Revista Fenatral

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ÍndiceExpediente

4.Palavra do Presidente

O segmento do transporte coletivo merece atenção especial por parte da

sociedade em geral, especialmenteda

4.Palavra do Presidente

O segmento do transporte coletivo merece atenção especial por parte da

sociedade em geral, especialmente

4.Palavra do Presidente

O segmento do transporte coletivo merece atenção especial por parte da

sociedade em geral, especialmente

4.Palavra do Presidente

O segmento do transporte coletivo merece atenção especial por parte da

sociedade em geral, especialmente

segmento do transporte coletivo merece atenção especial por parte da sociedade em geral, especialmente dos gestores das grandes cidades.Não obstante a isso, conforme a defi ciên-cia do setor aumentou a partir da década de 1990, cresceu também a necessida-de das pessoas de serem transportadas, muito embora não se tenha pensado à época em conforto ou qualidade, mas apenas na locomoção. Esta lacuna ofere-ceu novas expectativas para cidadãos desempregados e aposentados, que colo-caram

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Editorial

4.Palavra do Presidente

O segmento do transporte coletivo merece atenção especial por parte da sociedade em geral, especialmente

4.Palavra do Presidente

O segmento do transporte coletivo merece atenção especial por parte da sociedade em geral, especialmente

4.Palavra do Presidente

O segmento do transporte coletivo merece atenção especial por parte da sociedade em geral, especialmente

4.Palavra do Presidente

O segmento do transporte coletivo merece atenção especial por parte da sociedade em geral, especialmente

segmento do transporte coletivo merece atenção especial por parte da sociedade em geral, especialmente dos gestores das grandes cidades.Não obstante a isso, conforme a defi ciên-cia do setor aumentou a partir da década de 1990, cresceu também a necessida-de das pessoas de serem transportadas, muito embora não se tenha pensado à época em conforto ou qualidade, mas apenas na locomoção. Esta lacuna ofere-ceu novas expectativas para cidadãos desempregados e aposentados, que colo-caram

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Fenatral +Entrevista

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O segmento do transporte coletivo merece atenção especial por parte da

sociedade em geral, especialmente dos gestores das grandes cidades.Não obstante a isso, conforme a defi ciência do setor aumentou a partir da década de 1990, cresceu também a necessidade das pesso-as de serem transportadas, muito embora não se tenha pensado à época em conforto ou qualidade, mas apenas na locomoção. Esta lacuna ofereceu novas expectati-vas para cidadãos desempregados e aposentados, que colocaramseus automóveis nas ruas a servi-ço da população cobrando tarifa menor do que aquela praticada pelos ônibus - eles enxergaram

aí uma oportunidade de compor a renda familiar ou simplesmen-te como forma temporária de sustentar a família.Passadas mais de duas décadas o tema transporte coletivo ainda gera acaloradas discussões, só que agora com a participação dos condutores do transporte alter-nativo que, graças as ações de empresários visionários e repre-sentantes da classe, conduzem veículos bem maiores que seus carros de passeio de outrora: estão ao volante de modernos micro--ônibus.Mesmo estando em condições de igualdade com as empresas de transporte coletivo, pelo menos sob a ótica da população que faz uso e que depende exclusivamen-

te do sistema, estes condutores ainda não fazem idéia do papel que desempenham na engrena-gem que sustenta.Mesmo estando em condições de igualdade com as empresas de transporte coletivo, pelo menos sob a ótica da população que faz uso e que depende exclusivamen-te do sistema, estes condutores ainda não fazem idéia do papel que desempenham na engrena-gem que sustenta. Mesmo estando em condições de igualdade com as empresas de transporte coletivo, pelo menos sob a ótica da popu-lação que faz uso e que depende exclusivamente do sistema, estes condutores ainda não fazem idéia do papel que desempenham na engrenagem que sustenta.Mesmo estando em condições

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de igualdade com as empresas de transporte coletivo, pelo menos sob a ótica da população que faz uso e que depende exclusivame O segmento do transporte coletivo merece atenção especial por parte da sociedade em geral, especial-mente dos gestores das grandes cidades.Não obstante a isso, conforme a defi ciência do setor aumentou a partir da década de 1990, cresceu também a necessidade das pesso-as de serem transportadas, muito embora não se tenha pensado à época em conforto ou qualidade, mas apenas na locomoção. Esta lacuna ofereceu novas expectati-vas para cidadãos desempregados e aposentados, que colocaramseus automóveis nas ruas a servi-ço da população cobrando tarifa menor do que aquela praticada pelos ônibus - eles enxergaram aí uma oportunidade de compor

a renda familiar ou simplesmen-te como forma temporária de sustentar a família.Passadas mais de duas décadas o tema transporte coletivo ainda gera acaloradas discussões, só que agora com a participação dos condutores do transporte alter-nativo que, graças as ações de empresários visionários e repre-sentantes da classe, conduzem veículos bem maiores que seus carros de passeio de outrora: estão ao volante de modernos micro--ônibus.Mesmo estando em condições de igualdade com as empresas de transporte coletivo, pelo menos sob a ótica da população que faz uso e que depende exclusivamen-te do sistema, estes condutores ainda não fazem idéia do papel que desempenham na engrena-gem que sustenta.Mesmo estando em condições de igualdade com as empresas de

transporte coletivo, pelo menos sob a ótica da população que faz uso e que depende exclusivamen-te do sistema, estes condutores ainda não fazem idéia do papel que desempenham na engrena-gem que sustenta. Mesmo estando em condições de igualdade com as empresas de transporte coletivo, pelo menos sob a ótica da popu-lação que faz uso e que depende exclusivamente do sistema, estes condutores ainda não fazem idéia do papel que desempenham na engrenagem que sustenta.Mesmo estando em condições de igualdade com as empresas de transporte coletivo, pelo menos sob a ótica da população que faz uso e que depende exclusivame

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O segmento do transporte coletivo merece atenção especial por parte da sociedade em geral, especialmente dos gestores das gran-

des cidades.Não obstante a isso, conforme a defi ciência do setor aumentou a partir da década de 1990, cresceu também a necessidade das pessoas de serem transportadas, muito embora não se tenha pensado à época em conforto ou qualidade, mas apenas na locomoção. Esta lacuna ofereceu novas expectativas para cida-dãos desempregados e aposentados, que colocaramseus automóveis nas ruas a serviço da população cobrando tarifa menor do que aquela praticada pelos ônibus - eles enxergaram aí uma oportunidade de compor a renda familiar ou simplesmente como forma temporária de sustentar a família.Passadas mais de duas décadas o tema transpor-te coletivo ainda gera acaloradas discussões, só que agora com a participação dos condutores do trans-porte alternativo que, graças as ações de empresários visionários e representantes da classe, conduzem veículos bem maiores que seus carros de passeio de outrora: estão ao volante de modernos micro-ônibus.Mesmo estando em condições de igualdade com as empresas de transporte coletivo, pelo menos sob a ótica da população que faz uso e que depende

exclusivamente do sistema, estes condutores ainda não fazem idéia do papel que desempenham na engrenagem que sustenta.Mesmo estando em condições de igualdade com as empresas de transporte coletivo, pelo menos sob a ótica da população que faz uso e que depende exclusivamen-te do sistema, estes condutores ainda não fazem idéia do papel que desempenham na engrenagem que susten-ta. Mesmo estando em condições de igualdade com as empresas de transporte coletivo, pelo menos sob a ótica da população que faz uso e que depende exclusivamente do sistema, estes condutores ainda não fazem idéia do papel que desempenham na engrenagem que sustenta.Mesmo estando em condições de igualdade com as empresas de transporte coletivo, pelo menos sob a ótica da população que faz uso e que depende exclusivame

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Cooperativas

Cooperativas detransporte no Brasil

No Brasil, as primeiras cooperativas de trans-porte alternativo que se

tem notícia surgiram em Brasília e em Porto Alegre, com o objetivo de organizar o transporte autôno-mo. Segundo o diretor presidente da Cooperativa dos Transporta-dores Autônomos de Passageiros do Estado do Ceará, a COTRAPS, Antônio de Pádua, a história e o surgimento de novas organizações

estão ligadas à troca de experiên-cia anteriores. “O nascimento das cooperativas, bem como a sua história, está marcada pela troca de experiências. Quando as primei-ras cooperativas se organizaram e obtiveram sucessos inicias, a ideia foi se propagando e mais coopera-tivas foram surgindo. Elas surgiram da necessidade de organização do transporte autônomo, alternativo, complementar. Algumas pessoas

envolvidas com o transporte urba-no alternativo vislumbraram novas formas de organização”, explica Antônio de Pádua.

Um dos exemplos em prática é a COTRAPS, que desde 1997 busca melhorias no serviço de trans-porte no Ceará. Um dos maiores projetos já realizado pelo grupo foi a implantação do vale trans-porte eletrônico, além de outras ações como a construção de gara-

Presente em diversos setores, como educação, agricultura, logística e transportes, a coope-

rativa é um modelo de negócio que preza pelo esforço conjunto. A ideia, em linhas gerais, é aumentar o nível de concorrência no mercado por meio da união de esforços. Assim, pequenos e médios empresários conquistam maior lucratividade em

meio a valores como autonomia, inde-pendência, gestão democrática, ajuda mútua, participação econômica dos membros, interesse pela comunidade, entre outros princípios estabelecidos na Inglaterra, em 1995, pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI).

A forma cooperativa de trabalho implica numa lógica diferente das empresas capitalistas. Enquanto na

ordem do capital a mão de obra é assalariada, numa cooperativa, os lucros, subtraídos os gastos brutos, são divididos entre os associados. “É uma associação de pessoas e não de capital, isto é, a propriedade é atri-buída aos associados independente das contribuições fi nanceiras indi-viduais à constituição da sociedade. O poder de decisão último é compe-

uma lógica diferente de negóciosFernanda Santos

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gens e a inclusão deste modelo de transporte na Lei Orgânica do Município.

Além da COTRAPS, no Brasil são encontradas práticas da gestão cooperada em diversos estágios e municípios, como a FECOOTRANSPARA, união de cooperativas de Belém que está na batalha pela regulamentação

da categoria. “Estamos na luta há oito anos, nossa briga com o poder público é em relação à aceitação das cooperativas. Lutamos contra o desejo da prefeitura em transfor-mar as cooperativas em empresas privadas tradicionais. Mesmo com o apoio já consolidado de diversas empresas e entidades, ainda este ano promoveremos um evento para esclarecer e aproximar insti-tuições e sociedade civil da gestão cooperada, no intuito de mostrar ao poder público municipal que temos solidez. As cooperativas têm condição sim de assumir esta responsabilidade e de prestar serviços de excelência no trans-porte, dependemos apenas de uma regulamentação”, afi rma o presidente da FECOOTRANS-

PARA, Charles Carvalho. De acordo com a Organiza-

ção das Cooperativas Brasileiras (OCB), houve um aumento de 3,77% das cooperativas de trans-porte no Brasil no período de um ano. Em 2008, eram 1.060 coope-rativas, enquanto que em 2009, o número subiu para 1.100. Entre-tanto, as estatísticas são ainda mais expressivas em relação aos índices de associados e empregados. Os dados apontam um crescimento de 13,35% no número de empre-gados, uma vez que em 2008 eram 7.640 contra 8.660 empregados em 2009. Sobre os associados, eram 90.744 em 2008 e 107.109 em 2009, um aumento signifi cati-vo de 18,03%.

“Crédito para troca de frota

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tência da assembléia dos associados. Numa empresa de capital se fala em lucros e dividendos e, na socieda-de cooperativa, em sobras líquidas. Não se trata de um lucro extraído do trabalho de assalariados, trata-se de um lucro originário do trabalho direto dos próprios associados”, esclarece o professor doutor da Univer-sidade Federal Rural de Pernambuco

(UFRPE), Gilvando Rios.Nem sempre as atribuições do

modelo cooperado, incluindo o que está previsto em lei, são diretrizes segui-das na prática. Entretanto, a lógica democrática “um homem, um voto” presente nessa associação voluntária que trabalha para seus associados, é uma alternativa com fi ns econômicos aos indivíduos interessados em proprie-

dade, gestão e repartição cooperativa.A primeira cooperativa conhecida

foi a experiência de 1844, na Ingla-terra, quando 28 operários têxteis de Rochdale, empresa inserida no contexto da revolução industrial, cansados da situação precária de trabalho, fundaram a Sociedade dos Pioneiros Equitativo, com intenções políticas e econômicas.

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Qual é a importância da Fenatral ?A Fenatral é o órgão que reúne

as cooperativas, multiplicando as possibilidades de troca e interação entre os cooperados. É por meio dela que buscamos os modelos de organização e funcionamento que consideramos interessante. Apro-veitamos os eventos realizados pela Fenatral para fazermos intercâm-bio de experiências sobre o nosso mercado, fornecedores, administra-ção entre outros. É claro, adaptamos sempre os modelos que conhece-mos para nossa realidade. Quando começamos em Fortaleza, a Fenatral não existia e esse processo de buscar outras referências era mais difícil.

Qual é o papel das cooperativas para o desenvolvimento do setor econômico e social?

As cooperativas são importan-tes para os dois. Na área social, as cooperativas são responsáveis pela divisão de rendas, e por gerar melhores condições de vida para

os associados. Em nossa coopera-tiva temos 270 associados que são donos do seu próprio negócio e que dividem igualmente o lucro, ao invés de termos só um dono e, no caso, 269 assalariados. A cooperativa trabalha na lógica da união de várias pessoas em nome de um objetivo comum, não há nada melhor para o social que isso. No setor econô-mico, as cooperativas são empresas que geram lucros e possuem um mercado sólido. Em determinadas cidades, as cooperativas têm uma parcela grande na movimentação da economia de seus municípios.

O que Cootraps fez para torná-la referência nacional?

A Cootraps é uma cooperativa que existe desde 1997. Não participei do seu nascimento, mas conheci o seu fundador. Em 2005, fui convidado a assumir a presidência da Cootraps, e nessa época adotamos a bilhetagem eletrônica. Com a organização da parte monetária de nossa cooperati-

va, conseguimos apoio de instituições fi nanceiras e órgãos públicos que se tornaram nossos parceiros. Inves-timos na parte administrativa e organizacional da cooperativa, assim como em nossos associados, com cursos e palestras. Acredito que se hoje podemos ser considerados modelos de cooperativas é porque sempre nos preocupamos em ir atrás de outras cooperativas para buscar ações, exemplos e ideias que pudés-semos aproveitar.

Como foi o processo de regula-mentação das cooperativas?

A regulamentação das coope-rativas em Fortaleza aconteceu em 1997. Na época juntamos forças em todos os setores da sociedade que buscavam superar os proble-mas e as defi ciências do transporte. Em Fortaleza, foram mais de 120 mil assinaturas da população enca-minhadas à câmara. Atualmente, na lei orgânica de nosso município está o texto que legaliza o trans-

CootrapsCooperativa modelo para o País

Antônio de Pádua é o presidente da Cootraps — Cooperativa dos Transportadores Autônomos do Estado do Ceará, que é referência para todo o Brasil. Em entrevista à Revista do Transporte Alternativo, ele

falou sobre a importância das cooperativas, Fenatral e Cootraps

Marisa Landim

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porte complementar. O apoio popular foi fundamental para a nossa reivindi-cação. Contamos com ajuda também de parlamentares. Hoje as cooperati-vas vivenciam realidades diferentes: existem locais em que as cooperativas encontram-se legalizadas com leis espe-cifi cas e de acordo com as necessidades locais, enquanto em outros lugares não há regulamentação em relação ao trans-porte alternativo. Os movimentos em favor da regulamentação do transporte alternativo estão começando agora, ou seja, nos primeiros estágios.

Como a população avalia os servi-ços prestados pelas cooperativas?

As cooperativas são bem vistas pela população, pois os cooperados geral-mente fazem parte das comunidades onde eles trabalham. Os motoristas e cobradores já usaram ou usam o mesmo serviço que eles prestam, ou seja, isso facilita que eles fi quem sensíveis às necessidades dos nossos clientes e à própria realidade social de suas comunidades. Investimos bastante na abertura de canais de comunicação. Temos números onde recebemos as reclamações e sugestões da população, fazemos também pesquisas e avaliações para sabermos como o nosso trabalho está sendo recebido - principalmen-te, treinamos ao máximo os nossos funcionários - com palestras e cursos, para um atendimento com qualidade.

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Transtornos mentais e comportamentais são a terceira

causa em pedidos de aposentadoria no Brasil.

A depressão, segundo especialista, atinge um em cada

cinco brasileiros, totalizando 20% da população

Pelo menos uma vez na vida, todos já vivenciaram uma expe-riência ou situação em que a

tristeza estivesse presente. Oposto da alegria, a tristeza é uma coisa comum, o problema é quando este sentimento, aliado à fatores genéticos, se transfor-ma em uma depressão. Doença que atinge, hoje, 20% da população e é uma das maiores causas de morte entre os jovens. “Uma tristeza isolada não caracteriza uma doença. A depressão é diagnosticada quando este sentimen-to, associado a outros fatores físicos e psíquicos, persiste por um longo perío-do que o paciente não consegue superar sem acompanhamento especializado”, afi rma a psicóloga Marcia Vieira.

A predisposição genética, aliada a fatores psicológicos, de personalidade, existenciais, confl itos e percalços do

cotidiano, são fatores que podem desen-cadear a doença. A depressão causa um desequilíbrio entre as células cerebrais responsáveis pela alteração do humor. É uma doença séria que exige compreen-são da família, pois os sintomas podem ser confundidos com preguiça ou desinteresse, o que agrava o quadro do paciente que não reage a estímulos.

Segundo o psiquiatra e coordena-dor do setor de psiquiatria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Vladimir Bernik, 20% da população sofre de depressão. Pelas estatísticas, uma em cada cinco pessoas tem ou desenvol-verá a doença, que é também a terceira causa de morte da população.

Para os especialistas, a doença por si só não mata, o que leva ao óbito é a baixa imunidade causada pela depressão, que torna o indivíduo vulnerável a outras enfermidades. “A depressão causa uma supressão no sistema imunológico do paciente que o torna mais suscetível a

doenças, entre elas a pneumonia.No caso de óbito entre os jovens, a

doença só está atrás da morte violenta. Um dado que pouca gente sabe é que ela é um dos maiores fatores em pedidos de aposentadoria”, esclarece Bernik.

A doença, apesar de mental, manifesta-se também como sintomas físicos. Muitas vezes o paciente procu-ra médicos de variadas especialidades e não encontra a causa para sintomas como dor de cabeça, falta de apetite ou ganho de peso, alteração de sono, falta de ar e tontura, indícios que carac-terizam o quadro de depressão. Neste caso, é aconselhável que o paciente procure ajuda especializada e encon-tre o tratamento mais adequado para seu caso. “O tratamento psiquiátrico une medicamentos e psicoterapia, os dois devem caminhar juntos. Na grande maioria a depressão é crôni-ca, o que exige acompanhamento em longo prazo a fi m de evitar a recaída”, acrescenta Bernik.

Fernanda Santos

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Em 2010, foi realizada uma pesquisa sobre a cobertura do sistema

de bilhetagem eletrônica nos municípios com mais de 100 mil habitantes. Constatou-se que das 275 cidades, 211 implantaram totalmente ou parcilamente o sistema e que 197.840.945 pesso-as são atendidas por veículos que possuem essa tecnologia. Esses números demonstram a relevân-cia da bilhetagem eletrônica para o setor de transporte. A bilheta-gem eletrônica é um sistema de cobrança que oferece a possi-bilidade de os passageiros não utilizarem dinheiro no pagamento das tarifas. Nesse sistema são utili-zados cartões dotados de um chip de memória e segurança, onde fi cam armazenados os créditos.

De acordo com o diretor de vendas da Dotfl ex, Paulo César de Moraes, uma das vantagens da bilhetagem eletrônica é a praticidade. “Ela torna mais fácil o embarque — descomplicando a vida dos passa-geiros — que não

precisam mais aguardar pelo troco antes de passar pela catraca. Ela também proporciona conforto. Com sistema, o usuário faz várias viagens pela rede de transporte, porém, pagando um valor reduzi-do pelas passagens durante o seu deslocamento”, afi rmou o diretor.

A bilhetagem eletrônica propor-ciona também uma melhor gerência das redes de transporte. “O sistema de bilhetagem permite um maior controle e gera relatórios, por exemplo, de números de passagei-ros dentro de um veículo. Dado esse que o gestor do sistema de trans-porte poderá identifi car para fazer ajustes como aumentar o número de veículos circulando numa linha”, declarou Paulo César Moraes.

Para o presidente da Cootraps — Cooperativa dos transportado-res autonômos de passageiros do Estado do Ceará — Antônio de Pádua, a bilhetagem elêtronica foi fundamental para a evolução das

cooperativas. “Ela facilitou nossa gerência. Organizamos nossas contas e eliminamos as perdas”, explicou Antônio de Pádua.

A segurança seria um dos princi-pais benefícios da bilhetagem. Ao reduzir a quantidade de dinheiro circulando nos ônibus, o sistema diminuiu os riscos de assalto nos coletivos. “Acho que ela trouxe segurança para os funcionários do transporte e para a população que utiliza nossos veículos”, acrescen-tou o presidente da Cootraps.

Paulo César Moraes lembra ainda que a bilhetagem eletrônica permi-te a transmissão de dados via GSM (chip de celular), possibilitando o rastreamento de ônibus por GPS e a criação de uma rede de infor-mações úteis para o usuário, que poderá saber, por exemplo, quanto tempo levará para o ônibus deseja-do chegar ao ponto de embarque.

Fonte: NTU – Associação Nacional das Empre-

sas de Transporte Urbano.

BilhetagemEletrônica

Tecnologia indispensável ao transporte público

Marisa Landim

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MorelateUm raio x da Morelate: a empresa sucesso no setor de autopeças e distribuiçãoA Morelate é uma das maiores empresas do mercado de autopeças e distribuição do país. Atuando no setor de autopeças para veículos pesados, ela trabalha com a Volkswagen e outras montadoras importan-tes como Mercedes Benz, Scania, Volvo e Agrale. A Revista do Transporte Alternativo convidou o diretor de vendas da Morelate para falar sobre a empresa, metas e cooperativas.

Cleber Robinson – Coorde-nador de vendas da empresa Morelate 1) Fale um pouco sobre sua trajetória pessoal.Entrei para a empresa em 2006. Sempre trabalhei no setor de vendas, primeiro como promotor e depois na função de gestor ou coorde-nador de negócios. O presidente da empresa, Nilvado Moreira, me confi ou a responsabilidade de assumir as contas e os clientes relacionados às “coope-rativas de transporte”, o que foi um grande desafi o. Hoje sou o responsável pelo setor de vendas que cuida das cooperativas, o que representa quase 30% de nosso mercado.2) Conte sobre a história da empresa.A Morelate é uma empresa que está no mercado há 22 anos. No início, ela se especializou em caminhões da Volkswagen e construiu muito do que a empresa é hoje, atuando nesse setor. No início da década passa-da, a Morelate decidiu expandir seu nicho de mercado e começou atuar em outros setores, por exemplo,

distribuindo peças autorizadas para ônibus e outros veículos pesados da linha Volkswagen e Ford. E hoje somos uma empresa conceituada no setor de distribui-ção e reposição de peças.

3) Em sua opinião, qual a importância das cooperativas de transporte para o setor?

As cooperativas são uma peça fundamental em nossa cartela de

clientes, pois, nos últimos anos, as cooperativas de transpor-te têm atingido um nível de prestação de serviços que as colocam em pé de igualdade com qualquer empresa de ônibus. Foi gritante a evolu-ção do setor, principalmente,

na prestação de serviços e na própria autonomia do mercado.

Em 2000, quando começamos a trabalhar com as cooperativas , a

frota era de 14 mil ônibus, apenas 2.000 eram da Volksvagen, hoje conseguimos elevar

esse número para 6.000. Esses números demonstram a nossa afi nidade com o setor.

4) Hoje quais os grandes desafi os da empresa e do mercado de autopeças?Nosso principal desafi o sempre é prestar o melhor serviço possível. Nossos clientes são o nosso patrimô-nio.

5) Qual é o diferencial da empresa hoje, já que ela recentemente foi apontada como uma das melhores empresas do ramo? Como foi para vocês terem ganha-do o prêmio da empresa brasileira regional pela Holset

“Crédito para troca de frota

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Marisa Landim

Crédito

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Em junho de 2010, foi sancionada a lei complementar 135/10 — conhecida como Ficha Limpa — sobre a vida

pregressa dos candidatos e, no mesmo mês, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou sua aplicação imediata, ou seja, ela é váli-da para as eleições deste ano. Dados parciais indicam que pelos menos 75 candidaturas já foram barradas. No entanto, apesar dos indí-cios de efetividade da lei, ela coleciona críticas e contestações jurídicas.

O projeto surgiu em 2008 a partir da inicia-tiva popular, tendo recebido 1,6 milhões de assinaturas colhidas pelos os movimentos de combate à corrupção eleitoral.

A lei impede candidaturas de pessoas condenadas pela justiça, em decisão colegiada (por grupos de juízes), por praticarem crimes de corrupção, abuso de poder econômico, homicídio e tráfi co de drogas. O texto também amplia os casos e o período de inelegibilida-de, estabelecendo em oito anos o tempo em que o político fi ca impedido de se candidatar quando for condenado por crimes eleitorais, hediondos, contra o meio ambiente, de racis-mo e outros.

Para as instituições ligadas aos movimentos sociais contra a corrupção e a impunidade, a lei representa uma vitória no exercício do controle social, na ampliação de participação no proces-so eleitoral e na valorização do voto. Segundo o gerente-executivo de políticas do Instituto Ethos, Caio Magri, a Lei Ficha Limpa signifi ca o início de uma era eleitoral em que a sociedade cria e fortalece mecanismos de rejeição contra alguns candidatos e, ao mesmo tempo, valoriza outros que têm o compromisso com a agenda

da transparência. “A Lei já é uma realidade, o grande desafi o é fazê-la valer”, declarou Magri.

Apesar de toda movimentação em defesa da lei, ela também coleciona críticas e contestações jurídicas relacionadas à sua constitucionali-dade. Segundo o presidente da comissão de estudos eleitorais e valorização do voto, Sílvio Salata, a Lei Ficha Limpa traria em sua essência pelo menos três vícios de constitucionalidade: “O primeiro deles seria o princípio da presun-ção da inocência. Neste caso, a jurisprudência determina que ninguém pode ter seus direitos políticos cassados ou sofrer restrições sem decisão de condenação transitada em julgado. O segundo gira em torno da decisão do Tribu-nal Superior Eleitoral de que a regra se aplica aos políticos condenados mesmo antes da lei entrar em vigor. O terceiro e último ponto que deverá ser debatido é o princípio da anualidade, segundo o qual qualquer regra que modifi que o processo eleitoral deve estar em vigor há pelo menos um ano para ser aplicada às eleições seguintes”, afi rmou o advogado.

E em meio às discussões a respeito da Lei Ficha Limpa, o que a maioria espera é que o cenário político brasileiro passe por uma trans-formação, que a população possa confi ar em seus representantes e que a Lei seja início da tão esperada reforma política.

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Marisa Landim

Ficha Limpa,será que pega?

A efetividade da Lei Ficha Limpaainda traz dúvidas,

pois apesar de possuir muitosdefensores, ela coleciona também

críticas e contestações jurídicas

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Em junho de 2010, foi sancionada a lei complementar 135/10 — conhecida como Ficha Limpa — sobre a vida

pregressa dos candidatos e, no mesmo mês, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou sua aplicação imediata, ou seja, ela é váli-da para as eleições deste ano. Dados parciais indicam que pelos menos 75 candidaturas já foram barradas. No entanto, apesar dos indí-cios de efetividade da lei, ela coleciona críticas

e contestações jurídicas.O projeto surgiu em 2008 a partir

da iniciativa popular, tendo recebido 1,6 milhões de assinaturas colhidas

pelos os movimentos de combate à corrupção eleitoral.

A lei impede candidaturas de pessoas condenadas pela justi-ça, em decisão colegiada (por grupos de juízes), por prati-carem crimes de corrupção, abuso de poder econômi-co, homicídio e tráfi co de drogas. O texto também amplia os casos e o perí-odo de inelegibilidade, estabelecendo em oito anos o tempo em que o político fi ca impedido de se candi-datar quando for condenado

por crimes eleitorais, hedion-dos, contra o meio ambiente,

de racismo e outros.Para as instituições ligadas aos

movimentos sociais contra a corrup-ção e a impunidade, a lei representa

uma vitória no exercício do controle

social, na ampliação de participação no proces-so eleitoral e na valorização do voto. Segundo o gerente-executivo de políticas do Instituto Ethos, Caio Magri, a Lei Ficha Limpa signifi ca o início de uma era eleitoral em que a sociedade cria e fortalece mecanismos de rejeição contra alguns candidatos e, ao mesmo tempo, valoriza outros que têm o compromisso com a agenda da transparência. “A Lei já é uma realidade, o grande desafi o é fazê-la valer”, declarou Magri.

Apesar de toda movimentação em defesa da lei, ela também coleciona críticas e contestações jurídicas relacionadas à sua constitucionali-dade. Segundo o presidente da comissão de estudos eleitorais e valorização do voto, Sílvio Salata, a Lei Ficha Limpa traria em sua essência pelo menos três vícios de constitucionalidade: “O primeiro deles seria o princípio da presun-ção da inocência. Neste caso, a jurisprudência determina que ninguém pode ter seus direitos políticos cassados ou sofrer restrições sem decisão de condenação transitada em julgado. O segundo gira em torno da decisão do Tribu-nal Superior Eleitoral de que a regra se aplica aos políticos condenados mesmo antes da lei entrar em vigor. O terceiro e último ponto que deverá ser debatido é o princípio da anualidade, segundo o qual qualquer regra que modifi que o processo eleitoral deve estar em vigor há pelo menos um ano para ser aplicada às eleições seguintes”, afi rmou o advogado.

E em meio às discussões a respeito da Lei Ficha Limpa, o que a maioria espera é que o cenário político brasileiro passe por uma trans-formação, que a população possa confi ar em seus representantes e que a Lei seja início da tão esperada reforma política.

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Por que os filhosnão querem sair de casa?

Fernanda Santos

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Aluguel, condomínio, prestações, conta de luz, água, telefone, gás, lavar, passar cozinhar: os jovens

saem cada vez mais tarde de casa? Tempos atrás, era comum que ainda cedo os fi lhos casassem e constituíssem a própria famí-lia. Entretanto, hoje observamos que os jovens tendem a estender a permanência na casa dos pais.

Uma explicação para tal fenôme-no é a combinação de diversos fatores que retardam a saída dos fi lhos de casa e resultam numa nova estrutura fami-liar. “Não é justo sumariamente julgar que o jovem está mais acomodado. Nos anos 80, a elevação do custo de vida causou a diminuição da fecundi-dade, ou seja, os casais passaram a ter menos fi lhos principalmente por uma questão econômica. Isso incentivou e permitiu a permanência dos fi lhos por mais tempo junto aos pais. Sair de casa e constituir família não é uma tarefa fi nanceiramente fácil”, analisa o soció-logo e historiador Felipe Jovani.

Outro elemento crucial nesta nova confi guração da família moderna é a procura por qualifi cação profi ssional. Antes de buscar um novo lar, os jovens necessitam estudar, manten-do um contínuo aperfeiçoamen-to. Desta forma,

o casamento e a quebra do vínculo com a casa dos pais fi cam em segundo plano. “Quanto mais elevado o está-gio de competição em uma economia, mais se investe em inovações tecnoló-gicas que exigem melhor qualifi cação do trabalho. Saímos de um estágio em que o conhecimento herdado perde a relevância para a educação formal. Num país com altas taxas de desempre-go, a competição por uma posição no mercado se dá via qualifi cação da mão de obra. Portanto, hoje, o indivíduo precisa investir signifi cativamente na educação com graduação, pós-gradua-ção, cursos de idiomas, cursos técnicos, entre outros. Além de dinheiro, a prepa-ração requer muito tempo”, explica o economista André Caixeta.

Dependendo da criação e da personalidade do indivíduo, fatores emocionais também podem infl uen-ciar na saída tardia de casa. Contudo, segundo especialistas, são os elementos sociais e fi nanceiros que promovem este fenômeno, uma necessidade econômi-ca que mais uma vez tange as relações humanas.

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Fatores emocionais

saída tardia de casainfluenciam na

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Val Paraíso

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Recentemente, vários nomes famosos da televisão brasileira trocaram de emissora, Eliana, Justus, Cabrini e Raul Gil são alguns exemplos da dança

de cadeiras da programação da TV aberta. A maior surpresa de todas, foi a saída de um dos mais famosos apresentadores dominicais, Augusto Liberato, o Gugu, do SBT. O rompimento do artista depois de quase 30 anos de parceria com Silvio Santos e sua ida para a Record, emis-sora que vem ganhando destaque na guerra pela audiência, causou um grande frisson nos bastidores e polêmica entre os telespectadores.

Com as novas tecnologias e os novos padrões de consu-mo, a televisão, aos poucos, reestrutura sua grade, mas sem abandonar fórmulas e personalidades de sucesso. A pluralização da informação e inserção crescente das clas-ses C, D e E como telespectadores também contribuem para as mudanças. “O público busca entretenimento, mas além da diversão é papel da televisão proporcionar infor-mação. A mensagem é passada para que todas as classes sejam atendidas”, diz Maurício Donato, professor mestre e editor executivo do programa Domingo Espetacular, da rede Record.

O público, acostumado a assistir ao Gugu durantes as tardes, foi surpreendido com um novo horário, a antiga estrela do SBT passou a exibir suas atrações das oito à meia-noite. A intenção da mudança foi colocar o apre-sentador de peso no horário nobre. O que não deu certo, o resultado da troca de horário foi sucessivas derrotas, fi cando atrás do ex patrão Silvio Santos, da Rede Globo e Rede TV!. E logo o programa sofreu uma outra mudança, passou a ser transmitido na programação vespertina.

E nessa grade o cenário melhorou e tomou fôlego à

O “troca troca”

de estrelas na TV

Fernanda SantosAs emissoras mudam seus apresentadores,

mas mantém o mesmo formato de programares, ma

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medida que Gugu voltou ao período que conquistou o público em 30 anos de carreira. Os oito ou nove pontos que tornavam o apresentador o quinto lugar na média de audiência noturna foram mantidos, no entanto, no horário vespertino, o mesmo índice tornou o apresentador vice líder.

Na disputa pelo público, outros nomes estão no páreo. Ana Hickman, Faustão, Eliana e Celso Portiolli dividem os auditórios com atrações musicais, variedades e gincanas durante o dia. À noite o jornalismo e o humor dominam a programação, na categoria informação, a concorrência fi ca por conta do Fantástico, da Globo, e Domingo Espetacu-lar, da Record; já no quesito comédia, os humoristas do Pânico na TV sobressaem no horário. Segundo o produtor de TV, Bruno Texeira, a Band fi ca atrás na disputa pela audiência aos domingos. “A Band possui uma programa-ção fraca aos domingos e se não fosse pelo futebol, passaria completamente despercebida”, analisa o produtor.

A programação de domingo, com grande predominân-cia dos formatos de auditório, tem suas raízes na “Era de Ouro” do rádio, de 1930 a 1950. O veículo teve sua audiência consolidada com os sucessos dos programas de auditório, calouros, notícias e rádio novelas. Esse forma-to radiofônico, a partir dos anos 1950, migrou, junto com os artistas, para a televisão. Desse modo, a fórmula que funcionava no rádio passou a ser sucesso na TV. O que mudou foi o meio, pois os formatos continuam sendo repetidos. “O panorama que temos hoje na TV aberta está profundamente ligado aos tempos áureos do rádio. A rela-ção dominical não pode ser discutida sem um contexto histórico. Os formatos vão se mantendo durante os anos e o que muda é a maneira como cada veículo irá adaptar suas fórmulas”, explica Donato.

A guerra pela audiência, segundo Mauricio Donato, que também é o idealizador e diretor do quadro “Dr. Pet”, da Record, é saudável. “Ela redistribui o público, multiplica os diversos pontos de vista. O monopólio não é bom, a pluralização da informação ajuda a criar uma massa crítica no país”, ressalta o editor. Mais do que brigas por números e polêmicas em relação às trocas de emissora, a diversifi -cação da programação é fator necessário na construção de um meio democrático, onde a preferência e o controle remoto serão refl exos reais do que o público quer.

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