Revista InterBuss - Edição 200 - 29/06/2014

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REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 5 • Nº 200 29 de Junho de 2014 ELÉTRICOS APROVADOS Testes no país mostram bom desempenho dos ônibus elétricos chineses EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO - 4 ANOS E EDIÇÃO BICENTENÁRIA - Nº 200 ELÉTRICOS APROVADOS

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REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 5 • Nº 200 29 de Junho de 2014

ELÉTRICOS APROVADOS

Testes no país mostram bom desempenho dos ônibus elétricos chineses

EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO - 4 ANOSE EDIÇÃO BICENTENÁRIA - Nº 200

ELÉTRICOS APROVADOS

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CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

MUITO OBRIGADO!

INTERBUSSREVISTAINTERBUSS

GRAÇAS A VOCÊ, AMIGO LEITOR,AMIGO ANUNCIANTE E AMIGO

COLABORADOR, QUE CONSEGUIMOSCHEGAR A MAIS UM ANO E PODER

COMEMORAR COM VOCÊS ESSA MARCATÃO IMPORTANTE DE 200 EDIÇÕES

PUBLICADAS. CONTAMOS COM VOCÊSE SEMPRE CONTEM CONOSCO!

FORTE ABRAÇO A TODOS!

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MUITO OBRIGADO!

INTERBUSSREVISTAINTERBUSS

GRAÇAS A VOCÊ, AMIGO LEITOR,AMIGO ANUNCIANTE E AMIGO

COLABORADOR, QUE CONSEGUIMOSCHEGAR A MAIS UM ANO E PODER

COMEMORAR COM VOCÊS ESSA MARCATÃO IMPORTANTE DE 200 EDIÇÕES

PUBLICADAS. CONTAMOS COM VOCÊSE SEMPRE CONTEM CONOSCO!

FORTE ABRAÇO A TODOS!

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Página 16

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 40 PÁGINAS

| Test-Bus

Nova seção traztestes realizadoscom ônibusbrasileirosDesde a dirigibilidade até oconforto, passando pela conservação do veículo,tudo será esmiuçado 14

APÓS TESTES, ÔNIBUS ELÉTRICOMOSTRA QUE É VIÁVEL NO PAÍS

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

24

| A Semana em Revista

Por ordem da Fifa,ônibus que levamseleções nãopodem engatar réNão se sabe ainda qual o motivodessa restrição. Outrospaíses também já têm ordem10

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AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 36

REDE SOCIALO seu espaço na Revista InterBuss 30

REVISTA INTERBUSS 4 ANOSMais um aniversário! 32

Página 16

ANO 5 • Nº 200 • DOMINGO, 29 DE JUNHO DE 2014 • 1ª EDIÇÃO - 01h28

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraConquista em São Paulo 18

EDITORIALNosso muito obrigado, mais uma vez! 6

COLUNISTAS Fábio Takahashi TanniguchiEvolução Tecnológica 26

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 22

COLUNISTAS Luciano RoncolatoO grande mentiroso 28

APÓS TESTES, ÔNIBUS ELÉTRICOMOSTRA QUE É VIÁVEL NO PAÍS

PÔSTERMarcopolo Paradiso G7 20

Anderson Ribeiro

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzSobre a Viação Soledade 38

COLUNISTAS Adamo BazaniAcordo garantiu catraca livre em Curitiba 34

| Revista 4 Anos

Mais um anode circulação,com ediçãobicentenáriaMais um aniversário da RevistaInterBuss, desta vez celebradocom a circulação da ediçãode número duzentos 32

| Deu na ImprensaChineses quereminvestir nasferroviasbrasileirasGrande potencial logísticodo país está sendo levadoem consideração 23

TEST-BUSNova seção testa ônibus 14

ÔNIBUS ELÉTRICOAmérica Latina é favorável 16

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

para [email protected] e faremos o ca-dastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado.

CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

Chegamos a mais um aniversário. São quatro anos, e concomitantemente, 200 edições, uma celebração dupla. O Portal InterBuss já está no ar desde o início da década passada e em 2010 iniciamos uma nova fase, com a abertura de um blog em formato de revista eletrônica. Seis sema-nas depois já estávamos com o atual formato no ar, com um sucesso crescente. Grandes matérias foram produzidas ao longo desse tempo e continu-amos levando até vocês o conteúdo mais comple-to do setor de transportes no Brasil e no mundo. Somos a única publicação semanal que leva até o leitor notícias atualizadas sobre ônibus. Todas as demais publicações do gênero têm periodi-cidade mínima de um mês, gerando um atraso na publicação de matérias, boa parte delas de suma importância para o setor. Além das matérias cor-riqueiras, trazemos também um excelente time de colunistas, alguns deles esporádicos e outros deles fixos. Também trazemos semanalmente seções especiais com matérias curiosas sobre o nosso transporte, além das clássicas seções de fotos, que reúnem as melhores imagens de ônibus da sema-na, juntamente com o pôster.Durante esse tempo todo em que estamos no ar, não falhamos em nenhuma edição, levando todas ao ar dentro do período combinado com nosso leitor, que é todo domingo. Temos também o cos-

tume de fazer a publicação sempre no início da madrugada, fazendo com que a edição esteja dis-ponível logo nos primeiros minutos do primeiro dia da semana. Nas edições especiais geralmente trazemos mais conteúdos e matérias especiais, as-sim como aconteceu no nosso aniversário de dois anos, com a publicação de uma extensa matéria sobre a encarroçadora catarinense Busscar, que na época estava com produção reduzida por conta de uma grave crise financeira. Na ocasião estivemos em Joinville e falamos com o presidente da com-panhia, o sr. Claudio Nielson, que nos levou para conhecer as instalações da fábrica, algo até então inédito na imprensa especializada e entre os hob-bystas, já que a Busscar sempre foi conhecida por não ser uma companhia de portas abertas, assim como outras são. Na reportagem especial mostra-mos a fábrica e como estava a produção, além de apresentar o plano de recuperação da empresa, que meses depois foi recusado pelos credores e a justiça acabou pr decretar a sua falência. Outras matérias importantes, além de di-versas entrevistas, ajudaram a Revista InterBuss a se firmar entre as maiores e melhores publicações do setor de transportes no país. Somos reconhe-cidos por grandes encarroçadoras, montadoras de chassi e respeitados pelo nosso trabalho em várias empresas do setor, onde sempe somos muito bem

Mais um ano. Obrigado a todos!

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial recebidos. Em Campinas, onde fica a sede da

Revista, sempre fomos muito bem atendidos por todas as empresas locais, e nos próximos dias já anunciaremos a realização do City Tour 9, cujo evento já é tradicional na cidade, sobretudo entre os entusiastas do transporte coletivo. As críticas recebidas quase sempre são construtivas e nos auxiliam bastante na escolha de novos conteúdos para a publicação, que periodicamente é renovada. Também recebemos contatos dos nossos leitores com sugestões de conteúdo, e todas elas são avali-adas por nossa equipe. A todos os amigos, leitores e anun-ciantes, agradecemos pela confiança e esperamos estar juntos nos próximos anos. De nossa parte, reafirmamos nosso compromisso com todos, que é o de levar as informações sobre o transporte coletivo com qualidade e agilidade para todos, sempre. Agradecemos a confiança e o respeito de todos vocês. Agradecemos também pelos conta-tos realizados durante a publicação de algumas colunas que atualmente saem apenas de forma esporádica, entre elas a que comenta os últimos acontecimentos entre os entusiastas do transporte, e que sempre causa muita polêmica, por conta da sinceridade aplicada no texto, porém esse é nosso objetivo: sempre levar a informação e a nossa opinião com qualidade e com responsabilidade. Contem sempre conosco, pois estaremos sempre ao lado de vocês, amigos leitores, anunciantes e colaboradores. É com vocês que celebramos este quarto ano e essa edição bicentenária. Obrigado!

REVISTAINTERBUSS Expediente

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• A Tarde [email protected] A Copa do Mundo no Brasil está em pleno vapor. Ainda há 32 seleções. No entanto, algumas, como a atual campeã Es-panha e a imbatível Inglaterra de 1966, já estão arrumando as malas para voltar para casa. Os torcedores fazem a festa e ficam empolgados ao se deparar com os ônibus das seleções chegando nos treinos e nos es-tádios pelo Brasil afora. A Continental, empresa com fábri-ca em Camaçari e patrocinador oficial do Mundial, equipa os ônibus com os pneus da linha premium ContiGol desenvolvi-dos para o mercado brasileiro. A produção do pneus ContiGol começou na fábrica de pneus da Continental em Camaçari, no primeiro trimestre deste ano. São ofertados tamanhos 275/80 R 22.5 e 295/80 R 22.5 para os mercados do Brasil, do Equador, da Colômbia e da Venezuela. Esta é a terceira geração dos pneus de ônibus ContiGol. Depois de algumas pesquisas e análises, a Continental indi-cou os pneus premium para os ônibus das seleções que realizam diariamente os trans-fers dos atletas na Copa do Mundo da FIFA 2014 no Brasil. O produto da Continental foi especialmente projetado para atender às exigências do tráfego urbano no Brasil, como por exemplo, frequentes paradas e mudanças de velocidade, e com o seu novo composto de borracha ele oferece uma mel-horia de 30% na quilometragem na compa-ração com o seu antecessor. Todos os ônibus da Copa do Mun-do são equipados com a versão 275/80 R 22.5 do ContiGol para assegurar que as

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Ônibus usados na Copa têmpneus feitos em Camaçari

Divulgação

PNEU BRASILEIRO • Pneus usados nos ônibus das delegações foram feitos no Brasil

Especial Copa 2014

seleções e convidados cheguem de forma segura e confortável aos estádios. “Como um patrocinador oficial da Copa do Mundo da FIFA 2014TM nós nos sentimos natu-ralmente responsáveis pela segurança dos melhores jogadores de futebol do mundo e de nossos próprios convidados. Além disso, temos o objetivo de estarmos à altura desta grande responsabilidade também no Brasil, uma vez que nossos produtos são o único ponto de contato entre os ônibus e a es-

trada”, explica Alexander Bahlmann, chefe de relações públicas da divisão de pneus de passageiros e caminhões leves da Conti-nental. O ContiGol é fruto do departamen-to de pesquisa e desenvolvimento de pneus da Continental em Hanover-Stöcken, na Alemanha. A fabricante Continental já ha-via equipado os ônibus nas edições da Copa do Mundo da FIFA em 2006, na Alemanha, em 2010, na África do Sul.

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Especial Copa 2014

Trânsito em Itaquera ficacaótico em dias de jogos

A S E M A N A R E V I S T A

• Blog da Folha de S. Paulo@terra. com.br A periferia de São Paulo também vêm sofrendo com o aumento do trânsito por conta dos jogos da Copa 2014. Em Itaquera, bairro na zona leste que sedia seis jogos do campeonato mundial, moradores afirmam que o desvio de veículos da área do estádio e as novas rotas de ônibus têm prejudicado a circulação na região. Os dois primeiros jogos em Itaquera foram feriados; um na abertura da Copa e outro de Corpus Christi. Mas no terceiro, última segunda-feira (23), sendo somente ponto facultativo, os trabalhadores do bairro percorreram o novo trajeto dos ônibus e rec-lamaram da alternativa, que chegou a deixar os usuários dentro dos coletivos por cerca de uma hora e meia. Em entrevista ao Mural, o prefeito Fernando Haddad se surpreendeu com a in-formação de que, em dias de jogos, há mo-rador de Itaquera que demore uma hora para chegar ao metrô. “Estou recebendo essa infor-mação agora. Dessa demora toda eu não es-tava sabendo. Preciso falar com o Secretário de Transportes para encontrar uma solução”, afirmou o prefeito. O centro comercial de Itaquera e as vilas de seus arredores são as regiões mais afetadas. “Da Vila Progresso, a mais próxima do centro do bairro, demorou quase uma hora e ainda não cheguei no metrô. O caminho alternativo está prejudicando quem precisa trabalhar”, diz Victor Solera, de 23 anos, que estava caminho do metrô para chegar ao Tatuapé. “O problema é explicar isso para o chefe”. Ao entrar nos coletivos, alguns pas-sageiros são alertados pelo cobrador: “Mel-hor passar a catraca depois, porque vai de-

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morar para chegar e o tempo de integração do bilhete vai diminuir”, diz um cobrador da linha Metrô Itaquera/Vila Verde que não se identificou. A Arena Corinthians ainda vai rece-ber mais dois jogos, o último deles foi a partida entre Coréia do Sul e Bélgica, nesta quinta (26), às 17h. A SPTrans informou que a região de Itaquera teve uma operação espe-cial no transporte esse dia e que facilitou o acesso dos paulistanos e turistas às estações de transporte de massa para a circulação na região. Os desvios dos transportes públicos ocorrem em Itaquera por conta de uma deter-

minação da Fifa, que proíbe a circulação de pessoas que não tenham ingressos ou creden-ciais de moradores em um raio de dois quilô-metros a partir do estádio. Parte da avenida Radial Leste fica fechada e somente em um ponto dela é per-mitida a entrada de ônibus que levem os pas-sageiros até a estação e terminal Itaquera. Os ônibus que antes passavam pela Radial Leste, com até quatro pistas para veículos, agora precisam utilizar a Avenida Campanella, que possui apenas uma e, em alguns trechos, duas. Os itinerários são modi-ficados seis horas antes e duas horas após o término da partida.

MUDANÇAS • Algumas linhas de ônibus mudam o itinerário para fugir de congestionamento

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REVISTAINTERBUSS • 29/06/14 09

Curitiba tem greve e catracalivre em dia de jogo da Copa

[email protected]

A Prefeitura de Curitiba informou que as catracas dos ônibus liberadas nesta quinta-feira (26), em razão à greve dos cobra-dores do transporte coletivo deflagrada nesta madrugada, vão custar R$ 2,484 milhões à administração municipal. Apesar do ato, os ônibus circulam normalmente pela cidade. Os motoristas não aderiram ao movimento. De acordo com a prefeitura, a de-cisão de autorizar a circulação dos ônibus sem cobradores foi tomada em caráter emergen-cial para garantir a continuidade do serviço e na expectativa de uma decisão da Justiça determinando uma frota mínima operacional na audiência desta sexta-feira (27), marcada para o início da tarde. Sem essa decisão, não será possível continuar sustentando a circu-lação dos ônibus gratuitamente, ainda con-forme a administração municipal. A capital paranaense recebe nesta quinta-feira o quarto e último jogo pela Copa do Mundo na Arena da Baixada. As seleções da Rússia e da Argélia se enfrentam a partir das 17 horas. A Prefeitura de Curitiba também in-formou que, preventivamente, a Urbanização de Curitiba (Urbs) vai cadastrar veículos par-ticulares para dar continuidade ao transporte que nesta quinta-feira foi bancado pela ad-ministração municipal. A paralisação foi tomada após ne-gociações entre o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) com as empresas. Os pedidos da categoria foram parar no Tri-bunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), já que não houve acordo. Em audiência na quarta-feira (25), a desembargadora Ana Carolina Zaina, do TRT-PR, que cuida do caso, chegou a fazer algumas propostas tanto

Especial Copa 2014

• G1 [email protected]

GREVE • Cobradores entraram em grevee motoristas fizeram catraca livreaos trabalhadores quanto às empresas.

Greve anterior Os cobradores de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana já haviam entrado em greve, juntamente com os motoristas, em fevereiro deste ano. A categoria paralisou as atividades no dia 26 de fevereiro e retornou no dia 1º de março. Eles aceitaram a proposta da desembargadora Ana Carolina Zaina, du-rante a terceira audiência de conciliação re-alizada à época, que acordava um reajuste de 9,28% – equivalente a 5,26% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INCP) mais 3,28% –, mais abono de R$ 300 e reajuste de 10,5% na cesta básica para os motoristas e cobradores de ônibus de Curiti-ba e Região. Com este reajuste, os motoristas passaram a receber R$ 1.814,93, e os cobra-dores R$ 1.028,10. Nesta quinta-feira, a prefeitura re-

latou que este acordo trabalhista fechado em março gerou aos trabalhadores, além de out-ros benefícios, o terceiro ano consecutivo de ganhos reais (10,5% em 2012, mais 10,5% em 2013 e 9,28% em 2014). “Sem repasse para a tarifa do usuário, isso levou o trans-porte coletivo a um déficit mensal de R$ 12 milhões, que vêm sendo bancados pela Pre-feitura de Curitiba e subsídio do Governo do Estado. Qualquer concessão de benefícios fi-nanceiros adicionais terá impacto inevitável na tarifa”, informou a administração por meio de nota.

Ressarcimento do prejuízo Em nota, a Urbs disse que vai re-sponsabilizar judicialmente o Sindimoc, o presidente Anderson Teixeira e demais diri-gentes da instituição pelo prejuízo causado pela greve de cobradores. A empresa também relatou que além da ação indenizatória pela perda de recursos públicos, também vai apresentar ao Minis-tério Público (MP-PR) denúncia de impro-bidade administrativa, pedindo a suspensão dos direitos políticos de Anderson Teixeira e de outros dirigentes do sindicato pela prática de ato de improbidade administrativa, com a evasão de receita pública patrocinada pelo Sindimoc. Roberto Gregório da Silva Junior, presidente da Urbs, considerou a greve como uma falta de respeito à população. “A cat-egoria é formada por trabalhadores resposn-sáveis, mas esta greve foi organizada por pessoas oportunistas e o sindicato tomou uma atitutde ilegal”. O presidente do Sindimoc, Ander-son Teixeira, foi procurado pela reportagem por telefone para comentar a nota, mas até a publicação ele não tinha atendido as ligações.

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Especial Copa 2014

Por ordem da Fifa, ônibus da Copa não podem engatar ré• Globo Esporte@terra. com.br Está no código de trânsito brasileiro: os ônibus podem engatar a marcha à ré, em pequenas manobras que não ofereçam riscos à segurança. No código da Fifa, não - e os ônibus que transportam as 32 seleções que participam da Copa do Mundo de 2014 só podem andar para frente quando estiverem transportando as delegações. – É uma questão de segurança im-posta pela Fifa. Tem que olhar bem, calcu-lar a manobra. Não pode errar o cálculo e preciso tentar acertar na primeira - explica um motorista da empresa que transporta a seleção de Honduras, hospedada em Porto Feliz. Além da viagem das seleções ficar mais tensa, a determinação da Fifa também aumenta o trajeto de deslocamento. Em Porto Feliz, por exemplo, o percurso entre o hotel e o CT de Honduras poderia ser 5 quilômetros mais curto. Entre treinos e viagens ao aero-

porto, a delegação vai andar 140 km a mais porque o ônibus não pode engatar a ré. E será que tal norma é somente por segurança? O motorista Wagner acredita em

um quê de superstição. - Acaba dando marcha a ré no time também, pode perder... é sim uma questão de superstição - diz.

SUPERSTIÇÃO? • Não se sabe o motivo, mas a ordem é nunca engatar a marca a ré

Ônibus da seleção chama a atenção• Superesportes@terra. com.br O ônibus da Seleção Brasileira de-ixou o hotel Ouro Minas às 12h de sexta-fei-ra e seguiu em direção ao Sesc Venda Nova, onde faria o único treinamento em Belo Horizonte antes da partida deste sábado, às 13h, contra o Chile, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. No caminho, o veículo ofi-cial chamou muita atenção de torcedores nas ruas. Na Avenida Vilarinho, muitas pessoas ficaram surpresas e saudaram os jogadores, mesmo sem saber se eram observadas pelos ídolos. O Chile, por sua vez, fechou sua pre-paração na Toca da Raposa II.

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Especial Copa 2014

Aumento no fluxo de turistas faz RJ colocar ônibus extras• G1 RJ [email protected] Com o intenso fluxo de turistas em trânsito rodoviário pelo país, ônibus extras es-tão sendo disponibilizados na Rodoviária Novo Rio, no Centro do Rio. Como mostrou o jornal Bom Dia RJ nesta sexta-feira (27), visitantes de diversos países da América Latina tem chegado à cidade por via terrestre. A maior demanda de embarque para este fim de semana na Rodoviária Novo Rio é de turistas que desejam seguir para Belo Hori-zonte, onde a seleção brasileira enfrenta, neste sábado, a equipe chilena em partida pelas oita-vas de final da Copa do Mundo. De acordo com a Rudmila Borges, diretora comercial da Viação Útil, uma das principais empresas que faz o trajeto Rio – Belo Horizonte, para esta sexta-feira foram dis-ponibilizados 28 ônibus com destino à capital mineira o que, segundo ela, será suficiente para atender à demanda.

Rudmila destacou que a maioria dos turistas tem comprado apenas a passagem de ida, deixando para adquirir o bilhete de volta em

cima da hora. “A gente está esperando eles para voltar, está tudo aberto para eles voltar, mas eles não estão se preocupando muito não”, disse.

RODOVIÁRIA NOVO RIO • Ônibus extras foram colocados para atender à crescente demanda

Jovem encontra ingressos da Copa dentro de ônibus e procura donos Um morador do Recreio dos Ban-deirantes, na Zona Oeste do Rio, encontrou uma mochila em um ônibus que continha sete ingressos para o jogo desta quarta-feira (25), no estádio do Maracanã, mostrou o RJTV. Na bolsa, também havia o passaporte de um equa-toriano, Manuel Andres Cisneros Crespo. Jean Carlos, de 19 anos, procura pelo turista para devolver as entradas. O rapaz é de Guaiçara, interior de São Paulo, e mora no Rio há um ano. Na noite desta terça-feira (24), ele pegou um ônibus do

Aeroporto Santos Dumont, no Centro, para a Barra da Tijuca, na Zona Oeste. No coletivo, também havia dois equatorianos. Entre eles, Manuel Andres, que esqueceu a mochila com

passaporte e ingressos. “O mundo está tão complicado... Pensei: não, vou devolver. Um dia pode acontecer comigo e a pessoa devolv-er. Vou devolver”, declarou Jean Carlos.

• G1 RJ [email protected]

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São Paulo

A S E M A N A R E V I S T A

RECADO • Aviso foi colocado no parabrisado ônibus com problemas

Motorista avisa que ônbus está sem freio e é demitido• R7rra.com.br

O motorista Antonio Rodrigues da Rocha, demitido por justa causa após colocar um cartaz no ônibus que dirigia com a frase: “Não tem Freio!”, foi procurado pelo advoga-do da empresa de transporte público coletivo Expresso Metrópolis, na tarde desta quinta-feira (26), para renegociar o desligamento. A demissão aconteceu no dia 12 deste mês em Jaguariúna, interior de São Paulo. De acordo com Antonio Rocha, após pressão do sindicato, a empresa ofereceu o cancelamento da demissão, mas ele negou a proposta por ter sentido ofendido com a me-dida. Segundo ele, não há mais clima para voltar ao trabalho. — Me senti desrespeitado. Me fiz-eram ficar das 8h até 11h esperando no RH (Recursos Humanos) sem saber o motivo que tinham me chamado e, no final, me deram a carta de demissão por justa causa. A saída encontrada por ambas as partes foi a modificação da demissão, que passou de justa causa para causa injustifi-cada, dando assim todos os direitos ao ex-funcionário, como FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Mesmo com o acordo, o motorista, que havia iniciado uma ação na Justiça contra a empresa, disse que manterá o

processo por danos morais. Antonio da Rocha é motorista há dez anos e trabalhava para o Grupo Metrópo-

lis havia cerca de um ano. Ele disse que ainda não sabe o que fazer sem emprego. — Acabei de sair da reunião com meu advogado e o advogado da empresa, ai-nda não consegui me organizar e procurar um novo lugar para trabalhar. Viúvo e com uma filha de 15 anos, o motorista disse que não desistirá de lutar para provar que agiu corretamente.

O caso No dia 12 de junho, Rocha infor-mou aos passageiros que o ônibus estava com problemas nos freios e pediu para que todos descessem, tirando o veículo de operação. Se-gundo ele, o cartaz foi colocado para alertar pedestres e condutores de carros e prevenir e acidentes. Segundo Antonio Rocha, esta não foi a primeira vez que o ônibus apresentou problemas. — Há três meses aviso meus chefes sobre os freios. Foram feitas regulagens mas depois voltava a ter dificuldades em frear. O advogado da Expresso Metrópo-lis, Daniel Rolfsen, rebateu as afirmações do ex-funcionário. Segundo ele, os motoristas devem fazer um relatório quando os veícu-los apresentam problemas e não há nenhum documento assinado por Rocha na empresa.

Sul

Tarifa em Criciúma deve subir 15,5%• Engeplusrra.com.br

A planilha final com os custos das empresas para manter o transporte público coletivo em Criciúma ainda não foi apresen-tada, mas a tarifa de ônibus na cidade deve sofrer reajuste em julho e o aumento pode passar dos 15,5%. As informações são do Movimento de Usuários do Transporte Co-letivo de Criciúma (Mutuc), o qual, nesta sexta-feira, realizou uma coletiva de imp-rensa para manifestar publicamente sua con-trariedade ao possível valor apontado pelas empresas. Na prática, caso seja aprovado, o reajuste alteraria a passagem de R$ 2,74 para R$ 3,17 (no cartão) e de R$ 2,95 para quase R$ 3,45 (na catraca). Um dos representantes do Mutuc e membro do Conselho Municipal

de Transportes, Edegar Generoso, adianta que a principal alegação das empresas para esse aumento é um déficit no caixa devido a queda no número de usuários de ônibus nos últimos anos. “Eles afirmam que estão com um prejuízo mensal de mais de R$ 1,2 milhão porque houve uma diminuição de usuários nos últimos anos. Isso é absurdo. Nem é preciso usar ônibus todo dia para saber que o número de passageiros aumenta cada vez mais, ele acompanha o crescimento da popu-lação”, alerta Generoso. O presidente do Movimento, Célio Elias, completa: “Quanto maior o número de passageiros, menor será o valor da tarifa co-brada, por isso estão dizendo que esse núme-ro diminuiu. O que as empresas estão tentan-do fazer é uma manobra para contornar as

irregularidades que encontramos e retiramos da planilha, valores que eram abusivos, para mesmo assim manter o preço da tarifa nas alturas”. “Vamos sugerir também a criação de um Fundo Municipal de Transportes para conseguir subsidiar parte dos gastos com transporte público na cidade, pelo menos as gratuidades, como para idosos e deficientes, o que, hoje, é pago pelos próprios usuários do transporte coletivo em Criciúma, está embutido no valor da passagem”, ressalta Monteiro. A planilha deve ser apresentada na próxima segunda-feira, dia 30, às 8h30min, no Paço Municipal de Criciúma, em reunião do Conselho Municipal de Transportes. A aprovação final fica a cargo do prefeito Búrigo.

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Norte

ANTIGOS • Aplicativo mostra que há ônibus muito antigos em operação em São Luís

Apesar de lei, há ônibus com mais de 18 anos em S. Luís• G1 MAra.com.br

Uma lei municipal em São Luís de 1996 proíbe a circulação de ônibus com mais de sete anos de uso, mas boa parte da frota circula por muitos anos além desse prazo. Se-gundo os dados do Denatran, existem ônibus com mais de 18 anos rodando pelas ruas da capital. Agora, o usuário do transporte cole-tivo conta com uma ferramenta que permite o monitoramento do ano de fabricação dos ônibus que circulam na cidade: um aplicativo para celular criado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública. O Sinesp Cidadão está disponível para smartphones com sistema Android e IOS. Depois de clicar no ícone, basta digitar as letras e o número da placa do veículo. Uma busca no banco de dados do Denatran informa o ano de fabricação, a cor, o chassi e também a cidade onde o veículo está registrado. O aplicativo que é útil para quem tra-balha com a compra e venda de carros também pode ajudar a população a saber informações importantes. Conforme as informações dis-ponibilizadas pelo aplicativo, em São Luís, vários ônibus que passam no terminal de in-tegração da Praia Grande são mais antigos que a própria lei municipal que determina o tempo de uso dos carros do transporte coletivo. “Não tem renovação. Com certeza

tem ônibus com mais de 10 anos circulando”, disse o assistente jurídico Jorge Braga.Além da falta de conforto, a lavradora Graça Araújo disse que os ônibus também quebram com frequência. “É ruim, os ônibus vão só quebrando. Os que vão para a Estiva rara-mente vão direto até lá. Vão quebrando”, rec-lamou. E se os passageiros têm problemas para usar o transporte público, quem trabalha

nele também sofre. Juarez é motorista e di-rige um ônibus que tem mais de 12 anos. “Ter uma frota mais nova é bom para o motorista, para o passageiro, para o cobrador”, opinou.Segundo a Secretaria de Trânsito e Trans-portes de São Luís, a frota de coletivos será renovada com a inserção de 250 ônibus novos até o fim deste ano, e mais 250 até junho de 2015, para substituir os veículos com mais de sete anos em circulação.

Nordeste

Banco feminino gera polêmica no CE• O Povora.com.br

Medida que torna todos os assentos de ônibus em Fortaleza preferenciais é especial-mente polêmica no ponto que amplia o direito para mulheres. Segundo o autor da proposta, vereador Carlos Dutra, a medida reduzirá casos de assédio em coletivos. “Para solucionar este problema, é a educação que deve ser mudada. Isso não vai fazer diferença”, diz o produtor em audiovisual Felipe Meneses. O argumento é questionado pelo autor da proposta: “Essa lei já tem teor educativo, pois cria um sentimento de conscien-tização com a situação do próximo”, diz Dutra. A professora de Literatura em Língua Inglesa da UFC, Lola Aronovich, destaca que

a questão é polêmica inclusive entre feminis-tas. “A maior parte dos coletivos feministas são contra, porque não são a favor da segregação”, diz. Ela ressalta que medidas do tipo ainda cos-tumam ser desrespeitadas, como no caso de vagões exclusivos de trens no Rio de Janeiro. Autora do blog feminista “Escreva Lola Escreva” desde 2008, ela conta que já recebeu muitos e-mails de vítimas de abuso em coletivos, inclusive de mulheres assediadas en-quanto dormiam em viagens longas. “Não sei por que casos de abuso são tão comuns. Acho que é porque a impunidade reina. Ainda há uma aceitação social grande acerca disso, ainda é tratado como piada”, diz. Ela cita quadro do programa humorístico Zorra Total onde uma mulher “encochada” é incentivada a enxergar a

agressão como “oportunidade”. Quanto à questão dos assentos prefer-enciais, Lola aponta que campanhas institucio-nais contra abusos sexuais, com apoio de meios de TV, poderiam ser medidas mais eficientes para reduzir o problema. “Muita gente ainda não sabe que esses abusos são crimes. Seria in-teressante ter uma campanha explicando isso, encorajando as mulheres a denunciar e a re-agir”. A professora também destaca a importân-cia da reação das vítimas para redução da im-punidade. “Sei que a primeira reação é se culpar e ficar com vergonha, mas é preciso criar um ambiente de solidariedade feminina. A esmaga-dora maioria das mulheres já passou por isso, então por que se calar? Tem que botar a boca no trombone!”.

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T E S T B U S

A ANÁLISE DE CARROCERIAS E CHASSIS, FEITA POR QUEM USACOMIL SVELTOVB TRANSPORTESCAMPINAS/SPA Fragilidade da Comil Foi-se o tempo das carrocerias pesadas, resistentes, que duravam anos e anos sem grandes manuntenções. Assim como também já passou o tempo em que as operações em empresas de ônibus “per-mitiam-se”, ainda que pela própria época, gastar um pouco mais na manutenção e na compra desses tipos de veículos. Tudo mudou. O lucro, a neces-sidade de se operar mais gastando menos, a obrigação de fechar as contas do mês fez com que todos se adaptassem a esse novo estilo. Seja do mercado, na vida, ou no todo. E com as empresas fabricantes de ônibus não seria diferente. Otimizar os vencimentos, vender mais e entregar cada vez mais veículos em menos tempo. Tudo isso se reflete em apenas uma coisa: a qual-idade do que é comercializado. As estrutu-ras dos veículos também sofreram com essa redução de custos. De um ônibus “entrela-çado” - observando por baixo das chapas -, hoje o que se vê são colunas muito espaça-das, com diferenças gritantes de como elas são montadas.E não pense que é apenas com uma marca específica, ou a encarroçadora X que faz produtos de qualidade “tal”. É geral. É dis-puta de mercado. É necessAidade de sobre-vivência. Mas de nada adianta culpar apenas as fabricantes. As empresas concession-árias do transporte coletivo também têm uma parcela de culpa. Operadores mal trei-nados, manutenção precária, viário ruim. Tudo isso contribui para que os ônibus pareçam “de papel”, como reclamam mui-tos usuários. Dito isso, vamos aos fatos. Ou melhor, a experiência de usuário andando em um desses veículos. Reforço que, ape-sar dessa coluna se tratar de uma carro-ceria específica, isso não signfica que to-dos os produtos dessa empresa são ruins. O próprio tempo – olha ele aí de novo! – e as próximas publicações vão mostrar que a coisa não é bem assim.

Nesta edição inaugural, vamos fa-lar sobre a VB Transportes e Turismo, que opera duas áreas na cidade de Campinas, no interior paulista. Essa introdução foi para falar da grande compra dos Comil modelo Svelto, espalhados nas duas áreas em que a empresa opera, é bom que se registre. Tem duas portas, com três, e a configuração po-dium (quatro portas, sendo duas de cada lado). A encarroçadora do Rio Grande do Sul “se deu bem”, como costumam dizer os otimistas, na venda desses carros. Fez a en-trega em prazos relativamente bons. Andar neles é praticamente uma emoção a cada viagem. E pode ser do mes-mo lote – todos são diferentes. Não por culpa da encarroçadora, mas pelas próprias condições do veículo. Os bancos são bons e confortáveis – isso quando não estão ras-gados ou pixados. Balaústres têm se soltado com alguma frequência. Paineis do motor-ista batendo. São carros que têm – em alguns ca-sos - apenas três anos de uso, mas parecem já ter uns 10 de vida útil. Isso só falando da parte interna. Externamente, as chapas se mostram frágeis. Nas saias é difícil encon-trar algum carro que não tenha um amas-sado. As passadas bruscas em lombadas, os buracos das ruas de Campinas (e são muitos) e mesmo pequenas colisões deix-am mais marcas na traseira que bater em alguém que não toma muito sol. E as colisões de trânsito, comuns em qualquer cidade, tomam proporção de tragédias – mesmo que seja apenas uma colisão lateral. As latas ficam extrema-mente amassadas – e permanecem assim por dias. É evidentemente mais fácil trocar uma chapa de aço, bem mais barato e bem mais prático fazer isso. Há coisas que não adianta recla-mar. Vivemos, como no início do texto, em um mundo capitalista. O lucro tem que ser cada vez maior. E assim será. Mas existem algumas coisas que - não adianta - precisam melhorar.

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A ANÁLISE DE CARROCERIAS E CHASSIS, FEITA POR QUEM USA

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Ô N I B U S E L É T R I C O

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Que a operação de ônibus elétri-cos, trólebus e elétricos híbridos traz van-tagens ambientais está mais que provado. Os veículos reduzem de maneira significativa ou mesmo anulam a emissão de gases poluentes, o que traz mais quali-dade e expectativa de vida para a popula-ção de qualquer cidade. Estes benefícios já de cara justi-ficariam os investimentos nestes tipos de ônibus. Primeiro pela valorização da vida e do meio ambiente e depois pelos gastos que seriam evitados no sistema público saúde relacionados à poluição e ao estres-se provocados pelo barulho dos veículos que funcionam com combustíveis fósseis. Mas os operadores privados ou públicos precisam saber se para eles tam-bém é vantajoso adquirir ou manter um ônibus elétrico puro sem fiação, trólebus ou ônibus elétrico híbrido. Afinal, são eles que podem lucrar ou ter prejuízos financeiros diretos com estes veículos de transporte coletivo. Para verificar se no aspecto oper-acional/financeiro é vantajoso uma empre-sa e uma cidade terem veículos elétricos é que foi criado o Programa para Testes de Ônibus Híbridos e Elétricos. A inicia-tiva foi desenvolvida para a realidade da América Latina, que ainda precisa muito ter alternativas em escala à dependência do petróleo. O programa foi projetado e implan-tado pela Rede C40 – Grupo de Grandes Cidades para Liderança Climática em par-ceria com a CCI – Clinton Climate Inicia-tive, da Fundação Clinton, e teve apoio fi-nanceiro do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, que liberou US$ 1,49 milhões para os trabalhos. O Blog Ponto de Ônibus teve acesso ao caderno de resultado dos testes

ESTUDO MOSTRA VANTAGEM DO ÔNIBUS ELÉTRICO PARA LATINOSPrograma de testes de ônibus elétricos e híbridos aconteceu em São Paulo, Rio, Bogotá e Santiago

que tiveram a participação de governos locais, empresas de ônibus e fabricantes deste tipo de veículos, nas cidades de Bo-gotá, na Colômbia, Santiago, no Chile, e São Paulo e Rio de Janeiro, no Brasil. O programa foi realizado com 17 ônibus elétricos (a bateria ou trólebus) ou elétricos híbridos que foram submetidos a 30 horas de testes de emissões e consumo energético em condições reais de opera-ção. Os veículos eram acompanhados por ônibus diesel similares para a comparação. As indústrias que participaram foram a Volvo, Eletra, Youngman, Han-kuk e BYD. Já as empresas de ônibus que fiz-eram parte dos testes foram Express del Futuro – Bogotá, Real Auto Ônibus e Via-ção Saens Peña – Rio de Janeiro, Subus Chile – Santiago, Transppass e Ambiental

Transportes – São Paulo. As avaliações levaram em consid-eração as realidades de cada local, como condições de operação, trânsito, trein-amento dos motoristas e topografia. De acordo com os trabalhos, levando em consideração as especifi-cidades de cada região, economicamente, vale a pena tanto para empresário como para poder público ter ônibus elétricos e elétricos-híbridos.Os cenários de investimentos projetam para a América Latina uma frota de 30 mil ônibus elétricos e híbridos em até dez anos. Com a colocação destes ônibus em operação, nestes dez anos, podem ser re-duzidas em 10 milhões de toneladas as emissões de Dióxido de Carbono Equiva-lente (CO²e). Todas as projeções, considerando

• Adamo [email protected]

ELÉTRICOS • Ônibus elétricos e híbridos mostraram-se vantajosos para operação em países da América Latina, principalmente pelo grande ganho ambiental Fotos: Divulgação e Adamo Bazani

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ESTUDO MOSTRA VANTAGEM DO ÔNIBUS ELÉTRICO PARA LATINOSPrograma de testes de ônibus elétricos e híbridos aconteceu em São Paulo, Rio, Bogotá e Santiago

veículo, o que impactaria em tarifas meno-res num longo prazo para os passageiros, é a aquisição da bateria por outras formas de negócio, como o leasing. Tirando a bateria e os componen-tes, o custo de aquisição de um ônibus limpo é quase o mesmo em comparação ao ônibus diesel. Assim, para comprar o ônibus, a empresa ou poder público teriam pouca diferença de gastos. O pagamento aos poucos da ba-teria seria “bancado” pela economia de diesel e de manutenção de algumas peças, como embreagem, e uso de mais lubrifi-cantes. Empresas fabricantes já têm este modelo de negócio. Além de “alugarem as baterias com opção de compra no final”, algumas fabricantes oferecerem garantia de dez anos para o equipamento. Este modelo pode equacionar um problema, que aos poucos tem sido re-solvido pelas fabricantes, que é o custo da bateria. A capacidade menor de lotação dos ônibus elétricos e elétricos híbridos por causa dos componentes também é uma preocupação das empresas operadoras que gradativamente recebe novas respostas das fabricantes. O grande entrave, na América La-tina, conclui o estudo, é ainda a pouca par-ticipação do poder público. E não são necessários grandes recursos. Linhas de financiamento que privilegiem a compra de ônibus limpos em detrimento de veículos poluentes, estímu-los para os operadores que adotarem estes ônibus em novos sistemas como os corre-dores BRT – Bus Rapid Transit – e menos entraves à importação de componentes que ainda não são fabricados localmente já se-riam medidas simples, mas que deixariam os ônibus limpos mais atraentes.

as realidades de cada cidade analisada e os resultados dos testes, mostram, de acordo com os trabalhos do C40, que num clico de vida útil de um ônibus, que é de dez anos, as reduções de custos para manter estes veículos e a economia de diesel fa-zem com que seja mais barato ter um ôni-bus elétrico puro (trólebus ou bateria) ou elétrico híbrido. “Em São Paulo, os custos do ci-clo de vida completo dos ônibus híbridos e elétricos são mais baixos que os dos ônibus a diesel convencionais, devido às opções de financiamento preferenciais. Assume-se que os custos do ciclo de vida dos ônibus elétricos chegarão a ser 30% menores do que os do diesel convencio-nal. Assim, mesmo com os custos de ma-nutenção 20% mais elevados, os híbridos seriam uma opção mais atraente.” – diz o

estudo. Ônibus menos poluentes, além das vantagens ambientais e na saúde pública, seriam mais baratos no Rio de Ja-neiro também, de acordo com o trabalho internacional. “No Rio de Janeiro, se tecnolo-gias mais eficientes forem adotadas para os ônibus elétricos, em comparação ao equivalente em óleo diesel, se baixarem os custos de manutenção em torno de 20% comparados a do ônibus diesel, se assumir parte da produção local e adotarem taxas especiais para os componentes importa-dos, então os ônibus elétricos conseguiri-am reduções significativas nos custos do ciclo de vida” – continua o estudo. E uma das alternativas, no caso dos ônibus elétricos puros, para tornar ai-nda mais barato para uma empresa ter este

ELÉTRICOS • Ônibus elétricos e híbridos mostraram-se vantajosos para operação em países da América Latina, principalmente pelo grande ganho ambiental Fotos: Divulgação e Adamo Bazani

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Depois de meses de discussões, protestos e reclamações, os moradores do bairro da Vila Gomesfinalmente conseguiram parte do que queriam: a ligação do seu bairro com o centro novo de volta

Até a Paulista

Até outubro do ano passado, a liga-ção entre o Jardim Miriam, na zona sul, e a Vila Gomes, na zona oeste, era feita pela linha 577T/10 Jardim Miriam-Vila Gomes. Essa linha era uma das maiores da cidade. Segundo dados da SPTrans, só a viagem de ida em dias úteis poderia chegar a três horas de duração. Ela passava por vias com tráfego intenso, como a Av. Cupecê, Av. Jabaquara, Av. Paulis-ta e Av. Rebouças. O operador fazia, em geral, apenas uma viagem – dependendo do trânsito, apenas meia-viagem já que as três horas da ida poderiam virar quatro ou cinco... Isso, a bem da verdade, não é exclusividade da antiga 577T. Mas são linhas que, aos poucos, vão su-mindo do mapa justamente por não serem mais eficientes em termos de operação. Tanto que, em outubro passado, a linha foi seccionada no Metrô Ana Rosa. Para os moradores do Jardim Miriam a mudança foi muito boa. As viagens ficaram mais rápidas e os intervalos mais con-fiáveis, já que a linha não passava mais pelas imprevisíveis Avenidas Paulista e Rebouças. No entanto, o problema ficou para quem vinha da Vila Gomes. Sem opção – Para quem vinha da Vila Gomes, a nova opção era a linha 8018/10 Vila Sônia-Butantã, foi estendida até a Vila Gomes, passando a ser denominada como “Vila Sônia-Vila Gomes”. O problema é que a linha seguia para o lado oposto ao trecho cortado da 577T. A partir de então, a ligação direta com o centro da cidade só poderia ser feita através de transbordos – seja por ônibus ou Metrô. As alternativas eram linhas que já vinham lotadas de seus bairros de origem e que passavam na Av. Corifeu de Azevedo Marques. E, pra completar, muitos idosos do bairro faziam uso da 577T, já que ela passava próxima a vários hospitais. Para eles, transbor-dos são uma dificuldade a mais por conta de sua condição física. A partir daí, uma sucessão de protes-tos pedindo a volta do “azulzinho” (apelido que deram à linha, já que seus ônibus eram os únicos azuis que circulavam pelo bairro) foram feitos pela comunidade. A maioria deles nas proximidades do Metrô Butantã. Foi criada até uma página no Facebook para divulgação dos atos da comunicade (a “Pela Manutenção da 577T”, https://www.facebook.com/linha577T?fref=ts ). Em fevereiro deste ano, a SPTrans criou um atendimento – linha que, teoricamente, atende em horários especí-ficos em complemento a outra. Era 8018/21 Vila Gomes-Metrô Butantã, que operava ap-enas nos horários de pico, para tentar facili-

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

tar o acesso dos moradores ao Metrô. Mas os moradores não se satisfizeram e continuaram a protestar e a reclamar junto à SPTrans e à Prefeitura. A nova opção – E as reclamações de-ram certo. Em 31 de maio passado, começou a operar a nova linha 809V/10 Vila Gomes-Av. Paulista. A linha nasceu substituindo a 8018/10, que voltou a ser Vila Sônia-Butantã (Circular) e a 8018/21 Vila Gomes-Metrô Bu-tantã, que foi extinta. Na semana passada estivemos na região do Butantã e usamos a nova linha. A pe-gamos no ponto do corredor da Av. Rebouças, no cruzamento com a Av. Brigadeiro Faria Lima, sentido Vila Gomes. A viagem durou pouco menos de quinze minutos. O ônibus que pegamos não foi o primeiro que havíamos visto. Em relação ao anterior, o intervalo foi de aproximadamente dez minutos. Seguimos viagem até o ponto inicial da linha, na Vila Gomes. Este fica em uma praça enorme. O bairro em si parece ser bem tranquilo. Nas cercanias, prédios começam a ocupar espaço. Na lateral da guarita do fiscal, ainda havia um cartaz da associação dos mora-dores reivindicando a volta da 577T ao bairro. Esperamos mais uns dez minutos quando o ônibus partiu sentido Av. Paulista. O veículo, um Millennium piso-baixo, teve al-guma dificuldade em fazer o retorno na praça. Aliás, dos cinco veículos vistos, quatro eram piso-baixo. No primeiro ponto embarcaram cerca de sete pessoas. Destas, a maioria de-sembarcou no Metrô Butantã. Mas isso não quer dizer esta seja uma tendência da linha. Uma viagem de fim de semana é bastante dife-rente de uma feita em dias uteis. Tanto que, enquanto a demanda nos dias úteis é de cerca de 5000 passageiros, aos sábados ela cai para cerca de 2500 passageiros, segundo dados da SPTrans. O trajeto, da Vila Gomes até o primeiro ponto da Av. Paulista levou cerca de 30min. O trânsito estava bom e favoreceu à rápida viagem. Em dias da semana, por conta do trânsito e do maior número de veículos nas ruas, o tempo tende a ser bem maior – assim como a própria frota da linha. A linha é circular e faz seu retorno na altura do Parque Trianon. O tempo de ciclo (ida e volta) da linha é de 70min nos dias úteis e 65min nos não-úteis.

* * * A criação da 809V, antes tarde do que nunca, foi a correção de um erro de estratégia

da SPTrans. O corte da 577T no Metrô Ana Rosa foi providencial. Não há mais sentido em manter uma linha com o tamanho que ela tinha percorrendo as ruas da cidade – um des-perdício de veículos, tempo e um mau uso do espaço urbano. Mas, da mesma forma que os usuári-os do seu ponto inicial, no Jardim Miriam, não saíram perdendo, os da Vila Gomes também não deveriam ter perdido sua opção até o cen-tro, face às dificuldades que tinham. Um ramal que fizesse a conexão entre a Vila Gomes e o Metrô Ana Rosa era o mínimo que deveria ter sido pensado. Ainda não se chegou a esse nível de correção. Mas, partindo desta peque-

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José Euvilásio Sales Bezerra

A LINHA • A linha 809V e a antiga 577T, agora seguindo apenas até o Metrô AnaRosa: seccionamento de linhas grandes é uma forma de tentar manter umaoperação regular em todo o trecho

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na vitória, talvez isso venha a ser conquistado com o tempo.

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REVISTAINTERBUSSANDERSON RIBEIROCAMPINAS/SP • WEST SIDE

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• Do Site da Transpo [email protected]

Ford F-150 de brinquedo é lançada nos Estados Unidos Enquanto os adultos não podem comprar a caminhonete F-150 2015, as cri-anças dos Estados Unidos já podem circular com o veículo da Ford. Claro que não é o modelo real, mas uma versão infantil equi-pada com motor elétrico, desenvolvida pela fabricante de brinquedos Fisher-Price. A Ford F-150 de brinquedo tem es-paço para duas crianças, duas velocidades (4 e 8 km/h) e marcha a ré, com bateria de 12 volts. Com a força da imaginação de uma criança, o veículo pode andar nas estradas de seus quintais ou em um emocionante off-road com terra e grama molhada. O brinquedo recebe grade e rodas cromadas, caçamba com porta funcional e espaço para carga. Para as crianças inici-antes, os pais podem programar o limitador de velocidade. Os freios “power-lock” fazem o carrinho parar quando se tira o pé do acel-erador. Mas como num veículo de verdade, o brinquedo também possui acessórios op-cionais, como rádio FM com entrada para MP3, efeitos sonoros e luzes de LED. No site

D E U N A I M P R E N S ATranspoOnline

Divulgação

TranspoOnline

Nos próximos dias, a Empresa Brasileira de Correios e Telégragrafos (EBCT) iniciará testes operacionais com dois veículos elétricos Renault Kangoo para serviços em Brasília e em Curitiba. A montadora informa que o teste terá quatro meses de duração, a princípio, com possibilidade de prorrogação por um ano. A iniciativa faz parte Sistema de Gestão Ambiental dos Correios, que tem entre suas me-tas a redução de 20% das emissões de CO2 em suas atividades até 2020, conforme previsto no programa global de redução de emissão de car-bono do setor postal da International Post Corpo-ration (IPC), uma associação com 24 operadores postais na Ásia, na Europa e na América.

Correios vai testar RenaultKangoo elétrica no DF e no PR• Do Site da Transpo Online

norte-americano da Fisher-Price, a F-150 está sendo comercializada a partir de US$349,99. O licenciamento de produtos tam-bém é um forte gerador de lucros para a Ford. Somente em 2013, a montadora gerou US$2

bilhões em vendas no varejo por meio de 400 acordos de licenciamento, que incluem desde miniaturas, utilidades domésticas, máquinas de pinball e mesas de bilhar a cosméticos e ferramentas elétricas.

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• Do Site da Transpo [email protected]

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

China se interessa em investirnas ferrovias brasileiras Ainda como presidente da EPL, Paulo Sérgio Passos, que será nomeado o novo ministro dos Transportes, recebeu rep-resentantes do governo chinês interessados em investir na infraestrutura brasileira, so-bretudo nas ferrovias. “O Brasil é um país que precisa avançar na área de logística e a China pode contribuir além da tecnologia, com inves-timentos”, afirmou o vice-diretor geral do Conselho do Estado de Desenvolvimento e Reforma, Wang Jianjun. Passos garantiu aos chineses que o Brasil possui excelentes oportunidades para investimentos, tendo como exemplo as concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. “O governo faz um grande esforço no sentido de melhorar a logística brasileira”, disse. Para Jianjun, a China tem muito a aprender com o Brasil. “Espero que

TranspoOnline

TranspoOnline

Para demonstrar a eficiência opera-cional de suas máquinas de construção civil, a Caterpillar fez um vídeo com a mini escava-deira 301.7D CR em um lugar bastante inus-itado, justamente pela delicadeza necessária para movimentação e manuseio das frágeis peças de uma loja de cristais preparada espe-

cialmente para a gravação. Talvez você esteja perguntando qual o objetivo dessa ação de marketing. O obje-tivo é demonstrar, justamente, a precisão dos movimentos da máquina e sua versatilidade de movimentação, considerando os apertados corredores com mesas, prateleiras e displays repletos de cristais e porcelanas extrema-mente frágeis.

Curiosamente, as únicas três peças que foram quebradas não ocorreu durante a movimentação da máquina, mas durante o manuseio dos produtos pela equipe de produção da gravação. O vídeo inusitado com a iniciativa pode ser assistido no seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=TOgmDOP7Hu0&feature=youtu.be

Caterpillar leva escavadeira para delicada loja de cristais

• Do Site da Transpo Online

além de expandir nossa cooperação com o país, possamos aprender cada vez mais um

com o outro”, finalizou o vice-diretor geral chinês.

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D E U N A I M P R E N S A

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• Do Site da Transpo [email protected]

Artigo: Há espaço para ashidrovias na cidade de SP? Recentemente, houve no município de São Paulo uma votação favorável ao pro-jeto de lei nº 54/2013 do vereador Ricardo Nunes, sendo sancionada pelo prefeito e originada a lei 16.010/2014 para a criação do sistema de transporte hidroviário na cidade. O transporte hidroviário como mod-al explorado até o início do século XX na ci-dade de São Paulo e depois inutilizado, ora pela canalização dos rios ora pelo incentivo do transporte por pneus, pode ser retomado tanto para o transporte coletivo como tam-bém para o de carga. Em tese, este meio de transporte estruturado poderia até reduzir o número de caminhões, dependendo da região, e transportar milhares de pessoas, principal-mente na região sul da cidade que é a mais carente em transporte de qualidade. Inicialmente já há locais naveg-áveis, como as represas Billings e Guarapi-ranga. Porém, um estudo de planejamento urbano em conjunto com este modal deveria ser feito com maior abrangência a fim de evi-tar a ocupação de áreas que são preservadas às margens das represas. Isto significa que se o Plano Diretor, tão pressionado nos últimos dias para ser aprovado, não for analisado mi-nuciosamente, pode gerar impactos ambien-tais não previstos. Em suma, a mobilidade pode incentivar a degradação do meio ambi-ente nos bairros mais distantes da cidade de São Paulo. As hidrovias não precisam de asfal-to, trilhos ou faixas exclusivas, só dependem exclusivamente do nível de represamento das águas ou os níveis dos rios a serem utiliza-dos. A falta de chuva neste último verão re-flete muito bem que o baixo nível de reserva de água na cidade impacta na restrição das vias. Outro ponto a ser considerado é que os portos também devem ser atraentes para que a população seja incentivada a utilizar este meio de transporte e para isso, certamente, é necessário investimentos. Investimentos estes que precisam da iniciativa privada. Dependendo da forma, retorno financeiro, as regras de contrato de concessão, entre outras, pode sim ser uma boa alternativa. É bom relembrar que, re-centemente, a própria prefeitura quebrou o contrato com a empresa Controlar, perten-cente ao grupo CCR, suspendendo a inspeção

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Divulgação

ambiental veicular na cidade de São Paulo sabe-se lá até quando. O grupo CCR é um exemplo de empresa privada que presta ser-viços no segmento de hidrovias na cidade do Rio de Janeiro e Niterói. Iniciativas públicas privadas são bem vindas, mas com o histórico apresentado neste período tão curto de gestão é mais um desafio para atrair investidores. Os rios Tietê e Pinheiros, devido à poluição, que não se restringe a materiais di-luídos na água, seria um grande desafio para a navegação em curto prazo; de qualquer maneira, iniciativas como esta incentivam a limpeza gradativa destes dois rios e seus aflu-entes tão importantes para a cidade e que não só melhoraria a questão da mobilidade, mas também, a ambiental. Caso houvesse um plano para uma rápida implantação nos rios, seriam ne-cessários barcos projetados de modo que o passageiro não tivesse contato com a água poluída dos rios, além do risco dos propul-sores travarem decorrente do lixo na água, o que geraria maior investimento no projeto e nas estações de embarque e desembarque. Os veículos anfíbios são uma al-ternativa que tendem a permitir uma acessi-

bilidade entre modais já existentes em curto prazo, mas financeiramente acabam sendo mais caros e consequentemente a inviabilizar o projeto, principalmente, em se tratando de um transporte coletivo. Outro fator relevante é que haja integração de outros modais como a CPTM e metrô para que o transporte por barcos sejam amplamente utilizados. Veículos como o hovercraft, por exemplo, que se cogitou ser esta alternativa gera muita vibração e ruído durante o des-locamento devido ao tipo de propulsor e, consequentemente, impacta no conforto dos passageiros. Para que o transporte coletivo seja utilizado é fundamental oferecer aos pas-sageiros: conforto, qualidade, confiabilidade, rapidez e flexibilidade nos horários; caso contrário, tende a ser um modal criticado pela sociedade.

***Luiz Vicente Figueira de Mello Filho é professor da Escola de Engenharia da Uni-versidade Presbiteriana Mackenzie. Mes-tre em engenharia automotiva, engenheiro mecânico, bacharel em administração de empresas e pós-graduado em Comunicação e Marketing.

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• Do Site da Transpo [email protected]

Scania anuncia calendário da 3ª edição do Circuito Semipesado Na última terça-feira, dia 24 de junho, a Scania iniciou a terceira edição do Circuito Semipesado para a divulgação dos veículos da marca que atuam nessa faixa por 11 etapas. A primeira parte já está aconte-cendo e vai até o próximo dia 27, na con-cessionária Brasdiesel de Lajeado (RS). Essa ação promocional ocorrerá em outras 10 localidades até o dia 05 de setembro, em unidades do Ceasa, bem como em outras concessionárias da Scania, além de postos de combustível. “O Circuito Semipesado 2014 che-ga para reforçar o quanto o produto Scania traz de benefícios à operação. Neste ano, au-mentamos o alcance da ação para englobar o cenário de trabalho (unidades do Ceasa) e o ambiente onde o cliente compra o veículo, faz suas manutenções e adquire nossos ser-viços (Casas Scania). Além do test drive, que aproxima o motorista das qualidades práticas da linha”, explicou Wagner Tillmann, gerente de negócios para caminhões semipesados da Scania no Brasil.

• Cronograma do Circuito Semipesado

TranspoOnline

TranspoOnline

A primeira concessionária da Ford Caminhões em Roraima foi inaugurada na capital Boa Vista pelo grupo Green Máquinas. Trata-se da Green Caminhões, instalada em uma área total de 12.000 m2, sendo 1.334 m2 de área construída, que inclui um setor dedicado à venda de peças e oficina completa, com seis boxes de serviços. A revenda está situada na rua Parque Industrial nº 1.853, no bairro Distrito In-dustrial. “O novo distribuidor faz parte do nos-so foco forte em pós-venda. Com ele, podemos dar um atendimento mais próximo aos nos-sos clientes em Roraima, uma região estraté-gica que vem crescendo bastante em função do agronegócio e depende dos caminhões”,

comenta Ricardo Pezati, supervisor de Desen-volvimento da Rede de Distribuição da Ford Caminhões. O grupo Green Máquinas possui sete anos de história no segmento de máquinas agrí-colas, sendo que esta é a sua primeira incursão

no mercado de vendas de caminhões. “Acredit-amos que a presença de um distribuidor Ford Caminhões em Roraima é um grande avanço, trazendo para a região serviços qualificados nesse segmento”, afirma Fábio Fukuda, gerente de Vendas da Green Caminhões.

Ford Caminhões inaugura sua1ª concessionária em Roraima• Do Site da Transpo Online

Lajeado (RS): na concessionária Brasdiesel – de 24 a 27 de junho;Passo Fundo (RS): na concessionária Mecâni-ca – de 1º a 4 de julho;Pelotas (RS): na concessionária Suvesa – de 8 a 11 de julho;Araçatuba (SP): no Posto Cacique com orga-nização da Casa Quinta Roda – de 15 a 18 de julho;Brasília (DF): no Ceasa, com organização da Casa Varella DF – de 22 a 25 de julho;Uberlândia (MG): no Ceasa, sob responsabi-lidade da Casa Escandinávia – de 29 de Julho

a 1º de agosto;Rio de Janeiro (RJ): no Ceasa, com organiza-ção da Casa Equipo – de 5 a 8 de agosto;Governador Valadares (MG): na concession-ária Covepe – de 12 a 15 de agosto;Vitória (ES): no Ceasa de Cariacica, sob re-sponsabilidade da Casa Venac – de 19 a 22 de agosto,Itabaiana (SE): na concessionária Movesa – de 26 a 29 de agosto;Posto Trevão: em Votuporanga (SP), de 2 a 5 de setembro, sob coordenação da Casa Es-candinávia.

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Convergência de SOs: uma tendência inevitável Na Revista InterBuss de 16 de setembro de 2012, iniciei meu artigo falando sobre uma inevitável convergência de siste-mas operacionais nas “smart TVs”. Bom, para ser sincero, as televisões inteligentes até hoje são dotadas de sistemas operacionais es-pecíficos de cada fabricante, com uma gama extremamente limitada de aplicativos resul-tando em uma experiência igualmente lim-itada ao usuário. Um cenário de sistemas muito es-pecíficos, onde os desenvolvedores não se encorajam a desenvolver aplicativos porque terão um alcance limitado, se assemelha muito ao mercado de smartphones antes da chegada do iPhone e do lançamento do siste-ma Google Android. O que aconteceu de lá pra cá? O smartphone foi reinventado, graças à genialidade da Apple. A Google, com o An-droid, e a Apple, com o iOS, hoje dominam os sistemas operacionais de grande parte dos smartphones. A Microsoft teve que reagir com o Windows Phone, que até hoje não deslancha como os especialistas preveem, mas que está aí como uma opção a quem não gosta de Android e nem de iOS. A fundação Mozilla deu as cartas com o sistema operacio-nal Firefox como uma opção aos smartphones de baixo custo que ainda são vendidos com sistemas específicos. Hoje, pode-se vislumbrar dois mer-cados extremamente promissores para as gigantes que desenvolvem sistemas opera-cionais: o de televisores inteligentes e o de centrais automotivas. Tantos os televisores inteligentes como as centrais automotivas já são uma realidade nas lojas e sonho de con-sumo de muita gente.

Smart TVs Algumas investidas já foram fei-tas nas smart TVs. A Apple lançou há algum tempo a Apple TV, um aparelho que consiste em uma caixinha branca que, conectada a um televisor, o transforma em uma smart TV com acesso a aplicativos e serviços online. A Google foi na mesma linha de estratégia e lançou, também há algum tempo, o Chro-mecast. Entretanto, esses produtos incluem software e hardware, e cada vez mais os con-sumidores compram televisores que vêm de fábrica como smart TV. É pensando nessa lacuna que a Google lançou esta semana, no Google I/O (um dos eventos mais importantes da em-presa com enfoque nos desenvolvedores de software), o sistema Android TV. Trata-se, basicamente, de uma adaptação do Android para smart TVs. Isso deve elevar exponen-cialmente o potencial dos televisores inteli-

COLUNISTAS Fábio T. [email protected]

Fotos: Google e A

pple

TECNOLOGIA • Os diferentes usos da tecnologia através dos sistemas operacionais queavançam cada vez mais e facilitam a vida das pessoas, tanto pela televisão quanto pelosaplicativos para autos, etc.

gentes, especialmente no que diz respeito à gama de aplicativos, pois o Android é uma plataforma amigável e bem documentada para desenvolvedores. A Sony deve lançar, em breve, suas primeiras smart TVs dotadas da plataforma Android TV. Talvez, agora sim, esse mercado entre num caminho sem volta de evolução, que revolucionará a sala de estar, e principal-mente o conceito que as pessoas possuem de

televisão.

Centrais automotivas O mercado de centrais automotivas, hoje entendidas apenas como centrais multi-mídia, também vem crescendo. São chama-das de centrais multimídia porque reprodu-zem áudio e vídeo de diversas fontes (cartão SD, porta USB, Bluetooth, CD, DVD e até mesmo da internet quando dotada de tecno-

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logia 4G). A maioria delas possui GPS, sub-stituindo o aparelho GPS que antes era moda entre os proprietários de automóveis. Atualmente estão de um lado, as centrais vindas de fábrica, algumas inclusive com controle de funções do veículo como ar-condicionado, sistema “coming and leaving home” e iluminação interna. De outro lado, as centrais vendidas como acessórios, instaladas em veículos com suporte a aparelhos “2din”. Entretanto, ambos os tipos de centrais multi-mídia possuem sistemas operacionais especí-ficos, que variam de acordo com o fabricante e, às vezes, até do modelo. As centrais origi-nais de fábrica ainda costumam ter alguns aplicativos instalados, pois os fabricantes fe-cham acordos com desenvolvedores de apli-cativos. Mas, ainda assim, são limitadas. Alguns fabricantes perceberam que as centrais multimídias deslanchariam mais fácil com a ajuda de empresas de tecnologia. Em 6 de janeiro deste ano foi anunciada a Open Automotive Alliance, uma cooperação entre os fabricantes Audi, General Motors, Honda e Hyundai com as empresas de tecno-logia Google e NVIDIA. Um dos objetivos da OAA era o de-senvolvimento de uma variante do Android para centrais automotivas a ser lançada e introduzida em produtos ainda em 2014. E assim foi feito. Nesta semana, também no Google I/O, foi lançado o Android Auto, voltado para automóveis. Um dos destaques do novo integrante do ecossistema Android é a interface intuitiva com o usuário, além dos comandos de voz, que tornarão a interação do motorista com a central automotiva muito mais segura e menos limitada. Logicamente, o Android Auto terá uma integração muito especial com o Google Maps. Será possível buscar destinos apenas com comando de voz. E isso junto com o vi-sual amigável do Maps, com as informações atualizadas de trânsito inseridas no mapa através de cores e inclusive informando o horário previsto de chegada de acordo. O Maps do Android Auto ainda irá orientar a faixa mais adequada a se pegar para realizar conversões. Evidentemente, informações de faixa sugerida e de trânsito podem não estar disponíveis para todos os lugares. Outra integração especial é com o Play Music, gerenciador e tocador de áudio do Android. Músicas poderão ser seleciona-das através de comandos de voz. Ainda no que diz respeito a músicas, vários aplicativos já estão confirmados, como Spotify, Stitcher, Pandora e TuneIn. Mas, assim como no Android TV, a experiência do Android Auto será poten-cializada com o lançamento de aplicativos. Espera-se, por exemplo, uma adaptação do Waze, que é um aplicativo extremamente

interessante de trânsito. E isso porque toda a plataforma Android é bem documentada e amigável para desenvolvedores. Basta ter uma ideia, algum conhecimento em program-ação e uma pessoa pode criar um aplicativo revolucionário. E a Google não está investindo soz-inha. A Apple lançou, há alguns meses, o sistema Apple CarPlay, que torna centrais au-tomotivas com uma extensão de um iPhone. No CarPlay há também a possibilidade de co-mandos por voz e a interface é bastante intu-itiva ao usuário, tornando o uso mais seguro. O sistema já possui aplicativos adaptados, com destaque ao Spotify e ao Stitcher. Ferra-ri, Honda, Hyundai, Mercedes-Benz e Volvo devem lançar veículos dotados do CarPlay ai-nda em 2014. E também haverá centrais com CarPlay como acessórios, da Pioneer e da Al-pine. Já a Microsoft apresentou um con-ceito, o “Windows in the car”, sistema para centrais automotivas que se assemelha com o Windows Phone, com o uso da interface Metro (conhecida pelos aplicativos repre-sentados por quadrados na tela que parecem azulejos). Assim como o CarPlay, esse con-ceito da Microsoft possui forte integração com o Windows Phone. Entretanto, a empre-sa ainda trabalha no conceito para chegar a um produto consistente. Apesar disso, possui atualmente parceiros fortes que podem aderir ao futuro sistema, como Ford (atualmente com o sistema Sync) e Fiat (atualmente com o Blue&Me). O que uma central automotiva com um sistema como o Android Auto pode trazer de vantajoso para um ônibus? Basta lembrar que atualmente as empresas equipam os ôni-

bus com câmeras, GPS, alguns sistemas BRT exigem telas de LCD para receber informa-ções do centro de controle operacional, etc. Isso sem contar que cada vez mais ônibus são equipados com hotspot Wi-Fi. Cada vez mais apetrechos tecnológicos são colocados nos ônibus. E é complicado manter tudo isso, pois tudo poderia ser integrado. Agora imagine uma central auto-motiva com um serviço rodando em segundo plano enviando dados do ônibus (velocidade, localização, etc.) para o centro de controle operacional, um aplicativo rodando perman-entemente na tela que permite interação mú-tua entre o motorista e o centro para troca de informações, com um hotspot Wi-Fi (que é uma funcionalidade nativa no Android), com um serviço em segundo plano que armazena as imagens das câmeras em um HD e um ser-viço também em segundo plano que avisa os passageiros da próxima parada (por voz e por telas espalhadas pelo salão de passageiros) por meio da localização via GPS. E tudo isso em um único aparelho, comprando um único hardware. Sem contar que os softwares cita-dos poderiam ser desenvolvidos por qualquer empresa de desenvolvimento que trabalha com Android. Seria uma verdadeira rev-olução. Enfim, com a convergência para sistemas operacionais desenvolvidos por empresas de tecnologia, as centrais automo-tivas poderão realmente mudar a experiência de dirigir um veículo. O limite será apenas a criatividade dos desenvolvedores de aplicati-vos. O mesmo podemos falar das smart TVs, que poderão finalmente deslanchar. Essas evoluções, se tudo der certo, serão um camin-ho sem volta.

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Influente e Mentiroso Em mais um aniversário, volto com esta coluna para comentar alguns dos últimos acontecimentos no hobby. O mais curioso é que os problemáticos são sempre os mesmos, ou seja, a impressão que fica é que as pes-soas que arrumam confusão nunca mudam, e sempre tentam desestabilizar e desmotivar quem faz excelentes trabalhos. Para piorar, há quem acredite nas mentiras ditas por esses cidadãos.Cito a seguir um exemplo de pessoa que vive dando problema no hobby e ainda transmite falsas informações de que seria muito “in-fluente” entre alguns empresários do setor. Há algum tempo eu já havia descoberto que quase tudo o que essa pessoa espalha é men-tira e ainda há quem acredite nesses boatos totalmente infundados. Tal pessoa mora em uma cidade localizada entre Campinas e São Paulo, e se diz muito amigo de alguns empresários desse eixo e também do sul, região para a qual viaja todos os finais de ano, onde passa natal e ano novo fazendo fo-tos nas rodoviárias da região, inclusive nas noites festivas. Tudo já começa aí: se a pes-soa fosse tão boa como diz, e tão cheia de amigos como apregoa, não passaria as noites comemorativas, sozinho, em uma rodoviária fazendo fotos de ônibus. A amizade que ele diz ter com alguns empresários, na verdade não existe. Os empresários o tratam do mes-mo jeito que tratam todos os outros entusia-stas do transporte que visitam suas garagens, sem contar que todas as visitas feitas por essa pessoa aconteceram graças ao pedido de out-ros busólogos que ele persuadiu no passado, se fez de amigo, e quando conseguiu o con-tato que queria, passou a detonar via internet, pois quando há o encontro pessoal entre essas pessoas, o mesmo foge, assim como aconte-ceu há alguns anos em Curitiba, onde levou uns tapas. Para todos, ele diz que os contatos que têm foram conquistados com mérito próprio, o que é mentira. Nenhum dos con-tatos que ele tem, incluindo os das empre-sas sediadas em sua própria cidade, foram conquistados por ele, sempre houve alguém por trás que repassasse a informação ou que o acompanhou nas primeiras visitas. Após a consolidação do contato, ele esnoba a pessoa e ainda sai espalhando que ela não pode mais entrar na garagem, que está ‘queimado’ e que foi ele quem fez o contato desde o início. A maioria das pessoas já conhece a falácia des-sa pessoa e sabe que é tudo mentira, porém alguns novos hobbystas ainda acabam cain-do nessas histórias, contadas por quem tem diversos processos contra a própria família para obtenção de dinheiro, além de outros

por lesão corporal.O auge da insanidade dessa pessoa foi atingi-do há anos atrás, quando participou de alguns programas de web rádio e detonou vários em-presários do setor de transportes, levando ao público em geral várias informações, muitas delas incorretas ou falsas. O pior é que depois dessa participação, chegou a dizer que o áudio era uma montagem e que houve participação de outras pessoas usando o seu nome, aliás esse é outro argumento sem nenhum cabi-mento: diz que pessoas utilizam seu nome (supostamente de prestígio) para adentrar em garagens onde tem contato. Particularmente, quando visito algumas garagens, faço questão de dizer que não tenho nenhum contato com essa pessoa, até porque em algumas delas ele é conhecido como um “gordinho meio lou-co”, e houve até um caso em que houve a lib-eração por “dó”, pois o empresário achou que ele tinha algum problema mental, em virtude de seu comportamento. Recentemente, essa pessoa tem feito contatos com alguns de seus inimigos e tenta bater um papo, como se nada tivesse aconte-cido e mesmo depois de prejucá-las, se faz de vítima. Também tem dedicado seu tempo

a fazer novos ataques a antigos desafetos, in-clusive a mim, com um compilado de infor-mações mentirosas e injuriadoras. Ataca esta publicação, ataca a minha pessoa e ainda diz que faço críticas e depois tento fazer acesso à garagens desses mesmos empresários, o que obviamente não é verdade. Curiosamente, foge quando o assunto são suas participações no programa de web rádio. Os áudios estão disponíveis na internet e vocês podem confer-ir em nossa página no Facebook, e tirem suas próprias conclusões.Em alguns grupos nas redes sociais, esse cidadão mostra-se muito influente em algumas empresas, conforme já citei acima, e inclusive disse que viu o cro-qui de um dos novos ônibus articulados que foram recentemente incorporados à frota da cidade de Campinas, e afirmou que a última porta era no fundo do carro, no balanço tra-seiro, e na verdade o veículo tem a porta tra-seira entre o eixo e a articulação, ou seja, ele não viu croqui nenhum e houve quem acredi-tasse em mais essa balela dele. Basta verem a foto do veículo.É lamentável que pessoas assim continuam a transitar no hobby, causando discórdia e mal estar. É comum que pessoas desocupem

HOBBY & DIVERSÃO Luciano [email protected]

O FALADOR • A mentira, ao lado esquerdo, e a verdade, abaixo

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lugares quando ele aparece, tamanha desa-gradabilidade da sua presença. Da parte boa dos hobbystas, cabe apenas a dó dessa pes-soa, e que poderia procurar um tratamento psiquiátrico pois o estágio da insanidade já está bem avançado.

* * *

Ultimamente tem surgido nas redes sociais a estereotipagem de alguns hobbys-tas como “bozólogo”, que é uma mistura de busólogo com bozo, nome de um famoso pal-haço da TV. Essa terminologia tem identifica-do colecionadores que agem de forma bizarra e que teoricamente ‘queimam’ o hobby. Isso tem sido amplamente utilizado por vários hobbystas, sobretudo nas redes sociais, in-clusivem pela pessoa citada acima, que age como bozólogo mas diz que são os outros, em uma hipocrisia absurda. Mas enfim, voltando ao assunto central, o mais curioso é que a maioria das pessoas que chamam as outras de bozólogos, agem da mesma forma, ou até pior. O uso do termo “bozólogo”, algo que soa bastante pejorativo, está em crescente uso e muitos o

usam como válvula de escape, ou seja, fala que os outros são para tirar o foco de si mes-mo. Particularmente acho tudo um grande absurdo, principalmente pelo fato de grandes “bozólogos”, que vivem apenas atrás de ônibus, ficam acusando outras pessoas, geralmente colecionadores iniciantes que es-tão com aquele gás todo, querendo fotografar tudo o que vêem pela frente, deitam no chão ou têm outras atitudes tidas como estranhas, mas são tão iguais quanto as de quem os acu-sa. É comum encontrar busólogos da chama-da “velha guarda” em situações constrange-doras atrás de ônibus, e acham algo bastante normal. Uai, e por que quando é alguém mais novo, trata-se da “bozologia”? Antes de fazer acusações ou estereo-tipar alguém, o ideal é olhar para o próprio comportamento, para ver se não está sendo tão patético quanto.

* * *

Em uma oportunidade única e histórica, ônibus das 32 seleções participantes da Copa do Mundo, que está sendo realizada

no Brasil, estão em circulação pelas ruas e estadas das cidades-sede e das subsedes. Esa era a hora dos colecionadores de todo o país irem às ruas fazerem fotos desses carros, pois a grande maioria dos colecionadores, se não dizer todos, nunca mais terão tamanha opor-tunidade na vida, mas mesmo assim as fotos que têm aparecido na internet são de doer. Fotos em ângulos horrorosos, contra o sol e cortadas são as que mais aparecem. Dá pra contar nos dedos as fotos de boa quali-dade que surgiram sobre esses carros. Até poderia ser feito algo legal, agrupando-se as fotos de todos esses carros, registrados em todo o país, como em um catálogo, para que a história ganhe essa oportunidade do registro dos ônibus da Copa que foi realizada em nos-sa terra, mas não é isso o que tem ocorrido. Pelo menos em alguns momentos seria interessante que os colecionadores ca-prichassem um pouco mais nas fotos, prin-cipalmente pensando em acervos. Agora, imaginem que um livro sobre a história da Copa solicite fotos dos ônibus das seleções, e os entusiastas são contatados. Como vai se ceder uma foto em tão baixa qualidade? É algo a se pensar.

O FALADOR • A mentira, ao lado esquerdo, e a verdade, abaixo

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29/06/14 • REVISTAINTERBUSS30

R E D E S O C I A LTop 3 do Facebook

A Foto da SemanaAQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SERPUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM

TIAGO DE GRANDECaio Millennium BRT MBB O-500U - VIP A. E. CarvalhoPublicada no perfil pessoal do autor

O Facebook tem milhares de grupos direcionados para os entusiastas do transporte coletivo, mas selecionamos três que se destacam tanto pelo conteúdo quanto pelas administrações, que são excelentes. Começamos peloOCD Holding, grupo que vem crescendo a cada dia e tem ótimo conteúdo. Depois passamos pelo grupo Volvo Bus Latin America, com excelente moderação e sempre atualizado com notícias da montadora sueca. Terminamoscom o grupó Transporte DF e Entorno, também com ótima moderação e sempre com muitas notícias. Para adentar nos três grupos, é necessária aprovação dos administradores.

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REVISTAINTERBUSS • 29/06/14 31

1º • Cometa naCopa do Mundo

Deu o Que FalarOS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDESSOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

Com a Copa do Mundo acontecendo noBrasil e com a cessão de dezenas de carrospela Viação Cometa à FIFA, a empresa teveque emergencialmente recorrer àreativação de vinte dos seus antigosCMA, também conhecidos como ‘Estrelão’.Isso deu o que falar e também chamoua atenção pelo estado de conservaçãodesses carros, que está excelente e é tidocomo um dos ônibus mais confortáveis do país. Quem tiver a oportunidade deviajar neles, não perca tempo!

2º • Ônibus dasseleções na CopaA circulação dos ônibus das seleções naCopa de 2014 ainda está dando o quefalar. Várias fotos continuam aparecendopelas redes sociais. Mesmo com metadedas delegações já voltando para seuslocais de origem, os ônibus que ostransportaram aqui no país ainda sãomuito buscados pelos fotógrafos eentusiastas de todo o Brasil.

O SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS

O Facebook tem milhares de grupos direcionados para os entusiastas do transporte coletivo, mas selecionamos três que se destacam tanto pelo conteúdo quanto pelas administrações, que são excelentes. Começamos peloOCD Holding, grupo que vem crescendo a cada dia e tem ótimo conteúdo. Depois passamos pelo grupo Volvo Bus Latin America, com excelente moderação e sempre atualizado com notícias da montadora sueca. Terminamoscom o grupó Transporte DF e Entorno, também com ótima moderação e sempre com muitas notícias. Para adentar nos três grupos, é necessária aprovação dos administradores.

Foto da GaleraEXPONI 2007 - COLOMBO/PR

Na foto acima, os colecionadores Luciano Roncolato, Erick Dias e JohnBerata, reunidos durante a realização da Exponi 2007, na cidade deColombo, no Paraná

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R E V I S T A I N T E R B U S S 4 A N O S

A Revista InterBuss completa mais um ano de circulação ininterrupta. São 200 edições já publicadas, numa média de 5000 páginas, a imensa maioria delas com conteú-do editorial, destoando de outras publicações cujo conteúdo em sua maioria é de anúncios publicitários. Durante esse tempo foram pub-licadas dezenas de matérias especiais, mutias delas com exclusividade e foram tantas out-ras milhares de notas, notícias e informações corriqueiras sobre o setor de transportes. A Revista InterBuss é a única publicação espe-cializada em transporte coletivo com periodi-cidade semanal, sem nenhuma falha em todo o seu período de circulação. Todas as edições foram publicadas com um mínimo de 16 pá-ginas, porém nos últimos 12 meses a média ficou em torno de 28 páginas, ante as 20 pá-ginas publicadas em média no primeiro ano de circulação. A tendência é que o número de páginas continue crescendo, na mesma pro-porção em que o conteúdo editorial aumente, paralelamente à agregação de novos colunis-tas e novas notícias semanais. Duas vezes por ano, há a publicação de edições especiais: uma delas é justamente no aniversário, e a outra é no final do ano, quando a publicação é interrompida por duas semanas no período de festas. Nessas edições há a publicação da coluna de Luciano Ron-colato sobre o hobby ônibus, coluna esta que outrora foi semanal e causou muita polêmica. Atualmente, os comentários de Luciano são publicados apenas nessas edições específicas. Há também esporadicamente a publicação de entrevistas com pessoas que fazem parte da história do transporte, matérias especiais amplas e outras seções especiais. Desta vez, houve a opção por uma edição comemorativa comum, sem grandes matérias mas celeb-rando as importantes data e marca, que é a

MAIS UM ANIVERSÁRIO COMPRESTÍGIO E RESPONSABILIDADEChegamos a 200 edições em quatro anos. Mais um marco histórico da única publicaçãoespecializada em transportes coletivos no Brasil com periodicidade regularmente semanal

edição bicentenária. A história da Revista InterBuss se mistura com a do Portal InterBuss, fundado em 2001 e que foi um marco importante na história do hobby do ônibus no país. Ao lado de vários grandes sites, o Portal InterBuss foi um dos pioneiros na publicação de fotos de ônibus na internet, numa época em que ainda não existia a banda larga e as imagens eram publicadas em resolução menor para facili-tar o download, já que as conexões discadas sempre foram muito lentas, cerca de 20 vezes

menor que as conexões mais básicas de hoje. Atualmente o Portal InterBuss dedica-se à publicação e divulgação da Revista Inter-Buss, além de levar ao ar de forma esporádica notícias importantes que não podem esperar a publicação da Revista, nos finais de semana. Ainda fazem parte do grupo os sites Ônibus de Campinas, que leva informações sobre o transporte coletivo na cidade e na região de Campinas, no interior paulista, onde está sediada a Revista e o Portal, e o ODC no Facebook, com informações atualizadas dia-

• Da Redaçã[email protected]

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REVISTAINTERBUSS • 29/06/14 33

MAIS UM ANIVERSÁRIO COMPRESTÍGIO E RESPONSABILIDADEChegamos a 200 edições em quatro anos. Mais um marco histórico da única publicaçãoespecializada em transportes coletivos no Brasil com periodicidade regularmente semanal

entre outros. O outro espaço é de Fábio Tan-niguchi, que voltará a publicar sua coluna so-bre tecnologia. A seção de Mecânica, que foi publicada ao longo dos últimos doze meses, teve sua última edição na semana passada. Em breve, outras novidades vão ser lançadas aqui na Revista InterBuss, com o auxílio dos leitores, que periodicamente en-viam sugestões para melhoria da publicação. A todos vocês, nosso muito obrigado, e espe-ramos continuar levando para vocês o melhor do transporte, sempre!

riamente também sobre o transporte campi-neiro. Com grande sucesso, o Ônibus de Campinas recebe milhares de visitas diárias. O trabalho realizado pela equipe da Revista e do Portal InterBuss é reconhecido por grandes viações do país, encarroçadoras, montadoras de chassis e várias outras empresas do setor. E por isso, costumeiramente é convi-dada para participar de eventos relacionados a ônibus, eventos estes que são detalhados em grandes matérias. Em mais uma demonstração de sucesso, a Revista InterBuss será uma das

expositoras da Feira do Ônibus Elétrico Lati-no-Americano, evento que será realizado em setembro na capital paulista. Em contrapartida a publicação faz toda a divulgação envolvendo o evento. É o primeiro grande evento que a Re-vista participa como expositora. Para celebrar esta data festiva, a Re-vista InterBuss lança duas novas seções. A “Test-Bus” trará informações sobre ônibus e utilitários na visão dos condutores e dos pas-sageiros, com avaliação de diversos itens, como dirigibilidade, conforto, segurança,

Ao lado, algumas capas das prin-cipais edições da Revista

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NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

O primeiro dia de greve dos trabal-hadores de transportes em Curitiba e Região Metropolitana teve “catraca-livre”, sem in-terrupção dos serviços na Capital nas cidades vizinhas que fazem parte da RIT – Rede Inte-grada de Transporte. A paralisação somente dos cobra-dores e não dos motoristas, de responsabili-dade do Sindimoc – Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metro-politana, custou R$ 2,484 milhões aos cofres públicos. A prefeitura autorizou e bancou a circulação sem a cobrança de tarifa. Já no segundo dia, sexta-feira, nenhum ônibus saiu às ruas pela manhã e a frota foi liberada aos poucos por determinação judicial. De acordo com matéria do Paraná On Line, no entanto, na quinta os serviços teriam sido garantidos por causa de um acor-do entre as prefeituras e a FIFA. As cidades-sedes e a FIFA assinaram um documento com várias cláusulas. No item 22, as prefeituras se com-prometem a oferecer transportes integral-mente nos dias de jogos: “22: Ônibus e Trens: A Cidade-Sede, à medida que tenha autoriza-ção, garantir que tais ônibus e trens locais e nacionais que se conectam a Cidade-Sede e/ou operam dentro da Cidade-Sede: (a) Este-jam funcionando COMPLETAMENTE em todos os dias de Jogo na Cidade-Sede; e (b) Continuem a funcionar por um período míni-mo de 4 (quatro) horas após o final de cada jogo realizado na Cidade – Sede” – diz o doc-umento que pode ser consultado no próprio site da prefeitura: http://www.curitiba.pr.gov.br/multimidia/00135824.pdf Na quinta-feira, primeiro dia de greve, jogaram na Arena da Baixada, em Cu-

Prefeitura autorizou bancou o funcionamento dos ônibus metropolitanose municipais no dia que teve jogo da Copa

Acordo com a FIFA teria garantido“Catraca Livre” em Curitiba

ÔNIBUS EM CURITIBA • Catraca livre só teria ocorrido por causa da Copa do Mundo. Foto: Adamo Bazani.ritiba, Argélia e Rússia, às 17 horas. Na sexta-feira, não houve jogo e não houve ônibus pela manhã. A prefeitura diz que no primeiro dia de greve só autorizou a catraca-livre para que não houvesse prejuízo a nenhum passageiro, sendo ou não torcedor, mas que no segundo dia, não havia condições financeiras de man-ter a circulação dos ônibus sem cobrança de tarifa. As empresas de ônibus disseram nesta sexta-feira que os sindicalistas impedi-ram a saída dos veículos com a equipe com-pleta: motorista e cobrador.

Já o Sindimoc – Sindicato dos Mo-toristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana, afirmou que a greve era so-mente dos cobradores, apesar de as reivindi-cações englobarem toda a categoria. No início da noite de sexta-feira, houve acordo entre Sindimoc, Setransp - Se-transp – Sindicato das Empresas de Trans-porte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana e Urbs – Urbanização de Cu-ritiba S.A., gestora do sistema, e a greve foi encerrada. Na quinta-feira foi a primeira “ca-traca-livre” na história das greves de trans-portes de Curitiba e Região Metropolitana.

As empresas de ônibus que fa-zem linhas interestaduais e internacionais rodoviárias foram autorizadas pela ANTT a aumentar o valor das passagens a partir do dia 1º de julho. A resolução 4.351 da ANTT reajusta em até 4,792% o valor dos bilhetes. O aumen-to não vale para linhas suburbanas, com car-acterísticas de urbanas, mas intermunicipais. As tarifas para estas linhas serão reajustadas ainda neste segundo semestre. Para o passageiro saber dos novos

Reajuste vale para serviços interestaduais e internacionais

Passagens de ônibus rodoviáriostêm aumento a partir do dia 1º

valores, pode multiplicar o Coeficiente Tar-ifário (CT) em reais pela quantidade de quilô-metros percorridos pelos ônibus. Os coeficientes variam de acordo com o tipo de serviço, como convencional, semilieto e leito, e segundo o tipo de pavi-mento percorrido. Quanto pior a condição de tráfego, mais alta é a remuneração para as empresas cobrirem os custos maiores com manutenção. A resolução foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira, dia 27 de junho de

2014: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=23&data=27/06/2014 Após este cálculo, devem ser acres-centados o ICMS, pedágios e taxas de em-barque. Segundo a ANTT, a variação dos custos de mão de obra, combustíveis, lubrifi-cantes e os preços para a aquisição de ônibus novos influenciaram na determinação do per-centual de reajuste.

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A Lei 10.233/2001, que regulamen-ta os transportes coletivos de passageiros na esfera nacional, passou por uma série de al-terações, anunciadas pelo Governo Federal nesta sexta-feira, dia 20 de junho de 2014. As mudanças estão incluídas na Lei 12.996. Uma das modificações é que ante-riormente, os transportes coletivos eventuais de passageiros do tipo rodoviário, ferroviário e aquaviário necessitavam de autorização quando havia conjuntamente exploração de infraestrutura (postos rodoviários, ferrovias e vias aquáticas). Agora, também é necessária autorização para esses serviços mesmo des-vinculados da infraestrutura e para prestação regular de serviços de transporte coletivo in-terestadual e intermunicipal de passageiros também não vinculados à exploração da in-fraestrutura. Foram incluídos novos itens na lei, como o artigo 47-A. Agora, a ANTT – Agên-cia Nacional de Transportes Terrestres pode estabelecer condições específicas, de acordo com as características regionais e de mer-cado, para a outorga de serviço regular in-terestadual e internacional rodoviário de pas-sageiros. No artigo 47-B, foi estabelecido que não haverá limite de autorizações para o ser-viço regular de passageiros, caso haja neces-sidade de mais operadoras: “A ANTT poderá realizar processo seletivo público para outor-

Lei 10.233/2001 teve alterações. Agora, até serviços eventuais precisam de autorizaçãoe ANTT pode intervir mais nas linhas regulares

Governo Federal altera regrassobre transportes coletivos

ga de autorização, observando os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, na forma do regula-mento.” A ANTT também pode intervir no mercado de transportes rodoviários regulares interestaduais e internacionais para “cessar abuso de direito ou infração contra a ordem econômica”, havendo a possibilidade, in-

clusive, de criar obrigações específicas para cada autorização. A lei 10.233/2001 instituiu, quando foi criada, o CNIPT - Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transportes, ANTT – Agência Nacional de Transportes Ter-restres, Antaq – Agência Nacional de Trans-portes Aquaviários e o DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.

ÔNIBUS RODOVIÁRIO • Lei que regulamenta transportes de passageiros passa por alterações. ANTT pode intervir mais nas autorizações dos serviços regulares de transportes interestaduais e internacionais. Foto: Adamo Bazani

Quem possui celular com o sistema Windows Phone pode agora ter acesso aos serviços do Moovit, um dos maiores aplicati-vos com informações sobre transportes públi-cos. Antes, o aplicativo só era compatív-el para iOS – iPhone e iPad ou Android. O Moovit reúne dados transmitidos pelos passageiros e pelas gerenciadoras de transportes como linhas, rotas de pontos de interesse de serviços e de turismo e horários de ônibus, trens, metrôs e até barcas. A atualização das informações é in-terativa e constante. Para o Windows Phone, o design das telas é semelhante ao do padrão do Win-dows. Mas o Moovit não está disponível ainda para Windows Phone 7. Ele funciona

Serviço traz informações dos passageiros e das gerenciadoras de transportes no banco de dados

Aplicativo com informações sobre transportes Moovit também está disponível para Windows Phone

normalmente no Windows Phone 8 e Win-dows Phone 8.1. O aplicativo traz os dados dos trans-portes públicos de todas as cidades-sede da Copa do Mundo, por exemplo, e de médios e grandes sistemas entre eles:- São Paulo: SPTrans – ônibus municipais, Companhia do Metropolitano – metrô e CPTM – Companhia Paulista de Trens Met-ropolitanos – trens que ligam a Capital à Grande São Paulo.- Rio de Janeiro: Rio Ônibus – ônibus mu-nicipais, Metrô Rio – metrô e Supervia- trens suburbanos.- Belo Horizonte: BHTrans – ônibus mu-nicipais e CBTU – Companhia Brasileira de Trens Urbanos – sistema ferroviário.- Porto Alegre: Carris – ônibus urbanos da empresa pública, Conorte, STS e Unibus –

consórcios de ônibus municipais e Trensurb – sistema ferroviário.- Curitiba: Urbs – ônibus municipais.- Fortaleza: Etufor – ônibus municipais e Me-trofor – metrô.- Campinas: Emdec – ônibus municipais.- Bauru: Emdurb – ônibus municipais.- Itajaí: Coletivo Itajaí – ônibus municipais.- Recife: Companhia de Trânsito e Trans-porte Urbano (CTTU) - ônibus municipais e Grande Recife metropolitanos.- Salvador: Transalvador – ônibus munici-pais.- Distrito Federal: DFTrans – ônibus munici-pais e intermunicipais.- Manaus: SMTU – ônibus municipais.- Cuaibá: SMTT – ônibus municipais.- Natal: Semob - ônibus municipais.- João Pessoa: Semob – ônibus municipais.

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Paixão, Câmera e Ônibus • www.paixaocameraeonibus.blogspot.com

A S F O T O S D A S E M A N A

DIVULGUE SUA GALERIA E/OU SITE AQUI!Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos a divulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para [email protected] com os dados e aguarde! Toda edição, são 12 fotos!

Fortalbus • www.fortalbus.com

MARCOS ANDRÉMarcopolo Paradiso G7 1800DD Scania K360 • Catedral

MARCOS ANDRÉComil Campione 3.65 MBB O-500RSD • Novo Horizonte

MARCOS ANDRÉComil Gallegiante 3.60 Scania K113CL • Estrela

MARCOS ANDRÉBusscar Panorâmico DD Volvo B12R • Açaitur

AMÓS MATTOSMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500R • Gertaxi

FORTALBUSNeobus Mega Plus Volksbus 17.230 OD • São José

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REVISTAINTERBUSS • 29/06/14 37

Flickr Busologando • www.flickr.com/busologando

SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

GUSTAVO BAYDENeobus Mega Plus MBB OH-1621L • Santo Antonio

JOÃO VICTORMarcopolo Paradiso G7 1050 MBB O-500R • Aparecida

RAYLLANDER ALMEIDAMarcopolo Paradiso G6 1200 MBB O-500RSD • Central Bahia

GUSTAVO BAYDENeobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 • Redentor

JOÃO VICTORBusscar Jum Buss 360 Scania K380 • Pluma

JOÃO VICTORMarcopolo Paradiso G6 1200 MBB O-400RSE • Princesa do Sul

Sem Fronteiras • www.semfronteirasfotos.com

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VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

Um pequeno relato daextinta Auto Viação Soledade

Por gentileza, alguém tem alguma foto de um ônibus da extinta Auto Viação Soledade? Eu nunca vi, e ninguém que tem Internet viu também. Mas essa viação durou entre 1966 e 1976 com duas diretorias. A primeira diretoria era formada pelos mesmos proprietários da Viação Paratodos. A Viação Paratodos foi uma empre-sa de ônibus da cidade de São Paulo. Foram quase meio de existência, iniciado no dia 7 de setembro de 1958 e vendido para o gru-po Metropolitana, atual Mobibrasil em 1 de agosto de 2008. Quem comandava a empresa era o Sr. Wallace Alves de Siqueira (1929-2003). Seus sócios fundadores principais eram seus irmãos Capitão Waldir Alves de Siqueira (1924-1967) e Wilde Alves de Siqueira (1931?-1998). O Capitão Waldir teve a ideia de ex-pandir a atuação da Viação Paratodos, crian-do outras empresas como a Viação Vila Santa Catarina (durou pouco tempo, foi incorporada à Paratodos) e a Viação Canaã, que atuava nos bairros de Cidade Ademar e no Jardim Miriam. Com o assassinato, sua viúva, Lu-cia Ergas de Siqueira (1922-2010), assumiu a Canaã até vender a empresa em 1983 para um dos maiores grupos rodoviários do país, comandado por Constantino de Oliveira. Além da Paratodos, eram propri-etários da Gatusa (Garagem Americanópolis de Transportes Urbanos S/A) nos anos 60, mas pela minha análise, venderam a empresa para um grupo do ABC paulista, posterior-mente à família do Grupo Bandeirantes de Comunicação, para aventurar-se no trans-porte rodoviário entre São Paulo e o interior do Espírito Santo. Após a venda da Gatusa, fundaram a Auto Viação Soledade S/A em 31 de out-ubro de 1966, com o intuito de criar linhas intermunicipais e interestaduais. Sua sede fi-cava na Av. Eng. Armando de Arruda Pereira, 1318, cujo terreno foi posteriormente da con-cessionária Metrocar (dos mesmos donos) e hoje é uma das filiais do Carrefour. Em 24 de outubro de 1968, o De-partamento de Estradas de Rodagem deferiu

uma linha que sai do bairro de Piraporinha, em Diadema, até o bairro paulistano de Santo Amaro, passando pelo centro de Diadema, Av. Cupecê, Rua dos Cafezais (paralela com a Av. Vereador João de Luca), Av. Washing-ton Luiz, Largo 13 de Maio. Mas essa linha durou menos de um ano, por ter concorrência com um trecho da linha municipal da extinta Viação Jardim Miriam e com outro trecho da linha intermu-nicipal da extinta Viação Diadema. Ao mesmo tempo, por aparente-mente não ter ligações diretas de ônibus de São Paulo até a cidade natal da família Alves de Siqueira (Guaçuí-ES), a Soledade implan-tou a linha rodoviária São Paulo – Alegre (ES), passando por Guaçuí. Talvez por não ter lucro, em 1971 a linha e a empresa foram vendidas para a mi-neira Transcolin, que mudou sua sede para a Alameda Cleveland, próximo da antiga rodoviária Júlio Prestes, que manteve o nome

da empresa Soledade até 1976. Uma pena que a “Paratodos turística” não deu certo, tampouco no fre-tamento e criação de outras linhas. E com a venda da Soledade, resolveram inve-stir no transporte local capixaba criando a filial da Viação Paratodos em 1972 na Grande Vitória. Sua filial durou até 2006 com a venda de suas linhas municipais de Vitória para a Unimar. E nenhum colecionador de fotos apareceu com a foto de algum desses ôni-bus. Seria bom alguém, que acompanha a biografia da Viação Paratodos, que procure atrás dessas fotos para, pelo menos, resgatar a belíssima história. E o Sr. Wallace foi um dos melhores empreendedores do transporte urbano do país. Por que não criar um livro biográfico? Somente assim para preservar o histórico ad-ministrativo de um bom empreendedor. Que Deus o tenha.

A. V. SOLEDADE • Trecho do Diário Oficial sobre a fundação da extinta Auto ViaçãoSoledade, dos mesmos donos da Viação Paratodos

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