Revista Mercofrio 36

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Fique por dentro de tudo relacionado a refrigeração industrial, corporativa e residencial.

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4 REVISTA MERCOFRIO - Nº 36 / 2008

A Revista MERCOFRIO é a publicação oficial da ASBRAV,com periodicidade bimestral.

Edição e comercialização: RNM Editora

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CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Telmo Antonio de BritoTitulares: Bolivar Peres Fagundes, Christian Fischer Voiciechovski,Eduardo Edmundo Kley, Hani Lori Kleber, José Claudio Guazzelli, JoséRocamora, Marcelo Costi Pereira, Robinson Carasai.Suplentes: Flávio Ribeiro Teixeira, Oto Renner, Ricardo Vaz de Souza

COMITÊ ASBRAV DO PGQPPresidente: Bolivar Peres FagundesCoordenador Geral: Marco CesaCoordenador de Capacitação: Marcelo Costi PereiraCoordenador de Avaliação: Ademir SilvaSecretária Executiva: Telma Rosa

CONSELHO EDITORIALAdão Webber Lumertz, Arivan Zanluca, Bolivar Fagundes, Carlos EduardoRibeiro, Carlos Leon, Cesar De Santi, Eduardo Hugo Müller, FernandoCunha, Hani Lori Kleber, João Carlos Antoniolli, João Carlos Schmitt,José Algusto Castro Chagas, Luiz Alberto Hansen, Luiz Carlos Petry,Mário Alexandre M. Ferreira, Maurício Carvalho, Marcelo Deschamps,Nathan Mendes, Paulo Fernando Presotto, Paulo Otto Beyer, Paulo RenatoPerez dos Santos, Roberto Schmidt, Tatiana Bertolini e Teimo Antoniode Brito.

REVISTA

Editorial

Eduardo Hugo Müller

Presidente da ASBRAV

06 Mercado & Profissionais08 Aconteceu

Cursos & Eventos09 CFC10 Frutas - Ciclo de Vida13 Obra Destaque16 Artigo Técnico

CAPA: JOÃO MARTIMBIANCOFOTOS: STOCK.XCHNGÍndice

Abrimos o ano com mui-tas novidades. A principal emais importante é a realiza-ção do Mercofrio 2008, queeste ano acontecerá noExpoCuritiba, na capital pa-ranaense. A Feira e o Con-gresso marcarão o mês de setembrono calendário do setor HVAC-R. O gran-de diferencial do evento será o Salãode Negócios, que possibilitará quemuitas negociações sejam concretiza-das. Nesta edição, a revista Mercofriotraz a cobertura do lançamento, queocorreu em janeiro.

Além disso, a revista trata como ma-

Mercofrio 2008téria de capa a importânciada refrigeração no mercadode frutas, e mostra o cami-nho que percorre a fruta atéchegar à mesa do consumi-dor final. Como Obra Desta-que, o IL Campanario

Villaggio Resort, em Jurerê Internacio-nal. Trazemos também uma matériasobre as recolhedoras de CFC que che-garão este mês na região Sul. Paracompletar o artigo técnico mostra emdetalhes o sistema evaporativo. BoaLeitura.

IL Campanario Villaggio ResortIMAGEM ILUSTRATIVA

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Mercado & Profissionais

A Armacell inaugurou, em fevereiro, o Cen-tro de Distribuição no Nordeste, o Jaune Abril.Situado na região metropolitana de Recife, oCentro tem como meta atender as regiões Nor-deste e Norte do País, com uma maioraproximanção dos empresários do setor deHVAC, facilitando a logística e propiciandomaior agilidade nas entregas. A concretizaçãodo novo Centro faz parte do plano estratégicoda empresa, que vem registrando índicesmédios de crescimento anual ao redor de 30%.

Fabricante de isolamento térmico em es-puma elastomérica, a empresa está presenteno mercado latino-americano desde 1995através de suas fábricas da Europa. Em 2001,a empresa fundou sua unidade no Brasil e ini-ciou sua produção local em setembro de 2002.Na seqüência, a Armacell Brasil assumiu a dis-tribuição para o Mercosul. A Armacell nasceuda Divisão de Isolamentos da Armstrong WorldIndustries, que iniciou suas atividades em1860, como fábrica de cortiça na cidade dePittsburgh, Estado norte-americano daPennsylvania. Hoje, registra faturamento mun-dial superior a 400 milhões de Euros e contacom 20 fábricas distribuídas em 13 países(Austrália, Alemanha, Bélgica, Brasil, Espanha,Estados Unidos, China, Índia, Inglaterra,Itália, Polônia, Suíça e Tailândia), que garan-tem a distribuição para os demais países.

Armacell inaugura centrode distribuição noNordeste

Springer comemora 2007A Springer Carrier, empresa pertencen-

te ao grupo United TechnologiesCorporation comemora os resultados de2007. Detentora das marcas Springer,Carrier e Toshiba Ar Condicionado (entreoutras), a empresa acompanhou o bomdesempenho do mercado que teve umcrescimento de 23%. Em volume de ven-das, a Carrier apresentou um aumento de30% em relação a 2006. Além disso, a Em-presa figurou como destaque nas princi-pais premiações brasileiras em 2007. Du-rante este período, a empresa conquistouoito prêmios em setores diferenciadoscomo uso racional de energia, hospitalare design, além de conquistar pela terceiravez seu lugar entre as 150 melhores em-presas para se trabalhar no Brasil, peloGuia Você S/A Exame 2007.

A empresa obteve primeiro lugar no“Prêmio Nacional de Conservação e Uso Ra-

cional de Energia”, concedido pelo Minis-tério de Minas e Energia. O prêmio, exis-tente desde 1993, visa incentivar a adoçãode medidas efetivas para a redução do con-sumo de energia e o combate ao desperdí-cio nas empresas.

Contemplada na categoria Fornecedo-res Infra-Estrutura (sistema de ar condici-onado) no “Prêmio Top-Hospitalar”, mai-or e mais importante prêmio no setor mé-dico-hospitalar do País, a Carrier tambémfoi premiada em todas as categorias de arcondicionado na “Top of Mind da Casa eMercado”, que premia as empresas maislembradas por profissionais de arquiteturae decoração.

Já no “Top Marcas – Projeto Design2007”, onde as marcas mais fortes na me-mória dos arquitetos são prestigiadas, aCarrier foi vencedora na categoria ar con-dicionado (central, split e janela).

Heatcraft tem novo distribuidor no sul do país

Polipex prepara terreno para produzir K-Flex no BrasilSegunda maior importadora da borra-

cha elastomérica K-Flex em países sem fa-bricação própria, a Polipex Ind. e Com.Ltda. prossegue as obras, iniciadas em ou-tubro último, e que até meados de 2009deverão duplicar sua capacidade de esto-car esse isolante térmico e também a espu-ma de polietileno de baixa densidade ex-pandida, item que produz há 17 anos emSão José (SC).

Com recursos próprios, seus atuais7.650 m² construídos estão sendo aumen-tados em cerca de 50%, o que inclui a re-modelação dos espaços dedicados às ativi-dades de lazer e descanso dos seus funcio-nários, e a ampliação para quase 50 mil m³na área reservada aos produtos em esto-que, a fim de continuar garantindo forne-cimento com pronta-entrega no mercado

brasileiro, além de atender as emergênciasde abastecimento do Mercosul, Chile e Bo-lívia.

Parte dessas novas instalações terão ain-da plenas condições de abrigar a primeiraunidade local produtora de K-Flex, materi-al a cada ano mais consumido no País eque, a partir de 1999, passou a ser impor-tado da Itália e distribuído pela Polipex comexclusividade para o Brasil.

Outra novidade da empresa é a criaçãode um centro de distribuição no Nordeste,onde o HVAC-R ainda tem dificuldadeslogísticas para se abastecer de mantas e tu-bos isolantes, problemas que a Polipex pre-tende reduzir em muito, já no primeiro tri-mestre de 2008, ao manter estoques consi-deráveis e permanentemente disponíveistambém naquela região.

A Heatcraft do Brasil, empresa multinacional de refrigeração, conta com maisum distribuidor no Brasil. Inaugurada em 01 de fevereiro, a loja Refrimello deJoinville-SC, desenvolve projetos e oferece os produtos da McQuay e Flexcold,marcas pertencentes a Heatcraft.

Com tradição no mercado de refrigeração industrial e comercial, a Refrimello,que abriu a primeira loja há 10 anos, em Curitiba-PR, é parceira da Heatcraftdesde 2004, quando se tornou instalador credenciado.

Para mais informações consulte o site www.refrimello.com.br.

A ABNT informa que os projetos - 55:002.03-001 - Instalações de Ar Condicionado - Sistemascentrais e unitários:• Parte 1 - Projeto das instalações;• Parte 2 - Parâmetros de Conforto térmico;• Parte 3 - Qualidade do ar interior, que cancela esubstitui a NBR 6401:1980, estão em Consulta Pú-blica até o dia 22/04/08. Participe da votação pelosite www.abntnet.com.br/consultanacional/

Consulta Pública NBR 6401

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Aconteceu Cursos & Eventos

A ASBRAV e a Hannover FairsSulamérica, empresa do grupoDeutsche Messe AG, lançaram no dia23 de janeiro em Curitiba, oMercofrio 2008 - Feira e Congressode Ar Condicionado, Refrigeração,Aquecimento e Ventilação do Mercosul. A 6ªedição do evento acontecerá de 10 a 12 de se-tembro no ExpoCuritiba e reunirá entre seusexpositores as maiores empresas do setor dopaís e representantes de marcas internacionais.

Os organizadores do Mercofrio, realizadoa cada dois anos, projetam um crescimento de10% para 2008. A última edição do evento, re-alizada em Porto Alegre, atraiu um público de7 mil visitantes profissionais, entre engenhei-ros, distribuidores, compradores, executivos dosetor e também público consumidor. O

Mercofrio conta também com a par-ticipação de expositores e visitantesda Argentina, Chile, Equador, Peru,Uruguai, Paraguai, Venezuela, entreoutros países.

O Congresso, com início no dianove de setembro, reunirá importantes nomesnacionais e internacionais. Entre os principaistemas a serem abordados nesta edição estão“Economia de Energia”, “Fontes Energéticas Al-ternativas” e “Prédios Verdes (Green Buildings)– Evolução Brasileira e Estudos de Casos Inter-nacionais”. Além das palestras, o evento aindapromove debates, cursos técnicos.

Para este ano, a grande novidade será o sa-lão de negócios. Um grande atrativo aos expo-sitores, que terão oportunidades de negocia-rem direto com o consumidor final.

Na edição de 2006, em Porto Alegre, oMercofrio bateu recorde de lançamentos, com60% dos 72 expositores apostando no potenci-al do evento. Os organizadores do Mercofrioprojetam um crescimento igual ou superiorpara 2008, buscando ainda ampliar o númerode negócios diretos, que em 2006 atingiu amarca de R$ 60 milhões.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO AO NÍVELDE ESPECIALIZAÇÃO EM CLIMATIZAÇÃO EREFRIGERAÇÃO NA UFRGSInscrições abertas para a terceira turma do cursoInformações e inscrições:www.mecanica.ufrgs.br/cliref

Lançamento Mercofrio 2008

CHAMADA DE TRABALHOS PARA O CONGRESSOParticipe deste importante evento, apresentando resultados de pesquisas científicas e

desenvolvimentos tecnológicos, assistindo palestras de alto nível, contatando pesquisadoresde sua área de atuação e visitando a feira onde estarão expostos os mais recentes desenvolvi-mentos de HVAC-R, tudo na hospitaleira e dinâmica Curitiba.

Informe-se na página da ASBRAV http://www.asbrav.org.br/Mercofrio.htmOs resumos devem ser enviados por e-mail para [email protected]

CURSO INSTALAÇÃO DE SPLIT1ª Turma 2008 Início: 10/03

2ª Turma 2008 Início: 21/07

Carga horária: 60 horas

Horário: 2ª, 3ª,4ªe 5ª das19h às 22h

CURSO MECÂNICO DEREFRIGERAÇÃO E ARCONDICIONADO1ª Turma 2008 Início: 14/04

2ª Turma 2008 Início: 25/08

Carga horária: 120 horas

Horário: 2ª, 3ª e 4ª das19h às 22h

NR 10 - SEGURANÇA EMINSTALAÇÕES E SERVIÇOS EMELETRICIDADEFormação de nova turma a partir de

adesão

Curso Básico 40 horas

10 encontros de 4 horas.

CURSOS ASBRAV DEATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL EDE GESTÃOInforme-se do calendário na secretaria

da ASBRAV.

INFORMAÇÕES: ASBRAV(51) 3342 2964 / 3342 9467

e-mail: [email protected]

Site: www.asbrav.org.br

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CFC

O Programa Brasileiro de Eliminação da Pro-dução e do Consumo das Substâncias que Destro-em a Camada de Ozônio - coordenado pelo Minis-tério do Meio Ambiente e implementado pelasagências multilaterais internacionais PNUD e UNI-DO, e também pela agência de cooperação bilate-ral alemã, GTZ - continua a distribuição de máqui-nas recolhedoras de fluidos refrigerantes.

A maioria dos aparelhos domésticos de refri-geração produzidos até 1999 utiliza o gás CFC-12como agente refrigerante. Quando estes equipa-mentos passam por manutenção, o gás deve serrecolhido e regenerado para evitar que seja emiti-do na atmosfera.

Com o objetivo de facilitar e estimular o reco-lhimento destes gases, as últimas máquinasrecolhedoras portáteis compradas pelo PNC serãodistribuídas nos estados de São Paulo, Rio de Ja-neiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná ePernambuco, entre os meses de fevereiro e abrilde 2008. Entre março e abriu as máquinasrecolhedoras serão distribuídas nas cidades dePorto Alegre, RS e Curitiba, PR.

A fim de ampliar o número de beneficiadospelo Programa, o Ministério do Meio Ambiente

Ministério do Meio Ambiente e PNUD distribuemmáquinas recolhedoras

lançou uma nova Portaria (nº 24/2008), incluin-do prefeituras, ONGs e outras instituições que pos-suem equipamentos de refrigeração e ar condici-onado no projeto de distribuição de máquinasrecolhedoras, que inicialmente só contemplavaempresas de serviços.

Para receberem os equipamentos, as empre-sas e/ou entidades devem candidatar-se ao seu re-cebimento junto ao Programa das Nações Unidaspara o Desenvolvimento – PNUD. As empresascandidatas precisam atender aos seguintes critéri-os: estarem registradas no Cadastro Técnico Fe-deral do IBAMA e terem um técnico treinado emBoas Práticas em Refrigeração.

Os gases contaminados recolhidos podem serenviados aos centros de regeneração para corretadestinação final. Já estão em operação dois cen-tros no Brasil: um em Osasco e outro no Rio deJaneiro. Em abril, um novo centro de regeneraçãoserá aberto na cidade de São Paulo e, até agostode 2008, dois novos centros serão implementados:um em Porto Alegre e outro em Recife. As demaisunidades federativas receberão unidades descen-tralizadas de reciclagem.

As unidades de regeneração purificam o gás

contaminado, deixando-o em condições de reusosemelhantes às dos gases novos. Todo o processode regeneração é conduzido em equipamentosimportados de última geração e têm seu controlede qualidade atestado por laboratório, instaladodentro do mesmo centro de operações. O gás pu-rificado, então, retorna para os equipamentos derefrigeração ou ar condicionado, completando ociclo de contenção dos CFCs .

Por sua vez, as máquinas recolhedoras sãoportáteis e têm capacidade para recolher os gasesR-12, R-22, R-134a e blends (misturas de HCFCs).

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

INFORMAÇÕES:Secretaria da ASBRAV em Porto Alegre RSCentralizando inscrições do RS, SC e PR

Fones (51) 3342-2964 / 3342-9467 / 9151-4103E-mail: [email protected]

Site: www.asbrav.org.br

Unidade de Implementação e Monitoramentodo PNUD em Brasília DF

Fones (61) 3038-2014 / 3038-1096 - Fax (61) 3038-1099E-mail: [email protected]

Site: www.protocolodemontreal.org.br

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10 REVISTA MERCOFRIO - Nº 36 / 2008

Frutas - Ciclo de Vida

Quando o consumidor compra uma frutano ponto-de-venda, normalmente não tem acompleta noção do caminho que esse alimen-to percorreu antes de chegar a sua mesa. Éum percurso longo e cheio de detalhes, quepossibilita que as frutas permaneçam maistempo aptas para o consumo garantindo umperíodo maior de oferta ao consumidor. Enesse caminho a refrigeração tem papel fun-damental.

“Não se pode usar a palavra fruta, sem arefrigeração, para se explorar o mercado defrutas é indispensável a refrigeração”, dizAgenor de Melo Viana, diretor da Presto Ser-viços, empresa de refrigeração focada nomercado de frutas. Segundo Viana, isso não

A união fundamental da refrigeraçãona produção de frutas

Nos últimos 25 anos, com novasaplicações de refrigeração naprodução e distribuição de frutas euma automação e controle maisprecisos, o mercado evoluiu e hojegarante ao consumidor final maisqualidade e variedade de produtos

acontecia há 25 anos, quando o sistema paraa conservação da banana, por exemplo, eraatravés do aquecimento. “Como o amadure-cimento era feito através do aquecimento dafruta, tipo um cozimento; a fruta durava pou-cas horas nas prateleiras dos supermercados,em seguida já começava a soltar a calda e fi-cava imprópria para o consumo”, completa.

Atualmente o processo é sofisticado e re-quer desde a higienização das caixas que irãotransportar as frutas, até as câmaras frias quefarão a conservação do produto. Assim de-pois do caminhão estar carregado com ascaixas a serem cheias, na outra ponta come-ça o corte das frutas no pé. Uma cadeia queaté chegar à prateleira do supermercado o

prazo médio no Brasil é de 15 dias.Cada tipo de fruta tem uma cadeia do frio

particular. A banana se utiliza da refrigeraçãopara o amadurecimento e a conservação, masnão dura mais de 20 dias depois de colhida.Algumas, exigem o caminhão frigorífico quan-do transportadas, como é o caso da maçã epêra, que chegam a durar de uma safra a ou-tra, quando conservadas climatizadas.

REFRIGERAÇÃO, CLIMATIZAÇÃO ECONSERVAÇÃO

Apesar das características variadas da fru-tas, contudo o segredo é o mesmo. “O pontochave da conservação de frutas está nas altasumidades e na manutenção do ponto de or-

Caixas de mamão climatizadas em câmara fria

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Frutas - Ciclo de Vida

valho durante o processo da cadeia do frio”,diz Viana. “em geral as frutas têm em sua com-posição 97% de água. Sendo assim, duranteo seu cultivo é importante que ela mantenhaessa umidade. E a manutenção da umidadeestá diretamente proporcional à rentabilida-de, pois o vendedor de frutas recebe por qui-lo e se as frutas secarem diminui o peso, oque representaria um prejuízo de 10% ape-nas com a diminuição do peso”, diz Viana.

Dando como exemplo a banana, que se-gundo Viana é uma das frutas mais difíceis dese manejar. A fruta chega ao distribuidor, quea coloca na câmara fria para climatizá-la.

Quando desejar que essa banana entre emprocesso de amadurecimento, se começa autilizar gás etileno dentro das câmaras por 5ou 6 dias para deflagrar o amadurecimento,Durante este processo a fruta libera dentroda câmara frigorífica CO². “Vinte toneladas debanana chegam a liberar 30.000ppm de CO²durante o processo de amadurecimento”, dizViana. Sendo que o gás carbônico em níveisnormais é de 500-600ppm. “Quando o ama-durecimento se completou o distribuidor ain-da poderá colocar a fruta em uma câmarafrigorífica para a conservação por mais algunsdias”, completa Viana. “A banana climatizadahoje chega a durar 20 dias, quandoclimatizada a 16-18 ºC, com umidade de 90-95%. Para conservá-la depois de climatizadaa temperatura ideal é de 12 a 13ºC, com umi-dade de 90-95%”.

O manejo de frutas requer conhecimentoe uma logística grande, pois um grande dis-tribuidor precisa de diversas câmaras para ga-rantir a entrega programada das frutas, casocontrário toda a produção amadureceria jun-

to. A Nikita, uma das maiores distribuidorasde banana, mamão e uva do Brasil, tem 16câmaras frias que trabalham alternadamentepara garantir frutas de qualidade ao consu-midor. “Com todo esse processo podemos ga-rantir frutas por mais tempo, não apenas asfrutas da estação”, diz Luciano Lima Medeiros,diretor da Nikita, que coordena através de pro-gramas de controle a temperatura de todas ascâmaras frias que distribuem 500 toneladas/mês de frutas.

Segundo Márcio Bueno, engenheiro agrô-nomo e vice-presidente de assuntostécnicos da Agapomi - Associação gaúcha dosprodutores de maçã, a cadeia da maçã come-ça quando estas chegam ao Packing House

Câmaras Frias

Gerador de energia

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Frutas - Ciclo de Vida

local onde será processada (armazenamento-classificação-embalagem). “Na entrada (re-cepção) é feita uma amostragem da carga paradefinir o perfil da fruta (defeitos, calibres, açú-car e pressão) dependendo deste resultadoterá um destino a seguir. Passando pela re-cepção sobre um pré-resfriamento para dimi-nuir a temperatura com que chega do campo(água ou câmara fria)”. “Dependendo do per-fil esta fruta pode ser armazenada diretamen-te em câmaras frias e estas podem ser de At-mosfera Normal ou Controlada”, diz Bueno.“Na atmosfera normal trabalhamos com tem-peraturas baixas para conservação da fruta eUR. Na atmosfera controlada, além da tempe-

ratura controlamos os gases como oxigênio,gás carbônico e etileno”.

A maçã tem 15% de sua produção totalexportada, com exportações que vão de feve-reiro até julho. O restante fica no mercadointerno na comercialização in natura (75%)e industrialização (10%). A conservação damaçã depende da variedade a ser trabalhada.“No Brasil trabalhamos com duas variedades:Gala e seus clones modernos e Fuji e seusclones modernos. A gala resiste a um perío-do menor de conservação normalmente 5meses em atmosfera normal”, diz Bueno. “AFuji resiste a um período maior de conserva-ção normalmente 8 meses em atmosfera con-trolada”.

Claro que todo esse processo garante umaumento de produtividade, mas também temaltos custos de energia, que são contorna-dos por geradores próprios e demanda com-prada diretamente com a CEEE. Apesar detodo essa complexidade, não existem nomercado muitos equipamentos específicospara a conservação e refrigeração de frutas.“Até hoje no Brasil ninguém se especializouem climatização de frutas”, diz Viana. “Nor-

malmente, quem precisa, utiliza equipamen-tos do mercado frigorífico (0 a - 20ºC), oque é completamente diferente do que as fru-tas necessitam, que giram em torno de 16-18ºC e o mais importante com baixíssimoponto-de-orvalho, 7ºC”. No mundo, aHolanda é o país que atualmente tem a mai-or especialização neste setor.Painel de controle das câmaras frias

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Obra Destaque

IL Campanario Villaggio Resort

Com 44.132m² de área total, oIL Campanario Villaggio Resort é um em-preendimento que conta com plantas di-ferenciadas de acordo com a necessida-de de cada proprietário ou hóspede. Oprojeto arquitetônico conta com 288 apar-tamentos, Club House, Fitness Center, sa-las de entretenimento, áreas de serviços,bares e restaurante, salas comerciais e pis-cina térmica. Sendo assim, o desafio daSPM Engenharia era climatizar um total

de 13.700 m², levando em consideraçãoque cada espaço tem suas peculiaridadese necessidades.

O projeto do ar condicionado foi de-senvolvido de maneira modular, preven-do-se as seguintes fases de implantação:1ª Fase- Torres de apartamentos 2 e 4 +Club House + Piscina Térmica + FitnessCenter e 2ª Fase (fase final) -Torres deapartamentos 1 e 3. Para as áreas de ser-viços adicionais (torres 1 e 3) localiza-

das nos pavimentos térreos das torres deapartamentos foram previstos pontos dealimentação e retorno de água gelada.

Para um projeto tão minucioso, foi ne-cessário um sistema de água gelada, com3 grupos com capacidade unitária de 200TR, totalizando 600TR. Além de aquece-dores de água, com capacidade unitária:800.000 kcal/h (combustível: óleo die-sel). “O sistema é composto por uma cen-tral de preparação de água gelada e água

Uma das mais badaladas praias de Florianópolis, Jurerê Internacional, receberá em breve umempreendimento de alto padrão com 288 apartamentos, garantindo mais uma opção para os veranistas

IMAGEM ILUSTRATIVA

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Obra Destaquequente, com grupos de água gelada comcondensação a água. A preparação deágua quente para todas as utilidades écentralizado, o que possibilitou a racio-nalização do dimensionamento dos gera-dores de água quente devido a grande di-versidade de utilização dos pontos deatendimento (água quente de consumo,aquecimento dos apartamentos, aqueci-mento de água, climatização da piscinatérmica e aquecimento de água das pisci-nas externas)”, comenta Vitório Presotto,

da SPM Engenharia.A partir da central de geração de água

quente será possível o aquecimento de to-das as piscinas do hotel: piscina térmica(adulto e infantil); piscina externa adulto1; piscina externa adulto 2 e piscina ex-terna infantil. A piscina térmica climati-zada é dotada de sistema de aquecimentoe desumidificação do ar ambiente a par-tir do controle de captação de ar exteriorem função da umidade do ambiente. Alémdisto, o insuflamento de ar acontece jun-

to ás áreas envidraçadas para evitar acondensação de vapor de água nas mes-mas. “O sistema prevê ainda, que partedas cargas térmicas de condensação, es-tejam disponíveis para contribuir com oaquecimento da água das piscinas exter-nas, sempre que houver demanda de friopela instalação de climatização e neces-sidade de uma pequena elevação da tem-peratura das piscinas”, diz Presotto

Todo o sistema de controle e monito-ramento da instalação é automatizado. “A

DIVULGAÇÃO PROTÉRMICA

DIVULGAÇÃO PROTÉRMICA

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Obra Destaque

Incorporadora: Habitasul Empreendimentos Imobiliários - Gerenciadora: ConcrematEngenharia - Construtora: Método Engenharia - Instaladora Predial: Selten - Instaladorade Ar Condicionado: Protérmica - Sistema de Automação: Johnson Controls - Tubulações:Skytubos - Chillers / UTA / Facoils: York - Torres de resfriamento: Annemos - Motobombas:Worthington - Trocadores de Calor: APV - Geradores de Água Quente: Broilo - Exaustorese Ventiladores: Projelmec - Coifas Principais: Vilenox - Valvulas: Tour & Andersson -Difusores de Ar: Trox e Tosi - Atenuadores: Isonar - Projeto do Sistema de ArCondicionado: SPM Engenharia - Projeto Acústica: Akkerman - Projeto Automação Predial:Jugend - Administradora de Condomínio e Hotelaria: Jurerê Praia Hotel.

FICHA TÉCNICA

instalação será controlada, operada e su-pervisionada pelo sistema de controleautomatizado conforme especificações edesenhos do projeto”, completa Presotto.Outro diferencial do projeto é a renova-ção de ar dos 288 apartamentos. “O sis-tema de ar exterior dos apartamentos épressurizado, possibilitando a efetiva re-novação de ar tratado nos mesmos”.

IMAGEM ILUSTRATIVA

DIVULGAÇÃO PROTÉRMICA

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Artigo Técnico

1- O QUE É:Genericamente, resfriamento evaporativo ocorre quan-

do algum meio ou produto cede calor para que a água eva-pore. A evaporação de um líquido qualquer é um processoendotérmico, isto é, demanda calor para se realizar. Esta trans-ferência de calor pode ser forçada (quando fornecemos ocalor) ou induzida (quando criamos condições para que oproduto retire calor do meio). Um exemplo bastante conhe-cido de resfriamento evaporativo é a Torre de Resfriamento,pois nela uma parcela de água é induzida a evaporar, retiran-do calor da água remanescente, que se resfria por ceder estecalor.

No resfriamento evaporativo de ar, o mesmo princípio éutilizado: o ar cede energia (calor) para que a água evapore,resultando numa corrente de ar mais fria à saída do resfriador.

A maneira como induzimos esta troca de calor está me-lhor explicada no item 3.

2- HISTÓRIA:Na verdade, o homem já utiliza o resfriamento

evaporativo há muito tempo. Afrescos do antigo Egito (2500AC) mostram escravos abanando jarros (de paredes poro-sas) com água, para resfriar o conteúdo.

Isto é feito ainda hoje em dia (sem os escravos, é claro)nos filtros e bilhas de barro cozido. Uma fração da água ar-mazenada evapora através da parede do vaso, resfriando olíquido remanescente.

Na Roma antiga e na Idade Média, reservatórios de águacom paredes umidificadas foram utilizados. A genialidade deLeonardo Da Vinci levou-o a idealizar um resfriadorevaporativo em forma de roda d’água.

3- O PRINCÍPIO:O ar atmosférico é uma mistura de ar seco e vapor de

água. Para uma dada condição de temperatura e pressão estamistura tem capacidade de conter uma quantidade máximade vapor d’água (ar saturado = 100% de umidade relativa).Na prática esta condição de ar saturado só é observada du-rante e logo após uma chuva. Normalmente o ar encontra-seinsaturado (UR<100%) e, portanto, apto a absorver maisumidade.

Quanto mais seco o ar (menor UR), maior a quantidadede vapor de água que pode ser absorvida.

Para que haja esta absorção é necessário que a águautilizada passe da fase líquida para a fase vapor. Esta mudan-ça de fase demanda uma quantidade de energia que é retira-da do meio, no caso o ar, resfriando-o.

Existe um princípio básico nas reações físico-químicassegundo o qual quanto maior a superfície de contato entre osreagentes, maior a velocidade da reação. Assim sendo, deve-mos procurar aumentar a área de contato entre a água e o ar.

RESFRIAMENTO EVAPORATIVO DE ARComo o ar já se encontra diluído e ocupando todos os espa-ços disponíveis, resta-nos a água para dispersar.

4- PROCESSOS UTILIZADOS:Uma maneira de “expandir” a água é através de chuvei-

ros, sprays ou atomização. São métodos bastante eficientes,que atingem elevados índices de umidificação e abaixamentode temperatura. Recomenda-se, no entanto, que este tipo deumidificação seja efetuado dentro do resfriador. Quandolançada no ambiente, mesmo que micro-pulverizada, a águapode encontrar uma região já saturada, o que fará com quenão seja absorvida pelo ar e se precipite, molhando o queestiver em seu caminho até o solo. Mesmo sistemas comumidostatos e válvulas solenóides, que cortam o fluxo de águaquando determinada umidade relativa é atingida, tendem agotejar nos bicos até a estabilização da pressão de água nosistema.

Outra maneira adotada é a de utilizar superfícies de con-tato, isto é, utilizando materiais com elevada superfície ex-posta. A água é distribuída na parte superior de colmeias oumantas e desce por canais pré-formados ou aleatórios, mo-lhando todo o meio. O ar atravessa transversalmente a col-meia ou a manta, entrando em contato íntimo com o meioumedecido e absorvendo umidade até bem próximo da satu-ração.

As principais vantagens deste método são:• A parte molhada do sistema fica restrita ao equipa-

mento;• Nunca se ultrapassa o ponto de saturação, pois o ar só

absorve a umidade que pode comportar, deixando no equi-pamento a água excedente;

• Este processo realiza ainda uma lavagem do ar, reten-do poeira e sujeiras na colmeia ou na manta, as quais sãocontinuamente lavadas pela água excedente.

Os resultados globais atingidos por qualquer dos siste-mas acima descritos dependem ainda do fluxo do ar. É ne-cessária a adequação de vazão e velocidade para que se ob-tenham as melhores condições ambientais.

Estas considerações são normalmente levadas em contapelos fabricantes dos equipamentos.

5- ENERGIA ENVOLVIDA:Quando 1 litro de água (1kg) se evapora, consome apro-

ximadamente 580 kcal. É a mesma quantidade de energianecessária para resfriar 60 litros de água de 30°C até 20°C.Ou para resfriar 208m³ de ar (242kg) dos mesmos 30°C até20°C.

Como se pode observar pelos números acima, a energiaenvolvida na mudança de fase da água (calor latente)corresponde a uma grande variação de temperatura da mes-ma (calor sensível).

Temos aqui a resposta para uma pergunta bastante fre-qüente: o uso de água gelada melhora a eficiência doresfriador? NÃO, pois o ganho em redução de temperatura éinsignificante frente ao obtido pela evaporação.

6- REDUÇÃO DE TEMPERATURA:De acordo com o já exposto, sabemos que a redução de

temperatura será tanto maior quanto menor for a umidaderelativa do ar captado pois, assim sendo, para uma mesmatemperatura na entrada do resfriador, podemos ter diferen-tes temperaturas de saída conforme varie a umidade relativado ar na entrada.

Para equipamentos corretamente projetados e fabrica-dos, duas regras práticas podem ser adotadas para se saberas temperaturas a serem atingidas em uma determinada re-gião.

A- A temperatura do ar resfriado será aproximadamen-te 1°C acima da temperatura de bulbo úmido(TBU) do arcaptado.

B- A temperatura do ar resfriado será aproximadamen-te 2°C abaixo da temperatura de saída da água de uma torrede resfriamento eventualmente existente no local (desde queesta esteja operando corretamente).

Um fato muito importante a ser observado é que a umi-dade relativa varia ao longo de um dia normal. Tendo emvista que a umidade absoluta (gramas de vapor de água/kgar seco) não se altera muito ao longo do dia, a menos queocorram chuvas ou se esteja próximo a regiões cobertas porágua (mar, rios, represas, etc.), a umidade relativa vai variarinversamente com a temperatura. Assim, quanto mais quenteo período do dia, menor a umidade relativa e melhor o de-sempenho do resfriamento evaporativo.

7- CONDIÇÕES PARA INSTALAÇÕES:7-1- RENOVAÇÃO DE AR:Logo após passar por um sistema de resfriamento

evaporativo, o ar tem sua umidade relativa elevada para ní-veis próximos à saturação. Ao adentrar o ambiente este ar seaquece, abatendo as cargas térmicas existentes no local ereduzindo a UR sem, no entanto, voltar aos níveis originais(antes do resfriamento). Caso recirculemos este ar peloresfriador, a eficiência será menor a cada nova passagem,tendendo a ser nula após poucas recirculações. Teríamosentão uma situação de temperatura e umidade elevadas, oque é muito desconfortável.

Assim sendo, a condição fundamental é de renovaçãototal do ar.

7.2- EXAUSTÃO E ABERTURAS:Como num processo de ventilação comum, a renovação

total do ar implica em exaustão ou aberturas compatíveis

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REVISTA MERCOFRIO - Nº 36 / 2008 17

Artigo Técnico

com a vazão de ar admitida. Assim sendo, portas, janelas,frestas ou exaustores são, via de regra, bem-vindos. Háapenas a necessidade de se verificar a disposição dosmesmos para se otimizar a circulação do ar por todo oambiente.

7.3- ISOLAMENTO TÉRMICO:Este é um item que, se existente, sempre auxilia. Para

instalações novas, entretanto, é dispensável, ao contrário desistemas de climatização por ar condicionado tradicional.Ocorre que os custos de instalação e de operação dos siste-mas evaporativos são tão mais baixos do que os do ar condi-cionado, que resulta bem mais barato aumentar a capacida-de do sistema evaporativo projetado, do que isolar telhados eparedes.

De fato, já nos defrontamos com casos em que sóo custo do isolamento térmico de determinado ambi-ente era maior do que o do sistema de resfriamentoinstalado.

Ademais, a operação destes últimos envolve apenas osinsufladores e/ou exaustores e as bombas de circulação ouaspersão de água, o que significa algo em torno de 1/10 dapotência consumida por um sistema de ar condicionado tra-dicional equivalente.

7.4- QUALIDADE DA ÁGUA:Como regra geral, é recomendável a utilização de água

potável na alimentação dos resfriadores evaporativos.Água com altos teores de minerais, principalmente cál-

cio (água “dura”), deve ser evitada pois a concentração dossólidos solúveis tende a aumentar com a evaporação (só águapura evapora) e, a partir de certo ponto, haverásupersaturação e precipitação dos minerais. Isto pode sernotado pela formação de depósitos na superfície da colmeiaou manta.

Caso seja necessário utilizar este tipo de água, é neces-sário manter uma purga contínua (bleed-off) de modo a evi-tar o crescimento da incrustação.

Água com carência de minerais, por outro lado, tende acompensar esta carência captando minerais das colmeias,enfraquecendo a resina enrijecedora.

Com relação ao Ph, o ideal situa-se em 7 a 8, sendoaceitáveis valores entre 6 e 9.

8- SELECIONAMENTO:Existem 2 métodos básicos para dimensionamento do

sistema de resfriamento evaporativo, a saber:O Método por Cálculo de Carga Térmica, que é mais

preciso, porém envolve levantamento mais correto das con-dições do ambiente, tais como potências consumidas, trans-missão de calor por condução e radiação, número de pesso-as, iluminação, calor dissipado por máquinas, etc.

O Método das Renovações de Ar, que é mais empírico edemanda, por sua vez, alguma experiência na avaliação dascondições.

A) MÉTODO POR CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA1- Calcular a carga térmica total do ambiente a ser aten-

dido;2- Determinar a temperatura de bulbo seco e a umida-

de relativa do local da instalação;3- Determinar a temperatura de saída do ar do resfriador

(temperatura resultante);Nesta tabela entrar com a temperatura externa (tempe-

ratura do bulbo seco) e com a umidade relativa;4- Determinar a temperatura requerida do ambiente a

ser atendido. Normalmente de 3°C a 5°C acima da tempera-tura de saída do ar do resfriador;

5- Calcular a vazão de ar requerida para o ambiente emquestão.

VAR

= Vazão de ar requerida (m³/h)Q = Carga Térmica (kcal/h)t = Diferença entre a temperatura requerida do ambi-

ente e a temperatura de saída do ar do resfriador (°C)

B) MÉTODO DAS RENOVAÇÕES DE AR1- Determinar a temperatura de bulbo úmido do local

de instalação;2- Determinar se a carga térmica gerada internamente é

normal ou alta:• Carga térmica alta: locais com fornos, estufas, máqui-

nas de solda, maçaricos, fundições, caldeiras, cozinhas in-dustriais ou grande ocupação humana.

• Carga térmica normal: escritórios, lojas com baixaocupação, fábricas com baixa geração de calor.

3- Determinar o grau de isolamento do ambiente ao calorexterno (radiação solar):

• Ambiente exposto: Telhado de zinco ou fibrocimento;grandes áreas envidraçadas; telhado translúcido; paredes dealumínio ou fibrocimento.

• Ambiente isolado: Telhado isolado termicamente; for-ro falso; paredes de alvenaria ou com pouca incidência deradiação solar.

4- Determinar o número de trocas de ar requeridas porhora para o ambiente em questão, através da tabela abaixo:

5- Determinar o volume do ambiente;V

AMB = W x L x H

VAMB

= Volume do ambiente (m³)W = Largura do ambiente(m)L = Comprimento do ambiente (m)H = Altura abaixo do duto de insuflamento de ar (m)

Obs.: Os dutos devem ser instalados no máximo a 4,0mde altura, de preferência a 3,5m.

6- Calcular a vazão de ar requerida para o ambiente.V

AR = V

AMB . N

TROCASV

AR = Vazão de ar (m³/h)

VAMB

= Volume do ambiente (m³)

NTROCAS

= Número de trocas de ar (trocas/h)Os dois métodos acima permitem um bom estudo do sis-

tema a ser implantado. Não dispensam no entanto, a consulta afornecedores qualificados que analisem, orientem, esclareçame assumam a responsabilidade não só mecânica dos equipa-mentos, mas também pela performance da instalação.

9- RESFRIAMENTO LOCALIZADO:Em ambientes de grandes dimensões, como um galpão

industrial, por exemplo, é comum que se pense noresfriamento de todo o ambiente, quando isto não é obriga-toriamente necessário. Normalmente tais locais abrigammáquinas, estoques e outros setores raramente ou nunca fre-qüentados.

Em tais casos é interessante estudar quais os postosde trabalho, setores de produção, áreas de trânsito e ou-tros que realmente demandam melhores condiçõesambientais e procurar atendê-los de forma localizada,puntual ou setorial. Um operador próximo a um equipa-mento que gere alta carga térmica pode ser atendido porum único equipamento de pequeno porte com fluxo de arresfriado direcionado sobre ele. Uma linha de montagemou de embalagem pode ser atendida por um ou mais equi-pamentos de médio porte, dutado(s) e com grelhasdirecionais distribuindo o ar sobre os trabalhadores. Umsetor de produção pode ser resfriado por meio de um oumais equipamentos de médio ou grande porte com um sis-tema simples de dutação que abranja a área delimitada.

Este tipo de solução, além de resolver o problema deconforto térmico para a população atendida, representa gran-de economia na instalação, pois o volume a ser consideradopara efeito de cálculo é somente aquele contido até a alturadas grelhas ao longo da área demarcada.

Além das vantagens acima, pelo fato de estarmosinsuflando ar renovado sobre uma determinada área, apressurização causada provocará movimentação do arnas áreas adjacentes, melhorando também as condiçõesdestas.

Engº. Marcelo Gouvêa de Souza, diretor da Basenge

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18 REVISTA MERCOFRIO - Nº 36 / 2008

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