Revista Fator Crea Df Num 3 2014

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    Ano I . n 3www.creadf.org.br

    Quebra 2D: sowarebrasileiro referncia mundMedicamentos: saibacomo descartar

    NBR 16.280 estabelece critrios parareformas em edicaes

    REFORMARESPONSVEL

    53 anos de Crea-DF

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    4 sumrio e expediente

    Editor Execuvo e Jornalista Responsvel:

    Jos Bosco dalla Piet Carvalho - JP 2898/GO

    Redao:Rhaianny Marques

    Reviso:Andra Ghetti

    COLABORAO:

    Giselle Guedes (Crea-DF)

    Letcia Almeida (Crea-DF)

    Cristiane de Matos Liberato Costa (Gestora Ambiental)

    Diretor de Criao:Juliano Pimenta Fagundes

    Impresso:Athalaia Grca e Editora - (61) 3343-4100 - www.athalaia.com.brTiragem:20 mil exemplaresPublicidade: QI-Empresarial - (62) 3087-9418 - [email protected]

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    8

    1012

    14

    1620

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    Expediente Crea-DF

    Diretoria 2014

    Presidente

    Eng. Civil e de Seg. do Trab. Flavio Correia de Sousa

    Vice-Presidente

    Eng. Civil Reinaldo Teixeira Vieira

    Diretor Administravo

    Eng. Civil Emlio Faanha Mamede Neto

    Diretor Financeiro

    Eng. Eletricista Luiz Henrique Lobo

    Diretor de Fiscalizao

    Eng. Mecnico Ivano Pedro Tonussi Lobo

    Diretora de Valorizao Prossional

    Eng. Ambiental Jhessica Ribeiro Cardoso

    Diretor de Relaes Instucionais

    Eng. Eletricista Adriano Silva Arantes

    Diretor de Planejamento

    Eng. Agrnomo lvaro Jos de Aguiar Oliveira

    Coordenao das Cmaras Especializadas 2014:

    Cmara Especializada de Engenharia Industrial e de Segurana

    do Trabalho (CEEIST)

    Eng. Mecnico Liberalino Jacinto Souza - CoordenadorEng. Civil e de Seg. do Trabalho Jaime Cor- Coordenador Adjunto

    Cmara Especializada de Engenharia Civil, Geologia, Minas e

    Agrimensura (CEECGMA)

    Eng. Civil Maxwell Simes de Souza Paiva- Coordenador

    Eng. Civil Lelia Barbosa de Souza S- Coordenadora Adjunta

    Cmara Especializada de Engenharia Eltrica (CEEE)

    Eng. Eletricista Afonso Siqueira de Moura- Coordenador

    Eng. Eletricista Marcus Vincius Fusaro Mouro- Coordenador Adjunto

    Comisso de Comunicao Social

    Eng. Eletricista Afonso Siqueira de MouraEng. Ambiental Clia Nunes de OliveiraEng. Civil Francisco Alves Farias NetoEng. Ambiental Marcus Vincius B. de SouzaEng. Civil Reinaldo Teixeira VieiraEng. Eletricista Marcus Vinicius Fursa Mouro

    Jornalista Giselle Guedes - AssessoraNormaeli Braga - Secretria

    Cmara Especializada de Agronomia (CEAgro)

    Eng. Agrnomo Kleber Souza dos Santos- Coordenador

    Eng. Florestal Eleazar Volpato- Coordenador Adjunto

    Assessoria de Comunicao Social do Crea-DF

    Giselle Guedes - Coordenadora

    Letcia Almeida - Assessora de Imprensa

    Colaboradores

    Andr Taboquini e Jailson Veloso

    Sua opinio muito importante. Envie seus comentrios para: [email protected] uma publicao do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal executadapela QI-Empresarial. Artigos assinados podem divergir da linha editorial da revista. Autorizamos apublicao do contedo, com a citao das fontes, de acordo com o CC BY 3.0 BR. Todos os envolvidosna edio da revista so prossionais autnomos, sem vnculo empregatcio com a QI-Empresarial.

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    Registro dirio das obras e servios importante

    Reforma em Licitaes gera controvrsia

    Como descartar medicamentos?

    Crea-DF em foco

    Em busca da excelncia

    ABNT estabelece critrios

    A UnB e o relacionamento com o Crea-DF

    Tecnologia, do Brasil para o mundo

    Mtua: Em benecio dos profssionais

    Abacates: Cultura benfca e lucrava

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    Em abril deste ano, entrou em vigor

    a norma NBR 16.280/2014 da Associao

    Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT),

    que prev que toda reforma que afetar a

    estrutura de um imvel deve ser assinada

    por um engenheiro ou arquiteto.

    O conceito da norma dentro do Siste-

    ma Confea/Crea e Mtua no algo novo,

    mas vem reforar e estruturar critrios j

    estabelecidos por legislaes e normativos

    que deliberam sobre reformas.

    Focado em prestar mais um servio

    para a populao, o Crea-DF apresenta

    nesta edio, quais so as obrigaesdos proprietrios numa obra, fala sobre

    as responsabilidades que os prossionais

    devem observar numa contratao e

    aponta quais os critrios que devem ser

    observados pelos sndicos do Distrito Fe-

    deral e de todo o Brasil.

    Esta edio trata, tambm, da ne-

    cessidade de implementao dos dirios

    de obras, da proposta da nova Lei de Li-

    citaes n 8.666/93 e do Projeto de Leido Senado (PLS) n 559/13, alm de

    mostrar uma srie de benefcios ofereci-

    dos pela Caixa de Assistncia dos Pros-

    sionais (Mtua), que compe o Sistema.

    muito importante destacar que

    o Crea-DF participa ativamente das dis-

    cusses do PLS 559/13, na coordenao

    do Grupo de Trabalho (GT) criado pelo

    Conselho Federal de Engenharia e Agro-

    nomia (Confea). O GT composto pelos

    melhores especialistas do Sistema para

    tratar do tema licitaes, que de extre-

    ma importncia para todos os prossio-

    nais e empresas.

    Ainda no campo legislativo, o PL6160/2013 o assunto da editoria Meio

    Ambiente, um projeto que poder trazer a

    regularizao do descarte de medicamen-

    tos, soluo que o Crea-DF apoia. alar-

    mante saber que no Pas mais da metade

    dos remdios descartada de forma inade-

    quada, conforme informaes da Agncia

    Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa).

    Inspirados no tema Inovao Tec-

    nolgica assunto central da 71 Sema-

    na Ocial da Engenharia e Agronomia

    (71 SOEA) apresentamos em parceria

    com a Universidade de Braslia (UnB)

    o software Quebra 2D, que identica

    rachaduras nas construes. O reitor

    da UnB, o engenheiro eletricista Ivan

    Camargo o entrevistado desta edio

    e fala da relao do Crea-DF com a insti-

    tuio de ensino.Neste terceiro trimestre de 2014, o

    Crea-DF completou 53 anos com signica-

    tivos avanos em prol da engenharia e da

    defesa da sociedade. Temos o compromisso

    de continuar a manter a autarquia com o

    apoio dos conselheiros, de nossos colabora-

    dores e de voc, prossional, para sempre

    privilegiarmos os interesses da coletividade.

    Flavio Correia

    Presidente do Crea-DF

    editorial

    Palavra do presidente

    O conceito da normadentro do Sistema

    Confea/Crea e Mtuano algo novo,

    mas vem reforar eestruturar critriosj estabelecidos por

    legislaes e normavos

    que deliberam sobrereformas.

    Quer sugerir uma pauta para a prxima revista?

    Envie sua sugesto no e-mail [email protected]

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    6 scalizao

    Registro dirio das obra

    servios importanteSISTEMA CONFEA/CREA ADOTA LIVRO DE ORDEM COMO DOCUMENTO LEGAL

    O Livro de Ordem uma descriodas atividades dos responsveis tcnicosrelacionadas obra ou servio e foi nor-matizado pela Resoluo n 1.024/2009do Conselho Federal de Engenharia e

    Agronomia (Confea), que dispe sobrea obrigatoriedade de adoo do dirio.Como uma memria escrita das ativida-

    des desempenhadas por tcnicos, o Li-vro de Ordem, registra o andamento dasobras ou servio ao longo de sua reali-

    zao, com anotaes de etapas conclu-das e da participao dos prossionais. Opreenchimento deve ser feito por enge-nheiros, agrnomos, gegrafos, gelogose meteorologistas, que tenham conclu-do o nvel mdio ou superior.

    O Livro de Ordem no possui ummodelo especco, mas o Confea apro-

    vou uma proposta que servir como refe-rncia para cada prossional ou empresaelaborarem o prprio registro. Empresas

    privadas, rgos pblicos ou autnomos,j fazem uso de documentos similarescomo: Boletim Dirio, Livro de Ocorrn-cias Dirias, Dirio de Obras e Cader-netas de Obras. Esses modelos no soociais, mas se atenderem s exignciasda Resoluo 1.024/2009 do Confea po-dero ser utilizados.

    Diariamente o Livro precisa serpreenchido durante o perodo de execuodos trabalhos, com as informaes do que

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    scalizao

    e

    aconteceu na construo: servios feitos,os equipamentos utilizados, problemas naexecuo, condies do clima. As ocorrn-cias cam a cargo do responsvel tcnicoe demais prossionais intervenientes naobra ou servio, arma o chefe de depar-tamento de scalizao do Crea-DF, eng.agrnomo Joo Lustosa.

    O valor do documento funda-mental, por mostrar a efetividade do tra-

    balho desempenhado pelo prossional,apresentando-o s partes envolvidas:contratante, contratado, prossional e

    Crea-DF. Segundo, Joo Lustosa, a socie-dade pode ter controle dos acontecimen-tos atravs da publicao Em situaesde acidentes, o Livro de Ordem ser degrande valia para buscar indcios e meiosde esclarecimento de suas causas.

    J o coordenador da CEEIST, eng.

    mecnico Liberalino de Souza, acreditaque o documento pode auxiliar na trans-parncia das aes. Pelas anotaespodemos identicar causas de falhas,responsabilidades individuais e ainda seo prossional habilitado para execuoda atividade, explica o coordenador emsegurana no trabalho.

    Funo Legal

    O Confea, por meio da Resoluo,disps que o Livro um documento de-digno obrigatrio e previsto pelo SistemaConfea/Crea. O que antes era apenasum dirio de obras passou a ter valornormativo e obrigatrio em obras e ser-

    vios de Engenharia e Agronomia.A obrigatoriedade do documento

    ocorreu devido complexidade dos em-preendimentos e necessidade do acom-panhamento e controle dos prossionaisdiante dos servios desempenhados. Achefe da assessoria jurdica do Crea-DF,Fernanda Nogueira, conta que o Livro de

    Ordem tambm serve para comprovar a

    autoria de trabalhos, garantir o cumpri-

    mento de instrues tcnicas e administra-

    tivas, avaliar os motivos de eventuais falhas

    e gastos imprevistos, alm de ser eventual

    fonte de dados para trabalhos estatsticos.

    Na esfera jurdica o documento servecomo contedo probatrio em litgios judi-

    ciais, delimitando responsabilidades e ates-

    tando fatos. A importncia desempenhada

    pelo Livro de Ordem um dos destaques

    que o coordenador da Cmara Especia-

    lizada de Engenharia Eltrica (CEEE),

    eng. eletricista Afonso Moura, ressalta.

    a principal ferramenta com valor a ser uti-

    lizada em caso de embates tcnicos e ju-

    rdicos, por isso deve ser preenchido com

    ateno, frisa Moura.

    O preenchimento adequado do Li-

    vro serve como prova judicial, contudo

    se for comprovada qualquer irregula-

    ridade o documento perde a validade e

    pode ser questionado. A nalidade do

    Livro de Ordem servir como meio pro-

    bante em qualquer discusso que venha

    a ser levantada acerca da obra, explica

    a assessora jurdica, Fernanda Nogueira.

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    8 legislao

    Reforma em Licitaesgera controvrsiaMUDANAS NAS MODALIDADES LICITATRIAS AFETAMPROFISSIONAIS DA CONSTRUO CIVIL

    A necessidade de atualizar a Lei8.666/93, conhecida como Lei das Licita-es, vigente h 20 anos, ocorreu devido amuitas regras se tornarem obsoletas e noatenderem s demandas de crescimento

    e desenvolvimento, deixando brechas nasegurana jurdica, principalmente nosprocessos de contrataes.

    Na busca de dar mais agilida-de e transparncia foi criada a Co-misso Temporria (CT) de Mo-dernizao da Lei de Licitaes e

    Contratos, em maio de 2013. A CT pre-sidida pelo senador Vital do Rgo (PM-DB-PB), tendo como relatora a senadoraKtia Abreu (PSD-TO) e rela-tor revisor o senador Waldemir

    Moka (PMDB-MS).A Comisso responsvel pela

    renovao da legislao que recebeucrticas do governo por atrasar empreen-dimentos, por favorecer em algumasocasies companhias menos prepara-das; e pelo fato do Tribunal de Contas

    da Unio (TCU) exigir o cumprimentode normas virtualmente inaplicveis.

    Atualmente, a Lei possui mais de 80 al-teraes, alm de ter recebido quase 700propostas de mudanas apresentadaspor diversos parlamentares.

    O processo para a redao do tex-to reformulado demorou seis meses.Durante sua elaborao foram ouvidosrepresentantes de diferentes setores re-lacionados ao processo de contratao.Entre eles, as entidades prossionais

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    legislao

    da rea da indstria da construo e oTCU. A relatora, senadora Ktia Abreu,declarou que durante o processo de re-dao no foi deixado de ouvir ningume que emendas foram adicionadas at achegada ao Plenrio.

    O texto de reformulao que cons-ta no Projeto de Lei do Senado (PLS)559/2013, que substituir a Lei 8.666/93,simplica as modalidades de licitao,extinguindo duas delas: a carta convitee a tomada de preos, alm de modi-car as regras para o prego eletrnico eo Regime Diferenciado de Contratao(RDC). Tambm foi incorporada grandeparte da legislao atual, oferecendo no-

    vas opes ao gestor pblico.

    Participao

    O Confea, o Crea-DF e diversasentidades nacionais ligadas ao setor

    tecnolgico participaram efetivamen-te no processo de formulao do PLS559/2013. Durante o perodo de refor-mulao as autarquias promoveram re-unies com a Comisso, apresentandopropostas relacionadas rea da cons-truo civil. Inclusive o Confea criouGrupo de Trabalho (GT) para discutira questo no mbito do Sistema, coor-denado pelo presidente do Crea-DF,eng. civil Flavio Correia.

    Para Flavio Correia, o processode modernizao da Lei das Licitaes de amplo interesse da sociedade. nosso dever colaborar e buscar a me-

    lhor e a mais adequada congurao dalegislao para as classes prossionaisregidas pelo Sistema, sempre prezandopela ampla concorrncia, efetividade,ecincia e economicidade das contra-taes pblicas, mas nunca deixando deprezar pela qualidade, especicidade etecnicidade, frisa Flavio.

    Desvalorizao

    O embasamento da Lei 8.666/93para o setor da construo civil possuimuitos pontos sensveis, que acabam sen-do motivo de polmica e discordncias.

    O presidente do Crea-DF ques-tiona a existncia de alguns servios deengenharia que so classicados comocomuns dentro do PL. A Lei 8.666/93dever contemplar, de maneira precisa,que servios de engenharia no so co-muns e muito menos podem ser objetode preges, critica Flavio.

    Os servios e obras desempenhadospela engenharia possuem habilitao le-gal para sua elaborao ou execuo, coma obrigatoriedade de emisso da devida

    Anotao de Responsabilidade Tcnica(ART) perante o Crea. Devido ao carter

    intelectual, cientco e tcnico, projetos,consultoria, scalizao, superviso e pe-rcias, segundo deciso do Confea, nopodem ser classicados como comuns.

    Assim, a falta do projeto bsico eo emprego da modalidade prego eletr-nico esto em desacordo com a legisla-o do Sistema Confea/Crea e Mtua. Oassessor parlamentar do Crea-DF, DcioSantos, arma que a nsia da adminis-trao pblica em acelerar o processotorna o PLS 559/2013 incipiente.

    A ausncia de projeto o verda-deiro problema e a nova alterao da Leidas Licitaes no faz muito para resol-

    ver, pelo contrrio, aponta Santos. O as-sessor acredita que se no houver inves-timento na base, que o projeto, o objetolicitado no atinge o objetivo almejado.

    A simplicao empregada para amodalidade do prego eletrnico outroproblema na Lei. O processo mais exveldesde o procedimento at a obteno domenor preo fez com a modalidade deixas-se a questo tcnica em segundo plano.

    Para Dcio Santos, a caractersticaexposta na Lei pode fomentar o exerc-cio ilegal da prosso. Quando se licitaservio de engenharia por meio de pre-go eletrnico, o rgo pode abrir mode documentos importantes que podemgerar a contratao errnea de prossio-nais no habilitados para a atividade.

    Prego eletrnico

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    0 meio ambiente

    Como descartar

    medicamentos?MAIS DA METADE DA POPULAO NO SABE COMO DESCARTAR MEDICAMENTOSO PL 6160/13 regula a responsabi-

    lidade das instituies diante do descarteincorreto. A data de validade aponta operodo de eccia de um medicamen-to. Sobrou uma quantidade de remdios,o que fazer? Que precisa ser descartadotodos sabem, mas a forma de proceder

    que gera a dvida. De acordo com aAgncia Nacional de Vigilncia Sanit-ria (Anvisa), entre 10 e 28 mil toneladasde medicamentos so jogadas fora pelosconsumidores a cada ano, sendo quemais da metade desse nmero elimina-do de forma inadequada.

    A legislao ainda no possui umaregulamentao que trate do descartede medicamentos no mbito domstico.Contudo o PL 6160/13 est tramitando,apensado ao PL 2121/11, para alterar asregras do descarte de remdios de uso

    humano ou animal. Modicando a Pol-tica Nacional de Resduos Slidos (Lei12.305/10), ela obrigar todo o setor pro-dutivo de medicamentos a aderir cha-

    mada logstica reversa.A logstica reversa a obrigao do

    setor empresarial em coletar e reaprovei-tar ou reciclar os resduos slidos, de ma-neira que a destinao nal seja ambien-talmente adequada. Para o presidente da

    Associao Nacional dos EngenheirosAmbientais (Aneam) e conselheiro do

    Crea-DF, eng. ambiental Marcus VinciusBatista, a ampliao da proposta serpositiva. O setor se responsabiliza pelodescarte nal dos medicamentos ven-cidos e no utilizados pela populao, am de minimizar os impactos ambientaisgerados por estes produtos.

    Com a aprovao do Projeto ser obri-gatrio a criao de postos de coleta para osmedicamentos vencidos e inservveis, as-sim como suas respectivas embalagens. OMinistrio do Meio Ambiente acredita que

    at o quinto ano de implementao da lei,mais de 5.000 pontos de coleta tenham sidoinstalados em todo o Pas.

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    meio ambiente

    A criao dos postos ajudar a di-minuir os riscos de contaminao domeio ambiente, alm de aumentar aconscientizao da populao em relaoaos malefcios provenientes do descarteinadequado de remdios. Marcus Vin-cius acredita que assim a populao op-

    tar por levar os produtos inservveis aosestabelecimentos dispensadores.De acordo com o engenheiro am-

    biental, o descarte indiscriminado demedicamentos no meio ambiente atravs

    do lixo domstico ou rede de esgoto afetadiversos ecossistemas, causando grandesdanos ambientais sociedade. As bact-rias podem sofrer mutaes com as mis-turas. Antibiticos descartados de formainadequada podem agir no ambientecomo selecionadores de microrganis-

    mos, enfatiza Marcus Vincius.

    Colocando em prca

    J existem farmcias atuantes nagesto do descarte de medicamentos an-tes mesmo da elaborao do PL. Pioneiraem Gois, a Farmcia Artesanal iniciouem agosto de 2011, o Programa Res-ponsabilidade Social Descarte Corretode Medicamentos. A iniciativa surgiu dapreocupao com o descarte inadequadodos medicamentos vencidos e inutiliza-dos pelo consumidor.

    Prestes a completar trs anos, o

    Programa tem registrado mais de quatrotoneladas de medicamentos recolhidos. Aideia evitar o descarte no lixo comum,

    vaso sanitrio ou esgoto o que acarreta

    riscos tanto sade da populao quantopara o meio ambiente.

    A Farmcia Artesanal disponibili-za em suas unidades urnas seletivas dedepsito de bulas, caixas, embalagense medicamentos inutilizados. O presi-dente da instituio, Evandro Tokarski,explicou que mensalmente feito o re-colhimento das urnas de todas as lojas

    da rede. Depois do recolhimento todo omaterial encaminhado para empresasde incinerao e reciclagem, que reali-zam o processo de descarte adequado eseguro, sem degradar o meio ambiente,informou Tokarski.

    A ao de descarte desenvolvidapara qualquer pessoa que se identiquecom a causa, independente de ser clienteda Artesanal. O processo de divulgao feito com distribuies de panetos expli-cativos, orientao dos farmacuticos, almdas urnas seletivas distribudas em todas as

    lojas da rede, conta o presidente Evandro.

    mcia Artesnal: pioneira no descarte correto

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    2 Crea-DF em foco

    SIPAT

    Preenchimento da ART deadequao e acessibilidade

    O Crea-DF promoveu no ms dejulho a I Semana Interna de Prevenode Acidentes do Trabalho (I SIPAT). ASIPAT um evento de carter preventivoe educativo direcionado para os funcio-nrios do Conselho. No evento so pro-feridas palestras que tratam de assuntosrelacionados aos temas: sade laboral,segurana do trabalho, preveno de aci-dentes, doenas sexualmente transmiss-

    veis, dentre outros. A I Semana recebeurepresentantes de diversos rgos doDistrito Federal, como do Departamento

    de Trnsito (Detran-DF), do Corpo deBombeiros Militar (CBMDF), da Secre-taria de Estado de Sade (SES-DF) e da

    Associao Brasileira de Segurana doTrabalho (Abraest), que trouxeram infor-maes de sensibilizao e conscientiza-o sobre a necessidade da preveno edos cuidados essenciais; dentro e fora doambiente de trabalho.

    O Confea divulgou aos Creas no in-cio de julho orientaes aos prossionaisquanto adequao de acessibilidade,quando do registro de Anotao de Res-ponsabilidade Tcnica (ART). As orien-taes foram estabelecidas na DecisoPL-0696/2014 de 26 de maio, aprovadaem Sesso Plenria Ordinria do Con-fea. Esses preceitos foram criados paraatendimento dos critrios dispostos naResoluo n 4.050, de 26 de janeiro de2012 do Banco Central do Brasil, para aobteno de nanciamento para serviosde adaptao de imvel residencial visan-do adequao de acessibilidade.

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    Crea-DF em foco

    VI Simpsio Lano-Americanosobre tensoestruturas

    Ar-condicionado egaleria de presidentes

    A vice-presidente do Comit Orga-nizador Local do VI Simpsio Latino-A-mericano sobre Tensoestruturas (IAS-S-SLTE 2014), engenheira MaruskaHolanda, visitou no ms de junho oCrea-DF para solicitar apoio institucio-nal na divulgao do evento que acon-tece em Braslia no ms de setembro. O

    IASS-SLTE 2014 uma oportunidade

    para mostrar estruturas construdas no

    Brasil para receber eventos grandiosos,

    como a Copa do Mundo de 2014, algu-

    mas estruturas previstas para os Jogos

    Olmpicos de 2016 e revitalizaes urba-

    nas destinadas a melhorar a qualidade

    de vida dos brasileiros.Mais de 330 trabalhos tcnicos de

    todo o mundo foram pr-selecionadospara apresentao oral entre 15 e 19 desetembro. O evento contar, tambm,com visitas tcnicas guiadas em Braslia,por ser reconhecida como PatrimnioMundial pela Unesco.

    Durante cerimnia de comemora-o dos 53 anos do Crea-DF, o presidenteeng. Civil Flavio Correia, tambm cele-

    brou o descortinamento da placa inaugu-ral do ar-condicionado, instalado no blo-co B da sede do Conselho. Esse sistemade ar-condicionado trar mais confortoaos participantes dos eventos realizadosno auditrio e no plenrio do Conselho.

    Aps o descerramento, os presentes tam-bm seguiram para a reinaugurao dagaleria de presidentes. O eng. Flavio, opresidente do Confea, eng. civil JosTadeu, os ex-presidentes e os familiaresdaqueles que j faleceram, inauguraramuma a uma, as fotos dos homenageados.

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    4 comemorao

    Em busca da

    excelnciaCREA-DF COMPLETA 53 ANOS DE AVANOS EMPROL DA ENGENHARIA BRASILIENSE

    H 53 anos, o Conselho Regionalde Engenharia e Agronomia no DistritoFederal (Crea-DF), participa da vida deBraslia, scalizando e garantindo queobras e servios sejam desempenhadospor prossionais e empresas habilitadas.

    A autarquia criou um vnculo forte com a

    sociedade brasiliense.Desde que foi fundado, o Crea-

    DF se manteve el aos propsitos de suacriao, obtendo muitos benefcios legaise institucionais para o setor tecnolgico daCapital Federal, na defesa do segmento epara obter melhores condies de trabalho edesenvolvimento da engenharia e agronomia.

    O Crea-DF sempre defende osinteresses e anseios de seus representados,e um dos objetivos da instituio mostrar aimportncia de um Conselho para a classe,mas principalmente para a populao.

    Entre outras atribuies busca tambmorientar a sociedade quanto aos riscos de

    contratar pessoas no habilitadas paraexercer atividades tcnicas.

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    comemorao

    O Crea-DF trabalha para propiciar

    segurana s pessoas e ao patrimnio,no que concerne aos empreendimentosda engenharia. O Conselho tem se es-forado em aprimorar diuturnamenteseus processos, equipamentos e pessoal,de forma que a execuo de sua missoinstitucional seja a mais eciente e ecazpossvel, frisa o superintendente da ins-tituio, Valmir Severiano.

    Responsabilidade

    O desenvolvimento do Conselho

    mostrou que a autarquia forte e que aimagem do Crea-DF est mais consoli-

    dada a cada ano em meio a populao eentre os registrados. Os grandes investi-mentos efetuados na estrutura operacio-nal da autarquia geraram melhorias sig-

    nicativas no atendimento sociedade eagilizou os atendimentos que podem serfeitos em sua maioria virtualmente.

    O superintendente Valmir Severiano,acredita que pelo fato do Crea-DF estar naCapital Federal demanda uma responsabi-lidade maior. Braslia reconhecida inter-nacionalmente pelo magnco complexoarquitetnico, tanto que reconhecidacomo Patrimnio Histrico da Humanida-de, justica. Severiano ainda frisa que preciso preservar esse conjunto, tanto doponto de vista fsico, quanto do ponto de

    vista do acervo. Essa deve ser uma preocu-pao de todo brasileiro em geral.

    Para suprir esse dever com o DF, aautarquia no mede esforos para exer-citar seu poder de scalizao das obras.O Conselho atua para inibir que constru-es irregulares, clandestinas ou discor-dantes da legislao sejam executadas.

    Autarquia de excelncia

    O Crea-DF caminha em 2014 paraobter a certicao e entrar no rol dasmelhores autarquias do Pas. A busca pelacerticao da ISO 9001 foi um dos passostomados no incio do ano para conquistara excelncia. O trabalho contnuo, tendono planejamento toda uma programaode manuteno do conhecimento, alm deprever auditorias peridicas.

    A certicao far com que osprocessos e procedimentos do Crea-DF

    sejam padronizados, escritos e uniformi-zados com os requeridos na ISO 9001.Com isso, a meta otimizar a qualidadedos servios e produtos que o Conselhooferece sociedade, o que pode gerarconsequentemente, a melhoria da ima-gem da autarquia.

    O engenheiro eletricista e coorde-

    nador do Comit Gestor da Qualidadedo Crea-DF, Wilson Xavier Dias, acreditaque a certicao ISO 9001 garantir re-conhecimento ao Conselho. Com a cer-ticao mostraremos aos prossionaisdo Sistema Confea/Crea e sociedadeem geral, a nossa preocupao e esforona busca pela melhoria da prestao dosservios, justica.

    Wilson arma que a certicaosozinha no gera a excelncia, mas umgrande e importante passo nessa direo.Como rgo pblico, o Crea-DF, precisaatender s necessidades da sociedade,melhorar o servio e atender s expecta-tiva dos usurios. Obter a ISO a com-provao de ter alcanado esse objetivo.

    Servindo sociedade

    A Assessoria Jurdica e a Diviso de

    Cobranas do Crea-DF, inspirados pelo

    Conselho Nacional de Justia que im-

    plementou a conciliao nos tribunais do

    pas, idealizaram o projeto de Concilia-

    o para o Conselho, em 2011.

    Durante dois anos, a autarquia se-

    parava uma semana para o projeto que

    buscava facilitar o saneamento de dvidas

    de pessoas fsicas e jurdicas, oferecendo

    descontos nos honorrios advocatcios e

    parcelamentos sem juros. Em 2012, a re-

    ceptividade da comunidade foi to gran-

    de que o projeto precisou ser ampliado.

    Tanto que em 2013, a Semana de Conci-

    liao passou a se chamar Ms da Con-

    ciliao, de acordo com o novo perodo.

    Uma das idealizadoras do projeto, a

    assessora jurdica do Crea-DF, Lara San-

    chez, arma que durante o Ms existe

    uma comoo do Conselho pelo projeto.Todo o Crea-DF se envolve, participan-

    do efetivamente, divulgando e torcendo

    pelo sucesso nas negociaes e recebi-

    mentos dos crditos tributrios durante o

    evento. Pelo xito, Lara Sanchez, conta

    que a iniciativa ganhou propores maio-

    res, pois o projeto foi to positivo que

    vrios Creas do Pas seguiram nosso mo-

    delo e esto realizando em suas unidades

    as semanas de conciliao.

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    6 capa

    ABNT estabelece

    critriosFIQUE ATENTO NBR 16.280 ANTES DE COMEARA CONSTRUIR E EVITE TRANSTORNOSAt pouco tempo atrs, a realizao

    de reformas em edicaes estava sujeitaapenas a elaborao do projeto e a anota-o no Crea, por prossional habilitado.

    Agora, ampliaes e alteraes em edi-caes tero que ser executadas combase em critrios tcnicos normatizados.A mudana proveniente das normasestipuladas pela Associao Brasileira deNormas Tcnicas (ABNT).

    Entrou em vigor dia 18 de abril aNBR 16.280/14 que consiste no sistemade gesto de reformas em edicaes, es-tabelecendo requisitos para os sistemasde gesto de controle de processos, pro-jetos, execuo e segurana. A novidadevale para todos os tipos de imveis, tanto

    os residenciais como os comerciais.A mudana no vale para peque-nos reparos como pinturas e revises deinstalaes eltricas e hidrulicas, mas preciso car atento quando houver previ-so de alterao da estrutura do imvel.Para o engenheiro civil, Iber Oliveira, doInstituto Brasileiro de Avaliaes e Per-cias de Engenharia do DF (Ibape-DF), oproblema nas reformas achar que tudo simples. Para ele, uma tomada de deci-so errada pode afetar a estabilidade doimvel. O leigo v somente o acabamen-to e em alguns casos a simples realocaode uma porta pode interferir na estruturado imvel, arma.

    Existem peculiaridades nas estru-turas que somente prossionais habilita-dos podem salientar. A Norma visa aten-der esse requisito de qualicao e prevque toda interveno dever ser avaliadae planejada por um engenheiro. O pros-sional precisa seguir a legislao vigente,baseado em um plano de obra e registrara situao da edicao antes e depois dareforma, alm de supervisionar as tcni-cas dos processos e das obras.

    A reforma to complexa quanto a prpria construo

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    O objetivo diminuir os riscos

    e aumentar a segurana do proprie-trio e dos imveis que rodeiam a

    obra. Visando disciplinar e orientar,a NBR traz tranquilidade para todasas partes envolvidas criando vncu-los de obrigaes dentro da reforma.

    Refora ainda os critrios j esta-belecidos na legislao vigente. Es-tipula-se que todos os responsveispela obra tenham conhecimento doque ser feito. O responsvel tcnicoda obra deve informar em detalhesao usurio ou ao sndico o plano deobra e prestar informaes relacio-nadas manuteno do imvel.

    Mudanas de hbitos

    Antes mesmo de comear a

    idealizar um projeto preciso traba-lhar com a assistncia de um prossio-nal habilitado para avaliar a viabilidadeda obra. Pensar em uma reforma semcritrios pode ocasionar problemas fu-turos e muita dor de cabea. Contrataro prossional que no especialista noque a reforma exige pode at ser maisbarato no incio, mas pode gerar pro-blemas irreparveis.

    A NBR veio para minimizarum dos problemas mais comuns narea da construo. A contratao dofamoso faz-tudo, que recebe esse

    nome por desempenhar a funo queo contratante busca, desde servios dealvenaria at os de eletricidade. Mui-tas vezes aparentemente mais baratosque prossionais capacitados, essesquebra galhos no esto tecnica-mente aptos para desempenhar fun-

    es dentro de uma obra.Nem sempre esses prossionais

    mudam a estrutura fsica, mas umanica vericao errada pode ocasionarproblemas estruturais futuros que pode-riam ser indicados com preciso por umespecialista. Para Iber Oliveira, essesprossionais sempre garantem o servi-o, o que gera o problema: A questo o desempenho e ecincia desse funcio-namento, questiona o engenheiro queacredita que o resultado est no processodesempenhado entre multiprossionais

    para descobrir qual o melhor procedi-mento para cada reforma.Segundo o conselheiro do

    Crea-DF, engenheiro civil MawxellPaiva, o outro problema enfrenta-do pelos prossionais habilitados que existe uma grande barreira ali-mentando a contratao do famosofaz-de-tudo que a cultura daspessoas. preciso que se promovauma conscientizao da sociedadeacerca da relevncia do exerccioprossional por pessoal qualicado,justica.

    O Sistema Confea/Crea e Mtua possui um convnio com

    desconto exclusivo aos prossionais. Acesse o site da ABNT no

    endereo: hp://www.abntcatalogo.com.br/confea/ e veja

    como adquirir as normas por um preo especial.

    capa

    ObrigaesA NBr 16.280 prev obrigaes diferen-tes paras os envolvidos na reforma dasedicaes. Veja tabela:

    Obrigao do proprietrio

    Contratar prossional responsvel: ar-quiteto ou engenheiro;

    Garantir que a obra atenda aos regu-lamentos da legislao e do prdio/condomnio;

    Atualizar o manual de uso do edifcio.

    Obrigao do prossional

    Fazer um plano de reforma;

    Detalhar os impactos nos sistemas eequipamentos;

    Entrada e sada de materiais;

    Horrios de trabalho;

    Projetos e desenhos descritivos;

    Identicao de atividades que geramrudos;

    Identicao dos prossionais;

    Planejamento de descarte de resduos.

    Obrigao do sndico

    Dever de receber as propostas de re-formas;

    Encaminh-las para anlise tcnica elegal;

    Responder solicitao de obra;

    Autorizar a entrada de insumos e pes-soas contratadas.

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    8 capa

    Inspirao

    Em 25 de janeiro de 2012, o Edi-fcio Liberdade, um prdio de vinte an-dares no Centro do Rio de Janeiro, de-sabou e levou abaixo duas construesvizinhas: o Edifcio Colombo, de dez

    andares, e um sobrado de quatro anda-res. O acidente foi provocado por obrasirregulares, quando um dos proprietriosreformava algumas salas e as paredes es-truturais do prdio foram removidas.

    O desabamento provocou a mortede 17 pessoas, alm de mais cinco desa-parecidos at hoje. Buscando evitar aci-dentes como o da Liberdade o presidentedo Sinduscon-SP, Sergio Watanabe, propsa NBR 16.280 publicada em 18 de maro,pouco mais de dois anos aps o acidente.

    Norma com presgio de LeiAs Normas Tcnicas no so nor-

    mas jurdicas ou legais e por seu turnono possuem poder vinculante. So do-cumentos estabelecidos por consenso eaprovados pela ABNT, rgo responsvelpela normalizao tcnica no Pas. Mes-mo a NBR 16.280 no sendo lei, ela baseada em legislaes que determinamsua validade, assim como os Cdigos: Ci-vil, de tica e de Defesa do Consumidor.

    Inicialmente a norma entra em vi-gor com caracterstica de recomendao

    (ver box das obrigaes). Contudo, sealgum problema ocorrer em uma refor-ma devido no observncia de um ri-gor tcnico, a NBR 16.280 poder servircomo parmetro. Principalmente juntoao Poder Judicirio, devido ao prestgio ereconhecimento que as normas estabele-

    cidas pela ABNT tm junto sociedade.A depender dos danos eventual-

    mente causados, os responsveis legaispodero ser responsabilizados civil, ad-ministrativa, e at mesmo criminalmen-te. Para o advogado e vice-presidente daComisso de Direito Imobilirio e Urba-nstico da OAB/GO, Arthur Rios, preci-so estar atento s regras, principalmentese envolver outras pessoas. A no ob-servncia da NBR que resulte em algumdano a terceiro gera o dever daquele que

    tinha a obrigao de respeitar a norma tc-nica de indenizar o prejudicado, frisa Rios.

    O advogado destaca tambm os

    procedimentos a serem feitos em casosde obras irregulares, que no seguem aNBR 16.280. Tratando-se de condom-nio, o sndico deve ser imediatamentecomunicado, explica. Associada de-

    Ed. Liberdade: marco tragdia civil brasileir

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    nncia interna, a pessoa que se sentir le-sada com a reforma inadequada tambm

    pode procurar o rgo de scalizaodistrital ou do municpio. Mas em hip-teses mais graves, Rios recomenda umadvogado para anlise da viabilidade depropositura de medida judicial visando aparalisao da reforma.

    Distribuindo informao

    Os critrios estabelecidos pelaNBR 16.280 esto sempre na pauta dasdiscusses tcnicas do Crea-DF. O presi-dente da autarquia, Flavio Correia, ar-

    ma que as reformas e modicaes emestruturas prediais so fonte de grande

    preocupao para o Conselho.Atento a tantas alteraes das edi-

    caes, o Regional apoia o Projeto de Lei4012/2012 anexado ao PL 3370/2012,que visa estabelecer uma Poltica de Ma-

    nuteno Predial, tendo em vista a segu-rana da populao. Este projeto contri-buir para uma scalizao mais ecaznas obras e tambm no reconhecimento

    do trabalho executado pelos prossio-nais, arma Flavio Correia.

    A Cartilha do Sndico: Obras deEngenharia o que preciso saber, de-

    senvolvida pelo Crea-DF, tem a nalida-de de ser fonte de consulta para os sndi-cos, condminos e sociedade. O materialj est em atualizao pela comisso rea-lizadora, para acrescentar as previsesestabelecidas na NBR 16.280.

    Em parceria com outras institui-es, como com o Conselho de Arqui-tetura e Urbanismo do Distrito Federal

    (CAU-DF) e o Sindicondomnio, o Crea-DF tambm realizou no ms de julho umseminrio, onde os envolvidos apresenta-ram e discutiram os critrios presentesna NBR 16.280/14.

    CARTILHADOSNDICOOBRASESERVIOSDEENG

    ENHARIA

    EDEAGRONOMIA:OQUEPRECISOSABER

    capa

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    A UnB e relacionamentUMA DAS MELHORES UNIVERSIDADES DO BRASIL E DA AMRICA LATINA BRASILIENSE. A

    UNIVERSIDADE DE BRASLIA (UNB) ATUALMENTE A NICA INSTITUIO DE ENSINO REGISTRADANO CREA-DF QUE PODE INDICAR CONSELHEIRO PARA COMPOR O PLENRIO DO CONSELHO.A PRODUO DE CONHECIMENTO NA UNB OBEDECE AO MODELO TRIDIMENSIONAL DE ENSINO,PESQUISA E EXTENSO, O QUE FAVORECE A FORMAO UNIVERSITRIA DE QUALIDADE

    O senhor o primeiro reitor formado pela

    UnB. A experincia de ter sido aluno in-

    uencia sua gesto?

    Inuencia muito. A poca que passeicomo estudante na UnB foi a melhor

    da minha vida. O curso de engenhariano um curso fcil, mas sempre tivetempo para participar da vida culturalda Universidade.

    O nome UnB por si s j atrai um corpo

    docente qualicado. Como a escolha no

    curso de Engenharia?

    O nome UnB o nosso maior patri-mnio. Temos um corpo docente deexcelente qualidade, o que atrai timoscandidatos. Temos tambm um corpo

    discente qualicado, graas ao bom n-vel do ensino mdio em Braslia.

    Como est o processo de avaliao dos cur-

    sos pelo MEC, em especial o de Engenharia?

    Temos dado uma ateno especial aosprocessos de avaliao. Nossos cursosso bons e a gente deve ser capaz derepassar aos colegas avaliadores todasas informaes necessrias para quea avaliao seja convel. A nossa Co-misso Permanente de Avaliao temfeito um bom trabalho interno. Esta-mos nos empenhando em traar o per-l do nosso egresso. Esta informao muito importante para redenirmos osnossos cursos. Historicamente, a ava-

    liao do MEC dos cursos de engenha-ria da UnB muito boa. Tivemos umapequena queda na avaliao de 2011que esperamos recuperar na avaliaoque ocorrer neste ano de 2014.

    Existe um diferencial na preparao dos es-

    tudantes de engenharia para o mercado de

    trabalho? Principalmente no Distrito Federal.

    O estudante de engenharia sai muito

    bem preparado para o mercado. Falode experincia prpria. Meus colegas,formados h mais de trinta anos, temtido muito sucesso na vida prossional.Mesmo aqueles que atuam em reas

    diferentes conseguem, devido ao rigo-roso processo de formao e ao racio-

    0 entrevista

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    com o Crea-DF

    entrevista

    cnio lgico que adquirem ao longo do

    curso, serem bem-sucedidos.

    A UnB subiu quatro colocaes no ranking

    de melhores universidades da Amrica

    Lana. A rea de engenharia um dos

    cursos mais procurados pelos vesbulan-

    dos. Depois de receber esta qualicao a

    procura aumentou?

    Sim, temos potencial para estar entreas dez melhores. O que precisamos de uma gesto eciente e um foco naslida formao do nosso estudante.

    Como escolhida a grade dos cursos deengenharia? Existe alguma matria que

    faa referncia direta ao Sistema Confea/

    Crea e Mtua?

    As alteraes dos currculos so proces-sos de difcil concluso. Estamos cons-tantemente repensando as matriasque devemos incluir ou retirar da nos-

    sa grade. No temos, na engenharia,nenhuma matria que faa referncia

    ao Sistema Confea, mas nas Semanas

    de Engenharia sempre temos palestrasde representantes do Sistema. A reade cincias humanas na UnB muitoforte, o nosso estudante de engenhariatem que saber aproveitar esta vanta-gem na sua formao.

    A Universidade prope incenvo para os

    acadmicos de engenharia se registrarem

    nas organizaes responsveis?

    Em toda formatura da engenharia umrepresentante do Crea-DF est presen-te e entrega o registro prossional para

    cada formando. Considero que seja umbom incentivo.

    Qual a diferena do sistema educacional

    da universidade de hoje com o da poca

    em que o senhor estudava?

    Temos hoje muito mais acesso infor-mao. Os livros so muito melhorese a disponibilidade de recursos com-putacionais para fazer simulaes e

    entender processos complicados in-

    comparavelmente superior. O que nomudou, no meu entender, a neces-sidade do bom professor, aquele queconsegue seduzir o estudante e mos-trar que o assunto tratado na aula

    importante, interessante e pode at setornar divertido.

    Como o senhor qualica o sistema de en-

    sino adotado pela UnB?

    Sou suspeito para responder esta per-gunta. Devo minha formao e minha

    atuao prossional UnB. Tenhovisto, nesses ltimos trinta anos, osengenheiros formados pela UnB emposies de destaque no apenas emBraslia mas tambm no Brasil e no

    mundo. Minha qualicao que o sis-tema adotado excelente. Precisamoscontinuar trabalhando para manter osnossos cursos em alto nvel.

    UnB

    ...nas Semanas deEngenharia sempretemos palestras derepresentantes doSistema. A rea de

    cincias humanas na

    UnB muito forte,o nosso estudante

    de engenharia temque saber aproveitar

    esta vantagem na suaformao.

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    2 soware

    Tecnologia, do Brasil

    para o mundoSOFTWARE QUEBRA 2D DESENVOLVIDO PARA A CONSTRUO CIVIL REFERNCIA MUNDIAL

    Rapidez, ecincia, facilidadeso algumas das promessas do Que-

    bra 2D, desenvolvido pelo engenheirocivil e professor da Universidade deBraslia, Antnio Miranda. A tecno-logia possui cdigos internos diferen-ciados dos existentes no mercado tor-

    nando-o completo, pouco susceptvela erros e principalmente inovador.

    As facilidades proporcionadaspela tecnologia ultrapassou as bar-reiras do Pas e comeou a ganharpropores internacionais. Publica-es em revistas da rea tecnolgica

    em diferentes pases e exposies emcongressos pelos idealizadores mos-traram o potencial do software para omundo. Ter no pas um software comtecnologia diferenciada proporcionaliberdade, alm de reduo de custosaos usurios.

  • 8/10/2019 Revista Fator Crea Df Num 3 2014

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    soware

    Quebra 2D

    O simulador computacional decrescimento de trincas, ssuras ou ra-chaduras desenvolvido em uma lingua-

    gem de programao especca e inte-grado a ferramentas de interface com ousurio. Ele se divide em dois mdulos,um kernel, que o motor do programa,e uma interface grca que facilita a in-terao do usurio com o aplicativo.

    Segundo o professor Antnio Miran-da, a escolha da tecnologia do software foidesenvolvida para ser usada em diferentessistemas operacionais. Pode ser implemen-tada a qualquer momento em outros siste-

    mas operacionais. Posso adaptar o cdigo vontade para incluir novas formas deanalisar um problema de crescimento detrinca, exemplica o engenheiro.

    O software pode analisar qualquerestrutura, dentro dos parmetros esta-

    belecidos no programa, atravs de umasimulao bidimensional de processosde fraturamento e fadiga, crescimento

    de trincas, baseado em uma estratgiade malhas adaptativas de elementos -nitos. Alm disso, o Quebra 2D consegueresponder a alguns parmetros mecnicosdesde o tamanho tolervel at a velocidade

    do crescimento que a trinca pode obter.Ao longo do processo de pesquisa

    o engenheiro professor j empregou atecnologia em peas reais. J analiseiem ponte metlica ferroviria, descarre-gador de minrio, vaso de presso, queofereciam risco de colapso, arma. Osoftware tambm pode ser utilizado emestruturas e peas que esto submetidasa cargas que variam com o tempo comopontes, avies, navios, carros e outros.

    Parceria

    A Agncia de Comercializao deTecnologia (ACT) do Centro de Apoioao Desenvolvimento Tecnolgico daUniversidade de Braslia (CDT/UnB) a responsvel pelo processo de comer-cializao do Quebra 2D. O registro do

    aplicativo, foi realizado em 2011, peloNcleo de Propriedade Intelectual (NU-PITEC) do CDT responsvel pela identi-cao, proteo e gesto dos direitos dapropriedade intelectual da UnB e junto aoInstituto Nacional de Propriedade Indus-trial (INPI), cuja titularidade exclusiva daFundao da Universidade de Braslia.

    Hoje Atualmente, a ACT tambmacompanha e articula o licenciamento datecnologia voltada para a construo civil.Segundo o agente de parceria, Oscar Gal-dino, o software j pode ser licenciado. Oproduto ainda no foi lanado no mercadoporque o CDT busca parcerias. O Quebra2D j est pronto para o mercado, estamosem busca apenas de parceiros de produodo produto, conclui.

    Servio

    Para melhores informaes sobre atecnologia, entre em contato com a ACT/UnB Telefone (61) 3107-4116 ou peloe-mail [email protected].

    nlise de rachaduras evita

    ejuzos e pode salvar vidas

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    4 perl

    Mtua: Em benecio

    dos prossionaisO papel da Caixa de Assistncia

    dos Prossionais dos Creas (Mtua) noSistema oferecer planos de benefciossociais, previdencirios e assistenciais.Criada pelo Conselho Federal de Enge-nharia, Arquitetura e Agronomia (Con-fea) h mais de 36 anos a entidade umasociedade civil sem ns lucrativos.

    Ao longo dos anos, a Mtua j ofe-receu diferentes solues para os asso-ciados que ultrapassam o mbito pros-sional e que se estendem qualidade de

    vida dos mutualistas. Diferente de mui-tas entidades que apenas buscam o lucroe direcionam crdito para a rea pros-sional, a instituio tem a preocupaocom o carter social dos associados.

    O presidente da entidade, enge-nheiro agrnomo Cludio Pereira Calhei-ros, arma que os mutualistas possuem

    condies especiais para desenvolverseus negcios, desde o aperfeioamentoprossional at emprstimos. No entanto,a organizao tambm tem um lado socialAjudamos os mutualistas a alcanaremseus objetivos, alm dos benefcios so-ciais, oferecemos amparo necessrio nashoras mais difceis, ressalta Calheiros.

    No ano de 2013, para inovar e me-lhorar os servios, a Mtua reformuloualguns regulamentos de concesso dosseus benefcios. Disponibilizou emprsti-mos com melhores condies, maior prazopara pagamento e menores taxas de jurosao ms. Passou tambm a permitir que os

    benefcios reembolsveis pudessem ser uti-lizados pelos dependentes dos associados.

    A Mtua oferece onze benefciosreembolsveis: Ajuda Mtua, GaranteSade, Equipa Bem, Frias Mais, ApoioFlex, Construa J, Famlia Maior, Edu-cao, Veculos, Empreendedorismo e

    Agropecurio. O mutualista tambmpode aderir a planos de previdncia, pelaTecnoPrev, ou de sade pela Qualicorp,alm dos benefcios sociais como: AuxlioPecunirio, Peclio e Auxlio-Funeral.

    ua: mais qualidade de vida

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    perl

    A Mtua existe em diversos estados, sendoque a Mtua do Distrito Federal tem como dire-tor geral o eng. civil Ailton Almeida.

    Por atender aos Creas de todo o pas aentidade possui convnios em todos os estados

    brasileiros. As empresas parceiras oferecem des-contos especiais para os associados em diferen-

    tes segmentos: convnios nacionais e regionaiscom hotis, farmcias, instituies de ensino,prestadores de servios e comrcio em geral.

    O engenheiro de Segurana do TrabalhoFlvio Hegidio associado da Mtua e armaque a entidade facilita o acesso ao crdito deforma simples e com baixas taxas de juros, anu-idade, alm de favorecer o bom relacionamentocom os mutualistas. Todos os benefcios ofere-cidos so mais vantajosos que a maioria dos en-contrados no mercado nanceiro geral, por isso,atualmente fao meus planejamentos nancei-ros com parceria da Mtua, conta Flvio.

    Aes Conjuntas aoSistema Confea/Crea

    A Caixa de Assistncia desde quando foicriada mantm uma relao de parceria comas instituies no Sistema Confea/Crea. Ofere-ce apoio institucional, tcnico e nanceiro nasaes de desenvolvimento, aperfeioamento e

    valorizao dos prossionais.Uma dos apoios signicativos entre as

    autarquias a viabilizao dos Creas nas Se-manas Ociais da Engenharia e da Agronomia(SOEA). A parceria de extrema relevncia,

    tanto para a Mtua, que amplia sua divulga-o junto aos prossionais e estudantes par-ticipantes da Semana, quanto para os Creasque ganham auxlio e tm mais condiesde custear a ida SOEA, conta Cludio Ca-lheiros. A Caixa existe em diversos estados,sendo que a Regional do Distrito Federal tem

    como diretor geral o eng. civil Ailton Almeida.

    Emprsmos para empreendedores

    Programa Famlia Maior

    Planos de previdncia pela Tecno

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    6 agricultura

    Abacates: Cultura

    benca e lucravaABACATE FAZ BEM SADE E PARA A BALANA COMERCIAL BRASILEIRA

    Com uma variedade considervel,com cerca de 150 tipos diferentes, o aba-cate tem conquistado espao nas vendasinternas. O que tem maior aceitao nomercado brasileiro o chamado abacate

    comum ou manteiga, que possui cascaverde, na, mole e de formato piriforme(pra). utilizado na culinria nacionalpreferencialmente em doces, sobreme-sas, vitaminas ou consumido com acar.

    Na demanda do comrcio exte-rior, a preferncia pela variedade de-nominada avocado de pequeno tama-nho, tambm conhecida como fuerte(ou strong), que mantm a casca verdemesmo depois de maduro e o hass,que tambm possui casca rugosa comoo fuerte, porm se torna escura quandoamadurece e tem um formato mais ar-redondado. O abacate do tipo avocado

    relativamente caro se comparado com omanteiga, e 90% da produo destina-da exportao. Tanto o avocadoquan-to o hasspossuem alto teor de leo que

    varia de 20 a 30%, o que elevado, emcomparao aos 5 a 8% existentes emoutros tipos de abacates.

    Sua utilizao se d em saladase pratos salgados, como por exemplo oguacamole que possui menos gua em

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    agricultura

    sua polpa tornando-o mais consistente, oque agrada ao paladar do consumidor es-trangeiro. Segundo Tiago Carvalho, dire-tor comercial da Jaguacy Avocado Brasil,a maior empresa brasileira especializadaem abacates da variedade hass, tanto oconsumo interno, quanto a exportaotem crescido ano a ano, embora tenha-mos aumentado a rea plantada, o cres-cimento em outros pases como o Peru,por exemplo, tem superado o Brasil.

    Estatsticas mostram que o Brasilocupa o 7 lugar na produo mundialdo abacate. A produo de mais de 150mil toneladas em uma rea de cultivoaproximada de 11 mil hectares em todoo territrio, est dividida entre as regiesNordeste, Sudeste e Sul do Pas.

    De acordo com o conselheiro da

    Cmara Especializada de Agronomia(CEAGRO) eng. agrnomo ElmanoSantos, as mudanas climticas re-pentinas, tais como a seca prolongadae as geadas, podem comprometer a pro-duo em escala. A irrigao pode seruma soluo no perodo de estiagem.O abacateiro se desenvolve melhor em

    solos mais profundos, com boa aeraoe drenagem, destacou.

    Pragas

    Em relao ao combate praga,Elmano orienta que necessrio queas rvores estejam a uma altura de 4metros do solo, o que tambm favorecea colheita. A praga mais recorrente alagarta (stenoma catenifer) que pene-tra nos frutos e provoca podrido, o quedeixa o abacate intil para o comrcio econsumo. J a doena chamada gomose,

    que ocorre em solos encharcados, atacao sistema radicular e mata a planta. Oscultivados em regies mais frias, com al-titudes acima de 1.800 metros, apresen-tam maior teor de leo, de acordo com a

    variedade plantada., completa.Em Braslia, o desenvolvimento de

    uma nova variedade com o mesmo sabor

    do avocado, mais apropriada ao gosto dobrasileiro, chega a pesar 700 g. A estima-tiva de produo do primeiro lote paradaqui a um ano, arma Elmano, quetambm produtor de abacates.

    Enxerto

    No processo de obteno de mu-das mais viveis, a tcnica adequada deenxerto a clonagem, que mantm ascaractersticas da variedade reproduzida.Esta tcnica consiste em cortar o cavaloou porta-enxerto, com dimetro aproxi-mado de um lpis e inserir na fenda umgalho previamente cortado em formade cunha. O enxerto deve ser amarra-do com ta plstica e protegido com umsaco plstico para evitar a desidratao.

    Aps 45 dias, ocorre a brotao e a mudaestar apta para o plantio no campo apsmais quatro a cinco meses, acrescenta oconselheiro.

    Benecios

    Eleito o fruto mais nutritivo domundo pelo Guinnes Book - o Livrodos Recordes, o abacate ganha cada diamais espao na culinria brasileira e noexterior. Considerado uma baga, o fruto rico em mega 3, vitaminas A, C e E,cido flico e potssio, com ao antioxi-

    dante e gordura monoinsaturada. ca-paz de diminuir o LDL (colesterol ruim)e aumentar o HDL (colesterol bom) noorganismo, sendo excelente fonte de -

    bras e energia.A extrao do leo do abacate

    uma novidade que tem mudado o com-

    portamento do consumidor brasileiro.Seus benefcios nutricionais fazem comque o leo de abacate seja capaz de con-ferir efeito de proteo contra os radicaislivres como mostra a pesquisa apresen-tada no Encontro Anual da Sociedade

    Americana para Bioqumica e BiologiaMolecular, em San Diego (EUA).

    O leo de abacate tem sabor se-

    melhante ao do azeite de oliva e podeser usado em saladas, sopas, pes, paracozinhar ou fritar alimentos, entre tan-tas outras opes de uso. Utilizado compreferncia em dietas, tem a capacidadede modular o hormnio da compulso,minimizando assim a vontade de comer.

    Ajuda tambm na reduo dos triglicri-des, prevenindo a cardiopatia. O leo notem contraindicao de uso, tanto que comercializado em forma de cosmticos,atravs dos frmacos, na indstria graxa,nos leos capilares, para tratamento deferidas e manchas na pele, dentre ou-tros. Por ser natural, sem conservantes,com baixa acidez, de acordo com os m-dicos especialistas, ele pode diminuir aschances de desenvolver diabetes, artrite,catarata e at o cncer, como tambmretardando o envelhecimento. Na medi-cina popular, so utilizados no aprovei-tamento, as cascas do tronco, as cascasdo fruto, caroos e folhas. Por isso ele considerado um alimento funcional.

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