Revista Fitness Busines - Agosto 2011

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12 a 4 0 2 5 IHRSA FITNESS BRASIL MIL MILHÕES EM NEGÓCIOS VISITANTES Fitness Business Fitness Business JUL/AGO 2011 N O 54 LATIN AMERICA CARREIRA CRESCE A PROCURA POR CUIDADORES. COMO FAZER PARTE DESSE MERCADO? ATIVE O BLUETOOTH MOBILE MARKETING PODE CONTRIBUIR PARA FIDELIZAR ALUNOS DE OLHO NO RINGUE MMA tornou-se uM iMportAnte NICHO DE NEGÓCIO PARA AS ACADEMIAS WALTER LONGO, UM DOS GRANDES GURUS DO MARKETING NO BRASIL, FALA SOBRE A erA do nexiAlisMo e coMo isso AfetA A indústriA do beM-estAr É HORA DE SE ATUALIZAR CARLOS ALBERTO SARDENBERG GABRIEL CHALITA PALESTRANTES INTERNACIONAIS PROFESSIONAL PREMIUM CONFERENCE

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Revista Fitness Business

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conselho editorialpresidente do instituto fitness brasil: Waldyr soaresceo e presidente da iHrsA: Joe Moore

Fitness brasil contato:Gustavo de [email protected]

ihrsa contato:Jacqueline [email protected]

Projeto editorial e redação

rua sud Menucci, 154 – Vila Marianacep: 04017-080 – são paulo – sp – brasiltel./fax: (11) 5080-9100

diretora de redação:leila Gasparindo – Mtb [email protected]

editora-chefe:Helen Garcia – Mtb [email protected]

editor:Adriano Zanni – Mtb [email protected]

reportagens:Adriano Zanni, André salvagno e caroline pellegrino

Projeto gráficoArthur siqueira

diagramação:Arthur siqueira e celso barbosa

revisão:Gisele c. batista rego (istárion)

Para assinar e/ou anunciar:[email protected]: (11) 5095-2699 ramal 635

impressão: eGM Gráfica

A fitness business latin America é uma publicação bimestral do instituto fitness brasil em parceria com a iHrsA. É editada pela trama comunicação que não se responsabiliza por informações, conceitos ou opiniões emitidos em artigos assinados, bem como pelo teor dos anúncios publicitários. A tiragem desta edição, de 10 mil exemplares, é comprovada pela bdo trevisan.

Parceiros oFiciais

e mais:05 Termômetro 06 Websurf 08 Entrevista Walter Longo12 Vitrine Dia dos Pais14 Mercado & Tendências

Compras coletivas18 Carreiras Quem são os cuidadores?22 Marketing Mobile marketing30 Mercado & Tendências Ringue de lutas em academias34 Mercado & Tendências Treinos militares38 Gestão/RH Como promover

agilidade e produtividade42 Caso de Sucesso Professor Paçoca44 Políticas Públicas Salvador (BA)48 Inovação O médico nas academias52 Carreiras O personal diet56 Equipamentos & Cia Aparelhos para trabalhar peito e costas58 Artigo

caPa12ª IHRSA FITNESS BRASILMaior evento do trade na América Latina deve movimentar R$ 40 milhões em negócios e cerca de 25 mil visitantes

sumário

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Ação

á 25 anos, quando a Fitness Bra-sil iniciou suas atividades na área de congressos e educação, hones-

tamente, não imaginava que tudo que foi realizado até hoje em prol da atualização dos profissionais educadores chegasse ao patamar onde está.

Senão, vejamos: o Brasil tornou-se o 2º maior mercado de academias do mundo, com mais de 18 mil estabelecimentos (da-dos “fresquinhos” da IHRSA); temos um contingente de quase 200 mil educadores físicos; os negócios ligados à saúde e ao bem-estar no Brasil cresceram muito aci-ma da economia nos últimos três anos; se-remos protagonistas de eventos mundiais que têm o educador físico como recurso essencial; a atividade física tornou-se fator fundamental para a melhoria da qualidade de vida da sociedade; a iminência do anún-cio de políticas públicas de saúde e as no-vas regras para descontos nos planos para quem pratica atividade física prometem alavancar novos nichos de atuação.

Porém, nem tudo é perfeito. Sabemos de nossas deficiências em educação. Temos ta-lento, sim. Mas ainda falta garra para ser-mos mais, falta percepção de que podemos ser mais e, porque não, falta audácia para nos sentirmos especiais diante do mundo que já nos enxerga dessa maneira.

Acredito piamente que, cada vez mais, o educador físico será um especialista, assim como já acontece com os profissionais da medicina. E é por isso que, com muito ca-

rinho, respeito e humildade, envolvemos as melhores cabeças pensantes da pesquisa e da educação do Brasil na formatação do Módulo Professional Premium Conference, um programa inédito e diferenciado com a proposta de colocar ainda mais o educador físico brasileiro no topo do mundo da ativi-dade física, que será lançado durante a 12ª edição da IHRSA FITNESS BRASIL.

A reportagem sobre o assunto você confere nas páginas desta edição, assim como uma entrevista brilhante com o guru Walter Longo, um dos keynote speakers do evento que acontece em São Paulo e deve movi-mentar mais de R$ 40 milhões. O consultor de marketing fala sobre o “nexialismo” no mundo dos negócios.

E ainda temos: o universo das compras coleti-vas nas academias, o impulso dado pelo MMA e outras lartes marciais aos negócios de mui-tos empreendedores, a carreira em ascensão do personal diet, entre outros temas.

Se há 25 anos jamais pensei que por meio da Fitness Brasil e do Instituto Fitness Brasil fosse me apaixonar e ser fascinado com a difícil, porém maravilhosa, tarefa de educar e transformar a vida das pes-soas, algumas dessas páginas a seguir nos conduzem a crer que estamos realmente no caminho certo!

Saúde e bem-estar,

Waldyr SoaresPresidente do Instituto Fitness Brasil

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Brasil é 2º no ranking No mês de junho, foi divulgado o The IHRSA Global Report 2011 com informações atualizadíssimas do setor.

O Brasil continua sendo o 2º país do mundo em número de academias, atrás somente dos Estados Unidos. Com cerca de 18,2 mil estabelecimentos ativos, o mercado nacional faturou, em 2011, aproximadamente US$ 2,2 bilhões.

ampliação do target O grupo Bodytech, especializado em atender o consumidor de renda mais alta, também começa a segmentar suas marcas para abocanhar outras fatias do bolo na indústria do bem-estar, principalmente aquela representada por clientes que priorizam infraestruturas menos complexas para malhação.

Com base nesse novo cenário, as academias Fórmula, parte da rede Bodytech, devem suavizar mensalidades, com valores a partir de R$ 89, dependendo da localidade onde se encontram. As “novas” Fórmula têm estrutura semelhante, com os mesmos equipamentos e aulas, mas sem sauna ou piscina, diz Mario Esses, presidente da Fórmula. O investimento no plano para crescimento do grupo é estimado em R$ 50 milhões. Em dois meses da operação, a nova marca já tem duas franquias em Copacabana, vai abrir duas na Tijuca, na zona norte carioca, e em cidades como São Gonçalo e Duque de Caxias.

mais de 6 milhões de votos A Cia Athletica faturou pela segunda vez consecutiva o prêmio Alshop Lojista na categoria prestação de serviços. Promovida pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping, a premiação acontece há 13 anos e avalia o desempenho de empresas que atuam nos shopping centers do País. “Foram mais de 6 milhões de votos. Isso mostra o reconhecimento que temos no mercado e o carinho que nossos alunos têm pela marca”, comemora Richard Bilton, diretor-presidente da rede.

esportes radicais em evidência A polêmica vem do Mato Grosso, onde um projeto de lei estadual visa regulamentar a prática de modalidades esportivas que envolvam altas doses de adrenalina. Cuidados com equipamentos de segurança, informações completas sobre os riscos, cadastros atualizados com dados pessoais de praticantes e cópia da declaração de ciência de risco do esporte a ser praticado são alguns dos fatores que passarão a ser exigidos

das empresas e profissionais envolvidos com essas atividades.

Entre os esportes regulamentados pela proposta estão, por exemplo, arvorismo, atividades ciclísticas, atividades em cavernas, atividades equestres, atividades fora de estrada, bungee-jump, rapel, tirolesa, rafting, boiacross, mergulho, windsurfe, balonismo, paraquedismo, voo livre e caminhadas de longa duração!

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adidas cria game no FaceBook Para divulgar a linha Adizero, que tem como objetivo melhorar a performance do consumidor, tornando-o mais rápido em esportes como futebol, tênis, basquete e corrida, a Adidas criou um aplicativo em forma de game para os usuários do Facebook. O objetivo é que o jogador possa desafiar seus amigos nas diferentes modalidades, testando sua agilidade. O aplicativo está disponível no site http://apps.facebook.com/adidasallfast.

emagrecendo pela weB O www.desafiodietshake.com.br, portal da Nutrilatina, é um ponto de encontro de dicas de saúde, boa forma e beleza, além de receitas para emagrecimento saudável para mulheres. Voltado para mães, profissionais e esposas, o site é integrado às principais redes sociais e conta com uma ferramenta que permite à internauta criar um cardápio personalizado. Segundo a Nutrilatina, o público-alvo do portal passa 39 horas por semana, em média, na internet. Além disso, 67% dessas mulheres utilizam a web para conseguir informações sobre produtos ou serviços antes de comprá-los.

spas a um só clique A procura pelo bem-estar encontra na tecnologia um forte aliado. Para facilitar a localização dos spas associados, a Associação Brasileira de Clínicas e Spas desenvolveu um aplicativo para os equipamentos da marca Apple. Com o programa, é possível ter acesso à lista completa de spas e, por meio de um sistema de busca que leva em consideração os arredores, localizar via GPS o mais próximo de onde a pessoa estiver. Uma boa opção para quem desejar fugir do trânsito estressante fazendo uma parada na unidade mais próxima. O download do aplicativo pode ser feito no site www.abcspas.com.br.

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errataNa edição 53 da Fitness Business, na seção “Políticas Públicas”, página 24, na fala atribuída ao entrevistado Tavicco Moscatello, diretor de Conteúdo Técnico do Instituto Fitness Brasil, em que se pode ler: “cerca de 50 pessoas são atendidas, no local, mensalmente”, leia-se: “600 pessoas são atendidas por mês”.

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Walter longoentrevista

por adriano Zanni

PARA o conSulToR WAlTeR lonGo, um doS “keynoTe SPeAkeRS”

dA IHRSA FITneSS BRASIl, A mulTIPlIcIdAde de oPçõeS de mídIA e

A vARIedAde ImenSA de “TARGeTS” e oBjeTIvoS TRAnSFoRmARAm

A Função do mARkeTInG, exIGIndo PReSençA de PRoFISSIonAIS

nexIAlISTAS e não APenAS de eSPecIAlISTAS em Seu comAndo

a hora e a vez dos nexialistas

esse novo mundo de infini-tas possibilidades, o porte de uma organização tornou-se

irrelevante. Mais importante que o tama-nho da empresa é a dimensão de seus ob-jetivos e ideias.” A afirmação é contunden-te e reflete a era do nexo em que estamos inseridos, em que as coisas e, sobretudo, as estratégias de negócios precisam ter uma razão em si para existir e não apenas servir como meios.

O autor da frase acima é Walter Longo, consultor em marketing que já apresen-tou o programa “O Aprendiz” ao lado de Roberto Justus, na TV Record. Em en-trevista exclusiva, o administrador de empresas com MBA na Universidade da Califórnia (EUA), afirma que estamos atravessando uma fase de profundas transformações só comparável à Revolu-ção Industrial, que mudou o mundo.

Longo é um dos keynote speakers da 12ª IHRSA FITNESS BRASIL, entre 1º e 3 de setembro, em São Paulo. O atu-al mentor de estratégia e inovação do Grupo Newcomm – holding de comuni-cação do Grupo WPP que inclui as agên-cias Young & Rubicam, Wunderman e

Energy, entre outras – trata do nexialis-mo e outras mudanças de paradigmas na comunicação empresarial.

Como o senhor analisa as rupturas de paradigmas no marketing e de que forma as empresas estão se adequan-do ao novo cenário?Walter Longo – A nova realidade digital possibilitou o acesso de qualquer pessoa a toda cultura e informação gerada e pro-duzida pelo homem, ao toque de um bo-tão do computador ou celular. Isso muda tudo. Estamos nos tornando oniscientes,

onipotentes e onipresentes. Podemos entrar em qualquer biblioteca do plane-ta, falar com pessoas que estejam em qualquer lugar do mundo, saber o que quiser na hora que der vontade; enfim, estamos brincando de Deus e nos trans-formando de homens em super-homens com novos superpoderes.

Parece claro, portanto, que, com tudo isso mudando, não podemos imaginar que a comunicação institucional das em-presas vai continuar sendo feita da mes-ma maneira e se utilizando das mesmas ferramentas. A multiplicidade de opções de mídia e a variedade imensa de targets e objetivos transformaram a função do marketing exigindo a presença de nexia-listas e não apenas de especialistas em seu comando.

O senhor acredita que atravessamos um momento de rompimento total com meios e formas de comunicar as coisas ou estamos incrementando os processos por meio da convergência midiática?Walter Longo – Até pouco tempo atrás, acreditávamos nos fenômenos da conver-gência e multimídia. Hoje, a visão é inver-sa: estamos a caminho da divergência e da unimídia. Divergência no sentido da pulverização das audiências e persona-lização temática. E unimídia no sentido de um só aparato que, sem dúvida, será mobile, onde tudo poderá ser acessado de lá. Por isso, estamos em uma fase de ruptura, onde o que é tradicional já não vale mais e o que é novo ainda não substi-tui o antigo em todas as suas dimensões. Viver e trabalhar nessa fase de transição é um grande desafio.

De que forma o senhor acredita ser possível combinar a revolução digi-tal com a gestão empresarial? Existe uma receita básica para o micro, pe-queno ou médio empresário da atua-lidade que não goza de uma estrutura

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sistemas colaborativos de gestão estão transformando o cenário profissional em todo o mundo e o setor fitness não vai escapar a esse tsunami administrativo

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tão grande de marketing, tampouco de grandes recursos para investir nesses canais?Walter Longo – Para entrar no uni-verso digital, não precisamos aprender algo, e sim esquecer tudo; rever todos os paradigmas que nortearam nossas deci-sões até aqui. E poucas empresas estão se apercebendo dessa nova realidade. Nesse novo mundo de infinitas possibilidades, o porte de uma organização tornou-se irrelevante. Mais importante que o ta-manho da empresa é a dimensão de seus objetivos e ideias. Até pouco tempo atrás, ser grande significava poder e seguran-ça. Hoje, esse conceito morreu. Empre-sas maiores têm grande dificuldade de adaptação às mudanças e as pequenas le-vam uma enorme vantagem competitiva pelo dinamismo e flexibilidade. Sistemas colaborativos de gestão estão transfor-mando o cenário profissional em todo o mundo e o setor fitness não vai escapar a esse tsunami administrativo.

Como o senhor enxerga o conceito do “nexialismo”, a busca do nexo nos ne-gócios e nas relações?Walter Longo – O nexo é inerente ao raciocínio humano. Pessoas precisam de nexo como de alimento e água. Quando uma marca ou uma empresa desenvol-ve várias atividades de comunicação que não possuem nexo entre si, acaba pro-jetando uma imagem esquizofrênica e gerando dissonância cognitiva. Os con-sumidores, então, distanciam-se dessa marca por não entender seus objetivos e missão. A multiplicidade de opções de mídia, a segmentação das audiências, a busca pelo resultado imediato e a diver-sidade dos objetivos de marketing es-tão gerando uma enorme perda do nexo no marketing em todo o mundo. E o Brasil não é exceção.

Hoje, falamos sobre o marketing experiencial. Em se tratando de aca-demias de ginástica e dos negócios d

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Walter longoentrevistavoltados ao bem-estar, de que forma os empresários podem estar atentos para lançar mão disso em suas orga-nizações? Como é possível ainda ino-var nesse campo?Walter Longo – Os dois segmentos do marketing que mais deverão crescer nos próximos anos são o digital e o ex-periencial. No digital, destacam-se as redes sociais, os games e o crescimento de conteúdo “long tail”. No experiencial, o que mais vai crescer são os eventos, showrooms, test drives e outras formas de experimentação. Qualquer empre-sário, de qualquer setor, tem de prestar atenção nesses dois formatos de apro-ximação de seus públicos. A mídia tra-dicional está perdendo relevância e pes-soas querem cada vez mais participar e não somente ler ou assistir. Essa é uma tendência sem volta.

Como o senhor analisa a participa-ção das empresas nas mídias sociais atualmente? Este ainda é um oceano de possibilidades a ser explorado ou já temos um norte a seguir?Walter Longo – Há uma grande miopia da maioria dos anunciantes que tentam utilizar as redes sociais como ferramenta de comunicação, repetindo fórmulas, con-teúdo e jargões da mídia tradicional. Rede social não é uma ferramenta de comunica-ção, e sim de relação. Nela, tudo é diferen-te da propaganda e precisa ser conduzida de maneira próxima, personalizada e ime-diata. Na verdade, ainda estamos apren-dendo a nos relacionar com esse novo tipo de consumidor que está surgindo, e não é tentando fazer propaganda em redes so-ciais que vamos nos aproximar deles.

O ato de liderar é inerente à existên-cia, sendo que o homem desenvolveu determinadas competências que per-mitiram algumas pessoas destaca-rem-se das outras. Como trabalhar a liderança nos dias atuais? Que tipo de líder o mercado contemporâneo necessita hoje?

Walter Longo – Empresas e líderes em-presariais imaginam que podem ter suces-so apenas disseminando sua cultura pela organização. Isso é essencial, mas não su-ficiente para garantir o futuro em momen-tos de transição e quebra de paradigmas. Além de disseminar cultura, os líderes pre-cisam nutrir rebeldes a seu redor. Cada dia mais, precisamos ter ao nosso lado pes- soas que não perguntem apenas “como?” e “por quê?”, e sim que questionem “por que não?”. Pensar o impensável em uma era de infinitas opções é crítico para garantir o futuro de qualquer organização.

Qual o grande calcanhar de aquiles do empresariado brasileiro quando o assunto é canalização de recursos para o marketing/comunicação? O senhor acredita que essa concepção de que investir em marketing é des-pesa e que, em tempos de crise, é preciso direcionar os recursos dessa área para outras mais profícuas den-tro de uma organização já teria mu-dado ao longo dos anos? Walter Longo – Propaganda é uma fer-ramenta estratégica que está sendo de-finida, em sua maioria, por táticos que assumiram o poder nas organizações. O comando de marketing das empresas tem estado mais preocupado com o fim do mês que com o fim do mundo, olhan-do mais para os acionistas que para o consumidor e buscando fechar quotas trimestrais de venda, mesmo que isso represente fechar portas e oportunida-des futuras.

Estão em busca de soluções de curto pra-zo que deterioram a relação com o merca-do e isso pode ter grandes repercussões negativas na imagem da marca. Profis-sionais importantes do setor de comu-nicação têm uma missão evangelizadora de não deixar que agências e anunciantes estejam apenas em busca do resultado a qualquer custo e prossigam no equívoco de confundir mensurar com quantificar, gerando uma energia que acaba produ-zindo apenas calor ao invés de luz.

além de disseminar cultura, os líderes precisam nutrir rebeldes a seu redor

Seremos sede de dois importantes eventos esportivos nos próximos cin-co anos, a Copa e as Olimpíadas. Que atitudes o brasileiro ainda precisa desenvolver para fazer bem a lição de casa nesse cenário positivo que temos pela frente?Walter Longo – O cenário é positivo, porém, preocupante. Estamos perdendo tempo em assuntos irrelevantes e deixan-do o mais importante para fazer depois. Os próximos quatro anos se caracterizam pela maior oportunidade que este País já teve de se transformar em uma nação séria e respeitada aos olhos do mundo. Temos simpatia e carinho mundial, mas nos fal-tam admiração e respeito. E essas caracte-rísticas se conseguem apenas com muito trabalho e seriedade. E por isso, até agora, o cenário é preocupante. Se continuar assim, perderemos uma gigantesca oportunidade de negócios e posicionamento global.

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odos sabem: agosto é o mês dos pais. Por isso, resolvemos trazer al-

gumas ideias descoladas para presentear não somente os papais atletas, os que gostam de malhar, como aqueles que pretendem iniciar alguma ati-vidade física.

São diversas opções de aces-sórios e produtos inovadores, com tecnologia de ponta, dis-ponibilizados em retribuição para quem já suou literalmente a camisa acompanhando mo-mentos importantes da vida de seus filhos. São dicas incríveis!

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Para os malhadores e esPortistas de Plantão

pode lavar, pode mergulhar!O modelo de fones de ouvido lançado pela Philips (SHQ3017) é lavável, à prova d’água e de suor e foi desenvolvido com materiais antibactericidas, o que permite que estejam sempre higienizados, independentemente do esforço realizado durante o exercício. Os fones trazem também três opções de tamanhos de revestimento, para o encaixe perfeito na orelha. O som gerado é de alta qualidade, com graves mais potentes para dar energia extra ao treino.preço: R$ 159,90onde encontrar: www.philips.com.br

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O Nike + SportWatch GPS é simples e intuitivo,com apenas três botões e uma tela de toque para navegação. Durante a corrida, o relógio captura as informações de localização, enquanto mostra aos corredores tempo, distância, ritmo e calorias queimadas. O receptor GPS trabalha em conjunto com o sensor Nike+ do tênis para oferecer dados altamente precisos. preço: Não divulgadoonde encontrar: www.nikerunning.com e www.store.nike.com

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tudo ao mesmo tempo, agora!TA mochila Backpack Reebok é feita em poliéster, com estampa gráfica com o tema “pixels”. Possui compartimento para laptop, diversos outros laterais, compartimento interno para iPod e estampa frontal com detalhes contrastantes. A cor é preta. Também serve para guardar o squeeze e demais objetos pessoais.preço: 149,90 onde encontrar: www.reebok.com.br

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pode montar o set list O porta iPhone e iPod Nano é feito em elastano neoprene e possui uma

alça para prender no braço. Ele é excelente para o papai que adora tecnologia e gosta de ouvir as canções favoritas durante o treino.

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compras coletivasmercado & tendências

academias têm anunciado ofertas em sites de compras coletivas para divulgação da marca e captação de novos alunos. esta prática, no entanto, surte mais efeito para grandes redes. em academias de bairro, estratégia deve ser diferente

upor andré salvagno

ma pesquisa divulgada pela empresa comScore, em ju-nho, aponta que o Brasil é o

líder de acessos a sites de compras coletivas na América Latina. Outro estudo, realizado pelo Ibope Nielsen Online, informa que, no País, o nú-mero de usuários ativos em sites de cupons e recompensas aumentou de 15 milhões para 18,6 milhões, entre fevereiro e março deste ano.

Ainda não há nenhum estudo de-talhado sobre as compras coletivas relacionadas a academias de ginás-tica. Mas, pelo o que comentam os representantes dos próprios sites de ofertas, trata-se de um nicho que vem

crescendo nos últimos meses e apre-senta boas perspectivas. “A maior parte do público que compra cupons de academias é constituída de jovens que se preocupam com questões es-téticas e de bem-estar”, informa Pedro Guimarães, sócio-fundador do site Imperdível.

Ele comenta que entender quem é o consumidor é particularmente importante para as academias na hora de anunciar uma oferta. Se-gundo Guimarães, as pessoas que frequentam esses estabelecimentos moram ou trabalham a um curto raio de distância. Sendo assim, não adianta disparar uma oferta para

oferta:malhação que cabe em seu bolso!

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malhação que cabe em seu bolso!

uma base gigantesca de usuários, se uma pequena parte deles está próxi-ma à academia.

Por isso, o Imperdível, por exem-plo, está investindo em uma tecnolo-gia chamada Data Line, justamente para entender onde as pessoas moram e qual o padrão de consumo delas.

Letícia Leite , diretora de co-municação do site Peixe Urbano, entende que, para uma academia obter êxito em ofertas de compras coletivas, quanto mais unidades ela tiver, melhor. Contudo, ela tam-bém não descarta a possibilidade de academias de bairro também se utilizarem da estratégia de com-pras coletivas. “Para as menores, nós segmentamos a oferta para um bairro específico, mas o público é menor”, acrescenta.

O Peixe Urbano, criado no início de 2010, anuncia ofertas de des-contos em academias desde que co-meçou suas atividades. Atualmente, o site conta com cer-ca de 10 milhões de usuários cadastrados. Graças às ofertas, con-sumidores já puderam economizar R$ 400 milhões com os quase 6 milhões de cupons vendidos. “As ofertas em academias, no to-tal, proporcionaram mais de R$ 11 milhões de descontos aos nos-sos usuários até o mo-mento”, revela Letícia.

As promoções em sites de compras cole-tivas geralmente ofe-recem descontos consi-deráveis, que, às vezes, chegam a 90%. Por isso,

o lucro não é imediato e não virá com a venda de cupons, mas com a renovação de contrato e a perma-nência do cliente após o encerra-mento da oferta.

Segundo a diretora de comuni-cação do Peixe Urbano, o anúncio da oferta funciona para divulgação da empresa. Após o encerramento da ação e a conquista dos novos clientes que adquiriram os cupons, o trabalho não termina. É o mo-mento de acompanhar a experiên-cia do novo aluno, saber se ele está gostando da academia e prestar toda a atenção pós-venda, pois isso otimiza o resultado da ação.

Um dos pontos positivos para as academias que anunciam ofertas de compras coletivas é a possibilidade de saber o resultado rapidamente. Em questão de horas dá para saber quantos cupons foram vendidos e, assim, o estabelecimento pode se preparar para atender aos novos usuários com qualidade.

Passo a Passono peixe urbano, as empresas interessadas em anunciar entramem contato pelo site. As solicitações são analisadas e filtradas, considerando o tamanho do estabelecimento, a estrutura de atendimento e a credibilidade da empresa e dos profissionais.

“toda oferta que vai ao ar é uma recomendação que estamos fazendo. por isso, temos uma preocupação muito grande com a seleção dos parceiros”, conta letícia.

passando pelo filtro, o estabelecimento recebe a visita de um representante local, que faz a avaliação e negocia os detalhes da oferta com o parceiro. É levantada a capacidade de atendimento, quantos clientes a academia possui e quantos ela pode suportar, mantendo a mesma qualidade. isso permite o cálculo da quantidade de cupons a serem vendidos para que o estabelecimento consiga dar conta da demanda.

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compras coletivas mercado & tendências

curiosidade

outro nicho cujo número de ofertas tem crescido é o de suplementos e vitaminas.

recentemente, o peixe urbano anunciou a seguinte oferta: 70% de desconto em Whey protein isolate 900g neo nutri + 60 cápsulas de bcAA neo nutri na premier nutrition (de r$ 132,50 porr$ 39,99). A ação resultou na vendade 3 mil cupons. “são ofertas que não fazíamos antes, mas fizemos alguns testes recentemente e deu muito certo”, destaca a diretora de comunicação do site.

Fidelizar é PrimordialA proposta da compra coletiva

é fidelizar os clientes, não apenas oferecer descontos pontuais. E para ser atrativa, a oferta, antes de tudo, precisa apresentar descontos agres-sivos. Em uma ação com a Academia Fit Premium, por exemplo, o descon-to do Peixe Urbano foi de 80% em um plano trimestral.

do a coordenadora de Marketing da academia, Noara Pozzer, sempre que recebe uma proposta do tipo, a Ecofit Club faz alguns questiona-mentos internos, tais como:• aofertaatingenossopúblico-alvo?• conseguiremos atender a neces-

sidade das pessoas que efetuarem a compra?

• será que ao invés de promover aprática saudável de atividade fí-sica, estamos contribuindo para o consumismo?

• estaremos respeitando nossos jáclientes que tiveram um valor dife-rente na hora da compra?

Após algumas reuniões em con-senso, Noara revela que a academia pensa em diversos tipos de oferta, como planos mensais, aulas espe-cíficas, aulas especiais e outras. Contudo, a conta de benefícios aos clientes ainda não bateu. “Por isso, ainda não anunciamos nesses sites. Mas estamos abertos a novas pos- sibilidades, desde que tudo vá ao encontro de nossos valores e con-ceitos que são wellness e a susten-tabilidade” justifica.

Segundo Letícia, como as aca-demias não têm um custo variável muito alto, quanto mais clientes, melhor. “O que elas têm é o custo fixo de manutenção. Esses dois as-pectos possibilitam oferecer des-contos e tornar esse modelo de marketing extremamente atrativo”, assegura. “Muita gente pensa em começar a malhar, mas posterga. Se há um atrativo, a pessoa se sente motivada”, completa.

Um exemplo disso é a ação feita com a Holistic Training: em menos de 24 horas foram vendidos 360 cupons que ofereciam 70% de des-conto em oito aulas (cerca de um mês). Encerrado o período, o índice de retenção dos alunos que compra-ram os cupons foi de aproximada-mente 45%.

Segundo Paulo Ceschin, sócio-proprietário da Holistic, a empresa identificou, ainda, que o índice de satisfação dessas pessoas foi de 90%. “É um resultado muito bom. A reten-ção só não foi maior porque, por di-versas razões, alguns clientes não pu-deram continuar com o treinamento de imediato. Mas, certamente, mui-tos deles voltaram a fazer aulas conosco”, comenta.

Ceschin conta que a oferta foi um teste e abrangeu 10 das 19 uni-dades que a Holistic tem em Curiti-ba e região. Com o sucesso da ação, a empresa já planeja junto ao Peixe Urbano a criação de uma oferta em âmbito nacional, que envolva as 30 unidades da rede.

há quem diga “não”!

Mesmo ciente do boom das com-pras coletivas e tendo recebido di-versas propostas, a Ecofit Club ain-da não aderiu à prática de anunciar ofertas nos sites do gênero. Segun-

o imperdível, do empresário pedro guimarães, está investindo em uma tecnologia chamada data line, justamente para entender onde as pessoas moram e qual o padrão de consumo delas com vistas ao aperfeiçoamento do site de compras coletivas

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FITNESS BuSINESS | jul/ago 201118

um mercado que ainda vai longe

Quem são os cuidadores?carreiras

a falta de mão de obra qualificada para atender à demanda da população idosa estimula o surgimento de cursos de formação para cuidadores

por caroline pellegrino

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jul/ago 2011 | FITNESS BuSINESS 19

s profissionais que cuidam de idosos são escassos no País. O Brasil, sem dúvida, nunca se

preparou para o crescimento exponen-cial do contingente de cidadãos com mais de 65 anos. Isso nas múltiplas esferas. Porém, as boas perspectivas de remuneração e a quantidade de opor-tunidades que se aproximam atraem cada vez mais os educadores físicos. O salário médio de um cuidador pode girar em torno de R$ 3 mil por mês, se-gundo profissionais da área.

O avanço da medicina e o aperfeiçoa- mento da indústria farmacêutica con-tribuem para o aumento da expectati-va de vida dos brasileiros. Pelo menos, 26% dos lares têm uma pessoa idosa e 95% delas vivem em casas próprias ou de familiares.

A informação consta do Manual do Cuidador da Pessoa Idosa, recomendado pela Secretaria Especial dos Direitos Hu-manos, do governo federal. Por tudo isso, a atividade está sendo considerada uma das mais promissoras no País.

Neste cenário, foi criado o Projeto Cuidador, em 2008, uma iniciativa do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC) e da Clínica Saint-Marie Hospice, em São Paulo. As entidades promovem cursos de aprimoramento sobre como tratar pes-soas nessa faixa etária com limitações físicas e necessidades especiais.

“O programa surgiu em decorrência da necessidade dos próprios familiares que tinham muitas dúvidas e medos. São dois dias de aula, em período integral, com atividades práticas e teóricas”, expli-ca Vera Anita Bifulco, psico-oncologista e coordenadora do projeto.

As palestras abordam conceitos de áreas como enfermagem, nutrição, fo-noaudiologia, fisioterapia, odontologia, geriatria e terapia ocupacional. Para a

presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Silvia Pereira, o trabalho com o idoso exige diversos conhecimentos por parte dos profissionais da saúde. “Saber ler, escre-ver, gozar de boa saúde e ter altas doses de paciência e bom humor são apenas requisitos básicos. O Brasil ainda está caminhando para uma formação mais adequada”, diz.

Se de um lado o País engatinha quan-to à atenção especial para com o idoso, de outro lado, essa parcela da população dá saltos gigantescos em números. Apenas para ter uma ideia, segundo IBGE, em 2008, o contingente de pessoas com 65 anos ou mais representava 6,53% da po-pulação. Em 2050, a situação mudará e a população idosa ultrapassará os 22,71% dos brasileiros.

“Eu fiz curso de primeiros socor-ros na Faculdade de Medicina Paulista. Trabalhei em academia especializada e acredito que falta treinamento para os cuidadores de idosos em áreas básicas como a psicologia. Falta nos aprofun-darmos mais sobre as transformações e limitações físicas vivenciadas por essa significativa parcela da população”, afir-ma Dudu Rodrigues, educador físico que, há 19 anos, é personal trainer de cardio-patas e pessoas da terceira idade.

Josefa Cabral é cuidadora de idosos há cinco anos e fez o curso no IPC para ter uma certificação. “As aulas foram muito proveitosas, aprendi muito sobre psicologia e cuidados paliativos. O mais importante para os cuidadores é gostar do trabalho e ter carinho, pois os pacien-tes são muito sensíveis”, conta.

regulamentação da categoriaDurante muito tempo, o cuidador

era tido como um trabalhador informal, membro familiar, normalmente do sexo feminino, escolhido entre os parentes. Encaixavam-se nesse grupo também os

o

as aulas foram muito proveitosas, aprendi muito sobre psicologia e cuidados paliativos. o mais importante para os cuidadores é gostar do trabalho e ter carinho, pois os pacientes são muito sensíveisjosefa cabral,cuidadora de idosos

www.sbgg.org.br

FITNESS BuSINESS | jul/ago 201120

que desejam obter capacitação para atuar como acompanhantes de idosos.

Já os cursos do Projeto Cuidador, do IPC, são semestrais e capacitaram 250 pessoas até meados de 2011. O próxi-mo acontece em outubro, das 8 horas às 17 horas, na Clínica Saint-Marie, uni-dade Brooklin. Informações e reservas: [email protected].

nutrição saudável Nem só de cuidados com o condicio-

namento físico e programas fisioterápicos vive o idoso do século XXI. A oferta de uma dieta balanceada na refeição deve tornar-se também objeto de estudo para os cui-dadores. Porém, em alguns casos, é neces- sário incluir suplementos alimentares.

“Antigamente, relacionar alimentação à saúde não era comum. Por esse motivo, é tão importante que os familiares ou cuida-dores de uma pessoa na terceira idade es-tejam atentos e busquem alternativas para

garantir a boa nutrição”, afirma Maura Márcia, nutricionista, especialista em saú-de pública e membro do Grupo de Estudos em Nutrição para Idosos – Genuti.

Muitas vezes, os cuidadores esbarram na dificuldade que é convencer um idoso a consumir determinados alimentos. A suplementação pode ser uma alternativa, mas deve ter orientação médica.

“Esses produtos são ricos em vitami-nas e nutrientes que completam a dieta, melhoram o estado nutricional e forta-lecem o sistema imunológico do idoso, prevenindo doenças como hipertensão, colesterol, sarcopenia (perda de massa muscular), diabetes, entre outras. Os suplementos também são fáceis de inge-rir”, finaliza a nutricionista.

Quem são os cuidadores?carreiras

amigos da família que cuidavam de pes-soas idosas, sem receber pagamento, ou então, os voluntários.

No entanto, o profissional foi per-fazendo relações de trabalho mais for-mais, recebendo treinamentos especí-ficos para exercer a atividade mediante remuneração e vínculos contratuais. Hoje, o cuidador pode exercer as funções na residência da família, em instituições de longa permanência para idosos ou acompanhar a pessoa em Unidades Bá-sicas de Saúde (UBS).

A atividade de cuidador de idosos é classificada como ocupação pelo Minis-tério do Trabalho e Emprego, passando a constar da tabela da Classificação Bra-sileira de Ocupações, sob o código 5162-10. O reconhecimento é o ponto inicial para a regulamentação.

Segundo a SBGG, o cuidador tem de ter folgas. O recomendado seria um pro-fissional para o período da manhã, outro para a noite e um terceiro para os fins de semana. A maioria dos cuidadores é com-posta por profissionais informais e mu-lheres, com idade média de 40 anos.

“Apesar de ter crescido a quantidade de cursos, eles ainda não suprem a neces-sidade da sociedade brasileira. O governo tem de estimular a criação de projetos de capacitação com qualidade. Há muita carência nessa área”, revela Silvia Pereira, presidente da Sociedade Brasileira de Ge-riatria e Gerontologia (SBGG).

A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo já deu alguns passos nessa di-reção com o desenvolvimento do Projeto Acompanhante de Idosos (PAI) que ofe-rece um enfermeiro para exercer as ativi-dades de cuidador. O serviço é gratuito e os interessados devem realizar o cadastro na Unidade Básica de Saúde e passarem por uma avaliação. A Secretaria dispo-nibiliza treinamento para profissionais

Algumas opções de alimentos suplementares podem ser encontradas em www.abbott.com

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jul/ago 2011 | FITNESS BuSINESS 21

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FITNESS BuSINESS | jul/ago 201122

o mobile marketing nas academiasMarketing

uso de recursos direcionados para a telefonia móvel torna-se opção vantajosa. mas cuidado: ações de marketing que lançam mão desses dispositivos precisam estar bem contextualizadas e exigem aprovação prévia dos alunos

stratégias de marketing emba-sadas no uso do celular estão sendo utilizadas para apro-

ximar os alunos das academias. É possível enviar mensagens de tex-to, imagens, vídeos ou arquivos de áudio. A utilização da tecnologia Bluetooth está em alta. O SMS (short message service) e outros aplicativos para smartphones tam-bém são opções interessantes.

De acordo com pesquisa reali-zada pelo Google e intitulada The Mobile Movement: Understanding Smartphone Users, 82% dos usuá-rios norte-americanos notam cla-ramente a publicidade realizada via smartphones. Desses, 49% já realiza-ram alguma compra motivada pelas iniciativas de mobile marketing. O le-vantamento ouviu mais de 5 mil pes-soas em 2010.

No Brasil, existem 212,5 milhões de celulares ativos, uma média equi-valente a 110 celulares para cada 100 habitantes, segundo dados de abril de 2011, da Agência Nacional

e

Ative o Bluetooth

por caroline pellegrino

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jul/ago 2011 | FITNESS BuSINESS 23

de Telecomunicações (Anatel). Desse contingente, há mais de 56 milhões de celulares com Bluetooth, 23 milhões de pessoas que acessam a internet pelo ce-lular e 99,9% de aparelhos habilitados a receberem mensagens via SMS.

Academias como a Triathlon, de Ri-beirão Preto, no interior de São Paulo, a Bio Ritmo, na capital paulista, e a Pelé Club, em Uberlândia (MG), já notaram a eficiência dessas opções e criaram ações que fazem uso do marketing mó-vel. O custo fixo para o gerenciamen-to dos softwares que operacionalizam tais iniciativas pode variar de R$ 290 a R$ 890 por mês, segundo levantamen-to realizado pela reportagem.

“Buscamos a tecnologia Bluetooth com o intuito de fazer algo diferente para os alunos, na festa de inaugura-ção, em março de 2011. As vantagens foram a rapidez e o entretenimento, visto que nossos usuários têm estrei-to contato com tal tipo de tecnologia”, relata Ellen Carmo, gerente da Acade-mia Pelé Club.

A ação consistiu na criação de wallpapers com imagens da acade-mia e do rei do futebol Pelé para se-rem disparadas aos celulares com Bluetooth ativado. Em seguida, os convidados concorreram a um mês de academia pelo mesmo sistema. “A instalação foi rápida, os alunos e todos os convidados gostaram. Foi uma grande novidade”, relembra Ellen, enfatizando que a aceitação e o resultado da campanha dependem diretamente da comunicação visual espalhada pelas dependências da aca-demia e da atratividade (promoções, descontos, brindes etc).

ações PulverizadasDe acordo com Pedro Luis Nader

Navarro, gerente comercial da 2Call Mobile Marketing, empresa que de-

senvolve soluções para telefonia mó-vel, a operacionalização desse tipo de recurso é bastante simples. “Nós temos um software de Bluetooth e uma antena. A opção pode ser fixa ou temporária. Os requisitos são uma ligação de tomada e internet ape- nas”, explica.

O software permite, inclusive, saber quantas pessoas rejeitaram e aceitaram o anúncio. Academias de qualquer porte podem instalar, ga-rante o especialista.

O consultor de marketing digital em academias da Body Systems, Jú-nior Crocco, acredita que a interação funcione, porém ressalta o critério da objetividade. “O consumidor gosta de todo tipo de tecnologia. As academias tendem a utilizar o site, o Facebook, o Twitter, vídeos no You Tube e o Bluetooth. Porém, toda ação deve ser rápida e direcionada”, recomenda.

Para Leonardo Zancanelli de Pau-la, coordenador técnico da Academia Triathlon, o uso do celular ajuda em demasia na comunicação. “Pedimos para os alunos ativarem o Bluetooth e mandamos informação de aulas e horários. A publicidade chega melhor, principalmente àquele aluno que não se liga em cartazes ou no site da em-presa”, diz.

Por outro lado, a recepção do Bluetooth nem sempre é plenamente eficaz. “Alguns disseram que estavam recebendo mensagens demais. Outros, não malham com o celular próximo ao corpo e, por isso, não receberam. Dessa forma, diversificamos as estratégias de marketing no site, nas redes sociais, em revistas segmentadas e em e-mails”, pon- dera Zancanelli.

Simone Gomes Camacho, dire-tora comercial do Grupo SMS Brasil

pedimos para os alunos ativarem o bluetooth e mandamos informação de aulas e horários. a publicidade chega melhor, principalmente àquele aluno que não se liga em cartaZes ou no site da empresa leonardo Zancanelli de paula, academia triathlon

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Ação

FITNESS BuSINESS | jul/ago 201124

o mobile marketing nas academiasMarketing

também acredita que diversas formas de comunicação são necessárias. “O Bluetooth é muito interessante porque as pessoas podem receber uma promo-ção-relâmpago, em um raio de acesso de 1 a 10 quilômetros, dependendo das operadoras de telefonia. O retorno é de 7% a 10%. Outra opção eficiente é o uso de aplicativos para celulares que funcio-nam como sites mais objetivos”, explica a executiva, reiterando que os aplicati-vos para celular também podem ser en-viados por Bluetooth.

Os sites móveis, desenvolvidos para serem acessados em celulares, podem constituir outra interessante opção. Porém, somente usuários que possuem aparelhos que permitam conexão à in-ternet conseguem se “logar” neles. No Brasil, esse é um cenário ainda inci-piente: apenas 1% das empresas com site na internet (pouco mais de mil, em um universo de 1 milhão) dispõe de portal com tecnologia e layout adapta-dos para acesso no celular, de acordo com a 2Call Mobile Marketing.

Juridicamente, fica o alerta: as acade-mias devem informar um termo de per-missão de recebimento de SMS e Blue-tooth nas fichas cadastrais dos alunos, em letras grandes (tamanho 12, no mí-nimo). A orientação segue a determina-ção da Anatel que, desde maio de 2010, proíbe as operadoras de telefonia móvel de enviar publicidade, sem a devida au-torização do consumidor. Então, melhor não correr riscos!

Pesquisa da association of national advertisers (ana), em Parceria com a mobile marketing association (mma), revela que, nos estados unidos, 88% do comércio norte-americano investirá em marketing móvel em 2011. o que pode configurar uma pista das tendências que virão pela frente

cliente utiliza a propaganda (wallpapers, ringtones)

Maior visibilidade da

marcaresultado 100%

mensurável

Alguns alunos não usam o celular na

academianecessidade

de pedir autorizaçãoAlguns não

gostam de receber publicidade no

celular

Prós e contras no uso do bluetooth

jul/ago 2011 | FITNESS BuSINESS 25

FITNESS BuSINESS | jul/ago 201126 FITNESS BuSINESS | jul/ago 201126

não há mais estandes disponíveis no transamerica expo center. indício de evento lotado. com a grade de palestrantes internacionais e “keynote speakers” também definida, a 12ª edição do evento deve movimentar r$ 40 milhões

apor andré salvagno

12ª IhrSa FITNESS BraSIlcapa

AQueçA-se pArA Aihrsa Fitness brasil

s projeções otimistas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cor-roboram para que o País se torne alvo de in-

vestimentos internacionais. É neste cenário de po-sitivismo que acontecerá a 12ª edição da IHRSA FITNESS BRASIL, de 1º a 3 de setembro, no Tran-samerica Expo Center, em São Paulo.

É o mais importante encontro de negócios ligados ao bem-estar da América Latina e terceiro maior do mundo em números. Para se ter uma ideia, apenas o trade show deverá receber mais de 25 mil visitantes e a expectativa da organização é que sejam movimenta-dos R$ 40 milhões durante os três dias.

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jul/ago 2011 | FITNESS BuSINESS 27jul/ago 2011 | FITNESS BuSINESS 27

A temática central da feira está rela-cionada ao aproveitamento das oportu-nidades que surgem em um país que, nos próximos anos, sediará eventos esportivos importantes, como a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos. “Muitas em-presas já reconhecem a importância e estão investindo consideravelmente na cadeia do bem-estar. Associar a imagem de uma cor-poração ao conceito de qualidade de vida representa, hoje, um diferencial que abre portas e auxilia na construção e consolida-ção de uma bandeira institucional”, destaca Joe Moore, presidente e CEO da IHRSA.

Moore ressalta que investir em bem-estar é expandir horizontes e descobrir oportunidades rentáveis que já desembar-cam por aqui. “É importante que os ope-radores de academias fiquem atualizados sobre novas maneiras de fazer o público mover-se. E participar da IHRSA FITNESS BRASIL irá ajudá-los a fazer exatamente isso”, assegura.

Waldyr Soares, presidente da Fitness Brasil, lembra que o País é vanguardista no segmento, não apenas por representar o segundo maior contingente de acade-mias e clubes de saúde, com mais de 18 mil estabelecimentos em todo território nacional, mas também por investir, há anos, na melhoria da capacidade de ges-tão. “Tanto é verdade que diversas organi-zações nos procuram assiduamente para realização de benchmarking. Ou seja, so-mos geradores de conhecimento técnico e isso nos coloca em vantagem competitiva frente a outros países que não têm tradi-ção na área”, relata.

“Keynote sPeaKers”Considerando a expertise brasileira,

somada ao bom momento econômico, a IHRSA FITNESS BRASIL deste ano trará renomados profissionais das mais variadas esferas para abordar as principais tendên-cias. Em pauta, o cenário macroeconômico, as fusões e aquisições que se agigantam, a geração de commodities por nossas empre-

sas e o que está por vir em termos de po-líticas públicas governamentais, que, certa-mente, abrirão novos nichos.

Um dos palestrantes será o economis-ta Carlos Alberto Sardenberg, âncora do programa CBN Brasil, comentarista eco-nômico do Jornal da Globo e do Jornal das Dez, da Globonews, e colunista dos jornais O Estado de São Paulo e O Globo. Ele tratará de como o Brasil se beneficiou nos últimos anos das virtudes da estabili-dade econômica e de uma onda mundial favorável. Segundo Sardenberg, embora hoje o cenário mundial não seja tão posi-tivo, ainda há muitas oportunidades. Só que é preciso saber como aproveitá-las.

No mesmo módulo, o deputado fede-ral e educador Gabriel Chalita apresentará um novo conceito na gestão de pessoas e de ideias. “O gestor precisa harmonizar as práticas educacionais, por natureza hu-manistas, com o mercado competitivo das empresas. Para isso, deve ser um líder no conceito mais nobre e integral do mesmo, sabendo motivar diante do desânimo e dos numerosos medos pessoais e profis-sionais”, destaca.

Autor de mais de 50 livros, membro da Academia Paulista de Letras, da União

Brasileira de Escritores e da Academia Brasileira de Educação, Chalita entende que as pessoas têm ideias e talentos. “Por-tanto, trata-se de incentivar o envolvi-mento delas”, enfatiza.

Compondo o time de keynotespeakers, o consultor em marketingWalter Longo, que já apresentou o pro-grama “O Aprendiz” ao lado de Roberto Justus, na TV Record, comentará a onda digital no marketing. A proposta da apre-sentação é elucidar o que está acontecen-do no mundo da comunicação, se é ino-vação incremental ou ruptura definitiva com antigos padrões e processos.

25 milé a expectativa quanto ao número de visitantes nos três dias de evento

FITNESS BuSINESS | jul/ago 201128

12ª IhrSa FITNESS BraSIl

Longo afirma que está na hora de re-ver paradigmas e buscar o sucesso por meio da inovação. Ele explicará como combinar a revolução digital com a gestão empresarial e dará dicas para os gestores estarem por dentro do “nexialismo”, a busca do nexo nos negócios e nas relações.

O congresso trará, ainda, diversas pa-lestras com o propósito de apresentar as mais avançadas estratégias de gestão, com foco em temas como infraestrutura, pro-cessos e pessoas.

“O evento foi feito sob medida para ajudar os líderes que estão fortalecendo nosso mercado de bem-estar. O Brasil já alcançou uma posição de destaque no cenário internacional e ainda tem muito para crescer. Isso significa que estamos na vitrine e precisamos amadurecer cada vez mais”, comenta Fábio Saba, diretor de conteúdo do Módulo Gestão.

incentivo à saúdeA 12ª edição da IHRSA FITNESS

BRASIL trará também palestras gratuitas, mas não menos interessantes. Uma das apresentações será ministrada pela médi-ca Martha Oliveira, gerente geral de regu-lação assistencial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que foi capa da última edição da Fitness Business.

No evento, ela tratará da resolução que tem o objetivo de criar mecanismos para incentivar a elaboração por parte das operadoras e a adesão por parte dos

números atualizadoso the IHrsa Global report 2011 será apresentado durante a 12ª IhrSa FITNESS BraSIl. segundo Jacqueline Antunes, gerente sênior da iHrsA para a América latina, o balanço traz números expressivos e animadores. “o brasil conta hoje com mais de 18 mil academias ativas, o que lhe assegura a segunda posição no ranking mundial em número de estabelecimentos. Além disso, em 2011, as academias brasileiras registraram faturamento de aproximadamente us$ 2,2 bilhões, registrando 5,4 milhões de membros ativos”, destaca.

beneficiários aos programas de promoção da saúde para uma população que enve-lhece de forma acelerada. “As academias e os demais centros esportivos são e serão espaços cada vez mais importantes para acolher a população”, destaca Martha.

Waldyr Soares, da Fitness Brasil, en-tende que a resolução certamente será um divisor de águas para a indústria. Por sua vez, Moore, da IHRSA, relata que ficou muito satisfeito ao tomar conhecimento da atitude da ANS. No entendimento dele, embora o desconto seja opcional para a companhia de seguro de saúde, já é um passo à frente.

Para Helen Durkin, executiva de Po-líticas Públicas da IHRSA nos Estados Unidos, não existe uma fórmula mágica para resolver os problemas de obesida-de, doenças crônicas etc. Na Europa, os países estão buscando soluções mais focadas no governo. Já os Estados Uni-dos parecem estar se concentrando em alavancar o interesse do setor privado. Lá, foram aprovadas leis que autorizam as seguradoras a oferecer incentivos e as empresas de alimentos estão trabalhan-do com o governo um conjunto de dire-trizes voluntárias.

“Para estimular maiores níveis de ati-vidade física, apoiamos plenamente uma abordagem multifacetada. Nós acredita-mos que a atividade física deve ser incen-tivada por todos os setores, incluindo o governo, local de trabalho, seguros, mé-dico etc. Além disso, entendemos que o apoio às iniciativas para aumentar a atividade física regular trará benefícios econômicos”, diz Helen, tendo como base um memorando enviado pela IHR-SA à OECD (Organisation for Economic Co-operation and Development, em português, Organização para Coopera-ção e Desenvolvimento Econômico).

o evento foi feito sob medida para ajudar os líderes que estão fortalecendo nosso mercado de bem-estarfábio saba,

instituto fitness brasil

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jul/ago 2011 | FITNESS BuSINESS 29

objetIvo é colocar o profIssIonal no maIs alto patamar, por meio de programas que apresentam diferenciais específicos

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ProFessional PremiumconFerence: A noVA elite dosEduCadorES FíSICoS BraSIlEIroS

ma das maiores atrações da 12ª edição da IHRSAFITNESS BRASIL será o

Módulo Professional PremiumConference. O mais novo produto daFitness Brasil será realizado em par-ceria com o Senac de Santo Amaro, sede da Projeto Academia, e terá cin-co áreas de concentração: Personal Training, Pilates, Treinamento Funcio-nal, Populações Especiais e Certifica-ção Schwinn Cycling.

Nos dois primeiros dias, acontecerá o Personal Training Experience, pro-grama criado para oferecer a combina-ção de conteúdos específicos da área de personal training com ferramentas de marketing, dinâmicas de montagem de treinos interativos planejados e aplica-ção das informações científicas mais recentes à estruturação e controle das sessões de treino individualizadas.

Destaque para a palestra de Brent Darden, que integra o board e faz parte do corpo docente da IHRSA. O profis-sional mostrará como criar um modelo de negócios consistente para o personal training, utilizando os princípios inter-nos e externos de marketing.

A Functional Training Conference apresentará a fundamentação científi-ca que embasa o Treinamento Funcio-nal, modalidade com ótimo potencial de mercado, tanto em atendimentos individualizados quanto em atividades em grupo. A palestra internacional na

malhação na 12a ihrsa Fitness brasildurante os dias do evento, os inscritos em qualquer um dos cursos da conferência terão passe livre para malhar na projeto Academia, no centro universitário senac, em santo Amaro. Haverá transporte gratuito entre o local e o transamerica expo center em horários específicos.

não esqueça de trazer mochila, tênis apropriado, roupas ideais para a prática de atividades físicas e toalha de banho. tudo isso para se exercitar com conforto e comodidade. Haverá vestiário no local para guardar os pertences dos interessados. Aproveite!

jul/ago 2011 | FITNESS BuSINESS 29

Functional Training Conference será ministrada por Fraser Quelch, diretor de Treinamento e Desenvolvimento da TRX, cocriador e instrutor líder da TRX Suspension Training. Ele destacará o que há de mais recente em termos de conteúdo e pesquisas que tratam da efi-cácia do Treinamento Suspenso.

“Com a apresentação, o espectador poderá conhecer o impacto que essa metodologia pode exercer em sua aca-demia e sobre o programa de treino de seus clientes”, conta Quelch.

Outra atração serão as apresenta-ções do módulo Saúde e Bem-Estar para Populações Especiais, que oferecerá aos congressistas subsídios para atender várias populações, tanto no âmbito do exercício quanto da orientação nutricio-nal. “Questões ambientais, característi-cas hereditárias e hábitos de vida são fatores potencialmente determinantes para a ocorrência de doenças degenera-tivas”, ressalta Tavicco Moscatello, dire-tor de conteúdo do Módulo ProfessionalPremium Conference, justificando a

importância do assunto. Para quem almeja aprofundar-se nos conhe-cimentos de Pilates, a programa-ção do evento oferecerá o programa teórico-prático Extreme Pilates – Fundamentação e Metodologia. O módulo reunirá as diversas metodolo-gias desta modalidade, apontando os diferenciais de cada uma, bem como a interpretação dos métodos, propostas conceituais e dinâmicas pedagógicas.

“Com o Módulo Professional Premium Conference, estamos manten-do a proposta de ser um centro de eli-te em desenvolvimento de conteúdo para o bem-estar. O objetivo é colocar o profissional brasileiro no mais alto patamar mundial, por meio de pro-gramas de educação que apresentam diferenciais específicos, que vão da fundamentação científica à apresenta-ção de metodologias, da visão crítica à discussão de estudos de caso”, declara Moscatello.

O módulo trará, também, a oportu-nidade para que instrutores sem qual-quer experiência em ciclismo indoor possam obter formação básica teóri-ca e prática para ministrar aulas. No Senac Santo Amaro, os interessados fa-rão um curso de dois dias com o instru-tor máster da Schwinn Cycling, Markus Mengert. Após a conclusão do módulo, serão submetidos a um exame escrito. Os aprovados receberão a certificação internacional nível bronze.

FITNESS BuSINESS | jul/ago 201130

ringue de lutasmercado & tendências

a procura por aulas de lutas em academia tem despertado o interesse de empresários em investir em novas estruturas, modalidades e profissionais que podem se tornar o novo mínimo multiplicador comum para os negócios

o mma que setornou o mmcpor andré salvagno

uitos de nós, quando garotos, sonhá-vamos ser Pelé, Ayrton Senna ou Os-car Schmidt. Hoje, no entanto, talvez

o ídolo nacional no esporte para muitos seja o lutador Anderson Silva, campeão mundial dos pesos médios pelo Ultimate Fighting Cham-pionship (UFC).

Com sua ascensão meteórica, o atleta de MMA, um mix de várias artes marciais, tem ar-rebatado uma legião de fãs pelo mundo, levando o nome do Brasil ao topo, e a consequência disso é o crescimento da procura por aulas de luta em academias de ginástica, inspirando novos mode-los de negócios.

Para o também lutador Felipe Sertanejo, que em breve tentará ingressar no UFC, com o MMA em evidência e sendo transmitido em TV aberta, o público está se aproximando do universo das lutas. “Quem gosta e quer praticar, certamente

procura um lugar que tenha um octógono para treinar. Assim, a pessoa sente-se um verdadei-ro lutador”, destaca.

Atenta a este cenário, a Needs Academia, de São Paulo, inaugurou recentemente uma área de 400 metros quadrados destinada à prática de lutas. Além de tatames e equipamentos, a estru-tura conta com um octógono com elevação de um metro e dimensão de 7 x 7 metros.

Fernando Buffolo, proprietário da academia paulistana, instalada no bairro nobre de Moema, comenta que vinha preparando uma nova estru-tura para atender a demanda por aulas de boxe, mas acabou pegando carona na onda do MMA. Isso porque já tinha contato com lutadores e equipes de treinamento bastante influentes, o que acabou alterando um pouco seus planos, passando a oferecer um leque maior de modali-dades a seus 500 alunos.

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tem esPaço Para todosAntes de o MMA entrar em evidência, já existiam

diversas academias de luta pelo País. Buffolo, aliás, ressalta que elas continuarão existindo, já que o foco da Needs não é descobrir ou revelar novos talentos, mas oferecer uma nova forma de atividade física para o público em geral.

Mas, é claro, que a Needs também está de olho em levar lutadores para treinar em seu novo espaço e, com isso, aumentar sua visibilidade perante o mer-cado. O atrativo é a estrutura que oferece trabalhos cardiovasculares e aparelhos de musculação, além de áreas para spinning, yoga e alongamento. “Isso não é encontrado em academias exclusivamente dedicadas a lutas. Nós montamos um espaço específico para isso, mas nosso portfólio é muito maior”, diz.

Ao invés de cobrar a mais dos alunos que desejam praticar alguma modalidade de luta, Buffolo decidiu utilizar o novo serviço como um “plus”. Ele ressalta

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oferecemos um tíquete único que facilita o trânsito de pessoas entre todos os ambientes. é uma maneira que encontramos de incrementar a qualidade do treino que oferecemos a nossos clientesfernando buffolo, needsacademia

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que, da catraca para dentro, o aluno não paga um centavo a mais por qual-quer modalidade escolhida. “Ofere-cemos um tíquete único que facilita o trânsito de pessoas entre todos os ambientes”, explica. “É uma maneira que encontramos de incrementar a qualidade do treino que oferecemos a nossos clientes”, explica o proprie-tário da academia cujo ticket médio varia em torno de R$ 250.

divulgação e exPectativasO proprietário da Needs ainda não

projeta os ganhos em termos de fatu-ramento pelo fato de não ter nenhu-ma experiência anterior. Mas já sabe como fazer para conquistar novos clientes: apostar em uma jovem equi-pe de profissionais e buscar atletas de renome para treinarem no local. Além disso, a realização do UFC Rio, em

agosto de 2011, na capital fluminen-se, também deve catapultar o cenário.

Na equipe de professores, além de Felipe Sertanejo e Diego Lima, da equipe Chute Boxe, a Needs conta com nomes como Eduardo Santoro e Daniel Garcia, ambos da Compa-nhia Paulista de Jiu-Jítsu. Sobre os atletas consagrados que estão sendo procurados para treinar na acade-mia, por precaução, Buffolo prefere não revelar nomes, já que não con-cluiu as conversas.

O empresário acredita que a área de lutas tem potencial para dobrar o número de alunos da academia. A princípio, o espaço tem sido utilizado mais por clientes que já treinavam na Needs. No entanto, novos alunos já começam a ingressar nas modalida-

des. “Temos um grande desafio que é a divulgação para que a estrutura não se torne ociosa. Por isso, estamos buscando alternativas”, revela.

A febre despertada por Ander-son Silva e companhia tem atingi-do também os pimpolhos. A Needs lançou uma turma de MMA Júnior, para crianças de 10 a 14 anos. É um nicho interessante a ser explorado e o treinamento, claro, é diferenciado do direcionado aos “marmanjos”.

Ciente da preocupação que esse tipo de aula pode despertar nos pais, a academia colocou mais cinco câme-ras de alta resolução na área de lutas, conectadas à internet e que podem ser acessadas pelos pais dos alunos em tempo real, até mesmo por meio de um aplicativo do iPhone.

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os professores felipe sertanejo (calção branco) e Diego lima (calção preto) fizeram uma exibição de mma no coquetel de inauguração do octógono na needs

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vai pedirpra sair?

treinos militaresmercado & tendências

inspiradas em treinamentos idealizados pelas forças armadas e impulsionadas por filmes como o brasileiro “tropa de elite”, modalidades com programas de exercícios que seguem o viés militar invadem os GranDes centros e tornam-se opção rentável para academias

b asta assistir a um filme policial para notar que os militares recebem treinamentos especiais. Mas não é apenas no cinema que isso acontece. No mundo

real, academias de polícia, grupos de operações especiais e unidades táticas realizam exercícios pesados e de ritmo in-tenso para ganho de condicionamento físico.

Restrito ao uso das Forças Armadas até bem pouco tempo atrás, esse tipo de treinamento vem ganhando es-paço na agenda dos cidadãos que frequentam academias. São treinos que trabalham resistência cardiorrespiratória, força, flexibilidade, potência, velocidade, coordenação, agi-lidade, equilíbrio e precisão, além de definição e resistência muscular, inclusive de grupos musculares pouco utilizados.

Um exemplo de treino de caráter militar é o Boot Camp. Traduzido ao pé da letra, o termo significa “campo de trei-namento de recrutas”, referindo-se aos militares, ainda que de forma satírica, o que acaba tornando a aula divertida, diferenciada, rústica e, mesmo assim, eficiente em termos de resultados.

A modalidade está chegando agora ao Brasil, mas as primeiras turmas surgiram nos Estados Unidos, na déca-

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da de 1990, com prisioneiros, soldados e adolescentes recém-ingressados no Exército. A prática foi apresentada ao público em campos de férias escolares, como alternativa para aumentar o gas-to calórico de crianças e adolescentes.

Em 1992, o Boot Camp chegou à Austrália, onde Tarso Gonçalves Soa-res, fundador da Boot Camp Brasil, teve contato com a modalidade. “Fui para lá em 2006, buscando novos conhe-cimentos profissionais. Em um ano, me tornei instrutor pela Fusion Boot Camp. Retornei ao Brasil, em outubro de 2010, quando começaram a surgir as

primeiras ideias para implementação da modalidade no País”, relata.

Com o know-how adquirido, Soa-res, que é professor de Educação Física e diplomado em Fitness pelo Colégio Australiano de Terapias Naturais, deu início à primeira turma, em março de 2011, em Balneário Camboriú (SC). “Algumas academias e personal trai-ners de outros estados já vinham reali-zando treinamento físico em grupos ao ar livre há mais tempo, mas sem o uso do termo Boot Camp e, aparentemen-te, sem o aspecto militar da modalida-de”, pondera.

modalidade abrasileiradaApesar de ter vindo do exterior, no brasil o boot camp já apresenta um diferencial básico: o militarismo fica apenas no estilo dos exercícios em si. “nós vivemos duas décadas sob regime militar e, para muitos, ainda é difícil fazer sátira aos milicos sem que sejam trazidas más lembranças. não usamos calças camufladas e nem tampouco chamamos a nós mesmos de recrutas”, justifica soares.

na Austrália, ao contrário, alguns instrutores realmente se vestem como militares e fazem todo um teatro, buscando imitar ao máximo o ambiente rudimentar e opressor do treinamento, que tem como característica fundamental a prática de exercícios físicos intensos, usando-se nada muito além do que o próprio peso corporal.

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ao ar livreDe olho no nicho de treinos mi-

litares, que ganhou força até por conta do sucesso do filme brasileiro Tropa de Elite, a gerência técnica da Monday Academia, em São Paulo, encontrou no Boot Camp uma ma-neira de desconstruir as estruturas tradicionais das aulas aeróbicas, atraindo novos adeptos.

Em um projeto-piloto na unidade da academia no Shopping Plaza Sul, uma tur-ma de aproximadamente 25 alunos está experimentando os benefícios da aula, que objetiva complementar o trabalho da musculação, melhorando a coordenação motora e a resistência do praticante.

Para Anderson Vieira, coordenador técnico da unidade em que acontece o projeto-piloto, a modalidade tende a se expandir no Brasil por conta de poder ser trabalhada não só dentro do ambiente das academias, mas também em campo aber-to, como, aliás, ocorre com mais frequên-cia em outros países.

Soares também acredita que a prática de exercícios físicos ao ar livre é uma ten-dência mundial e inevitável, já que muita gente não aguenta mais o caos dos escritó-rios e das grandes cidades. “O último lugar em que queremos estar depois de um dia intenso de trabalho é entre quatro pare-des”, destaca, lembrando que o clima bra-sileiro é favorável à prática de exercícios em campo aberto. “Vai virar febre, assim como virou em cada lugar de clima tropical ao redor do mundo”, prevê.

treinos militaresmercado & tendências

Outro fator favorável ao desenvolvi-mento do Boot Camp no País é que a ativi-dade pode ser praticada por pessoas de vá-rias idades, com uma ressalva, de acordo com Vieira. “A elevada intensidade e o alto grau de esforço físico tornam essa ativida-de pouco indicada a pessoas hipertensas, diabéticas, com restrito condicionamento ou outras limitações médicas.”

O amplo leque de opções para prática da modalidade, inclusive, já fez que hou-vesse uma mutação no conceito do Boot Camp em países como Estados Uni-dos, Austrália e Nova Zelândia. De uns anos para cá, surgiram os Boot Camps segmentados para obesos, mulheres, ca-sais, idosos, jovens solteiros, gays, entre outros públicos.

Com isso, na visão de Soares, ficou cla-ro que a modalidade deixou de ter vínculo com o militarismo. Na prática, tornaram-se grupos de treinamento físico ao ar livre, adaptando-se às necessidades do merca-do. Além disso, a chegada do Treinamen-to Funcional também foi um marco para os Boot Camps ao redor do mundo, já que praticamente todos os exercícios

funcionais são factíveis ao ar livre.

boot camP x crossFitPor também serem

baseadas no militaris-mo, as primeiras tur-mas de Boot Camp, ainda nos Estados Uni-dos, eram semelhantes

ao CrossFit, programa de treinamento de força e condicionamento físico utilizado em academias de polícia, grupos de opera-ções táticas etc.

Com o passar dos anos, enquanto o Boot Camp teve maior capacidade de adaptação ao público geral, o CrossFit – se-gundo Vieira – continua baseado em téc-nicas específicas e com objetivo de prepa-rar o aluno para qualquer tipo de atividade que ele se proponha a fazer.

Soares, por sua vez, se diz fã de CrossFit e revela que utiliza muitos fun-damentos ensinados por esse programa, seja como instrutor, seja como atleta. Entretanto, entende que a modalidade acaba selecionando demais o público inte-ressado, ao contrário do Boot Camp, que pode ter uma turma de idosos sedentários e outra de jovens saudáveis buscando um abdomén mais definido, usando diferen-tes exercícios para cada uma delas.

O fato de abranger diversos públicos, todavia, não significa que o Boot Camp não possa imprimir um ritmo pesado como faz o CrossFit. “A aula exige o má-ximo do aluno. Além da melhora do con-dicionamento físico e perda de gordura, percebemos um grande potencial para superação de limites”, Vieira.

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em um segmento que preza pela informalidade nas relações de trabalho, encontrar maneiras de assegurar agilidade e produtividade é essencial para rentabilizar as academias de ginástica

relatório VWork, desenvolvido pelas multinacionais Unwired e Regus, aponta que, em um

futuro não muito distante, as organiza-ções atuarão com um modelo de traba-lho mais flexível, no qual os funcioná-rios poderão trabalhar em seus próprios espaços físicos, o que já acontece em muitas prestadoras de serviço.

É a tendência do trabalho virtual, que eliminará o tempo de desloca-mento do colaborador da casa para o escritório e agregará agilidade e pro-dutividade, além de proporcionar re-dução de custos.

Só que, por razões óbvias, há segmentos de atuação em que o traba-lho virtual não tem como predominar, mas a necessidade de agilidade e pro-dutividade é tão latente quanto em ou-tros setores. É o caso das academias de ginástica que prezam pela informalida-de nas relações e, por isso, lidam com o desafio ainda maior de assegurar que o fluxo de trabalho seja ágil e produtivo.

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como promover agilidade e produtividadegestão/rh

por andré salvagno

Íntimo e pessoal, até no rh

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agilidade Passa Pelo modelo de negócioA pesquisa VWork destaca que os ganhos de agilidade e produtividade passam por aspectos culturais e tecnológicos da empresa. interação e troca de ideias, bem como identificação de expectativas e necessidades de clientes e consumidores também são fatores importantes.

falar de agilidade e produtividade sem dar ênfase ao papel dos colaboradores é impossível. eles são um componente fundamental na engrenagem de qualquer negócio. definir responsabilidades, alinhar atividades e saber como incentivar e reter talentos é função da empresa.

na visão de Javier Martinez, responsável pelo international business report 2011 da Grant thornton na América latina, com a atual escassez de mão de obra qualificada, as empresas precisarão ter diferenciais para reter talentos. “É preciso investir para dar mais benefícios e qualidade de vida a seus funcionários. isso tem de começar a crescer em um mercado cada vez mais competitivo”, opina.

apenas 20% da força de trabalho estão engajados na função que executamfonte: gallup consultoria

O estudo desenvolvido pelas empresas Unwired e Regus constata que o desempenho das pessoas ainda é um dos conceitos mais difíceis de serem mensurados. Todavia, de acordo com uma pesquisa da consultoria em gestão de negó-cios Gallup, realizada em companhias de diversas áreas e países, apenas 20% da força de trabalho estão engajados na função que executam.

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como promover agilidade e produtividadegestão/rh

Segundo Priscila Soares, especialista em Gestão de Pessoas e diretora de Recur-sos Humanos da Trevisan Outsourcing, para manter o engajamento e a produ-tividade dos profissionais que atuam no ambiente informal e descontraído das aca-demias, o gestor precisa saber trabalhar o relacionamento, mostrando ao colabo-rador que o cliente deve estar sempre em primeiro lugar.

“As pessoas que frequentam esses ambientes almejam qualidade de vida e querem ser tratadas com atenção. Além de receber orientações, querem ter conhe-cimento do que estão sendo orientadas a fazer e de que forma aquilo irá ajudá-las a atingir seus objetivos”, aponta Priscila, ar-gumentando que se utilizar de pesquisas de satisfação com os clientes é uma boa opção para o gestor avaliar o desempenho dos colaboradores.

Para a diretora de RH, é fundamental que o gestor (ou líder, como ela define) te-nha boa cabeça para saber lidar com os pro-fissionais. Promover palestras e treinamen-tos para que os colaboradores entendam a importância que têm na empresa e realizar reuniões semanais para constatar even- tuais dificuldades que eles possam estar en-frentando também são ferramentas úteis para buscar a produtividade tão desejada.

na contramãoAlgumas academias ainda têm em seus

quadros de funcionários aqueles professores alcunhados como “marombeiros”, mais pre-ocupados em bater papo e paquerar do que acompanhar e orientar os alunos nos exer-cícios. Profissionais com esse perfil perdem cada vez mais espaço no mercado de trabalho, por caminharem na contramão da agilidade.

Do ponto de vista de Antonio Marcos Oliveira Nunes, fundador e proprietário da academia MG Personal Training, que fica na zona oeste de São Paulo, o educador físico precisa ser tão disciplinado quanto o aluno para que haja uma parceria de sucesso entre cliente e empresa, atingindo os objetivos das duas partes. “O comprometimento é o que gera produtividade”, afirma.

A maneira que o empresário encontrou de contar com profissionais disciplinados e produtivos foi adotar a postura de trei-nar pessoalmente cada um deles. Ele ga-rante que, nem sempre, o educador físico com uma bagagem primorosa se destaca, embora o estudo seja sempre importante. “Temos ótimos professores que começaram como estagiários e, hoje, trabalham de ma-neira excepcional, ágil e produtiva”, revela. “No dia a dia, percebemos que a vontade de aprender é que faz a grande diferença no de-sempenho do profissional”, acrescenta.

Ter colaboradores comprometidos e produtivos é algo que influencia dire-tamente na composição da imagem de uma academia. Em 2010, a MG Personal Training adquiriu uma concorrente em um bairro próximo e teve de lidar com uma si-tuação complicada: os alunos estavam vi-ciados em treinar “soltos” e os professores

também não se empenhavam em acompa-nhá-los. Por conta disso, o estabelecimen-to anterior estava perdendo clientes que precisavam de acompanhamento.

Gabriela Spera Nunes, também proprie-tária da MG Personal Training, diz que no início foi difícil instaurar a filosofia de tra-balho que já era utilizada há dez anos na primeira unidade da academia. “Quando assumimos, alguns alunos acostumados ao treino sem acompanhamento saíram, assim como alguns professores que não se adaptaram ao nosso modo de trabalho. Mas conseguimos, felizmente, contornar essas nuances”, compartilha.

HigH-tecHS largaM na frenteAlém de filosofias e práticas de gestão,

a tecnologia é outra aliada da busca pela eficiência nas academias. Roberto Perei-ra Furtado, professor da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás, destaca que, com os recursos tecnológicos existentes, as academias podem controlar rigorosamente a pro-dutividade de seus profissionais.

Em Goiás, ele realizou um estudo de caso em um estabelecimento, cujo nome não foi revelado, onde professores e coordenadores apresentam relatórios mensais para a administração. Por meio desses relatórios, é possível mensurar a produtividade de cada um, já que a alta cú-pula pode identificar, por exemplo, que en-quanto um professor está com a sala cheia, outro, da mesma modalidade, está sem alunos. Logo, há como constatar que um está sendo produtivo e o outro não, e tra-çar políticas de capital humano eficientes para mudar o cenário.

as pessoas que frequentam esses ambientes almejam qualidade de vida e ter conhecimento do que estão sendo orientadas a fazer e de que forma aquilo irá ajudá-las a atingir seus objetivospriscila soares, trevisan outsourcing

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Há quemganhe se

divertindo!vida para ele poderia ser um grande picadeiro: sempre dian-te de grandes plateias, novas

sensações a cada dia, boas gargalhadas e inspiração para levar adiante atividades recreativas e, o melhor, que rendem “bons trocados”. É por esse palco que caminha o espírito empreendedor e multifacetado de Tiago Aquino da Costa e Silva, o professor Paçoca, como é conhecido por muitos.

De atleta a técnico, de palhaço a pro-fessor de educação física, Tiago é um co-

lecionador de vivências na indústria do bem-estar e de premiações também: re-centemente, recebeu o Prêmio Top Fiep Brasil de Melhor Profissional de Educação Física Edição 2010/2011, pela Fédération Internationale d´Education Physique.

Atualmente, o profissional desem-penha funções de docente universitá-rio, coordena cursos de pós-graduação, é presidente da Associação Brasileira de Recreadores (Abre), vice-presidente da Associação Brasileira dos Profissionais de

Educação Física e Esportes (Abrapefe) e ainda diretor da Federação do Desporto Escolar do Estado de São Paulo (Fedeesp). Haja fôlego!

Quando perguntado sobre a receita para tanta motivação, o também colunis-ta do Portal R7 não hesita: “Em janeiro de 2007, minha namorada (a atual esposa) veio com a ideia de casar. Com o que eu ganhava na época, não dava nem para sonhar. Fui do Jabaquara ao Tucuruvi en-tregando currículo. No total, foram mais

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professor paçocacaso de sucesso

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de 300 e tive três retornos positivos. Por isso, digo que a pressão muda o ser hu-mano”, descontrai o autêntico professor Paçoca, que iniciou a carreira de técnico de natação ganhando apenas cerca de R$ 200 por mês.

dentro d’águaPara ocupar meu tempo ocioso, meus

pais (Geraldo e Marlene) me matricula-ram na Escola de Natação Flechinha, ain-da criança. Lá, peguei gosto pelo esporte. Fui atleta durante dez anos, sendo quatro deles competindo em alto nível e partici-pando de maratonas aquáticas. Trabalhei como técnico de natação em academias e clubes até 2008. Hoje, atuo apenas como personal swimmer.

disciPlina estranhaPelo tempo que me dediquei ao es-

porte, entendi que minha única opção era seguir na área de Educação Física. Em 2001, ingressei na universidade. Logo no primeiro ano, deparei-me com a disciplina Lazer e Recreação, que, no começo, achei estranha. Não entendia a finalidade de uma matéria que ensinava a aplicar jogos e brincadeiras.

Palhaçada abriu os olhosParalelamente ao primeiro ano de

faculdade, fiz aulas de teatro e clown (palhaço). Meu objetivo era melhorar a fala, já que eu tinha muita dificuldade por conta de uma gagueira excessiva. Em fun-

ção das aulas, comecei a me apresentar como palhaço em festas infantis. Naquele momento, percebi a necessidade de tra-balhar com recreação e passei a entender muito melhor aquela disciplina que achava esquisita. Ainda em 2001, criei minha pró-pria equipe de recreação: a Supimpa.

homem de negóciosEm 2002, fui convidado para ser co-

ordenador de recreação das colônias de férias da Associação dos Oficiais da Po-lícia Militar. De uma semana para outra, tive de abrir minha empresa. Com ape-nas 19 anos, foi um grande desafio: por final de semana, eu tinha de coordenar 35 pessoas, além de gerenciar materiais, logística, pagamentos etc. Buscando a profissionalização da empresa, em 2004, formei sociedade com meu grande ami-go e parceiro Kaoê Gonçalves, com quem trabalho até hoje.

ingresso na docênciaEm 2005, já formado, fui convidado

para ministrar uma palestra sobre o tema-Recreação em Hotéis juntamente com o professor Maurício Duran. Ele me cederia 20 minutos de seu curso, mas telefonou um dia antes dizendo que não poderia ir e pedindo para eu apresentar todo o con-teúdo. A partir daquela primeira experiên-cia, senti a necessidade de estudar mais. Li muito sobre lazer e recreação. O que acon-teceu por acaso, tornou-se um negócio muito grande e constante.

carreira acadêmicaEm 2007, passei em uma seletiva

de docentes. Eram mais de 100 pessoas para poucas vagas. Com 24 anos, entrei para dar aula nas disciplinas de Recrea-ção e Atividades Aquáticas no curso de graduação, algo que faço até hoje. Nesse meio tempo, recebi convites do Senac para ministrar algumas discipli-nas. Hoje, ao lado de Kaoê, sou coorde-nador dos cursos de pós-graduação em Recreação e Lazer das universidades FMU, Gama Filho e Castelo Branco. Em 2010, lançamos o Manual do Lazer e Recreação, que é adotado pelos Minis-térios do Esporte e do Turismo, além de ser o livro-base do programa Recreio nas Férias na cidade de São Paulo. É também o primeiro livro de recreação utilizado em concurso público no Bra-sil. Sinto-me orgulhoso.

Presente e FuturoDe três anos para cá, minha carreira

deslanchou. Devo encerrar 2011 com 120 palestras realizadas e tendo atendi-do a mais de 15 mil pessoas nos cursos. São tantas ações que divido 90% delas com meu sócio e minha esposa, a Mérie Hellen, que me deu um “empurrãozi-nho” no início da carreira, quando con-tou-me que deseja se casar. Isso me fez sair distribuindo currículos pela cidade e alavancou, de certa forma, minha carrei-ra. Por isso, sempre digo nos meus cur-sos que a pressão muda o ser humano.

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salvador (bA)Políticas Públicas

capital baiana aproveita a orla para o desenvolvimento De projetos De extensão acaDêmIca cujo objetIvo é incentivar a prática de atividades físicas de forma regular entre as comunidades, além de orientar sobre nutrição e cuidados com a saúde. é neste cenário que acontece também a 11a fitness brasIl norte-norDeste

A praia como laboratório

idades litorâneas, geralmente, costu-mam levar alguma vantagem no desen-volvimento de projetos relacionados ao

bem-estar. Além de serem municípios em que as pessoas, habitualmente, sentem-se mais estimuladas à prática de atividades físicas por toda a orla, também gozam de clima propício boa parte do ano para iniciativas ao ar livre.

Mas, de nada adianta tal cenário, se o poder público, em parceria com entidades de classe e instituições de ensino, não encampar a ideia em definitivo como parte de sua vocação. E, nesse

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por caroline pellegrino

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sentido, Salvador (BA) tem mostrado que é muito mais do que Carnaval.

Algumas políticas públicas de valo-rização do bem-estar da população do município com pouco mais de 4 mi-lhões de habitantes estão se revelando muito eficazes e prometem, inclusive, servir de exemplo para outras iniciati-vas adotadas Brasil afora.

O projeto “Festival de Esportes de Praia” e “Caminhada Ecológica”, por exemplo, reúne um conjunto de práti-cas esportivas, como caminhada, volei-bol, peteca, futebol, frescobol, hande-bol, entre outras atividades. A iniciati-va funciona desde 2007 e acontece das 6 horas às 9 horas, de segunda à sexta-feira, na Praia de Patamares.

A iniciativa foi idealizada pelo curso de licenciatura em Educação Física da Faculdade Regional da Bahia (Unirb) e envolve coordenadores, professores e universitários. O objetivo é dar opor-tunidade a todos de praticar ativida-des esportivas, orientadas por profis-sionais qualificados, além de oferecer também instruções sobre limpeza da orla e preservação do meio ambiente.

“Os acompanhamentos acontecem durante o período letivo, quando pro-fessores e alunos estão em plena ativi-dade acadêmica. Em média, participam de 40 a 50 pessoas, diariamente”, con-ta Lauro Gurgel, diretor do curso de li-cenciatura e bacharelado em Educação Física da Unirb.

Outra vantagem do projeto é pro-porcionar aos estudantes uma expe-riência pedagógica ainda maior por meio da materialização dos conteúdos estudados nas disciplinas do curso. “Participam também alunos de Nutri-ção e Enfermagem. A iniciativa tem o apoio do Conselho Regional de Educa-ção Física e da Secretaria Municipal de Esportes de Salvador, o que comprova o engajamento de diversos setores da sociedade civil organizada”, diz Gurgel.

saúde PreventivaOutro projeto que tem angaria-

do excelentes resultados é o Unirb na Praia, também criado em 2007. Du-rante todo o ano, membros da comu-nidade Jardim de Alah, na periferia da capital baiana, praticam caminhada pela orla. O projeto de extensão dis-ponibiliza orientações aos praticantes

a iniciativa tem o apoio do conselho regional de educação física e da secretaria municipal de esportes de salvador, o que comprova o engajamento de diversos setores da sociedade civil organiZadalauro gurgel, unirb

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salvador (bA)Políticas Públicas

de atividades físicas que, geralmente, acontecem aos sábados, das 6 horas às 9 horas.

“O dia e o horário foram escolhi-dos pelo grande número de pessoas com disponibilidade para se exercita-rem nesse período, que possui baixa incidência de raios solares nocivos à pele”, detalha o diretor do curso de licenciatura e bacharelado em Educa-ção Física da Unirb.

As atividades também acontecem durante o período letivo dos universi-tários engajados no projeto e reúnem estudantes do curso de nutrição que orientam as pessoas para uma dieta diária saudável, alertando sobre ali-mentos com alto teor de sódio ou de gordura, causadores de colesterol, en-tre outros agravantes.

Para a realização do projeto, foi montada uma infraestrutura espe-cial no local da concentração para o atendimento às pessoas, com mesas e cadeiras, sombreiros, panfletos, além de todo o material do laboratório de antropometria tais como plicômetro,

adipômetro, balança, fita métrica, en-tre outros.

Já foram atendidas mais de 380 pessoas de diversas faixas etárias de ambos os sexos, principalmen-te, adultos e idosos. Para esses dois públicos, as atividades consistem ainda em orientação à prática da atividade física, ginástica, alonga-mento, caminhada, corrida, cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), aferição da pressão arterial e da fre-quência cardíaca.

O projeto terá continuidade no se-gundo semestre de 2011 com a pos- sibilidade de ser ampliado em parce-ria com a Secretaria Municipal de Es-portes de Salvador para atendimento em outras praias da cidade.

“Na Grande Salvador, apenas uma pequena parcela de pessoas pratica atividade regularmente e com orien-tação profissional. Se aumentarmos os incentivos, haverá mais pessoas procurando espaços como esse, além de academias. Todos saem ganhan-do”, afirma Lauro Gurgel.

recicle seus conhecimentos!É nesse cenário estimulante que salvador abrigará a 11ª edição da fitness brasil norte-nordeste, entre 30 de setembro e 2 de outubro, no centro de convenções da bahia. o encontro está voltado à aproximação da ciência com a prática, contando com um grupo seleto de profissionais e propostas inovadoraspara evidenciar grandes oportunidadesde mercado.

Haverá a realização de 52 cursos, incluindo palestras com especialistas renomados em que os 2,5 mil profissionais inscritos poderão atualizar conhecimentos. serão 50 expositores e 20 mil visitantes, movimentando r$ 7 milhões em volume de negócios.

A participação internacional de profissionais consagrados na 11ª fitness brasil norte-nordeste permitirá a troca de informações essenciais para professores, gestores e coordenadores de academias. Guy Warnow, dubravko ratkajec, Mônica tagliari, cida conti, José Anchieta, a equipe do cx-30 (bodysystems) são apenas algumas das personalidades já confirmadas. informações: www.fitnessbrasil.com.br

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o médico nas academiasinovação

cada vez mais, academias têm se tornado centros de excelênciana promoção da saúde, o que faz que alguns estabelecimentos passem a contar com profissionais da medicina em seu quadrode colaboradores

Visão sobre o todo

por andré salvagno

prática de exercícios fí-sicos requer prescrição e acompanhamento médico.

Com isso, as academias precisam es-tar preparadas para receber pessoas com algum tipo de restrição e que necessitem de adaptações ou procedi-mentos específicos. Desta forma, nada melhor do que trabalhar de maneira integrada com a área médica.

Essa tem sido a aposta de algumas grandes do setor, como a Cia Athletica, localizada em São Paulo. Mônica Marques, diretora técnica da rede, destaca que, apesar de reconhecerem os benefícios das atividades físicas

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no tratamento de diversas doen-ças, médicos ainda são reticentes em recomendá-las, justamente por conta da desconfiança quanto ao preparo e à infraestrutura ofereci-da pelas academias.

Pós-graduada em Fisiologia do Exercício e estudante de Atividade Física Adaptada, Mônica revela que a Cia Athletica vem adotando algu-mas medidas para atender a esta demanda. “Os professores vêm sen-do orientados sobre a prescrição de treinamento específico para diversas patologias”, conta.

Atualmente, todos os alunos da rede recebem prescrições de trei-namento individualizadas e que se-guem as diretrizes do American Col-lege of Sports Medicine (ACSM). As-sim, os médicos que os acompanham podem ter acesso aos dados do trei-no, avaliações e resultados, tudo pela internet. “Os professores controlam

no modelo de integração entre exercí-cios físicos e medicina. “As diretrizes garantirão à comunidade médica os padrões necessários para alcançar a excelência na prescrição de exercícios para pacientes como parte da tera-pêutica médica”, explica.

Entre 22 e 25 de junho, visan-do à obtenção da chancela, a Cia Athletica enviou uma equipe de ges-tores ao Medical Fitness Institu-te (MFI), conferência realizada na Vanderbilt University, em Nashville, nos Estados Unidos, para receber a orientação necessária com vistas à im-plementação das diretrizes. O conjun-to de ações que visa à certificação está sendo desenvolvido pelas equipes téc-nica e de TI, sob a direção de Mônica e Gary Schulze, respectivamente.

O processo de implementa-ção leva, em média, 18 meses, mas como a rede tem certificação ISO 9000 e vários procedimentos já são adotados, no final de 2011, a Cia Athletica espera receber o credencia-mento. Para concluir o processo, fal-ta organizar a documentação neces-sária no formato exigido e sistema-tizar algumas práticas que já fazem parte da rotina da academia.

As sete academias do estado de São Paulo serão as primeiras a rece-ber a certificação, enquanto as de-mais unidades deverão obtê-la até o final de 2012.

Uma das ações já colocadas em prática é a utilização de um software que armazena mais de 2 mil exercícios, 400 ocorrências mé-

cenário internacionalno Mfi, Mônica colheu algumas informações sobre o panorama da prática de exercícios nos estados unidos, onde hoje menos de 20% da população frequenta academias e/ou pratica atividades regularmente. os outros 80% são inativos.

traçando um paralelo, ela constata que, no brasil, o sedentarismo e as doenças crônicas relacionadas ao estilo de vida também estão crescendo. por isso, acredita que a integração com a comunidade médica, hospitais e planos de saúde facilitará o acesso da população às academias.

dicas e filtros que são ativados para indicar e contraindicar exercícios no momento da prescrição. A solução funciona da seguinte forma: quando um professor monta o treino de um aluno com relatos prévios de lom-balgia, por exemplo, a informação é registrada no sistema e os exercícios que provocam compressão verte-bral ou discal são automaticamente excluídos. O mesmo vale para as demais ocorrências médicas.

a frequência e os resultados dos alu-nos. A partir do segundo semestre, aumentará a interface de relaciona-mento com os médicos”, revela.

O próximo passo nesta direção será conquistar a certificação pela Medical Fitness Association (MFA). Trata-se de um credenciamento espe-cífico para as academias interessadas

o pré-requisito principal exigido pela MfA é que a academia tenha um médico ou um conselho responsável pela programação das atividades. esse profissional (ou equipe) precisa realizar constantemente reuniões e treinamentos com os profissionais de saúde que atuam na academia

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o personal dietcarreiras

promover a saúde por meio da orientação nutricional é a função do “personal diet”, que aproveita a inclusão cada vez maior de pessoas com acesso à boa alimentação para alavancar nichos de negócios, dentro e fora das academiaspor andré salvagno

está chovendo nesta hortaSh

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a correria do cotidiano é um dos vi-lões da saúde humana, especial-mente para quem vive em grandes

cidades. Com o tempo escasso, muita gen-te não consegue desenvolver uma alimen-tação regrada e saudável. Nesse cenário, o personal diet desponta, vislumbrando um mercado com alta demanda e imenso potencial de crescimento.

Segundo Michele Araújo, nutricio-nista e pós-graduada em Nutrição Clí-nica, o público-alvo do personal diet é bastante diversificado e compreende crianças, adolescentes, adultos, idosos, esportistas, praticantes de atividades físicas, gestantes, pessoas com patolo-gias que necessitam de acompanhamen-to nutricional, pacientes que queiram ganhar ou perder peso e deficientes.

Para Cynthia Antonaccio, sócia-dire-tora da Equilibrium Consultoria em Saú-de e Nutrição, um dos requisitos para que o personal diet desempenhe sua função com êxito é conseguir adaptar a lingua-gem aos diferentes públicos com quem precisa lidar, de forma que seja compre-endido por todos.

Outra característica que pesa para esse profissional é ter, pelo menos, três

anos de experiência clinicando. “Como personal diet, ele é colocado muito mais à prova do que no consultório”, avalia Cynthia. “Saber cozinhar para poder ensinar o cliente também é uma habilidade necessária”, cita.

Um atrativo para quem pensa em atuar neste nicho é a remunera-ção. Pela tabela do Sindicato dos Nu-tricionistas do Estado de São Paulo (Sinesp), por exemplo, o piso salarial do nutricionista que trabalha com carteira assinada em indústria ou co-mércio é R$ 1.670,00. Já quem atua como personal diet deve receber a par-tir de R$ 150 por consulta. Logo, se atende a uma pessoa por dia, em 20 dias do mês, receberá, no mínimo, R$ 3 mil mensais.

A Viverde Saladas, que oferece o serviço, cobra R$ 250 por duas visitas. O valor engloba a ida da nutricionista até o cliente, uma avaliação nutricional, anamnese alimentar e cálculo de dieta indi-vidualizada. Tudo isso acontece na primeira visita. Na segunda, geral-mente uma semana depois, ocorre a entrega da dieta e do exemplo de cardápio a ser seguido.

saber coZinhar para poder ensinar o cliente também é uma habilidade necessária cynthia antonaccio, equilibrium

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Ação

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delivery de saladasAlém do serviço de personal diet, a Viverde saladas tem outra frente de atuação: o delivery de saladas, que atende a pedidos individuais e também a assinantes, com planos que podem ser mensais e quinzenais.

Além de diferentes opções de salada, o delivery dispõe de sucos funcionais, frutas, sanduíches, wraps, quiches e saladas de frutas. A empresa realiza as entregas na data e local escolhidos pelo cliente, sempre de segunda à sexta-feira, das 9h30 às 12h30, exceto em feriados. os pedidos devem sempre ser feitos até as 16 horas do dia anterior. “o cliente pode até montar a salada que deseja, ou então, pedir que nós façamos isso”, conta Mariana ribeiro, nutricionista da Viverde.

Os preços e a formas de cobrança, no entanto, dependem do nutricionista ou da empresa que atua como personal diet. A Equilibrium cobra por projeto e o valor depende do que está incluso: a quanti-dade de pessoas a serem orientadas (no caso de famílias), quantas visitas de ma-nutenção serão realizadas e quais servi-ços constarão do pacote, cujo preço pode variar entre R$ 600 e R$ 1,8 mil.

reeducação é o carro-cHefePrestado exclusivamente por nu-

tricionistas, o personal diet consiste no atendimento customizado para elabo-ração de planos alimentares com base nas preferências e objetivos de cada pessoa ou grupo, considerando tam-bém suas necessidades fisiológicas.

A nutricionista Camila Cialdini Fa-ria define o personal diet como uma as-sistência nutricional global personali-zada e um projeto de qualidade de vida.

Envolve atendimento clínico, pro-gramas de ganho de massa corporal e emagrecimento, planejamento de re-feições práticas, cardápios mensais,

técnicas dietéticas e de segurança, além de orientação para higiene alimentar e receitas saudáveis.

O carro-chefe do serviço é a reeducação alimentar, com técnicas de preparo, armazenamento e con-servação dos produtos a serem con-sumidos. Contudo, o portfólio envol-ve vários outros serviços, como aulas de culinária básica com enfoque para patologias, treinamento de cozinhei-ras, orientação na lista de compras e visita ao supermercado, bem como desenvolvimento de cardápios para eventos sazonais.

Alessandra Scutellaro, nutricionis-ta da Viverde Saladas, aponta que nos atendimentos em consultório acontece frequentemente de o paciente receber uma dieta-padrão, que pode ser aplica-da a ele e a qualquer outra pessoa. “Não há um estudo aprofundado de suas reais necessidades e hábitos”, revela.

No caso do personal diet, ela explica que o profissional vai ao local escolhido pelo cliente com balança, adipômetro,

fita métrica para medição de circunfe-rências e um questionário sobre o hábi-to alimentar, o chamado registro de 24 horas. “É um atendimento totalmente customizado”, diz.

Essa flexibilidade é o que tor-na o mercado bastante amplo para o profissional. Com a falta de tempo que leva as pessoas a se alimenta-rem de forma inadequada, o aten-dimento não poderia ficar restrito aos consultórios.

A Equilibrium presta serviços tam-bém em academias de ginástica, onde, segundo Cynthia, muitos alunos são orientados a contratarem o personal diet para reeducar sua alimentação e a de sua família. “São pessoas que sentem os benefícios e querem que os familia-res tenham aderência aos planos de mu-dança alimentar”, comenta.

De olho no público formado por pes-soas que moram sozinhas, a Equilibrium tem também o serviço do personal chef. Ao contrário do personal diet, que ensina a cozinhar para o cliente.

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o “2 em 1” Preferido deles

ão vários os fatores que devem ser levados em consideração na compra de um equipamento

para exercitar grupamentos muscu-lares da região peitoral e também das costas. Preço, design, biomecânica, tamanho, manutenção, assistência técnica e capacidade de carga são al-guns itens importantes, segundo Jú-nior Crocco, líder-educador e consul-tor de academias da BodySystems.

O especialista ainda fornece dicas para empresários e gestores sobre como tirar o máximo proveito com a aquisição

de estações de musculação voltadas para essas duas regiões do corpo, diga-se de passagem, uma das preferidas dos “mar-manjos”, malhadores de carteirinha.

“Uma sugestão é organizar o trei-namento dos alunos, de forma que haja um revezamento no programa de execução de exercícios, fazendo que o tempo de espera seja reduzido. Isso é um bom argumento, já que um congestionamento em torno desses aparelhos, o que quase sempre ocor-re nas academias, é algo que irrita muito o cliente”, diz Crocco.

Pensando em ações mais pon-tuais, o consultor vai além: “uma sugestão para academias de grande porte é a realização de campeona-tos de quem levanta a maior carga. É possível fazer isso de forma simul-tânea em todas as unidades, com transmissão ao vivo pela internet, e o ranking ser algo unificado. Ou seja, uma academia em Belém pode competir com a de Porto Alegre, e os competidores conseguirem se conhe-cer. Certamente, uma ação bastante simples de execução e de altíssimo impacto”, sugere.

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Ação

felipe chibás ortiz

artigo

o universo das academias, mente e corpo tendem a unir-se e nada me-lhor para fomentar esse processo que

a manutenção de um clima de criatividade. Ter esse tipo de vínculo criativo com os clien-tes, entre os professores e líderes do centro esportivo é fundamental.

A criatividade não pode continuar sendo, para alguns, um processo misterioso, resultado de inesperados insights. Segundo mostram as pesquisas, ter um ambiente criativo é crucial para a competitividade, para haver um diferencial ou algo a mais do qual a concorrência não disponha. Ter um clima emocional agradável e conseguir construir novas opções atraentes para os clientes e professores faz toda a diferença.

Às vezes, uma dada modalidade de treina-mento ou aula não está dando certo apenas pelo nome com o qual foi lançada. Mas, se houver um clima positivo e de renovação, pode se dar a volta por cima, principalmente quando os clientes sen-tem-se à vontade para falar e propor mudanças no rumo do que está sendo feito na academia. É a criatividade que impulsiona as principais em-presas do mundo, não apenas no cenário fitness, mas também em outros setores.

Para haver um clima criativo, alguns especialis-tas apontam para o design dos locais de trabalho, enquanto outros citam os esquemas de incentivo para professores e colaboradores. Também desta-cam que, desde o recrutamento da equipe, deve-se prestar especial atenção à criatividade e não ape-nas ao currículo técnico, com o fim de ter, desde o começo, os melhores profissionais que desejem construir esse ambiente mais descontraído. Mas, acima de tudo, deve-se promover a inspiração no ambiente de trabalho.

O clima organizacional positivo em um ambiente inovador faz bem ao cliente da aca-demia, ao treinador ou professor e também aos líderes que comandam o empreendimen-to. Por isso, algumas dicas para criar e manter um ambiente não apenas sadio, senão criativo, inovador e de constantes mudanças positivas podem ser listadas:

1. Desvincule o resultado corporal do treino do imediatismo.

2. Crie espaços e seções diferenciadas para segmentos específicos, como crianças espe-ciais, idosos, mulheres etc.

3. Convide atletas ou ex-atletas para falar sobre suas experiências criativas no es-porte, o que eles fizeram de diferente dos outros na carreira e que fatores os fize-ram triunfar.

4. Tenha aulas nas quais estejam unidos o espor-te e as artes, especialmente as artes cênicas.

5. Utilize também as técnicas de dinâmica de grupo, criadas pela psicologia, durante al-guns treinos.

6. Comemore: quando um colaborador da aca-demia traz uma ideia nova que deu certo reúna o time e faça uma minifesta.

7. Faça como a Disney: promova treinos e fes-tas em que se usem fantasias, músicas de filmes, enfim, crie-se um ambiente lúdico e de magia.

8. Use algumas técnicas de criatividade para potencializar os resultados durante treinos ou nas reuniões dos professores para procu-rar soluções.

9. Esporte e estética: tenha um salão dentro da academia para que as mulheres se arru-mem após o treino; pode ser um diferen-cial interessante.

10.Por fim, abra espaço para ouvir os clientes.

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felipe chibás ortiz é consultor, psicólogo

pela universidade de Havana, cuba, mestre e doutor pela usp em

temas de comunicação organizacional,

relações públicas e marketing, especialista

em marketing Direto pela universidade

alcalá de Henares, espanha. é autor de 11

livros publicados em cuba, brasil, espanha,

canadá e méxico e sócio-diretor da

perfectu Gerenciamento empresarial, empresa de

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espanhol de consultoria e formação empresarial

Global estratégias, presente em 15 países de quatro continentes

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