Revista HealthARQ 14ª Edição

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A primeira edição de 2015 da revista HealthARQ traz uma matéria sobre o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e o novo pronto-socorro do Hospital Márcio Cunha em Minas Gerais. Além de matérias sobre a importância da iluminação no ambiente hospitalar, as novidades da ABDEH para 2015, e aimportância da especialização dos profissionais de arquitetura e engenharia para atuarem no mercado da Saúde e explicações sobre RDC 50, sua importância e seus critérios.

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CARTA AO LEITOR

Caro leitor,

O ano de 2015 chegou. E me parece que a palavra de ordem deste novo período será economizar. A baixa de água do Sistema Cantareira trouxe à tona um velho pro-blema, o desperdício, tanto de água, quanto de energia elétrica. Energia essa que, em nosso País é gerada, em sua maior parte, por usinas hidroelétricas. Com a cons-cientização da população de um modo geral, os profis-sionais da construção civil ganharam mais facilidade para implantar em seus projetos algo que, há algum tempo, vem conquistando espaço: a sustentabilidade.O Hospital de Clínicas de Porto Alegre é um bom exem-

plo de aplicação destas medidas. As obras, que deram origem a um moderno complexo hospitalar, considera-ram as questões ligadas à sustentabilidade e ao meio ambiente. Foram aplicadas práticas para a redução dos ruídos, da erosão e da dispersão da poeira. Além da con-servação de ruas limpas e a adoção do conceito de “edi-fício verde” nos novos prédios, privilegiando sistemas energéticos de alta eficiência, iluminação natural em al-gumas áreas, uso da energia de frenagem nos elevado-res para redução do consumo de energia elétrica e ins-talação de bacias de detenção para escoamento pluvial. Outro case de destaque desta edição é a reestruturação

feita pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Pau-lo. A estrutura física do prédio, idealizado em 1940, deu espaço a uma edificação inédita no País, com espaços planejados para atender a pacientes, médicos, profissio-nais de saúde, alunos e residentes de forma integrada, favorecendo o convívio e a troca de experiências. As no-vas áreas testam modelos de intervenções terapêuticas, que poderão servir de referência para outras instituições do Brasil.Também com uma grande reestruturação, o Hospital

Márcio Cunha abriu espaço para um Pronto-Socorro que tornou-se referência em Minas Gerais. A edificação, agora com mais espaço e mais conforto, propiciou o au-mento da capacidade de atendimentos a pacientes de

convênios e do Sistema Único de Saúde, melhoria das condições de trabalho dos colaboradores, melhoria do fluxo de pacientes, maior agilidade nos atendimentos e humanização na assistência.Ainda sobre as reformas, alguns cases precisam de

atenção especial por se tratarem de retrofit. A novidade no assunto é adaptação de casarões antigos em consul-tórios e clínicas. Neste processo, todo o edifício passa por modificações mantendo a essência arquitetônica da sua linguagem, porém renovando as instalações gerais. A primeira edição do ano da revista HealthARQ traz

ainda as novidades da ABDEH. O novo presidente da associação, Márcio Oliveira, comentou sobre os eventos que deverão ser promovidos em 2015: cursos, palestras, lançamento de livros e visitas técnicas para ampliar o co-nhecimento de seus associados.Falando em conhecimento, trazemos uma matéria que

aborda a importância da especialização dos profissionais de arquitetura e engenharia para atuarem no mercado da Saúde. Coordenadores de cursos de extensão levan-tam os principais temas trabalhados nessas especializa-ções e a qualificação que oferecem.

O ano da sustentabilidade

Edmilson Jr. CaparelliPublisher

Que todos tenham uma excelente leitura!

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O ano da sustentabilidade

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CAPA

TecnoloGiA e huMAnizAçãoo hospital Márcio cunha, em ipatinga (MG), admi-nistrado pela Fundação São Francisco Xavier, passou por uma grande reformulação, na qual a ampliação do Pronto-Socorro merece destaque. A nova edifi-cação propiciou o aumento da capacidade de aten-dimentos e melhoria do fluxo de pacientes e das condições de trabalho dos colaboradores. Além de maior agilidade nos atendimentos e humanização na assistência.

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DETALHEAs cozinhas hospitalares devem ter áreas calcula-das conforme o nume-ro de refeições a serem produzidas e também de acordo com o fluxo do local.

30 88SUSTENTABILIDADE O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (hcPA) passou por importantes obras que deram vida a um moderno complexo hospitalar. A nova edifica-ção vai permitir a reorga-nização de diversas áreas e do fluxo de pacientes.

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NESTA EDIÇÃO N.14 I dezembro | jaNeIro | fevereIro | 2015

conSTruçãoInovação e tecnologia foram palavras-chave no desenvolvimento do Hospital Águas Claras, no Distrito Federal. O projeto foi desenvolvido em BIM – Building Information Modelling – tecnologia de projetos em 3D.

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exPAnSãoO Hospital Moriah, em São Paulo, acaba de ganhar um moderno Centro de Diagnósticos. O local faz parte da expansão da instituição, que trouxe em seu projeto uma preocupação com a setorização de áreas e também dos fluxos entre as mesmas.

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ARQ DESTAQUE

Fundamental na construção dos edifícios hospita-lares, a RDC 50/2002 é uma importante norma a ser considerada no desenvolvimento dos projetos de arquitetura de estabelecimentos assistenciais de saúde. Para isso é primordial entendê-la.

huMAnizAção

O arquiteto Italiano Mattia Atzeni desenvolveu um estudo sobre níveis de atuação da luz e como elas interferem no bem-estar do paciente.

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boletim ARQ

FEiraFeicon Batimat Acontece entre os dias 10 e 14 de março, no Anhembi, em São Pau-

lo, a Feicon Batimat 2015, maior feira da construção, com novidades em produtos e treinamentos para otimizar o dia a dia do profissional que os aplica na obra. O evento contará também com um Ciclo de

Seminários, um conjunto de apresentações técnicas, palestras, painéis de debates e estudos de casos que acontecem simultaneamente ao maior evento do setor da construção da América Latina. o evento terá cinco dias de seminários sobre os principais desafios, tendências, tecnologias e so-

luções para o mercado de construção, que proporcionarão aos executivos informações estratégicas para atualização e qualificação profissional.

CuriosidadETécnica diferente

Cimento, areia, pedra e muito gelo. Esses foram os materiais utiliza-dos no início deste ano no processo de concretagem das paredes da futura unidade de radioterapia em construção no Hospital de Base de São José do Rio Preto. Ao todo, 61,5 toneladas de gelo foram misturadas ao concreto. A previsão é que a obra seja inaugurada ainda neste ano. O investimento, que inclui uma área de diagnóstico por imagem, é de R$ 14,2 milhões. O gelo é necessário para resfriar o concreto e impedir qualquer possibilidade de fissura nas paredes. e quanto mais quente o concreto, maior a possibilidade rachaduras. Cem quilos de gelo foram adicionados a cada metro cúbico de concreto.

EnConTro diretoria nacional da aBdEH se reune em sPno final de dezembro, aconteceu na casa eBasf a última reunião da Di-

retoria Nacional da ABDEH (Associação Brasileira para o Desenvolvimento do edifício hospitalar). na ocasião, foi dada posse ao novo Vice-presidente de Marketing, Arq. Adhemar Dizioli, e ao novo Diretor-regional da ABDEH

em SP, Arq. Arthur Brito, que apresentou sua coordenadora de Desenvolvimento Técnico científico, Ana Carolina Cabral.Dentre outros assuntos, foram discutidos os planos da diretoria para esta gestão (2014-2017), além

do planejamento de eventos e atividades elaborado com base nos resultados das pesquisas realizadas com os associados, além do calendário de eventos regionais de 2015 e do início dos preparativos para o congresso de 2016 em Salvador.

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TrEinamEnTosoluções de automação predial e residencial são tema de treina-mentos Uma distribuidora de soluções e tecnologia nas áreas de automação,

componentes eletroeletrônicos e sistema multiroom de áudio e vídeo, e primeira empresa brasileira a ter seu próprio centro brasileiro de for-

mação homologado pela KNX de Bruxelas, deu início, em fevereiro, ao seu programa de treinamentos técnico e comercial em automação predial e residencial.O treinamento técnico, que durou o dia todo, visava apresentar as características das soluções de au-

tomação predial e de distribuição de áudio e vídeo, com ênfase em projetos, instalação e programa-ção, enfocando ainda o protocolo Knx, norma aberta global para residências e edifícios inteligentes, que favorece a interligação de soluções de diversos fabricantes.

EsTudonova Lei de Licitações

O CAU/BR constituiu uma Comissão Temporária para Estudo da Legislação de Contratos e Licitações de Arquitetura e Urbanismo para apoiar a participação do Conselho na revisão da Lei 8.666/1993, em tramitação no Senado sob a forma do PLS 559/2013. A criação da comissão, proposta pela presi-dência, foi aprovada por unanimidade pela 12ª Plenária Ampliada, realizada em 27/02/15. O CAU/BR entende que a nova legislação para regular as contratações e licitações públicas pode

ter uma repercussão enorme na prática profissional, com impactos não apenas imediatos, mas por décadas, uma vez que esse é um tipo de norma que não se muda de forma rotineira.

EvEnToFórum de Palestras O Clube Mais promoverá no dia 19 de março o 4º Fórum de Palestras,

maior encontro de profissionais e estudantes de arquitetura e design da região de ribeirão Preto (SP), que irá discutir as novas ferramentas para a sustentabilidade em design, arquitetura e paisagismo. O evento terá início ao meio dia e contará com a presença de Hugo França, Ricardo

Julião, com atuação em importantes instituições de Saúde do País, Ricardo Cardim e Lair Reis.As vagas são limitadas e a inscrição é gratuita para associados do Clube Mais, grupo formado por empre-

sas de Arquitetura, Engenharia e Design de Ribeirão Preto. O evento busca proporcionar um encontro de conhecimento e reflexão, com a troca de experiências entre palestrantes e profissionais da área.

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RedeS SOcIAIS ceLULAR e TABLeT

Líderes da saúdeo prêmio realizado pelo Grupo Mídia, em dezembro do ano pas-sado, consagrou as empresas líderes no setor da Saúde em 2014. Cerca de 300 convidados reuniram-se no Espaço Apas, em São Paulo, para prestigiar os ganhadores das 23 categorias. O Saúde Online esteve presente e registrou os melhores momentos do evento.Assista ao vídeo no Saúde Online:portalsaudeonline.com.br

revista Healthcare management entrevista o ministro arthur ChioroEm entrevista exclusiva para a revista Healthcare Management, Arthur Chioro fala sobre como a economia poderá afetar a Saúde do País e suas prioridades para os próximos anos. A primeira edição do ano de 2015 também traz a opinião de economistas, consultores, professores e gestores sobre quais serão os reflexos da economia na Saúde para este ano. Ainda sobre as tendências, Gonzalo Vecina neto, Superintendente do hospital Sírio-libanês, e Francisco Balestrin, Presidente da Anahp, comentam sobre a nova lei que permite a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde. A revista está disponível no portal www.portalsaudeonline.com.br.

Confira a 2ª edição da Health-ITMargareth Ortiz de Camargo, Superintendente de Tecnologia da informação do hospital Sírio-libanês, é capa da 2ª edição da Health-IT. Maggie fala sobre os projetos concluídos com sucesso em 2014 e também sobre os próximos desafios para este ano. o leitor também poderá conferir uma inovação que a Unimed-BH vem proporcionando aos seus usuários portadores de doenças crônicas. Trata-se de um pequeno dispositivo eletrônico que permite aos médicos saber como o paciente faz uso de medicação prescrita, além de possibilitar o acesso aos dados de sua pressão arterial, aferida por um aparelho que transfere a informação via bluetooth.A revista pode ser lida no portalsaudeonline.com.br.

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Apesar do aumento dos impostos, da alta do dólar, e de toda a instabilidade que tomou conta do mercado econômico, reduzindo os

investimentos, a expectativa para o setor da constru-ção civil é que o impacto seja menor. Como declarou eduardo May zaidan, Vice-presidente de economia do Sinduscon-SP, no setor “os abalos não acontecem a curto prazo”. As obras que estão sendo executadas hoje foram

decididas em 2007, quando o cenário de crescimento era mais favorável. A expectativa do sindicato é que a construção civil cresça entre 1% e 1,5% este ano.Dentro desta perspectiva está a arquitetura hospi-

talar, de suma importância para o País, uma vez que há mais de 6000 municípios e, a maior parte deles, carentes de unidades de saúde, sejam elas públicas ou privadas.Para garantir a qualidade deste crescimento, a re-

gulamentação das obras em edificações hospita-lares é fundamental. Por isso, a RDC 50, criada em 2002, norteou novos rumos dentro da construção de estabelecimentos de saúde. Entretanto, ainda existe dificuldade em segui-la. O motivo? O desconheci-mento por parte dos profissionais e sua aplicação de forma equivocada. A 14ª edição da HealthARQ traz uma matéria que levanta a importância da nor-ma e seus critérios.Outro destaque da revista é a humanização, tema

que tem ganhado a atenção dos profissionais de ar-quitetura. o conceito prevê a construção de espa-ços que proporcionem bem-estar ao paciente e uma grande aliada neste processo pode ser a luz natural. Ouvimos o arquiteto italiano Mattia Atzeni, que de-

Positividade no mercado

Palavra da Editora

senvolveu um estudo sobre o assunto em hospitais espanhóis, para falar sobre os três níveis da luz e sua aplicação em um projeto hospitalar. Sempre acompanhando os principais eventos do

setor e de olho no futuro, a HealthARQ adianta o que vai acontecer no HBI China, principal evento da Ásia para a área da construção hospitalar e também da indústria de infraestrutura. Em 2014, o evento que ocupava 14 mil m² com 200 expositores e 15 mil visitantes, gerou 500 bilhões em negócios. Este ano, a área ocupada deve ser de aproximadamente 25 mil m², divididos em 12 segmentos principais.

Que 2015 seja um ano de pé direito alto, tanto para saúde, quanto para os profissionais de arquitetura e engenharia.

Patricia Bonelli,Editora da Revista HealthARQ

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A segurança dos edi-fícios hospitalares vai ocupar a agen-

da de interesse e preo-cupações com intensida-de cada vez maior neste século, sobretudo para os profissionais de enge-nharia, arquitetura e ges-tão dos estabelecimentos assistenciais de saúde.esta exigência de cui-

dado e planejamento de segurança comporá, gra-dativamente, o referen-cial de cuidados tanto na elaboração de projetos, quanto na sua constru-ção, exigindo compromis-sos técnicos na constru-ção e manutenção, assim como responsabilidades sobre eventuais impactos na saúde dos pacientes.

Hospitais seguros e a segurança do paciente: engenharia e arquitetura contribuindo para os ambientes de saúde do futuro

Fábio Bitencourt Arquiteto D Sc e Professor

ARQ Coluna

Segundo a Organização Mundial de Saúde (oMS), o conceito dos Hospitais Seguros deveria ser ado-tado como uma política nacional, como um sím-bolo da atitude interse-torial para a redução de riscos. A redução da vul-nerabilidade dos edifícios hospitalares deve ser, portanto, uma priorida-de mundial a partir deste ano de 2015.O conforto e a segurança

do paciente acompanharão estas preocupações em es-cala de percepção cada vez mais próxima do usuário comum na medida em que estes referenciais já fazem parte do cenário de obri-gatoriedade exigidas pela Organização Mundial de

Saúde (oMS) e pela Agên-cia nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) .Durante os dias 1 a 5 de

junho deste ano de 2015, acontecerá, na pequena cidade de Turku, Finlân-dia, o mais importante encontro mundial de pro-fissionais, pesquisadores, empresas de tecnologias e equipamentos, além de instituições de engenha-ria e arquitetura hospita-lar para discutir o futuro das edificações hospi-talares. Neste período ocorrerão dois importan-tes eventos: • O 6º Congresso Eu-

ropeu para Engenha-ria Hospitalar (The 6th European Con-gress for Hospital

engineering - eche).• O 48º Encontro do

conselho Geral da Federação Interna-cional de Engenharia Hospitalar (Interna-tional Federation of Hospital Engineering (iFhe), council Mee-ting nr. 48).

O Brasil estará represen-tado no 48º Encontro do Conselho pelo Presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do edifício Hospitalar, o arquiteto Márcio Oliveira e por mim, como Mem-bro do comitê executivo (EXCO - Executive Com-mittée), que também farei uma palestra sobre Hu-man comfort and patient safety in healthcare: de-

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sos críticos e da utilização das novas tecnologias, viabilizando hospitais se-guros, construídos para serviços de saúde com igual segurança quando aplicada para a finalida-de assistencial de acolhi-mento e tratamento das necessidades humanas.

mands, perceptions and solutions (Conforto Hu-mano e segurança do pa-ciente em estabelecimen-tos assistenciais de saúde: demandas, percepções e soluções).O 6º Congresso Euro-

peu é um evento bienal promovido pela Unidade

Européia da Federação In-ternacional de Engenharia hospitalar iFhe) que, após ter acontecido em Baden--Baden na Alemanha, Vie-na na Áustria, Goes na Holanda, Paris, na França, e Berna na Suiça, aconte-cerá pela primeira vez na cidade de Turku, Finlândia.

O tema do evento será Melhor Produtividade em Ambientes de Saúde com Tecnologias (Better pro-ductivity in healthcare with technology). A arquitetura e a enge-

nharia terão, portanto, a oportunidade de contri-buir, através dos proces-

Paimio Sanatorium, Paimio, Finlândia, projeto do arquiteto Finlandês Alvar Aalto, projetado em 1929 e inaugurado em 1933. Fonte: Alvar Aalto Museum / Maija Holma, 2015

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A publicação, nesta edição, dos projetos de reorgani-zação do edifício do HCPA – Hospital das Clínicas de Porto Alegre, projetado em 1940 pelo arquiteto

Jorge Machado Moreira, nos remete a relatar e compreen-der os antecedentes que definiram o perfil das necessida-des e inovações operacionais e fiscais introduzidas e que resultaram na incorporação de mais dois blocos: Anexo I e interconectados com as edificações existentes e em ope-ração, que não poderão deixar de funcionar em momento algum, dadas as responsabilidades institucionais que acu-mula: ensino, pesquisa e assistência. Tratava-se o tema central de avaliar as atuais e as novas

necessidades operacionais dos três segmentos de ativi-dades acadêmicas citados com suas formas de produção de serviços, desenhando os eventos das cadeias de valor, quantificando os processos e dimensionando espaços ocu-pados a serem edificados.Foi realizada concorrência pública para escolha de uma

consultoria que atuasse tanto na operação de serviços, como na reorganização dos espaços.os consultores contaram com profissionais de todos os

setores de produção devidamente orientados nas suas ta-refas, que além de suas contribuições técnicas, se engaja-ram na atuação e melhorias da empresa de serviço de saú-de, cujos quadros funcionais fazem orgulhosamente parte.Os consultores e operadoras partícipes atuaram sequen-

cialmente nas seguintes tarefas: - Consolidação de um projeto “as bilt”, indicando implan-

tações, setores e compartimentos com suas respectivas ati-vidades, indicando rotas de motivação e interfaces setoriais.- Com dados da empresa hospitalar, no caso o HCPA,

informou a produção, em números de cada fornecedor

organizando o que nasceu organizado

João Carlos BrossArquiteto, Docente e Consultor em Arquitetura da Saúde

da cadeia assistencial, indi-cando a origem e destino interno em quantidades de tempo.- Com estas informações

sobre a “pulsação” dos for-necimentos as cadeias as-sistenciais com seus “consu-midores”, epidemiologistas, engenheiros clínicos e en-genheiros de produção, colaboraram com seus conhecimentos técnicos, identificando nos proces-sos de serviços “atuais”, nos quais se apresentam ocio-sidades e gargalos no fluxo de ventos, já sugerindo ne-cessidades e melhorias.- Para maior fluidez nas ca-

deias de processos, foram desenhadas as “rotas” com as distâncias percorridas, tempos e esforços consu-midos, informando aos con-sultores quais eventos que deverão ser agrupados para minimização de “perdas”, se-gundo recomendações do “toyotismo” e das “produ-ções enxutas”, papel no qual os arquitetos agregarão suas

propostas de novos arranjos setoriais e rotas.- As conclusões se sinte-

tizam em “um programa de intervenções” em que todos os integrantes atu-am ao lado dos arquitetos, gerando uma “estratégia” de progressiva alteração na ampliação dos espaços pro-dutivos que se completam com igual procedimento e decisões em todos “serviços de suporte”, que fornecem competências, equipamen-tos, manutenção geral, ne-cessários ao fornecimento dos processos produtivos.Os trabalhos descritos ge-

raram as necessidades ope-racionais e físicas que se encontram, atualmente, em construção para, quando ocu-padas futuramente, permiti-rem a reorganização dos se-tores existentes nos espaços.Esta fase que antecedeu os

projetos das edificações foi comandada pelo arquite-to João Carlos Bross, tendo demandado 13 meses para sua conclusão final.

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marcio nascimento de oliveiraProf. Arq. Msc. Presidente da ABDEH

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O conceito de Arquitetura Baseada em evidências (ABe) se da através da ideia de determinismo ar-quitetônico, ou seja, no reconhecimento de que

o ambiente físico exerce uma influência mensurável no bem-estar de seus ocupantes e desempenha um pa-pel fundamental no processo do cuidado da saúde. As ideias relacionadas à ABE diferenciam-se da forma tradi-cional de se pensar o espaço, porém ainda são poucos os projetistas que utilizam esta metodologia, que tem na psicologia ambiental uma de suas bases conceituais.O desenho de um estabelecimento de saúde que seja

baseado nas recomendações da ABE deve incluir as-pectos como o foco na redução de estresse, por meio da provisão de espaços dedicados ao suporte social, elementos arquitetônicos que permitam o controle e a privacidade do paciente, decoração que promova as distrações positivas (por meio de obras de arte, música, entretenimento) e paisagismo que explore de forma am-pla a influência da natureza. É sabido que um ambiente hospitalar bem projetado e

construído pode contribuir de forma decisiva para reduzir os índices de infecções hospitalares. As taxas de infecções hospitalares são menores quando o ambiente possui ar e água de qualidade, por exemplo. A utilização de me-

arquitetura baseada em evidências e o processo de humanização dos espaços hospitalares

didas de controle da qua-lidade do ar, a escolha de materiais fáceis de limpar e a preferência por quartos individuais, com banhei-ros privativos, resulta em significativa redução dos riscos. Estudos conduzidos nos Estados Unidos e na Europa, em especial a par-tir dos anos 60, demostra-ram que os erros médicos não eram causados apenas por falhas de procedimen-tos, mas geralmente esta-vam vinculados a fatores ambientais. Por exemplo, as taxas de erros aumen-tavam quando ocorriam interrupções e distrações causadas por barulhos inesperados (por exem-plo, um telefone tocando) e diminuíam consideravel-

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mente quando o nível de ruído era reduzido e a ilumi-nação das superfícies de trabalho era adequadamente dimensionada.estudos científicos também comprovaram que expor

pacientes à natureza promove um alívio significativo na sensação de dor. Alguns pesquisadores chegam a suge-rir que os pacientes sentem menos dor quando expostos a altos níveis de luz natural em seus quartos. Outros su-geriram que elementos visuais que mostram imagens da natureza também ajudam a diminuir a dor do paciente, reduzindo o consumo de analgésicos.Igualmente, a perturbação e a consequente diminui-

ção do sono são problemas comuns em hospitais. A melhoria da performance acústica, com a utilização de materiais que possuam menor tempo de reverberação, aumenta a qualidade do sono, o que ajuda a reduzir os níveis de estresse do paciente. Um ambiente que apresenta características estressantes piora o estado emocional dos pacientes e prejudica sensivelmente os resultados do cuidado à saúde. Estudos experimentais mostraram, por exemplo, que o nível de estresse se re-duzia em poucos minutos quando o paciente observa cenas da natureza, reais ou simuladas. Os jardins tera-pêuticos são exemplos de uma boa utilização das reco-mendações da ABE, geralmente com ótimos resultados. A confidencialidade e a privacidade do paciente e seus

acompanhantes também deve ser considerada como uma das mais importantes recomendações da ABE. Quartos e sala privadas para discussão de casos, por exemplo, au-mentam significativamente a sensação de privacidade do

paciente e ajudam a me-lhorar os resultados dos tratamentos. São recomen-dados também a provisão de espaços intermediá-rios e de salas de espera confortáveis e dispostas em pequenos ambientes, como forma de encorajar a interação social. Estes aspectos projetu-

ais, por mais que às vezes se pareçam com lugar-co-mum ou simples utilização de boas práticas, advém de estudos estruturados e possuem ampla com-provação científica de sua eficácia. o desafio que se apresenta é fazer com que mais projetistas tomem co-nhecimento da ABE e não só passem a adotar estas recomendações de forma consciente e informada, mas também colaborem com a construção do co-nhecimento sobre o assun-to, avaliando a eficácia das soluções adotadas.

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Crescimento e inovaçãoHospital Moriah entrega primeira fase da expansão

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A cidade de São Paulo acaba de ganhar um moderno Centro de Diagnósticos na região de Moema, zona Sul da ca-

pital paulista. Localizado dentro da estrutura do Hospital Moriah, o espaço recém-inaugu-rado conta com aparelhos de ponta para ofe-recer múltiplas alternativas de exames. “É um empreendimento com padrão de excelência, que prima pela precisão de resultados e de-tecção precoce de problemas de saúde”, diz Leonardo Iquizli, médico radiologista respon-sável pelo Centro de Diagnósticos do Hospi-tal Moriah.De acordo com o radiologista, a aquisição

de modernas tecnologias sempre esteve na pauta dos gestores da instituição, com o ob-jetivo de colocar à disposição dos médicos do corpo clínico equipamentos de alta qua-lidade e confiabilidade. “essa é uma condição primordial na prestação de cuidados aos pa-cientes e de valor indiscutível quando se trata de salvar vidas”, diz Iquizli. Outra vantagem, ressalta, é a proximidade ao aeroporto de Congonhas, facilidade para quem precisa de serviços complexos na área da saúde. As salas de ressonância magnética e de

tomografia são decoradas com paisagens

de praia para tornar a ex-periência do cliente mais relaxante durante a realiza-ção desses exames. Na res-sônancia, o paciente pode usar fones de ouvidos para escutar músicas de sua es-colha e minimizar o barulho do aparelho. Porém, o Novo Centro de

Diagnósticos do Hospital Moriah trata-se apenas de uma parte do projeto de revitalização de seu com-plexo, que visa dar novos ares a edificação existente e ampliar setores com nova solução estética evidencian-do esta unidade, como uma “vitrine” que deve marcar a visão da Rede Moriah no contexto de atendimento médico-hospitalar no País. “Merecem destaque nes-te projeto o levantamen-to minucioso da parte do edifício existente visando a

sua grande transformação funcional como hospital de ponta; a obra como propos-ta conceitual deveria aten-der atributos de um edifí-cio contemporâneo, com alta tecnologia construtiva de equipamentos e funcio-nalidade, com soluções de ecoeficiência e sustentabili-dade e atendimento médico de mais alto nível”, revela o arquiteto responsável pelo projeto, Siegbert zanettini, Diretor da zanettini Arqui-tetura Planejamento e Con-sultoria.Segundo zanettini, o de-

senvolvimento deste pro-jeto foi um grande desafio, pois a arquitetura do prédio existente, antiga Estação da TV record em São Paulo, não apresentava condições espaciais, estruturais e, prin-cipalmente, dos sistemas de energia, água, gazes, etc,

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sustentabilidade em vogacomo em todos os projetos desenvolvidos pela zanettini Arquitetura, que

primam por ecoeficiência há quase cinco décadas, colocando-os como pre-cursores da sustentabilidade na arquitetura brasileira, todos os conceitos de equilíbrio bio-climático foram acrescidos aos projeto do Hospital Moriah.• Arquitetura contemporânea com estruturação projetual holística;• Trabalho multidisciplinar integrado;• uso de tecnologias limpas;• redução máxima de desperdícios e resíduos;• Soluções construtivas industrializadas;• Maximização de recursos naturais;• economia de energia;• relação simbiótica com o entorno e estrutural com o meio ambiente;• entendimento integrado e sistêmico de todas as instalações;• Máxima utilização de produtos, equipamentos e materiais certificados;• Ótima condição de desempenho e durabilidade da edificação;• Fluxos organizados dos sistemas através de pipe-racks, shafts verticais,pi-

sos técnicos e armários acessíveis às instalações.

condizentes com as ne-cessidades de um hospi-tal. “Além disso, havia um acréscimo significativo de áreas especialmente mais complexas como centro ci-rúrgico e obstétrico, setor de imagens, UTI, pronto-socorro, áreas de serviços, farmácia, almoxarifado, central de utilidades, es-tacionamentos coberto e descoberto, áreas per-meável e paisagismo para atender as legislações da Anvisa, Prefeitura, Corpo de Bombeiros e compa-nhia de energia elétrica lo-cal”, lembra.Além das preocupações

para atender a todas as re-gulamentações, o projeto desenvolvido pela zanettini para o Hospital Moriah con-

“Merecem destaque neste projeto o levantamento minu-cioso da parte do edifício existente visando a sua grande transformação funcional como hospital de ponta”,Siegbert zanettini, Diretor da zanettini Arquitetura Planejamento e consultoria

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AcabamentoNo que tange ao acabamento, o projeto con-

tou com pisos diferentes para cada ambiente em função das características de trabalho. Re-vestimentos de paredes com pinturas internas de material lavável e de fácil limpeza. Além de forros especificados para facilitar manutenção e acesso às instalações e paredes externas com cobertura de pedrisco na argamassa dis-pensando pintura e limpeza periódica. Na parede junto do mezanino do restauran-

te, zanettini criou um grande painel artístico de pastilha vidrada que é visto de toda a área externa do edifício.

siderou também as medidas de humanização dos espaços, iniciando-se com a preocupa-ção da setorização de áreas e também dos fluxos entre as mesmas. “Tivemos ainda cui-dados ligados à ambientação através de materiais de acaba-mento, cores, iluminação, na busca por espaços com qua-lidade, aconchegantes a pa-cientes, a quem trabalha e aos visitantes”, ressalta o arquiteto.O conforto luminotécnico, cli-

mático e acústico foram outros fatores levados em considera-ção neste processo. Foi reali-zada uma pesquisa de condi-ções climáticas da latitude de São Paulo, regime de ventos, condições de ruído, pela apro-ximação do aeroporto de Con-

gonhas; dos materiais das fa-ces do edifício, pela vegetação incluída na área externa e nos pátios internos, pela cobertura verde em toda a edificação e, principalmente, pela ilumina-ção e ventilação natural em quase em todos os ambien-tes. “Trabalhamos de modo a atender também a economia de energia. Todos esses fatores deram a este hospital a sensa-ção prazerosa e agradável já manifestada inúmeras vezes pelos usuários e visitantes”.Completa o projeto o estu-

do da arquitetura de interiores com os desenhos de balcões, guichês, mobiliário fixo como armários, estantes, mesas e bancadas de trabalho, solução de paisagismo e da comuni-

cação visual interna e externa. “Todos os nossos projetos são completos e profundamente detalhados. Não há soluções ou adaptações posteriores na obra”, afirma zanettini.Além da humanização, a tec-

nologia também se fez pre-sente na edificação através da estrutura mista em aço e concreto, paredes montadas em dry-wall; inovações nos sistemas de alimentação e distribuição de energia com total acessibilidade; soluções inovadoras para as réguas nos apartamentos; material de pi-sos e paredes de fácil limpeza e manutenção e especificação detalhada dos equipamentos hospitalares definidos por de-sempenho e durabilidade.

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Preocupação com o paciente

O Amparo Maternal é uma instituição filantrópica de re-

ferência no Brasil atuan-do na saúde e assistência social materno-infantil. Fundado em 1939, já foi

instituição cuida dos detalhes no acolhimento a mães e bebês

responsável pelo nasci-mento de cerca de 650 mil crianças na cidade de São Paulo. A entidade destina 100% do seu atendimento aos sistemas de atenção pública organizados pela

esfera governamental. Na área da saúde, atua junto ao Sistema Único de Saú-de (SuS) e também faz parte da grade referên-cia para o Programa Mãe Paulistana, ofertando 94

leitos, nas especialidades de Obstetrícia e Neona-tologia, além de prestar atendimento ambulatorial e de diagnóstico no com-plexo maternidade. Segue a recomendação da Or-

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Projeto especialganização Mundial de Saúde (oMS) em rela-ção à proporção entre partos normais e cesa-rianos, realizando cer-ca de 80% dos partos normais.Além de sua atua-

ção na área da saúde, o Amparo Maternal atende o Sistema Úni-co de Assistência So-cial (SuAS), oferecendo abrigo provisório para gestantes, mães e be-bês em situação de vulnerabilidade e risco social em um Centro de Acolhida que é o único centro especial para esta população e de alta complexidade no País, cuja assistên-cia estende-se às mães no período pós-parto e ao seu filho recém-nas-cido, proporcionando trabalho social indivi-dualizado que favorece o processo de recons-trução de suas vidas e reinserção social, fami-liar e comunitária.Com o apoio da Asso-

ciação Congregação de Santa Catarina, desde o ano de 2008 em sua gestão, o Amparo Ma-ternal vem desenvol-vendo novos projetos sociais e de formação profissional, para cada vez mais contribuir com sua missão de va-lorização da vida.

Como os hospitais são construídos em edifícios fe-chados, por diversas razões, inclusive fruto de sua lo-calização nas regiões urbanas, há a necessidade de climatização artificial nos ambientes, e no Amparo Maternal não é diferente. Por isso é de fundamental importância, não somente o controle da temperatura, que deve ser adequada a cada sala específica, mais fria para os centros cirúrgicos, pois os médicos ficam literalmente blindados pelo uniforme de trabalho, e mais quente para as salas de idosos ou neonatais.Garantir a pureza do ar é outro fator importante para

esses locais. E os sistemas de climatização conseguem cooperar através do cuidado com o volume de ar ex-terno, inclusive em casos onde o apartamento desti-na-se a isolamento e, portanto, tem 100% de ar ex-terno. Outro item importante é o posicionamento dos difusores de insuflamento e retorno do ar condicio-nado, pois um item fundamental para o conforto hu-mano, é a velocidade do ar a que ele esta submetido. O sistema de ar condicionado, projetado pela Fun-

dament-AR para o Amparo Maternal é composto por Chiller resfriado a ar, bombas de circulação de água primária e secundária, supervisão do sistema, condi-cionadores hospitalares, controles e filtros de ar, tudo em conformidade com as normas e legislaçoes bra-sileiras. “Merece especial atenção, o fato de que nos projetos que temos desenvolvidos para grandes hos-pitais, tal e qual o Amparo Maternal, temos tido o cui-dado de prever, alternativas estratégicas de fonte de energia”, comenta Duilio Terzi, Engenheiro e Diretor da Fundament-Ar.Segundo Terzi, entre as importantes alternativas de

energia que devem ser consideradas estão o uso de fontes alternativas de energia (energia elétrica e gás natural). no caso do Amparo Maternal, foi previs-ta uma central de Água Gelada, composta por qua-tro Chillers, sendo dois elétricos, com compressores parafuso e dois do tipo absorção, por fogo direto (queima de gás de rua), dando ao departamento de engenharia do hospital, grau de liberdade para esco-lha da fonte de energia a ser utilizada, fruto do custo da energia ou da ausência de uma das fontes. “um projeto de ar condicionado para uma instituição de

Instituição Amparo Maternal

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saúde é sempre envolto em muitos cui-dados adicionais que um projeto de con-forto dispensa. É fundamentalmente um projeto industrial, com uma carga grande de conceitos de engenharia, o que implica em superar muitas dificuldades”, explica o engenheiro.Entre os cuidados essenciais na hora de

implantar um sistema de climatização em um hospital está a atenção à Norma Bra-sileira de Projetos para área de saúde, que encontra-se, atualmente, em fase de revi-são. “a Fundament-AR há tempos partici-pa desta e outras Normas da ABNT,” Esta revisão de norma, agora em gesta-

ção, esta revendo o números de trocas de ar, a necessidade de diferencial de pres-são do ar, a direção do fluxo do ar entre paciente e equipe médica, entre outros itens previstos, para cada tipo de ocupa-ção”, ressalta.A preocupação aumenta ainda mais

quando trata-se da implantação do siste-ma em UTI’s. Pois, segundo o engenheiro, essas alas, em especial, têm características próprias de filtragem de ar, pressão positi-va nas salas, refrigeração, calefação e tem-peraturas compatíveis com cada necessi-dade. “Lembrando sempre que unidades incubadoras do neonatal, em geral, não dispõe de equipamento para suprir con-trole de filtragem adequado em conformi-dade com o previsto na norma NBR 7256, de forma que o sistema de ar condiciona-do deve prever esta situação”, alerta.

A importância das normasAs normas da ABNT, assim como as re-

comendações da AnViSA, possibilitam que a unidade hospitalar, tenha o menor nível possível de contaminação por infec-ção adquirida na unidade. Pois, em geral, a norma é fruto do dese-

jo da comunidade técnica que, através de profissionais voluntários, experientes, trans-ferem sua experiência e da sua leitura de

Recepção - Entrada principal da maternidade

Subsolo reformado

Subsolo reformado

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estudos e outras normas, desenvolvidas em outros países, ou mesmo no Brasil, criam orientações e procedimentos, para que o projeto, a implantação e a operação, sejam realizadas, com o melhor do conhecimento disponível no momento de sua elaboração.“Desta forma, seguir a Norma, além de

ser uma responsabilidade intrínseca do profissional projetista, é uma forma de dar ao empreendedor a garantia de que ele terá um sistema de ar condicionado com padrão internacional de qualidade. Garan-tindo, desta forma, além das condições de saúde de seu estabelecimento, a qualidade do seu investimento na unidade de saúde”, diz o Engenheiro Duilio Terzi.De acordo com Terzi, as normas e orien-

tações da AnViSA dão ao profissional, ao gestor e ao empreendedor a garantia téc-nica da unidade de saúde. E a segurança de um produto bem realizado e que vai atender ao seu propósito inicial durante sua vida útil. “Mister enaltecer os partici-pantes da revisão da norma NBR 7256, que tem feito um trabalho excelente, chaman-do profissionais de múltiplas áreas, seja na área médica, na enfermagem, na própria engenharia de sistemas, produtos e ma-nutenção, o que, certamente, vai transfor-mar-se em um material rico tecnicamente e, ao mesmo tempo, pedagógico”, diz. O engenheiro ressalta ainda que para

que as normas fossem compatíveis com as diversas realidades brasileiras, deveria haver, no mínimo, dois patamares técni-cos de exigências. Pois, segundo ele, um hospital construído na zona rural, ou em estados menos favorecidos economica-mente que São Paulo, têm, certamen-te, dificuldade de implantar e manter os padrões exigidos pela Norma. “Acredito que, no futuro, venhamos a ter esta dife-rença entre o que é ótimo e o que é bom. Pois nem todas as instituições podem im-plantar e manter um hospital neste pata-mar técnico”, finaliza. Escada social reformada

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Cuidado especialConstrução de cozinhas em ambientes de saúde seguem normas de segurança e higiene

hospital celso de Pierrô

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Responsável por produzir a alimentação não só dos pa-cientes, mas também dos colaboradores e acompa-nhantes, a cozinha hospitalar requer cuidados ao ser

planejada e construída. “Precisa-se, além dos cuidados per-tinentes à área, como atendimento às normas da vigilância sanitária e segurança alimentar, atentar-se também a todas as normas da ABNT no que se refere ao sistema construti-vo, sistema estrutural e a outras áreas complementares como instalações hidráulicas, elétricas, ventilação, exaustão, ar-condicionado, redes de lógica e combate ao incêndio”, expli-ca Dimas Rodrigues de Oliveira, Engenheiro Civil, Diretor da nucleora Projetos para cozinhas e lavanderias Profissionais.As áreas são calculadas conforme o número de refeições

que deve-se produzir e também para garantir que todo o processo tenha um fluxo que evite os cruzamentos. “essas cozinhas têm que ter área de recebimento, áreas de esto-cagem, áreas de preparo, áreas de cocção, áreas de apoio, administração, distribuição e retorno do utensílios”, enumera o engenheiro.Além do tamanho da área, a cozinha precisa ser trabalhada

pensando nos processos ligados à higiene. “Os responsáveis fazem homologação dos locais onde este fornecedor inicia o processo de distribuição da matéria prima para que todos tenham o mesmo padrão de qualidade requerida”, explica o engenheiro.Segundo Oliveira, a partir do momento que o produto entra

na cozinha, toda a mão de obra é totalmente preparada para garantir a segurança alimentar, pois estes nutricionistas estão em vigília constante aos processos de manipulação, enquan-to os operadores recebem destes profissionais treinamentos constantes para esta garantia. Isto requer uma estrutura físi-ca muito bem planejada para que os processos possam ser garantidos.“Os processos construtivos mais comuns para as cozinhas

hospitalares são os mesmos para os edifícios destinados a outros usos. Porém, dependendo da necessidade, pode-se criar cozinhas provisórias edificadas em painéis simples e de espessuras bem pequenas”. Oliveira explica que há a possibi-lidade de utilizar painéis em Drywall, porém, o mais comum é o sistema convencional. Utiliza-se uma estrutura que pode ser mista, com concreto armado e a estrutura metálica, além das divisórias em alvenarias compostas de blocos ou tijolos de barro ou cerâmica”, comenta.

O ProjetoDe acordo com Oliveira, o concei-

to mais forte quando se está pla-nejando uma cozinha profissional é primar pela segurança alimentar. “isto significa que, neste planeja-mento, leva-se em consideração o conceito da “marcha avante”, no qual busca-se diminuir, ao máxi-mo, toda e qualquer possibilidade de haver um cruzamento nas ativi-dades desenvolvidas dentro da co-zinha, porque toda vez que houver um cruzamento, temos uma gran-de possibilidade de provocar uma tóxico-infecção”, afirma.E nas cozinhas alocadas dentro

das instituições de saúde, é preci-so ter ainda mais cuidados, como prever áreas específicas para a produção de alimentos, a exemplo de quem tem necessidade hipos-sódica (como os hipertensos) ou hipocalórica (pacientes com dis-túrbios que exigem controle das calorias). “há a população que tem diabetes e ainda os vários distúr-bios alimentares que são tratados separadamente, além dos pacien-tes que estão impossibilitados de se alimentar normalmente. Ainda existem as dietas para aquelas pessoas que não podem se ali-mentar normalmente”.Como nesses ambientes há um

número maior de profissionais de nutrição que trabalham dire-tamente no atendimento aos pa-cientes e que atuam junto com os nutricionistas da produção, é pre-ciso prever salas maiores que nas cozinhas de outros usos para estes profissionais.

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Referência no NordesteHospital Memorial São José destaca-se por investimentos e cuidados com os detalhes ao longo dos anos

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O Complexo Hospitalar Memorial São José, localizado na cidade de recife (Pe), foi fun-dado em 2 de junho de 1989 para desafiar a

comunidade de saúde com inovações tecnológicas e procedimentos de alta complexidade .Para isso, a instituição possui uma infraestrutura

física que conta com seis prédios, equipamentos de última geração e um dos mais completos centros de diagnóstico do Brasil. Essa estrutura coloca o hospital na vanguarda da prestação de serviços na área da saúde no País. Sempre primando pela qua-lidade dos seus serviços, o Hospital Memorial São José dispõe de 155 leitos projetados para oferecer o máximo de conforto aos pacientes.Além de urgência multidisciplinar, o hospital conta

em sua estrutura física com UTIs adulto, pediátrica, neonatal, e coronariana, além de três centros cirúr-gicos, sendo um exclusivo para o Memorial Mulher. O espaço exclusivo para atendimento do público feminino traz um novo conceito em maternidade destinado a gestante e o seu bebê, com capacida-de para realizar procedimentos que não necessi-tem mais que 12 horas de internação e mais de 15 unidades médicas das mais diversas especialidades.Todos os investimentos feitos pelo Hospital Me-

morial São José em área física e em tecnologia de ponta são acompanhados por constante aperfei-çoamento profissional. O Memorial São José foi o primeiro hospital do Brasil a possuir ISO 9001:2000 em enfermagem.

InvestimentoA instituição deu continuidade ao desenvolvimen-

to das suas instalações com a ampliação do atendi-mento das especialidades de Cardiologia e Ortope-dia na urgência e em consultórios especializados. Em 2011, houve a implantação do TMO (Transplan-te de Medula Óssea) em ambiente rigorosamente construído para esta finalidade. Há quase um ano, são realizados transplantes autólogos e halogêni-cos com absoluto sucesso.

O Hospital Memorial São José conduziu pro-fundas reformas estru-turais e realizou impor-tantes investimentos em aperfeiçoamento dos co-laboradores e aquisição de novos profissionais nos últimos anos. Inves-timento que ajudou a consolidar o processo de Acreditação Internacio-nal pela JCI/CBA, sendo este o primeiro hospital acreditado pela JCI/CBA no Norte Nordeste do Brasil.A instituição continua

investindo em recursos humanos, infraestrutu-ra, aquisição de novos equipamentos médicos de ponta para atender à demanda com qualidade e confiabilidade dos seus serviços.

ClimatizaçãoPara garantir o confor-

to térmico de pacien-tes e usuários, além da qualidade do ar no am-biente de saúde, o Hos-pital Memorial São José investiu também em um completo sistema de ar condicionado. A empresa escolhida para atuar nes-te processo primou pelos cuidados que devem ser tomados neste tipo de

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instalação, atendendo sempre a norma ABNT NBR 7256 - Tramento de Ar em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (eAS) - requisitos para projeto e execução das instalações. “Isso deve ser considerado princi-palmente na qualidade do projeto, na instalação, operação e manutenção do sistema de climatiza-ção, pois os processos, desde o projeto até a manutenção inadequada, favorecem à ocorrência e o agravamento dos pro-blemas de saúde”, salien-ta Breno Ferreira, Diretor

Operacional da Arclima Engenharia.Segundo Ferreira, cui-

dados ainda mais espe-ciais precisam ser implan-tados quando trata-se da UTI, pois esta área é classificada, de acordo com a ABNT NBR 7256, como risco 2, exceto nos quartos de isolamento, classificados como ris-co 3. “A classificação de Risco 2 da-se devidos as fortes evidências de risco de agravamento à saúde em uma UTI. Já o Risco 3 deriva das evidências de alto risco existentes. Por isso, deve-se manter

a temperatura ambien-te entre 21°C e 24°C e a umidade relativa de 40% à 60% e a filtragem gros-sa G3 somada a uma fil-tragem fina F7”, explica o Diretor Operacional da Arclima Engenharia.“O ar condicionado é a

grande solução para man-termos o controle do tra-tamento do ar, das condi-ções termoigrometrica, do grau de pureza e da reno-vação e movimentação do ar, dando condições com complemento das demais medidas de controle da infecção hospitalar”, fina-liza Ferreira.

“O ar-condicionado é a grande solução para mantermos o controle do tratamento do ar, das condições termoigrométrica, do grau de pureza e da renovação e movimentação do ar, dando condições com complemento das demais medi-das de controle da infecção hospitalar”,Breno Ferreira, Diretor Operacional da Arclima Engenharia

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Detalhe importante

Visando aumentar a satisfação dos clientes, institui-

ções de saúde têm busca-do ambientes com design e características que re-

Design especial e medidas de sustentabilidade também são aplicados a poltronas

metam ao conforto do lar. Para isso, vários artifícios de humanização têm sido utilizados, entre eles as medidas luminotécnicas e a escolha de mobiliário

aconchegante, mas que não deixe de ser prático e asséptico.Para auxiliar neste ob-

jetivo, alguns hospitais têm investido em mo-

biliários especialmente desenvolvido para seus leitos, esperas e demais áreas e vêem agregan-do peças antes não utili-zadas, como cômodas e

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guarda-roupas, criando um ambiente mais familiar aos usuários e proporcionado associação mais positiva ao ambiente hospitalar.Porém, não são só os espa-

ços destinados a pacientes que ganharam atenção nos detalhes. As áreas dedicadas a outras atividades também têm tido atenção especial, como é o caso do auditório construído no Hospital Is-raelita Albert Einstein. O espaço possui como ca-

racterística a formação do bloco central com dois cor-redores dispostos de forma não paralela. “Desta forma as poltronas deveriam pos-suir diversas medidas en-tre-eixos para permitir o ali-nhamento dos corredores. Deveriam ainda possuir em sua característica construtiva madeira nos painéis laterais, apoio de braços bem como nas blindagens dos assen-tos e encostos”, explica Egeu Emílio Feix, Presidente do

“Todos os materiais empregados possuem ca-racterísticas de preservação do meio ambiente. As tintas são livres de metais pesados, as espu-mas isentas de CFC e madeiras provenientes de reflorestamento”,Egeu Emílio Feix, Presidente do Conselho da Informóbile, fabricante dos produtos Kastrup

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Conselho da Informóbile, fabricante dos produtos Kastrup.As poltronas do auditó-

rio foram desenvolvidas estruturalmente em aço, espumas injetadas, tecido, pranchetas com sistema anti-pânico e acabamen-tos em madeira em con-formidade com todo o revestimento interno das paredes e forro do teatro.“Todos os materiais em-

pregados possuem carac-terísticas de preservação do meio ambiente. As tintas são livres de me-tais pesados, as espumas isentas de CFC e madeiras provenientes de reflores-tamento”, ressalta Feix.Além disso, as poltronas

possuem certificação ABnT com todos os ensaios rea-lizados mediante a norma-tização NBR15878/2010. E também a certificação, os produtos atendem todas as normatizações relati-vas `a necessidade de não propagação de chamas. Sobretudo, as espumas e revestimentos.“O projeto atende à nor-

ma NBR9050 que trata da acessibilidade, contem-plando poltronas para portadores de mobilidade reduzida, pessoas obe-sas e espaços destinados aos cadeirantes, finaliza o Presidente do Conselho da Informóbile, fabricante dos produtos Kastrup.

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Cuidado especial

Há 119 anos ofere-cendo saúde a po-pulação da cidade

de São Paulo, o Hospital Samaritano destaca-se pela excelência e huma-nização no atendimento à saúde. “O Samaritano já oferece todas as condições

Hospital Samaritano investe em aprimoramento constante e detalhes que visam o conforto dos usuários

para que a estadia dos pa-cientes seja o mais confor-tável possível, tanto para aqueles que necessitam de internação quanto para os que passam apenas pelo Pronto-Socorro e Medi-cina Diagnóstica. Com as reformas pelas quais a ins-

tituição passou, o padrão de atendimento e conforto oferecido tornaram-se um diferencial no processo de escolha dos clientes”, afir-ma Gizele ivanoff, Gerente de Engenharia do Hospital Samaritano. Foram construídos 150

novos leitos, e realizada uma reforma geral dos quartos, banheiros, cor-redores, posto de enfer-magem, áreas restrita e de espera. “A necessidade de revitalização de cons-truções antigas é sempre notada quando há um

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padrão de comparação com estruturas novas. Isso aconteceu com a entrega de um prédio novo”, argu-menta Gizele.As áreas de Centro Cirúr-

gico e das UTI’s também não ficaram de fora, foram montadas dez salas cirúr-gicas, sendo cinco espe-ciais, seguindo o perfil de cada fornecedor. Já a ilu-minação foi pensada de forma escalonada, então, no momento oportuno, o hospital vai comportar um sistema de gerenciamento de energia com a possibili-dade de colocar dimeriza-ção nas luminárias de seus perímetros e nas janelas.O Centro Cirúrgico no

novo complexo hospitalar do Hospital Samaritano é composto por dez salas, onde estão presentes as mais avançadas tecnolo-gias disponíveis no mer-cado para a realização de procedimentos de alta complexidade, como transplantes, cirurgias ortopédicas, cardíacas, neurológicas, bariátricas, entre outras. Focos ci-rúrgicos de LED propor-cionam amplo e eficiente campo visual à equipe ci-rúrgica sem a presença de sombras e sem produzir calor. Também há infraes-trutura para controle de luz e de temperatura, dis-positivos ergonométricos

para os diversos equipa-mentos instalados, isola-mento acústico e contra eletricidade estática, apa-relhos de anestesia de úl-tima geração, e sistema de imagem e som de alta re-solução. Além disso, as sa-las possuem três estativas com fixação no teto para facilitar a circulação dos profissionais pelo espaço, uma vez que diminui a fia-ção dos equipamentos nonível do piso. Outra ino-

vação é a presença de janelas de vidros com persianas, com vista para o ambiente externo, pro-porcionando um lugar agradável para a equipe multidisciplinar.As portas das salas pos-

suem janelas com sistema ionizante nos vidros que, quando acionado, permi-te a visualização interna. Quando o vidro está leito-

so, garante maior privaci-dade ao paciente durante o ato anestésico cirúrgico. A sala de recuperação anes-tésica conta com um mo-nitor portátil em cada leito ligado a uma central que reúne dados de todos os pacientes em uma só tela, facilitando a supervisão do encarregado do setor. Conforto acústicoOs investimentos do Hos-

pital Samaritano não para-ram no espaço e na tecno-logia. Investiu-se também no conforto acústico dos pacientes. “Foram aplicadas soluções antivibratórias, de isolamento com materiais densos, absorção do som com materiais de coeficien-tes e NRC com desempenho adequados para solucionar os problemas com ruídos externos, muitas vezes ge-rados por equipamentos do

próprio hospital”, afirma a AKKERMAN projetos acústi-cos projetos acústicos, atra-vés de seu expert Engenhei-ro e Sócio-diretor Schaia Akkerman, há 40 anos no mercado da construção, de-senvolvendo soluções acús-ticas e antivibratórias com materiais sustentáveis, bus-cando conforto e bem-estar aos usuários em áreas de trabalho, inclusive hospita-lares, sempre atendendo às normas ambientais.Mas este conforto não

foi proporcionado apenas aos pacientes, as áreas de conforto dos colaborado-res também receberam isolamento e absorção de ruídos. “Isso colabora para que o som não passe de um lado para o outro nas alvenarias, chumbo, gesso e vidros insulados. Fizemos todo o processo atenden-do às normas da ABNT, re-quisitos hospitalares e le-gislação urbana vigente no município”, diz Akkerman projetos acústicos.O engenheiro chama

atenção ainda para a ne-cessidade de observar cada evolução ou amplia-ção de instalação hos-pitalar. “Há necessidade de questionar a questão acústica no ambiente in-terno e externo para que seja atendida no projeto de soluções e aplicações”, finaliza.

“O Samaritano já oferece todas as condições para que a estadia dos pacientes seja o mais con-fortável possível, tanto para aqueles que neces-sitam de internação quanto para os que passam apenas pelo Pronto-Socorro e Medicina Diagnós-tica. Com as reformas pelas quais a instituição passou, o padrão de atendimento e conforto ofe-recido tornaram-se um diferencial no processo de escolha dos clientes”,Gizele ivanoff, Gerente de engenharia do hospital Samaritano

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Detalhe importantePortas em Inox garantem segurança, facilidade e economia

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Em um hospital, o grande fluxo de ma-cas e outros sistemas

de transportes colidem, frequentemente, com as portas e isso provoca o seu desgaste de uma ma-neira tão acelerada que as manutenções acontecem entre duas e três vezes, ou até mais, durante um ano.Isso gera um custo altís-

simo em termos de mão de obra, material de re-posição e, principalmen-te, no deslocamento dos hóspedes do quarto, que congela, imediatamente, o fluxo de caixa prove-niente daquele espaço.“Com portas em aço

inox, essa questão é to-talmente resolvida, pois, sua estrutura reforçada suporta as colisões do dia a dia sem gerar a quebra do material, como acon-tece nas portas lamina-das, de madeira, etc”, afirma Alexandre nasci-mento, Diretor Comercial da Palmetal Metalúrgica.Segundo Nascimento, ao

optar por uma porta de inox, o investimento ini-cial um pouco maior, feito pela instituição de saú-de, é pago no segundo ou terceiro ano na ecno-

mia com a manutenção. “É importante considerar que as portas Palmetal possuem dez anos de ga-rantia, entregando um re-sultado sem paralelo para a empresa”, ressalta sobre o produto.A empresa produz por-

tas pivotantes, com ou sem visor com altura pa-drão de 2100 mm e lar-guras de 900, 800, 700 mm. Todas desenvolvi-das em aço inox AISI 304, acabamento escovado na espessura de 1,2 mm e, nos produtos com visor, o mesmo é feito em poli-carbonato. As fechaduras são La Fonte.“Além dos materiais de

qualidade nós também levamos o design em al-tíssima conta. As portas Palmetal são construídas da forma mais simples possível, sem deixar fres-tas que atrapalhem a sua limpeza. O sistema pivo-tante reforçado garante ao menos 200.000 ciclos de abertura e fechamen-to da porta. Nós acredi-tamos que como existem vidas envolvidas, esse equipamento precisa ser absolutamente seguro”, garante o Diretor.

As características citadas por Nascimento propor-cionam ao hospital faci-lidade de limpeza, fator notório no aço inoxidável. A ausência das pequenas frestas, causadas pelas colisões, reduz drastica-mente a contaminação. “Todos esses outros ma-teriais, normalmente utili-zados em portas, são po-rosos e têm um grau de segurança biológica me-nor do que o aço inox”.Ao desenvolver as portas

hospitalares, a Palmetal trabalha com o concei-to satisfação do paciente. “Como a Dra. Maria Helena disse no Congresso de Ho-telaria do Rio de Janeiro: o paciente não sabe se a sua ressonância é de 5ª ou 6ª geração, mas ele sabe se ele foi bem atendido, se os profissionais estavam bem uniformizados e se o quar-to estava arrumado.Usando esse princípio,

se o hospital possui por-tas de inox, além da eco-nomia de capital, a em-presa estará causando uma profunda impressão positiva tanto nos pacien-tes, quanto nos profissio-nais de saúde”, finaliza Nascimento.

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arquiteto italiano levanta os benefícios e as mais modernas formas de implantação da luz natural nos ambientes de saúde

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A humanização é um tema para o qual os profissio-

nais de arquitetura têm voltado sua atenção, es-pecialmente aqueles que trabalham com foco no setor da saúde. A aplica-ção deste conceito prevê a construção de espaços mais confortáveis e a luz natural pode ser uma grande aliada neste pro-cesso. “A luz mantém o nosso ritmo biológico e, mesmo com vários tipos de iluminação artificial disponíveis, nada conse-gue substituir a radiação solar”, acredita o arquite-to italiano Mattia Atzeni.Segundo Atzeni, na ar-

quitetura, a luz funcio-na em três níveis. no primeiro deles, o nível material, ela age em sua função principal: ilumi-nar. Já no nível estético, ela é responsável por au-xiliar na percepção das características do local, de acordo com a forma na qual incide, podendo transformar, inclusive, as cores do ambiente. E por fim, está o nível emocio-nal, referente aos efeitos que a luz causa nos pa-

cientes. Por esse largo leque de

possibilidades que a luz oferece, alguns arquite-tos têm dado mais espa-ço a soluções arquitetô-nicas construídas com luz natural. “A experiência prática e um olhar para a história da arquitetura nos fez compreender que a quantidade de luz e seu regulamento estão es-treitamente relacionados com a concepção a que ela se destina”, garante o arquiteto.Segundo o italiano, a

opção pela luz natural pode trazer inúmeras vantagens ao ambiente, como conforto visual e calor, além de deixar o ambiente mais receptivo e reduzir os custos com a energia elétrica. “A maior atenção deve ser dada aos espaços subterrâne-os de estabelecimentos de saúde e espaços de convivência desenvolvi-dos apenas com luz arti-ficial”.A solução para dar mais

vida a esses espaços atra-vés da inserção da luz natural está em alguns subterfúgios fornecidos

pelas novas tecnologias e técnicas arquitetônicas, entre elas o filme holo-gráfico, heliostats, fibra óptica e tubos de luz.O filme holográfico é

uma película de plástico, os heliostats são dispo-sitivos capazes de seguir o caminho do sol com uma rotação em torno de um ou dois eixos, o seu movimento é acionado por processos automá-ticos. Já a fibra óptica, com seus elementos de vidro cilíndrico, conse-guem transportar luz à distância, mesmo em lo-cais de difícil acesso. Os tubos de luz são sistemas complexos, com base em várias reflexões especu-lares e na radiação solar difusa. “Para verificar quais

dessas tecnologias im-plantadas à arquitetura seriam mais eficazes em sua real aplicação, de-senvolvi um estudo base-ado em suas aplicações em alguns hospitais es-panhóis projetados pelo arquiteto Albert de Pine-da”, conta Atzeni.As instituições analisadas

pelo arquiteto italiano foram

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St. Catherine Hospital in Salt, Girona, hospital Quiron e o Hospital del Mar, em Bar-celona, Quiron Hospital, em Madrid, New Hospital in Denia, em Alicante, e Hospital Sant Joan Despi Doctor Moises Broggi em Barcelona.Segundo Atzeni, o es-

tudo realizado mostrou que é possível permear de diferentes formas os espaços dos edifícios, que vivem, normalmente, apenas com luz artificial, com uma nova perspec-tiva, a luz natural. O me-lhor modo irá depender

dos traços arquitetôni-cos de cada ambiente de saúde. “A luz fria deixa o ambiente frio, anôni-mo, cansativo, e reduz o nível de concentração de quem trabalha diaria-mente nesses espaços. Com a tecnologia po-demos trazer luz natural em espaços subterrâneos através de sistemas infor-matizados que resolvem de maneira eficiente o problema da iluminação em espaços subterrâne-os de hospitais”, garante o italiano que encontrou um único contratempo

para essa implantação de luz natural em ambientes fechados: os custos de construção e operação, considerando-se a sua manutenção necessária.“A saída seria trabalhar-

mos com composição de espaços e volumes, que nos permitem, com tru-ques inteligentes, levar luz natural para os espaços subterrâneos, por exem-plo, através do uso de pá-tios, claraboias e grandes janelas de porão, garantin-do o bem-estar do homem nos espaços hospitalares mais internos”, finaliza.

“A luz mantém o nosso ritmo biológico e, mesmo com vários tipos de iluminação artificial disponíveis, nada consegue subs-tituir a radiação solar”,

Mattia Atzeni,Arquiteto

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Fluxo de pessoas

Quais são as alternativas que o mercado de saúde apresenta tanto para as

pessoas de menor poder aquisi-tivo, como também para aque-las que não têm um plano de saúde? Trata-se de dois públicos distintos. De um lado, estão as pessoas que recorrem ao SUS, e

Projeto reúne diversas especialidades médicas em uma só clínica que realiza uma média de nove mil atendimentos por mês

do outro, um público que já utili-zava melhores serviços. Pensando nisso, Alexandre Me-

rofa, administrador da Cuidar + Soluções em Saúde, passou qua-tro anos pesquisando a fundo o mercado de Saúde do Brasil a fim de descobrir as alternativas para atender este nicho.

Depois de um longo período visitando clínicas e consultórios nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, Me-rofa descobriu inúmeras possi-bilidades de negócio com foco para esses dois públicos. Nascia, assim, a Clínica Cuidar + Solu-ções em Saúde em São Paulo.

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“A partir dai, iniciei o desenvolvimento de um plano que pudesse transmitir o novo conceito e quantificar os resultados espera-dos. Esta estratégia foi apresentada a um grupo de investidores e aprovada por eles. Em 2014, após uma intensa procura por um ponto comercial adequado, iniciamos as obras da primeira unidade da rede Cuidar +. Esta obra terminou em novembro de 2014 e, em janeiro de 2015, inauguramos a uni-dade”, explica. Além de diferenciais como trazer diversas

especialidades para um único local, a clínica também traz um projeto arquitetônico que fomenta, ainda mais, a missão da clínica: ofe-recer o melhor atendimento aos pacientes.Para trazer o máximo de conforto ao usuário,

a arquiteta Ana Paula Naffah Perez, da C+A Arquitetura, lançou mão de diversos recursos neste case. Aliado a isso, também estava a preocupação de executar a obra em um cur-to espaço de tempo e com o custo baixo de implantação. Vale lembrar que este projeto é o pontapé inicial de toda a rede, ou seja, este projeto piloto será multiplicado nas outras unidades que serão construídas na cidade.Por se tratar de uma clínica multidisciplinar,

foi necessário um estudo a fim de descobrir alternativas para o melhor fluxo de pessoas. “Podemos aproximar bastante a maneira como projetamos espaços ambulatoriais dos espaços hospitalares. Porém, a principal di-ferença é quanto à avaliação dos fluxos de pessoas, materiais e colaboradores. Nos am-bientes hospitalares precisamos de áreas de circulação mais generosas devido ao fluxo que estes corredores possuem, em contra-partida, em ambientes ambulatoriais temos um fluxo muito menor, o que permite ter es-paços de circulação mais reduzidos”, explica. Outro ponto importante foi dispor os am-

bientes a fim de proporcionar aos locais de permanência prolongada, como os consul-tórios, uma iluminação natural. “Procura-mos trabalhar um conceito interessante de

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ambientação para as áreas de espera, recep-ção e consultórios. A iluminação foi projetada a fim de proporcionar ambientes bem ilumi-nados, claros, criando alguns pontos de des-taque no forro que fizeram a composição da ambientação. Nestes pontos de destaque, fo-ram usadas algumas lâmpadas alógenas, e na maior parte dos ambientes, trabalhamos com a iluminação fluorescente”, explica a arquiteta.O mobiliário da clínica também mereceu uma

atenção especial. As peças foram escolhidas obedecendo aos critérios de conforto e durabi-lidade, devido ao alto fluxo de usuários que a unidade terá, cerca de nove mil atendimentos por mês. “Além disso, procuramos interpretar no ambiente as cores escolhidas na logomarca da Cuidar +. Tivemos também o cuidado em de-senvolver um projeto de ambientação que fosse fácil de ser adaptado em qualquer unidade.”

SustentabilidadeA clínica cuidar + foi construída em uma edificação pro-

jetada para uma escola. O projeto aproveitou, então, as prumadas de hidráulicas para minimizar o impacto na obra. A unidade também traz princípios sustentáveis em seu case, principalmente quanto à energia elétrica e água. “Procuramos no projeto de luminotécnica projetar lâm-padas econômicas, a fim de minimizar a quantidade de watts consumida. No tocante à agua, todas as torneiras especificadas são automáticas, reduzindo, ainda mais, o consumo”, explica a arquiteta Ana Paula Naffah Perez, da C+A Arquitetura.

Estratégia O custo dos materiais foi um fator imprescindível, pois a

proposta inicial era a execução de um projeto com custo baixo de implantação, na durabilidade dos materiais e na questão de sustentabilidade. Diante da grande gama de produtos disponíveis no mercado, foi possível especificar materiais que respondessem a essas características.

Ana Paula Naffah Perez e Ana Carolina M. Tabach da C+A Arquitetura

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Feira na Ásia levantará as novidades para arquitetura e construção em saúde e promoverá fórum ligado ao setor

O HBI China é o prin-cipal evento da Ásia para a área

da construção hospitalar e também da indústria de infraestrutura. “Desde a sua criação em 2011, a HBI China esteve comprometi-da com o desenvolvimento saudável e ordenado da in-dústria. Conseguimos isso através da apresentação do setor com as tendências de

Novidades e negócios

vanguarda no investimento das edificações de saúde através de planejamento, projeto, construção, ope-ração e gestão, propor-cionando uma plataforma eficiente para a troca de negócios e oportunidades de networking entre os lí-deres da indústria e profis-sionais”, diz Jack Wei, por-ta-voz da HBI China.No ano passado, a fei-

ra que ocupava 14 mil m² com 200 expositores e 15 mil visitantes, gerou 500 bi-lhões em negócios. A edi-ção de 2015 da feira, que será realizada entre 23 e 25 de maio vai ocupar uma área de aproximadamen-te 25 mil m², divididos em 12 segmentos principais. “Estamos esperando a par-ticipação de cerca de 300 expositores e mais de 15

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mil visitantes profissionais durante os três dias do evento. Até o momento, 80% dos estandes foram reservados por renomados expositores chineses e também de outros pa-íses”, conta Wei.Empresas ligadas à arquitetura e construção civil de pa-

íses como Alemanha, Áustria, China, Japão, Suíça, Holan-da, Reino Unido e Estados Unidos estarão reunidas para apresentar seus mais recentes produtos, soluções e servi-ços para profissionais do setor. “A cada ano, convidamos mais especialistas internacionais e nacionais de primeira linha para compartilhar conhecimento conosco, levando novas tecnologias, tendências internacionais e sua valio-sa experiência na “china hospital construção Fórum” que acontece simultaneamente”, garante o porta-voz. Segundo Wei, este ano, o fórum vai contar com mais 30

atividades profissionais diversificadas, abrangendo áreas--chave da construção de hospitais e desenvolvimento, in-cluindo fóruns ligados à indústria de materiais. “Além dis-so, em 2015, a União Internacional de Arquitetos - Public health Group (uiA-PhG) realizará seu Seminário Anual e Programa Global university em arquitetura para saúde (GuPhA) junto com a hBi china”, revela.

“Desde a sua criação em 2011, a HBI China esteve com-prometida com o desenvolvimento saudável e ordenado da indústria. Conseguimos isso através da apresentação do setor com as tendências de vanguarda no investimento das edificações de saúde através de planejamento, projeto, construção, operação e gestão, proporcionando uma pla-taforma eficiente para a troca de negócios e oportunidades de networking entre os líderes da indústria e profissionais” Jack Wei, Porta-voz da HBI China

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ação

Reestruturação física do IPq dá vida a espaço de saúde moderno e com conceitos humanizados em psiquiatria

Centro de treinamen-to, ensino especia-lizado, pesquisa e

atendimento de alta com-plexidade há mais de 60 anos, o Instituto de Psiquia-tria – IPq – do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (hc-FMuSP), tem a importante missão

Conceito Inovador

de atuar como polo ge-rador de conhecimento, validando e difundindo modelos eficientes de in-tervenção. A estrutura física do pré-

dio, idealizado na déca-da de 1940, rapidamente tornou-se obsoleta em razão do surgimento de medicações e tratamentos

mais eficazes. Sem contar o desgaste sofrido ao longo dessas décadas, pelas quais passou sem reformas subs-tanciais. Apesar de uma equipe altamente qualifi-cada e técnicas modernas e adequadas, seu edifício já não atendia mais às neces-sidades desse trabalho. Eram necessárias mu-

danças que permitissem a implantação e teste de um novo modelo de assis-tência hospitalar: as enfer-marias especializadas em problemas afins. Pacientes deprimidos, por exemplo, não serão internados no mesmo espaço em que são atendidas pessoas em esta-do de agitação psicótica.

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O Conselho Diretor do iPq tomou como referência experiências bem sucedi-das de instituições parcei-ras do Instituto, ligadas às universidades de Pittsbur-gh (euA), londres e Man-nheim (Alemanha), e con-tou com apoio decisivo do HC-FMUSP, que contratou o NUTAU (Núcleo de Pes-quisas em Tecnologia de Arquitetura e urbanismo) da USP, para desenvolver o projeto, que mereceu apoio irrestrito do Governo do Estado.

O antigo e obsoleto deu lugar ao novo, ao inédito, onde espaços cuidadosa-mente planejados acolhe-ram pacientes, médicos, profissionais de saúde, alu-nos e residentes de forma integrada, favorecendo o convívio e a troca de expe-riências. nessas áreas fo-ram testados modelos de intervenções terapêuticas, que podem servir de refe-rência para outras institui-ções do País. “O projeto de reforma do

IPq teve como pressuposto

uma nova filosofia de tra-tamento psiquiátrico, o pa-ciente tem que permanecer o menor tempo possível in-ternado, ter características mais próximas de um Hos-pital-Dia convencional e o mesmo deve passar parte do seu dia no convívio da família”, conta o arquiteto José Borelli Neto, da Borelli e Merigo Arquitetura e Ur-banismo.A principal mudança con-

ceitual do novo IPq é a inovadora substituição de grandes enfermarias gerais

por unidades de internação e ambulatórios especial-mente ambientados para o menejo de problemas afins, evitando a convivência for-çada de pacientes com transtornos incompatíveis, o que complica o atendi-mento e dificulta o ensino e a pesquisa das melhores técnicas de intervenção. Foram gerados espaços

internos mais aconche-gantes, explorando co-res, texturas, iluminação e sinalização adequadas e um dos grande desafios

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é oferecer o máximo de conforto e o mínimo de se-gregação, com segurança e efetivo atendimento. So-mados a isso, a Associação dos Designers de Interio-res, em uma demonstração de apoio, doou ao novo IPq projetos de decoração e mobiliários, adequados às características das unida-des e ao tipo de paciente. Segundo o arquiteto res-

ponsável pelo projeto, Ge-raldo G. Serra, para seu desenvolvimento, procurou aplicar métodos de pro-gramação arquitetônica, os

quais, entretanto, se valem de exemplares similares. “O IPq, construído em 1951, não tinha nada similar no território nacional dada sua natureza acadêmica e de de-dicação à pesquisa. O Prof. Valentim nos indicou dois paradigmas para instituições psiquiátricas do mesmo tipo que o IPq: o Instituto de Psi-quiatria de Pittsburgh e o Maudsley Institute, em Lon-dres”, conta.Com isso, alguns mem-

bros da equipe de Serra vi-sitaram essas instituições e colheram dados para a ela-

boração do programa. “Si-multaneamente, fazíamos muitas entrevistas com todos as pessoas respon-sáveis pelos diversos seto-res e serviços do IPq pro-curando determinar o que julgavam deficiente e como viam uma instalação nova. A partir desse conjunto de informações elaboramos um programa e um estudo preliminar”, revela.A porta de entrada ao Ins-

tituto é feita por um pronto atendimento aos pacientes surtados, ou por triagem em um ambulatório es-

pecifico. os pacientes são agrupados por patologia, gênero e idade, portanto as chamadas enfermarias têm que atender as necessida-des de espaço, acabamen-tos, portas, janelas, mobili-ário e segurança de acordo com o perfil do paciente, diário ou internado. Tais ambientes além do

tratamento especifico, pro-picia atividades de lazer, ocupação terapêutica, re-feições e higiene, esses es-paços devem evitar o má-ximo aspectos que possam oprimir o paciente.

“O projeto de reforma do IPq teve como pressuposto uma nova filosofia de tratamento psiquiátrico, o paciente tem que permanecer o menor tempo possível internado, ter caracte-rísticas mais próximas de um Hospital-Dia convencional e o mesmo deve passar parte do seu dia no convívio da família”,José Borelli Neto, Arquiteto da Borelli e Merigo Arquitetura e Urbanismo

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O nível de conforto do corpo clínico e técnico foi contemplado com espa-ços adequados, com áre-as de nutrição, higiene e descanso, de tal forma que refletisse na qualidade do atendimento público. O ar-quiteto José Borelli conta que “dentro das possibi-lidades que uma reforma permite foram adotadas algumas medidas de sus-tentabilidade, como água de reuso e placas de aque-cimento solar”.As áreas externas foram

adequadas para ativida-des ao ar livre, e atividades físicas também em área coberta, dada a variação climática da cidade e com-plementado com um proje-to paisagístico.O projeto teve que ade-

quar o programa definido pela equipe técnica aos espaços já existentes, pois não havia previsão de au-mento de área à luz da

legislação vigente, bem como adequações neces-sárias para atender a legis-lação do Corpo de Bombei-ros. “Assim sendo, tivemos que criar ambientes para as atividades clínicas, ensino e pesquisa, laboratórios, in-ternação, centro cirúrgico e UTI, biblioteca, serviços ge-rais (nutrição e higiene dos pacientes e funcionários), bem como serviços admi-nistrativos”, lembra Borelli.Uma grande quantida-

de de modificações foi in-troduzida durante toda a execução do projeto, as maiores dificuldades ocor-reram com a necessidade de aprovação do projeto de paisagismo na Prefeitu-ra Municipal de São Paulo, pois a pretenção era re-plantar apenas 16 árvores e plantar cerca de 100 novas árvores. “Tivemos também que obter a licença do pa-trimônio histórico da Pre-feitura e do CONDEPHAT.

Essas aprovações nos to-maram muito tempo e au-mentaram o prazo de exe-cução em algo como um ano”, diz o arquiteto Serra.Também foram substitu-

ídos todos os materiais de acabamentos, por soluções mais modernas e práticas que evitam manutenções periódicas e propiciam o nível de assepsia necessária a edifícios de saúde.“Os acabamentos todos

foram especificados por nós, ouvida uma peque-na comissão que se reunia periodicamente na sala do Prof. Valentim e para a qual eram convidados os inte-ressados nos espaços ob-jeto de discussão em cada reunião. Todavia, durante a obra, muitas dessas especi-ficações foram revistas e al-teradas face a outras pon-derações da Comissão de Obras que se reunia todas as terças-feiras no cantei-ro”, finaliza Serra.

“Os acabamentos todos foram especificados por nós. Para isso, ouvíamos uma pequena comissão que se reunia periodica-mente. Todavia, durante a obra, muitas dessas espe-cificações foram revistas e alteradas face a outras ponderações da Comissão de Obras”, Geraldo G. Serra, Arquiteto do IPQ

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Mercado oferece cursos para que arquitetos especializem-se no setor

Responsáveis por projetar e organizar espaços in-ternos e externos, os arquitetos conseguem agre-gar valores em estética, conforto e funcionalidade

em qualquer edificação. entretanto, quando se trata de ambiente hospitalar é necessário que esses profissionais estejam ainda mais atentos a todas as questões, valori-zando pontos como fluxo e humanização, sem esque-cer-se da necessidade de fácil assepsia. A arquitetura hospitalar é de suma importância ao País

tendo em vista que temos mais de 6000 municípios e, a maior parte deles, carentes de unidades de saúde, sejam elas públicas ou privadas. “Projetar corretamente estes espaços requer do profissional de arquitetura o conhe-cimento de uma série de informações, que incluem: as implicações éticas na arquitetura de sistemas de saúde, o planejamento da rede de saúde, o entendimento de suas interfaces, o atendimento às normas e às boas prá-ticas, a incorporação de novas tecnologias, a atenção com a acessibilidade, a flexibilidade, a expansibilidade e, principalmente, a humanização dos espaços, tanto para

Especialização em Saúde

pacientes e seus acompa-nhantes, quanto para os trabalhadores da saúde”, salienta o professor Már-cio Oliveira, Coordenador do curso de Especialização em Arquitetura de Siste-mas de Saúde da Universi-dade Católica de Brasília e Presidente da ABDEH.Para contribuir com o co-

nhecimento dos profissio-nais que optam por atuar em Saúde, cursos de ex-tensão, especialização e pós-graduação foram sen-do criados ao longo dos anos e, hoje, os profissio-nais de arquitetura podem trabalhar com formação

“Dominar o conhecimento

sobre os sistemas construtivos mais adequados para

cada caso agrega competência para

decidir sobre a aquisição e

manutenção de equipamentos hospitalares, considerando fatores como

eficiência, custos e prazos para execução dos

serviços”, Cristiano Moura,

Diretor de Marketing da AEA Educação

Continuada

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dedicada especialmente ao setor da Saúde. “Quem deseja atuar nesta área deve estar sempre atento às novidades, buscando se atualizar constantemente, seja por meio de cursos e palestras ou por meio da literatura específica, dentre as quais encontram-se as revistas e os livros publica-dos com apoio da ABDEH”, diz Oliveira.Os cursos de especializa-

ção têm como oferecer co-nhecimentos sobre as mais modernas metodologias de projeto arquitetônico hospitalar, incluindo a com-preensão dos processos e métodos de dimensiona-mento do edifício, do setor de Apoio ao Diagnóstico e Terapia (ADT), além do aprendizado referente a cálculo de custos das insta-lações hospitalares. “Em nosso caso, trata-se

de um curso de extensão, de educação continuada, que é a especialidade da AEA. As principais discipli-nas estão relacionadas a tipologia projetual e suas especificidades, normali-zação e aspectos legais, e exemplos práticos de uni-dades de saúdes projeta-das e construídas no Brasil e fora do País”, conta Cris-tiano Moura, Diretor de Marketing da AEA Educa-ção Continuada, que ofe-rece o curso de “Arquitetu-ra de Hospitais, Clínicas e Laboratórios”.Segundo Moura, uma

especialização na área, permite ao profissional

“Projetar corretamente estes espaços requer do profissional de arquitetura o conhecimento de uma série de informações, que incluem: as im-plicações éticas na arquitetura de sistemas de saúde, o planejamento da rede de saúde, o en-tendimento de suas interfaces, o atendimento às normas e às boas práticas, a incorporação de no-vas tecnologias, a atenção com a acessibilidade, a flexibilidade, a expansibilidade e, principalmente, a humanização dos espaços, tanto para pacientes e seus acompanhantes quanto para os trabalha-dores da saúde”,Márcio Oliveira, Coordenador do curso de Especialização em Ar-

quitetura de Sistemas de Saúde da Universidade Católica de Brasília e Presidente da ABDEH

dimensionar redes e uni-dades nos seus aspectos físico, financeiro e admi-nistrativo; oferece habi-lidade para desenvolver projetos de postos e cen-tros médicos, ambulató-rios, unidades de pronto atendimento, unidades mistas, hospitais locais, regionais e especializa-dos, laboratórios, clínicas especializadas e centros de diagnóstico. Além de capacidade para elaborar planos diretores hospita-lares para unidades que necessitam de ampliações e reformas; Diagnosticar nas unidades existentes, o dimensionamento de no-vas instalações.“Dominar o conhecimento

sobre os sistemas constru-tivos mais adequados para cada caso agregam com-petência para decidir sobre a aquisição e manutenção de equipamentos hospita-lares, considerando fatores como eficiência, custos e

prazos para execução dos serviços”, salienta.Já o curso oferecido pela

Universidade Católica de Brasília, trata-se de uma especialização Lato-Sensu, com 360 horas de aulas presenciais, com duração total de um ano. A meto-dologia utilizada é a de ensino semi-presencial, sendo o curso constituído de dez disciplinas comple-mentares, nove teóricas e uma no formato de atelier de projeto, na qual os alu-nos têm a oportunidade de aplicar o conhecimento adquirido no desenvolvi-mento do projeto de um estabelecimento de saúde completo. “Está incluso em sua es-

trutura a disciplina “Atelier de Projeto de EAS”, que possui quase a metade da carga-horária das aulas, e forma a base do trabalho acadêmico final, onde os alunos consolidam os co-nhecimentos adquiridos

nas disciplinas teóricas em um projeto completo”, ex-plica Oliveira.Segundo o Coordenador

da Especialização em Ar-quitetura de Sistemas de Saúde da Universidade Ca-tólica de Brasília, o curso visa preparar profissionais para atuar no planejamen-to e no projeto dos recur-sos físicos e tecnológicos, seus componentes e suas relações com os usuários e atividades inerentes ao processo de prestação de serviços de saúde. “O pro-fissional de arquitetura ou engenharia que se torna especialista em sistemas de saúde agrega a seu currículo um perfil muito requisitado no mercado, podendo atuar como téc-nico, consultor ou proje-tista de estabelecimentos de saúde, ou ainda na área pública, em trabalhos de auditoria, vistorias ou ins-peções”, diz.O curso em Brasília existe

desde 2007, e inclui, além das aulas normais, a reali-zação de palestras com a participação de convida-dos especiais, as quais ge-ralmente são abertas gra-tuitamente para o público externo, sendo realizadas em parceria com a dire-toria regional da ABDEH. Dentre os convidados que já passaram pelo curso, in-cluem-se nomes como os de Jarbas Karman, Flávio Kelner, Augusto Guelli, luis Carlos Toledo, Antonio Pe-dro Carvalho, entre outros convidados.

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Normas de regulamentação garantem segurança dos usuários de instituições de saúde

A RDC 50/2002 é a grande balizadora e fundamental normativa para a elaboração e o desenvolvimento dos projetos de arquitetura de estabelecimentos

assistenciais de saúde de todos os portes e tamanhos. É ela que regulamenta as bases para construções novas destinadas ao atendimento à saúde como também as ampliações e as reformas e, ainda, as transformações de estruturas prediais que não foram projetadas para tal e que serão adaptadas para o atendimento à saúde da po-pulação. “nesse sentido, a interferência da rDc 50/2002 para estas ações é absoluta e necessária na busca por garantir a segurança e a qualidade dos ambientes onde os usuários serão atendidos”, comenta a arquiteta Elza Costeira, Coordenadora e Docente dos Cursos de Espe-cialização lato senso de Arquitetura Hospitalar e de Ar-quitetura de Interiores e Paisagismo do INBEC (Instituto Brasileiro de educação continuada). Segundo elza, a grande dificuldade em segui-la é o

desconhecimento por parte dos profissionais e sua aplicação de forma equivocada. “Já ouvi algumas afir-

Segurança em foco

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gula

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o

mações de pessoas desa-visadas comentando que a mesma não é adequada aos pequenos ambientes de atenção à saúde como Postos de Atendimento, unidades básicas e pe-quenos consultórios. Isto é um equívoco”, conta. A RDC 50/2002 foi mo-

delada para que possa ser usada em todos os tipos de edifícios de atenção à saúde, desde um peque-no Posto do interior do País, até os grandes hos-pitais e institutos de es-pecialidades. Na verdade, sua formatação em fichas relativas a cada perfil de

ambiente e, ainda, a sua organização de atividades por tipologia de atendi-mento facilita a sua apli-cação no balizamento dos mais diversos tipos de projetos, reformas e am-pliações destes espaços, auxiliando o entendimento das atividades que serão exercidas em cada local e sua adequada modelagem para atender a todos os usuários-pacientes, funcio-nários, estudantes e acom-panhantes.

AtualizaçõesA RDC 50/2002 sofreu uma

primeira alteração após o

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61ARQ

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seu estabelecimento. Trata-se da RDC 307, de 14/11/2002, que na verdade complementa a RDC 50/2002 em alguns procedimentos de elaboração de projetos físicos, de organiza-ção físico-funcional de alguns ambientes que não haviam sido contemplados na norma e de algumas questões relativas ao conforto, segurança e abastecimento, complementan-do o que já havia sido estabelecido.Outras questões de ambientes e instituições

específicas, por exemplo, as de atendimento ao Parto, às urgências e emergências e uma série de outros tipos de estabelecimentos de atenções à saúde foram sendo contemplados com uma série de normas. As mesmas, no entanto, jamais foram contra à RDC 50/2002 e, apenas complementam e detalham alguns ambientes que foram exigindo dos gestores uma especial atenção e complementação nas suas características projetuais.“isto significa que os arquitetos que se de-

dicam a projetos de ambientes de atenção à saúde devem estar sempre em sintonia com a AnViSA e o Ministério da Saúde para estarem inteirados e atualizados a respeito das complexidades e exigências de cada um dos espaços de diagnóstico, terapia, inter-nação e atendimento, lembrando que a me-dicina sofre atualização tecnológica muito rápida, exigindo dos arquitetos um estudo constante das especificidades dos trata-mentos e das exigências de cada um destes ambientes”, acredita Elza.

FiscalizaçãoAs normas para o planejamento físico das

unidades de atenção à saúde são fundamen-tais para a garantia de segurança e da adequa-ção do atendimento à população. Nelas, como acontece na RDC 50/2002, estão descritas as exigências e demanda dos diversos ambientes para garantir a segurança na salvaguarda de infecções hospitalares, no aterramento e ade-quação das instalações elétricas, na segurança em relação aos incêndios, na adequada ma-nipulação e destinação de resíduos e de uma série de características para que seja oferecido aos usuários a total adequação e conforto no que diz respeito à oferta de tratamento.

Linha do tempoProativo e pioneiro nas questões de regulamentação de

ambientes de atenção à saúde, o Brasil já contava, em 1977, com a Portaria MS 400 de 6/12/77, que definia normas e pa-drões sobre construções e instalações de serviços de saúde. “Antes disso, em 1943, encontramos importante documento que delineia o campo de pesquisa e estudos da conforma-ção de hospitais não por arquitetos, mas por médicos e ad-ministradores hospitalares, através da realização do primei-ro Curso de Organização e de Administração Hospitalares que conferiu a 25 médicos o título de especialista, configu-rando a formação dos primeiros especialistas da América do Sul neste campo do conhecimento”, conta a Docente.Em 1953, no âmbito do Instituto dos Arquitetos do Brasil,

seção de São Paulo, acontece o lançamento do primeiro cur-so de Arquitetura Hospitalar que se tem notícia no Brasil, este sim já direcionado a engenheiros e arquitetos, promovido e dirigido por Jarbas Karmann, que havia acabado de concluir seu curso de Mestrado em Arquitetura Hospitalar pela Uni-versidade de Yale, nos EUA, em 1952, ano em que também participou de um curso sobre infecção hospitalar no Canadá. Um ano mais tarde, em 1954, Karmann fundou o Instituto

Brasileiro de Desenvolvimento e de Pesquisas Hospitalares, o IPH, mantenedor da primeira faculdade de Administração Hospitalar da América Latina, onde foi diretor e titular da cadeira de Arquitetura Hospitalar. O curso de Arquitetura Hospitalar do IAB, em 1953, foi dirigido também por Rino Levi, arquiteto de projeção internacional, com projetos para diversos hospitais na Venezuela.“Após o estabelecimento do SUS, através da Lei nº 8080 de

1990, contamos com uma fundamental revisitação e nor-matização dos ambientes de saúde através da Portaria MS 1884 de 11/11/1994 que versa sobre os diversos ambientes de saúde e já apresenta uma formatação dos espaços em fichas por ambiente, que encontramos de novo, de modo mais atualizado e abrangente, na RDC 50/2002”, explica Elza.Atualmente, a AnViSA está preparando consulta Pública

para a elaboração da revisão da RDC 50/2002, como está in-dicado na própria Norma. “Isto nos levará a uma ampla dis-cussão e reflexão das questões relativas aos ambientes mais adequados e sua correta concepção e implantação, garan-tindo, cada vez mais, a segurança e o conforto do paciente no atendimento à saúde. Como vemos, muito antes da RDC 50/2002, arquitetos, médicos e administradores sempre procuraram estabelecer pesquisas e estudos de adequação dos ambientes de atenção à saúde, visando implementar a qualidade e excelência destes espaços e das instituições hospitalares em nosso País”, finaliza.

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“Podemos pensar em ambientes críticos, em presen-ça adequada de pontos de gases medicinais e de re-cursos tecnológicos disponibilizados com toda a se-gurança de uso na medida em que suas instalações foram rigorosamente acompanhadas e sofreram ade-quada montagem e disponibilização nas instituições hospitalares. Mesmo em um pequeno Posto de Saúde é preciso garantir que as vacinas e medicamentos, por exemplo, sejam rigorosa e adequadamente armazena-dos para que a população disponha de segurança no acesso a estes recursos”, acredita a arquiteta.Alguns ambientes ou instituições de perfil mais espe-

cial têm a complementação de suas exigências e espe-cificidades nos diversos espaços e estruturas prediais, através das respectivas normas complementares. De modo que os arquitetos devem estar em sintonia com o que estabelece a AnViSA e o Ministério da Saúde, assim como atualizados em relação aos programas es-senciais e os que são priorizados pelas políticas de atenção à saúde para que possam garantir a oferta do melhor e mais adequado projeto para cada um dos casos e localidades onde vão atuar. Para garantir que tudo está sendo seguido da manei-

ra correta, a fiscalização é feita, no âmbito municipal, pelas ViSAS estaduais e, em alguns casos, municipais. Quando há algum projeto específico de fomento de um Programa de Atenção de âmbito nacional, mui-

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“A RDC 50/2002 é absoluta e necessária no sen-tido de garantir a segurança e a qualidade dos ambientes onde os usuários serão atendidos”,Elza Costeira, Arquiteta e Docente

tas vezes são feitos con-vênios com as instâncias federais que, por sua vez, fiscalizam a aplicação de recursos disponibilizados aos Estados e Municípios e que complementam as diretrizes em relação à implantação dos am-bientes ou dos prédios de atenção à saúde. Quanto às instituições privadas, todas devem ter a apro-vação das ViSAS locais para que possam aprovar a construção e o funcio-namento de seus empre-endimentos.“Além de tudo o que foi

mencionado, e mesmo além das normativas so-bre o assunto, não pos-so conceber um projeto adequado de instituição de atenção à saúde sem a questão da multidis-ciplinaridade construída

na discussão, pesquisa e consulta aos diversos profissionais atuantes nos processos de diagnóstico e tratamento”.Elza chama atenção para

o fato de que o estabele-cimento de equipes mul-tidisciplinares para a dis-cussão das interfaces a serem contempladas nos projetos parece funda-mental, além de embasar a construção de conheci-mento atualizado para os arquitetos atuantes nes-te setor. “Ainda devemos mencionar as questões de sustentabilidade e de humanização dos espa-ços para a formatação de projetos mais adequados e justos para com o usu-ário, que vem exigindo a qualificação do atendi-mento de saúde no nosso País”, conclui.

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ABDEH planeja ano ativo e investe na satisfação dos associados

O ano de 2015 chegou e, apesar da instabilidade que se instalou no País em todos os setores, a nova diretoria da ABDeh não ficou parada e já

programou uma série de eventos para seus associados. “Sem dúvida, o País como um todo deverá passar por um período de ajustes, e os investimentos na área da saúde também devem ficar mais escassos durante algum tem-po. Porém, acredito que este é o momento ideal para planejar e buscar novas fontes de financiamento para o setor, que ainda tem muito o que crescer e expandir, dada a demanda crescente por serviços especializados e de qualidade”, diz Márcio Oliveira, Presidente da ABDEH.Serão promovidos, a partir de março, mais de 60

eventos. Entre eles, sete cursos, pales-tras, lançamento de livros e visitas técnicas. “Mais do que captar novos associados, temos a preocupação e o interesse prioritário em valorizar nosso associado atual, fornecen-do-lhe uma grande seleção de eventos e atividades espalhadas

Ano novo, projetos novospelos estados”, afirma.Além de promover even-

tos em prol da troca e de novos conhecimentos para os profissionais de arqui-tetura e engenharia que atuam no setor da Saúde, a associação também mar-cará presença em even-tos internacionais, como o 6º Congresso Europeu de Engenharia Hospitalar, que será realizado na Fin-lândia, onde também será a realizada a reunião do conselho mundial da IFHE, da qual a ABDEH faz par-te. “Na ocasião, estaremos fazendo a defesa da candi-datura da ABDEH a sediar a reunião do conselho em

2017 no Rio de Janeiro”, revela Oliveira.Em outubro, a partici-

pação será no congresso latinoamericano, orga-nizado pela associação argentina AADAIH, em Ushuaia, na Argentina. “A participação nestes dois eventos é importan-te para a consolidação do papel da associação como representante do Brasil no contexto mundial da arquitetura e engenharia hospitalar, e, em particu-lar, junto a nossos cole-gas latino-americanos no fortalecimento de nossa parceria e cooperação re-gional”.

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Líderes da Saúde, promovido pelo Grupo Mídia, premia engenheiros e arquitetos do setor

O dia 11 de dezembro de 2014 foi de celebração para as empresas que mais se destacaram no setor da Saúde em 2014. o Prêmio “líderes da

Saúde”, realizado pelo Grupo Mídia, através da Revista HealthCare Management, reuniu representantes de grandes empresa do setor no Espaço Apas em São Paulo.Mais de 300 convidados conferiram quem foram os

ganhadores da eleição que premiou o setores de in-dústrias, serviços e fornecedores, além de Associações, Federações e empresas que fomentam o Negócio na Saúde. Os escolhidos foram apresentados em 23 categorias,

com três ganhadores em cada uma, sendo todos igual-mente homenageados, ou seja, não foi estabelecido um ranking entre eles.A escolha desses importantes players foi feita por um

corpo de jurados composto pelo conselho editorial das revistas Healthcare Management, HealthARQ e Heal-th-IT, além do voto de gestores de importantes institui-ções de saúde de todo o Brasil.“O objetivo é abranger toda a cadeia da saúde, por isso

trazemos categorias como Análises Clínicas, Arquitetu-ra, Diagnóstico por Imagem, Telecomunicações, entre outras que englobam importantes instituições no se-tor”, explica Carla de Paula Pinto, editora da publicação.

Reconhecimento

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o prêmio abrangeu quatro categorias ligadas à construção civil: Arquitetura, tendo dado o reconhecimento à Fio-rentini Arquitetura de Hospitais, L+M e RAF Arquitetura; Arquitetura de In-teriores, com a MW Arquitetura, ACR Arquitetura e Planejamento e Teresa Gouveia Arquitetura sendo premiadas; Engenharia, reconhecendo o trabalho desenvolvido pela Afonso França En-genharia, Método Engenharia e MHA engenharia; e, por fim, engenharia clí-nica, dando o prêmio a equipacare, en-gebio e Tecsaúde.Entre os presentes estiveram repre-

sentantes de todas as empresas de arquitetura e engenharia premiadas, além de importantes nomes no setor da Saúde como Francisco Balestrin, Presidente da Anahp; carlos Goulart, Presidente-executivo da Abimed; José Maria lasry, Gerente Geral da hoSPi-TALAR Feira+Fórum; Franco Palamola, Presidente da Abimo e Paulo Fraccaro, Superintendente da Abimo. E André Almeida, Presidente da Abcis, entidade homenageada da noite.De acordo com Edmilson Jr. Caparelli,

Presidente do Grupo Mídia, o suces-so da noite refletiu o grande ano da empresa. “Em 2014, tivemos um cresci-mento bastante relevante, assim como o reconhecimento aos nossos veículos. Em maio, a premiação aos ‘100 Mais In-fluentes da Saúde’ como um happy end da Feira HOSPITALAR era só o come-ço do sucesso. Em setembro, tivemos o lançamento da Health-IT durante o Himss. E, em outubro, o 1º Fórum Heal-thcare Business e o prêmio ‘excelência da Saúde’, que conseguiu reunir gesto-res de importantes instituições do País. Acredito que o sucesso do Líderes ve-nha para selar este ano de conquistas do Grupo Mídia”, finaliza.

Líderes na categoria Engenharia Clínica

Premiados na categoria Arquitetura de Interiores

Representantes das empresas reconhecidas na categoria Engenharia

Vencedores na categoria Arquitetura

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Hospital Márcio Cunha ganha novo Pronto-Socorro e dobra área de atendimento

Investimento em excelência

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Um ambiente que une tec-nologia e humanização. Assim pode ser chama-

do o Hospital Márcio Cunha (hMc), em ipatinga (MG), ad-ministrado pela Fundação São Francisco Xavier, após sua revi-talização. Iniciada em 2010, por meio do Plano Diretor de Obras empreendido pela instituição, o grande destaque desse tra-balho foi a reforma e ampliação do Pronto-Socorro do HMC. Com investimentos de R$ 13 milhões, o projeto contemplou a transformação dos 1.200 m2 da unidade antiga em uma moderna área de quatro mil m2 (três vezes maior que a anterior) para melhor acolher colabora-dores e clientes. Isso porque passa a contemplar ambientes

específicos e equipados para diferentes atendimentos, como a Unidade de Observação In-fantil e de urgência Pediátrica, Unidade de Observação de Adultos, Unidade de Ortopedia e unidade de urgência clínica, além de áreas de medicação e apoio. O novo Pronto-Socorro, agora com mais espaço e mais conforto, propiciou o aumento da capacidade de atendimen-tos a pacientes de convênios e do Sistema Único de Saúde (SuS), melhoria das condições de trabalho dos colaboradores, melhoria do fluxo de pacientes, maior agilidade nos atendi-mentos e humanização na as-sistência. “O Pronto-Socorro do Hospi-

tal Márcio Cunha está maior e

ainda mais preparado para se estabelecer como referência regional na prestação de servi-ços e como parceiro do Estado para o fortalecimento da Rede de urgência e emergência de Minas Gerais”, destaca luís Márcio Araújo Ramos, Diretor-executivo da Fundação São Francisco Xavier.A Fundação São Francisco

Xavier investiu em estruturas modernas e de primeira linha para o Hospital Márcio Cunha, projetadas com referência nos melhores hospitais do País. Os acabamentos internos foram selecionados de forma a tor-nar os ambientes harmoniosos, dando leveza e ao mesmo tem-po praticidade na manutenção, limpeza e durabilidade.

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Espera Pediátrica

observação Pediátrica

Mais que uma bela fachada, seu novo Pronto-Socorro é uma edificação total-mente adequada e dentro dos padrões exigidos pela Vigilância Sanitária, com o objetivo de elevar a qualidade e a segu-rança na assistência para o atendimento aos casos de alta complexidade. “O maior desafio foi integrar a arquitetura existen-te com a nova de forma harmônica. ou-tro desafio foi elaborar as fases em que a obra seria executada, de forma eficaz, pois o Pronto-Socorro não deixou de fun-cionar em nenhum momento”, diz Ramos.Hoje, o Pronto-Socorro do HMC atende a

todos os casos de urgência e emergência dos clientes dos planos de saúde. Para o SUS, conforme pactuação com gestores de saúde, o hospital é referência para os casos graves de urgência e emergência classifi-cados como laranja e vermelho, como pa-cientes com politraumas, infartos, acidentes vasculares cerebrais (AVc), vítimas de per-furações com armas de fogo, entre outros, e não apenas em Ipatinga, mas para 35 mu-nicípios do leste de Minas Gerais.“O seu tamanho já não mais atendia às

necessidades. Além do espaço, tínhamos problemas sanitários e ainda cruzamento de fluxos. o projeto de reforma, amplia-ção e modernização do Pronto-Socorro fez-se necessário para garantir uma assis-tência extremamente qualificada, segu-ra e humanizada, além de um ambiente adequado para o exercício profissional”, conta o Diretor-executivo da Fundação São Francisco Xavier.O Plano Diretor de Obras da FSFX buscou

contemplar um novo conceito de pronto atendimento, que pudesse proporcionar assistência com qualidade, eficiência e, consequentemente, a satisfação do clien-te por se sentir bem acolhido. “Para isso, a Gerência de infraestrutura elaborou um projeto de expansão integrado à reforma do prédio antigo e voltado para a sus-tentabilidade, para o aproveitamento de iluminação natural e com materiais que proporcionam melhor harmonia”, conta a Superintendente de Gestão da Fundação

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São Francisco Xavier, Adriana Leite Chaves Quintela.De acordo com Adriana, na execução, a estratégia foi co-

locar em prática uma logística dividida por áreas e em cin-co etapas, para que a obra impactasse o mínimo possível o atendimento da unidade. “Esse, sem dúvidas, foi o nosso maior desafio, já que os atendimentos do Pronto-Socorro, 24 horas por dia, não foram interrompidos em nenhum momento durante todo o período das obras. Assim, cada dificuldade encontrada era discutida com as áreas afeta-das e solucionadas de acordo com o desenvolvimento da logística de execução do projeto. O que facilitou foi a par-ceria entre as áreas e a Gerência de infraestrutura, soma-da a um projeto bem elaborado e alinhado com todos os envolvidos”, garante a Superintendente.Adriana ressalta ainda que a humanização foi o ponto

primordial para que fosse possível elaborar um proje-to alinhado aos valores e aos objetivos estratégicos da Fundação São Francisco Xavier. Para isso, foi criada uma ala exclusiva para pediatria, por exemplo, com a Unidade de observação infantil e a urgência Pediátrica, evitan-do que as crianças em consulta médica tenham contato com as vítimas de trauma. Dessa forma, o setor possui ambientação totalmente

voltada para crianças que estão em observação. Papeis

de paredes com temas es-pecíficos foram adotados, com pinturas que trazem leveza e harmonia para o ambiente. Foram coloca-das ainda plantas para sua-vizar e proporcionar uma área verde nos ambientes. A humanização é notável

também por proporcio-nar áreas individualizadas para o setor administrati-vo e o mezanino com sala de treinamentos e área de repouso para médicos e enfermeiros. “Outro pon-to importante é a entrada de pacientes graves para a unidade de urgência e emergência separada da parte de atendimento cen-tral, proporcionando prio-ridade para pacientes em estado grave”, reforça.

“Assim como a sustentabilidade, a tecnologia também se fez presente. Um sistema automatizado de ar condicionado, que proporciona controle individual para cada área, equipamentos médicos hospitalares de alta resolução, modernos elevadores para acesso ao mezanino e um gerador de energia específico para toda a unidade foram instalados”

Adriana Leite Chaves Quintela, Superintendente de Gestão da Fundação São Francisco xavier

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“O tamanho do hospital já não mais atendia às necessida-des. Além do espaço, tínhamos problemas sanitários e ain-da cruzamento de fluxos. O projeto de reforma, ampliação e modernização do Pronto-Socorro fez-se necessário para garantir uma assistência extremamente qualificada, segura e humanizada, além de um ambiente adequado para o exercí-cio profissional” Luís Márcio Araújo Ramos, Diretor-executivo da Fundação São Francisco Xavier

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Os revestimentos também foram escolhidos com o intuito de humani-zar o ambiente, proporcionar harmonia e modernidade. São materiais que trazem leveza e sensação de um local maior e mais confortável. Nas áreas médico-hospitalares, foi usada manta vinílica com detalhes em di-versas cores para suavizar o ambiente e proporcionar melhor sensação bem-estar. Considerada um diferencial no projeto, a iluminação foi pensada para

o reaproveitamento da luz natural na recepção. A iluminação elétrica foi aumentada para proporcionar melhor visibilidade no atendimento. A recepção conta com uma parede do tipo “Pele de Vidro”, para que a iluminação natural possa entrar para a área interna e iluminar sem ter a necessidade da iluminação elétrica. O material utilizado não transmite calor e proporciona uma melhor harmonia para a recepção e para o aco-lhimento dos clientes.O mobiliário foi escolhido com a ideia de proporcionar um melhor di-

mensionamento dos espaços, para que clientes e colaboradores pudes-sem ter mais conforto ao utilizarem o Pronto-Socorro. “São móveis mais nobres e que valorizam o ambiente com cores claras, como Pau Marfim, buscando leveza, melhor funcionalidade e humanização”, explica Adriana.Além disso, o projeto de reforma e ampliação do Pronto-Socorro tam-

bém trouxe características sustentáveis, visto os quesitos iluminação natural, uso de materiais com selo verde, uso consciente de materiais para evitar desperdícios, dentre outros. “Assim como a sustentabilida-de, a tecnologia também se fez presente. Um sistema automatizado de

ar condicionado, que proporciona con-trole individual para cada área, equipa-mentos médicos hospitalares de alta resolução, modernos elevadores para acesso ao mezanino e um gerador de energia específico para toda a unidade foram instalados”, completa a Superin-tendente.

Os Investimentos não paramA Fundação São Francisco Xavier ad-

quiriu recentemente para a área de On-cologia do Hospital Márcio Cunha dois novos aceleradores lineares, por meio de convênio de r$ 4 milhões com o Mi-nistério da Saúde. Com o primeiro en-tregue em 2014 e o segundo previsto para chegar neste semestre, o equipa-mento importado dos Estados Unidos é capaz de executar tratamentos de radioterapia em qualquer parte do cor-po do paciente, produzindo radiação de alta energia e capacidade de pene-tração e interação com o organismo.

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Com isso, a Unidade de Oncologia irá dobrar a ca-pacidade de realização de radioterapias, passando de 90 para 180 pacientes diários.Ainda para área da On-

cologia, a FSFX aprovou dois novos projetos no Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacio-nal de Apoio à Atenção oncológica (Pronon). or-çados em R$ 7,2 milhões, o objetivo é ampliar ain-da mais a capacidade de diagnóstico e tratamento da doença, a partir da: • implantação da primei-

ra Unidade de Oncologia Pediátrica no Leste de Mi-nas Gerais, viabilizando o tratamento a crianças e adolescentes, de forma multidisciplinar, com pro-tocolos avançados, hu-manizado e mais próximo de suas residências.• implantação da uni-

dade de Cuidados Palia-tivos, que contará com equipe multiprofissional e oferecerá atendimento integral, além de 40 leitos para internação de pa-cientes oncológicos. A Fundação investirá

ainda na ampliação de outras áreas assisten-ciais do Hospital Márcio Cunha, como a criação de 20 novos leitos de UTI e 50 novos leitos de internação. Além disso, vem realizando reformas e melhorias em áreas de apoio, como a Lavanderia e Nutrição.

recepção Principal

observação adulto

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Tecnologia aplicadahospital Águas claras tem nova edificação projetada em 3D através do BIM – Building Information Modelling

Localizado na cidade-satélite de Águas Claras, próximo a Brasília, no Distrito Federal, o hospital que leva o mesmo nome do muni-cípio foi construído através de um inovador projeto hospitalar. A

inovação está na execução de todo esse projeto em BIM – Building Information Modelling – tecnologia de projetos em 3D. “Tivemos a oportunidade de participar desta obra através da projeção das insta-lações elétricas, climatização, ventilação mecânica, hidráulicas, incên-dio e fluidos mecânicos. Também modelamos a arquitetura, estrutura e instalações dos sistemas eletrônicos”, conta o Gerente de Tecnolo-gia da MhA engenharia, Guilherme de Brito neves.em 2008, o Governo dos euA decretou a obrigatoriedade da utiliza-

ção do sistema BIM – Building Information Modelling – com o software revit (Autodesk) para projetos de engenharia e arquitetura de obras públicas. essa informação chamou a atenção do Gerente de Tecno-logia da MhA engenharia, Guilherme de Brito neves. “Se os euA tor-

naram lei a utilização de um sistema que evita gastos excessivos, decidimos imedia-tamente iniciar investimentos na compra e na capacitação para utilização do Revit”.O BIM é um processo que permite a

construção em 3D de toda obra, em cada um de seus detalhes. Uma vez construí-da virtualmente em sua totalidade, cria a possibilidade de um passeio virtual pela planta, identificam-se as interferên-cias ainda no ambiente de projeto e bus-cam-se soluções não causando impactos obra. “Evitamos o retrabalho no canteiro de obras, evitamos o aumento exponen-cial do orçamento e garantimos maior

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previsibilidade de tudo que será gasto”, explica Guilherme.A maneira de se trabalhar muda um pouco e são necessárias equi-

pes integradas. Projetistas de hidráulica, por exemplo, realizam atua-lizações em tempo real enquanto engenheiros elétricos já visualizam as mudanças hidráulicas. “Isso evita sobreposição de dutos, o que só seria descoberto muito tempo depois, quando a solução já não será tão simples”, explica Guilherme.A iniciativa para que o hospital fosse projetado em 3D partiu do es-

critório de arquitetura, a IMPAR, que, em visita à França, teve contato com o método. “O projeto em BIM é muito mais detalhado e integra-do e, portanto, requer um volume de horas maior. Para entregarmos o Águas Claras dentro do prazo de quatro meses, foi necessário mo-bilizar uma grande equipe”, conta Guilherme. A mobilização vale a pena, para atender a expectativa do cliente por um projeto de melhor qualidade e por uma execução de obras mais rápida.

outro grande desafio para o projeto do Hospital Águas Claras era o fato de já haver uma edificação construída, com a torre e fachadas concluídas. O projeto da empresa de arquitetura era que fossem projetadas as utilidades, e feitas a compa-tibilização e adequação à edificação exis-tente, tudo isso usando BIM e dentro do prazo estipulado para agilizar a contrata-ção dos serviços de execução do hospital. Para um projeto hospitalar, a MHA con-

sidera sistemas tecnologicamente atuali-zados, instalações flexíveis, manutenção facilitada e segurança de funcionamento. “Fundamental foi a participação da IMPAR,

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capacitada, profissional e tomando decisões rápidas que resultaram em significativo ganho de tempo para a exe-cução dos projetos”, diz o engenheiro Edison Domingues Júnior, Diretor Executivo do projeto. “O projeto ainda trouxe a expansibilidade, permitida pela

previsão de dispositivos que permitirão conexões futu-ras das instalações, como esperas na rede de esgoto e registros estrategicamente dispostos nas redes de água fria e água quente. Trouxe também segurança, garantida por exemplo, pela previsão de geradores de energia que suportam 100% da carga elétrica do hospital em casos de falta de energia e trabalhos em horário de pico”, con-ta Edison. “O edifício ainda foi pensado para ter o menor consumo de energia e água possíveis, por meio de sistema de controle predial e economizadores de água”, garante.

Detalhes e inovações da Elétrica “Projetar um hospital para ocupar espaço em um edifí-

cio já erguido, com a subestação da concessionária local definida e implantada, incluindo infraestrutura para aten-dimento de uma torre comercial em fase de conclusão, executada sem a orientação de ocupação na área hospi-talar, foi uma tarefa que necessitou planejamento e uma

estrutura adequada”, diz o engenheiro Luiz Roberto Soares, responsável contra-to. “O espaço destinado ao hospital teria que ser pro-jetado levando em conta a compatibilização com os sistemas existentes, incluin-do a alimentação elétrica da torre efetuada por bar-ramento blindado, e, por-tanto, sem possibilidade de modificação, assim como alguns sistemas de bom-beamento e de elevadores já em operação”.Todo o projeto foi desen-

volvido com a adoção de modelagem em Revit, e nele foram disponibilizadas as diretrizes com a aplica-ção de flexibilidades, re-dundâncias e segurança no

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uso da energia elétrica, cuja alimentação foi fornecida pela concessionária através da su-bestação sob sua responsabilidade, implan-tada no 1º subsolo do edifício. Desta subes-tação, já sob responsabilidade do hospital, toda a distribuição foi elaborada em baixa tensão através de quadros gerais para aten-dimento de aproximadamente 180 quadros elétricos distribuídos nos pavimentos e se-torizados conforme necessidades. O siste-ma ainda consiste na adoção de geração de energia através de três equipamentos a diesel, carenados, com capacidade para su-prir 100% do complexo hospitalar, seja em emergência ou horário de ponta.O hospital também contará com sistema

de combate a incêndio alimentado exclusi-vamente por painel independente conecta-do ao grupo gerador próprio, caso haja ne-cessidade do desligamento da rede elétrica principal. complementando a emergência, o projeto também previu UPS operando em redundância, separados em sistema de TI / segurança, para atendimento de todo o hospital, e sistema clínico para atendimento exclusivo do centro cirúrgico, UTI, etc.“Em todo o processo estiveram envolvi-

dos nove profissionais distribuídos entre projetistas e modeladores, com o acom-panhamento da engenharia que teve de se antecipar para que não houvesse compro-metimento no desenvolvimento do proje-to, mas todos integrados em conciliar as necessidades, mantendo e realimentando quadros instalados”, conta Luiz Roberto.As inovações aplicadas merecem desta-

que, como a própria geração de energia que prevê equipamento redundante na compo-sição; o gerenciamento de energia que tem como objetivo o descarte de cargas, inclusive na parada de parte do sistema de geração; a distribuição redundante no sistema críti-co incluindo circuitos terminais; medição de energia dedicada a grupos de cargas como cozinha, garagens, setor de imagem, labora-tórios e elevadores da torre que passaram a ser alimentados pelo hospital para permitir o atendimento em emergência.

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Detalhes e inovações da hidráulica, incêndio, fluidos mecânicos e climatizaçãoA disciplina de instalações hidráulicas está no foco das

atenções em tempo de seca e crises hídricas. “A hidráu-lica foi desenvolvida por dez profissionais, envolvendo dois engenheiros e oito projetistas. “o maior desafio enfrentado na disciplina foi o de estudar cada um dos trechos de instalações já executados e verificar a pos-sibilidade de utilização, reavaliar os desvios das redes existentes para a nova configuração do empreendi-mento”, conta Edmar Naccarati, engenheiro responsá-vel pela área. Foram especificados válvulas e dispositivos econo-

mizadores de água em todos os pontos de utilização. Para os gases medicinais foram propostos duplicidade de prumadas e ramificações em anel, garantindo flexi-bilidade na manutenção dos sistemas. No sistema de geração de água quente foi previsto recuperação de calor na água de condensação do chiller, objetivando menor consumo de gás GlP.Para Fabio Girckus, engenheiro responsável pela clima-

tização, o maior desafio do projeto foi justamente o fato de a estrutura estar pronta e não existir um pavimen-to dedicado acima do centro cirúrgico para a instalação das máquinas de condicionamento de ar que atenderão as respectivas salas cirúrgicas. “Foram desenvolvidos os cálculos térmicos pertinentes ao projeto, sempre veri-ficando qual sistema seria adequado ao atendimento de cada área, visando à possibilidade de utilização de áreas como casas de máquinas, entre-forro, e também mantendo contato com as outras disciplinas (Hidráulica, elétrica, Telecom e correio Pneumático) para compati-bilização e otimização dos sistemas”, conta Fabio. “Na área de climatização, a equipe foi dimensionada com um engenheiro, dois projetistas e três desenhistas”. A equipe da MHA Engenharia manteve um estreito

contato com a arquitetura, a fim de aprovar utilização de espaços e compatibilizar as necessidades dos siste-mas de climatização. Uma das inovações do projeto é a utilização de um recuperador de calor em um dos chil-lers, para reaproveitamento de energia, pré aquecendo água de consumo do hospital. “Para os eletrônicos, a MhA mobilizou cinco profissio-

nais, que compreenderam os sistemas de Cabeamen-to estruturado, detecção e alarme de incêndio, áudio e vídeo, controle de senhas, chamada de enfermeira e automação”, explica o gestor desta etapa, o engenhei-ro Luiz Atzinger.

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dados Técnicos

Elétrica

• carga instalada – 6.800 KVA

• carga Demandada – 2.400 KVA

• 03 Geradores de 1.500KVA (cada) 380 V – 100% da carga- em rampa

• no Breaks – 160 KVA Segurança e Ti – 180 kva

• Subestação da Concessionária interna ao hospital – 04 x Trafos de 1000KVA(sendo 01 para a Torre)

• Tensão de Distribuição – 380 V

Climatização

• 03 chillers de 300 Tr(cada) ,a Ar, sendo 01 com recuperador de calor

• 76 Fancoils

• 176 Fancoletes

• Ressonância Magnética – 01 Chiller de 15 TR – Trocador de Calor - 02 bombas

Hidráulica- incêndio – Gases medicinais

• Reservatório Inferior – Sub solo – Água Po-tável Capacidade 550 m³

• Sistema de Água Fria - Pressurizado

• Sistema de Água Quente – a gás – 03 Tan-

ques de 5.000l(cada)

• Esgoto e Águas Pluviais – por gravidade

• centrais de Gases Medicinais – Pavto. Térreo – compressores, tanques criogênicos e cilindros

• Sprinklers – Hidrantes – Reservatório Inferior – Capacidade 150 m³- Sistema Pressurizado

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Nova EdificaçãoHospital São Camilo inaugura prédio na Unidade Pompeia e amplia capacidade de ocupação em 30%

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A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo continua a investir em expansão e inaugura um prédio na Unidade Pom-

peia. Com quase 10 mil m2 divididos em dez andares e cinco pisos de garagem, a nova torre conta com 86 leitos, sendo 72 quartos indivi-duais e 14 leitos de UTI, seis salas cirúrgicas e 104 vagas no estacionamento. Com a amplia-ção, a Unidade Pompeia passa a oferecer mais de 370 leitos, o que representa um aumento de 30% na capacidade de ocupação. “A incorporação de uma nova torre irá possi-

bilitar o atendimento à crescente demanda de pacientes, oferecendo estrutura funcional, ho-telaria arrojada e atualizada e equipamentos de alta tecnologia. A comunidade ganhará um ambiente confortável, humanizado e seguro para atendimentos de urgência e emergência, realização de cirurgias e internação”, explica o Diretor de Operações da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Rogério Quintela. A obra do novo prédio foi baseada na ne-

cessidade de se fazer o melhor atendimento. “A segurança do paciente é alvo constante na elaboração de plantas arquitetônicas que pos-sibilitam a funcionalidade assistencial, garan-tindo condições seguras para os funcionários, médicos, pacientes e acompanhantes. Pesqui-sas apontam que um ambiente acolhedor, com estímulos positivos de cores, sons e luz contri-bui com a recuperação da saúde. Por isso, a es-trutura física foi planejada para que o paciente e seu acompanhante percebam todo o cuida-do que a Unidade Pompeia tem com a perma-nência deles na instituição”, revela Quintela. O Hospital São Camilo Pompeia foi a primei-

ra Unidade da Rede a ser fundada, em 1960. Atualmente, é uma das referências no aten-dimento de urgência, emergência e de alta complexidade. Foi um dos primeiros hospitais a conquistar três certificações, sendo duas in-ternacionais: Joint Commission International e certificado Diamante da Qmentum da Accredi-tation Canada. Oferece atendimento em todas as especialidades, conta com um Centro de Diagnóstico por Imagem e é Centro de Refe-rência para Transplante de Medula Óssea. “O Hospital investe constantemente em

infraestrutura e renovação de seu parque

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tecnológico. Em 2012, ga-nhou um novo Pronto-So-corro Adulto, que teve sua capacidade duplicada para atender aos pacientes com mais agilidade e confor-to. Em 2014, inaugurou o Centro de Oncologia e am-pliou o número de leitos da área de Transplante de Medula Óssea em mais de 120%, totalizando 20 quar-tos de internação”, conta lúcia eid, Gerente médica da Unidade Pompeia.Outro grande investimen-

to foi na área de Pediatria. “Em 2014, a instituição reestruturou a UTI Infantil e transformou 17 leitos em quartos individualizados. Além disso, contratou mais empresas médicas espe-

cializadas no atendimento às crianças, incluindo ca-sos de alta complexidade, e adquiriu equipamentos de ressonância magnética de 1,5 e 3,0 Tesla capazes de auxiliar no diagnóstico de doenças que acome-tem pacientes dessa faixa etária”, explica Lúcia. O plano de expansão da

Rede de Hospitais São Ca-milo de São Paulo contem-pla, também, iniciativas nas outras Unidades. Este ano, já foi inaugurado o novo Pronto-Socorro Infantil da Unidade Santana que, to-talmente reformado, passa a ter uma área de mais de 880 m2 com todo conforto e segurança para pacien-tes e acompanhantes. Para

Rede de Hospitais São Camilo de São PauloA Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo é com-

posta por três modernos hospitais que fazem parte da história da capital paulistana: Pompeia, Santana e Ipi-ranga. excelência médica, qualidade diferenciada no atendimento, segurança, humanização e expertise em gestão hospitalar são seus principais pilares de atua-ção. As unidades têm capacidade para atendimentos eletivos, de emergência e cirurgias de alta comple-xidade, como transplantes de medula óssea. Hoje, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo presta atendimento em mais de 60 especialidades, oferece ao todo 668 leitos e um quadro clínico de mais de três mil médicos qualificados. Seus hospitais possuem im-portantes acreditações internacionais, como a da Joint commission international (Jci), renomada acreditado-ra dos Estados Unidos reconhecida mundialmente no setor, a Acreditação Internacional Canadense e a da onA (organização nacional de Acreditação). A rede de Hospitais São Camilo de São Paulo faz parte da Sociedade Beneficente São camilo, uma das entida-des que compreende a Ordem dos Ministros dos En-fermos (camilianos), uma entidade religiosa presente em mais de 30 países, fundada pelo italiano Camilo de Lellis, há mais de 400 anos. No Brasil, desde 1928, a Rede conta com expertise e a tradição em saúde e gestão hospitalar da Ordem global.

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2015, ainda estão previstas a expansão do Pronto-socorro Adulto e Infantil da Unida-de Pompeia e a inauguração de um Centro Médico Especializado na Unidade Ipiranga. Em 2014, seguindo o planejamento, foi

inaugurado um Centro de Simulação, na Pompeia. O espaço de 490m2, destinado ao treinamento de até 120 profissionais, simultaneamente, conta com seis salas de aula e equipamentos de alta tecnologia, como manequins computadorizados que reagem aos procedimentos realizados du-rante o atendimento. “Nós compusemos um novo Plano Diretor

para a instituição, alterando não só a estru-tura física da instituição, mas também seu conceito, de um hospital moderno que não parou no tempo. Com a compra dos lotes vizinhos, além da reforma na edificação já existente, construímos três novos blocos”, conta o arquiteto responsável pelo projeto Siegbert zanettini, que ressalta também a inovação que foi aplicada na construção: banheiros prontos, sendo o primeiro pré-dio em São Paulo a contar com este artifí-cio na construção.zanettini revela que os novos blocos es-

tão conectados entre si em todos os pavi-mentos e deverão ligar-se através de uma passarela ao quinto bloco a ser projetado, que ficará do outro lado da rua na qual en-contra-se a instituição.

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A humanização foi trabalhada de maneira vigorosa no projeto. Foram criadas, em todos os quartos, varandas iluminadas naturalmente, com mesas e cadeiras para permitir ao paciente contato com o exterior e vazão para que a luz natural entre nos leitos. “Isso contribui não somente para a humanização, mas também para a sustentabilidade”, diz zanettini.Outro aspecto implantado ligado à humanização foi

a escolha das cores. O hospital recebeu paredes e pi-sos coloridos, diferenciando cada andar por sua cor característica. “utilizamos também, luminárias, painéis e móveis projetado especialmente para a área”, lem-bra o arquiteto.

Atenção aos detalhesA instituição cuidou também dos detalhes ligados à

decoração de interiores. O mobiliário foi especialmente desenvolvido para o local, com um projeto que inclui sofás e poltronas da linha Mani da TETO Mobília Con-temporânea, que acompanharam a linha arquitetônica do projeto da zanettini Arquitetura, equilibrando so-fisticação e neutralidade. “Para esse ambiente foi de-senvolvido um sofá em formato de ilha, que tem como objetivo ser a peça central de um espaço destinado a exposições. Nos leitos, foram escolhidos sofás-cama e poltronas reclináveis, já testados em diversos hospitais, mas que, para esse projeto, receberam cores alegres e descontraídas escolhidas pelo arquiteto zanetini”, con-ta Sérgio Fix, Diretor da TETO Mobília Contemporânea.Todos os produtos foram confeccionados usando ma-

deira de reflorestamento e revestimento em couro eco-lógico. Já para a escolha das cores a serem aplicadas no mobiliário, a empresa fez várias simulações em 3D para todos os ambientes e, com base nessas simulações, o arquiteto responsável pelo projeto fez suas escolhas.Na produção do mobiliário, houve ainda a preocupa-

ção com a facilidade de higiene e não proliferação de bactérias no ambiente de saúde. Para isso, foram esco-lhidos materiais de fácil assepsia, como o couro ecoló-gico, e os produtos foram desenhados com o menor número de cantos e superfícies que pudessem acumu-lar sujeira.“Nos preocupamos também com a segurança do pa-

ciente, considerando os materiais pela ergonomia dos produtos. Existem poltronas reclináveis que apresentam risco de queda, esse não é o caso das poltronas da TETO, pois todas as questões ergonómicas são pensadas para minimizar problemas desse tipo”, ressalta Fix.

Cuidado e responsabilidade A maior preocupação da TETO ao desenvolver

um produto hospitalar é a usabilidade do mes-mo. “Tentamos atender, ao mesmo tempo, as ne-cessidades dos clientes internos do hospital, as equipes de hotelaria, manutenção, enfermagem e higiene, que nos solicitam questões como er-gonomia, assepsia e facilidade de manutenção”, conta Sérgio Fix, Diretor da TETO Mobília Con-temporânea.Porém, ao mesmo tempo, a empresa procura

atender às necessidades dos clientes externos do hospital, os pacientes e acompanhantes. “Esse segundo grupo solicita conforto e estética, entre outros”, diz.De acordo com Fix, um dos diferencias da TETO

é entender as necessidades de cada cliente e criar produtos sob medida para as mesmas, tentando, inclusive, equilibrar as mesmas com a capacidade financeira de cada cliente.

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Peça chave para o sucessoDiretoria de Projetos do Grupo Amil garante crescimento e qualidade das instituições da rede

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Com mais de 25 anos de expertise em de-senvolvimento de

projetos e gerenciamen-to de obras para ambien-tes médico-hospitalares, a equipe da Diretoria de Projetos e Construções do Grupo Amil vem atuando na construção de diver-sos hospitais que compõe a rede. Além de responder por essas novas unidades, o setor também trabalha na ampliação e modernização de hospitais já existentes através de um estudo de viabilidade econômica para a implantação da nova uni-dade de negócio. Para tanto, o primeiro

passo é o desenvolvimento de um Plano Diretor, elabo-rado através de um estudo da demanda e suas necessi-dades específicas. Soma-se a esse cenário o fundamen-tal trabalho em conjunto de uma equipe multidisciplinar que conta com arquitetos, engenheiros, médicos, en-fermeiros e administrado-res hospitalares.Feito isso, iniciam-se os

estudos norteados pela sustentabilidade, a fim de atender aos processos de impacto ao meio ambien-te, como, por exemplo, a utilização racional de água e energia, busca por fontes alternativas de redução de consumo. “Todos os projetos são

pensados para privilegiar o

conforto, a conveniência e o bem-estar dos pacientes e acompanhantes através da idealização de ambien-tes que possuam condições de expansibilidade e fun-cionalidade, ideais para a perfeita utilização da equi-pe médica, além de prever a flexibilidade dos espaços para permitir a implantação de um novo serviço médico e a modernização das tec-nologias na área da saúde”, explica Robson Szigethy, Diretor de Projetos da Amil (Assistência Médica inter-nacional S/A). Contudo, segundo o Di-

retor, umas das fases mais complexas é o gerencia-mento das construções hospitalares, uma vez que é necessário nesta etapa um rigoroso acompanhamento da evolução do cronograma de execução e da análise do desempenho da construto-ra durante as diversas fases do empreendimento. Além disso, há a supervisão do controle do fluxo físico x fi-nanceiro da obra.“Os estudos de viabilidade

econômica, através de um ri-goroso planejamento finan-ceiro dependem, cada vez mais, do controle de custos. isso pode definir o sucesso ou o fracasso de um proje-to”, salienta o Diretor.Ainda neste contexto está

a busca por novos mate-riais, que é feita através da pesquisa junto aos diver-

sos fornecedores do setor e dos diferentes mercados no mundo.A premissa é que estes

produtos atendam aos mais modernos e elevados padrões de construção, e que tenham maior dura-bilidade para atender as necessidades de redução dos serviços de manuten-ção das unidades hospita-lares. “Além da preferência por produtos certificados, para que possamos contri-buir com a implantação de uma rede de hospitais sus-tentáveis dentro do gru-po, incluem-se também aspectos como vantagem econômica e um custo be-nefício favorável.”

InvestimentosOs principais investido-

res e analistas do mer-cado financeiro estimam que a economia passará por momentos turbulen-tos em 2015. e este reflexo já está sendo percebido no momento do planeja-mento para análise de no-vos investimentos, afirma Szigethy. Contudo, o Diretor ressal-

ta que o Grupo continuará investindo no aumento da oferta do número de leitos e na melhoria do atendi-mento aos clientes, através da ampliação de seus hos-pitais, na aquisição de novas unidades e na moderniza-ção dos prédios existentes.

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“Com isso estaremos sem-pre na frente dos competi-dores e poderemos fazer a diferença no segmento de saúde como líder no mer-cado. Para tanto, a principal ação que implementamos é fazer sempre uma ne-gociação forte junto aos fornecedores e planejar o fechamento em bloco dos contratos para contratação de serviços e materiais, e desta forma conseguir re-duções nos orçamentos, através do aumento da escala junto as empresas”, ressalta Szigethy.E quanto aos investi-

mentos, para os próximos anos, o Grupo visa concluir a construção do Hospital TotalCor em São Paulo, e a continuidade na constru-ção de mais dois prédios no Complexo Hospitalar Américas Medical City no Rio de Janeiro.Outras unidades que es-

tão em fase de ampliação e modernização de suas áreas, tais como os Hos-pitais Alvorada Moema, Ipiranga e Metropolitano, em São Paulo, e os hospi-tais Pasteur, Pró Cardíaco e Samaritano, no Rio de Janeiro, também estão dentro do planejamento.“Além isso, também esta-

mos em fase de desenvol-vimento de novos projetos para a região do ABC e nas cidades de Santos e Gua-rulhos”, afirma Szigethy.

A equipe o Grupo Amil conta com o apoio de di-versos profissionais e em-presas para responder a crescente demanda. Como é o caso da Projob Enge-nharia, que já atuou em im-portantes obras de acrésci-mo e reformas do Hospital Samaritano e Pró-cardíaco, ambos no Rio de Janeiro. “Nessas instituições es-

tamos junto com a Amil desde que eles adquiriram os hospitais, pois já tra-balhávamos anteriormen-te para estas instituições tanto na área de projeto, como construção”, afirma José Carlos Tuton Pereira, Diretor da Projob. No Hospital Samarita-

no, por exemplo, a Projob atuou na construção de uma nova recepção, nas alas de emergência, uni-dades coronarianas, CTI e um espaço médico. Ain-da neste case, incluem-se a radical reforma na área de imagem, de todo o centro cirúrgico, inclusi-ve com mudança de área e criação de uma sala ro-bótica, além de setores como cozinha, refeitório e vestiários gerais. “Estamos iniciando também um processo de renovação de quase toda hotelaria do hospital, incluindo a refor-ma de aproximadamente 70 quartos que serão fei-tos em etapas para mini-mizar as interferências.”

Já no Pró-cardíaco, a Projob participou desde o começo até a conclusão de um novo anexo que abriga o CTI e uma nova área de imagem em um prédio contíguo a edifica-ção existente. Neste pro-jeto foi reformulada toda área de recepção do hos-pital, assim como os seto-res de internação, como, por exemplo, as Unidades Semi intensivas, as Unida-des Coronarianas, novo acesso ao Centro Cirúrgi-co, com a inclusão de uma Sala Hibrida, novos leitos de internação e diversas áreas de apoio como cozi-nha, esterilização, almoxa-rifado e farmácia. “O Hospital Pró-cardíaco

adquiriu uma nova edi-ficação para instalação de diversos consultórios, uma grande academia de reabilitação cardíaca e diversos exames com-plementares que deram maior conforto aos pa-cientes. Estamos inician-do um grande projeto de reformulação das áreas de internação que darão um grande salto qualitativo e quantitativo. Com isso, es-tamos conseguindo, junto com a Diretoria de Pro-jetos, crescer, reformar e manter estas duas institui-ções no mais alto patamar de excelência e atualiza-ção em suas instalações”, finaliza Pereira.

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Hospital na capital gaúcha investe em dois novos blocos anexos

Mais espaço, maior estrutura

Mais uma importante página da história do Hos-pital de clínicas de Porto Alegre (hcPA) co-meçou a ser escrita com o início das obras de ampliação da instituição, que a transformarão

em um moderno complexo hospitalar. Com a expansão, o HCPA vai se tornar ainda melhor. O novo complexo hospitalar vai permitir a reorganização de

diversas áreas e do fluxo de pacientes, auxiliando na diminui-ção das filas de espera do SuS, por exemplo. Por ser um hos-pital universitário vinculado academicamente à Universidade Federal do rio Grande do Sul (uFrGS), a instituição também vai ampliar os espaços dedicados ao ensino e à pesquisa.Serão dois edifícios chamados de ANEXO I e ANEXO II,

onde será dada especial atenção aos pacientes que necessi-tam de cuidados urgentes ou intensivos. A emergência, por exemplo, que atualmente tem cerca de 1,7 mil metros qua-drados, ficará com mais de cinco mil metros quadrados, po-dendo oferecer melhores condições de acolhimento aos pa-cientes. A área passará por um redesenho conceitual, com os pacientes sendo alocados em espaços específicos de acordo com o grau de risco.Já o centro de Tratamento intensivo (cTi) passará de 54

para 110 leitos. Com os novos prédios, haverá liberação de áreas no edifício principal, proporcionando a instalação de mais 155 leitos de internação.Os dois anexos totalizam uma área de 84 mil m², sendo 54

mil m² no ANEXO I e 30 mil m² no ANEXO II. Os dois prédios terão a seguinte configuração: dois subsolos para estaciona-mentos e áreas de utilidades e mais sete pavimentos além da cobertura. Os edifícios foram projetados para operação ininterrupta (24h do dia) em diversas áreas e equipamentos (missão crítica), com sistema de uPS (no breaks) e sistema de geração de energia em emergência. no anexo i, está previs-ta ainda a instalação de um heliponto.

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Estrutura InstalaçõesO projeto de fundações

está baseado em estacas tipo Hélice Contínuas Mo-nitoradas e as contenções serão realizadas em pare-des diafragmas. A supra es-trutura seguiu uma modu-lação de 7,5m X 7,5m sendo que o tipo de laje adotado foi o de laje nervurada com cubetas de 80cm X 80cm, nervuras de 30cm e capa de 7,5cm, resultando uma espessura total de 37,5cm de concreto. Os pilares terão sec-

ção transversal de 50cm X 50cm nos pavimentos acima do 2º andar. Logo abaixo do 2º pavimen-to, haverá uma secção de 70cm X 50cm. Nas circula-ções verticais a estrutura deverá ser em laje e vigas convencionais. “A concep-ção estrutural seguiu mo-dulação de 7,5m x 7,5m e o tipo de laje adotado foi de laje nervurada com cubetas de 80cm x 80 cm, sendo a espessura total de concreto de 37,4 cm. A laje do heliponto também será do tipo nervurada. As mar-quises e cobertura do au-ditório serão em estrutura metálica sendo o telhado em telha sanduíche iso-térmica. O volume total de concreto previsto na obra é de 22.000 m³”, explica o engenheiro Sérgio Moraes da SPM Engenharia.

As instalações elétricas terão subestações tota-lizando 13 MVA, sendo 8 MVA no Anexo i e 5 MVA no Anexo ii. Além disso, haverá energia de emergência através de geradores a óleo diesel com 5 MVA no total. o sistema de energia inin-terrupta será através de

no breaks totalizando 5 MVA. “o sistema de da-dos e voz será com ca-beamento estruturado de última geração con-tando ainda com sistema de cFTV, sonorização e automação predial para controle, operação e su-pervisão das instalações”, completa Moraes.

O sistema central de ar condicionado será com sistema de água gelada/quente, totalizando 2.500 TR (toneladas de refrige-ração) nos dois Anexos. “As áreas assépticas te-rão filtragem absoluta com pavimento técnico especial para unidades de tratamento de ar além

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PrevençãoPara prevenção aos incên-

dios, as escadas serão pres-surizadas a prova de fumaça, sendo que os edifícios conta-rão com sistemas de combate com sprinklers, hidrantes e ex-tintores. Além disso, está pre-visto um sistema de detecção de fumaça e sistema de alar-me e sinalização de emergên-cia todos endereçáveis.

de todo o ar exterior de renovação ser previa-mente tratado”.Já as instalações hi-

drossanitárias contarão com água fria, quente, drenagem de águas plu-viais e superficiais, bacia de contenção (retardo) de águas pluviais, esgo-to sanitário, gorduro-

so e hospitalar além do aproveitamento de água da chuva para uso em mictórios e bacias sani-tárias. O anexo contará também com sistema de tratamento de água para hemodiálise e sistema de transporte tipo correio pneumático para docu-mentação e medicações.

“A concepção estrutural seguiu modulação de 7,5m x 7,5m e o tipo de laje adotado foi de laje nervurada com cubetas de 80cm x 80cm, sendo a espessura total de concreto de 37,4cm. A laje do heliponto também será do tipo nervurada. As marquises e cobertura do auditório serão em estrutura metálica sendo o telhado em telha sanduíche isotérmica. O volume total de concreto previsto na obra é de 22.000 m³”, Sérgio Moraes, Engenheiro da SPM Engenharia

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O hospital preocupou-se também com as questões liga-das a sustentabilidade e ao meio ambiente quando de-senvolveu este projeto. Para reduzir o impacto ambiental causado pelas obras e promover a sustentabilidade das atividades na construção dos novos prédios, a instituição primou por compras e contratações considerando aspec-tos ambientais e socioeconômicos; redução do consumo de água, energia, combustíveis e gases; correta identifica-ção dos materiais, seleção dos resíduos gerados e desti-nação em área adequada; diminuição do impacto de ma-teriais perigosos e poluentes sobre a saúde e o ambiente e manutenção da limpeza do canteiro de obras e suas ins-talações. Além de práticas para a redução dos ruídos, da erosão e da dispersão da poeira e para a conservação de ruas limpas e a adoção do conceito de “edifício verde” nos novos prédios, privilegiando, por exemplo, sistemas ener-

Responsabilidade ambientalgéticos de alta eficiência, iluminação natural em al-gumas áreas, uso da ener-gia de frenagem nos ele-vadores para redução do consumo de energia elétri-ca e instalação de bacias de detenção para escoamento pluvial. Outros cuidados tomados

foram quanto ao projeto paisagístico com plantio de novas árvores e cria-ção de área de convívio, promovendo a aproxima-ção da comunidade com

o hospital. Já os lava rodas ficam na saída dos por-tões e são utilizados para que os caminhões não le-vem sujeira para a via pú-blica. Essa é uma questão ambiental que precisa ser respeitada. Quando saem, os caminhões param no local indicado, os pneus recebem um jato de água e o solo barreado cai em uma câmara. Depois de um tempo ele decanta e a água pode ser reaprovei-tada na obra.

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Mais de 280 árvores precisaram ser retiradas do terreno onde serão construídos os anexos I e II, porém, esses exemplares foram transplantados, pois são protegidos ou imunes ao corte, de acor-do com legislações estadual e municipal. É o caso de um butiazei-ro, uma figueira da folha miúda e uma figueira de folha grande. Segundo a bióloga Fernanda Sartorio, que acompanhou o pro-

cesso de remoção e transplante das árvores, alguns passos pre-cisaram ser seguidos para garantir o sucesso do procedimento. “Antes de retirar cinco dessas espécimes, fizemos um estudo do local para onde seriam transplantados. Era necessário que fosse ensolarado e com vento. Após, para a remoção das árvores, a re-comendação era que se escavasse à uma distância de um metro e meio de cada lado e abaixo, para não danificar muito as raízes. Assim, o vegetal é retirado juntamente com um torrão de terra.”A bióloga explicou ainda que, depois de colocada no novo local,

a árvore precisa de fertilizante e cicatrizante de raiz com fungici-

Mais cuidados

da. Além disso, é necessário que se regue to-dos os dias, exceto em dias de chuva. “Durante aproximadamente um ano a árvore permanece fragilizada, por isso acredito que seja um pe-ríodo bom para acompanhamento”, defende Fernanda.Algumas árvores removidas foram transplan-

tadas para a área que fica à margem da rua Ramiro Barcelos, próximo à esquina com a Av. Protásio Alves. Já para compensar os vegetais removidos, será feita uma compensação com o plantio de mais de 2,8 mil mudas.Para que o Hospital de Clínicas pudesse re-

mover as árvores e prosseguir com a expan-são, foi necessário assinar um compromisso de ajustamento de conduta junto ao Ministério Público. No documento estão previstas ações como plantio de espécies nativas e ameaçadas de extinção, acompanhamento do plantio e transplantes das árvores, destinação de recur-sos para recuperação de prédios inventariados, promoção de eventos de cunho cultural e ado-ção da Praça Major Joaquim de Queiroz.

“Antes de retirar cinco dessas espécimes, fizemos um estudo do local para onde seriam transplantada. Era necessário que fosse em um local ensolarado e com vento. Para a remoção das árvores, a recomendação era que se escavasse à uma distância de um metro e meio de cada lado e abaixo, para não danificar muito as raízes. Assim, o vegetal é retirado juntamente com um torrão de terra” Fernanda Sartorio, Bióloga

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O que está por vir

anEXo i

o QuE sErÁ oFErECido o QuE o HosPiTaL TEm HoJE

Área construída 53.981,65 m2 No local, há um estacionamento e um terreno sem ocupação

Subsolos 1 e 2 504 vagas de estacionamento Obs.: somando com anexo II, são 722 novas vagas de estacionamento

180 vagas para usuários externos (estacionamento redondo) Obs.: Para público interno, há 550 vagas abertas e 700 no prédio-garagem

Térreo emergência com 5.159,92 m2 emergência com 1.717 m2, com 49 vagas para adultos e 9 para crianças

2o pavimento Hemodinâmica: 4 salas Vestiário de barreiraAnestesiologia

Hemodinâmica: 3 salas

3o pavimento Recuperação Pós-anestésica: 90 leitos e 60 pol-tronas de recuperação

Recuperação Pós-anestésica: 17 leitos para adultos e 5 pediátricos / 0 poltronas de recuperação

4o pavimento Bloco Cirúrgico + Centro Cirúrgico Ambulatorial: 41 salas de cirurgia / ressonância magnética Salas de aula e de estudos

Bloco Cirúrgico com 12 salas de cirurgia / Centro Cirúrgico Ambulatorial em 16 salas = 28 salas

5o pavimento Centro de Material EsterilizadoLaboratório de PatologiaSalas de aula e de estudos

Espaços serão ampliados para atender o aumento da demanda

6o pavimento Centro de Tratamento Intensivo: 55 leitos Salas de aula e de estudos

Centro de Tratamento Intensivo: 54 leitos7o pavimento Centro de Tratamento Intensivo: 55 leitosnos dois andares (6o e 7o), o hcPA terá leitos de CTI

ANEXO II

O QUE SERÁ OFERECIDO O QUE O HOSPITAL TEM HOJE

Área construída 30.118 m2 No local, há um terreno sem ocupação

Subsolos 1 e 2 218 vagas de estacionamento 180 vagas para usuários externos (estacionamento redondo)Obs.: para público interno, há 550 vagas abertas e 700 no prédio-garagem

Térreo Atendimento ambulatorial Recepção e registro de pacientes

hoje isto é feito em espaço insuficiente

2o pavimento Endoscopia: 10 leitosDiálise: 34 leitos adultos e 2 pediátricos

Endoscopia: 5 leitosDiálise: 19 poltronas

3o pavimento Hospital-dia: 16 leitos adultos e 4 pediátricosNovas instalações da Fisiatria

Hospital-dia: 6 poltronas, 6 salas de TMO, 1 sala de procedimentos, 1 consultório de infectologiaFisiatria com instalações insuficientes

4o, 5o e 6o pavimentos

Salas de aula Serviços administrativos Auditório

Hoje HCPA tem 30 salas de aula

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Ficha Técnica

Consórcio projetista:

nedeff arquitetura, projetos e construções ltda (arquitetura)cau: 8988-5cnpj/mf : 91.451.161/0001-57av. carlos gomes 281 conj. 607, Porto Alegre

SPM engenharia sociedade simples ltda (instalações)crea/rs: 77.356cau: 3133-0cnpj/mf 93.711.133/0001-57rua eça de queiroz, n.º 998, porto alegre

Slab serviços de engenharia ltda - projetak (estrutura)crea/rs - 86636cnpj/mf: 94.435.856/0001-33av. carlos gomes, 1000 conj. 301, porto alegre

Atividades desenvolvidas e profissionais responsáveis técnicos Projeto arquitetônicoProjeto de paisagismoProjeto de comunicação visualProjeto de impermeabilização

Arquiteto ivo Guilherme nedeff – cau 3552-1Arquiteta Andrea Matzenbacher Nedeff Miranda – cau 8988-5

Projeto estrutural – concreto armadoProjeto de fundaçõesEngenheiro Civil José Júlio Alves Tavares - crea rs: 6814 rnp: 2206448211

Projeto das instalações elétricasEngenheiro Eletricista Marcos Schneider - crea rs: 35213 rnp: 2202126805

Projeto das instalações de climatização (ar condicionado – exaustão – ventilação - escadas pressurizadas - instalações de vapor a baixa pressão)

Projeto das instalações de gases medicinaisProjeto de estações de correio pneumáticoProjeto das instalações de tratamento de água para hemodiálise

engenheiro mecânico Vitório Presotto - crea rs: 62216 rnp: 2204011665

Projeto das instalações de prevenção e combate a incêndio Engenheiro Civil Nataniel Bridi dos Santos - crea rs: 122001 rnp: 2201605335

Projeto das instalações hidrossanitárias Arquiteta Márcia Osório Soares - cau: 30632-0

Orçamentos – planilhas de quantitativos, preços, cruva abc e cronograma fisico financeiro da obra

Arquiteta Márcia Osório Soares - cau : 30632-0

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Hospitais driblam a crise hídrica que se alastra por grandes cidades do País

Gestão em tempos de crise

alguns dizem que em tempos de crise surgem as oportunidades. a atual cri-se hídrica, que se alastrou nas princi-

pais cidades do País, mostra que, se as opor-tunidades ainda estão tímidas, no mínimo o País está, de fato, buscando alternativas para tentar corrigir o erro de décadas. mas bem antes desta crise se alastrar, o

Hospital sírio-Libanês já se dedicava em um plano diretor voltado para a gestão hídrica da instituição. o primeiro passo, conforme explica antônio

Carlos Cascão, superintendente de Engenha-ria do sírio-Libanês, é a abordagem do pon-to de vista da tecnologia, ou seja, priorizar o uso de aparelhos de baixo consumo, como torneiras, chuveiros e bacias sanitárias. “isso representa uma redução de 60% a 70%

de consumo. uma válvula hídrica que antes consumia de 15 a 20 litros por acionamento foi substituída por uma que consome seis li-tros por acionamento”, explica. o hospital também investiu na medição de

consumo de forma distribuída. Isso signifi-ca que o gestor sabe exatamente quanto é

o consumo total da instituição e também de cada setor. neste caso, foram

distribuídos 60 hi-drômetros por toda a instituição que for-necem informações em tempo real de cada setor. Por exem-plo, se determinada área consumiu além do permitido é possí-vel traçar ações ime-diatas para corrigir os erros e, assim, não desperdiçar água. além disso, o sírio-

-Libanês também in-vestiu em uma esta-ção de tratamento de água e de efluentes. na primeira, realiza--se a captação e fil-tração da água das

chuvas. Já na estação de efluentes, separa--se água negra (de bacias e de cozinha com gordura, por exemplo) da água cinza (chuveiro, la-vatórios, pias, etc). a água é captada de forma separada, passa pela estação de tratamento e por um completo pro-cesso de filtragem. “Conseguimos uma

reutilização da or-dem de 100 a 120 m³ por dia de água de reuso. Esse volume é extremamente sig-nificativo, pois ba-sicamente atende a necessidade das tor-res de resfriamen-to do sistema de ar

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dutores de vazão nas torneiras, chuveiros e bacias sanitárias, mantendo as vazões conforme norma preconizada e utili-zando materiais cer-tificados. além de mudar

equipamentos, o HCor reaproveita a condensação gerada pelos equipamentos de vapor, como as máquinas secadoras da lavanderia. o ob-jetivo é reaproveitar a água que seria dis-pensada no sistema de captação, uma economia que re-presenta 600 m³ por mês.

condicionado”, ressalta Cascão. Para essa estação de tratamento foram in-

vestidos cerca de r$ 1,2 milhão. Já a auto-mação e a medição segmentada foi cerca de r$ 400 mil. “isso não só garante a sustentabilidade am-

biental, como também a econômica da insti-tuição. É inquestionável que a água se torna-rá um recurso cada vez mais caro e restrito, por isso a urgência de usá-la com eficiência. o começo para solucionar o problema é me-dir de forma segregada e investir no reuso. Esse é o caminho que todos vão ter que pas-sar”, salienta.

Planejamentono caso do Hospital do Coração (HCor),

quando termina o ano, todos os departa-mentos fazem um orçamento baseado no planejamento estratégico. Para a gestão hí-drica, que compõe o custo institucional, são traçadas metas de consumo, baseadas no histórico e nos projetos de redução de con-sumo. “mensalmente, esses dados de consumo

são monitorados em forma de indicadores a fim de verificar se o consumo realizado no período está em consonância com o con-sumo projetado. Com esses dados é feita a análise crítica para promover as correções necessárias, cumprindo a meta conforme o planejamento”, explica Gleiner F. ambrosio, Gerente de Engenharia do HCor. Com esse objetivo, o hospital já investiu

cerca de r$ 100 mil em diversos projetos nos últimos quatro anos. “a superintendência de operações incumbiu a engenharia de traçar vários planos a fim de utilizar o recurso hí-drico com maior eficiência. Elaboramos pro-jetos que, hoje, se revertem em economia e melhor gestão do recurso”, explica.Com esses sistemas inovadores, foi pos-

sível evitar o desperdício de 3.500 m³ por

mês de água, o que representa uma eco-nomia anual de r$ 550.200,00. Entre os projetos

estão o reaproveita-mento da conden-sação gerada pelos equipamentos a va-por (lavanderia, au-toclave, panelas a vapor) com a finali-dade de reaproveitar a água que seria dis-pensada no sistema de captação.Houve também uma

atualização tecnoló-gica dos equipamen-tos a fim de diminuir o uso da água para o seu funcionamento, sendo instalados re-

“É inquestioná-vel que a água se

tornará um recurso cada vez mais caro e restrito, por isso a urgência de usá--la com eficiência”.

Antônio carlos cascão,

Superintendente de engenharia do

Sírio-Libanês

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Transformando espaçoscasarões antigos dão lugar a clínicas médicas através do retrofit

Sendo o retrofit o recurso para adaptar uma construção às exigências de um novo ou

mesmo programa arquitetônico adequando-o às normas vigentes e às novas tecnologias, este não pode ser caracterizado como uma refor-ma ou restauração. Neste processo, todo o edifício passa por modifica-ções mantendo a essência arqui-tetônica da sua linguagem, porém renovando as instalações gerais. “Busca-se também uma adequação da linguagem arquitetônica consi-derando os aspectos contemporâ-neos além de soluções técnicas para facilitar a manutenção”, salienta Jo-nas Badermann, Diretor da Bader-

mann Arquitetura. Especialmente, quando esse proces-

so é realizado para conversão de um ambiente comum em um ambiente de saúde, como no caso de casas an-tigas ou de serviços, deve-se avaliar com um olhar crítico todos os aspec-tos da construção, desde a cobertu-ra, passando por forros, alvenarias, revestimentos, entre-pisos (normal-mente nas construções antigas de madeira), esquadrias, instalações elé-tricas e hidráulicas, impermeabiliza-ções até, muitas vezes, as fundações. “No caso de ambientes de saúde

as exigências são ainda maiores, pois deve-se corresponder às várias exigências normativas, sendo que

as que mais impactam são as sani-tárias, pela necessidade de se cum-prir com os programas, dimensões e áreas obrigatórios, dotar de instala-ções especiais como gases medici-nais e ar-condicionado e troca de ar, por exemplo”, explica Badermann.Segundo o arquiteto, além dis-

so, deve-se observar os aspectos de acessibilidade não só relativos às rampas de acesso aos serviços, mas também à circulação de de-pendentes de cadeiras de rodas nos espaços interiores. Outro grande aspecto desafiador é fazer o edifí-cio corresponder à segurança frente aos incêndios que muitas vezes exi-ge incorporar áreas significativas.

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O que motiva este tipo de mudan-ça, normalmente, é a necessidade de ampliar o mercado e de introduzir novas tecnologias e especialidades, oferecendo segurança aos clientes e aos processos. “Assim, deve-se ava-liar considerando uma metodologia que analise o mercado, o programa de necessidades, a imagem do ser-viço, os fluxos e os custos”.Para Badermann, o retrofit se jus-

tificaria caso, após essa avaliação, percebermos que se alcançariam os benefícios com custos adequados ao lugar da demolição com uma nova construção. “Nem sempre o retrofit é recomendável; muitas vezes é preferível a demolição e a construção de algo novo”, observa.o arquiteto possui experiência

no assunto, pois em seu escritório já desenvolveu inúmeros retrofits. Desde residências adaptando-as

para clínicas médicas até de antigas residências que foram adaptadas para funcionarem como residenciais geriátricos.o projeto mais significativo foi o

retrofit feito para a clinionco, em Porto Alegre (rS), no qual uma anti-ga residência foi adaptada para fun-cionar como Clínica Médica. “Utiliza-mos praticamente todos os espaços da antiga residência admitindo no-vas funções, e ampliamos o volume original em direção ao jardim para que pudéssemos implantar uma ca-feteria”, lembra. Criou-se no espaço um jardim de

caráter oriental que junto com a ca-feteria oferece um ambiente huma-nizado aos pacientes. Posteriormen-te, no jardim, uma fonte foi adotada por um sabiá que entretém os pa-cientes e acompanhantes. “Em fren-te à casa implantamos um elevador

para o transporte vertical dos pa-cientes. A garagem foi transforma-da em auditório para os programas de educação continuada e eventos científicos”, conta.A humanização foi trabalhada des-

de o partido arquitetônico, colo-cando os usuários como centro das atenções. “Além disso, propomos sempre a integração com os espa-ços exteriores, o aproveitamento da luz natural, a utilização de cores adequadas às atividades, etc”.Quando foram definidos os con-

ceitos vinculados à humanização, os arquitetos consideraram um boa resolução lumínica pelo fato de que grande parte daquilo que as pes-soas percebem origina-se daquilo que enxergam. “Grande parte das fadigas estão relacionadas a uma má resolução lumínica”, finaliza Jo-nas Badermann.

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Com o objetivo de proporcionar um ambiente mais humanizado para pacientes, acompanhantes e profissionais da saúde, a Branno Tin-tas e Revestimentos está disponibilizando linhas voltadas especial-

mente para o ambiente hospitalar: Pietra Preziosa, Branni Nobile e Finezza Preziosa Naturale. Todas possuem cores clássicas e têm a luminosidade como destaque em suas linhas de texturas de parede através de um amplo leque de opções.

Os produtos utilizam fragmentos de pedras semipreciosas brasileiras em sua fabricação, as texturas de parede são sustentáveis, hidrorepelente, antibactericida e antimofo. Já a cor é natural da pedra, por isso não sofre desbotamento devido as intempéries do tempo.

Teto e Paredes

Visando a integração do usuário com o ambiente, a Docol aca-ba de lançar banquetas articuláveis. O novo produto propor-ciona maior conforto, autonomia e segurança para o usuário

na hora do banho e foi desenvolvido em material termoplástico de fácil limpeza. Sua estrutura de alta resistência confeccionada em aço inox suporta até 150 kg.

As banquetas atendem à norma brasileira de regulamentação da acessibilidade (NBR 9050). Além disso, podem ser instaladas em paredes de alvenaria e possuem alças de apoio e assento amplo que facilitam o banho de portadores de necessidades especiais.

A Votorantim Cimentos está inovando através de seu lançamen-to Decoratta, voltado para o acabamento fino de tetos e pa-redes, internas e externas, que substitui a massa corrida ou

o gesso. Com aspecto final liso, a principal vantagem do produto é que dispensa o lixamento depois de aplicado, o que resulta em muito mais agilidade, limpeza e economia na obra.

O produto é aplicado usualmente em duas demãos, sendo de ape-nas meia hora o intervalo entre elas. A aplicação é feita com equipa-mentos já disponíveis no canteiro, não exigindo nada diferente do usual. A mão de obra não precisa ser especializada, mas deve ser trei-nada para que o resultado do produto seja totalmente aproveitado.

Tintas e revestimentos

Banqueta articulável

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Evento: ABDEH Regional RS: Sustentabilidade da Saúde - Palestra Sustentabilidade da Saúde com Barney Pavandata: 25 de marçoinformações: [email protected] ou pelo fone (051) 8128-8177

Evento: Feicon Batimat Feira da construção com novidades em produtos e treinamentosLocal: Anhembi, São Paulo-SPdata: 10 a 14 de março

Evento: ABDEH Regional DF: Inovações e perspectivas da saúde – palestra com Arq. João Carlos Bross seguida de debateLocal: Universidade Católica de Brasília, Brasília - DFdata: 24 de março

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