Revista MFactory43

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Revista digital n2 MFactory43

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ENTREVISTA A: nrxaRDo MAros

Ecos da ESPIMODEL 2O1O

DIGAS & TÉGNIGAS

PIT STOP By GresG

OS MODELOS DE

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NOVIDADES

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EVENTOS

Esta é a palavra que para nós,Núcleo de Modelismo de Espinho,melhor define a ESPIMODEL 2010.

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Foi um prazervera nossa "casa" cheia de gente que pordiversas razões visitaram a ESPIMODEL. 1íi;;',""* *'-1Foi um prazer receber modelista de todos os pontos do país.Foi um prazer receberos "nuestros hermanos" da Galiza.Foi um prazer mostrar ao nossos patrocinadores o trabalho feito pelo N.M.Espinho.Foi um prazer dar e partilhar o modelismo com todos.

Não é muito importante para nós mediro sucesso da ESPIMODEL 2010,para nós,foi eé muitomais importante ver o vosso prazer.

Atodos aqueles que contribuiriam para a ESPIMODEL2010 só podemos dizer:

Obrigado...foi um prazer.

ESPIMODEL 2010= Prazer...

oram muitas as pessoas que se juntaram na junta de RuiTorres,presidentedaJuntade tiidttüddt|[h.no"r,toïïìH?

freguesia de Espinho no último domingo do evento para a FreguesiadeEspinho,dizlembrar-sequehá -""nucïi}tilentrega de prémios que destacariam alguns dos bons quatro anos a afluência era bem inÍerior, Íicando orgulhoso

modelos patentes. De todas as idades, não conseguiram evitar o do crescimento do papel da Espimodel nas actividades culturais deencanto destas réplicas reveladoras de técnica e talento dos mais Espinho."Hoje estamos muito satisfeitos por ver que os dirigentesempenhadoseapaixonadosporestehobby.Ograndevencedorfoi da associação têm estado empenhados em levar o núcleo deo modelo "Fairey Swordfish" recebendo o prémio Master, tendo-se modelismo para a frente", disse Rui Torres. Leonor Fonsecadestacado no meio de muitas centenas de modelos das mais adiantou que "a Câmara continuará a apoiar o trabalho dosdiversas temáticas. Compareceram pessoas oriundas de norte a modelistas, esperando que o 10o aniversário da Espimodelsul do país, e também de outras nacionalidades, em particular de conquiste adeptos de mais pontos do mundo".Espanha que esteve representada por algumas associações. E foi num ambiente de geral satisfação que terminou bem mais umaOs prémios foram distribuidos pelas diversas categorias (um total edição da Espimodel, estando já no terreno a preparação da 10'de 118 entregues), havendo ainda os prémios patrocinados, e o do edição, a realizar em Setembro de 2011 .

público. Na cerimónia de encerramento, estiveram presentes Fica já o convite a todos os modelistas que participaram e aos querepresentantes da Câmara de Espinho, Junta de freguesia e por qualquer razão náo o puderam fazer este ano, que se preparematrocinadores do Evento

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Vencedor Absoluto Troféu Master Modelista: Alberto Nunes Descrição da Peça: Fairey Swordfish

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ENTREVISTA A:

esta edição vamos ficar a conhecer melhorum dos nossos membros. Vamos àconversa com o Ricardo Matos.

Ricardo, fala-nos um pouco mais de ti.R:Bom,chamo-me Ricardo Matos, tenho 26 anos esou de Almada. Sou DesrElner de profissão, masgostava de ter seguido maquetismo e 3D (tenhoalguns conhecimentos). Actualmente estou de voltaao modelismo pois esÍive uns tempos de cosÍasvoltadas a esta arte. De resto, não seimuito mais quedizer!

Desde quando é que te iniciaste noModelismo/Goleccionismo e porquê?R:Ui...provávelmente desde os meus 7,8 anos, comum navio à escala 1/700, oferecido pelo meu primo.Digamos queficou um marde cola...(em cima dele).Depois o coleccionismo veio com os meus 15 anos,em que comecei a comprar miniaturas 1/43 de carrosclássicos! Hoje em dia játenho uma minigaragem!

Gonsideras-te um Modelista ou umcoleccionador?R:Um pouco de ambos. GosÍo de modificar, construirou simplesmente ter o modelo na estante tal como ocomprei.

Para ti, o que é o Modelismo?R:Uma escapatoria ao dia-a-dia.

Qual é a tua escala preferida e porquê?R:1/43, cabe em todo o lado e já tem pormenores.

Tens algum tema preferido que desenvolvas eporquê?R;C/ásslcos. Sem dúvida os c/ássicos, adoro historia,e ter uma peça à escala que conta algo, para mim éúnica.

Preferes trabalhar um Die-Gast ou construir umkit? Porquê?R;EsÍa é difícil... por vezes gosÍo de pegar em algo<finalizado> pela marca e mudar para dar maisdetalhes, outras vezes gosÍo de fazer de raiz ou atémesmo um modelo de compra...tudo depende dadisposição.

Qualfoi o teu primeiro modelo e o mais recente?R:Modelismo 1/43 foi o Mercedes W125...mas oprimeiro de todos foi um Porta Aviões da 2" Guerra àescala 1/700...o mais recente são os meus dioramas.

RIKARDO MATOS

Quantos modelos tens actualmente na tuacolecção?R:Ao certo não sei,pois recebi uma caixa cheia demodelos para restaurar...mas são bem mais de 100.

Gomo e onde tens exposta a tua colecção?R : Vitri n a... e sta nte... e m u ito s d e ntro d a s cai xa s.

Quantas horas dedicas diáriamente aos teusmodelos?R: Em férias forçad as, várias hora s por dia.Mas em altura detrabalho...sempre queposso.

Tens a tua colecção devidamente catalogada emBase de Dados e fotografada?R:Tenho Íodos os que esfão exposÍos num cadernocatalogados por marca/modelo/ano/estado(alterado ou origi n al).

Qual a opinião da tua família e amigos sobre esteteu hobby?R:Gostam... Já vem de outras gerações.

Qual é o teu modelo favorito ou aquele quemerece mais realce na tua colecção?R:O meu primeiro... o Mercedes W 1 25.

Para além de modelos auto, o que coleccionasmais?R:Tenho uma paixão por aviões, mas tenho poucacoisa!

Tens por hábito adquirir modelos por fascículoscoleccionáveis?R:Nem porisso/ Só compro aqueles que quero.

Qual o teu critério nas compras que fazes?Gompras os modelos que gostas ou os queestão em falta na tua colecção?R;Os que gosÍo. Seja pela historia ou pela beleza domodelo.

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ENTREVISTAA:

Já perdeste algum modelo, seja ele de colecçãode fascículo ou de lançamento no circuitocomercial, que hoje seja difícil de encontrar?Qual?R:Bom, tenho um que me doi de pensar nele... oJaguar TypeE, mas perdi por acidente... e tenteiencontrar outro e nunca mais vi!

Na zona onde vives, tens dificuldade em encontrarlojas que se dediquem aomodelismo/coleccionismo?R:Já foi mais complicado, agora tenho uma ou outraem Lisboa!

De todos os modelos constantes na tua colecçãoqualo mais barato e o mais caro?R:Tenho desde 1€ a 40€ e alguns de borla! hehehe

Tens preferência poralguma marca? Qual?R:Nem porisso, desde quetenha 4 rodas!

Qual a maior dificuldade que encontras parapoderes desenvolver com mais qualidade estehobby?R:Falta detempo e dinheiro!

Desde quando é que começaste a frequentarfórums dedicados ao Modelismo/Coleccion ismo?R:Já vai algum tempo... se calhar desde 2004.

Achas que a existência destes fórums trazemalguma coisa de positivo para este hobby?R:Em alguns casos sim (é uma pergunta com panopara mangas).O nosso é certo que sim, pena não serem maisassim....

Fazes paÉe de mais algum fórum de modelismo/coleccionismo? Qual?R:Flz pafte durante muito tempo do Fórum Die-Cast,mas embora ainda tenha conta (duas até) acabei pornão irlá mais!

Em tua opinião os fórums temáticos contribuempara o estreitamento de relações e à construçãode novas amizades?R;Sem duvida! Ganhei novos amigos aqui... melhorprova?

Sendo este hobby uma actividade solitária eindividualista, achas que a <partilha deconhecimentos e técnicas> deve ser divulgadapublicamente?R:Em alguns casos sim, em outros nem por isso!Voltando ao nosso forum... entre amigos, claro quesim!

Como é que tomaste conhecimento daexistência do nosso fórum e como te tornastemembro?R:Fui convidado! E desde então nunca mais saidaqui!hehe

Em tua opinião, o que devia ser melhorado ouacrescentado ao nosso fórum?R:A meu ver está no bom caminho! Osmel ho ra m e ntos vão su rg i r!

Como defines o nosso fórum e qual o teu grau desatisfação?R;5 esfre/as

Já recomendaste o nosso fórum a algum amigo?Porquê?R:Já! Um fórum como esÍe... é 5 estrelas. mereceserdivulgado

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Pintura da carrocelia. Sempre em pequenas doses,e sempre de [ìarxo para c ma

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Modelo: ALFA ROMEO 155 StradadeMarca. Racing 43 (Metal)Ano de Construção. Agosto 2010Modelista: SPORTING

Continuação da montagem do interior

CONSTRUIR UM KITPasso a Passo

Colagem e prntura dos travÕes aos discos

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corn bisturi dos discos e travoes

! Pintura dos inter or Baquets €

Começo de rnontagem do arco de segurança.

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Continuação da montagem do arco de segurança.

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\Resultado final da pintura r4-$\\ -/

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MODETOS 1t24

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MODELOS 1124

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MODELOS 1124,)

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MODELOS 1132

BATMOBILEby LUíS VnOURETRA(NUCLEO DE MODELISMO DE ESPINHO)

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batmobile, baseado no protótipo Licoln Futura, foi criado por William M. Schmidt e pela sua equipa. As linhas poderão ter sidoinspiradas no modelo Mako Shark e Manta Ray. Em 1954, o protótipo do Lincoln Futura, Íoi construído à mão por Ghia Body Worksem ltália - Turim. Um ano mais tarde, a 8 de Janeiro, foi apresentado no salão de Chicago, com cor base azul. Em 1959, o Futura

surgiu nos grandes ecrãs com a corvermelha em "lt Started with a Kiss"

Mais tarde, em 1965, a 20th Century Fox Television e William Dozier's Greenway Productions, contactou o construtor Dean Jeffries paradesenhar e construir o "Batmobile" para a série de televisão. A construção iniciou-se com a modiÍicação de um Cadillac, modelo de 1959.Todavia, quando os estudios quiseram lançar a série em Janeiro de 1966, Jeffries não conseguindo terminar o projecto a tempo, passou-opara o construtorGeorge Barris.

tierO Crasse toi responsável pelo design e Bill Cushenberry petasmodificações, terminando o modelo em três semanas.Barris manteve os direitos de autor e emprestando-o à 20th Century Fox e Greenway Productions para o uso nas séries.No inÍcio das filmagens, surgiram alguns problemas inerentes à idade do carro: sobreaquecimento, bateria descarregada e uma despesaenorme em pneus "MickeyThompson" que Íuravam constantemente. A meio da série, o motor e a transmissão Íoram trocadas pelas de umFord Galaxie's.

A influência visual mais Írequente deste carro, que foipassando para os modelos mais recentes, foi a turbinatraseira que possibilitava um arranque mais rápido.

Actualmente o carro encontra-se avaliado em 2 milhõesde dólares.

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MODELOS 1132

O KITEste kit e a edição de coleccinador, editado pela Polar Lights, contendo okit do batmobile e um plano geral do carro impresso em papelfotográfico.

Relativamente ao interior o kit traz os bancos cromados. oorém nenhumdos modelos reais tem os bancos cromados.Assim sendo, o cromado teráde ser removido com lixívia para ser pintado de preto. Este modelo incluíainda duas Íiguras: uma do Batman e uma do Robin, sem esquecer umafolha de decalques.

As instruções do kit são uma Íotocópia das originais, resumindo-se a trêspassos (30 peças) e uma descrição muito geral das cores.

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Não é um kit complexo, porém os moldes datam de 1960 nãoajudam muito. Algumas peças têm marcas da injecção doplástico que têm de ser removidas antes de serem coladas.

Este modelo náolraz o famoso "motor atómico" e não incluípneus de borracha. Em suma, é uma fiel reedição do modeloclássico. De uma maneira geral, tendo em conta a idade dosmoldes, o kit está muito básico. Aparentemente, a carroçariacomo tem em separado o nariz, vai obrigar-me a utilizarmassa putty para corrigira junção do nariz.

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Âudi Quarto Madboro N".5 - H. Mikkola / R. Gumped - cote D lvoire 1982(speidel Modellauto / Troféu)

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Os Die Cast de <Paulo Ferreira>>Fiât 131 Abanh Alilalia N".3 - M. Alen / L Kivimáki - Rallv Sâfari 1979 (Troféu)

SubaÍu lmpÍêzaWRC N".5- PSolbêrg/P MillsJapan 2005 ÍHPlì

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Lânciá Dêlta 54 N'.2 - M. Alen / L Kivimâka - San Remo 1986 lHPlì

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Lancaa Delta HF Intêgrale N'.4 - C. Sainz / L. Moyâ - San Remo 1993 (HPl)

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Nissán 240RS Lois N'-20 - S. Mêndês / R. Cunha - Podugal 1985 (BizaÍe)

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Monrê cádo 1985 (Spârk)

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Pêugêot 306 Maxi N'.3 -Â. Lopes / L. Lisboa - Rota do sol 1996 (Viressê)

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Argentina e as corridas,um Tango desafinado.

requentemente, e no passado, as corridas de carrosforam protegidas em grande escala pelos políticos.Princioalmente na Alemanha de Hitler e na ltália de

Mussolini. A protecção de Hitler A casa Mercedes e à Auto-Union, teve como consequência surpreender a Europapoucos anos antes de rebentar a2" guerra mundial. Cadafirma recebeu 200.000 dólares como subsídio do governopara que produzissem carros dedicados a correr nos GP.Cada fábrica gastou quase 1 milhão de dólares emmelhorias nos seus carros, recebendo em troca daqueleesforço contratos redigidos sob condições muito favoráveispara a produção de munições de guerra. Os seus motoreseram duas vezes mais potentes do que aqueles que até aítinham corrido nos GP. Podiam atingir velocidades de 200milhas/hora facilmente. Porém a célebre eficácia alemãcontrolava-os maravilhosamente tanto nas pistas comofora delas. Nunca mataram ninguém, além de algunspilotos. Se o controlo da multidão não fosse perfeito , oscarros não correriam.

Em ltália alguns anos antes, Mussolini tinha apoiado ascorridas, facilitando fundos do governo para para construirrecintos fechados, fazendo dos pilotos heróis nacionais,bem como dando esse título honorífico também a àsequipas, directores e proprietários das fábricas. Em ltáliaalgumas tragédias aconteceram, foi a época áurea dascorridas em pista e fora dela, nasceu a prova das MilleMiglia, aTarga Florio, Monza construiu-se e foi 1o circuitoeuropeu. AAlfa-Romeo ganhou centenas de corridas compilotos como: Nuvolari, Varzi, Campari, Borzacchini,Materassi, Fagioli, Bordino, e António Ascari. Mas até quePéron organizasse GP da Argentina em 1947, nada setinha visto igual. Anteriormente à criminosa época de 1953,tinham morrido alguns pilotos em 1949. Jean Pierre Wimillee Oriano Malusardiforam assassinados pela multidão, estaé a expressão exacta, ao serem obrigados a sair de pistaempurrados por aquele muro de carne humana que lhesfechava o passo.

No ano de 1954, Eric Forest Greene chocou com seu carro,mas pôde saltar a tempo do seu lugar com as roupas emchamas. Embora houvesse assistentes por perto,ninguém sabia o quefazer, e nem sequer havia mantas àmão para apagarchamas que envolviam seu corpo. Morreuno dia seguinte. Também 1954, um chefe dos boxes, EricoPlate, foi morto por um carro conduzido por um amadorargentino sem experiência e que deslizou sobre os boxesesmagando-o contra muro. lsto porque construíram boxesmuito perto da curva e por terem permitido que aquelepiloto tomasse parte na prova. Em 1960 Péron estava noexílio mas os maus costumes são difíceis de desarreigar.no fim de uma longa recta e estreita pista, matou-se Henry

Blanchard. Era uma pista que , estupidamente,continuava sendo um perigo para os pilotos e que deviaser suprimida. O facto de não ter havido mais mortes foiquestão de sorte. Um ano durante os 1000 km para omundial de sport , os pilotos esperavam deslizar atravésde uma pista que unicamente tinha uma curva fechadaem cada ponta e mais nada ao longo de todo o percurso, anão ser uns quantos fardos de palha.

A pista era muito rápida e resolveram instalar cercas dearame para conter multidão e eram verdadeirasarmadilhas para pilotos que se despistassem. Quando talfoi dito aos organizadores houve um encolher de ombrose responderam que não podiam estaratentos a tudo.O GP da Argentina era a imagem perfeita dadesorganização latina. A organização da prova estava acargo de amigos íntimos de Péron e nenhum faziaideiado que era uma corrida de carros. fazer sinais aos pilotoscom bandeiras era coisa que desconheciam. Um certoano um dos mais importantes membros do governo quisdar partida e só depois reparou que estava em cima dabandeira. Ao reparar nisso deu uma grande sacudidela àhaste da bandeira, sobressaltados por seu gesto metadedo pelotão arrancou, enquanto os outros ficavam nagrelha. Foi uma saída muito típica na Argentina. Achamada temoorada de corridas era mais umespectáculo circense do que uma competição. Muitasvezes a corrida era somente o quarto ou quintoespectáculo do dia, porque havia corridas de cavalos,motos, e por aí fora. O público tinha que estar sempreentretido. Havia saltos de pára quedas e acrobaciasaéreas ou algum malabarista fazia habilidadespendurado num helicóptero.

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Naturalmente a temporada realizava-se durante o piortempo possível do ano. Choveu abundantemente duranteduas importantes corridas que se realizaram na Argentina.Uma vez durante GP de Buenos Aires em 1958. e outradurante o ano de 1954. O resto do tempo o calor eraintenso. Durante o dia a temperatura em BuenosAires é tãoquente em Janeiro é de 36 graus aproximadamente mas nocircuito chegava a subir aos 40. Quando fez mais calor e sesofreu mais foi na prova de 1955. as temperaturas maisbaixas que se registaram eram porvolta dos 38/40 graus. Ocircuito era um verdadeiro forno, elevavam-se ondas decalor do alcatrão que cobria a pista, de tal modo que ospilotos por vezes padeciam de alucinações. Depois deumas voltas ao circuito nenhum piloto acreditava nos seussentidos.

Jean Behra chocou com seu carro e o mesmo aconteceu aKarl Kling e a Alberto Ascari. Stirling Moss parou seu carronum lado do circuito, completamente esgotado, tendo queser recolhido numa ambulância. Castelloti travoujustamente no momento em que desmaiava. Um dos carrosmudou de piloto oito vezes. Entretanto o grande Fangiocontinuava acorrerfazendo média de 80 milhas/hora. semcometer nenhum erro. A estrutura dos tubos do carroaqueceu de tal modo que chegou a produzir queimadurasde 2o grau nas pernas. Acada curva que faziauma de suaspernas batiam contra metal quase ao rubro. esteve prestesa desmaiar várias vezes mas mediante poderoso esforçomanteve-se sempre ao volante percorrendo circuito semdescanso. Quando ao fim de 3 horas a corrida acabou,Fangio era um homem completamente desfeito. Meiodesmaiado deixou-se arrancar do seu assento, não podereconhecer o rosto de sua mulher e murmurou com vozquase imperceptível:

<Querotomar um duche antesde mais nada...!>

Ainda hoje se notam as queimaduras feitas nessa corrida.Comprou bálsamo para suas feridas com os 5.500 dólaresque a casa Mercedes lhe deu como gratificação especialpor correr naquelas condições e ganhar a prova.Depois daquela corrida, os mecânicos aprenderam a abriruns orifícios no chassis dos carros antes de irem correr àArgentina, assim como desde então , nos boxes semprehouve baldes de água fria à disposição dos pilotos (enalgumas vezes em alguns pontos do circuito). Oespectáculo de ver pilotos meio estonteados e agarradosao volante, que eram reanimados por baldes de água fria,que os seus mecânicos lhes atiravam ao passar, chegou aser uma coisa vulgar em qualquer corrida celebrada naArgentina. Inicialmente os europeus eram atraídos pelascorridas na argentina. Podiam assim preencher a lacunaque lhes deixava a suspensão das corridas na Europa. Masconforme anos iam passando, a falta de organização, ocalor, e a ausência de segurança mudaram sua atitude ecomeçaram a desertar daqueles perigosos circuitos.

Em 1958 foi a ultima vez que essas corridas contaram compresença de Fangio. A Vanwall, BRM, ou a Cooper nãopuderam estar presentes. Assim somente 10 carrostomaram parte na prova, 6 deles antigos Maserati semchance de ganhar. Um 70 carro era um Cooper de Moss.

Na realidade foi ele que ganhou a prova. mas aquelavitória não era qualquer coisa que se tinha decidido deantemão. A corrida não iria ser mais do que um passeiopara os 3 Ferrari que tomavam parte na prova, e assim aequipa antecipadamente decidiu quem ganharia. Opúblico foi escasso. O GP foi seguido da corrida dos 1000km que o público contemplou como sempre na saída dorecinto, antes de pagar para entrar nele. A corrida quefechou a temporada foi o GP de B. Aires, que se realizousob forte chuva. No total foram 3 corridas realizadas.2muito mal organizadas e no conjunto foi um desastre anível económico. O A.C. Argentino perdeu cerca de100.000.

A maioria dos corredores estava de acordo acerca dessaprevisão, mas em 1960 voltaramarealizar-se as corridas.Possivelmente porque oA.C.A. julgou que desta maneira,atrairia Fangio, que já tinha 49 anos e estava retirado.Realizou-se um grande esforço para que o grande Fangiovoltasse a pegar no volante, mas Fangio não se mostroudisposto a voltar afazê-lo mais. Então o clube virou seusolhos para Froilan Gonzalez que até ao ano de 1954tinha sido um dos mais audazes pilotos de corridas domundo inteiro. Era um homem forte e corpulento que davaa impressão, que quando corria, de estar brincando comcarros de choque por todas as pistas do mundo. Semprelutava por chegar em primeiro e além disso era umindivíduo que não conhecia o medo em absoluto. Mas noano de 1954, o seu companheiro Onofre Marimon,argentino como ele, tinha-se matado com um Maserati,em Nurburgring.

Gonzalez chorou desalmadamente apoiado sobre umombro de Fangio e a seguir, perdido talvez o controle deseus nervos, lançou seu carro contra o de outro piloto.Gonzalez nunca mais ganhou uma prova. Retirou-secedo do GP e embora na temporada e de vez em quandoaparecia pilotando algum carro, mas jânão era o temíveladversário que sempre tinha sido. Mike Hawthorndeclarou em 1958 que González tinha perdido oentusiasmo pelas corridas, Em 1960 Gonzalezacedeu aopedido do A.C.A. e pilotou um Ferrari. Mas não lheagradava em absoluto, e o tempo estava muito quente.Parou 2 vezes para que lhe atirassem água. Acabou aprova em 10 lugar.

Em qualquer caso, a temporada tinha terminado após umdescanso de um ano, e as corridas continuariam, aindaque de forma intermitente, durante muitos anos. Tinhamcomeçado sob impulso de necessidade política e dePéron e tinham-se tornado famosas em todo o mundomercê dos esforços de Fangio, e era provável quecontinuassem por muitos anos os efeitos do poderosoimpulso que estes dois homens deram às corridas decarros.

Cars atSpeed Robert DaleyContribuido por (GregcD - Qutubro/2010

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DICAS & TECNICAS

O plano aqui representado refere-se a umsuporte de pintura para modelos naescala 1124.

Aqui podemos ver o material a ulilizar parar nnnclrr rnÃn I lm oimnlôc crhido dod uut tòU uçdv. uil | Òil t rvrço uouruç uçroupa, em arame revestido (Fig.A).Depoìs de devidamente desmontado(Fig.B), ficamos com o arame pronto parainrciarmos a construção do peça quenroÌondamnq /trin íì\

Com a ajuda de uma régua, marcamos osDontos onde iremos efectuar as dobras.Começamos por marcar o centro (1), edepois as medidas seguintes (2)referidasno Dlano inicial.

Vamos fazer os dois primeiros cantos(marca n o 2), que são 90 o. Para fazeressas curvas não recomendamos ainstalação manual, pois seria difícil deigualar a todos com a marca de modo queas secções têm a mesma medida.

SUPORTE DE PINTURAma das várias dificuldades que muitos modelistas sentem é em encontrar um suporte de pintura que sejaversátil e barato. Mostramos aqui, como contornar esse problema de forma fácil, através da construção dopróprio suporte de pintura.

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Depois de pronta todasuporte procede-se aoexcedentes do arame.

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t\lr.--Agora manualmente. ou com a ajuda derm alinate airrsta-sc ao máximo osângulos das curvas, e o paralelismo daslrtaraiq dn qrrnnria

O mais prático é introduzir o fio num tuboque se encaixa bem ao seu diâmetro, ocano de uma caneta (o ideal seria um tubode metal). Segurando o fio com um alicatede arame inserido no tubo, o que levadirectamente para a marca (e conseguirque todas as secções são iguais) e édobrado usando o tubo como umaalavanca.

Esta também é uma das formas deproceder à dobragem do arame, emboramais custosa.

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Já realizadas as primeiras curvas com oângulo de 90o, teremos de testar se estãoperpendiculares e se assentam bem nasuperfície plana.

\--Depois realizam-se curvas de 140o, 115o e105o em ambos os lados do suporte.

Finalmente termina-se fazendo as curvasde 90o ao contrário das superiores dosuporte. mantendo-se semprenornondie rrlrroq

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A)ITIgATE}ITEEis um documento histórico do modelismo nacional. O no. 1 de <O Mini VOLANTE), suplementodedicado ao modelismo, encartado no jornal O VOLANTE. Estavamos em 1972, e fazia as delíciasdos modelistas da época, ainda hoje serve de referência para muitos modelistas da nossa praça.Nas próximas edições iremos dar continuidade à divulgação deste documento histórico e de outros.

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