Revista MBA Março 2016 Edição 019
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Numa época onde uma menina adolescente afegã (Malala Yousafzai) ganha o Nobel da paz pela sua luta a favor da educação de outras jovens como ela, onde o movimento Lean In, da COO do facebook Sheryl Sandberg moEva mulheres a assumirem riscos e se lançarem em busca de seus objeEvos sem medo e onde, possivelmente, a maior potência econômica mundial pode eleger sua primeira presidenta (Hillary Clinton), é impossível não observar uma mudança nos caminhos pelos quais vemos as mulheres na nossa sociedade. Nesse quase um ano de Revista MBA percebi que é inegável a parEcipação e envolvimento de algumas mulheres incríveis na comunidade brasileira da Nova Zelândia. Nesses úlEmos meses Eve o privilégio de ter conhecido mulheres inteligentes, ambiciosas, corajosas, cheias de personalidade e com muita sede de contribuir em prol de uma sociedade mais justa. Por isso esse mês a revista é dedicada a nós, mulheres. A matéria mais importante dessa edição, é, sem dúvidas, o arEgo sobre Violência DomésEca. As quatro brasileiras que generosamente comparElharam suas histórias com a gente esperam que seus caminhos não se repitam e que outras mulheres saibam o que fazer, o quanto antes, para saírem de relações abusivas. Nossa colunista Camila Nassif escreveu sobre a saúde Xsica e mental da mulher e da necessidade de se colocar em primeiro lugar, e com um texto cheio de personalidade e empolgação, Isabelle Mesquita fala do poder de ser você mesma e não cair nos padrões impostos pela sociedade. Seja livre! Na nossa capa, quatro dos cabeleireiros brasileiros que mais badalam as madeixas das mulheres na Nova Zelândia, Amanda, Caroline, Daniel e Gisele dividem com a gente a sua trajetória trabalhando aqui, suas dificuldades e o que é trend para o resto do ano. Ainda temos uma coluna nova, com Luiza Veras, Erando todas as suas dúvidas sobre impostos e contabilidade na NZ, e Rosana Melo escreve um arEgo completo, bem-‐feito, claro e simples de entender sobre os Diplomas neozelandeses (mais ou menos o nosso curso técnico brasileiro) e como esse curso pode ser seu pontapé inicial no processo de imigração à Nova Zelândia. Duda Hawaii, um dos nossos fotógrafos colaboradores, escreveu um texto empolgante sobre a sua travessia do Tongariro, uma das caminhadas mais bonitas do mundo (com fotos espetaculares) e Peterson Fabricio, nosso agente de imigração de plantão, fala do visto de trabalho aberto dado aos que se formam por aqui. Tem informação para todos os gostos. Se divirtam! Cristiane Diogo
MBA Maio– Edição 10
Nº4/2015
WWW.REVISTAMBA.CO.NZ
Editorial
EDIÇÃO CrisEane Diogo
DIAGRAMAÇÃO CrisEane Diogo
COLUNAS
Peterson Fabricio Camila Nassif Luiza Veras Duda Hawaii
FOTOGRAFIA Rafael Bonado Duda Hawaii
CAPA
Monique Derbyshire
PARA ANUNCIAR [email protected]
COLABORADORES Abril 2015
Mauricio Pimenta
AGRADECIMENTO Abril 2015 Amanda Cabral, Caroline Nihomatsu, Daniel Cunha, Giselle Chaves, Lena Nascimento, Regina Santos, Patricia
Dalcuque, Claudia Kikuchi, Luiza Veras, Rosana Melo, Isabelle Mesquita,
Rita Oliver.
A Revista MBA é uma publicação independente com a finalidade de informar a comunidade brasileira da Nova Zelândia e dilvulgar produtos e serviçoes que sejam do interesse dessa comunidade. A versão online desta publicação é gratuita. É proibida qualquer reprodução impressa ou digital, cópia do conteúdo, matérias, anúncios ou elementos visuais, bem como do projeto gráfico apresentados na Revista MBA com base na LEI DE DIREITOS AUTORAIS Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998, com respaldo internacional.
MAR
ÇO 2
016 Depois de dez anos na Nova Zelândia posso dizer que esse
foi um dos nossos melhores verões. Um dos verões mais quen-tes e mais sólidos, tivemos semanas de muito sol, praia e calor e sem dúvidas os brasileiros tem curtido muito.
Nesse mês tivemos o prazer de entrevistar Marcelo Menoita e Barbara Scholten, fundadores da Durello Traditional Brazilian Foods e responsáveis pela produção e distribuição de coxinhas e pães de queijo ao redor da Nova Zelândia inteira. Eles trans-formaram as nossas iguarias brasileiras mais famosas em algo comum em muitas casas kiwis e não dão sinais de desacelerar.
A Revista MBA também teve o prazer de conhecer e entre-vistar o Governador do Goiás, Marconi Perillo e conversou com ele sobre a sua visita à Nova Zelândia e seus projetos que vão apro-ximar o Goiás da Oceania.
Rosana Melo em parceria com o conselheiro de imigração Pe-terson Fabrício escreveu sobre o novo Pathway Visa e como ele facilitará a vida de estudantes que queiram vir para a Nova Zelân-dia e a solicitação de seus vistos, Luiza Veras na sua coluna de contabilidade lembra que o final do mês de março vem com o final do ano fiscal e é hora de fazer o seu imposto de renda, e Camila Nassif lançou a primeira parte de um artigo que explica a prática de atividade física por adultos na NZ.
Na coluna Bem Viver, Raissa Correia dá dicas essenciais para se ter uma vida mais saudável e lançamos nessa edição uma ses-são voltada à fotografia brasileira na Nova Zelândia. Nesse primei-ro mês temos o talentoso fotógrafo Rafael Bonatto e sua visão so-bre a cidade de Auckland.
E ainda tem receita deliciosa e informação sobre a primeira temakeria móvel da Nova Zelândia, mais um empreendimento com gosto e talento brasileiro em terras kiwis.
Aproveitem!
EDIÇÃOCristiane Diogo
REDAÇÃO Gabriela Ferrão
PROJETO GRÁFICO/DIAGRAMAÇÃO Tereza Manzi
COLUNASCamila Nassif
Luiza VerasRaissa Correia
FOTOGRAFIA CAPARafael Bonatto
DESIGN CAPATereza Manzi
COLABORADORES MARÇO 2016Rosana Melo, Roberta Crossley,
Cristina dos Santos Meira, Peterson Fabrício
AGRADECIMENTO MARÇO 2016Barbara Scholten, Marcelo Menoita,
Rodrigo Maia, Marconi Perillo.
A Revista MBA é uma publicação independente com a finalidade de informar a comunidade brasileira da Nova Zelândia e divulgar produtos e serviços que sejam do interesse dessa comunidade.
A versão online desta publicação é gratuita.
É proibida qualquer reprodução impressa ou digital, cópia do conteú-do, matérias, anúncios ou elementos visuais, bem como do projeto gráfico apresentados na Revista MBA com base na LEI DE DIREITOS AUTORAIS Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998, com respaldo internacional.
www.revistamba.co.nz
PARA [email protected]
MARÇO - EDIÇÃO 19N° 02/2016
ORGANIZAÇÃO APOIO
32 TEMAKI TRUCK NZ
30 BEM VIVER:DICAS PARA UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL POR MEIOS NATURAIS
34 RECEITA:PÃES DE DOCE DE LEITE
36 GOVERNADOR DE GOIÁS VISITA À NOVA ZELÂNDIA
44 EXERCÍCIO, ESPORTE, DESEMPENHO E ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL:ATIVIDADES FÍSICAS NA NOVA ZELÂNDIA
42 DICAS DE CONTABILIDADE:PROBLEMA EM PAGAR SEU IMPOSTO?
46 SEJA BEM VINDO!
06 AUCKLAND CITY
18 “E-VISA” E “PATHWAY VISA”:A IMIGRAÇÃO DA NZ BENEFICIANDO OS ESTUDANTES
22 MARCELO MENOITA E BARBARA SCHOLTEN:OS EMPRESÁRIOS QUE LEVARAM A NOSSA COXINHA E PÃO DE QUEIJO PARA OS QUATRO CANTOS DA NOVA ZELÂNDIA
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6 março 2016
Auckland CityFotos por Rafael Bonatto
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10 março 2016
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Rafael Bonatto mora na Nova Zelândia desde 2009.
Veio de Curitiba com a família e viu na Nova Zelân-
dia o lugar ideal para se esta-belecer. Rafael é designer com foco
na área de 3D e efeitos visuais e trabalha também como fo-
tógrafo. Atualmente leciona em uma faculdade em Auckland e
é proprietário da BonattoCGI.
CONTATO: [email protected]
udanças nas leis da imigra-ção de qualquer país são consideradas sinônimo de preocupação e aumento de burocracia. No último ano,
a imigração da Nova Zelândia mostrou que nem toda mudança é má notícia e anunciou algumas novas regras que com certeza facilitarão a vida de pes-soas que desejam estudar no país.
A mudanças começaram em meados de junho de 2015, quando foi aprovada a lei na qual as agências de intercâmbio passaram a ser autorizadas a solicitar
“E-VISA” E “PATHWAY VISA”a imigração da NZ beneficiando os estudantes
Por Rosana Melo
vistos de estudantes em nome de seus clientes. Além desta facilidade, algumas instituições consideradas de alta quali-dade foram selecionadas pela imigração para que possam pré-avaliar a documen-tação do estudante e, assim, agilizar o processo de solicitação de visto. O fast-track é emitido através de uma carta redi-gida pela instituição, que deverá ser ane-xada ao processo de visto do solicitante.
Para completar as boas notícias, em dezembro de 2015 o Ministro da Edu-cação, Qualificação e Emprego Steven Joyce juntamente com o Ministro de
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Imigração Michael Woodhouse anun-ciaram o início de duas importantes medidas. A primeira novidade foi sobre o e-visa, no qual as solicitações de Vis-to de Estudante passaram a ser total-mente Online. Tanto solicitações feitas do Brasil quanto dentro da NZ, passa-ram a ser enviadas eletronicamente e o visto emitido sem a etiqueta adesiva colada ao passaporte. Dessa forma, os processos se tornaram mais rápidos, simples e mais baratos.
Além da agilidade no processo com o e-visa, a segunda novidade foi a criação de uma nova categoria de visto. Este programa piloto estará pro-visoriamente em vigor por 18 meses e será implantando definitivamente caso a imigração e o governo da Nova Ze-lândia confirmem os benefícios. O Pa-thway Visa tem como objetivo tornar o mercado educacional da NZ mais com-petitivo. Essa opção permite que o futu-ro estudante se organize para estudar mais de um curso na Nova Zelândia e já saia do Brasil com toda a documenta-ção aprovada para até três programas sem a necessidade de renovação do visto. O Pathaway Visa pode ter a dura-ção máxima de até 5 anos.
Para iniciar o projeto, cerca de 500 instituições foram selecionadas para participar do programa piloto, incluin-do escolas primárias, secundárias, escolas de inglês e universidades (tertiary institutions). As instituições selecionadas deverão cumprir alguns
pré-requisitos e todas elas estão de-vidamente listadas no website da imigração. O programa poderá ser oferecido por apenas uma instituição ou por uma série delas. O estudante pode, por exemplo, iniciar com um ano estudando inglês, progredir para um programa de preparação para in-gresso em universidades (Foundation) e seguir então para uma graduação de três anos.
Vários tipos de pathways serão au-torizados e as instituições que acor-darem em oferecer programas em conjunto deverão organizar um acordo interno, sempre focando no cuidado e no progresso estudante.
Os estudantes interessados deverão se matricular nos programas ofereci-dos pelas instituições selecionadas. A primeira matrícula deverá ser incon-dicional e as demais poderão ser con-dicionais à progressão dos primeiros cursos. Além de todas as matrículas, deverão ser apresentados juntamente à solicitação do visto o comprovante de pagamento do primeiro curso e fun-dos suficientes para viver no país du-rante o primeiro ano. Deverá também ser apresentado à imigração no ato da solicitação do visto a capacidade de pagamento dos demais programas e fundos para se manter no país durante o período total dos programas.
Na hora de solicitar o visto, também deve ser apresentada uma carta de motivação explicando os programas
escolhidos e os pla-nos, além da matricula em todas as institui-ções em que se pre-tende estudar. Depen-dendo do programa, deverá ser apresenta-do o teste formal do IELTS ou Cambridge para a imigração.
Outro ponto importante é que para se ter permissão de trabalho com este tipo de visto, o primeiro curso deverá se qualificar de acordo com as leis atuais: a matrícula tem que ser feita em escolas de categoria 1, curso full time, por no mínimo 14 semanas, ou escola categoria 2, full time somado ao IELTS 5.5. Caso o primeiro curso não dê permissão de trabalho, o es-tudante poderá solicitar uma variação junto a imigração assim que ingres-sar no segundo programa se este se qualificar. Se o aluno mudar de ideia e quiser trocar de instituição ou cur-sar programas com nível inferior que o inicial, um novo visto de estudante deverá ser solicitado.
Além da segurança para os estu-dantes, haverá ganho de eficiência da imigração e é esperando um cres-cimento que poderá dobrar o valor da indústria de educação no país. Estas ações foram identificadas e prioriza-das visando a retenção dos estudan-tes internacionais e o desenvolvimen-to do Sistema Educacional do país. O
setor de imigração está em constante desenvolvimento e é possível acompa-nhar notícias atualizadas consultando um Immigration Adviser ou verificando diretamente o website da imigração.
...
TEXTO BASEADO EM INFORMAÇÕES OFICIAIS DA IMIGRAÇÃO DA NZ E
VALIDADO PELO IMIGRATION ADVISER PETERSON FABRICIO.
Rosana Melo é consultora de sonhos da YepNZ. É
brasileira de Minas Gerais e mora na NZ desde 2009. Com graduação e MBA no
Brasil na área financeira, teve diversos trabalhos até chegar ao cargo de
Financial Controller em um grupo da NZ. Em 2012 iniciou seu primeiro negócio na
NZ, um Café e em 2013 abriu a agência de intercâmbio YEPNZ com uma amiga, hoje com escritórios em Hamilton e Auckland.
Contato: www.yepnz.com
Marcelo Menoita e Barbara Scholten
OS EMPRESÁRIOS QUE LEVARAM A NOSSA COXINHA E PÃO DE QUEIJO PARA OS QUATRO CANTOS DA NOVA ZELÂNDIA
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e você perguntar a qualquer brasileiro qual é o prato ofi-cial do Brasil você vai começar uma briga acirrada. Para muitos é a feijoada, outros discordam e votam no churras-co, os nordestinos tem seu voto nas moquecas de peixe e outros frutos do mar ou na carne seca e os baianos vão dizer que o acarajé é a cara do Brasil. Mas nenhuma outra comida brasileira representa mais a nossa pátria na práti-ca mundo afora do que a coxinha e o pão de queijo. Essas iguarias populares em qualquer estado do Brasil batem ponto em todos os festivais ou eventos que tenha o dedo brasileiro ao redor do mundo. Festa de aniversário? Não é
festa se não houver coxinha de frango. Mesmo aqui na Nova Zelândia.Na Nova Zelândia nós somos privilegiados em encontrar diversos
profissionais fazendo coxinhas para nós nas mais diversas ocasiões mas nenhum chegou ao patamar do brasileiro Marcelo Menoita e sua esposa, a holandesa Barbara Scholten (uma holandesa tão brasileira quanto eu e você!) que levaram a nossa coxinha dourada para super-mercados, delicatessens e eventos de norte ao sul do país. Ao criar a Durello – Traditional Brazilian Foods e lançar seu carro chefe, as “chicken delights”, os empresários começaram a popularizar o sabor brasileiro entre os neozelandeses e não dão sinal de desacelerar.
Ao conversar com Marcelo e Barbara é muito fácil de perceber a sin-tonia dos dois e a dedicação e amor que eles têm pelo seu negócio. A Durello nasceu da paixão da mãe de Marcelo, Dona Neide (que estampa o logo da marca) em cozinhar e suas receitas deliciosas (até hoje a receita das suas coxinhas é a mesma que ela fazia há décadas no Brasil e não deixa de lembrar que suas receitas “começam no coração”), e da força de trabalho de todos os envolvidos. Eles não economizaram esforços e de-terminação em alcançar todos os alvarás da vigilância sanitária neozelan-desas que são rigorosíssimos e hoje são os únicos que podem produzir e vender comida brasileira à supermercados e outras estabelecimentos.
24 março 2016
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Sua fábrica, apesar de pequena, é ex-tremamente eficiente e sua equipe traba-lha em sincronia na produção de milhares de pães de queijo e coxinhas diariamente. A pequena fábrica em breve ficará no pas-sado com o plano de expansão da Durello em aumentar sua produção e espaço.
Hoje, sua única loja física, um cantinho numa esquina em uma das ruas mais mo-vimentadas de Auckland, consome sozi-nha metade da sua produção de coxinhas e Marcelo já foi inundado com pedidos de franquia. A outra metade da produção vai para pontos de venda de norte ao sul do país, em mais de 100 pontos de vendas.
A história deles é impressionante, es-pecialmente se lembrarmos que a Durello –Traditional Brazilian Foods só saiu do papel em janeiro de 2014 e em pouco mais de dois anos ganhou diversos prêmios culinários e foi listada como The Best of the Best Creative Companies, em 2015, pela New Zealand Food Technology News, e foi finalista do Westpac Business Awards Innovation, em 2015. Conheça mais da his-tória deles:
REVISTA MBA: DESDE QUANDO SUA FA-MÍLIA ESTÁ NA NOVA ZELÂNDIA E POR QUE VIERAM?
Estamos na Nova Zelândia há 8 anos desde Janeiro de 2008. A mudança já fa-zia parte de um projeto de vida de longo tempo, pois há muito anos procurávamos um lugar onde pudéssemos viver e criar nossos filhos com qualidade de vida, prin-cípios e valores que não encontrava com frequência no Brasil. Antes de conhecer a Barbara, morei nos EUA e na Itália por algum tempo, e ela, nascida na Holanda,
já havia morado na Alemanha, França, Es-panha, Canadá e Brasil, onde nos conhe-cemos. Naturalmente esse países foram os primeiros que nos vieram a mente, por termos família e amigos por todo o can-to, mas quando a Nova Zelândia entrou na lista de possiblidades, todas as outras op-ções se tornaram inexistentes. As razões são muitas: O país é lindíssimo, as pes-soas receptivas, as possibilidades muito variadas, mas principalmente, por que aqui encontramos aqueles tais valores e princípios que procurávamos, como via de regra, e não exceção.
REVISTA MBA: COMO FUNCIONA A DI-VISÃO DE TRABALHO ENTRE VOCÊ E BARBARA?
A Barbara e eu sempre tivemos ne-gócios juntos, e com a Traditional Bra-zilian Foods não foi diferente. Temos funções bem diferentes na empresa, mas absolutamente complementares. Eu cuido da fabricação, desenvolvimento de novos produtos e controle de qualidade, assegurando que as receitas da minha Mãe sejam seguidas à risca. Além também da nova loja da Queen St, em Auckland e de algumas key accounts, como Sky City, Eden Park e Westpac Are-na. A Barbara, por outro lado, cuida de toda a venda, distribuição e relaciona-mento com os supermercados como o Countdown e New World, além de lojas especializadas como Farro, Nosh e Moo-re Wilson. Ela também lida com toda a parte contábil e fiscal da empresa. Além de nós dois, temos a importante partici-pação da minha mãe nas receitas e no desenvolvimento de novos produtos, e
26 março 2016
do meu irmão, Fábio Durello nas decisões estratégicas de finan-ceiras. Nós quatro somos sócios no negócio, e não estaríamos onde estamos sem a participação incansável de todos.
REVISTA MBA QUAL ERA O SEU RAMO DE NEGÓCIO NO BRASIL E VOCÊ TEVE OUTROS EMPREENDIMENTOS NA NOVA ZELÂNDIA AN-TES DE COMEÇAR A DURELLO?
Sou engenheiro de formação e pós-graduado em negócios. Du-rante toda minha vida profissional procurei o desenvolvimento de ne-gócios internacionais, trazendo produtos e serviços de outros países para o Brasil. Viajei o mundo a busca de novidades, mas a paixão pela culinária sempre esteve nas veias da família. Quando cheguei à Nova Zelândia, trabalhei em uma multinacional e fazia o que estava acostumado, cuidando do relacionamento e vendas de seus produ-tos em 43 países. A família também teve um restaurante em São Paulo, onde aliás conheci a Barbara. Estamos juntos há 24 anos, en-tão acho que a comida não estava nada ruim assim...
REVISTA MBA: DURANTE QUANTO TEMPO VOCÊS SE ORGANIZA-RAM PARA LANÇAR A COXINHA E PÃO DE QUEIJO NA NZ?
O sonho de lançar produtos brasileiros existe desde que che-gamos. Sabíamos que as receitas da minha mãe fariam sucesso por aqui, como sempre fizeram no Brasil, mas os desafios do lançamento não foram poucos. Os produtos que lançaríamos eram completamente desconhecidos do público Neozelandês em âmbito nacional. Isso demandou um trabalho extenso de participação em feiras especializadas por todo o país, reconhecimento e aceitação dos produtos. Ao mesmo tempo que fazíamos conhecidas as receitas da Dona Neide, introduzíamos no mercado uma nova marca, hoje respeitada de norte a sul do país. Aliás, o logotipo da marca leva o rosto da própria criadora das receitas, que há 57 anos encanta os paladares de milhares de pessoas. Outro fator que aumentou o grau de complexidade do negócio foi a busca dos ingredientes. Embora a Coxinha conte com ingredientes que podem ser encontrados localmente, o Pão de Queijo precisou de uma atenção especial, pois decidimos importar o polvilho do Brasil. Isso faz com que seja mantida a autenticidade do produto, mas ao mesmo tempo aumenta os desafios de produção.
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REVISTA MBA: QUAL A MAIOR DIFERENÇA PARA VOCÊ EN-TRE SER UM EMPRESÁRIO NO BRASIL E NA NOVA ZELÂNDIA?
Na Nova Zelândia encontro algo que costumo chamar de “respeito social”. Isso vale do Governo para o cidadão, do ci-dadão para o Governo, e do cidadão para o cidadão. Estamos sempre participando de atividades voluntárias para o bem da comunidade, por vezes no meio do horário de trabalho, e não somente em “horas vagas”. Patrocínios esportivas e comunitárias são comuns, e a Durello está presente sempre que possível. Existe uma consciência geral que esses servi-ços prestados agora vão gerar benefícios incomensuráveis para as gerações futuras. Assim, é muito comum encontrar executivas como treinadoras de times de netball nos clubes, profissionais liberais como voluntários nas viagens escola-res, ou mesmo médicos que levam um grupo de crianças caminhando à escola, atividade conhecida por aqui como walking school bus, ou ônibus escolar que caminha. E todo esse tratamento permeia da sociedade para os meios de ne-gócio, com muito respeito. Eu não diria que é mais fácil ter negócios por aqui, pois tudo na vida demanda muito traba-lho. Mas sem dúvida, essas condições tornam o ambiente de trabalho mais justo e gratificante.
REVISTA MBA: E O FUTURO? QUAIS SÃO OS PROJETOS DA DURELLO?
A Durello acaba de abrir sua primeira loja de varejo, na Queen St, no coração de Auckland. Isso faz parte de um projeto de expansão do negócio que vai contar com 5 lojas próprias nas principais cidades do país até o final do ano, e
28 março 2016
outras que seguirão em sistema de fran-quia, a partir de 2017. Isso tudo foi resul-tado de muito trabalho planejado, focado em qualidade e valores de família. Já começamos a receber interessados em adquirir franquias da Durello em Queens-town, Wellington, Christchurch e Nelson. Sem contar empresas multinacionais e empreendedores internacionais que que-rem levar a marca para Singapura, Coréia e Austrália.
REVISTA MBA: QUAL O CONSELHO VOCÊ DARIA PARA AQUELES QUE QUEREM CO-MEÇAR UM NEGÓCIO NA ÁREA ALIMEN-TÍCIA NA NOVA ZELÂNDIA?
Temos uma parceria com a Faculda-de de Tecnologia do Alimento da Uni-versidade Massey, aqui de Auckland. Recebemos regularmente a visita de es-tudantes de lá, e alguns deles chegam a estagiar ou mesmo trabalhar conos-co. Uma coisa que sempre digo a eles: “Façam tudo com muito amor, e não se preocupem exageradamente com o di-nheiro... Um dia alguém vai querer pa-gar bem por isso!”. Desta forma temos conduzido nossos negócios na “Terra da Longa Núvem Branca”: Muito trabalho, muita dedicação, visão estratégica, mas principalmente muito amor e carinho. O sucesso não é alvo... é consequência.
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30 março 2016
Por Raissa Correia
dicas para uma vida mais saudável por meios naturais
Se você tem o desejo de criar mudan-ças a longo prazo, em especial relaciona-das à saúde e qualidade de vida, a melhor estratégia é proporcionar mudanças sim-ples regularmente. Passo-a-passo, com certeza alcançará seus objetivos e conse-guira mantê-los.
Agora que o primeiro bimestre do ano já passou, podemos tomar decisões mais coerentes e com influência menor das nossas emoções. A seguir listarei 3 dicas simples, porém muito importantes, para uma vida mais saudável.
1) BEBA ÁGUAA necessidade diária de água depende
de alguns fatores como sexo, altura, peso, idade. Porém como regra, devemos con-sumir entre 1.5-2l de água filtrada por dia. Sim, água filtrada. A água da torneira con-tém aditivos como o cloro e o flúor, além de ter um teor acídico. Se você não pos-sui um filtro em casa, vale a pena investir em uma jarra com filtro, estilo a Alka Jug. Água em garrafas plásticas absorvem as toxinas do plástico e por isso devemos evi-tá-las. Uma boa dica é consumir um copo
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Raissa é brasileira de Sal-vador e mora na NZ desde
2007. Naturopata e médica fi-toterápica formada pelo Wellpark
College of Natural Therapies em Auckland-NZ e health coach formada pelo Institute of Integra-
tive Nutrition em Nova Iorque. Morou na India, e de lá veio para a NZ, e foi amor à primeira vista.
As beleza naturais, diversidade cultural, segu-rança e oportunidades de se viver bem, são os
maiores motivos pelos quais nunca mais deixou a NZ. Sua maior paixão é difundir seu conheci-mento na comunidade e ser instrumento para mudanças positivas na vida de seus clientes. Atende clientes em sua clinica em Ponsonby
e Parnell, bem como a domicílio e online. Está em processo de criação de uma loja virtual de
alimentos orgânicos, medicinais e suplementos com preço acessível.www.innerandwhole.co.nz
[email protected]+64 22 469 4653
de água assim que acordar, o que ajuda a iniciar o metabolismo e reidratar o corpo. Evite beber água durante as refeições, pois a água dilui as enzimas diges-tivas, o que pode resul-tar em uma digestão ruim e problemas de absorção de nutrientes.
2) CONSUMA MAIS ALI-MENTOS INTEGRAIS
Você sabe a dife-rença entre alimentos integrais e produtos processados? Uma maneira simples de entender é pensar que tudo o que vem em-balado, é um produto processado e não alimento integral. Se expandimos esse conceito, quase tudo que encontramos no super mercado são produtos processados. Esses possuem muitos aditivos químicos prejudiciais a nossa saúde e bem-estar. Dê sempre preferência às verduras e frutas frescas, castanhas e sementes, grãos inte-grais, legumes, ovos de granja e laticínios integrais e não homogeneizados.
3) MOVIMENTE-SEExercícios físicos beneficiam não so-
mente nossa saúde física, mas também a nossa saúde mental. Uma maneira boa de usufruir os benefícios do movimento é achar algo que você aprecie e sinta-se bem. Esportes praticados em times tem um be-neficio adicional de ter a interação social. Bons exemplos são: o futebol, o vôlei, a yoga, a dança, a caminhada e a natação.
Quando nos movimen-tamos, liberamos en-dorfinas no nosso cor-po, proporcionando a sensação de bem-estar. Torne-se ativo sem ne-cessidade de focar em objetivos como perda de peso. Vale ressaltar que exagerar no exercí-cio físico também pode gerar resultados negati-vos, pois pode levar ao estresse. Pratique au-toconhecimento e sin-ta-se confortável com seus limites pessoais.
32 março 2016
Temaki Truck
NZ
Temaki Truck
NZ
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Todos sabemos que o sushi é japonês. A ideia de comer arroz e peixe cru juntos nasceu da necessidade de se manter o peixe fresco por mais tempo. O peixe viajava em barris cheios de arroz cozido para conservá-lo.
Existem muitas variações entre os sabores e formatos da com-binação entre peixe e arroz (até alimentos que não são peixe!), uma delas é o Temaki.
Temaki é uma espécie de cone de arroz com recheio, alguns comparam com o taco mexicano e a ideia é a mesma. Oferecer num prato único e fácil de comer uma refeição completa.
O que muita gente não sabe é que as Temakerias tomaram fô-lego e viraram febre no Brasil. A primeira abriu em 1993 em São Paulo e se multiplicaram rapidamente pelo país e finalmente, no finalzinho de 2015, o trend chegou à Nova Zelândia nascido da ideia de um paulistano de Santo André, Rodrigo e sua esposa Jenny, uma koreana apaixonada pelo Brasil.
A ideia do Temaki Truck surgiu depois que Rodrigo e Jenny mo-raram no Brasil por três meses e visitaram dezenas de Temakerias em São Paulo. O casal se apaixonou pela combinação de sabores e infinitas possibilidades. Quando voltaram para a Nova Zelândia, compraram um caminhão no Trademe, passaram 8 meses refor-mando e adaptando o carro. Em dezembro do ano passado, Rodri-go e Jenny lançaram a primeira Temakeria móvel do país.
Os sabores do Temaki Truck NZ trazem a influência do Brasil, Japão e Coreia. O sabor mais pedido pelos brasileiros é o de sal-mão fresco, cream cheese e cebolinha.
O Temaki Truck participa de diversos eventos e pode ser contra-tado para festas de aniversários, casamentos e shows. A recepҫão tem sido fantástica!
Fale com eles:[email protected]
facebook: temakitrucknzinstagram: temakitrucknz
Pães de doce de leite
Todo mundo tem uma receita preferida de doce de leite. Seja co-mer puro de colher ou com queijo branco, meio derretido em cima do sorvete ou como recheio em bolos e pães. Para esse mês a gente escolheu uma receita bem fácil mesmo para aqueles que nunca tentaram fazer pão antes. Esses pãezinhos são satisfação garanti-da em qualquer mesa! Delícia!
INGREDIENTES:
Massa1 tablete de fermento biológico fresco4 colheres (sopa) de leite
½ xícara (chá) de leite condensado2 colheres (sopa) de leite em pó2 gemas3 colheres (sopa) de margarina culinária600 g de farinha de trigo
Recheio200g de doce de leite
MODO DE PREPARO
MassaEm uma tigela, misture o fer-
mento ao leite. Junte o leite con-densado, o leite em pó, as gemas e a margarina. Misture bem bem.
Junte, aos poucos, a farinha, mexendo e sovando bem a massa.
Cubra e deixe crescer até dobrar de volume. Divida a massa em 20 pedaços.
Recheio e montagemRecheie cada pãozinho com
um pouco do doce de leite (se preciso, use um saco de confeitar para facilitar seu trabalho).
Enrole como uma bolinha e coloque em assadeiras untadas e polvilhadas com farinha. Pincele a gema misturada ao leite e reser-ve por meia hora. Asse, no forno preaquecido em temperatura mé-dia, até dourar.
Bom Apetite!
NEW Post Graduate Diploma in Applied Informatics Provides Vital Business Insights
As information plays an increasingly pervasive role in our daily lives, how we relate to technology or, perhaps, how technology
relates to us is becoming progressively more important. When information systems are engineered to deliver data in a way that accurately reaches, impacts and communicates with its intended recipients, it doesn’t take an IT whizz to calculate the benefi ts.
So what exactly is Informatics? It is the science of information and the practice of information processing. Bruce Ferguson, of Wintec’s School of Information Technology, was a key player in the de velopment of their new Postgraduate Diploma in Applied Informatics in a joint venture with the Wintec School of Business. “Wintec is applying Informatics to the Business environment so that those who wish to progress their management careers in either Business or IT can develop the skills, both technological and interpersonal, that will enable them to operate successfully in their future, fast-changing world.”
We live in an age where the volume and complexity of information available threatens to overwhelm us. Practitioners who can manage the necessary systems and people to make such information commercially useful will be in high demand.
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O governador Marconi Pe-rillo e a delegaҫão do estado de Goiás chegaram à Nova Zelân-dia no dia 17 de fevereiro para participarem de um seminário organisado pela Embaixada Brasileira, em Wellington.
O evento foi realizado na sede da chan-celaria, na presenҫa de membros do corpo diplomático e outros 40 convidados, entre eles: lideranҫas Maoris, empresários, re-presentantes de instituiҫões de ensino e outros ilustres brasileiros residentes na NZ.
O embaixador Eduardo Gradilone deu início ao seminário com uma apresen-taҫão resumida da longa trajetória do go-vernador Perillo no serviҫo público brasi-leiro. Em seu dirscurso, Gradilone apontou as semelhanҫas entre o estado de Goiás e a Nova Zelândia, no que diz respeito à di-mensão territorial e o número de habitants. Destacou também a semelhanҫa das duas regiões no setor econômico, com forte de-sempenho na agricultura e turismo.
Em seguida, foi dada a palavra ao go-vernador de Goiás. Marconi Perillo des-tacou a importância de oportunidades de cooperaҫão e negócios entre o estado de
Goiás e o país neo zelandês. O governador enfatizou que apesar de uma quadro eco-nômico desfavorável no Brasil, há regiões do país apresentando um desempenho econômico acima da média, em especial a região do Centro-Oeste brasileiro.
Ao final do seminário, os convidados tiveram a oportunidade de participar com perguntas, adquirindo mais informaҫões e tirando dúvidas sobre as possibilidades de negócios entre as duas regiões.
O evento terminou com um coquetel, acompanhado com a apresentaҫão musi-cal da cantora Alba Rezende.
Numa rápida visita a Auckland, a MBA teve a oportunidade de entrevistar Marconi Perillo e saber um pouco mais sobre as impressões do governador sobre a Nova Zelândia.
Revista MBA: Governador Mar-coni, qual o objetivo da viagem? Por que Nova Zelândia?
Eu tenho procurado despertar em alguns países do mundo a importância de Goiás. É natural que no mundo todo as pessoas tenham ouvido falar em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília e muitas vezes desconhe-çam estados importantes que estão mais ao oeste do país como é o caso de Goiás. A primeira preocupação é apresentar o
COLABORAÇÃO: Cristina dos Santos Meira - Setor Cultural da Embaixada do Brasil em Wellington
GOVERNADOR DE GOIÁS VISITA À NOVA ZELÂNDIA
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estado de Goiás, que é um esta-do rico com quase 7 milhões de habitantes, uma economia muito diversificada, o oitavo PIB mais importante do Brasil, para o mun-do e não poderia ser diferente aqui na Oceania, afinal de contas, nós temos milhares de brasilei-ros na Nova Zelândia e Austrália e é importante que esses países possam ter uma interlocução com Goiás e que nós busquemos alguns projetos que podem ser complementares.
Por outro lado, as relações do Brasil com Austrália e Nova Ze-lândia precisam ser incrementa-das especialmente as relações inter-governamentais.
Nessa visita à Oceania eu tive uma agenda muito intensa, em nove dias tivemos mais de 30 reuniões, visitamos 4 univer-sidades (duas na Austrália e duas na Nova Zelândia). Aqui eu fiz questão de visitar a Universidade de Auckland e a Victoria University em Wellington. Eu busquei conversar com secretá-rios e ministros de educação, representantes da câmara de comércio, visitei o presidente do parlamento neozelandês e fi-zemos seminários apresentando as potencialidades de Goiás e ao mesmo tempo abrindo alternativas e futuros entendimen-tos bilaterais. Acho que a receptividade foi muito boa.
Revista MBA: O maior objetivo dessas par-ceiras seriam com negócios agropecuários?
Nós temos um projeto muito audacioso em andamento que se chama Inova Goiás, nós queremos elevar Goiás até o final de 2018 entre os 5 estados mais inovadores do país, por outro lado nós estamos trabalhando também a questão da competitividade de Goiás perante outros estados do Brasil.
Um outro ponto que nos interessa é a Educação. Eu entendo que somente com políticas ousadas e agressi-vas em relação à educação nós poderemos nos diferen-ciar em termos de nação próspera, em termos de nação
Eu entendo que somen-
te com políticas ousadas e agressivas em relação à educação nós poderemos nos diferenciar em termos
de nação próspera, em ter-mos de nação desenvolvida
38 março 2016
desenvolvida. E eu sempre digo, não é possível um país tão grande, com quase 200 milhões de habitantes como o Bra-sil, não consiga ter uma das suas univer-sidades entre as 200 mais importantes do mundo. Dos encontros que fiz aqui na Nova Zelândia, nas duas universidades, Victoria e Auckland, os professores e di-retores me fizeram questão de mostrar o ranqueamento dessas universidades en-tre as 50 mais importantes do mundo e também tiveram muito orgulho em mos-trar seus cursos que também estão entre os 50 melhores do mundo.
E eu aproveito para apresentar um projeto que está saindo do forno, o Goiás Sem Fronteiras. Eu me entusiasmei mui-to com o projeto Ciências Sem Fronteiras desde o início e o nosso projeto ainda está sendo aprimorado, estamos traba-lhando nele há um ano, vamos começar de forma condensada com poucos estu-dantes e dez universidades ao redor do mundo mas já decidimos que gostaría-mos de ter Austrália e Nova Zelândia re-
cebendo estudantes goianos. Queremos começar ainda esse ano e esperamos que em 2017 tenhamos muitos estudan-tes goianos vindo para cá.
Revista MBA: Sabemos que foi uma visita corrida, diversas reu-niões em pouquíssimos tempo, mas o que mais te impressio-nou nas cidades e universidades neozelandesas que você visitou?
Primeiro o apreço, o apego às suas raízes, aos seus ancestrais, às suas mais belas e ricas tradições. Esse amor que o neozelandês tem pela cultura maori é algo emocionante, é algo que nos faz repensar um pouco sobre a nossa ancestralidade no Brasil, sobre os valores que temos que dar à nossa memória, nossa cultura. Eu tento muito fazer isso em Goiás, valori-zando as nossas tradições.
Outro fator foi o profissionalismo com que professores, diretores e cientistas
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encaram o tema educação e o tema inter-nacionalização da educação.
A educação passou a ser na Nova Zelân-dia e eu também percebi isso na Austrália, não só um produto para desenvolvimento pessoal mas também um produto econô-mico que talvez seja fundamental para o PIB neozelandês. Educação é também um produto gerador de empregos e oportuni-dades. Talvez ao lado do turismo, seja um dos maiores incentivos para aqueles que querem morar ou conhecer o país.
Outra coisa que me impressionou foi a transparência do poder público, os níveis elevadíssimos de comprometimento com a transparência. Eu procuro fazer isso com Goiás com uma forte obsessão. Um país que tem um forte comprometimento com a transparência, que tem leis de acesso à infor-mação, certamente é um pais seguro, espe-cialmente sob o ponto de vista da corrupção.
Revista MBA: E o Marconi turis-ta, o que marcou sua viagem? Você voltaria à Nova Zelândia?
Com certeza! Fiquei muito impressionado com a limpeza, a educação das pessoas, com o acolhimento. Eu me senti muito bem rece-bido em todas as minhas reuniões e eventos. Também fiquei muito impressionado com as belezas naturais, apesar de não ter tido tem-po de apreciá-las devidamente. Fiquei muito encantado com a qualidade dos grupos mu-sicais brasileiros que nos receberam ao som de bossa nova, samba e chorinho e amanhã, nosso último dia de viagem, vamos tirar al-gumas horas para poder explorar Auckland. Muito fácil de entender o porquê da Nova Ze-lândia ser o destino turístico fabuloso que é.
Esse amor que o neozelandês
tem pela cultura maori é algo emocionante, é algo que nos faz repensar um
pouco sobre a nossa ancestralidade no Brasil
dicas decontabilidade
com Luiza Veras
PROBLEMA EM PAGAR SEU IMPOSTO?
Março é o mês mais movimentado para os contadores que traba-lham na área Fiscal e Tributária. Este mês determina o término do ano fiscal, portanto o período no qual as empresas (que tem datas de extensão) estão se preparando para fazer o tax return para o ano financeiro de 2015.
As empresas que possuem contadores com status de tax agent tem 1 ano para fazer o tax return. Por exemplo: o ano financeiro de 2015 termina em 31 março de 2015 e deve ser enviado para o IRD até 31 março de 2016, se a empresa tiver data de extensão com o tax agent. Para quem não tem contador como tax agent (data de exten-são) deveria ter enviado o tax return no dia 7 de julho de 2015.
O dia do pagamento da última parcela do imposto de renda de 2015 para as empresas com extensão - com o contador, será no dia
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7 de abril de 2016, e para os que não tem data de extensão deveriam ter pago seu imposto no dia 7 de fevereiro 2016.
O IRD enviará cartas e mensagens de texto relem-brando sobre o pagamento para os que enviaram a informação do seu imposto de renda de 2015. Se o pagamento não for feito até o dia 7 de abril (empre-sas com data de extensão) ou 7 de fevereiro (para os que não tem data de extensão), serão cobrados juros e multa.
Para as empresas que estão com dificuldades de pagamentos de impostos, sejam de imposto de ren-da, GST ou PAYE, sugiro que entrem em contato com o IRD. Expliquem sua dificuldade financeira e façam um acordo de parcelamento. Eles são amigáveis para fazer acordos de parcelamento se você procurar o orgão antes deles irem atrás de você para efetuar o pagamento. Se seu caso financeiro for muito sério, quase fechando a empresa e sem possibilidades de efetuar o pagamento do imposto, existem também outras saídas como: aplicar por Relief of Debt, entrar em receivership, entre outras opҫões. Procure seu contador e explique sua situação e ele lhe indicará a melhor opção para seu caso.
MAIS INFORMAÇÕES SOBRE COMO PAGAR SEU IMPOSTO NO LINK ABAIXO:
www.ird.govt.nz/7April
42 março 2016
Exercício, Esporte, Desempenho e Estilo de Vida Saudável
Por Camila Nassif
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Quais os esportes e atividade física pra-ticadas por adultos na Nova Zelândia?
Já parou pra pensar o que os Kiwis (na-tivos da Nova Zelândia) praticam como ati-vidade física? Já pensou como a vida es-portiva dos brasileiros é na Nova Zelândia? Na Nova Zelândia existe uma variedade de esportes que também são praticados no Brasil, como o basquete, o vôlei e até o nos-so futebol, mas alguns dos esportes prati-cados na Nova Zelândia são praticamente desconhecidos no Brasil, como o Críquete, o Rúgbi e o Netball.
A pratica de atividade física na Nova Ze-lândia é bem variada e, devido ao numero da população, bem menor que no Brasil, existe uma diferença nas organizações das cidades e diferença na distribuição da natu-reza. Devido à estas diferenças, outras mo-dalidades são praticadas em épocas espe-cificas durante o ano, como o snowboard, ski e alguns esportes de água por exemplo como o surf e o kitesurf por exemplo.
Os kiwis em geral tem uma ligação muito grande com a natureza e são acos-tumados desde criança a fazerem ativida-des outdoor, como caminhadas, corrida, mountain bike, entre outros. Durante os meses mais quentes e de menos chuva, os esportes outdoor são mais praticados, já no inverno os esportes de neve predo-minam. Existem kiwis que também esco-
lhem as academias, com musculação e aulas de ginástica como atividade física, o que é muito comum no Brasil, devido a sua facilidade.
O surf é um esporte muito popular na Nova Zelândia. Grande parte das praias tem água fria, o que mesmo no verão pode ser um desafio para os brazucas acostumados com águas mornas das praias no Brasil. Leko de Souza, 34 anos, local do Guarujá (litoral de Sao Paulo), é um brasileiro que já mora na NZ há 9 anos. Ele pratica tênis e surf. O surf não é praticado com a frequên-cia que ele gostaria pois não consegue se acostumar com a temperatura da água. Re-lata que grande parte do ano muitos usam roupa de borracha, um acessório que ele não está acostumado. Cresceu surfando todos os dias, mas nunca precisou de rou-pa de borracha, o que para alguns pode dar uma sensação de limitação de movimento durante a prática. Já os kiwis surfam o ano todo, o que muda e a espessura da roupa de borracha utilizada. De acordo com Leko, a NZ oferece um dos cenários naturais mais bonitos do mundo e oferece mais oportu-nidades para a prática de esportes que se-riam mais difíceis de serem praticados no Brasil. No inverno, sempre que é possível ele gosta de praticar o snowboard, ativida-de inexistente no Brasil devido a falta de neve e também a pesca que muitas vezes
Atividades físicas na Nova Zelândia
Esta será uma série de artigos focada na área de atividade física, saúde, alimentação e hábitos de vida saudáveis. Esse primeiro artigo
vai abordar a pratica de atividade física por adultos na NZ.
44 março 2016
no Brasil não é possível de ser praticada de-pendendo de onde a pessoa mora.
Já os gaúchos Daniel Heinen, 36, e Poliana Borges, 33, que moram na NZ há aproximadamente 8 anos, veem um pais que te dá mais oportunidades para fazer atividades físicas diferentes, que no Bra-sil são muitas vezes mais difíceis, devido a logística e ao custo dos equipamentos. Poliana, quando no Brasil, sempre jogou futebol e handball e sempre frequentou academias, já o Daniel não tinha uma roti-na de exercício, mas ambos sempre sonha-vam com a possibilidade de praticar o kite surf. Chegando na NZ, eles compraram os equipamentos e relatam que tiveram mui-tas dificuldades e até classificam o kite surf como um esporte bem perigoso que deve ser feito com a orientação de um pro-fissional. Tentaram aprender sozinhos, a custo de muitos tombos e só conseguiram aprender corretamente e de forma segura após fazerem um curso com um instrutor da modalidade. Aconselham que ninguém deveria fazer o que eles fizeram, de com-prar o equipamento e tentar aprender so-zinhos pois o risco de lesões é altíssimo.
Outro ponto interessante levantado por eles é que a diversidade cultural da NZ per-mite oportunidades únicas de experimentar
esportes que são pouco populares no Bra-sil, como críquete e squash entre outros. Recentemente o centro de treinamento do ciclismo da NZ foi construído na Ilha Norte e permite a comunidade acesso a uma infra estrutura de primeiro mundo que é utilizada por todos os atletas de alto rendimento re-lacionados. Poliana relata que no final do ano passado teve uma oportunidade única de pedalar no velódromo em um evento de integração entre funcionários na empresa em que trabalha, oportunidade que nunca teria no Brasil.
Ambos consideram que a cultura da NZ estimula as pessoas a serem ativas e fornecem estrutura e espaço para essas atividades acontecerem. Hoje Daniel faz academia e a Poliana faz academia e fute-bol, mas o kite surf é a paixão dos dois e o praticam sempre no verão.
A minha paixão pelas 2 rodas veio cedo. Pratiquei ballet clássico quando criança, ginastica olímpica e joguei handebol, mas a minha paixão pelas bikes só cresceu quando adulta após assistir minha irmã mais velha participar de um triátlon, corri uma prova e me apaixonei! O triátlon foi o que me trouxe para essas bandas do mundo, sendo a Austrália e a Nova Ze-lândia países fortíssimos nesse esporte.
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O triátlon, consiste em natação, ciclismo e corrida e permite uma rotina bem diver-sificada já que o treinamento varia todos os dias entre as 3 modalidades. A NZ pro-picia um lugar seguro para a prática do ci-clismo, esporte que praticamente parei de praticar nos últimos anos no Brasil, devido ao perigo do trânsito e a crescente frota de carros. Além de ciclovias espalhadas por todo o país, este também oferece cenários lindíssimos para pedalar. As cidades pos-suem ciclovias organizadas e seguras pro-piciando também o uso da bicicleta como meio de transporte, o qual utilizei durante os primeiros 6 meses na NZ. O triátlon é um esporte de constante contato com a Natureza e a NZ fornece o cenário perfeito pra sua prática, com paisagens belíssimas e condições climáticas desafiantes que favorece a formação de triatletas com um poder metal acima da média. Os triatletas kiwis são considerados fortíssimos e mui-to bem preparados para qualquer situação de competição devido as condições que o pais, seu terreno e seu clima proporcio-nam no dia a dia de treinamentos. Outra atividade que gosto de realizar na NZ é o tramping, que são caminhadas na nature-za. Já fiz várias caminhadas na NZ, mas o Tongariro Crossing foi a minha predileta,
com paisagens de tirar o fôlego. A Nova Zelândia, além das paisagens, possui uma infra estrutura de primeiro mundo que per-mite explorar sua beleza natural de forma limpa, sem agredir o meio ambiente, com o objetivo de permitir as pessoas explora-rem e conhecerem suas belezas naturais preservando o meio ambiente.
Espero que esta matéria tenha dado a todos uma ideia das enormes possibi-lidades de diferentes atividades físicas possíveis de serem praticadas na NZ, com conforto e segurança, permitindo também uma interação entre a diversificada comu-nidade cultural desse país!
Na próxima edição falaremos sobre como os “brasileirinhos kiwis” se mantém ativos na NZ!!
Camila Nassif é mineira e mora na NZ desde 2009. Doutoura em Ciência do
Exercício pela Charles Sturt University, Austrália, presta consultoria científi-
ca na área de Alimentação, Exercício, Esporte e Estilo de vida saudável.
Contato: [email protected]
No mês de Fevereiro a YepNZ organizou, em parceria com empresas brasileiras muito
especiais tais como: Revista MBA, Immigra-tion Adviser Peterson Fabrício, Brazil Express,
Hostfamiles, Rita Oliver Real State, Durello Traditional Foods e Mana Tours o projeto
piloto de recepção de brasileiros que estavam chegando à Nova Zelândia.
As promotoras compareceram nas manhãs dos finais de semana de fevereiro no Aeroporto
Internacional de Auckland recebendo a todos com um sorriso, mapa do centro de Auckland
em português e chocolates.
Ser recepcionado com todo este carinho com certeza foi uma surpresa muito boa.
Além disso, entender que existem empresas brasileiras atuando com sucesso no mercado da Nova Zelândia desperta nosso orgulho e a
certeza de que sempre é possível transformar seus sonhos em realidade.
Quem chegou em Auckland nos finais de se-mana de fevereiro foi recebido com alegria e
já saiu do aeroporto com o coração aquecido e muita inspiração. Confira algumas fotos:Se
ja bem
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Mapa-YepNZ.pdf 2 9/02/16 12:34 pm