Revista LerCiência #1

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EDIÇÃO N O 1 ANO 1 Ceará Faz Ciência Crianças e jovens mostram toda a criatividade e vocação científica que tem o interior do Estado Lupa SNCT UNCCD Entrevistamos o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação: Marco Antônio Raupp Milhares de atividades em todo o País para discutir Economia Verde, Sustentabilidade e Erradicação da Pobreza Ceará receberá em 2013 eventos científicos internacionais sobre desertificação

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Publicação da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Ceará.

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EDIÇÃO NO 1 ANO 1

Ceará Faz Ciência Crianças e jovens mostram toda a criatividade e vocação científica que tem o interior do Estado

Lupa

SNCT

UNCCD

Entrevistamos o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação: Marco Antônio Raupp

Milhares de atividades em todo o País para discutir

Economia Verde, Sustentabilidade e Erradicação da

Pobreza

Ceará receberá em 2013 eventos científicos

internacionais sobre desertificação

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que seja TARDE para CUIDAR da SEGURANÇA

da sua FAMÍL IA

Antes de fazer a revisão do seu carro, comprar ou vender um veículo, adquira o Laudo Técnico de Inspeção Veicular . A Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (NUTEC) averigua as condições de segurança veicular, trafegabilidade e emissão de poluentes. Por apenas R$100,00*, você recebe a certeza do atual estado do seu carro e do que ele realmente precisa pois o NUTEC é acred-itado ao INMETRO e licenciado pelo Departamento Nacional de Trânsito. Um pequeno investimento para garantir a segu-rança da sua família e do seu bolso.

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NUTEC - Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará Rua Prof. Rômulo Proença - Pici - CEP: 60.455-700 - Fortaleza/CeFone: (85) 3101.2445 - Fax: (85) 3101.2436http://www.nutec.ce.gov.br / [email protected]

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Conhecimento teórico e experimentos interativos estimulam o gosto pela Ciência

entre crianças e jovens cearenses

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Impulso

Eureka

Lupa

Ceará Faz Ciência

Semana Nacional de C&T

Mundo das idéias

Ciência Itinerante

Universidades recebem investimentos

Centec

Nutec

Geopark

UNCCD

Confira os editais e chamadas de financiamento vigentes

Crianças e jovens mostram toda a criatividade e vocação científica que tem o interior do Estado

Sônia Barreto e Roberto Bezerra falam sobre Desertificação no Ceará

Ceará receberá em 2013 eventos científicos internacionais sobre desertificação

15UTD Mais de 2 mil pessoas receberão

qualificação profissional em TI

Governo do Estado destinará R$ 55 milhões para UECE, UVA e URCA

Milhares de atividades em todo o País para discutir Economia Verde, Sustentabilidade e

Erradicação da Pobreza

Entrevistamos o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação: Marco Antonio Raupp

Frases e curisosidades científicas

PEIEX ajuda indústrias cearenses a exportar

CFI capacita professores da rede pública há 16 anos

Nesta edição

Araripe conquista Selo Verde da Unesco

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4 Edição NO 1 Outubro/2012

EditorialO conhecimento sobre Ciência deve estar acessível a todos os cidadãos. Este é o pensamento do Governo do Estado do Ceará e que pode ser visto no trabalho desenvolvido pela Secitece.

Entendemos que popularizar a Ciência entre crianças e jovens é uma forma de consolidação, a médio e longo prazo, da responsabilidade da Secretaria com a Educação Superior e Profissional, já que não é possível ter uma educação sem a formação de uma base sólida de conhecimento.

Queremos estar cada vez mais perto da sociedade, e para tanto, distribuímos nossas atividades por todo o Estado, como forma de interiorizar a atuação da Secretaria. Em 2012, realizamos o projeto “Ceará Faz Ciência” que movimentou o interior com a realização de feiras científicas.

O CFC é, para nós, motivo de orgulho. A iniciativa, inédita no Estado, nos deu a oportunidade de visitar diversas regiões e conhecer melhor a realidade e os anseios de estudantes e professores. Os resultados do projeto foram apresentados ao MCTI, que garantiu apoio à Secitece para a realização da segunda edição em 2013.

Já é o terceiro ano que promovemos, de forma mais efetiva, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. A cada edição, a SNCT em Fortaleza ganha mais espaço, com eventos maiores, projetos melhores e envolvendo mais instituições, o que tem dado ao Ceará visibilidade nacional como um dos estados com maior participação.

A Secitece tem investido ainda na comunicação com o público através da atualização constante de canais como Facebook, Twitter, Picasa e YouTube. Entendemos que as mídias sociais contribuem para um relacionamento direto com o público-alvo das ações da Secretaria.

A primeira edição da revista Ler Ciência vem para somar-se a todos estes canais de comunicação e ainda servir de memória das experiências e conquistas ao longo de 2012. A periodicidade da publicação será semestral, sempre com um apanhado das atividades desenvolvidas nas áreas de Ciência, Tecnologia, Educação Superior e Profissional.

Agradecemos a todos os parceiros que nos ajudaram nesta caminhada, em especial ao Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia, nas pessoas de Denise Coelho e Ildeu Moreira, e ainda aos assessores de comunicação das instituições vinculadas a Secitece, responsáveis pelo trabalho de aproximar, através da informação, governo e sociedade.

Simplícia SinibaldiCoordenadora de Comunicação da Secitece

Editora da Revista Ler Ciência

Expediente

Outubro de 2012 Edição no 1 Ano 1

Editora:Simplícia Vianna SinibaldiJornalista - Reg. 1711 JP/[email protected]

Reportagens:Cynthia Pinheiro Cardoso

Jornalista - Reg. 1982 JP/[email protected]

Colaboradores:Ana Freires (Centec)

Arinne Oliveira (Nutec)Guto Castro Neto (Funceme)

José Vieira Monteiro (Geopark/Urca)José Roberto Ferreira e Denise Coelho (MCTI)

Fotografias:ASCOM Secitece e vinculadas

Assessoria de Comunicação do MCTI

Projeto Gráfico, Diagramação e Capa:Jorge Carvalho

[email protected]

Impressão: Gráfica Pouchain Ramos

Tiragem:5.000 exemplares

SECITECE Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação

Superior do Estado do Ceará.Av. Dr. José Martins Rodrigues, 150

Edson Queiroz - CEP: 60811-520 - Fortaleza/Ce Telefone: (85) 3101.6466 - Fax: (85) 3101.3675

www.sct.ce.gov.br

facebook.com/secitece

twitter.com/Secitece

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Impulso

EDITAISConfira os editais e chamadas de financiamento vigentes

Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino MédioO Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) abriu inscrições para instituições interessadas em participar do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio – PIBIC-EM, para concessão de cota de bolsas de Iniciação Científica Júnior. As bolsas concedidas, da modalidade de Iniciação Científica Júnior, terão duração de até 12 meses, no valor de R$ 100,00 mensais, a partir de fevereiro de 2013.

Com foco na criação de uma cultura científica, o PIBIC-EM é dirigido aos estudantes do ensino médio e profissional com a finalidade de contribuir para a formação de cidadãos plenos, conscientes e participativos; de despertar vocação científica e de incentivar talentos potenciais, mediante sua participação em atividades de educação científica e/ou tecnológica, orientadas por pesquisador qualificado de instituições de ensino superior ou institutos/centros de pesquisas ou institutos tecnológicos.

O PIBIC-EM será operacionalizado pelas instituições de ensino e pesquisa (Universidades, Institutos de Pesquisa e Institutos Tecnológicos [CEFETs e IFs]) que tiverem PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) e/ou PIBITI (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação) para desenvolverem um Programa de educação científica que integre os estudantes das escolas de nível médio, públicas do ensino regular, escolas militares, escolas técnicas, ou escolas privadas de aplicação.

As instituições de ensino e pesquisa serão as responsáveis pelas cotas de bolsas de Iniciação Científica Júnior para o Ensino Médio, e elas é que deverão pleitear uma cota de bolsas ao CNPq.

Inscrições: até 12/11/2012

Saiba mais: http://resultado.cnpq.br/5247749493814506

Pesquisa em Doenças NegligenciadasO CNPq/MCTI também está com chamada aberta para apoiar atividades de pesquisa científica, tecnológica e inovação em doenças negligenciadas, mediante a seleção pública de propostas para apoio financeiro a projetos que contribuam de modo efetivo para o avanço do conhecimento, geração de produtos, formulação,

implementação e avaliação de ações públicas voltadas para a melhoria das condições de saúde da população brasileira. As propostas aprovadas serão apoiadas na modalidade de Auxílio Individual, em nome do Coordenador/Proponente.

Serão contempladas as seguintes doenças negligenciadas e suas respectivas linhas de apoio: Dengue, Doença de Chagas, Hanseníase, Helmintíases (Esquistossomose), Leishmanioses, Malária, Tracoma e Tuberculose.

As propostas aprovadas serão financiadas no valor global estimado de R$ 18.000.000,00, sendo R$ 10.710.000,00 em custeio, R$ 5.400.000,00 em capital e R$ 1.890.000,00 em bolsas. Os recursos são oriundos do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde – e serão repassados ao CNPq.

Inscrições: até 12/11/2012

Saiba mais: http://resultado.cnpq.br/5782939155807009

Pesquisa EcológicaEstão sendo selecionadas ainda pelo CNPq, propostas para apoio financeiro a projetos que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico e inovação do País, através da manutenção e aperfeiçoamento da rede de sítios de pesquisa definida no âmbito do Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração.

A Pesquisa Ecológica de Longa Duração envolve a atuação integrada de equipes multidisciplinares em sítios de referência onde são coletados dados em longas séries históricas, abrangendo temas como a composição e a dinâmica dos ecossistemas; particularmente face às intensas perturbações a que estão sujeitos, sejam estas de origem natural e/ou antrópica. Além da pesquisa científica propriamente dita, uma proposta PELD deve prever um componente de transferência do conhecimento à sociedade, como possível subsídio à tomada de decisão na área de gestão ambiental.

As propostas aprovadas serão financiadas com recursos no valor global estimado de R$ 6.900.000,00. Os projetos terão o valor máximo de financiamento de R$ 600.000,00 para despesas com custeio, capital e bolsas.

Inscrições: até 31/10/2012

Saiba mais: http://resultado.cnpq.br/4556388438917506

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Eureka

Por que as luzes de “pare” são vermelhas?

Marie Curie (1867 – 1934), cientista polonesa, primeira pessoa a receber duas vezes um Prêmio Nobel: de Física, em 1903, pelas suas descobertas no campo da radioativi-

dade e Nobel de Química, em 1911, pela descoberta dos elementos químicos rádio e polônio.

Semáforos, luzes de freio, luzes nas asas dos aviões e outros sinalizadores indicativos de “pare” são feitos na cor vermelha. Você já se perguntou o por quê?

Cada cor de luz possui um raio de tamanho diferente, ou seja, algumas atingem maior distância antes de se dispersarem e ficarem invisíveis do que outras. A cor vermelha é a que possui um raio maior, podendo ser vista de grande distância e dando possibilidade aos motoristas de parar mais rápido.

Fonte: vocesabia.net

Na vida, não existe nada a

se temer, apenas a ser compreendido”.

Revista da Secitece Agosto/2012

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Você sabia que o líquido da castanha de caju foi utilizado

pela indústria bélica?

2012 é o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos.

Durante a II Guerra Mundial, o líquido da casca da castanha, LCC, foi muito utilizado

como fonte alternativa de matéria-prima para a indústria bélica. No período,

foram registradas mais de 300 patentes de seus derivados. Um dos seus usos mais

importantes foi como isolante de cabos de alta tensão, tornando-se um produto

essencial para aquele momento de conflito bélico.

O líquido, de natureza cáustica e bastante corrosiva, é atualmente empregado na

produção de lubrificantes, tintas, vernizes, resinas, inseticidas, fungicidas, adesivos,

plastificantes, antioxidantes e até em compensados da indústria naval. O LCC

apresenta ainda propriedades antimicrobiana, anticoagulante e antitumor.

A determinação é da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) que está estimulando todos os países a realizarem atividades com o objetivo de aumentar a consciência coletiva sobre a importância deste tema, por meio de ações a nível local, regional e internacional.

Albert Einstein (1879 – 1955), físico teórico alemão radica-do nos Estados Unidos. Foi eleito, em 2008, o mais memo-

rável físico de todos os tempos. É conhecido por desen-volver a teoria da relatividade. Recebeu o Nobel de Física

de 1921, pela correta explicação do efeito fotoelétrico. Seu trabalho teórico possibilitou o desenvolvimento da ener-

gia atômica, apesar de não prever tal possibilidade.

A mente que se abre a uma

nova ideia jamais voltará ao seu

tamanho original”.

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8 Edição NO 1 Outubro/2012

Lupa

Desconcentrar a produção científica é precisoMarco Antonio Raupp é físico de formação, com doutorado em Matemática pela Universidade de Chicago. Em sua entrevista, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação fala da necessidade da desconcentração da produção científica nos países ricos e não somente das que já atingiram níveis satisfatórios de riqueza e de bem estar da população. “Se a Ciência é um bem universal, então seus benefícios devem ocorrer também na mesma escala”.

O Ceará e os acontecimentos importantes a serem sediados em 2013, como 2ª Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas sobre Combate à Desertificação, também são comentados por Raupp, que explica ainda os motivos pelo qual o Estado foi escolhido para a implantação do Instituto de Pesquisas Oceanográficas.`

Em 2013, o Brasil irá receber dois grandes even-tos internacionais na área de desertificação: a Primeira Conferência Científica para Imple-mentação da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, em janeiro, e a 2ª Conferência Científica da Convenção das Na-ções Unidas sobre Combate à Desertificação (UNCCD), em fevereiro, ambos realizados no Ceará. Por que a discussão dessa temática tem sido cada vez mais importante?Atualmente, perto de um quarto da superfície terrestre sofre com a degradação dos solos, especialmente nas zo-nas áridas e semiáridas. E trata-se de um processo que continua em evolução e chega a ameaçar a subsistência de mais de um bilhão de pessoas. O efeito estufa deve-rá agravar esse quadro nas próximas décadas. Confor-me previsão dos especialistas, o aquecimento global vai tornar as secas e as chuvas mais intensas nas regiões semiáridas, ou seja, vamos ter menos chuvas, mas quan-do chover as precipitações serão mais fortes. Esse fenô-meno climático, somado à ação do homem, potencializa o processo de desertificação. Diante dessa gravidade, o combate à desertificação tornou-se uma prioridade em escala praticamente global. Nossa expectativa é que esses dois eventos possam contribuir substantivamente nos esforços para a solução do problema.

No próximo ano, o Brasil também irá sediar outro importante evento científico: o Fórum Mundial de Ciência, que será realizado no Rio de Janeiro e terá como tema central “Ciência para o Desenvolvimento Global”. De que forma, o evento irá contribuir para definir o papel da ciência para o desenvolvimento global?Que a ciência proporciona o desenvolvimento, isso é um fato mais do que constatado. Basta examinarmos os maiores PIBs e os mais altos IDHs para verificarmos que a ciência é um componente importantíssimo no conte-údo desses dois indicadores de riqueza e de qualidade de

vida. E o problema, vamos chamar assim, é que há uma concentração da produção científica, principalmente da produção científica de melhor qualidade, nos países ri-cos. Ou seja, podemos inferir que a ciência está ajudando o rico a ficar mais rico. O inverso não é verdadeiro, mas precisamos ajustar essa situação, de modo que a ciência passe a contribuir para o desenvolvimento conjunto de todos os países, e não somente dos que já atingiram ní-veis satisfatórios de riqueza e bem estar da população. O Fórum Mundial de Ciência do próximo ano vai tocar nos pontos que provocarão a necessidade de se pensar e de se fazer ciência com a perspectiva de se promover o de-senvolvimento do planeta com um todo, e não apenas de parte dele. Se a ciência é um bem universal, então seus benefícios devem ocorrer também na mesma escala.

O desenvolvimento de pesquisas em universi-dades e ICTs, em parceria com as empresas, é um dos principais meios de acelerar o processo de inovação tão necessário para o crescimen-to do país. Segundo o relatório Formict 2011, somente no ano passado, os projetos incorpo-rados por empresas, resultaram um retorno fi-nanceiro de aproximadamente R$ 70 milhões. De que forma, o MCTI incentiva a criação desse ambiente favorável para a inovação?De várias formas. Uma delas é a disponibilização de re-cursos por meio do programa de subvenção econômi-ca operado pela Finep. São recursos não reembolsáveis, aportados nas empresas para que elas realizem projetos de pesquisa e desenvolvimento, P&D, visando a geração de produtos, processos ou serviços inovadores. Nos cin-co editais já lançados nesse programa, o MCTI repassou para as empresas R$ 1,8 bilhão. Para os editais deste ano, de 2013 e 1014, serão mais R$ 1,2 bilhão. Com esses recur-sos, o governo participa dos riscos tecnológicos inerentes aos processos de inovação. Outra forma é o oferecimento de crédito às empresas, por meio de empréstimos com juros subsidiados, a taxas bem abaixo das praticadas pelo mercado. Esses empréstimos ajudam as empresas a se

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equipar para a produção e a colocação no mercado de seus produtos inovadores. No ano passado a Finep apro-vou empréstimos no total de R$ 2,9 bilhões, neste ano devemos chegar a R$ 3 bilhões e para 2013 estão previs-tos R$ 5 bilhões. Há ainda a disponibilização de recur-sos, também não reembolsáveis, para que instituições de pesquisa realizem atividades de P&D em conjunto com empresas. E há também outros programas, como o que oferece bolsas para que pesquisadores com mestrado o doutorado façam P&D dentro de empresas, e o Ciência sem Fronteiras, pelo qual vamos enviar para conceitu-adas instituições de pesquisa do exterior cerca de 100 estudantes brasileiros. Todas essas são formas de incen-tivar o incremento da inovação no País.

Em agosto, o senhor anunciou que o Ceará foi um dos Estados escolhidos para receber um instituto de pesquisas oceanográficas. Como a implantação desse instituto irá contribuir para o desenvolvimento dos estudos sobre o mar e quais os motivos para a escolha do Ceará?A plataforma continental brasileira, com 4,5 mihões de quilômetros quadrados, é quase do tamanho da Ama-zônia brasileira. Assim como temos que conhecer a Amazônia, para explorar de maneira sustentável seus recursos naturais, precisamos também conhecer nos-so extenso mar. O Instituto de Pesquisas Oceanográ-ficas entra nesse contexto. Suas duas bases terrestres estão previstas - para o Ceará e o Rio Grande do Sul, e elas foram escolhidas em razão de posição geográfica, de massa crítica já existente em pesquisas no ambiente marítimo e do potencial para atenderem as expectati-vas do futuro instituto oceanográfico.

Hoje, há uma grande preocupação com a quali-dade e a quantidade de pesquisa desenvolvida no âmbito das universidades. Como a populari-zação da ciência pode colaborar com a melho-ria desse cenário?A meu ver, a popularização da ciência tem uma impor-tância muito grande em dois aspectos. Um deles diz res-

peito à cultura científica da população. Creio que isso é um fator importante para ajudar na emancipação e a na qualidade de vida das pessoas. Quem abriga uma certa cultura científica tem melhores condições para entender os fenômenos naturais e as ações do homem, por exem-plo, no que se refere ao meio ambiente, às condições de vida nas cidades e à própria saúde individual de cada um. E quando uma pessoa tem conhecimento desses aspec-tos, ela pode interferir neles de uma maneira consciente e com embasamento. Em resumo, diria que uma pessoa dotada de alguma cultura científica sabe se localizar no ambiente em que vive. Outro aspecto importante da po-pularização da ciência, e aí a realidade brasileira conta muito, é o fato de a nossa ciência ser financiada basi-camente por recursos públicos. Penso que, ao ser infor-mada sobre o que o país produz em termos de ciência, a população poderá apoiar a nossa atuação, como cien-tistas, ou então ter uma posição crítica, nos ajudando a aperfeiçoar nossa política científica.

De que forma podemos incentivar o trabalho dos pesquisadores que se dedicam à divulga-ção cientfífica?Até agora nos dedicamos basicamente à formação do nosso sistema de Ciência e Tecnologia. Com a mus-culatura que já adquirimos, estamos em condições de partir para outras atividades. A realização de pesqui-sas de caráter utilitário para a sociedade é uma des-sas atividades a que nossos pesquisadores deverão se dedicar mais intensamente. O mesmo deverá ocorrer com as atividades de divulgação do trabalho científico para a sociedade. Veja que o CNPq incluiu recentemente na Plataforma Lattes um campo específico para que os pesquisadores incluam tanto suas atividades voltadas para inovação como para divulgação.

uma pessoa dotada de alguma

cultura científica sabe se localizar no ambiente em

que vive.

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10 Edição NO 1 Outubro/2012

Ceará Faz Ciência

Exemplos de ousadia e talento

Mostra Cultural

Crianças e jovens participantes do Projeto Ceará Faz Ciência mostram toda a criatividade e a vocação científica que tem o interior do Estado

Para animar as feiras, diversas apresentações musicais, dança, peças teatrais e outras manifestações artísticas.

Referência em popularização da Ciência e um mar-co na história pessoal e profissional de professores e estudantes. Estes são os resultados conquistados com o projeto Ceará Faz Ciência, realizado pelo Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), e CNPq/MCTI, que reconheceu o talento e a ousadia dos jovens do interior do Estado.

Durante os meses de maio e junho de 2012, o Ceará Faz Ciência movimentou o Estado ao levar, para praças pú-blicas, o que de melhor é realizado por estudantes na área da ciência. Dos mais de 300 projetos inscritos, fo-ram selecionados 100 trabalhos científicos de alunos do ensino fundamental, ensino médio e técnico de escolas públicas de mais de 60 municípios cearenses.

“O Projeto Ceará Faz Ciência configura-se como um importante instrumento para melhoria do ensino e para despertar vocações científicas e tecnológicas. A partir deste trabalho de iniciação científica, há um es-tímulo para que nossos jovens se interessem por uma carreira profissional que envolva a C&T, dentro das vo-cações naturais do nosso Estado”, frisa o secretário da Secitece, René Barreira.

Com formato itinerante, foram realizadas quatro fei-ras científicas no Litoral Leste, Região Norte, Cariri e Inhamuns, onde os trabalhos escolhidos foram apre-

sentados. Os eventos eram abertos à comunidade em geral, com o objetivo de despertar na população o gosto e interesse pela Ciência e Tecnologia.

“A estrutura do projeto permitiu maior capilaridade na difusão do conhecimento dentro do Estado. Um dos ob-jetivos era justamente desmistificar a ideia de que quem faz ciência é só cientista”, destaca Francisco Carvalho, coordenador do Ceará Faz Ciência.

A primeira edição do Ceará Faz Ciência contou com patrocínio da Assembleia Legislativa, Prefeituras de Li-moeiro do Norte, Sobral, Tauá e Crato, apoio da Ibyte, e apoio institucional do Geopark Araripe/Urca e Seduc.

Interiorização e Popularização Os eventos ocorreram em cidades-pólo de cada região, como forma de facilitar o acesso para os municípios circunvizinhos. As feiras foram montadas em praças públicas bastante frequentadas pela população, que po-diam conferi-las das 16h às 20h.

A primeira região a receber o Ceará Faz Ciência foi o Litoral Leste. O evento aconteceu na Praça da Matriz de Limoeiro do Norte, no dia 16 de maio. Sobral foi a cidade escolhida para sediar a feira da Região Norte, no dia 23 de maio e o evento foi realizado no Boulevard do Arco, cartão postal do município.

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Sobral foi a segunda cidade

Os alunos foram premiados

a receber o evento, que contou com cerca de 10 mil visitantes

nas quatro edições

com tablets, netbooks, MP4, mochilas e livros, além de

receberem bolsas de Iniciação Científica Junior.

Premiação Foram premiados trabalhos com 1°, 2° e 3° lugares do Ensino Médio e Ensino Fundamental. Dentre os prê-mios estiveram tablets, netbooks, MP4, mochilas e li-vros. Os alunos pertencentes a equipe vencedora rece-beram bolsa de Iniciação Científica Júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) durante um ano, no valor de R$ 100,00 mensais.

A Comissão Avaliadora visitou os stands avaliando cri-térios como criatividade, apresentação de protótipos, aspecto visual do trabalho, exposição oral e utilização de materiais ecologicamente corretos.

A escola mais participativa de cada região também levou um de presente um mini-laboratório de Ciências, que irá auxiliar no aprendizado dos alunos e nas atividades pedagógicas. O equipamento permite o estudo prático nas áreas de Química, Física e Biologia.

Foram premiadas as escolas EEF Joaquim Dino Gadelha, em Limoeiro do Norte (Litoral Leste); EEEP Professora Theolina de Muryllo Zacas, de Bela Cruz (Região Norte); EEEP Prof. Moreira de Sousa, de Juazeiro do Norte (Re-gião do Cariri) e EEEP Monsenhor Odorico de Andrade, em Tauá (Região dos Inhamuns).A praça da antiga estação da Rede Ferroviária Federal

(RFFSA) do Crato foi palco para a feira do Ceará Faz Ciência na Região do Cariri, no dia 13 de junho. A Região dos Inhamuns foi a quarta e última região a sediar a feira do projeto, no Parque da Cidade, em Tauá.

Os participantes tinham uma área reservada para as apresentações. Todos eles receberam a camisa oficial do evento, lanches e água. As equipes de municípios que não faziam parte das cidades-sede dos eventos também contaram com alojamento e refeições, e em alguns ca-sos, o transporte.

Talento e inovação Os estudantes foram incentivados a desenvolver pro-jetos relacionados com as vocações naturais da sua re-gião. Na Região Norte, o foco era a Astronomia e Metal-mecânica, e no Cariri, os temas trabalhados poderiam envolver Geoparques e Arqueologia. Já no Litoral Leste, alguns trabalhos enfatizaram a Psicultura e a Aquicul-tura. Energias Alternativas e Inclusão Digital foram os assuntos estimulados para os estudantes da região dos Inhamuns.

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12 Edição NO 1 Outubro/2012

Ceará Faz Ciência

Em cada região, ideias criativas e inovadoras chamaram a atenção durante as apresentações nas feiras científi-cas, confira:

Ciência dos Brinquedos No Litoral Leste, o projeto que levou o primeiro lugar na categoria Ensi-no Fundamental I mostrou toda a ci-ência que existe por trás de um parque de diversões. As pe-quenas Ana Clarisse de Freitas Maia e Raiza Freitas de Oliveira construíram uma maquete com os principais brinquedos do parque e exploraram todos os movimentos contidos em cada um deles, relacionando-os com fenômenos científicos.

“A equipe mostrou que ao descer de um escorregador, pular em um pula-pula, balançar-se ou brincar em uma gangorra a criança pode se divertir e entender ci-ência ao mesmo tempo”, explica Clairton Almeida Maia, orientador do projeto e docente da Escola de Ensino Fundamental João Luís Maia, de Limoeiro do Norte.

Energia dos Ventos A equipe vencedora na categoria Ensino Fun-damental II também é Limoeiro do Norte, e ressaltou a importân-cia do uso da energia renovável neste início do século XXI, de-monstrando a quali-dade no uso da energia proveniente dos ventos.

De acordo com os alunos Antonio Ermeson Bezerra e Bruno Amaral Silva, além da vantagem na questão am-biental, as turbinas eólicas possuem o diferencial de poderem ser utilizadas tanto em conexão com redes elétricas como em lugares isolados, não sendo neces-sário a implementação de linhas de transmissão para alimentar certas regiões. A equipe é da Escola de Ensino Fundamental Padre Joaquim de Meneses e foi orientada pela professora Maria Cleide Lima Andrade.

Sistema Diretor de Turma Já entre os estudan-tes do Ensino Médio, o trabalho vencedor do Litoral Leste criou um sistema escolar informatizado que pode fazer desde um simples acompa-nhamento de notas, até convocar reuniões com os pais dos alunos, através do envio de torpedos e mensagens por e-mail. O aplicativo

também consegue obter a localização geográfica da resi-dência do aluno para que, em casos de emergência, possa ser conduzido à sua casa.

“Com o sistema, melhora-se o gerenciamento dos da-dos da turma - com controle e segurança, e ganha-se facilidade na busca de informações, além de conseguir a redução do consumo de papel”, explica Aleffer da Silva Morais, integrante da equipe SDT – Sistema Diretor de Turma, ao lado da aluna Antonia Renata da Silva Ra-mos, da Escola Estadual de Educação Profissional José Maria Falcão, de Pacajus. Os estudantes foram orienta-dos pelo professor João Paulo de Oliveira.

Sistema de Recepção de Baixo Custo Na Região Norte, es-tudantes do m u n i c í p i o de Bela Cruz d e s e n v o l -veram um sistema de r e c e p ç ã o para sinal de celular utili-zando tam-pas de panelas de alumínio, cabos de instalação elétri-ca e outros materiais encontrados com frequência nos quintais das residências rurais.

O sistema de baixo custo já é amplamente utilizado na cidade, devido a sua capacidade de captar o sinal das três maiores operadoras do Brasil. Com a ideia, as difi-culdades de comunicação presentes nessas comunida-des diminuíram.

O único material industrializado da antena é o cabo, que sai em torno de R$ 25,00. A antena convencional pode chegar até R$ 230,00. Atualmente são beneficiadas com o sistema de recepção de baixo custo mais de 220 famí-lias e os números não param de crescer.

O projeto vem direto da comunidade de Cajueirinho e foi o vencedor na categoria Ensino Fundamental. Os alunos Jonas Sampaio Siqueira e Paloma Beatriz de Lima são da da Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental José Batista da Rocha e foram orientados pelo professor Manoel Leandro Cordeiro.

O uso da antena está se espalhando para outros muni-cípios, como Marco e Jijoca de Jericoacoara. O objetivo do projeto é de que, em um futuro próximo, o sistema já esteja cobrindo todo o Vale do Acaraú e regiões vizinhas.

Paparazzi DigitalOs vencedores da categoria Ensino Médio na Região Norte desenvolveram um robô capaz de realizar al-gumas atividades consideradas perigosas à profissão jornalística, como por exemplo coberturas de ocupa-ções em favelas.

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O robô possui uma câmera que pode aju-dar no trabalho do jornalista, e este não colocará sua vida em risco para apurar a informação. O protó-tipo foi apresentado pelos alunos da Escola Estadual de Educação Profissional Francisca Castro de Mesquita, de Reriutaba, Edivan de Souza Nunes e Fran-cisco Jamilson Oliveira Souza. A equipe foi orientada pela professora Larissa Janyne Oliveira Lima.

A Paleontologia e o Metrô Do CaririEm diversos trabalhos, a criatividade dos es-tudantes uniu-se com a vontade de enaltecer a riqueza histórica das regiões cerenses. A equipe vencedora na categoria Ensino Fun-damental da região do Cariri, desenvolveu um projeto para divulgação do Geo- park nas estações por onde passa o Metrô do Cariri, despertando nos usuários do transporte público a valo-rização da herança paleontológica da região.

“O metrô conta com nove estações e em cada uma delas teríamos placas com uma espécie de fóssil e sua res-pectiva nomenclatura, além de informações sobre as vidas existentes no passado de nossa região”, explica Mayara de Oliveira Ferreira, que junto com Pedro Hen-rique Alves do Nascimento apresentaram o projeto. A equipe foi orientada por Francisco Wilirian Nobre, do-cente da EEIEF Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota, de Barbalha.

Araripe’s Codeway As trilhas ecológicas realizadas no Ca-riri poderão ser ri-cas em informações com a implantação do projeto Araripe’s CodeWay. Os estu-dantes envolvidos no trabalho criaram um aplicativo para smartphones e tablets, que facilita a busca por informações sobre paleontologia na Chapada do Araripe.

A ideia partiu da necessidade que os pesquisadores do mundo inteiro têm em colher informações muitas ve-zes restritas a publicações locais. Com o aplicativo, a cada parada na trilha, o aplicativo conecta-se com um chip instalado no local, que passará as informações di-retamente para o aparelho dos estudiosos aventureiros.

Os alunos Lucas Peixoto de Alencar Rocha e Renato Barbosa da Silva foram orientados pelo professor Rui

Gomes Patrício. A equipe vencedora pela Categoria En-sino Médio do Cariri vem da Escola Estadual de Educa-ção Profissional Otília Correia Saraiva, de Barbalha.

Mini-Hidrelétrica“Me sinto como se es-tivesse ga-nhando o Prêmio No-bel!”. Estas foram as pa-lavras emo-c i o n a d a s ditas pelo pe-queno Hum-berto Gomes de Freitas, estudante da Escola Sônia Bur-gos, de Crateús, que juntamente com o colega Carlos Henrique Neres da Silva, levou o primeiro lugar no Pro-jeto Ceará Faz Ciência - Edição Região dos Inhamuns, na categoria Ensino Fundamental.

Os garotos desenvolveram uma maquete de mini- hidrelétrica com um diferencial: uma estrutura de ar-mazenamento e reaproveitamento das águas, que ao mesmo tempo em que economiza recursos naturais, produz mais energia. Os alunos foram orientados pelo professor Raimundo Nonato Lima Junior.

Sistema de Auxílio aos Professores - Diário Virtual O projeto do Ensino Médio vencedor na região dos Inhamuns criou um software que beneficia pro-fessores no preenchimento de diários, tendo em vista que essas atividades podem lhe custar muito tempo e sobrecarregá-los.

“Sentimos a necessidade de fazer um aplicativo que fosse útil para facilitar a vida do corpo docente. Foram utiliza-das linguagens de programação, como o POO e o MySQL, que estabelecem uma conexão entre Banco de Dados e JAVA, resultando na criação das janelas, caixas de diálo-go, enfim, toda a parte de design do software”, explicou o professor Pedro Felipe Sousa Teixeira, responsável pela orientação das alunas Nathalya Silva Almeida e Gabriela Oliveira Mendes. A equipe é de Canindé, da Escola Esta-dual de Educação Profissional Capelão Frei Orlando.

Humberto Gomes, vencedor da categoria Ensino Fundamental da Região dos Inhamuns.

Me sinto como se estivesse ganhando o

Prêmio Nobel”.

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14 Edição NO 1 Outubro/2012

Região do Cariri Ensino Fundamental

1º Lugar: Paleontologia e o Metrô do CaririEscola: EEIEF Governador Luiz Gonzaga da Fonseca MotaProfessor: Francisco Wilirian NobreAlunos: Mayara de Oliveira Ferreira e Pedro Henrique Alves do Nascimento

2º Lugar: Réplica de Fósseis Escola: EEF Cícera Germana CorreiaProfessor: José Edilson Gonçalves dos SantosAlunos: Cícero Bruno Apolinário Simões e José Augusto França Pereira 3º Lugar: Reciclagem e Sustentabilidade Escola: EEIEF Sônia CallouProfessor: Antônio Artencio Bezerra de MeloAlunos: Luana da Silva Callou e Cícera Taynara Ferreira da Silva

Ensino Médio1º Lugar: Araripe’s CodeWay Escola: EEEP Otília Correia SaraivaProfessor: Rui Gomes PatricioAlunos: Lucas Peixoto de Alencar Rocha e Renato Barbosa da Silva

2º Lugar: Energia Solar para Alimentação de Semáforos Urbanos Escola: EEEP Amélia Figueiredo de LavorProfessor: Luís Ilderlandio da Silva OliveiraAlunos: Rodolfo Silvestre Alcântara e Andressa da Silva Fernandes

3º Lugar: Desinfecção da Água por Energia SolarEscola: Liceu de Acopiara – Dep. Francisco Alves SobrinhoProfessora: Antônia Joselina de Oliveira SantosAlunos: Renan Viana Batista Felipe Gomes e Rufino Moura Paiva

Região dos Inhamuns Ensino Fundamental

1º Lugar: Reaproveitamento Cíclico de Águas em HidrelétricasEscola: Escola Sônia BurgosProfessor: Raimundo Nonato Lima JuniorAlunos: Carlos Henrique Neres da Silva e Humberto César Frota Gomes de Freitas

2º Lugar: Energia Solar – Desenvolver Envolvendo Escola: EEF Maria do LivramentoProfessor: Márcio Gonçalves da SilvaAlunos: Mirian Mikesia Marques Mota e Luís Rener Cavalcante Monteiro 3º Lugar: Reciclagem e Sustentabilidade Escola: EEIEF Sônia CallouProfessor: Antônio Artencio Bezerra de MeloAlunos: Luana da Silva Callou e Cícera Taynara Ferreira da Silva

Ensino Médio1º Lugar: Sistema de Auxílio aos Professores – Diário Virtual Escola: EEEP Capelão Frei OrlandoProfessor: Pedro Felipe Sousa TeixeiraAlunos: Nathalya Silva Almeida e Gabriela Oliveira Mendes

2º Lugar: A Matemática e as Outras Áreas do ConhecimentoEscola: EEEP Monsenhor Odorico de AndradeProfessor: Márcia Jannia Carlos FeitosaAlunos: Francisco Idelbrando Lima Rodrigues e Lara Maria do Carmo Oliveira

3º Lugar: Lógica Booleana na Construção de Algoritmos para Veículos AutônomosEscola: EEEP Capelão Frei OrlandoProfessor: Pedro Felipe Sousa TeixeiraAlunos: Gabriela Ferreira Sales Dias e Brena Sousa Cavalcante

Ceará Faz Ciência

Saiba maisassistindo ao documentário do projeto Ceará Faz Ciência em nosso canal Secitece Ceará, no YouTube

Vencedores do Ceará Faz CiênciaLitoral Leste Ensino Fundamental I

1º Lugar: Ciência dos Brinquedos Escola: EEF João Luís MaiaProfessor: Clairton Almeida MaiaAlunos: Ana Clarisse de Freitas Maia e Raiza Freitas de Oliveira

2º Lugar: Brilho Natural Escola: EEF Joaquim Dino Gadelha Professora: Francisca Juliana Carvalho da SilvaAlunos: Daniel da Silva Moura e Maria Gilvércia Régis Nogueira 3º Lugar: Destilador Artesanal Escola: EEF Joaquim Dino GadelhaProfessora: Leiliane Pinto da SilvaAlunas: Andressa Ribeiro Sousa e Jamile Soares da Silva

Ensino Fundamental II 1º Lugar: Energia dos VentosEscola: EEF Padre Joaquim de Meneses Professora: Maria Cleide Lima AndradeAlunos: Antonio Ermeson Bezerra e Bruno Amaral Silva

2º Lugar: Robótica EducacionalEscola: EMEIF Senador Carlos JereissatiProfessora: Maria Eliete da Silva RochaAlunos: Pedro Isaac Sousa da Silva e Ronielle Rodrigues Lopes

3º Lugar: Aquecedor Solar de Baixo CustoEscola: EEF Joaquim Dino GadelhaProfessora: Jacinta Lúcia de Assis RochaAlunos: Diego Sousa Andrade e Ismael Lima Silva

Ensino Médio1º Lugar: Sistema Diretor de TurmaEscola: EEEP José Maria FalcãoProfessor: João Paulo de Oliveira LimaAlunos: Antonia Renata da Silva Ramos e Aleffer da Silva Morais

2º Lugar: Crescimento de Cristais – Estudo de Propriedades Ópticas Lineares Escola: EEFM Polivalente Modelo de FortalezaProfessora: Francisca Geny Marfim FernandesAlunas: Letícia de Castro Viana e Thayane Cavalcante Melo

3º Lugar: Nova CarciniculturaEscola: EEEP Edson Queiroz Professor: Clodoaldo Monteiro Uchôa Alunos: Gabriella Cavalcante Lopes e Higor Batista Jacinto Silva

Região Norte Ensino Fundamental

1º Lugar: Sistema de Recepção de Baixo CustoEscola: EEIEF José Batista da RochaProfessor: Manoel Leandro CordeiroAlunos: Paloma Beatriz de Lima e Jonas Sampaio Siqueira

2º Lugar: Pedalando com a Natureza Escola: EMEIEF Comissário Francisco Barbosa Professor: José Valdei MarianoAlunos: Pedro Nícolas Silva Souza e Jefferson Victor Gomes 3º Lugar: Sistema de Alerta para Inundações Escola: Escola Senador Carlos JereissatiProfessor: Luiz Carlos Melo GomesAlunos: Maria Joselane Paulino Sena e Taynara Adheley Souza Tomaz

Ensino Médio1º Lugar:Paparazzi DigitalEscola: EEEP Francisca Castro de MesquitaProfessor: Larissa Janyne Oliveira Lima Alunos: Edivan de Souza Nunes e Francisco Jamilson Oliveira Souza

2º Lugar: Energia Jovem Escola: EEM Raimundo da Cunha BritoProfessor: Francisco Aldirney de Abreu MeloAlunos: Maria Beatriz da Silva Cunha e Samuel da Rocha Abreu

3º Lugar: Cerâmica SustentávelEscola: EEM Professora Theolina de Muryllo ZacasProfessor: Alexandre Júnior do NascimentoAlunos: Nadijane Elizélia Nascimento e Vitória Régia Ferreira

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Universidade do Trabalho Digital já conta com mais de 2 mil inscritos

Um dos diferenciais da UTD

Instalado no Centro de Fortaleza, o novo equipamento promove a qualificação profissional em TIC

é o incentivo ao empreendedorismo. O equipamento também irá contribuir para a requalificação do Centro de Fortaleza.

Voltada para melhorar a qualificação profissional em áreas para o desenvolvimento sustentável do Estado, a Universidade do Trabalho Digital (UTD) foi inaugurada pela SECITECE em maio de 2012, no antigo prédio do Cine São Luiz.

A UTD oferece formação profissional gratuita na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) em níveis básicos e avançado. Para a implantação do em-preendimento foram investidos R$ 3.124.546,01. Cerca de 1.520 pessoas poderão ser capacitadas em um ano.

O objetivo é facilitar a transição entre a escola e o trabalho, assegurando os direitos de acesso à educação e ao merca-do de trabalho para os jovens em situação de risco e apoiar ideias geradoras de inovações e renda.

Para o secretário da Secitece, René Barreira, o equipa-mento é importante pois irá desenvolver toda estratégia para o empreendedorismo. Ainda de acordo com secre-tário, a criação da UTD é um marco no Sistema de C&T e Educação Superior, Técnica e Profissional do Estado.

Para o aluno Jean de Almeida, de 19 anos, essa foi uma grande oportunidade que o Governo do Estado deu para os jovens de Fortaleza. “O curso é totalmente gratuito e o nível é bem avançado, temos os melhores professores, todos graduados e mestres”, disse.

Um dos diferenciais da UTD é o incentivo ao empre-endedorismo. Os alunos dos níveis básico e avançado recebem formação nesta área, como forma de poten-cializar a formação profissional e, consequentemente, a inserção no mercado de trabalho, estimulando o com-portamento empreendedor e fazendo com que novos conhecimentos cheguem à sociedade na forma de pro-dutos, serviços e processos de qualidade.

Como participar? Desde sua inauguração, a UTD já soma quase 2.000 ins-crições para os cursos de Iniciação Digital e de Qualifi-cação Especializada em Tecnologia da Informação (TI), que abrange os cursos de PHP, Design Gráfico, Java, Li-nux Avançado e Conectividade e Segurança da Infor-mação. As inscrições estão abertas e podem ser feitas na sede da UTD.

Para inscrever-se é necessário ser alfabetizado e ter idade a partir de 16 anos. Já para a formação em Quali-ficação Especializada em TI o candidato deve ser ainda professor de TI, aluno egresso do e-Jovem, estudante de graduação ou técnico em TI.

Saiba mais: Secitece - (85) 3101-6471/ 3101-6456/ 3101-6433www.sct.ce.gov.br

UTD

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16 Edição NO 1 Outubro/2012

SNCT

SNCT movimenta o Ceará

Em 2010, o CE alcançou

Estado destaca-se no País pelo grande número de atividades desenvolvidas. Em 2012, programação é encerrada com palestra do navegador e escritor Amyr Klink

o 1º lugar do Nordeste e o 4º no Brasil em atividades. Em 2011, chegou a uma marca de 1.023 ações, com o envolvimento direto de 444 instituições.

Popularização do conhecimento. É com este foco que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação promo-ve, desde 2004, a Semana Nacional de Ciência e Tec-nologia. Uma semana do mês de outubro é dedicada, anualmente, à realização de atividades que estimulem a criatividade, a atitude científica e a inovação, principal-mente entre crianças e jovens.

As ações contam com a colaboração de entidades e ins-tituições de ensino e pesquisa. A cada edição, pode-se perceber a participação entusiasmada e crescente de pessoas, instituições e municípios, resultando na con-solidação do objetivo principal da Semana, que é o de popularizar a C&T.

O tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia deste ano, intitulado “Economia Verde, Sustentabilidade e Er-radicação da Pobreza” movimenta escolas, universidades, comunidades e outras instituições no debate sobre os di-versos aspectos envolvidos no estabelecimento de uma economia verde, bem como os desafios da sustentabili-dade nas suas dimensões ambiental, econômica e social.

O tema foi escolhido em função ter sido objeto de dis-cussão na Conferência Rio+20, evento de enorme im-portância e organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), ocorrido no Brasil em junho, com par-ticipação de quase todos os países do mundo.

No Ceará, a SNCT está sob a coordenação do gover-no estadual, através da Secretaria da Ciência, Tecno-logia e Educação Superior (Secitece). O Estado tem um histórico de grande envolvimento na Semana. Este ano, a programação cearense para a SNCT foi intensa, a exemplo do ocorrido em anos anteriores, quando o Estado conquistou em 2010 o 1º lugar do Nordeste e o 4º no Brasil em ações desenvolvidas. Já em 2011, chegou a uma marca de 1.023 atividades, com o envolvimento direto de 444 instituições.

“Congratulo-me com o Estado pela extensão, pela ca-pilaridade e pela qualidade das atividades realizadas. Desde 2004 o Ceará tem participado ativamente da SNCT”, declara o coordenador da Semana no MCTI, Il-deu de Castro Moreira.

As ações neste ano estão concentradas em Fortaleza, no período de 16 a 19 de outubro. O local escolhido foi a Praça Luíza Távora, mais conhecida como “Praça da Ceart”, de fácil acesso, ampla e com grande movimentação.

Dentre as ações, exposições, palestras e experiências. A programação, totalmente gratuita, conta com ativi-dades exclusivas para as crianças, como contação de histórias. No local, estão reunidos os trabalhos vence-dores do projeto “Ceará Faz Ciência”, iniciativa inédita no Estado que movimentou o interior com a realização

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Investimento A realização da SNCT 2012 no Ceará contou com investi-mentos de R$ 378 mil. O MCTI contribuiu com R$ 55 mil e o Governo do Estado entrou com uma contrapartida de quase 600% a mais, totalizando R$ 323 mil do tesouro.

Para as atividades na Praça, os recursos foram apli-cados em infraestrutura, logística, transporte e ali-mentação. Já na aplicação do plano de comunicação do evento foi destinada a quantia de R$ 125 mil, que cobriu os anúncios em rádio e jornal, a distribuição de panfletos, cartazes e camisas, além da colocação de painéis e blimps no local do evento.

Amyr Klink na SNCT Uma palestra no dia 19 de ou-tubro marca a solenidade de encerramento das ativida-des do Ceará na Semana. O palestrante é Amyr Klink - navegador, em-preendedor e escritor brasileiro que ficou conhecido por suas expedições marí-timas.

O evento acontece no auditório Deputado João Frede-ruci Ferreura Gomes da Assembleia Legislativa do Esta-do do Ceará. É esperada a participação de 300 pessoas, dentre autoridades, professores, estudantes de escolas públicas e privadas e universitários.

Em sua fala, Amyr Klink discorre sobre o tema da SNCT, “Economia verde, sustentabilidade e erradicação da pobreza”, quando sugere estratégias e mudanças ne-cessárias para uma economia verde que, em conexão com um desenvolvimento sustentável, contribua para a erradicação de pobreza e a diminuição das desigualda-des sociais no País.

Sai ba maishttp://semanact.mct.gov.brwww.sct.ce.gov.br

de feiras científicas, mobilizando 600 alunos do ensino fundamental, médio e técnico do Litoral Leste, Região Norte, Cariri e Inhamuns.

Instituições vinculadas à Secitece (Nutec, Uece, Urca, Funceme, Centec) mostram o que é produzido no Esta-do em C&T. Os visitantes conhecem como funciona uma usina de biodiesel e uma estação para coleta de dados meteorológicos, além de entender um pouco mais sobre paleontologia, com a mostra do Geopark Araripe.

“Com a Semana, mostramos à comunidade cearense um pouco da ciência que é feita aqui, porque, às vezes, as pessoas acham que a ciência deve vir de fora; e a ci-ência está presente no nosso dia-a-dia”, sustenta o co-ordenador e C&T da Secitece e responsável pela SNCT no Ceará, Francisco Carvalho.

Está na programação ainda o projeto Ciência Itinerante, fazendo demonstrações de experimentos que aliam co-nhecimento teórico com práticas lúdicas e interativas, despertando a curiosidade e estimulando o gosto pela ciência nos estudantes.

Evolução da SNCT no Brasil

20041.840

atividades

200810.859

atividades

20068.654

atividades

201013.345

atividades

6.701 atividades

200514.978

atividades

2009

9.700 atividades

200716.110

atividades

2011

Page 18: Revista LerCiência #1

18 Edição NO 1 Outubro/2012

Mundo das ideias

Desertificação no Estado do CearáPor Sonia Barreto e Roberto Bezerra

A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação define a desertificação como “a degradação da terra nas zonas áridas, semiáridas e sub-úmidas secas, resultantes de vários fatores, incluindo as variações climáticas e as atividades humanas”. Atualmente referida convenção conta com aproximadamente 180 países signatários, dentre eles o Brasil.

De acordo com essa definição, o Estado do Ceará é considerado, quase que em sua totalidade, área susceptível à desertificação. Em vista disso, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - Funceme, realizou estudo visando detectar de forma abrangente (escala do mapa temático 1:800.000), quais as áreas do Estado do Ceará que apresentavam, do ponto de vista físico, sinais evidentes de degradação ambiental. Utilizando metodologia que envolveu a análise de imagens de satélite e observações de campo, os resultados alcançados indicaram a ocorrência de três áreas que apresentavam-se deveras comprometidas quanto à preservação dos recursos naturais:

•Inhamuns/Sertões do Crateús•Município de Irauçuba e regiões circunvizinhas•Médio Jaguaribe

Considerando-se todo o Estado do Ceará, pode-se estimar que, em torno de 15.130 km2, equivalentes a 10,2% de sua superfície total, estão associados a processos de degradação susceptíveis à desertificação.

Estudos mais detalhados indicam que na região do Médio Jaguaribe, os municípios de Jaguaribe, Jaguaretama e Jaguaribara são os mais afetados, sendo que no município de Jaguaribe aproximadamente um quarto de sua área, ou seja, 23,54%, já encontra-se comprometido pela desertificação.

Além dos diagnósticos, a Funceme vem contribuindo também para a prevenção e uso conservacionista da terra. Nessas áreas de atuação vêm sendo ainda realizados estudos como zoneamentos agroecológicos, zoneamentos econômicos ecológicos, avaliação da aptidão agrícola dos solos, capacidade de uso das terras, dentre outros, os quais identificam os usos mais adequados que comportam determinadas áreas. Em conjunto com a Secretaria de Recursos Hídricos realizou-se através do Programa de Desenvolvimento Hidroambiental – PRODHAM, a instalação de áreas pilotos em duas microbacias hidrográficas localizadas no municípios de Canindé (microbacia do riacho Cangati) e Aratuba (microbacia do riacho Pesqueira)

visando a utilização sustentada da terra e desta forma evitando os processos degradacionais.

No que se refere a recuperação de áreas degradadas, está sendo desenvolvido estudo em uma área piloto de 5ha, na sub-bacia do riacho do Brum, no município de Jaguaribe-CE, buscando reverter o quadro de degradação, recuperar e manter as condições do ambiente natural, visando a proteção da biodiversidade, do solo e dos recursos hídricos, tendo, como consequência, o desenvolvimento da atividade microbiana no solo e o repovoamento da área com plantas nativas. A metodologia consiste em estudos básicos de caracterização da área, adoção de práticas de manejo e conservação do solo e da água, na aplicação de técnicas inovadoras na recuperação de áreas degradadas e no monitoramento e avaliação do processo de recuperação ambiental.

Estudos relativos a esse tema são de grande importância nos dias de hoje, pois devido as mudanças climáticas e a utilização inadequada das terras, mais áreas estão se tornando improdutivas. A incapacidade da terra em produzir o suficiente para manutenção das famílias no campo gera migração da área rural para as grandes cidades e agrava a situação de pobreza, extrapolando assim o aspecto físico da degradação do meio ambiente, ocasionando igualmente uma grave questão socioeconômica.

Sonia Barreto Perdigão de Oliveira

Francisco Roberto Bezerra Leite

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará e mestrado em Geografia pela

Universidade Estadual do Ceará. Atualmente é técnica em desenvolvimento de sistemas em sensoriamento

remoto da Funceme. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Desertificação, Solos e

Zoneamento Agroecológico.

Engenheiro agrônomo pela Universidade Federal do Ceará. Foi chefe da Divisão de Pedologia da antiga Superintendência

de Desenvolvimento do Estado do Ceará – Sudec, fez parte da Comissão Estadual de Conservação de Solos e Água –

CESSOLOS e do Conselho Estadual do Maio Ambiente – Coema. Tem vários trabalhos publicados na área de classificação e

mapeamento de solos e estudos sobre degradação ambiental e desertificação. Já ministrou palestras e seminários em

diversas instituições de ensino e pesquisa acerca dos assuntos de sua especialidade. Atualmente é técnico da Divisão de

Recursos Hídricos e meio Ambiente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – Funceme.

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UNCCD

Ceará irá sediar 2ª Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas sobre Combate à DesertificaçãoO Estado também irá receber a 1a Conferência Científica para Implementação da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, que acontecerá em Sobral

UNCCD O foco temático da 2ª Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas sobre Combate à Desertificação será “Avaliação econômica da desertificação, da gestão sustentável da terra e da resiliência de zonas áridas, semiáridas e sub-úmidas secas”.

A Conferência será estruturada em torno dos dois temas: “Impactos econômicos e sociais da desertificação, da degradação do solo e da seca” e “Custos e benefícios das políticas e práticas abordando a desertificação, a degradação da terra e a seca”.

De acordo com o conselheiro do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Antônio Rocha Magalhães, o tema a ser tratado na Conferência é de suma importância, visto que as terras secas correspondem a 40% das terras do planeta. “Dos 194 países existentes, a desertificação atinge cerca de 100, incluindo o Brasil”.

“O Ceará é um grande palco para o debate sobre o assunto, já que este possui um quadro de desertificação”, comenta Magalhães. Não é a primeira vez que a capital cearense é sede de importantes conferências internacionais relacionadas com o tema. Em 2010, o Estado promoveu a ICID+18 (Segunda Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas), que reuniu 2.500 participantes de 80 países.

Pouco antes da realização da UNCCD, será realizada, também no Ceará, a 1a Conferência Científica para Implementação da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação. O evento é focado na América Latina e Caribe e vai acontecer de 30 de janeiro a 1º de fevereiro de 2013, em Sobral, com organização da Prefeitura de Sobral, Funceme e CGEE.

A capital cearense irá sediar a 2ª Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas sobre Combate à Desertificação (UNCCD), em 2013. Em agosto, o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp esteve em Fortaleza para o lançamento oficial do evento, que será realizado de 4 a 7 de fevereiro de 2012, no Centro de Eventos do Ceará.

De acordo com o ministro Marco Raupp, o Estado foi selecionado como a melhor alternativa para realizar o evento, após uma avaliação das diversas opções de localização.

A Conferência será financiada pelas Nações Unidas, Governo Federal e Governo do Ceará. O custo total pago pelas Nações Unidas será de cerca de US$ 2 milhões. Já o Governo Federal vai contribuir com US$ 600 mil, a serem cobertos pelo MCTI, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Integração e Ministério das Relações Exteriores.

O Governo do Ceará irá fornecer o espaço do Centro de Eventos, além de cobrir as despesas de transportes locais, segurança, equipamentos e instalações no local do evento, o que dá uma estimativa inicial de R$ 1 milhão de financiamento.

Para o secretário da Secitece, René Barreira, o Estado possui tradição nos estudos relacionados à desertificação. Com a Conferência, o Ceará terá a oportunidade de consolidar uma posição de liderança em Ciência na América Latina.

Além do ministro Marco Raupp, participaram do lançamento da Conferência da ONU o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre; o presidente da Rede Nacional de Pesquisa, Nelson Simões; o presidente do Comitê de Ciência e Tecnologia da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, Antonio Rocha Magalhães, dentre outras autoridades.

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Saiba maishttp://2sc.unccd.int

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20 Edição NO 1 Outubro/2012

Ciência Itinerante

Ciência bem perto

O projeto participou de diversos eventos em 2012 e recebeu cerca de 5 mil visitantes

Projeto Ciência Itinerante alia conhecimento teórico com experimentos interativos, estimulando o gosto pela Ciência entre crianças e jovens cearenses

Qual a melhor maneira de aprender ciência? Experimentando! É o que o grupo de monitores do projeto Ciência Itinerante tem estimulado nos jovens do Estado. Mais de cinco mil pessoas já puderam participar das apresentações do projeto, que aguçam o gosto pela investigação científica através da realização de experiências simples, mas que muito ensinam.

O Ciência Itinerante é uma iniciativa da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado (Secitece), com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A equipe é composta por monitores nas áreas de Física, Química, Biologia e Tecnologia da Informação.

As Leis da Física e as reações químicas, por exemplo, são demonstradas em experiências interativas, como o Pêndulo de Newton – que prova a conservação de energia, e o Sopro da Verdade, sobre a produção de ácido a partir da água e do gás carbônico.

As apresentações são gratuitas e acontecem em escolas, eventos e em outras instituições interessadas. O projeto alia conhecimento teórico com práticas lúdicas e interativas, despertando a curiosidade e estimulando o gosto pela ciência nos estudantes.

Neste ano, o Ciência Itinerante participou de diversos eventos, dentre eles a InfoBrasil, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, além das feiras de ciências

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da Secretaria da Educação do Estado. O projeto esteve presente ainda em todas as mostras científicas realizadas pelo Ceará Faz Ciência, que durante os meses de maio e junho, percorreu o Estado promovendo a popularização da C&T.

Ciência no ônibus

Será entregue em novembro o ônibus do Ciência Itinerante, que circulará por todo o Estado. O veículo é adaptado com um laboratório para estudos em Física, Química, Biologia e Tecnologia da Informação, áreas de atuação do projeto. O investimento para a compra e adaptação do ônibus foi de R$ 500 mil.

Agendamento de visitasO público alvo do projeto é composto por estudantes e professores da rede de escolas públicas do Ensino Fundamental e Médio, instituições de Ensino Técnico e Profissional e demais interessados. Para saber mais sobre o Ciência Itinerante ou agendar uma visita, basta ligar para os telefones (85) 3101-6426 ou enviar um e-mail para [email protected].

Conteúdos Abordados pelo Ciência Itinerante

Experimente! Ovo Maluco

Física Geral: Estudo da mecânica dos sólidos, mecânica dos fluídos, termodinâmica, óptica geométrica, óptica física, oscilações e ondas, eletrostática, eletricidade, magnetismo, eletromagnetismo, etc.

Química: Estudo de química geral, abrangendo as propriedades gerais da matéria, processos de separação das misturas, reações químicas, funções químicas, termoquímicas, eletroquímicas, química orgânica, etc.

Biologia: Estudo da biologia geral, abrangendo histologia e ciência humana, corpo humano, zoologia, botânica, citologia e genética, etc;

Tecnologia da Informação (TI): História da TI, hardware, software, funcionamento dos chips, conceito de programação, ligações em Rede; Internet; realidade virtual; jogos virtuais, robótica, cybercultura, etc.

O que é a osmose?A osmose é o nome dado ao movimento da água entre meios com concentrações diferentes de solutos, separados por uma membrana semipermeável. Como o soluto não pode passar pela membrana, quem se desloca é o solvente. Esta passagem fará com que a quantidade de soluto em relação à quantidade de solvente seja igual dos dois lados, ocorrendo a transferência do solvente da solução hipotônica (menos concentrada) para a solução hipertônica (mais concentrada). A osmose ocorre em vários sistemas da natureza. Nas células do corpo humano, a osmose é um processo de extrema importância. A concentração de sais nas células, por exemplo, é controlada pelo sistema de osmose.

Material3 ovos de galinha crus, 3 copos de 300 ml, água, sal,

açúcar e vinagre de álcool.

ProcedimentoEm cada copo, deixe imerso um ovo em vinagre álcool por 24 horas, a fim de que a acidez do vinagre (ácido acético) corroa a casca dos ovos. Se necessário, deixe por mais tempo. Aqui você verá a desmineralização do carbonato de cálcio.

Após as 24 horas, restará apenas a membrana semipermeável do ovo e seu conteúdo (gema e clara).

Lave os ovos e os copos.

No copo 1 coloque a água; no copo 2, água com açúcar, e no copo 3, água com sal.

Em cada copo, deixar imerso cada ovo em uma solução por 2 dias .

Compare os ovos!

Nesta experiência, você irá observar o processo de osmose em ovos, a desmineralização do carbonato de cálcio, além de identificar as soluções hipertônica e hipotônica.

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22 Edição NO 1 Outubro/2012

Nutec

PEIEX ajuda indústrias cearenses a exportarO PEIEX Ceará é o maior núcleo operacional entre os 30 em funcionamento no país e conta com recursos da ordem de R$ 900 mil para capacitação das indústrias cearensesObjetivando melhorar a competitividade e preparar o em-presário para atuar no comércio exterior, a IV Etapa do Pro-jeto de Extensão Industrial Exportadora - PEIEX disponibi-lizou para o segundo semestre de 2012, 308 vagas gratuitas destinadas a micro, pequenas e médias empresas do setor industrial de Fortaleza e Região Metropolitana. Dessas, 116 estão preenchidas até o momento.

Devido ao sucesso do projeto, as instituições financiadoras aumentaram substancialmente os investimentos, garantindo um total de R$ 900 mil para a capacitação das indústrias ce-arenses. A Agência Brasileira de Exportações e Investimentos – Apex/Brasil e Governo do Estado aportaram juntos, e em partes iguais, R$ 800 mil.

O PEIEX Ceará é o maior núcleo operacional entre os 30 em funcionamento no País. O projeto é extremamente im-portante para o desenvolvimento do setor industrial porque além de disponibilizar serviços de apoio ao empreendedo-rismo nas mais diversas áreas, oferece treinamentos, orien-tações técnicas e tecnológicas. No mês de agosto de 2012, 89 empresas participaram das cinco capacitações ofertadas.

Através de um grupo de técnicos extensionistas, o PEIEX do Ceará averigua os pontos fortes e oportunidades de melhorias nas indústrias. “A equipe visita a empresa, faz uma avaliação, elabora um diagnóstico, propõe re-soluções técnicas, gerenciais e tecnológicas, orientan-do quais ações o empresário pode implementar com objetivo de melhorar a competitividade e preparar-se para o comércio exterior” diz Lindberg Lima Gonçalves, presidente da Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará - Nutec.

Os industriais cearenses interessados em conhecer e par-ticipar gratuitamente do PEIEX podem ligar para (85) 3101-2898 ou ir ao Nutec, na Rua Professor Rômulo Pro-ença, s/n, Campus do Pici.

Case: Fort Canos do Brasil Há alguns meses, Luciana Ferreira teve orgulho de incor-porar em seu CNPJ a atividade de exportação e importação de sua linha de produtos. Desde 2008, ela é gestora de uma

indústria fabricante de tubo de PVC com plástico susten-tável em Maracanaú, no Ceará: a Fort Canos do Brasil.

A proprietária já participava de feiras nacionais e in-ternacionais quando teve a oportunidade de conhecer, em 2011, o Projeto de Extensão Industrial Exportadora – PEIEX, coordenado, no Ceará, pelo Nutec, instituição vinculada à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece).

Inscrevendo-se gratuitamente no PEIEX, a Fort Canos do Brasil participou de 16 capacitações ofertadas nas áreas de Administração Estratégica, Finanças e Custos, Marke-ting e Vendas, Capital Humano, Produção e Manufatura, além de Comércio Exterior. Assim, percebeu a necessi-dade de desenvolver um Plano de Marketing e Vendas que culminou na mudança de foco em suas estratégias, revisão de controles financeiros e formação do preço com o apoio de extensionistas da área, dando início ao processo de exportação.

Na avaliação dos gestores, a empresa obteve, já em 2012, um incremento de 41% em seu faturamento em relação ao ano de 2011: “Desde que nós participamos da primeira capacitação do PEIEX, em 30 de junho de 2011, nossa vida comercial tomou outro rumo porque aplicamos adequa-damente todos os conhecimentos dados pelos extensio-nistas, e hoje a Fort Canos do Brasil tornou-se uma em-presa focada no mercado”, ressalta Luciana Ferreira.

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CFI capacita professores da rede pública há 16 anos

O Centro de Formação de Instrutores – CFI, unidade operacional do Instituto Centec foi criado em 1996, pela Secretaria da Ciência e Tecnologia do Estado do Ceará (Secitece). O objetivo do Núcleo é aperfeiçoar professores da rede pública no ensino da ciência como Física, Química e Biologia, com aulas teóricas e práticas, bem como a realização de práticas laboratoriais para turmas de estudantes de Ensino Fundamental e Médio.

O CFI oferece diversos cursos e atividades de atualização de professores nas áreas de ciências, e na área de gestão; curso de Informática; curso de Secretariado; curso de Telemarketing; Oficinas de Ciência; orientações para Feiras de Ciências nas escolas; elaboração de exames vestibulares para as FATECs e CVTECs, além do Projeto Primeiro Passo, da Linha Aprendiz, que o Instituto Centec executa, e que agora está instalado no Núcleo onde ocupa cinco salas com 185 alunos no total.

Todos os anos o CFI recebe em suas instalações milhares de alunos das escolas públicas e privadas em atividades como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada em parceria com a Secitece.

“Além destas atividades, realizamos também oficinas de ciências no Curso de Férias da Seara da Ciência, na Universidade Federal do Ceará (UFC), para professores da rede pública e em parceria com o Instituto Federal do

Ceará (IFCE) num projeto do CNPq. Realizamos ainda eventos de socialização e popularização dos trabalhos científicos e culturais desenvolvidos por alunos em escolas públicas de Fortaleza, nos Centros de Inclusão Tecnológica e Social (CITs)”, destaca a coordenadora do CFI, professora Rita Rolin.

Centec

Formação

O objetivo do Núcleo é aperfeiçoar professores

da rede pública no ensino da ciência como Física,

Química e Biologia, com aulas teóricas e práticas,

bem como a realização de práticas laboratoriais”

Saiba maiswww.centec.org.br ou na sede do CFI - Rua Silva Jardim, n. 512 - José Bonifácio, Fortaleza-CE, telefone 85 3226-1843.

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Paleontologia

Geopark Araripe conquista Selo Verde da Unesco

Geosítio

A chancela foi concedida de forma unânime pela comissão de coordenação da Rede Europeia de Geoparques para os próximos quatro anos.

Parque dos Pterossauros

O tão esperado reconhecimento do trabalho realiza-do pelo Geopark Araripe chegou com a revalidação do Selo Verde, chancela dada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), durante a 5ª Conferência Internacional de Geoparks, no Japão, em 2012. O Selo Verde obtido pelo Geopark Araripe representa a aprovação de projetos desenvol-vidos pelo Geopark durante os primeiros quatro anos de criação, por meio da Universidade Regional do Cariri (Urca), instituição vinculada à Secitece. Fundado em 21 de setembro de 2006, o Geopark comple-tou seis anos de atividades na região do Cariri. Durante esse período tem desenvolvido atividades múltiplas de conservação do patrimônio natural e de importância científica, cultural, turística e educacional. O Geopark Araripe consta atualmente de nove Geos-sítios em seis cidades do Cariri e é o único na AméricaLatina, sendo hoje importante impulsionador para que novos geoparques sejam criados no Brasil e em outros países do continente. A Rede Europeia de Geoparques foi unânime em sua decisão de adjudicar o Selo Verde para o Geopark Ara-ripe para os próximos quatro anos. Ao tomar essa de-

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Museu de Paleontologia

de Santana do cariri

cisão, o comitê europeu levou em conta o entusiasmo demonstrado por várias organizações parceiras e das comunidades locais para desenvolver o trabalho do Geopark em benefício da economia local. A Bacia do Araripe é uma unidade geológica que com-preende uma área de 12.000km². É considerada a maior bacia sedimentar do interior do Nordeste brasileiro, inserida no sertão, e tem como principal destaque, em termos de relevo, a Chapada do Araripe, na confluência dos sertões do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Piauí. O registro geológico desta região revela capítulos im-portantes da evolução da história da Terra. Os depó-sitos sedimentares da Bacia do Araripe preservam grande diversidade de rochas, como os calcários, argi-litos, arenitos e espessos depósitos de gipsita, registro dos ambientes geológicos que existiram nesta região. Além disso, esta Bacia preservou, de forma excepcio-nal, abundantes registros fossíliferos da vida existente nesta época, como peixes, artrópodos, restos de pteros-sauros, tartarugas, crocodilomorfos, assim como folhas e outros fragmentos vegetais e troncos fossilizados. A preservação desta vasta riqueza de fósseis da região foi propiciada por condições singulares durante a evolução geológica da Bacia do Araripe.

Museu de Paleontologia O Museu de Paleontologia de Santana do Cariri, coor-denado pela Urca, mantém projetos de escavações per-manentes de fósseis em toda a Bacia do Araripe, bem

como coleta sistemática de fósseis nas frentes de esca-vações do calcário laminado, nos municípios de Nova Olinda e Santana do Cariri. Esse programa é a principal ferramenta contra a exploração clandestina e o tráfico de fósseis na região. O Museu recebe, em média, 900 visitantes por mês, sendo um dos principais centros de visitação da região do Vale do Cariri. Seu atual acervo abriga vários grupos de fósseis, sendo que seus maiores representantes são: troncos petrifi-cados (por silicificação), impressões de samambaias, pinheiros e plantas com frutos; moluscos, artrópodos (crustáceos, aranhas, escorpiões e insetos); peixes (tubarões, raias e diversos peixes ósseos), anfíbios e répteis (tartarugas, lagartos, crocodilianos, pteros-sauros e dinossauros). Todo esse material fossilífero é proveniente, principalmente, das formações Missão Velha e Santana (membros Crato, Ipubi e Romualdo) da Bacia do Araripe.

O que são os Geossítios? Geossítios são locais que apresentam elevado interesse geológico, pelo seu valor singular do

ponto de vista científico, pedagógico, econômico, cultural, estético, entre outros. Além do conteúdo

geológico, os Geossítios também podem apre-sentar elevado interesse ecológico, arqueológico,

histórico e cultural. Estas características com-plementares levam os geossítios a apresentarem maior identidade com a região onde se inserem.

No Geopark Araripe existem, atualmente, nove

Geossítios com estrutura para apoiar uma utiliza-ção turística e educativa. Estes geossítios carac-

terizam diferentes períodos do tempo geológico desta região, registrando a evolução histórica da

Bacia Sedimentar do Araripe.

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26 Edição NO 1 Outubro/2012

Educação Superior

Governo do Estado irá investir R$ 55 milhões nas universidades estaduais

UECE receberá R$ 25 milhões. UVA e Urca ficaram com R$ 15 milhões, cada.

de informática nos campi Betânia, Derby, Junco e CIDAO; constru-ção da rede óptica para a interli-gação da UVA ao Cinturão Digi-tal; mobiliários para salas de aula e construção e aparelhamento do Restaurante Universitário. Os in-vestimentos beneficiarão ainda a área de assistência estudantil, compra de livros, apoio a projetos de pesquisa e extensão, climatiza-ção e melhoria das instalações do Museu Dom José, administrado pela Universidade.

Para o secretário da Ciência, Tec-nologia e Educação Superior, René Barreira, o desenvolvimento do Es-tado passa pelo fortalecimento das universidades. “Os investimentos realizados pelo governo estadual contribuem para a contínuo aper-feiçoamento das nossas universi-dades e refletem a preocupação do governo com o desenvolvimento do Ceará”. De 2008 a 2011 os inves-timentos nas estaduais somaram cerca de R$ 90 milhões, em infra-estrutura, custeio e manutenção.

O secretário da Secitece também destaca a forte contribuição que o Estado tem dado para a expansão do ensino superior público federal. De 2007 para cá, foram mais de R$ 18 milhões em recursos e de-sapropriações, resultando na cria-ção da Unilab, em Redenção-CE, instalação de campi da Universi-dade Federal do Ceará no interior, bem como a ampliação do núme-ro de Institutos Federais do Ceará (IFCE) pelo Estado.

O Governo do Estado do Ceará anunciou, em agosto, a liberação de R$ 55 milhões para investimen-tos nas três universidades estadu-ais até 2014.

Os recursos foram distribuídos da seguinte maneira: R$ 25 milhões serão destinados à Universidade Estadual do Ceará (Uece); R$ 15 milhões para a Universidade Re-gional do Cariri (Urca) e R$ 15 mi-lhões para Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).

Na Uece, os investimentos serão aplicados na melhoria da infraes-trutura física, com a construção de laboratórios, quadras esportivas e implementação de projetos de acessibilidade, além da aquisição de equipamentos e de ônibus tipo rodoviário, dentre outros.

Na Urca, está prevista a constru-ção do Campus de Artes Violeta Arraes, em Barbalha, bem como reforma e ampliação do Campus São Miguel (curso de Direito) e adequação dos campi da Univer-sidade à acessibilidade. Haverá ainda aquisição de equipamentos, veículos, acervo e material didáti-co, além de reforma da parte elé-trica, reestruturação dos bacbones de dados dos campi e inclusão de Rede sem Fio.

A UVA terá os recursos aplicados na compra de veículos para apoio às atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão; equipamentos

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