Revista interface 50 anos

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DIRETORIAPRESIDENTE: Roberto Dias das MercêsMovimento Seguros

1º VICE-PRESIDENTE: Paulo Roberto Gatto Bijos Advogado

2º VICE-PRESIDENTE: Sthenio PierrottiCasa do Eletricista

1º SECRETÁRIO: Ari Carlos BarbosaQuiosque Canto Bravo

2º SECRETÁRIO: Sebastião Aparecido NietoRepresentante Comercial

1º TESOUREIRO: Leandro Borella BarbosaTopcon Engenharia

2º TESOUREIRO: Mario Paulo GarciaRestaurante Tapera Branca

Roberto Dias das Mercês

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Palavra do presidente

Meus queridos amigos, abro esse texto lembrando que pelo fato da vaidade não ser uma palavra que conste no dicionário da minha personalidade, jamais deixaria de dizer o quanto me sinto orgulhoso por es-tar à frente da Associação Comercial e Em-presarial de Caraguatatuba, no ano em que ela completa seus 50 anos de existência.

Uma jovem senhora, cuja história está inserida no contexto de uma das cidades que mais cresce no estado de São Paulo, e apresenta uma evolução e crescimento in-comparáveis.

Muito desse sucesso se dá pela postu-ra empreendedora de seus comerciantes, que em sua maioria oferecem seu traba-lho e empenho para que colhamos frutos constantes, independente se são os fi lhos dessa terra ou aqueles que a escolheram como o melhor lugar para se viver e dei-xar sua contribuição.

Felizmente, muitos desses nomes se juntaram a um grupo de pessoas que ini-ciaram uma entidade que pudesse defender a classe e lutar por direitos e melhorias, fi -zeram herdeiros e assim vimos ao longo de meio século, gente engajada, comprometi-da e que fazem da Associação Comercial de Caraguá, um verdadeiro exemplo.

Agradeço ao grande arquiteto do uni-verso por sua bondade e permissão de me colocar como soma nesse grupo, o qual vem me ensinando o que é o associativis-mo e o que ele representa para o cresci-mento não só de um município, mas de toda uma região.

São 50 anos de história, passando por momentos diversos, dos mais difíceis aos mais gloriosos, mas que acima de tudo, traz em seu pendão a proposta de valorizar pes-soas e empresas que fazem a diferença.

Logicamente isso vem suscitar dúvidas maldosas, olhares desconfi ados e até co-mentários desairosos de quem não tem exatamente a hombridade como pauta de sua vida. Por outro lado, vejo pessoas que ajudam, apoiam, se colocam à disposição e acreditam no trabalho e fazem o bom uso do discernimento.

Obrigado aos meus amigos que torna-ram isso uma possibilidade e hoje conti-nuam a deixar sua assinatura como fi éis depositários da lisura com a qual atuamos. Tanto que nossas portas estão sempre abertas a qualquer um que deseje conhecer qualquer setor da nossa entidade, incluin-do espaços, projetos, números e pessoas.

Aos que não estejam tão engajados as-

sim, mas mantém seus olhares voltados para nós, o meu muito obrigado também. Saibam que os senhores têm o combustí-vel do qual necessitamos para mantermos nossas remadas rumo ao sucesso.

Quando falo de pessoas, quero registrar minha profunda admiração por cada uma das que passaram, das que permanecem por aqui e até das que venham fazer parte do nosso time. Seja no corpo diretivo, co-laboradores ou associados.

Deus nos abençoe em nossa jornada e que possamos cada vez mais estar à dispo-sição do processo evolutivo da classe que defendemos com tanta veemência, da cida-de na qual moramos, mas sobretudo que es-tejamos prontos de corpo e alma para con-tinuarmos aplaudindo o sucesso inevitável de outros tantos 50 anos da Associação Comercial e Empresarial de Caraguatatuba.

Roberto Dias das MercêsRoberto Dias das Mercês

DIRETOR DE SCPC: Sávio Luiz dos SantosSorveteria Sergio

DIRETOR DE PATRIMÔNIO: Antonio Alves BarbosaAuto Posto Asa Delta

Conselho DeliberativoPresidente: Rui Fernando Coutinho

Alexandre Marçal StringariEduardo Morio YoshimotoHélio José Melo Gomes Liriane Costa Bellato Roseli Aparecida Quinetti Sidney do Nascimento Virgílio Colbert Barone

Jornalista Responsável pela edição comemorativa, reportagens e fotosBruna Vieira/Agência Gentecom - MTB 32.441

Pesquisa e pré-textoFelipe Riela/Agência Gentecom

Transcrições das entrevistas:Millena Hermes e Cléverton Santana/Agência Gentecom

RevisãoClóvis Rotth, Priscila T. São Pedro e Débora M. Di. Cuollo

Este informativo é uma publicação mensal da ACE Ca-raguatatubaRua São Sebastião, 19 - SumaréTel.: 3897-8822e-mail: [email protected]

EditoraçãoTUTTO Editoração Eletrônica - MTB 11.241(11) 2468-3384

ImpressãoGráfi ca MarpressTiragem: 2.000 exemplares

Conselho Editorial

Clóvis RotthPriscila T. São PedroIdésio H. Kashiura Debora M. Di Cuollo

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4Grata satisfação

Eu ri, sorri, questionei, me emocionei, me surpreendi... E mais, ajudei a escrever parte da história da Associação Comercial e Empresarial de Caraguá, entidade que agora, admiro ainda mais. Descobri fatos

inusitados, engraçados, não tão engraçados, mas todos os fatos fizeram sentido. São 50 anos registrados em uma revista. Ou melhor, A revista, Esta Revista.

Mais do que uma “grata satisfação”, produzir esta publicação foi a realização. Vocação. Descobri o “novo” no “velho”. Reconstruí o presente com as pérolas do passado. Revelei fatos, eventos, personagens e histórias que valem ouro. Conheci Gente com “G” maiúsculo, corresponsáveis pelo desenvolvimento de Caraguatatuba.Cumpri com duas funções principais do jornalismo: a prestação do serviço de informar e formar opinião. Mas

antes de chegar a estas etapas, foi preciso imergir na pesquisa, na pauta, principalmente, porque se tratavam de pautas históricas. Apurei, confrontei dados, entrevistei, editei, selecionei fotos, interagi nas redes sociais. Fui

fiel à vocação de comunicar de várias e muitas formas diferentes.Foram feitas cerca de 40 entrevistas com ex-presidentes da ACE, colaboradores, amigos, comerciantes

antigos e outros. Busquei “vivenciar” os fatos que me foram relatados. E assim, eu e meus entrevistados, revivemos a história desta Associação. Simbiose de sensações e descobertas.

Percebi que na ACE o pessoal é pau pra toda obra: teve secretária levando as xícaras de casa para completar o chá da tarde realizado na entidade; gerente atuando como mestre de cerimônia legítimo; atendente se realizando ao

cobrar os associados inadimplentes; diretores fazendo vaquinha para pagar as viagens da Associação; e até diretores como o David Salamene que faleceu enquanto era saudado por outro companheiro.

Valeu o esforço e a dedicação de todos.E também momentos em que apenas ‘emprestei’ meus ouvidos e soube que ex-presidentes gostavam tanto da

ACE e esqueciam a hora de ir embora pra casa, ficando até tarde na sede, entre outras histórias curiosas como as disputas acirradas nas eleições da entidade. Tudo com o propósito de consolidar a Associação Comercial e

Empresarial de Caraguá como uma das mais organizadas e respeitadas em todo território nacional. Sinto que fiz a minha parte. Que ajudei a resgatar parte da história desta Associação e desta cidade que

escolhi morar e viver o resto da vida. E como não somos nada sozinhos, agradeço a toda a equipe que me ajudou. Os meus queridos colaboradores da Agência Gentecom, a Millena Hermes, o Felipe Riela e o Cléverton

Santana (o que seria de mim e desta revista sem eles), e aos admirados parceiros e colegas que atuam na ACE. O-b-r-i-g-a-d-a e ótima leitura!

Por Bruna Vieira

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PioneirosEm outubro de 1964,

José D’Almeida Barbosa, contador e proprietário da Contabilidade Bar-bosa, falecido em 2007, indignado com a propa-ganda em jornais e revis-tas que denegriam a ima-gem de Caraguá, sugeriu a seus amigos, a criação de uma entidade que de-fendesse a classe dos co-merciantes da cidade.

“O Barbosa foi quem teve a ideia de criar a As-sociação Comercial de Caraguá. Foi o pioneiro. Era a “máquina” que fazia funcionar a entidade. Toda semana reuníamos um grupo de comerciantes na casa do alfaiate Irineu Mendes de Souza para falar do comércio na época. Éramos uns 15 e tirávamos dinheiro do bolso para cobrir as despesas da Associação”, revela o comerciante aposentado Elias Rodrigues Sarralheiro, que foi um dos fundadores da ACE Caraguá.

Com todos os documentos em mãos, no dia 21 de abril de 1965, Barbosa reali-zou a primeira assembleia da Associação Comercial de Caraguatatuba, quando foi eleita a primeira diretoria, que teve como presidente Francisco Monter, que hoje nomeia o prédio da sede atual da enti-dade. Monter foi o escolhido por ser a imagem fi el de uma pessoa íntegra, com grande conhecimento, bem aceito na po-lítica e pelos seus colegas de classe. De lá pra cá, a Associação buscou valorizar todos os ramos de comércio, criou ati-vidades, serviços, campanhas e eventos para apoiar, valorizar e defender lojas, restaurantes, postos de gasolina e demais

estabelecimentos da cidade.Elias Sarralheiro, fundador e segundo

tesoureiro da primeira diretoria da Associa-ção faz o relato: “A Associação Comercial foi criada porque não tinha nada em ordem em Caraguá e por isto não conseguíamos fazer muita coisa. A Associação foi, então, uma forma de dar voz ao comerciante e as autoridades passaram a nos ouvir. Não ti-nha um metro de asfalto na cidade. As ruas eram de terra. Nós reivindicamos e foi fei-to sextavado, de pedra. Também tentamos negociar a implantação de uma taxa de tu-rismo, mas não deu certo”.

Com a Catástrofe de 1967, que arrasou a cidade, as atividades da Associação foram prejudicadas. “Eu fi quei muito mal. Não conseguia comprar, nem vender nada. Eu tinha fi lho pequeno. Todos os alimentos vendidos por comércios como o meu, fo-ram requisitados pelo Exército para distri-buir aos pobres. Só tínhamos saída para São Paulo por Ubatuba e, mesmo assim, muitos pontos tiveram que ser arrumados para po-

dermos transitar. Ainda assim, eu disse pra mim mesmo que iria aguen-tar até a última gota, até que as coisas come-çaram a melhorar”, re-lembra Sarralheiro.

“Por cerca de três meses fi camos sem água, luz e telefone. Os tubos de água estoura-ram todos, as estradas fi caram cheias de toras de madeira, portanto, intransitáveis. Com isso, nossa missão pas-sou a ser reivindicar obras junto ao Gover-

no Estadual. Para ajudar o comércio a sobreviver, fi zemos uma espécie de coo-perativa, unindo o “caixa” para comprar mercadorias em maior quantidade e mais barato. Havia uma pessoa que subia a Serra, trazia mercadoria e o comerciante comprava. Assim fomos restabelecendo comércio por comércio”, conta Elias Sarralheiro.

dermos transitar. Ainda assim, eu disse pra mim mesmo que iria aguen-tar até a última gota, até que as coisas come-çaram a melhorar”, re-lembra Sarralheiro.

meses fi camos sem água, luz e telefone. Os tubos de água estoura-ram todos, as estradas fi caram cheias de toras de madeira, portanto, intransitáveis. Com isso, nossa missão pas-

Centro de Caraguá antes da década de 1960

Arquivo Público do Município

nha um metro de asfalto na cidade. As ruas eram de terra. Nós reivindicamos e foi fei-to sextavado, de pedra. Também tentamos negociar a implantação de uma taxa de tu-rismo, mas não deu certo”.

Com a Catástrofe de 1967, que arrasou a cidade, as atividades da Associação foram prejudicadas. “Eu fi quei muito mal. Não conseguia comprar, nem vender nada. Eu tinha fi lho pequeno. Todos os alimentos vendidos por comércios como o meu, fo-ram requisitados pelo Exército para distri-buir aos pobres. Só tínhamos saída para São Paulo por Ubatuba e, mesmo assim, muitos pontos tiveram que ser arrumados para po-

nha um metro de asfalto na cidade. As ruas nha um metro de asfalto na cidade. As ruas eram de terra. Nós reivindicamos e foi fei-to sextavado, de pedra. Também tentamos negociar a implantação de uma taxa de tu-rismo, mas não deu certo”.

Com a Catástrofe de 1967, que arrasou a cidade, as atividades da Associação foram prejudicadas. “Eu fi quei muito mal. Não conseguia comprar, nem vender nada. Eu tinha fi lho pequeno. Todos os alimentos vendidos por comércios como o meu, fo-ram requisitados pelo Exército para distri-buir aos pobres. Só tínhamos saída para São Paulo por Ubatuba e, mesmo assim, muitos pontos tiveram que ser arrumados para po-

Elias Rodrigues Sarralheiro – fundador e 2º tesoureiro da Diretoria de Francisco Monter

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Perfi l - Em 1914, na cidade de São Paulo nascia Francisco Monter para desbravar Ca-raguá, o Brasil e a América do Sul. Gostava muito de viajar. De comércio à indústria, fundou a Caramuru, sua primeira fábrica de fogos de artifício em Ribeirão Pires, inte-rior de São Paulo. Depois veio para Jaca-reí e criou a Valpar que atuava no mesmo ramo de produtos químicos. Em São Paulo, teve a Sociedade Importadora e Exporta-dora de Matérias Primas (Siempre), que vendia os componentes da pólvora. Daí foi um pulo para abrir a fábrica de fogos de ar-tifício na pequena cidade de Las Piedras, no Uruguai, a Zig Zag, que manteve por mais de 30 anos e outra na Colômbia, a Callarca, que durou pouco tempo.

“Meu pai frequentava Caraguá des-de 1955 e em 1957 comprou a primeira propriedade na cidade. Eu tinha 24 anos quando inauguramos em 1965, a padaria e lanchonete Estrela que administrei até a década de 1990. Mesmo com tantos negó-cios, meu pai sempre estava em Caraguá.

perfil

Morávamos atrás da lanchonete, na Pra-ça Cândido Motta”, confi rma Francisco Monter Júnior, 73 anos, fi lho único do fun-dador e primeiro presidente da Associação Comercial de Caraguá, Francisco Monter, que dirigiu a entidade de 1965 a 1967, vin-do a conhecer o Barbosa, mentor da ACE, anos antes em São Paulo.

Em Caraguá, pai e fi lho mudaram de ati-vidade várias vezes. “Depois da lanchonete Estrela, montamos a sorveteria Vira Ma-nia, a Monter Monter e o restaurante Alba-dá. Minha mãe Tereza Anita Benvenuto, a Dona Zina, meu pai conheceu em Ribeirão Pires, quando montou a Caramuru. Eles se separaram quando eu tinha dois anos. E depois de 70 anos tiveram que morar jun-tos. Cuidei dos dois até falecerem. E o Bar-bosa foi contador do meu pai, quando ele nem conhecia Caraguá. Anos depois, em 1965, junto a outros comerciantes, criaram a Associação que auxiliou no comércio como podia”, relata.

O fundador Francisco Monter passou para o fi lho a paixão pelos negócios e pela entidade. Chiquinho, o fi lho, ocupou vários cargos na Associação Comercial. “Meu pai foi um empreendedor. Era muito ativo e simpático”, revela o fi lho nascido em Ja-careí e que com dois anos, se mudou para Ribeirão Pires. Chiquinho estudou Quími-ca em São Paulo e veio para Caraguá, onde se casou e teve duas fi lhas caiçaras. “Não almejei ser presidente. Doei meu tempo e conhecimento para fortalecer a Associa-ção”, fi naliza.

Perfi l – Nascido em 08 de março de 1936, Elias Rodrigues Sarralheiro veio com a família para Caraguatatuba em 1958. Comprou a Pensão Beira Mar e a adminis-trou até 1962, depois adquiriu a loja Lar Caiçara que vendia gás de cozinha e outros produtos. De 1964 a 1982, se tornou o distribuidor de jornais e revistas da cidade com o Bazar do Povo que funcionou na Rua Santa Cruz, onde hoje é o Calçadão. Vendeu a distribuidora de revistas para o Salles que a mantém até hoje.

Propaganda da Pensão Beira Mar que foi propriedade de Elias SarralheiroPropaganda da Pensão Beira Mar

Chiquinho Monter, fi lho do fundador, foi diretor em várias gestões da ACE

O segundo presidente - A segunda diretoria da Associação Comercial de Ca-raguá, presidida por José Augusto Pereira Filho*, conhecido como Sr. Capri, tomou posse no dia 15 de maio de 1967. Cons-ta nos livros de Atas da entidade, que sua gestão realizou 11 reuniões naquele ano e

dá. Minha mãe Tereza Anita Benvenuto, a Dona Zina, meu pai conheceu em Ribeirão Pires, quando montou a Caramuru. Eles se separaram quando eu tinha dois anos. E depois de 70 anos tiveram que morar jun-tos. Cuidei dos dois até falecerem. E o Bar-bosa foi contador do meu pai, quando ele nem conhecia Caraguá. Anos depois, em 1965, junto a outros comerciantes, criaram a Associação que auxiliou no comércio

O fundador Francisco Monter passou para o fi lho a paixão pelos negócios e pela entidade. Chiquinho, o fi lho, ocupou vários cargos na Associação Comercial. “Meu pai foi um empreendedor. Era muito ativo e simpático”, revela o fi lho nascido em Ja-careí e que com dois anos, se mudou para Ribeirão Pires. Chiquinho estudou Quími-ca em São Paulo e veio para Caraguá, onde se casou e teve duas fi lhas caiçaras. “Não almejei ser presidente. Doei meu tempo e conhecimento para fortalecer a Associa-

Dona Zina, meu pai conheceu em Ribeirão Pires, quando montou a Caramuru. Eles se separaram quando eu tinha dois anos. E depois de 70 anos tiveram que morar jun-tos. Cuidei dos dois até falecerem. E o Bar-bosa foi contador do meu pai, quando ele nem conhecia Caraguá. Anos depois, em 1965, junto a outros comerciantes, criaram a Associação que auxiliou no comércio

O fundador Francisco Monter passou para o fi lho a paixão pelos negócios e pela entidade. Chiquinho, o fi lho, ocupou vários cargos na Associação Comercial. “Meu pai foi um empreendedor. Era muito ativo e simpático”, revela o fi lho nascido em Ja-careí e que com dois anos, se mudou para Ribeirão Pires. Chiquinho estudou Quími-ca em São Paulo e veio para Caraguá, onde se casou e teve duas fi lhas caiçaras. “Não almejei ser presidente. Doei meu tempo e conhecimento para fortalecer a Associa-

Francisco Monter – fundador e 1º presidente da Associação Comercial de Caraguá

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a 12ª reunião aconteceu no dia 24 de julho de 1968, marcando assim o período em que a entidade fi caria sem movimentação até o Ali Yaktine ser eleito o terceiro pre-sidente da entidade, no dia 21 de setembro de 1975. “Ele era estudante de Direito e dono da Padaria Capri. Continuamos com

as reivindicações para instalar água e esgo-to em Caraguá. Começaram umas quatro vezes a fazer a rede de esgoto e paravam. A gente se reunia uma vez por mês e a Asso-ciação Comercial nem tinha sede. Depois fi camos anos sem movimentar a Associa-ção”, fi naliza Elias.

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linha do tempo

Comércios nos anos de 1950 a 1975: Salão do Miguel, Bazar do Compadre, Supermercado Cisne

Branco, Praia Hotel, Imobiliária Vera Cruz, LD Modas, Pensão Araújo, Depósito de bebidas Guanabara, Armazém Santo An-tônio, Pensão Cruzeiro, Bar Lincoln, Disc Mania, Lanchonete

Estrela, Lar Caiçara, Bazar do Povo, entre outros.

População de Caraguatatuba*1960: 09.724 habitantes1970: 15.229 habitantes

Prefeitos da época em Caraguatatuba: Geraldo Nogueira da Silva (1964 a 1969),

Silvio Luiz dos Santos (1969 a 1973) e Tereza Cury Nogueira (1973 a 1977).

1ª Diretoria da ACE Caraguá - 1965 a 1970

Presidente: Francisco MonterVice-presidente: Jorge Burihan1º Secretário: José D’Almeida Barbosa2º Secretário: Elias Rodrigues Sarralheiro1º Tesoureiro: Fernando Moraes2º Tesoureiro: Ladislau MaiaDiretores sem pasta: Sebastião Bernardino, Aldo Navarro MagalhãesConselheiros: Klamer Fernandes Faria, José Poloni, Keio Nakanishi, José Augusto Perei-ra Filho, Francisco José da Silva, Jaires D’Onofrio, Caled Mustafá, Joaquim Pereira da Silva, Hélio Iglesias, Carolino Garrido.Suplentes: Vitório Paz, Antônio Claudio Macedo Costa, Francisco Fachini, Alcides Galvão de Castro, Fernando Nakamura, Enio A. B., Vicente R. Oliveira.

* Seade – Fundação de estatística vinculada à Secretaria

de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo.

2ª Diretoria da ACE Caraguá - 1970 a 1975

Presidente: José Augusto Pereira Filho - Sr. CapriVice-presidente: José Garcia Roman

1º Secretário: José D’Almeida Barbosa2º Secretário: Hélio Forghieri

1º Tesoureiro: Olegário Nardi Filho2º Tesoureiro: Keio Nakanishi

Diretores sem pasta: Joaquim Luiz, Geraldo Gomes Leite

Conselho Consultivo: Francisco Monter, Jorge Burihan, Elias Rodrigues Sarralheiro,

Armando Moraes, Ladislau Maia, Sebastião Terra Benardino, Aldo Navarro Magalhães, Klamer Fernandes Faria, Caled Mustafá, Hélio

Iglesias, Célio David ReisSuplentes:

Carolino Garrido, Alcides Galvão de Castro, Vicente R. Oliveira Benedito Leal fi lho,

Guido de Castro Galvão, Francisco José da Silva e Manoel Pedro Pimenta.

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José Augusto Pereira, conhecido como Sr. Capri, assumiu de 1970 a 1975, a 2ª presidência

da Associação Comercial de Caraguá

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Visionários“O Ali Yaktine deu

uma reerguida na As-sociação Comercial de Caraguá. Ele falava pra gente: vá à reunião. Eu preciso de você. E assim foi motivando os comer-ciantes a reativar a As-sociação. Ele era muito incentivador e visionário. Deixava o cliente pagar fi ado na loja de móveis dele, não recebia, e só restava protestar as dívi-das dos clientes na Justi-ça. Até que implantamos o SPC (Serviço de Prote-ção ao Crédito) e passa-mos, a saber, se o cliente tinha crédito para pagar depois. E assim os comerciantes que vendiam a prazo começaram a fazer parte da Associação Comercial”, explica Elias Sarralheiro, fundador da Associação Co-mercial de Caraguá e atuante na gestão de Ali Hussein Yaktine que presidiu a ACE de 1975 a 1977.

De origem libanesa, Ali chegou ao Brasil em 1962 com 21 anos e quatro anos depois abriu a loja Móveis Ouro Verde em Cara-guá. “Era a maior loja de eletrodomésticos da cidade. Sem o SPC não tinha como os comércios sobreviverem, porque o sistema era fortíssimo e efi ciente, e gerava renda para a ACE. O prefeito, o presidente da Associação Comercial e outras autoridades civis e religiosas participavam da entrega dos grandes prêmios que a Ouro Verde fazia aos clientes. Dobramos o número de associados de cerca de 60 para 120 por causa do SPC”, lembra o comerciante Ed-son Mazzucca que se tornaria presidente da ACE na década de 1980.

O próprio Ali Yaktine explica que ao as-

sistir os programas de TV de Sílvio Santos, teve a ideia de distribuir fogões, geladeiras e outros grandes prêmios para seus clien-tes. “Os sorteios corriam junto a Loteria Federal. Em 1977 distribuímos 01 carro no natal; em 1978 foram 02 carros; em 1983 ampliamos para 03 carros; em 1986 foram 04 automóveis e chegamos a sortear 02 caminhões. Isto fez muito sucesso nos 20 anos da Ouro Verde”, confessa Ali que desafi ava os moradores e os comerciantes da cidade a “irem atrás dos seus sonhos”. O que prometia, Ali cumpria.

Ali lembra que algumas reuniões da Associação Comercial na década de 1970, aconteceram em sua loja. Depois foi alu-gada uma sala em cima da Padaria Capri, na Praça Cândido Motta, que funcionou como a primeira sede da ACE.

Ali Yaktine se tornou presidente da ACE quando sua loja completou nove anos na cidade. “A prosperidade da ACE se deve aos seus fundadores e ao grupo de comerciantes que integrou a minha dire-toria e as anteriores. Todos eram pessoas

de fi bra. Cheguei a ir para São Paulo com o José Luís, da Casa do Cardoso, participar de uma reunião com o Paulo Maluf, que repre-sentava as Associações Comerciais do Estado de São Paulo. Também incentivamos a criação da escola de samba Tu-barão, que entrou na Avenida pela primeira vez em 1976, dando vida e alegria ao car-naval da região. Foram três noites de muita fo-lia, comandados pelo

mestre de bateria Dionísio. Isto se repetiu nos anos seguintes”, afi rma.

Quem também se lembra do carnaval desta época é Elias Sarralheiro. “O Ali fez uma banda de música e montamos a Tuba-rão para animar a cidade no carnaval. As pessoas de idade vinham para Caraguá des-cansar, mas e os jovens? Sem ser a praia, não tinha nada para fazer. O carnaval foi um sucesso. E a Associação ganhou mais autonomia, porque antes, eram os asso-ciados que pagavam o aluguel da sede. O secretário sempre foi o Barbosa. Teve a pri-meira sede em cima da Padaria Capri e de-pois mudamos para o prédio da Rua Santa Cruz. Mas já era o presidente Amil Buhiran. Eu fui vice-presidente dele”, relembra Elias que era dono do Bazar do Povo e funciona-va como distribuidor de revistas e jornais.

Ali Hussein Yaktine ganhou fama de visionário por “enxergar antes”, a prospe-ridade que seria vivenciada na cidade. Ali dizia que Caraguá seria uma “potência” comercial e fi caria irreconhecível em um prazo de 20 anos. A profecia se cumpriu.

Cerimônia de posse de Ali Hussein Yaktine em 1975

José Luís, da Casa do

incentivamos a criação

Avenida pela primeira vez em 1976, dando vida e alegria ao car-

Cerimônia de posse de Ali Hussein Yaktine em 1975

Arquivo ACEC

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Ele ainda considerava o Litoral Norte uma região inexplorada. A melhor maneira era unir as quatro cidades, para que “juntas”, crescessem e se tornassem polo referencial de turismo no país. E assim aconteceu.

Implantação do SPC – O professor Percival Bento Rangel implantou o Serviço de Proteção ao Crédito na Associação Co-mercial de Caraguá na gestão de Ali Yakti-ne. Ele relata que a iniciativa se deu porque alguns comerciantes locais queriam vender no crédito, mas não tinham garantias, até que trouxeram uma fi nanceira de São José dos Campos que fez breve levantamento dos devedores no comércio local.

“Dessa forma criou-se um fi chário com os nomes dos inadimplentes. A fi nanceira faliu porque o sistema foi corrompido, mas as fi chas vieram parar em minhas mãos. E para criar o SPC, a Associação Comercial de Caraguá precisava voltar à ativa, pois já exis-tia juridicamente, mas seu único patrimônio era uma linha telefônica”, explica Percival.

O professor procurou Ali na loja Ouro Verde e sugeriu a reativação da Associação Comercial. “Ele gostou da ideia e fez uma relação de nomes de comerciantes que fo-ram convidados para uma reunião à noite

em sua loja. Logo depois Ali tomou posse e criamos o SPC. Foi difícil reconquistar a confi ança do comércio, pois a princípio, o SPC era defi citário. Deste serviço, 15% da verba fi cava para a Associação. Mas nos primeiros dois anos, eu cobria o défi cit do SPC com parte do meu salário de professor.

O tempo foi passando e o serviço começou a crescer. Não existiam os computadores. Estendemos o SPC para São Sebastião, Ilhabela e Ubatuba, até que reconquista-mos a confi ança”, relata Percival Rangel.

O SPC ampliou os serviços incluindo informações de pessoas físicas, que eram

os clientes das lojas, e de pessoas jurídicas, os fornecedores dos comércios. “Escolhi meus melhores alunos para trabalhar no SPC. Eu fi cava até a madrugada fazendo os relatórios na sede da ACE e também fazia o Informativo. Fui várias vezes para São Paulo, na sede da Associação Comercial de lá para atualizar conhecimentos e resolver problemas. E todos os anos eu participava de encontros de SPCs, em cidades do inte-rior paulista. E o sistema tornou-se órgão importante e reconhecido por todos. Eu também visitava mensalmente os associa-dos nas quatro cidades”.

O comerciante Antônio Carlos Poloni, 69 anos, que herdou a gráfi ca de mesmo nome de seu pai, lembra que produziu muita fi cha do SPC para a Associação Co-mercial, assim como os carnês da loja Mó-veis Ouro Verde, para o Sr. Ali.

O quarto presidente: Amil Burihan

presidiu a Associação Comercial de 1977 a 1981 e na sua eleição teve mais de uma chapa concorrendo ao pleito. “O Amil teve uma boate na Rua Santa Cruz. De-pois abriu o restaurante Terraço na Altino Aran-tes. Ele era um sujeito simples e gostava de fes-tas. Conseguiu trazer o cantor Carlos Galhardo para se apresentar em Caraguá. E na sua ges-tão, os bailes da Asso-ciação lotavam o salão”,

revela Percival.Amil Burihan, hoje falecido, inovou sua

gestão ao criar o primeiro Boletim Infor-mativo da ACE, datado de setembro de 1979, registrando a história do desenvol-vimento do comércio na cidade. O jornal era datilografado, produzido por Percival

Barbosa, Ali Yaktine, o prefeito Geraldo Nogueira (Boneca) e outros comerciantes da época

Arquivo ACEC

José D’Almeida Barbosa o mentor da ACE, ao lado de Amil Burihan na cerimônia de posse de Ali Hussein Yaktine em 1975

Arquivo ACEC

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Perfi l - Ali Hussein Yaktine veio do Lí-bano para o Brasil em 1962. Morou em Londrina seis meses e mudou-se para São José dos Campos onde abriu a sua primeira loja de móveis e eletrodomésticos. Em 1966 se estabeleceu em Caraguá, onde instalou a loja Móveis Ouro Verde que fez história devido aos sorteios de carros, fogões, ge-ladeiras e outros grandes prêmios que só a sua loja distribuiu à população na época. O primeiro endereço da Ouro Verde foi na Rua Santa Cruz, depois na Rua São Benedi-

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perfil

to, onde hoje está instalada a Justiça Federal. E com apenas 11 meses de Caraguá, Ali Yaktine vivenciou a Ca-tástrofe de 1967 que dizimou parte da população de Caraguá. “Mas com fé em Deus e na cidade, permanecemos aqui e prosperamos”, confessa.

Os ex-presidentes da ACE Ali Hus-sein Yaktine, Geraldo Cândido Nasci-mento (Geraldinho) e o atual gerente da

ACE Idésio Kashiura (Budu)

Posto “Estrela” no Centro de Caraguá na década de 1970

Rangel, e publicava as datas de aniversá-rios dos associados, as consultas feitas ao SPC, os convênios com o Centro Médico São Camilo que dava 25% de desconto aos associados nas consultas e serviços presta-dos na Clínica e mensagens em datas co-memorativas como o natal e o ano novo.

Na gestão de Amil, a Associação passou a homenagear comerciantes. Em 1979, os homenageados foram José Nacarate do se-tor de materiais de construção, José Sidney Trombini (prefeito posteriormente) com seu parque de diversões e José Simão Sobri-nho do setor hoteleiro. Em 1981, o João Ta-rora, que construiu o Supermercado Garça na cidade, recebeu as congratulações.

Nesta época a Associação patrocinou um campeonato de futebol de veteranos chamado “Caros Coroas”. O time de cra-ques da ACE era formado por Mitsuo Kashiura, Roberto Rossi, José Ulisses Car-doso e outros.

Amil reuniu os comerciantes, e juntos, cobraram do Governo do Estado à im-plantação dos serviços de captação e tra-tamento de esgoto nas cidades do Litoral Norte, pois a poluição dos rios e praias prejudicava o turismo na região. Sua dire-toria também cobrou um anel viário para desviar o percurso de quem segue para Ubatuba, sentido Rio de Janeiro, e solucio-nar o constante tráfego pesado de veículos

em Caraguá. Ele sugeriu ainda a constru-ção de mais uma ponte sobre o Rio Santo Antônio, e conscientizou os comerciantes a pagarem seus impostos em dia. Parte das reivindicações foi concretizada com o pas-sar dos anos.

Outra conquista na gestão de Amil foi à doação de um terreno do Governo do Estado para ser a sede social da Associa-ção Comercial. Ele e o Barbosa foram para São Paulo acompanhar o processo. Amil e sua diretoria ainda alertaram sobre a constante invasão de comércio clandesti-no nos bairros da cidade; aconselharam os comerciantes a dinamizar as estruturas do lojismo, por meio de vitrines mais ousadas, com investimento em propaganda e fazen-do cursos como o de Imposto de Renda ministrado por representantes da Receita Federal na sede da ACE.

Amil se reuniu com o prefeito José Bou-rabeby para incentivar o desfi le das escolas de samba, que além da Tubarão, passou a contar com a Acadêmicos; para ver a plan-ta da Rodoviária que seria construída; para conseguir que o prefeito cancelasse no carnaval de 1980 uma feira de artesanato vinda de outra cidade que afetou o fatu-ramento dos comerciantes da Galeria Jan-gada. A gestão de Amil Burihan foi guiada pelo espírito de luta e amor pela entidade.

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linha do tempo

Comércios nos anos de 1975 a 1981 e anun-ciantes no Boletim Informativo da ACE que

tinha sede na Praça Dr. Cândido Motta, nº 48: Supermercado Garça, Hotel São Jorge, Móveis Ouro Verde,

Terraço Restaurante, Depósito Nacarate, Auto Peças Cardoso, Sorveteria Sílvio, Organização Contábil Las Vegas, Sauna Oba

Oba, Mercantil Yamato, Limpa Fossa Bola Branca, Arrastão Drinks, Bazar do Povo, Casa de Carnes Primor, entre outros.

População de Caraguatatuba* 1980: 33.299 habitantes1981: 35.938 habitantes

Prefeitos da época em Caraguatatuba: Tereza Cury Nogueira (1973 a 1977) e

José Bourabeby (1977 a 1983).

3ª Diretoria da ACE Caraguá - 1975 a 1977

Presidente: Ali Hussein YaktineVice-presidente: Amil Burihan1º Secretário: José D’Almeida Barbosa2º Secretário: José Ribeiro Godoy Sobrinho1º Tesoureiro: Geraldo Gomes Leite2º Tesoureiro: José Sidney TrombiniDiretores Sem Pasta: Adair Bardi da Fonseca e Takaaki Eguchi Conselho Deliberativo: Elias Rodrigues Sarralheiro, Antonio Abboud, Mitsuo Kashiura, Getúlio Vargas Navarro Magalhães, Valdomiro Perez, Ulisses Cardoso, Agostinho Fontes, Benedito Hemetério Moreira, João Vicente Soares, João Batista Oliveira, David SalameneSuplentes: José Simão Sobrinho, Carlos Roberto Cremonini e José Rodrigues

* Fundação Seade

4ª Diretoria da ACE Caraguá - 1977 a 1981

Presidente: Amil BurihanVice-presidente: Elias R. Sarralheiro

2º Vice-presidente: José Ulisses Cardoso1º Secretário: José Ribeiro Godoy Sobrinho

2º Secretário: José D’Almeida Barbosa1º Tesoureiro: João Vicente Soares

2º Tesoureiro: Geraldo Gomes LeiteDiretor de Patrimônio: Antonio Abboud

Diretor Social: Augusto Antunes Correia FilhoDiretor do SPC: Joaquim Fernandes Neto

Diretor Executivo do SPC: Percival Bento RangelDiretor de Esportes e Turismo: Adair Bardi da Fonseca

Diretor sem pasta: José Sidney Trombini

Conselheiros: José Nacarate, Carlos Roberto Cremonini, Alberto Carvalhera,

Benedito Hemetério Moreira, Getúlio Vargas Navarro Magalhães, Takaaki Egughi, Mitsuo Kashiura, Francisco Monter Jr. José Ro-

drigues Pinto, Waldomiro Perez e Agostinho Ribeiro Fontes.Suplentes:

Ademar Rocha Medeiros, Miguel Succar, Nelson Pires, Antonio Harada e João Santos de Oliveira.

1975

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1965 1970 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015

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Amil Burihan

Benedito Hemetério Moreira, Getúlio Vargas Navarro Magalhães, Takaaki Egughi, Mitsuo Kashiura, Francisco Monter Jr. José Ro-

Benedito Hemetério Moreira, Getúlio Vargas Navarro Magalhães,

Ali Hussein Yaktine

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“O14

Colaborador ao extremo

“O Barbosa era uma pessoa fantástica. Excep-cional. Um colaborador ao extremo. Ele ajudava em tudo. A parte jurídica da ACE foi ele quem fez, pois era contador. Lem-bro-me dele sempre de paletó e comunicativo”, relata o professor Perci-val Rangel que considera a Associação Comercial uma entidade de total importância para Cara-guá, assim como o SPC que começou simples e se transformou em um órgão nacional e funda-mental para as vendas a prazo.

Barbosa nasceu em Portugal e com um ano de vida veio com a família para o Brasil. Na capital paulista, formou-se em Contabilidade em 1940 e abriu em socie-dade com um amigo, um escritório que funcionou até 1954. Em 1955, a convi-te dos amigos Biagini, Francisco Monter (primeiro presidente da ACE), Antônio Ferreira e Amadeu, mudou-se para Cara-guatatuba como sócio e diretor fi nanceiro

da Casa Estrela Comércio e Indústria. A empresa fechou em 1959 e José D’Almei-da abriu seu escritório de contabilidade na cidade.

Um grande feito em sua gestão como presidente da ACE nos anos de 1981 a 1983, foi ter conquistado junto ao Gover-no Federal, a autorização para abertura e funcionamento dos postos de gasolina nos fi ns de semana, medida posteriormente es-tendida ao restante do país. E ele também

foi um dos fundado-res e incentivadores da escola de samba Tubarão, ao lado de Ali Hussein Yaktine, José Sidney Trombini e outros.

Um assunto bem debatido nos anos em que Barbosa es-teve à frente da ACE foi como enfrentar a crise econômica pela qual o país passava,

deixando o consumi-dor mais criterioso com as compras. Também houve uma preocupa-ção da ACE em preser-var o meio ambiente, já que morros estavam sendo cortados, e a ci-dade passava por um progresso desordenado devido a especulação imobiliária, com esgoto sem tratamento, des-matamento de rios e mares poluídos.

Mesmo com a crise econômica do país, Ca-raguá e seu comércio

prosperaram. As Casas Pernambucanas abriram mais uma fi lial na cidade. Outra conquista comemorada pela diretoria foi a publicação da revista Dirigente Munici-palista em novembro/dezembro de 1981, inserindo as cidades do Litoral Norte entre os 500 municípios mais bem desenvolvi-dos do Brasil.

Em sua gestão foi implantado o SISI (Sistema de Segurança Integrada) ga-rantindo mais segurança aos comércios locais que passaram a contar com um sistema de alarmes. E a ACE fez diver-sas sugestões ao prefeito Jair Nunes para ele tomar medidas cabíveis e acabar com o comércio clandestino de ambulantes eventuais, fi scalizar as atividades comer-ciais, construir um Centro de Conven-ções e Eventos, um Orquidário, ampliar a limpeza das praias, melhorar o trânsi-to e os acessos rodoviários em Caraguá, controlar o número de animais de grande porte soltos na cidade, manter os campos de futebol nas praias, e lutar pela criação da primeira escola de ensino superior

deixando o consumi-dor mais criterioso com as compras. Também houve uma preocupa-ção da ACE em preser-var o meio ambiente, já que morros estavam sendo cortados, e a ci-dade passava por um progresso desordenado devido a especulação imobiliária, com esgoto sem tratamento, des-matamento de rios e mares poluídos.

A Silvio Sorveteria, a Churrascaria Gaúcha, a Casa Barateira Simão e outras lojas no Centro de Caraguá que faziam sucesso na década de 1980

Arquivo Público do Município

Arquivo Público do Município

José Sidney Trombini

Padaria Capri na década de 70

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que passou a ser debatida na cidade. Barbosa e sua diretoria trabalharam incansavelmente em prol do desen-volvimento do comércio local, sendo substituído por Geraldo Gomes Leite.

O sexto presidente – Nos anos de 1983 a 1985 a Associação Comercial foi presidida por Geraldo Gomes, pro-prietário do Hotel São Jorge, que atuou de forma efetiva, representando a ACE em eventos, reuniões, encontros com autoridades, e incentivando campanhas promocionais principalmente nas festas de fi m de ano, carnaval, dia dos namo-rados, entre outras, no sentido de orientar os associados sobre a necessidade de cati-varem seus clientes e criarem diferenciais em datas comemorativas.

Geraldo e sua diretoria apoiaram a ini-ciativa da Polícia Militar, de agir com mais habilidade em casos de assaltos. Eles tam-bém se reuniram com o prefeito Jair Nunes e a classe dos açougueiros para cobrar mais fi scalização na venda clandestina de carne nas ruas e feiras livres; demonstraram insa-tisfação com o alto custo de impostos; bem

Perfi l -José D’Almeida Barbosa, o “Bar-bosa”, era fi lho de Jerônimo Barbosa e Clementina Soares de Almeida. No dia 12 de setembro de 1922, ele nasceu em Portu-gal, e logo veio com a família para o Bra-sil, onde veio a se naturalizar “brasileiro” somente em 1955. Casou-se com Percília Delgado Barbosa com quem teve seis fi -lhos: Mariângela, Rubem, Silvio (contador como o pai), José D’Almeida Barbosa Ju-nior, Izilda e Mércia.

Foi membro da Diretoria do Esporte Clube XV de Novembro, atuando como presidente na gestão 1959/61, quando doou parte da área do Clube para cons-trução da escola estadual Thomaz Ribeiro

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perfil

de Lima, na qual foi professor de Técnicas Contábeis por mais de cinco anos. Com o apoio de seu amigo, o governador Car-valho Pinto, colaborou para a criação da Comarca de Caraguatatuba e conseguiu empréstimo junto à Caixa Econômica Fe-deral para a construção da sede social do Esporte Clube na Rua Santa Cruz, mais tarde desativada.

Barbosa lutou pela implantação da te-lefonia no município; foi agente do INPS (Instituto Nacional de Previdência Social), atual INSS, no litoral por dez anos; membro do Rotary Club de Caraguatatuba de 1967 a 2006; colaborou na criação da circunscrição de trânsito na cidade, em 1986, juntamente

com o Dr. Paulo Pestana; criou a Guarda Mirim em Caraguatatuba com a colaboração do tenente Moura e, na época, ainda solda-do, depois sargento, Nelson Varallo; e atuou como delegado do Conselho Regional de Contabilidade do Litoral Norte por 16 anos.

Entre 1969 e 1972 foi um vereador dedi-cado, lutando com outros municípios pela instalação do Posto de Previdência Social, meta alcançada posteriormente. Foi um dos fundadores e vice-presidente da Asso-ciação de Aposentados de Caraguatatuba. Poeta, charadista e escritor, membro do Círculo Enigmístico Paulistano. Recebeu o Título de Cidadão Caraguatatubense em 1994 e faleceu em 23 de dezembro de 2006.

como a ACE se fez representada em reu-nião que debateu os planos do Comando Sanitário que seriam aplicados na cidade.

Um evento que fi cou para a história de Caraguá, e contou com o apoio da Asso-ciação Comercial, foi a XIII Prova Natató-ria Ilhabela-Caraguatatuba que aconteceu no dia 16 de junho de 1985. O evento teve ampla cobertura da imprensa local, com o jornalista Roberto Espíndola entrevistando o prefeito Jair Nunes, os participantes e os comerciantes, inclusive, àqueles que fi zeram faixas de apoio aos atletas como a Móveis

Ouro Verde e o Auto Posto I Centenário.

E quando a Embraer comemorou a produ-ção do avião nº 3.000, Geraldo representou a Associação em um jan-tar que homenageou o engenheiro Ozires Silva, então presidente da em-presa. Já no 111º Con-gresso Empresarial em Guaratinguetá, ele pôde fazer contatos e falar dos trabalhos da ACE

que incentivava seus associados a terem momentos de lazer fora do trabalho, dava dicas para a empresa ter sucesso como o bom atendimento ao cliente e o uso da cria-tividade no mundo dos negócios.

Mas a infl ação assustadora, que deixou a economia no país em crise, refl etia no co-mércio local. E por isto, a ACE em seu In-formativo, publicou textos sobre a história da infl ação para contextualizar o que esta-va acontecendo no Brasil, além de orientar os associados a driblar este período difícil.

Faixa da loja Móveis Ouro Verde na prova natatória que teve o apoio da Associação Comercial de Caraguá em 1985

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linha do tempo

Comércios nos anos de 1981 a 1985 e anun-ciantes noBoletim Informativo da ACE que

tinha sede na Rua Santa Cruz, nº 188: Hidráulica Caiçara, Auto Peças Cardoso, Sílvio Sorvetes,

Lanchonete Terraço, Rossi Calçados, Supermercados Garça, Depósito Indaiá, Drogaria Santo Antônio, Trevo Novidades,

Casas Pernambucanas, Supermercado Carlos, Auto Posto Caraguá, Casas Buri, Depósito Nacarate, Supermercado Porto

Novo, Hotel São Jorge, King’s Ótica, Cactos Modas, loja Ca-raguá Infantil, Mero Lero Artezanato, Cactos Modas, Valepa-

raibano – Sucursal em Caraguá, Moricop – xerox, Depósito Estela Maris e Hotel Guanabara.

População de Caraguatatuba* 1982: 38.879 habitantes1983: 41.781 habitantes1984: 44.834 habitantes1985: 48.136 habitantes

Prefeitos da época em Caraguatatuba: José Bourabeby (1977 a 1983) e

Jair Nunes de Souza (1983 a 1988).

5ª Diretoria da ACE Caraguá - 1981 a 1983

Presidente: José D´Almeida BarbosaVice-presidente: José Ulisses CardosoVice-preidente: Elias Rodrigues Serralheiro1º Secretário: Augusto A. Correa Filho2º Secretário: Getúlio Vargas N. Magalães1º tesoureiro: José Sidnei Trombini2º tesoureiro: José Ribeiro Godoi SobrinhoDiretor Social: Amil BuhiranDiretor Patrimônio: Antonio AbboudDiretor de Esportes: Oswaldo Everaldo AlksnisDiretor do SPC: Alberto CarvalheiraDiretor sem Pasta: Adair Bardi da Fonseca

* Fundação Seade

6ª Diretoria da ACE Caraguá - 1983 a 1985

Presidente: Geraldo Gomes Leite1º vice-presidente: José D´Almeida Barbosa

2º vice-presidente: Alberto Carvalheira1º secretário: Augusto Antunes Corrêa Filho

2º secretário: Ademar Rocha Medeiros1º tesoureiro: José Ribeiro Godoy Sobrinho

2º tesoureiro: Takaaki EguchiDiretor social: Amil Burihan

Diretor de patrimônio: Antonio AbboudDiretor de esportes: José Ulisses Cardoso

Diretor do SPC: Elias Rodrigues SarralheiroDiretor sem pasta:

Benedito Roberto Guimarães

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O mentor da ACE e quinto presidente da entidade, o contador José D´Almeida Barbosa

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O sexto presidente da ACE, GeraldoGomes Leite

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“A” Diretoria“Foi um período tão

gostoso. Naquele ano de 1985 eu não tinha preten-são de me tornar presi-dente da ACE, mas alguns amigos comerciantes me procuraram e respondi da seguinte forma: coloca o meu nome e faça o sor-teio. Eu tinha uma loja de material de construção, o depósito Estela Maris e já participava da Associação Comercial. Em 1977 me associei, aliás eu disputei a presidência da Associa-ção com o apoio do Ali Yaktinee e perdi para o Amil Burihan na primeira vez”, relata Edison Ma-zzucca que foi o sétimo presidente da As-sociação Comercial, sendo eleito em 27 de outubro de 1985 e permanecendo até 02 de dezembro de 1987.

Na gestão de Mazzucca, a Associação era atuante com o Serviço de Proteção ao Crédito que estava em crescimento. Tinha também o Boletim Informativo que estrei-tava os laços entre ACE e os comerciantes locais, estimulando-os a usar estratégias de marketing no natal, inclusive, esclarecendo quanto à simbologia da árvore, do Papai Noel e do presépio. Outras orientações eram passadas aos comerciantes, como os riscos e benefícios do cheque, as melhores formas de cobrarem o cliente, estudando respostas convincentes e estabelecendo um diálogo respeitoso.

Para Edison, o bom desempenho da gestão foi refl exo da capacidade e inte-gridade de sua diretoria, considerada por ele como “A” melhor que a ACE já teve. “Quem teve uma diretoria como a que eu

tive, fi ca fácil trabalhar. E digo mais, os meus diretores são meus parceiros e com-panheiros até hoje. Tem o David Salame-ne (falecido recentemente), o José dos Santos Ferreira, dono do depósito Indaiá, o João Sermerjion Júnior, o Roberto Ros-si, o Jorge Nakano, o Poloni, o Tiãozinho do restaurante e outros bem sucedidos comerciantes. São pessoas gabaritadas, de caráter e dignidade que me ajudou a en-frentar turbulências da época como a in-fl ação e a desorganização econômica do país. Foram estas cabeças pensantes que me assessoraram, e por isto não esmore-cemos, mas lutamos e estamos aqui ainda hoje” refl ete.

O número de associados cresceu nesta gestão. “Nossos diretores tinham credibili-dade e, por isto, houve adesão dos comer-ciantes. Sinto saudades dessas pessoas e sou um homem feliz por gozar da amizade deles até hoje. A relação com os funcioná-rios da Associação também era maravilho-

sa. Se o cara fosse ruim ele fi cava bom com a gente. Provávamos para o funcionário que ele podia fi car bom”.

A primeira medida de Mazzucca a frente da ACE foi equilibrar fi -nanceiramente a Asso-ciação Comercial, pois até então era comum os diretores pagarem as contas. O SPC atuou fortemente no período e garantia parte da fon-te de renda para a ACE se manter, mas foram criados novos serviços como o de Proteção ao Proprietário de Imóvel,

que advertia sobre inquilinos maus paga-dores. Outros temas trabalhados na gestão foram as explicações sobre promoção de vendas, conhecimento dos prazos do im-posto de renda do ano, como ser um bom vendedor, a importância das vitrines, como se portar em uma reunião e o estímulo para uma concorrência amigável.

A Associação fazia a ligação entre a cidade, a capital paulista e o país. Um exemplo foi a Campanha “Diga Não ao Aumento dos Impostos” que prevenia o comerciante quanto aos falsos fi scais fe-derais, sendo proposta pela Associação Comercial de São Paulo e disseminada para todo o país, inclusive pela ACE em Caraguá. Outras duas conquistas desta gestão foram à criação de uma tabela dos preços para bebidas em geral, elaborada junto à prefeitura, e os relatórios com as ações desenvolvidas pela Associação que começaram a serem publicados no Bole-tim da ACE, informando sobre o Plano

Rua Santa Cruz

Acervo ACECsa. Se o cara fosse ruim ele fi cava bom com a gente. Provávamos para o funcionário que ele podia fi car bom”.

de Mazzucca a frente da ACE foi equilibrar fi -nanceiramente a Asso-ciação Comercial, pois até então era comum os diretores pagarem as contas. O SPC atuou fortemente no período e garantia parte da fon-te de renda para a ACE se manter, mas foram criados novos serviços como o de Proteção ao

Acervo ACEC

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Perfi l - Edison Félix Mazzucca nasceu em Ferraz de Vasconcelos e veio para Ca-raguá com vinte e poucos anos. O pai Ítalo Mazzucca era um visionário e profetizou que aqui seria o lugar para o fi lho morar, ganhar dinheiro e construir família. O pai conhecia a cidade desde 1965, pois tinha casa aqui. E Mazzucca confi rma que o pai estava certíssimo, tanto que seus fi lhos Flávio, Estela e Reinaldo, orgulhosamente nasceram no Hospital Stella Maris, em Ca-

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perfil

raguatatuba.Pai e fi lho foram sócios e parceiros. O

pai Ítalo fi cou com a loja em Ferraz de Vasconcelos e o fi lho, no caso o Edison Mazzucca, inaugurou em 07 de janeiro de 1973 o depósito de construção Estela Maris na Avenida Rio Branco, n. 780, no Indaiá e o encerrou em 2002. Em 1976, novamente em parceria com o pai, Edison criou a única padaria do bairro Indaiá, na época. A Chame Chame funcionou até os

de Captação de Novos Sócios, apoio para a implantação de Corpo de Bombeiros na cidade, solicitações de remanejamento da sinalização no trânsito do Centro de Ca-raguá, reuniões com representantes dos bancos, com a Prefeitura e a Câmara de Vereadores. Em 1987 o jornal da ACE passou a se chamar Clip’s Informativo e tinha tiragem de 1.000 exemplares.

A importância da ACE foi tão grande que infl uenciou os bastidores da política,já que o prefeito Jair Nunes veio se aconse-lhar com os diretores da Associação, para lhe indicarem um sucessor na Prefeitura. “Sugerimos o nome do associado e em-presário José Sidney Trombini, que tinha o Parque de Diversões no Centro da cidade.

Foi da ACE que saiu outro grande prefei-to, o Antônio Carlos da Silva que também chegou a presidir nossa entidade. Portanto, esta Associação está fardada ao sucesso”, confi rma Edison.

Mazzucca lembra que surgiu na cidade, o boato da criação de um clube de lojistas. “Mas para quê criar um clube de lojistas se existia uma Associação Comercial efi cien-te, que contribuía para fortalecer o comér-cio, e que inclusive, ajudava a Prefeitura a enfeitar as ruas da cidade no natal. Nós cumprimos com o papel de conselheiros porque tínhamos diretores competentes. O valor da mensalidade era tão pequeno se comparado aos benefícios da Associa-ção. Hoje tenho orgulho de ver uma ACE

com sede própria, que une e dá visibilida-de aos comerciantes”.

Outro fato que marcou a trajetória de Mazzucca foi ele ter presidido a Casa do Menor de Caraguatatuba. “No período que fui presidente da ACE, o Juiz de Di-reito me convidou para presidir a Casa do Menor e darmos um lar as crianças abandonadas ou com lares desestrutura-dos. Os comerciantes colaboraram com esta causa social. E uma das casas, quem cedeu foram dois comerciantes até que construímos a Casa do Menor na Avenida Sergipe, praticamente com os materiais de construção doados pelo meu depósito e de outros comerciantes. Foi muito gratifi -cante”, fi naliza.

anos 1990.Mazzucca fez história mesmo ao criar

“o maior e o melhor clube da cidade” em 1975, que foi o Princes Clube que fechou as portas depois de 29 anos. “Considero-me um empresário de sucesso. Casei, minha mulher Futiné descendente de libaneses, e com o fruto do trabalho consegui fazer o pé de meia e hoje vivemos bem. Sou grato ao município, de tal forma que até meu tú-mulo está pronto”, revela Edison.

Diretoria Edson Mazzucca

Reprodução ACE

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Comércios nos anos de 1985 a 1987 e anunciantes noBoletim Informativo

da ACE que tinha sede na Rua Santa Cruz, nº 188:

Supermercado Carlos, Sorveteria Aldo, Auto Posto Cara-guá, Hotel São Jorge, Casa de Carne Castro Alves, Depósito Nacarate, Medicamentos em Geral, Posto Esso, Join’s Maga-

zine, Rossi Calçados, Restaurante do Tião, Aldo sorvetes e sucos naturais, Madeireira Costa Verde, Moricop, Parada da

Costela,Pop Discos, Móveis Ouro Verde, Alfaluminio, Depó-sito Estela Maris, Gelmaq, Supermercado Garça, Esquina da

Pizza, Drogaria São Benedito, 775, Calçados Nice, Restaurante O Veleiro

População de Caraguatatuba* 1986: 51.1311987: 54.334

Prefeito da época em Caraguatatuba: Jair Nunes de Souza (1983 a 1988).

7ª Diretoria da ACE Caraguá - 1985 a 1987

Presidente: Edison Félix Mazzucca1º Vice-Presidente: Jorge Nakano2º Vice-Presidente: Roberto Rossi1º Secretário: José dos Santos Ferreira2º Secretário: Luiz Carlos Poloni1º Tesoureiro: Benedito Hemetério Moreira2º Tesoureiro: Jonas OlivaDiretor Social: Sebastião Carlos FernandesDiretor de Patrimônio: Linduarte Siqueira BorgesDiretor de Esportes: Ronald RossiDiretor do SPC: João Semerjion JuniorDiretor sem Pasta: Maria Zuleide Nogueira Lucarelli

* Fundação Seade

linha do tempo1985

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1965 1970 1975 1977 1981 1983 2005 2010 2015

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Edison Félix Mazzucca foi o 7º presidente da ACE nos anos de 1985 a 1987

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Incentivador“A Associação Comer-

cial é muito importan-te para uma cidade. Ser presidente da Associação de Caraguá de dezembro de 1987 a novembro de 1989 foi uma experiência maravilhosa e que tenho orgulho. Aprendi muito e tentei repassar tudo o que aprendi. Concorri à presidência da ACE pela primeira vez na eleição que o Edison Mazzucca ganhou. Na gestão dele fui diretor do SPC. Na eleição seguinte, nossa diretoria venceu”, con-fi rma o oitavo presidente da ACE, João Sermejion Júnior, 61 anos.

Ele lembra que trabalhar na Associação era muito bom. “Tinha o Percival, a Eliana, a Rosa e outros funcionários. Era um clima muito gostoso. E o principal serviço dispo-nibilizado aos associados foi o Serviço de Proteção ao Crédito que funcionava com base nas informações de títulos protestados que comprávamos mensalmente do cartó-rio e completávamos nas fi chas. Também implantamos o telecheque e os comercian-tes ligavam para saber se os cheques dos clientes tinham restrições. Tudo feito por telefone ou pessoalmente. Foi uma época muito legal”, confi rma João Semerjion.

As empresas que mais consultavam o SPC na época eram a Pernambucanas, Mó-veis Ouro Verde, Calçados Nice, Carrara Materiais de Construção, Móveis e Deco-ração Santa Cecília, Jion’s Magazine, De-pósito Brasil, Esporte Rossi, Good Store, entre outras.

A gestão de Semerjion apoiou as limpe-zas das praias realizadas pela Associação

Ecológica de Caraguatatuba, levando os di-retores e os associados a participarem des-ses mutirões ecológicos. Neste período, a ACE organizou diversas palestras e cursos aos associados. “A cidade tinha uns 280 co-merciantes e creio que metade era associa-da. Fazíamos muitos cursos, tinha o Baile do Comerciante do Ano, e as campanhas pro-mocionais em datas comemorativas como acontecem hoje. Participei de congressos das Associações Comerciais do Estado de São Paulo. Lembro-me que fui para Ribeirão Preto, São Paulo e outras cidades”, revela.

O jornal da Associação cedeu espaço para divulgar as ações em prol da preser-vação do meio ambiente. A ACE incenti-vou os associados a participarem das ações da ONG Ecológica de Caraguatatuba que organizava palestras nas escolas, caminha-das, além de denunciar, por exemplo, que a pedra do Morro Santo Antônio tinha sido pichada, que estava tendo retiradas ilegais de terra no Jaraguazinho e nas margens do Rio do Ouro. Teve ainda campanha Lixo

O Hotel Binoca é um dos comércios que funcionava no fi nal do anos 1980 quando João Semerjion presidiu a Associação Comercial de Caraguá

Arquivo Público do Município

no Lixo, campanha em Prol da Segurança em Caraguá, entre outras.

Nessa gestão acon-teceram os cursos de “Telefonista e Recep-cionista” com aulas práticas, teóricas e áudio visual; o curso de “Manequins”; de “Secretária Executi-va” e o “Treinamento e Desenvolvimento Gerencial”, para pre-parar melhores chefes, utilizando-se de plane-jamento, organização e controle da adminis-tração do negócio. Ou-

tra palestra de sucesso foi a do Instituto Liberal São Paulo sobre “Fundamentos da Sabedoria Política e Econômica”.

Em meados de abril de 1988 o presiden-te João Semerjion se afastou da Associa-ção, pois se candidatou a vereador. Quem ocupou seu lugar foi o 1º vice-presidente Luiz Carlos Poloni, e como não se elegeu, Semerjion voltou a ACE e concluiu a presi-dência. “Lembro que Amil Buhiran faleceu nesta época e fi zemos homenagens póstu-mas a ele”, comenta Semerjion.

Lanchonete Mr. Cook

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Perfi l - João Sermejion Júnior tem três fi lhos, Roberta, João Paulo e Ri-cardo, além da neta Isabela. Todos são comerciantes. Semerjion formou-se na primeira turma de Administração, na então Faculdades Integradas Módulo. Mas antes, em 1ª de setembro de 1979, quando tinha 25 anos, decidiu largar o emprego de vendedor de carros em uma concessionária de São Paulo para vir mo-rar em Caraguá, onde o pai tinha casa de veraneio. O país passava por uma crise fi nanceira e ele com o apoio da esposa e fi lhos buscavam novas oportunidades no Litoral Norte.

Com o espírito de comerciante cor-rendo em suas veias, comprou um trailer na Martim de Sá que se chamava “Bar-budo” (João Semerjion na época tinha muita barba). Depois de três anos com o Trailer, montou a Gesomar, loja que vendia materiais de gesso, pintura, ce-râmica e artesanato. Em seguida, abriu uma fl oricultura e fazia arranjos para fes-tas e casamentos. Mas os comércios que

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perfil

João Semerjion atualmente está aposentado e curtindo a

família e os amigos

Diretores que concorreram e venceram as eleições da entidade em dezembro de 1987

Reprodução

o consagraram foram a Jion’s Bijuterias e a Jion’s Magazine em 1984. Esta últi-ma vendia brinquedos e eletrodomésti-cos e chegou a ter dois mil crediaristas próprios. “Foi um tempo muito bom, éramos a terceira maior loja do Litoral Norte”.

Bruna Vieira/A

gência Gentecom

Em 1986, com o plano Cruzado João vendeu a Jion’s Magazine. Depois ainda teve a lanchonete Mr Cook, aju-dou os fi lhos na boate NYX Clube, en-tre outros comércios que administrou. Hoje está aposentado, curtindo a famí-lia e os amigos.

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Conselho Consultivo: Ângelo Fonseca Nogueira Junior; Yoshihiko Kawata; Francis-co Domingos P. Quinetti; Aldo Rubens N. Magalhães Palmira Marques dos Santos; José Fausto Pereira; Domingos J. P. de Araújo; Antônio Carlos Poloni; Otávio Dias de Oliveira; Gil-berto Henrique Bechara; Moacir Pedro Pinto Alves.Suplentes: Carlos Jader Junqueira; Joaquim Fernandes Netto; Airam Salles Costa; Jonas Oliva; Sebastião Carlos Fernandes.Comissão Fiscal: Mauri Diniz Ferreira; Ibrahin Antônio Bittar Júnior; Benedito Hemetério Moreira.

O oitavo presidente da entidade João Semerjion Júnior

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Comércios nos anos de 1987 a 1989 e anun-ciantes no Informativo da ACE que tinha

sede na Rua Santa Cruz, nº 188: Moricop; Auto Posto Caraguá; Recanto Tabakana; Bazar do

Compadre; Móveis Ouro Verde; Pop Discos; Esquina da Pizza; Rossi Calçados; Depósito Estela Maris; Calçados Nice;

King´s Ótica, Drogaria Nossa Senhora Conceição,Ótica Ponto de Vista, Escritório Contábil Gilberto Bechara; Imobiliária Nakano; Vila Real Supermercado; Hotel Binoca; Banco do

Brasil, Mary Motos.

População de Caraguatatuba* 1987: 54.334 habitantes1988: 57.764 habitantes1989: 61.437 habitantes

Prefeitos da época em Caraguatatuba: Jair Nunes de Souza (1983 a 1988) e

José Bourabeby (1989 a 1992).

8ª Diretoria da ACE Caraguá - 1987 a 1989

Presidente: João Semerjion Júnior1º vice-presidente: Luiz Carlos Poloni2º vice-presidente: Eurípedes da Silva Ferreira Filho 1º secretário: Benedito Roberto Guimarães2º secretário: Ademar Rocha Medeiros1º Tesoureiro: Geraldo Cândido Nascimento2º tesoureiro: Paulo Roberto FavorettiDiretor Social: Roberto RossiDiretor do SPC: José Raimundo de AraújoDiretor de Patrimônio: José dos Santos PereiraDiretor de Esportes: José Carlos Arruda Outeiro Diretor sem pasta: Edison Félix Mazzucca

* Fundação Seade

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1965 1970 1975 1977 1981 1983 1985 2015

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Bailes concorridos e Miss Comércio

Diretor da Associação Comercial de Caraguá por cinco gestões, desde 1979, Geraldo Cândido Nascimento, popular-mente conhecido como Geraldinho da Sorveteria Aldo, venceu a eleição que contou com duas chapas inscritas, e se ele-geu presidente para o bi-ênio 1990/1991. A posse da nova diretoria aconte-ceu no dia 30 de novem-bro de 1989, no Centro Cultural de Caraguatatu-ba que fi cava na Rua Santa Cruz, e contou com a presença do presidente da Câmara de Vereadores - Dúlio Peixoto, o assessor de imprensa e representante do prefeito- Pedro Montemor, locutores da rádio Mo-rada FM, empresários, associados e outros.

Com 30 anos de idade, Geraldinho presi-diu a ACE em uma época em que a entida-de recebeu o primeiro micro computador para informatizar o SPC que funcionava por meio de fi chas impressas, e as mensali-dades eram recebidas por meio de um co-brador. A gestão foi marcada pelos bailes

dos comercian-tes no antigo Clube Náuti-co, na Praia das Palmeiras, que eram concorri-dos. “Para par-ticipar precisava ser associado e por isto vários comerciantes co-meçaram a fazer parte da entida-de, para poder se

divertir nos bailes temáticos. O maior era o Baile do Hawai que recebia uma decoração especial”, recorda Geraldinho.

Em 1990 aconteceu a primeira edição do concurso de beleza Miss Comércio, na qual cada candidata representava um comércio da cidade e era eleita após desfi lar de maiô e com roupa de gala. “Lembro que algumas edições do Miss Comércio aconteceram no Princes Clube e outras na quadra do Colé-gio Módulo. Quem organizava era a Malu Baracat e o Idésio Kashiura “Budu”, con-fi rma Geraldo que além de incentivar este concurso, organizava eventos e campanhas junto aos associados, estreitando a relação da entidade com os comerciantes.

Uma iniciativa inédita da ACE foi reali-zar uma reunião mensal com entidades de bairros para, em conjunto, discutirem os problemas comuns que afl igiam a cidade, já que o prefeito José Bourabeby passava por um processo de cassação. Na reunião de abril de 1990, por exemplo, os morado-res reclamavam do mato cobrindo valas, falta de água, buracos na rua, e por outro lado, os diretores da Associação Comercial informavam os motivos, apuração e anda-

mento do processo de cassação do prefeito.

A ACE foi totalmen-te remodelada na ges-tão de Geraldinho, o que aumentou o rendi-mento da entidade que agora tinha um Progra-ma de Trabalho com organograma de ativi-dades dos funcionários, fl uxograma conjunto, divisão em setores, criação da Assessoria Jurídica e Consultiva e Programa de Eventos e

Cursos para todo o ano. O Conselho Regional das Associações

Comerciais do Vale do Paraíba e Litoral Norte se reuniram em Caraguatatuba pela primeira vez em fevereiro de 1990, para relatar conquistas, difi culdades e refl etir a reforma estatutária como forma de unifi -car o trabalho das Associações. Geraldinho e sua diretoria também participavam das reuniões mensais na Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) que aconteciam em outras cidades do estado.

Em junho de 1990, a Associação pro-moveu um debate sobre o aumento da criminalidade no município chegando à conclusão de que faltava pessoal e material para a polícia e atuar de forma mais efetiva e pouco interesse da população e autori-dades. Também foi realizado em julho de 1991, o 1º Encontro das Associações Co-merciais do Litoral Norte que contou com a presença de políticos como o deputado Ari Kara e colocou em pauta a necessida-de urgente de um novo acesso rodoviário para o Litoral Norte e caminhos para o crescimento ordenado da região.

Jurídica e Consultiva e Bailes ACE

Arquivo ACE

tes no antigo Clube Náuti-co, na Praia das Palmeiras, que eram concorri-dos. “Para par-ticipar precisava ser associado e por isto vários comerciantes co-meçaram a fazer parte da entida-de, para poder se

Daniela Ducca Miss Comércio

Arquivo ACE

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perfil

Perfi l - Antônio Micheletto Rossi nasceu em São Caetano do Sul, mas a família é de Caçapava, Vale do Paraíba. O pai Ivan Mi-cheletto Rossi era policial rodoviário e veio para Caraguá com toda a família em 1959, devido a uma transferência de trabalho. Aqui, além de policial, abriu a Docimar para vender cocadas e queijadinhas.

Os anos se passaram até que em 1967, ocorreu a catástrofe que arrasou a cida-de. “Eu tinha 13 anos e meu irmão 11. A Docimar fi cou um metro debaixo d’água. Perdemos tudo e acabamos voltando para Caçapava. Formei-me em Administração pela Universidade de Taubaté (Unitau)”.

“Peguei esta entidade com um pouco mais de 100 associados e entrega-mos com quase 400 asso-ciados”, revelou Geraldo Nascimento na época, que por motivos de saúde, pe-diu afastamento da enti-dade, acreditando na força comunitária da associação que presidiu. Atualmente Geraldinho mora em São José dos Campos, tem 56 anos, atua como corretor de imóveis e é assessor de um restaurante da Rede Traíra & Cia. É casado com a Dorinha e tem três fi lhos, Marcelo, Márcio e Michele. Ele tem saudade da épo-ca em que estudava na escola Thomaz Ri-beiro de Lima e de quando foi proprietário da Sorveteria Aldo que funcionava na Praça Cândido Motta, n. 182.

A gestão do Vice-Presidente – An-tônio Micheletto Rossi, o Toninho da Docimar como é conhecido, assumiu a presidência em março de 1991, cargo

deixado por Geraldinho. “Fui diretor so-cial e fi nanceiro. Eu vivia na Associação. O comerciante era muito próximo por causa do SPC e porque fazíamos carta-zes e campanhas no Dia dos Namorados, Dia das Mães, dos Pais, com sorteios de prêmios que arrecadávamos dos comer-ciantes. E fazíamos bailes grandes. Tinha o jornal “Ideias e Ideais” que destacava os aniversariantes do mês. Foi a nossa di-retoria que convidou o Antônio Carlos,

Caçapava, Vale do Paraíba. O pai Ivan Mi-cheletto Rossi era policial rodoviário e veio para Caraguá com toda a família em 1959, devido a uma transferência de trabalho. Aqui, além de policial, abriu a Docimar para vender cocadas e queijadinhas.

Os anos se passaram até que em 1967, ocorreu a catástrofe que arrasou a cida-de. “Eu tinha 13 anos e meu irmão 11. A Docimar fi cou um metro debaixo d’água. Perdemos tudo e acabamos voltando para Caçapava. Formei-me em Administração pela Universidade de Taubaté (Unitau)”.

Caçapava, Vale do Paraíba. O pai Ivan Mi-cheletto Rossi era policial rodoviário e veio para Caraguá com toda a família em 1959, devido a uma transferência de trabalho. Aqui, além de policial, abriu a Docimar para vender cocadas e queijadinhas.

Os anos se passaram até que em 1967, ocorreu a catástrofe que arrasou a cida-de. “Eu tinha 13 anos e meu irmão 11. A Docimar fi cou um metro debaixo d’água. Perdemos tudo e acabamos voltando para Caçapava. Formei-me em Administração pela Universidade de Taubaté (Unitau)”.

Toninho, já formado, foi trabalhar em uma empresa de tanques de guerra, no se-tor de montagem, sendo transferido para Salvador na Bahia. “Em 1977 meu pai e meu irmão voltaram a morar em Caraguá e me pediram para vir trabalhar com eles. Vim e não me arrependo. Trabalhamos todo esse tempo. No ano de 2000 abri o Restaurante Ranchão e fi quei com ele dez anos. Com o falecimento de meu irmão, minha irmã me chamou para ajudá-la na Padaria Docimar. Quando meu pai faleceu em 1999, dividimos a Docimar entre os fi -lhos e eu fi quei com o restaurante,” explica o comerciante.

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Antônio Micheletto Rossi, assumiu a ACE em 1991 quando Geraldo Cândido Nascimento precisou se afastar da entidade por motivos de saúde

Geraldinho concede entrevista a uma rádio

Arquivo ACEhoje prefeito, para ser associado”, relata.

Toninho revela que foi este “grupo de ami-gos que se reuniu para inovar a Associação”, referindo-se a atuação de sua diretoria. “Co-meçou a era do compu-tador e tínhamos mais serviços para oferecer. Fazíamos reuniões com a fi scalização do co-mércio e chamávamos os comerciantes para participar, mas apare-ciam poucos. Tentamos

criar uma cooperativa dos restaurantes, que era meu ramo, para comprar uma car-ga só e distribuir para todos, assim barate-ava, mas não foi para frente. Outra coisa que tentamos foi trazer o Sindicato de Hotéis, Restaurantes e Bares para Cara-guá. Mas no geral eu aprendi muito com a Associação. Tive a oportunidade de via-jar, conhecer outros empreendimentos e esta experiência me abriu portas e novas visões”, fi naliza.

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Comércios nos anos de 1989 a 1991 e anun-ciantes noBoletim Informativo da ACE que

tinha sede na Rua Santa Cruz, nº188: Lojas Cem, Pernambucanas, Taurus, Toninho Cabeleireiro, Clínica Santa Marta, Relan Modas, Anna Modas, Tabakana, Nice Calçados, Livraria Pronac Norte, Refrigeração Geladi-

nho, Xocanti Modas, Madeireira Verde Mar, Cantina Ferrucio, Costa Norte Distribuidora de Veículos, Frimar – Distribuidora

de pescados congelados.

População de Caraguatatuba* 1989: 61.437 habitantes1990: 65.372habitantes1991: 58.869habitantes

Prefeito da época em Caraguatatuba: José Bourabeby (1989 a 1992).

9ª Diretoria da ACE Caraguá - 1989 a 1991

Presidente: Geraldo Cândido Nascimento - Ele se afastou por questões de saúde e Antônio Micheletto Rossi assumiu em seu lugar1º Vice-Presidente: Fernando Nakano2º Vice-Presidente: José M. M. dos Santos1º Secretário: Benedito Roberto Guimarães2º Secretário: Luiz Marassi Tanuri1º Tesoureiro: Armando Salles Costa2º Tesoureiro: José fausto PereiraDiretor Social: José Flávio de Araújo PierreDiretor do SPC: Henrique Borges LouroDiretor de Esportes: Mitsuo KashiuraDiretor de Patrimônio: Luiz Carlos MondiniDiretor sem pasta: Luiz Carlos de Oliveira

* Fundação Seade

linha do tempo1989

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O nono presidente da ACE Geraldo Cândido Nascimento

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Geraldinho no 1º Encontro das ACEs do LN

2º Encontro das ACEs do Litoral Norte

Arquivo ACE

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Espírito jovem e empreendedor

Com 25 anos de vida, Paulo Noronha se tornou presidente da Associação Comercial e Empresarial de Caraguatatuba, mar-cando a história da enti-dade como sendo o pre-sidente mais jovem. Com 15 anos era comerciante na cidade. Esse espírito jovem e empreendedor que Paulo trouxe para sua gestão na ACE.

“Eu e meu irmão Ruy Noronha fomos os primeiros comer-ciantes locais a ter loja com ar-condi-cionado e a instalar porta de vidro ao invés de aço. Na ACE comecei como diretor do Geraldinho e, em 1991, me

elegi presidente. Começamos as ne-gociações para ter o plano médico da Unimed que foi efetivado na gestão se-guinte. Até hoje a Unimed é uma gran-de âncora entre Associação e associa-do”, afi rma Noronha.

A posse da diretoria de Noronha aconteceu no dia 09 de dezembro de 1991. O jornalista Salim Burihan coman-dou a cerimônia que contou com a pre-sença de varias personalidades da cidade, incluindo fundadores da ACE Caraguá, entre outros.

Noronha ressaltou que daria atenção especial à maior fonte de renda do muni-cípio: o Turismo. E foi o que aconteceu. “A Associação era fantástica e muito im-portante para a cidade, pois funcionáva-mos como uma Secretaria de Comércio. Não tinha prefeito que fi zesse projetos sem passar pela Associação Comercial. Por exemplo, quando o prefeito Bourabe-by foi cassado e entrou o Zé Dias, criou-se uma comissão municipal de turismo

por oito meses, que funcionava como Se-cretaria, composta por todos os membros da Associação. O Fran-cisco Monter Júnior foi o presidente da Co-missão, eu fui vice, e os demais seguiram os mesmos cargos da As-sociação. Trouxemos a Orquestra Sinfônica de São Paulo em parceria com o Estado que se apresentou na Avenida da Praia. Também pla-

nejamos o calendário de eventos, fi zemos propagandas em rádios e cartazes”, relata Paulo Noronha.

Esta diretoria ainda pediu para a Prefeitura construir um posto de aten-dimento ao turista, canalizar o córre-go da Avenida Anchieta, elaborar um novo estatuto para a Feira de Artesãos e recadastrá-los, bem como criar o Cal-çadão na Rua Santa Cruz, este último pedido se tornou realidade na gestão seguinte.

O vice-presidente Francisco Monter Júnior lembra que pela primeira vez, Ca-raguá participou do Festival de Inverno de Campos do Jordão. “Trouxemos a orquestra Metais Brasil com um maes-tro famoso para a cidade. Arrumamos hotel e restaurante para eles que fi zeram uma belíssima apresentação em junho. Como vice, viajei pouco, mas represen-tei a ACE em muitas palestras do Se-brae”, relata.

A campanha “Toma lá dá cá”, patroci-Paulo Noronha em outras eleições da ACE

Paulo Noronha pedindo votos na eleição da ACE

Arquivo ACE

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perfil

Perfi l - Nascido em São Paulo no ano de 1966, Paulo Márcio B. M. Noronha veio com a família para Caraguá em 1972 e aqui permaneceu. Estudou no Adaly Coelho Passos, no Thomaz Ribeiro de Lima e outras escolas visando à inde-pendência profi ssional, já que não gos-tava de pedir dinheiro para os pais. Aos 15 anos abriu a Casamar Imóveis junto com o amigo Renato que tinha 21 anos. Foram sócios de 1981 até 1999 quando vendeu a sua parte na imobiliária que existe até hoje.

Neste meio tempo, Paulo adquiriu ou-tros comércios como a loja “OP” na Ga-leria Jangada em 1988 junto com o irmão

Ruy Noronha; abriu uma loja de motos com outro amigo; em 1989 montou com quatro amigos a danceteria “Bora Bora”; fundou a Água do Mar Surf Shop também com o irmão Ruy, abriu a fi lial desta loja de roupas em São Sebastião em 1990, e outra fi lial no Caraguá Praia Shopping. Depois passou a sua parte na loja Água do Mar para o irmão que administra as três lojas de Surf Shop atualmente.

Paulo também foi secretário Municipal de Turismo em três gestões do prefeito Antônio Carlos da Silva. A primeira vez em 1997 até o fi nal de 1999, a segunda vez permaneceu dois anos no cargo e a terceira, seis

meses. Desde 2004 administra a conces-sionária de carros Econorte.

nada pela Brahma e tra-zida pelo diretor Marcos Dorly, conscientizou a população da importân-cia do dinheiro gasto no município. “Sempre in-centivamos o comércio. Fazíamos cursos junto à Fundacc, quando ain-da era Centro Cultural. Nossa diretoria era mui-to unida. Era raro al-guém faltar nas reuniões semanais. Foi um grande aprendizado presidir a Associação Comercial, tanto que dei o máximo de mim. Mesmo com o país em crise, a ACE fortaleceu o comércio da cidade. E ainda indiquei o An-tônio Carlos como meu sucessor”, consi-dera Noronha.

O Departamento de Cobrança foi cria-do na ACE, pois o país passava por uma crise econômica e crescia o número de ina-dimplentes. O novo departamento auxiliou

o associado na hora de cobrar e como fazê-lo sem desmerecer o cliente. Outra medi-da implantada foi os descontos de 50% na assistência jurídica.

Em janeiro de 1992 a Associação criou o Projeto Verão em parceria com a Aca-demia Vida e Movimento que promoveu aulas de ginástica aeróbica, vôlei, futebol, corrida pedestre, mountain bike, tai chi

chuan e desfi le de mo-das. Em 1993 a inciati-va se repetiu, mas com o nome de Frutividade Verão que incluiu ati-vidades esportivas e artísticas.

A gestão de Noro-nha estreitou a rela-ção triangular entre comércio, poder pú-blico e mercado con-sumidor do turismo litorâneo. “Fui diretor de esportes na gestão do Geraldinho e con-

tinuei no Noronha. Tinha o Miss Co-mércio, bailes, festas para as crianças, churrascos para reunir amigos e con-seguimos um lugar especial para ser o clube social no Pontal Santa Marina”, confi rma o diretor Mitsuo Kashiura que na época tinha uma loja de esportes que vendia troféus, medalhas, equipa-mentos de pesca e outros.

quatro amigos a danceteria “Bora Bora”; fundou a Água do Mar Surf Shop também com o irmão Ruy, abriu a fi lial desta loja de roupas em São Sebastião em 1990, e outra fi lial no Caraguá Praia Shopping. Depois passou a sua parte na loja Água do Mar para o irmão que administra as três lojas de

Paulo também foi secretário Municipal de Turismo em três gestões do prefeito Antônio Carlos da Silva. A primeira vez em 1997 até o fi nal de 1999, a segunda vez permaneceu dois anos no cargo e a terceira, seis

com outro amigo; em 1989 montou com quatro amigos a danceteria “Bora Bora”;

sionária de carros Econorte.quatro amigos a danceteria “Bora Bora”; fundou a Água do Mar Surf Shop também com o irmão Ruy, abriu a fi lial desta loja de roupas em São Sebastião em 1990, e outra fi lial no Caraguá Praia Shopping. Depois passou a sua parte na loja Água do Mar para o irmão que administra as três lojas de

Paulo também foi secretário Municipal de Turismo em três gestões do prefeito Antônio Carlos da Silva. A primeira vez em 1997 até o fi nal de 1999, a segunda vez permaneceu dois anos no cargo e a terceira, seis

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Paulo Noronha hoje

Loja Celso Caça e Pesca

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Comércios nos anos de 1991 a 1993 e anun-ciantes no Informativo da ACE que tinha

sede na Rua Santa Cruz, nº 188: Casamar Imóveis, Imobiliária Nakano, Cerealista Patrãozi-

nho, Esquina das Flores, Celso Caça Pesca, Depósito Brasil, Farol Praia Hotel, Forlim Modas Country e Acessórios, Laran-

ja Express, Mar e Sorveteria, Bazar Hevan; Ari Artes, J. Bike, Vídeo Shopping, etc.

População de Caraguatatuba* 1991: 58.869 habitantes1996: 66.669 habitantes

Número de estabelecimentos comerciais**1995: 1.797 estabelecimentos de comércio em Caraguá

Prefeito da época em Caraguatatuba: José Bourabeby (1989 a 1992), José Dias Paez Lima (1992) e

José Sidney Trombini (1993 a 1996).

11ª Diretoria da ACE Caraguá - 1991 a 1993

Presidente: Paulo Márcio B. M. Noronha1º Vice-Presidente: Francisco Monter Junior2º Vice-Presidente: Antônio Micheletto Rossi1º Secretário: Luiz Marassi Tanuri2º Secretário: Miguel Ângelo Moss1º Tesoureiro: Diógenes da Costa Ribeiro 2º Tesoureiro: Marcos Alexandre C. GalvãoDiretor Social: Sebastião Carlos FernandesDiretor de Patrimônio: Geraldo Cândido NascimentoDiretor de Esportes: Mitsuo KashiuraDiretor do SPC: Benedito Roberto GuimarãesDiretor sem pasta: Luiz Carlos da Silva

* Fundação Seade** IBGE e Pesquisa de Opinião de 2005/2006 feita pelo Centro

Universitário Módulo e ACE

linha do tempo1991

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Ruas do Centro de Caraguá nos anos 90

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O décimo primeiro presidente da entidade Paulo Noronha

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Administradorde visão

“Foi um grande pra-zer e um grande desafi o presidir a Associação Co-mercial de Caraguá que na época tinha uma es-trutura pequena. Primei-ro transferimos a sede para um local mais am-plo na própria Rua Santa Cruz, trocamos o mobi-liário antigo por novo, aprovamos novo estatuto da entidade, criamos ser-viços e passamos a aten-der os associados com mais comodidade. Instalamos novos equi-pamentos e avançamos bem. Foi quando a Associação fez 30 anos e tinha a foto de apenas quatro ex-presidentes na parede. Fizemos uma galeria com fotos de todos os ex-presidentes que foram importantes para o desenvolvimento de Caraguatatuba, e resgatamos suas histórias”, relata Antô-nio Carlos da Silva que presidiu a ACE nos anos de 1993 a 1995.

Antônio Carlos da Silva tinha sido di-

retor da Associação Comercial de Lorena durante sete anos e em Guaratinguetá por dois anos, antes da experiência na ACE Caraguá. “A diretoria presidida pelo Pau-lo Noronha me convidou para sucedê-lo e tenho a honra de dizer que a minha dire-toria, nos dois anos de mandato, foi muito coesa e participativa. Reuníamo-nos sema-nalmente. Naquela época a prefeitura tinha uma situação muito difícil e nós da Asso-ciação bancávamos a alimentação, estadia

dos policiais e manutenção dos carros que desciam para reforçar a segurança na temporada”, lem-bra Antônio Carlos que se mu-dou para Caraguá em novembro de 1989 para inaugurar a Costa Norte, tradicional concessioná-ria Chevrolet local, e depois a Marfi auto, concessionária Fiat.

A gestão de Antônio Carlos capacitou e qualifi cou a mão de obra dos trabalhadores do co-mércio. “Trouxemos cursos e fi zemos parceria com o Sebrae,

Senai e outras escolas. Lutamos por um co-mércio legalizado, no qual os comerciantes pagassem tributos em dia. Trouxemos a Uni-med e descontos espe-ciais aos associados. Fi-zemos, em parceria com a Prefeitura, o Calçadão Santa Cruz, o que foi um marco. Sempre es-tive aberto a aprender e na Associação Comer-cial não foi diferente.

A pessoa que pensa que sabe tudo perde a oportunidade de aprender”, avalia.

Foi realizado o 1º Baile do Comerciante em agosto de 1994, que unia e homena-geava os comerciantes com mais destaque no ano. “Toda equipe que trabalha comigo eu cobro, mas também dou benefícios e condições de trabalho. E assim aconteceu na ACE. Penso que a Associação deve ser parceira do poder público porque os so-nhos que se sonham juntos se tornam re-alidade e quanto mais unidade nas ações, melhores são os resultados. E quero para-benizar todos os fundadores, diretores e funcionários que fi zeram parte destes 50 anos. Que sirvam de exemplo a geração futura”, propõe Antônio Carlos.

O Ideias e Ideais, jornal interno da instituição, com tiragem de 2.000 exem-plares, passou a se chamar Jornal do Co-mércio e os associados ganharam espaço para opinarem, sugerirem e difundirem informação. A intenção foi regionalizar o jornal e torná-lo porta-voz do comércio no Litoral Norte.

Senai e outras escolas. Lutamos por um co-mércio legalizado, no qual os comerciantes pagassem tributos em dia. Trouxemos a Uni-med e descontos espe-ciais aos associados. Fi-zemos, em parceria com a Prefeitura, o Calçadão Santa Cruz, o que foi um marco. Sempre es-tive aberto a aprender e na Associação Comer-Sorteio do primeiro carro zero Km

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carros que desciam para reforçar a segurança na temporada”, lem-bra Antônio Carlos que se mu-dou para Caraguá em novembro de 1989 para inaugurar a Costa Norte, tradicional concessioná-ria Chevrolet local, e depois a Marfi auto, concessionária Fiat.

capacitou e qualifi cou a mão de obra dos trabalhadores do co-mércio. “Trouxemos cursos e fi zemos parceria com o Sebrae,

Inauguração da nova Sede

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Outros fatos que mar-caram essa gestão foram o Bolsa Empregos, que consistia em uma com-pilação de currículos acessada pelos associa-dos, bem como foi feito convênio com a Praia-mar em julho de 1994, concedendo descontos de 10% aos associados nos passes de ônibus, e também foi realizado debate entre candidatos a deputado da região.

Foi nesta gestão que a ACE fez a pri-meira campanha de natal com sorteio de um carro Uno zero quilômetro para quem comprasse no comércio local, entre outros prêmios grandes como fogão, máquina de lavar roupa, bicicleta, etc.

A secretária de Antônio Carlos na época, Eloíza Antunes, relata que a campanha do carro “Leva Uno” foi muito boa porque, in-clusive, os comerciantes aproveitaram para regularizar a sua situação junto a Receita Federal, pois era exigência da campanha ter o cadastro dos comércios participantes.

O 1º tesoureiro dessa gestão, o comer-ciante José Fausto Pereira, da Nice Calça-dos, lembra que transformar a Rua San-ta Cruz em Calçadão foi uma polêmica. “Aquele desgaste. Mas o Antônio Carlos foi até o fi m e o prefeito Trombini con-cordou. Dessa gestão, a maior conquista foi a Unimed. Antônio Carlos contratou uma auditoria com pessoal preparado para escolher o melhor plano, até chegar a Uni-med. Pagar a mensalidade da associação junto com a da Unimed era mais barato do que só ter o Plano de Saúde. Isto ampliou o número de associados e aumentou a re-ceita da entidade”, refl ete.

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Eloíza Andrade Antunes trabalhou com Antônio Carlos quando ele esteve à frente da Associação Comercial. Ela explica que o marido tinha o Samambaia Restaurante e o Samambaia Sucos que foi a primeira casa de sucos moderna do Litoral Nor-te. Ela conheceu a ACE indo a reuniões com o marido nos anos de 1993 e 1994. “Criamos uma galeria dos ex-presidentes em sequência cronológica. Uma forma de valorizar o trabalho deles e para a ins-tituição ser reconhecida por sua história. Fizemos uma cerimônia de inauguração da galeria com a presença dos familiares dos ex-presidentes. Este viés de organizar documentos faz parte de mim e na ACE organizamos todo o arquivo. Fiquei bas-tante tempo lendo tudo, o que me deu uma visão mais ampla da entidade e da sua importância para a cidade”, conta.

Na Associação Comercial ele teve a oportunidade de mostrar este lado adminis-trador, muito rápido em entender os proces-sos. Tem percepção, visão de futuro e poder de decisão. Isto tudo ele fazia na ACE e faz como prefeito”, considera Eloíza Antunes.

Eloíza explica que a ACE era um grupo de pequenos empresários e que com An-

tônio Carlos a entidade ganhou força. “Essa visão de empresário, investidor, empreen-dedor, mudou o olhar das pessoas para a Associação Comercial que trabalhou por um comércio mais digno e treinou os funcioná-rios para os desafi os que se apresentaram. A entidade sobreviveu aos momentos de sa-zonalidade, manteve

sua credibilidade e conseguiu criar um ca-nal de comunicação com os comerciantes e empresários”, confi rma.

Em 1994 a Associação passou a se cha-mar Associação Comercial e Industrial de Caraguatatuba. Em sua despedida, em outubro daquele ano, Antônio Carlos fa-lou sobre sua gestão no jornal da ACE. “Trouxemos cursos, palestras, convênios, promoções e serviços e todo um esquema que dobrou o número de nossos associa-dos, fi zemos também um resgate histórico da Associação por meio dos jornais, fotos, atas, livros que estão protegidos e orga-nizados. E ele modernizou o SPC insta-lando novos computadores, dando assim mais agilidade às consultas”, fi naliza.

Antônio Carlos com ex-presidentes

Arquivo ACE

Heloiza Antunes foi secretária de Antônio Carlos na ACE

Arquivo ACE

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Comércios nos anos de 1987 a 1989 e anuncian-tes no Informativo da ACE que tinha sede na Rua

Santa Cruz, nº 131, sala 4: Porto Real Veículos; Camar; Costa Norte; Samambaia Sucos,

Supermercado Garça; Restaurante Ranchão; Drogaria Rafaella, Madeireira Verde Mar; Água do Mar; Esquina das Flores; Madeireira Beira Rio; Nice Calçados, Herman Consultoria de Imóveis; Pecuária Serramar; Quitanda Avenida; Praiamar Transportes; Lanches Malta;

Floresta Indústria de Alimentos; Dellaju Cosméticos; Bicicletaria Litoral; Hotel Areia Branca; Restaurante Grill; Cartec Projetos e

Construção; Drogaria Central do Indaiá.

População de Caraguatatuba* 1991: 58.869 habitantes1996: 66.669 habitantes

Número de estabelecimentos comerciais**1995 - 1.797 estabelecimentos de comércio em Caraguá

Prefeito da época em Caraguatatuba: José Sidney Trombini (1993 a 1996).

12ª Diretoria da ACE Caraguá - 1993 a 1995

Presidente: Antônio Carlos da Silva1º Vice-Presidente: Francisco Monter Júnior2º Vice-Presidente: Paulo Noronha1º Secretário: Marcos Chad Galvão2º Secretário: Marco Antônio de Oliveira1º Tesoureiro: José Fausto Pereira2º Tesoureiro: Mitsuo KashiuraDiretor Social: Antônio Micheletto RossiDiretor de Patrimônio: Geraldo Cândido NascimentoDiretor de Turismo: Graziela Corrêa da CostaDiretor do SPC: Benedito Roberto GuimarãesDiretor sem pasta: Luiz Marassi Tenuri

* Fundação Seade** IBGE e Pesquisa de Opinião de 2005/2006 feita pelo Centro

Universitário Módulo e ACE

O décimo segundo presidente da entidade

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Padaria Capri na década de 90

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O Calçadão Santa Cruz foi construído na Gestão de Antônio Carlos à frente da ACE

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Gestões coletivas e colaborativas

“O César Jumana foi a pessoa que deixou a Associação Comercial mais forte. Realizamos dois seminários estadu-ais de SPC que fi zemos em Caraguá com pessoas vindas de cidades do es-tado inteiro. Os eventos fi caram para a história como os melhores que já aconteceram, pois até hoje encontramos pes-soas que estiveram aqui e adoraram. Depois veio a presidência do Mase Ri-beiro, e em seguida, a do Jorge Washington que deu outro “boom” na ACE. O Jorge buscou a sede própria, in-vestiu em funcionários e no organizacional, material, cursos e equipamentos”, revela o atual gerente da Associação Comercial e Empresarial de Caraguá, Idésio Kashiura, conhecido como Budu.

César Vieira Bisetto, 64 anos, conheci-do como Jumana, presidiu a ACE por duas gestões, de 1995 a 1997 e de 1997 a 1999. Conseguiu eleger seu sucessor o Mase Ri-beiro Filho que esteve à frente da entidade de 1999 a 2002. Para a produção desta re-vista, eles deram entrevistas juntas e con-sideram que em cada época, a Associação teve o seu motivo de ser. Sempre acom-panhando o desenvolvimento de Caraguá. Lembraram que a entidade foi ideia do Barbosa, o grande mentor que reuniu um grupo de amigos do comércio e a fundou.

“Com a criação do SPC, a ACE passou a dar mais segurança na venda a crédito. Demos atenção e a devida importância ao pequeno comerciante, o qual passou a usar mais serviços da Associação como a máqui-na copiadora que era caríssima e, logo que surgiu, adquirimos uma, além da assesso-ria jurídica. Trouxemos palestras de tudo que se pode imaginar. Outros comerciantes

com lojas maiores se associaram para ter seu nome projetado politicamente, pois daqui saíram prefeitos, vereadores e presidentes de outras entidades de classe. Em outra fase, a ACE ajudou a fomentar o turismo, a prin-cipal vocação e fonte de renda da região”, revelam César Jumana e Mase Ribeiro.

César atuou como conselheiro na Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) que promovia todo ano o Seminário Estadual de SPC, em pe-ríodo de baixa estação. “Vieram represen-tantes de mais de 300 cidades para Cara-guatatuba, aproximadamente 600 pessoas no XXVI Seminário Estadual dos SCPC’s, de 11 a 13 de setembro de 1997. Todos os hotéis fi caram lotados. No fi nal do even-to se elege a cidade que sediaria o evento seguinte, escolheram São Carlos e lá vol-taram a eleger Caraguá. Fizemos um luau no Hotel Cocanha que foi um sucesso. As palestras motivacionais e os cursos durante o Seminário foram ótimos, mesmo porque os palestrantes eram pessoas gabaritadas e tinham publicado livros. Nesse momen-to começou a integração do SPC entre as cidades, pois não tinha internet. Era tudo feito por uma rede integrada a Embratel. Ao mesmo tempo, nos seminários vinha à

tona discussões sobre outras fontes de renda para as Associações Comerciais. O nosso carro chefe na época foi a Unimed, no qual o associado pagava a mensalidade e a con-sulta”, explica.

Outras novidades foram o Plano Odon-tológico e a criação de um consultório dentá-rio dentro da Associa-ção Comercial. “A Dra. Adriana Naves era a responsável, além dela,

tinha duas dentistas contratadas. O asso-ciado pagava R$ 5,00 por mês e fazia os tratamentos dentários mais simples. Tam-bém fi zemos questão de registrar o Miss Comércio com marcas e patentes. O Baile do Comerciante que era o point da elite, aconteceu no Princes Club, e batemos o recorde no número de associados”, confi r-mam Cesar Jumana e Mase Ribeiro.

Uma polêmica da cidade neste período foi a implantação da Zona Azul. A ACE foi con-tra este projeto aprovado na Câmara e reu-niu comerciantes em uma passeata e protes-to. “Conseguimos segurar a implantação da Zona Azul durante um ano e meio, até que saiu do papel contra a nossa vontade. Pas-sou mais um ano e novamente derrubamos a cobrança de taxa para estacionar nas ruas centrais da cidade”, explica César Jumana.

Os funcionários da Associação Comercial foram os primeiros a fazer o curso de infor-mática que aconteceu dentro da entidade, sendo disponibilizado posteriormente aos associados. “A população começava a ad-quirir computadores. O curso foi na sede da Associação que era em cima da loja Água do Mar, no Calçadão Santa Cruz. E quem fazia o jornal da Associação era o Pedro Monte-mor. Foi nessa gestão que pela primeira vez

Seminário Estadual SCPC de 11 a 13 de setembro de 1997

Arquivo ACE

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a Associação Comercial fez um comercial veiculado na TV Globo sobre o “Carnabril”, pois naquele ano a cidade teve problemas como as chuvas fortes e as quedas de bar-reiras na Rodovia dos Tamoios e não teve carnaval em fevereiro, mas em abril. A in-tenção era tornar o Carnaval Temporão um evento tradicional da cidade e trazer turistas fora da temporada de verão e assim aquecer o comércio local. Teve desfi le de escolas de samba, blocos carnavalescos, baile popular, muita festa e alegria”, revela César Jumana.

Muitas reuniões marcaram as gestões de César e Mase, como os encontros das Associações do Litoral Norte, entrevis-tas com a equipe da TV Bandeirantes so-bre o verão 95/96, com a Globo sobre o Carnabril em 1996, entrevistas na Rádio Oceânica, conversas com sorveteiros da cidade, cursos com o Sebrae, o início da informatização da ACE e o uso da internet por meio de um contrato fi rmado com um provedor. Assim a ACIC como passou a ser conhecida, fazia contatos por e-mail e mostrava pelo computador as belezas e o potencial turístico da cidade.

Os serviços oferecidos nestas gestões foram fax, xerox preto e branco e colori-do, plastifi cação, planos médico e odon-tológico, Bolsa Emprego, Cobranças, Ju-rídico; consultas ao SPC via modem; sala de cursos com 20 lugares, equipada com TV, vídeo cassete, retroprojetor e fl ip chart, onde foram ministrados em parce-

ria com o Sebrae, cursos de Propaganda e Promoção de Vendas, Táticas e Técnicas de Venda, Produção: Competindo para o Futuro, Atendimento ao Público, Lide-rança e Motivação de Equipes, Qualida-de de Vida nas Empresas; Técnicas para Falar em Público, Legislação e Rescisões Trabalhistas, Desenvolvimento Geren-cial, As Relações Humanas no Trabalho, dentre outros.

A ACIC, em 1997, incentivou a prática de um esporte radical que chegava a Ca-raguatatuba: o Bungee Jump foi “inaugu-rado” com a demonstração do presidente César Jumana, mostrando a segurança do equipamento. Neste ano a Associação, pre-ocupada com a Segurança do município, doou duas motos para a Prefeitura utilizar na fi scalização da cidade. E foi em 1998 que Cesar se tornou vice-presidente da Fa-cesp, sendo reeleito em 1999.

O décimo quarto presidente - A ges-tão de Mase Ribeiro Filho, de 1999 a 2002, foi marcada pela nova sede da ACE, no se-gundo piso do Shopping Central, que fi ca na Praça Cândido Motta, pelo plano odon-tológico que ganhou força e pelos sorteios de carros na campanha de natal. Cesar Ju-mana passou a ser o gerente administrati-vo de Ribeiro, já que eles se conheciam de longa data. Estudaram juntos em 1962, no ginásio, em São Paulo, e vieram a se reen-contrar em Caraguá, décadas depois.

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perfil

Perfi l - César Vieira Bisetto é neto de ita-liano e nasceu em São Paulo. Formado na área de Eletrônica, foi comerciante de bair-ro na capital e coordenador do curso de eletrônica no Colégio João XXIII, na Vila Prudente. Teve autorizada da Sony, Apple, Milmar e Motorradio. A empresa fundada em 1979 se chamava Eletroeletrônica Ju-mana Ltda e existe até hoje, mas foi vendi-da para um de seus alunos.

Veio para Caraguá em 1986, começou a construir uma casa, e por conta do de-

sastroso plano econômico vigente no país, parou. Quatro anos depois, veio morar defi nitivamente em Caraguá. “Aqui come-çaram a me chamar de empresário porque tive depósito de materiais de construção no Pontal Santa Marina, a Casa Juma-na Materiais de Construção, por volta de 1991. Fui convidado a participar do Rotary Caraguatatuba Poiares e lá conheci o Antô-nio Carlos da Silva que me convidou para ser associado. E comecei a frequentar as reuniões da Associação Comercial na ges-

tão do Antônio Carlos. Foi uma verdadeira escola. E despertou em mim a vontade de presidir a Associação”, relata.

Cesar tem 64 anos, é casado com a Marli e pai de dois fi lhos. Ele teve escola de in-formática em Caraguá, e outras empresas. É proprietário do Jornal Noroeste News que completa 16 anos em 2015. Ele resume suas gestões à frente da ACE por três fatos mar-cantes: a luta contra a implantação da Zona Azul na cidade, os novos benefícios aos as-sociados e a informatização da Associação.

Perfi l - Mase nasceu em São Pau-lo e veio para Caraguá em 1989 para atuar como corretor de imóveis e vender prédios na Massaguaçu. Aqui conheceu Marlene com quem se ca-sou e teve uma fi lha. Ela era gerente da Perfumaria Renata. Em 1992, Ri-beiro e a esposa compraram a per-fumaria que fi cava em frente à sede da Associação Comercial. E assim, Ribeiro se associou e passou a fre-quentar a ACIC. “Procurei o César e perguntei o que eu precisava fazer para um dia me tornar presidente da Associação. E assim ele me ajudou até eu ser eleito. Foi um período con-turbado na ACE, pois não tínhamos amizade com o prefeito, por causa da Zona Azul e outras questões. Mesmo sofrendo pressões do poder público, tenho boas lembranças do período em que presidi a Associação. Foi uma honra”, confessa.

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Comércios nos anos de 1995 a 2002 e anuncian-tes no Informativo da ACE que teve sede na Rua Santa Cruz, 131 e no piso superior do Shopping

Central, na Praça Cândido Motta: Santana Cine Foto, Sorveteria Sérgio, Perfumaria Renata, Super-

mercado Oba Oba, Disco e Cia, Drogaria Nossa Senhora Conceição, J Bike, Lanches Malta; Supermercado Beira Mar, Center Trevo, Es-

quina das Flores, Ótica Ponto de Vista, Top Model Roupas; Rouparia e Cia, Shalon Moda Jovem, Padaria Chame Chame, Contábil Marisa,

Trans 70 – Turismo, Açougue Natal, Refriar Norte - Refrigeração e Ar Condicionado, Golden Eagle Federal, Pousada dos Golfi nhos, Vidra-

çaria Costeira, Pizzart, Forma Atlética Academia, Ipê Modas, Contábil Irmãos Galvão, Madeireira Betel, Cocanha Praia Hotel, etc.

População de Caraguatatuba* 1996: 66.669 habitantes2000: 78.921 habitantes

Número de estabelecimentos comerciais**1996: 2.071 comércios em Caraguá1997: 2.404 comércios em Caraguá1998: 2.514 comércios em Caraguá1999: 2.380 comércios em Caraguá

2000: 2.638 comércios em Caraguá e 703 associados da ACE2001: 2.754 comércios em Caraguá e 645 associados da ACE

Prefeitos da época em Caraguatatuba: José Sidney Trombini (1993 a 1996) e

Antônio Carlos da Silva (1997 a 2004).

13ª e 14ª Diretoria da ACE Caraguá - 1995 a 1997 | 1997 a 1999

Presidente: César Vieira Bisetto1º Vice-Presidente: Omar Kazon2º Vice-Presidente: Francisco Monter Júnior1º Secretário: Marcos Alexandre Chad Galvão2º Secretário: Adryanno Majoros1º Tesoureiro: Eugênio Ferri Guimarães2º Tesoureiro: José Fausto PereiraDiretor de Patrimônio: Sávio Luiz dos Santos Diretor do SCPC: Eloíza Aparecida Andrade Antunes Oliveira

* Fundação Seade** IBGE e Pesquisa de Opinião de 2005/2006 feita

pelo Centro Universitário Módulo e ACE

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19931983 1985 1987 2015

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linha do tempo201020051991

Mase Ribeiro Filho - Presidente ACIC

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César Vieira Bisetto hoje

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15ª Diretoria da ACE Caraguá - 1999 a 2002

Presidente: Mase Ribeiro Filho1º Vice-Presidente: Sávio Luis dos Santos2º Vice-Presidente: César Vieira Bisetto1º Secretário: Mara Scarcelli Buongermino2º Secretario: Walter Tavares da Silva1º Tesoureiro: Claudio Ramirez Sanches 2º Tesoureiro: Airan Sales CostaDiretor do SCPC: Adriana Naves de OliveiraDiretor de Patrimônio: Luiz Carlos de Oliveira

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A valorização dos Recursos Humanos

As gestões de Jorge Washington de Camar-go como presidente da ACE de Caraguatatuba nos anos de 2002 a 2003, e depois em 2004 a 2005, foram marcadas pela va-lorização do nome “asso-ciação” e dos funcioná-rios; a conquista da sede própria; cursos de empre-endedorismo e liderança, e o ACIC Itinerante, no qual a Associação e seus parceiros levaram aos bairros de Caraguatatuba sua estrutura para que os comerciantes conhecessem os benefícios e trabalhos realizados pela entidade.

Foi o “boom” de profi ssionalismo que a Associação precisava para mostrar a comu-nidade empresarial, a sua relevância para o crescimento sustentável do comércio e dos serviços no município. Jorge Washington tinha sido diretor nas duas gestões anterio-res. E ele com alguns de seus futuros dire-tores, participaram do Empretec, um curso ministrado por facilitadores do Sebrae que aborda os comportamentos empreende-dores. “Após o curso, nos reunimos, e o Moisés Bravo, que era da primeira turma do Empretec formada em Caraguatatuba, teve a ideia de criarmos a Associação de

Guardadores de Carros para regularizar esta atividade, que era executada de for-ma indevida. Percebemos que podíamos fazer mais pela cidade, e assim criamos uma chapa para concorrer à presidência da Associação Comercial. Nos unimos, Paulo Bijos, Roberto das Mercês, Moisés Bravo, somando a outros amigos que pertenciam ao comércio local em torno deste projeto, dando uma diversidade de ideias ao gru-po, porém com uma visão empreendedora, voltada ao desenvolvimento e a indepen-dência da instituição em relação ao poder público. O sangue de empreendedorismo corria em nossas veias. Não imaginamos que seria tão difícil vencer a eleição”, con-

fessa Jorge Washington.A eleição de outubro

de 2001 na ACIC foi concorrida. “Da nossa equipe, achei que o Pau-lo Bijos seria o candida-to a presidente, mas foi quando ele me surpre-endeu dizendo que “eu era a bola da vez” e de-veria assumir como tal.

“Tivemos a nossa cha-pa impugnada, fomos à justiça e revertemos a situação. Ganhamos de dois terços a um. Até na hora da posse tive-mos problemas para assumir. Imperou o bom senso de diretores que estavam deixando a diretoria anterior, e no fi m deu tudo certo. Conseguimos tocar a frente o nosso proje-to de reformulação da ACE”, relata Jorge Wa-shington.

No início da gestão, foi feito um levan-tamento real da situação fi nanceira da enti-dade. Primeiro acabamos com o salário do presidente, pois para ocupar este cargo se faz necessário ter uma independência fi nan-ceira e abnegação. Verifi camos todas as dívi-das, e situação dos funcionários, e fomos, na medida do possível, sanando estas questões. Ocorreram cortes para enxugar os gastos da instituição, como por exemplo, o serviço de cópias que passou a ser feito por empresas conveniadas, com descontos aos associados. Contratos foram revistos e serviços moder-nizados. Tudo para otimizar o atendimento aos associados e a comunidade local.

“Quando assumimos, os computado-res estavam sem condições de uso. Fomos procurar o Banco do Brasil para ser nosso parceiro e liberaram metade da verba que pedimos. Deu para comprar três compu-tadores de última geração para usarmos no Serviço de Proteção ao Crédito. Fo-mos colocando a casa em ordem e conse-guimos mais associados”, confi rma Jorge Washington explicando que este convênio também garantiu atendimento especial aos associados, fortaleceu as pequenas e mé-

“Tivemos a nossa cha-pa impugnada, fomos à justiça e revertemos a situação. Ganhamos de dois terços a um. Até na hora da posse tive-mos problemas para assumir. Imperou o bom senso de diretores que estavam deixando a diretoria anterior, e no fi m deu tudo certo. Conseguimos tocar a frente o nosso proje-to de reformulação da ACE”, relata Jorge Wa-A conquista da sede própria

fessa Jorge Washington.

de 2001 na ACIC foi concorrida. “Da nossa equipe, achei que o Pau-lo Bijos seria o candida-to a presidente, mas foi quando ele me surpre-endeu dizendo que “eu era a bola da vez” e de-veria assumir como tal.

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dias empresas, priorizou a análise de pro-postas, acesso fácil às linhas de crédito e negociação diferenciada para antecipação de capital de giro.

Em outubro de 2004 a ACIC passou a se chamar ACE (Associação Comer-cial e Empresarial de Caraguatatuba) e contratou uma Assessoria de Marketing para a criação da campanha institucional, veiculada na TV Vanguarda (Rede Glo-bo) e em rádios da região, incentivando moradores e turistas a comprar na cida-de, “valorizando o que é nosso”, já que Caraguatatuba oferece grande variedade de lojas e produtos.

Foram várias campanhas promocionais. Para comemorar o Dia do Comerciante (16 de Julho), teve gincana de integração do comércio, campanha benefi cente do agasalho e alimento, e a equipe vencedora ganhou bicicletas, aparelho de som e TV. Outras campanhas que agitaram a cidade foram nas “datas certeiras” do Dia das Mães, dos Pais, das Crianças e Natal com distribuição de carros, motos, uma joia e até viagem a Fernando de Noronha.

“O Salomão da Mídia & Arte criou as campanhas e fez o comercial da Associa-ção, das promoções e do próprio Litoral Norte na TV Globo, depois na Band e no SBT, que se tornaram nossas parceiras. Foi um sucesso. Chamamos a atenção dos te-lespectadores positivamente”, relata Jorge Washington. O Jornal da ACE foi recriado e passou a se chamar Informe ACIC, com tiragem de 3.000 exemplares mensais. O site da Associação tinha fi cado fora do ar. Foi reestruturado e passou a ser o primeiro site de empregos do Litoral Norte.

A gestão de Jorge Washington também

39priorizou os funcionários da As-sociação que fi zeram cursos de Reciclagem Comportamental (Programação Neorolinguística), visando uma mudança na postura profi ssional, para bem atender os associados, o comércio em geral, e a melhoria do clima organiza-

cional. “Ganhamos credibilidade. Rece-bemos elogios do atendimento feito pelos funcionários. Eu faria tudo novamente, não se chega a lugar algum sem uma equi-pe forte, motivada e valorizada”, afi rma. Também aconteceram cursos voltados aos associados. Foram feitas parcerias para o Sebrae realizar o Empretec e outros cursos de curta duração; com o Senac que minis-trou curso de “Formação de Gerentes”; com a Associação Comercial de São Paulo sobre análise de Crédito e SPC, e eventos com palestrantes de renome na época.

“Sonhávamos com a sede própria, pois pagar o aluguel era caro, e necessitávamos de espaço maior. Mas existia uma dívida grande com a Unimed adquirida anterior-mente que nos impedia de fazer qualquer esforço neste sentido. Conseguimos um parcelamento inédito, e quitamos tudo em torno de dois anos. Então partimos para a meta maior que era a sede própria. Co-meçamos a poupar e economizar. E foi quando apareceu uma casa na Rua Enge-nheiro João Fonseca, n. 484, no Centro, que estava dentro das nossas possibilida-des. Depois de quase 40 anos, a Associação Comercial de Caraguatatuba conquistava a sua sede própria, fruto de um trabalho persistente de um grupo que queria fazer as coisas mudarem para melhor. E quando são feitas desta forma, as conquistas cons-piram a favor, não há força que impeça” relata Jorge Washington.

“Foi resultado de muito empenho, con-tenção de despesas, gastos bem adminis-trados e dedicação de toda equipe”, con-fi rma Jorge com o sentimento de “dever cumprido”, pois eram inúmeras associa-ções, até maiores que não possuíam sede

priorizou os funcionários da As-sociação que fi zeram cursos de Reciclagem Comportamental (Programação Neorolinguística), visando uma mudança na postura profi ssional, para bem atender os

Baile de Bodas de Rubi: Mary e Jorge, Mario e Eliana, Ari

própria, nem saúde fi nanceira em ordem como a nossa, viramos um “case” para a Associação Comercial de São Paulo que nos citava para outras como exemplo de administração de sucesso.

Um segundo curso feito pelos diretores da ACE foi o “Ideal”, do Sebrae, voltado a formação de lideranças comunitárias. E as-sim surgiu a ACE Itinerante. “Queríamos fortalecer o comércio dos bairros e levar nossa estrutura a eles. Percebemos que a ideia inicial não funcionou e, por isto, re-estruturamos as idas aos bairros em ações sociais. Estivemos nos CIEF´s (Centro In-tegrado de Ensino Fundamental) da Mas-saguaçu, Porto Novo e outros.

Acontecimentos que marcaram a época foram as reuniões entre o núcleo de turis-mo da região do Litoral Norte conhecido por “Linha Verde” em que participavam os presidentes das Associações Comer-ciais, os secretários municipais de turismo, presidentes dos Conturs (Conselhos de Turismo), e presidentes das Associações dos Hotéis, visando o desenvolvimento do turismo regional; apoio á Polícia Militar fornecendo material para a recuperação de três viaturas que estavam sem condições de uso, reforçando a nossa segurança local; FENELIN – Feira de Negócios do Lito-ral Norte realizada na Praça de Eventos; a “Arrancada” na Avenida da Praia que reuniu amantes de carros turbinados; o show do humorista José Vasconcelos em comemoração aos 40 anos da Associação, o grande baile de Bodas de Rubi.

“Foi uma época muito importante para a retomada da Associação junto aos em-presários locais, e o seu fortalecimento até hoje. Considero uma satisfação enorme a chance de ter podido contribuir de alguma forma, junto com toda a equipe da ACE, para que esta cidade, e também a nossa re-gião, melhorassem suas atividades de co-mércio e serviços. A equipe da ACE foi e é muito competente, tanto que os progres-sos não param e os frutos são colhidos a cada dia”, resume Jorge Washington.

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Comércios nos anos de 2002 a 2005 e anunciantes no Informativo da ACE que teve sedes no Central

Shopping – Praça Cândido Motta, n. 193, 1ª andar e na Avenida Frei Pacífi co Wagner, nº 295, Centro:

Instituto de Ensino Nova Era, Farma e Cia, Restaurante Tapera Branca, Racional Turismo, Pão de Queijo Jô-Brás, Residencial Imó-

veis, Unicar Moto, Central Carnes, Quiosque Canto Bravo, Casa Verde Imóveis, Auto Vitrais Naed, Arthur Auto Peças, Litoral Celulares,

Vênus Depilação, Toninho Cabeleireiros, Eduardo Papelaria, Caraguá Chopp, etc.

População de Caraguatatuba*

2000: 78.921 habitantes2007: 88.815 habitantes

Número de estabelecimentos comerciais**2003: 3.188 comércios em Caraguá2004: 3.577 comércios em Caraguá

Prefeitos da época em Caraguatatuba: Antônio Carlos da Silva (1997 a 2004) e

José Pereira de Aguilar (2005 a 2008)

16ª e 17ª Diretoria da ACE Caraguá - 2002 a 2003 | 2004 a 2005

Presidente: Jorge Washington de Camargo1º Vice-Presidente: Paulo Roberto Gatto Bijos2º Vice-Presidente: Roberto Navarro Magalhães1º Tesoureiro: Fernando Guerra2º Tesoureiro: Mário Paulo Garcia1º Secretário: Moisés Martins Bravo2º Secretário: Henrique Carlos de Alvarenga NunesDiretor de Patrimônio: Ari Carlos BarbosaDiretor do SPC: Cláudio Ramires Sanches

* Fundação Seade** IBGE e Pesquisa de Opinião de 2005/2006 feita

pelo Centro Universitário Módulo e ACE

linha do tempo2002

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1993 19951983 1985 1987 2015

20052005

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O décimo quinto presidente da entidade Jorge Washington de Camargo

Imagens do Centro de Caraguá nos anos 2000

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perfil

Perfi l - Nascido em Taubaté, Jorge Wa-shington de Camargo, 56 anos, é casado com Maria Hristos Korres de Camargo e tem quatro fi lhos. Veio para Caraguá em 1986. É formado em Engenharia Mecâni-ca, tendo trabalhado em São José dos Cam-pos na Avibrás Aeroespacial. Até que ele e a esposa resolveram abrir a Hellas Calça-dos, em dezembro de 1992. “Divulgamos a loja no Litoral Norte inteiro, por meio de propaganda rádio, TV e outras mídias. São 23 anos de loja”, contou.

A veia empreendedora de Jorge Wa-shington era vista já na infância. “Desde criança eu já comercializava revistas usa-das, produtos de reciclagem, etc. Quando tive uma oportunidade de participar de uma gincana no ginásio, pude reconhecer a minha capacidade de empreender, fui

até algumas indústrias do Vale e me apre-sentei com a intenção de ajudar pessoas carentes. Consegui muitos produtos para esta campanha, sem a menor difi culdade nas conversações, e eu era ainda um ado-lescente. Participei na época da Universi-dade, do projeto Rondon como líder de equipe em duas oportunidades, uma vez no Vale do Paraíba e outra no Nordeste do Brasil, em todas me relacionava com as autoridades locais com facilidade. Mas eu só me dei conta deste lado empreendedor depois que fui para o comércio, pois as ideias, e as oportunidades de negócio sur-giam o tempo todo. Percebi que isto esta-va naturalmente em mim, ninguém tinha me ensinado. Foram essas vivências que levei para a ACE, e ali aprendi e agreguei”, relata Jorge Washington.

Coube a Jorge Washington de Camar-go, empreendedor nato, junto com um grupo de pessoas sérias e competentes, liderar uma das principais conquistas da Associação Comercial de Caraguatatu-ba, a compra de um imóvel para a sede própria. “Procurei acompanhar o tempo, com reformas, profi ssionalização e mo-dernidade. Valorizamos as atividades dos comerciantes e benefi ciamos a comuni-dade local como um todo”, resume Jorge Washington que mora em Foz do Iguaçu junto a uma das fi lhas que cursa uma uni-versidade local, e ele aproveita para fazer pesquisas voltadas à evolução da consci-ência (Conscienciologia). Nas férias de verão e inverno ele e a fi lha voltam ao convívio com os demais familiares, em Caraguatatuba.

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Presença marcante na ACE

“O Paulo é um grande administrador. Ele sabe fazer o dinheiro render e ainda motiva os funcio-nários. Uma pessoa caris-mática e que muitos ad-miram, também por sua honestidade. Ele e sua diretoria transformaram a ACE no que ela é hoje, uma entidade referência para outras Associações Comerciais e com pro-jetos inovadores”, revela Idésio Kashiura, o Budu, gerente na ACE Caraguá nas três gestões em que Paulo Roberto Gatto Bijos presidiu a enti-dade, de 2006 a 2007, de 2008 a 2009 e de 2012 a 2013.

E o próprio Paulo Bijos contou como foi construir de 2008 em diante, a atual sede da ACE. “Na gestão do Jorge, com-pramos a casa ao lado. Quando assumi, terminamos de pagar. E veio a oportuni-dade de comprar este terreno próximo, de esquina, que era uma escola. E aqui cons-truímos nossa sede com auditório para 150 pessoas ao mesmo tempo em que fazíamos várias campanhas. No primeiro natal, sor-teamos uma casa no valor de 50 mil reais, mais 50 aparelhos de DVD e 50 bicicletas. Aquilo foi inédito! O ganhador escolheu o imóvel e a gente pagou. De lá pra cá, todo fi nal de ano sorteamos carros, moto, entre outros prêmios”.

Em 2006 aconteceu a primeira edição do prêmio “Empresa Nota 10”. Até en-tão, empresas da cidade faziam premia-ções “pagas” e, portanto, sem credibilida-de junto aos comerciantes. Quando Paulo assumiu a gestão da ACE, contratou um instituto de pesquisa em todos os bairros

de Caraguá, perguntar aos moradores, os nomes dos comércios que eles lembra-vam, em mais de 35 segmentos. “Fazemos pesquisa séria. Disponibilizamos cerca de 10 mil dados da pesquisa, ao próprio co-merciante. Assim ele sabe em que bairro seu negócio está mais fraco, onde investir em marketing e promoções, dando sub-sídio para ele crescer e para sair da zona de conforto. Detectamos que as empresas nota 10 são as que reinvestem o lucro no próprio negócio e em marketing”, explica Paulo Bijos.

A ACE, em parceria com a Associação de Voo Livre da ci-dade, realizou a 1ª edição do Fly Show em 2013. “As cida-des vizinhas eram conhecidas por uma vocação e Caraguá não. Ubatuba é a ca-pital do Surf. Ilhabe-la, a capital da Vela. E São Sebastião tem o apelo histórico.

Pesquisamos e desco-brimos que Caraguá tem potencial muito forte, em nível inter-nacional, no voo livre, inclusive com a terceira melhor pista de pouso do litoral brasileiro, no Morro Santo Antônio. Tem piloto que faz 10 voos por dia aqui. E com esse evento a cida-de passou a receber tu-ristas qualifi cados, além de ser um evento limpo e sustentável”, conside-ra Bijos.

Outra parceria que deu certo foi com a Associação de Hotéis e Pousadas, para a impressão de um Guia de Caraguá, com ví-deo, que a ACE levou e mostrou em con-gressos, feiras e eventos. O também con-solidado evento gastronômico “Caraguá A Gosto”, desde a primeira edição, teve a ACE como grande incentivadora. “A As-sociação Comercial fornece uma gama de serviços e foi criada com esse propósito, para vender informação, como fazemos no SPC. Um sindicato não dispõe de 10% do que oferecemos. Aqui, a pessoa se associa por que quer e ainda temos apenas cerca

Pesquisamos e desco-brimos que Caraguá tem potencial muito forte, em nível inter-nacional, no voo livre, inclusive com a terceira melhor pista de pouso do litoral brasileiro, no Morro Santo Antônio. Tem piloto que faz 10 voos por dia aqui. E com esse evento a cida-de passou a receber tu-ristas qualifi cados, além de ser um evento limpo e sustentável”, conside-Gestão de Paulo Bijos

Arquivo ACE

Premiação da Empresa Nota 10

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perfil

Perfi l - A história de vida do advogado Paulo Roberto Gatto Bijos está intima-mente ligada à Associação Comercial e Empresarial de Caraguá. Ele nasceu no Rio de Janeiro, fi lho de militar e se radicou com a família em São José dos Campos. Fez fa-culdade de Direito, advogou, mas sempre teve vocação para o comércio. Foi dono de agência de automóveis, empresa de terra-planagem, hotel, distribuidora de vidros.

Com o Plano Collor, veio morar em Ca-raguá, onde tinha casa de veraneio. No lito-

ral teve posto de gasolina, salão de festas e atualmente atua na construção. “Em Cara-guá eu me realizei como pessoa e construí grande parte da minha história”, confi rma.

Paulo confessa que a presidência da ACE foi muito positiva para a sua vida profi ssional. “Primeiro eu fi z um círculo de amizade muito forte e aprendi com os erros dos outros. Também aprendi a valo-rizar o funcionário, a treiná-lo. Segundo, passei a ter qualidade de vida. Fiz cursos de oratória, neurolinguística, Empretec e

outros. Foi óti-mo. E por isso incentivei os funcionários a participarem

de um décimo dos comerciantes da cidade, associados. A meta é sempre ampliar o nú-mero de adesões e manter viva a chama da entidade. Exige muita dedicação presidir a Associação. Tem que participar de con-gressos, ter diálogo constante com outras associações. Tem que ter vontade e amar o que faz”, revela Paulo.

Em 2012, a ACE contratou uma equi-pe jornalística para transformar o jornal da Associação na revista InterfACE, que circula atualmente, sendo distribuída gra-tuitamente nos comércios e aos associa-dos. “O jornal a pessoa lê e joga fora. Já a revista circula mais e ganha em qualidade”, explica Bijos que lembrou algumas notícias publicadas na revista, como o combate a pirataria e a luta contra a criação da taxa de iluminação pública, recentemente aprova-da em Caraguá. “Normalmente, o que se vê em outras associações são dois ou três trabalhando. Aqui a diretoria toda partici-pa. Por isso, é um marco, uma cidade li-torânea e pequena como a nossa, ter uma

outros. Foi óti-mo. E por isso incentivei os funcionários a participarem

outros. Foi óti-mo. E por isso incentivei os funcionários a participarem desses treinamentos”, fi naliza Paulo que rece-beu o título de Cidadão Caraguatatu-bense em 30 de maio de 2008.

Fly Show 2013

Bruna Vieira/A

gência Gentecom

Associação Comercial como esta. Fizemos história. Foram muitas conquistas”, revela.

E sobre o futuro da Associação, Paulo Bijos acredita que a entidade deve cami-nhar cada vez mais para a prestação de serviço ao associado, diversifi cando tam-bém a gama de produtos ofere-cidos. “Antes o associado tinha que subir a Serra para fazer a Certifi cação Digital. Hoje ele faz na ACE. O Plano de Saúde é grande parceiro para alavan-car os números da Associação. Tem a parte de TI, que ten-de a crescer, como também o Departamento Comercial e de Treinamento. Inclusive, temos o Projeto de Apoio ao Desen-volvimento Empresarial de Ca-raguatatuba, desenvolvido pelo Clovis Rotth com ótimos resul-tados”, confi rma.

E quem resume bem as gestões de Pau-lo foi novamente o gerente Budu. “Pra mim, o Paulo Bijos foi quem levantou a credibilidade da Associação. A partir dele o associado começou a nos procurar mais. Foi ele quem fez a atual sede, sem falar nas campanhas promocionais de natal, com sorteios de carros, TVs e outros prêmios, que são as maiores entre as Associações

Comerciais do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte”

Elias Ruivo também teceu considerações. “O Paulo é amigo. Colaborador. Adminis-trador sensacional. Tem uma visão incrível de negócio”, fi naliza Elias falando de Paulo

Bijos que foi o 16º presidente da ACE. A posse de Bijos aconteceu no dia 15 de

janeiro de 2006, e de lá pra cá, ele continua um grande colaborador da entidade e tra-zendo benefícios ao empreendedor local.

Paulo e Lucinha

Bruna Vieira/A

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Gestão Paulo Bijos

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Comércios nos anos de 2006 a 2009 e anunciantes na revista InterfACE que tem sede

na rua São Sebastião, nº 19, Sumaré: Fisk, Nextel, Engmet, Madeireira Getuba, Colégio Anglo Módulo,

Colégio Técnico Dom Bosco, Ellegance Colchões, Água Doce Cacha-çaria, Uniodonto, Microway, Lacqua Di Fiori, Skymar, etc.

Comércios nos anos de 2012 a 2013 e anunciantes na revista InterfACE que tem sede

na Rua São Sebastião, n. 19, Sumaré: Lion Zeladoria Especializada, Auto Escola Objetivo, Caraguá Infor-

mática, Atual Impressão Digital, Elo Informática, Casa do Eletricista, Madeireira Getuba, Fisk, Engmet, Art Company, Calçados Sérgio,

Casa do Sofá Design, Colégio Imperatrice, Supermercado Dia, JM Consultoria e outros.

População de Caraguatatuba* 2007: 88.815 habitantes

2010: 100.840 habitantes

Prefeitos da época em Caraguatatuba: Antônio Carlos da Silva (1997 a 2004 - 2009 a 2016) e José Pereira

de Aguilar (2005 a 2008)

18ª Diretoria da ACE Caraguá - 2006 a 2007, reeleita em 2008 a 2009

Presidente: Paulo Roberto Gatto Bijos1º Vice-Presidente: Braz Donizetti Machado2º Vice-Presidente: Jorge Manuel Almeida Campos1º Secretário: Jorge Guitti Neto2º Secretário: Sônia Macedo do Prado Cervoni1º Tesoureiro: Odair Bráulio de Mello2º Tesoureiro: Maria Hristos Korres de CamargoDiretor de Patrimônio: Liriane Costa BellatoDiretor de SCPC: Rui Fernando CoutinhoDiretor de Assuntos Econômicos: Fernando Maximiliano Braga

* Fundação Seade

linha do tempo2006

2013

1995 20021985 1987 1991 2015

20132013

linha do tempo20141993

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21ª Diretoria da ACE Caraguá - 2012 a 2013

Presidente: Paulo Roberto Gatto Bijos1º Vice-Presidente: Sthênio Pierrotti2º Vice-Presidente: Roberto Dias da Mercês1º Secretário: Ari Carlos Barbosa2º Secretário: Mário Paulo Garcia1º Tesoureiro: Rui Fernando Coutinho2º Tesoureiro: Odair Bráulio de MeloDiretor de Patrimônio: Antônio Alves BarbosaDiretor de SCPC: Sávio Luiz dos SantosDiretor de Fomento e Expansão: Leandro Borella Barbosa

Paulo Bijos

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Prosseguir e prosperar sempre

A gestão de Rui Fernando Coutinho na Associação Comercial e Empresarial de Caraguatatuba teve início em 2010. O nome da chapa, “Prosseguir e Prosperar Sempre”, revelava qual seria a tônica da-quela administração: contribuir ainda mais para a consolidação da ACE como uma entidade representativa, forte, respeitada e independente.

Coutinho havia sido gerente de Jorge Washington de Camargo e contribuído com o restabelecimento da Associação. “O Jorge me convidou para ser gerente, mas eu achava difícil ganharmos a eleição. Fi-zemos uma campanha muito bem feita e vencemos. Eu tinha acabado de me apo-sentar como bancário e na ACE eu come-cei a viver algo completamente diferente do que estava acostumado. A administra-ção bancária é diferente da administração da Associação Comercial. Mas eu entrei para aprender. Na gestão do Jorge Washin-gton fi zemos um levantamento fi nanceiro da entidade e percebi que era preciso sanar as pendências, principalmente com o plano de saúde. Depois passamos a aumentar a receita da entidade e conseguimos adqui-rir a sede própria”, relata o décimo sétimo presidente da ACE.

Antes mesmo de assumir a presidên-cia da entidade nos anos de 2010 e 2011, Coutinho representava a Associação em solenidades, inaugurações e eventos em geral. Por isso, em sua gestão, fi cou fácil fechar parcerias e trocar experiências com secretários municipais e outras autorida-des, buscando novidades e benefícios para o comércio local.

“Naquelas reuniões, eu percebia que a nossa Associação era de vanguarda. As ideias que as outras associações davam, a

gente tinha colocado em prática. Sempre oferecemos palestras, cursos e outros be-nefícios ao associado. Nosso comércio é o mais forte do Litoral Norte e sempre foi. Vinha muita gente de São Sebastião e Ubatuba comprar aqui. Vejam quantos supermercados temos. Caraguá tem vida própria. O turismo é nossa vocação, mas vivemos dos comércios e dos serviços. E temos uma Associação desenvolvida porque acompanhamos o crescimento do município. Hoje encontramos tudo o que precisamos para comprar na cida-de”, considera.

Pode-se afi rmar que Coutinho é daquelas pessoas que sentem prazer em colaborar, em realizar, em fazer acontecer. E tudo de uma forma simples, tranquila e consciente. “Tenho que agradecer à diretoria da ACE. Quem está aqui é para colaborar, para acres-centar e não criticar e atrapalhar. Eu conti-nuo elogiando os diretores, conselheiros e funcionários. São maravilhosos”, revela.

Na gestão de Coutinho, a ACE realizou uma campanha de arrecadação de dona-tivos com o Rotary Club Caraguatatuba, e contribuiu com as vítimas da enchente

em São Luís do Paraitinga. No jornal da ACE, ele deu conti-nuidade à publicação dos rela-tórios mensais do SCPC, dicas, soluções, opiniões qualifi cadas, enfatizou a iniciativa, o otimis-mo, a importância da criativi-dade e reconheceu as empresas associadas que mantém atitudes e compromissos como a pre-servação do meio ambiente, a prevenção dos acidentes no tra-balho, e que, portanto, tem his-tórias inspiradoras para contar.

Em 2010, a Associação realizou a 5ª edição da pesquisa de opinião que revela os nomes das Empresas Nota 10, que são os estabelecimentos comerciais mais lem-brados pelos moradores em 38 diferentes categorias. Outra conquista nos 45 anos de ACE foi o aumento no quadro associa-tivo que contava com cerca de 950 empre-sas comerciais e de serviços, autônomos e profi ssionais liberais.

E passados seis anos da aquisição da pri-meira sede própria, a ACE concluía após três anos de obras, a construção da nova e atual sede, que conta com um auditório para 150 pessoas. A inauguração do “Espa-ço Empresarial Francisco Monter”, em ho-menagem ao primeiro presidente da entida-de, ocorreu em abril de 2011, na presença de autoridades, empresários e jornalistas. “Em um primeiro momento eu não achei justo inaugurar a atual sede da ACE em mi-nha gestão, pois foi mérito total do Paulo Bijos. Mas cedi porque sei que somos uma grande e boa equipe”, afi rma Coutinho que em dezembro de 2011 passou a presidência ao colega Paulo Bijos e permaneceu como 1º tesoureiro na gestão dele.

em São Luís do Paraitinga. No jornal da ACE, ele deu conti-nuidade à publicação dos rela-tórios mensais do SCPC, dicas,

enfatizou a iniciativa, o otimis-mo, a importância da criativi-dade e reconheceu as empresas associadas que mantém atitudes e compromissos como a pre-

prevenção dos acidentes no tra-balho, e que, portanto, tem his-

Cerimônia de Posse

Arquivo ACEC

Perfi l - Coutinho seguiu carreira no Banco do Brasil por 30 anos, e isso o fez mudar de cidade várias vezes. Chegou a Caraguá em 1982, onde além de bancário, foi dono de um café, e locutor esportivo em várias rádios.

Coutinho sente-se realizado por colabo-rar com a entidade que tanto estima. Ele é casado com Ana Cristina e tem três fi lhos: André (jornalista), Aline (advogada) e Ale-xandre (jornalista), além do casal de netos,

fi lhos da Aline. Recebeu o título de cida-dão Caraguatatubense. E o último segredo que nos contou foi que ele é apaixonado pelo radialismo esportivo, praticando-o desde os 17 anos. Quanta energia!

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Comércios nos anos de 2010 e 2011 e anuncian-tes no Informativo da ACE que tem sede na rua

São Sebastião, nº 19, Sumaré: Engmet – Engenharia e Medicina do Trabalho, Gráfi ca Ancoradou-

ro; escolas de idiomas Fisk e CCAA, Madeireira Getuba, Brasil Cacau, Litoral Imóveis, Jocami, Água Doce Cacharia, Casa do Pastel, JC Alar-mes e Serviços, Rádio Antena 1 FM, Restaurante do Gauchinho, Top Presentes, Marili Noivas, Odontoclinic, Rei das Calhas, Padaria Stew,

Litoral Imóveis, etc.

População de Caraguatatuba* 2010: 100.840 habitantes

Prefeito da época em Caraguatatuba: Antônio Carlos da Silva (2009 a 2016).

20ª Diretoria da ACE Caraguá - 2010 a 2011

Presidente: Rui Fernando Coutinho1º vice presidente: Sthênio Pierrotti2º vice presidente: Paulo Roberto Gatto Bijos1º tesoureiro: Odair Bráulio de Melo2º tesoureiro: Roberto Dias das MercêsDiretor de SCPC: Sávio Luiz dos SantosDiretor de Patrimônio: Antônio Alves Barbosa

* Fundação Seade

linha do tempo2010

2011

1995 20021985 1987 1991 2015

20112011

linha do tempo20061993

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O décimo sétimo presidente da entidade

Toninho Barbosa e esposa e Cristina e Coutinho

Cerimônia de Posse

Entrega de Título Sócio Honorário

Arquivo ACEC

Arquivo ACEC

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Amigo e parceiro de todos

“O Robertinho é amigo de todo mundo, ajuda todos como pode e ele não quer ver ninguém mal”, descreve José Elias Almeida Ruivo, gerente fi nanceiro da ACE, resu-mindo bem um viés do atual presidente da ACE, Roberto Dias das Mer-cês. Ele é fi gura conhe-cida no comércio local, tanto por seu negócio, a Movimentos Seguros, como pelos 13 anos de dedicação e presença no corpo diretivo da entidade.

O próprio Roberto explica a sua histó-ria junto a ACE. “Tudo começou no curso do Empretec, ministrado por facilitadores do Sebrae, em 2002. Paulo Bijos, Jorge Wa-shington, Moisés Bravo, e eu, entre outros, fi zemos o curso juntos e nasceu a ideia de concorrer às eleições da Associação Co-mercial. O Jorge foi o primeiro presidente daquela leva, depois o Paulo Bijos foi duas vezes eleito e voltou. Teve o Coutinho e chegou a minha vez. Assumi em janeiro de 2014. Desde quando cogitaram a mi-nha presidência, comecei a acompanhar o Paulo Bijos nas reuniões da Facesp. Nesses encontros falam dos projetos que cada As-sociação Comercial está desenvolvendo, os

tipos de negócios e os produtos que estão trabalhando. Uma troca de experiências muito positiva”, explica.

E o ano de 2014 foi re-pleto de eventos e campa-nhas que benefi ciaram o comércio local. Teve feijo-ada para comemorar o Dia do Comerciante, a segunda edição do FlyShow, na qual Roberto concedeu entre-vistas a várias emissoras de TV’s e rádios, bem como os sorteios de três carros no na-tal, entre outros prêmios.“A campanha de natal é institu-cional e enfatiza: “Compre

em Caraguatatu-ba”. Todos são benefi ciados, assim como o Fly Show que organizamos, e recebe gente do Brasil inteiro. Esta é a for-ça que a Associação Comercial tem. Somos parceiros de todos que querem fomentar o nosso comércio”, considera Roberto.

“Estamos em uma era de

atenção à saúde e in-centivo ao esporte. Por esse motivo rea-lizamos e apoiamos eventos como a Cor-rida dos 50 anos do Rotary Club Caragua-tatuba, a primeira e a segunda caminhada no Dia das Mulheres. Este ano além de ca-minhar arrecadamos fraldas geriátricas jun-to com o Rotary e a Fraternidade Maria Meira, que repassaram

as doações para asilos e casas de repouso da cidade. O incentivo à prática de ativida-de física começa pelos nossos funcionários

que participam de corridas de rua, fazem academia com desconto que conseguimos e se alimentam da forma mais saudável en-quanto estão no trabalho”, afi rma Roberto das Mercês.

E Roberto conta com total apoio e parceria da primeira dama, Rosa Dias das Mercês. Em eventos como o das mulheres, ele faz questão de parabenizar “todas as

Atual Diretoria ACE

Arquivo ACE

Roberto e a esposa Rosa

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Roberto e Paulo Bijos

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guerreiras que conciliam tantos afazeres, entre mãe, esposa, empreendedora e dona de casa”. E ela lembra que o quadro de 12 colaboradores da ACE, é composto em 2/3 por elas.

Em parceria com a Prefeitura, a ACE lançou no ano passado, o programa Comér-cio Legal para regularizar os estabelecimen-tos instalados no município, já que dos 5 mil comércios existentes, aproximadamente metade encontra-se em situação irregular.

A Zona Azul foi outro assunto que vi-rou centro de discussão na ACE, que foi procurada pelos comerciantes da cidade, com a intenção de fazer adequações. “Re-cebemos vários empresários da cidade que nos procuraram para reclamar da implan-tação da Zona Azul. Marcamos e interme-diamos uma reunião entre eles e o Tenente Coronel Amandes, secretário municipal para que as arestas pudessem ser apara-das”, diz Roberto.

Roberto na entrega do Prêmio Empresa Nota 10

Arquivo ACE

A ACE desenvolve atual-mente sob a supervisão do con-sultor Clóvis Rotth, o PADEC (Projeto de Apoio ao Desenvol-vimento Empresarial de Cara-guatatuba), com uma grade de treinamentos nas áreas de ven-das, recepção, relacionamento com o cliente, e a aplicação da Ofi cina Prática de Liderança –

O Líder 3M que capacitou mais de 300 profi ssionais de 60 empresas diferentes. Também está acontecendo o programa

Líderes do Amanhã, destinado à lideran-ça de jovens, para que por meio do apri-moramento pessoal, ele chegue a obter sucesso profi ssional.

“Vejo a Associação sempre prosperar, até porque Caraguá atrai gente que está o tempo todo investindo e inovando no co-mércio e nos serviços. Nos últimos anos, grandes redes atacadistas se instalaram aqui. Isso mostra que estamos no caminho certo, rumo a modernidade e ao cresci-mento sustentável”, fi naliza Roberto Dias das Mercês.

Caminhada Das Mulheres

Bruna Vieira/Agência Gentecom

Roberto e Budu da ACE, Sylvio do Voo Livre no Programa de TV Balanço Geral

Arquivo ACE

Entrega de fraldas geriátricas junto ao Rotary e Fraternidade Maria Meira

Arquivo ACE

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Comércios nos anos de 2014 e 2015 e anunciantes na revista InterfACE que tem sede

na rua São Sebastião, nº 19, Sumaré: Madeireira Getuba, Atual Impressão Digital, jornal Imprensa Livre, GB Cursos Profi ssionalizantes, Lion Zeladoria Especializada, Fisk, Risoll Carnes, Prima Clean Lavanderia, Tintas Unisul, Restaurante

Martim de Sá, Adega Travessão, etc.

População de Caraguatatuba* 2014: 111.524 habitantes

Prefeito da época em Caraguatatuba: Antônio Carlos da Silva (2009 a 2016).

22ª Diretoria da ACE Caraguá - 2014 a 2015

Presidente: Roberto Dias das Mercês1º vice presidente: Paulo Roberto Gatto Bijos2º vice presidente: Sthênio Pierrotti1º Secretário: Ari Carlos Barbosa2º Secretário: Sebastião Aparecido Neto1º Tesoureiro: Leandro Borella Barbosa2º Tesoureiro: Mário Paulo GarciaDiretor de SCPC: Sávio Luiz dos SantosDiretor de Patrimônio: Antônio Alves Barbosa

* Fundação Seade

linha do tempo2014

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1995 20021985 1987 1991 2010 2011

20152015

20061993

Entrega do carro da Campanha de Natal

Entrega do carro da Campanha de Natal

Roberto Dias das Mercês atual Presidente ACE

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Arquivo ACE

Arquivo ACE

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O futuro da Associação

O futuro é um desa-fi o e precisa ser plane-jado. Nesse sentido, a Associação Comercial e Empresarial de Caraguá tem feito um trabalho de trazer consultores, pales-trantes e cursos para de-senvolver o comércio e os serviços no município. Isso porque é impres-cindível profi ssionalizar todo e qualquer negócio, independente do porte, número de funcionários e orçamento da empresa.

“A cultura da maio-ria dos comerciantes é imediatista. Vivem apenas o hoje. E por isso temos muito tra-balho. O caminho é continuar qualifi can-do os trabalhadores dos comércios, sejam os proprietários, sejam os colaboradores. Com pessoas qualifi cadas teremos condi-ções de escolher os profi ssionais que me-lhor se adaptem à realidade de cada em-presa”, explana Sthenio Pierrotti, atual 2º vice-presidente da ACE.

Na ACE desde 2002, como associado, em 2007, na primeira eleição de Paulo Bijos, ingressou como membro da dire-toria, e desde então, Sthenio alterna en-tre o cargo de 1º e 2º vice-presidente da entidade. “O divisor de águas na Asso-ciação foi a gestão do Jorge Washington pra cá. Porque consolidamos a formação de um grupo de pessoas apolíticas, com a intenção de fazer ações diferenciadas na Associação e para a cidade. Fortale-cemo-nos. Temos sede própria, funcio-nários com plano de carreira, equipa-mentos modernos e uma sequência de campanhas de sucesso, com grande par-ticipação de comerciantes. Nas reuniões

das regionais das associações comerciais, levamos Caraguatatuba pra fora. Mostra-mos nosso potencial de crescimento e compartilhamos boas práticas”, resume Sthenio Pierrotti.

Sobre os rumos de crescimento da ci-dade, Sthenio acredita que Caraguatatu-ba tem uma região grande a ser explora-da, pois há espaço físico e pessoas vindas pra cá em busca de qualidade de vida. “A Associação acompanha esse crescimen-to, principalmente na área comercial. Temos diversas ações e entre elas estão promoções e eventos em datas come-morativas, curso de liderança pessoal e profi ssional, e em breve, teremos nosso clube de campo”, revela.

A ampliação no número de associados é outra importante meta da ACE para os próximos anos. “O mais importante é participar efetivamente da entidade, dos eventos, cursos e orientações. Ser associa-do não é apenas pagar a mensalidade, mas nos procurar para ajudarmos a melhorar o negócio, a estrutura, a logística, os proces-sos, o marketing, o treinamento dos fun-

cionários, tirar dúvidas jurídicas, do certifi cado digital... Portanto não basta se associar, tem que participar”, consi-dera.

E Sthenio exem-plifi ca o caso de um engenheiro que tam-bém é comerciante. Geralmente ele se afi -lia a Associação dos Engenheiros. “Deveria também ser nosso as-sociado, pois fortalece-mos o nome dele como empresa. O desafi o é

fazer com que os comerciantes menores se associem e usem nossa estrutura. No caso de hotéis e pousadas, como temos um tra-balho feito, e por isso, associam-se a nós, usam nossa lista de e-mails dos associados e informações”, relata.

A carreira profi ssional de Sthenio Pier-rotti começou em São Paulo, na região do Tatuapé, onde nasceu, cresceu e atuou no ramo imobiliário de 1978 a 1989. Estudou técnico em Eletrônica e concluiu a facul-dade de Direito. É um apaixonado pelos estudos, por isso cursou três anos de En-genharia Eletrônica, dois de Administra-ção e outros dois de Economia. De 1989 a 2011, passou a atuar no ramo automo-bilístico. Desde 2011 possui comércio de material elétrico em Caraguá e presta ser-viços de consultoria. É pai de duas fi lhas do primeiro casamento, Brisa Helena, 22 anos, e Brenda Elisa, 20 anos.

Sthenio fi naliza revelando a vontade de ser presidente da ACE. “A questão é ter tempo para assumir essa empreitada. Tudo indica que na próxima eleição, eu saia can-didato, se assim Deus permitir”.

Fachada da ACEFachada da ACE

Arquivo ACEC

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Prosperidade do co-mércio local

“Caraguatatuba se desenvolveu em torno do trabalho dos comer-ciantes, empresários e pessoas que acreditam na cidade. O comércio é sempre um risco, e por isso o comerciante é em-preendedor, pois confi a no potencial da cidade. Ter uma representação de classe forte, consis-tente, que faça a oferta daquilo que realmente precisa, é o diferencial. A Associação Co-mercial e Empresarial de Caraguá oferece uma série de serviços, produtos e pleiteia mudanças nos rumos da legislação. É um orgulho para a cidade”, confi rma Eloíza Antunes, atual chefe de gabinete do pre-feito de Caraguá, Antônio Carlos da Silva, e foi secretária no período em que ele pre-sidiu a ACE.

A opinião de Eloíza Antunes é com-partilhada pelas administradoras dos dois principais centros de compras de Caraguá, Edna Sues do Caraguá Praia Shopping e Cristiana Arena, do Serramar Shopping. O primeiro existe há 16 anos em Caraguá, dispõe de cerca de 50 lojas e mais 20 salas comerciais, instalado na Avenida da Praia, no Centro da cidade. O segundo comple-tou três anos e dispõe de cerca de 100 lojas, salas de cinema 3D, praça de alimentação e de eventos, centro de lazer e centenas de vagas de estacionamento.

Caraguá Praia Shopping - Há dezes-seis anos o Shopping da Praia participa das campanhas da ACE. “São campanhas que já têm autorização da Receita Federal e da Caixa Econômica. Tudo direitinho. Este trabalho é importante pra nós. As campa-nhas de natal são ótimas. A cada ano cres-ce o número de prêmios. Em 2014 foram três carros zero quilômetros, motos e TVs, e um dos carros foi exposto no térreo do nosso Shopping”, explica Edna Sues.

A administradora acredita que os lojistas da cidade e a própria Associação de Lojis-tas do Caraguá Praia Shopping, podem se unir mais. “A gente se esforça para mostrar que juntos, podemos ir longe. A ACE tem força para reivindicar junto ao poder pú-blico e outras instituições, melhorias para o nosso comércio, pois consegue chegar mais facilmente a uma prefeitura. Seria bacana criarem uma ação de incentivo às compras, onde se acumularia pontos que

seriam trocados por prêmios nas próprias lojas participantes”, propõe Edna.

Ouvir o comercian-te é papel fundamental da ACE, segundo Edna Sues, que relata a sua experiência profi ssional para se fazer entender. “Trabalhei 20 anos na Honda e achava que sa-bia quase tudo. Viajei o Brasil inteiro passando instruções para a rede de concessionárias. Mas,

eu só vim saber o que era comércio quando coloquei o umbigo no balcão e abri uma loja no Caraguá Praia Shopping. Ali apren-di a ver o que o cliente quer, o que deseja, que precisa planejar as ações, motivar os funcionários, entre tantas outras questões. Estou no Shopping há dez anos, e fazemos orientações quase que diárias a futuros in-vestidores. Muitos chegam querendo abrir uma loja de roupa, e o que precisamos é de uma pastelaria ou uma farmácia, por exemplo. Essa orientação é necessária e a Associação Comercial pode fortalecer esse diálogo com investidores e comerciantes, pois é uma entidade estruturada, saudável, forte e com voz ativa na cidade”.

O Fly Show, evento de voo livre criado pela ACE em 2013, é exemplo de iniciativa que os comerciantes e a cidade como um todo, precisam. “Esse evento de voo livre é muito legal. Está na moda os esportes ra-dicais e o Fly Show mostra a cidade, seus

seriam trocados por prêmios nas próprias lojas participantes”, propõe Edna.

te é papel fundamental da ACE, segundo Edna Sues, que relata a sua experiência profi ssional para se fazer entender. “Trabalhei 20 anos na Honda e achava que sa-bia quase tudo. Viajei o Brasil inteiro passando instruções para a rede

Coutinho, Mário Tapera, Paulo Bijos e Sthenio

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atributos, e tem uma campanha publicitária por trás. A gente sempre quer ver novidade nas campanhas de natal, dia das mães, dia dos pais e outras da ACE. São 16 anos de parceria entre o Shopping da Praia e a As-sociação Comercial. Construímos juntos a história do desenvolvimento do comércio central de Caraguá. Ganhamos todos com essa unidade”, confi rma Edna Suez.

Serramar Shopping - Para Cristiana Arena, administradora do Serramar Sho-pping, a Associação Comercial e Empre-sarial de Caraguá defende, orienta e coliga os comerciantes locais. “A ACE em con-junto com a Associação de Lojistas do próprio Shopping Serramar, representa de forma efetiva os comerciantes da ci-dade”, afi rma.

O Serramar participou das duas últimas campanhas de Natal da Associação Co-mercial, que é parceira da iniciativa privada e dos órgãos públicos, no sentido de trazer novos negócios para Caraguá. “Eventos, feiras e promoções da ACE certamente culminam com maior público na região, e consequentemente mais frequentadores ao Shopping”.

Como novo empreendimento, o Serra-mar Shopping trouxe uma nova realidade

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de compras, comércio, hábitos de consu-mo ao Litoral Norte, já que é o maior cen-tro de compras e lazer da região. “Somos um shopping diferenciado, com um con-ceito sustentável, todo aberto e que deixa os clientes em contato direto com a nature-za, uma praça de alimentação completa en-tre outras opções de lazer. O investimento foi alto, por isso está em seu período de maturação, mas o crescimento vem acon-tecendo gradativamente, de um ano para outro”, confi rma Cristiana Arena.

Os empreendedores com lojas no Ser-ramar, segundo Cristiana, desde o início tiveram como principais objetivos, o de-senvolvimento da cidade e os benefícios para a comunidade local. Um exemplo é

Caraguá Praia Shopping

Gianni D’Angelo

o projeto “Serramar mais Saúde”, que em parceria com o Centro Universitário Mó-dulo, atende gratuitamente, desde junho de 2012, idosos em programas de educação física e enfermagem.

“Trazemos para a cidade acesso a even-tos diversos, como circo, mini pista de kart, feira do livro, exposições. Esta visão mostra o quanto Caraguá é importante para o Sho-pping. Sabemos que o Shopping infl uencia diretamente os hábitos de consumo, entre-gando novidades e aproximando a cidade às novas tecnologias. Temos salas de cine-ma com tecnologia 3D, internet gratuita na praça de alimentação, grande rede de hiper-mercados, e todo conforto e segurança que um amplo estacionamento de carros, motos e bicicletas pode oferecer”, relata Arena.

O Serramar Shopping espera poder am-pliar a parceria com a ACE, Prefeitura, e por meio de novos empreendimentos que estão previstos no entorno do Shopping. “Isso tudo continuará benefi ciando os moradores e a região, pois estamos conseguindo unir as quatro cidades em um mesmo local, além de recebermos visitantes de cidades vizi-nhas do Vale do Paraíba e São Paulo. Somos uma nova opção de lazer depois da praia. Acreditamos que a união e o empreendedo-rismo dos comerciantes de Caraguatatuba são fundamentais para fomentar novos ne-gócios e fazer da cidade o verdadeiro polo comercial da região”, fi naliza.

Serramar Shopping

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Nossos comerciantes empreendedores

José Fausto Pereira, hoje com 66 anos, começou a vender sapatos em Ca-raguá, informalmente no início da déca-da de 1980. “Fomos para Minas e minha mãe tinha uma lojinha de calçados no porão da casa. Tinha muitos sapatos lá e trouxemos para Caraguá. Vendi quase tudo. A Nice vendia na escola, em um quartinho em casa e na feira no Traves-são. Percebi que dava certo, mas tínha-mos medo de largar o meu salário razo-ável. A ideia de me dedicar ao comércio foi maior, avaliamos que já tínhamos certa estabilidade”, relata Fausto.

A Nice Calçados foi aberta ofi cial-mente em 1985, na Rua Major Ayres, mas durante um ano e meio ele e a es-posa venderam sapatos informalmente.

“Abri uma pequena loja e pensei: pre-ciso ter uma entidade pra me apoiar e me associei à Associação Comercial. Acon-teciam as reuniões e eu entendia que era para todos os associados, mas era só para a diretoria. Por isso me deram um cargo na gestão do Mazzucca e permaneci na dire-toria até a presidência do Antônio Carlos. A Associação me enche de orgulho”, con-fessa Fausto.

O nome da loja é referência à esposa Nice, que veio a falecer recentemente. “As pessoas falavam que iam à casa da profes-sora Nice, por isso não quis perder essa referência.” relata Fausto.

Entre os anos de 1993 a 1995, Fausto lembra que Antônio Carlos, presidente da ACE, quis e conseguiu fazer o Calçadão na Rua Santa Cruz. “Foi polêmico, mas deu certo. Em seguida veio o SPC que organi-zou a venda a crédito e foi um dos maiores aliados do comerciante.

As ações de marketing sempre foram uma grande ferramenta da Nice Calçados. Fausto revela que na época, a locação de fi l-

mes estava no auge e isso despertou nele a ideia de oferecer as sacolas com a marca do seu negócio para as locadoras colocarem as fi tas que eram alugadas. “O perfi l daquele tipo de cliente me interessava, pois tinha po-der aquisitivo para comprar na minha loja, e a sacola era uma excelente propaganda.

Ainda como forma de propagar o nome da Nice Calçados, a empresa patrocinou peças de teatro, incentivou o coral Água Viva, entre outras ações. “Entendo que no comércio temos que ter percepção. Por mais que o comércio virtual cresça, a excelência de um bom atendimento é insubstituível” garante o empreendedor.

E para fi nalizar, o empresário comen-ta que para se obter sucesso como co-merciante, é ter a consciência de que o cliente é o seu maior patrimônio. “Con-tinuamos tratando o cliente com tapete vermelho”, sentencia.

Outro comerciante tradicional da ci-dade é Miguel Eduardo Pulgrossi. Há 44 anos ele trabalha no ramo de refrigera-

ção e ventilação. Nascido em São Car-los, casado com Adélia, tem dois fi lhos, e juntos administram a Polo Norte Ventiladores que há 25 anos tem pré-dio próprio na Marginal José Hercula-no, no Jardim Britânia.

Em 1969 Miguel conheceu Caraguá. Com 18 anos serviu o Exército, e em seguida, em 1971 mudou-se para cá para abrir uma autorizada de consertos de geladeira, que fi cava perto da Doci-mar. Ele tinha aprendido a arte do ofí-cio com o irmão, Ismael, que manteve a primeira autorizada em São José dos Campos. Na década de 1980, a loja de Miguel foi para a Rua Santa Cruz, es-quina com a Rua Tibiriçá Pimenta. Em 1994 comprou sua sede própria, que

hoje fi ca em frente ao Shopping Serramar.“Era gostoso. Tranquilo. Todo mundo

conhecia todo mundo. Com a Catástrofe de 1967, quem fi cou na cidade, se uniu. O Ali Yaktine era o presidente da Associação, mas o comércio era limitado. Havia pou-cas lojas no Centro e sem muita opção, por isso até para fazer supermercado o pessoal ia para São José dos Campos. Pra registrar um imóvel, tinha que ir ao cartório em São Sebastião. Um episódio que marcou

Nice e Fausto

Miguel e Adélia

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foi quando a Padaria Capri pegou fogo e o Bombeiro teve que vir de São Sebastião. Houve vários voluntários que se prontifi -caram a ajudar. Também existia o Hotel Binoca, na Praça que hoje se chama Dióge-nes Ribeiro de Lima, o Posto do seu José, o Zézinho, a Lanchonete Estrela, que era do Chico, primeiro presidente da ACE”, relembra Miguel.

Na década de 1990, Miguel montou uma empresa com 14 funcionários, a qual retifi cava e vendia peças de refrigeração para todo o Vale do Paraíba, Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. “A cidade começou a crescer com o prefeito Jair Nunes e com o Antônio Carlos passou a ter vida própria. Veio o Shopping, a Petrobras, Caraguá se desenvolveu muito. Hoje em dia é mais fá-cil ter um comércio. Antes era muito difícil. Eu tinha que pegar o ônibus Atlântico para buscar peça em São Paulo e a viagem dura-va o dia todo”, relata o empresário.

Miguel confi rma que a ACE de Caraguá acompanhou o crescimento local e oferece

serviços de qualidade e apoio ao as-sociado, como o SPC, por exemplo. E comenta também que as campa-nhas são um grande diferencial da entidade em prol do incentivo do consumo nas lojas da cidade. “Sou associado e faço questão de partici-par das campanhas realizadas pela Associação, pois sei o quanto aju-dam a movimentar o comércio lo-cal”, fi naliza.

A história da família Kashiura, que há décadas possui comércio em

Caraguá, também chama atenção pela per-sistência, vontade de vencer, trabalho árduo e realizações. E quem relatou os fatos foi o Sr. Mitsuo Kashiura que está com 84 anos. Nascido no Japão em 08 de maio de 1931, veio para o Brasil com um ano de idade.

Mitsuo tem dois irmãos. Assim que che-gou ao Brasil foi morar no Pará. No fi nal de 1939, mudou-se para Rancharia, no in-terior de São Paulo. Sempre trabalhando na lavoura, com a plantação de algodão e café, passou por outras cidades até se ins-talar em Dracena, onde o tio e o irmão ti-nham uma relojoaria e ensinaram o ofício a Mitsuo, que passou a consertar relógios. Em Caraguá, chegou em outubro de 1963.

“O meu cunhado comprou um sítio em Ubatuba para plantar banana. E dizia que era um lugar bom, bonito e que tinha futu-ro. Uns dias depois chegou um rapaz na re-lojoaria em Dracena e eu consegui vender o negócio pra ele. Vim procurar um ponto em Ubatuba para abrir uma nova relojo-aria, mas não encontrei nada. Então meu

cunhado indicou um colega que morava em Caraguá e aqui conseguimos um ponto onde abri a Relojoaria Kashiura. Naquela época, os comércios passavam por muita difi culdade, pois o movimento era muito fraco. Foi quando o contador Barbosa me convidou para participar de uma reunião para criar uma Associação que ajudasse o comércio. Assinei a Ata de fundação da ACE em 1965. No começo foi bom, mas depois, com o Zé Capri (José Augusto Pe-reira, segundo presidente da ACE), passa-mos a sofrer com a fi scalização de pesos e medidas no comércio. A diretoria da As-sociação foi atuante. Fez a intermediação com os fi scais para que fossem mais co-erentes antes de simplesmente chegarem multando”, relata.

Passaram-se anos e o Geraldinho que presidiu a ACE de 1989 a 1991, convidou Mitsuo Kashiura para participar da Dire-toria da entidade. “Eu ajudava na parte da recreação. A namorada do meu fi lho gos-tava muito de fazer eventos e fi zemos mui-tos bailes, festas, churrasco para reunir os amigos, mas sempre em clube alugado. Foi então que passamos a procurar um lugar para comprar e promover e realizar esses eventos. Achamos uma área no Pontal San-ta Marina”, conta Mitsuo.

Depois da relojoaria, Kashiura mudou de ramo e montou uma loja de esportes, onde vendia troféus, medalhas e materiais de pesca. Se aposentou em 1995, e parte dos quatro fi lhos continua no comércio, seja na Papelaria Kashiura, seja na ACE que tem como gerente, um de seus fi lhos, o Idésio Kashiura, conhecido como Budu.

Mitsuo Kashiura

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Outro comerciante tradicional é An-tônio Carlos Poloni, o Toyto, 69 anos. Nasceu em Ilhabela e quando tinha 10 anos, em 1956, o pai José abriu uma ti-pografi a com o nome de Nossa Senho-ra Aparecida, que fi cava perto da igreja Matriz Santo Antônio, no Centro de Ca-raguá. Depois de um ano, o comércio passou a se chamar Tipografi a Poloni.

Os quatro fi lhos de Poloni trabalha-ram na gráfi ca, mas só Toyto permane-ceu no ofício. “Era composição gráfi ca com os tipos de letras e as montagens das chapas para imprimir jornais, pe-quenas revistas e cartazes. Imprimí-amos muito panfl eto, bloco de pedidos, o jornal A Voz do Litoral e até fi chas do SPC para a Associação Comercial. Partici-pei dos bailes da Associação, e desde o co-meço, somos associados”, confi rma Toy-to, casado com Ivone e pai do bancário Gustavo e de Camila que faz o fi nanceiro na gráfi ca.

E por fi m, Sávio Luiz dos Santos, atu-al diretor da ACE, relata a história de sua família tradicional, principalmente do seu pai, o caiçara Sílvio Luís dos Santos, o fa-moso Careca e sua mãe, Severina dos San-tos, ambos caiçaras. “Meu pai foi pedrei-ro, encanador, eletricista e até prefeito de Caraguatatuba de 1969 a 1972. Em 1965 minha mãe sugeriu pra meu pai abrir uma sorveteria e assim surgiu a Sorveteria Sil-vio, que mais tarde, tocada pelo meu ir-mão, Sergio, em 1974 passou a se chamar Sorveteria Sérgio. Este ano completamos 50 anos, assim como a Associação Comer-cial de Caraguá. Orgulho-me de ser caiçara e ter um comércio tão antigo”, confi rma.

Há anos, Sávio administra a Sorvete-ria Sérgio. “Cursei a melhor faculdade do mundo, chama-se: balcão. Você é psicólogo e tem que saber lidar com todos os tipos de pessoas e humor. É difícil, mas faria tudo

de novo. Passei por momentos de arranca rabos, abraços, risadas e choros. Nossa sor-veteria foi ponto de encontro de políticos, que vinham conversar e no fi nal eu apagava tudo”, revela Sávio que participa da ACE desde 1993, quando passou a ser conselhei-ro na gestão do Antônio Carlos.

“Se todo comerciante conhecesse mais a Associação Comercial, para saber o real valor dela, seria ótimo. Falo para o lojista de bairro vir participar, pois somos uma entidade que representa o comerciante pe-queno, médio e grande. Somos exemplo de administração bem sucedida e bem resol-vida”, relata Sávio que foi diretor do SPC e de Patrimônio da ACE.

Em 2002 Sávio foi candidato a presiden-te da entidade. “O Jorge Washington ga-nhou a disputa. Eu sabia que seria difícil, mas pensei que perdendo ou ganhando eu sairia de cabeça erguida. E foi o que aconteceu. Depois de um tempo, quando o Coutinho se candidatou à presidência em 2010, me chamaram e voltei para ser diretor. Não guardo rancor de nada. Vivo do meu comércio e sou voluntário na ACE”, explica.

Há alguns anos Sávio passou a pra-ticar voo livre em Caraguá. E também por isso, passou a ser entusiasta do Fly

Show, evento criado recentemente pela ACE, que reúne pilotos do Brasil todo em um campeonato que acontece no segundo semestre do ano. E o tempo todo, Sávio revela o orgulho que tem da Associação Comercial de Caragua-tatuba. “São poucas associações no Estado de São Paulo que têm sede própria. Somos independes e damos suporte a outras entidades da cidade. É um conjunto de fatores positivos, que ajuda em todos os segmentos do comércio, não só o autônomo como o comerciante pequeno e o grande. São mais de mil associados”.

Sávio valoriza a sua origem caiçara e acredita que dos cerca de 120 mil habitan-tes, se houver 20 mil caiçaras na cidade, é muito. “A história do desenvolvimento de Caraguá se divide em três fases: a cons-trução da Serra dos Tamoios, cujos enge-nheiros foram embora e peões fi caram e tiveram fi lhos. Depois teve a Construtora Camargo Correa, que fez a Rio-Santos, e agora a Base de Gás. E o caiçara sobrevi-ve sem malícia e ainda leva você pra tomar café na casa dele”, fi naliza.

E foram muitos outros comércios que fi zeram história em Caraguá.

Que todos se sintam representados por nossos entrevistados.

Parabéns a todos.

Sávio e Silvana

Poloni

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A

60Revelando

talentosAna Teresa dos Santos Ribeiro de

Brito trabalhou na Associação Comer-cial de Caraguá de 1995 a 2005. Foi preencher uma fi cha no Balcão de Em-pregos da ACE, pois tinha vontade de trabalhar na Nice Calçados, e a Dra. Sônia, psicóloga que fazia a triagem dos candidatos, pediu para ela fazer teste de datilografi a. Depois de uns dias recebeu o telefonema e passou a ser secretária no setor de empregos.

Quando houve a troca da gestão de Antônio Carlos para a do Cesar Jumana, surgiu uma vaga de atendente no SPC e ela a ocupou. “Já estava sendo informati-zado, mas ainda eram feitas consultas em fi chas. Atendia no balcão e por telefone para consultar os nomes de clientes. Fui promovida a gerente do SCPC e passei a fazer o fechamento mensal, de forma ma-nual”, confi rma. Ana Teresa participou de

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Arquivo PessoalArquivo Pessoal

Maria Eloíza

reuniões da FACESP (Federação das Asso-ciações Comerciais do Estado de São Paulo) e dos Seminários anuais em várias cidades. Pas-sou a secretariar Jorge Washington após ele assumir a presidência. Atuou na Tesoureira e chegou a subgerente. Só saiu da ACE porque em 2005 foi chamada em um concurso público da Prefeitura de Caraguá.

“Eu amei trabalhar na Associação. Foi uma escola pra mim. O que mais me marcou foi entrar no mundo da tecnologia porque tivemos a oportunidade de fazer cursos de infor-mática sem custo, tínhamos convênio

médico e odonto-lógico. Fui muito valorizada nos dez anos de Associa-ção. Fiz muitas amizades e cresci profissionalmen-te. Foi o trabalho da minha vida e . Aprendi muito!”, fi naliza.

Maria Eloíza Mendes Rodrigues, 40 anos, atualmen-te bancária, traba-lhou na ACE de 1990 a 2000. “Foi meu primeiro em-prego. Eu tinha 15 anos. Entrei como operadora da má-quina de xerox, fui atendente no SPC.

Dali em diante, a entida-de cresceu e o quadro de funcionários aumentou. A Associação faz parte da minha vida, da minha história. Amei trabalhar na ACE, fi z grandes amigos nos dez anos que permaneci na entidade, onde também me diverti muito nos eventos”.

Quem fez uma revira-volta na Associação, se-gundo Maria Eloíza, foi o Antônio Carlos que atualizou os salários dos

funcionários e passaram a ter convênio médico. “Em 1993 ter Unimed foi um grande benefício. E lembro-me do jor-nal mensal da Associação Comercial. A gente fazia aquele mutirão para dobrar e etiquetar o jornal, uma parte os boys en-tregavam e outra era colocada nos Cor-reios. Na mesma época o SPC passou a ser informatizado e organizado por um programa no computador, facilitando as consultas. Também foi realizada a cam-panha Leve Uno, com o primeiro carro zero quilômetro que a Associação sor-teou, cujo ganhador foi o Denílson que trabalhou na imobiliária Nakano. Alem disso, houve outras campanhas de fi nal de ano, que as pessoas compravam nas lojas e ganhavam cupons para concorrer a prêmios”, explica.

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I

61Eles vestem a

camisa da ACE

Idésio Kashiura, o Budu, 51 anos, en-trou na ACE em 1999, para atuar na área comercial. E na gestão do Cesar Jumana foi assistente da presidência. Também passou pela Tesouraria e chegou a gerente em 2002, cargo que ocupa até hoje. “Meu pai era diretor e foi um dos fundadores da Associação. Ele tem um carinho muito grande pela entidade e acompanhei isto por meio dele. Eu tinha fechado a minha loja em 1998 e passei a fazer parte da equi-pe comercial da ACE, fazendo captação de novos sócios e vendendo os produ-tos da associação, como o SPC e o plano odontológico”.

Segundo Budu é importante que os comerciantes em sua totalidade vejam a Associação Comercial como parceira e sintam o valor que tem o associativismo. “É parceria, onde um ajuda o outro. A

Associação existe para trazer serviços e representar o associado, por exemplo, em uma nova legislação que apareça e possa prejudicá-lo. Se houver união, as ações dos comerciantes ganham peso. A ACE divulga e fomenta o comércio como um todo”, afi rma.

A Associação traz constantemente cur-sos, treinamentos e palestras para o asso-ciado, seus funcionários e familiares, no au-ditório que comporta 150 pessoas. “Nossa campanha de natal é a maior do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Somos vitrine. Uma entidade que os outros se espelham pra fazer igual. Já recebemos funcionários de outras Associações Comerciais, que vêm observar nossas ações e implantarem em suas entidades. Outro carro-chefe é o plano de saúde da Unimed, além da certi-fi cação digital e o SPC que eu acredito que

tende a se terceirizar. Por isso, buscamos novos serviços para a saúde fi nanceira da associação que não vive somente da men-salidade paga pelos associados, e acabamos trabalhando em prol de várias entidades fi -lantrópicas, o que não é nossa função nata. Nosso social é forte. Ajudamos muita gen-te”, confi rma.

O maior de todos os diferenciais é tra-balhar na ACE. “Acontece a “humaniza-ção” de verdade. Tratamos todos os fun-cionários como pessoas, valorizando-os e com respeito, investindo em treinamento, saúde. Sei que muito do que está aqui, tem minha cara, criei, pensei, elaborei, fui bus-car serviços. Esta sede, do jeito que está, tem minha identidade, pois é minha segun-da casa, minha segunda família.

O Miss Comércio foi um evento cria-do em 1990 por mim, minha ex-mulher, a

Equipe atual ACEC

Bruna Vieira/Agência Gentecom

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Diva

Acervo ACE Acervo ACE

Acervo ACE

José Elias

Mirela e o Éden Pimenta. Fizemos cerca de 11 edições. Fiz Baile do Comerciante e agora temos o baile da Empresa Nota 10. Sob o slogan, “Compre no comercio de Caraguá e prestigie o que é nosso”, suge-rindo que o dinheiro daqui, gere empregos, impostos e faça a cidade crescer.

“Aqui aprendi tudo o que sei de admi-nistração e fi z cursos importantes como Empretec e Open Life.”, fi naliza Budu, que é formado em Gestão de Comércio, tem uma fi lha Ana Maria, uma neta, a Ma-ria Cecília. É casado com Janaína e tem uma enteada, Thalita.

Diva do Prado, 48 anos, é outra fun-cionária que fez e faz história nos 24 anos que trabalha na ACE. “Aqui é uma empre-sa maravilhosa. Temos muitos benefícios e quero me aposentar aqui! Passei por outras profi ssões e em 1991 vim para a Associa-ção. Iniciei como operadora de xerox, mas ao engravidar, para evitar a radiação da má-quina copiadora, me realocaram no SPC”, relembra.

No retorno da licença maternidade, pas-sou seis anos no departamento da Unimed e após esse período voltou ao SPC, tornan-do-se gerente do setor. “Era tudo o que eu queria, fi quei 18 anos atendendo aos as-sociados, respondendo ofício de Fórum e

viajando para os congressos anuais”, relata Diva que mais recentemente assumiu o de-partamento de Cobrança.

Quando comecei a aprender as ações de Cobrança, passei a ser elogiada e meu tra-balho foi novamente reconhecido. E o que me marcou foram os congressos do SPC porque eu conheci muitas pessoas. Tam-bém fi z o curso Open Life, de motivação, e voltei totalmente revigorada.

No 1º Seminário de SPCs que aconte-ceu em Caraguá, reunimos cerca de 360 Associações do Paraná, Minas Gerais e até do Tocantins. Os dois seminários que aconteceram aqui e as festas, tornaram a

nossa cidade inesquecível para os partici-pantes. Agradeço a todos os presidentes que passaram pela Associação”, fi naliza.

José Elias Almeida Ruivo, 67 anos, entrou na ACE em novembro de 2005, a pedido de Paulo Bijos que conhecia o profi ssionalismo e competência do economista. “Comecei do zero. Criei o sistema fi nanceiro da ACE, e para isso, fi z uma auditoria em todos os departa-mentos. A cobrança que era feita pelo motoqueiro passou a ser via boleto ban-cário. Criei normas e procedimentos. Te-

nho quase 50 anos de profi ssão, 40 deles como diretor fi nanceiro de uma empresa em São Paulo. Sou economista formado em 1975 na PUC (Pontifícia Universida-de Católica). Trabalhei com fi nanças a vida toda. Vim para Caraguá há 14 anos para gerenciar os estabelecimentos do Ari, um mercado e um quiosque. Desde o primeiro ano na ACE, faço o Balanço Patrimonial anual da entidade, que é a sua vida fi nanceira”, resume.

Zé Elias explica que a ACE não visa diretamente lucro, mas presta serviço ao comércio de Caraguatatuba, faz cam-panhas, cursos, etc. “Toda empresa que não tiver um controle fi nanceiro, que-bra. Aqui na ACE é tudo programado. Todo mês de janeiro me reúno com o presidente para fazer a projeção do ano. Sabíamos que 2015 seria um ano difícil e cortamos gastos. Por outro lado foi necessário aumentar o salário dos fun-cionários, pois estavam defasados. Todas as campanhas nós fazemos para favore-cer o comércio e é tudo “pé no chão”: Empresa Nota 10, campanha de natal, dia das mães e outras. Abraço o trabalho como se fosse a minha casa. Na vida do trabalho é preciso dedicação e atenção em simples tarefas, assim se progride”, fi naliza Zé Elias.

Budu

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