Revista Mix

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A REVISTA DOS SUPERMERCADOS DO RN ANO VI . Nº 52 . JAN 2011 VOLTA ÀS AULAS, ÓTIMA OPORTUNIDADE PARA O AUMENTO DAS VENDAS GÔNDOLAS SEM AGROTÓXICOS EM DEFESA DE UMA POSTURA SAUDÁVEL

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Edição 52 da publicação

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A R E V I S T A D O S S U P E R M E R C A D O S D O R N

ANO VI . Nº 52 . JAN 2011

VOLTA ÀS AULAS, ÓTIMA OPORTUNIDADE PARA O AUMENTO DAS VENDAS

GÔNDOLAS SEM AGROTÓXICOS

EM DEFESA DE UMA POSTURA SAUDÁVEL

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DIREÇÃO DE CRIAÇÃO Paulo Moreira [email protected] EDIÇÃO E

REPORTAGEM Helouise Melo [email protected] FOTOGRAFIA Alex

Fernandes [email protected] DIREÇÃO DE ARTE E TRATAMENTO DE

IMAGENS Verônica Barbosa [email protected] COMERCIAL Ubiratan Bezerra

(84) 9988.4310 PRODUÇÃO/TRÁFEGO Melina Kassimati [email protected]

FINANCEIRO Gerisvaldo Filho [email protected]

A revista MIX é uma publicação da ASSURN, editada pela Firenzze Comunicação

Estratégica Tiragem 3.000 Impressão Impressão Gráfica Correspondência Av.

Romualdo Galvão, 1703 - Ed. Trade Center, Lojas 06/07 CEP 59056-105. Natal-RN. (84)

3344-5240. www.firenzze.com - [email protected]

Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte

Presidente da ASSURN Geraldo Paiva dos Santos Júnior Vice-Presidente Eugênio

Pacelli de Medeiros Delegado junto à ABRAS José Geraldo de Medeiros Secretário

Geral Venício Gama Pacheco Diretor Administrativo Jorge Luiz de Medeiros Diretor

Financeiro Marinaldo da Silva Vice-Presidentes Regionais Antônio Ferreira Júnior,

Paulo Márcio Medeiros e Maria da Conceição V. Moura

E D I T O R I A L

A REVISTA MIX volta a circular com um novo projeto gráfico, abordando

de maneira ímpar assuntos de interesse dos supermercadistas. Quero

ressaltar que a MIX retorna em um ótimo momento para o setor, destacando

um crescimento nas vendas em 2010, especialmente no final do ano, em

comparação com 2009. O nosso objetivo, com esta publicação, é reforçar e

estreitar a comunicação e interação entre a Assurn, associados e fornecedores

para que o setor se fortaleça cada vez mais.

Agradeço a todos os colaboradores desta revista e desejo aos associados

uma excelente leitura.

Um abraço,

Geraldo Paiva Júnior, Presidente da Assurn

NOSSA CAPA

A revista Mix

agradece o apoio

do supermercado

Favorito para a foto

de capa.

Fotógrafo: Alex

Fernandes

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EM DEFESA DE ALIMENTOS LIVRES DE AGROTÓXICOS

POSTURA SAUDÁVEL NO TRABALHO

FIM DAS FÉRIAS E VOLTA ÀS AULAS

FOTO: MORAES NETO

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E N T R E V I S T A

FALE UM POUCO SOBRE A SUA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL.A minha carreira no Grupo Carrefour iniciou em 1986 em Ri-

beirão Preto, São Paulo, como gerente de estoque. Em 1992, fui transferido para o Rio de Janeiro, onde trabalhei em todos os setores. Em 1999, com a aquisição da Rede Roncetti, fui para o Espírito San-to onde exerci a função de gerente comercial e marketing. A partir de 2002 trabalhei na matriz, localizada na capital paulista, exercendo a mesma função, agora na rede de supermercados Champion, bandeira utilizada pelo Grupo para este segmento. Em 2004 fui promovido a diretor de loja em Sorocaba e, em 2005, tive a feliz oportunidade de vir para Natal, onde tive como primeira missão reformar a loja da zona sul. Em 2006, inaugurei a unidade da zona norte, retornando recentemente para a unidade da zona sul de Natal.

CONTE UM POUCO DA HISTÓRIA DO CARREFOUR NO RIO GRANDE DO NORTE, VISÃO E MISSÃO DA EMPRESA.

O Carrefour iniciou suas atividades no estado em 1997, com a construção do hipermercado da BR 101, e em 2008 inaugurou sua segunda loja na zona norte da capital. Contamos também com

três unidades da bandeira Atacadão, sendo duas em Natal e uma em Mossoró e estamos virtualmente presentes com o formato e-commerce no site da empresa.

O Grupo tem um portfólio bem interessante no Brasil, pois, além da marca Carrefour utilizada para hipermercados, dispõe das bandeiras: Carrefour-bairro para supermercados; Dia% para lojas Hard-discount; Carrefour Express para as lojas de conveniência; Atacadão no formato de “atacarejo”, alem de postos de combustí-veis, drogarias, lojas de turismo e o Carrefour Soluções Financeiras. Trabalhamos todos os dias com a visão de sermos reconhecidos e queridos, em contribuirmos para que nossos clientes e consumido-res desfrutem uma melhor qualidade de vida todos os dias. Agimos sempre com base nos seguintes valores: Positivos, dentro dos quais acreditamos que uma atitude otimista atrai recursos e pessoas para a realização de sonhos; Juntos, com a ideia de que trabalhamos em colaboração com nossos públicos para fazer sempre melhor e com mais agilidade; e Acolhedor, que é ser atento às pessoas e cuidar do lado humano das relações.

A equipe da Revista MIX entrevistou Luiz Augusto Cabral de Vasconcellos, diretor de loja do Carrefour em Natal.

INOVAÇÃO E ADAPTAÇÃO AO MERCADO

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QUAIS SÃO OS DIFERENCIAIS COMPETITIVOS DO CARREFOUR?Vejo como um grande potencial competitivo do Grupo Carre-

four, o portfólio de formatos que comentei anteriormente, pois, em função dele, hoje somos capazes de entrar em qualquer mercado do Brasil. Também vejo com relevância: a força das marcas próprias; as nossas ofertas; o Cartão Carrefour, através do banco do Grupo; e nossos serviços como postos de combustíveis, drogarias, serviços digitais, turismo e outros. Porém, considero como o maior potencial competitivo do Carrefour, a capacidade de inovar e de se adaptar às variações do mercado.

QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE O MERCADO SUPERMERCADISTA DO ESTADO?

Analiso o mercado de supermercados, em especial o da capi-tal, como extremamente competitivo em função da divisão muito grande que ocorreu nos últimos anos. O número de novas lojas que surgiram não é proporcional ao crescimento populacional e isto, inevitavelmente, leva a uma divisão deste mercado. Sem contar as reformas, reinaugurações e as lojas especializadas que concorrem

indiretamente com os super e hipermercados. E creio que não vai parar por aí. Por outro lado, este é um mercado bastante pro� ssional onde se vê pouca informalidade, resultando em uma competitivida-de acirrada, porém sadia.

FALE UM POUCO SOBRE A ASSURN.Tenho feito bons amigos na Assurn. Os assuntos que são trata-

dos na Associação são conduzidos de uma maneira bastante ética, transparente e com muita competência. Acho tudo isto excelente, mas, acredito que teríamos muito mais dividendos a colher se hou-vesse uma maior participação de todos os associados, independen-te do porte, e principalmente das multinacionais. Sabemos que os grandes grupos têm o poder de decisão centralizado em suas ma-trizes ou regionais, mas os líderes locais poderiam atuar com maior frequência e interagir com suas centrais. Às vezes, percebemos de-cisões tomadas unilateralmente que enfraquecem o nosso negócio e isto poderia ser evitado com uma visão mais regionalizada e com a força da Associação. Somos concorrentes, mas não podemos ser inimigos (risos).

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V A R E J O E M P A U T A

As lojas de vizinhança estão conquistan-do a preferência do consumidor brasileiro, através de um movimento varejista indepen-dente cada vez mais forte e signi� cativo. Este tipo de loja é o ponto de venda mais visitado pela classe C, maior parcela da população, que possui um per� l para compras peque-nas e mais frequentes além do que, metade dela, não possui automóvel. Comodidade, economia estável, atendimento personaliza-do, agilidade. Para o presidente da Assurn e

proprietário do RedeMAIS Veneza, Geraldo Paiva Júnior, esses são os principais motivos para o crescimento dos supermercados de bairro no estado. “A comodidade em fazer as compras perto de casa pelo fácil acesso as lojas é um dos fatores que contribuem para o aumento deste tipo de negócio. Além dis-so, com a estabilidade da economia nacio-nal, o consumidor não precisa mais comprar grandes volumes e guardá-los na dispensa. Agora ele consome uma menor quantidade

de produtos, pois está indo mais vezes na se-mana para os supermercados de vizinhança. Outro motivo são os preços, que estão mui-to parecidos nas lojas menores. Desta forma, o cliente não precisa pesquisar muito, algo vantajoso nos tempos corridos de hoje. O calor humano no atendimento em peque-nos supermercados é outro motivo impor-tante. As pessoas se conhecem dos arredores e isso favorece também a ocorrência de um atendimento personalizado”.

A HORA DOSSUPERMERCADOS DE BAIRRO

FOTOS: ALEX FERNANDES

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Segundo o Banco de Dados da ABAD – Associação Bra-sileira de Atacadistas e Distribuidores - foi registrado um cres-cimento real de 12,16% no primeiro quadrimestre de 2010, no setor atacadista/distribuidor que abastece o autoserviço com até quatro checkouts, além de mercearias, bares e pada-rias. Isso ocorreu pelo aumento da demanda desse nicho de mercado não coberto pelas indústrias.

De acordo com Geraldo, “o pequeno mercado começa a enxergar a necessidade de se quali� car para melhorar os seus serviços e se desenvolver. Isso acontece também através do investimento em treinamentos dos funcionários, que passam a atender melhor os clientes, e estrutura física como, por exemplo, manter os ambientes da loja limpos. O público está mais exigente e os supermercados têm que mudar e se pro� s-sionalizar mais. A minha função como presidente da Assurn é possibilitar essa quali� cação pro� ssional aos pequenos, pois os grandes já têm acesso a essas inovações”.

Atualmente existem cerca de 130 redes ativas no merca-do, com um faturamento real de 5,96%, de� acionado pelo IPCA. Elas somam 3,5 mil lojas, com 2,14 milhões de metros quadrados de área de vendas e 17,7 mil checkouts.

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C O M P O R T A M E N T O

Os agrotóxicos foram criados na tentativa de defender a agricultura contra pragas que atacam as plantações. Quando bem utilizadas, essas substâncias impedem a ação de seres nocivos, sem contaminar os ali-mentos. Porém, se os agricultores não tiverem alguns cuidados durante o uso ou extrapolarem no tempo de ação dos agrotóxicos nos produtos, eles podem afetar o ambiente e a saúde. Os hortifrutis são um dos tipos de alimentos em que esses materiais são usados, portanto, é necessário que ocorram ações integradas entre os supermercadistas e os órgãos de � scalização responsáveis para que estes produtos não cheguem contami-nados na mesa dos consumidores.

A Suvisa, Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária do Rio Gran-de do Norte, executa um programa nacional de análise de resíduos de agrotóxicos em alimentos, coordenado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), com o objetivo de colher amostras para diag-nosticar os níveis das substâncias, rastrear o produtor responsável e de-senvolver ações de orientação. São coletadas sete amostras por bimestre, em 14 supermercados cadastrados, no último ponto antes do consumo, antes do alimento ir para as gôndolas. Depois disso, as amostras seguem para laboratórios em outros estados. Em 2009, foi feita uma análise

EM DEFESADE ALIMENTOSLIVRES DE AGROTÓXICOS

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toxicológica de 20 culturas e, num total de 139 exemplares, acusou-se o uso de agrotóxico não autorizado ou quantidades de resíduos acima da permitida pela legislação em 33 laudos. De acordo com Maria Célia Farias, responsável pelo setor de alimentos da Suvisa/RN, este resultado foi enviado para todas as vigilâncias sanitárias dos supermercados que, segundo ela, devem cumprir, juntamente com os produtores e as Ceasas (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Norte), os termos de ajustamento do Ministério Público. “As Anvisas de cada região são responsáveis pelos resultados, porém, este é um trabalho em cadeia. Os supermercadistas têm que im-plantar um programa de qualidade microbiológica e química e visitar os produtores pra saber que tipos de substâncias estão sendo usadas nos alimentos. O programa nacional não con-templa as Ceasas, portanto, temos que criar um plano para isso e nos estruturar para que as amostras sejam coletadas neste local, com o objetivo de controlar a produção do RN. Neste caso, a Anvisa reuniria a amostra e o produtor paga-ria a análise do material. O estado já faz a parte dele, que é fornecer o material para a coleta do exemplar e o envio via Sedex para os laboratórios”, enfatiza Maria Célia. Segundo ela, as medidas adotadas não são de caráter � scal junto ao setor varejista e sim de orientação tanto para os supermerca-dos, na busca de quali� car os seus fornecedores, como para os produtores rurais, no sentido de adotarem integralmente as Boas Práticas Agrícolas.

De acordo com Eugênio Pacceli de Medeiros, vice-pre-sidente da Assurn e diretor-secretário da RedeMAIS, o setor supermercadista está comprometido em oferecer aos consu-midores produtos com total segurança alimentar, respeitan-do os percentuais permitidos de agrotóxicos, porém, não tem como controlar isso, uma vez que 90% dos supermercados de Natal compram das Ceasas e não diretamente com o pro-dutor. “Defendemos que deveria existir um � ltro de coleta de amostras e um laboratório dentro da Ceasa, que está em contato direto com o produtor, para que o resultado saia mais rápido, pois estes, vindos de outros laboratórios, demoram a chegar e o consumidor, a esta altura, já adquiriu o alimen-to nas gôndolas. Com isso, o processo seria feito de maneira centralizada, o que racionalizaria o custo do exame”, explica Eugênio, que � naliza enfatizando que os supermercadistas � -cariam responsáveis pela análise dos alimentos fornecidos di-retamente pelos produtores, algo em torno de 10% do total, e exigiriam deles os resultados das análises.

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C A P A

VOLTA ÀS AULAS DEGRANDES OPORTUNIDADES

O período de voltas às aulas, representa 65% do volume movimentado pelo segmento de papelaria. Porém, apenas 15% movimentado pelo segmento de papelaria. Porém, apenas 15% da fatia deste ramo de negócios passa pelos supermercados, se-da fatia deste ramo de negócios passa pelos supermercados, se-gundo pesquisa da empresa BIC realizada em 2010. Este dado gundo pesquisa da empresa BIC realizada em 2010. Este dado revela que o Brasil trabalha a categoria de forma de� ciente em revela que o Brasil trabalha a categoria de forma de� ciente em comparação a outros países como o Chile, por exemplo. A pes-comparação a outros países como o Chile, por exemplo. A pes-quisa mostrou ainda que se a participação dos supermercados quisa mostrou ainda que se a participação dos supermercados com relação ao autosserviço em papelarias fosse levada mais a com relação ao autosserviço em papelarias fosse levada mais a sério, este índice poderia chegar a 30%. De acordo com Le-sério, este índice poderia chegar a 30%. De acordo com Le-andro Menezes, gerente de trademarketing da BIC, “como os andro Menezes, gerente de trademarketing da BIC, “como os produtos oferecem margens superiores a 50%, a papelaria pode produtos oferecem margens superiores a 50%, a papelaria pode ser encarada como geradora de rentabilidade: “O autosserviço ser encarada como geradora de rentabilidade: “O autosserviço tem os artigos de escritório em suas gôndolas, mas permite que tem os artigos de escritório em suas gôndolas, mas permite que o consumidor saia da loja e vá a uma papelaria comprá-los”. o consumidor saia da loja e vá a uma papelaria comprá-los”.

Na opinião de Geraldo Paiva Júnior, presidente da As-surn, já é costume da população comprar os itens de material surn, já é costume da população comprar os itens de material escolar nas livrarias: “Isto é cultural. As livrarias possuem con-escolar nas livrarias: “Isto é cultural. As livrarias possuem con-vênios com algumas escolas, utilizando uma lista que indica vênios com algumas escolas, utilizando uma lista que indica os livros e produtos necessários para o aluno iniciar o ano os livros e produtos necessários para o aluno iniciar o ano escolar. O que os supermercadistas podem fazer para incre-escolar. O que os supermercadistas podem fazer para incre-mentar as vendas neste período é aumentar a divulgação de mentar as vendas neste período é aumentar a divulgação de seus itens e mostrar para os consumidores que eles possuem seus itens e mostrar para os consumidores que eles possuem um preço competitivo com as livrarias”. um preço competitivo com as livrarias”.

A importância de se explorar os produtos da categoria pa-A importância de se explorar os produtos da categoria pa-pelaria durante todo o ano nos supermercados é fundamental pelaria durante todo o ano nos supermercados é fundamental

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para que o cliente possa fazer uma pesquisa de preço dos itens sempre que desejar. “O consumidor sabe de cabeça os preços de arroz, feijão e cerveja, mas desconhece o de uma caneta”, explica Menezes.

Segundo Admildo Barbosa de Oliveira, supervisor res-ponsável pelos supermercados Comprebem RedeMAIS Cida-de da Esperança, João Câmara e Macau, do grupo JL de Me-deiros & Araújo, “os supermercados passaram a dispor mais de material escolar nas gôndolas. Porém, por se tratar de uma época sazonal, não dispomos de um grande mix de produtos e nem de departamentos completos, o que faz o consumi-dor escolher livrarias e atacados que trabalham diretamente com esses produtos”. Os itens mais vendidos no RedeMAIS neste período são os cadernos, mochilas, coleções de lápis de cor e apontadores, principais produtos de ações de preço, es-pecialmente para o público infantil. As estratégias utilizadas pelo supermercado para aquecer as vendas este ano foram o parcelamento no cartão, sem juros, e exposições convidativas na entrada da loja, destacando promoções em alguns itens, principalmente cadernos.

Às vésperas do período de volta às aulas, o Instituto Data Popular divulga a pesquisa Consumo em 2011- Livros e Ma-terial Escolar. Segundo o levantamento, as famílias brasileiras gastarão 12,74 bilhões de reais em livros e material escolar em 2011.

A classe C é a que mais contribui com esse número: 5,29 bilhões de reais serão gastos com estudantes dessa faixa de renda, � cando com uma média de 254,32 reais por estudan-te. O estudo toma como base os dados da Pesquisa sobre Or-çamento Familiar do IBGE, considerando os alunos matricu-lados em todos os níveis de ensino.

O gasto por aluno é cerca de cinco vezes superior quando observado os custos das famílias das classes A e B, � cando com uma média de 1.099,84 reais por estudante, movimen-tando 5,18 bilhões de reais no setor. Já as classes D e E terão uma média de 75,80 reais por aluno, somando 2,27 bilhões de reais em gastos com material escolar.

“O varejista precisa se conscientizar de que tem todas as

DADOS DE PESQUISAS REALIZADAS PELA BIC

EM 2010 PARA DESVENDAR COMO PENSA O

CONSUMIDOR DE PAPELARIA:

* Apenas 17,4% dos lares brasileiros compram material escolar em supermercados, segundo o levantamento Homescan, da Nielsen, que visita 8,7 mil domicílios em todo o País. O restante dos consumidores prefere outros canais por considerar os preços altos nos super e hipermercados. Também afi rmam não encontrar os artigos da lista e julgam que as lojas apresentam pouca variedade.

* As compras do material escolar ocorrem intensamente nas duas primeiras semanas de fevereiro, de acordo com a pesquisa Scantrack, também da Nielsen. Mas de nada adianta montar a loja somente no fi nal de janeiro, pois o varejista corre o risco de perder um mês inteiro de vendas. Para a BIC, o ideal é fazer a exposição dos produtos assim que a decoração do Natal for retirada.

* Dentro de uma mesma rede, a BIC encontrou lojas que trabalham bem o segmento de papelaria e outras mal, de acordo com análise interna. Daí a conclusão de que os super e hipermercados podem dobrar as vendas da categoria.

soluções para a volta às aulas em sua loja”, a� rma Carina Narciso, ge-rente de produtos da categoria papelaria da BIC. Segundo ela, uma me-lhor exposição nas gôndolas, é um dos exemplos do que pode ser feito para melhores resultados e a sugestão é organizar os produtos conforme o público, começando pelos infantis, passando pelos adolescentes e ter-minando com o material de escritório.

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Saiba mais pelo www.rn.senac.br ou ligue (84) 4005-1000.

Vendedor, Promotor de Vendas, Operador de Telemarketing, Gerente de Loja, Qualidade na Prestação de Serviços, Gestão de Compras e Estoque, Visual Merchandising para o Varejo, Operador de Caixa. Estes são os cursos oferecidos pelo Senac/RN para o pro� ssional varejista que prima pelo aprimoramento e desenvolvimento da carreira.

Há pouco tempo, qualquer pro� ssão relacionada ao comércio era exercida através da intuição ou por pessoas que tinham o conhecido “tino para os ne-gócios”. Hoje, a concorrência e o nível de exigência dos consumidores não per-mitem mais atitudes desse tipo e a área de varejo passou a exigir uma formação mais especializada. Na opinião de Helder Cavalcanti, Diretor do Senac/RN, “o cenário atual de oportunidades e de investimentos que a economia mundial nos proporciona exige um pro� ssional quali� cado e ciente de que a gestão do conhe-cimento e o aprendizado contínuo são indispensáveis. O desa� o do Senac, neste contexto, é ofertar aos trabalhadores do Rio Grande do Norte uma formação diferenciada que lhes permita, além de executar suas atividades de forma e� caz, entender a importância do seu papel na construção de uma sociedade desenvol-vida em todos os aspectos”.

Por ter observado uma carência de mão de obra quali� cada neste setor, atra-vés da demanda de solicitação das empresas no Banco de Oportunidades, o Se-nac decidiu investir no programa Varejo em Dia. Esta iniciativa promove cursos modulados, ministrados por uma equipe de professores de excelência, todos com Pós-graduação e consultores empresariais atuantes no mercado, além de parti-ciparem constantemente de o� cinas de atualização. Conceitos como Cenários de Varejo e Mercado, Gestão de Pessoas, Resultados Financeiros, Planejamento Estratégico e Marketing são vistos em aulas sempre contextualizadas e com total acesso pelos alunos à teoria e prática através de diversas atividades.

O programa promove ainda palestras e workshops tanto no Senac, quanto nas empresas, através do Atendimento Corporativo, onde os cursos são � exibilizados de acordo com as necessidades de cada corporação. Desta forma, o Senac amplia o leque dentro do varejo de serviços, passando a atender lojas de departamentos, hospitais, hotéis, entre outros empreendimentos.

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SUPERMERCADOS EMDIA COM O MERCADO

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Acima, aulas sendo ministradas

Helder Cavalcanti, diretor do SENAC/RN

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P R O D U T O E M F O C O

Os sabores Dore já são tradicio-nalmente conhecidos pelos norterio-grandenses e paraibanos. Nas pratelei-ras do mercadinho de bairro às grandes

redes de supermercados, o colorido das garrafas do refrigerante, de fábrica mais

antiga do Nordeste em funcionamen-to, chama a atenção dos olhos e convida

o paladar. Diante de todo o sucesso com os consumidores, a Dore resolveu expandir ho-

rizontes e sabores. Novos produtos chegam ao mercado em 2011, ano em que a empresa com-pleta 100 anos de marca, para celebrar este gran-de acontecimento.

Um dos lançamentos é a Birinight. À base de vodka e suco de limão, a bebida é comercia-lizada em garrafas de vidro de 290 ml ou em garrafas PET de 375 ml. Fruto da parceria com o Grupo Imperial, a Dore possui exclusividade na produção e distribuição da bebida no RN e na PB. Leve e refrescante, a Birinight é voltada ao público jovem e já é sucesso em todas as re-giões brasileiras.

Outra novidade é o suco La Fruit. A bebida

é totalmente natural e já vem pronta para beber. O suco ainda é rico em vitaminas que ajudam a nutrir e fortalecer o corpo todos os dias. Pode ser encontrado nos sabores uva, pêssego, manga, caju, maracujá, goiaba e laranja.

O energético Vulcano é um produto inova-dor no mercado deste segmento de bebidas, por ser o primeiro da América Latina a ser comercia-lizado em embalagens PET, além da já conhe-cida latinha. O público jovem frequentador de baladas e apreciador de esportes radicais podem adquirir o energético em 500 ml, 1L e 2L, de sabor suave e diferenciado.

Primeiro refrigerante do Brasil voltado ao público infantil, o Pitchula é encontrado nos sabores cola, laranja, guaraná, limão, morango, uva e guaraná diet. A bebida possui as vitaminas A, B1, B6, C, D, K e sais minerais, que auxiliam no crescimento e desenvolvimento da criança.

A Dore possui uma capacidade de produ-ção de 2 milhões de litros por mês e a meta atual de crescimento da empresa no mercado potiguar é de 25%, com planos de expansão para outros estados.

EXPANSÃO DE SABOREXPANSÃO DE SABORFOTOS: DIVULGAÇÃOFOTOS: DIVULGAÇÃO

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São muitos os motivos que levam o supermercado Compre Bem RedeMAIS a se destacar no mercado, mas uma delas é evidente: o cuidado com a satisfação dos clientes. A primeira atividade de Jorge Luiz de Medeiros como empresário foi a comercialização de produ-tos do Sertão. Desde então, não parou mais e hoje tem o seu negócio expandido para além da capital, englobando as cidades de Macau e João Câmara. Em Natal, o supermercado já possuiu lojas nos bairros Cidade da Esperança, Felipe Camarão, Planalto, Ayrton Senna e

Ponta Negra, as duas últimas participando como sócio. Jorge sempre busca o contato com os clientes para entendê-los,

atender as suas necessidades e promover melhorias. Ele prioriza a política do bom vizinho diariamente, a � m de fortalecer o relacio-namento com o seu público, que frequenta as lojas para comprar e encontrar os amigos. O respeito e a consideração dos funcionários do supermercado com os clientes são fatores consideráveis para uma � delização cada vez mais concreta. “Fidelizamos nossos clientes pela

D E S T A Q U E

DEDICAÇÃO E AMORAO RAMO SUPERMERCADISTA

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Aricina Targino, cliente antiga da loja

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proximidade das lojas, ambientes modernos, atendimento personalizado e preços mais competitivos, já que temos um custo operacional menor que as grandes redes”, enfatiza Jorge.

A grande novidade do Compre Bem RedeMAIS é o novo layout da loja na Cidade da Esperança, a primeira instalada na capital que, após a reforma, pre-tende ser o melhor e mais moderno supermercado de bairro natalense. Com o objetivo de se aperfeiçoar a loja, o supermercado oferece mais conforto, comodidade, diversidade de produtos com qualidade, além do já conhecido atendimento personalizado e calor humano. Um diferencial da loja é a dispo-nibilidade de carros climatizados para a entrega das compras em domicílio, sendo a primeira no estado a oferecer o serviço com essa característica. Outras novidades são: a disposição de um setor de padaria moderno, com rotisseria, mix variado e instalação de uma ilha de degustação, além da implantação de uma comunicação visual atrativa com a disposição de sete telões nos diversos setores do supermercado. “O nosso cliente merece o diferencial de fazer as compras na loja climatizada e ser levado até em casa no mesmo conforto. Todos os setores estão prontos para inovar e encantar o nosso consumidor”, revela o empresário, que destaca também a criação do setor de Atendimento ao Cliente, para orientar sobre o supermercado e seus produtos, ouvir recla-mações e sugestões, bem como criar os cartões Fidelidade e de Crédito Rede-MAIS. Outra ação inovadora é a criação do Conselho de Clientes, que reu-nirá, mensalmente, vinte pessoas para apontar as melhorias necessárias com o objetivo de aprimorar o atendimento.

É por apreciar os talentos e valores humanos, que Jorge Luiz de Medeiros possui uma equipe satisfeita e motivada, através de treinamento e capacitação, acompanhados de perto pela psicóloga Monique Pimentel. O supermercado também investe na política de participação dos colaboradores nos lucros da empresa, fazendo com que se mantenham estimulados na busca por resultados satisfatórios, o que comprova ainda mais o investimento do empresário na equipe: “O ramo supermercadista requer dedicação e amor e as pessoas que estão comigo nessa caminhada mostram que sentem isso através do trabalho que fazem diariamente. A motivação delas é reforçada pelo reconhecimento e autonomia que ofereço àqueles em quem con� o. Confesso que me sinto muito orgulhoso e satisfeito com a minha equipe”, conclui Jorge.

Nos últimos anos, todas as lojas da Rede passaram por grandes reformas, com o objetivo de renovar os equipamentos para atender os consumidores de forma adequada e com um atendimento cada vez mais ágil.

Através da sintonia entre clientes e funcionários, o Compre Bem Rede-MAIS se expande para um caminho de crescimento no mercado e conquista de novos consumidores.

Acima, equipe Compre Bem RedeMAIS em um dos treinamentos. Abaixo, parte da equipe de caixas da loja

Empresário Jorge Luiz, proprietário da RedeMAIS Cidade da Esperança

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O supermercado é um lugar de grande interação dos pro� ssionais com centenas de pessoas que passam pelos corredores todos os dias. Um atendi-mento quali� cado aos clientes é algo básico a ser estimulado em qualquer empresa, mas, para que isso ocorra, o pro� ssional precisa se sentir bem no espaço em que trabalha. Alguns setores precisam de atenção redobrada dos supermercadistas quando a questão é a saúde dos colaboradores.

De acordo com Letícia Lima Trindade, médica do trabalho do Núcleo de Vigilância em Saúde do Trabalhador, da Vigilância Sanitária de Natal, e Mestre em Saúde Pública pela USP, o maior número de afastamentos ou adoecimentos do segmento está vinculado a Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT): “Isto é uma consequência de uma er-gonomia inadequada, principalmente no setor de checkout e da não utili-zação de meios adequados para o carregamento de pesos no setor de depó-sito”, ressalta Letícia, que enfatiza a parceria da Vigilância com o Fórum Estadual do Meio Ambiente e do Trabalho na discussão destas questões e na proposta de soluções.

As consequências para a saúde do trabalhador em curto prazo, de acor-do com a médica, em decorrência de um ambiente de trabalho inadequado são, principalmente, dores localizadas nos ombros, punho e coluna. Já em longo prazo, se a dor não for tratada e se não houver alteração da organi-zação do trabalho para reduzir a carga, o ritmo e as posturas indesejáveis, a queixa de dor passa a ser crônica, levando a afastamentos prolongados do trabalho e desencadeando transtornos mentais que têm aumentado em relação a outras patologias. “A ergonomia inadequada é ocasionada, princi-palmente, pela falta de organização das atividades com o aumento das � las e poucos checkouts para muitos clientes. Isto tudo sobrecarrega os pro� ssio-nais e, muitas vezes, não existe uma quantidade adequada de funcionários para fazer uma substituição em pequenos intervalos, para que haja descanso de alguns grupos musculares, sobrecarregados pelo ritmo intenso e acelera-

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POSTURA SAUDÁVELNO TRABALHO

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do, estresse, peso excessivo  de algumas mercadorias, dentre outros fatores”, explica Letícia.

De acordo com a médica do trabalho, algumas ações estão sendo desenvolvidas globalmente, como a redução do peso de cada item, através de parcerias com as indústrias de embalagens para evi-tar a sobrecarga de volumes.

Em maio de 2010 foram realizadas duas audiências públicas com os gestores, sindicatos e órgãos de � scalização onde foram abor-dadas as di� culdades e proposta a implantação de algumas ações, que serão � scalizadas pelos órgãos responsáveis. Dentre elas estão: a manutenção de um ensacador para cada checkout em funciona-mento; o impedimento da entrada de promotores e consultores de vendas, repositores terceirizados e demonstradores de produtos nas câmaras frigorí� cas do estabelecimento; a realização de treinamento especí� co de saúde e segurança em conjunto com a CIPA (Comis-são Interna de Prevenção de Acidentes) e o SESMT (Serviço Espe-cializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho),

para os operadores de checkout; a adequação aos postos de trabalho dos checkouts; a não exigência de prestação de horas extras e a con-cessão de repouso semanal remunerado a cada seis dias de trabalho; o estabelecimento de diálogo com os trabalhadores que tenham sido vítimas de insultos de clientes, devido a estresses relacionados ao atendimento, dentre outros.

O setor supermercadista é o segundo segmento que mais afasta trabalhadores em Natal, � cando atrás apenas do setor de tecela-gem e confecções. Por isso, ações concretas de melhorias em algu-mas áreas do setor de supermercados precisam ser realizadas para que este ambiente de trabalho se torne cada vez mais saudável para clientes e pro� ssionais.

As proposições da discussão técnica de saúde e segurança no se-tor de supermercados podem ser consultadas na íntegra pelo ende-reço: http://www.prt21.mpt.gov.br/fepmat/005consolidacao.pdf.

O telefone do Núcleo de Vigilância em Saúde do Trabalhador da Covisa de Natal é o (84) 3232-8173.

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F O N T E : P O R T A L N E W T R A D E

A Associação Brasileira de Supermerca-dos (Abras) dá continuidade a sua política de sustentabilidade e anuncia a meta de re-duzir em 40% o uso de sacolas plásticas nos supermercados de todo o país até 2015.

O objetivo da entidade é atingir 30% de redução até 2013. A iniciativa faz parte do Plano Abras de Ação Sustentável, que engloba diversas ações setoriais, em conso-nância com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e que visam à promoção da susten-tabilidade e do consumo consciente.

Entre as ações do Plano, além daquelas especí� cas sobre sacolas, estão o desenvolvi-mento do Manual de Condutas do Setor e a intensi� cação da redução do uso de gases que causam o efeito estufa (HCFC).

“O problema das sacolas plásticas faz parte de uma discussão mais ampla a res-parte de uma discussão mais ampla a res-peito da própria relação entre sociedade peito da própria relação entre sociedade e meio ambiente. A Abras se propõe a ser e meio ambiente. A Abras se propõe a ser parte da solução deste problema e também parte da solução deste problema e também

ser multiplicadora do consumo consciente”, diz Sussumu Honda, presidente da Abras.

Segundo ele, para que o problema seja sanado é preciso que o Poder Público tam-bém faça a sua parte. “Primeiro, criando uma lei federal única para disciplinar a uti-lização das sacolinhas - assim, impedindo a multiplicação de leis estaduais e municipais que vêm mais para confundir e impossibi-litam qualquer aplicação prática. Segundo, criando ações efetivas para aprimorar a cole-ta seletiva e a reciclagem”, defende Honda.

Além da criação de um lei nacional que regule o uso de sacolas plásticas, o posicionamento institucional da Abras defende a redução do uso de sacolas plás-ticas, por meio do consumo consciente e do uso de sacolas retornáveis; o � m da distribuição gratuita de sacolas plásticas, desde que não prejudique o consumidor e desde que não prejudique o consumidor e a ampliação de ações de conscientização, a ampliação de ações de conscientização, entre outras iniciativas.entre outras iniciativas.

Para incentivar a redução e o cumpri-mento da meta, a Abras criará uma ampla campanha publicitária, aberta para adesão voluntária das empresas.

A entidade também vai premiar os cases de sucesso na redução do consumo de sa-colas com o Prêmio Abras Sustentabilidade, além de divulgar, por meio dos cursos ope-racionais da Escola Nacional de Supermer-cados, as boas práticas no uso das sacolinhas em todas as 27 estaduais da entidade.

“A sustentabilidade é um tema muito importante para os supermercados. Te-mos trabalhado nesse assunto com a� nco. Desde 2007, a Abras vem realizando di-versos fóruns para discutir o tema varejo sustentável em todo o Brasil. Além disso, incentivamos as redes supermercadistas a criar suas próprias campanhas de redução do uso de sacolas plásticas e de conscien-tização de funcionários e consumidores”, completa Honda.

S U S T E N T A B I L I D A D E

REDUÇÃO NO USODE SACOLAS ATÉ 2015

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S Í N T E S E J U R Í D I C A

A legislação brasileira tem passado por algumas mudanças recentes, com o objeti-vo de racionalizar o trabalho e concentrar os poderes nos tribunais superiores, es-pecialmente o Supremo Tribunal Federal (STF) e também o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nessa tendência, cita-se a introdução do efeito vinculante nas ações de constitucionalidade, a criação das sú-mulas vinculantes, e também instrumentos como a repercussão geral, pelo qual o STF somente examinará os recursos em que os interesses econômicos, políticos, sociais ou jurídicos, ultrapassem os interesses das par-tes da causa e, uma vez decidida a matéria, o entendimento será aplicado aos demais casos idênticos. Nessa linha, encontra-se ainda a mudança do procedimento do recurso especial, quando houver multipli-cidade de recursos com fundamento em idêntica questão de direito. O certo é que, no direito brasileiro, cada vez mais, os pro-nunciamentos dos tribunais superiores ga-nham peso maior e, nesse sentido, há uma aproximação com o modelo anglo-saxão de precedentes jurisprudenciais.

Pois bem. É possível citar alguns pro-nunciamentos dos tribunais superiores, em matéria tributária, que rea� rmam uma ten-

dência, ou mesmo, vinculam os órgãos da administração pública.

O STF editou a súmula vinculante de nº 8, em que deixou expresso que somente lei complementar pode dispor sobre deca-dência e prescrição em matéria tributária. Com isso, restou declarada a inconstitu-cionalidade dos arts. 45 e 46 Lei 8.212/91, pelos quais se concedia o prazo de 10 (dez) anos para a Fazenda Pública constituir e co-brar os seus débitos previdenciários. Passa a incidir a regra geral, prevista no Código Tributário Nacional (CTN), do prazo de 5 (cinco) anos, para constituição e cobrança de tais créditos. Tal matéria é vinculante e passam a ser considerados inválidos os atos de cobrança de valores que ultrapassem o prazo do CTN.

O STF também rea� rmou que as taxas de coleta, remoção e destinação de lixo não podem incidir em razão dos serviços presta-dos sobre bens e logradouros públicos, mas apenas dos bens particulares. Também con-siderou que a base de cálculo da taxa não pode apresentar identidade integral com a de imposto, embora possa adotar um ou mais elementos de um determinado impos-to (RE 576.321-QO). É comum a cobran-ça dessa taxa com base exclusivamente na

base de cálculo do IPTU.Por sua vez, a 1ª Secção do STJ (que

tem a palavra � nal nesse tribunal nas ques-tões de direito público), rati� cou a não incidência do imposto de renda sobre pa-gamentos a título de indenização. É que a indenização apenas repõe o patrimônio do indenizado, não gerando acréscimo patri-monial. Com base nessa orientação, por exemplo, é que se sustenta a não incidência de imposto de renda sobre a indenização, em processo de desapropriação.

Igualmente, em precedente do Estado do Rio Grande do Norte, a 1ª Secção do STJ rati� cou o entendimento pelo qual não há incidência do ICMS sobre a reserva de demanda de energia elétrica contratada (AG na SS 2.367/RN, de 01/09/10). É que o imposto deve incidir única e exclu-sivamente sobre a potência elétrica efetiva-mente utilizada, não incidindo sobre a base contratada, mas não utilizada.

NOTAS SOBRE QUESTÕES TRIBUTÁRIAS EXAMINADAS PELOS TRIBUNAIS SUPERIORES

*Advogado da Assurn e Mestre em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). E-mail: [email protected]

R O D R I G O F O N S E C A A L V E S D E A N D R A D E *

FOTO: ALEX FERNANDES

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