Revista Movimento #1

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Confira a primeira edição da Revista Movimento, a revista semestral da Brasil Júnior!

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O Movimento Empresa Júnior cresce a cada dia. São novas empresas juniores, novas federações, novos jovens inspirados a se desenvolverem pessoal e profissionalmente e a transformar o futuro do país. A grandeza do movimento traz uma questão, no entanto: como garantir que todos os empresários juniores brasileiros tenha acesso a conhecimentos que possam melhorar sua experiência no MEJ? E é aí que entra a Revista Movimento. Esta é a forma da Brasil Júnior de fornecer a você, jovem empreendedor, metodologias, histórias de sucesso, de-poimentos inspiradores e discussões que possam auxiliar na nossa tarefa de transformar o Brasil. Queremos levá-los ao passado, presente e futuro do MEJ e do empresário júnior, para que possam perceber a importância do Movimento para os participantes e para a sociedade como um todo. Nesta primeira edição da revista, vamos conhecer um pouco mais sobre o método de ‘Design Thinking’ na hora da resolução de problemas. Também apresen-tamos a história de Pedro Salomão, um jovem exemplo que mostra que é possível empreender com criatividade. Trazemos ainda uma discussão que compara o MEJ aos manifestantes que agitaram o país em junho do ano passado, e muito mais!

Entre neste movimento com a gente! Obrigado e boa leitura.

Pedro Alves, Editor-Chefe

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Diretor de Comunicação: Bruno FerrariEditor-chefe: Pedro AlvesRepórteres: Fabrício Andrade, Mariana Gama, Raíssa Ferreira e Taise BorgesProjeto editorial: Bruno Ferrari, Fabrício Andrade, Pedro Alves e Taise BorgesProjeto gráfico e diagramação: Kaio Fialho

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“Nossa que dia cansativo! Nossa, eu trabalho demais. Nunca tenho tempo. Recebo muito mal e nunca tenho dinheiro”. Essas são algumas das frases que mais escutamos em nosso cotidiano. Estamos cercados de pessoas que impõem obstáculos a si mesmos ao invés de buscarem a realização de objetivos. E você? Como tem levado os dias no trabalho? Como têm sido suas relações interpessoais? Não, este não é mais um texto de auto-ajuda que apresentará fórmulas mágicas para problemas comuns. Esta é uma reflexão sobre como trabalhar com o que você gosta e viver como tal pode impactar os seus relacionamentos. É assim que pensa Pedro Salomão, Diretor Executivo da Rádio Ibiza, que transformou um sonho em ação e hoje é um empreendedor de sucesso no mundo dos negócios. O empreendedorismo não é um dom que você tem ou você não tem. O em-preendedorismo desenvolve-se. Para se tornar um grande homem no mundo dos negócios, você não precisa necessariamente ter feito o melhor curso superior, ter se formado em um MBA na melhor Universidade do mundo e nem mesmo viver uma vida apenas focada nos estudos. Pedro Salomão é hoje uma referência, não

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Fabrício Andrade

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porque possui uma “receita de bolo” para passar para os novos empresários, mas sim porque escolheu empreender felici-dade em todos os âmbitos da sua vida. Segundo Pedro Salomão, “um em-preendedor precisa, essencialmente, enxergar oportunidade onde a maioria enxerga crise, precisa entender que tempo é igual a patente, e uma ideia só ganha dono quando realizada! Ele precisa saber que suas escolhas são suas culpas e que não adianta achar “bengalas” pra seus medos e frustrações, e, finalmente, associar o sucesso a pessoas”. Quando indagado sobre o nascimento da Rádio Ibiza, ele simplesmente responde: “pensa num momento incrível da sua vida? Pensou? Você estava sozinho? Não! A Rádio Ibiza nasceu assim”. Para ser um empreendedor, você precisa ter inovação como uma das prin-cipais palavras do seu vocabulário. Se a

Universidade for te ajudar nesse processo, mergulhe. Se são as conexões interpes-soais que são essenciais para você, se lance. Procure a fórmula do seu sucesso de acordo com suas particularidades. Saiba sempre que, no mundo dos negócios, as palavras “certo” ou “errado” são puramente questão de opinião, desde que não in-frinjam as leis, é claro. Mas uma coisa é certa: Busque sempre ser o mais completo, entenda um pouco de arte, de tecnologia, de política e de economia. Pedro Salomão é um apaixonado pela Movimento Empresa Júnior. Constan-temente, mesmo não sendo pós-júnior nem parte do movimento em si, dá palestras nos eventos do MEJ. Quando indagado sobre a motivação de ser uma inspiração para o Movimento, ele é categórico: “Vocês tra-balham por amor, sem ganhar um tostão! Essa é a formula do sucesso: Trabalhar por amor”.

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A afirmação de trabalhar por amor pode parecer piegas, mas Salomão consegue levar à reflexão milhares de pessoas que assistem às palestras que ministra sobre empreendedorismo e fe-licidade, apenas com seu exemplo de vida. Ele acredita que a base da felicidade é o sorriso e o otimismo. “Empreendo a felicidade enxergando a vida de maneira diferente, como uma dádiva e as pessoas como seres individuais! Com alma, com necessidade de carinho, de amor! E aí, meu irmão, vira um ciclo que se retro alimenta”. Acordar e sorrir. Chegar na sua empresa e desejar bom dia a todos os seus funcionários. Beijar e abraçar a todos que você ama. Valorizar o próximo independente de classe social, raça ou gênero. Procurar fazer o bem sempre.

Essas são algumas realidades diárias que Pedro Salomão coloca em sua vida, seja ela pessoal ou profissional. Na Rádio Ibiza, ele busca aplicar isso com seus funcionários e clientes também a cada identidade musical que é criada. Resul-tado: clientes fidelizados e um turnover – demissão – de funcionários baixíssimo. Na conversa com Pedro Salomão, duas paixões se destacam: a família e o amor pela cidade natal, o Rio de Janeiro, e pelo país. Apaixonado por Marília – sua esposa – e Bento – seu filho – Salomão empreende felicidade diariamente com eles. Carioca de carteirinha, faz de tudo para ver a cidade maravilhosa cada vez melhor. O que ele sonha para ambos? “Vivemos no melhor lugar do mundo. Precisamos usar o que temos de melhor para construir uma sociedade mais justa.

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Temos de melhorar a capacidade de amarmos e sermos sorridentes, precisa-mos agora ter segurança de acreditar que podemos criar nossos próprios modelos, processos e comportamentos! Vejo que copiamos muitos comportamentos de estrangeiros. Temos a síndrome do colonizado, achando que tudo que vem de fora é melhor. Sou um otimista sorri-dente! Quero q o Bento viva numa socie-dade feliz, onde as relações de trabalho sejam afetuosas e o cuidado da cidade seja feito por cidadãos! Onde as pessoas se beijem e se abracem”. E qual seria a “fórmula” do sucesso do nosso entrevistado? “Escolha fazer seus próprios caminhos. Tente trans-formá-los em jardins lindos, com pistas largas, asfalto liso, flores. Todos os dias, construa um pouco mais e leve com

você as pessoas que puderem ajudar, aquelas que te fizeram sorrir, que te influ-enciaram com suas histórias. Faça das pessoas personagens principais! Entre nas relações sem medo e procure sempre fugir das superficialidades. E lembre-se sempre: não existe sucesso profissional que justifique o fracasso familiar”.

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Por mais distintas que sejam em relação aos serviços que oferecem, empresas juniores passam por problemas semelhantes. Baixo número de inscritos no processo seletivo, apoio insuficiente das Instituições de Ensino Superior, dificuldades para fidelização de clientes são desafios que exigem soluções atrativas e eficazes. Ao desenvolver alternativas inovadoras para problemas recorrentes, gestores norte-americanos criaram um método diferente de trabalho: o Design Thinking. Essa técnica é baseada na forma como o designer enxerga o mundo. Embora a palavra “design” seja frequentemente associada à aparência estética de produtos, o Design como disciplina objetiva promover o bem-estar das pessoas. Para os profissionais da área, as dificuldades que afetam esse bem-estar têm origens diversas. Compreender a cultura, as experiências pessoais e os processos da vida dos indivíduos é o único meio de identificar essas dificuldades. Ao buscar a solução dos problemas, o designer lança olhares sobre os diferentes ângulos da mesma questão e obtém interpretações distintas. Ele está sempre disposto a percorrer novos caminhos, refutar padrões e encontrar soluções criativas. A técnica do Design Thinking parte do princípio de que, ao entender os métodos utilizados pelos designers, gestores se tornam mais capazes de revig-orar seus processos criativos e elevar o nível de inovação dentro das empresas. Ao mapear a cultura, o contexto de vida, as experiências pessoais dos indivíduos relacionados ao problema, gestores podem obter uma visão mais ampla sobre a questão, identificar melhor as barreiras e gerar alternativas diferentes para transpor

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Taise Borges

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os obstáculos. Qualquer desafio

dentro das empresas juniores pode ser abordado a partir do

Design Thinking. Ao repensar um serviço, você pode utilizar a técnica ao relacionar as dificuldades do cliente às soluções que sua empresa júnior pode oferecer. Pode imergir no cotidiano dele, compreender seus interesses e dificul-dades e prestar o serviço de forma a atender suas necessidades específicas. Todo processo de design começa com um problema a ser resolvido. Por isso, a primeira etapa do Design Thinking consiste em definir um desafio. É a etapa de Compreensão. Todo problema deve ser entendido como uma oportunidade – de melhorar a gestão de pessoas, tornar a comunicação com stakeholders mais efetiva, diminuir o turnover dentro da EJ. Reescreva o desafio no formato “como podemos ...” - assim, ele parece mais uma oportunidade que um problema. Delimite seu desafio. Descreva-o de forma simples, mas de maneira suficientemente ampla que possibilite enxergar o contexto em que está inserido. Defina objetivos, indi-cadores mensuráveis de sucesso e um período de tempo para alcançá-los. Em seguida, entramos na fase de Imersão. O problema envolve neces-

sariamente um grupo de pessoas, que podem ser os membros da EJ, os alunos e professores do curso, os clientes, entre outros. Nesta etapa, entendemos o contexto dos indivíduos relacionados ao desafio, suas necessidades e desejos. Ao imergir no contexto do público, o Design Thinking sugere que nos coloquemos no lugar dele para explorar as perspecti-vas de quem está “dentro do problema”. Se o público é composto pelos clientes, algumas perspectivas podem ser: de que forma o serviço oferecido pela EJ satisfaz minha necessidade? O valor cobrado pelo serviço está dentro do meu orçamento? A EJ tem credibilidade e motiva minha confiança? A etapa de Imersão também requer pesquisas com o público. Mas, atenção: as metodologias de pesquisa de mercado e de Design Thinking se diferem em alguns pontos. Enquanto a primeira objetiva colher depoimentos, entender o comportamento dos indivíduos, prever o que fariam diante de uma nova situação e propor soluções a partir desse conhe-cimento, a pesquisa no Design Thinking busca compreender culturas, experiên-cias, emoções e pensamentos para reunir informações e inspirar novos projetos. Questionários com perguntas bem estruturadas – essenciais às pesquisas

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de mercado – também são dispensáveis aos adeptos do Design Thinking, que preferem interagir com o entrevistado e utilizar questões mais abrangentes para compreender suas necessidades. “Conte-me sobre uma experiência...”, “Qual a melhor parte/ a pior parte...”, “O que você sabe sobre...” são exemplos de questões que dão ao entrevistado a liberdade es-sencial à técnica do Design Thinking. Também é importante destinar tempo em busca de inspirações – EJs que enfren-taram o mesmo problema e o soluciona-ram de forma criativa, empresas juniores e seniores especialistas na reolução de desafios como o de sua equipe, entre outras. As metodologias também se diferem ao analisar as informações coletadas. Agora, já estamos na etapa de Sintetização. Enquanto a pesquisa tradicional produz dados estatísticos

para entender o pensamento padrão da maioria, a pesquisa no Design Thinking busca perfis extremos, distintos do comum, e acredita que a observação desses indivíduos raros é que pode levar a uma ideia inovadora. O momento de interpretação dos dados deve ser propício ao surgimen-to dos insights. Chegamos à etapa de Ideação. É hora do Brainstorming – por meio de um processo livre de “tempesta-de de ideias”, a partir das informações levantadas com as pesquisas e das con-clusões da equipe, buscam-se soluções incomuns para o desafio proposto. As ideias são, então, filtradas e validadas na etapa de Prototipação. Con-struir protótipos significa tornar as ideias tangíveis. Nesta fase, realizam-se testes com cada solução proposta na etapa anterior. Os testes – em que o protótipo é exposto a situações reais ou simula-

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das - podem ocorrer em um período de um mês, seis meses, um ano, de acordo com o desafio da equipe. Prototipar, no entanto, não é acertar de primeira: os melhores modelos mudam muito com o tempo. Enquanto o protótipo é testado, colhem-se feedbacks sobre seu desem-penho. O feedback é uma das ferramentas mais importantes do Design Thinking: através dela, percebemos em quais aspectos nosso modelo falha na tentativa de satisfazer às necessidades do público. Essas opiniões – recolhidas através de entrevistas - são essenciais à última fase do processo: a etapa de Iteração. Esta é a fase quando, baseada nos feedbacks, a equipe modifica o protótipo até alcançar a solução final e realmente eficaz que será implementada em definitivo. Ao utilizar o método do Design Thinking, entendemos que o importante

não é ter todas as respostas – e nem as respostas certas. O essencial é que estejamos dispostos a tentar novos métodos, ousar, sonhar alto e sermos pacientes enquanto experimentamos e aprendemos com cada alternativa. O Design Thinking nos oferece ferramen-tas para gerar mudanças significativas dentro das EJs, encarar problemas como desafios e possibilidades de crescimento e buscar por soluções inovadoras que contribuam para o desempenho cada vez maior de nossas empresas juniores.

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Mobilizar mais de 600 empresários juniores para comemorar os 15 anos da federação de uma forma diferente: fazendo o bem. Esta foi a ideia dos membros da Concentro, a Federação das Empresas Juniores do Distrito Federal. Ou seria “Nação” Concentro? Pois essa é a melhor definição para os apaixonados membros das 20 empresas juniores federadas que, juntos, transformaram a campanha “15 dias para mudar o mundo” em um sucesso de engajamento e exemplo de respon-sabilidade socioambiental. Para realizar a ação, a Concentro lançou desafios para os empresários juniores do Distrito Federal, para que pudessem mostrar o retorno que o MEJ pode trazer à sociedade. A campanha foi dividida em três fases com duração de 15 dias cada, nas quais os empresários juniores tiveram que arrecadar livros didáticos e de literatura, materiais recicláveis e alimentos não perecíveis. O primeiro desafio ocorreu no mês de abril e foi inspirado pelo Dia Mundial do Livro, comemorado no dia 23. Os empresários juniores se mobilizaram para reunir livros didáticos – aqueles do ensino médio, que há muito tempo tinham sido deixados de lado – e de literatura – lidos e relidos dezenas de vezes. E a arrecadação superou todas as expectativas! Juntos, os membros da Nação recolheram mais de três mil livros que foram doados à biblioteca pública Catando Palavras.

16Taise Borges

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Desde a primeira fase da campanha, a Concentro contou com um parceiro especial: a Atados - Juntando gente boa, plataforma social que conecta voluntári-os e organizações não-governamentais. A Catando Palavras é uma das ONGs associadas à plataforma. Única opção de acesso à literatura para moradores da Cidade Estrutural, região carente lo-calizada a 15 quilômetros de Brasília, a biblioteca foi construída por iniciativa de Abadia Teixeira em 1998. A ex-catadora de resíduos recicláveis encontrava livros misturados ao lixo e, ao levá-los para casa, formou a biblioteca que, hoje, graças aos membros da Concentro, atende a um número cada vez maior de usuários. “A doação tem atraído novos leitores e alunos que aproveitam os livros didáticos

para estudar e fazer pesquisas. Somos muito gratos a todos que doaram”, afirma Abadia. O sucesso da primeira etapa fortaleceu a segunda fase dos “15 dias para mudar o mundo”: em maio, motivados pela Semana Nacional do Meio Ambiente comemorada no início do mês de junho, a Concentro se uniu para recolher materiais recicláveis. A campanha de preservação ambiental também contou com o engajamento da Nação Concentro que recolheu mais de 2,5 mil latas de alumínio e garrafas PET. Dessa vez, todo o material foi entregue à Ageplan, cooperativa autônoma de re-ciclagem que funciona dentro da Univer-sidade de Brasília (UnB). Segundo Francisco Lobato, presiden-te da cooperativa, a contribuição dos

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estudantes teve efeito na renda dos catadores. “Com a doação dos alunos, praticamente dobramos a quantidade de latas e garrafas recolhidas no mês, o que foi importante para a renda dos membros da cooperativa que é, em média, de 500 reais mensais. A disposição dos estu-dantes também demonstra a consciên-cia que têm sobre as centenas de anos necessários para que os materiais reci-cláveis se decomponham na natureza”, destaca.

Na terceira fase – etapa final da campanha dos “15 dias para mudar o mundo” – a Nação decidiu saciar a fome de quem precisava: os membros da Concentro tiveram quinze dias para mobilizar o maior

número de pessoas e arrecadar alimen-tos não-perecíveis. Novamente, a Feder-ação se uniu à Atados e duas das ONGs associadas à plataforma receberam os alimentos recolhidos. Entre arroz, feijão, açúcar, óleo, foram doados mais de 250 quilos de alimentos.

A cada etapa, as EJs acumularam pontos de acordo com a quantidade de doações. Ao final da campanha, a empresa júnior vencedora foi premiada. No dia 2 de agosto, durante o Sábado Júnior, inicia-tiva da Concentro para capacitação dos empresários juniores da Rede, a Nação conheceu a campeã: Lamparina Design, empresa júnior de Desenho Industrial da UnB! Mesmo estando entre as cinco

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empresas juniores mais engajadas em todas as etapas da ação social, a EJ se destacou na primeira fase, quando os membros reuniram mais de 1,6 mil livros.

O saldo positivo da campanha reflete a força do Movimento Empresa Júnior, especialmente dos membros da Con-centro que, juntos, foram capazes de impactar a vida de centenas de pessoas. Mais do que nunca, a Concentro mereceu ser chamada de Nação: ao dedicar “15 dias para mudar o mundo”, a Federação reuniu empresários juniores que habitam o mesmo território, falam a mesma língua, têm os mesmos costumes e as mesmas leis e, sobretudo, são conscientes do poder que têm para provocar grandes

mudanças. Parabéns, Concentro, pelos 15 anos de história, de responsabilidade socioambiental e de sonhos transforma-dos em conquistas.

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facebook da Concentro.

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Para ser capaz de impactar o Movimento Empresa Júnior em nosso país e no mundo, a Brasil Júnior não age sozinha. Contamos com o apoio de vários parceiros que trazem valor à toda a nossa rede. Essas empresas compartilham valores e crenças com a BJ e juntos construímos o futuro do Movimento.

Quer conhecer alguns do principais parceiros? Então confira!

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Para ser capaz de impactar o Movimento Empresa Júnior em nosso país e no mundo, a Brasil Júnior não age sozinha. Contamos com o apoio de vários parceiros que trazem valor à toda a nossa rede. Essas empresas compartilham valores e crenças com a BJ e juntos construímos o futuro do Movimento.

Quer conhecer alguns do principais parceiros? Então confira!

Fabrício Andrade

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Nome: Companhia de Bebidas das Américas - AMBEV Missão: “Criar vínculos fortes e duradouros com os consumidores e clientes, fornecendo-lhes as melhores marcas, produtos e serviços.” Visão: “Ser a melhor empresa de bebidas do mundo em um mundo melhor.” Como se parece com o MEJ:Um dos valores da AMBEV é a obstinação por resulta-dos. Eles acreditam que os resultados que proporcio-nam aos clientes são a melhor publicidade. Asseguram que as metas sejam desafiadoras e alcançáveis com a atitude de buscar sempre o máximo. Têm também compromisso com resultados, e a insatisfação con-stante é o que move a empresa na busca permanente pelos melhores resultados.

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Nome: Itaú Unibanco Holding S/A Missão: “Ser o Banco líder em performance e perene, reconhecidamente sólido e ético, destacan-do-se por equipes motivadas, comprometidas com a satisfação dos clientes, com a comunidade e com a criação de diferenciais competitivos.” Visão: “Ser um banco líder em performance sus-tentável e em satisfação dos clientes.” Como se parece com o MEJ?A paixão move o Itaú e é ela que os incentiva a fazer sempre o melhor. O banco possui entre suas políticas institucionais um programa que norteia suas ações: o Nosso Jeito de Fazer. Um dos pilares é a paixão pela perfomance, e acreditam que colaboradores apaixona-dos são essenciais para resultados impressionantes. Na Brasil júnior, com o nosso jeito BJ, queremos fazer com que o Orgulho de ser MEJ nos faça “gigantes pela própria natureza”.

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Nome: Falconi Missão: “Ajudar as organizações a construir re-sultados excepcionais pelo aperfeiçoamento de seu sistema de gestão.” Visão: “Ser a melhor consultoria de gestão do mundo e estar entre as 10 maiores.” Como se parece com o MEJ:Um os valores da Falconi é a transparência. Eles acredi-tam que ser transparente está diretamente ligado com o fato de respeitar o próximo. Nós da Brasil Júnior com-partilhamos esse valor como o nosso. Nossas práticas de gestão são sempre transparentes, já que o sonho de um Brasil mais empreendedor, perpassa por todos que fazem parte do movimento.

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Os Encontros de Empresários Juniores são eventos marcados por inspiração, troca de conhecimentos e inte-ração. Funcionando como um Congresso, estes momentos são constituídos por diversas palestras, workshops, apre-sentações de empresas, projetos e festas. Os palestrantes são, em geral, donos de excelentes histórias e servem como exemplo para os participantes, que são impulsionados durante todo o evento a acreditar na transformação. Esse espírito transformador que contagia é o ponto de partida de muitos empresários juniores que decidem encarar o desafio de transformar realidades. Capacitar pessoas, transformar realidades e impactar o Brasil, esta é a razão de existir do Movimento e os encon-tros refletem este pensamento, desde as palestras até as discussões protagonizadas pelos próprios participantes do evento. Os diversos jovens que vivem essa experiên-cia saem com muita vontade de mudança e é disso que acreditamos que o nosso país precisa. Como diz o provérbio, “duas cabeças pensam melhor que uma”. Em média e nas devidas proporções: quatrocen-tas cabeças pensam melhor que duas. Não é? No primeiro semestre deste ano, já tivemos quatro encontros do MEJ. Confira o que aconteceu em cada um deles:

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Mariana Gama

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ECEJ – Encontro Cearense de Empresas Juniores

Entre os dias 24 e 27 de abril, empresários juniores se encontraram na Praia do Presídio, a poucos quilômetros de Fortaleza – CE. Organizado pela Federação das Empresas Juniores do Estado do Ceará (FEJECE), o ECEJ chegou à 11º edição em 2014. No evento, não faltaram momentos inesquecíveis, como a palestra magna de Rodrigo Teles, atual Diretor da Fundação Estudar, que inspirou aqueles que assistiram à palestra: “Empreendedorismo é muito mais do que montar empresa. É uma atitude de vida”, afirmou. Não poderiam faltar na lista dos momentos inesque-cíveis a paisagem da Praia do Presídio e as temáticas das festas, que deixaram saudades e boas lembranças. Ao fim do evento, a mensagem era clara: “Acredite, Protagonize, Impacte”.

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ESEJ - Encontro Sul-Brasileiro de Empresas Juniores

Foi em Curitiba que a Federação das Empresas Juniores do Estado do Paraná (FEJEPAR) realizou mais uma edição do ESEJ. Entre 22 e 25 de maio, mais de 800 pessoas esti-veram juntas discutindo e vivendo novas experiências. Com o tema “Confronte Realidades”, o encontro levou histórias de pessoas que saíram da sua zona de conforto e buscaram soluções para as realidades encontradas. O projeto Talheres Adaptáveis, realizado pela Júnior Design, da Universidade Federal do Paraná, é um exemplo de ação de empreendedorismo social. O objetivo deles é criar talheres que se adaptem a pessoas com deficiências físicas e mentais. Com direito até a Festa à Fantasia, o ESEJ deixou sua marca e despertou diversas reflexões em cada empresário júnior do Sul do país e de todo o Brasil.

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EEJ-BA – Encontro de Empresas Juniores da Bahia

A 11º edição do EEJ foi realizada em Porto Seguro – BA, entre os dias 29 e 31 de maio. A Federação das Empresas Juniores do Estado da Bahia (UNIJr-BA), organizadora do evento, garantiu a presença de palestrantes inspiradores, bons workshops e apresentações que tiraram o fôlego. O tema “Novos baianos, nova sociedade” conseguiu representar a força do MEJ baiano e cada participante com-preendeu a importância do estado no cenário empreendedor nacional. Assim, os congressistas saíram acreditando que é possível promover mudanças. As histórias de Eduardo Lyra, fundador do projeto Gerando Falcões, e Pedro Salomão, Diretor Executivo da Rádio Ibiza, asseguraram que a plateia de empresários juniores baianos e de todo o país saíssem de lá com muitos insumos para inspiração. Diversos momentos marcaram os três dias de interação e as festas não ficaram de fora. Com os temas luau, sertanejo e neon party, as noites foram agitadas e inesquecíveis.

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JEWC – Junior Enterprise World Conference

Entre os dias 7 a 10 de agosto, aconteceu a Conferência Mundial de Empresários Juniores, o JEWC. A edição de 2014 foi realizada em Genebra, na Suíça. O Encontro internacional é um momento de intensas experiências. A troca de contatos e conhecimentos com empresários juniores de todo o mundo ajudou a fortalecer e solidificar o Movimento em geral. A programação do evento contou com palestrantes que incentivam e inspiram o empreendedorismo em diversos lugares do planeta. Uma das palestrantes convidadas foi a Inês Silva, Co-fundadora do Startup Pirates, organização sem fins lucrativos que pretende fazer parte da construção de um mundo melhor, apoiando pessoas que desejam entrar no mundo do empreendedorismo. O evento ainda foi palco do primeiro Fórum Global de Empresas Juniores, reunindo representantes das Confederações de diversos países do mundo em um espaço de discussões de alinhamento sobre o MEJ mundial. Além do quadro de palestras, também ocorreram as tradicionais apresentações de cases. Neste ano, o Brasil dominou: todos os sete cases aprovados foram de empresas juniores brasileiras. É muito orgulho, Brasil!

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Raíssa Ferreira

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James Matthew Barrie, talvez mais conhecido como J. M.

Barrie, já sabia, no início do século XX, como era o anseio de se ter um

local para viver onde tudo pudesse acontecer; um local onde o ima-ginário teria vez e seria o principal responsável pelos feitos. Seu persona-gem, Peter Pan, juntamente com os três irmãos, partiram na alegórica empreita-da em busca da “Terra do Nunca”. Era perfeita. Isto é, Wendy, João e o pequeno Miguel, não estavam satisfeitos com a realidade em que se encontravam. Tudo era dentro demais dos conformes. Qual a solução, então? Toparam alcançar o lugar em que poderiam viver como crianças para sempre! Em que a mecanismo da vida adulta, a normalidade e acomodação da sociedade londrina não eram o su-ficiente para as expectativas dos seus personagens. Muito espertamente que, em 1953, a fábrica de magia, chamada Disney, trouxe à tona o rosto do mocinho Peter. Uma pitada de inconformismo adicionada a um estímulo e lá estavam eles voando (sim, voando!) em busca do mundo novo em que realizar sonhos seria só consequência. Soa familiar? Converge com algo? Querer um mundo melhor... In-conformismo... Oportunidades... Estímulo! É simples, caro leitor. Essa história é a mais atemporal dos últimos tempos! A capacidade humana de alinhar

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coisas, comparar sentidos e situações vem se tornando cada vez mais remota e limitada. A grande massa, seduzida pelos Androides e pelas quinquilharias de Jobs, é folgada porque não precisam ter esforços de análises mais profundas. Analisar pra quê? A ignorância é a mais confortável das condições. A verdade é que a sociedade é rodeada por pessoas Peter Pan e Wendy em todos os lados. Só falta reconhecê-los. No primeiro semestre do ano passado, milhares de jovens vieram às ruas de algumas das principais cidades do país. Mas, desta vez não era carnaval e o grito no evento era outro. “O gigante acordou!” foram as palavras entoadas por milhares de jovens dominando as mídias e embalando as manifestações. Tendo inicialmente como foco de reivin-dicação a redução das tarifas do trans-porte coletivo, as manifestações foram ganhando novos interessados e motivos. Procuravam, talvez, alcançar uma “Terra do Nunca”, onde poderiam correr atrás do que julgassem como o melhor. Em 1992, com o mesmo teor e mo-tivação, outra geração de jovens esteve nas ruas do Brasil em prol do impeach-ment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Frente aos fortes indícios de corrupção em seu governo, a juventude pedia a saída do presidente que, por ironia do destino, foi o primeiro eleito por voto direto após o fim da ditadura civil-militar.

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Eram os famosos “Caras Pintadas”. Outros exemplos de Peter Pan atacaram em 1967, porém, desta vez na França. Alunos da ESSEC – L’École Supérieure des Sciences Economiques et Commerciales, localizada em Paris, sentiram a necessidade de conhecer as ferramentas que seriam utilizadas no mercado em que futuramente estariam imersos. Assim, foi fundada a Junior ESSEC Conseil. O conceito depois logo se espalhou pelos cursos das universidades e dois anos depois, em 1969, foi criada a primeira instância do MEJ em âmbito nacional, a Confederação Francesa de Empresas Juniores. Somente na década de 80, as ideologias do Movimento at-ravessaram o Atlântico e chegaram ao Brasil. A verdade é que ao parar para analisar esse inconformismo da socie-dade brasileira, é possível notar que esse sentimento acompanha gerações desde os primórdios da Proclamação da República. O Movimento Empresa Júnior (MEJ) e os movimentos sociais brasilei-ros têm muito mais em comum do que se pode imaginar; a chave de partida de ambos é comum.

Pedro Nascimen-to é vice-presidente da Confederação Brasileira de Empresas Juniores e acredita que o MEJ destacou alguns valores convergentes de ambos os movimentos, como patri-otismo, inquietude, desejo de mudança e energia para agir. Entretanto, apontou uma questão como diferença fundamen-tal entre ambos: “Muitas manifestações foram levadas pelo calor do momento, e ao invés de serem propositivas, foram contra algo, sem especificar uma possível solução. Mesmo que ambos os movimen-tos tenham como objetivo mudar o país, muitos apenas clamam pela mudança e, no MEJ, a maioria trabalha por ela”, defende. O MEJ também visa causar o rompi-mento do que se tem de uma atmosfera rotineira e normal. Nathália Corrêa é es-tudante do último período de Comuni-cação Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e escolheu para

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tema de monografia tra-balhar a Mídia Ninja. A

Mídia Ninja é um grupo que foi formado em 2011

e seu trabalho é reconhecido pelo ativismo sociopolítico; eles

se declaram como uma alternativa à imprensa tradicional e se tornaram co-nhecidos mundialmente na transmissão das ondas de protestos no Brasil em 2013. Nathália é modelo de Wendy perfeita que podemos apontar: por conta das obrigações exigidas para o desenvolvimento de seu projeto, a es-tudante, desde janeiro deste ano, vem fazendo uma imersão no modo de vida e peculiaridades dos Movimentos Sociais de nosso país. Porém com um adicional diferente: segundo ela, todo este processo é visto com outro olhos graças a experiência adquirida durante sua participação no Movimento Empresa Júnior numa empresa de Comunicação (Acesso Comunicação Jr. – Integran-

te da Federação de Empresas Juniores do Estado de Minas Gerais, FEJEMG). Nathália afirma que antes de sair às ruas e protestar é preciso dizer que existe uma instituição que defende uma ideologia e cria meios para articular um modo para que as coisas aconteçam de fato. O que, segundo ela, é possível de aplicar a ambos os movimentos. “Acredito que a inovação em criar modelos de organização própria para articular um trabalho é a característi-ca dos grupos que fazem manifestações que mais se assemelha ao MEJ. Ambos são formados por pessoas interessadas e que se dispõem àquele propósito, se organizando e criando funções entre o grupo, seguindo o modelo de liderança igualitária”, explica. Há quem diga que as vozes dos manifestantes se calaram e não possuem o mesmo teor das mobilizações do primeiro semestre de 2013. Diego Ce-ciliano é integrante da Mídia Ninja do Rio de Janeiro, esteve presente na maioria das manifestações que ocorreram no ano passado, e suas transmissões são algumas das mais procuradas na internet. Segundo ele, as mobilizações iniciais eram mais sinceras em sua essência,

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porém, a realidade do Rio de Janeiro é muito mais complexa do que se pode imaginar. Diego explica que os partici-pantes acabaram por aproveitar das man-ifestações no seguinte sentido: “Muitos deles não tiveram as oportunidades que queriam na vida e viram nos movimentos a hora de vingar esse fato. Mesmo que não tivessem relação alguma, mas, são frutos de uma realidade injusta. Assim surgiram os “Black Blocks” e etc.”, justifica o ninja. Diego ainda acredita no valor das manifestações atuais e que, embora não tenham o mesmo efeito forte do início, o principal está acontecendo que é “abrir os olhos do governo”. “Eles hoje sabem que existe, sim, uma sociedade ativa e que se preocupa com seu bem-estar e direitos”, conclui.

A nível sociológico, vale observar que o pensamento típico do MEJ, bem como da maioria dos movimentos sociais do Brasil, é que enquanto se pode fazer algo para mudar o que não está certo ou o que gera insatisfação, serão criados mecanismos para essa ruptura. Segundo Nathália, os movimentos e manifestações devem continuar pois assim se evita a possibilidade das pessoas caírem nas manipulações de diversas organizações de poder, sejam elas o Estado, mídia, pro-paganda, entre outros. “Uma coisa que eu aprendi durante os anos que estive no MEJ foi uma frase que adaptei para a minha vida: vai lá e faz! Acho que o sen-timento que move os dois tipos de mov-imento é exatamente esse. Não adianta reclamar de boca cheia se estamos vazios

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foto manifestação por Diego Ceciliano

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de ações”, conclui a estudante. A nomenclatura “empresário júnior” gera mais confiança no jovem, de modo que ele acredita que é capaz. E é justa-mente o “ser capaz” de gerar mudanças que motiva pessoas a se manifestarem. Segundo Nathália, quando um grupo vai às ruas é porque acredita que isso é de-mocracia e essa é a maneira de construir mudanças. Para Pedro Nascimento, tanto os movimentos sociais quanto o MEJ partem de uma forte vontade da atual geração de promover mudanças. Ele acredita que a juventude brasileira parece ter chegado a um ponto de virada. “Eles perceberam coletivamente que a menos que tomemos as rédeas de nosso país,

nada mudará. Como disse Margaret Mead: nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos preocupados e com-prometidos possa mudar o mundo; de fato, é a única coisa que o fez até hoje”, conclui. A comoção humana é inegável quando algo é feito em conjunto; quando um motivo comum une etnias, classes e tipos. É vontade! Vontade do melhor, do novo, de uma geração nova, de uma terra nova. A nossa “Terra do Nunca”, porém, verde e amarela.

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