Revista Maçonica Fraternidade 011 195207 II.pdf

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JULHO DE 1.952 ORGAO PARA AS AAUG.*. E RRESP/. LLOJ RUA LOURENÇO PINTO, N.° 285 Estado do PARANÁ Cidade de CURITIBA

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  • JULHO DE 1.952

    ORGAO PARA AS AAUG.*. E RRESP/. LLOJ

    R U A L O U R E N O P IN TO , N. 285

    Estado do P A R A N

    Cidade de CURITIBA

  • ^ fraternidade iRevista monica do mbito geral da

    GRANDE LOJA DO PARAN

    Sde: CURITIBA -r- PARAN

    Sucessora, desde o n. 9, do Boletim d igual nome, fundado em setembro de 1951, sob os auspcios da A U G .. e RESP.*. LOJ.

    F R A T E R N I D A D E P A R A N A E N S E

    Diretor

    5.tnth.aC Q od am U a YYL.\Rua Saldanha Marinho, 962

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    YYlafo-h, Qic.th.o- Hlah.q.uti., f f l ,'. Y l.'.Avenida Igua, 1.810

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    Aceita colaborao gratuita de todos os maons de qualquer Obedincia, permitindo o uso de pseudnimos para publicao.

    Toda colaborao ,s ser tomada em considerao quando assinada pelo autor, para efeito ae responsabilidade prpria.

    No acolhe assuntos que firam religies ou poltica-partidria, nem os que envolvam questes de ordem puramente pessoal.

  • FRATERNIDADEREVISTA MANIC

    ANO II Rua Loureno Pinto, 285 (Sde Provisria) N. 11

    ADVERTNCIA OPORTUNAMultiformes riscos de infiltraes vem correndo ultimamente a

    nossa Milenar Instituio.

    Por todos os Orientes costumam aparecer frequentemente muitos forasteiros, de procedncias diversas e s vezes duvidosas, que se intitulam homens de negcios, profissionais da Indstria, do Comrcio, viajantes, turistas, doutores nisto ou naquilo, etc., etc.

    Onde chegam, procuram eles travar logo relaes com pedreiros- livres, conduzindo-se, para isso, sempre com grande habilidade esem cerimnia alguma.

    Ao primeiro contacto com qualquer pessa, esses cidados, uns conhecidos apenas superficialmente, e outros completamente desconhecidos, costumam dar imperfeitssimos, e at esquisitos toque semelhantes ao de mestre, por meio dos convencionais apertos de mo. E, quando so correspondidos, aproveitam o ensejo para tomar inti- midades, abordando principalmente os assuntos manicos que lamen- tvelmente tm extravasado para o mundo profano, depois que certa Jurisdio da nossa Ordem passou a ser objeto de sensacionais reportagens.

    Contrariando inconscientemente os nossos tradicionais preceitos relativos discrio manica fato que logo causa espc ie tais forasteiros no vacilam e se apressam em declarar abertamente serem maons. Depois, dizem, geralmente, pertencerem a Lojas de localidades longnquas e, muitas vezes, de nomes ignorados. E alguns deles, certamente mais espertos, explicam se acharem afastados das atividades manicas, ha tanto tempo que at supem no estarem funcionando as suas Lojas. Outros ha que contam terem sido apenas iniciados em Lojas de ptrias mui distantes da nossa e delas provi-

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    rem forados pelas conseqncias da ltima guerra mundial, de convulses polticas, de prepotncias governamentais, etc., tendo, por isso, emigrado sem poderem premunir-se de quaisquer credenciais manicas.

    Interessante, porm, que, alm .de no satisfazerem preliminar formalidade de apresentar documentao comprobatria da qualidade de Iniciados, eles manifestam intenso desejo de conhecer Irmos, de saber das Lojas locais e dos dias de trabalhos nelas.

    Mostrando-se ciosos das obrigaes manicas, timbram eles por fazer sentir sua necessidade de visitar Oficinas. E, com tal pretexto, pedem que os seus ouvintes os ajudem e orientem nesse sentido, levando-os a esses nossos recessos de privativo labor.

    Pretendem eles, assim, infiltrar-se no nosso meio, a fim de fazer relaes sociais e delas tirar objetivados proveitos.

    Vrios tartufos, entretanto, j tm sido descobertos entre esses elementos, embora, tambm, muitos deles sejam realmente maons. Da, a necessidade de os encararmos com certa reserva, para no nos expormos a riscos perfeitamente evitveis.

    , portanto, de bom aviso, que nos acautelemos mais, ao conhec-los, no correspondendo seno a toques regulares e exatos, provocando linguajar manico e observando respostas, num trolhar inteligente e discreto, para, assim, podermos descobrir possveis dissimulaes e ocultas intenes.

    A incompreenso e o no emprego de termos e expresses usuais nas nossas leis, no nosso simbolismo e nos nossos rituais, devem sempre motivar fundadas suspeies.

    O legtimo obreiro da Arte-Real jamais deixa de ter o cuidado de oferecer seu cadastro, para no pairar dvidas a seu respeito, depois de dar quaisquer toques, sinais, ou palavras, na busca de Irmos em Oriente estranho.

    Por isso, enquanto no se certificar da identidade desses forasteiros, nenhum maom cauteloso e cnscio das suas grandes responsabilidades para com a nossa Ordem, pode nem deve acolh-los como Irmos e principalmente lev-los a qualquer Loja.

    Elementar prudncia aconselha esta conduta que, alis, recomendada pelos regulamentos que nos regem.

    Graves e previsveis conseqncias podero advir da injustificvel inobservncia desta advertncia, pois os Cavaleiros de Colombo e os scios da J. M. J. esto em grande atividade.

    Ateno, pois, para isso, caros Irmos!E lembrai-vos sempre daquela magistral mxima de Scribe,

    assim concebida: No cr superficialmente; procura, primeiramente, conhecer bem a inteno de quem te fala .

  • ATERHI3A8EAo instituir sua galeria dos contemporneos Iniciados

    que abrilhantam as Colunas da Sabedoria, da Fora e da Beleza, FRATERNIDADE sabia quo difcil lhe seria estabelecer uma judiciosa ordem de precedncia entre eles, por serem tantos os dignos de destaque.

    Em face, pois, da misso que se traou ento, cumpre- lhe bem aquilatar o merecimento dos consagrados mestres da misteriosa Arte-Suprema-do-Pensamento, a fim de homenage-los com justeza.

    assim que, pelo presente nmero, el vem distinguir um dos maiores expoentes da Maonaria paranaense - o ilustre engenheiro e operoso industrial Dr. SYLLAS PILI.

    Carater diamantino, paradigma de virtudes raras, corao sempre aberto prtica do Bem, sublimizado esprito fraterno, magnfico chefe de famlia, slida cultura intelectual e fulgurante inteligncia, honrado e respeitvel cidado, amigo dedicado e nobre so apenas algumas das muitas qualidades com que esse notvel Rosa-Cruz se impe na Sublime Ordem e na profana sociedade, como exemplo de dignidade, de valor e de bondade.

    Veterano, que o , .da atual campanha de redeno ma- nica, contra a prepotncia e o obscurantismo de ura nefasto Poder j em decadncia, nela o Dr. SYLLAS PILI se cobriu de imarcescveis louros, como um dos mais hericos vanguardeiros.

    Por ter sido sempre um Obreiro infatigvel, em prol do constante engrandecimento da nossa Milenar Instituio, por isso, esta lhe deve tanta estima quanta gratido.

    E a esse grande maom e primeiro Gro-Mestre da Grande Loja do Paran, que FRATERNIDADE ora homenageia por um dever indeclinvel.

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    0 PRIMEIRO GRO-MESTREDA

    G R A N D E L O J A DO P A R A N

    E n g e n h e i r o Dr. S Y L L A S P I L IDelegado do Serenssimo Gro-Mestre da Grande Loja do Paran,

    no Norte desse Estado.O Venervel da Loja DARlO VELOS O, em 1944, no incio da nificante luta contra a prepotncia do Grande Oriente do Brasil.

    Quadro a que pertence: o da Loja DARlO VELOSO.Loja Me: a LUZ INVISVEL.

  • ATOS OFICIAISDA

    GRANDE LOJA DO PARAN.|

    DECRETO N. 15/52

    O Serenssimo Gro-Mestre da Grande Loja do Paran, Desembargador Eduardo Xavier da Veiga :

    Usuando das atribuies que lhe so conferidas pelo inciso XIII, do art. 24, em combinao com a alnea V do art. 23, da Constituio da Grande Loja do Paran, e

    Considerando que, para perfeito desenvolvimento dos trabalhos da Grande Loja do Paran, cumpre reorganizar sua Grande Secretaria, porquanto,

    Considerando que o ininterrupto progresso manico da Grande Loja do Paran, acarretou notrio e sempre crescente aumento da correspondncia e das demais obrigaes da Grande Secretaria;

    Considerando que, destarte, a respectiva tarefa manica excessiva para um s titular, tornando-se indispensvel e urgente desdobrar a Grande Secretaria em DEPARTAMENTOS especializados;

    Considerando que, de conseqncia, convm a nomeao de Adjuntos do Grande Secretrio Chanceler, a fim de que no haja retardamento nos encargos dos novos DEPARTAMENTOS;

    D E C R E T A :

    Art. 1o Fica desdobrada a Grande Secretaria da Grande Loja do Paran, da seguinte forma:

    a) Primeiro Departamento:Relaes com os Orientes do Paran.

    b) Segundo Departamento:Relaes com os demais Orientes do Territrio Nacional.

    c) Terceiro Departamento:Relaes Exteriores.

    Art 2o Ficam criados os cargos de Primeiro e Segundo Adjuntos do Gr.'. Secr.'. Chnc.'. da Gr.'. Loj.'. do Paran.

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    Art. 3o O Gr.'. Secr.'. Chnc.'. como Chefe da Gr.'. Secret.'. tem por dever:

    a) a distribuio dos servios aos seus Adjuntos, de acordo com a especializao dos respectivos DEPARTAMENTOS (alneas a, b e c do art. 1 dste Decreto);

    b) as atribuies previstas no art. 27 e nos incisos I, II (primeira parte), III, IV e V do art. 28 da Constituio da Gr.*. Loj.'. do Paran, os encargos do Primeiro Departamento da Gr.'. Secret.'. (alnea a do art. Io dste Decreto).

    O Primeiro Adjunto do Gr.'. Secr.'. Chnc.'. tem por dever:a) as tarefas do Segundo Departamento da Gr.'. Secret.'. (inciso

    b do art. Io dste Decreto).O Segundo Adjunto do Gr.'. Secr.'. Chnc.'. tem por dever:a) os trabalhos do Terceiro Departamento da Gr '. Secret.'., em

    ligao com o Presidente da Comisso Permanente de Relaes Exteriores, quando necessrio, face a alnea c do art. 1 dste Decreto.

    Art. 4o Nos impedimentos ocasionais e nas curtas ausncias da sde da Grande Loja, as substituies ocorrero, na seguinte ordem:

    a) O Primeiro Adjunto substituir o Gr.'. Secr.'. Chnc.'., sem prejuizo de suas funes especficas estabelecidas no art. 3o dsteDecreto.

    b) O Segundo Adjunto substituir o Primeiro Adjunto, semprejuizo de suas funes especficas estabelecidas no art.e 3 dsteDecreto.

    c) O Gr.'. Secr.'. Chnc.'. substituir o Segundo Adjunto, sem prejuizo de suas funes especficas estabelecidas no art. 3 dseDecreto.

    Art. 5o Ex-vi do art. 5o da Constituio da Grande I.oja do Paran, o Primeiro e o Segundo Adjuntos do Gr.'. Secr.*. Chnc.'. no fazem parte da Administrao da Gr.'. Loj.'.

    Paragrafo nico Os cargos de Primeiro e .Segundo Adjuntos do Gr.'. Secr.'. Chnc.'. so de livre escolha e nomeao do Gro* Mestre.

    Art. 6o De toda a correspondncia expedida nos Departamentos aludidos nos incisos a, b e c do art. 1o ficar copia, devidamente colecionada nos arquivos dos mencionados DEPARTAMENTOS, demaneira a facilitar o respectivo controle e oportuna busca.

    Art." 7o O Gr.*. Secr.*. Chnc.'. adquirir, com urgncia, o

  • material necessrio, para o exato cumprimento do disposto no art. , inclusive colecionadores cartonados, papel carbono, e trs pequenos carimbos, com a palavra COPIADO, para aposio obrigatria correspondncia, em cada DEPARTAMENTO da Gr.'. Secret.'., an tes da respectiva expedio aos destinatrios.

    Art. 8o Outrossm, o Gr.'. Secr.'. Chnc.'. providenciar, com urgncia, para que fique em normais condies de funcionamento a mquina de escrever, pertencente a Gr.'. Loj.'. do Paran, sendo que a referida mquina de escrever permanecer sempre na sala da Gr.'. Secret.'. da Grande Loja do Paran, disposio do Gr.'. Secr.'. Chanc.'. e dos Adjuntos, para o servio dos DEPARTAMENTOS criados no art. Io dste Decreto.

    Art. 9o Por fora da unnime deliberao da Mesa-Redonda das Grandes Lojas do Brasil, reunidas no Distrito Federal, na primeira quinzena do ms de junho transato, e relativamente denominao das Potncias Manicas Regulares, nos papeis timbrados da Gr.'. Loj.'. do Paran, suprimir-se- a palavra SIMBLICA, e ser m encionada, por extenso, a denominao GRANDE LOJA DO PARAN. Nos sobreditos papeis timbrados sero impressosj tambm, quais a caixa postal e o endero telegrfico da G.'. Loj.'. do Paran.

    Art. 10 Em Conformidade ao pargrafo 1* do art. 5o da Constituio da Gr.'. Loj.'. do Paran, em combinao com o pargrafo nico do art.0 5 dste Decreto, nomeia Gr.' Secr.'. Chnc.'. o Resp.'. Ir.'. Snr. Isaias Moreira da Silva nomeia Primeiro Adj.'. do Gr.'. Secr.'. Chnc.'. o Resp.'. Ir.'. Snr. Jovah Bittencourt e nomeia Segundo Adjunto do Gr.'. Secr.'. Chnc.'. o Resp.'. Ir.'. Dr. Otvio Secundino Junior.

    Os respectivos compromissos sero prestados em Sess.'. da Gr.'. Loj.'. do Paran, especialmente convocada.

    Art.0 11 O Resp.'. Ir.'. Gr.'. Secr.'. Chnc.'. ra em exerccio, comunicar, no praso de trs dias a contar da data dste Decreto, aos RResp.'. Ilr.'. Primeiro eSegundo Adjuntos do Gr.'. Secr.'. Chnc.'., nomeados no art. 10 dste Decreto, as repectivas nomeaes e o inteiro teor do mesmo Decreto, para os devidos fins.

    Art.0 12 O presente Decreto entrar em vigr imediatamente e ser regitrado, pelo Gr.'. Secr.'. Chnc.'., no livro competente.

    Art. 13 Revogam-se as disposies em contrario.Dado e traado no Gr.'. Mestrado da Gr.'. Loj.'. do Paran, aos

    vinte e trs dias do ms de Julho do ano de mil novecentos e cinqenta e dois da E.'. V.*.

    a) EDUARDO XAVIER DA VEIGA M:. M:.Gro-Mestre

    a) Isaias Moreira da Silva M:. M.\ Gr.'. Secr.'. Chanc.'.

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    DECRETO N. 16/52

    O Serenssimo Gro-Mestre da Grande Loja do Paran, Desembargador Ednardo Xavier da Veiga:

    Usando das atribuies que lhe so conferidas pelo pargrafo primeiro do art. 5. da Constituio da Grande Loja do Paran.

    D ecre ta :

    Art.0 l. Fica nomeado Grande Deputado do Gro-Mestre da Grande Loja do Paran, em conformidade com o inciso 2. do art.0 5. da Constituio acima referida, o General Clodomiro Nogueira. M.\ M.\ pertencente ao Quad.'. da Aug.\ e Resp.. Loj.'. FRATERNIDADE PARANAENSE, da Jurisdio da Grande Loja do Paran.

    Art.0 2. Revogam-se as disposies em contrrio.

    Dado e traado no Gro-Mestrado da Gr.. Loj.. do Paran, aos vinte e quatro dias do ms de Julho de mil novecentos e cinqenta e dois da E.'. V..

    (a) EDUARDO XAVIER DA VEIGA M.\ M.\ Gr.-. Mest..

    (a) Isaias Moreira da Silva M.\ M.'.G r.\ Secr.-. Chnc.\

    Jias, Relgios e Obras de Ourives a preos de ocasio

    David BkJisRua 15 de Novembro, 223

    (Junto aoC u r it ib a P a r a n

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    A Glria do Supremo A rqu i te to do Universo

    EDUARDO XAVIER DA VEIGA, M .\ M .\Serenssimo Gro-Mestre da Grande Loja do Paran

    Tudo que fr planejado e efetuado para perfeita coeso da Ma- onaria Regular, em nosso pas, deve interessar a todos os maons do Simbolismo.

    Assim entendendo, lancei margem assuntos e afazeres profanos, urgentes tarefas de Magistrado paranaense, e participei da Mesa- Redonda das Grandes Lojas, de 3 a 9 de junho transato, no Distrito- Federal.

    A idia dsse relevante conclave manico surgiu do Serenssimo Gro-Mestre da Grande Loja da Bahia, Dr. Luciano Moura Soares, mdico ilustre.

    Devidamente credenciado, levei a essa reunio o modo de pensar e a palavra da Grande Loja do Paran.

    Sentaram-se a essa Mesa-Redonda da Maonaria Regular mais os seguintes Gro-Mestres:

    Grande Loja da Bahia: Dr. Luciano Moura Soares, mdico; Grande Loja do Rio de Janeiro (D. F.): Dr. Eurico Figueiredo

    Sampaio, mdico; Grande Loja de Minas Gerais: Sr. lvaro Cavalcanti Oliveira,

    diplomado em Cincias Econmicas;Grande Loja do Cear: Dr. Germano Machado Holanda, ad

    vogado; Grande Loja do Rio Grande do Sul: Dr. Nelson Barcellos da

    Veiga, mdico;Grande Loja (Grande Oriente Simblico) do Estado do Rio de

    Janeiro: Dr. Jos Navega Cretton, Juiz de Direito;Grande Loja de Pernambuco: Dr. Antnio Monteiro de Mo

    rais, mdico.

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    As demais Grandes Lojas do Brasil, no podendo enviar suas representaes - e isto por motivos de fora maior telegrafaram afirmando solidariedade e aceitando, a priori, tudo quanto fosse deliberado pela Mesa-Redonda.

    A Grande Loja de Gois silenciou, totalmente.No fora convidada a Grande Loja de So Paulo, face diver

    gncia existente na Maonaria Regular dsse Oriente.

    Em ambiente de inteira compreenso, fraternidade e salutar harmonia, desenvolveram-se trabalhos proveitosssimos.

    Na discusso do temrio, obtiveram-se as seguintes solues, unnimes:

    Relaes Exteriores: a) organizao de fichrio dos Garantes deAmizade, com fotografias, enderos e demais dados necessrios, para perfeito conhecimento respectivo. A escolha de Garantes de Amizade deve recair em Mestres Instalados ou em Mestres de reconhecida capacidade manica e que demonstrem disposio para o bom desempenho dessa misso. As Potncias Manicas Regulares cientificaro s Co-Irms quando seus Garantes de Amizade no cumpram seus deveres. b) Enviar s Potncias Manicas Regulares Estrangeiras - q u e reconheam, alm das Potncias Manicas Regulares do Brasil, Corpos Manicos Irregu lares pranchas mostrando a regularidade das primeiras e solicitando o rompimento com os Corpos Manicos Irregulares, porquanto no seria possvel a manuteno de relaes entre Potncias Manicas Regulares e Corpos Manicos Irregulares.c) Pedir s Potncias Manicas Regulares do Estrangeiro qu comuniquem s Potncias Manicas Regulares do Brasil os reconhecimentos que possuem e os que, de futuro, venham a possuir, d) Estabeleceram-se as normas gerais de reconhecimento das Potncias Manicas Regulares.

    Confederao Inter-Americana: recomendar o afastamento das Potncias Manicas Regulares do Brasil que dela faam parte, demonstrada a inconvenincia das Confederaes, pelos resultados prtica- mente nulos, at hoje, alm de dispendiosa a sua manuteno.

    Confederao Brasileira da Maonaria Simblica: foi concludo quea Mesa-Redonda estava positivando mais vigor e melhor compreenso, ao passo que a sobredita Confederao no satisfz aos anseios da Maonaria Regular do Brasil. Ficou assentada a convenincia da realizao de Mesas-Redondas anuais. A desejo do Serenssimo Gro-

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    Mestre da Grande Loja do Rio Grande do Sul, a prxima reunio da Mesa-Redonda ser efetuada em Prto-Alegre, na segunda quinzena de julho de mil novecentos e cincoenta e trs.

    Relaes da Maonaria Regular do Brasil com o Supremo Conselho do Grau 33. do Rito Escocs Antigo e Aceito para os Estados Unidos do Brasil: faz^r novos tratados de amizade, com nico teor, assegurando a soberania do vSimbolismo e dos Graus Filosficos, respectivamente.

    Ao Social Manica: face anlise do assunto, realizada peloSerenssimo Gro-Mestre da Grande Loja do PARAN, ficou le encarregado de enviar s Potncias Manicas Regulares do Brasil um trabalho que oriente a Ao Social da Maonaria Regular do Brasil, podendo as demais Potncias Manicas enviar sugestes ao Serenssimo Gro-Mestre da Grande Loja do PAR AN, recomendando-se urgncia relativamente a essas sugestes.

    Caso de So Paulo: aps longos debates e consideraes, foi resolvido enviar prancha, da Mesa-Redonda, a ambas as partes manicas desavindas, participando a suspenso de tda a correspondncia das Grandes Lojas do Brasil com as mencionadas partes manicas, at que encontrem, por si mesmas, a frmula de conciliao, porquanto nenhum resultado adveio das tentativas de pacificao postas em prtica pela Confederao Brasileira da Maonaria Simblica.

    Normas Litrgicas: A Grande Loja do Rio Grande do Sul ficouincumbida de apresentar s Potncias Manicas Regulares do Brasil um trabalho concernente a essas normas e outro no tocante unificao dos rituais, podendo receber sugestes enviadas com a necessria urgncia.

    Constituies: cada Potncia Manica Regular do Brasil elaborar sua Constituio, com p obrigao, apenas, de no infringir os Landmarks, usos e costumes da Ordem, e aproximadas as respectivas Constituies umas das outras, nas respectivas disposies, tanto quanto possvel.

    Cartas Constitutivas: uma Potncia Simblica, formada por trsou mais Lojas, regularmente constitudas e reconhecidas, ser considerada regular e, assim, verificou-se que as Cartas Constitutivas fornecidas pelo Supremo Conselho foram concedidas em conseqncia de ser aqule Alto Corpo Manico, na poca da fundao das Grandes Lojas, o nico regular no Brasil e as Lojas que fundaram as Grandes Lojas ^trabalhavam no Rito Escocs. Outrossim, estabelecem se que se trs ou mais Lojas, de uma Potncia Manica Simblica Regular, se desligarem dessa Potncia e fundarem nova Grande Loja, a matria ser apreciada em Mesa-Redonda,

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    Perodo Administrativo das Potncias Simblicas Regulares: ser, sempre, de um ano podendo, entretanto, ser reeleita a sua administra o, duas vezes seguidas e em perodos consecutivos. As eleies sero feitas pelas Luzes das Lojas e Administrao da respectiva Potncia Simblica Regular.

    Denominaes das Potncias Simblicas Regulares: tero somente a denominao Grande Loja, retirando-se quaisquer outras expresses, tais como: Serenssimas, Soberanas, Simblicas, etc. Quanto aos Grandes Orientes Simblicos Estaduais, se desejarem manter a expresso Grande Oriente devem adotar, em seguida, a sigla Grande Loja. Deliberou a Mesa-Redonda sugerir que se mantivesse para o Gro- Mestre o tratamento de Serenssimo; para o Deputado do Gro-Mestre ou para o Gro-Mestre Adjunto e para os Grandes Vigilantes o tratamento de Muito Respeitvel; para os Grandes Oficiais o tratamento de Respeitveis. Ficou esclarecido, ainda, que so Luzes das Grandes Lojas, apenas, o Serenssimo Gro-Mestre e os Muito Respeitveis GrandesVigilantes e das Lojas os Venerveis Mestres e os respectivos Vigilantes.

    Boletim Manico Oficial da Maonaria Regular do Brasil: at ulterior deliberao da Mesa-Redonda, encarregou-se da sua organizao e confeco a Grande Loja da Bahia. Ser trimestral (maro, junho, setembro e dezembro). O primeiro nmero aparecer em setembro do ano fluente. Os artigos sero de ordem doutrinria e informativa. Caber s Grandes Lojas do Rio Grande do Sul, PARAN, Pernambuco, e Cear, a colaborao para o primeiro nmero e devero ser enviados os escritos at 31 de julho de 1952. A Grande Loja da Bahia efetuar as despesas iniciais, para a possibilidade do clculo da contribuio de cada Potncia Simblica Regular. Os Decretos, Atos, etc., sero remetidos pelas Potncias Simblicas Regulares, proporo que forem expedidos, para o seguinte endero: Grande Loja da Bahia (Boletim Manico), Rua Carlos Gomes n. 21, SALVADOR, Bahia. A primeira tiragem do Boletim Manico ser de cinco mil exemplares, no formato 1/16 A. A., papel A. A. 76/112.

    Unificao da Maonaria no Brasil: a Grande Loja do Rio de J a neiro (D. F.), com a colaborao da Grande Loja do Estado do Rio de Janeiro, estudar a possibilidade da unificao e sua forma, sem assinar tratados ou acordos, nem fugir aos preceitos da regularidade.

    Livro da Divina Lei: o juramento, nas iniciaes, realizar-se- sobre o Livro da Lei da crena que o iniciado adotar. No como dos trabalhos das Lojas, ler-se-o os seguintes trechos da Bblia: no Grau de Aprendiz o SALMO, Captulo 133, Versculos l , 2 e 3 ; no Grau

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    de Companheiro AMOS, Captulo 7, Versculos 7 e 8; no Grau de Mestre ECLESIASTES, Captulo 12, Versculos 1 e 7.

    Palavra Semestral para tdas as Grandes Lojas do Brasil: partir daGrande Loja da Bahia, mantida, destarte, a autorizao que fra dada no Congresso Manico reunido em Salvador.

    V O T O D E A P R E O : foi consignado em ata um voto de apro s Grandes Lojas da Bahia, PARAN e Rio Grande do Sul, pea brilhante colaborao que prestaram ao conclave manico consubstanciado na Mesa-Redonda.

    As tarefas da Mesa-Redonda prplongaram se durante cinco horas, diariamente.

    Terminando, reuniram-se t las as delegaes manicas em fraternal gape, no restaurante da Associao Brasileira de Imprensa.

    Para conhecimento de tdas as Lojas e de todos os Maons da Jurisdio da Grande Loja do Paran redigi ste fiel escro das principais ocorrncias da Mesa-Redonda das Grandes Lojas do Brasil a qual, no resta dvida, constituiu o prenncio de grandes vitrias para a Maonaria Regular Brasileira.

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    CURITIBA PARAN/

  • Em sesso especial realizada a 22 de junho findo, foi eleita a nova Administrao que dever reger os destinos da Grande Loja do Paran, durante o perodo em curso e que vai at 24 de junho de 1953.

    Sob a presidncia do poderoso Irmo General Clodo- miro Nogueira, Grande Deputado do Serenssimo Gro- Mestre, os trabalhos transcorreram num ambinte de significativa animao e com grande assistncia. E, por fim, foi proclamado terem sido eleitos os seguintes Obreiros da Arte-Suprema do Pensamento.Serenssimo Gro-Mestre: Desembargador Dr. Eduardo Xa

    vier da Veiga (Reeleito por unnimidade). Venervel 1. Grande Vigilante: Sr. Manoel Batista Toledo. Venervel 2. Grande Vigilante: Sr. Mrio Belotto. Venervel Grande Orador: Dr. Severino Pereira Ramos. Venervel Grande Tesoureiro: Sr. Nassib Abdo Abagge. Venervel Grande Hospitaleiro: Sr. Waldomiro Turco. Venervel Grande Mestre de Cerimnias: Cap. Nerino Silva. Venervel Grande Guarda do Livro da Lei: Sr. Manoel

    Moreira da Silva.Venervel Grande Porta-Estandarte: Sr. Norberto Teixeira. Venervel Grande Porta-Espada: Sr. Segismundo Charneski. Venervel L Grande Dicono: Dr. Casemiro Mitczuk. Venervel 2. Grande Dicono: Sr. Juvenal da Costa Pinto. Venervel Grande Arquiteto: Sr. Arnaldo Mazza Jnior. Venervel Grande Cobridor Interno: Sr. Nicolino Milantnio. Venervel Grande Cobridor Externo: Sr. Antonio Carneiro F.COMISSO DE JUSTIA: 1. Ten. Manoel Alves Quadrado,

    Dr. Percival Loyola e Dr. Otvio Secundino de Oliveira Jnior.

    COMISSO DE FINANAS: Srs. Theodoro Zubinski, Le Balster e Luiz Garcia.

    COMISSO DE RELAES EXTERIORES: Srs. Victor Alxis Ereund e Jorge Luiz Kosopp e I. Ten. Antnio Cardona de Aguiar.

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    com imenso jbilo que ressaltamos o fato de haver sido reeleito por absoluta unnimidade, para o supremo cargo de Gro-Mestre, o Exmo. Sr. Desembargador Dr. Eduardo Xavier da Veiga, ilustre e ntegro cultor da Cincia do Direito, que tanto honra, eleva e dignifica a Alta Magistratura Paranaense, no Egrgio Tribunal de Justia do Paran e no tambm Egrgio Tribunal Eleitoral do mesmo Estado.

    Essa reeleio veio, mais uma vez, por em evidncia a elevada estima e a irrestricta confiana de que esse no

    tvel Cavaleiro Rosa-Cruz gza em todos os Quadros da Maonaria Simblica e regular, do Paran, pelos seus mritos, pela sua sabedoria e pela sua inexcedvel serenidade.

    Associando-se s justssimas demonstraes de merecido apreo, tributadas a esse Grande Iniciado, FRATERNIDADE o felicita e lhe hipoteca a mais irrestricta solidariedade, fazendo votos para que, nas suas mos, o primeiro malhete da Serenssima Grande Loja do Paran continue vibrando com firmeza e proficuamente.

    A posse dos membros da nova Administrao dessa Grande Loja teve lugar no dia 24 do mesmo ms de junho prximo passado, em sesso magna realizada no magestoso Templo da Augusta e Respeitvel Loja SOL DO ORIENTE, aps o ato de consagrao que noticiaremos em outro local.

    Os cargos de Grande Deputado e Grande Secretrio Chnceler, que so providos por livre escolha e nomeao do Serenssimo Gro-Mestre da referida Grande Loja, na forma do 1 do art.w 5o da Constituio dessa Potncia Manica, continuam se n d o exercidos pelos Venerveis Mestres e Cavaleiros Rosa-Cruz General Clodomiro Nogueira e Isaas Moreira, respectivamente.

    Em face do constante desenvolvimento dos trabalhos afetos Grande Secretaria, foram nomeados Secretrios-Ad- juntos os Venerveis Mestres Sr. Jovah Martins e Dr. Otvio Secundino de Oliveira Jnior, acumulando este as funes para que foi eleito, na ('omisso de Justia.

  • O COBRIDOIR

    Rosenkreutz, M.\ iVL.

    Geralmente, ao lermos notcias sobre Quadros da Administrao das nossas Lojas, somente no final que vamos # encontrar referncia ao Cobridor.

    Nossas Constituies, ao tratarem da composio desses quadros, indicam os respectivos cargos numa ordem de significaes decrescentes e que sempre termina no do Cobridor.

    Nossos Regulamentos, ao descreverem as atribuies dos membros da Administrao das nossas Oficinas, s por ltimo que cogitam das do Cobridor.

    Nossos Rituais, em geral, pouco realce do s funes do Cobridor, at mesmo nas Iniciaes. Ordinariamente li- mitam-nas quela clssica resposta de que o T.v e.\ c.\.

    Nos nossos, recintos de trabalhos, enquanto as Luzes, as Dignidades e quase todos os Oficiais ocupam lugares de destaque entre o Oriente e as Colunas, do mesmo modo, alis, que os demais Obreiros, o Cobridor fica colocado solitariamente em um ponto fora desse espao, l no extremo Ocidente, junto p.\ do T.\, ao lado do Sul, num local iluminado apenas merencoriamente.

    Embora nas enumeraes, nas referncias sucessivas, nas citaes diversas, nas discriminaes, etc., sempre tenha de haver primeiro e ltimo; embora em todas as distribuies e localizaes em diferentes pontos, elas tenham de ser feitas aqui, al, l e acol; embora isso seja intuitivo e lgico, esses fatos relativos ao Cobridor vm sendo interpretados como significativos de menor apreo ou substimao.

    E tem concorrido para esse desapreo a moderna concepo de desdobrar o cargo de Cobridor e as suas simul- tnes funes tradicionais, em dois cargos entendidos dife-

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    rentes: ora de Guarda do Templo e de Cobridor, mas, ainda assim, este aps aquele, ora de Cobridor Interno e de Cobridor Externo. Na prtica, porm, o que vemos sempre o velho Cobridor exercendo todas as funes do seu antigo cargo nico, como que por uma reao oculta, da tradio contra as inovaes.

    Da, certamente, a razo pela qual os aprendizes, os companheiros, e tambm muitos mestres de apoucado tiro- cnio, supem haver inferioridade no cargo de Cobridor, to antigo quanto a nossa prpria Instituio.

    Da, talvez, o motivo por que, nas nossas modernas Oficinas, todos os cargos orgnicos so sempre aceitos com prazer, exceto um, que o apenas por dever o do Cobridor.

    Da, ainda, o fato notrio e incontestvel, de naturais aspiraes aos cargos de Luzes, de Dignidades e de Oficiais, menos um destes o de Cobridor.

    Isto parece ser regra geral em toda a nossa Ordem, quaisquer que sejam os Ritos, as Jurisdies, as Obedincias.

    Desde os primrdios da Milenar Instituio, foi sempre o Cobridor quem vigiou e protegeu os Augustos Templos Iniciticos, contra a indiscrio de indivduos e de organizaes que tudo faziam para devass-los, na nsia de desvendarem os mistrios neles cultivados.

    Nas tumultuosas pocas que a Humanidade tem atravessado, e durante as qais a Maonaria teve de operar intensamente, no cumprimento da sua sublime misso, foi o Cobridor quem manteve a segurana das nossas antigas oficinas, contra incurses de inimigos figadais e o poderio de um obscurantismo tenebroso.

    Cargo honrosssimo, verdadeiro posto de sacrifcios, s bem compreendido pelos perfeitos conhecedores da Sublime Arte-Real, sempre o foi o do nosso Cobridor.

    Dadas as suas grandes responsabilidades, outrora ele s podia ser provido mediante cuidadosa escolha entre mestres de elevados graus; largamente experimentados, dotados de inteligncia muito lcida, cheios de pronta ini

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    ciativa, cultos, animosos, robustos, extremamente ativos, merecedores de grande confiana e conhecedores do maior nmero de sinais, toques e palavras. Requisitos especiais e muitos, eram exigidos para o exerccio desse cargo.

    Hoje j no vem sendo feita assim a escolha do Co- bridor. Nem escolha fazemos, propriamente. Parece que qualquer Obreiro tido como em condies de ser o Cobridor.

    de bom-aviso, porm, voltarmos velha observncia e darmos ao Cobridor o antigo apreo, pois as Inquisies nunca foram totalmente extintas; apenas dormitam e podem ressurgir a qualquer tempo. E melhor prevenir que remediar

    do Cobridor que depende a segurana das nossas Oficinas, desde a fase de afluncia dos obreiros aos trabalhos, at s horas de terminarem estes.

    v

    A porta da Loja, ao Cobridor que cumpre atender a todos quantos a ela cheguem, trolhar discretamente os que lhe parecer mistr faz-lo, saber recepcionar condigna e cerimoniosamente quem a isto fizer js, proceder diplom- ticamente quando desconfiar de algum, fazer retroceder os temerrios e saber avisar a Oficina em momentos delicados.

    No exterior da Loja, a ele que compete rondar atentamente, pondo-a a coberto das indiscries profanas; ele quem deve perceber a iminncia de possveis acontecimentos; quem tem de prevenir surpresas a tempo de evit-las; , sobretudo, quem se expe aos primeiros riscos em casos de perigos.

    O Cobridor , pois, em sntese, nesses dois ramos da sua atividade, ora um diplomata perspicaz e hbil, ora uma sentinela volante e muito atenta. Isto torna evidente a relevncia do seu cargo e requer Obreiro que tenha qualidades invulgares.

    Foi um Cobridor dessa espcie e desse valor, que sal

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    vou a Augusta e Respeitvel Loja FRATERNIDADE PARANAENSE, em fevereiro de 1944, quando arrojados mas insensatos paraquedistas tentaram ocup-la e domin-la de surpresa. Ento, embora diante de audazes figures revestidos de fitas e jias do grau 33, o herico e intimorato Cobridor cumpriu galhardamente o seu dever, barrando a passagem dos imprudentes e alertando a Oficina de tal modo que eles foram parar no topo da Coluna B, depois de fazerem mil viagens tormentosas, numa simblica cro- nificao como rudes aprendizes.

    Onde quer que venha a estar esse insigne Cobridor, at mesmo silenciosa sombra da gloriosa Accia, manda a lustia record-lo sempre, sempre louv-lo e sempre escrever seu nome com letras de destaque: -LUIZ GARCIA, um exato Rosa-Cruz.

    No ha, portanto razes para substimar as funes do Cobridor. Ela das mais honrosas, das mais importantes e das de mais responsabilidades na Sublime Ordem.

    E por isso que o Cobridor goza de prerrogativas singulares, prerrogativas de que no goza nenhum Obreiro das Colunas nem do Oriente, nenhum outro Oficial, nenhuma das Dignidades, nenhuma da tres Luzes, nenhum Venervel e nenhum Gro-Mestre.

    Ningum, seno ele, pode se retirar dos Templos, tantas vezes quantas queira, durante as horas dos trabalhos, sem licena prvia e satisfaes das formalidades impostas pelos nossos Rituais. Ningum, absolutamente, seno ele.

    Devido prpria natureza das suas especialssimas funes, s ele - o Cobridor- pode faz-lo. Sai ele do Templo, quando isso lhe apraz, independentemente de licena e de formalidades; e nessas mesmas condies volta ele ao Templo, quando entende que deve reocupar o seu lugar.

    Seu posto o nico que no requer substituto temporrio, porque um posto de natureza mvel, que o acompanha a toda parte, no interior ou no exterior das Lojas.

    A conscincia do dever que determina ao Cobridor o lugar onde ele deve estar ou deve ir postar-se.

  • Tal a sua liberdade, que s ele pode, com frequncia, buscar a salutar aragem, fora do Templo, nas sufocantes noites de vero.

    Onde, assim, a inferioridade desse cargo cheio de to excepcionais prerrogativas? Como substim-lo?

    Honroso, honrosssimo, sim, o que ele .Rendamos, por isso, nossas grandes homenagens a

    esse dignificante cargo e ao seu respeitvel titular -- o C O B R I D O R .

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    A T E N O

    A bem do sigilo manico, solicitamos aos prezadosIrmos que tenham sempre o cuidado de evitar que o mundo profano possa ter os assuntos do nosso particular interesse.Assim, preferivel destruir o presente nmero de FRATERNIDADE, a deixa-lo ao alcance de pessoas estranhas nossa Ordem.Felicitamos aos compenetrados Irmos, pelo zelo e pela compreenso com que se houverem neste sentido.

    CHAPELARIA CONSTANTINOde Constantino A lv e s dos Reis

    ARTIGOS FINOS PARA HOMENS

    Rua 15 de Novembro n .os, 217 e 219 - Fone: 753

    CURITIBA (Junto ao Louvre) P A R A N

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    C O S D O E S T A D O D E M A T O G R O S S O

    Entre as muitas colaboraes e notcias que temos recebido de vrias origens, ha uma que nos foi enviada pelo nosso estimado Irmo Dr. Trajano Ferreira Martins, Venervel da tradicional Loja DARO VELOSO, do Oriente de Curitiba. Esta nos despertou grande ateno e nos sensibilizou imensamente.

    uma empolgante orao da Exma. Sra. Da. Elza Marquart, dgna consorte do Venervel Mestre Dr. Alfredo Marquart, da Augusta e Respeitai Loja ORIENTE MARA- CAJU, N. 46, da Cidade de Campo Grande, no Estado de Mato Grosso.

    Essa verdadeira pea de brilhante arquitetura, proferida solenemente, por ocasio dos festejos do ltimo aniversrio daquela veterana Oficina da Milenar Arte-Real, encerra to primorosos conceitos sobre a Sublime Ordem e todos os maons, que nos sentimos no dever de divulg-la pelas nossas pginas, como preito de justssima homenagem sua autora e para a devida apreciao em nosso meio.

    , pois, o que fazemos a seguir, transcrevendo em itlico os pensamentos dessa gentil senhora, coordenados fervorosamente no sereno recesso do seu lar.

    Ao tomar a meu cargo a misso de proferir algumas palavras nesta festividade, reservei, de modo especial, o teor das mesmas, para as senhoras e senhoritas presentes.

    A elas, portanto, dirijo minhas particulares saudaes.Quem no tem ouvido das suas amigas as mais de

    sencontradas afirmaes sobre a Maonaria, quer com

  • palavras de receio ou m e d o , quer com palavras de minaes e fantasias prprias dos contos da Carochinha?

    Quem no sabe as histrias de fantasmas, as narrativas eivadas de desprezo, com que, boca pequena, se propalam informaes desmoraliza sobre esta benemrita sociedade?

    Ora, sendo eu esposa de maom, estou em constante convvio com os scios desta milenar fraternidade; e me sinto, por isso, credenciada para dizer algo que sirva de desmentido s solertes afirmaes das menos avisadas e desfazer as fantasias das que ainda crm infantilmente nas j bem caducas assertivas dos que odeiam a Maonaria porque odeiam tudo o que no compreendem e ja mais compreendero.

    O ideal de toda mulher ter um marido exemplar, de comportamento digno e respeitvel; ser esposa querida de um homem bom, honesto, correto e cuja vida seja pautada pelos excelsosditmes da Virtude; ter semprea seu lado um homem de f, que em toda a sua vida eleve o pensamento ao Supremo Criador e nutra uma confiana inabalvel na Palavra Divina.

    Pois bem: o maom um homem de f. Todos os seus trabalhos so iniciados com uma prece ao Eterno e so encerrados com outra prece a Ele. maom um homem que cr na Palavra Divina. E eis porque o Livro Sagrado est ali ao centro da Loja, como um foco de onde di- manam Luz, Verdade e Justia.

    O maom faz solene juramento de manter vida virtuosa, de corrigir os seus defeitos, de ser sempre honesto e digno, de ser bom pai, bom amigo e bom esposo, e de ser indefectvel cumpridor dos seus deveres. Seus Irmos o ajudaro, animando-o e amparando-o, quando a sua natureza fraquejar.

    Ento, que sociedade mais admirvel para os nossos maridos? Que mais bela associao para os nossos pais e para todos aqueles que desejem ser sempre modelares em sua vida e constantemente advertidos para no se transviarem do caminho do Bem e da Virtude?

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    7 oda mulher deseja que seu noivo, ou seu esposo, seja um homem animoso,cuja esperana no se fixe nica e exclusivamente na riqueza material, que lenha um ideal mais elevado e deposite seus anseios na Eterna Fonte de onde provm toda a ventura em Deus, que ampara e guia sempre os que Nele confiam.

    Pois, o maom um homem de esperana. Desde o primeiro dia em que os seus olhos se abrem para os esplendores da vida manica,ele comea a sentir um sossego espiritual de que no desfrutava at ento. Seu esprito e sua mente repousam porque ele passa a depositar sua esperana no Princpio Eterno da Vida Universal, em Deus Criador Ornnipotente, que, atravs do Infinito, vela pelos mnimos gestos dos seus queridos filhos.

    O maom sabe que tendo jurado sobre o Sagrado Livro da Lei, tomou a Deus como testemunha das suas promessas. E sabe que o Senhor dos Mundos tambm cumpre as suas palavras de vida e verdade.

    Da o fundamento da inabalvel esperana do maom.Ento, par ele, a vida tem nova beleza. A tolern

    cia faz parte dos seus sentimentos quotidianos. A bondade, a amizade, o carinho e a afeio tomam asptos queo enlevam, h ele passa a criar novas fontes de glria, ao ver-se desbastando a bruteza do maierialismo individual e enriquecendo a sua espiritualidade.

    Por isso, a mulher do maom se beneficia de todos os proveitos espirituais e materiais que o seu marido aufere na vida terrena, como homem cheio de esperanas, confiante na Providncia Divina, fiel ao seu juramento, firme nos seus princpios morais e cumpridor da sua palavra empenhada perante o Eterno.

    Que sociedade admirvel a Maonaria!Atravs de simples e encantadores smbolos ela a-

    companha o homem, incutindo-lhe princpios eternos, de vida imortal, de virtude e de sabedoria.

    Creio que todas ns, mulheres que aspiramos a felicidade, nos aproximaremos cada vez mais da realizao

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    dos nossos ideais, desde que tenhamos um verdadeiro maom como esposo, como noivo, ou como pai.

    Fala-se, no Mundo, em caridade; mas, esta palavra que est na boca de todos, no vai alm do corao de poucos. Serve ela, entretanto, para tudo. Ns, porm, as mulheres, as esposas, as filhasdos sabemos que eles praticam realmente essa virtude; pois os maons, fa zem contnua caridade, muitas vezes at com sacrifcios, porque a Maonaria assim ensina e obriga.

    Dezenas de famlias so socorridas, centenas de indivduos recebem po, conforto e ensino, mas a SociedadeHumana ignora tudo isso, que, entretanto, feito semalarde pela benemrita Maonaria. assim,com perfeio, seguindo aqueles conselhos do Divino Mestre: Que a vossa mo direita no saiba o que a esquerda faz, e, Que a vossa caridade no seja como a dos hipcritas, que s do para a sua prpria mas,sim, como a dos humildes, que o fazem, para glria deDeus e bem do prximo.

    Caridade assim, realmente Caridade. No a conduta farisica dos que a esse ttulo fazem bailes para divertir-se, nem dos que, alardeando sobre donativos feitos para beneficiar algum, desejam conquistar o pinculo da fama e ver seus nomes nos jornais.

    Alas, no somente a caridade material que praticam os maons. Fraticam eles, tambm e principalmente, a caridade moral e espiritual, dando a esmola do selho e animando a todos; dando a esmola da persuaso para desviar do mau caminho os infelizes; amparando os desgraados que se deixam arrastar pelos aviltantes vcios; e tudo fazem para reconduzir estrada da Virtude os que ainda forem suscetveis de recuperar a dignidade humana.

    E agora, pergunto-vos. No para sentirmos grande orgulho, sendo esposas de maons? No para sentirmos o corao feliz, ao sabermos que nosso marido, nosso pai, ou nosso filho, est sendo guiado pela no caminho do Bem e da Virtude, ao mesmo tempo que pro

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    tegido e amparado em quaisquer dos difceis transes da existncia ?

    Eu, pelo menos, me sinto feliz e tranqila. Sei que a Maonaria estende seu manto de Sabedoria e Beleza por

    sobre o meu lar. Sei que dezenas de maons velam por mim, porque assumiram o compromisso de defender seus Irmos e suas famlias. eique, no meio de , estou dentro de um crculo de homens virtuosos, que daro sua vida para me salvar, se isto necessrio for. Sei que eles combatero por qualquer esposa, por qualquer me, por qualquer filha, de maom, que, por ventura, se encontre em perigo.

    Manifestaes como as que acabamos de transcrever, s o motivos de grande jbilo para todos ns, obreiros da Sublime Instituio.

    Por isso, no podamos fugir ao dever de registr-las nas pginas da FRATERNIDADE. E ao encerrarmos esta demonstrao de admirao, de grande apreo e, sobretudo, de gratido, para com a Exma. Sra. Da. Elza Marquart, enviamos-lhe nossas felicitaes pela eloqncia, pelo brilhantismo e pela grandeza dalma, com que to gentilmente se houve em sua notvel orao.

    Que o SUPREMO ARQUITETO DO UNIVERSO a proteja, ilumine, guarde e guie, bem como ao seu esposo e nosso Irmo, o Venervel Mestre Dr. Alfredo Marquart.

    E Augusta e Respeitvel Loja ORIENTE MARACA- JU, apresentamos as nossas mais efusivas congratulaes por esse evento singular e memorvel.

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  • 27

    funda cegueira das paixes e o negrume dos terrves vcios, no permitem que essas inditosas vtimas vejam a realidade dos fatos e pressintam os infortnios que as atraem.

    Por isso, os obstinados em continuar pelas sendas escabrosas, acabam se enfileirando na Coluna dos Transvia- dos e com ela vo ter ao fantasmagrico Oriente das E^xpiaes.

    L, depois, tardiamente arrependidos, terminam eles os seus dias, amortalhados por cruel oprbio.

    Que tm sido, porm, na Milenar Instituio, esses lamentveis e insensatos seres?

    Nada mais que meros iniciandos, piedosamente recolhidos dos turbilhes profanos.

    No obstante alguns aumentos de salrios, concedidos como incentivo para regenerao nunca puderam eles passar da pedra-bruta, informe, dura e cheia de defeitos. No chegaram, por isso, a ser maons.

    Assim, entre esses infelizes, nunca figuraram perfeitos Iniciados, pois estes sabem perceber e evitar as perniciosas tentaes mundanas.

    Entre eles, jamais se encontraro aqueles que mourejam com assiduidade nas profcuas Oficinas da gloriosa Arte- Real, aqueles que costumam meditar sombra da inspira- dora Accia, aqueles que tiveram a ventura de ver a esplendorosa Estrela Flamejante, aqueles que receberam a Verdadeira Luz irradiada do Sagrado Delta, aqueles que comtemplaram embevecidos o sereno olhar da Providncia.

    S mesmo, pois, as pedras-brutas que tm constitui- do essa malsinada Coluna dos Transviados, condenada ao tenebroso Oriente das Expiaes.

    Lamentamos, todavia, essa verdade que de aulgum modo sempre nos consola.

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    Loja SOL DO ORIENTEQuisramos ter ainda bastante espao neste nmero da FRA

    TERNIDADE, para noticiar com o relevo merecido, as memorveis festas realizadas com excepcional brilhantismo, pela Augusta e Respeitvel Loja SOL DO ORIENTE, na vespera e no dia de So Joo Batista, no corrente ano.

    Loja fundada to recentemente, a 12 de junho de 1945, por uma pliade de Obreiros ardorosos e incansveis, vem ela dando as mais exuberantes provas do quanto pode fazer o maom, pelo seu sublime idealismo, pela inabalvel e sincera boa-vontade e pelo nobre desejo de bem servir Ordem e Humanidade.

    Enfrentando e vencendo obstculos dificilmente superveis, os operosos e invejveis mestres dessa promissora Loja conseguiram construir dentro de poucos anos um magestoso Templo de trs espaosos pavimentos, com admirveis linhas arquitetnicas, uma compar- timentao engenhosamente concebida e a mais requintada decorao artstica, emblemtica e custosa.

    Dentre esses devotados maons, cujos nomes ficaro perpetuados na alvenaria da sua extraordinria obra, destacam-se os venerveis Irmos Jos Orlandino Lopes, Dr. Porthos Morais de Castro Vel- loso, Guilherme Greiffo, Ary Lopes, Herclio Guiraud, Ernesto Carlos Calberg Filho, Antnio Maisto, Dr. Syllas Pili, Coronel Nicanor Vir- mond, Jos Faustino Portes, Segismundo Scharneski, Jos Luiz Kosop, Norberto Teixeira, Roberto Tomzacki, Mrio Beloto, Sesstris Sarmento, Fidncio Vale e muitos outros que aqui deviam ser citados e louvados.

    Em sesso magna levada a efeito na noite de 23 do referido ms, o Serenssimo Gro-Mestre da Grande Loja do Paran teve o grato ensejo de consagrar o suntuoso Templo da grandiosa SOL DO ORIENTE, fazendo-o sob longa e impecvel ritualstica que se desenvolveu at altas horas, com seleta e numerosa assistncia de que faziam parte maons, suas famlias e elementos profanos, num m aravilhoso ambiente de ufania e de cordialidade.

    No dia imediato, 24, l transcorreram, tambm, as tradicionais festas dedicadas a So Joo Batista, tendo sido, ento, realizadas muitas adoes de lotos e oferecida lauta mesa de finos doces e muitas iguarias a todos os presentes.

    Dados esses memorveis fatos, noticiados to sintticamente s por lamentvel falta de espao em suas pginas, FRATERNIDADE felicita calorosamente os membros da Administrao e todos os demais Obreiros da Augusta e Respeitvel Loja SOL DO ORIENTE, fazendo votos para que essa brilhante entidade Manica continue se impondo entre as suas congneres, por constantes e profcuas realizaes que o porvir certamente lhe reserva para maior Gloria ao Supremo Arquiteto do Universo.