Revista iMasters #17

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Nós fazemos a Internet no Brasil R$24,00 Fevereiro 2016 / Ano 05 / Edição 17 PLANROCKR A FERRAMENTA QUE VAI MUDAR SEUS PROCESSOS PARA MELHOR SQL SOBRE SQL HINTS, HUMILDADE E CANJA DE GALINHA #pag50 #pag30 MOBILIDADE É TUDO ANDROID 6.0 E A POLÍTICA DE PERMISSÕES #pag16

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15 anos de iMasters! Confira uma matéria especial nesta edição e conheça mais da história que não é só nossa, mas de toda a comunidade.

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PLANROCKRA FERRAMENTA QUE VAI MUDAR SEUS PROCESSOS PARA MELHOR

SQLSOBRE SQL HINTS, HUMILDADEE CANJA DE GALINHA

#pag50#pag30

MOBILIDADE É TUDO

ANDROID 6.0 E APOLÍTICA DE PERMISSÕES

#pag16

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TIAGO BAETA Publisher

RINA NORONHA (MTB 2759-ES) Editora/Jornalista Responsável

FABIO LODY Direção de Arte / Diagramação

NATHÁLIA TOREZANI Revisão

COLABORADORES Bruno Rodrigues, Charles Fortes, Clayton da Silva, Elton Minetto, Kemel Zaidan, Lidiane Monteiro, Luiz Henrique Garetti, Mariana Anselmo, Rafael Silveira, Reinaldo Ferraz, Ricardo Ogliari, Wagner Crivelini.

ESKENAZI INDÚSTRIA GRÁFICA Gráfica

GRUPO IMASTERS Organização

> 1000 exemplares

> ISSN 1981-0288

Rua Claudio Soares 72, conjunto 1302, Pinheiros - São Paulo/SP CEP: 05422-030 Telefone: (11) 3063-5941

www.imasters.com.br/revista [email protected] Twitter: @iMasters Facebook: /PortaliMasters

Os artigos assinados são de res-ponsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e il-ustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização dos artistas ou do editor da revista.

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Editorial

15 anos atrás, eu publicava o primeiro site do iMasters. Ainda não era um deploy, a cone-

xão era discada e nós éramos conhecidos como webmasters.

Mas o objetivo era o mesmo: integrar as diversas comunidades da época, quando ainda

falávamos de CGI, ASP e Flash. A união dos vários sites segmentados de 2001 formou o

Portal iMasters, que contava com um plantão de notícias, o e-mail gratuito @imasters.com.

br, que era a identidade do webmaster, o embrião do nosso Fórum e um Site Inspector.

Após 6 anos de várias outras novidades e a formação de uma comunidade forte de desen-

volvedores, lançamos, em 2007, a revista impressa, que veio para dar ainda mais poder ao

desenvolvedor, documentando em papel os temas mais importante que construímos ao

longo dos anos. E hoje, 8 anos após essa primeira edição, convido você para ler a revista

especial de 15 anos do iMasters.

Nesta edição, já a 17ª, você conhecerá um pouco mais da nossa trajetória, aquela que a

comunidade construiu conosco. Isso ficou muito visível em cada depoimento que recebe-

mos - e que você verá nas próximas páginas.

Mas, como 15 anos não se faz apenas com a nossa história, e também queremos ter muito

mais para contar nos próximos 15, vem com a gente na leitura de matérias incríveis sobre

inovação, construção da comunidade e muito mais.

Eu estou muito feliz em compartilhar com vocês um pouco desses 15 anos. E agradeço

aqui a cada um que contribui diariamente para que tudo isso seja possível. Obrigado pela

confiança, carinho e companhia em todo esse período.

Tiago Baeta

Diretor Executivo - Grupo iMasters

www.imasters.com.br | [email protected]

CONHEÇA O

15 anos de iMasters: Uma história contada por todos nós.

Planrockr

A ferramenta que vai mudar seus processos para melhor

SQL

Sobre SQL Hints, humildade e canjade galinha

Mobilidade é tudo

Android 6.0e a Políticade Permissões

30

23

5016

Sumário < 7

A iMasters é uma revista de Tecnologia/Web aberta a novas ideias. Para colaborar envie o seu material por e-mail [email protected]

11 :: Entrevista > Morten Primdahl - em busca do lado humano da tecnologia

20 :: Capa > 15 anos de iMasters: uma história contada por todos nós

29 :: Especial 15 anos > Qual a sua história com o iMasters?

30 :: SQL > Sobre SQL Hints, humildade e canja de galinha

34 :: Especial 15 anos > Qual a sua história com o iMasters?

35 :: Desenvolvimento > Arquitetura e estratégias para a integraçãode aplicações corporativas

38 :: Sr. Conteúdo > Conteúdo longo, conteúdo curto: cada um em seu lugar

41 :: Por aí > Fazendo a internet do Brasil pelo mundo

45 :: Código Livre > Privacidade Online

43 :: Por aí > CCXP Experience 2015

46 :: Especial 15 anos > Qual a sua história com o iMasters?

57 :: Especial 15 anos > Qual a sua história com o iMasters?

66 :: Especial 15 anos > Qual a sua história com o iMasters?

50 :: Review > iMasters Planrockr

52 :: Bussiness Inteligence > Big Data, o aliado na retenção de clientes

54 :: Inspiração na Computação > Computação e tecnologia são para mulheres?

62 :: Banco de Dados > High Availability e Disaster Recovery

64 :: 7Masters > Edições Agile e SEO

60 :: Por dentro do W3C > A Web invisível

16 :: Mobilidade é tudo > Android 6.0 (Marshmallow!) e a Política de Permissões

Sumário < 9

Morten Primdahl: em busca do lado humano da tecnologia

Por Rina Noronha, para Redação iMasters

Entrevista < 11

Pensar no crescimento e na longevidade das empresas não é tarefa fácil. É preciso saber lidar com as adversidades da economia, concorrência, gestão e outros elementos que fazem parte do cotidiano empresarial. O crescimento futuro é sempre uma preo-cupação e, mais além, o investimento em inovação - o que fazer e como - é essen-cial para a longevidade de uma empresa, em especial em uma área tão dinâmica quanto tecnologia.

A Zendesk, criada em 2007, é um excelente exemplo de empresa que tem conseguido superar a si mesma e garantir um espaço importante no mercado. Morten Primdahl, co-founder e CTO da empresa, conta um pouco da experiência nesta entrevista, que versa sobre tecnologia, relacionamento com o cliente, inovação e o que tivemos nos últi-mos 15 anos - e o que veremos pela frente.

Revista iMasters: Que tipo de inovação a Zendesk trouxe à época da fundação da empresa?

Morten Primdahl: Muitas das coisas que existem e que nós achamos óbvias, em ter-mos de produtos SaaS, foram feitas pela primeira vez por empresas da geração da Zendesk. Hoje, é óbvio que você deve ser capaz de se registrar, cadastrar o seu car-tão de crédito e começar a usar o produto. Esse nível de simplicidade apenas não exis-tia naquela época. Uma das coisas que nós ajudamos a trazer para a indústria foi isso, que o software não precisa ser desafiador, complicado, feio ou caro; nós o fizemos ma-ravilhosamente simples, acessível a empre-sas de todos os tamanhos, e escalonável. Talvez a maior inovação tenha sido que nós construímos algo tendo em mente o cliente.

RiM: Houve um problema específico que você queria resolver naquela época? Conse-guiram resolvê-lo?

MP: Nós realmente queríamos organizar softwares empresariais de A a Z. Queríamos permitir que as pessoas pudessem ignorar os processos pesados de vendas e a ne-cessidade de consultores caros, porque o produto era muito complicado. Isso foi o que

realmente nos guiou na época e nos guia até hoje, então nesse sentido ainda estamos re-solvendo isso e é assim que deve ser - não há nenhuma linha de chegada e vamos con-tinuar evoluindo e melhorando a nossa oferta para muitos, muitos anos por vir.

RiM: Que novos problemas que você viu ao longo dos anos?

MP: Quando você começa uma empresa de zero a IPO e além, você vê todos os tipos de problemas. Uma vez que você resolve um, um novo vai vir no seu caminho. Isso é verdadeiro em todas as partes do negócio à medida que tudo cresce, quer se trate de tecnologia, atendimento ao cliente, recursos humanos ou qualquer parte da empresa.

Nós tivemos que aprender a dimensionar nossas operações à medida que a empre-sa amadurecia – temos plena consciência de como é difícil fazer isso com o serviço ao cliente, dimensionar empatia – e pegar es-sas lições e colocá-las em nosso produto, em nosso material de treinamento e torná--los parte do nosso DNA.

RiM: Como você lida com a inovação, com as novas soluções que surgem a cada dia? O que é inovação para você?

12 > Entrevista

MP: O tipo de inovação que mais me impres-siona é aquela em que você alcança novas e melhores soluções para substituir o seu legado. Isso é uma coisa muito mais difícil de fazer do que inovar a partir de um ponto de partida limpo, zerado, mas quando você faz isso acontecer, é uma coisa maravilhosa.

Então, percebemos que Zendesk deve con-tinuar a evoluir, parte por parte, à medida que novas tecnologias e mentalidades sur-jam. Se não o fizermos, vamos nos tornar irrelevantes – devagar e certamente – e isso não é para nós.

RiM: Qual foi a dificuldade tecnológica mais crítica/específica que vocês tiveram que superar? Você diria que é basicamente o mesmo para qualquer empresa de tec-nologia?

MP: Posso dizer que temos sido realmente bons em não resolver problemas específi-cos. Nós levamos isso muito longe usando apenas tecnologias existentes e comprova-das. Continuamos a ser muito pragmáticos nesse sentido.

No entanto, lidar com a tecnologia em esca-la, hoje, é muito diferente de quando come-çamos. Nós não tínhamos AWS, SendGrid ou muitos dos serviços que se unem para construir um produto SaaS moderno atual-mente, por isso tivemos que construir e di-mensionar tudo a partir do zero, da maneira mais difícil. Quando você começa uma em-presa hoje, está em uma posição muito boa, do lado de fora, se você conseguir pensar o

seu problema de uma forma onde você pode alavancar Amazon ou o Google para forne-cer as soluções.

RiM: De que forma uma solução tecno-lógica pode fazer um trabalho humano, como atendimento e relacionamento com o cliente, sem perder o “toque humano”? É possível?

MP: Acho que estamos no negócio de di-mensionar e ampliar a empatia, de compre-ender um indivíduo e dar-lhe o que ele está procurando com o menor atrito possível. Isso é uma coisa difícil de dimensionar, ser um “advogado do cliente” é um trabalho duro. Com a tecnologia, podemos remover um monte de atrito na interação de serviços, podemos ser inteligentes sobre como ofere-cer suporte e temos soluções que nos per-mitem ajudar os nossos clientes a gerenciar problemas comuns de forma mais eficiente, mas se nós utilizarmos muita automatização, então não estaremos resolvendo o problema da maneira correta.

Eu acredito que é possível resolver o proble-ma e ter o melhor dos dois mundos. Encon-trar soluções criativas que trabalham com uma compreensão exata desses desafios é o que está no cerne de valores de engenha-ria da Zendesk.

RiM: O que de mais magnífico aconteceu na tecnologia nos últimos 15 anos?

MP: A combinação de computação em nuvem e smartphones desbloqueou a in-

“15 anos no futuro é muito tempo, mas, a julgar pelos 15 que passaram, estamos a caminho de viver super experiências”

Entrevista < 13

formação e o poder de processamento do mundo para todos nós. Andamos por aí com supercomputadores em nossos bolsos, e o conhecimento combinado da humanidade disponível em nossas mãos.

No topo dessa plataforma, temos visto a mí-dia social chegar para nos conectar a todos. Estamos vendo novas tecnologias, como a aprendizagem de máquina, se tornarem acessíveis ao público em geral, e empresas ao redor do mundo estão construindo carros que não precisam de motoristas, o que mu-dará radicalmente a sociedade.

Tudo isso aconteceu em praticamente um piscar de olhos.

RiM: E o que podemos esperar para os próximos 15?

MP: Como seres humanos, temos uma ten-dência a planejar o futuro com as informa-ções que temos hoje. Essa é uma maneira muito linear de perceber o mundo, mas se olharmos para o passado recente, a nossa evolução tecnológica é claramente não ape-nas linear.

Nos próximos anos, teremos carros autodi-rigíveis. Teremos tecnologias de aprendiza-gem profunda (deep learning) disponíveis, o que nos permitirá construir inteligência artifi-cial para não só resolver os problemas para os prestadores de serviços, mas também para representar os indivíduos - por exem-plo, você poderia ter uma inteligência artifi-cial em seu telefone e isso o representará em negociações com o seu banco ou quando você estiver chegando a uma empresa para um atendimento de suporte.

15 anos no futuro é muito tempo, mas, a jul-gar pelos 15 que passaram, estamos a ca-minho de viver super experiências.

RiM: Olhando para o futuro, que desafios você acha que vamos enfrentar na área de engenharia de software?

MP: Eu acho que a demanda por talentos vai continuar subindo. Acredito que mais e mais pessoas vão perceber que há uma oportuni-dade para ser um empreendedor de tecno-logia e irão aplicar isso para mudar o mundo. Por isso, vai ser ainda mais difícil para as empresas bem estabelecidas contratarem boas pessoas. Nós continuamos a enfren-tar desafios em ter mulheres em ciência da computação e engenharia de software, e eu não acho que a indústria tem sido muito bem sucedida nesse sentido.

Se conseguirmos que mais crianças, de am-bos os sexos, se envolvam com tecnologia no início de suas vidas, e sejam encorajadas a aprender programação quando jovens, en-tão temos uma chance de melhorar o núme-ro de pessoas que entram em tecnologia, e não menos importante, além de começar a melhorar a questão de gêneros.

RiM: Finalmente, se você pudesse vol-tar no tempo, que conselho você daria a si mesmo?

MP: Quando você constrói uma empresa, o seu dia a dia de trabalho é identificar a maior ameaça para o seu sucesso e, em seguida, se livrar dela. Uma vez feito isso, você passa para a próxima. Isso vai ser o caminho de sua vida por um longo tempo, e se tudo que você perceber no seu dia a dia forem proble-mas, então você provavelmente não vai no-tar se é bem sucedido. Lembre-se de dar um passo para trás de vez em quando e ter uma noção de onde você está. Lembre-se de ce-lebrar enquanto estiver nesta viagem de uma vida e, em seguida, voltar ao trabalho.

14 > Entrevista

Android 6.0 (Marshmallow!) e a Política de Permissões Por Ricardo Ogliari, Engenheiro Android na BTCjam

O Android 6.0 (Marshmallow) é a mais recente atualização da plataforma. Assim como acon-teceu nas versões anteriores, o números de novas features, frameworks e possibilidades aumentou consideravelmente. Uma delas em especial tem chamado a minha atenção. A nova política de requisição de permissões em tempo de execução.

O impacto dessa mudança será sentido à medida que a nova versão da plataforma co-meçar a ganhar mercado. Segundo dados do início do mês de agosto de 2015, a fatia que o Marshmallow já abocanhou ainda é bem tí-mida: apenas 0,3%.

A primeira mudança de conceito está na ideia de permissões normais e permissões perigo-sas. Ou, no bom e velho inglês, normal per-mission e dangerous permission. O primeiro tipo indica as permissões que não causam riscos diretos de privacidade ao usuário, enquanto que o segundo (as perigosas) pode causar.

Alguns exemplos de dangerous permission: READ_CALENDAR, READ_CONTACTS, CALL_

PHONE, SEND_SMS, READ_SMS. Alguns exem-

plo de normal permission: FLASHLIGHT, TRANS-

MIT_IR, INTERNET, VIBRATE, USE_FINGERPRINT

e SET_TIME_ZONE.

Diferentemente das versões anteriores, nas quais todas as permissões eram configura-das no AndroidManifest.xml e o usuário as

aceitava no momento da instalação da apli-cação, agora o Android já aceita por padrão as normal permissions e pede permissão de uso ao usuário a cada momento em que uma dangerous permission seja utilizada.

O primeiro grande cuidado é checar a permis-são dada pelo usuário no momento de usar uma permissão. Mesmo que a revogação não tenha ocorrido dentro do app, é possível, no Android Marshmallow, acessar as preferên-cias de um aplicativo e mudar completamente as permissões.

Com a biblioteca de compatibilidade do An-droid, é possível usar o método checkSel-fPermission da classe ContextCompat. Como parâmetro do método é passada a permissão que desejamos checar.

Os dois retornos possíveis são: PackageMa-nager.PERMISSION_GRANTED e PERMIS-SION_DENIED. No primeiro caso, temos per-missão de uso e a aplicação pode proceder normalmente. Já no segundo caso, o usuário negou a permissão e o código deve ser su-ficientemente inteligente para fornecer outra

int permissionCheck = ContextCompat.checkSelfPermission(thisActivity,

Manifest.permission.WRITE_CALENDAR);

16 > Mobilidade é tudo

Reinaldo Ferraz é especialista em desenvolvi-

mento web do W3C Brasil. Formado em De-

senho e Computação Gráfica e pós graduado

em Design de Hipermídia pela Universidade

Anhembi Morumbi, em São Paulo. Trabalha há

mais de 12 anos com desenvolvimento web.

Coordenador do Prêmio Nacional de Acessi-

bilidade na Web e do Grupo de Trabalho em

Acessibilidade na Web e representante do

W3C Brasil em plenárias técnicas do W3C.

@reinaldoferraz

Mobilidade é tudo < 17

feature ou tratar de maneira adequada a falta desse “recurso”.

Se a aplicação não tiver permissão de uso de uma feature, o próximo passo lógico é requi-sitá-la ao usuário. A imagem abaixo mostra o diálogo que será mostrado ao efetuarmos essa operação. O diálogo não é customizável:

E se o usuário já tiver negado essa mesma re-quisição? Ou, ainda, e se a permissão não for tão clara dentro do contexto de uso da aplica-ção? Em ambos os casos, o desenvolvedor pode programar uma view ou mostrar o seu próprio diálogo antes de fazer a requisição. E para responder à primeira pergunta, temos o método shouldShowRequestPermissionRa-tionale(), que retornará true se a requisição já foi apresentada e negada previamente.

Para requisitar a permissão, usamos o mé-todo requestPermission da classe Activi-tyCompat. Os três parâmetros são: contexto, permissões desejadas e um request code que será recebido no retorno da resposta do usuário.

Para saber a resposta do usuário, bas-ta sobrescrever o método onRequestPer-missionsResult da Activity. Perceba que o primeiro parâmetro recebido é justamente o request code.

Graças à API de compatibilidade, podemos deixar transparente essa mudança de para-digma para o usuário. Basta fazer a nossa parte :).

ActivityCompat.requestPermissions (thisActivity, new String[]{Manifest.permission.READ_CONTACTS},

MY_REQUEST_CODE);

Ricardo Ogliari é co-autor do livro “Android:

do básico ao avançado”. Autor de mais de

300 publicações. Especialista em Web: Estra-

tégias de Inovação e Tecologia. MBA em De-

senvolvimento de Aplicações e Jogos Móveis.

Fundador do Things Hacker Team e eleito um

dos 10 nomes de open-hardware em 2013.

@mobilidadetudo | [email protected]

@Override

public void onRequestPermissionsResult(int requestCode, String permissions[], int[] grantResults) { switch (requestCode) { case MY_REQUEST_CODE: { // se a request for cancelada o grantRe-sult vem vazio if (grantResults.length > 0 && grantResults[0] == PackageMana-ger.PERMISSION_GRANTED) { // permissão dada pelo usuário } else { // permissão negada pelo usuário } return; } } }

Facilidade na hora de usar as soluções da Cielo no seu e-commerce

Integrar as soluções de pagamento é uma etapa fundamental no desenvolvimento de um e-commerce. Nessa hora, in-

formações confiáveis tornam o desafio mais fácil e rápido para qualquer desenvolvedor. Quem opta pelas soluções da

Cielo tem tudo isso à disposição em cielo.com.br/desenvolvedores, um portal dedicado aos desenvolvedores com uma

verdadeira caixa de ferramentas para quem deseja implementar soluções de pagamentos para qualquer perfil de cliente ou

empresa online. Além das informações básicas, o portal reúne os códigos nas cinco principais linguagens de programação

do mercado, e todos eles são open source. A Cielo também mantém um canal no GitHub (github.com/DeveloperCielo),

onde é possível interagir com a comunidade e esclarecer dúvidas com a equipe da Cielo de maneira simples e rápida.

Em seu próximo ou atual projeto de e-commerce, não deixe de acessar os conteúdos e contribuir com a comunidade

de desenvolvedores.

Salesforce aprova as Cloud APIs de telefonia da DirectCall

A maior solução de CRM na nuvem agora fornece também

no Brasil a opção de telefonia na nuvem, sem equipamen-

tos, que facilita para os seus usuários: – Ligar num clique

para o telefone de Prospects ou Clientes com opção de

Gravação, Agendamento, SMS, Mensagem de voz. His-

tórico de uso por Cliente Colaborador, Etc. – Identificar o

telefone que liga para um centro de atendimento quando

o número consta no Salesforce e encaminhar automático

a ligação para: URAs pré-configuradas para Prospectes,

Clientes, Etc. e para o telefone de quem atende o contato,

segundo os dados do Salesforce – SMS em lote a partir

do gerador de relatórios do Salesforce, etc. A DirectCall é

uma operadora telefônica comprometida com a inovação.

Fornece automatização de telefonia para fábricas de sof-

twares e número de telefone físico ou virtual gerenciável

por APIs em 37 países, em 620 cidades no Brasil, números

do tipo local (4000) ou nacional (0800).

FIAP lança novos MBAs

De acordo com a consultoria Pricewaterhouse Coopers, o

Brasil é o 4º maior mercado de games do mundo, o que

mostra um momento promissor para o profissional de tec-

nologia em jogos digitais. Acompanhando este cenário, a

Fiap reuniu professores que são referência na área e criou

o MBA em Digital Games para desenvolvedores que bus-

cam especialização em tecnologias inteligentes e múltiplos

consoles para viabilizar ideias de jogos tanto no contexto

financeiro como mercadológico. O curso oferece técnicas

de Design de Games, Storytelling, AI, Investimentos e

Tecnologias Globais para a construção de games de ex-

celência internacional. A FIAP também lançou o MBA em

Digital Data Marketing. Voltado para um novo perfil profis-

sional, o curso tem como objetivo integrar os novos canais

e conceitos do marketing digital com as novas tecnologias

para gerenciamento de dados; criar novos produtos/servi-

ços a partir da análise de dados; e facilitar a ligação com

a área de TI.

IBM lidera lista de patentes pelo 23º ano consecutivo A IBM anunciou que está uma vez mais no primeiro lugar da lista anual de patentes nos EUA, com um total de 7.355

patentes registradas em 2015, o que coloca a companhia na liderança pelo 23º ano consecutivo. As patentes da IBM em

2015 representam uma grande aposta nas soluções cognitivas e na plataforma cloud, numa altura em que a companhia se

posiciona como líder numa nova era da computação. Os investigadores da IBM registraram mais de 2.000 patentes em áre-

as relacionadas com a computação cognitiva e com a plataforma cloud da companhia. Na área da computação cognitiva

e da inteligência artificial, a IBM desenvolveu novas tecnologias que podem levar as máquinas a aprender, a raciocinar, e a

eficientemente processar diversos tipos de dados enquanto interagem com os seres humanos de forma natural.

DialHost lança Painel com foco na integração do atendimentoA DialHost iniciou o ano com a reformulação do seu painel de controle da hospedagem compartilhada e Cloud, focando na

otimização do atendimento ao cliente. O projeto veio com a proposta de trazer maior agilidade, eficácia e comodidade. “A

evolução do atendimento online trouxe a necessidade de dar mais autonomia e rapidez ao cliente, por isto temos que trazer

soluções mais simples na resolução de problemas comuns”, diz Felipe Moraes, gerente de desenvolvimento da empresa.

Ainda, segundo ele, esta reformulação é mais um passo para trazer o melhor atendimento. Entre as principais novidades es-

tão a integração do painel com a central de atendimento, o que permite ao cliente ter um autoatendimento com informações

sobre os principais problemas, além de contar com atendimento via chat, telefones e helpdesk. Por fim, houve uma grande

preocupação no gerenciamento de e-mails e banco de dados, que foram completamente reformulados.

18 Drops do mercado

Drops do Mercado < 19

Mercado Livre Commerce Fund inves-te em novas startups de tecnologia

O fundo de investimentos do Mercado Livre - o

Mercado Livre Commerce Fund (MeLi Fund), finali-

zou neste mês a convocatória 2016 para que star-

tups de tecnologia interessadas em receber apor-

tes do fundo pudessem apresentar seus projetos.

O objetivo é apoiar startups que trabalham com as

APIs do Mercado Livre e desenvolvem ferramentas

tecnológicas para melhorar a experiência de com-

pradores e vendedores nas plataformas de e-com-

merce da empresa. O Meli Fund recebeu propostas

de mais de 100 startups, que agora estão sob a

análise da diretoria de cada uma das unidades de

negócios do Mercado Livre. Em uma fase posterior,

os criadores dos melhores projetos apresentarão

suas ideias à diretoria da empresa, a qual defini-

rá os que receberão os aportes. Com um valor de

US$ 10 milhões, o Meli Fund foi criado em 2013 e já

investiu em diversas empresas na América Latina,

cinco delas no Brasil.

Stone apresenta novo portal para lo-jista consultar números das vendas

Após um 2015 de crescimento e consolidação

no mercado pagamentos, a adquirente de car-

tões Stone lança nova versão de portal para seus

clientes acompanharem com transparência uma

movimentação completa de suas vendas. Para

exibir milhares de linhas em poucos segundos,

o portal foi construído em Node.JS e Angular,

dando muito mais velocidade, estabilidade e con-

fiança nos dados. Todas as consultas passam por

uma API própria, que futuramente possibilitará ao

lojista criar integrações com outros serviços, re-

forçando o posicionamento da Stone de ser uma

plataforma totalmente aberta. Neste portal, o lojista

físico ou virtual ganha total controle sobre o quanto

vendeu, o quanto já recebeu e o total pago em taxas.

O sistema de conciliação mostra exatamente

quais transações se referem aos pagamentos

realizados e aponta os valores e as datas dos

recebíveis restantes.

KingHost promove performance com PHP7 e Phalcon

Em tempos de navegação mobile difundida, alta performance em sites e aplicativos é algo essencial. Os be-

nefícios da otimização do desempenho levam, por um lado, à uma queda da taxa de rejeição e, em contra-

partida, ao crescimento de fatores como a taxa de conversão, pageviews e posição em rankings de busca.

Com isso em mente, a KingHost está empenhada em trazer tecnologias de ponta e de modo pioneiro ao

seus clientes. Ano passado, entramos para a seleta lista de servidores de hospedagem que disponibilizam o

uso do Phalcon aos seus clientes, inclusive em hospedagem compartilhada. O Phalcon promove uma arqui-

tetura inovadora, a qual faz desse framework PHP o mais rápido em termos de performance já construído!

Vale mencionar também o lançamento do PHP 7, linguagem que garante ganho de até 100% na performan-

ce, e que foi rapidamente disponibilizada pela KingHost.

ResellerClub lança solução integrada para seus revendedores

Já é sabido que a ResellerClub é uma plataforma de revenda que permite a desenvolvedores web, designers

e empresas de hospedagem oferecerem serviços web e domínios como se fossem deles, modelo de negó-

cio também conhecido como whitelabel. Com objetivo de ampliar o alcance de mercado e a rentabilidade

de seus revendedores, a ResellerClub lançou a solução Hosting Combo, incluindo Hospedagem Ilimitada +

Registro de Domínio + Email Ilimitado por apenas R$ 5,99/ mês. A implementação é simples: basta tornar-

-se um revendedor na ResellerClub.com.br; definir os próprios preços; e começar a vender pela Interface de

Vendas Pronta ou Painel de Gestão. A ResellerClub conta com mais de 200 mil revendedores e 5 milhões de

domínios gerenciados no mundo. Recentemente iniciou a operação no Brasil e já alcançou mais de 1500

revendedores. E considera este o melhor momento de mercado para seus revendedores alavancarem o

negócio de hospedagem de sites.

2001

2006

Lançamentodo iMasters

2º InterCon,totalmente organizadoe pensado pelaequipe iMasters

InterCon contou com a cobertura online via Twitter e Wi-Fi liberado para participantes

Lançamento darevista impressaInício do

Fórum iMasters

Primeiro InterCon,em São Paulo iMasters lançou

o primeiro portalbrasileiro 100%validado pelo W3C

2003 2005 2007 2008

iMastersInterminas: primeiro eventocom palcoem estilo arena

2002

20 > 15 anos de história

15 anos de história < 21

20 16

2010 2013

15 anos do iMasters

iMasters Interact

Lançamentoda versãomobile do Portal

DevCommerce Conference

Lançamentoda página de cursos onlinedo iMasters

iMasters Report(no ar até 2011)

7Masters PHPExperience

Surgimento doGrupo iMasters,com a criação do E-commerce Brasil

10 anos de InterCon

Android DevConference

InterCon Dev WordPress

Novo layoutdo Portal

Conteúdos depalestras de todosos eventos passarama ser disponibilizadosno YouTube

2014 20152009 2012

15 anos de iMasters: uma história contada por todos nóspor Mariana Anselmo, para Redação iMasters

Já faz tanto tempo, que talvez você mal se lembre, mas a Internet em 2001 era bem diferente da que conhecemos hoje. Parece difícil de acreditar que há 15 anos a Inter-net era discada. Para os que na época eram adolescentes, a maior briga era convencer os pais a deixarem ocupar a linha telefônica durante o dia (além da dificuldade de cone-xão, o pulso telefônico não custava barato). O jeito era se conectar durante a madruga-da... Saudades do tempo em que você fi-cava de olho no relógio esperando a meia--noite para encontrar seus amigos no ICQ? Acho que não...

Na web, o Google já era conhecido pe-los usuários, mas sofria uma concorrência acirrada de Yahoo!, Cadê? e Altavista. O Submarino já começava a ganhar forma no comércio eletrônico, e Hotmail, BOL, UOL e Terra eram alguns dos e-mails mais utiliza-dos no País. Para os blogueiros de plantão, Blogger. Para os que queriam rir um pouqui-nho, Humortadela. E a Wikipedia, fonte de tantas pesquisas hoje, acreditem, não esta-va disponível em português em 2001.

Nessa época, a tecnologia ainda nem falava em smartphone. O sucesso da vez eram os celulares de tela maior do que o convencio-nal e que deslizava para o lado, revelando um teclado para facilitar na hora de digitar os SMSs (SMS!). Alguns já apresentavam o recurso de câmera frontal, facilitando as sel-fies. Nesse ano, a Apple lançou o seu primei-ro iPod. E assim era possível ouvir músicas e até ver vídeos em um aparelho que cabia na palma da mão.

22 >Capa

Foi nesse cenário, que hoje parece caótico e irreal, mas que na época parecia promissor e cheio de oportunidades, que surgiu o iMas-ters. Numa época em que as comunidades de desenvolvimento já eram fortes e muito atuantes, o iMasters veio para agregar todos os desenvolvedores. “O que eu acho mais le-gal no iMasters é que o conteúdo sempre foi muito eclético. Quem gosta da tecnologia X terá conteúdo de qualidade; quem gosta da tecnologia Y, também. O fato de receber e abraçar todas as comunidades de qualquer tecnologia é, certamente, um dos maiores diferenciais do Portal”, pontua João Neto, administrador do Fórum iMasters e iMasters Code. No dia 19 de março de 2001, uma segunda-feira, foi dada a largada para o que viria a ser a maior comunidade de desenvol-vimento do Brasil.

“Lembro da minha entrevista de emprego no iMasters, bem no comecinho da empresa. Era a minha primeira entrevista de empre-go e eu esperava um senhor engravatado, um coisa bem formal. Mas na hora veio um ‘menino’ quase da mesma idade que eu. Eu tinha 16 anos, e o Tiago devia ter uns 18, 19... No final, fui contratado e pude ver o iMasters crescer tanto como comunida-de quanto como empresa”, relembra André Metzen, primeiro IT Manager do iMasters, que construiu e gerenciou toda a arquitetura do Portal.

Na época, o Portal começou a produzir con-teúdo próprio e gratuito para diversas áre-as. Profissionais renomados e participantes assíduos do Fórum foram convidados a se

tornarem colunistas, mantendo uma rotativi-dade de artigos dos mais variados assuntos. Mas alguns profissionais, ao perceberem uma carência de textos sobre suas próprias áreas de atuação, se ofereciam para contri-buir. Foi o que aconteceu com Fabio Lody, colunista de Photoshop do iMasters.

“O fato de receber e abra-çar todas as comunidades de qualquer tecnologia é, certamente, um dos maiores diferenciais do Portal”

João Neto, administrador do Fórum iMasters

“Em meados de 2001, eu cursava Enge-nharia. Nessa época, o iMasters já era pra nós o ‘top da Internet’, sabe?! Tudo que precisávamos pesquisar era lá. E foi em uma dessas buscas no Portal que percebi algo interessante: não existia colunista fixo de Photoshop (que eu já estudava há alguns anos). Comentei com o Rodrigo Almeida, um amigo que conhecia o Tiago Baeta, e ele nos apresentou. O Tiago me deu a oportunida-de de escrever algo, mesmo que fugisse um pouco do foco do site, que até então falava só com o desenvolvedor mesmo. O resulta-do foi que meu primeiro artigo superou todos os recordes de acesso do site, e a cada nova publicação era um novo recorde. O artigo “Efeito Matrix”, que publiquei em 2003, teve mais de 1 milhão de acessos e foi destque nos maiores portais da época - inclusive em sites estrangeiros. Em 2010, eu ainda res-pondia a dúvidas sobre o artigo. Lá, a comu-nidade não deixa o assunto morrer”.

Outra frente do iMasters era a TI Shop. Por meio da loja virtual, a empresa vendia livros

de tecnologia, camisas, canecas e cursos em CD-ROM. Na época, o amigo de facul-dade de Tiago Baeta, André Fiorini, foi o res-ponsável pela loja. “Eu saí do meu estágio na Vale para encarar essa empreitada com o Baeta. Não me arrependo! Tudo foi impor-tante para mim: desde ciclos de reuniões em São Paulo aos pequenos aprendizados diários, e o mais importante: os amigos que fiz no iMasters em todos os anos de empre-sa”. A TI Shop acabou em 2009. Para Bae-ta, ficou claro que trabalhar com comércio não era o core da empresa. “Com o iMas-ters crescendo, focamos mais nas nossas atividades principais”, relembrou. Mas o fim da TI Shop não significou o fim da área de educação da empresa. Com novas tecnolo-gias e novas formas de se transmitir conhe-cimento, o iMasters lançou sua página de curso (tanto de texto como online e ao vivo). Hoje são mais de 180 cursos, oferecidos por 40 professores.

Outro nome forte ligado ao iMasters é o Fó-rum iMasters, que começou em 2002. Lá, acontecia a maior parte da interação entre os membros da comunidade, cujo foco era o desenvolvedor, seja de que área fosse! Pro-fissionais e curiosos do assunto se ajuda-vam, tirando dúvidas, trocando informações e experiências. “Eu queria um lugar onde pudesse tirar minhas dúvidas e aprender HTML, CSS, JavaScript e PHP. Encontrei o Fórum iMasters. E lá a gente aprende não só perguntando, mas também tentando res-ponder às dúvidas dos outros, se ajudando”, pontua um dos menbros mais antigos e assí-duos do Fórum, William Bruno, desenvolve-dor front-end e colunista do portal iMasters.

Para João Batista Neto, a história também não foi muito diferente... “Quando comecei a programar, cerca de 20 anos atrás, era mui-to difícil encontrar conteúdo de qualidade”, lembra. “Comecei a acompanhar o conteúdo do Fórum por volta de 2005. Em 2009, re-

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solvi criar uma conta e participar ativamente. De todas as comunidades de que partici-pei, a do iMasters sempre foi a mais ativa e com a maior concentração de conteúdo, tanto no Portal quanto no Fórum. A identifica ção foi tanta que, depois de algum tempo (e muitas contribuições), comecei a trabalhar na empresa como administrador do Fórum. Foi um divisor de águas na minha história profissional”.

Senhoras e senhores, com vocês, o InterCon!

Em 2003, surgiu a necessidade de contem-plar esse público em outras frentes. Devido à carência do mercado em eventos voltados para desenvolvedores, o iMasters realizou, nos dias 25 e 26 de outubro, o primeiro In-terCon - marca que se consolidaria ao longo dos anos e que se tornaria uma referência na área. Realizado em São Paulo, no auditório da FIAP, o evento reuniu pouco mais de 100 desenvolvedores para palestras sobre temas como Plataforma .NET, Segurança da Infor-mação, Software Livre, Software Quality As-surance e Rich Internet Applications. Nada mal para uma equipe que nunca tinha nem estado em São Paulo, não?!

2005 foi um ano marcante para a Internet. Cerca de 17 milhões de novos sites surgi-ram no mundo e uma pesquisa da empresa eMarketer revelou que 1 bilhão de pesso-as tinham ficado online só naquele ano. O Facebook e a vesão 4.10 do Ubuntu com-pletavam um ano e, em 15 de fevereiro, o YouTube estava no ar. Em 22 de outubro, aconteceu a segunda edição do InterCon, desta vez com o tema “A Internet do Futu-ro”. Ao contrário da primeira edição, que foi praticamente toda terceirizada, esta foi uma realização completa da equipe, que fez des-de a curadoria do evento à cenografia.

Enquanto o mundo via, em 2006, o lança-mento do Windows Vista e a importância da participação do internauta ser valorizada - a ponto de a revista norte-americana Times eleger “você” como a personalidade do ano -, o iMasters lançou o primeiro portal brasi-leiro 100% válido W3C. No dia do seu quinto aniversário, o portal inaugurou sua versão XHTML + CSS.

2007 continuou sendo um ano de grandes marcos para o iMasters. Em sua quarta edi-ção, o InterCon trouxe algumas propostas bem inivadoras. Levantando a bandeira do meio ambiente, todo o material usado no evento foi confeccionado com material reci-clado e cada inscrição ajudou a financiar o plantio de uma árvore. Para não fazer feio com o crescente número de pessoas co-nectadas (só em 2007, foram 694 milhões de pessoas, de acordo com a comScore), o InterCon foi o primeiro evento no Brasil com Wi-Fi liberado para seus congressistas.

Já em questão de conteúdo, o InterCon contou com a participação de Luli Radfahrer, Professor Doutor de Comunicação da USP, que foi o entrevistador oficial do evento. “Eu já conhecia o trabalho deles, mas nunca ti-nha falado ali, porque não me considerava tecnicamente adequado. Mas me chamaram e eu adorei a proposta! Daí em diante, nunca mais me separei. Me orgulho de ser conside-rado parte da comunidade”.

Foi dele a sugestão de incentivar os partici-pantes a realizarem uma cobertura em tempo real do evento pelo do Twitter. Ação que, até então, nunca havia ocorrido em eventos no Brasil. E muita gente aderiu! Outra novidade foi a presença de dois blogueiros dividindo o palco com os palestrantes. De lá, eles pude-ram blogar sobre as palestras e interagir com o público por meio das redes sociais.

Uma empresa, cujo o slogan é “Nós fazemos

a Internet no Brasil”, lançar uma revista im-pressa pode parecer estranho, certo? Não para o iMasters! Tentando atingir o desenvol-vedor em uma nova frente, a empresa lançou uma revista homônima, em formato de co-lecionador. Por questões internas, a revista teve uma pausa em sua publicação e só re-tornou em 2013. E, desde então, se tornou uma referência na área, reunindo conteúdo que fala com diversos desenvolvedores.

Em 2009, no Brasil existiam 64,8 milhões de internautas com mais de 16 anos. Foi nesse ano também que o Windows 7 foi lançado e o Google anunciou o desenvolvimento do seu próprio browser: o Chrome. Outro lançamento importantíssimo (pelo menos para nossa equipe!) foi o iMasters Report, o webjornal diário com as notícias mais impor-tantes do dia sobre tecnologia e desenvolvi-mento. Em algumas edições extraordinárias, o iMasters Report se tornou o iMasters Re-port Mobile, no qual nossa equipe, ou leito-res, gravavam vídeos curtos em eventos de tecnologia e desenvolvimento e mandavam para nossa redação para serem publicados no nosso canal no YouTube e divulgados no Portal.

Para 2010, mais novidades! O iMasters dei-xou de ser uma empresa para se tornar um grupo. Focando em um público-alvo dife-rente, mas que era tão carente de conteú-do quanto os desenvolvedores lá em 2001, o E-Commerce Brasil surgiu para falar com quem faz o comércio eletrônico no Brasil. Um novo Portal foi lançado, novos eventos... E, assim, a equipe iMasters cresceu.

Se a gente fosse fazer uma retrospectiva de 2012, não ia faltar o que falar. Nesse ano, a Web completou 21 anos e o GIF, 25; o Facebook comprou o Instagram (que ficou disponível para Android) e o Google lançou o Android Jelly Bean. O iMasters não ficou para trás e trouxe mais uma novidade para o

seu público: o 7Masters (http://bit.ly/1NYgheu). O evento tem um formato inovador, que reu-ne 7 mestres em um determinado tema, e cada um tem 7 minutos para expor suas ideias e experiências sobre o assunto. O en-contro acontece uma vez por mês na sede da empresa, e os interessados em partici-par podem acompanhar a agenda no site do evento. E 2012 trouxe outro grande desafio: o que fazer para comemorar os 10 anos de InterCon, em 2013?

Foram muitas ideias. Algumas bem malucas, outras duvidosas... Mas o que importava era inovar. Era surpreender. E a gente coneguiu. O InterCon 10 Anos aconteceu da maneira que o público menos esperava: de madruga-da! O evento, que tratou dos temas obscu-ros da Internet, começou às 20h e foi até às 3h30 da manhã, e o públicou aguentou firme até o final! As palestras tinham uma porposta bem diferente dos anos anteriores, trazendo temáticas como conteúdo adulto e GLS, invasões, hábitos noturnos no Facebook e inspiração criativa, redes sociais proibidas e web analytics underground. Pela primeira vez, o evento teve uma única área de con-teúdo, na qual as palestras e a arena hacker aconteciam simultaneamente e de forma interativa. No intervalo para networking, em vez do tradicional coffee-break, os parti-cipantes contaram com rodada de pizza e cerveja gelada.

Eventos técnicos e focados

Outra novidade do ano foi o lançamento de dois novos eventos especializados, o Inter-Con Android (que mais tarde se tornou o Android DevConference) e o InterCon Dev WordPress - cada um focado no seu públi-co-alvo, para trabalhar questões peculiares e pertinentes desses dois nichos.

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Os eventos foram sucesso de público e ti-veram uma aceitação incrível. Para Lean-dro Vieira, fundador da Apiki e colunista de WordPress do iMasters, “os eventos de nicho permitem que o desenvolvedor es-teja por dentro das novidades da área e, principalmente, amplie o networking, que é tão fundamental”.

Nesse ano, também conseguimos resolver um problema que afligia a equipe: em to-dos esses anos, muito conteúdo bom foi compartilhado pelos palestrantes, mas, de uma certa forma, eles se perdiam passado o evento. Era como se o conteúdo morres-se... Para reveter isso e fazer a informação circular, todos os eventos do Grupo iMasters passaram a ser gravados e estão disponíveis no YouTube. Lá, você pode encontrar des-de de vídeos do InterCon até palestras do 7Masters. E tudo isso de forma gratuita.

O InterCon 10 Anos aconte-ceu da maneira que o público menos esperava: de madru-gada!

Também não podemos nos esquecer do novo layout, focado totalmente na usabilida-de do usuário. “Nós estudamos como o usu-ário interagia com o iMasters e a mudança de interação com o passar dos anos, e resol-vemos focar na leitura rápida, assim como privilegiar os autores que já são queridos pelos leitores, dando mais visibilidade a eles no menu, na nova barra de tempo real e ao longo da home”, explicou Bernard de Luna, gerente de produtos do iMasters. Junto com o novo layout, foi lançado o iMasters BOX, serviço que lista centenas de ferramentas para desenvolvedores, comentadas e avalia-das. Ufa! 2013 rendeu por aqui...

E 2014 não foi diferente! Enquanto o mundo conhecia a nova geração de iPhones (os 5c

e 5S), o Facebook comprava o WhatsApp e o Senado aprovava o Marco Civil, a gente lançava mais um evento marcante para os desenvolvedores brasileiros. O PHP Expe-rience tem o mesmo foco do Android De-vConference: falar com um público restrito, trabalhando suas dúvidas, proporcionando conhecimento e troca de experiências. Mais uma vez, o evento foi muito bem aceito pela comunidade e hoje figura entre os maiores eventos de PHP do País. Carl Evans e Paul Jones foram alguns dos nomes que já pas-saram pelo palco do PHP Experience.

Já 2015 trouxe a tão aguardada versão mo-bile do iMasters. Com isso, ficou mais fácil acessar o site e navegar pelos conteúdos via dispositivos móveis. O mundo está cada vez mais mobile e a gente não podia ficar de fora dessa! Mas muita gente ainda se per-gunta (e nos pergunta também!): por que só em 2015?! Após muita pesquisa no modo como nossos usuários navegam pelo Portal, constatou-se que nosso público tem o com-portamento de buscar o iMasters enquanto está desenvolvendo, seja em casa ou no tra-balho. Assim sendo, ele não é utilizado na segunda tela, como a maioria dos sites.

“Quando entrei no iMasters, achava inadmis-sível não termos um site incrível, touch, fle-xível e responsivo. Mas a gente tinha dados que mostravam que a versão mobile não era tão urgente. Voltando à questão mobile, de-cidimos fazer uma aposta nesse ano, crian-do um MVP mobile para sentir a aderência e feedback do público, entendendo mais o comportamento de utilização, desejos e frustrações, para em 2016 criarmos nosso beta e entender o que precisamos entregar de diferente no mobile para esse público, de forma que eles fiquem cada mais felizes, as-sim como nós”, explicou De Luna.

Outra novidade boa do ano que passou foi o lançamento de dois eventos inovadores: o

DevCommerce Conference, que fala direta-mente ao desenvolvedor dos mais variados setores de e-commerce (e que não se vê contemplado nos eventos do E-Commerce Brasil), e o iMasters DeveloperWeek, um evento itinerante, que acontece nas princi-pais capitais do País durante três dias, com palestras, workshops e minicursos. Em seu primeiro ano, o evento passou pelas cidades de Vitória, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Em 2016, temos muito o que celebrar. São 15 anos de presença online e física na vida de muitos desenvolvedores. São 15 anos de muito aprendizado com nosso público e de troca de experiências. A nossa história se funde com a história de muitos leitores, par-ceiros e amigos. Mas não podemos deixar de olhar para o que está por vir. Afinal, que-remos comemorar mais 15 anos com esse mesmo desejo de inovar.

Profissionais renomados e participantes assíduos do Fórum foram convida-dos a se tornarem colu-nistas, mantendo uma ro-tatividade de artigos dos mais variados assuntos

Para 2016, com tamanha evolução das téc-nicas de desenvolvimento e variedade de dispositivos, o iMasters ampliará o núme-ro de atividades e vai trabalhar congressos mais longos, com maior abordagem técnica. Já os cursos online passam a ser organi-zados por formações, e a revista impressa ganhará quase o dobro de conteúdo. As do-cumentações e os SDKs, por sua vez, serão organizados num produto chamado iMasters

DeveloperHUB, que vai funcionar como um conector desses produtos. Outra novidade interessante é a missão de desenvolvedores para o Vale do Silício, o iMasters Dev Trip, uma novidade que teremos este ano.

Pensando no futuro (talvez nos próximos 15 anos), vamos, também, ampliar os projetos de ensino de programação para crianças que apoiamos. “Temos alguns projetos que apoiamos indiretamente, e outros em que estamos mais atuantes para ensinar progra-mação para a garotada. Queremos ampliar nossa participação em todos eles este ano. É um desejo meu muito grande conseguir contribuir para a educação. Esse é o jeito que podemos influenciar os futuros profis-sionais”, afirmou Tiago Baeta.

O Portal terá muitas novidades em 2016. A primeira delas é a criação de playlists dentro da home, que tornará o iMasters gradativa-mente inteligente e único para cada leitor, mostrando as principais leituras em cima da linguagem que ele gosta, dos autores que ele mais curte... “O iMasters vai ser pioneiro no uso dessa aplicação em sites de conteú-do. Ela já é famosa em alguns e-commerces, Spotify e Netflix”, contou De Luna. Outra no-vidade será a central de vídeos, na qual reu-niremos as melhores palestras já realizadas em eventos da empresa.

Mas o marco de 2016 será o início das ativi-dades do iMasters como um site global. “Os desenvolvedores brasileiros já são referên-cias mundiais e faremos com que o conteú-do técnico produzido por eles também seja a grande referência de estudo”, explicou o fundador do iMasters. Então fica decidido assim: a nossa missão para os próximos 15 anos é colocar o Brasil no topo do desenvol-vimento mundial.

Vem com a gente?!

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Qual a sua historia com o iMasters?

“Em 1994, fiz o primeiro curso de Técnico em Processamentos de Dados. Mas foi em 2002, durante um curso de atualização, que conheci o iMasters e suas comunidades, que me ajudaram muito. Em 2010, comecei a participar dos eventos para desenvolvedores do iMasters, e foi assim que comecei a perder o medo de contar um pouco dos meus sonhos. Em 2011, durante um Hackaton, apresentei a ideia de hackear os dados de políticos e disponibilizá-los de forma acessível aos deficientes visuais da minha cidade, Sorocaba/SP, além de estreitar a relação de comunidades na minha vida. O resultado está aqui: http://ow.ly/VAcFH. Foi uma ação inesquecível!” Hudson Augusto - Pesquisador sobre Acessibilidade Web e Transparência Pública com Dados Abertos, integrante do GDG Sorocaba, e do Grupo de Trabalho sobre Acessibilidade Web do W3C Brasil

Falar do iMasters é falar da minha evolução pessoal e profissional, já que a empresa foi a primeira a me oferecer um emprego na minha área de formação, o jornalismo. Após um acidente que me deixou paraplégica, havia feito alguns trabalhos, mas nada fixo. Então, Tiago, por indicação de seu irmão (e meu colega de faculdade) Fabio, abriu as portas da empresa pra mim (via home office) e não me largou mais! Este ano completo 9 anos de iMasters, e sou extremamente grata à empresa, especialmente ao Tiago, de tantas formas que simplesmente não consigo expressá-las… Parabéns, iMasters, pelos 15 anos! Estamos ainda na adolescência, ou seja, o melhor certamente está por vir!Nathália Torezani – Jornalista, editora do iMasters

“O iMasters me proporcionou pelo menos 4 importantes momentos na minha carreira: em 2009, tive a oportunidade de palestrar no CMS Brasil e conhecer Matt Mullenweg, o Criador do WordPress. Em 2010, palestrei no InterMinas e tive a oportunidade de falar com uma audiência super dedicada. Já em 2011, fui curador da trilha Social Media Meeting dentro do InterCon e até hoje foi uma das programações mais legais que montei. Em 2013, pude falar no auditório principal lotado nos 10 anos do InterCon sobre Redes Sociais Proibidas (ou, a Internet a serviço da putaria) - provavelmente a palestra mais divertida que já fiz. Obrigado ao Baeta e à toda a equipe do iMasters pelas ideias malucas e por terem me deixado participar de várias delas” Edney “InterNey” Souza - Consultor e Professor

Especial 15 anos < 29

Sobre SQL Hints, humildadee canja de galinhapor Wagner Crivelini, DBA de SQL Server & DB2 na Raízen Engenharia

Dicas SQL (ou “SQL hints” em inglês) são instruções avançadas que permitem forçar o SGBD a agir de forma predeterminada.

A ideia é oferecer aos DBAs e desenvolve-dores recursos para conseguir uma sintonia fina de consultas e operações do SGBD, com objetivos específicos, tais como melho-rar performance, reduzir ocorrência de blo-queios (os famosos “locks”), reaproveitar e/ou recriar planos de execução etc.

De fato, as dicas SQL aumentam a versati-lidade da linguagem SQL em casos em que otimizador de consultas não atinge os resul-tados desejados.

Mas, como se costuma dizer por aí, não existe almoço grátis. Tudo tem prós e con-tras, e esse é o tema que eu abordo a seguir.

Noções básicas sobre dicas SQL

Cada SGBD tem um conjunto ligeiramente diferente de dicas suportadas. No caso do SQL Server, elas podem ser agrupadas da seguinte maneira:

• Dicas sobre Junções

• Dicas sobre Consultas

• Dicas sobre Tabelas

Dicas sobre Junções: quando se usa uma junção na cláusula FROM de uma declara-ção SQL (INNER JOIN, LEFT JOIN etc.), o

otimizador de consultas avalia as estatísticas e define de que forma essa operação será executada internamente. Dependendo de suas características, as junções são exe-cutadas internamente, usando os métodos HASH, LOOP ou MERGE JOIN.

Quando essa declaração usa uma dica de junção, nós forçamos o otimizador a usar um método específico. Por exemplo:

No caso acima, o otimizador é forçado a usar o método HASH para junção das tabelas T1 e T2. (Ao leitor que quiser conhecer detalhes de uso de cada dica SQL, recomendo con-sultar as Leituras Sugeridas).

Dicas sobre Consultas: estabelecem uma série de opções de execução de consultas, como métodos de execução de GROUP BY e ORDER BY, comportamento da consulta em relação ao bloqueio de objetos envolvi-dos, forma de exibição de resultados etc.

Provavelmente a dica SQL mais conhecida deste grupo é o WITH NOLOCK, que permi-te a execução de consultas sem que a tabe-la referenciada seja bloqueada. Isso garante maior disponibilidade dos objetos consulta-dos dentro de um ambiente em que exista alta concorrência. Nenhuma transação terá que aguardar a execução dessa consulta,

SELECT * FROM T1 INNER HASH JOIN T2 ON T1.Campo1 = T2.Campo1

30 > SQL

já que as tabelas envolvidas não serão blo-queadas. Em consequência disso, garante um desempenho melhor da aplicação como um todo.

Em contrapartida, ao usarmos a dica NO-LOCK, estamos sacrificando a qualidade dos resultados da consulta, já que outras transações podem alterar os valores que ela leu enquanto a consulta ainda estiver sen-do executada. Isso é um problema, porque as outras transações podem fazer COMMIT ou ROLLBACK durante a execução da con-sulta sem que isso se reflita nos resultados apresentados. Portanto, estamos abrindo mão da exatidão dos resultados quando executamos uma consulta com a opção WITH NOLOCK.

Dicas sobre Tabelas: estabelecem com-portamentos de operação de tabelas e seus índices. Incluem operações de bloqueio (ou “LOCKS”), métodos de leitura (READCOM-MITED etc.), métodos de uso de índices (FORCESEEK etc.).

Uma das dicas mais interessantes deste grupo é, em minha opinião, a dos índices filtrados. Essa opção permite criar um índi-ce para valores específicos de um campo. Por exemplo:

CREATE NONCLUSTERED INDEX ixExemplo

ON T1 (Campo2)

WHERE Campo2 IN (10, 100, 1000);

Não existe almoço grátis

Dicas SQL devem ser usadas em situações muito específicas e muito bem estudadas. Mas a simplicidade da sintaxe incentiva pro-fissionais despreparados a usá-las sem o devido cuidado.

Na prática, quando o profissional usa dicas SQL, ele está dizendo para o otimizador de consultas “deixa comigo que eu sei o que eu estou fazendo”. Óbvio que isso raramente é verdade.

Como eu costumo dizer, não há nada pior do que profissionais sem modéstia e sem noção. Humildade, assim como a canja de galinha, nunca fez mal a ninguém.

O otimizador de consultas do SGBD é uma ferramenta sofisticada, que usa algoritmos matemáticos que analisam dezenas de variá-veis e baseiam suas decisões nas estatísticas de uso do banco.

Em teoria, as decisões do otimizador são adequadas para o instante em que a opera-ção está sendo executada.

Como as dicas SQL desprezam a recomen-dação do otimizador e forçam a execução da consulta de uma maneira pré-determinada, pode-se dizer que neste caso usamos uma solução engessada.

Uma das dicas mais inte-ressantes deste grupo é, em minha opinião, a dos índices filtrados. Essa op-ção permite criar um índi-ce para valores específi-cos de um campo A impressão que eu tenho é que muitos ana-listas usam dicas SQL como “modismo”: vi-ram algum colega conseguindo bons resulta-dos usando dicas SQL e acham que elas vão resolver os seus problemas também.

SQL < 31

Wagner Crivelini é DBA de SQL Server e DB2, trabalha atualmente na Raízen Engenharia. Au-tor de centenas de artigos técnicos e podcasts sobre tecnologia de bancos de dados. Cola-borador de diversas comunidades técnicas, podcast DatabaseCast, portal SQLServerCen-tral, revista SQL Magazine, IBM DB2 On Cam-pus, IBM DeveloperWorks e o portal iMasters. [email protected]

Não é assim que a coisa funciona no mun-do real. É preciso ter uma justificativa muito boa para se desprezar as recomendações do otimizador (considerando que as estatísticas estejam devidamente atualizadas).

Para se ter uma ideia da seriedade dessa questão, a documentação oficial da Microsoft recomenda muito cuidado no uso de dicas SQL, que, segundo ela, devem ser utilizadas somente como último recurso e por DBAs e desenvolvedores experientes.

Provavelmente a dica SQL mais conhecida deste grupo é o WITH NOLOCK, que permite a execução de consultas sem que a tabela referenciada seja bloqueada

Portanto, ninguém pode alegar desconheci-mento do assunto. Dicas SQL são destinadas a situações muito especiais.

Em 2014, eu e o colega Paulo Roberto Elias publicamos um artigo em que apresentáva-mos um caso de sucesso de uso de dicas SQL. Tratava-se do uso da dica HASH JOIN, que melhorava muito a performance de uma consulta, mas isso acontecia em razão de certas particularidades dos objetos envolvi-dos (vide Leituras Sugeridas).

Conclusão

Dicas SQL são recursos muito poderosos e podem ajudar a solucionar problemas com-plexos no seu banco de dados.

Mas, como todo remédio, causarão proble-

Leituras Sugeridas

Hints (Transact-SQL) - MSDN.2015 http://ow.ly/W2ZQT

Otimizador de consultas e a dica HASH JOIN - por Wagner Cri-velini e Paulo Elias, publicado no iMasters em março de 2014 - http://ow.ly/W2ZXA

LOOP, HASH and MERGE Join Types por Eitan Blumin, publicado no blog Madeira Data em janeiro de 2012 http://ow.ly/W30hw

mas ainda maiores se usadas do modo er-rado. Dicas são úteis somente em situações muito bem definidas e bem estudadas, vis-to que vão criar uma solução engessada na maioria dos casos.

Portanto, a recomendação é clara. Deixe as dicas SQL para serem usadas quando ne-nhuma alternativa estudada tenha surtido o efeito esperado. Seu SGBD agrade.

32 > SQL

Qual a sua historia com o iMasters?

“Eu fui ao primeiro InterCon, ainda no Hotel Jaraguá, e desde então tudo o que acompanho e aprendo com e sobre Internet passa pelo iMasters. Quando comecei, baixava muitos tutoriais de flash, photoshop, HTML etc. Isso me ajudou a construir muitos projetos e minha carreira” Felipe Spina - Growth Hacker na Resultados Digitais

“Comecei a ver o iMasters como se fosse um portal de referência. Nessa época, eu ainda não conhecia os eventos. Em um determinado momento, ele se tornou um canal de networking, mas, além disso, um espaço para que eu mostrasse as minhas coisas. Comecei como fotógrafo dos InterMinas (eu morava em Belo Horizonte) e depois fui palestrante, dividi o palco com Luli e Manoel Lemos, cheguei a montar experimentos nos eventos. Também durante dois anos fui co-editor da Revista iMasters. E hoje acredito que o iMasters e o InterCon fizeram parte do meu crescimento profissional. A minha história foi permeada pela história do iMasters” Luis Leão - Creative Tech e Organizer do GDG-SP

“Mesmo quando morava no interior de Minas, com todos os custos com transporte, alimentação e hospedagem, sempre me empenhava para participar dos eventos que o iMasters organizava em cidades como São Paulo (InterCon e WordPress Summit), Rio (InterAct) e Belo Horizonte (InterMinas). O nível dos palestrantes e a qualidade das palestras são ímpares, sem contar as pessoas incríveis que conheci nos intervalos e que se tornaram minhas amigas para sempre. Sou um grande fã do iMasters e de tudo que produzem. As credenciais, que guardo até hoje como lembranças carinhosas, não me deixam mentir” Kadu Fernandiz - Profissional de Marketing Freelancer

“Quando era adolescente, estudava front-end sozinho e usava o iMasters como fonte de referência, o que me ajudou a entrar no mundo digital de certa maneira. Mais recentemente, fiz um curso no iMasters com Edu Agni e foi muito proveitoso” Anderson Gomes / UX Designer do ContaAzul

34 > Especial 15 anos

Arquitetura e estratégias para aintegração de aplicações corporativasPor Charles Fortes e Rafael Silveira, Líderes Técnicos do time de desenvolvi-mento mobile da Prime Systems

Quando desenvolvemos aplicativos corpora-tivos, devemos sempre levar em considera-ção os mais diversos cenários e dispositivos utilizados em campo pelos usuários finais. Preocupações com o consumo de dados, desempenho da aplicação, disponibilidade e a garantia de que a informação esteja disponível em tempo para as tomadas de decisões da organização são extrema-mente importantes.

Tendo isso em mente, devemos sempre nos preocupar em escolher as melhores abor-dagens de arquitetura na construção da aplicação, levando em consideração não apenas os diferentes recursos de hardware e rede, mas também o dinamismo do domínio da aplicação.

Vamos abordar aqui estratégias para o trata-mento dos dados trafegados entre o servidor e a aplicação móvel que podem ser adota-das de forma a beneficiar sua aplicação.

JSON vs BinárioO padrão JSON (Javascript Object Notation – Notação de objetos baseados no padrão JavaScript, em tradução livre) vem sendo cada vez mais utilizado e incentivado na co-munidade de desenvolvimento como uma al-ternativa para representação de objetos. Por ser um padrão simples e enxuto, traz uma boa alternativa de tratamento de dados que podem ser facilmente interpretados entre as mais diversas linguagens e plataformas de desenvolvimento.

Hoje encontramos facilmente bibliotecas para as mais diversas linguagens de pro-gramação que fornecem recursos pouco ou nada burocráticos para a serialização e a desserialização dos objetos, tão ou mais eficientes que os tradicionais serializadores de XML.

Quando um desserializador JSON recebe a string que representa o objeto, ele encon-tra as propriedades equivalentes e apropria seus respectivos valores, e quando uma propriedade não está presente ou possui um valor com tipagem incompatível, essa propriedade é carregada com o valor padrão pela linguagem.

Esse comportamento possibilita que o JSON possa ser utilizado em diferentes versões do objeto, trazendo grande flexibilidade para evolução do domínio sem prejudicar a com-patibilidade com o seu legado.

Apesar da flexibilidade obtida na utilização de objetos JSON, esses objetos requerem mais recursos de processamento para in-terpretação e maior alocação de espaço devido ao seu tamanho, quando compara-dos a outros modelos, como o de pacotes de valores binários sequenciais (como os utilizados nas camadas de baixo nível que requerem alto desempenho – cabeçalhos TCP, por exemplo). Isso se dá principalmen-te pelo fato de o objeto, quando no formato JSON, ser apresentado em alto nível, sendo tão legível quanto a linguagem natural utili-zada na declaração do objeto de domínio no seu código.

Desenvolvimento < 35

Já a utilização de serialização dos valores de forma binária e sequencial é mais facilmente interpretada com menor custo de processa-mento, além de fornecer pacotes pequenos, que trazem economia no volume de dados trafegados, requerem menor abertura de banda e, consecutivamente, favorecem a menor incidência de repetição da transmis-são do pacote.

Nesse modelo, os valores a serem trafegados são serializados sequencialmente em uma ordem específica, e quem o interpreta deve apenas lê-los na mesma ordem. Como são trafegados apenas os valores dos dados, os nomes das propriedades não são relevantes, contanto que a ordem seja respeitada. Além disso, os dados ocupam apenas o mínimo de bits necessários para a representação de seu tipo, sendo mais econômicos que repre-sentações feitas pelas cadeias de caracteres dos modelos textuais

A principal desvantagem desse modelo é justamente o forte relacionamento que existe entre a ordem dos dados serializados, o que cria dificuldades de alteração e evolução dos objetos de domínio conforme eles vão se tornando mais complexos. A interpretação de bytes em posições erradas pode causar sérios problemas com os valores lidos, po-dendo gerar informações inverídicas e até comprometer a segurança das informações, expondo dados onde eles não deveriam ser exibidos.

Dessa forma, precisamos sempre cuidar do controle de versionamento dos objetos, e muitas vezes criamos maiores comple-xidades e dificuldades de manutenção do código.

Escolhendo a melhor abordagem para o seu cenário

Um ponto importante a ser observado para a escolha adequada do formato de seriali-zação de dados é o dispositivo móvel alvo. Apesar do considerável aumento do poder de processamento e memória dos celulares atuais, muitas empresas optam por disposi-tivos mais baratos e menos poderosos para compor seu parque de aparelhos ou sim-plesmente não querem investir em celulares modernos para a sua operação. Diante des-se cenário, a maneira como você irá decidir trafegar as suas informações vitais influen-ciará diretamente no sucesso de sua apli-cação corporativa, além de definir se você conseguirá essa fatia do mercado que utiliza dispositivos simples.

A serialização binária tem uma grande van-tagem em relação à serialização de objetos com JSON: desempenho. O processo de serialização e desserialização de objetos JSON consome muito mais recursos do dis-positivo alvo e, dependendo da quantidade de dados trafegados, pode causar sérios

Tendo isso em mente, devemos sempre nos preocupar em escolher as melhores aborda-gens de arquitetura na construção da aplica-ção, levando em consideração não apenas os diferentes recursos de hardware e rede, mas também o dinamismo do domínio da aplicação

36 > Desenvolvimento

problemas de desempenho da aplicação. Limitações dos pacotes de dados também devem ser levados em consideração, pois o processo de serialização binária é mais en-xuto e consome menos da banda disponível.

A serialização JSON, por sua vez, tem uma grande vantagem em relação à serialização de objetos binária: flexibilidade. Se você está construindo uma aplicação em que o domínio sofre constantes alterações, novos componentes são criados a cada iteração e precisam ser trafegados entre as camadas WEB e mobile, você precisa de um formato de serialização flexível para economizar tem-po de manutenção e imprimir agilidade no desenvolvimento das novas funcionalidades.

Como são trafegados apenas os valores dos dados, os nomes das propriedades não são relevantes, con-tanto que a ordem seja respeitada

Se memória e processamento não são pro-blema nos dispositivos alvo ou o domínio é volátil, opte por um formato flexível como JSON para serializar os objetos que devem ser enviados do celular para a camada WEB.

Agora se a aplicação tem a pretensão de atingir os devices conhecidos como low--end ou existe preocupação com o plano de dados disponível para a operação, a seria-lização binária deve ser considerada. Lem-brando que essa abordagem tem um melhor desempenho, mas gera muita manutenção no código.

Rafael Silveira é líder técnico do time de

desenvolvimento mobile da Prime Systems.

Bacharel em Ciência da Computação e es-

pecialista em Engenharia de Software pela

UFMG, é consultor em desenvolvimento de

aplicações móveis com mais de 10 anos de

experiência em desenvolvimento em dife-

rentes plataformas. Atualmente leciona tam-

bém em cursos de Sistemas de Informação.

[email protected]

primesystems.com.br

Charles Fortes é líder técnico do time de

desenvolvimento web da Prime Systems e

Professor na área de Sistemas de Informa-

ção na Faculdade Pitágoras/Anhanguera.

Formado em Sistemas de Informação e Es-

pacialização em Engenharia de Software e

Gestão de Empresas e Negócios. Possui 15

anos de experiência na área de desenvolvi-

mento e atuação na comunidade técnica de

Minas Gerais, é apaixonado por tecnologias.

[email protected]

primesystems.com.br

ConclusãoAplicações não corporativas possuem uma maior tolerância a falhas e pequenas osci-lações de desempenho, enquanto aplica-ções corporativas tendem a operar com muito menos tolerância a essas intempéries, já que muitas vezes impactam diretamente na produtividade e na qualidade do trabalho nas empresas.

Conhecer bem o cenário de utilização de sua aplicação é fundamental para a adoção de uma abordagem e uma arquitetura que reduzam o custo de manutenção e alcan-cem os níveis aceitáveis de operação pelo usuário final.

Desenvolvimento < 37

Conteúdo longo, conteúdo curto: cada um em seu lugar

Bob Iger, CEO da Disney, é o executivo da área de entretenimento com a visão mais apurada da década. Nada lhe escapa: o momento exato de comprar uma empresa, uma chance a ser aproveitada.

Ao longo de dez anos, Iger realizou movi-mentos antes impensáveis para a (então) imutável house of the mouse – comprou a Pixar, depois a Marvel e, finalmente, a Lu-casfilm. Sem fazer alarde, a Disney tornou--se proprietária de marcas como Toy Story, Avengers e Star Wars.

Fosse há vinte anos, estaríamos falando apenas de filmes. De lá para cá, mais que marcas, as aventuras de Buzz Lightyear, Capitão América e Luke Skywalker prova-ram ser histórias com um potencial enorme para extrapolar sua fonte principal de lucro - o cinema - e não apenas invadir, mas flo-rescer, em outras mídias.

O conceito de ‘universo expandido’ ilustra bem esse cenário: há histórias contadas que são tão fortes, tão consistentes, que são capazes de ser desdobradas em outros ambientes, de livros e games a séries de tevê e canais de vídeo.

Para amarrar as pontas e evitar incongruên-cias em histórias espalhadas por diversas mídias, a Disney criou story groups que ma-peiam cada detalhe e garantem a coerên-cia das histórias que ainda virão, tudo com o cuidado de não tolher a criatividade de quem irá criá-las.

Os story groups da Disney deram origem ao ‘cânone’ de cada universo, espécie de árvore genealógica que serve de bússola a cada novo passo dado na criação de no-vas histórias.

A segurança gerada por story groups e câ-nones funcionou como chuva em terreno fértil: na Disney, a cada semana surgem no-vas ideias para cada um de seus universos, histórias e personagens.

O que cabe em qual mídia e de que forma as histórias devem ser contadas é um pas-so importante, e essa tem sido a prioridade do CEO da Disney nos últimos meses.

Em entrevista à Vanity Fair, Bob Iger comen-tou sobre a compra da Maker, produtora de vídeos para o YouTube, uma aquisição que poucos entenderam na época. ‘Precisamos compreender a diferença entre conteúdo longo e conteúdo curto, e saber que há lu-gar para cada um deles’, disse.

Listar as características de cada tipo de conteúdo e saber qual formato se adapta melhor a cada meio é um bom início:

Conteúdo Longo (Long Form Content)

Seja texto, imagem, áudio ou vídeo, há três variáveis que devem ser levadas em consi-deração na hora de veicular um conteúdo: público, tempo e intenção.

Por Bruno Rodrigues, Consultor de Informaçãoe Comunicação Digital

38 > Sr. Conteúdo

O que cabe em qual mídia e de que forma as histórias devem ser contadas é um pas-so importante, e essa tem sido a prioridade do CEO da Disney nos últimos meses

Tempo do conteúdo longo

‘Estou disposto a receber plenamente a mensagem que você está transmitindo’ – no cenário do long form content, é esse o sinal que seu público está emitindo. Ele entre-gou o tempo em suas mãos e, mais do que uma questão de quantidade de conteúdo a ser produzido, o recado que o público tem a dar é: ‘estou disposto a conhecer mais sobre sua marca, seu serviço, seu produto’. Aproveite!

A palavra-chave, aqui, é disponibilidade.

Público do conteúdo longo

Esqueça as segmentações por gerações (X,Y, Millennials etc.): aqui, o que interes-sa é o interesse por você - que é grande. O impensável em outras situações, ou seja, criar granularidade para o conteú-do, é regra no long form content. Mui-tas informações serão bem-vindas. Crie detalhamento, portanto.

A palavra-chave, aqui, é profundidade.

Intenção do conteúdo longo

Ao dispor de tempo e aproveitar a oportu-nidade de conhecer mais sobre você e sua empresa, o consumidor de conteúdo longo está pronto para iniciar o que mais se espe-ra dele: o processo de relacionamento. E, neste caso, ações de interatividade devem estar sempre prontas para serem deflagra-das. Se seu público está prestes a ser se-duzido, não perca tempo.

A palavra-chave, aqui, é receptividade.

Exemplos de conteúdo longo: Filmes longa--metragem (vídeos), matérias especiais so-bre temas específicos (textos). Para áudio, o conteúdo longo não se aplica.

Conteúdo Curto (Short Form Contet)

Não caia na armadilha da interface: não é porque o dispositivo é móvel que o con-

Sr. Conteúdo < 39

teúdo precisa ser curto. Aqui, mais uma vez, valem as variáveis tempo, público e intenção.

Tempo do conteúdo curto

O formato em si já é consequência do tipo da mensagem: sem necessidade de deta-lhamento, calcada em objetividade e abor-dando apenas os aspectos básicos da in-formação, o short form content não pede concentração excessiva de quem o conso-me. É uma comunicação rápida e simples.

A palavra-chave, aqui, é objetividade.

Público do conteúdo curto

Um dos mitos do short form content diz res-peito à sua qualidade: de forma alguma um conteúdo curto é uma categoria ‘menor’ ou ‘resumida’ de informação. É, sim, fast food, mas da melhor qualidade, com ingredien-tes selecionados, uma espécie de ‘McCon-teúdo gourmet’. Ainda resta um pouco de preconceito com o conteúdo curto, mas a ferocidade com que o público o consome tem acelerado sua aceitação pelas empre-sas que ainda se apegam à comunicação mais ‘tradicional’ - último bastião da resis-tência ao novo.

A palavra-chave, aqui, é qualidade.

Intenção do conteúdo curto

A intenção é enorme, incomensurável. O gosto por conteúdo curto é consequên-cia da falta de tempo em nosso dia a dia? Bastante. O público também mudou? Tre-mendamente. Mas a questão central não é tempo ou público, mas a interface dos apa-

relhos de acesso à informação que, com a mobilidade, criaram um mercado consumi-dor para o conteúdo curto que antes era inexistente. Estamos em uma espécie de fase de ‘deslumbre’ com esta possibilida-de, fascinados com o acesso a pequenos conteúdos ao alcance (literal) das mãos.

A palavra-chave, aqui, é vontade.

Exemplos: Episódios de série, capítulos de novelas, canais no YouTube (vídeos), listas estilo BuzzFeed (textos), podcasts (áudio).

Ainda será preciso estudar por muito tempo o comportamento e o impacto do tamanho do conteúdo nas mídias digitais e em suas interfaces de acesso. É um trabalho de la-boratório, de ‘olhar ao microscópio’, já que cada uma de suas peculiaridades é que im-porta ao produtor da informação.

Outro ponto a ser observado com cuida-do é como tais características afetarão o consumo da informação em médio prazo: quando a ‘paixão’ pelo conteúdo curto se estabilizar, ele e o conteúdo longo travarão uma saudável luta pela atenção do usuá-rio, cada vez mais certo da forma com que deseja acessar o que está procurando ou consumindo.

Bruno Rodrigues é Consultor de Informação

e Comunicação Digital, autor dos livros ‘Web-

writing’ (2000, 2006 e nova edição em 2014) e

de ‘Padrões Brasil e-Gov: Cartilha de Redação

Web (2010), padrão brasileiro de redação on-

line’. Também é instrutor de Webwriting e Ar-

quitetura da Informação no Brasil e no exterior.

bruno-rodrigues.blog.br | @brunorodrigues

40 > Sr. Conteúdo

Fazendo a internet do Brasil pelo mundo Que os brasileiros têm feito muita coisa, a gente sabe. Mas quem está fazendo o quê e onde, nem sempre fica bem claro.

A ideia aqui é que você apareça, com a sua equipe, sua turma, seus amigos, mostrando um trabalho, a participação num hackaton, palestra etc. Tudo o que signifique “fazer a internet do Brasil” para você, cabe aqui! Quer participar? Envie uma foto e descrição para [email protected]

Estudo inovador sobre como desenvolvedores criam aplicações mobile

No ano passado, Mauro Pichiliani, colunista do iMasters e pesquisador, utilizou as de-pendências do iMasters Lab para realizar um experimento inovador que tem como objetivo estudar melhor como desenvolvedores criam aplicações mobile. Este estudo empregou métricas comuns da engenharia de software (linhas de código, tempo, qualidade do códi-go) com medições biológicas inovadoras in-cluindo o uso de um medidor cardíaco e de um equipamento chamado BCI (Brain Con-trolled Interface) para medir quantitativamente informações sobre concentração e excitação direto da cabeça do participante.

“Este estudo é pioneiro na área de engenha-ria de software e, sobretudo, no campo de desenvolvimento de aplicações móveis”, diz o pesquisador. Os resultados foram formatados na tese de doutorado que será apresentada no ITA no primeiro trimestre deste ano.

Dentre as principais conclusões, Pichiliani cita a dificuldade de se desenvolver aplicações móveis com recursos colaborativos e a redu-ção de diversas medidas no comparativo com uma das técnicas escolhidas. “Os participan-tes do experimento foram divididos aleatoria-mente em dois grupos: um utilizou a técnica

tradicional e outro empregou uma nova abor-dagem. Os resultados mostram que o se-gundo grupo foi mais produtivo, levou menos tempo, concentração, linhas e código e, por fim, gastou menos calorias”, aponta.

Desenvolvedores brasilei-ros conquistam o primeiro lugar na Hackathon Code4Inclusion

A equipeMonkey Dots, do Brasil, foi a cam-peã da Hackathon Code4Inclusion, realiza-da no quarto Fórum Anual de Inovação em Pagamentos para a América Latina e Cari-be, realizado no início de dezembro/2015. A competição de 24 horas contou com de-senvolvedores e programadores do Brasil, México e Estado Unidos, que tinham como principal desafio desenvolver soluções que promovam a inclusão financeira na região da América Latina.

A Monkey Dots idealizou uma solução através da qual um simples aplicativo, projetado es-pecificamente para pessoas idosas, possibili-ta a compra, o reabastecimento automático e a entrega por drones de seus medicamentos, na porta de casa. O time vencedor recebeu US$10.000,00. Prêmios também foram en-tregues para o segundo lugar, o time Crowd Chef, do México, e o terceiro lugar, Cash Out, de Miami.

Por aí < 41

Durante a hackathon, os concorrentes tinham como principal desafio apresentar soluções que beneficiassem suas comunidades a elimi-nar o uso do papel dinheiro e/ou que promo-vessem a inclusão financeira. Para desenvol-ver as soluções, as equipes deveriam utilizar pelo menos um API da MasterCard, mas tam-bém poderiam programar com código aberto. Cada time apresentou uma solução para um painel de jurados que selecionou o vencedor.

Brasileiros ganham o Duke’s Choice Award, da Oracle

A Oracle anunciou os ganhadores do Duke’s Choice Award 2015, promovido pela empresa de banco de dados. O prêmio, que está em sua 13ª edição, é considerado o “Oscar” da comunidade internacional de desenvolvimen-to Java. Seu objetivo é celebrar os limites da inovação utilizando a tecnologia Java, e co-locar desenvolvedores individuais, pequenas empresas e gigantes de software globais em pé de igualdade. Neste ano o Brasil teve dois representantes entre os ganhadores. A Tail Target foi premiada pelo projeto “Data Scien-ce for Advertisement Technology”, que envol-ve o uso de Data Science. Outro ganhador foi Daniel de Oliveira, pesquisador e pioneiro da área, além de ser um dos fundadores da mais antiga JUG do Brasil, a DFJUG de Bra-sília, e uma inspiradora Java Champion. Além do troféu, que foi entregue durante cerimônia especial no JavaOne Conference 2015, cada um dos ganhadores recebeu um passe gra-tuito para a maior conferência Java do mundo e que acontece na cidade de São Francisco, Vale do Silício (EUA).

Campus Party

Depois de mais de 700 horas de atividades, a 9ª edição da Campus Party Brasil chegou ao final. 8 mil campuseiros de 28 países e

24 estados brasileiros diferentes se reuniram no pavilhão de exposições do Anhembi, em São Paulo, para uma semana de evento. A edição 2016 foi marcada pelo empreende-dorismo, com o programa Startup & Makers Camp, cujo objetivo é impulsionar e capacitar jovens talentos e empreendedores. 200 star-tups selecionadas iveram a oportunidade de apresentar seus produtos, encontrar talentos, testar mercados, aprender e ensinar para um público qualificado e ávido por curiosidades. Além disso, receberam mentorias, coaching e tiveram a oportunidade de conversar com investidores e diretores de grandes empre-sas. Outro destaque do evento foi a Campus Experience, espaço gratuito e aberto ao pú-blico que recebeu cerca de 82 mil pessoas durante os quatro dias. A área apresentou aos visitantes muita interatividade, acesso a projetos universitários, simuladores e diversas outras atrações dos parceiros e patrocinado-res do evento. Todas as palestras que ocorre-ram no evento ficarão disponíveis para serem vistas e revistas na plataforma Campuse.ro - http://campuse.ro/

HumanUino no iMasters

O Projeto HumanUino, elaborado por Ri-cardo Ogliari e Yannick Belot, visa a ensinar lógica de programação a crianças e jovens carentes que tenham interesse por tecnolo-gia. As crianças aprendem de forma lúdica a desenvolver com Arduino. Durante o curso, que é realizado em dois dias e possui três disciplinas, são feitas demonstrações prá-ticas de estruturas de controle e repetição através de luzes e robôs. No ano passado o iMasters teve a oportunidade de receber 2 turmas do projeto. Em 2016, novas turmas devem acontecer. Acompanhe pelo Face-book do projeto para saber mais detalhes: www.facebook.com/Humanuino/

42 > Por aí

No final do ano passado, rolou a CCXP Ex-perience 2015.  Em sua segunda edição no Brasil, o maior evento de cultura pop da América Latina definitivamente prova que veio para ficar. Com um espaço maior e muitas atrações internacionais, a CCXP se renova e entrega um evento impecável que todo nerd brasileiro merece.

O evento contou com uma super estrutura de 39 mil metros quadrados e mais de 120 mil visitantes, com estandes dos principais estú-dios de Hollywood, além de uma das maiores Artists Alley fora do território estadunidense, com mais de 200 artistas vendendo obras ori-ginais autografadas. Em 2014, a Artists Alley do CCXP foi maior até mesmo que a do San Diego Comic-Con, referência em eventos de quadrinhos no mundo todo.

Também rolou um auditório com capacidade para 2 mil pessoas, com pré-lançamentos ex-clusivos, conversas com artistas do cinema e da TV e que contribuiu com a distribuição

de mais de 150 mil reais em prêmios na Are-na Go4Gold, onde aconteceu o concurso de cosplay, dos simples até os mais elaborados. 

Uma das coisas mais bacanas da CCXP são os action figures das grandes franquias em exposição, muitos deles exclusivos para o evento, como Star Wars: O Despertar Da Forca, Marvel, DC Comics, Transformers, entre outros. 

Painéis

São nos painéis que os grandes estúdios di-vulgam a maioria das novidades, como trai-lers e conteúdos exclusivo, dos próximos lançamentos. Pudemos ver o produtor Bryan Burke de Star Wars, os diretores Anthony e Joe Russo de Capitao América: Guerra Civil, além dos paineis da Sony e da Netflix, que tiveram a presença dos atores Adam Sandler e Taylor Lautner.

CCXP Experience 2015Por Fabio Lody, Diretor de Arte do iMasters

Por aí < 43

Fabio Lody é Diretor de Arte do iMasters e

colunista de Photoshop. Desenvolveu trabalhos

para vários países, foi aluno de Alexandre Wollner

e participou da equipe de criação de projetos

como Lollapalooza Brasil, Centenário do Santos,

Centenário Vinícius de Moraes, Futebol Run, Expo

Money, Super Bike Series, Galinha Pintadinha,

FIC, MMA Rocks entre outros. Conquistou o Best

Mkt Design 2012 com a marca do centenário do

Santos. É praticante de Krav Maga e está há 11

anos nessa vida maluca de subir/descer a serra

todos os dias por morar em Santos. @fabiolody

Figurinos Batman Vs Superman

O longa dirigido por Zack Snyder também teve o seu espaço reservado, com alguns modelos usados no filme, como os uniformes originais do Batman, do Superman e da Mu-lher Maravilha, além da armadura especial do Homem Morcego apresentada no trailer.

Entre os convidados especiais, também es-tiveram John Rhys-Davies (Indiana Jones e os Caçadores Da Arca Perdida), Kristen Rit-ter (Jessica Jones), David Tennant (Dr. Who), Misha Collins (Supernatural), além da atriz Evangeline Lilly, que viveu a Hope Van Dyne de Homem-Formiga esteve no Brasil para falar sobre o seu livro infantil, “Os Molambo-lengos”, e sobre sua carreira no cinema e na televisão (ela foi a Kate, de Lost). 

A Comic Con Experience foi uma oportunida-de para empresários e estudiosos que focam seus negócios ou querem saber mais sobre o mercado Geek e a cultura pop. Este ano, a CCXP acontecerá entre 1º e 4 de dezembro. Prepare-se!

44 > Por aí

Kemel Zaidan é um pseudo-programador, metido

a jornalista, com alma de artista e evangelista

na Locaweb.

[email protected] | @kemelzaidan

O mundo não será mais o mesmo depois que Edward Snowden revelou o PRISM, programa de espionagem digital do governo dos EUA. Nem mesmo George Orwell, em seus sonhos mais loucos, pôde imaginar algo parecido.

Trouxe aqui uma lista de programas de código aberto para você preservar a sua privacidade sem compartilhar seus dados com a NSA.

Privacidade OnlinePor Kemel Zaidan, evangelista Locaweb em tempo integral e de software livre nas horas vagas

Iridium Secure Browser

O Iridium é um fork do Chromium (no qual o Google Chrome se baseia), mas com foco em segurança e privacidade. Embora o site não deixe claro quais as diferenças em re-lação ao projeto original, trata-se de uma iniciativa alemã que conta inclusive com o patrocínio de algumas empresas do País. https://iridiumbrowser.de

Bitmessage

O Bitmessage é um mensageiro P2P ba-seado na tecnologia da cadeia de blocos (blockchain) do Bitcoin. Diferentemente des-te último, as mensagens são armazenadas por apenas 2 dias. Com ele é possível trocar mensagens de forma criptografada e com-pletamente anônima.https://bitmessage.org

Tails

Trata-se de uma distribuição Linux para ser executada de forma “live” diretamente de um pendrive, sem deixar rastros em qualquer computador. Todo o conteúdo fica criptgra-fado no próprio pendrive. Além disso ele já trás diversas ferramentas como o TOR, OTR e HTTPS everywhere para tornar sua nave-gação e comunicação na web a mais segura e anônima possível.https://tails.boum.org

Pixelated

O Pixelated é um projeto brasileiro criado dentro da Thoughtworks como uma solução de webmail que você pode instalar em um servidor próprio e que torna mais fácil a utili-zação e adoção de ferramentas de criptogra-fia como o PGP.https://pixelated-project.org

Código Livre < 45

Qual a sua historia com o iMasters?

“Minha história com o iMasters começa em 2005 mais ou menos, quando aceitei o desafio de abrir a TI SHOP, a loja online do iMasters. Isso me proporcionou trabalhar com e-commerce quando estava no estágio inicial no Brasil. Desde então, atuo no mercado e hoje minha empresa, a Market & Share, é focada em prestar serviço para e-commerce. Então, não tem como ter uma participação mais bacana que isso. O iMasters, indiretamente, é responsável pelo meu trabalho hoje. Me ensinou muito. Sou muito grato. Junto a isso, são vários os momentos em que o iMasters foi marcante: desde ciclos de reuniões em São Paulo a pequenos e corriqueiros aprendizados diários; e, mais importante que tudo, não foi um acontecimento, mas vários que geraram isso, os amigos que fiz no iMasters” - André Fiorini - Gerente Comercial at Adena Plataforma de Ecommerce Profissional

“Sempre que faço alguma entrevista de trabalho, eu cito que sou Moderador Global no Fórum iMasters e cito as minhas contribuições em artigos para o Portal e para a Revista. Certamente, esses conteúdos que gerei me aperfeiçoaram como pessoa e como profissional. Posso dizer que o iMasters me ajudou a aperfeiçoar a minha carreira” William Bruno - Desenvolvedor FrontEnd

“O que me faz ser tão ativo no Fórum iMasters é essa troca de conhecimento entre o pessoal. Nada, nenhuma dúvida, fica por muito tempo sem resposta. Sempre tem alguém disposto a ajudar, mesmo que seja com pesquisas ou dicas sobre um determinado assunto. Nosso Fórum sempre se destacou por isso. Muitas amizades, que fiz desde o início do fórum, levo para vida toda. Aliás, durante uma época boa, fazíamos até encontros de membros e moderadores do Fórum” Fabio Lody – Diretor de Arte e Colunista do iMasters

“Foi pelo iMasters que eu aprendi sobre desenvolvimento e, por esse motivo, quando resolvi empreender criando o meu primeiro negócio, o iMasters foi o nosso principal canal para filtrar quem entrava na equipe de desenvolvimento. Nas entrevistas, perguntava quais sites o candidato usava para aprender sobre a linguagem de programação, frameworks etc. Se a resposta fosse “iMasters”, ele ganhava um ponto a mais na seleção!” Ariel Alexandre - CEO & Co-founder Reminds

46 > Especial 15 anos

A Stone está revolucionando o setor de pagamentos.Faça parte dessa mudança e trabalhe conosco.

Acesse:

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

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impresso_imaster_Stone.pdf 1 1/12/16 6:52 PM

UOL HOST amplia o seu portfólio de produtos voltados à hospedagem de sites

Além da já conhecida hospedagem de sites dedicada

à linguagem PHP e ASP.net, agora o UOL HOST traz

duas novas plataformas de hospedagem, uma dedica-

da a aplicações Node.JS e outra dedicada à linguagem

Java. Com isso, o portfólio da empresa passa a aten-

der às principais linguagens de programação busca-

das pelos desenvolvedores. Todas elas contam com

o isolamento de recursos por meio da tecnologia LxC

(Linux Containers).

Iugu oferecerá workshops estraté-gicos para startups inscritas em seu programa de benefícios

Ao longo de 2016, a iugu vai ministrar diversos workshops e palestras exclusivos para as mais de 30 empresas inscritas no Ignição, seu programa de bene-fícios para startups. As conversas vão tratar de growth hacking, marketing digital, métricas, escalabilidade outros temas de cunho inovador, e serão realizadas em aceleradoras e incubadoras parceiras do progra-ma. Elas marcam a segunda fase do Ignição para a iugu, que tem como objetivo compartilhar sua jornada como startup e ajudar outras empresas menores a es-calarem seus negócios. Desde o lançamento no ano passado, o programa tem se mostrado um sucesso e um modelo de benchmark para companhias interessa-das em se aproximar desse ambiente de empreende-dorismo. O Ignição também oferece tarifas reduzidas na infraestrutura financeira da iugu, suporte premium e mentoria. Para saber se sua startup é elegível, acesse ignicao.iugu.com

Prime Systems disponibilizará plata-forma Mobile BPM e RMAD para de-senvolvedores

A plataforma inovadora de desenvolvimento, alinhada

ao conceito Digital Business, permitirá que desenvol-

vedores possam construir soluções móveis de forma

rápida e flexível e ofertá-las ao mercado no Brasil e no

exterior através de um moderno marketplace. Desta

forma, a Prime Systems, reconhecida recentemente

pelo Gartner como Cool Vendor Brazil/2015, espera

auxiliar desenvolvedores com perfil empreendedor a

gerarem negócios. Veja anúncio nesta edição da re-

vista iMasters sobre como participar da etapa de Beta

Teste, ou acesse: marketplace.primebuilder.com.br

Nova Geração de Domínios: .ONLINE é a nova extensão de domínio que mais cresce

A nova extensão de domínios .ONLINE está tomando conta da internet. Com mais de 120 mil nomes de domínio

registrados em menos de 4 meses, .ONLINE oferece aos usuários de Internet a possibilidade de obter e utilizar

um nome de domínio relevante e memorável que será facilmente compreendido em todas as partes do mundo. A

nova extensão pode ser o que você quiser que ela seja – você estará “vivo” na Internet, pronto para conectar-se

com clientes, parceiros e quaisquer usuários que queiram te encontrar. .ONLINE protagonizou um lançamento sem

precedentes em agosto de 2015, com mais de 37 mil nomes registrados nas primeiras 24 horas, tanto nomes de

ampla abrangência e alta qualidade, como nomes bem específicos, de nicho, prontos para dar origem ao próximo

negócio online de sucesso. É possível registrar .ONLINE através de provedores de domínios líderes como Bluehost,

GoDaddy, Redehost, entre outros.

Moip Assinaturas traz novidades no Sandbox

O Moip traz novidades este ano em sua solução de Assinaturas. Uma das mudanças está no ambiente de testes, no qual um único Sandbox é usado para tes-tes de assinaturas, e-commerce e marketplace. Essa mudança, não só torna o desenvolvimento de negó-cios mais seguro, como também facilita o trabalho de desenvolvedores, os deixando mais independentes ao fazer uma integração com o Moip. Outra novidade é a reformulação completa da solução para Assinaturas, de forma a levar ao usuário final mais facilidade, se-gurança e rapidez. Entre as inovações estão interface nova e unificada com a Conta Moip, buscas e filtros de assinaturas, cupons de descontos, boleto como forma de pagamento, além dos cartões Visa, Master, Amex, Diners e Elo. Mais fácil, amigável e completo, o novo painel oferece flexibilidade para usuários e negócios.

48 Drops do mercado

Drops do Mercado < 49

Você conhece a API SkyHub?

A  SkyHub possui uma API flexível para que a integração do e-commerce com o marketplace esteja adequada com

a estrutura de sua plataforma ou ERP, utilizando tecnologias bem conhecidas no mercado como, REST e Json.

Essa API, além de facilitar a instalação, permite ter em uma única ferramenta a análise de performance em cada um

dos marketplaces em que a loja está inserida. Existem diversos recursos que a ferramenta da SkyHub oferece para

os parceiros, dentre eles: integração de estoque único, manutenção das APIs dos marketplaces, gestão de produ-

tos e preço, criação de atributos e paginação. Você pode conferir outras funcionalidades em skyhub.zendesk.com

A ferramenta ideal para gerenciar ecossistemas digitais e engajar par-ceiros

O API Suite da Sensedia é uma plataforma para gestão

de APIs com uma gama de ferramentas que te aju-

dará, em um simples passo-a-passo, a expor sua API

em questão de minutos. A plataforma contempla um

gateway para controle de requisições, um portal para

engajar desenvolvedores e um Analytics completo do

uso das suas APIs e Lifecycle para administrar a evo-

lução das suas APIs. Assim, você terá APIs rodando

com todo o potencial de escalabilidade, controle e

segurança necessários para a sua estratégia digital. É

a ferramenta perfeita para integrações com parceiros,

gerenciamento de projetos de Internet das Coisas, es-

tratégias em aplicações Mobile, segmentação de clien-

tes e modelos de negócios SaaS.

Gerencianet lança nova API

A Gerencianet lançou, no final de 2015, a nova API para realização de cobranças com cartão de crédito, boletos e carnês. Com a nova API é possível realizar integrações para transações por marketplace, assina-turas, checkout via lightbox e checkout transparente, além da notificações de cada alteração nas cobran-ças. Tudo isso com a disponibilização de SDKs que deixam a integração ainda mais fácil. Outra vantagem da nova API é a disponibilização do Sandbox, onde o integrador pode conhecer todo o fluxo de pagamento em um ambiente 100% de teste, sem a necessidade de realizar qualquer débito em seu cartão de crédito. O desenvolvedor também pode criar diversos apps, cada um com suas credenciais próprias, que permite identi-ficar quais cobranças pertencem a qual app. A docu-mentação é completa, de fácil compreensão e pode ser acessada na sessão “Desenvolvedores” do site gerencianet.com.br

Stelo disponbiliza ambiente Sandbox

A fim de auxiliar nos testes para utilização das soluções de meios de pagamentos online da Stelo, os desenvol-vedores contam com o ambiente de Sandbox prepa-rado especialmente para a execução de testes com as APIs. A ferramenta utilizada é o Swagger (http://swagger.io), que hoje tem a maior e mais ativa comu-nidade de desenvolvedores. Além disso, todas as APIs Stelo são no formato Rest e o módulo de UI utiliza-do permite que os desenvolvedores interajam com as APIs em Sandbox de forma muito intuitiva, sem exigir conhecimento da implementação ou mesmo dos pa-râmetros e opções, pois são explícitas na documen-tação. No ambiente Sandbox, uma aplicação pode executar todas as operações que executa em am-biente de produção, porém, todas as informações são fictícias. Neste ambiente não há acesso algum às in-formações de produção, e vice-versa. Conheça mais: stelo.com.br/desenvolvedor

Iniciativa “O WordPress é Seguro. In-seguro é você” reforça confiabilida-de da plataforma no mercado

A afirmação “O WordPress é Seguro. Inseguro é você”

foi o norte da Apiki durante todo o ano de 2015, para

o qual dedicou esforços em desmistificar a suposta

insegurança da plataforma e colaborar com a segu-

rança para sites em WordPress. A iniciativa, nomeada

WordPress Seguro, conta com uma série de artigos

com conteúdos práticos e exclusivos, um Guia Práti-

co e uma página focada para que você mantenha a

sua instalação WordPress sempre segura. Além dis-

so, a campanha alcançou diversas partes do Brasil

através de palestras e webinars gratuitos. Em 2016

todo este conteúdo continuará disponível, atualizado

e outras novidades virão. Fique ligado em apiki.com/

wordpress-seguro.

iMasters PlanrockrPor Elton Minetto, co-fundador da Coderockr e iMasters Planrockr

A área de tecnologia e desenvolvimento de software está constantemente evoluindo. A cada ano, novas metodologias e ferramen-tas são criadas para melhorar os processos. Pode parecer loucura, mas um projeto é muito semelhante ao funcionamento do cor-po humano, onde cada órgão tem as suas responsabilidades. No desenvolvimento de software não é diferente, cada ferramenta tem uma função específica. Diversas tenta-tivas já foram testadas para fazer uma ferra-menta única que cuidasse de todas as fun-ções necessárias, porém a realidade é que as melhores ferramentas no mercado são as que focam em apenas uma ou duas fun-ções. Por esta razão e devido à volatilidade da tecnologia, em um projeto de desenvol-vimento de software geralmente se utilizam diversas ferramentas.

Vamos analisar um cenário bem típico, o de uma equipe desenvolvendo um sistema para o ambiente web. Essa equipe precisa geren-ciar uma série de aspectos do seu trabalho e, para cada uma delas, geralmente usa-se uma ferramenta diferente. Por exemplo:

• Para o gerenciamento de códigos as ferra-mentas mais populares são o Github, Bitbu-cket ou Gitlab

• Para a realização de integrações contínuas existem Jenkins, Codeship, e Buildkite

• Para a análise de qualidade de código se utilizam ferramentas como o Codeclimate e Codacy

• Para a compilação do software ferramen-tas como ant, grunt, e Deploybot podem ser utilizadas.

• Para o acompanhamento da performance dos servidores o Newrelic ou ferramentas do fornecedor de cloud como Amazon são as opções mais utilizadas.

A lista pode se estender para várias outras ferramentas, dependendo das funcionalida-des específicas do projeto em desenvolvi-mento. É neste aspecto que um projeto se assemelha a um corpo humano, mais espe-cificamente ao de um atleta de alta perfor-mance (estamos em ano olímpico, eu não podia perder a chance).

Criamos uma aplicação que se integra com as ferramentas mais populares do mercado e que pode ser atualizada con-forme novas ferramentas e demandas vão surgindo

Imagine que você seja um treinador e queira desenvolver o próximo Usain Bolt. Você vai monitorar todos os aspectos do corpo do atleta, usando diversos sensores e equipa-mentos para determinar formas de treina-mentos que ajudem a aprimorar os aspectos mais importantes e decisivos para otimizar a performance do atleta. Em um projeto de software não é muito diferente, utilizamos ferramentas para medir a performance do

50 > Review

Review < 51

sistema, determinar a qualidade do código que está sendo desenvolvido, gerar testes para avaliar o funcionamento do software, e monitorar o comportamento da equipe. A observação contínua desses aspectos durante o desenvolvimento do software per-mite que possíveis problemas sejam identifi-cados antecipadamente, e que melhores e mais ágeis decisões sejam tomadas para que o projeto atinja os níveis mais altos de qualidade.

Porque não vemos nossos projetos como um organismo (ou uma máquina) que pode ser monitorado e aprimorado constantemente?

Vivemos numa realidade tecnológica que nos permite coletar, armazenar e processar quantidades obscenas de informação, tudo graças ao barateamento do espaço e dos serviços de armazenamento de dados na nuvem e teorias abraçadas pelo jargão da Big Data. Então porque não vemos nossos projetos como um organismo (ou uma má-quina) que pode ser monitorado e aprimo-rado constantemente? Podemos coletar in-formações de todas estas fontes de dados, armazená-las, processá-las e tirar imenso conhecimento disto tudo.

Esta é a ideia que move o iMasters Planrockr. Criamos uma aplicação que se integra com as ferramentas mais populares do mercado e que pode ser atualizada conforme novas ferramentas e demandas vão surgindo.

• Com o iMasters Planrockr o gerente de pro-jetos vai poder facilmente responder aque-las questões que tomam seu tempo e seu sono, como:

• Vamos conseguir entregar as tarefas no prazo estimado?

• Como está a performance da equipe? Estamos entregando tarefas em qual veloci-dade?

• Qual é a qualidade do código que está sendo desenvolvido?

• Algum dos membros da equipe está com problemas de performance? Suas tarefas estão demorando mais do que a média? A sua qualidade está caindo? Posso alocar mais tarefas para alguém?

A equipe também se beneficia, receben-do informações mais precisas sobre a sua performance e a de seus colegas, vendo o projeto como um todo e acompanhando a sua evolução e conhecendo novas maneiras e ferramentas para melhorar o seu trabalho.

Essa é a nossa missão, gerar informações relevantes sobre os projetos para otimizar a tomada de decisões e centralizar os dados de diversas ferramentas essenciais para o desenvolvimento de software em um único lugar. Convidamos você a se inscrever e acompanhar a evolução do iMasters Planro-ckr. Acesse: planrockr.com

Com a colaboração de Julia Braga Pfeifer Possamai

Elton  Minetto é co-fundador da Coderockr

e iMasters Planrockr. Possui graduação em

Ciência de Computação pela UnoChapecó

e especialização em Ciência da Computa-

ção pela UFSC/UNOESC.  É autor do livro

Frameworks para Desenvolvimento em PHP,

da editora Novatec, co-autor do livro Grid

Computing in Research and Education, publi-

cado pela IBM/Redbooks (EUA) e autor dos

e-books Zend Framework na prática, Zend

Framework 2 na prática, Iniciando com o Zend

Framework 2 e Doctrine na Prática.

eltonminetto.net | @eminetto | planrockr.com

Big Data, o aliado na retenção de clientesPor Clayton da Silva, Diretor de Soluções e Conquistas para América Latina da Zendesk

O termo Big Data existe desde a década de 1990, quando a NASA o utilizava para se referir a dados complexos que desafiavam os limites tecnológicos. Popularizado nos últimos dez anos, trouxe uma nova agenda às empresas, que se reestruturaram para realizar a análise de todo o volume de da-dos vindos de diversos meios, o que nem sempre é tão eficaz e acaba não proporcio-nando os resultados positivos esperados pelas companhias.

Isso acontece porque muitas delas ainda não sabem qual é o seu real papel e como os dados bem apurados trazem benefícios para todos os setores, principalmente o de relacionamento com o cliente, que é fun-damental para o funcionamento de uma empresa. Por meio de diversos canais, é possível adquirir informações significativas para não somente aperfeiçoar o processo de atendimento, como melhorar os resultados e avaliações por parte dos clientes.

A partir do momento em que esses dados são absorvidos e compreendidos, geram--se insights que orientam as estratégias de operação. Quem sabe combinar as infor-mações fornecidas a seu favor torna não apenas o negócio mais eficaz, como fideliza esse cliente. Entretanto, não se deve esque-cer de considerar três pontos importantes: compreender o que acontece em seu negó-cio, o impacto dos interesses no serviço de atendimento e a antecipação dos desejos do cliente.

Ferramentas de captação e análise de dados

Por meio de uma única plataforma basea-da na nuvem, é possível absorver os dados coletados durante o contato e medir, em diversos níveis, o grau de satisfação dos clientes, além da eficiência e classificação de cada atendimento.

Ferramentas que realizam todo esse pro-cesso já estão disponíveis no mercado. Elas examinam, medem, analisam e combinam os dados coletados da maneira que cada empresa precisa. O gerenciamento é feito por meio de painéis interativos, nos quais se escolhem as métricas desejadas, que são filtradas, analisadas e rapidamente transfor-madas em relatórios para diversos setores da empresa.

Outro fator de análise muito relevante para a retenção de clientes é a obtenção de re-sultados positivos ou negativos do histórico interativo com esse consumidor. O software analisa os sinais emitidos pelo consumidor durante o contato – estes são ranqueados de 0 a 100 pontos, no qual 0 é a menor e 100 a maior satisfação.

Com isso, é possível realizar a previsão e a construção de um cenário de insatisfação antes mesmo que aconteça, e as empresas passam a adotar um diálogo mais cuidadoso com seus clientes.

52 > Bussiness Inteligence

Uma vez que a companhia utiliza um sistema integrado de atendimento (e-mail, chat, web, telefone e redes sociais), cria-se um banco de dados único e, a partir do cruzamento das informações geradas em todos eles, os gestores conseguem medir as dúvidas mais frequentes e criar canais para respostas rá-pidas, o que aperfeiçoa a operação da equi-pe de atendimento. Os clientes, por sua vez, também passam a interagir melhor com a companhia em todos os canais.

Os dispositivos móveis são outros aliados dessa comunicação mais prática e ágil. Por

Clayton da Silva é Diretor de Soluções e Su-

cesso do Cliente para América Latina e está

na Zendesk desde 2012. É formado em Ad-

ministração de Empresas pela Universidade

Paulista, em São Paulo, e possui certificações

nas áreas de Liderança e Empreendedorismo

e Experiência do Cliente. Já atuou em diversas

companhias ao redor do mundo, como CCI

Channel Management Solutions e NSI Mar-

keting Services, nas quais desenhou, imple-

mentou e coordenou programas de marketing.

[email protected] | zendesk.com

Por meio de diversos canais, é possí-vel adquirir informações significativas para não somente aperfeiçoar o pro-cesso de atendimento, como melhorar os resultados e avaliações por parte dos clientes

meio deles, os clientes têm suas solicitações respondidas de todos os lugares com mui-to mais eficiência, e as requisições urgentes não esperam muito tempo.

Além disso, a interface do software pode ser personalizada de acordo com a necessidade da marca, com a possibilidade de destacar e classificar os chamados em grau de urgên-cia e travar um diálogo em tempo real por meio de uma aba criada no hot site. Dessa forma, otimiza-se a forma de fornecer apoio, há redução de esforço dos clientes e melhor experiência para ambos os lados.

Bussiness Inteligence < 53

Computação e tecnologia são para mulheres?Por Lidiane Monteiro, Fundadora do Blog Inspirada na Computação e acadêmica de Licenciatura em Computaçãona UFRPE

Incluir efetivamente as mulheres na tecnolo-gia, computação e engenharia é uma neces-sidade que tem sido muito comentada ulti-mamente. Pensando nisso, lembrei-me do que foi publicado na mídia ano passado, in-formando que existe um déficit de profissio-nais para atender à demanda de Tecnologia da Informação até 2020: aproximadamente 1,2 milhão de vagas estarão disponíveis, mas a estimativa é de que apenas 400 mil sejam ocupadas no total.

Será que poucas mulheres se profissionali-zando em TI seria um dos motivos da imensa sobra de vagas? Relacionando com outras fontes questionei: “computação e tecnologia são para mulheres?”. Vejamos.

O índice de mulheres que ingressaram em cursos superiores de Computação no Brasil é desproporcional à população feminina (me-tade da população mundial) e, com o passar do tempo, ficou ainda pior: de 34,89% em 1991 para 15,53% em 2013. No mercado de trabalho, a disparidade não é diferente - na década de 1980, as mulheres representa-vam 40% das principais empresas de Com-putação do mundo; em 2008, o número caiu para 18%.

Os motivos da pequena representação femi-nina são complexos, mas alguns exemplos reais podem nos dizer alguma coisa: o baixo índice de ingresso das mulheres em cursos superior de Computação, os salários 30% menores em iguais funções desempenhadas

por homens e a relativa falta de identifica-ção das mulheres com ciência, tecnologia e engenharia. Outro ponto que não passa despercebido é que precisamos imprimir es-forços maiores para sermos reconhecidas e ganhar a confiança dos outros por nossas habilidades técnicas.

É muito comum ouvir questionamentos como: “Foi você que fez isso?”, “Você vai ser palestrante? É sério?!”, “Tem como saber se o código foi feito por uma mulher?”, “Não é bem assim que funciona a lógica” (mas era), “Melhor você cuidar da documentação”. Já ouvi essas frases algumas vezes e presenciei outras situações “interessantes”.

A boa recordação é que, contrariando as es-tatísticas atuais, as mulheres já foram maioria na computação. Ainda que existam poucos registros da história, possuímos um papel destacado no avanço tecnológico: todos os dias, utilizamos ferramentas que poderiam não existir sem o trabalho de mulheres como Ada Lovelace, Grace Hopper, Jean Jennin-gs Bartik, Frances Bilas, Margaret Hamilton, Hedy Lamarr, Shirley Ann Jackson, Shon Harris e Joan Clarke.

O estereótipo do Cientista da Computa-ção como sendo um homem jovem, nerd e anti-social alimenta o senso comum de que mulheres, tecnologia e computação não combinam. Por outro lado, a visibilidade de mulheres na profissão e as contribuições na computação servem de modelos femininos

54 > Inspirada na Computação

que ajudam a quebrar barreiras faladas e não faladas que desencorajam o ingresso das mulheres no setor.

No Brasil, existem várias iniciativas e comu-nidades nas quais profissionais (programa-doras, jornalistas, designers) e demais inte-ressadas por tecnologia compartilham suas experiências, ensinam a programar e ajudam outras mulheres a fazer o mesmo.  

Mulheres na tecnologia: iniciativas no BrasilEm encontros que organizamos, já ouvi coi-sas do tipo: “Estou quase me formando e esse é meu primeiro evento de tecnologia”, “Na minha cidade não tem eventos, nem tan-tas mulheres na área”, “Desgostei de progra-mação na faculdade e nunca aprendi, mas acho que agora quero programar”, “Minha família não apoiava a escolha do meu curso, cursei outros, mas não me realizei. Discuti bastante e só agora consegui convencê-los de que minha área é tecnologia”, “Estou feliz e empolgada por ter aprendido a fazer meu primeiro código”.

Os encontros são incríveis e ajudam muito no empoderamento feminino. Você sai outra pessoa a cada vez: muita motivação, novos conhecimentos e ideias, ampliação imensa de networking e até propostas de trabalho surgem. Não é raro empresas, universidades e hackerspaces apoiarem e se disporem a receber um evento.

“Ainda que existam poucos regis-tros da história, possuímos um papel destacado no avanço tecnológico: todos os dias, utilizamos ferramen-tas que poderiam não existir sem o trabalho de mulheres como Ada Lo-velace, Grace Hopper, Jean Jennin-gs Bartik, Frances Bilas, Margaret Hamilton, Hedy Lamarr, Shirley Ann Jackson, Shon Harris e Joan Clarke”

Algumas conferências de tecnologia e de linguagens de programação estão adotando um modelo em que mulheres recebem bol-sa de apoio financeiro para custear a parti-cipação em eventos. Mulheres também são minoria entre palestrantes e nem sempre há um esforço de quem organiza em con-vidar especialistas mulheres para estarem no palco.

É muito comum, por falta de condições fi-nanceiras ou por insegurança, deixarmos de submeter palestras ou adiar a participação em eventos. Além disso, como a maioria tem público masculino, é normal a intimidação em ambiente dominado pelo gênero oposto e/ou que não parece inclusivo.

Na Campus Party Recife de 2015, por exem-plo, deixei de submeter uma palestra mes-mo já tendo palestrado em outros eventos. A síndrome do impostor me fez acreditar que o conteúdo não seria relevante ou que eu não tinha bagagem suficiente. O evento me mostrou justamente o contrário: em mais de uma palestra, as perguntas do público eram sobre o que eu pretendia abordar.

Inspirada na Computação < 55

Não há dúvidas de que as iniciativas de em-poderamento feminino são fundamentais para aumentar a participação das mulheres, incentivar que elas palestrem e acreditem no próprio potencial. A diversidade na tec-nologia, inclusive, tem sido considerada por empresas e universidades como estratégica para a inovação, por permitir ambientes e times mais criativos, propícios ao desenvol-vimento de soluções e produtos ainda me-lhores. Porém, as empresas têm dificuldades para encontrar mulheres para cargos técni-cos e reter talentos.

As empresas do Vale do Silício perceberem a baixa porcentagem de mulheres entre seu capital humano técnico. Nesse caminho, projetos da área de tecnologia surgiram para despertar o interesse de meninas ainda na escola, e incentivam mulheres a reco-nhecerem seu potencial para computação. Como resultado,   diversas ações que pro-movem capacitação técnica para mulhe-res cresceram nos últimos anos, fortemen-te sob influência de comunidades como PyLadies, Women Who Code, Code Girls, Django Girls, Technovation Challenge e Wo-men Techmakers.

Outras ações que seguem esse caminho são a mídia impressa e digital e, como resultado, temos esta coluna, na qual irei falar sobre mulheres na computação e tecnologia de maneira que possamos aproximar o público e diminuir a diferença de tratamento entre os gêneros. Espero que, por meio desta colu-na, as vozes femininas sejam representadas, haja visibilidade às profissionais da área e que seja exposto, de maneira concreta, que as mulheres devem, sim, conhecer, questio-nar, produzir e protagonizar seu futuro com tecnologia e o que mais elas quiserem.

Dessa maneira, tanto as comunidades de tecnologia como o setor corporativo têm buscado aumentar a participação das mu-

Iniciativas brasileiras para mulheres na Tecnologia

- PyLadies Brasil (vários estados) - Women Who Code – Recife - MariaLab - PrograMaria - InspirAda na Computação - Django Girls Brasil (vários estados) - Mulheres na Computação - Meninas também jogam - Code Girl - Natal - Byte Girl – Fortaleza - Meninas Digitais - Cunhantã Digital - Women Makers - Mulheres na Tecnologia - JS4Girls (vários estados) - .NET Coders Ladies - Women Techmakers Brasil - Rails Girls - InsideOut Project - Girls in Tech - Brazil - RodAda Hacker - Garotas CPBR - Minas Programam - WoMoz Brasil - Technovation Challenge Brasil

Lidiane Monteiro é fundadora do Blog do

InspirAda na Computação, padawan de Desen-

volvimento de Software e Mãe de Teddy, um

cachorro com mais de 5 apelidos. Além disso,

cursa Licenciatura em Computação na UFR-

PE  e faz estágio na FUNDAJ. Como rata de

comunidade de TI, contribuiu para a fundação

de algumas em Recife para incentivar mulheres:

Women Who Code, PyLadies, Django Girls, JS-

4Girls. É 99% Computação e Educação, mas al-

guns outros % em Jornalismo. Não escreve bem

(nem códigos, nem textos), mas acredita que

pode chegar lá compartilhando o que apren-

der e com Jornalismo de Dados. Curte ativis-

mo social, programação, bolo de rolo e cerveja.

@lidy_monteiro | inspiradanacomputacao.com |

[email protected]

lheres na produção de tecnologia e inova-ção, o que pode resultar em uma nova gera-ção de mulheres com potencial para serem reconhecidas e inspirarem sua profissão na computação, tecnologia e engenharia.

56 > Inspirada na Computação

Especial 15 anos < 57

Qual a sua historia com o iMasters?

“Sinto que influencio muita gente a ter uma perspectiva mais ampla a respeito da vida digital com minhas contribuições no InterCon, o que, para um professor, não poderia ser mais importante. Por causa de tantos eventos, muita gente associa a minha imagem à do iMasters, o que não poderia significar honra maior”.Luli Radfahrer – Professor Doutor da USP

“O iMasters é responsável por algumas das minhas primeiras vezes:minha primeira vez trabalhando como programador de verdade.minha primeira vez usando ferramentas de controle de versão.minha primeira vez em uma viagem de avião.minha primeira vez visitando São Paulo.minha primeira vez visitando Belo Horizonte.E tantas outras primeiras vezes, que me ajudaram a construir a minha carreira hoje” - André Tagliati/ líder técnico de frontend Dafiti

“A comunidade do iMasters é riquíssima em conteúdo e é um excelente hub de networking para toda comunidade de profissionais de TI. Estar conectado ao iMasters, seja nos eventos, no portal ou nos cursos é a melhor maneira de se manter atualizado, o que é essencial numa área que está em constante movimento” André Metzen - Fundador da Conceptho

“Minhas grandes conquistas profissionais tiveram a influência do iMasters. Vários cursos lançados, a conquista de ser uma referência no mercado, artigo publicado em livro e palestras em grandes eventos. Os desconhecidos ficaram próximos, viraram amigos. O meu lado profissional se consolidou com o pessoal harmoniosamente e serão minhas conquistas para sempre” Leandro Vieira - Fundador da Apiki

“É normal encontrarmos um profissional no mercado brasileiro e ele dizer que aprendeu o que sabe por meio do iMasters. Quando temos uma comunidade tão receptiva, os novos desenvolvedores se sentem acolhidos e começam a aprender sobre desenvolvimento pela troca de experiência com outros profissionais. Isso é fantástico!” João Neto - Administrador do fórum iMasters e iMasters Code

Site Blindado lança Selo Flutuante

Com o objetivo de gerar ainda mais valor para os clientes de Blindagens II e III – serviços que envolvem análises de

vulnerabilidade, mini pentest e suporte para correção das brechas de segurança nas lojas virtuais – a Site Blindado de-

senvolveu o Selo Flutuante. Ao contrário da outra versão do selo, que fica estática, posicionada no topo ou parte inferior

da home, a nova versão acompanha a navegação do usuário durante toda a experiência de compra. Sua implementação

é muito próxima à da versão atual, por meio de um comando HTML inserido no código fonte do site. Sem custo adicio-

nal, essa nova versão permite que o selo seja exposto durante todo o processo de compra, potencializando as chances

de conversão de um cliente – pesquisas recentes da Conecta/Ibope indicam que 56% dos consumidores não finalizam

uma compra online se não se sentirem seguros. O novo selo já está disponível no portal de clientes da Site Blindado –

siteblindado.com/selo-flutuante

A melhor hospedagem para sites Word-Press do mundo, agora no Brasil

A Bluehost nasceu em 2003 com um único objetivo: ser

uma empresa de hospedagem de sites com qualidade

superior. Criou e gerencia seus próprios Datacenters em

Provo, Utah, Estados Unidos, com hardwares de última

geração, onde tem total autonomia para oferecer a melhor

performance para seus clientes. Sua tecnologia é com-

patível com as linguagens de programação, APIs e plata-

formas baseadas em softwares livres mais populares do

mundo: WordPress, Magento, Drupal, Joomla, PHP, Ruby

on Rails, Phyton, entre outras. Ainda, é a única no mun-

do recomendada pelo WordPress.org, a maior plataforma

de gerenciamento de conteúdo da internet. Hoje é uma

das líderes no mundo com +2 milhões de sites hospeda-

dos e mais de 700 especialistas quebrando paradigmas

para levar o sonho da internet para um número cada vez

maior de pessoas. Agora no Brasil, com equipe dedicada

e atendimento 100% local. Venha para a empresa que é

referência no mundo.

SEO Master desenvolve ferramenta que aponta os fatores de ranqueamento para SEO

Há alguns meses, a SEO Master tem trabalhado em um projeto audacioso e que será de grande ajuda para a co-

munidade de SEO. A ferramenta, ainda em fase de desenvolvimento e testes, dá suporte na análise dos Ranking

Signals (em português, Sinais de Ranqueamento). Através desse projeto, a SEO Master busca desenvolver

uma ferramenta prática para entender os possíveis sinais de ranqueamento utilizados pelo algoritmo do Goo-

gle para determinar o ranqueamento nas buscas. O objetivo da SEO Master é que a ferramenta possa ser utiliza-

da por profissionais de SEO para auxiliar na elaboração do planejamento estratégico de SEO e na mensuração

de resultados. Com as constantes atualizações do Google, o Ranking Signals será atualizado constantemente para apri-

morar a sua eficiência.

Sexto sentido para entender o cliente

A ferramenta Satisfaction Prediction (Previsão de Sa-

tisfação, em português) desenvolvida pela Zendesk,

fornecedora de software em nuvem para atendimen-

to ao consumidor e gerenciamento de chamados, é

o primeiro sistema que estima a satisfação e fornece

dados para a construção de uma relação duradoura

com o cliente. Por meio dos resultados positivos ou

negativos do histórico interativo com o consumidor,

prevê diálogos de risco e constrói um cenário de insa-

tisfação antes mesmo que ele aconteça – permitindo

que as empresas mantenham um diálogo ainda mais

cuidadoso com seus clientes. Sua base está nos si-

nais emitidos pelo consumidor durante o contato, que

são ranqueados de 0 a 100 pontos, onde 0 é a menor

e, 100, a maior satisfação. Dessa forma, as empresas

melhoram a forma de fornecer apoio, há redução de

esforço dos clientes e melhor experiência para ambos

os lados. A análise de big data prevê um modelo único

e personalizado para cada cliente Zendesk.

58 Drops do mercado

Drops do Mercado < 59

Cloud agora, pague depois: conheça o Cloud on Demand Locaweb

Se você precisa de mais flexibilidade e rapidez em

seus projetos, essa é a hora! Quem já tem algum

produto da Locaweb agora pode contratar o Cloud

on Demand, que oferece economia por meio de

instâncias pós-pagas e a autonomia de um IaaS. A

novidade é a facilidade na contratação: direto pelo

painel de controle em menos de 15 minutos. E ain-

da: a cobrança é feita por hora a partir do momento

em que a instalação for finalizada. Da mesma for-

ma, o término ocorre quando a opção “Desinstalar”

é selecionada no painel de servidores. Isso tudo a

partir de R$ 0,07 por hora. Além de todas essas

vantagens, você ainda conta com: Backup, VLAN,

Load balancer, Snapshots e Firewall. Além dessas

vantagens, a infraestrutura da Locaweb está alo-

cada em território nacional, o que garante menor

latência de rede e segurança. Tenha mais flexibili-

dade e rapidez em seus projetos, contrate o Cloud

on Demand.

Impacta oferece conhecimento e qualquer hora e lugar

A qualidade reconhecida da Impacta Tecnologia,

que emprega 98% de seus alunos, pode ser confe-

rida também no conforto do seu lar ou na hora que

preferir. A Impacta sabe que seus alunos têm ne-

cessidades diferentes, mas todos merecem conhe-

cimento e, por isso, ela conta com 3 modalidades

de ensino nos mais de 300 cursos que oferece. Os

cursos presenciais são realizados na cidade de São

Paulo e são ideais para quem deseja uma forma-

ção completa com a oportunidade de networking

e toda experiência de sala de aula. Porém, quem

necessita de mais flexibilidade, pode contar com os

cursos da modalidade Ao Vivo, nos quais é possível

assistir a todo o conteúdo em tempo real, com a

mesma qualidade e podendo interagir e participar

mesmo estando à distância. Já os Cursos Online

têm a metodologia com o selo de qualidade Impac-

ta e são ideais para você estudar no seu ritmo, do

seu jeito, no lugar e hora que quiser.

Umbler: primeiro cloud hosting por demanda do brasil

Está no ar a Umbler, uma startup de Cloud Hosting por demanda 100% focada em agências e desenvol-

vedores. Para inovar em um mercado com tantas opções, a empresa optou por um modelo de pagamento

por créditos, no qual é possível contratar hospedagem para todos os tamanhos de sites, banco de dados

e e-mail separadamente, sem pacotes fechados: “o usuário paga somente pelo que utilizar e pode ter seu

site e e-mails no ar em dois minutos. Além disso, pode pausar, alterar ou cancelar os recursos a qualquer

momento”, explica Fábio Borges, CTO. A ideia da Umbler é oferecer o máximo de liberdade possível para

os usuários, que podem começar a usar a hospedagem gratuitamente. “Ao se cadastrar no site, o usuário já

ganha créditos para utilizar todos os serviços, e, fazendo algumas ações, como criar um site ou uma conta

de email, vai acumulando créditos promocionais, podendo chegar a R$100,00”, conta o CTO.

Certified Agile Professional: o próximo passo

Uma nova certificação focada nos fundamentos da agilidade, sua compreensão e prática chega ao merca-

do. A Certified Agile Professional é uma certificação da Adaptworks em participação com a ICAgile (icagil.

com) e consiste de um treinamento de dois dias focado nos pilares, valores e princípios da agilidade, indo

muito além de uma visão sobre um framework ou método específico. Ela aborda quais são os princípios

da agilidade e como estes influenciam nas várias formas que a agilidade pode ter. A certificação também

explora a importância das diferenças de contexto no caminho da adoção de agilidade. Esta nova visão sobre

certificação busca preparar profissionais para os desafios reais da agilidade no dia-a-dia, oferecendo tanto

conhecimento teórico quanto prático, por meio de diversas dinâmicas.

A Web invisívelPor Reinaldo Ferraz, Especialista em Desenvolvimento Web do W3C Brasil

Imagine a seguinte situação: você volta para casa depois de um dia de trabalho e ao che-gar à sua humilde residência percebe que as notificações do seu celular não tocaram. A luz não acende e a TV não funciona. Acabou a luz. Agora, pense no dia anterior. Será que percebemos o quanto a luz era importante antes de ficar sem ela?

Isso vem acontecendo com diversos serviços e produtos. É a tal da ubiquidade, das coisas que passam despercebidas por nós. Invisí-veis, mas que só percebemos quando não as temos mais disponíveis.

O mesmo ocorre com a Internet há alguns anos. Tente lembrar a última vez que chegou à sua casa e disse: “Vou me conectar à Inter-net para ler meus e-mails e assistir a um filme online”. Hoje você simplesmente acessa seus e-mails ou assiste a um filme por streamming. Em qualquer lugar. O martírio da conexão dis-cada e da Internet tarifada por minuto já não nos assolam mais (ou quase). As pessoas não precisam mais saber que estão conecta-das. Elas simplesmente estão.

Mas eu arrisco dizer que o mesmo vem acon-tecendo com a Web. Olhe para o seu smar-tphone e para todos os aplicativos instalados nele. Será que você sabe quantos deles são aplicativos nativos ou aplicações web? Eu mesmo não sei quantos dos aplicativos ins-talados no meu smartphone são Web se eu

não baixar o arquivo e abrir seu código para investigar. E isso é muito legal!

Durante a última aula do Centro de Estudo sobre Tecnologias Web (Ceweb.br) na Escola de Governança da Internet (EGI), promovi-da pelo CGI.br em agosto de 2015, tivemos a oportunidade de fazer uma experiência para mexer com a percepção dos alunos sobre Internet e Web. Durante a aula, desligamos as portas 80 e 8080 (tanto em IPv4 quanto em IPv6) e pedimos aos alunos para execu-tarem algumas tarefas. Tarefas simples, como buscar a definição de um nome de animal, localizar um endereço ou mesmo descobrir o nome das músicas de um álbum da Marisa Monte.

A experiência tornou-se interessante quando os alunos perguntavam “A Internet está fun-cionando?”, e nós respondíamos a eles que sim, afinal ainda era possível ter acesso a FTP e SMTP, por exemplo. Mas HTTP e HTTPS não estavam disponíveis. A Internet estava funcionando, mas a Web não. Para facilitar a atividade, deixamos disponíveis alguns fascí-culos de enciclopédia em papel, guias de ruas e um walkman com uma fita cassete. Apesar da diversão e nostalgia, foi um martírio buscar informações sem a Web.

Agora pense no seu dia a dia sem a Web. Vai fazer uma viagem de férias? Que tal pesqui-sar os principais destinos assistindo a progra-

60 > Por dentro do W3C

Reinaldo Ferraz é especialista em desenvol-

vimento web do W3C Brasil. Formado em De-

senho e Computação Gráfica e pós graduado

em Design de Hipermídia pela Universidade

Anhembi Morumbi, em São Paulo. Trabalha há

mais de 12 anos com desenvolvimento web.

Coordenador do Prêmio Nacional de Acessi-

bilidade na Web e do Grupo de Trabalho em

Acessibilidade na Web e representante do

W3C Brasil em plenárias técnicas do W3C.

@reinaldoferraz

mas de viagens ou então visitando agências e comprando catálogos? E na hora de reservar um hotel ou comprar uma passagem aérea? Haja pacote de minutos no telefone para tan-ta ligação e cotação.

Você pode questionar: e os aplicativos?

Pois é. Mesmo sabendo que boa parte desse tipo de aplicativo faz consulta na Web, con-sideraremos os que não fazem. Pense na quantidade de aplicativos para instalar em uma simples pesquisa de uma viagem de férias. Considerando que existem aplicativos que agrupam suas necessidades de viagem, como pesquisa por hotel e passagens aéreas, para outras atividades, você precisa de outro aplicativo, e assim seu smartphone vai co-lecionando aplicativos que serão usados de forma esporádica e ocupam uma quantidade significativa de espaço do seu telefone. No caso do desenvolvedor, ainda existe o agra-vante de pedir a “benção” da loja de aplicati-vos para cada atualização.

As pessoas não precisam mais saber que estão co-nectadas. Elas simples-mente estão

Eu gosto de utilizar a Web via browser o má-ximo possível, tanto no mobile quanto no desktop/notebook. Check-in online, receitas culinárias, redes sociais, mapas, consulta de hotéis, dicas para o passeio do fim de sema-na, e assim por diante. O aplicativo só ganha status para ser instalado no meu smartphone quando devo usá-lo pelo menos duas vezes na semana.

Isso não é uma crítica aos apps, muito pelo contrário. Acho que eles estão promovendo uma evolução silenciosa pela experiência do usuário que, baseada no meu humilde ponto de vista, é causada em parte pela comple-xidade na entrada de dados do usuário pelo dispositivo móvel. Qual a finalidade de digitar toda vez no browser, naquele teclado horrível do smartphone, o endereço

http://www.nomedomeuaplicativomatador.com.br

se com um toque eu abro o app e soluciono meus problemas?

Percebem como o tema deste artigo abor-dou muito mais o uso da Internet e dos apps sempre relacionados com o uso da Web? Esse era o objetivo. A Web está enraizada na nossa vida. Os serviços estão disponíveis, e nos tornamos cada vez mais dependen-tes deles. Quando estou trabalhando com a Web, desenvolvendo aplicações ou escreven-do um documento colaborativo, eu nem pen-so mais nela. Apenas faço uso de tudo que ela pode proporcionar, de forma silenciosa e ubíqua. Até que alguém derrube o disjuntor, cortea luz, a Internet e, consequentemente, a minha Web.

Por dentro do W3C < 61

High Availability e Disaster Recovery como seguro de vida para a empresapor Luiz Henrique Garetti, DBA SQL Server at G&P

Gostaria de iniciar este artigo com duas perguntas; a resposta a elas pode direcio-nar para o sucesso ou fracasso da sua em-presa, do seu emprego em época de crises e desastres.

Qual a Importância dos dados para sua empresa?

Qual o impacto de um dia sem informação?

O ato de pensarmos nas respostas nos faz refletir sobre outras centenas de questões in-terligadas, gerando outros questionamentos como: qual a segurança do meu ambiente? Qual o impacto de um dia sem faturamen-to? Nossa empresa suportaria uma perda em massa de dados? Temos um plano para recuperação de desastres? Nosso ambiente está assegurado com alta disponibilidade?

Pensar em segurança da informação e con-ceitos de alta disponibilidade não é mais um diferencial para o ambiente, e sim uma ne-cessidade de se manter viva no mercado. Com a concorrência cada vez mais em alta e com a exigência em nível de excelência, qualquer falha ou indisponibilidade da sua aplicação é motivo para o concorrente ba-ter nessa deficiência, tomar alguns de seus clientes, morder uma fatia do seu mercado, e assim por diante.

Existe um caso muito interessante mencio-nado pelo especialista Microsoft SQL Server

Paul Randall em uma apresentação nos Es-tados Unidos, na qual ele menciona a cor-rupção de um índice no banco de dados que causou sérios problemas a uma grande instituição financeira. Esse tipo de inciden-te é crítico para o DBA, porém solucionável. O problema é que as ações tomadas não foram as mais adequadas para o cenário em questão, ocasionando a queda do ban-co de dados e paralisando aplicações core da instituição. Consequentemente, clientes não conseguiam realizar transferências fi-nanceiras, saques, depósitos, entre outras operações, gerando impactos negativos in-contáveis. Tudo isso por causa de um pro-blema (desastre em menor escala) no banco de dados.

E se esse banco de dados estivesse parti-cipando de uma sessão de alta disponibili-dade? Se existisse algum plano de contorno para desastres? Talvez o impacto para a ins-tituição fosse menor e contornável. Claro, há casos e casos, e vários fatores contribuíram para o fracasso nesse incidente. A impor-tância de um plano de Disaster Recovery vai além de investimentos em hardware e data centers de contingencia - é questão de poli-tica aplicada dentro da empresa e de concei-tos pré-estabelecidos.

Outro caso sobre desastres no ambiente de banco de dados – que é extremamente triste devido à tragédia – é o atentado de 11 de setembro de 2001. Esse dia ficará na me-mória do mundo todo e será lembrado por décadas pela tragédia no World Trade Cen-

62 > Banco de Dados

Luiz Henrique Garetti é Especialista SQL Server, atuando como DBA/Consultor em proje-tos de diversos portes, com foco em arquitetu-ras de alta disponibilidade utilizando ambientes em Cluster, Mirror, Alwayson e administração de banco de dados em geral. Contribui para a co-munidade com artigos técnicos publicados em grandes eventos na área de Banco de Dados com foco em alta disponibilidade e distribuição geográfica dos dados e em sites como iMasters e SQL Magazine. @LuizhGaretti | [email protected]

ter (WTC), em Nova York, gerando a morte de milhares de pessoas. A história todos nós conhecemos, mas poucas pessoas conhe-cem o outro desastre consequente desse acidente - claro, não mais importante que a perda das vidas, mas importante para sobre-vivência das empresas que ali estavam.

De acordo com a University of Minnesota Twin Cities (EUA), 20% das empresas que existiam no WTC fecharam imediatamente, e 35% sofrem com problemas financeiros até hoje, devido à perda de informações. Uma parte das empresas não contava com ser-vidores de contingência ou redundância de dados fora do complexo WTC. Outras até tinham servidores de contingência para apli-cações e banco de dados, porém essa con-tingência estava na outra torre, que também foi atingida pelos aviões.

Claro, ninguém poderia imaginar que uma torre viesse abaixo, quem diria as duas e no mesmo dia! Após essa tragédia, várias ISOs (International Organization for Standardiza-tion) de segurança foram discutidas e rede-finidas, a as empresas passaram a utilizar novas normas para segurança da informa-ção, com distribuição geográfica dos dados e afins.

O assunto sobre Alta Disponibilidade e Plano de Disaster Recovery vai muito além, e exige

detalhamentos de processos e até mudança cultural dentro da área de tecnologia da em-presa, aprofundando em conceitos de RPO, RTO, SLA, e assim por diante. Os dois casos mencionados representam a importância que os dados assumem dentro da corpora-ção, e salientam a necessidade da atenção que devemos tomar quando falamos em in-formação, o que, em alguns casos, é sinôni-mo de dinheiro.

Gosto da analogia entre High Availability e Disaster Recovery como apólice de seguros, pois o segundo é algo pelo qual pagamos (caro) e rezamos para não ter que utilizar. O mesmo acontece com HA e DR, investimen-tos pesados em redundância de hardware, profissionais qualificados, redundância de data centers, criação de processos e polí-ticas, tudo preparado para ser utilizado em caso de desastre, mas esperamos que nun-ca seja preciso.

Banco de Dados < 63

64 > 7Masters

Os dois últimos 7Masters de 2015 foram marcantes! Agile e SEO são dois temas que ainda vão dar muito o que falar e os mestres arrasaram em suas talks.

Confira o que aconteceu e prepare-se: 7Masters 2016 está com uma seleção de temas imper-díveis! Já pode colocar na agenda - setemasters.imasters.com.br/agenda-2016/

Agile

A arte do tailoring em projetos ágeis: revisan-do o mindset operacional foi a talk de Vitor Massari, Sócio-Diretor e Agile Coach da Hiflex Consultoria - http://ow.ly/XZQmW

Thiago Custódio falou sobre Continuous Delivery e infraestrutura ágil. Ele é Engenheiro de Software na Sciensa - http://ow.ly/XZQti

Desenvolvedor na Lambda3, Raphael Mole-sim trouxe uma talk sobre Mudança organiza-cional - http://ow.ly/XZQxc

Nicolás Roberts abordou o desenvolvimen-to de APIs tendo o cliente como Product Ow-ner. Ele é Gerente de Integrações do Merca-doPago - http://ow.ly/XZQAt

“Continuous Delivery: reflexo de uma cultu-ra Lean” foi a talk de Diego Paris de Olivei-ra, Project Coordinator na UOL, no 7Masters Agile - http://ow.ly/XZQFB

Marco Antonio da Silva é Especialista em Modelos de Negócio Inovadores, PMO e Gestor de Portfólio de Projetos. Neste 7Mas-ters, ele falou sobre Agile PMO e seu papel no fomento de inovação no contexto atual http://ow.ly/XZQMi

Fernando de la Riva falou sobre a implanta-ção do modelo Spotify na Concrete Solutions, onde é CEO - http://ow.ly/XZQJ6

O 7Masters é o nosso Encontro de Especialistas. Todos os meses reunimos 7 mestres que apresentam palestras curtas sobre assuntos inovadores e diferentes, para uma plateia de profissionais.

Os temas de cada encontro são definidos pelo iMasters e uma equipe de curadoria, liderada em 2015 por Edu Agni. Se quiser dar alguma sugestão, escreva para [email protected].

Confira aqui como foi a edição do 7Masters OOD. Acompanhe o calendário e assista a todos os vídeos em setemasters.imasters.com.br

7Masters < 65

SEO

Alex Pelati, diretor de Search Marketing na AO5, falou sobre como se Beneficiar do AdWords no Planejamento de SEO - http://ow.ly/XZRoF

Reinaldo Ferraz é especialista em desen-volvimento web do W3C Brasil. Trabalha há mais de 12 anos com desenvolvimento web, é apaixonado por acessibilidade, usabilida-de, padrões web, HTML, CSS, Star Wars e café sem açúcar. Neste 7Masters, sua talk foi “Atributos textuais para imagens e SEO” - http://ow.ly/XZRcy

Leandro Lima: Por dentro do Schema.Org “Por dentro do Schema.Org” foi a talk de Le-andro Lima. Designer, desenvolvedor front--end, fundou a PopUp Design em 2010 junto com a Dani Guerrato, trabalhando em proje-tos que buscam sempre usar o que existe de mais moderno em tecnologias web. Paralelo a isso, dá aulas e palestras sobre design e desenvolvimento web - http://ow.ly/XZQSE

Will Trannin é diretor executivo da SEO Mas-ter e participou do 7Masters SEO com a talk “Como analisar os Ranking Signals de uma página” - http://ow.ly/XZR56

“SEO para E-Commerce” foi a talk de Gabriel Lima. Ele é graduado em Publicidade & Pro-paganda pela ESPM e Mestre em Administra-ção de Empresas pelo Insper com ênfase em estratégia. Diretor da eNext, consultoria espe-cializada em e-commerce e professor da Bu-siness School São Paulo - http://ow.ly/XZR0q

Edu Agni é consultor especialista em Expe-riência do Usuário. Em sua talk, falou sobre como UX pode ajudar no SEO – e vice-versa - http://ow.ly/XZR8K

Daniel Imamura propôs uma análise de passado, presente e futuro do SEO em sua talk “Mindset do SEO: De onde viemos e para onde vamos” - http://ow.ly/XZRiF

Quer indicar um tema ou um mestrepara as próximas edições? Envie um email [email protected]

Qual a sua historia com o iMasters?

“O fascínio por bits e bytes sempre foi o meu foco. Aos 15 anos, comecei a me profissionalizar como programador, saí e voltei da profissão por algumas vezes em um processo de decisão de uma idade que permite essa transição, mas sempre tive vontade de aprender mais. Foi em 2001 que conquistei minha primeira vaga como programador, em São Paulo. Estava empolgado com as possibilidades, mas faltava um canal de informações e troca de experiência entre programadores. Pesquisava informações mais detalhadas sobre a programação em ASP 2 e Java com Tomcat, e não conseguia encontrar. Até que achei pelo CADÊ o iMasters, e 15 anos depois eu só posso agradecer pelas dicas, cursos e fóruns de que participei dentro da comunidade, onde consegui tirar dúvidas de desenvolvimento, aprimorar conhecimento e chegar, hoje, a ter minha própria empresa de soluções digitais. Obrigado, pessoal, e continuem com os ótimos trabalho! O iMasters é a revista digital que todo cyber-empresário deve ler”Alexander Marra Moncks / CEO - MMSoft Soluções Digitais

“De repente eu comecei a participar do iMasters. Aprendi muito, fiz amizades e entendi que não existe uma linguagem melhor. Como consequência, aperfeiçoei — e muito — o meu português e hoje tenho o trabalho dos meus sonhos” Guilherme Oderdenge / Desenvolvedor Front-End na Chute

66 > Especial 15 anos

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Hoje, um dos espaços onde a educação mais cresce é nas empresas, como uma ferramenta estratégica para desenvolver e ampliar o negócio. A Educação Corporativa se estabeleceu no mercado para atender a expectativa de vencer a concorrência com estratégias sustentáveis e econômicas. Os prazos para alcançar as metas organizacionais estão mais curtos, porque as transformações são quase instantâneas.