Revista Hip-Hop Brasil teste

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Os Editores

Alessandro Buzo e Alexandre De Maio

Ultrapassando limites

A história do Hip-Hop foi construida com superações. A primeira foiconquistar a atenção da sociedade, depois ganhar espaço e com isso mudarum pouco da injusta realidade social do planeta.

Em todo o globo isso vem sendo alcançado, mas agora a Cultura deRua vive outro momento, como disse Rappin Hood: “Não precisamosaumentar nosso público, e sim, cuidar melhor dele”.

Para isso cada vez mais surgem filmes, músicas, esportes e entrete-nimento baseados na estética e na cultura do Hip-Hop.

Um exemplo disso é o programa Manos e Minas apresentado porRappin Hood na Tv Cultura, que se tornou a voz da periferia na televisãobrasileira. Já nos EUA outro exemplo de que o Hip-Hop pode ser usado devárias maneiras e hoje está totalmente inserido na cultura mundial, é osucesso mundial do filme High School Musical 3, que com sua força Popse apropriou da estética do Hip-Hop e impulsionou as carreiras das belasVanessa Hudgens e Ashley Tisdale.

Novidades para 2009 sobre o Rap, o Graffiti, o Skate, o Street Ball, DJse muito mais. Tudo sobre a coletãnea da Nike em parceria com Racionaise a fuga de Kelis e Nas do Brasil. Imperdível!

Sobre os B.Boys, fomos até Nova York e entrevistamos Ken Swift, alenda. Um exemplo disso é o programa Manos e Minas apresentado porRappin Hood na Tv Cultura, que se tornou a voz da periferia na televisãobrasileira. Já nos EUA outro exemplo de que o Hip-Hop pode ser usado devárias maneiras e hoje está totalmente inserido na cultura mundial, é osucesso mundial do filme High School Musical 3, que com sua força Popse apropriou da estética do Hip-Hop e impulsionou as carreiras das belasVanessa Hudgens e Ashley Tisdale.

E ainda uma entrevista que irá abalar a Arte de Rua. Conversamos comos pixadores que “atacaram” a Bienal de São Paulo, a Galeria ChoqueCultural e a Faculdade de Belas Artes.

É o Hip-Hop ultrapassando os limites.

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RAP da casa Sempre entrevista com rapper e uma geral da cena 01

Freestyle Matéria sobre freestyle e as festas 04

Há 10 anos Memória do hip-hop, sempre fotos arquivo pessoal 05

DJ Sempre destacando um tema sobre o DJ e uma geral da cena 08

Na gringa Uma visão do que acontece na cultura hip hop no mundo 09

3º Setor Mostra ações d o hip-hop no terceiro setor 12

Litera-Rua Um escritor da periferia e uma geral da cena dos saraus 14

Coluna de opinião Com Sergio Vaz 17

Quadrinhos Alexandre de Maio e texto Ferréz 20

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Graffiti Art A produção atual e sobre algum tema mundo do graffiti 25

Dança de rua Destacando algum dançarino e os campeonatos de dança 27

Outras tendências Coluna que sempre vai trazer um estilo de musica diferente 30

Pelo Brasil Sempre um matéria em algum estado brasileiro 32

Hip-Hop salva Um exemplo humano de como o hip-hop mudou sua vida 25

Basquete de rua O esporte de rua e algum atleta em destaque 32

Lançamentos Discos, myspace, literatura, exposições 45

5º elemento Campanha de conscientização 52

Black Music Destacando algum cantor da musica negra 55

Politica Sempre as atuações do hip-hop , editais, e opiniões 60

Mulher Sempre destacando a mulher 68

Skate Sempre um atleta e algum evento skate e hip-hop 69

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“Quero quelembrem de mimcomo lembram doBob Marley”.

stou num momento de‘idéia loka’…”, diz Mano

Brown, 37 anos, 18 de Rap,porta-voz de um dos principais

grupos de Rap brasileiro, narecepção do hotel onde ficou

hospedado no centro de Lisboa,após um show envolvido por muito

calor humano (mais de 500pessoas).

Enquanto era entrevistado, alguns adeptosdo Hip-Hop local acompanhavam atentos suasrespostas. As idéias a que se refere estão sendotrabalhadas nas músicas do novo disco do RacionaisMC’S, em fase de produção. Idéias responsáveis pelodocumentário sobre a comunidade negra em SãoPaulo, parte do DVD lançado em 2007. E muita idéiaainda vai rolar, garante ele.

Pela primeira vez em Portugal, o RacionaisMC’S realizou um show há muito esperado pelosadeptos do Hip-Hop que vivem no país. Um bar/casanoturna voltado para o público brasileiro (Cenourado Rio), não esperava receber uma boa parte dosjovens dos guetos de Lisboa. A grande maioria dopúblico era composta por brasileiros, somado aafricanos e portugueses. A casa ficou tão cheia, quelembrou eventos de Rap em São Paulo como o “Hip-Hop na Veia”. A “casa caiu” literalmente, quando atéum pedaço do teto desabou. O tumulto era grandepara ver, frente a frente, os Racionais. Parecia atéum sonho vê-los ao vivo.

Durante o show, as músicas do último álbum“Chora Agora, Ri Depois” foram cantadas em coro. Epara mostrar que o Racionais continua na ativa, novasmúsicas também foram testadas.

Para os brasileiros que estavam presentes,foi uma oportunidade única de matar a saudade. Paraos adeptos do Hip-Hop em Portugal, uma nova fase e apossibilidade de maior contato com a Cultura Hip-Hopbrasileira, que para muitos é referência. Apesar da faltade organização, mesmo com todo o tumulto, ficou umalembrança positiva para quem assistiu. No dia seguintejá era possível conferir no You Tube dezenas devídeos, a maioria gravados por telefone celular.

Depois do show realizado em Lisboa, antesde embarcar para Londres, para um show tambémorganizado pela comunidade brasileira que vive naInglaterra, Mano Brown concordou em falar para arevista Cultura Hip-Hop. Ele fez questão de trazer

Uma clínica dentária de brasileiros foi uma dasresponsáveis por trazer o Racionais para Portugal.O que você acha disso?Mano Brown: (risos). Aí mano, é curioso. Na verdade, oimportante é estar aqui. Agradeço ao doutor que metrouxe para Portugal. A comunidade agradece.

Você imaginava encontrar aqui toda essacomunidade de brasileiros, africanos eportugueses juntos?Mano Brown: Eu tinha algum conhecimento, uma idéia,mas não como o que vi. Fiquei surpreso.

Hoje você tem 37 anos, 18 de Rap. Sua metamudou?Mano Brown: Não mudou. Mesmo porque, ainda nãoatingimos a meta.

Qual é a meta?Mano Brown: A meta é fazer circular uma sociedadenegra em todas as portas que se abrirem, por meio doRap e de outros movimentos interligados. A minha idéiaé abrir portas e ver caras negras dentro, para outrascaras negras poderem chegar.

Foi esse um dos motivos que te levou a fazer aqueleregistro da comunidade negra em São Paulo no DVDdo Racionais?Mano Brown: Aquela foi uma pequena parte, umapequena contribuição para uma história maior. Eu tomei ainiciativa de contar, mas tenho consciência que ainda nãocontei muito. A história é muito mais ampla. É uma idéia doque ainda pode ser descoberto por nós mesmos.

Você pretende dar continuidade a esse tipo deregistro?Mano Brown: Ainda não tenho meta de dar continuidade.Aquilo foi uma etapa, um momento. Agora tenho outrosplanos, que estão ligados àquele.

Um novo disco?Mano Brown: Além do disco, tenho outros planos. Mas

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“OS MIXERS SEMPREFORAM O FORTE DAVESTAX. OS FADERS

TEM CORTESPRECISOS E MUITOS

AGORA VEM COMEFEITOS.

E EU, QUE SEMPREFAÇO SCRATCHES,

GOSTO DESSE TIPODE EQUIPAMENTO”

“AS PICK-UPS TAMBÉMESTÃO MUITO BOAS,O DISCO NÃO PULA,

É PERFEITO”

VESTAX NO BRASIL

COMO A MARCA CHEGOU AO BRASIL?Durante uma turnê ao Japão, DJ Cia (RZO), após um contato com a Vestax, conheceu suasede em Tóquio, e lá pôde conhecer diversos equipamentos. Muitos nem chegavam a serlançamentos, mas ele nunca havia visto antes. Conversando com um dos responsáveis,soube do interesse deles em entrar no mercado brasileiro. Cia viu então a chance de fazero sonho de muitos DJs virar realidade, e conseguiu encontrar uma empresa capaz de importare distribuir a Vestax no país. Da união de duas empresas criou-se a Vestax Brasil, com sedeem Curitiba e distribuição em todo o território nacional.

COMO VOCÊ SE TORNOU UM REPRESENTANTE DA VESTAX NO BRASIL? COMO NASCEUA PARCERIA?Sempre gostei de usar a marca Vestax, porque os mixers são melhores que os das outrasmarcas. Até que, pouco antes de ir para o Japão, um cara do Chile, que representa a Vestax porlá, entrou em contato comigo por indicação de um amigo DJ chileno. Ele falou dos planos daVestax no Brasil e perguntou se eu gostaria de ser um dos DJs patrocinados por eles. Lógicoque me interessei, e disse até que estava indo para o Japão. Ele agendou uma reunião na sededa Vestax e eu fui lá conhecer. Foi louco! Tinha equipamento que eu nem imaginava queexistisse. Daí, me interessei em mudar essa cena, queria fazer com que esses equipamentoschegassem ao Brasil ao mesmo tempo em que fossem lançados por lá. Queria mudar esseatraso que temos aqui, por isso batalhei para representar a marca por aqui.

VOCÊ SE APRESENTA EM EVENTOS DA VESTAX. NA PRÁTICA, QUAIS SÃO AS SUASAÇÕES?A marca está trabalhando para mostrar que está no Brasil, são eventos de divulgação. Fizemosa Expomusic 2008, uma parceria com o Hutuz e estaremos no DMC 2009. E também emshows e eventos em geral.

QUAL A DIFERENÇA DOS EQUIPAMENTOS DA VESTAX PARA OS DAS OUTRAS MARCAS?Os mixers sempre foram o forte da Vestax; os faders tem cortes precisos, e muitos agoravem com efeitos. E eu, que sempre faço scratches, gosto desse tipo de equipamento. Aspick-ups também estão muito boas, o disco não pula, é perfeito.

QUAIS OS PLANOS DA VESTAX PARA 2009?Esperamos que em 2009 a marca já esteja bem divulgada no país. Muitas pessoas ainda nãotêm acesso a essa informação, ainda nao fizemos a festa de lançamento da marca no Brasil.Provavelmente, esse será o primeiro evento da Vestax em 2009.

COM O DMC NO BRASIL, A CENA DO DJ VEM CRESCENDO?Essa é a nossa expectativa. Quando eu concorria em campeonatos, meu sonho era disputaro DMC, mas agora já passou o meu tempo. Esse sonho então virou realidade para os DJs queestao aí agora, e só depende deles para dar certo, para revelar um DJ brasileiro lá fora,mostrar que aqui a gente também entende disso.

FALE SOBRE OS NOVOS MIXERS E PICK-UPS DA VESTAX.Os grandes lançamentos são o PMC 08, que é um mixer para DJs de performance.É ummixer profissional, híbrido e digital. Converte do seu analógico AD/DA comprocessamento digital de sinal e a mais baixa taxa de latência, o mais alto nivel dedesempenho, com dois canais digitais. O PMC 580 tem seis efeitos e parametrosdiferentes em cada canal, com conexao USB. Esse é o mais completo para DJs que gostamde efeitos. As pick-ups são muito boas, o disco não pula, e essa é a sua maior vantagem.

QUAIS AS NOVIDADES EM TERMOS DE PRODUTOS?Os controladores USB MIDI, que são muito procurados pelo diferencial de ser um mixerVestax, ou seja, a precisão de virada é muito maior. O VCI 300 vem de uma parceria com oSerato. Os DJs que conhecem o programa sabem da qualidade, e agora isso estádisponivel em um equipamento compacto e prático.

Maiores informações: [email protected] 11 - 7860-4620 ID 80*14768

Chega ao Brasil uma das melhores marcas de equipamentos paraDJs do mundo, a Vestax. Há 31 anos no mercado, com sede no Japão, a

empresa promete trazer ao Brasil toda a sua tecnologia. Especializada emmixers, toca-discos e CDJs, traz ainda uma grande inovação: os

controladores. Um único aparelho capaz de tocar e mixar as músicas apenascom o auxílio do notebook, tudo em MP3. São diversos modelos para facilitare ajudar os DJs. Até mesmo para aqueles que não são profissionais, a Vestax

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PELÉZINHO, O MELHOR DO MUNDO

O rapper do momento, Lil’ Wayne, vem colecionando prêmios, além de milhões de cópiasvendidas, é claro. No dia 09 de novembro ele adicionou outra conquista ao seu fantástico anode 2008, ao ser coroado como Melhor Artista de Hip-Hop/Rap do Mundo, no World MusicAwards.

Este ano, a cerimônia de premiação, que foi organizada em Monte Carlo, Mônaco, foiapresentada pelo ator de Desperate Housewives, Jesse Metcalfe e pela ex-integrante doDestiny’s Child Michelle Williams.

A cerimônia anual, que existe desde 1988, baseia suas escolhas em vendas mundiais.Através do critério, as três milhões de cópias vendidas mundialmente de “Tha Carter 3” fizeramcom que Wayne superasse seus concorrentes Kanye West e T-Pain.

50 CENT AFIRMA TER “ROUBADO” BATIDA DE EMINEM

Recentemente, 50 Cent revelou que passou algum tempo na casa de Eminem, onde literalmente roubou umaprodução de Dr. Dre do computador do astro. “Eu peguei a produção em Detroit, porque Dre estava trabalhandocom o Em. Fui no computador do Em e encontrei. Eu pensei: 'Espere até eles ouvirem isso!' Eu escrevi o som, o Emouviu. Ele falou: 'Você tem que ficar com essa batida, o som está tão louco!’. Eu achei que ele iria tirar a batida demim, mas ele falou: 'Ele tem que usar isso'.

“Eu acho que o empresário do Em, Paul Rosenberg, queria que ele tomasse a batida de mim”, adicionou 50.

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A última edição da Battle Brazil, houve pela primeira vez no país uma seletiva para a

competição mundial de B. Girls, o campeonato “We B. Girlz Battle”, tendo como campeãs a paulistaMiwa e a brasiliense Fabgirl (BSBgirls).

Como prêmio, a dupla ganhou uma viagem para a Alemanha para participar da competiçãomundial no International Battle of The Year, onde competiram com outras sete duplas de outrospaíses, sendo eles: Japão, Coréia do Sul, Polônia, Holanda, Espanha, França e Israel.

Os resultados foram todos positivos. Apesar de não terem tido boa colocação na competição,o Brasil já está convidado para a final do próximo ano, que será a comemoração de 20 anos do Battle ofThe Year, e a dupla já está se preparando. “Estar entre as oito melhores duplas do mundo já foi muitoimportante para nós, além disso, foi inédita a participação do Brasil nessa competição”, comenta Miwa.

“Só foi possível tudo isso acontecer graças aos nossos colaboradores. Nossossinceros agradecimentos à Rooneyoyo e Puma do Brasil, que patrocinaram nosso sonho”.

Miwa agora é parceira de Rooneyoyo e produzem juntos a Batalha Final. Ela conta que aparceria foi devido à semelhança em querer desenvolver omesmo trabalho. “Durante anos o Rooney procurou poralguém que o ajudasse e o compreendesse.descobrimos juntos que temos muito em comum, eessa viagem à Alemanha me ajudou a ter certeza deque o que fazemos é o mesmo, e o que precisamos écontinuar nosso trabalho. O que queremos e aspessoas ainda não entendem .

São Paulo - SP22 anos

Dançarina e coreógrafa desde2000, além de ser a atualcampeã nacional é também aatual campeã sul-americana deB. Girls (Sudaka, no Chile).Desde 2004, desenvolvetrabalhos como palestrante eministrante de workshops debreaking por todo o país, e jáfoi jurada de diversascompetições nacionais einternacionais. Participou devários programas de TV noBrasil e no Chile, atuou emalguns comerciais e éprofessora de Street Dance emacademias de dança em SãoPaulo. Integra o grupo AmazonCrew (Belém/PA), uma dasmaiores equipes dedança doBrasil. Atualmente, também éprodutora dos maioreseventos de breaking do país,como ODUELO(www.oduelo.com.br) eBATALHA FINAL(www.batalhafinal.com.br).

B. Girl Miwa FabgirlBrasília/ DF25 anosDançarina e coreógrafa desde 2001, éfundadora e diretora da equipe de dançafeminina Brasil Style B. Girls. Também éprofessora de Street Dance e ministrante depalestras e workshops por todo o país, trabalhacomo jurada em diversas competições eproduz eventos de dança em Brasília.Além de ter sido campeã em diversascompetições no Brasil, foi a primeira mulher aganhar algumas competições de dança, antessó ganhas por homens, e a primeira mulher aparticipar de uma disputa feminina no maiorevento individual internacional do mundo,representando o Brasil:RED BULL BCONE 2006. Foi também campeã doBattle of The Year B. Girls 2007.

“REVOLUCIONAR O HIP-HOP BRASILEIRO E FAZER ACOISA ACONTECER. ÉCRUEL COMENTAR DESSAFORMA, POIS TODOSQUEREM USUFRUIR”

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Miwa e Rooneyacabaram de

chegar daArgentina, ondeo evento foi um

sucesso.

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LIL’ WAYNE,O MELHOR DO MUNDO

O rapper do momento, Lil’ Wayne, vemcolecionando prêmios, além de milhõesde cópias vendidas, é claro. No dia 09de novembro ele adicionou outraconquista ao seu fantástico ano de 2008,ao ser coroado como Melhor Artista deHip-Hop/Rap do Mundo, no World MusicAwards.

Este ano, a cerimônia de premiação,que foi organizada em Monte Carlo,Mônaco, foi apresentada pelo ator deDesperate Housewives, Jesse Metcalfee pela ex-integrante do Destiny’s ChildMichelle Williams.

A cerimônia anual, que existedesde 1988, baseia suas escolhasem vendas mundiais. Através docritério, as três milhões de cópiasvendidas mundialmente de “ThaCarter 3” fizeram com que Waynesuperasse seus concorrentes KanyeWest e T-Pain.

50 CENT AFIRMA TER “ROUBADO” BATIDA DE EMINEMRecentemente, 50 Cent revelou que passou algum tempo

na casa de Eminem, onde literalmente roubou uma produçãode Dr. Dre do computador do astro. “Eu peguei a produção emDetroit, porque Dre estava trabalhando com o Em. Fui nocomputador do Em e encontrei. Eu pensei: 'Espere até elesouvirem isso!' Eu escrevi o som, o Em ouviu. Ele falou: 'Vocêtem que ficar com essa batida, o som está tão louco!’. Euachei que ele iria tirar a batida de mim, mas ele falou: 'Ele temque usar isso'.

“Eu acho que o empresário do Em, Paul Rosenberg, queriaque ele tomasse a batida de mim”, adicionou 50.

A faixa, que ainda não tem título, deve ser parte integrantedo novo álbum de 50 Cent, “Before I Self Destruct”, que estáprevisto para dezembro.

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NO JD. PERY BECO VIRA CINEMA

Recentemente, 50 Cent revelou que passoualgum tempo na casa de Eminem, ondeliteralmente roubou uma produção de Dr. Dredo computador do astro. “Eu peguei a produçãoem Detroit, porque Dre estava trabalhando como Em. Fui no computador do Em e encontrei. Eupensei: 'Espere até eles ouvirem isso!' Eu escrevio som, o Em ouviu. Ele falou: 'Você tem que ficarcom essa batida, o som está tão louco!’. Eu acheique ele iria tirar a batida de mim, mas ele falou:'Ele tem que usar isso'.

“Eu acho que o empresário do Em, PaulRosenberg, queria que ele tomasse a batida demim”, adicionou 50.

A faixa, que ainda não tem título, deve serparte integrante do novo álbum de 50 Cent,“Before I Self Destruct”, que está previsto paradezembro.

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Cassidy assina contrato com astro da NBAO rapper da Filadélfia Cassidy, assinou contrato com a Krossover Entertainment,gravadora fundada pelo super astro da NBA Carmelo Anthony.Cassidy lançará pela gravadora um álbum intitulado Language Arts, que traráparticipações de Rick Ross, Cool & Dre, Jadakiss, Gorilla Zoe e RaheemDevaughn. Language Arts será o primeiro álbum lançado pela KrossoverEntertainment.

Uma TV para os fãsdo Basquete!Mais uma televisão muito legal daHANNspree para o quarto das crianças!A HANNSnet é um aparelho de TV comtela LCD de 10 polegadas para os fãs debasquete. O aro exterior é feito de metal,como o aro de uma cesta de basqueteverdadeira, e a bola que envolve a tela éfeita com o mesmo material de uma bolade basquete real.O logotipo da NBA está presente nafrente e na traseira da TV. Maisinformações no site da HANNspree.Fonte: blogdebrinquedo

Mais uma televisão muito legal daHANNspree para o quarto das crianças!A HANNSnet é um aparelho de TV comtela LCD de 10 polegadas para os fãs debasquete. O aro exterior é feito de metal,como o aro de uma cesta de basqueteverdadeira, e a bola que envolve a tela éfeita com o mesmo material de uma bolade basquete real.O logotipo da NBA está presente nafrente e na traseira da TV. Maisinformações no site da HANNspree.Fonte: blogdebrinquedo

Libbra, campeonato organizadopela Cufa, promete novidades para 2009.Em 2008 o evento foi um sucesso noVale do Anhangabaú, tornando-se o maiorevento nacional do gênero.

Ano que vem, o campenato sedivide em Nacional, Estadual e Municipal,além do campeonato “Os Reis da Rua” e“Divas da Rua”.

Os Reis da Rua consiste naformação de duas equipes, compostaspelos melhores jogadores eleitos natemporada que farão amistosos e clínicasno Brasil e, em dezembro, disputam umdesafio internacional em São Paulo, comexibição ao vivo pela Rede Globo.

As seletivas estaduais deverãoacontecer entre março e abril nascapitais, o que resultará na presença detimes de todo o Brasil na fase nacional.LIBBRA 2009 - 81mil atletas disputando

3 mil pessoas trabalhando27 Campeonatos Estaduais(LIBBRA Estaduais)2 Campeonatos Regionais1 Campeonato Nacional1 Campeonato de seleções(LIBBRA Seleções)

www.libbra.com.brwww.reisdarua.com.br

Street Ball no Brasil cresceu, se desenvolveu e adquiriucaracterísticas próprias, tanto no estilo de jogo, quanto em suaatuação social. Um grande exemplo disso é a Liga Urbana deBasquete, a LUB. A organização sem fins lucrativos nasceu noRio de Janeiro, mas hoje organiza campeo-natos em São Paulo eestá em várias localidades do Brasil. E sua grande atuação nascomunidades mostra uma das principais características do StreetBall brasileiro, que é o trabalho de inclusão social através doesporte. Aliado ao Hip-Hop, tudo isso tem ainda mais força. Além

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Um marco na história do Skatebrasileiro, o evento “Oi Mega Rampa 2008”ganhou a mídia e superou os limites dosskatistas.

Realizado no Sambodrómo doAnhembi, em São Paulo, o brazuca Bob reinouabsoluto, sendo o campeão da edição. Ografiteiro Binho fez uma ação ao vivo para aRede Globo, e o grafiteiro Chivtz foi orepórter da MTV para o evento. É isso: Graffitie Skate sempre unidos.

Pelo visto, ano que vem teremosmais uma edição do Oi Mega Rampa. Agora, ojeito é esperar por mais lendas por aqui, comoo Tony Hawk, que disseram que viria.Fonte: www.skatecultura.com

lygia e gabi

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Libbra, campeonato organizado pela Cufa,promete novidades para 2009. Em 2008 o evento foi umsucesso no Vale do Anhangabaú, tornando-se o maiorevento nacional do gênero.

Ano que vem, o campenato se divide emNacional, Estadual e Municipal, além do campeonato “OsReis da Rua” e “Divas da Rua”.

Os Reis da Rua consiste na formação de duasequipes, compostas pelos melhores jogadores eleitosna temporada que farão amistosos e clínicas no Brasil e,em dezembro, disputam um desafio internacional em SãoPaulo, com exibição ao vivo pela Rede Globo.

As seletivas estaduais deverão acontecer entremarço e abril nas capitais, o que resultará na presençade times de todo o Brasil na fase nacional.LIBBRA 2009 - 81mil atletas disputando

Street Ball no Brasil cresceu, se desenvolveu e adquiriucaracterísticas próprias, tanto no estilo de jogo, quanto em suaatuação social. Um grande exemplo disso é a Liga Urbana deBasquete, a LUB. A organização sem fins lucrativos nasceu noRio de Janeiro, mas hoje organiza campeo-natos em São Paulo eestá em várias localidades do Brasil. E sua grande atuação nascomunidades mostra uma das principais características do StreetBall brasileiro, que é o trabalho de inclusão social através doesporte. Aliado ao Hip-Hop, tudo isso tem ainda mais força. Além

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Cassidy assina contrato com astro da NBA

Uma TV para os fãs do Basquete!Mais uma televisão muito legal da HANNspree para o quarto dascrianças!A HANNSnet é um aparelho de TV com tela LCD de 10 polegadaspara os fãs de basquete. O aro exterior é feito de metal, como o arode uma cesta de basquete verdadeira, e a bola que envolve a telaé feita com o mesmo material de uma bola de basquete real.O logotipo da NBA está presente na frente e na traseira da TV. Maisinformações no site da HANNspree.Fonte: blogdebrinquedo

O rapper da Filadélfia Cassidy, assinoucontrato com a Krossover Entertainment,gravadora fundada pelo super astro daNBA Carmelo Anthony.Cassidy lançará pela gravadora um álbumintitulado Language Arts, que traráparticipações de Rick Ross, Cool & Dre,Jadakiss, Gorilla Zoe e Raheem Devaughn.Language Arts será o primeiro álbumlançado pela Krossover Entertainment.

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Eles abalaram as estruturas das artesplásticas e do Street art, logo eles, que sempre

foram considerados simplesmente vândalos,sem valor artístico, discriminados por muitos

críticos.Só que em 2008 as ações dos pichadores se

revelaram uma das coisas mais interessantes nouniverso das artes. Eles atacaram a Faculdade de

Belas Artes, a Bienal de São Paulo, a Galeria ChoqueCultural e ainda acirraram as disputas com os

grafiteiros pelos espaços da cidade. Buscandorespeito e atenção eles mantém vivo o protesto dentro dacultura da pixação.

Eles tem história, tem propósito, e vão muito além detinta na parede.

Numa troca de idéias no Vale do Anhagabaú, Centro deSão Paulo, entrevistamos um dos mentores desse movimento,conhecemos as motivações, a história e a verdade por trás dosataques.

Tudo começou com o ingresso de um dos pichadoresna Faculdade de Belas Artes. “O primeiro ataque foi o TCC doRafael, que é um cara que é pichador e da periferia. Eleconseguiu uma bolsa de estudos na Belas Artes através deum trabalho que fez lá. Quebrou o braço, ficou desempregadoe a faculdade foi obrigada a dar a bolsa integral pra ele.

Nesse quatro anos de faculdade, ele defendeu como teseartística a Pichação, e tinha, no final do curso, de apresentarum trabalho prático, e o que ele achou de mais verdadeiro foilevar a galera pra pichar a faculdade, dentro do contexto dapichação. Ele não avisou ninguém. Foi o trabalho dele deconclusão dentro do contexto do movimento. Sem perder aessência, ele foi e chamou a maior galera. Chegamos lá,invadimos e pichamos tudo, e o moleque foi reprovado eexpulso. Foi aí que começamos a tirar as máscaras, mostrandoque uma instituição de arte não agüentou com a tinta”, revelaCripta.

Depois dessa reação da faculdade, a história tomouforma e conteúdo, e os novos ataques foram à galeria ChoqueCultural, famosa por exposições de grafiteiros, e a BienalInternacional de São Paulo. “O motivo do ataque à Bienal e àChoque Cultural foi defender a pichação como manifestaçãoartística, mas sem perder a essência dela. O que aconteceu na

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galeria e na Bienal foi um deslocamento decontexto. A gente levou a pichação, que é uma arteda rua, uma arte da ilegalidade, para dentro da galeria

e da Bienal, mas sem perder o contexto dela, que é ailegalidade. Se a gente fosse convidado pra pichar lá

dentro, perderia todo o contexto”, explica.Travando uma luta de conceito com a arte de

galeria, a pichação segue o caminho oposto ao do Graffiti.“A pichação não vai ser domesticada, como o queaconteceu com o Graffiti. O objetivo desses ataquestambém é mostrar isso, que eles podem até levar a estéticada pichação para dentro da galeria, escolher meia dúzia depichadores que não entendem nada e achar que é legal.Mas é só a estética mesmo, porque a essência domovimento só tem como se manter dentro da ilegalidade”,revela, com ar de desafio.

A galeria Choque Cultural, que contribui para osucesso de grafiteiros na cena mundial das Artes Plásticas,também não foi perdoada. “O dono da Choque Cultural, oBaixo Ribeiro, andava declarando que a galeria eraunderground, que representava a arte das ruas, que nãotinha nenhum problema, então, a gente promoveu umaexposição da ilegalidade, e aí caiu a máscara da ChoqueCultural, porque eles não entenderam e levaram para ooutro lado, prestaram queixa crime. Como é que umagaleria que se diz underground e ganhou de presente umaexposição da ilegalidade, recusa dessa forma? Então, foimais uma máscara que a gente tirou também”, afirma.

Enquanto galerias eram atacadas, o apoio era total,mas o aumento da cultura e as brigas por espaço na cidadetambém ficaram mais duras, e uma das ações dos pixadoresfoi atacar alguns pontos de Graffiti, como o Beco da VilaMadalena e a Avenida Paulista. Será que existe uma guerraentre grafiteiros e pichadores, irmãos na arte de rua? “OGraffiti e a pichação sempre tiveram uma relação muitodelicada. Alguns grafiteiros não respeitam a pichação, evários pichadores não respeitam o Graffiti. No caso dessesataques, foi uma coisa pensada, para atingir o movimentode uma forma geral, uma espécie de alerta para osgrafiteiros se ligarem que eles se renderem ao sistema. Ografiti quando nasceu era ilegal, foi como a pichação,cada um buscava seu espaço dentro da ilegalidade. Aí, oGraffiti começou a ser usado como ferramenta paracombater a pichação. As autoridades e a sociedadecomeçaram a ver que o grafiteiro tinham o respeito dospichadores, e começara a usar isso para combater apichação. Muitos grafiteiros se omitiram, se deixaramlevar pelo dinheiro e acabaram se vendendo. Eles estãoperdendo totalmente o respeito da galera, e esse ataqueaos graffitis foi uma espécie de alerta, para os caras seligar em tudo, não entrar em qualquer fria, não ir paraqualquer coisa que forem chamados. E também para

buscara o espaço deles na ilegalidade, como o pichadorbusca. Não existe uma guerra, mas existe uma disputade espaço. Mas essa disputa está sendo covarde por

parte dos grafiteiros, que se aliaram ao sistema, àsociedade, eles se renderam ao sistema. Eu não possoser específico, pode ser que aconteça uma guerra e agente não sabe. O que rolou até agora foi um alerta, temmuito pichador que não gosta de graffiti porque os carasapagam os trampos”.

A discussão nas ruas continua, e na Internet oseguinte texto foi divulgado pelos grafiteiros: “Ninguémdeve atropelar o trabalho do outro, seja grafiti oupichação. Também é preciso lembrar que muitosgrafiteiros que deveriam respeitar agendas e diversosrolês, não fazem isso, e talvez este momento sejaoportuno para reclamar sobre esses atos com quem ospratica”, Diz o texto sem identificação, que acaba dandorazão, em parte, aos pichadores.

O Graffiti ganhou espaço, deixou um pouco ailegalidade de lado e ganhou o respeito da sociedade, masem termos artísticos, a pichação segue outros caminhos.“O caminho da pichação é se manter dentro da ilegalidade,porque vem da época da ditadura militar, e veio tomandooutras formas. Essa pichação que a gente faz hoje emdia começou com a galera que ouvia Punk Rock, Hardcore,que tinha muita coisa de protesto nas músicas, e o pessoalsaia pra pichar também pra protestar. Só que começou avirar uma parada de gangues, de disputa de espaços. Oqueaconteceu é que no decorrer desses vinte anos demivemento, a pichação ficou focada mais na vaidade dopichador, no seu ego, e foi perdendo aquele cunhopolítico de protestar. A intenção dos ataques foi resgataresse lado que estava esquecido, esse lado do protesto”.

Mas os atques não são unanimidade entre ospichadores. Grandes nomes da antiga se pronunciaramcontra, dizendo que tudo isso só serviu para atrair a atençãoda polícia. “Tem muito pichador que não enxerga um palmoà frente do nariz, só pensa em si mesmo. Tem cara queacha que essas paradas vão arrastar a pichação, porque,de repente, tem o pensamento de que a pichação vai seraceita, como o Graffiti foi. Isso tudo acontece paramostrar o quê? Pra ficar na rua só quem é, porque o caraque tem medo da repercussão que os ataques estão tendo,vão deixar de pichar, e isso é bom também, porque aí vãoficar só os verdadeiros, só o pessoal para bater de frentemesmo, porque pichação é resistência, não tem hierarquia,não impõe nada”, rebate o ativista.

Nos ataque à Bienal estava escrito “Abaixo aDitadura”. “Ditadura não se enquadra só em ditaduramilitar, ela se enquadra em tudo que é ditado, porque aburguesia está acostumada a ditar o que é arte. Quemorganiza a Bienal? É a burguesia, são os burgueses. Então,

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O Graffiti tem várias faces, e uma que está emascensão é o mercado de galerias. Os grafiteiros sãonovidade e as exposições se multiplicam. No mês demarço aconteceu no Museu de Arte Contemporânea noIbirapuera a mostra Italian Street Art Meets The World,um projeto que coloca em foco a produção de artistasgrafiteiros italianos, confrontando suas experiênciascom artistas de outras países.

A exposição começou em dezembro de 2007 e vai viajarvários países e cinco capitais do Brasil. Os grafiteirosbrasileiros foram indicação do Boleta. “Eu procurei chamargente nova, não tão conhecida do público, e tambémgente mais conhecida, como o Zezão e oHygraph”explica o Grafiteiro.

Hoje os museus começam a reconhecer o importânciado Graffiti. “Eles não estão conseguindo esconder averdade, não só no Brasil, como lá fora. E não só oGraffiti, mas também o Street Art tem ganho respeitoe valorização muito grande. A meu ver, isso aconteceporque o trabalho das pessoas tem muita qualidade.Então, juntando tudo isso temos uma força muitogrande. Isso trouxe um reconhecimento do mundo daarte com relação ao Graffiti como uma forma de arte.Essas são as conquistas que a gente até imaginavaque pudessem vir, mas que estão vindo agora, eestamos ‘destrinchando’” revelou Boleta.Participaram daexposição dez artistas italianos e dez artistas brasileiros..

Hoje a Arte de Rua é comparada aos Murais de Portinari,Di Cavalcanti e Clovis Graciano, mas em muitos lugares domundo o Graffiti ainda é caso de polícia, e muitos artistas jáforam ou estão na cadeia por causa disso. Isso sem contar osque sofrem no dia-a-dia na mão de policiais despreparados.

São Paulo é uma das, senão a cidade mais grafitada domundo. Hoje, essa expressão vive um momento melhortolerado pelas autoridades municipais, sendo até admirada,pelo menos, pela parcela mais culta das elites. Mas o queacontecerá com o Graffiti quando ingressar definitivamenteno mercado das artes?

Diversas galerias de arte abriram suas portas para oGraffiti, como, por exemplo, a Galeria Fortes Vilaça, quetrabalha com os grafiteiros Gêmeos. Recentemente, surgiramgalerias especializadas em Arte de Rua, como a ChoqueCultural e a Grafiteria, ambas em São Paulo. E já são muitos oscolecionadores de arte que incorporaram obras dessa

MR: Nós vimos na exposição aausência do Graffiti tradicional emui-tos artistas mais preocupadoscom as artes plásticas do que coma arte do spray...Boleta: No meu ponto de vista, achoque existe uma necessidade dediversificação de estilos abrangendotoda a cultura, que no nosso país émuito diversificada, tem muita mistura.

MR: Você acha que hoje a linguagem do Graffitiestaria sendo incorporada pelas artes plásticas,é isso?Boleta: Muitos artistas estão levando para esse lado.

MR: Você não acha que esses artistas deveriamusar o rótulo de artistas plásticos e não degrafiteiros?Boleta: A partir do momento em que você sai da rua,não é mais Graffiti, já cai no conceito de exposição. Eaqui é um museu.

MR: Isso não significa que ele parou de pintarna rua, de fazer bombardeio?Boleta: Na verdade, todos os artistas que estão aquiexpondo têm seus trabalhos na rua, e não estão sóexpondo, continuam na atividade, continuam combombardeio e com suas interferências. E esse foi umdos critérios para avaliar também a atividade deles.

Alexandre: Qual a diferença entre a tela e a rua?Boleta: São duas coisas totalmente diferentes. Na ruavocê tem interferência de várias coisas, do barulhodas pessoas, da chuva, do sol, do vento. Você saberlidar com isso, é gostoso e prazeroso. Agora, pintaruma tela é outra coisa, você está no seu tempo, noseu lugar. É um outro material.

Alexandre: Esses nomes dos quadros vêm de onde?Boleta: O nome é o princípio da criação. Eu penso notema e tento desenhar em cima.

Alexandre: Como estão seus trabalhos na rua,fora da galeria?Boleta: Por incrível que pareça, desde novembro eunão tenho tinta, não aparece nenhum trabalho comGraffiti. Estou só preparando umas telas em casa comuns restos de tinta e esperando aparecer spray,porque quando aparecer, vou estar ‘seco’!

Alexandre: Fica essa vontade...Boleta: Eu estava falando para os camaradas, hojemesmo, que eu estou tremendo, na ‘nóia’ (risos).

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Artista da nova geração, Ninguém respira o dia-a-dia das ruas, e isso sereflete em sua arte. “Eu sempre gostei de desenhar e lancei meu nomenessa guerra, nesse calabouço babilônico. Eu queria guerrilhar comalgum bagulho que não fosse arma, ‘tá ligado’? Porque arma, vocêdeu, você zerou... Eu queria zerar de outra forma. Desde sempre eudesenhei, e de uns seis anos para cá inventei esse estilo olheira, porquemeu apelido era ‘Ninguém Dorme’, porque a gente tem olheira e usauns óculos mesmo”.

A realidade dura das ruas que o artista viveu está na sua arte. “Eu faço empreto e branco porque é mais periferia, sem recurso”. Reflexo da vida deque quem foi órfão, passou dificuldades em São Paulo e vem transformandotudo isso em arte.

Sobre a arte de rua na galeria, ele responde com personalidade: “Eles estãovendo que o cerol está ficando fino e a verdade está aparecendo.Eles não estão conseguindo esconder a verdade, mas o espaço nãoestá só em museu, e o maior museu está na rua” .

O grafiteiro ainda está reformando um espaço no centro, criando um pontode cultura chamado Ninguemdormiana.

Os dez artistas brasileiros: Boleta, CésarProfeta, Bugre, Highraff, Prozak, Ndrua, Smael,Tim Tchais, Yá! e Zezão. Escolhidos por FabioMagalhães e Boleta

Alexandre: Existe o perigo dosgrafiteiros pensarem só em quadro, emexposição e perderem essa essência darua?Boleta: Tem perigo se iludir, porque a galeraque está expondo, fazendo um trabalho, umcorre, é porque já tomou tapa na cara. Já tomouchuva, já se f*&%$u para estar nesse lugar, maspercebendo que ninguém ‘tá da hora’. É tudomuito ilusório. Voce vê o cara famoso, masfama não é grana. Não adianta fazer uma tela edizer que é artista plástico.

Alexandre: Como você viu a parte italianada exposição?Boleta: É outra escola, totalmente diferente.Eles são mais acadêmicos, são mais voltadospara as artes plásticas. O trabalho dosbrasileiros é mais visceral, o deles é maistécnico.

[email protected]

“Eles estão vendo que o cerol está ficando fino e a

verdade está aparecendo. Eles não estão conseguindo

esconder a verdade, mas o espaço não está só em

museu, e o maior museu está na rua”

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Leona Lewis, anova estrelaComo para muitosartitstas dessa geração,um programa de TVimpulsionou suacarreira, e ela não paroumais. Quebrou recordesde vendas nas paradasbritânicas e seu som temchegado a várioslugares do mundo. Aquino Brasil, sua musica eclipe invadiram Rádio eTV, e ela se mostra amais nova candidata aotrono de diva do Black.Muitas se candidatam,mas só o tempo vai dizerse Leona Lewis vai ter

Beyoncéagora éSasha Fierce

Com seu novodisco “I am SashaFierce”, B. voltacom seu alter ego,e o disco que já faz

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Dálmatas Mistura Cultura

Vindos do sul do país, um rapper e uma cantoratrazem um mistura interessante entre sons quepasseiam pela MPB e um estilo de RapUnderground. Dálmatas também traz letrasquentes, como em “Alô, Alô” e uma mensagempositiva no som “Paz”. Fala também sobre brigas erelacionamento, como na ousada “A Fila Anda”. Ogrupo nasceu em 2006 com a cantora D’Lara e orapper e produtor musical Jameson Boaventura.www.myspace.com/dalmatas2008

Mixtapes - Cenário Independente

Chegaram às ruas excelentes mixtapes comnovos sons, como a do DJ QAP e sua MPCEnvenenada. O produtor e DJ do SP Funk traznomes como Markão II (DMN), Criolo Doido,Pródigos, Max BO, Relatos da Invasão, Otimistas eÚltima Chance, O Viruz, Mathematicos e Tio Fresh,Sandrão e Sombra. Destaque para Mathematicos,com o som “Do Acre a Sampa” e o sucesso“Vasilhame”, de Criolo Doido. www.myspace.com/djkpye

Idmon Orpheus com seu “Acenda o Isqueiro”Representando a Família 7 velas como melhor davertente nacional do Reggae, Ragga e Rap.www.myspace.com/idmonorpheus

Rhéu e seu album “A arma que escolhi” vemrimando a positividade, mandando mensagens deesperança.

E para fechar a Mixtape Volume 1, ConexãoMinas Gerais/Baixada Santista/São Paulo/Riode Janeiro/Interior traz os grupos Fusão da Cor,Produtos da Rua, H2 Loko, Supremacia, DimensãoNegra, Reviravolta Máfia, Afro Síntese, Tarja Preta,Voz D’Assalto, TAS 2, MR Problema, Raízes 72,Fusão Bélkica, Mandrake, B.Dog e SOS Periferia. AMixtape sai em homengam a Undher Jay (Mr.Problema), falecido recentemente. Grandeinciativa do portal www.oh2c.com.br.

Facínoras MCs, com o disco “Em tempos de Morte,as Lágrimas são de Sangue”, segue a linha mais radicaldo RAP nacional, com bases sinistras que relatam ocotidano violento. Destaque para a forte “Sinto Faltado Amor” e para as participações de Realidade Cruel,Mandrake, Davi Black e outros nomes.

Do sul do país, o grupo “Manifesto” chega com oálbum “O Mal nunca dorme”. Criado em 1997, ogrupo está em seu quarto disco .www.myspace.com/Manifestorap

De São Paulo, o grupo “Zona de Risco” lança otrabalho “Guerreiros com Atitude”, mostrando um Rapmoderno e diferenciado.www.myspace/zonaderisco

Inspirado pelo Racionais MC’s, o rapper lança o disco“O Marreteiro”. Conhecido pela sua correria, o manovem batalhando e conseguindo bastante espaço paradivulgar seu trabalho.

Dudu de Morro Agudo lança, em tecnologia SMD(que faz o preço do CD baixar a R$5,00), o seuesperado disco “Rolo Compressor”, com produçõespesadas, ideologia forte e rimas competentes,mostrando que a militância também pode ser aliadade um Rap de qualidade. Destaque para o clássico “ODom”, a história de “Dico Seqüela”. O disco fica maisleve na irônica “Sacolinha”, falando sobre as igrejas.

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eus integrantes já fazem parte do

Hip-Hop há muito tempo, mas foi

depois da criação do Ao Cubo que

realmente Feijão, FJay e Cleber se

tornaram referência na cena brasi-

leira. Além de vender milhares de

cópias, o grupo realiza coletâneas,

já gravou três DVDs e é responsável

por uma grande movimentação da cena do RAP.

Com grande sucesso dentro e fora do Gospel,

Ao Cubo ainda deixa muitos fãs na dúvida: afinal, Ao

cubo é Gospel ou não? Parece haver uma resposta

simples, mas na verdade, não. Muito grupos hoje não

aceitam o rótulo de Gospel. “Muita gente entende

o gospel como música religiosa, mas Ao Cubo

não faz música religiosa, então, para as pessoas

que entendem que musica Gospel é música

religiosa, não somos um grupo Gospel. Fazemos

música, a gente gosta de fazer arte, de soltar

aquilo que está dentro de nós, de criar coisas

novas, de fazer as pessoas pensarem, e música

religiosa não é assim. Você tem que chegar e falar

que é aquilo e pronto. Nós queremos que as

pessoas reflitam sobre o que estão ouvindo.

Somos cristãos, evangélicos, todo mundo aqui

freqüenta uma igreja, uma denominação, mas as

nossas músicas não ligam com a igreja, não tem

nada a ver com igreja. Simplesmente vamos à

igreja, mas na profissão somos músicos. Algumas

pessoas não conseguem entender, e não temos

palavras suficientes para poder explicar isso”,

revela Feijão. Entendeu?

Mas afinal, Ao Cubo é Gospel ou não? FJay tenta

explicar. “As pessoas confundem religião com

música. Se você é católico e fala de Deus na

música, a música é ligada ao catolicismo. Se somos

cristãos e falamos de Deus, temos que estar

ligados ao rótulo ‘Gospel’. O Gospel é um rótulo.

Ao lançar um produto, as músicas tem que ser

Gospel, os cartões de crédito tem que ser Gospel,

as camisetas tem que ser Gospel tem que estar

tudo ligado ao Gospel. Isso acabou gerando uma

marca. O que nós fazemos é RAP nacional. Não

dizemos se é Gangsta, se é Gospel, se é festa...

Você acaba se identificando com o conteúdo

mesmo. Eu falo por mim. Antigamente vivia na ‘vida

loka’, na treta do crime, e nos meus bailes só falava

de crime. Nas minhas festas eu falava disso, só

tocava música relacionada ao crime, coisas que

para mim hoje não acrescentam mais. Como

cristãos, no dia-a-dia que vivemos hoje, isso acaba

aparecendo nas nossas músicas. Tem muito grupo

que não tem o rótulo Gospel e fala muito mais de

Deus do que nós. Para nós, o Gospel não significa

nada, Deus sim.

O novo disco, “Entre o Desespero e a Esperança”,

já tem o Hit “Cinderela” tocando nas ruas. “Além dos

rappers, o pessoal da igreja gostou muito, as

mães, as crianças. No segundo disco viemos com

a música ‘Cinderela’, que já toca no rádio. É uma

música para todo mundo”, revela Cleber.

Outro som polêmico no disco é “Mil desculpas”,

que conta a história de uma mãe que perdoa o

assasino do filho: “É um fato real, mas não que a

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Mas afinal, Ao Cubo

é Gospel ou não? FJay

tenta explicar. “As

pessoas confundem

religião com música. Se

você é católico e fala

de Deus na música, a

música é ligada ao

catolicismo. Se somos

cristãos e falamos de

Deus, temos que estar

ligados ao rótulo

‘Gospel’. O Gospel é um

rótulo. Ao lançar um

produto, as músicas

tem que ser Gospel, os

cartões de crédito tem

que ser Gospel, as

camisetas tem que ser

Gospel tem que estar

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RAPPER EMINEMADIALANÇAMENTODE SEU NOVOÁLBUM

Ficou para esse anoo lançamento donovo álbum deEminem. O disco,primeiro trabalhodo rapper desde2004, ainda nãoestá pronto e,apesar deprevisões otimistasdivulgadasanteriormente,deve sair apenasno primeirotrimestre do anoque vem.

O disco vai sechamar “Relapse”,e será o sextolançamento deestúdio de Eminem."Ele está sendoperfeccionista eestá totalmenteobsessivo com oálbum", declarouuma fonte próximaa ele.

TSUNAMI NA ALEMANHAA crew ficou em 5º lugar no maior

campeonato do mundo: “Battle of The Year”.Além da competição, as rodas ao redor

do evento reservaram momentoinesqueciveis. Rachando com os melhoresB. Boys do mundo inteiro, O Tsunami ganhouainda mais respeito dentro e fora doscampeonatos. Esse momentos são tãoimportantes quanto a própria competição.

Desse ano de batalha o B. Boy Kokadatirou a seguinte lição: “Nada é impossível.Se você acredita em algo, viva e lute porseus objetivos e sonhos. A recordação é arealização de um sonho, e ver um ginásiolotado para assistir uma coisa que amamosfazer é bom demais”.Contato Tsunami: (11) 8407-9668

ENCONTRO EM SÃO LUIZDO MARANHÃO.Aconteceu entre os dias 20 e 23 denovembro em São Luiz, o primeiro EncontroMaranhense de Hip Hop, o evento tevepalestras, debates sobre igualdade racial,shows, trocas de experências e batalha deB.boys. tudo em homengame ao PretoGhóez , um dos organizadores do evento éNando do grupo do falecido militante “Falardo ghoez é falar da história do hip hopno maranhão, é falar da existência doclãnordestino, , é falar de uma liderançamuito respeitada, é falar de atitude,de ação, de pensamentos coletivos, éfalar de uma lenda e de uma referência”fala Nando Agradecimentos: Alessandro Buzo - Fotos:

Marilda Borges

RAEKWON PROMETE ALBUMNOVO PARA MARÇO

“‘Only Built 4 Cuban Linx 2’ estáchegando em março de 2009”,revelou Raekwon. Eu estoutendo um tempo para mim eestou fazendo isso pelaspessoas, não por mim”.Fonte: Central do Rap.

DOCUMENTÁRIO SOBRE O WU-TANG.

Já tem um bom tempo que os fãs do Wu-Tang esperam por isso: “Wu: The Story ofthe Wu-Tang Clan documentario”.Esse novo projeto foi idealizado pela BETe chegou ás lojas em DVD no dia 18 deNovembro. A BET liberou 7sete minutosdo documentáriona net.

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MV BILL FARÁ FILME DE SANDRA WERNECKO rapper MV Bill vai estrear como ator no cinema, informa a coluna deAncelmo Góis no jornal “O Globo”.Depois de dois anos de estudos em uma oficina com Lázaro Ramos na Cufa(Central Única das Favelas), Bill estará no próximo longa de Sandra Werneck:“Sonhos Roubados”. Ainda segundo a coluna, o rapper prepara um projetomaior, um filme sobre sua vida e a de seu parceiro Celso Athayde, chamado“Os Invisíveis”.

PRÊMIO HUTÚZ 2009 - OS MELHORES DA DÉCADAAo comemorar seus 10 anos de vida, o festival vai premiar os melhores nessesdez anos, artistas de Hip-Hop que marcaram a década de 2000 no Brasil eajudaram a construir esse novo conceito, essa nova identidade do MovimentoHip-Hop Brasileiro.Assim, o Hutúz separou para vocês os melhores desses anos em cadacategoria, e vocês, amigos, vão decidir quem entrará para a História do Hip-Hopnesse novo século. Deste modo, em 2009 teremos no Hutúz o tema:“Aniversário Hutúz – Parabéns pra Você”, terminando essa história como elamerece: numa noite de grande festa. Afinal, só temos o que comemorar.

DJ CIADJ CIADJ CIADJ CIADJ CIA GR GR GR GR GRAAAAAVVVVVAAAAACOM RAPPERCOM RAPPERCOM RAPPERCOM RAPPERCOM RAPPERAMERICAMERICAMERICAMERICAMERICANOANOANOANOANOCHINGCHINGCHINGCHINGCHINGYYYYYA faixa “Another One”já está no seumyspace, na músicacom produção do DJCia que deve sair nodisco do rapper dosEUA, ainda trazpartcipação de NegraLi. DJ Cia que jácarrega no curriculomusica com U-God do(WU Tang),recentemente tambemteve 2 produções nasprateleiras americansatravés do rapperNature

www.myspace.com/djciabrasil

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O Graffiti tem várias faces, e uma que está emascensão é o mercado de galerias. Os grafiteiros sãonovidade e as exposições se multiplicam. No mês demarço aconteceu no Museu de Arte Contemporânea noIbirapuera a mostra Italian Street Art Meets The World,um projeto que coloca em foco a produção de artistasgrafiteiros italianos, confrontando suas experiênciascom artistas de outras países.

A exposição começou em dezembro de 2007 e vai viajarvários países e cinco capitais do Brasil. Os grafiteirosbrasileiros foram indicação do Boleta. “Eu procurei chamargente nova, não tão conhecida do público, e tambémgente mais conhecida, como o Zezão e oHygraph”explica o Grafiteiro.

Hoje os museus começam a reconhecer o importânciado Graffiti. “Eles não estão conseguindo esconder averdade, não só no Brasil, como lá fora. E não só oGraffiti, mas também o Street Art tem ganho respeitoe valorização muito grande. A meu ver, isso aconteceporque o trabalho das pessoas tem muita qualidade.Então, juntando tudo isso temos uma força muitogrande. Isso trouxe um reconhecimento do mundo daarte com relação ao Graffiti como uma forma de arte.Essas são as conquistas que a gente até imaginavaque pudessem vir, mas que estão vindo agora, eestamos ‘destrinchando’” revelou Boleta.Participaram daexposição dez artistas italianos e dez artistas brasileiros..

Hoje a Arte de Rua é comparada aos Murais de Portinari,Di Cavalcanti e Clovis Graciano, mas em muitos lugares domundo o Graffiti ainda é caso de polícia, e muitos artistas jáforam ou estão na cadeia por causa disso. Isso sem contar osque sofrem no dia-a-dia na mão de policiais despreparados.

São Paulo é uma das, senão a cidade mais grafitada domundo. Hoje, essa expressão vive um momento melhortolerado pelas autoridades municipais, sendo até admirada,pelo menos, pela parcela mais culta das elites. Mas o queacontecerá com o Graffiti quando ingressar definitivamenteno mercado das artes?

Diversas galerias de arte abriram suas portas para oGraffiti, como, por exemplo, a Galeria Fortes Vilaça, quetrabalha com os grafiteiros Gêmeos. Recentemente, surgiramgalerias especializadas em Arte de Rua, como a ChoqueCultural e a Grafiteria, ambas em São Paulo. E já são muitos oscolecionadores de arte que incorporaram obras dessa

O Graffiti tem várias faces, e uma que está emascensão é o mercado de galerias. Os grafiteiros sãonovidade e as exposições se multiplicam. No mês demarço aconteceu no Museu de Arte Contemporânea noIbirapuera a mostra Italian Street Art Meets The World,um projeto que coloca em foco a produção de artistasgrafiteiros italianos, confrontando suas experiênciascom artistas de outras países.

A exposição começou em dezembro de 2007 e vai viajarvários países e cinco capitais do Brasil. Os grafiteirosbrasileiros foram indicação do Boleta. “Eu procurei chamargente nova, não tão conhecida do público, e tambémgente mais conhecida, como o Zezão e oHygraph”explica o Grafiteiro.

Hoje os museus começam a reconhecer o importânciado Graffiti. “Eles não estão conseguindo esconder averdade, não só no Brasil, como lá fora. E não só oGraffiti, mas também o Street Art tem ganho respeitoe valorização muito grande. A meu ver, isso aconteceporque o trabalho das pessoas tem muita qualidade.Então, juntando tudo isso temos uma força muitogrande. Isso trouxe um reconhecimento do mundo daarte com relação ao Graffiti como uma forma de arte.Essas são as conquistas que a gente até imaginavaque pudessem vir, mas que estão vindo agora, eestamos ‘destrinchando’” revelou Boleta.Participaram daexposição dez artistas italianos e dez artistas brasileiros..

Hoje a Arte de Rua é comparada aos Murais de Portinari,Di Cavalcanti e Clovis Graciano, mas em muitos lugares domundo o Graffiti ainda é caso de polícia, e muitos artistas jáforam ou estão na cadeia por causa disso. Isso sem contar osque sofrem no dia-a-dia na mão de policiais despreparados.

São Paulo é uma das, senão a cidade mais grafitada domundo. Hoje, essa expressão vive um momento melhortolerado pelas autoridades municipais, sendo até admirada,pelo menos, pela parcela mais culta das elites. Mas o queacontecerá com o Graffiti quando ingressar definitivamenteno mercado das artes?

Diversas galerias de arte abriram suas portas para oGraffiti, como, por exemplo, a Galeria Fortes Vilaça, quetrabalha com os grafiteiros Gêmeos. Recentemente, surgiramgalerias especializadas em Arte de Rua, como a ChoqueCultural e a Grafiteria, ambas em São Paulo. E já são muitos oscolecionadores de arte que incorporaram obras dessa

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O início da Cultura Low RiderO estilo Low Rider começou na década de 1940, com imigrantes do

México em Los Angeles, junto com o estilo Zoot Suit (Pachucos), trazido pelosespanhóis e mexicanos que foram morar nos EUA.

Tudo começou porque eles pegavam os carros que estavamsucateados e transformavam em verdaderias máquinas, com muito estilo ecolocando elementos da cultura latina. Essa cultura cresceu e se expandiupara o mundo todo, chegando inclusive ao Brasil.

O nome Low Rider vem de “andar baixo”, termo usado pelos imigrantesque tiravam os bancos de trás do carro fazendo com que a polícia não visse ospassageiros. Na época, os mexicanos eram muito perseguidos pela polícia, equatro pessoas em um carro já era motivo para ser abordado. Desse estilo de“andar baixo” veio o nome Low Rider.

Com o tempo a cultura evoluiu, melhorando as pinturas e a partehidráulica, e os carros que pulam se tornaram o grande símbolo da cultura, masque vai muito além disso. Hoje a cultura Low Rider engloba as Low Bikes, oestilo de se vestir e a atitude. Tudo isso passou a ser um estilo de vida emvárias partes do mundo.

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