Revista Mineira de Engenharia - 2011
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Transcript of Revista Mineira de Engenharia - 2011
Bons ventos para a matrizenergtica brasileira
Pgina 36
Ano 2 Edio 2 Maro 2011
A ENGENHARIA MINEIRA E O PNLT
Pg. 32
AS ENCHENTES URBANASE O PLANEJAMENTO MUNICIPAL
Pg.12
ENERGIA EM MINAS Um panorama da energiaem Minas
Pg. 22
Projeto inovador Cengefer Pg. 41Leia Mais
IMPRESSO ESPECIAL999 122 55 307- DR/MGSOC. MINEIRA DE ENGENHEIROS
DEVOLUO GARANTIDA
CORREIOS
CORREIOSIMPRESSO FECHADO PODE SER ABERTO PELOS ECT
3Em inmeras reunies, vrios encontros, contatopessoal, surge sempre como tema e preocupao principal,a importncia da engenharia e seu ensino. O Brasil est acos-tumado, na maioria das vezes, s solues precipitadas,cobra-se um planejamento adequado e a necessria colabo-rao de quem capaz de proporcionar o alinhamento dasideias e aes prioritrias. Sente-se o dilema de como en-frentar o desenvolvimento nacional sem a in-dispensvel qualificao dos profissionaisrequisitados, face ao abandono cercando suaformao.
Coloca-se em foco o ensino da en-genharia, vtima de um processo de deterio-rao por vrios fatores conjugados, entreeles, o desequilbrio de uma formao inicialdas mentes infantis, no ensino primrio, emque os professores no mais das vezes, malpagos e mal preparados se debatem com afalta de normas e orientaes pedaggicas apreparar uma base suficiente ao avano noterreno do conhecimento em crescente mul-tido de crianas. Desta forma, vinda dos cur-sos secundrios com as mesmas distores, asuniversidades recebem uma juventude desconectada, sem osalicerces prprios construo do saber aplicvel ao pro-cesso desenvolvimentista. Arriscam a a sua estabilidade econceito, obrigando as empresas a se transformarem em cen-tros de adequao e preparo dos neos-engenheiros quepreenchero o plantel de colaboradores. Infelizmente, noBrasil, pela ineficincia do poder pblico, a educao brasi-leira abandonou muitas vezes a misso pelo negcio e olucro suplantou o aluno como objetivo final.
Outrossim, profissionais altamente qualificados seafastam dos seus postos de anos de luta, seja em rgos p-blicos ou nas empresas privadas, onde no se proporcionamoportunidades ou atrativos de transferir sua experincia aosque esto chegando, muitas vezes inabilitados a uma sequn-cia lgica de sucesso na linha de frente das expanses e in-vestimentos a que o Brasil no pode se furtar. Ressalto ainda,o perigo de nos sujeitarmos s tecnologias impostas por pa-ses que seriamente cuidam de formar seus jovens e amparardecisivamente a carreira daqueles que contriburam para sualiderana na comunidade das naes.
Na busca voraz de atender s oportunidades de trabalho, ca-minha-se para uma formao profissional quase, diramos, "atoque de caixa", encurtando os cursos e matrias para maisrapidamente abastecer o mercado. Desdobra-se a engenha-ria em novas denominaes buscando a figura do tecnlogo,ignorando muitas vezes a necessidade de uma base slida emdisciplinas aparentemente deslocadas destas titulaes, mas
de importncia crucial a uma viso holstica que todo enge-nheiro deve ter da amplido que o seu saber proporciona mente inquiridora.
De qualquer forma, o avano exponencial da tec-nologia no nos permite ficarmos presos aos padres do pas-sado, exige inovao e criatividade para alcanarmos
mtodos de aprendizado mais eficazes aostempos de hoje. A engenharia movimento erenovao permanente, lanados a partir deconceitos e predicados fundamentais que nose podem ignorar.
Inmeros so os desafios que se apresen-tam sociedade brasileira, ou melhor, so sem-pre os mesmos desafios, mas com novasroupagens, e vez ou outra, aulados na execu-o por eventos a satisfazerem nossas vaidadesde nos equipararmos aos melhores domundo.
Eis que agora, o sediar uma Copa e umaOlimpada provoca um rebulio financeiro eespeculativo em torno de obras que j deve-
riam existir, e se, necessrio, alguns ajustes para receber estetipo de evento. Hoje tudo gira em torno destes projetos queno se sabe se ficaro prontos, se sero objetos de acaba-mentos apressados, o importante que somos o pas daCopa de 2014 para orgulho nacional e fama de um futebolque anda perdendo o seu antigo fulgor.
Mas seja como for, se preparamos o Brasil para ofuturo ou para a Copa, uma verdade se impe: a necessidadede engenheiros e mo de obra auxiliar especializada para re-solver os inmeros problemas das obras e de uma carnciaquase absoluta de infraestrutura. Somos um pas que formacerca de 30 mil engenheiros por ano, enquanto necessitara-mos de 65 mil, mesmo assim permanecendo atrs de umaCoria com 80 mil formandos e que no tem nossa extensoterritorial, para no falar da China, que ultrapassa os 300 mil.
Necessitamos com urgncia rever nossas escolas,desde o primrio, recebendo a prioridade nesta terra tonecessitada de conhecimento aplicado, onde falar de cin-cia e tecnologia e de pesquisa e inovao, como pregarno deserto, to tmidas so nossas reaes soluo de-sejada para ancorar o desenvolvimento industrial, a explo-so de patentes, a explorao nativa de nossas riquezas esua transformao em solo ptrio, tudo aquilo que o bemestar da sociedade pede e espera. A presena do enge-nheiro em todas as reas e atividades ponto de partidaobrigatrio. hora de fortalecer e renovar o ensino daengenharia brasileira.
Editorial | Palavra do Presidente
Mrcio Damazio Trindade Presidente da SME
HORA DA ENGENHARIA
4PRESIDENTE Mrcio Damazio Trindade
VICE - PRESIDENTES
Ailton Ricaldoni Lobo
Carlos Eduardo Orsini Nunes de Lima
Dcio Vaz de Mello Silveira
Dlcio Antnio Duarte
Jos Ciro Mota
DIRETORES
Alexandre Rocha Resende
Enil Almeida Brscia
Ildeu Olyntho de Freitas
Jos Henrique Diniz
Jos Nelson de Almeida Machado
Mrcio Moreira
Nelson Fonseca Leite
Reynaldo Arthur Ramos Ferreira
Srgio Menin Teixeira de Souza
Wilson Pereira de Almeida
CONSELHO DELIBERATIVO
Felix Ricardo Gonalves MoutinhoFernando Henrique Shffner NetoGuy Maria Villela PascoalIvan Ribeiro de OliveiraJoo Bosco SilvaJoo Ricardo Barusso LafraiaJos Luiz Gatts HallakMarcos Villela Sant'AnnaMarcus Rocha DuarteOlavo Machado JniorPaulo Safady SimoRicardo Vinhas Corra da SilvaShelley de Souza CarneiroTrcio Primo Belm BarbosaTeodomiro Diniz Camargos
CONSELHO FISCAL
talo Aurlio GaetaniJos Carlos Lisboa de Oliveira Marcos de Vasconcelos Bastos Werner Canado Rohlfs
Coordenadora EditorialAlessandra Sardinhaaltexa78@hotmail.com
Projeto GrficoDireo de ArteBlog Comunicao e ConsultoriaMarcelo Fernandes TvoraBento Simo 518 - Sao bento -BH/MG(31) 3309 1036 - 9133 8590tavora007@hotmail.com
Jornalista Resposnvel Alessandra SardinhaRJP/MG 9.268
Tiragem 6 mil exemplares
Distribuio GratuitaVia Correios
PublicaoSME - Sociedade Mineira de EngenheirosAv. lvares Cabral, 1600 3andar Santo Agostinho BH/MG - CEP:30170-001 Tel. (31) 3292-3962
5Minas e Energia
Educao einovao
para todos
Enchentes e Planejamento
Urbano
8
12
Reportagemda capa
52
Centro de referncia e excelnciaem Engenharia Ferroviria - Cengefer
A EngenhariaMineira e o
PNLT
N D I C E
A inovaovai inovarno Brasil?
16
Revitalizaodo Institutode Pesquisa
41
36
22
32
Chuveiroo vilo daenergia
46
Engenheiro do ano
50
6ART | A Responsabilidade Civil do Engenheiro
ART-0086Por Patrcia Fernandes
LEMBRE-SE!
Ao preencher o campo
entidade de classe na ART,
escolha a SME atravs do c-
digo 0086. Assim, voc ajuda
a SME a representar a enge-
nharia e oferecer os melhores
cursos, servios, convnios e
produtos para voc.
De acordo com a Lei Federal 6496 de
07 de dezembro de 1977, todo contrato para
prestao de servios por engenheiro, agr-
nomo, gegrafo e meteorologista, seja ele pro-
fissional autnomo ou com vnculo
empregatcio, est sujeito Anotao de Res-
ponsabilidade Tcnica - ART.
O documento deve ser preenchido e as-
sinado pelo profissional e pelo seu contratante,
para registro no Conselho Regional de Engenha-
ria, Agronomia - CREA da regio onde os servi-
os sero executados.
Alm de ser uma necessidade legal, o
profissional, ao registrar os projetos de sua au-
toria no CREA ao longo da carreira, forma um
acervo tcnico de propriedade legal, reconhecido
pelas empresas na anlise de seu currculo.
Parte da taxa recolhida para o registro
da ART destinada entidade de classe escolhida
por opo do profissional, para aplicao em pro-
jetos de valorizao da profisso e do profissio-
nal e de outras atividades associadas s suas
atividades. O formulrio para preenchimento dos
dados est disponvel no site do CREA-MG, mas
o registro pode ser feito pela internet.
O discurso da inovao est em todos os lugares: nos go-
vernos estaduais recm-empossados, em vrios ministrios
do governo federal, na Confederao Nacional das Inds-
trias (CNI) e nas federaes estaduais. Mas por que esse
discurso, ou melhor, as prticas inovadoras, no mobilizam
os profissionais da educao e suas instituies?
Pases desenvolvidos que j deram um salto educacional, tm
incentivado a criatividade e incrementado a capacidade de
inovar de seus estudantes e professores. Isso acontece por-
que tais naes j perceberam que estamos em uma socie-
dade do conhecimento, na qual a informao matria-prima
abundante que precisa ser transformada pela criatividade e
pelo esprito inovador em servios e produtos.
No ltimo Programa Internacional de Avaliao de Aluno
(PISA) que mede a capacidade de leitura e o aprendizado