Revista Inter IT - nº 10

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1 Inter IT | www.corpbusiness.com.br Ano 2 - nº10 - Julho de 2010 R$ 10, 90 www.corpbusiness.com.br InterIT nº 10 www.interit.com.br Julho 2010 Mário Mello Presidente da PayPal no Brasil “O Brasil é um dos principais vetores do crescimento da PayPal na América Latina” Eventos III Mobile Intelligence 2.0 discute o presente e o futuro das tecnologias móveis em favor dos negócios das grandes empresas Colunistas Más escolhas custam caro - Artigo sobre mobilidade, escrito pela Garota Sem Fio Como atingir a excelência operacional Mercado Google x China Mercado Operadora de telefonia IP projeta dobrar faturamento em 2010 x

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Revista Inter IT, veículo impresso e digital do Grupo CorpBus!ness voltado para o mercado corporativo dos setores de Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC).

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Ano 2 - nº10 - Julho de 2010 R$ 10,90 www.corpbusiness.com.br

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Mário MelloPresidente da PayPal no Brasil“O Brasil é um dos principais vetores do crescimento da PayPal na América Latina”

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PublisherDiogo Pastori

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Editor ResponsávelDanilo Pádua

[email protected] Responsável

ArteWilson Hiramatsu (Designer Gráfico)

ColaboradoresAiltom Nascimento, Bia Kunze, Emílio Loures,

Marcel Touma, Marcos Kinzkowski, Marcos Morita, Roberto Carlos Mayer, Rosely Jorge.

Executivos Comercial NacionalJosé Perez

Departamento Comercial

Jane Silva, Jaqueline Ferreira e Sandro Souza, Priscila Rocha

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LogísticaCirculação

São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Rio Grande do Sul e Minas Gerais

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EDITORIAL

Muito por fazer

Estamos sempre correndo atrás de algu-ma coisa nova em nossas vidas, mesmo dentro de nossa rotina diária (trabalho,

casa, faculdade etc.), cada dia é uma bus-ca incessante por novos desafios, afazeres e conquistas. A frase que dá título a este editorial volta e meia marca presença nas conversas entre colegas, quando relatamos tudo o que temos feito em nosso dia a dia e normalmente somos interpelados com a expressão “Nossa! Quanta coisa, hein!?”, e acabamos respondendo que isso não é nada, que ainda falta muito por fazer.

Esse ano de 2010 começou com ritmo acelerado para nós, em to-dos os sentidos. Enquanto aqui na redação acompanhamos dezenas de novidades já nos primeiros meses do ano, como o lançamento do iPad - tablet da Apple -, o novo iPhone, o nascimento e a “quase morte” do celular NexusOne, do Google, a “guerra” dos smartpho-nes com o crescimento massivo do sistema operacional Android, que chega cada vez mais em novos e modernos modelos candidatos a “iPhone Killer”.

No campo corporativo, a movimentação está ainda maior, não pa-ramos um instante sequer aqui na Inter IT / CorpBus!ness, com no-vas edições dos congressos de sucesso que realizamos anualmente (como o Mobile Intelligence e o Crédito & Cobrança, que você con-fere nesta edição), e com a primeira edição de novos eventos que – com certeza – marcarão o mercado tanto quanto nossos eventos já estabelecidos (sobre eles falaremos mais na próxima edição).

Pois é, 2010 está na metade, não paramos um instante sequer des-de quando começou e – sem querer cair no lugar comum – ainda temos, de fato, muito por fazer. Ainda discutiremos ao longo do ano temas relevantes como banda larga, TI Verde, Universidades Corpo-rativas, entre outros. Isso sem contar a Futurecom desse ano, que já está logo aí.

E vocês, o que andam fazendo de bom?

Até a próxima! Um abraço!

Danilo Pádua

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036 China x Google: quem ganha?

52 Crescendo a passos largos

16 Gartner destaca as principais tendências de TI para os próximos anos

38 Más escolhas custam caro

44 Reciclando solidariedade

48 Contagem regressiva para a Certificação Digital

50 Convergência digital: como fazer o site entrar no celular?

20 Mobilidade a toda prova

40 Economia em alta, crédito de volta

14 A revolução das mídias digitais e TVs por assinatura

19 Novos obstáculos ao setor de TI

26 O excesso de informação e a desinformação

27 Como atingir a excelência operacional

33 Solução M2M cresce entre indústriasno Brasil

46 A sua imagem trabalha contra ou a seu favor?

51 A revolução da velha senhora

54 Internet quarentona ainda não se mostrou inteiramente ao Brasil

MERCADO

TECNOLOGIA

28CAPA

44

35 07

SUMÁRIO

EVENTOS

COLUNISTAS

Quer pagar como?

Maior empresa de pagamentos digitais do mundo, PayPal inicia operações no Brasil e abre seu primeiro escritório na América

Latina em São Paulo

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6 Inter IT | www.corpbusiness.com.br

Se você tem alguma sugestão ou comentário, mande um e-mail para [email protected] Não esqueça de colocar o nome completo e a sua cidade.

Carta do Leitor

“Sou profissional de TI e gostei muito da entrevista com o Cesar Castelli (edição nº 9), presidente da TCS. Concordo com ele em partes, pois acredito que uma boa metodologia de processos e serviços garante maior organização na hora de apresentar, desenvolver, implantar e manter um projeto; mas nada substitui o talento e a arte na hora de solucionar os imprevistos que surgem no decorrer do caminho.”

Dalmo Carvalho, Blumenau-SC

“O colunista Christian Barbosa está coberto de razão(Artigo: Você é um E-mala?). Não há coisa pior do que um ‘e-mala’ que fica encaminhando correntes, e-mails bonitinhos com frases fofas e lições de moral. Além de lo-tarem a caixa postal alheia, esses e-malas perdem tem-po lendo e retransmitindo essas bobagens quando pode-riam estar produzindo algo de útil.”

Claudinei Carvalhal, Santo André-SP

“Gostei bastante da matéria sobre o Congresso Uni-versidades Corporativas, organizado por vocês (Matéria: Uma Aula de Evento), que estava presente na edição pas-sada. Esse segmento de e-learning e e-training é muito in-teressante e gostaria de participar da edição desse ano.”

Fábio Rodrigo de Paula, Itajubá-MG

“Olá amigos! Gosto bastante da revista e atuo na área de distribuição de produtos e serviços de informática e co-nheci a revista através de um amigo, executivo de uma com-panhia que até foi entrevistado pela Inter IT um tempo atrás. Gostaria de pedir um favor: falem mais de virtualização e cloud computing, são dois assuntos em alta que vocês não podem perder a oportunidade de mostrar para os leitores.”

Manuela A. Rodrigues, Rio de Janeiro-RJ

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TELECOMNEWSTELECOMEXPRESS.WORDPRESS.COM

Facebook ganha versão mobile gratuita

O Facebook lançou, em maio, uma nova versão da rede social para celular. O aplicativo, divul-gado em fevereiro, finalmente foi lançado e se chama Facebook Zero. Os usuários de algumas operadoras poderão acessar gratuitamente, resultado da par-ceria com mais de 50 operadoras de telefonia celular em 40 países. No Brasil a única operadora a oferecer o serviço é a TIM.

Para acessar o aplicativo basta digitar o endereço no browser web 0.fa-cebook.com. Seu conteúdo não conta com imagens permitindo ao usuário ape-nas atualizar status, ler recados, comentar outros posts e acessar notícias. No entanto, existe a opção para clicar no link de visualização de fotos, mas um alerta será enviado sobre o custo da operação.

Skype sobre 3G chega ao iPhone

Em maio, a Skype anunciou o lançamento de uma nova versão de seu software que propicia aos usuários do iPho-ne a possibilida-de de realizar chamadas para seus contatos do Skype usando a rede 3G do iPhone.

Anteriormente, só era possível o uso do Skype pelos usuários do apa-relho através de conexões Wi-Fi. A novidade, por enquanto, está dispo-nível gratuitamente para os usuários, mas deve passar a ser tarifada a partir do último trimestre de 2010.

Visa lança pagamento contactless para iPhone

A DeviceFidelity, em-presa especializada tecnologias plug-and-play em soluções para pagamento bancário, anunciou o lançamen-to de sua nova solução para pagamentos mó-veis o In2PayÔ, para iPhone 3G e 3GS. Com a tecnologia baseada no MicroSD, o aparelho permite a realização de transações bancárias sem necessidade de contato através do sistema Visa payWave.

As companhias tentam aliar a tecnologia de pagamentos sem contato da Visa à tecnologia In2Pay para transformar um telefone celular com microSD em um dispositivo de paga-mentos móveis sem contato.

De acordo com a Visa, a parceria poderá acelerar a ado-ção de pagamentos móveis sem contato em âmbito global, principalmente em países onde os estabelecimentos comer-ciais já fizeram o upgrade de seus terminais de pagamento para aceitar transações sem contato.

Anatel empossa novos conselheiros

Em maio, o Conselho Consultivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), empossou três novos integrantes. A cerimônia ocorreu na sede da agência e contou com a presença do presidente da agência, Ronaldo Sardenberg.

Cláudio Marcelo ficou encarregado de uma vaga das entidades representativas da sociedade, Alfredo Horácio Ferrari Martin representará as empresas de telecomunicações e Édio Azevedo ocupará uma das vagas do Poder Executivo.

Marcelo atualmente é presidente da Associação Nacional das Empresas de Soluções de internet e Telecomunicações (RedeTelesul). Já Martin é o vice-presidente da Nextel e Azevedo consultor jurídico do Ministério das Comunicações.

O Conselho é constituído por 12 membros designados por decreto do presidente da República e representa o ór-gão de participação da sociedade nas decisões da Ana-tel. Cada órgão seja ele Senado, Câmara dos Deputados, Poder Executivo, entidades de classe das prestadoras de serviços de telecomunicações, entidades representativas dos usuários ou entidades representativas da sociedade são constituídos por dois representantes no Conselho.

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Apple: 2 milhões de iPads em 2 meses

No final do mês de maio, a Apple di-vulgou os números das vendas do iPad. A companhia de Steve Jobs afirmou ter rer vendido 2 milhões de unidades do tablet, somente nos Estados Unidos, nos dois primeiros meses de comercializa-ção, iniciada em março.

Apenas no primeiro mês de vendas, a Apple afirmou que o tablet alcançou a marca de 1 milhão de unidades ven-didas, menos da metade dos 74 dias que o iPhone, por exemplo, levou para atingir a mesma vendagem.

Espera-se que com as vendas inter-nacionais do iPad, iniciada dias antes do anúncio dos 2 milhões de unidades vendidas, esse número aumente consi-deravelmente.

Smartphones consumirão 87% do tráfego de dados

De acordo com pesquisa realizada pela ABI Resear-ch, nos próximo 4 anos os smartphones e dispositivos de computação conectados re-presentarão mais de 87% do total de tráfego de dados das operadoras de rede dos EUA.

O relatório aponta que a interatividade dos dispo-sitivos móveis pode levar ao alto tráfego registrando um crescimento de 48% em 4 anos, que será conduzido por smarthphones como o iPhone, Motorola Droid e o Ommia Samsung.

Em 2009 o consumo de dados dos smartphones foi líder em participação e até 2014 os dispositivos de computação conectados serão os lideres sociais. A pesquisa prevê o aumento de 90% na conexão de tráfego destes produtos.

Dia das Mães bate recorde no e-commerce

O Dia das Mães foi aquecido para o comércio eletrônico. De acor-do com dados levantados pela e-bit, empresa especializada em informa-ções de e-commerce, foram realiza-dos cerca de 1,6 milhão de pedidos em lojas virtuais durante o período de 25/04/2010 a 09/05/2010, o que contribuiu para um faturamento de R$ 625 milhões, crescimento de 42% em comparação aos R$ 440 milhões registrados em 2009. Dessa forma, a previsão da empresa para a data sazonal de 40% de cresci-mento foi superada.

O bom desempenho do setor na data foi, inclusive, superior ao varejo tradicional. Segundo dados divulgados pela Confederação Na-cional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o crescimento foi de 9,43%.

Além disso, o Dia das Mães tam-bém apresentou-se acima da linha de crescimento do setor, estimada pela e-bit em 30% para esse ano.

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EUA aprovam compra da AdMob pelo Google

Em maio, os órgãos reguladores de mercado e questões antitruste dos Estados Unidos, após muito adiar, aprovaram a aquisição da AdMob, companhia de pu-blicidade móvel, pelo gigante das buscas Google.

Em comunicado, a Comissão Federal de Comércio justificou a demora pela preocupação do órgão quanto a uma possível combinação entre as duas compa-nhia, mas que, no entanto, a entrada da Apple no segmento (através da aquisi-ção da Quattro Wireless e do posterior lançamento do iAd), acabou por abran-dar as preocupações.

A AdMob foi adquirida pelo Google em novembro do ano passado, em uma transação avaliada em US$ 750 milhões.

Google lança loja de apps no Chrome

O Google lan-çou uma loja on-line com diversos aplicativos como jogos, revistas, entre outros den-tro de seu nave-gador, o Chrome. O anúncio foi feito durante a conferência anual de pro-gramadores da empresa, realizada em São Franscisco, nos EUA, durante o mês de maio.

A Chrome Web Store estará aces-sível através do browser do Google e, segundo o anúncio da empresa, deve estar disponível em breve.

Santanna espera “bom senso” das operadoras

Durante evento do setor de in-formática e inovação, realizado na cidade de São Paulo, o recém-nomeado presidente da Telebrás, Rogério Santanna, declarou que espera “bom senso” por parte das operadoras de Telecom na questão da reativação da Telebrás, que irá gerir o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), para que as teles não “judicializem” o processo.

Santanna afirmou que as ope-radoras têm interesse em negociar e, por isso, o processo em relação a gestão do PNBL e a reativação da Telebrás não deve acabar sendo travado por questões judiciais.

Adobe CS5 chega ao mercado brasileiro

A Adobe Brasil lançou a família de produtos CS5 para os clientes brasileiros. Em evento ocorrido na ci-dade de São Paulo, os presentes pu-deram conferir a apresentação das mais de 250 novas funcionalidades. A apresentação ficou sob a batuta de Fábio Sambugaro, country mana-ger da Adobe Brasil, com apoio dos consultores da Adobe Brasil, Alexan-dre Keese, Alexandre Corradini, Leon Kulikowski e Paulo Franqueira que jun-tos demonstraram os benefícios de produtividade e integração nas áreas de design, vídeo, web e dispositivos móveis.

O evento que enfocou interatividade, desempenho e produtividade, contou com a presença da HP e da Wacom, as quais exibiram, respectivamente, Workstations e mesa digitalizadora, que ajudam a aproveitar ao máximo as novas características da CS5.

O lançamento contou, ainda, com a participação do Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias. A Adobe Brasil apoia, como parceiro institucional, as iniciativas da organização de terceiro setor, que tem a missão de inserir jovens de baixa renda no mercado de trabalho, a partir de um programa de formação sociocultural e técnica na área audiovisual.

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PayPal anuncia Gerente Geral para o Brasil

Mário Mello foi anunciado como novo Gerente Geral da em-presa de pagamentos online PayPal no Bra-sil. O executivo fica-rá alocado em São Paulo. Mello tem mais de 20 anos de experi-ência no segmento de pagamentos e serviços financeiros, com pas-sagens pelo Banco Sa-fra, Banco Real e pela Visa, entre outros.

Especula-se que PayPal deva iniciar suas operações no Brasil em agosto.

Microsoft perde posto de maior empresa de tecnologia para Apple

Mais uma disputa envolve as rivais Ap-ple e Microsoft. Em maio, a companhia de Steve Jobs superou em valor de mercado da desenvolvedora do Windows, assumin-do o status de maior empresa do mundo em tecnologia.

O valor de mercado de uma companhia é o valor que ela tem na bolsa, reflete o quanto o mercado avalia essa companhia, independente do patrimônio real que te-nha. No meio do pregão eletrônico Nasdaq de ontem, a Apple chegava aos US$ 227,970 bilhões. Na mesma hora, o valor de mercado da Microsoft rondava os US$ 226,550 bilhões.

Os dispositivos móveis como o iPod, o iTouch e o iPhone foram os respon-sáveis pelo crescimento da fabricante do Macintosh, que há anos concorre com o sistema operacional Windows da Microsoft.

Hoje em dia os Mac não chegam a um entre cada dez computadores ven-didos no mundo, mas a Apple diversificou seus produtos, apostando sempre no design. A sua loja virtual iTunes, por exemplo, é a maior do mundo para adquirir produtos de música.

Para leitores, Adobe está com a razão

Durante o mês de maio, esteve no ar uma movimentada enquete no por-tal CorpBus!ness, que questionou os leitores sobre a briga e “troca de far-pas” entre Apple e Adobe a respeito do veto da companhia de Steve Jobs à tecnologia flash em seus dispositivos móveis, como o iPhone, o iPod Touch e o tablet iPad.

“Para você, na briga entre Apple e Adobe sobre o Flash, quem está cer-to?”, perguntou a enquete que mostrou certo equilibrio no resultado final.

Com quase 100 votos contabiliza-dos, a Adobe contou com o “apoio” da maioria dos leitores, em segundo ficou a Apple com a “razão” e em terceiro um alto número de pessoas que consi-deravam as duas companhias erradas no meio da confusão toda.

Confira o final da enquete:1º) A Adobe está certa – 33%2º) A Apple está certa – 25%3º) As duas estão erradas – 22%4º) Não sei – 16%5º) As duas estão certas – 2%

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Oi emite R$ 1,5 bi em promissórias

Em meados de maio, a operadora de Tele-com Oi enviou comu-nicado a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informando que irá emitir notas promis-sórias no valor total de R$ 1,5 bilhão.

A emissão foi apro-vada pelo conselho de administração da operadora, e os títulos serão emitidos em uma série única, com 10 notas de R$ 150 milhões cada. A taxa DI acrescida de 1,15% servirá como cálculo de remuneração e o prazo de vencimento será de 90 dias contados a par-tir da data de emissão.

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IBM compra empresa da AT&T por US$1,4 bi

A IBM anunciou o acordo definitivo de US$ 1,4 bilhões para aquisi-ção da Sterling Commer-ce, empresa que perten-ce a AT&T. O acordo vai complementar os serviços da empresa com os recursos busi-ness-to-business da Sterling Commerce integrando os princi-pais processos de negócios. Mais de 18 mil clientes usam as ofertas da empresa de serviços de integração de software.

A organização ressalta que os cerca de 2.500 funcioná-rios da Sterling Commerce serão integradas dentro da orga-nização após a transação da compra, que está prevista para o segundo semestre de 2010.

BI brasileiro crescerá 14%, prevê IDCO IDC Brasil, especializado em inteligência de mercado,

consultoria e eventos para as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, prevê crescimento de 14% do mercado de Business Intelligence no Brasil. A expectativa foi divulgada no último dia 4 de maio no Semiannual Busi-ness Intelligence and Analytcs Applications Tracker no Brasil e América Latina.

Segundo estudo realizado pela companhia, em 2009 o setor investiu US$ 504 milhões na América Latina com a previsão de crescimento de 12%. “Só o Brasil investiu US$ 251 milhões. Isso mostra que o cenário está bastante posi-tivo e que o investimento em BI vem também de pequenas e médias empresas, o que não acontecia antes. Esperamos um crescimento no país de 14% este ano”, declara Samuel Carvalho, analista de mercado de software da IDC.

A pesquisa revelou também que a grande prioridade de investimento foi no segmento de segurança, seguido pelos sistemas de ERP. “Muitas empresas dispõem de informações organizadas, mas têm a necessidade de visualizá-las de uma forma mais dinâmica para acompanhar a evolução de diferentes dados e melhorar o controle sobre vendas, estoque e orçamento. É aí que entra a aplicação nas ferramentas de BI”, completa o analista da IDC.

De acordo com o estudo, as empresas que utilizaram soluções de Business Analytics/Intelligence conseguiram reduzir custos, melhorar processos de negócio, aumentar a retenção de clientes e colaboração de dados, reduzir tempo na ge-ração de relatórios, melhorar o gerenciamento de riscos, aumenta as vendas, identificar novas oportunidades de desen-volvimento de produtos, melhorar a governança / compliance e melhorar os níveis de estoque.

Para 2010 são esperados investimentos, principalmente, dos segmentos de finanças, manufatura, varejo, distribui-ção, governo e saúde.

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Top 5 Confira abaixo os cinco softwares mais baixados de cada plataforma durante a última semana de fevereiro no portal Superdownloads (de 20/02/2010 até 27/02/2010):

Posição atual Software Posição

AnteriorSemanas na Lista

Downloadssemanal/total

1 avast! Free Antivirus 5.0 1 289 269.76914.361.682

2 AVG Antivírus 9.0.686 2 323 223.47423.039.112

3 Avira AntiVir Personal – Antivirus Gratuito 9.0.0.15 4 152 192.9173.891.899

4 Windows Live Messenger 2009 (Build 14.0.8089.726) 3 291 186.42419.523.525

5 WinRAR 3.92 5 343 92.0669.491.399

Posição atual Software Posição

AnteriorSemanas na Lista

Downloadssemanal/total

1 Layout de Teclado Brasileiro ABNT 2 para Mac 10 20 1.88731.133

2 aMSN 0.98.1.1 5 135 1.131101.356

3 VLC Media Player 1.0.5 2 130 93680.803

4 Microsoft Messenger for Mac 7.0.2 3 135 86671.331

5 UnRar 2.2 4 97 84562.229

Posição atual Software Posição

AnteriorSemanas na Lista

Downloadssemanal/total

1 DetectVideo 0.4 Beta 1 31 2.57941.688

2 aMSN 0.98.1.1 2 260 738836.678

3 Mozilla Firefox 3.6 3 127 67094.172

4 Curso Básico do Ubuntu 8.04 8 29 58414.143

5 Wine 1.1.39 5 268 429281.596

Windows

MAC

Linux

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Page 13: Revista Inter IT - nº 10

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V o c ê n u n c a t e V e t a n t a s e g u r a n ç a p a r a c o m p r a r

n a i n t e r n e t. p r e f i r a l o j a s c o m p a g s e g u r o.

uma empresa

p ro t e j a s e u s d a d o s :P a g a m e n t o o n l i n e s e m i n f o r m a r o n ú m e r o d e c a r t ã o d e c r é d i t o a o l o j i s t a.

S e u s d a d o s s ã o i n f o r m a d o s a p e n a s a o P a g S e g u r o , u m a ú n i c a v e z , e m u m

a m b i e n t e d e t o t a l s e g u r a n ç a.

p a g a m e n t o s e g u ro :S e o p r o d u t o n ã o c h e g a r, v o c ê t e m 1 4 d i a s p a r a b l o q u e a r o p a g a m e n t o.

p a g a m e n t o p a r a q u a l q u e r o u t ro e - m a i l :R e a l i z e p a g a m e n t o s p a r a q u a l q u e r u m q u e t e n h a u m a c o n t a d e e - m a i l.

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Page 14: Revista Inter IT - nº 10

14 Inter IT | www.corpbusiness.com.br

COLUNISTA

Foi publicado no site da ANA-TEL - Agência Nacional de Te-lecomunicações - estatísticas

sobre o mercado de TVs por assi-natura, e os números são bastante consideráveis. Em janeiro de 2010, mais de 7,5 milhões de domicílios contavam com o serviço. O cres-cimento observado representa uma evolução de 18,24% em 2009. As regiões Norte e Nordeste fo-ram as que apresentaram maiores taxas de crescimento, respectiva-mente 33,94% e 24,85%.

Trago também outra informa-ção relevante. Pesquisa realizada pela Nielsen indica um crescimen-to mundial de 82% no tempo gas-to pelos internautas em redes so-ciais - Twitter, Orkut e Facebook. O tempo médio mensal saltou de 2 horas e 10 minutos em 2007 para 5 horas e 35 minutos em 2009. Im-pressiona também o número de internautas conectados, mais de 307 milhões no mundo todo.

A mesma pesquisa aponta um contingente de 31 milhões de bra-sileiros navegando nas redes so-ciais, o que nos coloca bem atrás de Estados Unidos e Japão, com 142 e 47 milhões de usuários res-pectivamente. Considerando o número de horas, estamos bem acima da média mundial com 4 horas e 33 minutos, porém atrás da Austrália com 7 horas, Estados Unidos, Inglaterra, Itália e Espanha.

A revolução das mídias digitais e TVs por assinaturaPor Marcos Morita

Os números crescentes da TV por assinatura e das redes sociais confirmam a tendência de queda da TV aberta. Em meu ponto de vista, inexorável. Conforme pes-quisa de audiência do IBOPE, a média de aparelhos ligados no horário nobre - aquele das nove-las e noticiários - caiu 56% em no-vembro na Grande São Paulo, um dos maiores recordes negativos.

Bons tempos aqueles em que os índices de audiência batiam nas alturas. Irmãos Coragem, Roque Santeiro, Vale Tudo e Se-nhora do Destino eram vistos

em milhões de lares. O capítulo final era o grande ápice. Como numa final de Copa do Mundo verde e amarela, éramos milhões torcendo contra as vilãs. Odete Roitman e Nazaré, interpretadas com maestria por Beatriz Segall e Renata Sorrah.

Vivíamos a cultura do bebe-douro, conforme apregoa Chris Andersen, jornalista do portal Wired, destinado aos amantes da tecnologia. O assunto nas segun-das-feiras estava sempre relacio-nado à programação exibida na TV aberta. Nada surpreendente,

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COLUNISTA

considerando as vastas opções existentes. Cultura, SBT, Globo, Record, Gazeta e Bandeirantes era tudo o que tínhamos.

As empresas e gerentes de marketing tinham como trabalho definir o público-alvo, selecionar os canais e programas que me-lhor se enquadravam no perfil definido e acompanhar os índices de audiência. Com quase toda certeza seu consumidor esta-ria de olho na telinha no horário marcado. Hoje o trabalho é bem maior. Seu cliente pode continuar o mesmo, mas encontrá-lo está bem mais difícil.

Neste novo cenário, definir o plano de investimentos em pu-blicidade tornou-se fundamental. Segundo estudo do jornal Meio & Mensagem, o faturamento publi-citário na Internet cresceu mais de

44% em 2008, fechando 2009 em aproximadamente 1 bilhão de reais, conforme estimativa da IAB Brasil - Interactive Advertising Bureau.

Este valor corresponde a pou-co mais de 4% do total investido em publicidade no país. A TV aberta ainda reina absoluta com 60,71%. Não me espantaria se a verba publicitária digital ultrapas-sasse as revistas, hoje na terceira colocação com 7,64%. Banda lar-ga, smartphones, venda recorde de computadores e notebooks, proliferação de LAN Houses e programas de inclusão digital corroboram a hipótese.

Esta mudança nos meios pu-blicitários e na maneira como os consumidores consomem conte-údo, trouxeram oportunidades incríveis aos pequenos e médios empresários. Excluídos do mer-

cado publicitário nos tempos de TV aberta, hoje podem competir pela atenção dos consumidores através de ferramentas como links patrocinados, banners, estra-tégias de SEO e propagandas em TVs por assinatura.

A época da cultura de massa está com seus dias contados. En-contrar pessoas que leram as mes-mas revistas ou assistiram aos mes-mos programas é tarefa cada vez mais difícil na hora do café. Que se cuidem Jornal Nacional e as nove-las arrasa quarteirões das nove.

*Marcos Morita é mestre em Administração de Empresas e pro-fessor da Universidade Mackenzie. Especialista em estratégias empre-sariais, é colunista, palestrante e consultor de negócios. Há mais de quinze anos atua como executivo em empresas multinacionais.

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TECNOLOGIA

O Gartner, instituto espe-cializado em pesquisa e aconselhamento sobre

tecnologia, destacou as principais previsões que abrangem mudan-ças no enfoque das organizações e das pessoas sobre TI para os pró-ximos anos. As principais previsões do Gartner para 2010 apontam ten-dências e eventos que mudarão a natureza dos negócios.

As previsões foram seleciona-das de diversas áreas de pesquisa do Gartner como as tendências mais urgentes e críticas. Os tópicos abordados na lista deste ano falam sobre a mudança do equilíbrio do poder e do foco em TI.

“Ao mesmo tempo em que as organizações fazem planos para percorrer a recuperação econô-mica e se preparar para o retorno do crescimento, o foco de nossas previsões para 2010 está no impac-to das mudanças críticas no equilí-brio do controle e do poder em TI. Com o maior cuidado financeiro e regulatório para todas as decisões de investimentos nesta área, pou-cas organizações não serão afeta-das”, afirma o vice-presidente do Gartner, Brian Gammage.

“Para muitas organizações, os desafios econômicos e orçamen-

tários de 2009 levaram a importan-tes mudanças na governança geral das decisões de investimentos em TI, acelerando a tendência de uma maior prestação de contas e trans-parência”, diz o vice-presidente de pesquisas do Gartner, Daryl Plummer. “Com forte ênfase em justificativas para cada negócio, os diretores financeiros (CFOs) as-sumiram um papel mais ativo. Em-bora muitas organizações tenham

entrado em 2010 preparando-se para o retorno do crescimento, é improvável que esse cuidado fi-nanceiro seja enfatizado tão logo. Para os líderes de TI, uma maior flu-ência na linguagem dos negócios tornou-se uma exigência”, comple-ta Plummer.

O objetivo das previsões do Gartner é alertar os leitores a agi-rem e se posicionarem para apro-veitar as vantagens das mudanças

Gartner destaca as principais tendências de TI para os próximos anosPrevisões abrangem ativos de TI, Facebook, transações eletrônicas, TI Verde, mobilidade e marketing pela Internet

Da Redação

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TECNOLOGIA

que se aproximam, e não serem prejudicados por elas. As princi-pais previsões do Gartner para os próximos anos são:

Até 2012, 20% das empresas não terão ativos de TI

Muitas tendências inter-relacio-nadas estão impulsionando esse movimento de reduzir os ativos de hardware de TI, tais como vir-tualização, cloud computing e profissionais usando sistemas de desktops e notebooks em redes corporativas.

A necessidade de hardware de computação, seja nos data centers ou nas mesas dos funcionários, não desaparecerá. Porém, se a pro-priedade do hardware passar para terceiros, então haverá mudanças maiores em cada faceta da indús-

tria de hardware de TI. Por exem-plo, os orçamentos empresariais de TI vão se contrair ou serão rea-locados para projetos mais estraté-gicos; a equipe de TI das empresas será reduzida ou reeducada para atender às novas exigências e/ou a distribuição do hardware terá que mudar radicalmente para aten-der às exigências dos novos pon-tos de compra de hardware de TI.

Até 2012, as companhias de ser-viços de TI centralizadas na Índia vão representar 20% dos principais agregadores em nuvens do mer-cado (por meio de ofertas de ser-viços em nuvem)

O Gartner vê as companhias de serviços de TI centralizadas na Índia alavancando as posições de mercado e os níveis de confiança estabelecidos para explorar mo-

delos de crescimento de receitas não lineares (que não estão dire-tamente correlacionados ao cres-cimento baseado no trabalho) e trabalhando com esforços de pes-quisa & desenvolvimento (P&D) de interesse, especialmente na área de computação em nuvem. O tra-balho coletivo dos fornecedores centralizados na Índia represen-ta um segmento importante dos agregadores em nuvens do mer-cado, que oferecerão opções de terceirização que viabilizem nu-vens (também conhecidos como cloud services).

Até 2012, o Facebook vai se tor-nar o hub para integração de redes sociais e socialização Web

Por meio do Facebook Connect e outros mecanismos similares, o

Facebook vai dar suporte e terá um papel fundamental no desenvolvi-mento da web social distribuída e interoperável. Na medida em que o Facebook continua a crescer e a superar outras redes sociais, essa interoperabilidade vai se tornar crí-tica para o sucesso e a sobrevivên-cia de outras redes sociais, canais de comunicação e sites de mídia.

Outras redes sociais (incluindo o Twitter) vão continuar a evoluir, buscando maior adoção e espe-cialização com áreas de comunica-ção e conteúdo, mas o Facebook representará um denominador co-mum a todas elas.

Até 2014, a maioria dos cases de negócios de TI vai incluir os custos da correção do carbono

Hoje, a vitalização dos servido-res e o gerenciamento da energia

dos desktops demonstram econo-mias substanciais nos custos com energia e essas economias podem ajudar a justificar os projetos. A in-corporação dos custos do carbo-no nos negócios fornece mais uma medida das economias e prepara a organização para um maior exa-me do seu impacto de carbono.

As pressões econômicas e po-líticas para demonstrar responsa-bilidade pelas emissões de dió-xido de carbono vão forçar mais empresas a quantificar os custos do carbono nos negócios. Os for-necedores terão que fornecer es-tatísticas sobre o ciclo de vida do carbono para seus produtos ou encarar a erosão de sua participa-ção no mercado. A incorporação dos custos do carbono nos negó-cios vai apenas acelerar levemente os ciclos de substituição. Uma es-timativa razoável para o custo do carbono em operações típicas de TI seria um ou dois pontos porcen-tuais dos custos gerais. Portanto, a prestação de contas sobre o car-bono vai, provavelmente, alterar o market share, mas não o tamanho do mercado.

Em 2012, 60% das emissões de gases estufa na vida total dos PCs terão ocorrido antes que o usuário ligue a máquina pela primeira vez

O progresso no sentido de re-duzir a energia necessária para montar um PC tem sido lento. Por todo o seu ciclo de vida, um PC tí-pico consome dez vezes seu pró-prio peso em combustíveis fósseis, mas cerca de 80% do uso energéti-co total de um PC ocorre durante a produção e o transporte.

A maior consciência entre os compradores e aqueles que in-fluenciam a compra, a maior pres-são dos rótulos ecológicos (eco-labels), as crescentes pressões de custo e a pressão social alertaram a indústria de TI para o problema das emissões de gases estufa. Agora, os pedidos de oferta (RFPs) bus-cam critérios relacionados ao am-biente nos produtos e nos fornece-dores. A consciência ambiental e a

“O foco de nossas previsões para 2010 está no impacto das mudanças críticas no equilíbrio do controle e do poder em TI”

(Brian Gammage)

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TECNOLOGIA

pressão legislativa vão aumentar o reconhecimento das emissões de dióxido de carbono na produção e nas atividades de uso. Os pro-vedores de tecnologias devem prever que lhes será solicitado que forneçam dados sobre as emis-sões de dióxido de carbono para um número crescente de clientes.

O marketing via Internet será re-gulamentado até 2015, controlando mais de US$250 bilhões em gastos mundialmente

Apesar dos esforços interna-cionais para eliminar “spams”, as “sujeiras” de marketing são abun-dantes em todos os canais de marketing. A pressão por uma maior prestação de contas signifi-ca que a reação de consumidores incomodados vai provavelmente direcionar a legislação para regu-lamentar o marketing pela inter-net. As companhias que focam a internet primariamente com obje-tivos de marketing deverão se ver impossibilitadas de comercializar com os clientes de forma eficaz, colocando-se em desvantagem competitiva quando as novas leis entrarem em vigor. Apesar do alto crescimento, os fornecedores que concentram-se unicamente e ven-dem predominantemente solu-ções de marketing via internet vão se defrontar com um mercado em declínio, pois as companhias vão dirigir os fundos de marketing a outros canais para compensar.

Até 2014, mais de 3 bilhões de pessoas poderão efetuar transa-ções eletronicamente via tecnolo-gia de celulares ou internet

As economias emergentes ve-rão rapidamente o crescimento da adoção de celulares e da in-ternet até 2014. Ao mesmo tempo, os progressos nos pagamentos, comércio e operações bancárias via dispositivos móveis estão facili-tando as transações eletrônicas via celular ou Internet no PC. A combi-nação dessas duas tendências cria uma situação na qual uma maioria significativa da população adulta do mundo vai poder efetuar tran-

sações eletrônicas até 2014. A pesquisa do Gartner prevê

que, até 2014, haverá uma taxa de penetração de dispositivos móveis de 90% e 6,5 bilhões de conexões móveis. A penetração não será uniforme, pois continentes como a Ásia (excluindo-se o Japão) ve-rão uma penetração de 68% e a África, 56%. Embora nem todas as pessoas que tenham um celular ou acesso à internet vão efetuar tran-sações eletrônicas, cada uma delas poderá fazer isso. As transações em dinheiro continuarão a ser do-minantes nos mercados emergen-tes até 2014, mas as bases para as transações eletrônicas estão em andamento para a maioria do mun-do adulto.

Até 2015, o contexto será tão in-fluente para os serviços móveis de consumo e relacionamento quanto os mecanismos de busca são para a web

Enquanto a busca fornece a “chave” para organizar informa-ções e serviços para a web, o con-texto será a “chave” para oferecer experiências personalizadas por meio de smartphones ou qualquer interação que um usuário final te-nha com a tecnologia da informa-ção. Os sistemas de busca são cen-trados na criação de conteúdo que chame a atenção e possa ser anali-sado. O contexto vai se concentrar em padrões de observação, parti-cularmente a localização, presença e interações sociais. Além disso, embora a busca tenha sido basea-da em um conjunto de informações da web, os serviços enriquecidos com contexto vão, em muitos ca-sos, pré-propagar ou extrair infor-mações para os usuários.

A posição mais poderosa no modelo de negócios de contexto será a de um provedor de contex-to. Provedores de Web, dispositi-vos, plataformas sociais, serviços de telecomunicação, fornecedores de software e fornecedores de in-fraestruturas de comunicação vão competir para se tornarem prove-dores de contextos significativos nos próximos três anos. Qualquer fornecedor da web que não se torne um provedor de contexto arrisca-se a ceder a propriedade efetiva do cliente a outro provedor de contexto, que vai impactar os negócios clássicos e móveis dos fornecedores.

Até 2013, os telefones celulares vão ultrapassar os PCs como dis-positivo mais comum para acesso à web

De acordo com as estimativas do Gartner, o número total de PCs em uso chegará a 1,78 bilhão de unida-des em 2013. Até 2013, a base insta-lada combinada de smartphones e telefones equipados com navega-dores vai ultrapassar 1,82 bilhão de unidades e, dali em diante, será maior do que a base instalada de PCs.

Tipicamente, os usuários de dis-positivos móveis estão prepara-dos para dar menos cliques em um site web do que os usuários que acessam em um PC. Embora um número crescente de sites e aplica-ções baseadas na web ofereça su-porte para dispositivos móveis pe-quenos, muitos ainda não o fazem. Os sites que não forem otimizados para formatos de tela menores vão se tornar uma barreira de mercado para seus proprietários - muito con-teúdo e muitos sites terão que ser reformatados/reconstruídos.

Até 2014, haverá uma taxa de penetração de dispositivos

móveis de 90% e 6,5 bilhões de conexões móveis

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COLUNISTA

Para, de fato, conseguirmos construir no Brasil um setor de Tecnologia de Informação for-

te e respeitado, há diversos aspec-tos que precisam ser trabalhados e debatidos. No entanto, além da falta de um planejamento estraté-gico, benefícios fiscais e de capa-citação de mão-de-obra, novos obstáculos surgem para atrapalhar ainda mais a caminhada das em-presas do setor.

Apenas para contextualizar, é importante sempre ressaltar que o setor de TI no Brasil é formado basicamente por pequenas em-presas. Temos casos de grandes companhias, reconhecidas interna-cionalmente. No entanto, a grande maioria é formada por pequenos empresários. De acordo com os últimos dados disponíveis, a indús-tria brasileira de software e servi-ços de TI reúne mais de 67 mil em-presas. Deste total, quase 85% são de pequeno porte.

Se não bastasse a elevada carga tributária, recentemente, os avan-ços de propostas relacionadas à legislação trabalhista têm tirado o sono de muitos destes empresá-rios. Os principais pontos de aten-ção são a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, com o aumento do valor da hora extra, e o projeto de lei de terceirização.

Especificamente na área de desenvolvimento de software e suporte, sabemos que a maioria das empresas opta pela terceiriza-ção de serviços. O chamado out-sourcing é uma prática comum e constante no setor. No entanto, se

Por Roberto Carlos Mayer

Novos obstáculos ao setor de TI

aprovado, o projeto de lei poderá decretar o fim a toda esta cadeia.

O principal ponto de atenção com relação ao projeto diz res-peito à transferência de respon-sabilidades trabalhistas. Hoje, ao terceirizar, as empresas tomadoras transferem toda a responsabilida-de fiscal para a empresa prestado-ra do serviço. Se aprovado, porém, o projeto de lei abre a possibilida-de de o funcionário, ou consultor de uma empresa prestadora de serviço, questionar na justiça o pa-gamento de encargos trabalhistas à empresa contratante do serviço.

Neste novo cenário, questiona-se: porque uma empresa irá ter-ceirizar um serviço se, a qualquer momento, pode sofrer um proces-so de um funcionário da empresa prestadora? A solução será sim-plesmente desenvolver todas as atividades localmente, evitando ao máximo a terceirização.

O projeto também prevê cláusu-las que permitem ao tomador do serviço contratar os colaboradores da empresa terceira a qualquer tempo, sem dar nenhuma satisfa-ção, independente de quem tenha realizado a formação e qualifica-ção deste profissional.

Se não bastasse, além disso, é preciso ressaltar a forma como foi elaborado o projeto de lei. A pro-posta foi debatida às portas fecha-das, pelo MTE e sindicatos, sem re-presentação do setor empresarial. A ausência de entidades empresa-riais numa tomada de decisão rele-vante às relações de emprego no País é, sem dúvida, questionável.

Mudanças nas leis trabalhistas e regulamentação de atividades não contempladas pela legislação atu-al são extremamente necessárias, principalmente com foco na deso-neração da folha de pagamento.

O setor de TI brasileiro tem tudo para conquistar um lugar de desta-que mundialmente. Porém, mudan-ças como estas apenas inviabilizam qualquer tipo de investimento e re-duzem cada vez mais a nossa com-petitividade frente a outros países. Se o projeto for aprovado sem res-salvas, mais uma vez, os obstáculos farão com o que o Brasil fique um passo atrás de países como Índia, Rússia e China, onde o outsourcing gera emprego, desenvolvimento e renda.

* Roberto Carlos Mayer é pre-sidente da Assespro-SP e diretor da MBI

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EVENTOS

Mobilidade a toda prova3ª Edição do Congresso Mobile Intelligence 2.0, realizado pela CorpBus!ness, conta com grandes empresas de diversos setores para discutir e apresentar cases de aplicação dos avanços das tecnologias móveis em favor do crescimento de seus negócios.

Por Danilo Pádua / Fotos: André Pera – Divulgação CorpBus!ness

A banda larga móvel de ter-ceira geração, conhecida também como 3G, já conta

com mais de xx milhões de usuá-rios em todo o mundo. Somente na América Latina são cerca de 19 milhões de usuários, desse total 11,9 milhões (62,6%) estão somente no Brasil.

Muitos países já têm mais aces-

sos à internet – tanto via dispositi-vos móveis como em PCs – através destas conexões sem fio do que pela tradicional banda larga fixa. Esse avanço considerável tem sido possível, principalmente, por dois fatores: a popularização dos dispo-sitivos móveis capazes de aprovei-tar na totalidade as possibilidades oferecidas pelas redes 3G, como

os smartphones, e a própria melho-ria das redes de terceira geração que, com a grande demanda de usuários – tanto os insatisfeitos com as redes cabeadas como os que se-quer possuem acesso à elas –, se vi-ram “obrigadas” a passar por uma rápida expansão que dificilmente estava prevista pelas operadoras.

Some-se ao crescimento expo-

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EVENTOS

nencial da banda larga 3G os de-mais serviços de dados que – até então – eram predominantes no mercado de telefonia celular: SMS, MMS, Bluetooth, Wi-Fi, geolocali-zação, redes EDGE, CDMA, WAP e GSM. Na realidade, muitos desses serviços e conexões ainda predo-minam em diversas regiões, tanto no Brasil quanto na América Latina. Além deles, podemos colocar nes-sa conta dos serviços móveis, outro que também não é tão recente: a TV Digital. Veja aí a quantidade de possibilidades e canais para se che-gar ao usuário de um telefone celu-lar, artigo que hoje é praticamente um item de primeira necessidade na vida das pessoas, mesmo em países com economias pequenas e/ou frágeis (como grande parte da América Latina) ou emergentes como o Brasil. Essa conta também se aplica aos sofisticados smar-tphones e outros handsets cada vez mais presentes na vida – pessoal ou profissional – das pessoas.

Essa tendência de múltiplos ca-nais e convergência foi notada há um certo tempo pelos fabricantes dos dispositivos, bem antes das próprias responsáveis por estas redes e tecnologias, as operado-ras. O que começou e foi testado com recursos multimídia como câ-mera fotográfica, Bluetooth, víde-os, rádio e o MP3 (que hoje já são praticamente recursos padrão em aparelhos celulares medianos), foi popularizado e descobriu-se uma grande demanda dos usuários não somente pelos tradicionais servi-ços de comunicação – voz e men-sagens de texto –, mas também por conteúdo.

No início do ano, a consulto-ria norte-americana ABI Research - Business Mobility Market Data, divulgou um estudo, dizendo que o faturamento das empresas do segmento “Mobile Content” deve crescer 17% em 2010. Até 2014, a consultoria prevê um crescimento anual de 12% neste segmento.

Dentre os serviços móveis ofe-recidos aos usuários de celulares,

os cinco de maior penetração são:1. Mensagens (SMS, MMS, E-mail, Mensagens Instantânea);2. Entretenimento (Música, Ringto-ne, Imagens, Jogos, TV e Vídeo);3. Acesso à internet e banda larga;4. Redes Sociais;5. Marketing (propaganda via SMS) e Adverstising.

No Brasil, finalizamos o ano pas-sado com mais de 170 milhões de aparelhos celulares e um cresci-mento médio na casa dos 20 mi-lhões de novos aparelhos entran-do em circulação a cada ano.

Em 2009, o mercado de celula-res teve um crescimento bastante significativo em toda a região da América Latina, principalmente após a chegada maciça de novos modelos mais avançados, com-pletos e “inteligentes”. Um bom exemplo disso é o iPhone que, embora tenha sido lançado em 2007, chegou à “parte de baixo” da América em 2008, ainda com preços proibitivos e, com o pas-sar do tempo, ficou mais acessível à realidade econômica da região onde também se transformou em uma verdadeira coqueluche, como já fora na maior parte do planeta. A evolução para o modelo 3G do aparelho, lançado no decorrer de 2008 e que aqui aportou mais efe-tivamente em 2009, também cola-borou para a popularização dos celulares inteligentes em toda a re-gião. Até então, somente os smar-tphones BlackBerry – da fabricante canadense Research In Motion – tinham números considerados representativos no País, ainda as-sim fechados em um único nicho: o corporativo. A finlandesa Nokia, líder mundial em celulares e smar-tphones, com seus modelos para todos os gostos e bolsos também merece ser lembrada como parte desse “boom”, embora – em meu ponto de vista – o aparelho da Ap-ple seja a principal causa da “febre dos smartphones.

Até agora falamos somente dos aparelhos e das tecnologias, mas e as operadoras das redes de dados

das quais esses poderosos e cada vez menores dispositivos farão uso, onde ficam? As teles já se en-contraram dentro dessa realidade e vem cada vez mais oferecendo conteúdos e aplicações capazes de fazer uso da transmissão móvel de dados, como uma navegação na internet mais parecida com a tradicional nos computadores, e-mail, games, vídeochamadas, GPS, redes sociais, mobile marketing, entre outros; voltados tanto para o segmento profissional/corporativo quanto para o usuário final.

As redes sociais, aliás, são outro capítulo à parte no crescimento dos serviços de dados móveis em todo o mundo. Serviços de mensa-gens têm sido cada vez mais uma forma fundamental de interação entre os usuários de blogs pesso-ais e redes como Facebook, MyS-pace e Twitter, entre outros. Essa abordagem foi muito bem sucedi-da nos EUA, onde as operadoras têm comercializado serviços de mensagens (SMS e MMS) como um canal em suas ofertas para as redes sociais. Como resultado, o tráfego de mensagens por usuário nos EUA é duas vezes superior à média global.

Já a receita com banda larga mó-vel será maior na América do Norte entre 2010 e 2014, mas o mercado crescerá, principalmente na Europa Oriental e no Oriente Médio, alcan-çando 27% e 26% do segmento em 2014, respectivamente. O setor de download de aplicativos deve crescer principalmente na Ásia. Até 2014, a maior parte da renda média por usuário virá da Europa Ociden-tal e da Ásia.

O cenário é absolutamente pro-pício, algumas empresas já veem essas oportunidades em torno dos serviços móveis como uma fonte de potencial crescimento para seus negócios. Desde 2008, a CorpBus!ness realiza o congresso Mobile Intelligence 2.0 que, nessa sua 3ª edição, em 2010, colocou em pauta temas como as oportunida-des de negócios em cima das co-

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municações e serviços móveis, as dificuldades e problemas de segu-rança ainda enfrentados nas redes e dispositivos móveis, a publicida-de móvel, o cenário e as tendên-cias para as aplicações móveis, o mercado de SVAs, cases de suces-so de empresas que já apostaram e ganharam bastante apostando no mobile.

A edição de 2010 do Mobile In-telligence 2.0, realizada no último mês de março, contou com o pa-trocínio de empresas como o UOL PagSeguro, o portal e provedor de internet iG, a desenvolvedora de sistemas e aplicações móveis Busi-ness Mobile e a Blue Bits, empresa de mobile marketing. O congresso também contou com o apoio do site MobilePedia, da Acate, Abe-prest e da IAB Brasil.

O congresso contou com a pre-sença de 100 participantes, e reuniu apresentações, cases e palestras com executivos de alto nível de empresas como iG, Alcatel-Lucent, Nielsen, Sabesp, Ericsson, PagSe-guro, Cyrela, Media Contacts, F.Biz, Mobext e Oi.

Após um café de boas-vindas a palestrantes e congressistas, o evento teve início com a introdu-ção do Presidente de Mesa Ri-cardo Ferro, Gerente de Mobile do iG, que foi o responsável pela mediação dos debates realizados entre os painéis apresentados na parte da manhã.

A primeira apresentação foi de Thiago Moreira, Gerente Geral de Produtos para América Latina da Nielsen Telecom Practice Group, que falou do mercado de Telecom móvel, e iniciou seu painel falando de aspectos da realidade econô-mica no Brasil, principalmente em relação à crise financeira global, onde uma pesquisa apontou que 64% dos consumidores brasileiros não acreditavam que o país estava e recessão, além de indicar que 43% dos brasileiros planejavam in-vestir em novas tecnologias assim que superado definitivamente o período da crise. Outro número in-

teressante indicado pelo executivo foi uma pesquisa apontando que 71% dos brasileiros desejam cortar seus gastos com telefonia.

Em seguida, Moreira falou do mercado de Telecom brasileiro e global, citando os mais de 173 mi-lhões de celulares que existiam no País ao final de 2009 e o potencial de crescimento dos serviços mó-veis em regiões onde ainda não é tão concentrado, como o nordes-te brasileiro. Thiago mostrou uma pesquisa da Nielsen apontando a intenção dos usuários brasileiros de trocar de celular nos próximos meses, com média entre 35% e 45% de pessoas que desejavam ou já iriam comprar um novo apa-relho em 2010. Entre os que deseja-vam ou iriam trocar de operadora em 2010, uma média perto dos 15% em ambos, com destaque para a cidade de Porto Alegre, com 21% de usuários que desejavam mudar de operadora e 18% que já haviam decidido realizar a troca. Outro as-pecto que mereceu destaque na apresentação foi onde o mesmo estudo apontou as razões para escolha da operadora móvel, a principal – como era de se esperar – era o preço (44%), e a segunda, qualidade da rede (22%); à frente até das promoções (11%).

Thiago finalizou sua apresenta-ção falando do mercado de smar-tphones no Brasil, as principais features (câmera, geolocalização, MP3, TV, rádio, entre outros) dese-jadas nos aparelhos que os brasi-leiros planejavam adquirir, e uma comparação com os objetos de desejo dos mexicanos, segundo maior mercado de smartphones da América Latina, atrás ainda, mas já ganhando terreno e se aproxi-mando do Brasil, com 24,4% contra 30,9% dos aparelhos da região.

A segunda apresentação do dia foi de Paulo Perez, da área de Soluções de Segurança da Alcatel-Lucent, que falou sobre as dificul-dades e problemas de segurança ainda enfrentados nas redes e dis-positivos móveis. Paulo mostrou o

atual cenário dos dispositivos mó-veis em relação à segurança, com o crescimento do número de acessos 3G sobre as demais tecnologias de banda larga e a expectativa em torno do crescimento das tentati-vas e ciber-ataques aos dispositi-vos móveis, em função do grande volume de dados trafegados via smartphones, celulares e outros dispositivos móveis. Em seguida, Paulo Perez apontou quais eram as principais ameaças potenciais aos dispositivos móveis e o cres-cente número de novas ameaças que foram descobertas nos meses anteriores. Ameaças como vírus, worms, spywares, cavalos de troia, ataques diretos remotos ou com acesso direto aos dados do apare-lho, interceptação de informações trafegadas e o roubo de dados de autenticação por hackers.

Na sequência, Perez demonstrou exemplos de como essas ameaças já estão presentes em dispositivos populares como o iPhone e os smartphones Android, e finalizou o painel sobre segurança indicando os principais passos que devem ser seguidos pelos usuários para protegerem seus dados – tanto tra-fegados quanto os guardados em seus handsets – como não manter senhas armazenadas nos próprios dispositivos, não confiar somen-te nas proteções oferecidas pelas redes e sites e, principalmente, a criptografia das informações arma-zenadas e trafegadas, deixando-as acessíveis somente através de se-nha e recomendou o uso, também, de algumas das aplicações de an-tivírus disponíveis também nos dis-positivos móveis.

Em seguida foi a vez de Tiago Pereira, executivo da Ericsson, que falou sobre os cenários, atual e fu-turo, da banda larga móvel, suas tendências, novos mercados e apli-cações. Tiago indicou que – com o crescimento da tecnologia 3G, a popularização de dispositivos mais sofisticados e aplicações de comu-nicação, como Skype e as redes so-ciais – uma boa porcentagem dos

EVENTOS

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serviços de comunicação no Brasil, em 2014, serão feitos através de dis-positivos móveis. O executivo falou sobre a perspectiva da migração da popularidade de serviços de co-municação como SMS e MMS para aplicações de comunicação que façam uso da internet móvel. A in-fluência da web 2.0 na relação entre empresas e consumidores também foi apontada como fator de mudan-ça desse panorama.

Pereira finalizou o painel indi-cando qual vem sendo a atuação das operadoras dentro dessa nova perspectiva de realidade de mer-cado, onde elas estão tentando se transformar na “Nova Internet”, oferecendo aos consumidores es-colhas ilimitadas de plataformas e dispositivos com conteúdo agnós-tico (o mesmo conteúdo capaz de ser visto/utilizado em diferentes dispositivos e plataformas), aplica-ções e serviços.

Após uma pausa para o café e network profissional, o Mobile Intelligence 2.0 continuou com a apresentação de dois cases de Sabesp e Cyrela, empresas que apostaram e melhoraram conside-ravelmente a eficiência de algumas áreas de seus negócios com o uso inteligente de aplicações móveis.

O primeiro a se apresentar foi Wagner Manzatto, Coordenador do Projeto Siges (Sistema de Ges-

tão de Serviços de Campo) da Sabesp, contando como foi que a empresa aplicou a mobilidade em suas atividades de operação de campo; automatizando, padro-nizando e tornando mais ágeis os processos com a integração de seus sistemas aos PDAs dos técni-cos atuando em campo.

Em seguida foi a vez da execu-tiva Sandra Regina, da incorpora-dora Cyrela, que apresentou como foi a implantação do Sistema de Automação da Assistência Técnica na empresa através do uso de dis-positivos móveis.

Anteriormente, na Cyrela, quan-do havia alguma reclamação de um cliente quanto a problemas em seu imóvel, todo o processo de agendamento e realização de vistorias, além indicação dos pro-blemas encontrados aos respon-sáveis por sua resolução era feito manualmente, anotado em uma ficha de vistoria em um processo que poderia levar algumas sema-nas para ser somente registrado no sistema da empresa para que fossem tomadas as devidas atitu-des. “O controle do andamento do chamado bem como a baixa da vistoria eram feitos apenas uma vez por semana, o que dificultava o acompanhamento da ocorrência junto ao cliente”. “A morosidade dos processos de vistoria impac-

tava os negócios da empresa, que não sabia seu estágio de produ-ção, administração de problemas etc.”, afirmou Sandra.

Após indicar os gaps existentes no padrão que existia dentro da empresa, Sandra mostrou como fi-cou a situação após a implantação da automatização desse processo, onde os chamados técnicos rece-bidos pelo call center da empresa são agendados já no momento da ligação, após consulta da agenda do encarregado pelo empreendi-mento que – em seguida – consul-ta sua agenda de vistorias em um Pocket PC com cobertura 2G ou 3G, realiza a vistoria junto ao clien-te e atualiza e dá baixa na ficha de vistoria com os problemas efetiva-mente encontrados; ficha essa que, com os problemas devidamente registrados, o próprio encarrega-do já indica as medidas corretivas a serem adotadas que são passa-das – imediatamente – via sistema do Pocket para os responsáveis pela solução, e à medida que são resolvidas já é feita sua respectiva baixa em sistema até o término da ação e o encerramento da ordem de serviço que foi gerada pelo en-carregado na vistoria.

Sandra indicou o ganho expres-sivo de produtividade, qualidade da informação e satisfação dos clientes obtido através da adoção desse sistema legado na Cyrela. E finalizou apresentando o funciona-mento do sistema e contando que esse atual sistema permite que se-jam realizadas reuniões semanais com o intuito de melhorar os indi-cadores de Utilização (horas traba-lhadas/disponibilidade), Eficiência (Horas estimadas x trabalhadas), Produtividade (horas estimadas/trabalhadas) através das informa-ções do Sistema de Automação.

A última apresentação da ma-nhã foi comandada por Fernando Carril, Gerente do UOL Celular – UOL PagSeguro, que apresentou um pouco da estratégia adotada pelo portal, desde 2000, para mo-bile, que até 2006 foi basicamente

EVENTOS

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a mesma e passou por uma grande melhora em 2007, com maior foco e segmentação, adaptação da vi-sualização do portal conforme a tela/modelo do celular ou smar-tphone onde ele estiver sendo vi-sualizado. Com o portal UOL para celulares “relançado” no mercado, a visão de negócio no segmento foi ampliada, “levar o UOL para além do computador” era o intui-to do portal, que foi o primeiro do País a atuar com publicidade e links patrocinados nos celulares. Carril indicou como foi o processo de adaptação do site, da internet tra-dicional para os celulares, e os cui-dados que as empresas precisam tomar na escolha da tecnologia uti-lizada ao adotar esse caminho.

Fernando mostrou as vantagens de ter o portal também nos celu-lares, citando o caso do apagão energético de 2009, quando a au-diência do portal mobile do UOL cresceu 14 vezes durante o perío-do em que o País ficou às escuras.

Carril seguiu sua apresentação mostrando as soluções adotadas pelo UOL para a publicidade na conversão do portal para os dispo-sitivos móveis, com banners em di-ferentes formatos – também levan-do em conta a tela do celular onde está sendo visualizado, a adoção do marketing de campanhas atra-vés do envio de SMS para os usu-ários do site e o sistema clique e ligue (click-to-call), onde o cliente pode comprar o produto/serviço anunciado com apenas uma cha-mada telefônica, realizada dire-tamente através de um botão no anúncio. O click-to-call é utilizado principalmente pelos anunciantes do segmento de varejo e serviços. Os últimos pontos destacados na apresentação de Fernando Carril foram as versões especiais do site criadas para iPhone e BlackBerry, os sistemas Omniture, da Adobe, e Doubleclick, do Google, adota-dos pelo UOL como métricas para a publicidade online nos celulares, os hotsites mobile criados espe-cialmente para grandes eventos,

como a Copa e as Olimpíadas e indicou aqueles que o portal acre-dita serem os grandes desafios e oportunidades para expansão no segmento em 2010: os tablets, prin-cipalmente o iPad, da Apple.

Após a volta do almoço foi a vez de Marcelo Castelo, sócio diretor da agência de marketing digital F.Biz e fundador do portal Mobi-lePedia comandar os debates e apresentações do segmento da tarde. O primeiro painel “Os De-safios das Agências Digitais Sobre o Mobile Marketing”, trouxe três cases de sucesso em Mobile Ma-rketing: Oi, TIM e Citröen.

O primeiro case foi da opera-dora Oi, apresentado por Sérgio Messiano, Gerente de Interativi-dades. Messiano trouxe a pauta o modo como uma empresa do porte da Oi deve focar no Mobi-le Marketing para obter sucesso. Tópicos como: “O cenário Inter-nacional justifica foco em Mobile Marketing?”, “O cenário nacional é favorável?”, “Definição do “eco-sistema” que viabiliza o desenvol-vimento sustentável”, “O posicio-namento da Oi em 2010” e “Como 2010 pode ser decisivo para o su-cesso de 2011” nortearam a agen-da da apresentação. Sérgio mos-trou diversos exemplos de como grandes empresas globais estão focando suas estratégias no Mo-

bile, principalmente na questão da publicidade, como o Google e a Apple, que – em 2009 – adquiriram companhias do segmento: AdMob e Quattro Wireless, respectivamen-te. Citou também, como exemplos, ações como aplicativos com pu-blicidade embutida e campanhas que misturam o celular a outras mí-dias, como a realidade aumentada ou QR Codes em mídias impressas complementando ações a serem visualizadas nos celulares.

Falando do cenário nacional, Sérgio explicou que o negócio é relativamente novo no País, está em expansão e encontra as dificul-dades normais para todo processo que ainda não está totalmente esta-belecido. Questões como a falta de padronização, sem definições con-cretas, o Mobile Marketing acaba sendo visto como algo totalmente customizável, principalmente por parte das operadoras. Outros pon-tos de dificuldade citados estão re-lacionados às dificuldades com re-gulamentação, com órgãos como a Anatel e o Ministério Público que-rendo controlar esse mercado com legislação específica. As métricas, ainda em estágio de definição tam-bém foram abordadas.

Após questionar os presentes sobre quais seriam as pessoas/empresas que – de fato – estariam lucrando com o Mobile Marketing

EVENTOS

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no Brasil, Sérgio falou sobre o po-sicionamento da Oi em relação ao tema e suas perspectivas de cresci-mento do segmento dentro do ne-gócio da operadora nos próximos anos. Messiano indicou que o Mo-bile Marketing tem enorme poten-cial de crescimento no Brasil, com a base de celulares aumentando mês a mês, o cenário econômico inter-no favorável, o apoio que grandes anunciantes do País já têm dado ao Mobile, e o, já bom, número de usuários de internet móvel e MMS; além do crescimento dos smar-tphones e do iPhone no País.

Para Sérgio, os players do setor, mesmo diante desse cenário fa-vorável, ainda não se localizaram corretamente dentro do negócio, o que é normal dentro de um ce-nário em definição, mas que talvez venha impedindo que o mercado deslanche de vez, e colocou como pontos fundamentais para que essa situação mude a necessida-de do trabalho conjunto, para que cada empresa saiba exatamente qual seu papel dentro da cadeia de valor, facilitando a tarefa de tra-zer seus clientes cada vez mais às mãos do seu público alvo.

Em seguida foi a vez de Fernan-da Magalhães, da agência Mobext, apresentar o case da campanha de dia dos pais da operadora TIM, cliente da agência, desenvolvido em parceria com a McCannErick-son e que teve grande repercus-são internacional, conquistando, inclusive, premiações no exterior. Fernanda mostrou os “bastidores” da criação da campanha, apresen-tou as questões que foram discu-tidas no processo, como os pa-drões tecnológicos a adotar, range de público a ser atingido (somen-te clientes da operadora ou não), mecânicas de aplicação da cam-panha, terceirização ou não da criação e produção da campanha, entre outras. Na sequência apre-sentou um pouco da estratégia que foi adotada, a convergência de mídias (internet, TV etc.) adota-das na divulgação da ação e o re-

EVENTOS

sultado final que foi obtido com a campanha já pronta, onde os filhos indicavam no hotsite da campanha o número do telefone de seus pais que recebiam um SMS com a men-sagem sobre o “presente” que eles receberam através da opera-dora, que podia ser um vídeo, uma imagem ou um ringtone – que foi a preferência de escolha da grande maioria, com 65% dos downloads realizados. Em 28 dias de ação, fo-ram enviados quase 10 mil “presen-tes” aos pais.

O último case do painel foi da Citröen, sobre a ação de lança-mento do modelo C4 Hatch, apre-sentado por André Felix, diretor da Media Contacts, agência especia-lizada em mídias digitais, que ini-ciou a apresentação falando sobre os números do setor de Mobile Marketing, citou que o Mobile é a “terceira tela”, após a TV e a inter-net, e apresentou os resultados da campanha, com o retorno obtido pela ação em números.

Após os três cases, teve início a última apresentação do evento, comandada por Melissa Beltrão, responsável por soluções móveis no Yahoo! Brasil. Melissa iniciou co-mentando muitos números do mer-cado que já tinham sido discutidos durante todo o dia, confirmando a força real da tendência de cresci-mento ainda maior do mobile no Brasil, como o número expressivo de celulares com capacidade de acesso à internet e que ainda são pouco ou não são utilizados para essa finalidade; a disparidade exis-tente entre a participação da voz e a de serviços de valor agregado (VAS) na receita das operadoras. Mostrou os números da penetra-ção da banda larga móvel no País, a crescente presença dos smar-tphones e celulares 3G no Brasil e contou que hoje o celular já é considerado o segundo item mais importante no dia a dia dos bra-sileiros, perdendo apenas para a televisão e à frente de PC e rádio. Após “situar” os presentes sobre o cenário brasileiro de mobile, Me-

lissa apresentou as três pontas do ciclo de mercado, que conta com o acesso (planos de dados, 3G), o crescimento dos smartphones e a produção, personalização e loca-lização do conteúdo, que é justa-mente onde entra o Yahoo!.

De acordo com ela, a versão móvel do portal/buscador teve crescimento superior a 200% entre 2008 e 2009, muito disso impulsio-nado pelos smartphones (desta-que para o iPhone), responsáveis por mais da metade do volume de tráfego do site. Em seguida ela detalhou um pouco da estratégia adotada, com a segmentação de serviços (e-mail, buscas, notícias por tema de interesse), formata-ção específica para o sistema de buscas através do portal mobile, de acordo com grupos de temas mais buscados apresentados den-tro dos termos utilizados na busca, estratégias de distribuição – onde o portal é a ferramenta de buscas exclusiva das duas principais ope-radoras do País – e o uso de ferra-mentas para o Mobile Advertising como o click2call, click2mail e o cli-ck2AppStore.

A parte final da apresentação de Melissa foi dedicada ao resumo de alguns cases de ações de Mobile Marketing realizadas pelo Yahoo! com seus anunciantes, como uma campanha regional da América do Sul, realizada em quatro países, para o lançamento do filme Anjos & Demônios, da Sony Pictures; e o lançamento do aplicativo para iPhone do Seguro Auto do Banco do Brasil, onde um hotsite do ser-viço disponível para outros mode-los de celular emulava a aparência e algumas funções do App para o celular da Apple.

O encerramento do evento foi marcado pelos comentários e observações dos congressistas presentes, muito satisfeitos e elo-giando o conteúdo apresentado e discutido durante todo o dia de pa-lestras, além do network e troca de contatos, tão tradicional em even-tos com esse nível de profissionais.

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COLUNISTA

Em um mundo globalizado, altamente tecnológico e pós-moderno, a informação para a

tomada de decisão é um dos mais valiosos bens que se pode ter. E não é à toa. É ela que subsidia e orienta o processo decisório, dis-sipa incertezas, contribui para atua-ções mais criativas, aumenta a pro-dutividade, reduz custos e riscos, aponta oportunidades, capacita a empresa a trabalhar com altos ní-veis de qualidade.

E é aí que mora o problema. Com a evolução tecnológica, o volume crescente de dados que chegam por sistemas de informa-ção como ERPs e CRMs, por e-mail, redes sociais, feeds, mídias convencionais, newsletter etc. é incrivelmente grande e a esmaga-dora maioria dos profissionais e executivos não consegue ler tudo e filtrar o que é importante para o seu negócio.

Tanta informação disponível torna-se desinformação. Em meio a tantos dados, perdemos tempo e ainda corremos o risco de não encontrar o que precisamos. Sabe-mos que o excesso de informação se torna ruído, o que requer uma estratégia de filtragem e distribui-ção eficiente. Em outras palavras, é preciso transformar estes dados em informações de negócios.

Por outro lado, a demanda e as necessidades do mercado preci-sam ser atendidas cada vez mais

O excesso de informação e a desinformação

rapidamente. Qualquer que seja o projeto ou o segmento em que se atua, dois fatores são primordiais: tempo e qualidade. Sabe-se que o direcionamento das mais varia-das ações dentro da organização, e mesmo a criatividade delas, está diretamente relacionada à qualida-de da informação. E tão importante quanto a adequação desses dados aos negócios é a agilidade que che-gam aos tomadores de decisão.

Sim, a agilidade é um dos precei-tos destes tempos e exige de for-necedores, parceiros e mesmo do staff da empresa, rapidez na des-coberta e aproveitamento das in-formações adequadas. Mas como manter o fluxo de informação e fil-tros capazes de entregar somente o que de fato interessa com tantos dados que chegam à empresa?

A resposta está na própria tec-nologia. A instalação de filtros, dentro dos parâmetros adequa-dos, diretamente no servidor, eli-mina um volume enorme de dados que circulam e que nada mais são do que lixo, do ponto de vista da utilidade para a companhia.

É imprescindível obter as infor-mações importantes, adequadas, na medida em que elas ficam dis-poníveis. Utilizar novas tecnologias para agilizar o processamento de dados é vital e garante que as in-formações venham até nós, agili-zando os processos internos.

A atual conjuntura globalizada

exige que as empresas desenvol-vam projetos ou produtos criati-vos, adequados às necessidades dos clientes, com alto valor agre-gado, diferenciais competitivos e de forma muito ágil. E a informação de valor está intrinsecamente liga-da a estes resultados.

De fato, estamos falando em in-teligência de negócio e quem tem mais informações, consegue fazer mais rápido e acerta mais.

Marcel Touma, é diretor de cria-ção da Form4.biz, especializada em soluções diferenciadas de de-sign digital.

Por Marcel Touma

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COLUNISTA

“Excelência se alcança por meio de um longo e contínuo processo que

requer, sobretudo, comprometi-mento. Mais do que uma aspira-ção, excelência é o ponto para o qual nossos passos se dirigem. Só assim seremos sempre líderes e nunca seguidores”. Essa afirmação do visionário Ratan Tata, Chairman do Grupo que leva seu sobreno-me, reforça a ideia de que para aportar com êxito no destino é fundamental tra-çar muito bem as rotas a serem seguidas.

Para implementar técni-cas gerenciais que tornam as operações mais eficien-tes, é necessário avaliar, em primeiro lugar, qual o posicionamento atual da empresa - e, de preferência, encomendar essa avaliação de fora da corporação para que o rigor e a imparcialida-de sejam preservados. Após obter um retrato fiel dos pro-cessos em andamento e mapear o modo como os vários stakeholders se relacionam, provavelmente será necessário aprimorar a estratégia da companhia de modo a direcio-ná-la ao preenchimento das lacunas constatadas.

Saber se a organização que você dirige é um Jaguar ou um Jipe é essencial para escolher o ca-minho que lhe proporcionará mais vantagens competitivas. Impor-tar processos da matriz ou seguir exemplos supostamente bensu-cedidos no mercado nem sempre

Por Ailtom Nascimento

Como atingir a excelência operacional

atendem à demanda da sua em-presa e podem, ao contrário, ge-rar ainda mais entraves. Costumo dizer que metade da batalha está ganha se for escolhido um modelo de processo que consiga se mol-dar perfeitamente às peculiarida-des do cliente. E de acordo com a abrangência das melhorias que se pretende promover na empresa, investir nos canais de comunicação

interna pode ser vital, uma vez que os profissionais precisam estar en-volvidos no processo e não ape-nas submetidos a ele.

Justamente porque a eficiência operacional não é o objetivo es-tratégico da empresa e sim o meio pelo qual este será alcançado, ela requer monitoramento constan-te. Acompanhar os processos de perto é a forma mais eficiente de mitigar riscos e garantir agilidade na resolução dos problemas. Com periodicidade pré-definida é im-portante checar se as prioridades

estabelecidas ainda são válidas ou se é necessário reavaliar as metas, para melhor adequá-las às mudan-ças de cenário.

Ao analisar os resultados obti-dos com a implementação desse tipo de projeto muitas empresas recorrem exclusivamente à equa-ção “investimento x ROI” e nem sempre ela é a mais precisa. No momento imediatamente poste-

rior à implantação de um projeto de eficiência ope-racional, é essencial consi-derar os soft benefits, be-nefícios que não podem ser traduzidos diretamente em aumento do faturamento, mas que por automatizarem processos ou aumentarem a satisfação dos clientes po-dem gerar resultados de ne-gócio no médio prazo.

Manter positiva a balança comercial corporativa (alta produtividade com baixo custo) é uma jornada sem fim. Muitas empresas não

dão o primeiro passo, pois não conseguem enxergar o final da estrada, mas se a jornada rumo à melhoria de processos é planeja-da com critério, o custo inicial e o investimento na capacitação dos profissionais serão seguramente recompensados. A persistência é o caminho para se atingir tudo aquilo que vale a pena. Como os indianos costumam dizer: “é preciso traba-lhar para reduzir o trabalho”.

* Ailtom Nascimento é vice-pre-sidente comercial da Tata Consul-tancy Services do Brasil.

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ENTREVISTA

Quer pagar como?

Maior empresa de pagamentos digitais do mundo, PayPal inicia operações no Brasil e abre seu primeiro escritório na América Latina em São Paulo. Mário Mello, entrevistado dessa edição, foi escolhido para comandar a adaptação da companhia à realidade do mercado nacional.

Por Danilo Pádua (colaborou Bruna Souza Cruz) / Fotos: Divulgação

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ENTREVISTA

Imagine a seguinte situação: você está navegando tranqui-lamente pela internet e, de re-

pente, visualiza um banner ou re-cebe um e-mail que lhe chama a atenção, o conteúdo? Uma câme-ra fotográfica digital profissional com todos os recursos que um fã de fotografia poderia querer, alta resolução, diversos itens configu-ráveis, kit de lentes completo e diversificado, filtros etc. Você se interessa, mas quando vai confe-rir o preço do “brinquedo”... um absurdo para a realidade do seu bolso. Você desanima, mas como bom brasileiro que é, parafrase-ando o bordão daquela conhe-

mundo, escrito PayPal.Fundada em 1998, e adquirida

em 2002 pelo eBay, um dos maio-res portais de leilões online do mundo, a PayPal hoje é a principal empresa de pagamentos digitais do mundo, através de uma conta cadastrada no serviço, o usuário pode realizar uma série de transa-ções financeiras, desde compras em portais credenciados pela empresa a transações com outros usuários diretamente sem que isso envolva a troca de informações bancárias, números de cartão de crédito e coisas do gênero, tudo através do e-mail que o usuário ti-ver cadastrado no serviço.

A empresa faturou, em 2009, US$ 2,8 bilhões, e hoje está presente em mais de 190 países, com mais de 200 milhões de usuários, uma parte de-les – aproximadamente 2 milhões – no Brasil, “a Paypal, ela já está em português, ela já funciona a gente fala pra transações internacionais”, afirma Mário Mello – presidente da operação brasileira da empresa, que deve se iniciar nesse mês de agosto – ao ser questionado sobre a “entrada da companhia no Brasil”.

De fato a PayPal já opera no País há dois anos, mas somente os usuários com cartão de crédito internacional conseguem utilizá-lo, mesmo que a transação seja feita somente entre usuários locais - já que ainda não existe presença, de fato, da empresa no mercado bra-sileiro. “é um dado que infelizmen-te ainda não posso compartilhar, porque é um dado de concorrên-cia. É o nosso lançamento pro mer-cado doméstico, ou seja, brasilei-ros comprando de brasileiros”, se

esquiva o experiente Mello.Com cerca de 20 anos de expe-

riência no mercado financeiro, e passagens por Bank Boston, Ban-co Real, Visa e Banco Safra, Má-rio Mello foi o homem escolhido para conduzir a entrada definitiva da PayPal no mercado brasileiro e conduzi-la ao mesmo sucesso que tem em todo o mundo, onde é responsável por cerca de 15% das transações de pagamento online do planeta. O grande desafio de Mello, no momento, é fazer expan-dir esse potencial de mercado que a companhia possui no Brasil, pois cerca de 5% apenas das transações na internet são feitas por meios eletrônicos, ficando concentradas em boletos e cartões de crédito.

Em meio a suas muitas viagens de uma “quase ponte-aérea” São Paulo-EUA, desde que foi escolhi-do como presidente da operação brasileira que a PayPal inicia este ano, Mário Mello conversou com a Revista Inter IT

cida campanha publicitária, não desiste nunca e decide vasculhar os locais mais longínquos e obs-curos da grande rede mundial e encontrar teu objeto de desejo a um preço acessível.

Depois de alguma pesquisa, você finalmente encontra a mesma câmera, por um terço do valor co-brado no primeiro site, um achado! O problema é que a máquina está a venda em um portal minúsculo e desconhecido de Portugal e você se pergunta: e agora, o que fazer? Confio ou não? Faço a compra? E se for um golpe? E se os dados do meu cartão de crédito caírem nas mãos de algum criminoso? Como a oferta é muito boa e você deci-de arriscar a compra, você não co-nhece muito bem o site, mas – pelo menos – a tensão quanto aos seus dados bancários é dissolvida ao encontrar as formas de pagamen-to disponíveis e ver um pequeno botão, ao lado das bandeiras mais usadas de cartão de crédito no

Na América Latina, o primeiro escritório a ser estabelecido

é o brasileiro e, em seguida, a colocação do escritório no México.

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ENTREVISTA

Revista Inter IT: Como está o an-damento da chegada da PayPal no Brasil, conforme divulgado ante-riormente, será mesmo em agosto, já é oficial?Mário Mello: Então, para começar, na verdade a Paypal já funciona no Brasil, nosso site já está em portu-guês e hoje nós temos 2 milhões de clientes no país, que fazem compras no exterior ou que rece-bem pedidos de clientes nossos - que são mais de 200 milhões de clientes no mundo - de comércio e vendedores no brasil.

A Paypal, ela já está em portu-guês, ela já funciona a gente fala pra transações internacionais. O que ainda é um dado que infeliz-mente ainda não posso compar-tilhar, porque é um dado de con-corrência é o nosso lançamento pro mercado doméstico, ou seja, brasileiros comprando de brasilei-ros. Compradores e Vendedores transacionando no Brasil.

E a gente está com todo o fer-ramental, o que significa isso? Sig-nifica hoje o brasileiro já consegue vender ou comprar com a máquida com a solução da Paypal em por-tuguês, na Paypal do Brasil, lá fora.

Agora jogar isso, essa força essa segurança que a marca Paypal traz no comércio eletrônico, essa simplicidade de pagamento pro mercado brasileiro requer algu-mas adaptações sistêmicas. Uma que muita gente já ta falando em mercado que é nossa adaptação sistêmica para o parcelado lojista, parcelamento de compra. Isso está em teste e a gente pretende lançar, mas a data especificamente, a gen-te acredita que é um segredo de concorrência, e eu não quero des-pertar meus concorrentes pra data, infelizmente não tem uma data que eu possa compartilhar sobre nosso lançamento no Brasil.

Revista Inter IT: Já são 2 milhões de usuários no Brasil, atualmente, fazendo transações através do uso de cartão de crédito internacio-

nal. Com a chegada mais forte da PayPal para transações dentro do mercado brasileiro, quais as ex-pectativas em se tratando de con-quistar participação no mercado, clientes etc? Mário Mello: Então, o que eu pos-so te falar é que temos ofertas muito agressivas para o mercado brasileiro, mas como somos uma empresa pública e temos dados

que fazem parte de informações que não posso compartilhar com o mercado, pelo fato de se tratar de informação sigilosa.

Revista Inter IT: Como é a atuação do PayPal no restante da América Latina? Está presente oficialmente em quais países?Mário Mello: A PayPal funciona em

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ENTREVISTA

194 países, e a gente tem as mo-edas desses países atreladas ao sistema. Hoje, na América Latina, o primeiro escritório a ser estabe-lecido é o brasileiro e, em segui-da, a colocação do escritório no México. Dependendo do sucesso desses dois mercados a gente vai tentar estabelecer um crescimento nesses outros mercados. Mas, para esse ano, temos os escritórios no Brasil e no México, que já foram anunciados.

Revista Inter IT: Pelas suas pala-vras, nota-se grande importância nos resultados do escritório bra-sileiro, o que representa o Brasil dentro da estratégia do PayPal? Há alguma estratégia em especial para o mercado brasileiro?Mário Mello: Ah sim, o Brasil é um dos principais vetores de cresci-mento da PayPal na América Latina. O comércio eletrônico no Brasil está muito maduro e temos uma es-timativa que indica que o mercado já está faturando - entre compras e varejo – uma soma que já passou de 10 bilhões de dólares de fatura-mento, é o que acreditamos.

Revista Inter IT: Algum diferencial em especial para apostar tanto no mercado nacional?Mário Mello: A gente acredita que a PayPal é o instrumento mais se-guro de compra com o cliente, nossa promessa de valor é que a gente nunca compartilha as in-formações bancárias e privadas do cliente com o comércio. En-tão hoje muitos consumidores no Brasil ainda usam boleto, pagam convert em conta. Então aqui gera um componente de complexida-de no pagamento ao comércio. O que a gente trás, como a gente é uma ferramenta de altíssimo nível de segurança e a nossa promessa de valor pro cliente é você não vai ter suas informações financei-ras compartilhadas com milhares de comércios cada vez que você faz uma compra ou dezenas de

banco de dados, essa promessa ela se alavanca e o cliente acaba utilizando nossa solução de pa-gamento que é a PayPal. Só pra você ter uma ideia, no mercado americano a gente fez um estudo em 2007, e 18% dos clientes dizem que só estão fazendo comércio eletrônico por causa da PayPal, na Inglaterra são 37%.

Acabou de sair uma pesqui-sa no Brasil, que diz que 75% das pessoas no Brasil ainda têm medo de fazer compra na internet, elas se sentem inseguras. E aí que a gente vai entrar nesse mercado. A Paypal funciona de forma segura, ela gera valor nos mercados que ela entrou e a gente vai garantir essa segurança pro cliente pela nossa metodologia e forma de pagamento seguro.

Revista Inter IT: Você comentou a respeito de adaptação de ferra-mentas da PayPal para a realida-de do mercado brasileiro. Qual o tipo de dificuldade encontrada no Brasil que não foi vista em outros países com nível econômico se-melhante nos quais iniciou opera-ções?Mário Mello: Sim, eu acho que existem ajustes pequenos de lin-guagem, funcionamento, mas eu acho que o grande fator de ajuste em nosso sistema é o de parce-lamento, que é um componente importante do mercado brasileiro.

São dados públicos, que indicam que hoje mais de 60% dos clien-tes compram parcelado. Então, o volume de parcelados no Brasil é muito forte e para podermos con-correr tem que ter essa funcionali-dade básica que está intrínseca no comportamento do consumidor brasileiro.

Revista Inter IT: Qual sua parcela no mercado mundial de pagamen-tos eletrônicos?Mário Mello: Nós nos considera-mos líder no setor de pagamentos pela internet. Nós temos hoje mais de US$ 87 bilhões de faturamento no mundo, mais de 200 milhões de clientes ligados ao sistema PayPal, são dados do final do ano passa-do., E a PayPal tem o market share superior a 14% em nível global. En-tão nós nos consideramos um dos líderes no mercado de pagamento pela internet.

Revista Inter IT: A expectativa é repetir e esse mesmo sucesso aqui no mercado brasileiro, certo?Mário Mello: Então nosso próximo desafio é esse, trazer essa força, funcionalidade, de segurança, de facilidade, de garantia de pro-teção ao cliente e facilidade de adesão ao sistema do vendedor pro mercado brasileiro e repetir o mesmo sucesso dos mercados americano, inglês, francês, do aus-traliano, entre outros.

O comércio eletrônico no Brasil está muito maduro e temos uma

estimativa que indica que o mercado já está faturando - entre compras e varejo – uma soma que já passou de 10 bilhões de dólares

de faturamento.

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ENTREVISTA

Revista Inter IT: Em um primeiro momento, qual será a estratégia adotada para uma chegada mais massiva ao mercado brasileiro, a conquista dos assinantes/clientes ou dos varejistas/lojas? Mário Mello: O negócio de paga-mentos na internet é um balanço entre a conquista de cliente e a conquista de comércio. A gente tem uma estratégia estabelecida para uma conquista massiva de comércio que é uma estratégia de atribuição de comércio e a gente tem uma estratégia também com parceiros de aquisição de clien-tes. Eu não posso te dizer especifi-camente com que a gente fechou o contrato que tudo isso faz parte de informações de concorrên-cia que vão ta sendo anunciadas quando a gente oficializar a nos-sa entrada no brasil. Mas, de uma forma geral, ela parte pra uma es-tratégia de através de parceria de aquisição massiva de comércio e de parceria de aquisição massiva de clientes. Agora importante di-zer que a gente já tem 2 milhões de clientes no Brasil, esses clien-tes eles são os nossos embaixa-dores, eles sabem da segurança, eles sabem da informação e é um número importante, 2 milhões de clientes é um número importante. Então também a gente tem que direcionar esses clientes são os embaixadores da solução PayPal porque eles usam bastante nos-sa solução internacionalmente e a gente acredita que eles vão nos dar a prova, a oportunidade, quando a gente viabilizar os co-mércios no Brasil e utilizar essa so-lução também domesticamente.

Revista Inter IT: Como vem sendo montada a operação brasileira da PayPal, qual será o tamanho da equipe de profissionais atuando no projeto? Já há uma ideia quan-to a esse número?Mário Mello: A gente chega no Brasil aproximadamente 20 pes-soas na equipe da PayPal pra esse

ano. Estamos trabalhando numa equipe muito sênior, alavancando a infraestrutura que temos a nível global. Então a gente vai ter uma diretoria financeira, que já está contratada, uma diretoria de pa-gamentos, que já está contratada, temos uma diretoria de vendas e uma diretoria de produto e marke-ting. Embaixo disso tem as estru-turas de apoio pra cada diretoria. A gente também tem uma área legal, uma ret da operação pra dar apoio jurídico e temos, assim, o time brasileiro. Vamos chegar a 20 pessoas até o final desse ano, prontos pra poder entregar um serviço que acreditamos ser supe-rior para os clientes brasileiros.

Revista Inter IT: Falando em núme-ros, quanto o PayPal já investiu ou pretende investir no Brasil? Mário Mello: Ainda não há permis-são para falar em valores específi-cos, a única informação que eu pos-so passar é que estamos investindo alguns milhões de dólares no País.

Quem fala:Nome: Mário Mello Cargo: Presidente da PayPal no BrasilIdade: xx anos Natural de: Histórico de Carreira: “Eu tenho 20 anos de experiência de mercado, eu comecei minha carreira no (Bank) Boston, onde saí como dire-tor adjunto. Dai eu trabalhei na Visa, onde saí como vice-presidente executivo de produtos marketing da América latina. Depois eu tra-balhei no Banco Real, onde saí como diretor estatutário. Eu era res-ponsável e trabalhava na área de cartões e cart imobiliário. E eu tive uma passagem mais curta pelo Safra, onde eu fui vice-presidente do Safra na área de varejo”.

[Sobre a equipe brasileira] Vamos chegar a 20 pessoas até o final desse ano, prontos pra poder entregar um serviço que acreditamos ser superior

para os clientes brasileiros

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COLUNISTA

Há alguns anos a imagem de máquinas se conversando deixou de ser um ingredien-

te dos filmes de ficção científica e se tornaram uma realidade presen-te. Hoje o mercado de máquina-a-máquina, conhecida como M2M, movimenta bilhões de dólares e está ganhando espaço entre em-presas de vários segmentos. Se-gundo a renomada empresa de consultoria McKinsey and Com-pany, entre 2002 e 2009 o mercado de M2M faturou cerca de US$100 bilhões, combinando os mercados dos Estados Unidos, Europa Oci-dental e Japão.

No Brasil, a previsão é que o país atinja um crescimento de três a cinco vezes o seu tamanho atual ainda este ano, e por aqui o setor automotivo concentra o principal foco de atuação. Sozinha, a área automotiva representa mais de 50% deste mercado, não apenas em rastreamento, mas também em gerenciamento de frota e so-luções em logística. O setor ainda poderá receber um impulso extra de crescimento caso seja aprova-da a resolução 245 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Se aprovada, a nova lei exigirá a ins-talação de bloqueadores em to-dos os veículos novos nacionais e importados (inclusive caminhões). Estima-se que, em 2010, surgirão mais de 5.5 milhões de veículos no mercado brasileiro, o que deverá aumentar ainda mais as possibi-lidades de investimento para os

Por Marcos Kinzkowski

Solução M2M cresce entre indústrias no Brasil

fabricantes de módulos GSM. Um dos setores com destaque

no mercado M2M é o de seguran-ça. A Abese, Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrô-nicos de Segurança registra cres-cimento anual maior de 10% ao ano. Além disso, a demanda por módulos menores e compactos que se encaixem nos pequenos aparelhos direcionados ao uso diário dos clientes aumentará du-rante a próxima década e atender esta exigência de mercado deve-rá se tornar uma das prioridades das empresas especializadas em telecomunicações. Em franca ex-pansão para soluções com co-nectividade GPRS, a Segurança Patrimonial representa atualmente 15% de toda a demanda nacional de módulos celulares para solu-ções em M2M, devido ao incre-mento de segurança que estas aplicações permitem, uma vez que a comunicação não pode ser facilmente interrompida com o simples cortar de um fio. Adicio-nalmente, facilidade de atuar e receber informações das centrais de alarmes no próprio celular está estimulando a implementação de novos sistemas e redes.

O mercado de M2M não se limita a rastreamento e seguran-ça, e seu potencial é tão grande quanto à engenhosidade humana para a criação de novas soluções. Novas soluções para atender as necessidades de Automação In-dustrial e de Telemedição estão

sendo implantadas para atender ao mercado de serviços públicos (“Utilities”), com a função inicial de diminuir índices de perdas e de desperdício. Em uma segunda fase, novas implementações para o aprimoramento da qualidade no sistema de gerenciamento estão em desenvolvimento, uma vez que todo o controle passa a ser admi-nistrado online. Este processo está sendo liderado pelo setor de ele-tricidade, no entanto as empresas de gás e água também estão ade-rindo a esta mudança.

Desafios

Os desafios advindos deste crescimento exponencial de mer-cado devem ser suportados por crescentes investimentos em infra-estrutura de rede de transmissão e no aumento de qualidade e con-fiabilidade das novas aplicações.

As empresas atuantes no merca-do devem ser capazes de suportar o aumento instantâneo de deman-da, uma vez que um novo leque de soluções se apresenta, expan-dindo significativamente a deman-da atual. Além disso, estas novas aplicações devem ser suportadas por novos produtos, mais robustos e menores, aumentando as funcio-nalidades técnicas e a capacidade operacional.

*Marcos Kinzkowski é Vice-Pre-sidente de Vendas da Telit Wire-less Solutions para o Brasil e Amé-rica Latina.

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Tendências & Inovação

Livro Manual do Detetive VirtualQuanto mais a internet se espalha, mais a privacidade das pessoas diminui.

Ou seja, é mais fácil ter alguém bisbilhotando a sua vida ou os seus negócios. Ainda mais com certos recursos tecnológicos ao alcance de qualquer leigo. E tem muita gente por aí que não faz ideia dos perigos aos quais se expõe. O autor deste livro, um dos maiores peritos brasileiros do mundo internético e que poderíamos chamar de “detetive virtual”, mostra alguns dos casos que desven-dou, e também dá dicas para você evitar problemas no mundo da internet. Motivos para insegurança é que não faltam. Autor: Wanderson Castilhowww.matrixeditora.com.br

Webcam NewLinkCom formato arredondado, semelhante ao de uma lente de câmera foto-

gráfica profissional, e presilha, a novidade destaca-se por oferecer resolução de 1.3 megapixels, que pode chegar a 5.0 megapixels no modo interpolado. Microfone embutido, botão snapshot para fazer fotos instantâneas e conexão USB são outras características da Webcam Tube, que também é ideal para uso em videoconferências e chats online. O lançamento possui velocidade de transmissão de imagens nas opções 640px x 480px (30fps)/ 800px x 600px (15fps), tem balanço de brilho automático e conta com um ano de garantia. Compatível com Microsoft Windows 7, 2000, XP, Vista ou Macintosh OS 9.0 ou superior, a Webcam Tube tem o preço mé-dio sugerido para o consumidor final de R$ 89,00 (valor válido até o final de março de 2010).www.newlink.com.br

Pen Drive Sandisk Cruzer BladeO SanDisk Cruzer Blade (CZ 50) - o menor (4x2x6cm - AxLxP) dispositivo portátil de armazenamento com memória flash da empresa, pesando apenas 20g. O CZ 50 possui design moderno e elegante, alta velocidade de gra-vação (até 10 Mb/s), o que na prática torna a transferência de arquivos e documentos mais rápida e prática. Além disso, oferece ampla capacidade de armazenamento (2, 4, 8 e 16GB), permitindo ao usuário gravar e comparti-lhar (1.200) imagens, (1.000) músicas e (8 horas) vídeos no mesmo dispositivo. Compatível com os sistemas operacionais Windows ME, XP, Vista, MAC e Linux.www.sandisk.com.br

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Tendências & Inovação

Mini Teclado Multi LaserCom 88 teclas macias e silenciosas no estilo slim, semelhantes à dos note-

books, a novidade conta ainda com 10 teclas de atalho, que facilitam o dia a dia do usuário ao permitir acesso direto a ferramentas como media player, internet e ferramentas de busca.Outros atrativos são a prática conexão USB, a instalação plug and play e o belo design. Disponível na cor preta, o lançamento está de acordo com as normas da ABNT.e tem o preço médio sugerido para o consumidor final de R$ 29,90 (valor válido até o final de março de 2010).www.multilaser.com.br

Multifuncional 5 em 1 TX515FN da Epson

O mais recente lançamento da multinacional japonesa no Brasil é a TX515FN. Com tantos benefícios em um só aparelho, ela é uma bela opção para escritórios e pequenas empresas. Ela possui conexão de rede Ethernet, funções de impressora, scanner, copiadora e fax, visor LCD de 2 linhas, e ótima resolução para impressão e escaneamento e garantia de 2 anos. A TX515FN oferece alta velocidade, imprimindo documentos e fotos em 38ppm, em preto, e 20ppm em cores, e economia, uma vez que os cartuchos possuem alto rendimento e são individuais. Eles são até quatro vezes mais baratos, e o custo de impressão é muito menor do que o de uma impressora laser colorida equivalente, conforme estimado ao padrão ISSO combinando preto e colorido.www.epson.com.br

Notebook Acer Aspire AS 1410Com aproximadamente 1,4kg, o notebook Acer Aspire AS1410 oferece re-

cursos de grande desempenho em um tamanho de netbook. Em um display de 11,6”, o consumidor pode desfrutar de música, vídeo, fotos e muito mais; além de um teclado completo de tamanho padrão e bateria de longa duração, com 6 células, que garantem até 6 horas de trabalho ininterrupto.

A tecnologia do processador Intel Celeron, Windows 7, 2GB de memória e grande disco rígido, complementam o Acer Aspire AS1410 que vem com avançado Wi-Fi Intel 802.11a/b/g/Draft-N e rede Fast Ethernet Gigabit LAN para garantir uma experiência de navegação na internet superior. O lançamento tem a tecnologia Acer Crystal Eye webcam e microfone digital para qualidade de vídeo e voz superior próprios para conferências em tempo real ou soluções de voz por IP.www.acer-group.com

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Principal site de buscas do mundo ameaça fechar operação local e encerra a autocensura na China após sofrer ataques hacker vindos do território chinês. Governo se diz inocente mas quer forçar companhia a “cumprir as regras”.

China x Google: quem ganha?

Por Danilo Pádua

Durante o mês de janeiro, o Google anunciou sua inten-ção de encerrar a prática de

censura prévia aos resultados das buscas realizadas através da versão chinesa do motor de buscas (www.google.cn). A empresa também ameaçou encerrar as atividades de sua operação no país. O motivo das ameaças do Google? Um ata-que hacker altamente sofisticado, originário do território chinês, so-frido pelo Google em meados de dezembro do ano passado.

Esse ataque, segundo um texto assinado pelo vice-presidente sê-nior da companhia, David Drum-mond, resultou em um “roubo de propriedade intelectual do Goo-gle”. Na verdade, não só proprie-dade intelectual do próprio Goo-gle. Ainda de acordo com a mesma mensagem de Drummond, posta-da no blog oficial da companhia, as contas do Gmail - serviço de e-mail do Google - de diversos dissiden-tes políticos, jornalistas, empresá-rios e ativistas chineses dos direitos humanos foram invadidas pelos hackers durante o ataque, o que levou a empresa a considerar os órgãos chineses de controle da in-formação como possíveis autores ou mentores dos ataques.

Enquanto usuários chineses do portal lamentavam a possível saída

da empresa do país, mas parabe-nizavam sua decisão de contestar a censura prévia aos resultados das buscas, as autoridades chinesas se apressavam em responder as acusações sobre a possível autoria dos ataques, classificando as acu-sações do Google como infunda-das, e ratificar sua posição quanto ao controle das informações que trafegam pela internet.

Para a China, sites com teor pornográfico, conteúdo político “delicado” ou opiniões devem ser “orientados” de forma a proteger a segurança das informações na internet. O governo chinês tam-bém fez questão de deixar claro que as empresas estrangeiras, de qualquer setor, continuavam sen-do bem-vindas no país, desde que respeitassem as regras.

Após investigações iniciais, uma universidade e uma escola técni-ca de Pequim foram identificadas como focos dos ataques que co-locaram, não somente as relações entre o Google e as autoridades chinesas em xeque, mas também criaram atritos entre os governos de Estados Unidos e China, com a secretária de Estado norte-ame-ricana Hilary Clinton indicando o apoio dos EUA ao Google na questão da censura e, até mesmo, aconselhando o governo chinês a

rever suas políticas de censura na internet. Os chineses, obviamen-te, não aprovaram os comentários norte-americanos e veículos da im-prensa estatal chegaram a indicar a existência de uma conspiração dos EUA, usando o Google como uma ferramenta de ataque à China.

Apesar da troca de “gentilezas”, tanto o governo americano quan-to o chinês parecem não querer fazer da súbita cruzada do Goo-gle contra a censura chinesa (uma vez que o serviço operava no país seguindo essas regras de censura prévia desde 2006) um embate ide-ológico e comercial entre os dois países. Assim que a mídia local dis-

x

MERCADO

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parou críticas aos EUA, o Ministé-rio do Exterior chinês afirmou que não queria que a disputa com o Google abalasse a recente estabi-lidade de relacionamento, “criada com muito esforço”, com os EUA. Posteriormente, o governo ameri-cano também se eximiu de qual-quer participação na decisão do Google de desafiar as políticas de censura na internet da China, e Ba-rack Obama recomendou conver-sa entre a empresa e os chineses.

Apesar de o Google ter mantido conversas com o governo chinês, uma solução para a disputa parece distante, e a cisão entre ambos se mostra como um quadro cada vez mais palpável, já que nenhum dos lados parece disposto a ceder. En-quanto a China permaneceu irre-dutível, e indicou ao Google que

a autocensura é uma exigência não-negociável para as empresas que desejem permanecer ope-rando no país, o Google decidiu, por conta própria, dar fim a auto-censura em seu portal na China, passando a direcionar os usuários que acessassem o endereço chi-nês do site para o portal de Hong Kong (www.google.hk), onde a regulamentação de controle de in-formação é muito mais branda e o conteúdo suprimido pelo governo chinês é completamente acessível.

Até o fechamento desta matéria, o acesso ao Google na China – e às buscas sem censura – ainda es-tavam disponíveis, mas o governo chinês já havia manifestado a possi-bilidade de tomar uma medida em breve, manifestando sua insatisfa-ção com o Google e alegando que

a companhia, ao deixar de censu-rar os resultados das buscas, havia quebrado uma “promessa escrita” feita ao governo chinês, quando começou a operar no país em 2006.

Ainda não está claro o que po-derá acontecer nessa disputa, mas o que se pode notar é que, até o momento, ambos os lados saem perdendo. O Google, pois sai de um mercado que representa cer-ca de 1/6 da população global. A China, pois vê, novamente, suas políticas autoritárias questionadas em todo o mundo, e por uma em-presa do porte do Google. E, prin-cipalmente, os usuários chineses, que continuam sem acesso livre e irrestrito à informação e à internet no país, e ainda perdem acesso à uma das principais ferramentas da internet em todo o mundo.

MERCADO

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Ao escolher um dispositivo móvel -- smartphone, net-book, mini-tablets etc -- mui-

ta gente fica perplexa diante de tantas opções de escolha.

Para quem quer o aparelho como uma ferramenta de traba-lho ou, no mínimo, gerenciamen-to pessoal, essa é uma tarefa de grande responsabilidade. Dela vai depender o sucesso na otimi-zação da rotina. Ou levar à uma imensa decepção.

Um dos meus clientes me cha-mou para ajudá-lo a ser mais pro-dutivo no dia-a-dia, incorporando ferramentas de organização e workflow, e adaptando-as à uma rotina móvel. Ele tinha acabado de comprar seu primeiro smartphone, um top de linha lançado há pouco tempo, e estava feliz da vida.

Percebi que teria um problemão pela frente ao avaliar sua rotina de trabalho, suas necessidades e usos de ferramentas do desktop. O apa-relho que ele comprou não conse-guiria fazer tudo o que ele queria. E algumas dessas coisas, só da ma-neira mais complicada, por “gam-biarras” e comprando softwares de terceiros. Foi duro explicar para ele que seu super-gadget continuaria sendo um ótimo aparelho para en-tretenimento, mas para trabalho, ele ficava devendo.

Comecei do zero, avaliando as ferramentas e recursos indispensá-veis para seu trabalho, as apenas desejáveis e as não necessárias. Montamos uma lista e, a partir do resultado, descobrimos que tudo o que ele precisava aparelhos mais

baratos faziam muito bem, e de for-ma automática, sem stress. Ele ficou estupefato ao ver que as 5 opções que apresentei custavam entre R$ 500 e R$ 900. São R$ 1000 a menos do que ele pagou no seu super smartphone novinho em folha!

Não vou citar qual é o aparelho para não gerar interpretações erra-das, pois esse dispositivo topo de linha é excelente. Só não era ade-quado às necessidades do usuá-rio. Ele havia decidido comprar o aparelho primeiro, e só depois co-meçar o treinamento e incorporar as ferramentas. Tinha certeza que,

Más escolhas custam caroPor Bia Kunze

comprando um topo de linha com mil recursos, seria possível até lavar, cozinhar, fazer massagem e passar cafezinho…

Também já tive que resolver pepinos no outro extremo. Com-prar um aparelho de R$ 500 que as operadoras oferecem para deso-var seus estoques, mas que ficam devendo em funcionalidades que seriam importantes, é tão frustrante quanto descobrir que um aparelho de R$ 2000 não entregará aquilo que você queria. Geralmente, nes-sas promoções, os aparelhos já es-tão obsoletos. Para usuários de voz

TECNOLOGIA

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e SMS, isso não fará diferença. Mas para o profissional móvel, podem faltar recursos que se integrem às ferramentas mais modernas.

E é igualmente frustrante consta-tar que o seu celular “canivete suí-ço”, caríssimo e cheio de recursos, é subutilizado para 2 ou 3 coisas, que às vezes qualquer celularzinho básico faz.

Tem também a história de um cidadão cuja operadora, com o maior canto de sereia, ofereceu um smartphone (que na verdade não é smartphone) e um super pacote de dados 3G, mas o aparelho não tinha nem browser decente, só um “wap” tosco! Contornei o problema insta-lando o Opera Mini, mas na banda larga móvel não tem jeito. Não é de dar ódio pagar por um pacote de dados EDGE (a geração anterior do 3G, mais lenta) o mesmo que paga-se por 3G? E não tem conversa com a operadora, o preço é o mesmo e ponto final.

Muita gente só precisa de um smartphone para navegar e ler emails, e nem sonha que um apa-relho de R$ 400, desbloqueado, fará isso primorosamente. Minha mãe é um exemplo. Ela já passou pela situação de comprar apare-lhos caríssimos e não usar metade dos recursos. Ela tem um Nokia N90, comprado logo que saiu, e que era objeto de desejo na época. Mas até hoje, os recursos mais avança-dos que ela usou foram o calendá-rio e a câmera fotográfica…

E o dilema dos planos de da-dos? Sim, são caros. Mas há casos em que a pessoa só quer usar in-ternet no celular, ou num smartpho-ne de sistema operacional mais enxuto, cuidando de seus emails, conversando no MSN, e navegan-do. Tarefas básicas. E ninguém diz a ela que há planos por menos de R$ 50 ao mês que permitem usar à vontade. Os grandes devorado-res de banda hoje são aparelhos como o iPhone e Android -- esse focado em redes sociais, “always-on”. Os demais se viram bem em planos mais econômicos.

Quando tecnologia demais atra-palha

Já aconteceu de você trocar um dispositivo altamente tech por um outro com recursos mais modes-tos, não por motivos financeiros, mas por considerar que o excesso de tecnologia às vezes atrapalha? É o que vem acontecendo recor-rentemente com muitos usuários. Em todos os casos, o problema maior é o 3G. São usuários de apa-relhos antigos, como Palms Treo e alguns Blackberry, que migraram para as novíssimas gerações com internet de alta velocidade, a “te-téia” do momento.

E para seu imenso desespero, a queda na produtividade foi brutal. Verdade que o 3G trouxe strea-ming de música e vídeos, além do carregamento mais rápido de pá-ginas e mapas. Mas as baterias não aguentam nada!

Como foi dito antes, assim como é frustrante gastar num aparelho que não faz o que você queria, mais ainda é empacar uma nota num topo de linha que ficará subutiliza-do Mas… e quando você se frustra com alguma tecnologia que ansia-va demais?

Vejam as telas sensíveis ao to-que. Muitos usuários de longa data de teclados físicos embarcaram na

moda só para descobrir que não conseguem escrever uma única fra-se com um mínimo de destreza. Re-sultado: os Blackberries “econômi-cos” estão ganhando mais terreno no Brasil. Não só por causa dos pre-ços mais em conta, tanto no disposi-tivo quanto nos planos, mas porque eles cumprem o que prometem. Daí vem a legião de usuários satis-feitos. Outros aparelhos no mesmo estilo, com teclado físico, rodando Symbian ou Windows Mobile, são igualmente bem avaliados.

O caso do 3G é bem sério. Eu adiei a troca do meu principal smar-tphone de trabalho por muito tem-po, cerca de 3 anos, até ter certeza que o novo teria tão boa autono-mia. Não foi fácil achar o modelo perfeito. E, para cada um de nós, há um “aparelho perfeito” diferente.

Quem só quer navegar, ler emails, acessar uma ou outra rede social e usar os MSNs da vida, não precisa de muito mais do que um aparelho intermediário oferece. Sem “altas tecnologias”, sem com-plicações no uso. E, sinceramente, não é isso que a maioria dos usuá-rios quer?

Bia Kunze é dentista homecare, consultora em tecnologia móvel e autora do blog Garota Sem Fio (www.garotasemfio.com.br)

TECNOLOGIA

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EVENTOS

Economia em alta, crédito de volta3ª Edição do Congresso Crédito & Cobrança, realizado pela CorpBus!ness, trouxe cases e apresentações de empresas como Carrefour, Ticket, KPMG, AeC, dbdireto, Malta Assessoria de Cobrança, Pinheiro Neto Advogados e Claro.

No mês de março, a CorpBus!ness realizou em São Paulo a terceira edição

do congresso Crédito & Cobrança, onde foram discutidas as principais questões relacionadas à análise e recuperação de crédito, gestão de riscos, o impacto das novas tecno-logias e a forma como as empre-sas têm lidado e podem lidar com esse item tão importante ao “core

business” de grande parte dos principais setores que movem a economia global.

O momento, período de pós-crise econômica, apontado por diversos especialistas em todo o mundo, era bastante apropria-do, uma vez que – após a forte retração da economia ocorrida em todo o mundo desde o final de 2008 – diversas economias ao

redor do mundo, entre elas a do Brasil, começavam a “pôr a ca-beça para fora do buraco” e dar mostras mais efetivas de recu-peração. Alguns países, como a China, apesar da diminuição do ritmo, cresceram mesmo duran-te o ano de 2009, fato importante para o Brasil, principalmente este exemplo, levando-se em conta que a China já é um dos principais

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importadores de matéria-prima, insumos e produtos brasileiros.

No Brasil, diverso indicadores já davam conta de uma recuperação até mais rápida que em outras par-tes do planeta, empresários já de-monstravam um otimismo há muito não visto, e o comércio varejista se preparava desde o início do ano para 12 meses de forte “arrancada”, após um 2009 sem grandes prejuí-zos, mas praticamente estagnado.

Para exemplificar o otimismo dos empresários, podemos citar uma pesquisa da Fecomércio-SP, divulgada no início do ano, onde 97% das empresas da região me-tropolitana de São Paulo – princi-pal mercado consumidor do País – afirmavam que iriam ampliar seus investimentos no ano de 2010. Esse é só um dos muitos exemplos que podem ser citados entre os que foram discutidos durante o dia de apresentações do congresso.

A 3ª edição do Crédito & Co-brança, contou com o patrocínio das empresas PluSoft, Earset, Malta Assessoria de Cobrança, Teleda-ta e Comunika, além do apoio da Aserc – Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Cré-dito. O congresso também trouxe cases e apresentações de empre-sas como Carrefour, Ticket, KPMG, AeC, dbdireto, Malta Assessoria de Cobrança, Pinheiro Neto Advo-gados e Claro. Fora isso, grandes ideias, políticas e alternativas para o melhor desenvolvimento do se-tor também foram discutidas, além do sempre produtivo network pro-fissional que ocorre entre os par-ticipantes, em sua grande maioria executivos de alto nível, como di-retores, gestores, vice-presidentes e outros decisores.

Os trabalhos foram iniciados por José Roberto Romeu, presidente da Aserc, que fez uma pequena in-trodução com uma visão geral so-bre o setor de crédito no Brasil e, como presidente de mesa, coman-dou as apresentações e debates da primeira parte do evento.

A primeira apresentação foi do

diretor comercial da desenvolve-dora de soluções em Telecom e In-formática Teledata, Clayton Carlos Nogueira, que falou sobre uma cer-ta saturação no mercado de crédito, em função do grande número de empresas existentes. Clayton tam-bém falou do período de recupe-ração vivido pelo mercado, onde a segmentação – com uma grande variedade de carteiras – pode se transformar em ótima oportunida-de de negócios aos que souberem aproveitar. A parte final da apresen-tação trouxe informações sobre tecnologias e ferramentas que po-dem ser implantadas para otimizar o funcionamento de um call center com foco em recuperação de cré-dito e produtos derivados, além de sistemas que permitem a integra-ção entre tecnologia de telefonia e sistemas de CRM.

Na sequencia o advogado Dr. André Marques, da Pinheiro Neto Advogados, apresentou o painel sobre os aspectos jurídicos do tema crédito, e como os meios ju-diciais e extrajudiciais modernos possibilitam a agilização da recu-peração de crédito; quais as prin-

cipais modalidades de garantia de crédito como cessão e alienação fiduciária, penhor e hipoteca. Na sequência André tratou das for-mas de execução de hipotecas e alienações fiduciárias sobre bens móveis e imóveis e finalizou sua apresentação explicando como funcionam processos de recupera-ção judicial, extrajudicial e falência.

Em seguida o Diretor de Risco de Crédito do Carrefour, Sandro Al-meida, mostrou um pouco do que é a visão de uma grande empresa varejista – como é a rede francesa de hipermercados – sobre o tema “os desafios futuros da concessão e o uso consciente do crédito”; fa-lou sobre os números crescentes do consumo no País tanto em itens básicos, como gêneros alimentí-cios, quanto dos não-básicos, nas classes C, D e E, mesmo durante o ano de 2009, período de maior apreensão quanto ao consumo em função da crise econômica global. Sandro conduziu a parte final mos-trando um pouco de como o Car-refour tem trabalhado nesse cená-rio positivo dentro do Brasil, com diversos produtos relacionados

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EVENTO

à crédito, como cartões, seguros, crédito consignado, entre outros; quais as principais ferramentas de análise de crédito que o grupo utiliza e a adaptação do portfólio de produtos ao perfil dos clientes. Finalizou sua palestra falando do tema Educação Financeira, e de sua importância uma vez que, de acordo com ele, “ignorância finan-ceira influi e atrapalha as políticas de crédito de uma empresa”.

Na sequência foi a vez da apre-sentação do case da Ticket, com o tema “A Importância da Informa-ção Positiva na Eficiência e Lucrati-vidade dos Negócios de Crédito”, comandada por Gemerson Bertin, Gerente Financeiro da companhia. Emerson conduziu o início da apre-sentação com números sobre as expectativas de retomada do rit-mo de crescimento pré-crise em 2010, e apontou a importância do crédito nesse quadro, já que ele representa 47% do PIB brasileiro. Mostrou que o desempenho de diversos setores da economia so-freu com os impactos negativos, a grande maioria por sinal, enquanto alguns mantiveram-se estáveis e uns poucos chegaram a apresen-tar melhora. Voltando à questão da informação positiva, Emerson citou que a cada R$ 100 mil pe-didos em crédito, R$ 11,9 mil são perdidos justamente por causa da informação negativa; citou as dife-renças que se deve observar no comportamento do crédito à em-presas e aos consumidores e fina-lizou a apresentação observando

a força da informação positiva nas políticas de crédito, com a neces-sidade de observação aos dados cadastrais do postulante nas mais variadas instituições com o com-partilhamento dessas informações, o gerenciamento do ciclo de ne-gócios do cliente, o incentivo ao uso do cadastro positivo e – nova-mente – a necessidade de educar financeiramente os clientes.

Após o almoço teve início a se-gunda parte dos trabalhos, com o comando do executivo Kendi Sakamoto, da Contact Center Con-sulting, e autor de diversos livros sobre crédito, como presidente de mesa. A primeira apresentação da tarde foi de Salvatore Milanese, da KPMG, que falou sobre o tratamen-to de crédito em carteiras inadim-plidas e quais as melhores práticas para se lidar com elas e recuperá-las, na medida do possível.

Após algumas indicações e nú-meros sobre o mercado de crédito brasileiro, Salvatore falou sobre os NPL’s, carteiras de alto risco de não recebimento cujo valor nominal supera o dos ativos que os garan-tem; os diversos tipos de carteira em que se podem enquadrá-los (consumer, comercial, imobiliária, entre outras), o histórico do merca-do de NPL’s e as principais oportu-nidades e ameaças existentes no mercado nacional de NPL’s, finali-zando com os aspectos legais que implicam ao se lidar com esse tipo de carteira.

A apresentação seguinte abor-dou uma temática geralmente pou-

co explorada dentro do tema cré-dito: o marketing na recuperação de crédito. A palestra foi condu-zida em duas metades, cada uma apresentada pelos diretores da dbdireto, Antonio Carletto e Agús-tin Sylvester. Carletto iniciou sua parte mostrando as características e quais as ferramentas utilizadas no marketing para cobrança, modelos preditivos para crédito, formas de observação de behavior do usu-ário desse crédito e Credit Score. Em seguida foi a vez de Agústin, analista de formação, explicar mais detalhadamente a metodo-logia utilizada para aplicação do marketing dentro das políticas e ferramentas de cobrança além das principais formas de segmentação do público a ser abordado (obvia-mente aquele identificado como o de maior propensão a quitar suas pendências), como o RFV: Recên-cia (período de inadimplência), Frequência (oportunidades em que alguém ficou inadimplente) e Valor (da dívida) que – de acordo com ele – representam 70% das informações necessárias para a prática de uma boa oferta, que re-presentam os 30% restantes, para assegurar a recuperação do crédi-to cedido.

Logo na sequência foi a vez da apresentação conduzida pelo exe-cutivo Claudio Gameiro, da ope-radora Claro, que mostrou alguns cases e campanhas que obtiveram sucesso dentro da empresa na re-cuperação de dívidas em aberto e recuperação de clientes inadim-

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EVENTOS

plentes através do bom uso da base de dados que a operadora detinha em mãos. O primeiro case mostrado por Claudio foi o da campanha de Natal de 2009, onde a operadora teve que usar as infor-mações de sua base para enviar boletos de cobrança somente aos clientes com maior possibilidade de pagamento, reduzindo assim os custos da operação e ampliando o potencial de retorno da ação. Na campanha, foi selecionado den-tro de uma base com mais de 700 mil clientes negativados um total de 242 mil, que passaram por uma avaliação de retorno após 45 dias do envio da correspondência. Essa base foi selecionada baseando-se em ferramentas de Collection Sco-re da Serasa Experian e na informa-ção positiva, onde foram avaliados como clientes de bom potencial de pagamento aqueles que tives-sem quitado dívidas no mercado durante o período imediatamente anterior à campanha. O resultado acabou sendo bastante positivo para a operadora, que obteve um índice de recuperação superior a 12%, bem acima da expectativa ini-cial de retorno, que girava na casa dos 9%. Outro case de destaque apresentado foi o da campanha de Dia das Mães, onde a operado-ra aplicou metodologia semelhan-te para comparar o retorno desse tipo de ação, com o envio de uma segunda carta com boleto somen-te com “bons pagadores”, em comparação às ações tradicionais de cobrança na mesma base, onde

foi detectado um índice superior de retorno em todas as faixas de atraso com o segundo boleto, que obteve – em média – índice de re-cuperação quase 500% superior aos métodos tradicionais.

As duas últimas apresentações trataram da participação de em-presas de relacionamento com clientes especializadas no segmen-to na eficiência das ações de co-brança. A primeira palestra foi co-mandada por Eduardo Tambellini, da Malta Assessoria de Cobrança, que falou sobre a terceirização de serviços de cobrança e a valoriza-ção das empresas especializadas, que já são mais de 1.800 em todo o País, num mercado com faturamen-to anual superior a R$ 8,6 bilhões e expectativa de crescimento na casa dos 20% para 2010. Eduardo explicou como é a forma de uma empresa de call center especiali-zada em cobrança poder melhorar os resultados em campanhas de recuperação de um cliente desde que pratique políticas internas de remuneração e qualidade ade-quadas às necessidades de cada cliente, entendendo o seu negócio e saindo das ações padronizadas, entendendo as regras do business do cliente, fazendo uso das ferra-mentas adequadas em cada situa-ção e investindo na gestão finan-ceira de cada carteira para obter bons resultados.

O tema apresentado por Eduar-do foi complementado pela apre-sentação de Luiz Gustavo Marinho, Superintendente de Operações da

AeC, que trouxe à pauta a criação de um novo modelo de cobrança baseado nas estratégias de CRM, onde um dos pontos primordiais para sua efetividade passa pela compreensão e analise do ciclo de relacionamento com clientes, desde suspects, prospects, clien-tes de fato até os ex-clientes; os motivos e as vantagens do uso de uma ferramenta de CRM na gestão de carteiras e ações de cobrança. “O CRM atrelado ao processo de crédito e cobrança permite gerar informações baseadas no histó-rico do cliente para a criação de Credit Score, Behavior Score, e Collection Score. Desta maneira pode-se criar estratégias diferen-ciadas para cada grupo de clien-te”, comentou. Mostrou todos os principais pontos ao redor das informações do CRM que podem ser mais facilmente acessados através de sua utilização, os prin-cipais aspectos agregados à ado-ção de uma ferramenta de CRM que podem influenciar não só na cobrança, mas também em todo o negócio da empresa e finalizou a apresentação com o exemplo de resultados obtidos com a adoção dessa metodologia de cobrança nos clientes da AeC.

Mais uma vez os presentes de-monstraram sua satisfação com a salva de palmas que marcou o en-cerramento do evento e no perío-do em que ainda mantiveram-se no local trocando ideias, experiências e opiniões mesmo após o término da última apresentação do dia.

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TECNOLOGIA

Computadores antigos ou obsoletos que para em-presas de diversos ramos

de atividade representam uma incômoda sucata eletrônica estão sendo recuperados para operar como terminais leves e doados para as áreas administrativas ou programas de inclusão digital re-alizados por entidades e institui-ções que atendam a comunidade. A idéia é da CRMG Network & Security, empresa especializada em soluções para informática, que resolveu doar a mão de obra do trabalho de recuperação dos equi-pamentos que seriam descartados pelos seus clientes.

Com o objetivo de promover a inclusão digital nas instituições beneficentes, assistenciais ou de ensino que não dispõem de ver-ba para a aquisição de equipa-mentos de informática, a CRMG Network & Security vem ofere-cendo gratuitamente estações de trabalho montadas com computa-dores e acessórios que, para mui-tos, não passam de lixo eletrôni-co. Os antigos computadores são transformados em eficientes ter-minais leves capazes de executar os programas básicos de texto e imagem.

Para permitir a utilização dos computadores em rede (estação de trabalho para o atendimento simultâneo de vários usuários) e o acesso à internet, a CRMG procura parceiros interessados em ampliar este projeto de informática social.

A própria empresa já adquiriu al-guns servidores e switches para atender as primeiras solicitações de entidades, mas necessitará de parcerias para tornar essas doa-ções perenes.

Segundo dados do Greenpe-ace, são descartados anualmente de 20 a 25 milhões de toneladas de produtos eletrônicos, grande parte de forma inadequada. Por conter materiais pesados e tó-xicos, como mercúrio, chumbo, cádmio, belírio e arsênico, o des-carte irresponsável gera riscos de

contaminação humana, da água e solo. De acordo com a Fecomér-cio - Federação do Comércio do Estado de São Paulo -, apenas 10% dos computadores são reciclados no mundo.

Destinação consciente

Ao modernizar a área de infor-mática, as empresas sequer con-tam um local adequado para o descarte dos equipamentos que para elas está sucateado. A maior parte delas desconhece a possi-

Lixo eletrônico de empresas é transformado em terminais para beneficiar instituições carentes.

Reciclando solidariedade

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TECNOLOGIA

bilidade de recuperação desses computadores que terão grande utilidade principalmente para as entidades ou instituições que pres-tam serviços à sociedade carente e que não disponibilizam de verba para a aquisição de equipamentos novos. É o caso dos monitores an-tigos que estão sendo substituídos pelos novos modelos de LCD.

“Estas estações de trabalho atendem com excelência os usuá-rios, seja na área administrativa, au-las de informática, consultas esco-lares ou qualquer outro programa ou projeto de inclusão digital por oferecerem todas as ferramentas básicas (editor de texto, planilha eletrônica, editor de imagem, na-vegador de internet, correio ele-trônico etc.) e, ainda, garantirem uma solução consciente e inteli-gente para o lixo eletrônico”, lem-bra Carlos Roberto Monteiro Gui-marães, diretor da CRMG Network & Security, empresa sediada em Campinas, especializada em solu-ções de informática.

A idéia de recuperar os compu-tadores obsoletos de seus clien-tes, entre eles o Center Fabril, BF-ETTO, Escola Associativa Waldorf Veredas e o Ateliê da Notícia, ama-dureceu justamente pela consciên-cia dessas empresas, que atuam nos mais diferentes ramos de ativi-dade, quanto aos conceitos da TI Verde (tecnologia da informação aplicada de forma sustentável), in-corporados aos seus projetos de informática.

“Algumas das empresas, inclusi-ve, já estão nos solicitando proje-tos para verificar se parte dos equi-pamentos antigos pode ser ainda aproveitada em algumas áreas

operacionais, como na recepção e atendimento, por exemplo, que exigem pouco da capacidade dos equipamentos. Com isso, essas empresas acabam conseguindo uma grande economia nos custos com a compra e manutenção de máquinas (hardware), com a aqui-sição de programas (softwares) e até com a redução do consumo de energia elétrica”, lembra Carlos Guimarães.

Equipamentos recuperáveis

Para ser transformado em um terminal de trabalho, os computa-dores antigos precisam ter apenas uma placa mãe, um processador (a partir do k6-2) e 128 Mb de memó-ria, além, é claro, de uma placa de rede. Isto porque todos os dados (arquivos) e o sistema operacional estarão armazenados somente no servidor, que compartilha o uso das funcionalidades (CD-ROM, DVD, impressoras etc.) com os usu-ários dos demais terminais.

O servidor a ser utilizado será dimensionado de acordo com o número de terminais que a ele se-rão conectados e com as aplica-ções que os usuários necessitarão. Para que uma rede com até seis terminais tenham uma velocidade bastante satisfatória, por exemplo, será necessário um processador (do tipo AMD Athlon XP 1700, 1024 de memória e um HD de 60 GB).

Não há gastos com software já que o sistema operacional utiliza-do é o Ubuntu (Linux), um software livre, ou seja, não precisa ser com-prado, pois é disponibilizado gra-tuitamente a qualquer interessado.

Já o servidor e o switch para

permitir o trabalho em rede e a conexão dos equipamentos à in-ternet precisam ser adquiridos e custam cerca de R$ 800,00 e R$ 60,00, respectivamente, mas, mui-tas vezes os antigos podem ser reaproveitados quando da subs-tituição por modelos mais poten-tes. “Alguns deles nós compramos para garantir a doação do sistema operacional completo e pronto para a utilização pelas entidades e instituições. Mas estamos também procuramos parceiros que tenham interesse em doar estes equipa-mentos para ampliarmos o atendi-mento aos projetos e programas de informática social”, acrescenta Carlos Guimarães.

Embora existam empresas que se ofereçam para comprar a sucata eletrônica, o valor pago é irrisório: R$ 0,10 o quilo, na Sucatas Bim, por exemplo, empresa que já se com-prometeu com a CRMG a doar os equipamentos em condição de re-cuperação para doação às institui-ções. Por isso é muito mais razoá-vel recuperar esses equipamentos e doá-los para quem precisa.

Os antigos computadores são transformados em eficientes terminais

leves capazes de executar os programas básicos de texto e imagem.

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COLUNISTA

A sua imagem trabalha contra ou a seu favor?A nossa imagem é a primeira impressão que é estabelecida num instante e dizemos que uma pessoa tem estilo quando esta impressão se mantém ao longo do tempo em um mesmo padrão de apresentação.

Por Rosely Jorge

Percebemos e tomamos deci-sões com base nas imagens captadas, sendo o inverso

também verdadeiro, ou seja, so-mos também avaliados pela ima-gem que transmitimos aos outros. Tão instantâneo quanto o olhar, é a imagem que fazemos de tudo e principalmente de nós mesmos. Aliás, não existe julgamento de valor mais importante, fator mais decisivo para o autodesenvolvi-mento do que a avaliação que fa-zemos de nós mesmos. Essa ava-liação é algo geralmente sentido, não um julgamento consciente e verbalizado, mas uma sensação – mais precisamente uma impres-são – que é difícil de discriminar e identificar, porque nunca deixa de estar presente; é o pano de fundo de todas as outras sensações; o contexto básico ou o reduto de todas as reações.

Esta auto-impressão particular afeta profundamente o processo de pensar, as emoções, os dese-jos, os valores, as metas e a ma-neira de interpretar o sentido de determinados acontecimentos. É a única chave de que dispomos para o nosso comportamento. Se você já sabe o que fortalece a sua auto-estima e o que fazer

para protegê-la, e em que medi-da sua auto-estima influi em suas escolhas e reações, você atingiu um alto grau de compreensão de si mesmo.

O grau de sua auto-estima in-flui profundamente em todos os aspectos de sua vida: como você constrói a sua imagem, como você se apresenta nos vár ios con-textos, tanto social quanto profis-sional, pessoal, familiar e afetivo-amoroso, influenciando no como você se relaciona com as pessoas e até consigo próprio.

Auto-estima: fator determinante de sua imagem

A auto-estima se traduz por uma sensação de capacidade para en-frentar os desafios da vida e de ser digno de felicidade. Traz em si dois elementos: a sensação de eficiência e auto-respeito. Daí é muito simples concluir que a sua imagem é a materialização da sua auto-estima projetada. A auto-es-tima é o primeiro referencial para construirmos a nossa imagem, e poderíamos dizer que ela é o filtro de nossa avaliação dos demais.

A nossa imagem é a primeira impressão que é estabelecida num instante e dizemos que uma pessoa

tem estilo quando esta impressão se mantém ao longo do tempo em um mesmo padrão de apresenta-ção. É quase uma marca e uma sin-gularidade que distingue uma pes-soa, dando-lhe identidade.

A imagem possui dois cami-nhos: o interior (como você se vê)

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COLUNISTA

e o exterior (como você é visto) e um trabalho direcionado para a melhoria de sua imagem deve considerar como você gostaria de ser percebido.

Se você concorda com a teo-ria “a primeira impressão é a que fica”, que se baseia em numerosas pesquisas sobre poder e influên-cia, em apenas dez segundos al-guém o terá avaliado da cabeça aos pés e decidido se o leva a sé-rio ou se o descarta de uma vez. E tudo o que ele fez foi olhar para você. Os julgamentos são feitos a partir de informações adquiridas não apenas com os olhos, mas com todos os sentidos.

Os Elementos da Imagem

Imagem corporal Muito se comunica por outros

meios que não a aparência, a voz e as palavras.

Embora a sua fisionomia seja o centro da sua comunicação, os gestos através de seu corpo gri-tam mensagens o tempo todo. Até sem dizermos uma palavra, podemos ser notados pela pos-tura. Seus olhos são as janelas de todo o seu corpo e transmitem todo o estado de ânimo daquele momento.

A imagem corporal é, de modo geral, inconsciente e precisa, indo muito além do que você possa ter como peças de seu vestuário.

Apesar dos avanços da me-dicina estética, não escolhemos os atributos físicos com os quais aportamos no mundo e a nature-za física de cada um é algo que temos que saber administrar. A apresentação pessoal positi va é saber compor todos os seus re-cursos, internos e externos, em movimentos harmônicos com os seus objetivos para realização.

Imagem falada Seu modo de falar, que diz res-

peito ao seu tom de voz, ao volu-me (alto ou baixo) que adota, ao tom (grave ou agudo), à velocida-

de, à dicção e a ressonância, bem como, o seu sotaque.

O conteúdo do que diz não é menos importante do que a forma como diz. O bom conhecimento do idioma que você utiliza como expressão, faz a diferença.

Imagem escrita Os textos que você escreve

revelam muito a re speito de sua imagem pessoal e daquilo que representa: uma organização, uma profissão, uma associação. O texto ruim projeta imagem ruim e com o avanço tecnológico em que as pessoas são linha e staff de seu próprio trabalho, é óbvio que em um simples envio de e-mail a sua imagem está sendo percebida.

Podemos dizer que uma ima-

gem bem construída deve levar em conta três pilares de sustentação:

Conhecimento e conteúdo – (interno e externo) que define a competência com a qual constru-ímos a nossa imagem, face aos objetivos que queremos alcançar.

Relacionamento – que é o seu networking fazendo com que sua imagem encontre um campo fértil para realizar seus objetivos.

Apresentação – que a adequa-ção ao contexto de atuação, seja pela linguagem corporal, pessoal, escrita ou falada.

*Rosely Jorge é psicóloga clíni-ca e organizacional com mais de 20 anos de experiência em Plane-jamento de Vida e Carreira, Ma-rketing Pessoal e Administração do Stress.

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TECNOLOGIA

Contagem regressiva para a Certificação Digital

Empresas brasileiras têm até o final de junho para adotar a certificação digital, pois toda a comunicação com a Receita Federal do Brasil terá que ser, obrigatoriamente, feita por documento eletrônico.

Da Redação

Uma verdadeira corrida pelo documento digital deverá ocorrer nos Brasil nas próxi-

mas semanas. Até o final de junho deste ano, as 1,4 milhão de empre-sas brasileiras que optaram pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido deverão apre-sentar as declarações à Receita Fe-deral do Brasil com a utilização da certificação digital. A orientação é que os empresários não deixem a aquisição para a última hora, evi-tando, assim, congestionamento e o risco do não-cumprimento do prazo estipulado pela Receita Fe-deral do Brasil.

A data limite para a adesão da certificação digital às empresas com regime de Tributação basea-do no Líquido Presumido é no dia 30 de junho. Até lá, para atender de forma ágil e facilitada a essa nova demanda, a Fenacon (Fede-ração Nacional de Empresas Con-tábeis, de Assessoramento, Perí-cias, Informações e Pesquisas) e a Certisign, empresa especializada no desenvolvimento de soluções de certificação digital, assinam na próxima terça-feira (dia 23.02) uma parceria para facilitar a utiliza-ção do certificado digital no Bra-sil. Para os empresários de todo o país, a principal vantagem da parceria está na possibilidade de

adotar o sistema com uma logísti-ca facilitada a preços mais justos, gerando economia e segurança no processo.

Segundo a Receita Federal do Brasil, a medida valerá a partir deste ano, mas se aplicará às de-clarações de qualquer exercício, não somente das referentes aos períodos de apuração de 2010. “Essa mudança afetará um univer-so de 1,4 milhões de contribuintes, com um custo para a emissão do certificado de aproximadamente R$ 200,00 para o recebimento do smartcard e/ou token e a instala-ção do programa no computa-dor”, explica o presidente da Fena-con, Valdir Pietrobon. Ele destaca que o uso da certificação digital é um estímulo para a informatiza-ção na comunicação de dados e adoção de tecnologias de ponta no sistema empresarial brasileiro.

Data limite para a adesão da certificação digital às empresas

com regime de Tributação baseado no Líquido Presumido é

no dia 30 de junhoSegurança e desburocratização

Entre as vantagens da certifica-ção digital para as empresas bra-sileiras é a segurança na hora de enviar documentos importantes. “Com o certificado digital é seguro declarar os impostos. É a assinatura eletrônica que garante a identida-de de quem está enviando a decla-ração”, ressalta Pietrobon. Outro ponto positivo é o menor tempo, pois a certificação digital possibi-lita o acesso de informações on-line, permitindo, por exemplo, a impressão de declarações já en-viadas e o envio de novas informa-ções à Receita Federal do Brasil, sem precisar ir pessoalmente para tais atos.

Pietrobon também destaca que os processos serão menos burocráticos. “Antes, tudo o que era solicitado tinha que ter a assi-natura do responsável, autentica-

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TECNOLOGIA

Com o certificado digital é possível fazer pesquisa da situação fiscal, negociar

parcelamentos, fazer ratificações dos DARFs,

solicitar certidão negativa e obter cópia de declaração

ção, reconhecimento de firma em cartório. Agora, com o certificado digital, você elimina todos esses procedimentos, garantindo con-fiabilidade e agilidade ao proces-so”, enfatiza.

A tecnologia proporciona tam-bém agilidade e redução de cus-tos com a desmaterialização de processos que possibilita a elimi-nação de papel, além do maior aproveitamento do espaço físico, já que todo e qualquer documen-to assinado digitalmente tem vali-dade jurídica.

Para José Luiz Poço, presidente da Certisign, é fundamental que o país se adeque à chamada ‘Era Paperless’. “Ainda mais quando se têm dados de que devido à má gestão, a cada 12 segundos, um documento é perdido e resul-ta em um custo médio de US$ 120 para recuperá-lo. Com a enorme demanda de informações e da-dos que as empresas precisam armazenar, somente no Brasil são guardados cerca de 84 bilhões de documentos. E as pesquisas com-provam que um documento guar-

dado de forma equivocada leve quatro semanas por ano para ser encontrado. A certificação digital é uma tecnologia sem volta e im-prescindível para qualquer profis-sional”, reforça.

Certificação digital

O certificado digital é um docu-mento eletrônico de identidade de pessoa física ou jurídica. Com ele, é possível fazer pesquisa da situa-ção fiscal, negociar parcelamentos, fazer ratificações dos Documentos de Arrecadação de Receitas (DAR-Fs), solicitar certidão negativa e obter cópia de declaração. “Pela internet, o certificado digital é uma forma de garantir a legitimidade das transações e a segurança das partes envolvidas”, explica o presi-dente da Fenacon.

A assinatura eletrônica de docu-mentos pela internet é feita passan-do um cartão pessoal (smart-card) e digitando a senha numa máquina de leitura ótica conectada ao com-putador. É utilizada para garantir a autenticidade, a privacidade e a inviolabilidade das mensagens e documentos tramitados eletro-nicamente. Por ser pessoal e in-transferível, ela funciona como uma espécie de carteira de identidade virtual que permite a identificação segura do emissor e do destinatá-rio da mensagem em rede.

O processo de certificação utili-za procedimentos lógicos e mate-máticos bastante complexos para assegurar confidencialidade, inte-gridade das informações e con-firmação de autoria. Para isso, são utilizados dados do titular, como nome, e-mail, CPF, chave pública e assinatura da autoridade certifica-dora que o emitiu.

Diversos setores da economia e do cotidiano brasileiro adotam a certificação digital. Planos de saúde, bancos, sistemas de segu-rança, cartórios e empresas que exportam produtos têm na certi-ficação digital uma ferramenta de uso constante.

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TECNOLOGIA

Convergência digital: como fazer o site entrar no celular?

Com o crescimento da utilização de smartphones no Brasil, especialmente do iPhone da Apple, sites e portais comerciais começam a ganhar sua versão especial para celulares.

O brasileiro é o povo que mais gasta tempo na inter-net, cerca de 45 horas por

mês de acordo com o Ibope Niel-sen Online. Com a convergência digital para o aparelho celular e o barateamento da telefonia móvel esse número de horas deverá au-mentar e impulsionar a criação de home-page para o telefone.

Hoje, praticamente todos os ser-viços gratuitos do Google, Flickr, Evernote e Twitter já tem a versão para iPhone. Com o crescimento da utilização de smartphones no Brasil, especialmente do iPhone da Apple, sites e portais comerciais começam a ganhar sua versão es-pecial para celulares.

“No geral, a procura ainda é pela otimização do site tradicional”, ex-plica Estevam Romera, sócio da agência de webdesign VSEIS. A demanda é quase exclusiva para o iPhone da Apple. Grandes sites nacionais, como o Globo.com e o UOL, e também internacionais, como o Google e o Flickr, optaram por sites específicos para o iPhone. “Para se ter uma idéia, em diversos portais que monitoramos na VSEIS, o iPhone é o único que realmente aparece nas estatísticas. Por exem-plo, há sites que registram 261 aces-sos por Linux, 169 acessos por iPho-ne e apenas um por Blackberry, ou seja, embora o Blackberry domine o mercado corporativo, o iPhone é o único celular realmente usado para acessar a internet”, explica.

Esses sites apresentam layout mais vertical, com botões e letras maiores, facilitando a navegação e leitura em telas pequenas. E tam-bém são mais enxutos porque a área para dispor as informações é menor. No mercado, existem duas opções para se criar uma versão para smartphones. A mais procura-da é uma otimização do site origi-nal que não compromete a nave-gação no iPhone, já que ele ainda não suporta uso do flash e alguns recursos Ajax. A segunda, mais cara, é desenhar um site exclusivo para telefones celulares.

O custo para redesenhar o site para o telefone celular depende do tamanho que possui a página a ser transposta, mas pode che-gar a 80% do custo de uma home page tradicional. Para o usuário, a diferença principal é a diagrama-ção mais adequada à tela do te-lefone e também a velocidade de navegação, já que o site para ce-lular costuma ter menos imagens e mais texto.

Essa tendência deve se conso-lidar. Dados do instituto de pes-quisas Gartner mostram que as vendas de iPhone cresceram 141% no segundo trimestre deste ano no Brasil. De acordo com o levan-tamento, foram comercializados nesse período 108,2 mil unidades do aparelho, contra 44,8 mil celu-lares vendidos nos primeiros três meses de 2009 apenas para o mer-cado doméstico, não incluindo

vendas para empresas. Isso repre-senta 1% do mercado de celulares do Brasil. O BlackBerry representa 1,8%, com cerca de 300 mil apare-lhos vendidos no país. Ainda se-gundo o instituto, o segmento que mais cresce na indústria mobile é o da venda de smartphones. Em 2009, a venda mundial desse tipo de aparelho já alcançou a marca de 40 milhões de unidades ven-didas, um crescimento de 27% na comparaç&ati lde;o a 2008.

Esse crescimento provoca. Exemplo disso é a empresa LCA, uma das maiores consultorias eco-nômicas do Brasil, que recente-mente disponibilizou seu site para navegação em celulares porque seus clientes utilizam muito o aces-so móvel. O perfil de seus clientes é de pessoas que utilizam o smar-tphone para obter informações de forma rápida, em qualquer horário, e de qualquer lugar. “Seguindo a tendência de mercado, e princi-palmente atendendo ao perfil do nosso cliente e à demanda por uma base de dados precisos que o auxilie na tomada de decisões, disponibilizamos todo conteúdo do nosso site para dispositivos móveis. Dessa forma, nosso cliente pode ter acesso ao nosso banco de dados e às demais publicações, a qualquer momento - no trânsito, durante uma reunião, no in tervalo de seus compromissos”, explica José Gregório Rodriguez, Diretor de Marketing da LCA.

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COLUNISTA

Tecnologia que nasceu nos mainframes da década de 60 e chegou aos PC´s nos idos

de 1998, a virtualização nunca foi tão atual e revolucionária. Espe-cialmente por sua capacidade de viabilizar a computação em nuvem que promete ser a primeira pos-sibilidade real de levar soluções sofisticadas em sua essência, mas simples em sua utilização, por pre-ços acessíveis para as pequenas e micro empresas.

Como já foi comprovado, se bem gerenciada, ela diminui a utili-zação de espaço físico - até então ocupado por inúmeros servidores - reduzindo assim os gastos com energia elétrica. Adicionalmente, oferece total flexibilidade para instalação de aplicações, que vão desde hospedagem de sites, sis-tema corporativo, plataformas voip, servidor de games e tudo mais que é utilizado na computa-ção tradicional.

Tudo isso, porque basicamente a virtualização viabiliza servidores virtuais que tem a capacidade de rodar diferentes sistemas opera-cionais, ao mesmo tempo, tendo a possibilidade de executar diferen-tes aplicações.

De acordo com estudos da con-sultoria ID, foi constatado que atual-mente 42% das grandes e médias empresas brasileiras já utilizam a virtualização em TI. Os pequenos empreendedores também já en-xergam na virtualização a possibi-lidade de ampliar seu próprio ne-gócio e ao mesmo tempo visam às vantagens desta tecnologia.

A revolução da velha senhora*Por Marcelo Safatle

O espaço físico, sobrecarga de servidores, refrigeração e os gas-tos com energia elétrica, grandes problemas para os data centers, são amenizados com a adoção total ou parcial da virtualização. Afi-nal, só a conta de energia pode so-frer queda de 30% no final do mês. E o impacto mais positivo ainda vai parar na conta do cliente.

Uma pesquisa do Gartner Group, realizada no final do ano passado, constatou que em 2009 o faturamento mundial de software de virtualização cresceu cerca de 43%. Isso resultou na economia de aproximadamente US$ 2,7 bilhões. Para este ano, a expectativa é que este número cresça ainda mais.

Com esse conjunto de fatores e acompanhando de perto este ni-

cho de mercado, percebi que este impulso no fluxo de crescimento na utilização desta tecnologia não deve parar de crescer tão cedo.

Posso afirmar que esta tecno-logia tem a capacidade de pro-mover impactos significativos de retorno aos investimentos feitos pelos pequenos e médios empre-endedores em pouco tempo.

Sem dúvida alguma a virtualiza-ção hoje é um exemplo de con-solidação de uma tecnologia que atende sob medida a real necessi-dade das pequenas e médias em-presas, que buscam soluções cada vez mais ágeis e confiáveis para o crescimento e consolidação de seu próprio negócio.

*Marcelo Safatle é diretor execu-tivo da Hostlocation.

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MERCADO

Nascida na cidade de Porto Alegre, durante o ano de 2005, a Tesa Telecom aprovei-

tou o crescimento do mercado de banda larga no Brasil para também crescer no segmento de telefonia IP. A empresa, que teve entre seus primeiros clientes de serviços e so-luções VoIP, o grupo RBS – subsidi-ária da rede Globo no Rio Grande do Sul – e o portal Terra – um dos maiores da América Latina, hoje já figura entre as principais operado-ras de telefonia IP do Brasil.

Não somente pelos clientes de renome, como o WTC São Paulo, o Terra e a RBS, mas também pelo reconhecimento de mercado de marcas como o Click to Call e o Softphone, ferramentas desenvol-vidas por ela, a Tesa tem chamado atenção no mercado.

Em 2009, a companhia faturou R$ 12 milhões, e para 2010 tem previ-são de faturar em torno de R$ 25 milhões. O otimismo quanto ao crescimento vem de diversos fato-res, desde a adoção da política de canais de venda, ocorrida há dois anos atrás, até o desenvolvimento tecnológico e a expansão da co-bertura da banda larga no País e chega a vislumbrar o Plano Nacio-nal de Banda Larga, com anúncio por parte do governo prometido para o mês de abril desse ano.

Em uma breve conversa com o Diretor Comercial e de Marketing da Tesa Telecom, Luciano Monte-

negro de Menezes, a Revista Inter IT pode descobrir um pouco mais sobre a empresa gaúcha.

Revista Inter IT: Como foi o surgi-mento da Tesa Telecom? Como se desenvolveu o processo de nasci-mento da companhia? A idéia de atuar nesse segmento, histórico de atuação dos fundadores etc.Luciano Menezes: A TESA foi fun-dada pelo seu atual presidente Ro-berto Miranda, logo após sua saída do Grupo RBS. Atento a uma ne-cessidade dos grandes grupos de mídia no segmento web, iniciou-se um trabalho para criação de um sof-tware de Telecom que os atendes-se nas novas demandas que esta-vam surgindo. A empresa também investiu no crescente mercado IP e concentrou seus esforços através de sua plataforma de software, ge-rando serviços de telecom.

A empresa nasceu em Porto Ale-gre onde ainda mantém filial com seu grupo de desenvolvedores, a fundação da matriz em São Paulo foi devida a estratégia de multiplica-ção do negócio, que tem superado os objetivos atuando com o mode-lo de negócio do tripé de software, serviços de Telecom e minutos.

Revista Inter IT: Como é o mode-lo de negócios e a forma atual da Tesa atuar? Quais as principais di-ferenças entre fornecer software

de telefonia IP e atuar como uma operadora de Telecom realmente?Luciano Menezes: A TESA atua atualmente com operação 100% focada no cliente, oferecendo um extenso portfólio de produtos de Telecom, com forte atuação em serviços baseados em sua pla-taforma IP. A empresa também

Oparadora de telefonia IP Tesa Telecom cresce ano após ano e projeta dobrar o faturamento em 2010 com perspectivas de melhora na qualidade e alcance da banda larga em todo o País.

Crescendo a passos largos

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MERCADO

oferece o serviço de Outsourcing e passou a operar recentemente em grandes empreendimentos como o complexo WTC São Pau-lo, Office Tamboré, West Point, Murano e West Side.

O diferencial da empresa é oferecer diversos serviços atra-vés de seu software. Com a cria-ção do Softphone e produtos como Clik to Call, que ganharam a confiabilidade do mercado, a TESA ganhou uma grande força e hoje é responsável por 90% des-tes serviços prestados no país. Já na área de telefonia a TESA não somente presta serviços como é uma operadora STFC com núme-ro válido e CSP 038, além disso a empresa tem se diferenciado com a prestação de serviços per-sonalizados e com a flexibilidade de atender aos clientes conforme sua real necessidade.

Revista Inter IT: Qual foi e como foi o processo de conquista do primei-ro cliente (ou os primeiros) da Tesa?Luciano Menezes: Os dois primei-ros clientes da TESA foi o Grupo RBS com a inovadora ferramenta de ligação via Call Back o Click to Call e o portal Terra com a criação de um softphone totalmente per-sonalizado, que é comercializado até hoje através do Terra VoIP aos clientes do Terra.

Revista Inter IT: Em termos de nú-meros e resultados (carteira de clientes, distribuidores, parceiros, faturamento, lucro, investimento, cobertura etc.), qual o histórico de desenvolvimento da empresa em seus quatro anos de existência?Luciano Menezes: A TESA em seu primeiro ano faturou R$ 500 mil, no segundo ano R$ 2 milhões, no terceiro ano R$ 7 milhões, e quar-to ano R$ 12 milhões e a previsão para 2010 será de R$ 25 milhões.

A carteira de clientes acompa-nhou esta evolução de faturamen-to e outra grande força para esse crescimento foi a política de canais

de venda iniciada há dois anos e que hoje conta com mais de 120 em todo país. Nossa força de ven-das está concentrada em São Pau-lo, e recentemente operando tam-bém na filial em Goiânia, na região de Campinas, RJ e BH.

Revista Inter IT: Qual foi o lucro da companhia em 2009?Luciano Menezes: O lucro não é divulgado.

Revista Inter IT: Em 2009, a empre-sa cresceu 37%, quais os principais fatores que levaram a esse resul-tado? Quais as metas e previsões – em termos de resultado – para o ano de 2010?Luciano Menezes: O principal fa-tor para este crescimento foi: cres-cimento da carteira de clientes através da força de nossos canais de vendas, aquisição de novas carteira de clientes, abertura de uma nova unidade de negocio para Outsourcing de Telecom em empreendimentos. A meta segue na mesma linha que 2009 com um crescimento previsto de 12 milhões para 25 milhões em receita.

Revista Inter IT: A qualidade da atual infraestrutura de banda lar-ga (fixa e móvel) no Brasil já possi-bilita chamadas IP eficientes, com a qualidade esperada?Luciano Menezes: Sim. Sabemos que existe espaço para melhora, mas já esta bem melhor do que 5 anos atrás. O crescimento das cha-madas IP esta diretamente ligado a BL. Se a banda larga tivesse crescido em proporções maiores, certamen-te a TESA ao invés de crescer 37% dobraria ou triplicaria de tamanho.

Revista Inter IT: Como a empresa enxerga a difusão da banda larga pelo País, prometida pelo Governo Federal através do Plano Nacio-nal de Banda Larga? Será positivo para o segmento da empresa ou ainda não há uma idéia clara de

como essa banda larga chegará ao restante do País?Luciano Menezes: Com certeza este fator é importantíssimo e po-sitivo para nosso segmento, mas Banda Larga por si só não surge efeito no nosso segmento, é muito necessário que haja qualidade e velocidade na conexão. Uma coi-sa é a democratização da BL para conexão de internet, acesso web e outra coisa é uma conexão que suporte voz com qualidade. Muitas cidades no Brasil ainda não pos-suem uma internet de qualidade suficiente para uma conexão IP.

Revista Inter IT: Novas tecnologias de banda larga móvel, como o LTE e o WiMAX, têm, de fato, potencial para revolucionar o setor?Luciano Menezes: Sem duvida ne-nhuma. Obviamente sempre levan-do em conta a questão anterior de qualidade e velocidade na cone-xão IP.

Revista Inter IT: A telefonia IP pode superar (ou já supera) em núme-ros, a telefonia convencional fixa e móvel?Luciano Menezes: De forma algu-ma, tem muito campo a ser explo-rado. Em alguns países a conexão IP já foi superada, mas não no Brasil.

Revista Inter IT: A Tesa trabalha com ações voltadas para sustenta-bilidade, meio ambiente e/ou res-ponsabilidade social? Se sim, quais?Luciano Menezes: Desde o inicio a empresa tem a atenção voltada a ações de sustentabilidade. Hoje a nossa atuação é principalmen-te com ações internas devido ao fato de ser uma empresa jovem, mais que tem resultados devido a seus colaboradores também se-rem jovens e aderirem facilmente a essa conscientização. Mais há muito o que ser feito e em 2011 temos em nosso planejamento ações para que a nossa atuação seja fortalecida também no am-biente externo.

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COLUNISTA

O mundo atual é inconcebí-vel sem internet. Após 40 anos desde que dois com-

putadores de uma universidade se conectaram na Califórnia (EUA), 1,5 bilhão de pessoas fazem parte da rede mundial de computadores em todo o mundo, concretizando o que o filósofo Marshall McLuhan previu na década de 60: a transformação do mundo em uma aldeia global.

Hoje é possível acompanhar em tempo real a situação na Palestina pela visão de seus moradores, reali-zar cirurgias à distância, desenvolver projetos colaborativos espalhados por diversos países, trocar mensa-gens com amigos e fazer compras sem sair do conforto de casa.

Os principais fatores para essa propagação da internet foram o aprimoramento da tecnologia, o desenvolvimento e popularização dos computadores pessoais, além da diminuição do preço da cone-xão. Para se ter uma idéia, a maioria das casas na Coréia do Sul possui internet veloz, com conexões entre 50Mb/s e 100Mb/s, a um preço in-ferior a US$ 20 por mês. Em outros países, no entanto, seus habitantes não tem as mesmas possibilidades de conexão, muitas vezes pagan-do caro por isso e com um uma qualidade de acesso inferior.

O Brasil é um desses tristes exemplos. Em algumas áreas do país as pessoas vivem como se a internet ainda não tivesse sido de-senvolvida. São milhões de habi-

Internet quarentona ainda não se mostrou inteiramente ao BrasilPor Emílio Loures

tantes que não podem provar os seus benefícios e se preparar para atuar na sociedade do conheci-mento do século XXI, que necessa-riamente passa pela alfabetização digital. Em muitos locais, é possível encontrar apenas conexão disca-da, com velocidade só existente nos primórdios da internet.

Mesmo nos locais com acesso à banda larga, como São Paulo, o consumidor tem que escolher entre uma variedade limitada de prestadoras de serviços, conexões com velocidades que nem de lon-ge lembram as dos países madu-ros e pagar um dos preços mais caros do mundo.

Segundo um estudo divulgado pela Cisco, a penetração da ban-da larga no Brasil é de pouco mais de 5%, sendo que em algumas re-giões, como o Nordeste, ela não chega a 2%. A propagação de dados Banda larga é critica para um país como o Brasil e a tecno-logia WiMAX é uma alternativa para conectar o território com um excelente custo-benefício. Consi-derando as proporções continen-tais do nosso país, é fácil deduzir as dificuldades de se alcançar re-giões remotas por cabo. Imagine conectar cidades amazônicas via cabo. Seria uma tarefa praticamen-te impossível.

A tecnologia WiMAX foi desen-volvida dentro de um padrão de mercado e é uma solução criada para a transmissão de dados. Além

disso, tem a melhor relação custo-benefício, com performance supe-rior, além de poder ajudar a reduzir o abismo tecnológico e promover a inclusão digital.

Essa possibilidade é um dos principais impulsionadores da adoção da tecnologia no mundo. Atualmente já há mais de 480 im-plementações nos diversos países e mais de 180 produtos certificados pelo WiMAX Fórum. E a tendência é de crescimento. Um estudo da Telecoms & Media aponta que 66 milhões de pessoas utilizarão Wi-MAX ao redor do mundo em 2012.

O Brasil não precisa esperar mais para conectar sua população ao século XXI, pois concentra condi-ções ideais para isso. Já existe uma cadeia produtiva preparada para atender a demanda e produtos cer-tificados. O espectro, no entanto, é o fator crucial. Entendemos que a faixa de 2,5 GHz , agora em dis-cussão, oferece uma ótima oportu-nidade para tanto, desde que pre-parada de forma neutra e flexível. Outro ativo fundamental nesse pro-cesso é a faixa de 3,5 GHz, cujo lei-lão foi interrompido em 2006. Para que haja melhor oferta competitiva de serviços de banda larga sem fio em áreas hoje precariamente atendidas não há grande mistério: as tecnologias estão disponíveis, a indústria possui os equipamentos e a demanda continua reprimida.

*Emílio Loures é Diretor de As-suntos Corporativos da Intel Brasil

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