o público. O trabalho ainda tem que ter personalidade, inteligência, qualidade, criatividade”, defende o artista.

A trupe comemora o alcance da marca de 6 milhões de downloads feitos e mais de 5 milhões de transmissões de músicas do primeiro e segundo CD, nos sites Trama Virtual e Palco MP3. Por baixos preços, no site (www.oteatromagico.mus.br), ainda é possível adquirir, por exemplo, um CD por R$ 5 ou um box com CD e DVD por R$ 40. O Teatro Mágico continua sem patrocínio, mas chegou a recusar propostas de gravadoras. Um dos motivos é que as empresas não aceitam que as músicas continuem sendo baixadas gratuitamente na internet.

Você decide

Mas nem só de música vivem os artistas da rede. O humorista Rafinha Bastos foi um que caiu na graça do público pela internet. Jornalista, com algumas passagens pela TV, ele queria ser jogador de basquete e rumou para os EUA para investir no grande sonho. Para manter contato com família e amigos, criou um website. A página virou um sucesso e, em 2002, de volta ao Brasil, Rafinha Bastos ganhou fama como humorista apresentando programas na internet e na TV aberta, ficando conhecido nacionalmente. Sorte? Talento? É o internauta quem decide.

Com a música "Gagnam Style", o rapper sul-coreano Psy alcançou mais de um bilhão de acessos no YouTube

Debb

y W

ong

/ Shu

tters

tock

.com

74 Revista MRV Revista MRV 75

Page 38: Revista MRV

MAlAS PRONTASCOMPORTAMENTOdESTAQUE MRv

na veiasustentabilidade

Multinacional brasileira faz história na construção civil do país ao incorporar processos de produção e lançar produtos de baixo impacto ambiental. Participante do projeto Parceiros de Qualidade da MRv, a Tigre é exemplo de preocupação com o futuro do planeta

Do discurso à prática existe um longo caminho. Para se comprometer com o futuro das próximas gerações e atender as exigências do mercado e dos clientes não basta às empresas parecer sustentável. Mais do que isso, é preciso rever produtos e serviços, reconfigurar processos de produção e incorporar práticas não apenas ambientalmente corretas, mas incentivadoras do desenvolvimento socioeconômico. A Tigre, multinacional brasileira líder na fabricação de tubos, conexões e acessórios no país e uma das maiores do mundo, entendeu a fórmula há tempos.

Referência nos mercados predial, de infraestrutura, de irrigação e indústria, ela é reconhecida também pelas iniciativas voltadas à sustentabilidade. “Estratégia, governança e sustentabilidade são temas que caminham juntos e representam a forma como a Tigre conduz seus negócios”, diz o diretor corporativo de Tecnologia e Qualidade Rogério Kohntopp. Segundo ele, de forma estratégica a empresa avalia os aspectos sociais e ambientais que impactam os resultados econômico-financeiros.

“Adotamos as melhores práticas de governança para orientar nossas operações e decisões no sentido de minimizar os riscos e maximizar as oportunidades, agregando valor à marca, assegurando a continuidade dos negócios e, ao mesmo tempo, contribuindo para o desenvolvimento sustentável”, ressalta Kohntopp.

Com o lançamento da Grelha Ecológica Tigre, em 2012, a empresa foi a primeira do Brasil a usar plástico sustentável como matéria-prima na construção civil. O selo “Eco Tigre” vem estampado na embalagem para mostrar ao consumidor que o produto foi feito de polietileno verde de fonte 100% renovável – o etanol. Outro benefício desse plástico é absorver durante o processo produtivo o CO2 da atmosfera, gás causador do efeito estufa.

Apesar de não ser o primeiro produto sustentável no portfólio da Tigre, a linha de grelhas traduz a essência da nova política de sustentabilidade da empresa, reformulada no início de 2012 e baseada em seis eixos de atuação: sustentabilidade integrada ao modelo de gestão, linhas de produtos sustentáveis, construção sustentável, envolvimento com a sociedade, desenvolvimento humano e compromisso ambiental. “A sustentabilidade sempre esteve presente na Tigre, seja na condução dos negócios de forma responsável, ética e transparente, com foco nas pessoas, seja na inovação para o desenvolvimento de soluções em tubos e conexões com qualidade e alta performance. No entanto, para que isso formalmente fizesse parte da rotina, foi necessário organizar um modelo de governança e de tomada de decisões que incorporasse de forma consciente e sistemática as questões ligadas à sustentabilidade”, explica Kohntopp.

Com a reformulação, a Tigre implementou também projeto de logística reversa dos materiais de merchandising (cartazes, faixas de gôndolas, testeiras e displays de

| Camila Freitas

Tigre mantém diversas iniciativas em suas unidades

para evitar o desperdício e reduzir o consumo de

energia e água

Foto

s: A

rqui

vo T

igre

76 Revista MRV Revista MRV 77

Page 39: Revista MRV

balcão) expostos nos cerca de 70 mil pontos de venda em lojas de materiais de construção de todo o Brasil. O que antes era descartado no lixo, agora é recolhido e reciclado. O valor arrecadado é administrado pelo Instituto Carlos Roberto Hansen, braço social da empresa, que investe em iniciativas direcionadas para crianças e adolescentes, nas áreas de saúde, educação, cultura e esporte. Em 10 anos de atividades, o instituto recebeu mais de R$ 26 milhões de investimento e beneficiou cerca de 1 milhão de pessoas.

Uma parcela dos recursos tem origem no Programa Reciclar para Recriar, da Tigre, que desde 2008 conscientiza os colaboradores da empresa sobre a importância da coleta seletiva e da reciclagem. A verba arrecadada é fruto da venda a empresas recicladoras dos resíduos recolhidos nos centros operacionais de tubos e conexões e acessórios no Brasil, incluindo os levados de casa pelos funcionários. Só em 2012, foram direcionados ao instituto R$ 185 mil por meio desse programa.

Inovação

Desafio constante para a Tigre, a inovação é um dos principais pilares do desenvolvimento da empresa, que possui atualmente mais de 100 profissionais dedicados exclusivamente à área de pesquisa e desenvolvimento, projetando novos produtos, otimizando os já existentes e dando suporte à estratégia de crescimento da empresa de forma corporativa e sustentável. Na Tigre, o processo de inovação leva em conta a ampla rede de relacionamento que o grupo cultiva com a cadeia produtiva da construção e não começa somente com o surgimento de uma nova ideia, mas com a identificação de uma oportunidade e com a definição do valor que poderá ser oferecido ao mercado como benefício.

“A área de inovação da Tigre adota uma postura mais proativa na criação de soluções, antecipando demandas e tornando possível avaliar, em conjunto com fornecedores, as tendências na construção civil para os próximos 10 anos, tanto no que se refere a materiais quanto a tecnologias, inclusive do ponto de vista da sustentabilidade. Nos últimos

10 anos lançamos mais de 500 produtos por ano, e em 2012, chegamos à média de 1,6 item por dia”, contabiliza o diretor corporativo de Tecnologia e Qualidade da Tigre.

Fábrica verde

Parte dessa produção diária acontece na fábrica de registros da Tigre em Joinville (SC), no mesmo complexo industrial da matriz. Concebida dentro de um modelo eficiente de operação, desenvolvido para gerar menor consumo de água e energia, a planta, em operação desde 2011, se tornou referência em modernidade e sustentabilidade para a empresa. Sua estrutura conta com telhas térmicas que melhoram o conforto térmico da fábrica e sistema de reaproveitamento de água da chuva para a produção, além de um novo padrão de tensão, torres de resfriamento secas e injetoras automatizadas, que reduzem o consumo de energia em até 50%.

Para evitar o desperdício e garantir menos consumo de energia e água nos processos produtivos – não apenas da fábrica em Joinville, mas em todas as unidades – a Tigre tem diversas frentes de atuação, desde a instalação de torneiras econômicas e utilização de iluminação natural nos centros de distribuição e galpões à renovação tecnológica de equipamentos e desenvolvimento de programas de conscientização.

O projeto mais recente investirá 5,9 milhões em 2013 na redução de consumo de energia na unidade fabril em Joinville e prevê a economia de mais de 5 mil MWh por ano, o equivalente a 10,54% do seu consumo anual. A iniciativa, financiada pelas Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), foi escolhida em primeiro lugar no estado através da ação “Indústria + Eficiente” que incentiva a indústria a investir em programas de eficiência energética.

PIONEIRISMO

Quando o assunto é sustentabilidade, a Tigre vem inovando desde a sua fundação, em 1941, ao introduzir o plástico na construção civil. Nos anos 1950, a ideia de fabricar tubos e conexões de PVC para instalações hidráulicas parecia absurda. Mas João Hansen Júnior, fundador da Tigre, sabia que tinha nas mãos um produto mais interessante do que o ferro – que até então era sinônimo de força e resistência – e levou sua ideia adiante.

E ele não estava enganado: “O PVC, que atualmente é o material utilizado em 85% da nossa produção, é reconhecido no mundo todo por estar adequado aos padrões da construção sustentável e por ter impacto direto na redução do custo da obra”, aponta o diretor corporativo de Tecnologia e Qualidade, Rogério Kohntopp. Entre outras vantagens, o PVC é 100% renovável, é um material durável e tem baixa dependência de petróleo.

CHAvE NA MãO

Diretor corporativo de

Tecnologia e Qualidade da Tigre Rogério

Kohntopp

entrega antecipadaClientes recebem chaves e comemoram a conquista da casa própria antes do prazo contratual

A MRV Engenharia surpreende mais clientes e realiza entregas de imóveis com antecedência. Com comprometimento e trabalho de melhoria contínua em seus processos, sempre sem perder a qualidade, a construtora proporciona a conquista da casa própria com muito mais agilidade e conforto.

Valorização certeira

Em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), clientes que adquiriram imóveis do Residencial Caetés comemoraram a entrega dos apartamentos com pelo menos 11 meses de antecipação da data prevista no prazo contratual. Melhor ainda é que o bem alcançou uma valorização de 30% no mercado. “Estamos muito felizes em realizar o sonho dessas pessoas da forma mais rápida possível. Nos dedicamos para que tudo saia conforme o esperado para que esse momento seja aproveitado de uma forma única”, afirma Sandro Perin, gestor executivo Comercial da MRV Engenharia na Regional .

Na cidade de São José do Rio Preto (SP), a construtora antecipou em nove meses o prazo de entrega das unidades do Parque Rio Bandeira, residencial localizado no Bairro Caparroz. Nesse caso, a valorização dos imóveis foi ainda maior, batendo até 42%. O contabilista Jean Carlos Frigo foi um dos proprietários que recebeu as chaves de sua unidade na primeira etapa de entregas. Ele comemorou com a família a conquista do seu primeiro imóvel. “Foi tudo maravilhoso. É ótimo ter a oportunidade de adquirir um apartamento próprio. Fiquei muito satisfeito, desde a hora da compra até a data da vistoria de qualidade. Constatei que estou recebendo um apartamento com ótimo acabamento. Tudo foi entregue conforme o combinado: com piso, torneiras, par te h i d r á u l i c a e e l é t r i c a e m p e r f e i t o funcionamento”, conta.

Investimento

Sobre a entrega do imóvel bem antes do esperado, Jean demonstra confiança na construtora e ressalta que esta confiança é que faz com que a empresa se destaque no mercado. Ele lembra que a antecipação dos prazos é mais uma prova do comprometimento da MRV. Como adquiriu a unidade como forma de investimento, o contabilista também comemora a valorização de até 42%. “Fiquei satisfeito, já tenho retorno garantido. O Rio Bandeira está em uma região próspera e valorizada, próxima a um shopping. Já estamos colhendo os frutos”, completa.

Jean Carlos festeja com a família a conquista do primeiro imóvel

Arqu

ivo p

esso

al

78 Revista MRV Revista MRV 79

Page 40: Revista MRV

PRAzER EM CASA

para ver... para ler...

para ouvir...

O Discurso do Rei (the King's Speech), 2010

Quando o desânimo provocado pela incessante busca para a cura da gagueira crônica bate às portas do duque de York (Colin Firth), ele é encorajado por sua esposa a se tratar com o nada convencional terapeuta de voz Lionel Logue (Geoffrey Rush). No meio disso, seu irmão abre mão do trono da Inglaterra e ele é obrigado a se tornar rei a contragosto. A história de superação, baseada na vida do rei George VI, é daquelas que faz o público se emocionar, rir e torcer. O filme ganha o público pelo lado humano da construção da confiança entre Lionel e George, que se tornam amigos, e a perseverança de um homem constantemente constrangido em público pela dificuldade em discursar. A direção é do inglês Tom Hooper. Distribuição: Paris Filmes.

Amor (Amour), 2012

Não se engane pelo nome da obra. Sem sentimentalismos exagerados, o longa-metragem intimista Amor mostra a crua e difícil realidade de um casal que enfrenta a proximidade da morte. Os professores de música Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva), que já têm mais de 80 anos, veem seu amor colocado à prova quando a esposa sofre um derrame e a doença provoca mudanças em suas vidas, como a dependência da mulher. A narrativa transcorre de forma lenta e causa desconforto ao telespectador, que se depara, em cenas marcantes, com a condição humana de dor, desespero e, claro, amor. Distribuição: Imovision.

O Silêncio das Montanhas

Em que ponto uma decisão pode afetar diversas vidas? Do escritor afegão Khaled Hosseini, o mesmo de O Caçador de Pipas, O Silêncio das Montanhas conta a história de dois irmãos com uma forte ligação. Pari e Abdullah, envoltos na miséria e órfãos de mãe, vivem em uma aldeia em Cabul, no Afeganistão, e são separados quando crianças. Ao mesmo tempo em que tece a vida dos irmãos, o autor desenrola narrativas de personagens que direta ou indiretamente estão ligados à família de Pari e Abdullah. O Silêncio das Montanhas é, sobretudo, um livro que fala de amor, laços familiares, solidariedade e sobre a experiência da vida em exílio. Editora Globo Livros.

O Crime do Padre Amaro

Alguns livros merecem ser lidos e relidos várias vezes. Como o clássico da literatura O Crime do Padre Amaro do português Eça de Queirós. A obra foi publicada pela primeira vez em 1875 e até hoje não perdeu sua atualidade, causando polêmicas. A história vai além do romance às escondidas e proibido entre padre Amaro e a jovem Amélia. Um escândalo para a época, O Crime do Padre Amaro traz uma visão crítica da sociedade, da Igreja como instituição, além de denunciar a corrupção entre os padres e a hipocrisia da burguesia portuguesa. No Brasil, o livro é publicado por várias editoras, entre elas a L&PM Editores.

Roma para Mãos de Vaca

Viajar para diversos cantos do mundo é sonho acalentado por muita gente. Para os que estão com o dinheiro curto, mas mesmo assim querem se aventurar pela “cidade das sete colinas”, Roma para Mãos de Vaca desvenda alguns mistérios turísticos. Os autores Henry Alfred e Denise Nappi passaram oito meses no país, pesquisando dicas boas para o bolso e interessantes sobre gastronomia, hospedagem e diversão. Passeios gratuitos pela capital italiana não são muito comuns, mas não quer dizer que não existam. Que tal começar a planejar a viagem? O guia tem 132 páginas ilustradas e é vendido em versão digital, em qualquer lugar do mundo, no endereço www.maosdevaca.com, por R$ 15,90. No site, também é possível encontrar outros guias, como Nova York para Mãos de Vaca. E-book.

intocáveis (the intouchables), 2011

A história de amizade que ultrapassa as barreiras do convencional é o que encanta em Intocáveis, uma das obras mais aclamadas no mundo inteiro nos últimos anos. O longa francês traz à tela uma narrativa emocionante e divertida sobre a vida de Philippe (François Cluzet), um milionário tetraplégico, e seu recém-contratado auxiliar de enfermagem, o irreverente Driss (Omar Sy). Baseado em uma história real, o filme trata do encontro desses dois personagens tão distintos, que em muitos momentos se chocam, e em muitos outros, se abraçam. Philippe, já mais velho, não vê mais gosto em viver – não com tantas limitações físicas. Driss, ao contrário, é aquele que encara o mundo e dele quer absorver tudo. Um precisa se abrir, o outro, aprender a se limitar. É nessa dança dos opostos que se constrói uma maravilhosa relação de amizade e cumplicidade. Distribuição: Califórnia Filmes.

Abraçaço

Um artista que não cansa de se reinventar. O álbum Abraçaço, lançado no final de 2012, é mais uma forte prova da destreza musical do cantor e compositor Caetano Veloso. Uma parceria do baiano com a BandaCê, Abraçaço sacode os ouvidos com um som elétrico, que perpassa do funk ao rock alternativo, blues e samba, melodia diferente da que consagrou o famoso artista com canções ritmadas pela música popular brasileira, a exemplo da conhecida "Você É Linda". A obra, que carrega o título da faixa "Abraçaço", é definida pelo próprio Caetano não só como um abraço grande, mas um abraço espalhado, abrangente ou múltiplo. Com produção do filho Moreno Veloso e do guitarrista Pedro Sá, Abraçaço traz canções como "Quero Ser Justo", "Um Comunista", "Funk Melódico" e versos de Noel Rosa e Vinicius de Moraes.

Monomania

Reserve um “tempo musical”, antes de dar o play no álbum Monomania. É que as canções viciantes, embaladas pelo talento da voz suave e afinada de Clarice Falcão, merecem ser ouvidas várias vezes. A jovem, que é também atriz e roteirista, vem chamando atenção dos brasileiros com as 14 músicas de seu primeiro álbum. Clarice é muito mais que doce. Humorista ativa, ela empresta às suas composições autorais uma grande pitada de irreverência. Lançado no início deste ano na internet, o álbum está disponível para compra no iTunes.

80 Revista MRV Revista MRV 81

Page 41: Revista MRV

lançamentosRio de Janeiro (RJ)

Spazio Recoleta

Endereço: Rua Monte Santo – IrajáTerreno: 10938,18m²Áreas de uso comum: gazebo, playground, piscinas adulto e infantil, salão de festas, espaço fitness, sala de jogos, churrasqueira e quadraTotal de unidades: 240 apartamentosTipologia das unidades: apartamentos de 2 quartosProximidade: Largo do Bicão, Metrô de Irajá, Shoppings Carioca e Via Brasil, Rua Padre Roser e Avenida Brás de Pina

julho/agosto

Presidente Prudente (RJ)

Parque Príncipe de Andorra

Endereço: Rua Alvino Gomes Teixeira – Vila Maristela Terreno: 25.480,51m²Áreas de uso comum: salão de festas, playground, gazebo, brinquedoteca, churrasqueira, piscina e quadraTotal de unidades: 416 apartamentosTipologia das unidades: apartamentos de 1 e 2 quartosProximidade: Avenidas Coronel Marcondes, Ademar de Barros e José Claro e ao lado da Faculdade Toledo

Macaé (RJ)

Parque Mar de Gales

Endereço: Avenida D, 1.391 – São BarretoTerreno: 20.539,98m²Áreas de uso comum: salão de festas, playground, espaço fitness, gazebo, piscinas adulto e infantil Total das unidades: 384 apartamentosTipologia das unidades: apartamentos de 1 e 2 quartosProximidade: Centro de Convenções, Atacadão, Aeroporto e a 10 minutos do Centro da cidade

Uberlândia (MG)

Parque Ubá

Endereço: Av. Ana Carolina, quadra 09 – Gávea SulTerreno: 22.185,88m²Áreas de uso comum: gazebo, playground, f itness, churrasqueira, quadra, salão de festas e espaço gourmetTotal de unidades: 416 apartamentosTipologia das unidades: 2 quartosProximidade: Av. Nicomedes Alves dos Santos, Faculdade Unitri e Uberlândia Shopping

Ribeirão Preto (SP)

Parque Romanetto

Endereço: Rua Dr. José Ribeiro Ferreira – Jardim Manoel PennaTerreno: 15.317,12m²Áreas de uso comum: salão de festas, playground, espaço fitness, churrasqueira e espaço gourmetTotal de unidades: 192 apartamentosTipologia das unidades: apartamentos de 1 e 2 quartosProximidade: Centro da cidade e a 2 minutos do Novo Shopping RibeirãoVias de acesso: Rodovia Antônio Machado Santana, Rodovia Anhanguera e Avenida Maurílio Biagi

lANçAMENTOS

Cariacica (ES)

Parque Vila Imperial

Endereço: Rua Juscelino Kubitschek – SantanaTerreno: 17.738,50m²Áreas de uso comum: playground, espaço fitness, piscina, espaço gourmet e salão de festasTotal de unidades: 420 apartamentosTipologia das unidades: apartamentos de 2 quartosProximidade: Supermercados Extrabom, Porto Novo e Casa Grande, Terminal Rodoviário de Itacibá (a 3 km), Rodovias do Contorno e José Sete

Confira mais lançamentos no site www.mrv.com.br

82 Revista MRV Revista MRV 83

Page 42: Revista MRV

MEU MRv

de vencervontade

A conquista da casa própria é sempre uma história de sonhos. Quer ver sua história publicada aqui? Escreva para a redação ([email protected]).

Só serão considerados textos com identificação do autor: nome completo, RG, telefones de contato e e-mail.

Sou o filho mais novo de uma família de oito irmãos. Há 60 anos, meus pais deixaram a vida que tinham no interior de Minas Gerais para se tratarem na capital. Assim começa a nossa trajetória: com meu pai, já falecido, criando os filhos juntamente com a pequenina, mas guerreira, dona Ana, minha mãe, hoje com 87 anos. Sem estudos, meus pais não tinham como nos proporcionar uma vida boa, mas conseguiram criar todos com muita dignidade. Talvez por isso sempre tive vontade de vencer e de ter o próprio negócio.

Passei por várias empresas e cuidava delas como se fossem minhas. Em 1999, consegui montar minha empresa , hoje com sede no Centro de Belo Horizonte. Foi nessa época que conheci a MRV, quando uma vendedora me ofereceu um imóvel para compra. Mas não tinha nem dinheiro para pagar as contas direito, como iria pagar as prestações de um apartamento?

Naquela época, não consegui um financiamento pela Caixa, mas essa santa vendedora conseguiu uma negociação direta com a MRV. Parcelei o imóvel mesmo sem poder e pensei: “Tem que dar certo! Vou conseguir levantar a minha empresa e quitar esse apartamento”. Minha esposa estava grávida da nossa primeira filha (hoje temos três) e, desde que fechamos o negócio, fui contando prestação por prestação, até que elas acabassem.

Agora, meu apartamento está quitado e também consegui comprar a sede própria da minha empresa. Tenho todas as prestações guardadas para mostrar para minhas filhas que tudo foi conquistado com muita luta. A trajetória de conquistas da minha vida tem tudo a ver com a conquista do meu imóvel, meu porto seguro. Tenho muito carinho pela MRV e se a construtora fizer outro empreendimento aqui no bairro, sem dúvidas irei comprar de novo.

Fábio Miranda, 46 anosResidencial CentaurusBelo Horizonte (MG)

Fábio guarda as prestações quitadas para mostrar às filhas que “tudo foi conquistado com muita luta”

Arquivo pessoal

84 Revista MRV

Page 43: Revista MRV