Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

68
www.embalagemmarca.com.br

description

Edição de maio de 2007 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

Transcript of Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

Page 1: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

www.embalagemmarca.com.br

Page 2: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 3: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

Defender-se enquanto é tempoabordagem de cer-tos assuntos, quan-do repetitiva, cansa.

Mas há temas que, por mais exaustivos, precisam ser segui-damente abordados, antes que, por conta deles, entremos em descanso permanente. Exem-plo: a China (e vizinhos nos-sos). Referimo-nos à amea-ça que práticas industriais e comerciais desses parceiros, e os preços que conseguem pra-ticar, representam para nossa economia em geral e para o setor de embalagem em si. O fato é que o Brasil atua numa economia globalizada e precisa aprender a movi-mentar-se de acordo com as regras do jogo, que não são

amenas. Basta ver as tormen-tas que se seguem ao câmbio desfavorável. Como dizem, “o inferno são os outros”, mas não adianta condenar quem sabe vender seu peixe melhor do que nós.EMBALAGEMMARCA afasta a petulância de querer ensinar quem quer que seja, mas acreditamos já estar pas-sando da hora de o setor de embalagem mobilizar-se para defender-se antes que não tenha mais o que defen-der. Se a indústria têxtil e a de calçados obtiveram do governo medidas protecio-nistas, por que o setor de embalagem não as consegue também? Em nossos limites,

damos a contribuição que podemos. Nesse sentido, acreditamos que a Entrevista do mês, com Gilmar Vaccas, gerente de suprimentos da Pepsico, na página 38 desta edição, pode ajudar, se esti-mular discussões.

- • -O PRÊMIO EMBALAGEM-MARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM vem sendo recebido com entusiasmo e também com algumas dúvi-das quanto a seu regulamen-to. Para respondê-las criamos uma seção de Perguntas e Respostas. Veja na página 18. E inscreva seus cases. Até junho, mês de nossa Edição Especial de Aniversário.

Se a indústriatêxtil e ade calçadosconseguiramdo governomedidasprotecionistas,por que o setorde embalagemnão as consegue?

Wilson Palhares

A

Page 4: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro Haberli [email protected]

Marcella de Freitas [email protected]

Departamento de [email protected]

Carlos Gustavo CuradoJosé Hiroshi Taniguti

AdministraçãoEunice Fruet

Marcos Palhares

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasRaquel V. Pereira

[email protected] anual: R$ 99,00

Público-AlvoEM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colo-cados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Filiada ao

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

www.embalagemmarca.com.br

O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é res guar da do por di rei tos au to rais. Não é per-mi ti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle-tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

64 Índice de AnunciantesRelação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição

PrêmioRespostas a dúvidas mais comuns sobre o Prêmio EMBALAGEMMARCA – Grandes Cases de Embalagem

Reportagem de capa: versões expandidasNa contramão da portabili-dade, embalagens maiores ganham espaço no varejo, numa tendência impulsiona-da não só por preços mais em conta

MateriaisConservas Quero, da Coniexpress, adotam em primeira mão caixinhas retortable da Tetra Pak

FechamentosAlternativa em tampa espor-tiva para águas minerais, da Bericap, debuta no mercado nacional com a Lindoya

nº 93 • maio 2007

18

FOTO

D

E CAPA:

STU

DIO

AG

/ A

ND

GOD

OY

66 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

44 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

8 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

58 Internacional Destaques e idéias de mercados estrangeiros

3 Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

22

36

53 MarketingPublicitária cria uma engenhosa maneira de aproveitamento das embalagens delivery de pizza

54 PlásticasSabonetes líquidos ginecológicos ganham evidência e embalagens com equities de cosméticos

6 Espaço Aberto Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

30 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

28

38 Entrevista:Gilmar VaccasGerente de suprimentos da Pepsico fala da situação das embalagens como insumo

52 CelulósicasNovo palete de papelão ondula-do, com tecnologia internacio-nal, é lançado pela Klabin

Page 5: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 6: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

No Uruguai

Sou professora de pré-impressão em artes gráficas na Universidade do Trabalho do Uruguai, e devo dizer que o material da revista EMBALAGEMMARCA permite enri-quecer não só os meus próprios conhecimentos, mas também os dos meus alunos. Brilhante, clara, precisa, imprescindível. Felicito e agradeço que a mesma se encontre disponível em espanhol. Gostaria de saber se o livro “Flexografia – Manual Prático” será traduzido para o espanhol ou se será publica-do na internet, pois seria de grande utilidade poder contar com este material. Agradeço a vocês por ter-mos à disposição tão boa informa-ção. Sigam adiante.

Elvira GutiérrezUniversidade do Trabalho do

UruguaiMontevidéu, Uruguai

N. da R. O autor do livro, Eudes Scarpeta, informa ter a intenção de traduzi-lo para o espanhol e, mais adiante, para o inglês.

...e na Argentina

Escrevo para felicitá-los pela revista, que aporta muitas infor-mações para nós que estamos no setor e por sua iniciativa em lan-çá-la em espanhol. No entanto, gostaria de sugerir que, na medi-

da do possível, veiculem mais informações sobre o que ocorre no setor de embalagem nos países integrantes do Mercosul, criando, por exemplo, uma seção “Merco-sul”. Embora o Brasil seja o maior mercado sul-americano, não se podem ignorar os demais países da América do Sul, nos quais todas as pessoas que estão no ramo de embalagens atuam permanen-temente em diversos setores de suas economias, buscando sempre novos horizontes. Por outro lado, as notícias do setor provenientes dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia são bem vindas para nós do setor. Mas seria muito bom se EMBALAGEMMARCA desempe-nhasse papel mais importante na integração do item embalagem na América Latina por meio das notí-cias, pois entendo que existe um vazio de informações na revis-ta nesse sentido. Continuem em frente!

Carlos KissEstudante de Desenho Industrial na Universidade de Buenos Aires

(UBA)Buenos Aires, Argentina

N. da R. Agradecemos a sugestão e aproveitamos para informar que estamos estudando a possibilidade de instituir a cobertura do setor de embalagens de forma abrangente e profunda na América Latina.

Parabéns ao site

Osite de EMBALAGEMMARCA está de parabéns.

Hérica Florindo CristóvãoShell Brasil Ltda

Suporte LogísticoRio de Janeiro, RJ

Dicas e novidades

Termino em julho de 2007 o curso técnico de Design Gráfico (ETE – Pau-la Souza). Mesmo trabalhando na área educacional gosto muito e sempre me identifiquei com a área de design. O site de EMBALAGEMMARCA muito tem me ajudado nos trabalhos que tenho de

6 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Redação: Rua Arcílio Martins, 53CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel (11) 5181-6533Fax (11) 5182-9463

[email protected]

Cartas para EMBALAGEMMARCA

entregar aos professores. Quero agra-decer pelas dicas e novidades. E, futu-ramente, pretendo trabalhar na área.

Mila CoppolaEstudante

Santo André, SP

Rótulos da BelcoSobre a mensagem “Rótulos da Belco”,

enviada por Roberto Brandão, da

Propack, e publicada na seção Espaço

Aberto da edição nº 91 (março de 2007),

EMBALAGEMMARCA esclarece que o uso

equivocado de imagem com produtos da

Belco em reportagem sobre a aquisição

da área de termoencolhíveis da ITW pela

CCL Label (“Expansão em encolhíveis”,

fevereiro de 2007, página 32) resultou

de erro ocorrido durante o fechamento

da edição. Ao longo da apuração da

reportagem, a CCL Label informou à

revista que fornecia somente os sleeves

do Chopp Belco vendido em garrafas de

1,5 litro, e em nenhum momento sugeriu

a publicação ou enviou a imagem com

os rótulos da Propack que acabou sendo

utilizada por engano na edição.

Page 7: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 8: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

8 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Choco Milk todo repaginado

A Batávia reformula a identidade visual da linha Choco Milk, com novos layouts de embala-gem criados pela DBox Design. Para o Choco Milk Power, embalagem Tetra Prisma Aseptic de 200 mililitros da Tetra Pak. O achocolatado tem também a versão em garrafa de vidro de 200 mililitros da Owens-Illinois, com tampa da Amcor White Cap e rótulo em papel impresso pela Ingra, e em Caixa Combifit de 1 litro, da Sig Combibloc, com tampa CombiTwist. Já o Choco Milk Light é embalado em caixinhas Tetra Brik Aseptic. A linha fica completa com a sobre-mesa em potes de poliestireno de 200 gramas fornecidos pela Huhtamaki, com selos de alumí-nio produzidos pela Graffo.

Choco Milk todo repaginado

Choco Milk Light é embalado em caixinhas Tetra Brik Aseptic. A linha fica completa com a sobre-

fornecidos pela Huhtamaki, com selos de alumí-

Amcor White Cap do Brasil(11) 5585-0723www.amcorwcb.com.br

DBox Design(11) 3721-4509www.dboxdesign.com.br

Gráfica Ingra(41) 392-2233www.ingra.com.br

Graffo(47) 3028-2221www.graffo.com.br

Huhtamaki(11) 5504-3500www.huhtamaki.com.br

Owens-Illinois do Brasil(11) 6542-8000www.oidobrasil.com.br

Sig Combibloc(11) 2107-6744www.sig.biz/brasil

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

Chega o Coffee-Mate

A Nestlé traz ao Brasil o Coffee-Mate, primeiro produto desenvolvido especialmente para dar sabor e proporcionar uma textura aveludada ao café. Alinhado à tendência de sofisticação do mercado de cafés no Brasil, o produto, que é sucesso de vendas em países como Estados Unidos, Canadá, Filipinas, Turquia e México, será vendido inicialmente nos Estados da região Sul, em três opções de sabo-res: French Vanilla, Canela e Mac-chiato. A embala-gem, o rótulo e a tampa, produzidos pela American Fuji Seal, são impor-tados. O layout foi adaptado para o mercado brasileiro pela Pande Design Solutions.

American Fuji Sealwww.afseal.com

Pande(11) 3849-9099www.pande.com.br

Embalagem é adaptada ao mercado local

Cartucho realça lançamento da Tirolez

Congraf(11) 3103-0300www.congraf.com.br

Ibema(42) 3220-7400www.ibema.com.br

Studio Troyano(11) 4137-9549

Queijo sextavado

Em caixas hexagonais de cartão Ibema Supe-ra 325 gramas, da Ibema, que abrigam um cilindro envolvido em papel-alumínio, chega ao mercado o novo lançamento da Tirolez: o queijo Bleu de Bresse. A marca apostou em uma embalagem diferenciada para atrair os consumidores: dobraduras na caixa reme-tem à aparência de uma pedra facetada e o fundo azul com detalhes pretos faz alusão às características internas do produto. As caixas são impressas pela Congraf, e quem assina o layout da embalagem é a Studio Troyano.

Batávia reformula embalagens de seu achocolatado

Edição: Flávio Palhares

Page 9: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 10: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

10 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Edição: Flávio Palhares

Labcom Comunicação Integrada(16) 3967-8009www.labcom.ppg.br

Teclito Gráfica(11) 6914-0842

Hidratante em PET

Em embalagem exclusivo de PET desenvolvida em parceria com a Plas-

ticase, a Korai lançou o hidra-tante e o body splash Scents Amore. Os frascos de 210 mililitros levam

rótulos auto-ade-sivos da Asterisco

e da Setprint e têm tampas disk-top fornecidas pela Bral-Max. O layout das embalagens foi desenvolvido pela própria Korai.

Embalagem tem rótulo auto-adesivo

Fiambre na lata

O fiambre, embutido pronto para o consumo da Bertin Alimentos, é a mais recente aposta da empresa. O produto, comercializado com a marca Bonfiam, é acondicionado em latas de aço de 320 gramas com sistema de fácil abertura, produzidas na própria Bertin e decoradas com rótulos de papel couché impressos pela Teclito Gráfica. O layout foi desenvolvido pela Labcom Comunicação Integrada.

Bertin lança mais um embutido

Asterisco(11) 2295-2200www.etiquetasasterisco.com.br

Bral-Max(24) 2242-8799www.bral-max.com.br

Plasticase(11) 3477-7748www.plasticase.com.br

Setprint(11) 2133-0007www.setprint.com.br

Page 11: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

maio 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 11

Close up com bico dosador

Frascos de polipropi-leno (PP) da Global-pack acondicionam o Liquifresh Ice, novo sabor do gel dental Close up Liquifresh. A embalagem tem um bico dosador na tampa, também fornecida pela Glo-balpack, e recebeu rótulos auto-adesivos de polietileno (PE) impressos pela CCL Label. Quem assina o layout da embalagem é a Rex Design.

Gel dental ganha novo sabor

CCL Label(19) 3876-9311www.ccllabel.com.br

Globalpack(11) 5643-5333www.globalpack.com.br

Rex Design(11) 3862-5121www.rexnet.com.br

Aposta no público infantil

Em caixas de papel cartão duplex fornecidas pela Congraf,

chega ao mercado a gelatina Gelky, novo produto da Brassuco.

No interior do cartucho, um filme de polietileno de baixa densidade

(PEBD) da Camada Embalagens acondiciona o produto. Com apelo ao público infantil, as caixinhas ganharam cores fortes e ilustra-ção do personagem Gelkinho, um

dinossauro, praticando ativida-des físicas. O layout é da Edu

Rocha Design Studio.

Gelatina ganha embalagem temática Camada

Embalagens(11) 3942-3944www.camada.com.br

Congraf(11) 3103-0300 www.congraf.com.br

Edu Rocha Design Studio(19) 3242-6694

Page 12: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

12 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Fatiados em bandejas termoformadas GAD’Branding & Design(51) 3326-2500www.gad.com.br

Indusgraf(51) 3748-5444www.indusgraf.com.br

Videplast(49) 3566-9600www.videplast.com.br

Sabores de inverno na caixinha

Em edição limitada e com novas emba-lagens chegam ao mercado os sabores de inverno da bebida AdeS: Shake de Morango e Vitamina de Banana. As novas versões estarão disponíveis em caixas de um litro da Tetra Pak, com layout assinado pela Usina Escritório de Desenho. O logotipo agora está na posi-ção vertical e com nova tipologia.

AdeS tem edição limitada

Grande área na embalagem é ocupada por auto-adesivo

Destaque para o rótulo

Chegam ao mercado as novas embalagens dos xampus e condicionadores Sanol Dog, da Total Química. Os produtos são acondicio-nados em frascos de 500 mililitros de polietileno de alta densidade (PEAD) soprados pela Packmold. As tampas standard são fornecidas pela Plásticos Cária.A embalagem com for-mato anatômico, desen-volvida pela agência Dil Brands, tem como desta-que a grande área de rotu-lagem. Rótulo e contra-rótulo são auto-adesivos, impressos pela Damver, com design da Atis.

Tetra Pak(11) 5501-3262www.tetrapak.com.br

Usina Escritório de Desenho(11) 5571-6788www.usinadedesenho.com.br

Atis (11) 5084-2155www.atisonline.com.br

Damver (11) 6693-9527www.damveradesivos.com.br

Dil Brands(11) 4191-9711www.dilbrands.com

Packmold(11) 5685-4446www.packmold.com.br

Plásticos Cária (11) 3872-3122www.caria.com.br

Penasul aumenta mix de embutidos com a marca Pena Branca

Sob a marca Pena Branca, a Penasul Alimentos lança sua linha de embutidos fatiados, com embalagens desenvolvidas pela GAD’ Branding & Design. Os produtos

são acondicionados em bandejas termo-formadas de polietileno fornecidas pela Videplast. O berço é fechado com selo de BOPP impresso pela Indusgraf.

ção vertical e com nova tipologia.

12 >>> EmbalagemMarca >>>

ção vertical e com nova tipologia.ção vertical e com nova tipologia.

Chegam ao mercado as novas

Dog, da Total Química. Os

nados em frascos de 500 mililitros de polietileno de

soprados pela Packmold.

Brands, tem como desta-que a grande área de rotu-

rótulo são auto-adesivos,

Page 13: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 14: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 15: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 16: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

16 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Mais opções para a limpeza doméstica

A Unilever amplia a família do lim-pador doméstico Brilhante com as versões Multi-Uso e Coquetel Plus. Os frascos de polietileno de alta densidade 500 mililitros de Brilhante Multi-Uso são fornecidos pela Brasalpla, com decoração em silk screen e tampas da Plás-ticos Cária. O layout é da Design Absoluto. O Brilhante Coquetel Plus, para limpeza pesada, tem frasco de polietileno de alta den-sidade produzido pela Igaratiba, com tampa da argentina Seaquist Engelmann. O rótulo auto-adesivo de papel couché é fornecido pela CCL Label. A agência Tácticah Design Büro, de Buenos Aires, foi a responsável pelo design das embalagens.

Brasalpla(11) 2104-1400www.alpla.com

CCL Label(19) 3876-9300www.prodesmaq.com.br

Design Absoluto(11) 3071-0474www.designabsoluto.com.br

Igaratiba(19) 3821-8000www.igaratiba.com.br

Plásticos Cária(11) 3872-3122www.caria.com.br

Seaquist Engelmann(54 11) 4850-1350www.grupobertoni.com

Tácticah Design Büro(54 11) 4327-3206www.tacticah.com

SóSoja tem novas embalagens

A indústria de alimentos SóSoja apresenta as novas embalagens dos compostos ali-mentares em pó à base de soja Lactosoy e Soyamaltine. A criação da embalagem é da Speranzini Design. Os potes de polie-tileno de alta densidade e as tampas são fornecidos pela Real Plastic e os rótulos pela Gráfica Essência.

Potes de PEAD acondicionam produtos

Protex de ação prolongada surge em envelope

Meio dia de frescor

Prometendo uma proteção desodorante por doze horas, além de inibir o cresci-mento das bactérias causadoras do mau odor, o Protex Deo 12 é o mais novo sabo-nete anti-séptico em barra da Colgate-Pal-molive. Ostentando design gráfico elabora-do pela Colgate-Palmolive de Nova York, o envelope de papel laminado do produto é fabricado pela Empax.

Gráfica Essência (11) 6918-6464www.graficaessencia.com.br

Real Plastic(47) 3397-8300www.realplastic.ind.br

Speranzini Design(11) 5685-8555www.speranzini.com.br

Empax(11) 5693-5400www.empax.com.br

Linha Brilhante, da Unilever, ganha duas novas variantes

Page 17: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

maio 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 17

Page 18: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

18 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Perguntas e respostas esclarecedoras sobre como e por que inscrever cases no prêmio que será referência na área de embalagem

pós o lançamento do Prêmio EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM, a revista pas-sou a receber perguntas de várias pessoas interes-sadas querendo esclarecer dúvidas. Como parte

dessas dúvidas se repete, são reproduzidas abaixo, seguidas de respostas destinadas a esclarecê-las.

Uma das principais questões é se, nos cases vencedores, quem ganhará o prêmio será a empresa usuária ou a fornece-dora que fizer a inscrição, na hipótese de ser dela a iniciativa. A resposta é que, quando indústrias usuárias têm suas emba-lagens premiadas, todos os agentes que contribuíram para isso também estão ganhando, na medida em que o cliente é a razão de ser da atividade de seus fornecedores.

Por sermos adeptos dessa visão, no PRÊMIO EMBALA-GEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM os clientes, os provedores de embalagens, bem como os fornecedores de serviços e complementos, também serão premiados. Mas para isso é importante que estejam citados nas fichas de inscrição.

Veja a seguir algumas das perguntas apresentadas e as res-postas a elas – e não tenha dúvidas: inscreva seus cases.

A

incentivo >>> premiação

Uma empresa convertedora de embalagens pode inscrever cases no Prêmio?

Sim. Podem inscrever cases todas as empre-sas transformadoras e convertedoras de embalagens, além das empresas usuárias e dos desenvolvedores do design. Só não podem inscrever cases os fornecedores de matérias-primas, insumos e equipamentos, pois esses são potenciais patrocinadores do Prêmio, o que poderia trazer conflitos éticos para as ins-crições feitas por eles.

Se minha empresa inscrever um case do qual participaram outras empresas, quem ganha o Prêmio?

O objetivo do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM é valorizar, em primeiro lugar, a indústria usuária de embalagens, que é quem toma a decisão de investir ou não num determinado siste-ma de embalagem. Como acreditamos na integração da cadeia, e na idéia de que uma boa embalagem depende da cooperação de todas as partes envolvidas no seu desenvol-vimento, serão homenageadas também as empresas fornecedoras que participarem do processo (excluídas aquelas que se caracte-rizarem como potenciais patrocinadoras do Prêmio), desde que estejam mencionadas na ficha de inscrição.

?!

?

!

Se a minha empresa é fornecedora de uma embalagem diferenciada e que trouxe ganhos ao cliente, é mais indicado que eu faça a inscrição ou devo pedir a meu cliente que cuide disso?

O ideal seria que as empresas que partici-param do projeto se unam para fazer uma única inscrição. Ninguém melhor que a empresa usuária para contar os benefícios gerados com uma embalagem. Por outro lado, cada fornecedor pode explicar com pre-cisão qual a sua contribuição para o projeto.

?

!

Sem dúvida: todos podem ganhar

Page 19: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

maio 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 19

“Não poderíamos estar ausentes”

A partir da esquerda, André Mozetic, Jayme Wiss Jr., Luiz Fernando Pereira, diretores da Greenfield Business Promotion

A partir da esquerda, André Mozetic, Jayme Wiss

Sem dúvida: todos podem ganhar“Acompanhamos EMBALAGEMMARCA desde seu lançamento, há oito anos. A revista sempre foi para nós uma importante fonte de informações a respeito das inovações na área de embala-gens. O foco que a publicação dá ao segmento é fator preponderante para seu sucesso, e a iniciativa de promover este Prêmio sem dúvida alguma irá marcar uma nova etapa e será um grande incentivo aos profissionais que se dedi-

cam com ousadia e profissionalismo ao desenvolvimen-to do setor de embalagens no Brasil.A Greenfield, empresa dedi-cada ao setor,

com importantes iniciativas regionais, como a Embala Minas e a Embala Nordeste, não pode-ria estar ausente e deixar de apoiar mais esta idéia inovadora.”

grande incentivo aos profissionais que se dedi-cam com ousadia e profissionalismo ao desenvolvimen-to do setor de embalagens no Brasil.A Greenfield, empresa dedi-cada ao setor,

com importantes iniciativas regionais, como a

Page 20: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

20 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

“O PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM é uma grande contribuição para o mercado de emba-lagens. Acredito que seja o primeiro prêmio a envolver a cadeia como um todo. Nele, a embalagem terá uma análise mais sistêmica, indo além da beleza plástica.A Suzano, como fornecedora de papel cartão para este segmento, não pode-ria estar de fora. Temos certeza de que, com este Prêmio, temos uma grande oportunidade de parceria com nossos usuários finais, agregando cada vez mais valor às suas embalagens.”

“Oportunidade de parceria”

Ana Paula Pinheiro BaltazarMarketing, Suzano Papel e Celulose

vez mais valor às suas embalagens.”

Essa resposta vale também para as embalagens stan-dard?

Sim. Da mesma forma, vale para sistemas de fecha-mento ou de aplicação do produto, desde que a emba-lagem (ou o sistema) tenha sido adotada por alguma empresa usuária. Em tais casos esta deve autorizar a inscrição, conforme descrito no Regulamento do Prêmio.

?!

Existe um número máximo de cases que podem ser ins-critos por uma mesma empresa?

Não há limite para a inscrição de cases, mas é indicado que se observe que o julgamento será feito na estrutu-ra de estudo de caso – ou seja, a descrição do cenário que estimulou o desenvolvimento, a solução escolhida e os resultados obtidos. Isso significa que vale considerar a hipótese de inscrever menos cases, contando com maior riqueza de detalhes a história da embalagem.

?!

Se minha empresa inscrever um case, ganha automati-camente um convite para a cerimônia de premiação?

Não. Os convites para a cerimônia serão adquiridos à parte, dada a possibilidade de que haja mais inscrições do que lugares disponíveis na cerimônia de premiação. Mas o valor do convite se restringirá a cobrir os custos do coquetel e do jantar, do aluguel e da decoração dos espaços, não havendo espécie alguma de cobrança pelo eventual recebimento de troféus e pela divulgação.

?!

Se eu quiser convidar meus principais clientes para ir à cerimônia, é possível comprar mesas fechadas para o jantar?

Sim, é possível. Mas como há uma limitação de 400 lugares no espaço em que será realizada a cerimônia, tudo dependerá da disponibilidade de vagas.

?

!Maiores informações sobre esses e outros assuntos relaciona-dos ao PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM podem ser obtidas pelo e-mail [email protected]

PATROCÍNIO MASTER PATROCÍNIO ESPECIAL

APOIO OPERACIONAL

Page 21: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 22: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

22 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Na contramão das portion

packs, fabricantes dos mais

distintos produtos de

consumo apostam em

embalagens com volume

superior ao padrão da

categoria. Preços mais em

conta ainda constituem o

principal impulso a esse

tipo de estratégia. Mas

conveniência de consumo e

perfis específicos de

público-alvo também

contam pontos a favor das

versões “super size”, que

nem sempre trazem o

benefício da economia

ortabilidade.Fracionamento. Porções reduzidas. Não é difícil entender porque esses temas estão em evidência no mundo das emba-

lagens. Fáceis de carregar e inseridas em situa-ções de consumo fora do lar, as apresentações menores ainda permitem que marcas consagra-das se aproximem da baixa renda, segmento até então esquecido por boa parte da indústria.

A despeito do papel central conquistado pelas portion packs, uma tendência oposta a essa também tem demarcado seu espaço. Trata-se da multiplicação de lançamentos envolvendo emba-lagens com volumes maiores. É difícil encontrar dados que mensurem esse fenômeno. Mas um olhar mais atento nas gôndolas não deixa dúvi-das. As chamadas versões big size podem ser vistas tanto em apresentações familiares quanto em estratégias em que o aumento do tamanho da embalagem não altera o foco no consumo individual. Seja como for, a pergunta é quase inevitável: com tantas atenções voltadas ao cele-brado consumo “on-the go”, o que explica essa renovada atração por apresentações expandidas?

Nos tempos de inflação galopante, a função básica das embalagens com volume superior ao padrão da categoria era ajudar a manter as despensas abastecidas até o final do mês. Com preços estabilizados, as apresentações big size deixaram de se limitar a esse antigo propósito. Ao agregar novos consumidores ao público-alvo de marcas consagradas, os tamanhos maiores passaram a simbolizar uma evolução dos fabri-cantes de produtos de consumo em detectar e atender perfis específicos de público e de situa-ções de consumo.

Por que a indústria tem aderido aos

P

reportagem de capa >>> versões expandidas

tamanhos grandes

Page 23: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

Por que a indústria tem aderido aos

“O sucesso dos tamanhos grandes mostra que considerar segmentos com necessidades diferentes é o caminho mais inteligente para aumentar a presença e a relevância dos produ-tos na vida dos consumidores”, constata Zilda Knoploch, antropóloga e professora de pesquisa de mercado do MBA Comunique-se. Para ela, a crescente importância da portabilidade no varejo mundial não impediu que as indústrias enxer-gassem as oportunidades que vicejam no outro lado do balcão. “Não se trata de um paradoxo, mas de uma ação muito inteligente”, avalia a professora, também sócia da Enfoque Pesquisa de Marketing, empresa que já fez pesquisa para a Associação Brasileira de Embalagem (Abre) sobre a preferência dos consumidores por emba-lagens fracionadas.

tamanhos grandes

lagens fracionadas.

+50%conteúdo

+62%preço

+8%preço/ml Na ponta do varejo,

Chamyto Big, que entrega 120 gramas por unidade, pode custar proporcionalmente mais caro do que a versão tradicional, de 80 gramas. Diferença no preço por mililitro é de 8%, numa demonstração de que nem sempre o fator economia é responsável por atrair o consumidor para os tamanhos grandes

FOTO

S:

STU

DIO

AG

-

AN

DR

É G

OD

OY

Page 24: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

24 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

No atual panorama do varejo brasileiro não faltam exemplos demonstrando a atração exer-cida pelos tamanhos grandes. Na maioria deles, o que se vê são estratégias bem sucedidas con-trariando padrões preexistentes. Essa é a história do Chamyto Big, versão do leite fermentado da Nestlé que vem alcançando sucesso em frascos plásticos com capacidade para 120 gramas. Os profissionais responsáveis pela marca percebe-ram que, dessa maneira, poderiam se diferenciar numa categoria composta apenas por embala-gens de 65 gramas a 80 gramas. A inovadora capacidade ajudou a linha a arregimentar segui-dores entre o público pré-adolescente, amplian-do o foco original na faixa etária infantil. Para alguns analistas, a cartada contribuiu ainda para acirrar a disputa entre Nestlé e Yakult pela lide-rança do setor, que em 2005 movimentou cerca de 340 milhões de reais (mais de 45 000 tonela-das), segundo dados da ACNilesen.

Giro RápidoOutro conhecido fator por trás da disseminação das versões big size é a economia oferecida ao consumidor. Ao entregar maior quantidade de produto por embalagem, as indústrias têm condições de trabalhar com preços proporcio-nalmente menores, compensando quedas nas margens com giro rápido na linha de produção. Veja-se o caso da Coca-Cola em garrafas PET de 3 litros. Com aspecto “super size”, pegando emprestada a expressão que designa os lanches gigantes típicos das cadeias de fast food ame-ricanas, essa garrafa oferece preço médio por litro de 1,20 real, contra 1,35 real calculado na

apresentação tradicional de 2 litros.Outro exemplo em que apresentações maio-

res permitem oferecer preço mais atraente pode ser visto no mercado de atomatados. Dona da marca Etti, a Hypermarcas acaba de lançar no setor o Salsaretti Especial em embalagem de vidro de 500 gramas fornecida pela Owens-Illinois do Brasil. Buscando disponibilizar um produto com qualidade similar à dos molhos importados, a empresa optou por um volume quase 50% maior que os tradicionais 340 gra-mas das latas de aço e potes de vidros standard usados na categoria.

“Com embalagens ideais para uma refeição familiar, esse produto alia qualidade premium a um preço muito atrativo”, ressalta Gabriela Garcia, diretora da unidade de negócios de alimentos da Hypermarcas. Com formato ligei-ramente sinuoso, os potes da linha Salsaretti Especial também chamam atenção pelo uso de rótulos termoencolhíveis produzidos pela Zanniello e dotados de amplas janelas de visu-alização. Metálicas e de rosca, as tampas do produto são da Rojek.

Porém, num paradoxo ao senso comum sobre porções maiores, as versões big size nem sempre oferecem economia ao consumi-dor. Nos exemplos coletados pela reportagem de EMBALAGEMMARCA em suas pesquisas de campo por supermercados de São Paulo, perce-beu-se que muitas vezes o custo de uma versão grande acaba sendo equivalente ao da apresenta-ção tradicional. No próprio caso do leite fermen-

+50%conteúdo

+33%preço

-11%preço/ml

No caso da Coca-Cola vendida em garrafa de PET de 3 litros, embalagem maior

proporciona economia de 11% no preço por

mililitro, na comparação com versão tradicional

de 2 litros

Hypermarcas aderiu a embalagens de vidro de meio quilo para recém-lançada linha Salsaretti Especial. Para aliar qualidade premium a preço competitivo, capacidade é quase 50% superior aos tradicionais 340 gramas das latas de aço e potes de vidro standard usados na categoria de molhos de tomate

Page 25: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

tado Chamyto, 40 gramas do produto chegam a custar mais caro na versão Big (31 centavos) do que a mesma quantidade vendida no tamanho convencional de 80 gramas (29 centavos). O cálculo foi feito com base no preço de cada uma das versões (5,64 reais e 3,52 reais) praticado numa das lojas do hipermercado Extra para a bandeja de seis unidades.

A ausência do benefício da economia indica que o fator conveniência pode estar se sobre-pondo em muitas das estratégias envolvendo grandes volumes. Ou seja, o consumidor nem sempre procura uma embalagem maior para pagar menos, mas por que ela de fato atende uma ou mais necessidades específicas.

Essa é a pedra de toque que não deveria passar em brancas nuvens para quem consi-dera lançar um produto em apresentação com volume maior. Afinal, ao mostrar valor pela via das embalagens expandidas, os fabricantes de bens de consumo são duplamente beneficia-dos. Primeiro porque conseguem vender mais. Depois porque podem fazê-lo sem diminuir suas margens de lucro.

Essa atraente equação aos poucos é con-quistada pela Ferrero do Brasil, que lançou seu tradicional creme de avelãs com cacau Nutella em embalagem de 350 gramas. Trata-se de quase o dobro da capacidade de 180 gramas que caracteriza as embalagens convencionais lança-das em 2005, quando a subsidiária da empresa italiana decidiu passar a fabricar o produto para o mercado brasileiro em sua indústria em Poços de Caldas (MG). Para isso, desenvolveu à época, em conjunto com a vidraria Nadir Figueiredo,

+94%conteúdo

+113%preço

+8%preço/g

Na pesquisa feita por EMBALAGEMMARCA, preço por grama do creme de avelã e cacau Nutella é 8% mais alto no copo maior, de 340 gramas

Page 26: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

26 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

um copo diferenciado, que após o consumo faz boa presença nas mesas dos consumidores para outros usos. Dotado de tampa branca de polie-tileno de baixa densidade (PEBD) selada com lacre termoencolhível de PVC, o copo conta com rótulo auto-adesivo impresso em quatro cores em papel couché, ocupando a metade superior da embalagem, que é lisa, enquanto a parte de baixo tem ornamentos.

Essa embalagem fez estrondoso sucesso na ocasião de seu lançamento, com pilhas de Nutella desaparecendo dos supermercados de um dia para o outro. Ao estendê-la a uma versão maior, também fornecida pela Nadir Figueiredo, a empresa busca repetir tal desempenho. Na ponta do varejo, percebe-se que o preço do copo de 350 gramas (9,30 reais) acaba equivalendo-se ao da versão de 180 gramas (4,50 reais), em mais um indicativo de que as apresentações maiores nem sempre exploram o apelo do preço.

“Acredito que a relação custo x benefício ainda seja o principal motivo para a escolha desse tipo de embalagem”, diz Mário Narita, fundador da Narita Design, grande agência de design de embalagem. “Mas o fator conveniên-cia também vem sendo levado em consideração em diferentes categorias. Comprando em maior quantidade você não precisa freqüentar o super-mercado tantas vezes”, conta, citando os exem-plos de papel higiênico e fraldas descartáveis.

Por outro lado, há segmentos em que é difícil entender os motivos que levam o consumidor a preferir tamanhos maiores. Veja-se o exemplo do mercado de cervejas. Quem recebe amigos em casa provavelmente conhece esse script de cor. Na hora de recolher as latinhas, nota-se que boa parte delas foi abandonada pela metade. Apesar disso, é difícil encontrar nas prateleiras da categoria embalagens menores, em teoria capazes de minimizar esse tipo de desperdício. Pelo contrário. Quem está ganhando fatias no setor é a lata de alumínio de 473ml.

O “latão”, como foi apelidado pelos apre-ciadores de Skol, primeira cerveja a adotá-lo no Brasil, foi nos últimos meses inserido no mix de embalagens de outras marcas, entre elas Brahma, Crystal e Itaipava. Tampouco nesse caso o benefício oferecido ao consumidor é o da economia. A Itaipava 473ml, por exemplo, custa nos supermercados cerca de 1,50 real, contra valor médio de 1,05 real da versão de 350ml. Fazendo-se os cálculos, chega-se à conclusão de que os preços são proporcionais.

+35%conteúdo

+43%preço

+6%preço/ml

+50%conteúdo

+44%preço

-4%preço/lata

+200%conteúdo

+169%preço

-10%preço/g

preço

Skol adere a multipacks de 18 unidades, explorando graficamente o menor custo por lata. Abaixo, cartucho de sabão em pó Ariel ao lado de pacote econômico: economia de

10% no preço por quilo

Novas marcas de cerveja aderem ao “latão” de 473ml. Para o consumidor, benefício não vem da economia, mas de uma apresentação apropriada a ocasiões específicas de consumo

Page 27: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

Em tempos de preocupações ambientais crescentes, produtos maiores também podem ser bem avaliados pelos consumidores à medida que ajudam a reduzir o consumo de materiais de acondicionamento, oferecendo mais quantidade acondicionada por unidade. Estaria aí outro fator favorável às versões big size, embora apenas pequena parcela dos brasileiros esteja disposta a pagar mais por produtos ambientalmente sus-tentáveis.

Numa outra linha de interpretação, também contam pontos a favor das versões big size a cultura brasileira de abundância. Para alguns, a fartura à mesa contrabalanceia a falta de pers-pectiva de segmentos sociais de menor renda, que vêem na opulência a possibilidade de uma compensação momentânea.

Afora os motivos, para a indústria de emba-lagem a proliferação de volumes maiores é sem dúvida mais uma tendência do varejo com bom potencial de geração de negócios. E mesmo que esse movimento não seja tão celebrado quanto o da portabilidade e o das porções reduzidas, é aconselhável acompanhá-lo de perto, com gran-des doses de atenção. (LH)

+67%conteúdo

+66%preço

+0%preço/g

CAIXA DE 500g EM RELAÇÃO À DE 300g

+46%conteúdo

+36%preço

-7%preço/g

CAIXA DE 730g EM RELAÇÃO À DE 500g

+46%

+50%conteúdo

+44%preço

-7%preço/g

CAIXA DE 730g EM RELAÇÃO À DE 300g

No segmento de cereais matinais, Kellogg’s aposta em diversificação de volumes. Conforme tamanhos aumentam, preço por grama cai

Page 28: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

28 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Coniexpress lança no país a primeira linha de vegetais sólidos em caixinha

inônimo de embalagem para líqui-dos e cremes, as caixinhas longa vida finalmente chegam ao merca-do brasileiro de alimentos sólidos.

Cerca de um ano depois de apresentadas ao mercado local pela Tetra Pak, as embalagens Tetra Recart passam a acondicionar vegetais produzidos por aqui. A novidade chega com os produtos da Quero, marca da fabricante de ali-mentos Coniexpress.

A Tetra Recart é uma embalagem cartonada asséptica retortable, ou seja, é capaz de supor-tar, após seu enchimento, a esterilização do conteúdo por autoclave, sob altas temperaturas. As paredes da caixa são compostas por nove camadas intercaladas de papel cartão, folha de alumínio e polietileno. Esse tipo de recipiente garante vida de prateleira de até dois anos ao seu conteúdo. É uma quebra de paradigma: anterior-mente, só vidros e latas podiam ser autoclavados. “Atualmente, poucas empresas no mundo dis-põem desta tecnologia”, diz Gilson Luiz Brunelli dos Santos, Superintendente da Coniexpress. “Nossa marca é hoje a única no hemisfério Sul que, além das latas e dos vidros, pode oferecer ao consumidor esta nova embalagem.”

Abre-fácilOutro diferencial da embalagem é a facilidade de abertura, pois a caixinha possui um semicorte a laser que permite ao consumidor abri-la sem necessidade de objetos cortantes, como faca ou

Quebra de paradigma

S

materiais >>> cartonadas

tesoura. Essa novidade é devidamente explorada na comunicação da Coniexpress, que apelidou a embalagem de “Caixinha Puxou, Abriu!”, mote também utilizado nas campanhas publicitárias. O visual da linha foi desenvolvido pela Seragini Farné.

As caixinhas com 200 gramas acondicionam ervilha, milho, seleta de legumes e ervilha e milho. A Coniexpress acredita que com este lan-çamento a participação da marca Quero crescerá no mercado, mas não faz estimativas de volumes. A Tetra Recart é importada pela Tetra Pak, e por enquanto não há previsão para que a produção seja feita por aqui.

A tecnologia Tetra Recart só está disponí-vel em mais quatro países do mundo: França, México, Espanha e Tailândia (FP).

PROTEÇÃOParede com nove

camadas intercaladas permite autoclave e

garante maior vida de prateleira

DIV

ULG

AÇÃO

Seragini Farné(11) 2101-4300www.seraginifarne.com

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

PUXOU, ABRIUSemicorte a laser permite abertura da caixinha sem

uso de utensílios

Page 29: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 30: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

30 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Novelis comemora vendas...A Novelis do Brasil (antiga divisão de laminados de alumínio da Alcan) fe-chou 2006 com vendas totais de US$ 863 milhões, resultado 37% superior ao registrado no ano anterior (US$ 630 milhões). Um dos fatores que impulsionou o aumento das vendas foi o crescimento de cerca de 10% do mercado brasileiro de latas de alumínio.

...e aniversário de fábricaPor falar na Novelis, a fábrica da empresa em Pindamonhangaba (SP) completou em abril trinta anos. O complexo, que fabrica chapas e bobi-nas de alumínio e abriga um centro de reciclagem, é uma das mais avança-das unidades da empresa no mundo.

Papelão em altaAs vendas de papelão ondulado fo-ram de 199 100 toneladas em março, crescimento de 6,2 % em relação ao mesmo mês de 2006 (187 500 toneladas). O setor acumula vendas de 543 50 toneladas no primeiro tri-mestre, volume 3,3 % superior ao do mesmo período do ano passado, de acordo com a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO).

Ouviu-se da IpirangaO Conselho de Administração da Ipi-ranga Petroquímica elegeu Roberto Lopes Pontes Simões como presiden-te do Conselho e Maurício Roberto Carvalho Ferro como vice-presidente.O Conselho nomeou Roberto Bischoff novo diretor superintendente da Ipi-ranga Petroquímica, em substituição a Alfredo Tellechea, que foi designado para a superintendência da Copesul.

Associada caçulaA Henkel, fornecedora de adesivos, selantes e produtos para tratamen-to de superfície para os fabricantes brasileiros de latas de alumínio, é a mais nova associada da Abralatas. A empresa de origem alemã está no Brasil desde 1955 e conta com 680 funcionários, atuando em instalações industriais em Jacareí, Diadema e Ita-pevi, no Estado de São Paulo.

Edição: Guilherme Kamio

Já adotado pelas embalagens de diversas indústrias mundo afora, o ácido polilactídeo (PLA), alternativa aos plásticos convencionais derivada do milho, transformou-se em inimigo figadal das empresas americanas de triagem e reciclagem. Elas vêem o material, compostável e de rápida degradação, como ameaça ao seu negócio. Alegam também que garrafas da resina ecológica, descartadas como embalagens comuns, têm compro-metido processos de reciclagem de PET. Coalizões de recicladores teriam até chegado a exigir da NatureWorks

LLC, a fabricante do PLA, a inter-rupção do fornecimento do material. Segundo publicações americanas, a NatureWorks, por sua vez, teria garan-tido incentivar a coleta específica do produto pós-consumo e uma campa-nha sugerindo a criação de garrafas com formatos distintos daqueles comumente usados pelo PET.Em que pese tal capítulo, que eviden-cia como ainda não há solução rápida para políticas sustentáveis de embala-gem, resinas derivadas do milho con-tinuam em alta nos Estados Unidos. Joint-venture entre a especializada em biociência Metabolix e a Archer Daniels Midland (ADM), da área de biocombustível, a Telles anunciou em abril que lançará sua própria família de bioplásticos de milho, o Mirel. A produ-ção começará em 2008, com 50 000 toneladas anuais. O Mirel pode originar peças injetadas e termoformadas e filmes por extrusão cast ou blown.

Entre tapas e beijosResina de milho é alvo de protestos, mas mantém alta lá fora

A Associação Brasileira dos Produ-tores de Fibras Poliolefínicas (Afipol) lançou a primeira edição de seu Manual de Segurança de Contento-res Flexíveis. “A proposta é garantir aos fabricantes e usuários de FIBC (flexible intermediate bulk containers), mais conhecidos no Brasil como contentores flexíveis ou big bags, uma literatura de apoio para o dia-a-dia”, diz Noritaka Yano, empresário e diretor da entidade. O Manual conta a história e des-creve o FIBC, abordan-do vantagens, tipos, dicas para a escolha e recomendações

de uso. Um capítulo mostra dezoito fabricantes brasileiros de FIBC e as onze empresas produtoras dos teci-dos para a sua fabricação. Em 2006 foram produzidas 8,8 milhões dessas embalagens no país, um aumento de 8% em relação a 2005. Não-asso-ciados da Afipol que se interessarem pelo Manual devem contatar a enti-dade, pelo fone (11) 3253-7232 ou

pelo e-mail [email protected]. Em tempo: Eli Kattan, da Zaraplast,

foi reeleito presidente da Afipol e comandará a

entidade até 2009.

Catecismo sobre FIBCsAfipol lança manual sobre contentores flexíveis

literatura de apoio para o dia-a-dia”, diz Noritaka Yano, empresário e diretor da entidade. O Manual conta a história e des-creve o FIBC, abordan-

dade, pelo fone (11) 3253-7232 ou pelo e-mail afipol@afipol.

com.br. Em tempo: Eli Kattan, da Zaraplast,

foi reeleito presidente da Afipol e comandará a

entidade até 2009.

Manual: para usuários e fabricantes

Garrafas de PLA: Estorvo para recicladores

Page 31: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 32: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

32 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

A Embala Minas, primeira feira de embalagens realizada no Estado de Minas Gerais, de 10 a 12 de abril último, foi encerrada com saldo posi-tivo em vários sentidos: segundo o coordenador do evento, André José Mozetic, da empresa organizadora, a Greenfield, a projeção para o volume de negócios gerados, de 350 milhões de reais, foi superada em 5%, e7 200 pessoas visitaram os 160 estandes montados no Expominas, em Belo Horizonte, durante os três dias de funcionamento da feira.Esses números de certa forma indi-cam que a Embala Minas já nasce consolidada. Porém, mais do que eles em si, é significativo o refor-ço que trazem ao argumento de especialistas segundo os quais a regionalização é o caminho para as feiras especializadas. Como observa Mozetic, 60% dos visitantes e dos expositores da Embala Minas eram oriundos da região metropolitana de Belo Horizonte, 20% do interior do Estado e 10% de São Paulo, sendo o restante de outros Estados. O fato é que, embora talvez não venham a se destacar pelo lança-mento de grandes novidades na área de embalagem, papel em geral reser-vado para as feiras de grande porte nacionais e estrangeiras, os eventos localizados têm a vantagem de atrair e aproximar empresas regionais que não têm porte para expor em eventos maiores ou mesmo para visitá-los se estão distantes e implicam despesas significativas. De resto, a dimensão do êxito da Embala Minas é dada por uma informação liberada por Luís Fer-nando Pereira, diretor da Greenfield: para a próxima edição a empresa já reservou espaço de um pavilhão adi-cional ao utilizado nesta primeira vez.

Embala Minas começa bem

Estréia consolidada

Brasil e Índia são economias emer-gentes que, apesar da pouca ligação histórica e cultural, abrigam empresas com o comum desafio de espargir vendas entre uma majoritária popu-lação de baixa renda – e podem enfrentá-lo com estratégias pareci-das. É essa a opinião de Arup Kumar Sengupta, consultor indiano ligado ao ITC (International Trade Centre), ao UNCTAD (United Nations Con-ference on Trade and Development) e ao WTO (World Trade Organization), que palestrou num evento realizado em abril pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre). Para o guru, empresas têm nas embalagens plásticas flexíveis aliadas valorosas para difundir vendas na cha-mada base da pirâmide social, espe-cialmente pela facilidade de produção de volumes reduzidos dessas emba-

lagens – sachês, refis e portion packs em geral. É o que já notou a Unilever, onde Sengupta trabalhou por mais de vinte anos. Na Índia, a multinacional já tem produtos, de alimentos a xampus e sabão em pó, em pequenos envol-

tórios. A palestra, porém, não se limitou às estratégias para fisgar o consumidor de poucas benes-ses. O consultor apresentou também embalagens indianas com apelo premium,

lembrando que as classes mais ricas na Índia equivalem a um Brasil, com 200 milhões de pessoas. “Aliar qualidade japonesa com preço indiano”, segundo o guru, é o mantra em voga na Índia quando se fala em tendências em embalagem. “Com criatividade é possível modificar equi-pamentos, adaptar conceitos e tecno-logias e desenvolver embalagens efi-cazes e econômicas”, disse Sengupta.

Índia pode ser espelho para BrasilConsultor dá dicas de como adequar produtos à baixa renda

das. É essa a opinião

tórios. A palestra, porém, não se limitou às estratégias para fisgar o consumidor de poucas benes-ses. O consultor apresentou também embalagens indianas

Balanços consolidados, o ano de 2006 não foi florido para as embalagens de aço. Este ano promete ser melhor, segundo Elio Ceppolina, vice-presidente da Associação Brasileira da Embala-gem de Aço (Abeaço). Cepollina fala do desempenho do exercício passado e das expectativas para 2007, em entrevis-ta condensada da original recém-publi-cada no informativo Abeaço Notícias.

Como foi 2006 para o mercado nacional de embalagens de aço?Se considerarmos o volume de matéria-prima expedido e ponderando que no período houve geral redução de espes-sura, podemos inferir que o ano acom-panhou o crescimento do PIB nacional.

Em quais mercados o aço ganhou espa-ço em 2006?Os gêneros alimentícios representaram cerca de 70% do consumo de laminado para embalagens, sendo os restantes 30% para produtos químicos (tintas, vernizes e solventes), aerossóis e tampas para vidro (cerveja, refrigerante e con-servas).

Que novidades de mercado podem ser esperadas para o próximo ano?Há novos grandes investimentos desti-nados à produção de latas com forma-tos diferentes dos atuais, aumento de velocidade na produção e novos proces-sos litográficos. Encaramos 2007 com confiança.

Não foi bom, mas vai melhorarApós um ano nublado, setor de aço mantém otimismo

Segupta: portion packs são efetivas

Embala Minas começa bem

consolidada

Page 33: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 34: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 35: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 36: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

36 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Lindoya estréia uma tampa que facilita uso e outra que poupa material

Lindoya Verão versão sport-bottle estréia no Brasil o uso da tampa esportiva Thumb’Up, da Bericap do Brasil. Lançado concomitan-temente na Europa e nos Estados Unidos há

dois anos, esse modelo foi especialmente desenhado para o consumo “on-the-go”, permitindo ao usuário abrir e fechar a tampa com apenas uma das mãos.

A Thumb’Up tem desenho ergonômico e a sobre-tampa permanece unida ao corpo da tampa após a aber-tura. Assim, nenhuma parte da embalagem é descartada (por isso a tampa é também chamada de “ecológica” pelo fabricante). O sistema de fechamento dispensa selo de alumínio, pois conta com duplo sistema de lacre junto ao anel da pré-forma, além de lacre na sobretam-pa. O fluxo da bebida através do orifício foi otimizado, não sendo necessário que o usuário sugue o líquido de dentro da garrafa.

Outra novidade nas garrafas de Lindoya Verão é a tampa Bericap Hexacap 26,7 milímetros. O sistema proporciona economia de 1,7 grama de resina PET no gargalo da pré-forma em comparação ao gargalo PCO 28 milímetros, utilizado anteriormente. A tampa ofere-ce mecanismo anti-sabotagem: o ângulo de rompimento do lacre externo é menor que o ângulo de perda de sela-gem, e uma possível manipulação da água é facilmente detectável pelo consumidor. (FP)

Esportivas e econômicas

A

fechamentos >>> águas

FOTO

S:D

IVU

LGAÇÃO

Bericap do Brasil (15) 3235 4500www.bericap.com

ECONOMIARedução do gargalo resulta em economia de resina

PRATICIDADENova tampa da Lindoya

pode ser aberta com apenas uma das mãos

e sobretampa não é descartada

Page 37: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 38: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

38 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Estratégica nas vendas e também nas compras

entrevista >>> Gilmar Vaccas

otor de vendas e poderosa mídia de divul-gação para as marcas de bens não-durá-veis, a embalagem passa a receber trata-mento vip em número cada vez maior de indústrias. Com isso, vai ficando para trás

o tempo em que se delegava sua administração, como insumo, a meros fiscais de preços. Embora o custo seja um componente fundamental, o responsável pela aquisição de embalagens nas empresas deixa de ser comprador para se tornar analista de suprimentos – um profissional mais versátil e de cabeça aberta, que, sem se bitolar em planilhas e na HP, acompanha o mercado do fornecedor, monitora a macroeconomia e conhece tecnologias produtivas dos insumos que adquire. Titã em alimentos e bebidas, a Pepsico é uma das fiadoras dessa mudança no perfil do comprador. As crescentes importações de embalagens flexíveis feitas pela empre-sa, para o acondicionamento de salgadinhos e pescados, entre outros itens, são exemplos de como o trabalho dos analistas vem causando impacto na empresa.Responsável na Pepsico pelas aquisições de embala-gens e de alguns outros insumos, como aromas, Gilmar Vaccas aborda nesta entrevista as transformações do gerenciamento de suprimentos, com a autoridade de quem está no ramo (e na mesma empresa) há quase trinta anos, e do mercado fornecedor, que enfrenta turbulências e o desafio de se adaptar à realidade da globalização.

Na Pepsico, o senhor não somente cuida de aquisições de embalagens, mas também de outros insumos produti-vos, como aromas, e provavelmente tem intimidade com a administração de outros tipos de suprimentos fabris.

O gerenciamento de embalagens difere muito daqueles de outros insumos?Não. Basicamente a rotina, os métodos e os desafios são os mesmos. Gerenciar a aquisição de commodities ou de embalagens envolve atenção e é uma função estratégica para a empresa.

Presente em diversos mercados, possuindo um vasto portfólio, a Pepsico acondiciona produtos de diversas formas. É possível listar todos os tipos de embalagens consumidos pela empresa no Brasil?Utilizamos um vasto sortimento de embalagens na Pepsico. Consumimos cartuchos de papel cartão para linha de aveia, sacos de papel do tipo SOS para as linhas Milharina e Polentina e cartonadas assépticas da Tetra Pak para o acondicionamento dos nossos achocolatados. Há as embalagens de aço para pescados. Utilizamos também embalagens plásticas sopradas e injetadas. Nosso maior consumo, porém, é de embalagens plás-ticas flexíveis. Nesse campo, se não estou enganado, 95% das embalagens são de BOPP/BOPP. Somos con-sumidores de outras estruturas, como as dos retortable pouches, embalagens de BOPP/PP, mas não saímos muito desse perfil. Isso tudo sem falar nas embalagens secundárias de papelão ondulado.

A Pepsico é uma das empresas que vêm adquirindo no exterior determinadas embalagens, especialmente plás-ticas flexíveis, para comercializar produtos no Brasil. As importações devem-se exclusivamente a questões de custo ou aspectos tecnológicos e de oferta dos fornece-dores locais também vêm pesando?O Brasil tem um parque fabril de embalagens de pri-

Maior competitividade, globalização e turbulências no

fornecimento exigem das indústrias atenção extrema

na administração das embalagens como insumo.

Gerente de suprimentos da Pepsico explica por quê

DIV

ULG

AÇÃO

M

Page 39: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 40: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

40 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

meiro mundo, capacitado a produzir qualquer coisa. Os fornecedores locais dominam tecnologias de ponta, têm investido em maquinário e realizam trabalhos que são verdadeiras obras de arte. Só que, em função do real supervalorizado, muitos deles deixaram de ser compe-titivos dentro de seu próprio país. É uma situação deli-cada – e vale lembrar que já há quem diga que o dólar deverá atingir taxas ainda mais baixas... O motivo das importações de embalagens é o custo. No caso das embalagens plásticas flexíveis, a Pepsico, como grande consumi-dora, não pode ignorar oportuni-dades de preço. Insuficiência de oferta ou de tecnologia só ocorre em casos pontuais. No ano passa-do começamos a importar o retor-table pouch (embalagem flexível de alta barreira, capaz de suportar esterilização em autoclave e pro-pícia para alimentos sensíveis e de alta acidez) para pescados. Essa embalagem ainda não deslanchou no Brasil mais por desinteresse da indústria, e nem tanto por falta de capacidade dos fornecedores.

Nos possíveis casos em que as embalagens são adquiridas lá fora devido ao preço, é possível dar exemplos de diferenças de preços entre embalagens de fornecedores estrangeiros e suas alternativas nacionais?Em média, o mercado externo leva uma vantagem em torno de 15% a 20% frente ao mercado local. E olha que, dependendo da situação, essa estimativa pode ser até conservadora. As bases de cálculo desses ganhos potenciais são os fornecedores do Mercosul, dos países andinos, porque ainda não calculamos sobre preços europeus ou americanos. Uma coisa importante a ser ressaltada é que, devido ao patamar cambial e às polí-ticas de impostos, o contrário também pode aconte-cer. Se fabricantes brasileiros de embalagens plásticas decidirem exportar, importando matéria-prima com o câmbio atual e o drawback (regime aduaneiro especial que suspende ou elimina a tributação sobre insumos importados para utilização em produtos de exportação), eles poderão praticar preços atraentes.

Numa pergunta que resume algumas queixas que temos ouvido de fornecedores de embalagens plásticas flexí-veis, a política de exportar resinas a preços mundiais,

com preços mais baixos que os praticados internamente – os quais embutiriam o ônus da proteção à resina nacional –, não acaba tirando a competitividade de todos os elos da cadeia?Olhando de forma isenta, apenas narrando o que vejo, sem carregar a bandeira dos convertedores, com quem tenho mais contato, é claro que o favorecimento às

exportações de matéria-prima em detrimento do mercado interno cria uma distorção. A prática de preços diferenciados lá fora acaba resultando numa dificuldade de competitividade aqui. Se o custo produtivo de uma determinada embalagem plástica é composto por, digamos, 60% de material e 40% de mão-de-obra, e esses 60% estão engessados, o convertedor só pode cortar da mão-de-obra. Pode-se abrir caminho para um círculo nada virtuoso com mais desemprego e queda de consumo, o que é ruim em sentido amplo.

Pelo que o senhor acompanha do mercado, há soluções viáveis para essa distorção?Claro que a promoção de con-dições mais iguais seria uma maneira de minimizar a distor-ção. Para ser franco, porém, ao mesmo tempo não sei se a situa-ção é justificável sob o ponto de vista da globalização econômica.

Pergunto: se os fabricantes de embalagens tivessem a oportunidade de importar matéria-prima com sólidas vantagens competitivas, eles não o fariam? O momento que eles atravessam é difícil, mas confio neles e acredito que serão encontradas saídas para manter a atratividade de seus mercados. Veja o que acaba de acontecer, com o governo se sensibilizando e intervindo para estimular os mercados de calçados e de confecção. Penso que todo mundo ainda está tentando se acostumar a lidar com a realidade da globalização econômica. Mas não há dúvida de uma coisa: insumos com custos mais baixos favorecem produtos mais competitivos, que atraem con-sumidores. Mais consumo gera ganhos de escala com custos mais baixos e assim, em encadeamento, cria-se um cenário bom para todos.

A Pepsico inaugurou no ano passado uma fábrica de salgadinhos no Nordeste, e lá utiliza as mesmas emba-lagens de suas fábricas do Sudeste, fornecidas pelos

entrevista >>> Gilmar Vaccas

“O motivo das nossas

importações de embala-

gens é o custo. Os forne-

cedores brasileiros estão

capacitados a produzir

qualquer tipo de embala-

gem, mas deixaram de ser

competitivos em função

do real supervalorizado.

O mercado externo nos

oferece vantagens de 15%

a 20% em preços”

Page 41: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 42: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

42 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

mesmos convertedores. Essa estratégia não afeta a competitividade dos produtos? Não. A fábrica de Recife é focada somente em sal-gadinhos extrusados, aqueles fritos, como Cheetos e Fandangos, e ainda tem baixo volume de produção. O ganho de escala, ou, como costumamos dizer, o ganho com alavancagem de volume que obtemos nas compras no Sudeste viabiliza o uso das mesmas embalagens no Nordeste. A Pepsico possui frota própria de transporte, e isso facilita o abastecimento da unidade pernam-bucana. Claro que, dependendo da conjuntura futura, essa política pode se alterar. Estamos atentos aos movimentos do mercado. O Porto de Suape, próximo da nossa fábrica nordestina, pode ser uma boa opção de importação, seja de produto acabado ou de matéria-prima. Além disso, há um inves-timento crescente de fornecedores de embalagens naquela região. Um importante fornecedor, inclusive, é nosso vizinho. Isso nos leva a imaginar que Suape também possa ser utilizado por essas empresas como vantagem competitiva, na obtenção de insumos importados de embalagens.

Não é raro ouvirmos casos em que compradores são taxados por profissionais de marketing como barreiras, inibindo inovações em favor do balanço orçamentário da empresa, e casos em que compradores vêem homens de marketing como delirantes, idealiza-dores de projetos fantásticos na teoria, porém inexeqüí-veis. Dá para conciliar os interesses das duas partes em projetos de embalagens?Balancear os interesses de todos é fundamental para se atingir o interesse maior, que é o resultado da empresa. Não deveria haver conflitos em indústrias com visão abrangente, mas é claro que isso é uma situação ideal. Nem sempre a harmonia acontece, mas não se podem priorizar resultados compartimentados em detrimento dos resultados comuns. Creio que o compartilhamento de conhecimentos, de expertises, pode ajudar a evitar a formação de ilhas de excelência e contribuir para o resultado sistêmico. Temos, na Pepsico, um depar-tamento de Inovação bastante atuante, que facilita a integração entre Marketing e Suprimentos nos projetos. Costumamos realizar reuniões trimestrais de planeja-

mento estratégico com todos os departamentos, nas quais discutimos as mais variadas questões. As decisões são compartilhadas e cada departamento fica a par das necessidades e das iniciativas dos outros.

Alguns anos atrás eram ruidosos os vaticínios de que modalidades como o e-procurement e os leilões rever-

sos transformariam a gerência de suprimentos das indústrias, aba-lando significativamente ou até extinguindo os modelos tradicio-nais de negócio. As previsões se confirmaram? Aliás, que impactos a internet trouxe ao trabalho do gerente de suprimentos, especial-mente nas compras de embala-gens?O e-procurement, os leilões rever-sos e outras formas de operação se difundiram de forma positiva e têm ajudado o profissional de suprimentos, mas para nós elas funcionam como ferramentas com-plementares, não afastam as nego-ciações tradicionais. Houve expec-tativas exageradas sobre a adoção dessas ferramentas, assim como houve exagero nas previsões sobre muita coisa atrelada à internet. A internet nos ajuda muito, da mesma forma que vem facilitando a comu-nicação e o acesso a informações para qualquer profissional. É raro haver fornecedores de embalagens,

por exemplo, que ofereçam sistemas de tracking (ras-treamento de pedidos). A meu ver, todas as ferramentas devem ser utilizadas de maneira inteligente, de acordo com a estratégia da empresa, e sem exagero. Em itens estratégicos, como embalagens, costumamos operar com muita atenção e cuidado. Já insumos não-estratégicos podem ser obtidos via leilão reverso, tranqüilamente. Há um barulho exagerado sobre tendências de negócio, e não acredito em empresas que a elas aderem por modismo.

Soubemos que o departamento de suprimentos da Pepsico passou por uma modernização há cerca de dois anos. O que mudou?Contratamos uma consultoria, e ela redesenhou toda a área de suprimentos, nos ajudando a definir uma metodologia de trabalho eficiente ao máximo. Adotamos novos esque-mas de supply chain, e algumas barreiras departamentais foram quebradas. A partir desse programa, oportunidades de melhoria foram levantadas, segregamos funções e

entrevista >>> Gilmar Vaccas

“A figura do comprador de

embalagens está dando

lugar ao do analista de

suprimentos preparado,

que entende a conjuntura

econômica, as cadeias

de valor e a produção do

insumo do qual é res-

ponsável. Ele tem que se

antecipar aos movimen-

tos e às tendências do

mercado ”

Page 43: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

maio 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 43

decidimos que os analistas da área passariam a trabalhar de forma sistêmica. Também investimos em treinamento. Hoje atuamos de modo mais otimizado, focando sempre os ganhos de produtividade. Com a implantação desse programa obtivemos, já no primeiro ano, ganhos signi-ficativos de produtividade e em processos. Na área de embalagens, por exemplo, conseguimos obter uma econo-mia de 5% na aquisição de embalagens de papelão.

A Pepsico possui um programa nacional de certificação de fornecedores de embalagens?Essa pergunta ocorre num momento interessante, pois estamos desenhando agora um programa de certificação e qualificação de fornecedores. O programa é amplo e não se atém aos fornecedores de embalagens. Busca atingir outros insumos também. Já começamos a promover reu-niões regionais para a apresentação do programa.

De modo geral o profissional de suprimentos tem procu-rado se qualificar, para conseguir entender como funcio-na a cadeia e os produtos com os quais trabalha, e não se limitar a ser um comparador de preços?Sim, e esse é um tema sobre o qual gosto de falar. A figura do comprador não existe mais na Pepsico e numa série de empresas. O comprador está dando lugar ao analista de suprimentos, o que não é mero eufemismo. Foi-se o tempo em que o profissional de compras era uma pessoa de con-fiança do presidente da empresa, um amigo ou parente. O analista de suprimentos que o mercado progressivamente passa a requisitar tem de entender a conjuntura econômi-ca, as cadeias de valor e a produção do insumo do qual é responsável. Os analistas de suprimentos da Pepsico, por exemplo, têm como rotina diária a busca de dados em internet, jornais, revistas e outros meios de informação. Buscamos nos antecipar aos movimentos e às tendências de mercado. Uma coisa que constato é que a informação, por si só, dificilmente pode ser transformada em vanta-gem competitiva. O que faz toda a diferença é a análise das informações.

O senhor pode dar um exemplo?Lembra-se da crise da vaca louca? Naquela época, quando estourou o noticiário sobre a crise, apenas algumas pou-cas pessoas sacaram que a epidemia causaria uma alta no preço do milho. Muitos não entenderam aquela previsão. Mas o raciocínio é claro. Acontece que, sem carne verme-lha, há um maior consumo de frango. O milho é alimento básico do frango, e a lei de oferta e procura naturalmente inflaria o preço do milho. É esse tipo de ilação que o analista de suprimentos deve fazer para estar sempre um passo adiante, para ser estratégico para a empresa. No fim das contas, uma empresa que não compra bem não pode vender bem. (GK)

Page 44: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

44 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Fábricas brasileiras de bases para auto-adesivos se instalarão no exterior

e olho nos mercados emer-gentes da América Latina, principalmente do Mercosul, os produtores brasileiros de

bases para rótulos auto-adesivos têm pla-nos de expandir seus negócios. Flexcoat, Colacril, Braga e Gumtac movimentam-se, de um lado, para lançar cabeças de ponte em países vizinhos, de outro para fortalecer sua infra-estrutura na retaguarda brasileira, de onde pretendem exportar cada vez mais.

O fato é que o Brasil se situa geo-graficamente numa área de economia de certa forma estagnada, mas com poten-cial promissor. Há segmentos na região que se destacam por terem percentuais projetados de crescimento próximos a duas casas decimais em futuro distante. Para o futuro imediato, o Brasil destoa, ao lado do Chile e um pouco atrás do Peru, do quadro de desaceleração de crescimento esperado para 2007. O Fundo Monetário Internacional prevê que o país crescerá 4,4% este ano, acima da média de 4,1% entre 2004 e 2006.

Dado o passo medíocre do último decênio, o número já seria bom para o conjunto da economia, mas é especial-mente animador no caso do setor de rótulos auto-adesivos: diferentes esti-mativas apontam para aumentos de nada menos de 15% ao ano para esse sistema de decoração de embalagens na região.

Assim, mesmo com todos os pro-blemas políticos e sociais sofridos pelos países da América Latina, o consumo

De locais a globais

Dem geral vem se sofisticando, e os con-sumidores, com a abertura dos mercados e a possibilidade de comparar produtos, tornam-se mais exigentes. O câmbio desfavorável às exportações possivel-mente contribui de alguma forma para a postura dos fornecedores de bases de investir externamente. Para os conver-tedores de rótulos, especializar-se para atender à demanda de gosto mais apu-rado é, mais do que uma necessidade, uma ótima oportunidade de crescer – e ninguém perde tempo. Veja a seguir os principais movimentos de fabricantes de bases com vistas ao promissor cresci-mento do mercado de auto-adesivos.

Flexcoat já começouDiretores da Flexcoat Produtos Adesivos, companhia de capital 100% nacional com sede em Louveira (SP), foram à Argentina em abril e anunciaram a ins-talação de uma planta para a produção de substratos laminados auto-adesivos naquele país. Foi assinada a escritura de compra de um terreno de 24 000 metros quadrados e, “numa primeira fase”, o contrato de construção de uma fábrica de 5 000 metros quadrados.

A empresa, que deverá chamar-se Flexcoat Argentina, ficará estrategi-camente situada em Campana, cidade portuária do Rio da Prata a 70 quilôme-tros de Buenos Aires, e em plena Rota Panamericana. O investimento total na Argentina será de 20 milhões de dólares, dos quais parte substancial será destina-

da à aquisição de uma laminadora com boca de saída superior a 2 metros de lar-gura. A largura desse coater é a principal diferença do instalado na fábrica de Louveira, um moderno BMB suíço-ale-mão com capacidade de produção de 72 milhões de metros quadrados de bases auto-adesivas por ano. A fábrica deve entrar em operação já em 2008.

Focada na produção para o mercado de sinalização, a nova planta deverá complementar a linha de bases para eti-quetas e rótulos auto-adesivos da fábrica brasileira. Isso dará maior flexibilidade de atendimento à empresa e boas pers-pectivas de vendas, na medida em que, segundo seus executivos, oferecerá um leque de especialidades cuja demanda não é plenamente atendida na região.

Conforme os diretores da Flexcoat, “a expertise da empresa na produção de laminados foi adquirida em trinta anos no mercado como convertedo-ra de rótulos auto-adesivos”. Eles se referem à atuação como proprietários da Prodesmaq, vendida à canadense CCL Label há dois anos, pouco antes da fundação da Flexcoat. Esta, segundo seus executivos, “parte para um patamar internacional, depois de se consolidar como provededora de laminados no Brasil”.

Colacril: “maior da região”De capital totalmente brasileiro, a Colacril – Auto-adesivos Paraná, plane-ja investir cerca de 30 milhões de dóla-

Page 45: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

maio 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 45

res para ampliar sua capacidade pro-dutiva e sua abrangência de atuação. A partir de sua fábrica em Campo Mourão (PR) e de um centro de distribuição em São Paulo, a empresa já opera em todo o Brasil e em trinta outros países, da Europa e das Américas. Mas, segundo seu diretor presidente, Valdir Arjona Gaspar, quer ir muito além.

Enquanto vai inaugurando distri-buidoras lá fora, a empresa programou investir ainda este ano cerca de 10 milhões de dólares em equipamentos, dentre os quais se destaca uma nova laminadora, de origem européia, seme-lhante à Bachofer + BMeier Ag Bülach instalada em Campo Mourão. Naquele valor não está incluída a construção do novo prédio, que abrigará também máquinas de acabamento. A previsão é de que a nova unidade da Colacril estará em condições operacionais ainda no final de 2007 ou no início de 2008.

Outro investimento, maior que o programado para o Brasil, será feito em curto prazo num país da América Latina a ser definido por estudos que estão sob responsabilidade de um grupo de con-sultores. A aplicação, estimada entre 15 e 20 milhões de dólares (somando por-tanto 25 ou 30 milhões), inclui a aquisi-ção de um coater, também europeu, para fornecer bases auto-adesivas para países da América do Sul, da América Central

e de “um pedaço da América do Norte”, nas palavras de Valdir A. Gaspar.

O empresário destaca que, além de vir a ser “a maior laminadora em ope-ração na região, com 2,10m de boca de saída, a nova laminadora terá algu-mas características que diferenciarão os produtos”. Ele cita especificamente a possibilidade de aplicação de primer e topcoating em linha, ou seja, de reves-timento duplo do papel ou do filme, de modo a dar melhor ancoragem da tinta na impressão do substrato.

Investimentos locaisEnquanto algumas empresas edificam filiais além fronteiras, dois outros fabri-cantes brasileiros, a Braga Produtos Adesivos, de Hortolândia (SP), e a Gumtac, do Rio de Janeiro, investem no aumento da produção internamente e na melhora da qualidade de seus lami-nados. Embora não tenham planos ime-diatos de implantação de fábricas fora do país, em suas estratégias procuram também atingir mercados no exterior.

A Braga tinha programado para o início de maio o começo de operação de um novo coater de 1,5 metro de saída e de um novo laboratório, ambos resultado de investimentos iniciados há um ano e meio. “O objetivo é aten-der os mercados nacional, da América do Sul e da América Central, onde

já temos uma boa participação”, diz Fábio Braga, gerente de marketing da empresa. Segundo ele, “mesmo com a situação cambial desfavorável, a com-panhia mantém os clientes que já vêm comprando e se mantêm fiéis, apostan-do no futuro. Com isso, muitos novos negócios têm aparecido, devido a essa boa repercussão do produto lá fora”.

A Gumtac, que integra com a Pimaco um dos grupos mais tradicionais no campo de auto-adesivos no Brasil e recentemente adquirida pela francesa BIC, não tem previsão de investimentos fora do Brasil. Mas, segundo Vicente Avellar, gerente de operações da empre-sa, em breve iniciará o envio de produtos para convertedores que fornecem à BIC no exterior. Para isso, está em processo de adaptação dos materiais auto-adesi-vos às especificações dos franceses.

De acordo com Avellar, a Gumtac oferece “custos melhores do que os de materiais lá fora, e naturalmente a BIC tem interesse em identificar o que lhe é favorável nesse campo e em ganho de produtividade”. Para o executivo, isso abre campo para a exportação de produ-tos a um grande número de países. A Avery Dennison, uma das principais indústrias de materiais auto-adesivos do Brasil, embora tenha projetos de investimentos na América Latina, prefe-re não divulgá-los. (FP, WP)

Page 46: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

46 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Kraftliner inflacionadoA Klabin anunciou reajuste de até 40 euros por tonelada para suas linhas de papel kraftliner usado para fabricar embalagens de papelão ondulado. Segundo o diretor-geral da empresa, Miguel Sampol, não estão previstos novos aumentos para este ano. No começo de 2007 os preços interna-cionais do kraftliner chegaram a 500 euros por tonelada, uma redução de aproximadamente 15 euros dos valores alcançados no final de 2006.

Sonho de consumo digitalA Wacom, fabricante de mesas gráfi-cas, participou da Fotografar’07, reali-zada em abril último, em São Paulo. A empresa demonstrou no evento a mesa digitalizadora Cintiq, voltada a desig-ners, ilustradores e artistas digitais, e que conta com caneta especial com até 1024 níveis de sensibilidade à pressão.

Nilpeter vende mais umaO aumento dos pedidos envolvendo impressão flexográfica de alta quali-dade fez a Beau Label Corporation, tradicional convertedor de rótulos dos Estados Unidos, adquirir uma nova Nilpeter FB-330-S dotada de tecnologia servo. Multissubstrato, o equipamento será usado para impressão não só de filmes auto-adesivos, mas também de material de ponto-de-venda.

Perfis de cores...Fabricante de impressoras para sina-lização visual, a Roland DG disponibi-lizou em seu site mais de quinhentos perfis de cores para download e impressão em diversos tipos de mídias. Com a ação, a empresa quer firmar-se no mercado nacional como única forne-cedora com laboratório de cores interno capaz de desenvolver perfis exclusivos para seus equipamentos.

...exclusivosO laboratório conta com área isolada dedicada somente ao desenvolvimen-to de perfis para mídias. Todos os perfis desenvolvidos pela Roland DG são conferidos com prova de cor de padrão internacional Altona – um dos mais respeitados no mundo todo. Mais informações: http://www.rolanddg.com.br/downloads/perfil/inst_perfil_versa_works.pdf.

Stora Enso quer substituir o glassine

Investindo em alternativas ao glas-sine utilizado na produção de papel base de auto-adesivos, a Stora Enso Speciality Papers lança seu LumiSil LO durante o Label Summit Latin America, evento que ocorre nos dias 15 e 16 de maio, em São Paulo. Com superfície lisa e brilhante, o produto oferece, segundo a empresa, cobertura uniforme e contínua do revestimento de silicone, mesmo em baixas gra-maturas. Desenvolvido para retenção do silicone, o LumiSil LO é compatível com revestimentos com ou sem base solvente, emulsão de silicone ou cura através de radiação. Segundo Ed Buehler, vice-presidente da divisão de papéis técnicos da Stora Enso, os convertedores de auto-adesivos têm agora uma excelente alternativa para o glassine. O LumiSil LO está disponível nas gramaturas 58 g/m² (espessura

Empresa apresentou papel alternativo para auto-adesivos

FOTO

S:

DIV

ULG

AÇÃO

de 53 microns) e 67 g/m² (espessura de 64 microns). Trazido da fábrica de Kimberly, em Wisconsin, Estados Unidos, o produto está sendo distribuí-do no Brasil por sua subsidiária local.Stora EnsoNo Brasil: (11) 3065-5200www.storaenso.com

LISO E BRILHANTELumiSil LO foi

lançado durtanteLabel Summit Latin America

Cartonagens e gráfi-cas de conversão de embalagem têm uma oportunidade de se aprofundar nas técnicas de impressão sobre chapas de polipropileno (PP). Foi lançado pela Suzano Petroquímica, principal indústria de PP da América Latina, o Guia Prático: Impressão Off Set em Substrato de Polipropileno. O obje-tivo é aumentar a participação da empresa no mercado de embalagens. Hoje, 200 toneladas de PP da Suzano Petroquímica são destinadas men-salmente à indústria de embalagem. “Mas o potencial é estimado em até 500 toneladas por mês”, vislumbra o

gerente de marketing da empresa, Sinclair Fittipaldi. A capacitação de convertedo-res para atuar com chapas de PP não é a primeira ação da empresa junto ao mercado de embalagem. Em 2005 foi lançada uma coleção destinada a mostrar as possibilidades desse tipo de resina como material de

embalagem para a indústria de calça-dos. Com a cartilha, a idéia é aumentar a presença do material não apenas no mercado de calçados. Também fazem parte dos planos da empresa as indús-trias de vestuário e de cosméticos. Suzano Petroquímica (11) 3583.5917www.suzanopetroquimica.com.br

Suzano Petroquímica quer capacitar convertedores deembalagem para trabalhos com chapas de polipropileno

Cartilha ensina a imprimir em PP

Edição: Leandro Haberli

Page 47: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 48: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 49: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 50: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

50 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Fabricante de materiais escolares e caixas para presentes, a VMP está entre os novos usuários da linha de papel cartão da Klabin. O mix de produtos da empresa passou a contar com a linha Duplex XP, produzida com fibras curtas (eucalipto) e longas (pínus). Segundo a Klabin, tal caracte-rística confere resistência mecânica e impressão homogênea à embalagem. Entre outros produtos, o Duplex XP da Klabin é utilizado pela VMP na confecção de pastas e caixas para presentes. Com mais de 28 anos no mercado, a VMP fabrica mais de dois

mil itens, e pretende apresentar em 2007 cerca de duzentos novos produ-tos no setor de papelaria.VMP(11) 6405-1444www.vmppapeis.com.br

Presentes e escolares reforçadosKlabin fornece papel cartão no mercado de papelaria

CURTAS E LONGASLinha Duplex XP mistura diferentestipos de fibra

Convertedora adquiriu modelo LS 640+Cfabricado pela Komori

Ápice divulga nova Lithrone

ALTA PERFORMANCEMáquina foi negociada pela Gutenberg

Há 30 anos no mercado de emba-lagens e rótulos, a Ápice Artes Gráficas passou a operar com um novo equipamento, a impressora Lithrone LS 640+C. Com seis cores mais verniz, a máquina é fabricada pela Komori, mas foi vendida pela Gutenberg Máquinas e Materiais Gráficos Ltda. Com o investimento, a empresa espera aumentar sua produtividade em 20%, informa Reinaldo Wosniak, diretor-proprietário. “Optamos pela Lithrone LS 640 + C por se tratar de um equipamento robus-to e de alta performance”, ele explica. Em operação desde abril último, a máquina imprime no for-mato 72 cm x 103 cm, em grama-turas que variam de 50 g/m² a 600 g/m². Outro destaque é o sistema KHS, que prepara o perfil de tinta antes de iniciar o trabalho, simul-taneamente ao acerto de registro. A impressora ainda permite fazer a leitura online ou offline da folha impressa pelo sistema densito-métrico ou espectofotométrico, garantindo alta qualidade da pri-meira à última folha do serviço. Ápice (11) 4221-7000www.apice.ind.br

FOTO

S:

DIV

ULG

AÇÃO

A Avery Dennison anunciou a compra da Paxar Corporation, uma de suas maiores concorrentes na área de iden-tificação e rastreamento de produtos, com sede em Nova York, por cerca de 1,34 bilhão de dólares. Segundo comunicado, a aquisição melhora a capacidade combinada da Avery de atender aos clientes da Europa, América Latina, Oriente Médio e Ásia. A transação deverá ser concluída até o final do ano e ainda está sujeita à

aprovação dos acionistas da Paxar, bem como a aprovações das agências reguladoras nos Estados Unidos e na União Européia. A fusão prome-te agitar a unidade de Serviços de Informações de Varejo (RIS) da Avery Dennison, que atua com identificação de marca e soluções de gerenciamen-to de cadeia de suprimento. Avery Dennison(19) 3876-7600www.averydennison.com.br

No setor de rastreamento, Avery anuncia compra da Paxar

Mais uma fusão no horizonte

A Votorantim Celulose e Papel (VCP), do grupo Votorantim, e a finlandesa Ahlstrom podem formar uma joint venture para atuar no mercado de papéis especiais para produção de rótulos auto-adesivo e de embalagens. Ainda em andamento e sem data para término, as negociações envolvem os papéis produzidos na unidade de Jacareí (SP) da VCP, que produz 105 000 toneladas por ano de papéis não-revestidos, com possibilidade de

revestimento de até 80 000 toneladas por ano. A VCP afirmou que a negocia-ção é consistente com as estratégias das duas empresas. Já a Ahlstrom terá a chance de alcançar sua meta de expansão fora da Europa. AhlstromNo Brasil (19) 3878-9200www.ahlstrom.com VCP(11) 2138-4000www.vcp.com.br

VCP e Ahlstrom podem formar joint venture

Agito em papéis especiais

Page 51: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 52: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

52 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Klabin oferece nova opção em palete de papelão ondulado

endência aquecida pelas crescentes exporta-ções (veja EMBALAGEMMARCA nº85, setembro de 2006), o uso de paletes de papelão ondu-lado, em detrimento aos triviais de madeira,

ganha uma contribuição da Klabin. Uma nova versão de estrado, mais leve e alegadamente com maior resistência, está sendo lançada pela empresa. O novo palete de papelão consiste na nacionalização de um modelo patenteado pela Unipal, divisão da austríaca Mondi Packaging, que “está entre os projetos mais eficientes do mercado mundial”, segundo Robson Alberoni, gerente de planejamento de mercado da área de embalagens da Klabin.

Segundo Alberoni, o principal diferencial do novo palete é sua estrutura de construção, que garante maior leveza em relação aos similares do mercado. O menor peso garante redução no custo do frete. A confecção com papel kraftliner (fibra virgem) e rigorosos controles de proces-so afasta a ameaça de proliferação de pragas e dispensa a necessidade de fumigação do palete nas exportações, gerando outra vantagem de custo. O produto também é 100% reciclável e seu descarte é facilitado pelo valor residual da apara de papelão ondulado. “Por ser material de fibra virgem, é de excelente qualidade e possui grande procura”, afirma Alberoni.

Fácil suspensãoNo tocante à operação do novo estrado, a Klabin garante que ele pode ser manuseado por empilhadeiras sem risco de deformação, permitindo acesso pelos quatro lados. O palete suporta até 1,5 tonelada, possui resistência ao empi-lhamento vertical e pode ser convenientemente estocado em racks (prateleiras).

Mas e o preço da novidade? Alberoni sustenta que o produto tem custo “compatível com o dos paletes de mer-cado, considerando-se os custos totais da cadeia logística”. Embora não cite valores, o executivo da Klabin garante vantagens financeiras para o cliente por uma lógica sin-gela: a de que, num cenário de enérgicos enxugamentos de custos nas indústrias, como o atual, não faria sentido o lançamento de um palete mais oneroso. Seria um peso que, invariavelmente, o mercado não suportaria. (GK)

Cama versátil

T

celulósicas >>> transporte

DESENHOEstrutura do novo

palete, derivada de um modelo da Unipal,

suporta até 1,5 tonelada

FOTO

S:

DAN

IEL

PIN

HEI

RO

Klabin(11) 3046-5800www.klabin.com.br

Mondi Packaging+43 (01) 795-290www.mondipackaging.com SUSPENSÃO – Empilhadeira pode levantar o palete pelos quatro lados

Page 53: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

Caixas viram quebra-cabeças

destino de embalagens de pizza para viagens é invariavelmente o lixo. Para mudar essa máxima, a publicitária Claudia Kostakis criou uma forma divertida de

segundo uso para as caixas das redondas. A idéia surgiu há cerca de um ano. “Quando pedi uma pizza em casa, o vale-brinde da pizzaria estava impresso na tampa da caixa, e era preciso recortá-lo”, conta a publicitária. “Fiquei pensando se não haveria um jeito mais fácil de tirar aquele cupom da caixa.”

Depois de nove meses de estudos de viabilidade técnica, finalmente o projeto ficou pronto. As tampas das caixas de papelão podem se transformar em que-bra-cabeças, jogos infantis, porta-copos e enfeites, entre outros usos. O papelão da tampa é picotado. O cliente da pizzaria só tem o trabalho de destacar, montar e se divertir. Batizado de Packostakis Pizza, o projeto foi patenteado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), com apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. (FP)

Pizza e diversão

O

marketing >>> promoção

Kostakis(11) 3873-8449www.kostakis.com.br

SEGUNDO USOPorta-copos e quebra-

cabeças são opções oferecidas pela

Kostakis

Page 54: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

54 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Com vendas em alta, e transitando de fármaco a cosmético, sabonete líquido ginecológico abre um flanco promissor para projetos apurados de embalagens

á mais ou menos cinco anos, depois de sustentar por quase duas déca-das seus equities de medicamen-to, o sabonete líquido ginecológico

Dermacyd, do laboratório Sanofi-Aventis, ado-tou embalagens despojadas da Mega Plast, com visual similar ao de cosméticos, e incorporou ao seu nome o posposto “Femina”. Em novembro do ano passado, o produto, bandeirante da cate-goria no Brasil, ganhou uma perfumada extensão de linha, a Delicata, com notas de jasmim, viole-ta, gerânio e bergamota. De dois meses para cá, a marca está sendo amparada por uma campanha publicitária de 10 milhões de reais, estrelada pelo casal de atores globais Adriana Esteves e Vladimir Brichta.

Com fórmula suave, adequada ao asseio vaginal, e ação anti-séptica, o Dermacyd poderia tranqüilamente ser enquadrado como cosmecêu-tico, ou seja, um cosmético inclinado a medi-camento. No entanto, como fica patente pelas mudanças que vem sofrendo, é possível inverter a análise para afirmar que o produto está mais para “farmético”. Para o Dermacyd, ficaram para trás os sisudos traços de medicamento. O precur-

sor reflete a situação vivida pela categoria, que tem se tornado mais concorrida e que, gradualmente, vem tendo seus canais de venda diversificados, depois de passar anos a fio cativa das farmácias. A diáspora se deve em grande parte às investidas no negócio por indústrias de cosméticos e de itens de personal care. “É um mercado promissor, que cresce mais de 30% por ano e já movi-menta 100 milhões de reais no Brasil”, comenta Eduardo Aron, diretor de Cuidados Pessoais da Kimberly-Clark.

Período fértil

H

plásticas >>> higiene pessoal e beleza

Mais nova disputante da categoria, a Kimberly-Clark decidiu aproveitar sua marca Intimus, fortíssima em absorventes e prote-tores diários femininos, em seu sabonete só para mulheres. Contando com um aporte de 20 milhões de reais para marketing de apoio ao lan-çamento, o lançamento contou com um meticu-loso projeto de embalagem. “Fizemos uma série de pesquisas para chegar ao formato anatômico do frasco, pensando sempre no manuseio prá-

tico pela consumidora”, detalha Aron, aludindo à silhueta sinuosa da novidade. Fabricado em polipropileno translúcido pela Frascomar, o reci-piente do sabonete líquido Intimus é decorado com rótulos auto-adesivos despojadamente ele-gantes da Uniflexo, produzidos em filme fosco de polipropileno biorientado (BOPP).

Estimuladora de vendasOs casos do Dermacyd e do Intimus escancaram o embate por consumidoras que tem transforma-do o perfil das embalagens da categoria. Com o emergente entendimento pelas brasileiras de que o sabonete líquido íntimo não é supérfluo e que seu uso regular é benéfico (ficha que já caiu para centenas de milhões de americanas e européias), o produto vem se alas-trando no grande varejo e, como é praxe nessa transição, reforçando o papel da embalagem como ala-vanca de vendas. “A embalagem adquire importância cada vez maior para transmitir a identida-de e o conceito da marca e do pro-duto”, afirma Fernanda Juzenas, do departamento de marketing da fabricante de cosméticos Therny, desde 1998 no mercado de sabo-netes líquidos ginecológicos com o Intimamente Íntimo, que conta com um componente natural, o

PRATICIDADEIntimus contou com

pesquisas para a criação de sua embalagem

PROPRIEDADE – Therny agora tem embalagem com molde exclusivo

PASSAGEM – Pioneiro, Dermacyd aposta em modernização da marca

FOTO

S:

DIV

ULG

AÇÃO

Page 55: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 56: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

56 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

extrato de melaleuca, como agente anti-séptico.O Intimamente Íntimo também passou por

uma reformulação de embalagem no ano pas-sado, quando estreou as novas fragrâncias de morango e maçã verde, ganhando um frasco com molde exclusivo e próprio. “O design anatômico oferece praticidade e conveniência à mulher”, Fernanda ressalta. O visual da embalagem do sabonete íntimo da Therny é prata da casa: foi elaborado pela sócia-proprietária Janaina Accyoli Gonçalves.

A exigência quanto ao desempenho da emba-lagem também marcou o lançamento do sabo-nete líquido Intimos, lançado em julho de 2005 após um pré-marketing com 300 consumidoras e desde então comercializado através de vendas diretas pela cosmética paranaense Racco. “O desenvolvimento e a escolha da embalagem envolveram estudos ergonômicos, o que resul-tou numa pega firme, evitando que a mesma escorregue durante o banho”, conta Anderson Portes, gerente de marketing da Racco, a res-peito do frasco moldado pela Mundibras. “A tampa flip-top faz com que o produto possa ser segurado com apenas uma das mãos e a simetria da embalagem também permite que o frasco seja virado de cabeça para baixo para a utilização do conteúdo até o final”.

O remédio contra-atacaEsmeradas, as embalagens de sabonetes gineco-lógicos projetadas pelas marcas de cosméticos cutucaram não apenas a Sanofi-Aventis e seu tra-

dicional Dermacyd. Outros laboratórios vêm redobrando a atenção quanto

às apresentações de seus pro-dutos, recorrendo aos mesmos artifícios levados a cabo pelas concorrentes para as quais, em tese, se poderia atribuir maior familiaridade com os atributos de marketing da embalagem e com os ardis para torná-la vendedora.

O laboratório Farmasa, por exemplo, acaba de refor-mular sua linha de sabone-tes íntimos Lucretin com o apoio de uma renomada pro-jetista de embalagens, a M

Design. Os produtos da linha – Lucretin Mulher, Lucreteen (para adolescentes) e Lucretin Infantil – ganharam um frasco com ondulações, mais ergonômico, e uma programação visual que, sem jogar para escanteio os benefícios fármacos, busca transmiti-los numa linguagem amigável. “A idéia foi aliar os atributos farmacêuticos a uma roupagem cosmética próxima da consu-midora”, sustenta Tadeu Matsumoto, diretor de criação da agência. As definições do projeto ganharam corpo em um frasco de polietileno de alta densidade, da Alcan, com tampa flip-top de polipropileno da Mega Plast e rótulo auto-adesivo, em filme plástico com impressão flexográfica, produ-zido pela Prakolar.

Por sua vez, o labora-tório gaúcho Kley Hertz, antecipando o ciclo virtu-oso pelo qual o sabonete líquido íntimo passaria, decidiu lançar mão de uma embalagem com personalidade até agora singular entre aquelas trabalhadas pela concor-rência. O Neutrogerm Íntimo estreou no merca-do há três anos apresenta-do numa embalagem com orientação upside down, com a tampa funcionando como base.

Convertido pela catari-nense AB Plast, o frasco, ornado com serigrafia, é também menor: acondi-ciona 120 mililitros em vez dos 200 mililitros usu-ais do mercado. “A consumidora, vaidosa, tem produtos diferentes para cada parte do corpo e cada vez menos espaço para guardá-los”, argumenta Leandro Bignardi Rosa, coorde-nador de marketing da Kley Hertz. “É justo que pensemos em oferecer um produto com dimensões menores, que ela possa carregar facilmente quando viaja”. O profissional enche o peito e faz questão de ressaltar uma pesqui-sa, realizada pelo laboratório em dezembro do ano passado, com 840 mulheres. “Nossa embalagem foi apontada como mais moderna, prática e eficiente que as utilizadas pelos con-correntes”. (GK)

Alcan Packaging(11) 4075-6521www.alcan.com.br

AB Plast(47) 3451-9103www.abplast.com.br

Frascomar(11) 4786-5466www.frascomar.com.br

M Design(11) 3839-0969www.mdesign.art.br

Mega Plast(11) 3621-4599www.megaplast.com.br

Mundibras(41) 3668-7995www.mundibras.com.br

Prakolar(11) 6291 6033www.prakolar.com.br

Uniflexo(11) 4789-5946www.uniflexo.com.br

ZELOFrasco do Intimos, da Racco, teve ergonomia

estudada

PIRUETAKley busca dar visibilidade do

Neutrogerm com disposição visual

invertida

JOVIAL – Lucretin é outra marcade laboratório recém-reformulada

FOTO

S:

DIV

ULG

AÇÃO

Page 57: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 58: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

58 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

rande incubadora de pro-dutos voltados ao consu-mo nômade, realizado em movimento, os Estados

Unidos acabam de acolher o lançamen-to de uma nova água mineral on-the-go, cuja embalagem facilita a ingestão em trânsito. Nenhuma novidade até aí, não fossem água e embalagem desen-volvidas para deslocamentos de... cães. Enriquecida com vitaminas, a água Wetbone, da Wetbone Company, estreou em abril no mercado ameri-cano numa inovadora bolsa plástica, que funciona como vasilha portátil nos passeios com o cachorro.

Em formato estilizado de osso, o invólucro é dotado de dois compar-timentos: um reservatório, na parte inferior, e um receptáculo no topo que funciona como uma tigela, para a bebericação direta pelo animal. Uma membrana de polietileno, selada a quente nas paredes internas da emba-lagem, separa os compartimentos. Quatro pequenos furos na selagem criam um canal de vazão, permitindo o transbordo da água para a tigela. Para oferecer o produto ao animal, deve-se rasgar uma tira micro-serrilhada e abrir o zíper integrado ao topo da embala-gem. O acompanhante do cão aperta o reservatório com uma mão, fazendo a água passar à tigela, e comprime o topo da bolsa com a outra, formando uma abertura para o animal inserir o focinho (veja a foto e o infográfico na pág. ao lado).

As “comportas” da selagem permi-tem o refluxo da água, caso o animal não sorva todo o líquido da tigela. Fechando-se o zíper, a bolsa pode ser transportada para novos refrescamen-tos do totó.

Estruturada em poliéster/alumínio/polietileno de baixa densidade linear,

GUma engenhosa embalagem flexível dá vida a àgua para cães em passeio

Osso fácil de roer

a embalagem é produzida pela Ampac Flexibles com volume para 16 onças líquidas (cerca de 475 mililitros). A Ampac realizou uma série de estudos e criou diversos protótipos até chegar a uma solução adequada, que atendesse com custo viável à idéia dos donos da Wetbone, Sue Tyska e Tony Tropea. “Foi um conceito de difícil execução”, comenta Steve Herlehy, da área de vendas da Ampac.

Pulo-do-gato: modificaçãoEntre os desafios estava o de encontrar uma estrutura que fosse rígida o sufi-ciente para permitir à bolsa ficar em pé e suportar testes de quedas.

O pulo-do-gato, porém, se deu na modificação da estação de selagem a quente, para a criação dos canais de vazão com o tamanho apropriado. Engenheiros da Ampac tiveram de modificar lâminas de selagem para se certificarem do emprego de uma

TUTANO E PELE – Água é enriquecida com vitaminas; pouch tem formato de osso e fica em pé

temperatura exata, para que os furos não se fechassem com a migração de calor dos pontos de contato. A criação dos canais em um ângulo que não comprometesse o envase da embala-gem foi outro ponto crítico do projeto. “Levamos, no total, dois anos nesse trabalho”, diz Herlehy.

A inclusão da membrana interna num ponto exato, definindo o tamanho da tigela, também demandou atenção. “Cães bebem com a língua e quería-mos oferecer um recipiente que não fosse muito fundo nem muito raso para eles”, explica Sue Tyska. “Optamos por um tamanho médio, e por isso acreditamos que o conceito funcionará com cães de todos os portes”. O proje-to gráfico da embalagem foi concebido pelo diretor Tony Tropea, e é impresso em rotogravura em cinco cores. “A decoração, aliada à metalização do alumínio, cria uma forte presença em gôndola e destaca nossa marca”, enten-

FOTO

S:

DIV

ULG

AÇÃO

Page 59: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

maio 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 59

de Sue. O preço de varejo da água é de 1,99 dólar.

A associação americana de fabri-cantes de produtos para animais de estimação calcula que existam 73,9 milhões de cães nos Estados Unidos, que fizeram girar 38 bilhões de dólares em rações e artigos diversos em 2006. “Mais de 70% dos donos passeiam e viajam com seus cães e a hidratação é essencial para a saúde canina”, alardeia a sócia-proprietária da Wetbone. “Com merecimento, o animal agora pode desfrutar de uma embalagem como a das águas para humanos: portátil, leve, resselável e de fácil uso.” O mesmo conceito de embalagem, em patente-amento, será utilizado em novas bebi-das para cães da Wetbone – uma água com ação dentifrícia e um energético, para cães atletas, prometem ser lança-dos nos próximos meses. (GK)

Que nem maréComo funciona a “bolsa-represa” da Wetbone

Ampac Flexibleswww.ampaconline.com

Micro-serrilha a laser

Zíper para consumo parcelado do produto

Sistema de alimentação da água (membrana com canais de vazão)

Água com vitaminas

FON

TE:A

MPAC

HIDRATAÇÃOAjuda do donoforma a tigelacom água

1

2

3

4

Page 60: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

60 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

s Estados Unidos não são um auspicioso mercado para o etanol brasilei-ro somente na forma de

combustível para automóveis – ou seja, como commodity. Frutos, em geral, de parcerias costuradas por empresários americanos e brasileiros radicados lá fora com alambiques mineiros e paulistas, certas cachaças de luxo vêm ganhando destaque no país de George Bush, sinalizando uma oportunidade de ouro para o derivado etílico da cana-de-açúcar nacional. Curiosamente, as cachaças em voga por lá são de marcas aliení-genas aos entusiastas das branquinhas de cá. Leblon, Água Luca, Cabana e Beleza Pura são algumas delas. Essas grifes de cachaça for export apre-sentam ainda um outro aspecto em comum. Suas garrafas são de vidro extracristalino, com bases proemi-nentes e rótulos em serigrafia de alta nobreza, todas elas fabricadas pela francesa Saverglass.

Tais características, segundo o português Bruno Paes de Botton, que na Saverglass responde pela gerência da divisão ibérica, geralmente encar-regada dos projetos de embalagens para bebidas brasileiras, “são hoje praticamente exigências do mercado americano de destilados brancos de alta nobreza”. “Basta verificar que todas as boas vodcas premium vendi-das nos Estados Unidos são acondi-cionadas assim”, aponta o executivo. Mas as garrafas da vidraria francesa, de alta sofisticação, não têm ape-nas cumprido a tarefa de adequar as cachaças ao perfil de apresentação dos white spirits americanos.

O capricho na embalagem apóia

O

Cachaças de alta nobreza começam a se tornar hit de consumo nos Estados Unidos – mas com marcas e embalagens que não são brasileiras

Onda da “Ka-shah-sah”

STATUS – Oriunda de Minas Gerais, Leblon é posicionada como bebida “de luxo e imagem”

uma espécie de estratégia consensu-al de marketing, voltada a envolver a cachaça e a caipirinha (respecti-vamente “ka-shah-sah” e “kie-pee-reen-yah”, na didática da pronúncia anglófona divulgada pelas campanhas publicitárias dos produtos) em des-tilado e coquetel da moda, cheios de glamour. As empresas por trás das “cachaças imigrantes” têm investido alto em mídia e em badaladas festas de divulgação nas principais metrópoles americanas. “Cachaça é consumida nos Estados Unidos principalmente em caipirinhas, e o público de coque-téis tem em geral de 25 a 40 anos e bom nível sócio-econômico”, diz Márcio Silveira, diretor de operações da Leblon, cachaça originária de alam-biques de Minas Gerais e engarrafada na França (e que, numa via inversa, deverá começar a ser comercializada no Brasil a partir de julho). “Por isso, promovemos nossa bebida como pro-duto de luxo e imagem, e a embalagem tem a função primordial de transmitir as idéias de beleza e classe.”

Peça decorativa“Cachaça e caipirinha estão hoje na moda como a tequila e a margarita estiveram há dez anos”, entende o americano Joseph Bowman, sócio-diretor da Água Luca, outra cachaça premium que faz sucesso nos Estados Unidos. Bowman se empolgou com a bebida após conhecê-la através de amigos brasileiros, viajou para o Brasil atrás de fornecedores e resol-veu acondicionar seu produto numa embalagem “singular, que se tornasse símbolo da marca.”

Com o auxílio de uma consultoria, que dispunha de uma rede global de

FOTO

S:

DIV

ULG

AÇÃO

Page 61: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 62: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

62 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

especialistas em design, marketing, moda, filosofia, semântica e antropo-logia, a garrafa da Água Luca foi con-cebida para se destacar nas prateleiras dos bares de restaurantes e boates, especialmente quando iluminada por trás ou pela base. “O resultado supe-rou as expectativas”, conta Bowman. “Para se ter idéia, recebemos telefo-nemas e e-mails o tempo inteiro com pedidos de embalagens por pessoas que querem usá-las como elementos decorativos em suas casas.”

Em contraste com as garrafas da Leblon e da Água Luca, que usam e abusam das cores icônicas no Brasil, a embalagem de outra cachaça ascenden-te no mercado americano, a Cabana,

Saverglass+351 (21) 924-8060www.saverglass.com

JET-SET – Garrafa cheia de estilo participa da “glamourização” da Água Luca, apoiada

por eventos de promoção (abaixo)

ostenta um visual mais despojado. “Vejo o Brasil não só como um país exótico e sensual, mas também luxuo-so e sofisticado”, comenta o americano Matti Anttila, fundador e presidente da Cabana Cachaça. “Por essa razão, pedimos a Andrew Wolf, o designer da nossa embalagem, para não se prender aos verdes e amarelos carregados das embalagens concorrentes. Quanto à garrafa,” esclarece Anttila, “foi preco-nizado um formato funcional, prático para os bartenders.”

Também diferentemente da Leblon e da Água Luca, a Cabana é engarra-fada no Brasil – a cachaça é maturada nos alambiques da família Cestari, em Jaguariúna (SP). “O envase na origem é muito importante para nós, pois reforça o apelo da marca e do produto”, diz Anttila.

Perspectiva animadoraLançada em junho de 2006, a Cabana teve seu volume de produção quadru-plicado desde então e recentemente ganhou o mercado europeu. Anttila se esquiva de divulgar o volume de pro-dução de sua bebida, mas calcula que hoje são vendidas 150 000 caixas de cachaça por ano nos Estados Unidos (1,8 milhão de garrafas). “Deverão ser 750 000 caixas já em 2010”, prevê o empresário.

EMBALAGEMMARCA tentou conta-tar os proprietários de outras exitosas marcas de brazilian rum, a designa-ção de apoio comercial das “cacha-ças americanas”. No entanto, muitas requisições emperraram quando estes souberam que a reportagem seria vei-culada no Brasil.

A atitude leva à suposição de que se teme a divulgação de um pote de ouro ainda pouco explorado pelas destilarias brasileiras – ao que vale lembrar que, do 1,3 bilhão de litros de cachaça produzidos por ano no Brasil, somente 1% é exportado, segundo a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe). “Cerveja e uísque estão em queda nos Estados Unidos, e cachaça é a grande novidade aqui”, assegura

Silveira, da cachaça Leblon. Aos empreendedores que decidi-

rem tentar a sorte na América com cachaça, uma coisa é certa: até pela evidência das marcas como a Leblon, a Água Luca e a Cabana, o visual do produto deverá ser pensado com cuidado. “Sem embalagem especial a cachaça não passará de mais um produto alcoólico com dificuldade de afirmação de personalidade no acirrado mercado americano”, enten-de Bruno de Botton, da Saverglass, emendando uma boutade alusiva à competitividade acirrada do mercado americano de bebidas. “Não se pode entrar numa corrida de Fórmula 1 com um automóvel popular.” (GK)

DIFERENTE – Garrafa da Cabana Cachaça se abstém do verde-amarelo

Page 63: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 64: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

64 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

Anunciante Página Telefone SiteAlphaprint 3 (11) 2164-1900 www.alphaprint.com.br

Antilhas 63 (11) 4152-1111 www.antilhas.com.br

Avery Denninson 47 (19) 3876-7600 www.fasson.com

Bauch Campos 61 (11) 3733-7511 www.bauchcampos.com.br

Bic Label 5 0800-260434 www.biclabel.com.br

Braga 41 (19) 3897-9720 www.braga.com.br

Braskem 13 (11) 3443-9999 www.braskem.com.br

Catuaí Print 27 (11) 3616-6595 www.catuaiprint.com.br

Cobrirel 10 (11) 6291-3155 www.cobrirel.com.br

Coim 9 (19) 3876-9600 www.coimbrasil.com.br

Comprint 14 e 15 (11) 3371-3371 www.comprint.com.br

Congraf 48 e 49 (11) 3103-0300 www.congraf.com.br

C-Pack 3ª capa (11) 5564-1299 www.c-pack.com.br

Duplik 45 (19) 3542-6667 www.duplik.com.br

Emibra 7 (11) 4748-2199 www.emibra.com.br

Fispal Tecnologia 29 (11) 5694-2666 www.fispal.com

Flexcoat 34 e 35 (19) 3848-4303 www.flexcoat.com.br

Frasquim 11 (11) 6412-8261 www.frasquim.com.br

Gumtac 51 0800-260434 www.gumtac.com.br

Imaje 23 (11) 3305-9455 www.imaje.com.br

Indemetal 25 (11) 4013-6644 www.indemetal.com.br

Indexflex 55 (11) 3618-7100 www.indexflex.com.br

Innovia Films 53 (11) 5053-9948 www.innoviafilms.com.br

Loop 11 (19) 3404-6700 www.loop.ind.br

Moltec 11 (11) 5523-4011 www.moltec.com.br

Nilpeter 33 (11) 5071-7721 www.nilpeter.com

Novelprint 10 (11) 3768-4111 www.novelprint.com.br

PMMI 37 (5255) 5545-4254 www.expopack.com.mx

Poly-Vac 39 (11) 5693-9988 www.poly-vac.com.br

Propack 11 (11) 4785-3700 www.propack.com.br

Rio Polímeros 2ª capa (21) 2157-7777 www.riopol.com.br

Set Print 11 (11) 2133-0007 www.setprint.com.br

SIG Beverages 19 (11) 2107-6784 www.valueaddedpetsolutions.com

SIG Combibloc 21 (11) 2107-6744 www.sig.biz/brasil

Simbios-Pack 10 (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.br

SPL Dessecantes 27 (11) 3472-1430 www.spldessecantes.com.br

Suzano Papel e Celulose 17 0800-0555100 www.suzano.com.br

Suzano Petroquímica 31 (11) 3583-5900 www.suzanopetroquimica.com.br

Technopack 53 (51) 3470-6889 www.technopack.com.br

TecMaes 59 (14) 3302-2222 www.tecmaes.com.br

Tetra Pak 4ª capa (11) 5501-3262 www.tetrapak.com.br

Vitopel 43 (11) 3089-5333 www.vitopel.com

Wheaton 57 (11) 4335-1800 www.wheatonbrasil.com.br

Page 65: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

Sara de Paula Souza, diretora da HI-Design

É LIDA PORQUE É BOA. É BOA PORQUE É LIDA.

www.embalagemmarca.com.br • (11) 5181-6533(11) 3834-2821www.hi-design.com.br

Sempre que recebo meu exemplar de EmbalagemMarca, não deixo para ler depois. Leio do começo ao fi m, não só por ter uma apresen-tação atraente e limpa, ser bem impressa e de leitura agradável. A revista é uma rica fonte de informações, com reportagens, artigos e entrevistas consistentes, novidades e tendências de mercado no Brasil e lá fora, apresentados de forma equilibrada, sem bajulações e sem cair na tecnicidade exagerada.Para um profi ssional de design, um aspecto fundamental numa publicação, além da boa diagramação, é que tenha indicações de fornecedores e como encontrá-los facilmente – e também isso EmbalagemMarca oferece. Tenho a coleção completa da revista, uma fonte permanente de consulta que indico sempre a clientes e a alunos quando ministro aulas.

Page 66: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007

Almanaque

66 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

O conde e elasEmbalagens tiveram papel mar-cante na vida do italiano Francesco Matarazzo (1854-1937), figura célebre na industrialização brasi-leira. Considerada um divisor de águas para a construção daquele que viria a se tornar em poucos anos o maior conglomerado indus-trial latino-americano, a abertura de um moinho em São Paulo, no início do século 20, levou o conde Matarazzo a adquirir máquinas de tecelagem para ensacar farinha. A capacidade ociosa da sacaria revertia em tecidos diversos, que eram vendidos a entrepostos têxteis. Por sua vez, as semen-tes do algodão consumido pela tecelagem viraram maté-rias-primas de uma refinaria. O “pé”, um subpro-duto do óleo de algodão usado na fabricação de sabão, inspirou o mergulho no ramo de sabões. Pre-cisando de caixotes e latas para o negócio, o conde investiu em ser-rarias e numa metalúrgica. Dessas iniciativas em cascata, a fabricação de embalagens metálicas alçou vôo próprio e se fortificou. No fim dos anos 90, a Metalúrgica Matarazzo contava com doze unidades indus-triais. Foi quando se fundiu com a Rimet, dando origem à atual Com-panhia Brasileira de Latas (CBL).

revertia em tecidos diversos, que

têxteis. Por sua

Em 1972, o governo militar iniciou uma campanha educativa para incentivar a higiene e manter limpas as cidades brasileiras. A estrela dos comerciais do Ministério da Saúde era o personagem Sujismundo, um cidadão muito simpáti-co, mas que andava sempre sujo e joga-va na rua as embalagens do que consu-mia. Vivia doente. A idéia da campanha, que tinha o slogan “Povo desenvolvido é povo limpo”, era que Sujismundo fosse um exemplo de mau comportamento. O personagem foi criado por Ruy Perotti (1936-2005), protagonizou campanhas por alguns anos e chegou a ter sua própria revista em quadrinhos. Com a conscientização ambiental à toda, hoje Sujismundo certamente teria muito mais espaço do que em seu tempo.

Personagem adiante de seu tempo

Dia 6 de abril último, uma das fontes tipográficas mais utilizadas no mundo completou 50 anos. A primeira versão, criada por Max Miedinger e Edou-ard Hoffmann para a tipografia suíça Haas’sche Schriftgiesserei, foi apresentada ao público em 1957, na Feira Graphic, realiza-da em Lausanne, na Suíça. Na época, foi batizada de Haas Grotesk. Em 1961, a fundição alemã D. Stempel AG com-

prou os direitos da fonte e renomeou-a como Helvetica, derivação de Helvetia, o nome latino da Suíça. Neste meio século, a Helvetica tornou-se uma das fontes mais utilizadas no design gráfico

e inúmeras outras famílias tipo-gráficas surgiram baseadas nela. A mais conhecida é a Arial, adotada pela Microsoft como uma das fontes básicas do Windows e uma das mais utilizadas na internet.

Helvetica completa 50 anos

1957, na Feira Graphic, realiza-

e inúmeras outras famílias tipo-gráficas surgiram baseadas nela. A mais conhecida é a Arial, adotada pela Microsoft como uma das fontes básicas do Windows e uma das mais utilizadas na internet.

Bingo vendia Coca-Cola e gibisEm 1977, a Coca-Cola e a Editora Abril lançaram uma promoção para conquis-tar jovens consumidores de refrigeran-tes (e de gibis): a Bingola Disney, um must entre a garotada. Era um jogo de bingo, onde as peças numeradas traziam personagens de Walt Disney impressas na parte interna das tampi-nhas de Coca-Cola e Fanta. As cartelas vinham nos gibis da Disney, editados pela Abril. Na época, os refrigerantes eram vendidos apenas em garrafas de vidro retornáveis (a primeira Coca-Cola em lata de aço só apareceu em 1981).

Bingo vendia Coca-Cola e gibis

Page 67: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007
Page 68: Revista EmbalagemMarca 093 - Maio 2007